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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO Direito - Anápolis Atualizado em 2017

Direito... · APRESENTAÇÃO O Curso de Direito do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA) desenvolve uma proposta curricular cuja ênfase é a formação humanística

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PROJETO PEDAGGICO DE CURSO

Direito - Anpolis

Atualizado em 2017

APRESENTAO

O Curso de Direito do Centro Universitrio de Anpolis (UniEVANGLICA)

desenvolve uma proposta curricular cuja nfase a formao humanstica e tcnico-cientfica, com vistas autonomia profissional e intelectual de seus graduandos. Para isso, recorre aos princpios da construo do saber, da flexibilidade curricular e da multidisciplinaridade como fundamentos para a consolidao do Projeto Pedaggico do Curso. O currculo baseia-se nos paradigmas da tica e da cidadania, numa viso global da realidade social que evidencia a responsabilidade e o compromisso institucional com a comunidade.

A opo pela tica como eixo principal do Projeto Pedaggico do Curso

justifica-se na medida em que este saber filosfico perpassa o exerccio do Direito quotidianamente, em razo de relevantes decises que se projetam sobre a vida social passarem quase sempre pela anlise e julgamento dos operadores do Direito. Sendo assim, o sentido da responsabilidade tica e social parece ser ainda mais enftico nesta profisso, o que s pode tornar este tipo de debate um exerccio indispensvel para a formao de novos profissionais (no mbito do ensino jurdico) e para o acompanhamento prtico e profissional dos operadores do Direito (no mbito das comisses de tica profissional).

importante assinalar que este Projeto Pedaggico, sem perder de vista o enfoque positivista, reflete tambm algumas concepes de autores clssicos como Chaim Perelman (Argumentao, Lgica e Direito, 2009), John Rawls (tica, Instituies, Direitos e Deveres, 2001), Jurgen Habermas (Razo Comunicativa e Direito, 2007) e Miguel Reale (Lies Preliminares do Direito).

Com efeito, Perelman (2009) analisa o raciocnio jurdico e a influncia dos argumentos nas decises judiciais, desenvolvendo um estudo sobre a lgica de argumentos no formais. Para esse autor, considerando que a Lei no o nico significado do Direito, o intrprete no deve analisar os fatos apenas com a viso positivista e legalista de Kelsen, ou seja, apenas com base no comando legal. Deve realizar essa anlise admitindo a possibilidade de valoraes que surgem no decorrer da prtica judiciria. Essa lgica jurdica se destina ao exame das operaes intelectuais do jurista. Portanto, relevante, para a compreenso do Direito, analisar as diferentes aplicaes das leis e das regras lgicas universais na cincia jurdica.

Perelman (2009) defende, ainda, que, por ser a lgica jurdica intimamente

ligada ideia que se faz do Direito, importante uma reflexo sobre a evoluo do Direito para o exame das tcnicas de raciocnio prprias dessa rea do conhecimento, qualificadas por ele de Lgica Jurdica. Essa proposta busca, portanto, transformar a legislao em vigor em um Sistema de Direito, ou seja, fornecer um instrumento o mais perfeito possvel, que conteria o conjunto das regras do Direito.

Para este Projeto Pedaggico, so consideradas, ainda, as concepes de

Alf Ross (2009), que defende uma construo realista do conceito de Direito, com o objetivo de se obter esse conhecimento por meio de uma abordagem emprica. Nesse contexto, o Direito consiste num conjunto de fatos, pois constitudo pelas decises proferidas pelos juzes, ao julgarem situaes concretas. Corresponde, portanto, sua

prpria aplicao. Ross (2009) baseia o Direito na interpretao dos fatos sociais, criticando a doutrina do jus-naturalismo. A corrente realista jurdica est ligada ao positivismo lgico. Observa-se que Ross (2009), em suas propostas, desconsidera questes que no possuem, na dimenso jurdica, embasamento cientfico. Desta forma, a concepo bsica da obra do autor o desenvolvimento do conhecimento emprico no plano jurdico, buscando o Direito na realidade ftica. Assim, as normas que integram o Direito devem ser direcionadas a comportamentos especficos por pessoas determinadas.

A proposta de Ross (2009) , portanto, a defesa de uma teoria jurdica

baseada no realismo, na medida em que se v no Direito um fenmeno social determinado pela aplicao feita pelos tribunais. A vigncia de uma norma jurdica significa que seu contedo ideal ativo na vida jurdica da comunidade, como um Direito em ao. Assim, descarta-se o idealismo jurdico que se funda na distino entre o mundo dos fatos da conduta e a validade do Direito. Trata-se, efetivamente, de uma vertente realista.

Certamente o exerccio do Direito exige a aquisio e o cultivo de vrias

habilidades que guardam similitudes e analogias entre si, exigindo habilidades prximas, aptides semelhantes e/ou complementares. No se acredita que um curso metodologicamente organizado somente para desenvolver conceitos, reproduzir prticas e teorias prontas possa instrumentalizar, de fato, seus graduandos para um exerccio terico e prtico que envolva tcnicas, cidadania, tica e justia. O rol desarticulado de disciplinas com programas no dialogantes, ministrados por professores desqualificados, no tem o poder de tornar aptos os profissionais egressos dos cursos jurdicos, nem de incitar a criatividade de seus prprios docentes, que se tornam repetidores de textos legais e reprodutores de uma retrica vazia de sentido. Da a necessidade de se repensar e rearticular os cursos jurdicos, no somente em seus contedos temticos e estruturas pedaggicas, mas tambm na episteme que os fundamenta. (AGUIAR, 2004)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) prev a implementao do

Curso de Direito como o fim de ampliar e consolidar a ao acadmica, contribuindo para o crescimento poltico, econmico e cultural da sociedade. Para isso, a Instituio tem investido em infraestrutura, organizao didtico-pedaggica, biblioteca e, tambm, definiu, no seu Plano Quinquenal, metas e aes de implementao do ensino, da pesquisa e da extenso. Alm disso, tem buscado promover a formao continuada do corpo docente e investir em convnios e projetos que viabilizem a formao terica e prtica dos discentes.

Desta forma, tendo em vista o padro de qualidade institucional, este Projeto

Pedaggico procura evidenciar atividades que conduzam aquisio e desenvolvimento de habilidades e competncias, considerando seus fins bsicos: o ensino e a extenso enquanto formas de integrao com a comunidade e a pesquisa, enquanto veculo de construo, consolidao e disseminao de conhecimentos. Nesse contexto de educao integral, o Curso de Direito privilegia o desenvolvimento de potencialidades individuais e coletivas, considerando a busca de uma formao diferenciada que vise educao e ao bem-estar do homem e, consequentemente, ao desenvolvimento da comunidade anapolina e da regio.

SUMRIO

1 CONTEXTUALIZAO SOCIAL ................................................... 01

1.1 Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea ........... 01 1.2 Contexto educacional local e regional ........................................................ 04

2 CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL ..................................... 07

2.1 Caractersticas da instituio mantenedora ............................................... 07 2.2 Caractersticas da Mantida......................................................................... 08

3 CONCEPO DO CURSO ............................................................ 09

3.1 Identificao do Curso ................................................................................ 09 3.1.1 Histrico .............................................................................................. 09 3.1.2 Dados do Curso .................................................................................. 11 3.1.3 Princpios Gerais ................................................................................. 11

3.2 Formas de ingresso .................................................................................... 11 3.2.1 Critrios de utilizao do ENEM ......................................................... 12 3.2.2 Plano de valorizao e aproveitamento dos conhecimentos adquiridos ..................................................................................................................... 12

3.3 Justificativa do Curso .................................................................................. 12 3.4 Objetivos do Curso ...................................................................................... 13

3.4.1 Objetivos Gerais ................................................................................. 13 3.4.2 Objetivos Especficos .......................................................................... 13

3.5 Perfil profissional do egresso ...................................................................... 14 3.6 Polticas institucionais no mbito do curso .................................................. 14

3.6.1 Polticas institucionais de ensino no mbito do curso ......................... 15 3.6.2 Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso .................... 17

3.6.2.1 Ncleo de Pesquisa do Curso de Direito da UniEVANGLICA - NPDU ........................................................................................................... 19

3.6.2.2 Ctedra Cristovam Buarque de Direitos Humanos e Educao para Cidadania ..................................................................................................... 21

3.6.2.3 Monitoria ...................................................................................... 22 3.6.3 Polticas institucionais de extenso no mbito do curso ..................... 23

3.6.3.1 Eventos cientficos, seminrios, palestras e conferncias ........... 24 3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso ..................................................................................................................... 24

3.7 Metodologia de Ensino ................................................................................ 26 3.7.1 Tecnologia de Informao e Comunicao (TIC) no processo de ensino aprendizado ................................................................................................. 30

3.7.1.1 Coordenao de EAD .................................................................. 31 3.7.1.2 Ambiente Digital ........................................................................... 32 3.7.1.3 Teleaulas ..................................................................................... 33

3.7.2 Material didtico instrumental EAD ..................................................... 34 3.7.3 Mecanismo de interao entre docentes, tutores e estudantes EAD .. 35

3.8 Avaliao dos processos de ensino-aprendizado ....................................... 36 3.9 Estgio curricular supervisionado - NPJ ..................................................... 37 3.10 Atividades prticas de ensino .................................................................... 38 3.11 Atividades complementares ...................................................................... 38 3.12 Trabalho de Concluso de Curso .............................................................. 38 3.13 Ncleo de Pesquisa em Direito - NPDU .................................................... 40 3.14 Apoio ao discente ...................................................................................... 40 3.15 Responsabilidade social............................................................................ 45 3.16 Processos de avaliao do curso .............................................................. 47 3.17 Articulao entre graduao e ps-graduao .......................................... 53 4 ORGANIZAO ADMINISTRATIVA E ACADMICA DO CURSO .............. 54

4.1 Direo do curso .................................................................................... 54 4.1.1 Assistente de direo ..................................................................... 55

4.2 Coordenao pedaggica ...................................................................... 56 4.3 Ncleo Docente Estruturante ................................................................. 56 4.4 Colegiado do curso ................................................................................ 57 4.5 Corpo docente ....................................................................................... 57 4.6 Corpo tcnico-administrativo .................................................................. 57

5 ORGANIZAO CURRICULAR DO CURSO ................................ 58

5.1 Estrutura curricular ...................................................................................... 59 5.1.1 Matriz Curricular ............................................................................. 64 5.1.2 Ementas e bibliografias .................................................................. 67

5.2 Flexibilizao curricular ............................................................................... 115

6 ESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA ...................................... 115

6.1 Setor administrativo .................................................................................... 115 6.2 Sistema acadmico ..................................................................................... 117 6.3 Espao de trabalho para direo do curso .................................................. 118 6.4 Gabinetes de trabalho para professores em tempo integral........................ 118 6.5 Sala dos professores .................................................................................. 118 6.6 Salas de aula .............................................................................................. 118

6.6.1 Ncleo de Pesquisa em Direito (NPDU) ......................................... 118 6.6.2 Ncleo de Atividades Complementares (NAC) ............................... 118 6.6.3 Ncleo de Trabalho de Curso (NTC) .............................................. 118 6.6.4 Ncleo de Atividade Simuladas (NAS) ........................................... 119

6.7 Biblioteca ..................................................................................................... 119 6.8 Laboratrios ................................................................................................ 124 6.9 reas de convivncia e lazer ...................................................................... 125 6.10 Comit de tica em Pesquisa (CEP) ........................................................ 125 6.11 Condies de acessibilidade para pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida ............................................................................................................ 128 6.12 Setores de servios e apoio ...................................................................... 128

7 AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO............. 129

8 ANEXOS ........................................................................................ 133

8.1 Regulamento dos ncleos ........................................................................... 133 8.1.1 NPJ ................................................................................................. 133 8.1.2 NAS ................................................................................................ 138 8.1.3 NAC ................................................................................................ 143 8.1.4 NTC ................................................................................................ 148 8.1.5 NPDU ............................................................................................. 154

8.2 Produo cientfica - docentes .................................................................... 155

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1. CONTEXTUALIZAO SOCIAL 1.1 Contexto socioeconmico e poltico da sociedade contempornea

As mudanas provocadas pelo avano do conhecimento, da

tecnologia e da comunicao apresentam novos rumos e desafios no somente em setores produtivos, mas nas mais diversas reas de relacionamento do homem.

Os reflexos dessa revoluo sobre a cultura e sobre a educao so

imensos. De um lado, tem-se a universalizao da informao, libertando os indivduos das limitaes das culturas nacionais e abrindo possibilidades para a internacionalizao da cidadania. Por outro lado, passa a exigir que esse cidado seja instrudo, receba adequada preparao para que possa participar e usufruir dos avanos que a nova ordem oferece. A educao, assim, coloca-se como ponto central dessa mudana que se opera em todo o mundo. Ela se torna no passaporte para a entrada no mundo da tecnologia e para quebrar as limitaes que as distncias cientficas e tecnolgicas tm imposto aos cidados que residem fora do eixo econmico das principais economias globais.

Os novos desafios educacionais, produtivos e sociais e as novas

estruturas de tomadas de decises pedaggicas, polticas e tcnicas da atualidade exigem novas dinmicas, atribuies e expectativas de funcionamento das instituies universitrias.

Estudos recentes ressaltam aspectos importantes que precisam ser

considerados nas polticas e prticas de Ensino Superior, dentre eles:

- Considerao das mudanas que esto ocorrendo na produo e na transmisso do conhecimento. - O aprendiz precisa ser considerado em sua individualidade biolgica, com diferentes estilos de aprendizagem, cuja nfase dever estar na construo do conhecimento, e no na instruo. - O currculo deve ser algo construdo com critrios que considerem uma nova cosmoviso e promoo de dilogo permanente entre o indivduo e o seu meio ambiente, entre o professor e aluno, e que seja flexvel e baseado nas peculiaridades do contexto local. - Adoo de estratgias metodolgicas e processo de avaliao que assegurem que os alunos ajam com responsabilidade, capacidade crtica e com autonomia e que sejam apropriadas s particularidades da competncia a ser desenvolvida e s caractersticas dos alunos. - Necessidade de maior estreitamento do vnculo entre pesquisa-ensino-extenso.

Esta Instituio colabora com a universalizao do acesso ao conhecimento cientfico, tcnico, tico e cultural. A formao proposta nos documentos institucionais visa ao desenvolvimento de competncias e habilidades que permitam ao acadmico atuar em campos profissionais

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especficos, contribuindo para a melhoria das condies de vida e o desenvolvimento cultural e socioeconmico da regio.

O Centro Universitrio de Anpolis objetiva ampliar sua prestao de

servios por meio de modalidades de ensino diversificadas, em nvel presencial e a distncia, articuladas pesquisa e extenso, com base na qualidade social e na excelncia acadmica e pedaggica. Essa viso apoia-se nas demandas por ensino superior, necessrio formao do cidado, como resposta premncia do desenvolvimento regional, buscando a insero sociocultural e produtiva, de modo a contribuir para a elevao dos nveis de qualidade de vida e dignidade da coletividade.

neste cenrio que se situa o Projeto Pedaggico do Curso de

Direito, o qual se prope a oferecer uma formao humana, tcnico-cientfica, tica e profissional que atenda s demandas sociais, econmicas e polticas da sociedade contempornea, com especial ateno para as especificidades das realidades regional e local.

O Curso de Direito do Centro Universitrio de Anpolis

(UniEVANGLICA) desenvolve uma proposta curricular cuja nfase a formao humanstica e tcnico-cientfica, com vistas autonomia profissional e intelectual de seus graduandos. Para isso, recorre aos princpios da construo do saber, da flexibilidade curricular e da multidisciplinaridade como fundamentos para a consolidao do Projeto Pedaggico do Curso. O currculo baseia-se nos paradigmas da tica e da cidadania, numa viso global da realidade social que evidencia a responsabilidade e o compromisso institucional com a comunidade.

A opo pela tica como eixo principal do Projeto Pedaggico do

Curso justifica-se na medida em que este saber filosfico perpassa o exerccio do Direito quotidianamente, em razo de relevantes decises que se projetam sobre a vida social passarem quase sempre pela anlise e julgamento dos operadores do Direito. Sendo assim, o sentido da responsabilidade tica e social parece ser ainda mais enftico nesta profisso, o que s pode tornar este tipo de debate um exerccio indispensvel para a formao de novos profissionais (no mbito do ensino jurdico) e para o acompanhamento prtico e profissional dos operadores do Direito (no mbito das comisses de tica profissional).

importante assinalar que este Projeto Pedaggico, sem perder de vista o enfoque positivista, reflete tambm algumas concepes de autores clssicos como Chaim Perelman (Argumentao, Lgica e Direito, 2009), Jonh Rawls (tica, Instituies, Direitos e Deveres, 2001), Jurgen Habermas (Razo Comunicativa e Direito, 2007) e Miguel Reale (Lies Preliminares do Direito).

Com efeito, Perelman (2009) analisa o raciocnio jurdico e a influncia dos argumentos nas decises judiciais, desenvolvendo um estudo sobre a lgica de argumentos no formais. Para esse autor, considerando que a Lei no o nico significado do Direito, o intrprete no deve analisar os

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fatos apenas com a viso positivista e legalista de Kelsen, ou seja, apenas com base no comando legal. Deve realizar essa anlise admitindo a possibilidade de valoraes que surgem no decorrer da prtica judiciria. Essa lgica jurdica se destina ao exame das operaes intelectuais do jurista. Portanto, relevante, para a compreenso do Direito, analisar as diferentes aplicaes das leis e das regras lgicas universais na cincia jurdica.

Perelman (2009) defende, ainda, que, por ser a lgica jurdica

intimamente ligada ideia que se faz do Direito, importante uma reflexo sobre a evoluo do Direito para o exame das tcnicas de raciocnio prprias dessa rea do conhecimento, qualificadas por ele de Lgica Jurdica. Essa proposta busca, portanto, transformar a legislao em vigor em um Sistema de Direito, ou seja, fornecer um instrumento o mais perfeito possvel, que conteria o conjunto das regras do Direito.

Para este Projeto Pedaggico, so consideradas, ainda, as

concepes de Alf Ross (2009), que defende uma construo realista do conceito de Direito, com o objetivo de se obter esse conhecimento por meio de uma abordagem emprica. Nesse contexto, o Direito consiste num conjunto de fatos, pois constitudo pelas decises proferidas pelos juzes, ao julgarem situaes concretas. Corresponde, portanto, sua prpria aplicao. Ross (2009) baseia o Direito na interpretao dos fatos sociais, criticando a doutrina do jus-naturalismo. A corrente realista jurdica est ligada ao positivismo lgico. Observa-se que Ross (2009), em suas propostas, desconsidera questes que no possuem, na dimenso jurdica, embasamento cientfico. Desta forma, a concepo bsica da obra do autor o desenvolvimento do conhecimento emprico no plano jurdico, buscando o Direito na realidade ftica. Assim, as normas que integram o Direito devem ser direcionadas a comportamentos especficos por pessoas determinadas.

A proposta de Ross (2009) , portanto, a defesa de uma teoria

jurdica baseada no realismo, na medida em que se v no Direito um fenmeno social determinado pela aplicao feita pelos tribunais. A vigncia de uma norma jurdica significa que seu contedo ideal ativo na vida jurdica da comunidade, como um Direito em ao. Assim, descarta-se o idealismo jurdico que se funda na distino entre o mundo dos fatos da conduta e a validade do Direito. Trata-se, efetivamente, de uma vertente realista.

Certamente o exerccio do Direito exige a aquisio e o cultivo de

vrias habilidades que guardam similitudes e analogias entre si, exigindo habilidades prximas, aptides semelhantes e/ou complementares. No se acredita que um curso metodologicamente organizado somente para desenvolver conceitos, reproduzir prticas e teorias prontas possa instrumentalizar, de fato, seus graduandos para um exerccio terico e prtico que envolva tcnicas, cidadania, tica e justia. O rol desarticulado de disciplinas com programas no dialogantes, ministrados por professores desqualificados, no tem o poder de tornar aptos os profissionais egressos dos cursos jurdicos, nem de incitar a criatividade de seus prprios docentes, que se tornam repetidores de textos legais e reprodutores de uma retrica vazia de sentido. Da a necessidade de se repensar e rearticular os cursos

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jurdicos, no somente em seus contedos temticos e estruturas pedaggicas, mas tambm na episteme que os fundamenta. (AGUIAR, 2004)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) prev a

implementao do Curso de Direito como o fim de ampliar e consolidar a ao acadmica, contribuindo para o crescimento poltico, econmico e cultural da sociedade. Para isso, a Instituio tem investido em infraestrutura, organizao didtico-pedaggica, biblioteca e, tambm, definiu, no seu Plano Quinquenal, metas e aes de implementao do ensino, da pesquisa e da extenso. Alm disso, tem buscado promover a formao continuada do corpo docente e investir em convnios e projetos que viabilizem a formao terica e prtica dos discentes.

Desta forma, tendo em vista o padro de qualidade institucional,

este Projeto Pedaggico procura evidenciar atividades que conduzam aquisio e desenvolvimento de habilidades e competncias, considerando seus fins bsicos: o ensino e a extenso enquanto formas de integrao com a comunidade e a pesquisa, enquanto veculo de construo, consolidao e disseminao de conhecimentos. Nesse contexto de educao integral, o Curso de Direito privilegia o desenvolvimento de potencialidades individuais e coletivas, considerando a busca de uma formao diferenciada que vise educao e ao bem-estar do homem e, consequentemente, ao desenvolvimento da comunidade anapolina e da regio. 1.2 Contexto educacional local e regional

Na regio Centro-Oeste, na rea que abrange todo o Estado de Gois e o Distrito Federal, h uma concentrao urbana mais densa, onde se localizam duas regies metropolitanas: Goinia/GO e Braslia/DF; a microrregio do Entorno de Braslia/GO e a cidade de Anpolis/GO. A cidade de Goinia, capital do Estado de Gois, conta atualmente com 1.333.767 habitantes, segundo dados da Secretaria de Planejamento do Estado de Gois (GOIS, SEPLAN, 2012). Se considerarmos a regio metropolitana, essa populao atinge cerca de 2 milhes de habitantes. J a cidade de Braslia tem uma populao de 2.570.160 habitantes (IBGE, 2010), porm, na regio metropolitana, ultrapassa 3 milhes.

No caminho da BR 060, entre Braslia/DF e Goinia/GO, est a

cidade de Anpolis/GO, com um quantitativo populacional de 342.347 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2012. Essa cidade de porte mdio considerada um ponto estratgico de contato entre a microrregio Centro-Sul e o Norte do Estado, sendo tambm um importante entreposto, ligando as regies Sudeste e Norte do pas. Para alm da posio geogrfica, a cidade tem sido alvo de polticas federais que desencadearam e vm consolidando o processo de expanso econmica.

Numa anlise histrica, possvel observar que, desde a

emancipao de Anpolis em 1907, a posio geogrfica estratgica e a dinmica urbana local a credenciam como um centro regional. No por acaso, entre os anos 1930 e 1950, Anpolis foi o maior centro comercial da regio

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Centro-Oeste. Um fator fundamental nesse processo foi a chegada da ferrovia, em 1935. Alguns fatos evidenciam essa tese: em 1942, foi instalado o primeiro banco goiano, cujo nome era Banco Comercial do Estado de Gois, tendo este 14 filiais no Estado, inclusive em Goinia; o segundo banco goiano, o Banco Imobilirio do Oeste Brasileiro S/A, inaugurado em 1945, tambm era anapolino.

Em 1932, foi inaugurado o Colgio Couto Magalhes, embrio da

Associao Educativa Evanglica, fundada em 1947, que, posteriormente, seria a mantenedora das Faculdades Integradas da AEE, transformadas, em 2004, no Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA.

Em alguma medida, Anpolis se beneficiou da poltica de

interiorizao do Brasil, desenvolvida por Getlio Vargas, com o nome de Marcha para o Oeste. Foi assim que, em 1941, foi fundada a Colnia Agrcola Nacional de Gois, no Vale do So Patrcio, hoje cidade de Ceres. Nessa cidade, a Associao Educativa Evanglica criou novas Unidades: o Colgio lvaro de Melo e a Faculdade de Filosofia do Vale do So Patrcio.

A construo de Goinia, nas dcadas de 1930 e 1940, bem como a

edificao da nova capital federal Braslia, inaugurada em 1961 e a rede de rodovias que lhe dariam suporte, impactaram Anpolis, pois o municpio passou condio de entroncamento de importantes estradas de rodagem federais e estaduais. Tudo isso fez aumentar a populao do Estado e a demanda pelo ensino em Gois. Mais uma vez, Anpolis dava resposta a esse desenvolvimento, com a criao dos primeiros cursos de ensino superior fora da capital, por meio da Associao Educativa Evanglica, em 1960, com a oferta das licenciaturas em Histria, Letras, Geografia e Pedagogia.

Nos anos 1970, Anpolis passou a ser uma referncia no projeto de

desenvolvimento industrial, com a criao do DAIA (Distrito Agroindustrial de Anpolis), inaugurado em 1976. Este Distrito serviria de modelo para que outros do gnero fossem instalados no interior do Estado. O DAIA abriga, atualmente, o maior nmero de empresas do Estado. Enquanto tal, promove a interligao da cidade a grandes metrpoles e outros pases, dinamizando a economia local.

Outra ao que influenciou diretamente a dinmica urbana local foi a

efetivao da Estao Aduaneira do Interior, conhecida como Porto Seco. O Porto Seco propicia a distribuio de mercadorias e facilita as exportaes.

A construo do Aeroporto de Cargas de Anpolis, considerada obra

estratgica para a consolidao da plataforma multimodal no municpio, faz de Anpolis um centro de logstica, garantindo atrao de mais investimentos e o escoamento de produtos.

Na dcada de 1990, a abertura e/ou ampliao de Instituies de

Ensino Superior tm orientado discursos locais que asseguram ser a cidade de Anpolis um verdadeiro polo de educao. As Instituies de Ensino Superior so tambm representativas da dinmica urbana desse municpio. A oferta de

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educao superior promove a circulao de pessoas, dinamizada pela instalao de muitos jovens que se mudam ou vm diariamente de cidades circunvizinhas para Anpolis.

Em face do quadro sociopoltico, econmico e cultural de Anpolis e

regio, a UniEVANGLICA contribui positivamente com a comunidade, tanto no atendimento s demandas de ensino de graduao e ps-graduao, como na pesquisa cientfica e em atividades de extenso. (PDI 2014-2018)

A histria desta Instituio de Ensino Superior revela que sua

insero regional, iniciada em 1947, vem acompanhando o desenvolvimento do pas. A ampliao das instalaes fsicas e de laboratrios, o aumento da oferta de cursos e vagas e as aes de pesquisa e extenso tm sido realizadas de acordo com o cenrio socioeconmico e as demandas regionais.

Nesse sentido, o credenciamento institucional para a modalidade a

distncia amplia as possibilidades para o cumprimento de sua misso institucional. A perspectiva regional ganha novo escopo, agora em nvel nacional, por meio de uma educao a distncia mediada via novas tecnologias de informao e comunicao. Assim como as demais aes institucionais, em seu projeto educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial para a modalidade a distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando polticas institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce com as mesmas caractersticas institucionais de busca pela qualidade que permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando da criao de seu primeiro curso superior. Para tanto, investimentos especficos inerentes a um projeto de EAD - em recursos educacionais, humanos, tecnolgicos e financeiros j se fazem presentes, criando as possibilidades e os caminhos para que a misso institucional seja cumprida, agora, no cenrio educacional brasileiro. Os valores, os objetivos e as metas institucionais sero trabalhados no sentido de atender s necessidades dos alunos em cada um dos Polos de Apoio Presencial, propondo atuaes pedaggicas que possam responder de maneira adequada a essas necessidades. (PDI 2014-2018)

As transformaes provocadas pelo avano do conhecimento, da comunicao e das tecnologias marcam, decisivamente, o incio do sculo XXI e apresentam novos rumos, no somente em setores produtivos, como tambm nas mais diversas reas de atuao profissional, tendo em vista os complexos processos interacionais da sociedade contempornea. Os reflexos dessa revoluo sobre a cultura, em geral, e sobre o ensino do Direito, em particular, so iminentes e expressivos. De um lado, d-se a universalizao da informao, libertando os indivduos das limitaes das culturas nacionais e abrindo possibilidades para a internacionalizao da cidadania. Por outro, passa-se a exigir que esse cidado seja instrudo e receba adequada preparao para usufruir e participar dos avanos que esse novo contexto de interao de saberes apresenta.

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O Curso de Direito fomentar polticas inovadoras de gesto e polticas institucionais modernas e eficazes na conduo de seu projeto educacional, trabalhando a trade ensino, pesquisa e extenso. 2 CONTEXTUALIZAO INSTITUCIONAL 2.1 Caractersticas da instituio mantenedora

A Associao Educativa Evanglica AEE, fundada em 31 de maro 1947, pelo Reverendo Arthur Wesley Archibald, tem como tarefa fundamental contribuir para a educao e a formao de crianas, jovens e adultos da regio Centro-Oeste.

Criada como mantenedora de escolas, em diversos nveis, a AEE

uma instituio confessional, de carter interdenominacional e marca presena com a fundao de escolas em diversas cidades do Estado de Gois.

No nvel bsico, fundou o Colgio Couto Magalhes, em Anpolis; o

Colgio lvaro de Melo, em Ceres; o Educandrio Nilzo Risso, a Escola Luiz Fernandes Braga Jnior, o Normal Regional e o Stio de Orientao Agrcola, em Cristianpolis; tendo estes ltimos sido desativados, ao longo do tempo.

Durante a dcada de 1960, no contexto da interiorizao do

desenvolvimento provocado pela transferncia da capital federal para a Regio Centro-Oeste, e a partir da abertura propiciada pelo governo federal para o credenciamento de novas Instituies de Ensino Superior, a AEE criou sua primeira faculdade. Assim, em 27 de fevereiro de 1961, o Conselho Federal de Educao autorizou o funcionamento da Faculdade de Filosofia Bernardo Sayo FFBS, com a oferta dos cursos de Letras, Histria, Geografia e Pedagogia. Em 18 de maro de 1969, a Faculdade de Direito de Anpolis FADA foi autorizada a funcionar e, em 23 de novembro de 1971, foi igualmente autorizada a Faculdade de Odontologia. A Faculdade de Filosofia do Vale do So Patrcio, situada em Ceres, no Estado de Gois, foi autorizada a funcionar pelo Decreto n. 76.994, de 7 de janeiro de 1976, tendo esta os cursos de Letras e Pedagogia. Em 1993, as faculdades criadas at ento foram transformadas em Faculdades Integradas, por fora de seu Regimento Unificado.

Mais recentemente, ao final da dcada de 1990, as Faculdades

Integradas da Associao Educativa Evanglica ampliaram suas instalaes e a oferta de novos cursos, incluindo Cincias Contbeis, em Ceres, e Administrao, Educao Fsica e Enfermagem, em Anpolis. Em 2002, deu-se a oferta do curso de Fisioterapia, sendo tambm ampliado o nmero de vagas para Educao Fsica e Direito.

Convicta da relevncia de sua proposta educacional, fundamentada

em valores cristos, ticos e democrticos, as Faculdades Integradas da Associao Educativa Evanglica foram credenciadas como Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, em maro de 2004.

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A Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos, tem como misso: promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel.

Imbuda de sua misso, a Instituio tem, enquanto valores, a

competncia, o profissionalismo e o trabalho participativo, norteando suas aes por princpios ticos, morais e cristos.

A Instituio nutre, ainda, a expectativa de que, nos prximos 5

anos, ser consolidada como instituio crist de educao e centro de excelncia em ensino, pesquisa e extenso, utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando polticas institucionais modernas e eficazes na conduo de seu projeto educacional, tais como:

Exerccio de sua funo social, evidenciando as reas de atuao educacional, assistencial, poltica, social e cultural.

Desenvolvimento de um Projeto Institucional de qualidade, que valorize as potencialidades e individualidades do ser humano.

Valorizao profissional, investindo em projetos de capacitao que visem ao aprimoramento e ao crescimento intelectual.

Desenvolvimento de programas institucionais que possibilitem a consolidao do Projeto Pedaggico do Centro Universitrio, garantindo a articulao entre ensino, pesquisa e extenso universitria.

Estmulo a projetos de pesquisa, iniciao cientfica e programas de prestaes de servios. (PDI 2014-2018)

2.2 Caractersticas da Mantida

O Centro Universitrio de Anpolis foi criado a partir das Faculdades Integradas da Associao Educativa Evanglica, tendo sido credenciado em 15 de maro de 2004, por meio da Portaria Ministerial n. 628, publicada no D.O.U. n. 52, de 16 de maro de 2004. Em decorrncia de seu credenciamento, a Instituio criou, ento, em 2004, o curso de Sistemas de Informao, no turno noturno, e em 2005, o curso de Cincia da Computao, no turno matutino, e os cursos de Farmcia e Biologia/Licenciatura, no perodo noturno. Em 2008, novos cursos foram criados Medicina, no turno diurno e Engenharia Civil, no turno noturno, alm dos seguintes cursos superiores de tecnologia: Gastronomia, Gesto Financeira, Produo Sucroalcooleira, Radiologia e Redes de Computadores, todos no turno noturno.

No que se refere educao a distncia, em 2005, dando incio a

essa modalidade, o Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, cria o Ncleo de Educao a Distncia NEAD com a oferta de curso de extenso e seminrios. Em continuidade oferta desta modalidade, em 2009, de acordo com a Portaria 4.059 de 2004, que prev que as instituies de ensino superior possam introduzir na organizao pedaggica curricular de cursos superiores a oferta de disciplinas integrantes do currculo na modalidade semipresencial, inicia-se a oferta dos 20% da carga horria dos cursos reconhecidos, nessa modalidade. Cria-se, em junho de 2012, a Coordenao de Educao a Distncia.

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Atualmente, o Centro Universitrio de Anpolis, com o olhar voltado para a realidade presente e viso de futuro, atua estrategicamente, por meio de uma gesto inovadora e compartilhada. Assim, redefine prioridades, a fim de viabilizar sua misso e, desse modo, participar efetivamente do processo de desenvolvimento socioeconmico e cultural da regio.

Considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua

proposta educativa por meio dos cursos de graduao licenciatura e bacharelado, cursos superiores de tecnologia, cursos de ps-graduao lato e stricto sensu, dos programas e linhas de pesquisa e, ainda, dos cursos de extenso. Essa prerrogativa da Instituio em ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino superior favorece a articulao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso. A dinmica da integrao dessas atividades mobiliza o processo educativo. Nesse sentido, a UniEVANGLICA incorpora s suas atividades acadmicas programas de iniciao cientfica, alm de projetos de extenso e ao comunitria, que proporcionam outros espaos de construo, contextualizao e divulgao do conhecimento. Do mesmo modo, a utilizao de novas tecnologias da informao, baseadas na comunicao e na interao, contribuem para o desenvolvimento das habilidades cognitivas do acadmico, tais como busca, anlise crtica, julgamento, sntese e produo do conhecimento, com maior autonomia. (PDI 2014-2018)

3. CONCEPO DO CURSO 3.1 Identificao do Curso 3.1.1 Histrico

O Curso de Direito do Centro Universitrio de Anpolis, em

funcionamento desde 1968, est entre os mais antigos da regio Centro-Oeste. No incio, era a Faculdade de Direito De Anpolis, que passou a ser conhecida em toda a regio como FADA, denominao construda pelos prprios acadmicos.

O reconhecimento do curso deu-se em 22 de dezembro de 1972.

As primeiras providncias para a fundao da Faculdade de Direito de Anpolis foram tomadas no incio do ano de 1967, quando a Associao Educativa Evanglica, por seu Conselho Diretor, autorizou a instalao da Faculdade, nomeando como seus Diretores os professores Dr. Olmpio Ferreira Sobrinho e Dr. Getlio Targino Lima. Durante todo o ano, o pessoal designado trabalhou no processo de concepo do curso e de seu encaminhamento s autoridades do Conselho Federal de Educao (CFE), quando este ainda funcionava no Rio de Janeiro. O processo de autorizao no Conselho Federal de Educao teve como relator o Prof. Dr. Vandick Londres da Nbrega e a Comisso Verificadora foi presidida pelo Prof. Reverendo Benjamim de Morais Filho.

Aps a verificao das instalaes destinadas pela Mantenedora

para a nova faculdade, o Conselho Federal de Educao autorizou o seu funcionamento, com solenidade de instalao, realizada em 28 de maio de

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1968, tendo a aula inaugural sido proferida pelo professor Dr. Alberto Deodado Maria Barreto, ento membro do CFE. Em fevereiro de 1972, depois de ter sido reconhecida pelo Dec. 64.204, de 18 de maro de 1969, a Faculdade diplomou a sua turma pioneira.

Desde sua instalao, em 1968, a Faculdade de Direito de Anpolis

vinha funcionando nas salas cedidas pelo Colgio Couto Magalhes, aguardando a construo definitiva, em local em que seria destinado ao Campus Universitrio. Assim, em meados de 1970, o Reverendo Arthur Wesley Archibald, munido das plantas no s do Campus, como tambm dos prdios que seriam construdos, iniciou os servios de terraplanagem do terreno, cuidando de todas as providncias para que a sede da FADA ficasse pronta antes que se formasse a primeira turma. No ano de 1971, a Faculdade transferiu-se, j em excelentes condies de funcionamento, para o novo prdio, onde mais tarde instalar-se-ia de forma definitiva.

Em 22 de dezembro de 1972, atravs do Decreto 71.601, assinado

pelo ento presidente Emlio Garrastazu Mdici, a Faculdade de Direito de Anpolis foi reconhecida, em razo da concluso da primeira turma, que foi diplomada em 02 de fevereiro de 1973. O primeiro Diretor da Faculdade, que foi um dos responsveis pela instalao do Curso, foi o Dr. Olmpio Ferreira Sobrinho sendo que seu primeiro mandato perdurou at os primrdios do ano de 1982, quando precisou se licenciar em razo de ter sido nomeado Prefeito de Anpolis.

Na Direo da Faculdade de Direito, ao longo das cinco dcadas j

foram diretores: Dr. Olmpio Ferreira Sobrinho, em dois perodos de 1968 a 1982 e de 1993 a 1995; Dr. Isaac Souza Carvalhedo de 1980 a 11/1990; Dr. Altanir Galvo Figueiredo de 11/1990 a 1992; Dr. Rivaldo de Jesus Rodrigues de 1996 a 08/2001; Dr. Abro Rosa Lopes de 08/2001 a 2004; Dr. Roldo Izael Cassimiro de 2004 a 11/2005; Dr. Marcelo Henrique dos Santos, que tambm foi Diretor por dois perodos de 12/2005 a 2008 e 2013 a 02/2017; Dr. Germano Campos Silva de 01/2009 a 12/2012 e o atual Diretor Dr. Daniel Gonalves Mendes da Costa, desde fevereiro de 2017.

Em 1993, todas as Faculdades criadas at ento foram

transformadas em Faculdades Integradas, por fora do Regimento Unificado da Associao Educativa Evanglica. Neste mesmo ano de 1993, realizou-se a comemorao do jubileu de prata da criao da FADA, com uma grande festividade, sob a orientao do Dr. Ernei de Oliveira Pina, tambm na poca Presidente da AEE, como na atualidade.

Em 1998, quando a Faculdade de Direito completou trinta anos de

funcionamento, foi concludo o novo prdio com dois espaosos pavimentos, abrigando tambm a Faculdade de Filosofia Bernardo Sayao e todas as salas de aula e Departamentos da FADA. Atualmente, este prdio conhecido como Bloco A, no contexto das novas instalaes do Centro Universitrio, na dcada de 2000, e sua ampliao estrutural, com a construo de novos prdios que abrigam outros cursos. No Bloco A,

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encontra-se toda a estrutura do curso de Direito e tambm outras estruturas do Centro Universitrio.

O Curso de Direito funciona em dois turnos: matutino, com 120

(cento e vinte) vagas e noturno, com 180 (cento e oitenta) vagas, alcanando hoje um corpo discente com cerca de 1.500 (um mil e quinhentos) alunos.

Atualmente, o Curso de Direito procura fundamentar-se no apenas

em sua firme tradio, constituda ao longo dos anos, embora seus egressos, que ocupam relevantes posies no cenrio jurdico e poltico regional, evidenciem a contribuio do curso formao de lideranas. Mas, alm da tradio, o curso procura desenvolver os fundamentos contemporneos da formao pedaggica, com vistas ao aprimoramento de seus graduandos, a fim de atender s exigncias atuais, sem perder de vista os aspectos ticos e humansticos. 3.1.2 Dados do Curso

Autorizao: Rec. Decreto n. 71.601, de 22/12/1972

Durao: 05 (Cinco) anos

Tempo mximo de integralizao (8 anos)

Turnos de Funcionamento: Matutino e Noturno

Total de vagas: 300 (Trezentas)

Regime Escolar: semestral 3.1.3 Princpios Gerais

Para a orientao terica e prtica do curso de Direito, importante o respeito aos seguintes princpios:

1 tica acadmica, pessoal e profissional, fundamentadas em valores humansticos; 2 Aprendizagem ativa como um processo contnuo de construo do conhecimento; 3 Respeito pluralidade como garantia dos valores fraternos; 4 Valorizao da tica crist na formao do aluno; 5 Vnculo entre educao, responsabilidade social e soluo de conflitos; 6 Exerccio da interdisciplinaridade como ferramenta para a construo do conhecimento; 7 Valorizao do aluno em suas fragilidade e potencialidades. 8 Valorizao das polticas de direitos humanos desenvolvidas no Curso, que tratam da equidade e diversidade de gnero e do combate violncia contra mulher (Lei 11.340 de 2006) 3.2 Formas de ingresso

O acesso ao curso se d por meio de processo seletivo, na modalidade tradicional, e processo seletivo continuado, na modalidade eletrnica agendada, em outros dias e horrios, caso haja vaga remanescente. Faz parte do conjunto de requisitos do Processo Seletivo,

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restrito classificao na modalidade tradicional e a critrio do candidato, o Plano de Valorizao dos Conhecimentos Adquiridos por dois concursos consecutivos e o resultado do ENEM, desde que o candidato opte por seu(s) aproveitamento(s).

O Processo Seletivo, unificado em sua execuo, idntico em contedo para todos os cursos oferecidos, abrange a base nacional comum do Ensino Mdio, no podendo ultrapassar aquele nvel de complexidade e visa seleo do candidato em condies de frequentar o curso em que pretende ingressar. A classificao ser feita em ordem decrescente, segundo os pontos obtidos das somas alcanadas com todas as provas, depois de aplicados os devidos pesos e observados os critrios de desempate.

Os candidatos sero selecionados at o limite de vagas

estabelecido pelo curso. Enquanto houver vaga remanescente, poder ser preenchida por candidato classificado e no convocado em primeira chamada, independente da modalidade e etapa do processo seletivo. Ser feito aproveitamento de nota obtida em processo seletivo de outra IES.

O Centro Universitrio de Anpolis reserva-se o direito de cancelar

a oferta de vagas para o curso cuja demanda na inscrio ou na matrcula for considerada insuficiente, no cabendo ao candidato qualquer reclamao ou recurso. 3.2.1 Critrios de utilizao do ENEM

1 - Aproveitamento dos EXAMES dos 3 (trs) ltimos anos. Caso tenha participado mais de uma vez do EXAME, dever indicar apenas um resultado. 2 - Clculo da nota final: mdia aritmtica do resultado da soma dos pontos obtidos na prova da UniEVANGLICA e dos pontos obtidos na prova objetiva do ENEM, com aproveitamento da pontuao maior. O resultado obtido na Redao do ENEM no ser utilizado. 3.2.2 Plano de valorizao e aproveitamento dos conhecimentos adquiridos 1 Objetivos: Oportunizar ao aluno estudar mais as disciplinas nas quais teve um desempenho insatisfatrio; Proporcionar ao aluno uma reflexo a respeito de sua opo de curso; Evitar a presso e o stress de um nico processo seletivo eliminatrio. 2 Metodologia: Ser feito o aproveitamento das notas da prova anterior, porm, o aluno dever fazer todas as provas normalmente e poder alterar sua opo de curso e/ou turno. 3 Resultado: Ser feita a comparao dos resultados, considerando a maior nota de cada disciplina. 3.3 Justitificativa do Curso

Em mbito nacional, os currculos dos Cursos de Direito tm sido objeto de preocupao de diversos segmentos ligados direta e indiretamente

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ao campo jurdico. Diretores de cursos de Direito, professores e alunos, bem como associaes de classe, em encontros, seminrios e outros eventos promovidos em nvel nacional, tm ressaltado a existncia de um estado de descompasso entre o ensino jurdico e a realidade social. O debate acerca do ensino jurdico no Brasil considerou que a instituio do currculo mnimo figura como um dos obstculos viabilidade de promover a formao de bacharis devidamente instrumentalizados s novas demandas profissionais e sociais.

Neste sentido, o presente Projeto Pedaggico representa o

resultado de um exerccio coletivo na busca da adequao da formao a essa nova concepo de ensino jurdico. At porque, nesse exerccio, foram propostas diferentes matrizes, que foram, gradualmente, testadas e aperfeioadas. Essa experincia, baseada em diferentes tentativas e verificaes de resultados, culminou na conscincia da necessidade de uma assessoria pedaggica externa. Em 2011 a professora La das Graas Camargos Anastasiou assessorou a Pr-Reitoria Acadmica e a Coordenao Pedaggica em reunies com o Colegiado do curso, com vistas integrao de todas essas experincias num nico resultado que garantisse uma matriz correspondente aos anseios do corpo docente e discente e s exigncias do mercado, resguardando, ainda, a formao cientfica, tica e humanista.

Nessa nova concepo do Projeto Pedaggico, pretendeu-se

construir uma prtica pedaggica baseada na unidade dialtica processual, pela qual o aluno e o objeto de estudo so colocados frente a frente. Para isso, deve-se promover uma aprendizagem ativa, em que o papel do professor conduzir o estudante por meio de atividades contnuas, que integram os fundamentos tericos, a prtica profissional e a realidade social (ANASTASIOU; ALVES, 2010) 3.4 Objetivos do Curso 3.4.1 Objetivos Gerais

Nos termos desse Projeto Pedaggico, o curso de Direito de Anpolis dever: 1. Desenvolver conhecimento terico e prtico que contribua para a formao tcnico-jurdica e interdisciplinar fundamentada no compromisso com a justia social e com a sustentabilidade em todas as suas dimenses; 2. Promover a articulao entre ensino, pesquisa e extenso na rea jurdica; 3.4.2 Objetivos Especficos

Tendo em vista a formao integral do bacharel, o Curso de Direito dever: 1. Qualific-lo com competncia terica e prtica profissional para o exerccio das diversas atividades na rea jurdica; 2. Capacit-lo para a articulao scio jurdica contribuindo para o desenvolvimento da democracia e da cidadania em suas diferentes faces;

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3. Cultivar um espao de prtica e reflexo multidisciplinar, promovendo a inovao tecnolgica e social; 4. Promover o conhecimento das polticas pblicas, do controle social e de outros mecanismos no-judicializados de conflito; 5. Buscar condies tcnicas e materiais para o desenvolvimento do senso crtico na anlise das cincias jurdicas, por meio de atividades de pesquisa e extenso. 3.5 Perfil profissional do egresso

O perfil do egresso concebido com o fim de proporcionar ao aluno a capacidade de integrar sua futura prtica profissional condutas humanistas construdas a partir de uma sensibilidade social e tica, fundamentada em quatro eixos: 1 Articulao scio-jurdica para a preservao da democracia e da cidadania, em suas diferentes faces; 2 Competncia profissional para as diversas atividades jurdicas; 3 Concorrncia para o fortalecimento das polticas pblicas por meio do conhecimento do controle social e de outros mecanismos no-judicializados de conflito; 4 Conhecimento interdisciplinar que lhe propicie ser agente de transformao social.

O curso de Direito busca formar bacharis com habilitao

suficiente para uma vez atendidas as exigncias de ingresso o exerccio de uma das muitas atividades jurdicas, tais como a advocacia, a magistratura e as demais carreiras pblicas.

Para alcanar o perfil do egresso desejado, o curso deve propiciar

a seus alunos o desenvolvimento das seguintes habilidades e competncias:

Leitura, compreenso e elaborao de textos e documentos;

Interpretao e aplicao do Direito;

Pesquisa e utilizao da legislao, da jurisprudncia, da doutrina e de outras fontes do Direito;

Utilizao do raciocnio jurdico, de argumentao, de persuaso e de reflexo crtica;

Julgamento e tomada de decises; e Domnio de tecnologias e

mtodos para permanente compreenso e aplicao do Direito.

3.6 Polticas institucionais no mbito do curso

A Associao Educativa Evanglica, fundamentada em princpios cristos, tem como misso: promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel.

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Imbuda de sua misso, a Instituio tem, enquanto valores, a competncia, o profissionalismo e o trabalho participativo, norteando suas aes por princpios ticos, morais e cristos. (PDI 2014-2018)

A Instituio nutre, ainda, a expectativa de que, nos prximos 5

anos, ser consolidada como instituio crist de educao e centro de excelncia em ensino, pesquisa e extenso, utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando polticas institucionais modernas (Lei 9.394/1996) e eficazes na conduo de seu projeto educacional, tais como:

- Exerccio de sua funo social, evidenciando as reas de atuao educacional, assistencial, poltica, social e cultural.

- Desenvolvimento de um Projeto Institucional de qualidade, que valorize as potencialidades e individualidades do ser humano.

- Valorizao profissional, investindo em projetos de capacitao que visem ao aprimoramento e ao crescimento intelectual. - Desenvolvimento de programas institucionais que possibilitem a consolidao do Projeto Pedaggico do Centro Universitrio, garantindo a articulao entre ensino, pesquisa e extenso universitria.

- Estmulo a projetos de pesquisa, iniciao cientfica e programas de prestao de servios. 3.6.1 Polticas institucionais de ensino no mbito do curso

O ensino se constitui essencialmente na produo da aprendizagem.

Desta forma, a UniEVANGLICA concebe o papel do professor como mediador entre o aluno e o conhecimento. Est implcita na concepo de formao humana e profissional preconizada pela instituio o processo de elaborao de conhecimento dinmico e contextualizado, requerendo a participao ativa do acadmico na construo de sua aprendizagem. Para tanto necessrio a adoo de metodologias de aprendizagem dinmicas, inovadoras que criem condies adequadas para a construo do conhecimento pelo aluno. De igual modo, as aes de avaliao requeridas por essa concepo de educao superior devem ser contnuas, com nfase na reflexo sobre a formao, por meio de processos diagnsticos que tenham como propsito a identificao de xitos e retificaes para o re-planejamento, quando necessrio, com vistas ao aprimoramento das aes educativas. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

A compreenso de que a educao libertadora e dialgica, e se apresenta como promotora da relao horizontal de respeito mtuo entre professor e aluno, no permite mais o ensino conteudista e enciclopedista, onde o professor aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante. O ensino na UniEVANGLICA sim um ensino baseado no contato do estudante com o mundo, com o conhecimento, refletindo sobre ele, reformulando-o, ressignificando-o, visto que o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis, no esto prontos e requerem a reconstruo diuturna dos homens. Assim, a capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento

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pode garantir o desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de um pas de forma sustentvel e soberana. Por isso, educar pessoas que saibam criar e trabalhar o conhecimento fundamental para uma nao. apenas dessa relao com o saber que se forma cidados crticos, autores, reflexivos, criativos. Um saber que assim construdo percebe melhor a necessidade de transformar o mundo para que ele seja melhor para um maior nmero de pessoas. O profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao e de ensino compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas ainda to carente de formados em nvel superior. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Enfim, um profissional que sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta. Com base nessas premissas a UniEVANGLICA procura vivenciar a sua misso institucional, qual seja a de promover, com excelncia, o conhecimento por meio do ensino nos diferentes nveis, da pesquisa e da extenso, buscando a formao de cidados comprometidos com o desenvolvimento sustentvel. Assim, considerando sua misso, a UniEVANGLICA concretiza sua proposta educativa por meio dos Cursos de Graduao Licenciatura e Bacharelado, dos Cursos Superiores de Tecnologia, dos Cursos de Ps-Graduao Lato e Stricto Sensu, dos programas e linhas de pesquisa e, ainda, por meio de cursos de Extenso. A prerrogativa da instituio em ofertar cursos nos diferentes nveis de ensino superior favorece a articulao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso. A dinmica da integrao destas atividades agrega valor ao processo educativo. Nesse sentido, a UniEVANGLICA incorpora s atividades acadmicas programas de iniciao cientfica e projetos de extenso e ao comunitria que proporciona outros espaos de construo, contextualizao e divulgao do conhecimento. Do mesmo modo, a utilizao das novas tecnologias da informao, baseadas na comunicao e na interao, contribuem para o desenvolvimento de habilidades cognitivas no acadmico, quer na modalidade no presencial ou presencial, tais como busca, anlise crtica, julgamento, sntese e construo do conhecimento, com maior autonomia. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Coerente com sua misso e filosofia humanstica e crist, a

UniEVANGLICA incorpora sua proposta educacional princpios e valores norteadores das aes pedaggicas, objetivando o desenvolvimento na comunidade acadmica, de atitudes que privilegiem o respeito e valorizao da pessoa em suas relaes consigo mesma e com a sociedade. Do mesmo modo a formao de um ser humano consciente da herana cultural, ambiental, cientfica, tecnolgica das quais usufrui, e de sua responsabilidade no cuidado, preservao e aprimoramento deste patrimnio, apresenta princpio norteador da proposta educativa da UniEVANGLICA. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Neste sentido, a UniEVANGLICA se constitui como comunidade

que ensina e que aprende, de tal forma que o processo de reflexo e reconstruo permanente de suas aes passam a se constituir num instrumento de promoo do desenvolvimento humano e profissional de toda a

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comunidade educativa. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Assim como as demais aes institucionais, em seu projeto educacional, as aes de planejamento da estrutura inicial para a modalidade a distncia tambm foram desenhadas utilizando conceitos inovadores de gesto e adotando polticas institucionais modernas e eficazes. Dessa forma, a EAD nasce com as mesmas caractersticas institucionais de busca pela qualidade que permeiam seu trabalho desde o ano de 1961, quando da criao de seu primeiro curso superior. Para tanto, investimentos especficos inerentes a um projeto de EAD - em recursos educacionais, humanos, tecnolgicos e financeiros j se fazem presentes, criando as possibilidades e os caminhos para que a misso institucional seja cumprida, agora, no cenrio educacional brasileiro. (PDI 2014-2018)

A educao superior na sociedade brasileira ainda para poucos.

Apenas cerca 14,8% da populao na faixa etria entre 18 e 24 anos ingressa em instituies de ensino superior. nela que se formam os quadros qualificados para as empresas, as fbricas, as escolas, o servio pblico e privado, os hospitais, enfim, para toda forma de servio nos diferentes campos das atividades empresarial e cultural da sociedade. (PDI 2014-2018)

Por seu impacto na vida social, poltica e econmica, a educao

superior primordial para um pas que se deseja competitivo, justo e autnomo, mas o mais ainda para o desenvolvimento do ser humano. Ter acesso ao ensino superior direito de cada cidado brasileiro e, como tal, promove a pessoa na sua potencialidade cognitiva, criadora, profissional e pessoal. A educao superior influencia grandemente o desenvolvimento de cada pas. Deve, portanto, ser tratada com muito cuidado pelo Estado, pelas famlias, pelas instituies, sejam elas pblicas ou privadas. (PDI 2014-2018)

Toda Instituio de Ensino Superior - IES tem intrnseca s suas

atividades uma determinada concepo de educao. Essa concepo se incorpora s polticas institucionais, aos programas e projetos educativos e formadores da instituio. A fim de explicitar a concepo de educao que norteia suas aes, a UniEVANGLICA prope uma educao que busca formar um homem solidrio, autnomo, fraterno e tico, com competncia tcnica e cientfica prprias sociedade e ao mundo que deseja ver realizado. uma educao dialgica, na qual a relao professor-aluno/aluno-aluno se faz horizontalmente, com respeito mtuo e relaes igualitrias. 3.6.2 Polticas institucionais de pesquisa no mbito do curso

A atividade de pesquisa busca a anlise e interpretao de

fenmenos sociais e naturais. Exige adequao metodolgica constante, uma vez que as relaes na sociedade so mveis e flexveis. Na UniEVANGLICA, a pesquisa se relaciona com a comunidade acadmica de duas formas: a primeira se volta para a autonomia docente, uma vez que o ato de pesquisar conduz reviso de conceitos, aplicao de mtodos de investigao, anlise e busca de explicao de fenmenos e publicao de

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resultados que possibilitem a identificao de respostas para os problemas especficos da vida cotidiana do ser humano; a segunda a compreenso da lgica da cincia, colocando-se disposio dos alunos, professores e pesquisadores a prtica da pesquisa cientfica, no sentido de incentivar a investigao cientfica em sua relao com a coletividade. (PDI 2014-2018)

A UniEVANGLICA considera a pesquisa um elemento catalisador

do conhecimento cientfico, tcnico, humanstico e tico que, articulada ao ensino e extenso, exerce relevante papel na produo do conhecimento, propiciando o envolvimento terico-emprico e a formao profissional pelo exerccio da reflexo. Diversas iniciativas foram desenvolvidas nos ltimos anos para incentivar e viabilizar a pesquisa na UniEVANGLICA. (PDI 2014-2018)

Em 2004, foi criado o Comit de tica em Pesquisa (CEP) do

Centro Universitrio de Anpolis UniEVANGLICA, que apresenta carter multidisciplinar, com membros representantes das diversas reas (sade, biologia, humanas, tecnologia, religio). (PDI 2014-2018)

O CEP/UniEVANGLICA, desde ento, vem funcionando

plenamente com um funcionrio administrativo responsvel pelo atendimento aos pesquisadores e com local e horrio fixo e ainda oferecendo cursos de capacitao de membros e funcionrios, participaes em seminrios e encontros nacionais de comits de tica em pesquisa. Em 15 de janeiro de 2012 foi implantada a Plataforma Brasil no Sistema CEP/CONEP/CNS/MS com a finalidade de facilitar a anlise das pesquisas com seres humanos. A Plataforma Brasil foi criada para substituir o Sistema Nacional de Informao sobre tica em Pesquisa (SINESP). A Plataforma Brasil foi implantada no CEP/UniEVANGLICA em 2012 com a realizao de treinamento oferecido aos componentes dos comits de tica em pesquisa de todo o Brasil com finalidade de apresentar e esclarecer dvidas com relao ao novo mtodo, que passou a vigorar em janeiro de 2012. (PDI 2014-2018)

Desde 2001, funciona na UniEVANGLICA o Programa de Bolsas

de Iniciao Cientfica (PBIC), modalidade de ensino-aprendizagem que visa oportunizar a alunos de graduao a experincia de questionamento, sistematizao e organizao do saber, elevando-os da condio de receptores de informaes para a de atores da produo de seu prprio conhecimento. Trata-se de um programa voltado para o incentivo ao desenvolvimento de pesquisa pelos professores dos cursos de graduao e ps-graduao da UniEVANGLICA, com o objetivo de contribuir para a produo intelectual, estimulando pesquisadores produtivos a desenvolverem atividades cientfica, tecnolgica e artstico-cultural no mbito institucional. (PDI 2014-2018)

Todas as atividades de pesquisa so implementadas por meio de

projetos de pesquisa avaliados e acompanhados por comisses compostas por professores titulados na rea do projeto. A partir de 2007, os Projetos passaram a ser avaliados por consultores ad hoc externos. Estes consultores so oriundos de IES do Estado do Rio de Janeiro, So Paulo, Par, Paran,

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Bahia, Cear, Distrito Federal e Gois. Alguns projetos multidisciplinares tm sido desenvolvidos, inclusive em parceria com outras instituies. (PDI 2014-2018)

Ao final do ano de 2008, a PROPPE e o NUPTEC criaram a

UnINCUBADORA, responsvel por implantar um sistema de incubao de empresas no espao fsico do Centro Universitrio. Este processo se estendeu no decorrer de 2009, com a abertura de editais para a recepo de empresas e futura instalao/funcionamento. Nos anos de 2009 a 2013, o NUPTEC, alm de consolidar o Programa de Incubao, preparou projetos de criao de um Centro Tecnolgico regional, atendendo demandas socioeconmicas existentes em nossa realidade. (PDI 2014-2018)

No final de 2013, a Instituio conseguiu 2 bolsas Programa de

Suporte Ps-Graduao de Instituies de Ensino Particulares (PROSUP) com 4 taxas escolares e 1 bolsa do Programa Nacional de Ps Doutorado PNPD, pela CAPES. (PDI 2014-2018)

No perodo de 2009 a 2013, 289 projetos e 493 subprojetos foram

desenvolvidos no Programa de Iniciao Cientfica distribudos nas diversas modalidades existentes: Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica da UniEVANGLICA (PBIC/UniEVANGLICA), Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC/CNPq), Programa Institucional de Bolsas de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e Inovao (PIBITI/CNPq) e Programa de contrapartida em atividades de Iniciao Cientfica (PBIC/OVG). (PDI 2014-2018)

PROJETOS DE PESQUISAS DESENVOLVIDOS NO NPDU

50 projetos em andamento no ano de 2017

3.6.2.1 Ncleo de Pesquisa do Curso de Direito da UniEVANGLICA NPDU

O Ncleo de Pesquisa do Curso de Direito da UniEVANGLICA (NPDU) um setor avanado de estudos e pesquisas, destinado a coordenar e implementar polticas e aes na rea especificada, fornecendo condies tcnicas para o desenvolvimento de atividades de pesquisa do curso de Direito e tambm de pesquisas interdisciplinares na temtica adotada pelo NPDU.

O NPDU tem como temtica de concentrao de trabalho do ncleo

Direitos Humanos e Polticas Pblicas e duas linhas de pesquisa: Estado, Sociedade e Cidadania; e Direito e Inovao Tecnolgica. As linhas de pesquisa bem como a temtica de concentrao dos trabalhos do ncleo, sero escolhidos por um conselho formado pelo Diretor do Curso de Direito, Supervisor do NPDU e Ncleo Docente Estruturante (NDE).

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O NPDU subordinado Direo do curso de Direito, seguindo, portanto, as normas internas administrativas e acadmicas.

O NPDU trabalhar em parceria com a Pr-Reitoria de ps-

graduao, pesquisa e extenso no que tange ao Programa de Iniciao Cientfica (PIBIC) e o Programa de Iniciao Cientfica do CNPq referentes ao curso de Direito.

Subordinam-se ao NPDU: os programas e convnios estabelecidos

pelo NPDU.

So objetivos do NPDU:

I. Elaborar e operacionalizar estratgias para o desenvolvimento da pesquisa institucional, criando condies acadmicas para propiciar crescimento ordenado das atividades de pesquisa e de publicaes cientficas qualificadas; II. Fomentar o desenvolvimento das atividades de pesquisa que envolvam pesquisadores do Curso de Direito, estimulando o debate, a pesquisa, a produo e a avaliao do conhecimento atravs de programas, projetos, cursos e grupos de estudo; III. Organizar as pesquisas desenvolvidas no curso de Direito, canalizando-as para as linhas de pesquisa adotadas pelo NPDU; IV. Incentivar e monitorar publicaes das pesquisas em peridicos nacionais e internacionais, livros, manuais e coletneas, bem como a participao em congressos, simpsios e outros eventos cientficos; V. Manter completa sintonia com os demais departamentos do Curso de Direito, desenvolvendo atividades conjuntas. VI. Estimular a participao dos Universitrios em projetos de iniciao cientfica de carter interdisciplinar; VII. Promover a interao de docentes das diferentes reas do conhecimento no desenvolvimento de projetos de pesquisa;

So competncias do NPDU:

I. Definir novas linhas de pesquisa, no mbito do Curso de Direito da UniEVANGLICA, que seja de interesse da comunidade Universitria e relevantes para a sociedade; II. Regularizar, acompanhar e validar as pesquisas realizadas no Curso de Direito, resguardando a instituio de violaes ticas e, ainda, buscando consolid-las em relao aos seus contedos e formatao metodolgica; III. Organizar minicursos de formao para elaborao de projetos de pesquisas e orientao aos pesquisadores interessados em participar de editais de fomento promovidos pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Gois (FAPEG), CNPq e demais fomentadores de pesquisas; IV. Analisar e emitir parecer tcnico (direcionado coordenao de pesquisa da UniEVANGLICA) sobre a viabilidade, oportunidade e validade dos projetos e relatrios submetidos ao PBIC, PIBIC, FAPEG e demais agncias de fomento; V. Auxiliar e orientar a criao de novos Grupos de Pesquisa em outras reas do conhecimento e suas respectivas linhas, a fim de submet-los

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coordenao de pesquisa da UniEVANGLICA que poder registr-los ou no no CNPq; VI. Zelar pela quantidade e pela qualidade de publicaes dos docentes e discentes do curso de Direito em veculos de divulgao cientfica e participao em eventos, dando preferncia aos veculos cientficos que possuam qualificao QUALIS (A, B ou C) da CAPES; VII. Apoiar ou realizar eventos tcnico-cientficos para divulgao da produo cientfica de pesquisadores e alunos, da graduao e da ps-graduao; VIII. Buscar parcerias com Instituies de pesquisa, empresas privadas, rgos pblicos, ONGs, nacionais e internacionais, visando captar recursos, trocar informaes, obter cursos e estgios, dentre outras atividades, que atendam ao objetivo de aumentar a produo cientfica e consolidar as linhas de pesquisa do NPDU; IX. Encaminhar com a periodicidade, que lhe for determinada, relatrio de suas atividades Coordenao do Curso de Direito; X. Promover a realizao de cursos, seminrios, encontros, simpsios e similares sobre temas ligados aos projetos em desenvolvimento no Ncleo; XI. Incentivar a publicao de estudos, trabalhos e pesquisas realizadas no NPDU; XII. Viabilizar a publicao de artigos elaborados por participantes do NPDU na revista jurdica do Curso de Direito; XIII. Desenvolver atividades de pesquisa na forma de projetos que, utilizando-se de recursos humanos, materiais e equipamento, sero executados em nome do Ncleo. 3.6.2.2 Ctedra Cristovam Buarque De Direitos Humanos e Educao para Cidadania Histria: Criada em agosto/2015, a partir da iniciativa do NPDU do Curso de de Direito de Anpolis, concentra suas preocupaes nas temticas dos Direitos humanos e da Educao como promotora de cidadania. Tem como patrono o Prof. Dr. Cristovam Buarque, pelos inmeros e inestimveis servios prestados em prol da educao no Brasil e por sua incansvel luta por uma cidadania inclusiva e o respeito aos Direitos Humanos no Brasil. Patrono: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque (Recife, 20 de fevereiro de 1944), engenheiro mecnico, economista, educador, professor universitrio e poltico brasileiro filiado ao PDT. o criador da Bolsa-Escola, que foi implantada pela primeira vez em seu governo no Distrito Federal. Foi reitor da Universidade de Braslia de 1985 a 1989. Foi governador do Distrito Federal de 1995 a 1998. Foi eleito senador pelo Distrito Federal em 2002. Foi Ministro da Educao entre 2003 e 2004, no primeiro mandato do presidente Lus Incio Lula da Silva. Foi reeleito nas eleies de 2010 para o Senado pelo Distrito Federal, com mandato at 2018. casado, tem duas filhas, duas netas e um neto. Autor de dezenas de livros e artigos acadmicos. *Objetivos: 1. Criar um centro de pesquisa, documentao e informao na rea dos direitos humanos e da educao.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Recifehttp://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_fevereirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1944http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Democr%C3%A1tico_Trabalhistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa-escolahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Bras%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)http://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_da_Educa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_da_Educa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_Federal_do_Brasil

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2. Desenvolvimentos de projetos sociais de incluso, no campo dos direitos humanos. 3. Capacitao de professores de ensino superior em direitos humanos. 4. Firmar intercmbios nacionais e internacionais estreitando relaes entre a pesquisa e as polticas educacionais 5. Oferecer cursos em nvel de ps-graduao (Lato sensu) sobre Direito Educao e Legislao Educacional. *Justificativas 1. Estmulo ao pensamento crtico, nas reas sensveis, com perspectivas de desenvolvimento de aes em pesquisa e prticas extensionistas no corpo docente. 2. A possibilidade de fomento e intercmbio com instituies e atores envolvidos nestas reas do conhecimento e a articulao de esforos em aes conjuntas. 3. A situao cada vez mais preocupante por que passa o sistema educativo em nosso pas, em especial a de nvel superior, alienada da realidade social e cultural do nosso povo, como tambm de uma anomia social e a consequente corroso dos direitos humanos mais bsicos. *reas Temticas: 1. Direitos Humanos 2. Educao e Cidadania *Linhas de Pesquisa: 1. Sociedade, Democracia e Direitos Humanos 2. Incluso, Cidadania e Educao *Grupos de Pesquisa e Projetos: 1. GPDH Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos com registro no CNPq 2. GPEC Grupo de Pesquisa em Educao Cidad com registro no CNPq *Atividades: Promoo de Simpsios, Jornadas, Seminrios, Conferncias, Cursos breves, Grupos de Pesquisa etc. Neste sentido, mantm uma estrutura prpria de pesquisa com o intuito de receber pesquisadores em nvel de ps-graduao, prioritariamente da rea de Cincias Sociais Aplicadas e Cincias Humanas, para o desenvolvimento de projetos cientficos, literrios e sociais, inclusive em parceria institucional, visando aes prticas de extenso universitria junto comunidade Anapolina e arredores, como tambm nos demais campi da UniEVANGLICA. 3.6.2.3 Monitoria

O programa de monitoria do Curso de Direito foi criado pela Coordenao Pedaggica no ano de 2012. A Monitoria possibilita a experincia da vida acadmica promovendo a integrao entre os alunos, a participao em funes diversas do curso, o desenvolvimento nas atividades de ensino-aprendizagem e a integrao em atividades de pesquisa. Os acadmicos - monitores so escolhidos atravs de um processo seletivo.

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O aluno monitor receber, ao final de seu exerccio, um certificado

com comprovao das horas dedicadas ao desenvolvimento da atividade de monitoria certificado expedido pela PROACD.

Desde o ano de 2017 a monitoria est sob a responsabilidade do

Ncleo de Pesquisa em Direito da UniEVANGLICA NPDU. 3.6.3 Polticas institucionais de extenso no mbito do curso

A UniEVANGLICA adota uma concepo de extenso, conforme a definio explicitada pelo FORPROEX, em 1987: A Extenso Universitria o processo educativo, cultural e cientfico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissocivel e viabiliza a relao transformadora entre Universidade e Sociedade. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Esta concepo de extenso est alicerada no iderio de

transformao da sociedade a partir da prtica extensionista, vista como mecanismo de articulao do trip ensino, pesquisa e extenso. A relao entre o ensino e a extenso supe transformaes no processo pedaggico, pois professores e alunos constituem-se como sujeitos do ato de ensinar e aprender, levando socializao do saber acadmico. Do ponto de vista das prticas pedaggicas, esta relao favorece uma abordagem contextualizada, integradora das diferentes reas do conhecimento, portanto, interdisciplinar. E, pelo contato com a realidade da vida social, a relao ensino-pesquisa se consolida como espao de anlise e compreenso dessa realidade, de onde emergem novos temas de estudo e pesquisa, contribuindo, deste modo, para a flexibilizao curricular. Alm disso, as atividades de extenso, articuladas ao ensino, podem estabelecer estreita relao entre a teoria e a prtica, atribuindo maior significado s atividades, como tambm, oportunizando o desenvolvimento de diferentes habilidades e competncias. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

J na relao com a pesquisa, a extenso se encontra firmada na

investigao e na produo de conhecimentos advindos da realizao das aes de extenso. Deste modo, este fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadmico e popular, ter como consequncias a produo do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira, regional, a democratizao do conhecimento acadmico e a participao efetiva da comunidade na atuao da Universidade. (PROJETO PEDAGGICO INSTITUCIONAL, S/D, online)

Atravs dos projetos de extenso, o aluno do curso de Direito

participar do planejamento, execuo e avaliao de servios prestados comunidade, atuando em escolas e outras instituies educacionais.

Projeto VISITA AO CONGRESSO, promovido pela mantenedora

semestralmente, quando os acadmicos do curso de Direito, juntamente com os professores visitam o Congresso e a Cmara dos Deputados.

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Projeto JUSTIA ITINERANTE, realizado pelo Ncleo de Prtica Jurdica em convnio com o Foro local, Ministrio Pblico do Estado de Gois, Poder Judicirio e Previdncia Social. Neste projeto, o Centro Universitrio dirige-se at o bairro da clientela a ser atendida, juntamente com os demais conveniados e ali, sem qualquer custo para a parte, so atendidos, processados seus pedidos e julgadas as aes, haja vista que, alm da UniEVANGLICA, deslocam-se para o bairro eleito o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico.

Projeto UniEVANGLICA CIDAD, promovido pela mantenedora, semestralmente, juntamente com o curso de Direito, por intermdio dos professores e acadmicos, destacando-se a oficina Trilha da Cidadania.

3.6.3.1 Eventos cientficos, seminrios, palestras e conferncias

Espaos curriculares diversificados: h um incentivo constante do colegiado do curso para que haja participao dos alunos e professores em atividades de carter cientfico e cultural, que sero articuladas como parte do processo formativo dos acadmicos;

Participao em eventos locais, regionais e nacionais ligados ao Direito;

Visitas ao Frum de Anpolis, STF, STJ, TJ-GO, TRT, TST, MPGO, Cmara dos Deputados e Congresso Nacional;

Exposies e debates sobre trabalhos realizados; Participao efetiva nas Jornadas Jurdicas e Congresso do Curso de

Direito, realizadas anualmente, envolvendo os acadmicos do curso de Direito.

3.6.4 Atividades de ensino e sua articulao com a pesquisa e a extenso O ensino, na UniEVANGLICA, tem como pressuposto a relao

dialgica, que se apresenta como promotora da relao horizontal de respeito mtuo entre professor e aluno. No se permite mais o ensino enciclopedista, onde o professor aparece como o nico doador de conhecimento ao estudante.

Sendo assim, o ensino na UniEVANGLICA baseado no contato

do estudante com o mundo, com o conhecimento, refletindo sobre ele, reformulando-o, ressignificando-o, pois o mundo e o conhecimento so dinmicos e mutveis, no esto prontos e requerem a reconstruo diuturna da sociedade. Busca, deste modo, a integrao entre as atividades de ensino, pesquisa e extenso, tendo em vista promover a formao acadmica de forma contextualizada, a partir de anlise e interpretao de fenmenos sociais e naturais, abordados com adequao cientfica e incorporando o hbito de investigao com rigor metodolgico.

A IES entende que a capacidade de criar e trabalhar com o

conhecimento pode garantir o desenvolvimento de uma instituio educativa, como tambm de um pas de forma sustentvel e soberana. Por isso, educar pessoas que saibam criar e trabalhar o conhecimento fundamental para uma nao. dessa relao com o saber que se formam cidados crticos, autores,

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reflexivos, criativos. Um saber que assim construdo percebe melhor a necessidade de transformar o mundo para que ele seja melhor para um maior nmero de pessoas. O profissional formado nessa concepo de mundo, de homem, de educao e de ensino compreende melhor a responsabilidade social de sua profisso num pas ainda to carente de formados em nvel superior. Enfim, um profissional que sensvel aos problemas que a sociedade enfrenta.

A atividade de pesquisa busca a anlise e interpretao de

fenmenos sociais e naturais. Exige adequao metodolgica constante, uma vez que as relaes na sociedade so mveis e flexveis. No Curso de Direito, a pesquisa se relaciona com a comunidade acadmica de duas formas: a primeira se volta para a autonomia docente, uma vez que o ato de pesquisar conduz reviso de conceitos, aplicao de mtodos de investigao, anlise e busca de explicao de fenmenos e publicao de resultados que possibilitem a identificao de respostas para os problemas especficos da vida cotidiana do ser humano; a segunda a compreenso da lgica da cincia, colocando-se disposio dos alunos, professores e pesquisadores a prtica da pesquisa cientfica, no sentido de incentivar a investigao em sua relao com o contexto local, regional e com a coletividade, por meio dos programas de Iniciao Cientfica.

O Curso considera a pesquisa como elemento catalisador do

conhecimento cientfico, tcnico, humanstico, tico e poltico, que, articulada ao ensino e extenso, exerce relevante papel na produo do conhecimento, propiciando o envolvimento terico-emprico e a formao profissional pelo exerccio da reflexo. O setor de pesquisa propriamente acadmica, coordenado a partir do Ncleo de Pesquisa em Direito - NPDU que busca manter o cadastro institucional no CNPq para participar do Programa de Iniciao Cientfica. A possibilidade de disputarmos projetos de fomento do rgo, ampliar nossos objetivos de qualificar os Projetos de PBIC. Define como poltica de pesquisa o desenvolvimento dos seguintes programas:

PROGRAMA DE BOLSA DE INICIAO CIENTFICA (PIBIC) consiste no desenvolvimento de pesquisas de iniciao cientifica, com orientao docente, a partir de processo seletivo, com concesso de bolsa de estudo, como estimulo a formao de pesquisadores.

PROGRAMA DE INICIAO CIENTFICA VOLUNTRIA (PVIC) voltado para a iniciao voluntria pesquisa de alunos de graduao da FESC, atravs do estmulo a pesquisadores produtivos no sentido de envolver estudantes de graduao nas atividades cientfica, tecnolgica e artstico-cultural.

Esta concepo de extenso est alicerada no iderio de

transformao da sociedade, a partir da prtica extensionista, enquanto mecanismo de articulao entre ensino, pesquisa e extenso. A relao entre o ensino e a extenso supe transformaes no processo pedaggico, pois professores e alunos constituem-se sujeitos do ato de ensinar e aprender, levando socializao do saber acadmico. Do ponto de vista das prticas

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pedaggicas, esta relao favorece uma abordagem contextualizada, integradora das diferentes reas do conhecimento e, portanto, interdisciplinar.

Na realidade social, a relao ensino-pesquisa se consolida como

espao de anlise e compreenso dessa realidade, de onde emergem novos tpicos de estudo e pesquisa, contribuindo, deste modo, para a transformao dessa realidade a partir da aplicao do saber construdo nessa relao. Alm disso, as atividades de extenso, articuladas ao ensino, podem estabelecer estreita relao entre a teoria e a prtica, atribuindo maior significado s atividades, como tambm oportunizando o desenvolvimento de diferentes habilidades e competncias.

J na relao com a pesquisa, a extenso se encontra firmada na

investigao e na produo de conhecimentos oriundos da realizao das aes sociais comunitrias. Desse modo, este fluxo, que estabelece a troca do saber sistematizado, acadmico e popular, ter como resultado a produo do conhecimento resultante do confronto com a realidade local e regional. Desta forma, os cursos de graduao e de ps-graduao ao adotarem a articulao do ensino, da pesquisa com as atividades extensionistas, criam estratgias que aprimoram a qualidade pedaggica, alm de consolidar a responsabilidade social da Instituio na busca de respostas para as necessidades sociais, principalmente da comunidade do entorno em que se situa a Instituio. 3.7 Metodologia de Ensino

No Curso de Direito para que a estrutura curricular seja operacionalizada em cada perodo letivo, as disciplinas devem dialogar entre si atravs de um ncleo articulador, composto por disciplinas do perodo em questo que possuam um potencial dialgico com as demais. Alm disso, devem ser formados subgrupos de displinas para ampliar e enriquecer esse dilogo.

Nesse contexto, as disciplinas no so concebidas enquanto

unidades isoladas e estanques, mas enquanto unidades multidisciplinares e com alta capacidade de mobilidade em suas abordagens e contedos, estabelecendo relaes com as demais disciplinas, numa viso integradora e global. Esse todo articulado sincronicamente e diacronicamente, ou seja, durante cada semestre as disciplinas articulam-se horizontalmente e verticalmente, num movimento de aprofundamento. As disciplinas articulam-se com as demais do mesmo semestre e com a dos semestres precedentes.

Cada perodo dever ter um coordenador que assumir a

responsabilidade de acompanhar, junto com seus pares, o desenvolvimento das disciplinas do semestre letivo. Devero ser feitas reunies mensais para acompanhamento e avaliao do processo de ensino-aprendizagem tambm pela coordenadoria pedaggica.

As disciplinas so oferecidas em forma de crditos, no havendo

limite para matrcula em cada semestre. No ato da matrcula, o acadmico orientado para que haja adequao entre o atendimento necessidade de

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integralizao do curso, disponibilidade do aluno e ao horrio de aula previsto para aquele semestre.

A construo da Matriz Curricular do Curso tem sido resultado de um processo dialgico entre o corpo docente, que se reuniu enquanto Colegiado, mediado pelo NDE, pela Direo e pela Coordenao Pedaggica do curso, com a assessoria da Pr-Reitoria Acadmica e da consultoria externa, j mencionada (Profa. La Anastasiou). Algumas reunies foram abertas para a participao de alunos e outras foram realizadas diretamente com eles, a fim de ouvi-los a respeito da organizao do curso e da matriz curricular.

Essa matriz foi implantada em agosto de 2017.2 em substituio

matriz anterior, implantada em 2014. A mudana veio da constatao de que alguns ajustes nas ementas e na disposio das disciplinas na matriz eram necessrios, pois os contedos no estavam sendo suficientemente integrados formao prtica e profissional. Portanto, houve a proposta de construirmos uma nova matriz, mantendo a integrao dos trs eixos, como descrevemos anteriormente. Na nova matriz, eles so estruturados e amarrados, a fim de possibilitar ao aluno a construo de um conhecimento interdisciplinar e com possibilidade de flexibilizao curricular.

Alm disso, percebeu-se a necessidade de enfatizar a formao

tica dos discentes, pois a ausncia desta, que antes era percebida apenas nos ambientes polticos ou profissionais, agora tem sido sentida e vivenciada no ambiente universitrio.

O desafio da Flexibilizao Curricular no Curso de Direito, no tem

justificativa em si mesmo. O seu significado