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 Direito Colectivo do Direito Colectivo do Trabalho Trabalho O Direito do Trabalho exprime uma O Direito do Trabalho exprime uma ruptura com o individualismo radical, é ruptura com o individualismo radical, é um produto do homem um produto do homem solidário solidário  e não e não solitário solitário  (art. 404. e ss. do CT!. (art. 404. e ss. do CT!.

Direito Colectivo Do Trabalho

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  • Direito Colectivo do TrabalhoO Direito do Trabalho exprime uma ruptura com o individualismo radical, um produto do homem solidrio e no solitrio (art. 404. e ss. do CT).

  • Associativismo sindicalLiberdade sindical e direitos das associaes sindicais: arts. 55./1 e 56. da CRP, art. 404. do CT; em particular, o direito de contratao colectiva (art. 56./3 da CRP) e o direito greve (art. 531. do CT).Noo de sindicato: art. 442., n. 1-a), do CT (elementos organizativo, subjectivo e objectivo); o nvel de organizao (associaes de 1., 2. e 3. grau, nos termos do n. 1, als. a) a d), do art. 442.) .

  • Uma questo polmicaGozam os magistrados (judiciais e do MP) de liberdade sindical, nos termos do art. 55. da CRP?O art. 110. da CRP e o chamado critrio da profissionalidade: os tribunais como rgo de soberania de natureza no poltica (cargo pblico cargo poltico).

  • Associaes sindicais e ordens profissionaisAs ordens profissionais so as associaes sindicais das profisses liberais (advogados, mdicos, farmacuticos, etc.)?Numa profisso em que exista uma Ordem, poder tambm existir um sindicato?A natureza hbrida ou dualista das ordens profissionais: elas so, simultaneamente, organismos pblicos de regulao da profisso e associaes de defesa de interesses profissionais.

  • AS e Ordens Profissionais (cont.)As funes das ordens profissionais tm um carcter ambivalente, sendo algumas de tipo privado (representao e defesa de interesses profissionais no campo social e econmico) e outras de natureza pblica (regulao do acesso profisso e do seu exerccio, funes disciplinares).A Ordem tem natureza unicitria e obrigatria, abrangendo todos os membros da profisso, mas sendo-lhe vedada a representao dos interesses laborais daqueles que sejam trabalhadores dependentes (art. 267./4 da CRP).

  • As dimenses da liberdade sindicalLiberdade de constituio de sindicatos (art. 55., n. 2-a), da CRP): unicidade sindical vs. pluralismo sindical; a unidade sindical um objectivo, mas no pode ser imposta por lei.Liberdade de inscrio (art. 55., n. 2-b), da CRP): dimenso positiva (art. 444./1 do CT) e dimenso negativa (art. 444./6 do CT)Liberdade de organizao e de regulamentao interna (art. 55./2-c), da CRP), com respeito pelo princpio democrtico (art. 55./3 da CRP).Liberdade de aco sindical na empresa (art. 55., n. 2-d), da CRP, art. 460. e ss. do CT).

  • Tutela da liberdade sindical:art. 406. do CTPactos e actos antisindicais, visando atingir a liberdade sindical de inscrio e reduzir a influncia do sindicato (ou reforar o sindicato do agrado das entidades empregadoras); o exemplo do chamado yellow dog contract.Pactos de segurana sindical, que atingem a liberdade sindical negativa (de no inscrio, de abandono), com o objectivo de promover o reforo dos sindicatos; o exemplo da chamada closed shop ou da clusula de preferential hiring .

  • Comisses de trabalhadoresO modelo dualista: o nosso ordenamento reconhece a dualidade de instncias representativas dos trabalhadores no mbito da empresa art. 54. da CRP e arts. 415. a 439. do CT.CT vs. AS: mbito empresarial e supra-empresarial; (des)necessidade de inscrio; opo pela unicidade da CT (art. 415./1), temperada pelo princpio da representao proporcional (art. 433./1) e pela possibilidade de criar subcomisses nas empresas com estabelecimentos dispersos (art. 415./2).

  • Tutela dos representantes eleitos dos trabalhadores

    Base normativa: art. 55., n. 6, da CRP.Dois exemplos: a proteco reforada dos representantes eleitos em matria de despedimento (art. 410. do CT) e em caso de transferncia (art. 411. do CT).

  • Conveno colectiva de trabalhoA contratao colectiva como tcnica privilegiada de composio de interesses colectivos e como modo especfico de produo de normas jurdico-laborais (art. 1. do CT).A conveno colectiva como espcie nuclear do gnero IRCT (art. 2. do CT): os IRCT negociais (art. 2., n. 2) e os IRCT no negociais (art. 2., n. 4).

  • Conveno Colectiva (cont.)Noo acordo escrito celebrado entre instituies patronais (empregadores ou suas associaes), por um lado, e, por outro, associaes representativas de trabalhadores, com o objectivo principal de fixar as condies de trabalho que ho-de vigorar para as categorias abrangidas (salrios, carreira profissional, frias, durao de trabalho, etc.).Tipologia CCT, ACT e AE (art. 2., n. 3).

  • Conveno colectiva (cont.)Natureza jurdica contrato-lei, lei negociada, contrato normativo, hbrido que tem um corpo de contrato e alma de lei (Carnelutti).O direito de contratao colectiva como direito fundamental dos trabalhadores, cujo exerccio compete s associaes sindicais (art. 56., n. 3, da CRP): o art. 491. do CT.

  • Contedo e limites da CCTContedo o art. 492. do CT e a tradicional distino entre as clusulas obrigacionais e normativas.Limites a conveno colectiva e a lei: o art. 478., n. 1-a), do CT; as normas (relativa ou absolutamente) imperativas; o princpio do carcter convnio-dispositivo ou colectivo-dispositivo das normas legais (art. 3., n. 1, do CT).

  • CCT: mbito pessoal ou subjectivoPrincpio da dupla filiao (art. 496., n. 1 e 2).Art. 496.: n. 3 (filiao ps-eficaz e filiao posterior) e n. 4 (desfiliao).Alargamento do mbito pessoal da CCT atravs de portaria de extenso (arts. 514.-516.).Aplicao da conveno por escolha ou adeso individual (arts. 497. e 492., n. 4) acordo de adeso (art. 504.).

  • CCT: mbito temporalO problema at quando vigora uma conveno colectiva?A resposta pr-codicstica a CCT mantm-se em vigor at ser substituda por outro IRCT; princpio da perenidade ou da continuidade do ordenamento colectivo laboral, que se credenciava na convenincia de prevenir vazios normativos (horror ao vcuo regulativo).

  • CCT: mbito temporal (CT2009)Vigncia e renovao da CCT art. 499. (um contrato-lei que, embora tendo prazo, no se destina a caducar, mas sim a perdurar no tempo, renovando-se sucessivamente).Denncia (oposio renovao) da CCT art. 500. (denncia construtiva, que no se traduz num mecanismo extintivo da CCT, mas sim numa condio do desencadeamento do processo de reviso de uma CCT em vigor).

  • CCT: mbito temporal (CT2009)Sobrevigncia art. 501., n. 3 e 4 (princpio da conservao da conveno).Caducidade arts. 501., n. 4, in fine, e 502.; a angstia do dia seguinte e a manuteno de certos efeitos ao nvel dos contratos individuais de trabalho (art. 501., n. 6 e 7).Sucesso de convenes o princpio da conglobao, manifestao tnue da ideia de no retrocesso social (art. 503.).

  • A greve e o art. 57. da CRPA greve como fenmeno ligado s relaes de trabalho subordinado ( greve de estudantes ou de consumidores); a greve como instrumento de autotutela dos trabalhadores, como seu meio de presso e expresso.Art. 57., n. 1: garantido o direito greve greve-delito, greve-liberdade e greve direito; o direito greve como direito potestativo modificativo (suspenso do contrato).

  • A greve e o art. 57. da CRPArt. 57., n. 2: Compete aos trabalhadores definir o mbito de interesses a defender atravs da greve, no podendo a lei limitar esse mbito Greves profissionais, greves de solidariedade e greves polticas a rejeio constitucional do modelo contratual-laboral de greve (= desfuncionalizao do direito greve).

  • A greve e o CTDeciso de greve: o art. 531. e a sua duvidosa conformidade constitucional (quase monoplio sindical da deciso).Declarao de greve: o art. 534. e o aviso prvio de greve (ilicitude das greves-surpresa); aviso prvio geral e especial.Situao de greve: a adeso como acto eminentemente individual dos trabalhadores em causa, filiados ou no no sindicato (arts. 533. e 540.).

  • A greve e o CT (cont.)Efeitos da greve: art. 536. (suspenso do contrato de trabalho).Proibio de substituio dos grevistas: art. 535. (mecanismo protector da greve).Termo da greve: art. 539.Greve ilcita: art. 541. (faltas injustificadas e respectivos efeitos, maxime de ordem disciplinar).

  • Limites do direito de greve(art. 57., n. 3, da CRP)A greve como direito fundamental (DLG), mas no um direito absoluto/ilimitado: limites resultantes da necessidade de salvaguardar outros direitos/bens constitucionalmente protegidos (tarefa de concordncia prtica, de balanceamento entre direitos colidentes).As necessidades sociais impreterveis e a obrigao de servios mnimos: art. 537., n. 1 e 2.

  • Limites do direito de greve (cont.)A definio dos servios mnimos: art. 538. IRC; acordo; despacho ministerial ou deciso arbitral.O respeito, em qualquer caso, pelo princpio da proporcionalidade (n. 5 do art. 538.).A possibilidade de requisio civil em caso de incumprimento da obrigao de servios mnimos (n. 3 do art. 541.).A obrigao de segurana: art. 537., n. 3.

  • Tipologia das grevesO cocktail de greves a a noo jurdica de greve: um problema complexo.As greves clssicas; as greves de braos cados (com permanncia ou ocupao dos locais de trabalho); as greves de maior prejuzo (rotativas, intermitentes, selectivas, etc.); as greves de zelo, de rendimento (slow-down), administrativasEstas greves atpicas correspondero noo jurdica de greve? Sero, todas elas, greves lcitas?

  • Greve e lock-outGreve e contratao colectiva (art. 542.): a chamada clusula de paz social relativa.A proibio do lock-out: art. 57., n. 4, da CRP, e arts. 544.-545. do CT; a rejeio do suposto princpio de paridade de armas.