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Direito Ambiental
Prof. Angela Issa Haonat
Princípios
É a base, o alicerce, o início de algo. Preceitos fundamentais de uma ciência. Contém alta carga valorativa, fundamento ético e indicam uma direção a seguir.
Princípios
Os Princípios conquistaram o status de norma jurídica, superando a
crença de possuir apenas dimensão axiológica, ética, sem eficácia
jurídica ou aplicabilidade direta ou imediata.
Luis Roberto BarrosoLuis Roberto BarrosoLuis Roberto BarrosoLuis Roberto Barroso
Princípios x RegrasRegras: relatos objetivos, descritivos de determinadas condutas e a aplicáveis a um conjunto delimitado de situações.
Princípios: contém relatos com maior grau de abstração, não especificam a conduta a ser seguida e se aplicam a um conjunto amplo de situações.
Princípios Ambientais
Tem por escopo a proteção da vida; Visa propiciar qualidade e dignidade de vida para as presentes e futuras gerações.
Princípios Ambientais (FIORILLO)
a) Princípios da Política Global do Meio Ambiente: formulados na Conferência de Estocolmo/72 e ampliados na ECO-92.
b) Princípios de Política Nacional do Meio Ambiente: implementação dos princípios globais, adaptados à realidade cultural e social de cada país.
Princípio do Desenvolvimento Sustentável
Contempla as dimensões
Humana, física, econômica, política, cultural e social em
harmonia com a proteção ambiental
8º Princípio da Convenção de Estocolmo 1972
O desenvolvimento econômico e social é indispensável para
assegurar ao homem um ambiente de vida e trabalho favorável, a criar, na Terra, as condições necessárias
à melhoria da qualidade de vida.
3º Princípio da Declaração do Rio de Janeiro ECO- 1992
O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atentidas
equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras.
Princípio do Desenvolvimento Sustentável
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88
ART. 225 ART. 170
O art. 225 regula a área de conflituosidade.
Princípio do Desenvolvimento Sustentável
Todos devem cooperar na tarefa de erradicar a pobreza, de forma a reduzir as desigualdades.
O crescimento econômico nos dias atuais tem que assegurar valor aos recursos naturais e não renováveis.
Princípio do Poluidor - Pagador
Admitido expressamente na CF
Art. 225, § 3º: “as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar o dano”
Parte da observação que os recursos ambientais são finitos;
O uso inadequado na fase de produção e consumo (do bem) pode
acarretar a sua redução e ainda, acelerar sua degradação;
Não pode ser confundido como uma forma de permissão para poluir: o poluidor deve arcar com o ônus de
sua atividade
Caráter Dúplice
a) Preventivo: quando obsta a ocorrência de danos ao meio ambiente; e
b) Repressivo: nos casos em que o dano não pode ser evitado.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DANO AMBIENTAL. ÁREA DA PRESERVAÇÃO PERMANENTE. DESTOQUE DA ARÉA.
LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA.
1) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO: Laudo Técnico de Vistoria realizado por Agente Florestal competente para a prática do ato, sem qualquer elemento capaz de afastar a sua presunção de legitimidade. (...)
(...) 2) ENQUADRAMENTO LEGAL DA MULTA: O valor da multa encontra respaldo legal na Lei 9.605/98 que
prevê a sua aplicação, sendo discriminada no Dec. 3.179/99, (...)
3) ALEGAÇÃO DE DUPLA CONDENAÇÃO.: RECOMPOSIÇÃO DA ÁREA DEGRADADA E PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO. POSSIBILIDADE
DE CUMULAÇÃO.
Solução da questão com a aplicação conjugada dos princípios da
prevenção, do poluidor-pagador e da reparação integral, decorrendo deles a
imposição de prestações pessoais, positivas e negativas (fazer e não
fazer), bem como de pagar quantia (indenização dos danos insuscetíveis
de recomposição in natura), (...)
(...) SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO DESPROVIDA.
(Apelação Cível Nº 70015333339, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo de
Tarso Vieira Sanseverino, Julgado em 06/07/2006)
Princípio da Prevenção e da Precaução
PositivadosNa Constituição Federal
Na LPNMA (Lei 6.938/81)
Nas Constituições Estaduais
Nas Declarações Internacionais
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
Princípio da Prevenção e da Precaução
a) Princípio da prevenção: destinado aos impactos cujos efeitos já são conhecidos;
Pode-se constatar previamente a dificuldade da reparação ambiental – seja pela incerteza da reparação ou pela sua onerosidade.
Princípio da Prevenção e da Precaução
b) Princípio da precaução: destinado aos impactos, cujos efeitos, ainda não conhecidos pela ciência;
Aplicado às hipóteses de perigo abstrato, do perigo em potencial – visa inibir o dano em abstrato.
Princípio da Prevenção e da Precaução
DUAS VERTENTES NA VIABILIZAÇÃO
a) No âmbito do Poder Judiciário é importante que as sanções impostas sejam desestimulantes às prática de agressões ao meio ambiente;
Princípio da Prevenção e da Precaução
b) No âmbito Administrativo: devem ser elaboradas políticas de incentivos fiscais que irão funcionar como instrumentos positivos (sem sanção), tais como incentivos fiscais que forcem o empreendedor a se adequar à tecnologias menos poluentes.
Princípio da Informação
Compreende:
a)o dever de informar: e
b)o direito de ser informado
Princípio da Informação
Previsto no art. 5º, incisos: XXXIII (Direito de Informação),XXXIV “a” (Direito de Petição); XXXIV “b” (Direito de Certidão).
Princípio da Participação
O art. 225 da CF é expresso ao atribuir ao Estado e à
coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente
Compreende três espécies de ações
Princípio da Participação
a)Iniciativas legislativas:a.1) plebiscito (art. 14, I)a.2) referendo (art. 14, II)
a.3) iniciativa popular (art. 14, III)
Princípio da Participação
b) medidas administrativas:
b.1) direito de informação (5°, XXXIII);
b.2) direito de petição (5°, XXXIV, “a”);
b.3) estudo prévio de impacto ambiental (225, IV).
Princípio da Participação
c) medidas judiciais:
c.1) Ação Popular (art. 5°, LXXIII)c.2) Ação Civil Pública (Lei 7347/85)
Princípio da Participação
CONAR – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária.
Fiscaliza a ética da propaganda comercial veiculada no Brasil;
Norteia-se pelas disposições do Código Brasileiro de Auto-
Regulamentação Publicitária.
Representação 222/01Autor: Conar, a partir de queixa
de consumidorAnunciante e agência: Fiat e Leo
BurnettRelator: Paulo ChueiriDecisão: Advertência
“Fiat Strada Adventure – 25 anos mudando conceitos”
Princípio da Educação
Objetiva (segundo Fiorillo)
a)Reduzir os custos ambientais, na medida em que a população atuará como guardiã do meio ambiente;
b) Efetivar o princípio da prevenção;
c) Fixar a idéia de consciência ecológica, que buscará sempre a utilização de tecnologias limpas;
d) Incentivar a realização do princípio da solidariedade;
e) Efetivar o princípio da participação.
CRISTIANE DERANI
Alinha-se a doutrina germânica. Concentra-se na perspectiva do direito ambiental econômico;
Indica 03 princípios basilares:Princípio da Cooperação;Princípio do Poluidor – Pagador;Princípio da Precaução.
PAULO AFFONSO LEME MACHADO
Princípio do Acesso Equitativo aos Recursos Naturais;Princípio do Usuário-pagador e Poluidor-pagador;Princípio da Precaução;Princípio da Prevenção;Princípio da Reparação;Princípio da Informação; Princípio da Participação.
ÁLVARO LUIZ VALERY MIRRA
1.Princípio da Supremacia do Interesse Público na Proteção do Meio Ambiente em Relação aos Interesses Privados;
2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público na Proteção do Meio Ambiente;
3. Princípio da intervenção estatal obrigatória na defesa do meio ambiente.
4. Princípio da participação popular na proteção do meio ambiente;
5.Princípio da garantia do desenvolvimento econômico e social ecologicamente sustentado;
6. Princípio da Função Social e Ambiental da Propriedade;
7. Princípio da avaliação prévia dos impactos ambientais;
8. Princípio da prevenção de danos e degradações ambientais;
9. Princípio da responsabilização das condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;
10. Princípio do respeito à identidade, cultura e interesses das comunidades tradicionais e grupos formadores de sociedade; e
11. Princípio da cooperação internacional em matéria ambiental.