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1 DIREITO COLETIVO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (arts. 511 DO TRABALHO (arts. 511 a 625 CLT) a 625 CLT) Prof. Maria Cláudia Prof. Maria Cláudia Felten Felten

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DIREITO COLETIVODIREITO COLETIVODO TRABALHO (arts. 511 DO TRABALHO (arts. 511

a 625 CLT)a 625 CLT)

Prof. Maria Cláudia Prof. Maria Cláudia FeltenFelten

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DO DIREITO COLETIVO x DO DIREITO COLETIVO x DIREITO INDIVIDUALDIREITO INDIVIDUAL

�� -- O Direito do Trabalho, legalmente, O Direito do Trabalho, legalmente, estabelece uma distinção entre as relações estabelece uma distinção entre as relações individuais e as coletivas. individuais e as coletivas.

�� -- O Direito Individual do Trabalho O Direito Individual do Trabalho constróiconstrói--se a partir da constatação fática se a partir da constatação fática da diferenciação social, econômica e da diferenciação social, econômica e política entre os sujeitos do pacto do política entre os sujeitos do pacto do emprego: empregador e empregado. emprego: empregador e empregado.

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�� -- O Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e O Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e institutos reguladores das relações entre seres coletivos trabalhistas. institutos reguladores das relações entre seres coletivos trabalhistas. TrataTrata--se do segmento do Direito do Trabalho que regula as relações se do segmento do Direito do Trabalho que regula as relações inerentes à chamada autonomia privada coletiva. (Maurício Godinho inerentes à chamada autonomia privada coletiva. (Maurício Godinho Delgado). Delgado).

�� -- O segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da O segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da negociação coletiva, dos contratos organização sindical, da negociação coletiva, dos contratos coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve. (Sérgio coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve. (Sérgio Pinto Martins). Pinto Martins).

��

-- O Direito Coletivo do Trabalho é um conjunto de normas O Direito Coletivo do Trabalho é um conjunto de normas destinadas a proteger os interesses dos grupos profissionais. Atua destinadas a proteger os interesses dos grupos profissionais. Atua em âmbito coletivo diretamente. em âmbito coletivo diretamente.

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Dos fundamentos do Direito Dos fundamentos do Direito ColetivoColetivo

�� PodePode-- se buscar suporte em duas vertentes, se buscar suporte em duas vertentes, sendo uma histórica e outra jurídica.sendo uma histórica e outra jurídica.

�� A vertente histórica nos arremessa ao passado A vertente histórica nos arremessa ao passado para as dificuldades que sempre teve o trabalho para as dificuldades que sempre teve o trabalho de conseguir benefícios trabalhistas quando de conseguir benefícios trabalhistas quando pleiteados solitariamente. pleiteados solitariamente.

�� A vertente jurídica, por sua vez, se apóia em A vertente jurídica, por sua vez, se apóia em suporte de natureza constitucional, com a suporte de natureza constitucional, com a liberdade de associação em sindicado, direito de liberdade de associação em sindicado, direito de greve etc.greve etc.

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Da função e conteúdo do Direito Da função e conteúdo do Direito ColetivoColetivo

�� FUNÇÃOFUNÇÃO-- Busca a proteção dos interesses Busca a proteção dos interesses profissionais e proporciona a aproximação dos profissionais e proporciona a aproximação dos interessados para um debate franco. interessados para um debate franco.

�� CONTEÚDO CONTEÚDO -- Regula de forma genérica e Regula de forma genérica e abstrata, as relações individuais de trabalho, ao abstrata, as relações individuais de trabalho, ao mesmo tempo em que se preocupa em criar mesmo tempo em que se preocupa em criar instrumentos capazes de solucionar conflitos instrumentos capazes de solucionar conflitos coletivos com presença no grupo profissional e a coletivos com presença no grupo profissional e a categoria econômica respectiva.categoria econômica respectiva.

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ORGANIZAÇÃO SINDICALORGANIZAÇÃO SINDICAL�� Evolução do sindicalismo no Brasil:Evolução do sindicalismo no Brasil:

�� A luta contra o capitalismo A luta contra o capitalismo liberal, próprio da Revolução Industrial, liberal, próprio da Revolução Industrial, foi o responsável em foi o responsável em grande parte pela maternidade sindical, em virtude da hostilidade original, o Sindicato tomou grande parte pela maternidade sindical, em virtude da hostilidade original, o Sindicato tomou nova feição e precisou aperfeiçoarnova feição e precisou aperfeiçoar--se através dos tempos. se através dos tempos.

�� No início, os Sindicatos eram reivindicadores, os dirigentes eram pessoas radicais;No início, os Sindicatos eram reivindicadores, os dirigentes eram pessoas radicais;,, e o e o capitalismo era liberal. capitalismo era liberal.

�� -- Carlos Alberto Chiarelli refere que foi a atuação de um Carlos Alberto Chiarelli refere que foi a atuação de um −− o capital o capital −− dentro das diretrizes dentro das diretrizes econômicas do liberalismo, que fez com que o outro econômicas do liberalismo, que fez com que o outro −− o trabalho o trabalho −− viesse a arregimentarviesse a arregimentar--se se para organizar sua autodefesa. para organizar sua autodefesa.

�� Com o capitalismo contemporâneo, o Sindicato evoluiu e se tornou mais independente, Com o capitalismo contemporâneo, o Sindicato evoluiu e se tornou mais independente, criando um sistema de freios e contrapesos, contribuindo para o equilíbrio socioeconômico do criando um sistema de freios e contrapesos, contribuindo para o equilíbrio socioeconômico do Estado.Estado.

��

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�� -- As décadas de 70 e 80 ressaltam a abertura do chamado As décadas de 70 e 80 ressaltam a abertura do chamado “movimento sindical” no Brasil, cuja ênfase se dá aos movimentos “movimento sindical” no Brasil, cuja ênfase se dá aos movimentos sindicais no ABC Paulista. sindicais no ABC Paulista.

�� -- Em 1983, criamEm 1983, criam--se as centrais sindicais. Primeiramente é criada a se as centrais sindicais. Primeiramente é criada a CUT CUT –– Central Única dos Trabalhadores; e depois a CGT Central Única dos Trabalhadores; e depois a CGT –– Central Central Geral dos Trabalhadores.Geral dos Trabalhadores.

�� -- A Constituição Federal de 1988 tratou de disciplinar a organização A Constituição Federal de 1988 tratou de disciplinar a organização sindical da forma mais democrática, pois disciplinou a matéria, em sindical da forma mais democrática, pois disciplinou a matéria, em seus artigos 8º a 10, desvinculandoseus artigos 8º a 10, desvinculando--a do Estado. Nascem, desta a do Estado. Nascem, desta feita, a autonomia coletiva privada e a liberdade sindical.feita, a autonomia coletiva privada e a liberdade sindical.

��

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�� -- Conceito de Sindicato: é a associação de pessoas Conceito de Sindicato: é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que exercem atividade profissional ou físicas ou jurídicas que exercem atividade profissional ou econômica, para a defesa dos direitos e interesses econômica, para a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. (Renato Saraiva). questões judiciais ou administrativas. (Renato Saraiva).

�� -- Conceito do art. 511 da CLT: É lícita a associação para Conceito do art. 511 da CLT: É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. conexas.

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Natureza jurídica dos sindicatosNatureza jurídica dos sindicatos

�� -- A natureza jurídica dos Sindicatos depende do sistema A natureza jurídica dos Sindicatos depende do sistema sindical em que estão inseridos, sendo classificados em sindical em que estão inseridos, sendo classificados em duas teorias principais.duas teorias principais.

�� -- A primeira define a natureza do Sindicato como A primeira define a natureza do Sindicato como privada, pois se trata de uma associação de pessoas privada, pois se trata de uma associação de pessoas para a defesa de seus interesses pessoais, com respeito para a defesa de seus interesses pessoais, com respeito à ordem pública. Esta teoria conta com muitos à ordem pública. Esta teoria conta com muitos defensores na doutrina nacional, dentre os quais, Renato defensores na doutrina nacional, dentre os quais, Renato Saraiva, Maurício Godinho, Russomano, Waldemar Saraiva, Maurício Godinho, Russomano, Waldemar Ferreira, Segadas Vianna, Délio Maranhão, Orlando Ferreira, Segadas Vianna, Délio Maranhão, Orlando Gomes. Gomes.

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�� -- Para a segunda, o Sindicato é ente de direito público, Para a segunda, o Sindicato é ente de direito público, sendo praticamente um apêndice do Estado. Psendo praticamente um apêndice do Estado. Para ara esta esta teoria, os interesses do Sindicato confundemteoria, os interesses do Sindicato confundem--se com os se com os próprios interesses peculiares do Estado, seria uma próprios interesses peculiares do Estado, seria uma entidade enquadrada de forma direta ou indireta na entidade enquadrada de forma direta ou indireta na máquina governamental. máquina governamental.

�� -- Conforme ensina Amauri Mascaro, após a inscrição do Conforme ensina Amauri Mascaro, após a inscrição do princípio da liberdade sindical na princípio da liberdade sindical na Constituição Federal de Constituição Federal de 1988, restaram poucos adeptos a esta teoria na doutrina 1988, restaram poucos adeptos a esta teoria na doutrina nacional. Em geral, o Sindicato tem a natureza de nacional. Em geral, o Sindicato tem a natureza de pessoa jurídica de direito público apenas nos regimes pessoa jurídica de direito público apenas nos regimes totalitários.totalitários.

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Princípios aplicados as entidades Princípios aplicados as entidades sindicaissindicais

�� A) Princípio da liberdade de associação: o direito de reunião pacífica A) Princípio da liberdade de associação: o direito de reunião pacífica e de associação sem caráter paramilitar estão asseguradas no art. e de associação sem caráter paramilitar estão asseguradas no art. 5, XVI e XVII). 5, XVI e XVII).

�� B)Princípio da liberdade sindical: veda a interferência ou intervenção B)Princípio da liberdade sindical: veda a interferência ou intervenção do Estado. do Estado.

�� Se materializa em dois pólos de atuação:Se materializa em dois pólos de atuação:�� -- liberdade sindical individual: faculdade que o empregador e o liberdade sindical individual: faculdade que o empregador e o

trabalhador possuem de filiartrabalhador possuem de filiar--se, manterse, manter--se filiado e desfiliarse filiado e desfiliar--se se (art. 5, XX, e 8, V, da CF). (art. 5, XX, e 8, V, da CF).

�� -- liberdade sindical coletiva: possibilidade dos empresários ou liberdade sindical coletiva: possibilidade dos empresários ou trabalhadores agrupados, unidos por uma atividade, de constituir trabalhadores agrupados, unidos por uma atividade, de constituir livremente, o sindicato representante de seus interesses (art. 5, livremente, o sindicato representante de seus interesses (art. 5, XVIII, e 8, caput, CF). XVIII, e 8, caput, CF).

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�� C) Princípio da autonomia sindicalC) Princípio da autonomia sindical�� Consiste na autonomia de atuação dos Consiste na autonomia de atuação dos sindicatos, com poderes de autosindicatos, com poderes de auto--gestão e gestão e administração, sem a autorização , administração, sem a autorização , intervenção ou controle do Estado. (art. 8, intervenção ou controle do Estado. (art. 8, I, CF). I, CF).

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Criação e Registro do SindicatoCriação e Registro do Sindicato

�� -- Art. 8º da CF: É livre a associação profissional ou Art. 8º da CF: É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:sindical, observado o seguinte:

�� I I -- a lei não poderá exigir autorização do Estado para a a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;a intervenção na organização sindical;

�� -- Art. 45 CC: Começa a existência legal das pessoas Art. 45 CC: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbandoExecutivo, averbando--se no registro todas as alterações se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.por que passar o ato constitutivo.

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�� -- Assim, a constituição de um sindicato Assim, a constituição de um sindicato passa por dois registros:passa por dois registros:

�� A) registro no Cartório de Registro Civil de A) registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas JurídicasPessoas Jurídicas

�� B) registro no Ministério do Trabalho.B) registro no Ministério do Trabalho.

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�� -- A exigência “do registro no órgão competente” foi motivo de A exigência “do registro no órgão competente” foi motivo de grande discussão e controvérsia, sobretudo do Ministério do grande discussão e controvérsia, sobretudo do Ministério do Trabalho e Emprego com o Poder Judiciário. O MTE entendeu Trabalho e Emprego com o Poder Judiciário. O MTE entendeu inicialmente que não era o competente para o registro e o Judiciário inicialmente que não era o competente para o registro e o Judiciário entendia que era. A controvérsia foi resolvida no Sentendia que era. A controvérsia foi resolvida no Superior uperior TTribunal ribunal de de JJustiça,ustiça, que reconheceu a manutenção da competência do MTE que reconheceu a manutenção da competência do MTE para a prática do registro sindical, por meio do Mandado de para a prática do registro sindical, por meio do Mandado de Segurança Segurança -- 29/DF.29/DF.

�� -- Em seguida, foi expedida a Instrução Normativa nº 3, de 10 de Em seguida, foi expedida a Instrução Normativa nº 3, de 10 de agosto de 1994, que, além de criar o Cadastro Nacional de agosto de 1994, que, além de criar o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais Entidades Sindicais -- CNES, atribuiu a competência sobre o registro CNES, atribuiu a competência sobre o registro de Sindicatos e das correspondentes federações e confederações ao de Sindicatos e das correspondentes federações e confederações ao Ministro do Trabalho. A Instrução Normativa nº 01, de 17 de julho Ministro do Trabalho. A Instrução Normativa nº 01, de 17 de julho de 1997, também dispunha sobre Registro Sindical.de 1997, também dispunha sobre Registro Sindical.

�� ............

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�� -- O STF firmou posicionamento que a O STF firmou posicionamento que a atuação do MTE na concessão do registro atuação do MTE na concessão do registro sindical é atividade vinculada; sendo que sindical é atividade vinculada; sendo que sua incumbência é apenas para a sua incumbência é apenas para a verificação dos pressupostos legais e não verificação dos pressupostos legais e não de autorização ou de reconhecimento de autorização ou de reconhecimento discricionário. discricionário.

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�� -- Trâmite do pedido de registro (Portaria Trâmite do pedido de registro (Portaria 186/2008 do MTE):186/2008 do MTE):

�� . Encaminhamento ao Secretario das Relações . Encaminhamento ao Secretario das Relações de Trabalho (docs. Necessários). de Trabalho (docs. Necessários).

�� . Publicação no DOU da pretensão do sindicato.. Publicação no DOU da pretensão do sindicato.�� . Prazo para impugnação.. Prazo para impugnação.�� . Não havendo impugnação: concessão do . Não havendo impugnação: concessão do registro sindical pelo MTE.registro sindical pelo MTE.

�� . Havendo impugnação: decisão judicial ou . Havendo impugnação: decisão judicial ou solução conciliatória. solução conciliatória.

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JurisprudênciaJurisprudência�� Acórdão Acórdão -- Processo 0098900Processo 0098900--80.2009.5.04.0029 (RO) 80.2009.5.04.0029 (RO)

Redator:Redator: JOÃO GHISLENI FILHOJOÃO GHISLENI FILHOData:Data: 15/09/201015/09/2010 Origem:Origem: 29ª Vara do Trabalho de Porto Alegre 29ª Vara do Trabalho de Porto Alegre EMENTA: EXTENSÃO DA BASE TERRITORIAL DE SINDICATO MAIS EMENTA: EXTENSÃO DA BASE TERRITORIAL DE SINDICATO MAIS ESPECÍFICO. SINDICATO ECLÉTICO DE MAIOR ABRANGÊNCIA ESTADUAL. ESPECÍFICO. SINDICATO ECLÉTICO DE MAIOR ABRANGÊNCIA ESTADUAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO DA ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DO PRIMEIRO NO AUSÊNCIA DE REGISTRO DA ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA DO PRIMEIRO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. REGISTRO CIVIL QUE LHE MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. REGISTRO CIVIL QUE LHE CONFERE PERSONALIDADE JURÍDICA, MAS NÃO CARÁTER OFICIAL NO CONFERE PERSONALIDADE JURÍDICA, MAS NÃO CARÁTER OFICIAL NO MUNDO JURÍDICO COMO SINDICATO. AUSÊNCIA DE INTERESSE MUNDO JURÍDICO COMO SINDICATO. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL PARA A AÇÃO QUE VISE A IMPEDIR (OBRIGAÇÃO DE NÃO PROCESSUAL PARA A AÇÃO QUE VISE A IMPEDIR (OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER) A PRÁTICA DE ATOS TENDENTES À VIABILIZAÇÃO DO ALUDIDO FAZER) A PRÁTICA DE ATOS TENDENTES À VIABILIZAÇÃO DO ALUDIDO REGISTRO. IMPUGNAÇÃO QUE PODE SER VEICULADA NO ÂMBITO REGISTRO. IMPUGNAÇÃO QUE PODE SER VEICULADA NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO, SE E QUANDO FOR O CASO. INTERPRETAÇÃO DA ADMINISTRATIVO, SE E QUANDO FOR O CASO. INTERPRETAÇÃO DA PORTARIA Nº 186/2008 DO MTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM PORTARIA Nº 186/2008 DO MTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, EX OFFICIO. ART. 267, INCISO VI E RESOLUÇÃO DO MÉRITO, EX OFFICIO. ART. 267, INCISO VI E §§ 3º, DO 3º, DO CPC. Se o Sindicato mais específico pretende estender a sua base territorial, CPC. Se o Sindicato mais específico pretende estender a sua base territorial, mas ainda não protocolizou o pedido de registro da alteração estatutária no mas ainda não protocolizou o pedido de registro da alteração estatutária no Ministério do Trabalho e Emprego, na forma da Portaria nº 186 deste, falta Ministério do Trabalho e Emprego, na forma da Portaria nº 186 deste, falta interesse processual.interesse processual.

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��

Acórdão Acórdão -- Processo 0033500Processo 0033500--56.2007.5.04.0008 (RO) 56.2007.5.04.0008 (RO) Redator:Redator: WILSON CARVALHO DIASWILSON CARVALHO DIASData:Data: 28/10/201028/10/2010 Origem:Origem: 8ª Vara do Trabalho de Porto Alegre 8ª Vara do Trabalho de Porto Alegre EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMADO. REPRESENTAÇÃO EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMADO. REPRESENTAÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS EM ENTIDADES ASSISTENCIAIS. Tendo em SINDICAL DOS EMPREGADOS EM ENTIDADES ASSISTENCIAIS. Tendo em vista os princípios da unicidade e anterioridade sindical, bem como o vista os princípios da unicidade e anterioridade sindical, bem como o paralelismo entre as categorias econômicas e profissionais, os quais paralelismo entre as categorias econômicas e profissionais, os quais persistem mesmo após a Constituição Federal de 1988, compete aos persistem mesmo após a Constituição Federal de 1988, compete aos sindicatos reclamantes a representação dos empregados nas instituições sindicatos reclamantes a representação dos empregados nas instituições assistenciais. Recurso ordinário não provido. RECURSO ORDINÁRIO DOS assistenciais. Recurso ordinário não provido. RECURSO ORDINÁRIO DOS RECLAMANTES. ENQUADRAMENTO SINDICAL DAS INSTITUIÇÕES RECLAMANTES. ENQUADRAMENTO SINDICAL DAS INSTITUIÇÕES BENEFICENTES, RELIGIOSAS E FILANTRÓPICAS. A possibilidade de as BENEFICENTES, RELIGIOSAS E FILANTRÓPICAS. A possibilidade de as entidades assistenciais adquirirem certificado de filantropia não desnatura a entidades assistenciais adquirirem certificado de filantropia não desnatura a atividade preponderante das instituições beneficentes, religiosas e atividade preponderante das instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas, a qual determina o seu enquadramento sindical. Mantida a filantrópicas, a qual determina o seu enquadramento sindical. Mantida a sentença que reconheceu o sindicato reclamado como representante dos sentença que reconheceu o sindicato reclamado como representante dos empregados nas instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas. Recurso empregados nas instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas. Recurso ordinário não proviordinário não provi (...) (...)

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Sistema de categorias Sistema de categorias

�� 1) Categoria econômica é formada quando há 1) Categoria econômica é formada quando há solidariedade de interesses econômicos dos que solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares (ex.: empreendem atividades idênticas, similares (ex.: restaurantes e hotéis) ou conexas (ex.: atividades na restaurantes e hotéis) ou conexas (ex.: atividades na construção civil). Art. 511, parágrafo primeiro, CLT).construção civil). Art. 511, parágrafo primeiro, CLT).

�� 2) Categoria profissional é formada por categorias de 2) Categoria profissional é formada por categorias de trabalhadores oriunda da profissão ou trabalho em trabalhadores oriunda da profissão ou trabalho em comum. Art. 511, parágrafo segundo, CLT).comum. Art. 511, parágrafo segundo, CLT).

�� * Obs.: a empresa que não tiver uma única atividade, o * Obs.: a empresa que não tiver uma única atividade, o empregado será enquadrado de acordo com a atividade empregado será enquadrado de acordo com a atividade preponderante lá desenvolvida (art. 581, parágrafo preponderante lá desenvolvida (art. 581, parágrafo segundo, CLT). Exceção: categoria diferenciada.segundo, CLT). Exceção: categoria diferenciada.

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�� 3) Categoria diferenciada (art. 511, parágrafo 3) Categoria diferenciada (art. 511, parágrafo terceiro, CLT):terceiro, CLT):

�� §§ 3º 3º -- Categoria profissional diferenciada é a Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. consequência de condições de vida singulares.

�� -- O art. 577 da CLT nos remete para um quadro O art. 577 da CLT nos remete para um quadro anexo que trata do enquadramento sindical e anexo que trata do enquadramento sindical e nos traz as categorias diferenciadas (ex.: nos traz as categorias diferenciadas (ex.: aeronautas, publicitários, professores, aeronautas, publicitários, professores, motoristas, ascensoristas, secretárias, etc.).motoristas, ascensoristas, secretárias, etc.).

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ESTRUTURA SINDICAL ESTRUTURA SINDICAL BRASILEIRABRASILEIRA

�� -- São divididas em três graus.São divididas em três graus.�� -- Como funciona a aplicação das normas coletivas.Como funciona a aplicação das normas coletivas.�� -- Estrutura:Estrutura:�� A) Sindicatos.A) Sindicatos.�� -- Conceito.Conceito.�� -- Representação.Representação.�� -- Sede.Sede.�� -- Serviços.Serviços.�� B) Federações (art. 534 CLT). Precisa de no mínimo 05 sindicatos B) Federações (art. 534 CLT). Precisa de no mínimo 05 sindicatos

para se constituir.para se constituir.�� -- Conceito.Conceito.�� -- RepresentaçãoRepresentação�� -- Sede.Sede.�� -- Serviços.Serviços.

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�� c) Confederações (art. 535 CLT). Precisa c) Confederações (art. 535 CLT). Precisa de no mínimo 03 federações para se de no mínimo 03 federações para se constituir.constituir.

�� -- Conceito.Conceito.�� -- RepresentaçãoRepresentação�� -- Sede.Sede.�� -- Serviços.Serviços.

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�� D) Centrais sindicais (Lei 11648/2008).D) Centrais sindicais (Lei 11648/2008).�� -- As centrais sindicais não compõem a estrutura sindical brasileira, e assim já decidiu As centrais sindicais não compõem a estrutura sindical brasileira, e assim já decidiu

o STF. o STF.

�� -- Conceito: entidade de representação geral dos trabalhadores,de direito privado, Conceito: entidade de representação geral dos trabalhadores,de direito privado, constituída em âmbito nacional, que tem como atribuiçõesconstituída em âmbito nacional, que tem como atribuições coordenar a representação coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas; edos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas; e participar de participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores.de interesse geral dos trabalhadores.

�� -- Requisitos de existência (art. 2):Requisitos de existência (art. 2):�� II -- filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do

País;País;�� IIII -- filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte)

sindicatos em cada uma;sindicatos em cada uma;�� IIIIII -- filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica;

ee�� IVIV -- filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total

de empregados sindicalizados em âmbito nacional.de empregados sindicalizados em âmbito nacional.

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�� -- São as principais centrais sindicais da atualidade: (AROUCA, 2006, p. São as principais centrais sindicais da atualidade: (AROUCA, 2006, p. 113113--115). 115).

�� -- Central Única dos Trabalhadores Central Única dos Trabalhadores –– CUT (maior e mais combativa central CUT (maior e mais combativa central sindical do país, tem sindical do país, tem 3.4893.489 entidades filiadas e está alinhada com ao PT); entidades filiadas e está alinhada com ao PT);

�� -- Força Sindical (é a segunda maior central sindical do país, tem Força Sindical (é a segunda maior central sindical do país, tem 1.8001.800entidades filiadas e está alinhada ao PDT e ao PTB. Foi a única a defender entidades filiadas e está alinhada ao PDT e ao PTB. Foi a única a defender a PEC 623 destinada a implantar a pluralidade sindical); a PEC 623 destinada a implantar a pluralidade sindical);

�� -- Confederação Geral dos Trabalhadores Confederação Geral dos Trabalhadores –– CGT (está alinhada aos CGT (está alinhada aos Democratas Democratas −− exex--PFL, e um pouco com o PMDB e o PR); PFL, e um pouco com o PMDB e o PR);

�� -- Social Democracia Sindical Social Democracia Sindical –– SDS (está alinhada ao PSDB);SDS (está alinhada ao PSDB);

�� * Cumpre acrescer aos apontamentos de Arouca,* Cumpre acrescer aos apontamentos de Arouca, a essas,a essas, a “Nova Central a “Nova Central dos Trabalhadores dos Trabalhadores –– NCST”, fundada em 2005, já é a terceira maior central NCST”, fundada em 2005, já é a terceira maior central sindical do país, tem sindical do país, tem 852852 entidades filiadas e mantém vínculos com o entidades filiadas e mantém vínculos com o PMDB.PMDB.

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Princípios da Liberdade Sindical (Convenção 87 da OIT)Princípios da Liberdade Sindical (Convenção 87 da OIT)Unicidade sindical, unidade sindical e pluralismo sindicalUnicidade sindical, unidade sindical e pluralismo sindical

�� -- A liberdade sindical estudaA liberdade sindical estuda--se em relação ao Estado, em relação se em relação ao Estado, em relação ao grupo e em relação ao indivíduo. ao grupo e em relação ao indivíduo.

�� -- Liberdade sindical é a liberdade de organizar sindicatos para a Liberdade sindical é a liberdade de organizar sindicatos para a defesa dos interesses coletivos segundo o principio de autonomia defesa dos interesses coletivos segundo o principio de autonomia coletiva que deve presidir os sistemas jurídicos pluralistas.coletiva que deve presidir os sistemas jurídicos pluralistas.

�� -- Os sindicatos só têm a sua verdadeira natureza assegurada Os sindicatos só têm a sua verdadeira natureza assegurada quando dispõem de liberdade e do direito de greve. Sem ela não há quando dispõem de liberdade e do direito de greve. Sem ela não há o autêntico sindicalismo.o autêntico sindicalismo.

�� -- Para Mário Giuliano, liberdade sindical "importa necessariamente; Para Mário Giuliano, liberdade sindical "importa necessariamente; o reconhecimento dos seguintes princípios: a)liberdade, e nãoo reconhecimento dos seguintes princípios: a)liberdade, e não--obrigação, de constituição de sindicatos e de adesão a estes; obrigação, de constituição de sindicatos e de adesão a estes; b)liberdade de autob)liberdade de auto--organização dos sindicatos, sem outra organização dos sindicatos, sem outra obrigação que a de em ordenamento interno democrático; c) obrigação que a de em ordenamento interno democrático; c) autogoverno dos sindicatos em relação ao próprio interesse, sem autogoverno dos sindicatos em relação ao próprio interesse, sem interferência alguma do Estado: d) possibilidade de mais de um interferência alguma do Estado: d) possibilidade de mais de um sindicato para a mesma categoria".sindicato para a mesma categoria".

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Princípios da Liberdade SindicalPrincípios da Liberdade SindicalUnicidade sindical, unidade sindical e pluralismo Unicidade sindical, unidade sindical e pluralismo

sindicalsindical�� A) Unicidade sindical (art. 8, II, CF). A) Unicidade sindical (art. 8, II, CF). �� II II -- é vedada a criação de mais de uma organização é vedada a criação de mais de uma organização

sindical, em qualquer grau, representativa de categoria sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;Município;

�� * Críticas* Críticas�� * Fundamentos de defesa.* Fundamentos de defesa.�� * Quem a adota.* Quem a adota.�� * Países que adotam: Brasil, Argentina, Paraguai.* Países que adotam: Brasil, Argentina, Paraguai.

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�� B) Unidade sindicalB) Unidade sindical�� Existência de sindicato único que Existência de sindicato único que organizado e escolhido pelas empresas e organizado e escolhido pelas empresas e trabalhadores; decorre da vontade dos trabalhadores; decorre da vontade dos interessados, não é imposto pela lei.interessados, não é imposto pela lei.

�� -- Países que adotam: do leste europeu Países que adotam: do leste europeu (Estônia, Hungria, Lituânia, Bulgária, (Estônia, Hungria, Lituânia, Bulgária, Ucrânia, Sérvia, etc).Ucrânia, Sérvia, etc).

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�� C) Pluralidade sindical: consiste na possibilidade de C) Pluralidade sindical: consiste na possibilidade de existir mais de um sindicato representante da mesma existir mais de um sindicato representante da mesma categoria, profissional ou econômica, em uma só base categoria, profissional ou econômica, em uma só base territorial.territorial.

�� -- A Convenção 87 da OIT, a qual não foi ratificada pelo A Convenção 87 da OIT, a qual não foi ratificada pelo Brasil, não impõe o pluralismo sindical, determine que os Brasil, não impõe o pluralismo sindical, determine que os países que a ratificarem facultem aos empregados e países que a ratificarem facultem aos empregados e empregadores a criação de sindicatos da mesma empregadores a criação de sindicatos da mesma categoria na mesma base territorial de outro já categoria na mesma base territorial de outro já existente.existente.

�� * Crítica.* Crítica.�� * Fundamentos.* Fundamentos.�� * Países que adotam: Itália, França, Portugal, Espanha, * Países que adotam: Itália, França, Portugal, Espanha,

EUA, Inglaterra.EUA, Inglaterra.

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SISTEMA DE CUSTEIO DO SISTEMA DE CUSTEIO DO SINDICATOSINDICATO

�� A) Contribuição sindical (art. 8, IV, CF c/c arts. 578 a A) Contribuição sindical (art. 8, IV, CF c/c arts. 578 a 610 CLT).610 CLT).

�� -- Natureza tributária.Natureza tributária.�� -- Corresponde a (art. 580 CLT):Corresponde a (art. 580 CLT):�� . Um dia de trabalho para os empregados;. Um dia de trabalho para os empregados;�� . Percentual fixo para os trabalhadores autônomos e . Percentual fixo para os trabalhadores autônomos e

profissionais liberais;profissionais liberais;�� . Calculada sobre o capital da empresa, para os . Calculada sobre o capital da empresa, para os

empregadores.empregadores.�� . Para os trabalhadores rurais é um dia do salário . Para os trabalhadores rurais é um dia do salário

mínimo.mínimo.�� ........

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�� -- Natureza compulsória.Natureza compulsória.�� -- Devida por associado e não associado.Devida por associado e não associado.�� -- Datas dos recolhimentos:Datas dos recolhimentos:�� . Empresas (art. 587). Empresas (art. 587)�� . Empregados (art. 582). Empregados (art. 582)�� -- Como funciona quando a empresa não faz o Como funciona quando a empresa não faz o desconto na folha de pagamento.desconto na folha de pagamento.

�� -- Como funciona quando a empresa não repassa Como funciona quando a empresa não repassa para o sindicato, em que pese ter feito o para o sindicato, em que pese ter feito o desconto.desconto.

�� ........

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�� Art. 589. Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão Art. 589. Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão feitos os seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das feitos os seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho:instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho:

�� I I –– para os empregadores:para os empregadores:�� a a -- 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; �� b b -- 15% (quinze por cento) para a federação; 15% (quinze por cento) para a federação; �� c c -- 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; �� d d -- 20% (vinte por cento) para a "Conta Especial Emprego e Salário20% (vinte por cento) para a "Conta Especial Emprego e Salário

�� IIII -- para os trabalhadores:para os trabalhadores:�� a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente;a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente;�� b) 15% (quinze por cento) para a federação;b) 15% (quinze por cento) para a federação;�� c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; ec) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e�� d) 10% (dez por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’;d) 10% (dez por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’;�� e) 10% para as centrais sindicais.e) 10% para as centrais sindicais.

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�� B) Contribuição assistencial (art. 513, “e”, CLT).B) Contribuição assistencial (art. 513, “e”, CLT).�� -- Também chamada de desconto assistencial e Também chamada de desconto assistencial e taxa assistencial.taxa assistencial.

�� -- Consiste numa contribuição, em geral fixada Consiste numa contribuição, em geral fixada em cláusula de convenção coletiva ou acordo em cláusula de convenção coletiva ou acordo coletivo ou mesmo sentença normativa, feita coletivo ou mesmo sentença normativa, feita pelos associados da categoria econômica ou pelos associados da categoria econômica ou profissional, em favor do respectivo sindicato, profissional, em favor do respectivo sindicato, em função dos cursos decorrentes do processo em função dos cursos decorrentes do processo de negociação. de negociação.

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� OJ-SDC-17 CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. IN-CONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIA-DOS (INSERIDA EM 25.05.1998)

� As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sin-dical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensi-vas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegu-rado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os res-pectivos valores eventualmente descontados.

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� PN-119 CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – (nova redação dada pela SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação Res. 82/1998, DJ 20.08.1998)

� "A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabe-lecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devo-lução os valores irregularmente descontados."

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�� C) Contribuição confederativa (art.8, IV, CF)C) Contribuição confederativa (art.8, IV, CF)

�� Art. 8º É livre a associação profissional ou Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:sindical, observado o seguinte:

�� ......�� IV IV -- a assembléia geral fixará a contribuição a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;prevista em lei;

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�� -- É fixada em assembléia.É fixada em assembléia.�� -- Súmula 666 STF Súmula 666 STF –– contribuição contribuição confederativa somente é exigível dos confederativa somente é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.filiados ao sindicato respectivo.

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�� D) Mensalidade sindicalD) Mensalidade sindical�� Consiste numa contribuição voluntária, a Consiste numa contribuição voluntária, a qual é paga exclusivamente pelos qual é paga exclusivamente pelos associados do sindicato, sendo previsto no associados do sindicato, sendo previsto no Estatuto Social do sindicato.Estatuto Social do sindicato.

�� -- Serviços oferecidos aos associados.Serviços oferecidos aos associados.�� -- Como funciona a homologação de Como funciona a homologação de rescisão e emissão de CTPS.rescisão e emissão de CTPS.

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SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL PELOS SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL PELOS

SINDICATOS (art. 6 CPC c/c art. 8, III, CF).SINDICATOS (art. 6 CPC c/c art. 8, III, CF).

�� -- Ocorre a substituição processual quando a parte, em Ocorre a substituição processual quando a parte, em nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que autorizado por lei.autorizado por lei.

�� -- O substituto processual poderá praticar todos os atos O substituto processual poderá praticar todos os atos processuais, como apresentação de petição inicial, processuais, como apresentação de petição inicial, defesa, provas, recursos, etc., defesa, provas, recursos, etc., não lhe sendo dado o não lhe sendo dado o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer direito de transigir, renunciar ou de reconhecer pedido, uma vez que o direito material não lhe pedido, uma vez que o direito material não lhe pertence, e, sim, ao sujeito da lide, ao substituído. pertence, e, sim, ao sujeito da lide, ao substituído.

�� -- Necessidade de ser direito homogêneo, pois se não há Necessidade de ser direito homogêneo, pois se não há o risco de perda da ação.o risco de perda da ação.

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�� -- Benefícios da substituição processual (Renato Benefícios da substituição processual (Renato Saraiva):Saraiva):

�� . Diminui o número de ações na justiça;. Diminui o número de ações na justiça;�� . Evita que a JT profira decisões conflitantes . Evita que a JT profira decisões conflitantes envolvendo o mesmo tema;envolvendo o mesmo tema;

�� . Contribui para a celeridade processual;. Contribui para a celeridade processual;�� . Possibilita que o trabalhador, por meio de seu . Possibilita que o trabalhador, por meio de seu sindicato de classe, tenha acesso ao Judiciário, sindicato de classe, tenha acesso ao Judiciário, em busca de direitos provenientes do pacto em busca de direitos provenientes do pacto laboral antes mesmo do rompimento do vínculo laboral antes mesmo do rompimento do vínculo contratual. Evitando, assim, a prescrição e o contratual. Evitando, assim, a prescrição e o receio de perder o emprego.receio de perder o emprego.

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�� -- Antes da CF/88, as hipóteses de substituição Antes da CF/88, as hipóteses de substituição processual pelos sindicatos eram somente aquelas processual pelos sindicatos eram somente aquelas previstas na Lei:previstas na Lei:

�� A) Art. 195, parágrafo 2, CLT c/c OJ 121 TST: A) Art. 195, parágrafo 2, CLT c/c OJ 121 TST: pagamento de adicional de insalubridade ou pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade aos associados.periculosidade aos associados.

�� B) Art. 872, parágrafo único, CLT c/c Sumula 286 TST: B) Art. 872, parágrafo único, CLT c/c Sumula 286 TST: ação de cumprimento em favor dos associados ação de cumprimento em favor dos associados objetivando o pagamento de salários fixados em objetivando o pagamento de salários fixados em sentença normativa. sentença normativa.

�� C) Leis 6.708/79 e 7.238/84: ações trabalhistas C) Leis 6.708/79 e 7.238/84: ações trabalhistas promovidas em favor de todos os integrantes da promovidas em favor de todos os integrantes da categoria, objetivando o pgto. das correções categoria, objetivando o pgto. das correções automáticas dos salários.automáticas dos salários.

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�� -- Com a CF/88, art. 8, III: III Com a CF/88, art. 8, III: III -- ao sindicato cabe ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.judiciais ou administrativas.

�� -- Assim, novas leis surgiram:Assim, novas leis surgiram:�� . Lei 8.036/90: Cobrança de FGTS.. Lei 8.036/90: Cobrança de FGTS.�� . Lei 8.073/90: previu no art. 3 que o sindicato . Lei 8.073/90: previu no art. 3 que o sindicato pode atuar como substituto processual dos pode atuar como substituto processual dos integrantes da categoria.integrantes da categoria.

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�� -- Resolução 119/2003 do TST: cancelou o Enunciado 310 do TST Resolução 119/2003 do TST: cancelou o Enunciado 310 do TST que impedida a substituição ampla e irrestrita e dispõe acerca da que impedida a substituição ampla e irrestrita e dispõe acerca da nãonão--necessidade de arrolar na petição inicial os substituídos.necessidade de arrolar na petição inicial os substituídos.

� OJ-SDI2-110 AÇÃO RESCISÓRIA. RÉU SINDICATO. SUBSTITUTO PROCESSUAL NA AÇÃO ORIGINÁRIA. LEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM". INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO

� O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.

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DISSÍDIO COLETIVODISSÍDIO COLETIVO(arts. 611 a 624 CLT e(arts. 611 a 624 CLT e

Inst.Normativa MTE/SRT Inst.Normativa MTE/SRT 01/2004)01/2004)

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1. DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA1. DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

�� -- É durante a negociação que as partes terão É durante a negociação que as partes terão oportunidade de debater as suas necessidades e oportunidade de debater as suas necessidades e as suas dificuldades. as suas dificuldades.

�� -- Por essas vias, instituiPor essas vias, institui--se o princípio da se o princípio da flexibilidade do salário e de outros direitos. flexibilidade do salário e de outros direitos.

�� -- Negociar é ajustar interesses, é acertar Negociar é ajustar interesses, é acertar diferentes posições, é encontrar uma solução diferentes posições, é encontrar uma solução capaz de compor vontades; é a melhor forma de capaz de compor vontades; é a melhor forma de solucionar os problemas entre o capital e o solucionar os problemas entre o capital e o trabalho.trabalho.

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Dos sujeitosDos sujeitos

�� -- De conformidade com o art. 8º, III, CF, De conformidade com o art. 8º, III, CF, “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”. ou administrativas”.

�� -- Estrutura das entidades sindicais para as Estrutura das entidades sindicais para as negociações coletivas e para ser sujeitonegociações coletivas e para ser sujeito

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Do Procedimento para se estar Do Procedimento para se estar autorizado a negociar coletivamenteautorizado a negociar coletivamente

�� As entidades sindicais precisam convocar As entidades sindicais precisam convocar assembléias para que suas respectivas assembléias para que suas respectivas categorias as autorizem a negociar. categorias as autorizem a negociar.

�� -- Quorum em primeira convocação: 2/3 Quorum em primeira convocação: 2/3 dos associados em caso de convenção dos associados em caso de convenção coletiva e 1/3 em caso de acordo coletivo.coletiva e 1/3 em caso de acordo coletivo.

�� -- Quorum em segunda convocação: 1/3 Quorum em segunda convocação: 1/3 dos associados, para as entidades com dos associados, para as entidades com mais de 5.000 associados é 1/8mais de 5.000 associados é 1/8

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3. DAS CONSEQÜÊNCIAS DAS 3. DAS CONSEQÜÊNCIAS DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVASNEGOCIAÇÕES COLETIVAS

�� Podem resultar das negociações coletivas: Podem resultar das negociações coletivas: acordos coletivos, convenções coletivas e acordos coletivos, convenções coletivas e dissídios coletivos. dissídios coletivos.

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Da Convenção ColetivaDa Convenção Coletiva

�� Art. 611 Art. 611 -- Convenção Coletiva de Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações respectivas representações, às relações individuais de trabalho.individuais de trabalho.

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Do Acordo ColetivoDo Acordo Coletivo

�� Art. 611,Art. 611,§§ 1º 1º -- É facultado aos Sindicatos É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.respectivas relações de trabalho.

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Natureza jurídica da Convenção e Natureza jurídica da Convenção e Acordo ColetivoAcordo Coletivo

�� -- Temos três teorias:Temos três teorias:�� * Contratualista;* Contratualista;�� * Normativista;* Normativista;�� * Mista.* Mista.

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Requisitos de validade e Requisitos de validade e formalidadesformalidades

�� 1. 1. As convenções e os Acordos serão celebrados As convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro.de uma destinada a registro.

�� 2. Para firmar acordo e convenção coletiva 2. Para firmar acordo e convenção coletiva pressupõe capacidade sindical, que é adquirida pressupõe capacidade sindical, que é adquirida com o registro no MTE (Portaria 186, de com o registro no MTE (Portaria 186, de 10/04/2008 do MTE).10/04/2008 do MTE).

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Requisitos de validade e Requisitos de validade e formalidadesformalidades

�� 3. O que deve conter o instrumento coletivo:3. O que deve conter o instrumento coletivo:�� -- Designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e Designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e

empresas acordantes;empresas acordantes;�� -- Categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos Categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos

respectivos dispositivos;respectivos dispositivos;�� -- Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho

durante sua vigência;durante sua vigência;�� -- Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os

convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos;convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos;�� -- Disposições sôbre o processo de sua prorrogação e de revisão Disposições sôbre o processo de sua prorrogação e de revisão

total ou parcial de seus dispositivos;total ou parcial de seus dispositivos;�� -- Direitos e deveres dos empregados e empresas;Direitos e deveres dos empregados e empresas;�� -- Penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as Penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as

empresas em caso de violação de seus dispositivos.empresas em caso de violação de seus dispositivos.�� CONTINUA...CONTINUA...

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Requisitos de validade e Requisitos de validade e formalidadesformalidades

�� -- Deve constar o prazo. Deve constar o prazo. �� -- As partes acordantes ou convenentes poderão As partes acordantes ou convenentes poderão determinar o prazo de duração da avença, determinar o prazo de duração da avença, contanto que não ultrapasse a dois anos (art. contanto que não ultrapasse a dois anos (art. 614, 614, §§ 3º, CLT). 3º, CLT).

�� -- OJ 322 SDIOJ 322 SDI--I do TST I do TST –– veda a prorrogação do veda a prorrogação do instrumento por prazo indeterminadoinstrumento por prazo indeterminado

�� Poderão as partes, deste que aprovada por Poderão as partes, deste que aprovada por assembléia geral com as observâncias do art. assembléia geral com as observâncias do art. 612, CLT, prorrogar, rever, renunciar revogar 612, CLT, prorrogar, rever, renunciar revogar total ou parcialmente o acordo ou a convenção total ou parcialmente o acordo ou a convenção (art. 615, CLT). (art. 615, CLT).

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Requisitos de validade e Requisitos de validade e formalidadesformalidades

�� 4. Depósito, registro e arquivo da 4. Depósito, registro e arquivo da Convenção ou Acordo ColetivoConvenção ou Acordo Coletivo

�� 5. Da entrada em vigência: somente 3 5. Da entrada em vigência: somente 3 dias após a data de entrega no MTE (art. dias após a data de entrega no MTE (art. 614, parágrafo primeiro, CLT).614, parágrafo primeiro, CLT).

�� 6. Publicidade deve ser feita dentro de 05 6. Publicidade deve ser feita dentro de 05 dias da data do depósito. dias da data do depósito.

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Requisitos de validade e Requisitos de validade e formalidadesformalidades

�� 7. Art. 617 CLT 7. Art. 617 CLT –– procedimento adotado para quando os procedimento adotado para quando os empregados estiverem interessados no acordo coletivo.empregados estiverem interessados no acordo coletivo.

�� Art. 617 Art. 617 -- Os empregados de uma ou mais Os empregados de uma ou mais emprêsas que decidirem celebrar Acôrdo Coletivo de emprêsas que decidirem celebrar Acôrdo Coletivo de Trabalho com as respectivas emprêsas darão ciência de Trabalho com as respectivas emprêsas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo da categoria profissional, que terá o prazo de 8 (oito) da categoria profissional, que terá o prazo de 8 (oito) dias para assumir a direção dos entendimentos entre os dias para assumir a direção dos entendimentos entre os interessados, devendo igual procedimento ser observado interessados, devendo igual procedimento ser observado pelas emprêsas interessadas com relação ao Sindicato pelas emprêsas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva categoria econômica. da respectiva categoria econômica.

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�� §§ 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federarão a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta Federarão a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, no dessa, à correspondente Confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado êsse prazo, poderão os interessados Esgotado êsse prazo, poderão os interessados prosseguir prosseguir diretamente na negociação coletiva até diretamente na negociação coletiva até final. final.

�� §§ 2º Para o fim de deliberar sôbre o Acôrdo, a 2º Para o fim de deliberar sôbre o Acôrdo, a entidade sindical convocará assembléia geral dos entidade sindical convocará assembléia geral dos diretamente interessados, sindicalizados ou não, nos diretamente interessados, sindicalizados ou não, nos têrmos do art. 612. têrmos do art. 612.

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�� 8. Súmula 349 TST dispõe que a validade 8. Súmula 349 TST dispõe que a validade do acordo coletivo ou convenção coletiva do acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho em atividade insalubre de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de autoridade competente em matéria de higiene de trabalho.higiene de trabalho.

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Da nulidade de cláusulas de Acordo ou Da nulidade de cláusulas de Acordo ou de Convenção Coletivade Convenção Coletiva

�� Qualquer cláusula de acordo ou de convenção Qualquer cláusula de acordo ou de convenção coletiva que se desprestigie por qualquer vício coletiva que se desprestigie por qualquer vício de igualdade e prejudique qualquer das partes, de igualdade e prejudique qualquer das partes, acordantes ou convenentes, poderá ser objeto acordantes ou convenentes, poderá ser objeto de ação anulatória, por iniciativa da parte de ação anulatória, por iniciativa da parte interessada ou do Ministério Público na interessada ou do Ministério Público na qualidade de qualidade de custos legaiscustos legais. A competência . A competência originária será sempre do Regional onde se situa originária será sempre do Regional onde se situa a base territorial onde foi realizado o acordo ou a base territorial onde foi realizado o acordo ou a convenção. a convenção.

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Teoria do Conglobamento e da Teoria do Conglobamento e da AcumulaçãoAcumulação

�� -- O art. 620 da CLT prevê que as condições O art. 620 da CLT prevê que as condições estabelecidas em Convenções quando mais favoráveis, estabelecidas em Convenções quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.

�� -- O art. 620 consagra o princípio da norma mais O art. 620 consagra o princípio da norma mais favorável ao trabalhador, independente da posição favorável ao trabalhador, independente da posição hierárquica que aquela tenha. hierárquica que aquela tenha.

�� -- Como fazer quando o acordo coletivo e a convenção Como fazer quando o acordo coletivo e a convenção coletiva apresentam normas mais benéficas de forma coletiva apresentam normas mais benéficas de forma fracionada, dependendo o assunto? fracionada, dependendo o assunto?

�� -- Assim, temos a Teoria do Conglobamento e da Assim, temos a Teoria do Conglobamento e da Acumulação.Acumulação.

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�� -- Pela Teoria do Conglobamento aplicaPela Teoria do Conglobamento aplica--se o se o conjunto de normas mais benéfica ao conjunto de normas mais benéfica ao trabalhador, sem fracionar os institutos jurídicos.trabalhador, sem fracionar os institutos jurídicos.

�� -- Pela Teoria da Acumulação fracionaPela Teoria da Acumulação fraciona--se em se em busca do melhor de forma individualizada para o busca do melhor de forma individualizada para o trabalhador.trabalhador.

�� -- Jurisprudência é pela Teoria do Jurisprudência é pela Teoria do Conglobamento.Conglobamento.

�� -- Há ainda uma terceira teoria intermediária, a Há ainda uma terceira teoria intermediária, a Teoria do Conglobamento Mitigado que para se Teoria do Conglobamento Mitigado que para se buscar o melhor se compara as diversas regras buscar o melhor se compara as diversas regras de cada instituto.de cada instituto.

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Incorporação das Cláusulas Normativas no Incorporação das Cláusulas Normativas no Contrato de TrabalhoContrato de Trabalho

�� AplicaAplica--se a súmula 277 do TST se a súmula 277 do TST –– a a repercussão nos contratos de trabalho repercussão nos contratos de trabalho vigoram no prazo de vigência da sentença vigoram no prazo de vigência da sentença normativa.normativa.

�� A Súmula se aplica analogicamente aos A Súmula se aplica analogicamente aos acordos e convenções coletivas.acordos e convenções coletivas.

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CONVENÇÃO COLETIVA E ACORDO CONVENÇÃO COLETIVA E ACORDO COLETIVO NO SETOR PÚBLICOCOLETIVO NO SETOR PÚBLICO

�� -- Se aplica somente aos empregados públicos das Se aplica somente aos empregados públicos das empresas públicas e sociedades de economia mista que empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica (art. 173, parágrafo explorem atividade econômica (art. 173, parágrafo primeiro, II, da CF).primeiro, II, da CF).

�� -- Artigo 39 CF admite que a Administração Pública Artigo 39 CF admite que a Administração Pública Direta, autárquica e fundacional contrate empregados Direta, autárquica e fundacional contrate empregados públicos, mas a esses não se aplicam pelos seguintes públicos, mas a esses não se aplicam pelos seguintes motivos:motivos:

�� A) os vencimentos são fixados e aumentados em função A) os vencimentos são fixados e aumentados em função de lei, em decorrência do princípio da legalidade. de lei, em decorrência do princípio da legalidade.

�� B O art. 39, parágrafo terceiro, da CF não reconheceu as B O art. 39, parágrafo terceiro, da CF não reconheceu as convenções e acordos aos servidores públicos;convenções e acordos aos servidores públicos;

��

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�� C) O ente público não integra nenhuma C) O ente público não integra nenhuma categoria econômica, não estando categoria econômica, não estando vinculado a qualquer sindicato patronal;vinculado a qualquer sindicato patronal;

�� D) Com relação ao acordo coletivo, a D) Com relação ao acordo coletivo, a administração pública não poderia administração pública não poderia subscrever o instrumento normativo em subscrever o instrumento normativo em função do princípio da legalidade. função do princípio da legalidade.

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4. DA MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM4. DA MEDIAÇÃO E ARBITRAGEMDecreto 1.572/1995Decreto 1.572/1995

�� -- MEDIAÇÃO é a intervenção realizada por um MEDIAÇÃO é a intervenção realizada por um terceiro estranho a relação negocial, terceiro estranho a relação negocial, sem poder sem poder decisório,decisório, com o objetivo de aproximar as partes com o objetivo de aproximar as partes na busca de uma solução conciliatória, por meio na busca de uma solução conciliatória, por meio da assinatura do instrumento normativo da assinatura do instrumento normativo autocomposto (convenção coletiva ou acordo autocomposto (convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho). coletivo de trabalho).

�� -- Quem pode ser o mediador?Quem pode ser o mediador?�� -- Pagamento dos honorários do mediador?Pagamento dos honorários do mediador?

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�� -- O Decreto 1572 possibilita também que os interessados O Decreto 1572 possibilita também que os interessados peçam auxílio ao MTE na designação de mediador. peçam auxílio ao MTE na designação de mediador.

�� -- Mediação na Superintendência Regional do Trabalho.Mediação na Superintendência Regional do Trabalho.�� -- De conformidade com o De conformidade com o §§ 1º do art. 114, CF, frustrada 1º do art. 114, CF, frustrada

a negociação coletiva, as partes a negociação coletiva, as partes poderão eleger poderão eleger árbitros.árbitros.

�� -- A ARBITRAGEM é uma forma de solução de conflito A ARBITRAGEM é uma forma de solução de conflito coletivo realizada por um terceiro estranho a relação coletivo realizada por um terceiro estranho a relação negocial (árbitro), livremente escolhido pelos negocial (árbitro), livremente escolhido pelos interessados e com poder decisório sobre o impasse. interessados e com poder decisório sobre o impasse.

��

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�� -- No Brasil, a arbitragem é disciplinada pela Lei No Brasil, a arbitragem é disciplinada pela Lei 9.307/1996, a qual no seu artigo 1 dispõe que 9.307/1996, a qual no seu artigo 1 dispõe que as pessoas capazes de contratar poderão valeras pessoas capazes de contratar poderão valer--se da arbitragem para dirimir litígios relativos a se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.direitos patrimoniais disponíveis.

�� -- Art. 13 Art. 13 –– qualquer pessoa capaz e que tenha a qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes poderá ser designada como confiança das partes poderá ser designada como árbitro.árbitro.

�� * Na esfera trabalhista, o campo de atuação da * Na esfera trabalhista, o campo de atuação da arbitragem restringearbitragem restringe--se aos conflitos coletivos se aos conflitos coletivos de trabalho. de trabalho.

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5. DO DISSÍDIO COLETIVO5. DO DISSÍDIO COLETIVOArt. 114, parágrafo segundo, da CF c/c arts. Art. 114, parágrafo segundo, da CF c/c arts.

856 a 875 CLT).856 a 875 CLT).

�� Completa o Completa o §§ 2º com a nova redação dada 2º com a nova redação dada pela EC n. 45/04, que: “Recusandopela EC n. 45/04, que: “Recusando--se se qualquer das partes à negociação coletiva qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordode comum acordo, ajuizar dissídio , ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.” convencionadas anteriormente.”

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�� -- No que consiste o Poder Normativo da Justiça No que consiste o Poder Normativo da Justiça do Trabalho?do Trabalho?

�� -- A EC 45/2004 que alterou o art. 114, parágrafo A EC 45/2004 que alterou o art. 114, parágrafo segundo, da CF limitou o PN da JT, visto que o segundo, da CF limitou o PN da JT, visto que o dissídio coletivo de natureza econômica somente dissídio coletivo de natureza econômica somente poderá ser proposto se houver mútuo acordo.poderá ser proposto se houver mútuo acordo.

�� -- Com isso, verificaCom isso, verifica--se que a Justiça do Trabalho se que a Justiça do Trabalho transformoutransformou--se numa espécie de juízo arbitral, se numa espécie de juízo arbitral, pois somente pode atuar se ambas as entidades pois somente pode atuar se ambas as entidades sindicais concordarem. sindicais concordarem.

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�� O COMUM ACORDOO COMUM ACORDO�� -- O que significa o comum acordo.O que significa o comum acordo.�� -- O comum acordo no TST:O comum acordo no TST:�� . Se na contestação não for argüida em . Se na contestação não for argüida em preliminar a ausência do comum acordo, preliminar a ausência do comum acordo, entendeentende--se como uma concordância tácita.se como uma concordância tácita.

�� . Mas havendo oposição na contestação, é . Mas havendo oposição na contestação, é extinto sem julgamento de mérito. (RODC extinto sem julgamento de mérito. (RODC 568008520085090909 e RODC 568008520085090909 e RODC 82300352008503000). 82300352008503000).

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JURISPRUDÊNCIA SOBRE O COMUM ACORDO JURISPRUDÊNCIA SOBRE O COMUM ACORDO PARA O AJUIZAMENTOPARA O AJUIZAMENTO

�� RO RO -- 28542854--82.2010.5.04.0000 DEJT 82.2010.5.04.0000 DEJT -- 25/03/201125/03/2011

�� DISSÍDIO COLETIVO. AUSÊ NCIA DE COMUM ACORDO. ART. 114, DISSÍDIO COLETIVO. AUSÊ NCIA DE COMUM ACORDO. ART. 114, §§2º , DA CONSTITUIÇà O FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 2º , DA CONSTITUIÇà O FEDERAL. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/2004. EXTINÇà O DO PROCESSO SEM RESOLUÇà O DO MÉ 45/2004. EXTINÇà O DO PROCESSO SEM RESOLUÇà O DO MÉ RITO . A discordância do Suscitado com o ajuizamento do dissídio RITO . A discordância do Suscitado com o ajuizamento do dissídio coletivo, oportunamente manifestada em contestação, determina o coletivo, oportunamente manifestada em contestação, determina o decreto de extinção do processo sem resolução do mé rito, por ausê decreto de extinção do processo sem resolução do mé rito, por ausê ncia de pressuposto processual: comum acordo previsto no art. 114, ncia de pressuposto processual: comum acordo previsto no art. 114, §§ 2º , da Constituiçã o Federal, com a redação conferida pela 2º , da Constituiçã o Federal, com a redação conferida pela Emenda Constitucional nº 45/2004. Inconstitucionalidade dessa Emenda Constitucional nº 45/2004. Inconstitucionalidade dessa exigê ncia, ante o dispost o no art. 5º , XXXV, da Constituição exigê ncia, ante o dispost o no art. 5º , XXXV, da Constituição Federal, que nã o se verifica. Precedentes desta Corte. Recurso Federal, que nã o se verifica. Precedentes desta Corte. Recurso ordiná rio a que se dá provimento, a fim de se decretar a extinçã o ordiná rio a que se dá provimento, a fim de se decretar a extinçã o do processo sem resoluçã o do mé rito, na forma do art. 267, VI, do do processo sem resoluçã o do mé rito, na forma do art. 267, VI, do CPC. CPC.

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�� RO RO -- 149900149900--39.2009.5.03.0000 DEJT 39.2009.5.03.0000 DEJT --25/03/201125/03/2011�� RECURSO ORDINÁ RIO EM AGRAVO REGIMENTAL. AÇà O RECURSO ORDINÁ RIO EM AGRAVO REGIMENTAL. AÇà O

CAUTELAR DE SUPRIMENTO DE CONSENTIMENTO NA INSTAURAÇà CAUTELAR DE SUPRIMENTO DE CONSENTIMENTO NA INSTAURAÇà O DA INST  NCIA DE DISSÍ DIO COLETIVO . A açã o cautelar de O DA INST  NCIA DE DISSÍ DIO COLETIVO . A açã o cautelar de suprimento de consentimento na instauraçã o da instâ ncia de dissí suprimento de consentimento na instauraçã o da instâ ncia de dissí dio coletivo foi ajuizada incidentalmente ao DCdio coletivo foi ajuizada incidentalmente ao DC--2400024000--46.2009.5.03.0000, visando a obter o pronunciamento do Juí zo a 46.2009.5.03.0000, visando a obter o pronunciamento do Juí zo a respeito da inconstitucionalidade da exigê ncia do comum acordo, respeito da inconstitucionalidade da exigê ncia do comum acordo, trazida pela Emenda Constitucional nº 45/2005 ao trazida pela Emenda Constitucional nº 45/2005 ao §§ 2º do art. 114 2º do art. 114 da Constituiçã o Federal, e, s u cessivamente, a eficá cia jurí dica do da Constituiçã o Federal, e, s u cessivamente, a eficá cia jurí dica do consentimento denegado, de modo a possibilitar a tramitaçã o consentimento denegado, de modo a possibilitar a tramitaçã o normal do dissí dio coletivo. Ocorre que , nos termos da jurisprudê normal do dissí dio coletivo. Ocorre que , nos termos da jurisprudê ncia desta Seçã o Especializada, o comum acordo é um dos ncia desta Seçã o Especializada, o comum acordo é um dos pressupostos especí ficos da açã o coletiva de natureza econô mica, pressupostos especí ficos da açã o coletiva de natureza econô mica, e, no caso, sua ausê ncia será analisada , oportunamente, na açã o e, no caso, sua ausê ncia será analisada , oportunamente, na açã o principal principal -- da qual esta cautelar é incidente da qual esta cautelar é incidente -- antes do exame do mé antes do exame do mé rito das reivindicaçõ es obreiras. rito das reivindicaçõ es obreiras.

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4.1. Das modalidades de 4.1. Das modalidades de dissídios coletivosdissídios coletivos

�� -- Art. 216 do Regimento Interno do TST adota a Art. 216 do Regimento Interno do TST adota a seguinte classificação dos dissídios coletivos:seguinte classificação dos dissídios coletivos:

�� a) dissídio coletivo de natureza econômica; a) dissídio coletivo de natureza econômica; �� b) dissídio coletivo de natureza jurídica;b) dissídio coletivo de natureza jurídica;�� C) originários;C) originários;�� D) de revisão;D) de revisão;�� E) de declaração sobre a paralisação do E) de declaração sobre a paralisação do trabalho.trabalho.

��

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4.2. Da competência para o 4.2. Da competência para o dissídio coletivodissídio coletivo

�� -- Os Tribunais Regionais do Trabalho são Os Tribunais Regionais do Trabalho são competentes para processar, conciliar e julgar os competentes para processar, conciliar e julgar os dissídios coletivos instaurados em sua base dissídios coletivos instaurados em sua base territorial. A competência funcional é originária territorial. A competência funcional é originária do Regional. do Regional.

�� -- Naqueles casos em que a instauração do Naqueles casos em que a instauração do dissídio abrange mais de uma base territorial dissídio abrange mais de uma base territorial pertencentes a Regionais distintos, a pertencentes a Regionais distintos, a competência se alavanca para o Tribunal competência se alavanca para o Tribunal Superior do Trabalho cuja base é todo o Superior do Trabalho cuja base é todo o Território Nacional. Território Nacional.

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4.3. Do Procedimento4.3. Do Procedimento

�� -- Petição inicial:Petição inicial:�� . Nome das partes e qualificação. Nome das partes e qualificação�� . Motivos do dissídio. Motivos do dissídio�� . As bases de conciliação. As bases de conciliação�� . Cláusulas (natureza das cláusulas e . Cláusulas (natureza das cláusulas e devem ser fundamentadas, sob pena de devem ser fundamentadas, sob pena de não ser analisada (PN 37 do TST).não ser analisada (PN 37 do TST).

�� . Tipos de cláusulas: econômicas, sociais, . Tipos de cláusulas: econômicas, sociais, sindicais e obrigacionais.sindicais e obrigacionais.

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4.3. Do Procedimento4.3. Do Procedimento

�� -- Documentos que acompanham a inicial:Documentos que acompanham a inicial:�� . Procuração. Procuração�� . Ata de posse. Ata de posse�� . Edital da assembléia. Edital da assembléia�� . Cópia autenticada da ata da assembléia (art. . Cópia autenticada da ata da assembléia (art. 859 CLT)859 CLT)

�� . Lista de presença da assembléia. Lista de presença da assembléia�� . Pauta reivindicatória registrada em ata (OJ 08 . Pauta reivindicatória registrada em ata (OJ 08 da SDC/TST).da SDC/TST).

�� ............

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4.3. Do Procedimento4.3. Do Procedimento

�� . Em caso de revisão de dissídio, a . Em caso de revisão de dissídio, a sentença normativa em vigor;sentença normativa em vigor;

�� . Em caso de originário, a cópia . Em caso de originário, a cópia autenticada da convenção coletiva.autenticada da convenção coletiva.

�� . Havendo algum acordo coletivo, cópia . Havendo algum acordo coletivo, cópia autenticada.autenticada.

�� -- Contestação. Reconvenção. Revelia. Contestação. Reconvenção. Revelia. Confissão. Intervenção de terceiros.Confissão. Intervenção de terceiros.

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�� -- Audiência:Audiência:�� . Representação do suscitado (art. 861 CLT).. Representação do suscitado (art. 861 CLT).�� . Não comparecimento da(s) parte(s): art. 864 CLT. Não comparecimento da(s) parte(s): art. 864 CLT�� . Conciliação.. Conciliação.�� . Não havendo acordo, o processo é encaminhado para o . Não havendo acordo, o processo é encaminhado para o

MPT para parecer (art. 11 da Lei 7701/88). MPT para parecer (art. 11 da Lei 7701/88). �� . Após o parecer, o processo é distribuído ao relator, . Após o parecer, o processo é distribuído ao relator,

mediante sorteio. Elaborado o relatório,o processo é mediante sorteio. Elaborado o relatório,o processo é encaminhado ao revisor e depois submetido a encaminhado ao revisor e depois submetido a julgamento pelo Tribunal.julgamento pelo Tribunal.

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4.4. Prazo para ajuizamento4.4. Prazo para ajuizamento�� -- Caso haja norma em vigor é preciso instaurar o dissídio dentro dos 60 Caso haja norma em vigor é preciso instaurar o dissídio dentro dos 60

dias anteriores ao respectivo termo final do instrumento, para que o mesmo dias anteriores ao respectivo termo final do instrumento, para que o mesmo tenha vigência no dia imediato ao termo (art. 616, parágrafo 3, CLT).tenha vigência no dia imediato ao termo (art. 616, parágrafo 3, CLT).

��

Acórdão Acórdão -- Processo 0348900Processo 0348900--95.2006.5.04.0000 (DC) 95.2006.5.04.0000 (DC) Redator:Redator: FLÁVIA LORENA PACHECOFLÁVIA LORENA PACHECOData:Data: 24/05/201024/05/2010 Origem:Origem: Tribunal Regional do Trabalho Tribunal Regional do Trabalho EMENTA: DISSÍDIO COLETIVO REVISIONAL. AÇÃO REVISIONAL EMENTA: DISSÍDIO COLETIVO REVISIONAL. AÇÃO REVISIONAL AJUIZADA ANTES DO PRAZO PREVISTO NO ART. 873 DA CLT. AJUIZADA ANTES DO PRAZO PREVISTO NO ART. 873 DA CLT. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Adotada a EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. Adotada a revisanda com database em 01 de maio, com vigência a partir de revisanda com database em 01 de maio, com vigência a partir de maio/2006 e ajuizada a presente ação em novembro/2006, antes de maio/2006 e ajuizada a presente ação em novembro/2006, antes de decorrido um ano do início da vigência daquela, diante das decorrido um ano do início da vigência daquela, diante das disposições insertas no art. 873 da CLT, não há norma coletiva a ser disposições insertas no art. 873 da CLT, não há norma coletiva a ser revisada. revisada. (...) (...)

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4.5. Ação de Protesto Judicial para 4.5. Ação de Protesto Judicial para preservar datapreservar data--basebase

�� -- Base legal: arts. 867 e ss do CPC (após revogação IN 4)Base legal: arts. 867 e ss do CPC (após revogação IN 4)�� -- A IN 4/1993 do TST (revogada) dispunha acerca da ação de Protesto para A IN 4/1993 do TST (revogada) dispunha acerca da ação de Protesto para

preservação de datapreservação de data--base. O TST continua aceitando a ação.base. O TST continua aceitando a ação.

�� * Regimento Interno do TST:* Regimento Interno do TST:

�� Art. 213. Frustrada, total ou parcialmente, a autocomposição dos interesses Art. 213. Frustrada, total ou parcialmente, a autocomposição dos interesses coletivos em negociação promovida diretamente pelos interessados, ou coletivos em negociação promovida diretamente pelos interessados, ou mediante intermediação administrativa do Órgão competente do Ministério mediante intermediação administrativa do Órgão competente do Ministério do Trabalho, poderá ser ajuizada a ação de dissídio coletivo.do Trabalho, poderá ser ajuizada a ação de dissídio coletivo.

�� §§ 1º Na impossibilidade real de encerramento da negociação coletiva em 1º Na impossibilidade real de encerramento da negociação coletiva em curso antes do termo final a que se refere o artigo 616, curso antes do termo final a que se refere o artigo 616, §§ 3º, da CLT, a 3º, da CLT, a entidade interessada poderá formular entidade interessada poderá formular protestoprotesto judicialjudicial em petição escrita em petição escrita dirigida ao Presidente do Tribunal, a fim de preservar a dirigida ao Presidente do Tribunal, a fim de preservar a datadata--basebase da da categoria. categoria.

�� §§ 2º Deferida a medida prevista no item anterior, a representação coletiva 2º Deferida a medida prevista no item anterior, a representação coletiva será ajuizada no será ajuizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da intimaçãoprazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da intimação, , sob pena de perda da eficácia do sob pena de perda da eficácia do protestoprotesto. (grifei) . (grifei)

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�� -- Inicial e a quem é dirigidaInicial e a quem é dirigida�� -- Jurisdição voluntáriaJurisdição voluntária�� -- Conseqüências do deferimento da Conseqüências do deferimento da medida e conseqüências do indeferimento.medida e conseqüências do indeferimento.

�� -- Notificação do(s) suscitado(s).Notificação do(s) suscitado(s).�� -- Devolução dos autos.Devolução dos autos.

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4.6. Da sentença normativa4.6. Da sentença normativa

�� a) Terminologiaa) Terminologia

�� B) Prazo:B) Prazo:�� -- Prazo máximo de vigência (04 anos) segundo o artigo Prazo máximo de vigência (04 anos) segundo o artigo

868, parágrafo único, da CLT. Mas os TRTs têm fixado 868, parágrafo único, da CLT. Mas os TRTs têm fixado em 01 ano para incentivar as negociações.em 01 ano para incentivar as negociações.

�� C) Efeitos:C) Efeitos:�� --Erga omnes.Erga omnes.�� -- Exceção: quando o dissídio for ajuizado por alguma(s) Exceção: quando o dissídio for ajuizado por alguma(s)

empresa(s).empresa(s).

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�� D) Coisa JulgadaD) Coisa Julgada�� -- Há divergência doutrinária e jurisprudencial.Há divergência doutrinária e jurisprudencial.�� -- Primeira corrente: só faz coisa julgada formal.Primeira corrente: só faz coisa julgada formal.�� Fundamento:Fundamento:�� . Pode ser objeto de ação de cumprimento mesmo antes . Pode ser objeto de ação de cumprimento mesmo antes

do seu trânsito em julgado;do seu trânsito em julgado;�� . Após um ano de vigência, pode ser objeto de revisão;. Após um ano de vigência, pode ser objeto de revisão;�� . Não comporta execução das cláusulas sociais e . Não comporta execução das cláusulas sociais e

econômicas;econômicas;�� . Eficácia temporária.. Eficácia temporária.

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�� -- Segunda corrente: faz coisa julgada Segunda corrente: faz coisa julgada formal e material.formal e material.

�� Fundamento:Fundamento:�� . Cabe ação rescisória (art.2, inciso I, letra . Cabe ação rescisória (art.2, inciso I, letra “c”, Lei 7701/88);“c”, Lei 7701/88);

�� . Não ação de cumprimento não pode . Não ação de cumprimento não pode rediscutir a matéria de fato e de Direito.rediscutir a matéria de fato e de Direito.

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� * TST adota a primeira corrente, que só faz coisa julgada formal.

� SUM-397 AÇÃO RESCISÓRIA. ART� . 485, IV, DO CPC. AÇÃO DE CUMPRI-MENTO. OFENSA À

COISA JULGADA EMANADA DE SENTENÇA NORMATIVA MODIFICADA EM GRAU DE RECURSO. INVIABILI-DADE. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA

� Não procede ação rescisória calcada em ofensa à coisa julgada perpetrada por decisão proferida em ação de cumprimento, em face de a sentença normativa, na qual se louvava, ter sido modificada em grau de recurso, porque em dissídio co-letivo somente se consubstancia coisa julgada formal. Assim, os meios processu-ais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada são a exceção de pré-executividade e o mandado de segurança, no caso de descumprimento do art. 572 do CPC.

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4.7.4.7. Da ação de cumprimento e Da ação de cumprimento e do dissídio individualdo dissídio individual

�� -- É o remédio jurídico próprio para reclamar direito assegurado em É o remédio jurídico próprio para reclamar direito assegurado em sentença normativa.sentença normativa.

�� -- O TST indica ação de cumprimento para acordo e convenção O TST indica ação de cumprimento para acordo e convenção coletiva na Súmula n. 246. coletiva na Súmula n. 246.

� SUM-246 AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SEN-TENÇA NORMATIVA

� É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento.

�� A norma coletiva não poderá ser rediscutida (parágrafo único, art. A norma coletiva não poderá ser rediscutida (parágrafo único, art. 872, CLT), porém, mesmo sem a possibilidade do contraditório, a 872, CLT), porém, mesmo sem a possibilidade do contraditório, a parte terá de ajuizar ação de cumprimento, aguardar recursos para parte terá de ajuizar ação de cumprimento, aguardar recursos para os Tribunais Regionais e Superiores e, se existir matéria os Tribunais Regionais e Superiores e, se existir matéria constitucional, poderá ir até o STF. constitucional, poderá ir até o STF.

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4.8. Da revisão da sentença 4.8. Da revisão da sentença normativanormativa

�� Desde que decorrido mais de um ano da Desde que decorrido mais de um ano da vigência da sentença normativa, caberá vigência da sentença normativa, caberá revisão das decisões que fixarem revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando se tiverem condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que tais condições se ditaram, de modo que tais condições se hajam tornando injustas ou inaplicáveis hajam tornando injustas ou inaplicáveis (art. 873, CLT). (art. 873, CLT).

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4.9. Recursos4.9. Recursos

�� -- No processo do trabalho, os recursos são No processo do trabalho, os recursos são dotados apenas de efeito devolutivo (art. 899 dotados apenas de efeito devolutivo (art. 899 CLT). Entretanto, pode o presidente do Tribunal CLT). Entretanto, pode o presidente do Tribunal atribuir efeito suspensivo ao recurso interposto atribuir efeito suspensivo ao recurso interposto sobre a sentença normativa, pelo prazo sobre a sentença normativa, pelo prazo improrrogável de 120 dias (art. 9, Lei 7701/88 improrrogável de 120 dias (art. 9, Lei 7701/88 c/c art. 14 da Lei 10192/2001).c/c art. 14 da Lei 10192/2001).

�� -- Recurso cabível sobre a sentença normativa. Recurso cabível sobre a sentença normativa. Prazo. Competência para julgamento.Prazo. Competência para julgamento.

�� ........

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�� -- Caso a sentença normativa seja prolatada de Caso a sentença normativa seja prolatada de forma originária pelo TST, não sendo unânime forma originária pelo TST, não sendo unânime cabe EI (art. 2, II, c, Lei 7701/88) a serem cabe EI (art. 2, II, c, Lei 7701/88) a serem julgados pela SDC, exceto se a decisão atacada julgados pela SDC, exceto se a decisão atacada estiver em consonância com precedente estiver em consonância com precedente jurisprudencial do TST ou da súmula de sua jurisprudencial do TST ou da súmula de sua jurisprudência predominante, daí somente é jurisprudência predominante, daí somente é admitido embargos de declaração e eventual admitido embargos de declaração e eventual Recurso Extraordinário, se houver ofensa a Recurso Extraordinário, se houver ofensa a CF/88.CF/88.

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GREVEGREVE

Greve é a paralisação coletiva e temporária do trabalho a fim de obter, Greve é a paralisação coletiva e temporária do trabalho a fim de obter, pela pressão exercida em função do movimento, as reivindicações da categoria, pela pressão exercida em função do movimento, as reivindicações da categoria, ou mesmo a fixação de melhores condições de trabalho.ou mesmo a fixação de melhores condições de trabalho.

CONCEITO:CONCEITO:

A Lei 7.783/1989 (Lei de Greve), em seu art. 2º, define a greve como A Lei 7.783/1989 (Lei de Greve), em seu art. 2º, define a greve como sendo a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação sendo a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.pessoal de serviços a empregador.

O direito de greve é assegurado aos trabalhadores, devendo esses O direito de greve é assegurado aos trabalhadores, devendo esses decidirem sobre a oportunidade de o exercer e sobre os interesses que devam decidirem sobre a oportunidade de o exercer e sobre os interesses que devam por meio dele defender (art. 9º. Da CF/1988 e art. 1º. da Lei 7.783/1989).por meio dele defender (art. 9º. Da CF/1988 e art. 1º. da Lei 7.783/1989).

Todavia, a greve deve ser exercida nos termos e limites definidos na Lei Todavia, a greve deve ser exercida nos termos e limites definidos na Lei 7.783/1989, sob pena de ser considerada abusiva em eventual dissídio coletivo.7.783/1989, sob pena de ser considerada abusiva em eventual dissídio coletivo.

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PECULIARIDADESPECULIARIDADES

EmEm relaçãorelação àà LeiLei 77..783783//19891989,, podemospodemos destacardestacar asas seguintesseguintespeculiaridadespeculiaridades::

a)a) FRUSTAÇÃOFRUSTAÇÃO DADA NEGOCIAÇÃONEGOCIAÇÃO COLETIVACOLETIVA:: aa cessaçãocessação coletivacoletivadodo trabalhotrabalho somentesomente poderápoderá serser realizadarealizada apósapós aa frustraçãofrustração dadanegociaçãonegociação coletivacoletiva ouou impossibilidadeimpossibilidade dede recursorecurso viavia arbitralarbitral(art(art.. 33ºº..))..b)b) NECESSIDADENECESSIDADE DEDE REALIZAÇÃOREALIZAÇÃO DEDE ASSEMBLÉIAASSEMBLÉIA PRÉVIAPRÉVIA::caberácaberá aoao sindicatosindicato dada categoriacategoria profissionalprofissional convocarconvocarassembléiaassembléia geralgeral parapara definirdefinir asas reivindicaçõesreivindicações dada categoriacategoria ee aaparalisaçãoparalisação coletivacoletiva (art(art.. 44º)º)..c)c) AVISOAVISO PRÉVIOPRÉVIO:: oo sindicatosindicato patronalpatronal ee aa empresaempresa interessadainteressadaserãoserão avisadosavisados dada grevegreve comcom antecedênciaantecedência mínimamínima dede 4848 horashoras(art(art.. 33º,º, parágrafoparágrafo único)único)..

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c)c) ATIVIDADESATIVIDADES ESSENCIAISESSENCIAIS:: sãosão consideradasconsideradas atividadesatividadesessenciaisessenciais:: tratamentotratamento ee abastecimentoabastecimento dede água,água, produçãoprodução eedistribuiçãodistribuição dede energiaenergia elétrica,elétrica, gásgás ee combustívelcombustível;; assistênciaassistênciamédicamédica ee hospitalarhospitalar;; distribuiçãodistribuição ee comercializaçãocomercialização dedemedicamentosmedicamentos ee alimentosalimentos;; funeráriosfunerários;; transportetransporte coletivocoletivo;;captaçãocaptação ee tratamentotratamento dede esgotoesgoto ee lixolixo;; telecomunicaçõestelecomunicações;;guarda,guarda, usouso ee controlecontrole dede substânciassubstâncias radioativas,radioativas, equipamentosequipamentosee materiaismateriais nuclearesnucleares;; processamentoprocessamento dede dadosdados ligadosligados aaserviçosserviços essenciaisessenciais;; controlecontrole dede tráfegotráfego aéreoaéreo ee compensaçãocompensaçãobancáriabancária (art(art..1010))..

- PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS INDISPENSÁVEIS À COMUNIDADENOS SERVIÇOS OU ATIVIDADES ESSENCIAIS: os sindicatos, osempregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comumacordo, a garantir, durante a greve, a prestação de serviçosindispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis dacomunidade, sendo consideradas aquelas, que, se não atendidascoloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou asegurança da população (art.11 e respectivo parágrafo único);

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- COMUNICAÇÃO DA GREVE NOSSERVIÇOS OU ATIVIDADESESSENCIAIS: na greve em serviçosou atividades essenciais, ficam asentidades sindicais ou ostrabalhadores conforme o caso,obrigados a comunicar a decisão aosempregadores e aos usuários, comantecedência mínima de 72 horas daparalisação (art.13).

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,,d) LIVRE ADESÃO À GREVE: as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.

e) ABUSO DO DIREITO DE GREVE: constitui abuso do direito de greve:- A inobservância das normas contidas na Lei 7.783/1989, - Bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho, salvo descumprimento de cláusula de instrumento normativo ou mesmo pela superveniência da fato novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho (cláusula rebus sic stantibus) (art. 14 e respectivo parágrafo único).

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f) SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: a greve sempre suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais do período ser regidas por acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho (art. 7º).

g) RESPONSABILIDADE PELOS ATOS PRÁTICADOS: a responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal (art. 15).

Impede destacar que o Ministério Público do Trabalho, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, poderá ajuizar dissídio coletivo de greve, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito, conforme previsto no art. 114, § 3º, da CF/1988, com redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004.

Também é possível o ajuizamento pelo MPT para assegurar a defesa da ordem jurídica em caso de paralisação por parte dos empregados.

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GREVE NO SERVIÇO PÚBLICOGREVE NO SERVIÇO PÚBLICO

Em relação aos trabalhadores regidos pela CLT, a CF/1988, em seu art. 9º, conforme já mencionado, assegurou o direito de greve, o qual foi regulamentado pela Lei 7.783/1989.

Todavia a norma constitucional conferiu tratamento diverso aos servidores públicos, relativamente ao exercício do direito de greve.

O art. 37, VII, da CF/1988 condicionou o exercício do direito de greve do servidor público estatutário à edição de lei específica, in verbis:

“Art. 37 . A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”.

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Havia discussão na doutrina e jurisprudência acerca da aplicação da Lei de Greve ao servidor público.

O Plenário do STF, Plenário do STF, em 25 de outubro de 2007, em 25 de outubro de 2007, por unanimidade por unanimidade (Mandados de Injunção 670, 708 e 712), declarou (Mandados de Injunção 670, 708 e 712), declarou a omissão legislativa a omissão legislativa quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o exercício do direito de greve no setor público e, por maioriaexercício do direito de greve no setor público e, por maioria decidiu decidiu aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve vigente ao setor privado, qual aplicar ao setor, no que couber, a lei de greve vigente ao setor privado, qual seja a Lei 7.783/1989.seja a Lei 7.783/1989.

Os Mandados de Injunção foram ajuizados, respectivamente, pelo Os Mandados de Injunção foram ajuizados, respectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores Em Educação do Município de (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores Em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder João Pessoa (Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep).Judiciário do Estado do Pará (Sinjep).

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Logo, em função dessa decisão do STF passou a entender que Logo, em função dessa decisão do STF passou a entender que o art. 37, VII, da CF/1988 encerra uma norma de eficácia o art. 37, VII, da CF/1988 encerra uma norma de eficácia contida, podendo o servidor público exercer o direito de greve, contida, podendo o servidor público exercer o direito de greve, aplicandoaplicando--se, no que couber, a Lei 7.783/1989.se, no que couber, a Lei 7.783/1989.

No julgamento, o Ministro Celso de Mello salientou que “não se No julgamento, o Ministro Celso de Mello salientou que “não se pode tolerar, sob pena de fraudarpode tolerar, sob pena de fraudar--se a vontade da se a vontade da Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis lesiva ao direito dos servidores públicos civis –– a quem vem se a quem vem se negando arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já negando arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucionalassegurado pelo texto constitucional--, traduz um , traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado que se reveste a Constituição da valor e pelo alto significado que se reveste a Constituição da República”.República”.

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LOCKOUT OU LOCAUTELOCKOUT OU LOCAUTE

O art. 17 e respectivo parágrafo único da Lei 7.783/1989 dispõem que:

“Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (“lockout”).

Parágrafo Único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito de percepção dos salários durante o período de paralisação.”

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O O lockout lockout é a paralisação do trabalho ordenada é a paralisação do trabalho ordenada pelo próprio empregador, seja para frustrar ou dificultar o pelo próprio empregador, seja para frustrar ou dificultar o atendimento das reivindicações dos trabalhadores, seja para atendimento das reivindicações dos trabalhadores, seja para exercer pressão perante as autoridades em busca de alguma exercer pressão perante as autoridades em busca de alguma vantagem econômica.vantagem econômica.

Ilustrativamente, podemos mencionar o Ilustrativamente, podemos mencionar o exemplo das greves de transportes coletivos patrocinadas pelas exemplo das greves de transportes coletivos patrocinadas pelas próprias empresas, objetivando pressionar a administração próprias empresas, objetivando pressionar a administração pública a conceder reajustes de tarifas.pública a conceder reajustes de tarifas.

Em última análise, a Lei 7.783/1989 proíbe o Em última análise, a Lei 7.783/1989 proíbe o lockout, lockout, garantindo aos obreiros todos os direitos trabalhistas garantindo aos obreiros todos os direitos trabalhistas durante o considerando, portanto, o período de durante o considerando, portanto, o período de louckoutlouckout como como de interrupção do liame empregatício.de interrupção do liame empregatício.

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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PELOS SINDICATOS ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PELOS SINDICATOS (LEI 5584/70)(LEI 5584/70)

�� Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.

�� §§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. sustento próprio ou da família.

�� §§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas. exceder de 48 (quarenta e oito) horas.

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�� Art 16. Os honorários do advogado pagos pelo vencido Art 16. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. reverterão em favor do Sindicato assistente.

�� Art 18. A assistência judiciária será prestada ao Art 18. A assistência judiciária será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato. Sindicato.

�� Art 19. Os diretores de Sindicatos que, sem comprovado Art 19. Os diretores de Sindicatos que, sem comprovado motivo de ordem financeira, deixarem de dar motivo de ordem financeira, deixarem de dar cumprimento às disposições desta lei ficarão sujeitos à cumprimento às disposições desta lei ficarão sujeitos à penalidade prevista no art. 553, alínea a da Consolidação penalidade prevista no art. 553, alínea a da Consolidação das Leis do Trabalho. das Leis do Trabalho.

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�� Art. 11 da Lei 1060/50: Os honorários de Art. 11 da Lei 1060/50: Os honorários de advogados e peritos, as custas do advogados e peritos, as custas do processo, as taxas e selos judiciários serão processo, as taxas e selos judiciários serão pagos pelo vencido, quando o beneficiário pagos pelo vencido, quando o beneficiário de assistência for vencedor na causa.de assistência for vencedor na causa.

�� §§ 1º. Os honorários do advogado 1º. Os honorários do advogado serão arbitrados pelo juiz até o máximo de serão arbitrados pelo juiz até o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o líquido 15% (quinze por cento) sobre o líquido apurado na execução da sentença.apurado na execução da sentença.

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� OJ-SDI1-304 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁ-RIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. COMPROVAÇÃO (DJ 11.08.2003)

� Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advo-gado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômi-ca (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50).

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��

� OJ-SDI1-305 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO TRABALHO (DJ 11.08.2003)

� Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da justi-ça gratuita e a assistência por sindicato.

�� -- Honorários de AJHonorários de AJ

�� -- Honorários advocatícios na JTHonorários advocatícios na JT

�� -- Jus postulandiJus postulandi

��

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JURISPRUDÊNCIA JURISPRUDÊNCIA HONORÁRIOSHONORÁRIOS

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Acórdão Acórdão -- Processo 1040200Processo 1040200--32.2009.5.04.0761 (RO) 32.2009.5.04.0761 (RO) Redator:Redator: MILTON VARELA DUTRAMILTON VARELA DUTRAData:Data: 05/05/201105/05/2011 Origem:Origem: Vara do Trabalho de Triunfo EMENTA: Vara do Trabalho de Triunfo EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO. MATÉRIA LITIGIOSA. OMISSÃO NA RECURSO ORDINÁRIO. MATÉRIA LITIGIOSA. OMISSÃO NA SENTENÇA. AUSÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SENTENÇA. AUSÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRECLUSÃO. NÃO CONHECIMENTO. OperaPRECLUSÃO. NÃO CONHECIMENTO. Opera--se a preclusão, fato se a preclusão, fato impeditivo do direito de recorrer, quando a omissão sobre a matéria impeditivo do direito de recorrer, quando a omissão sobre a matéria não examinada pelo juiz de primeiro grau na sentença não é não examinada pelo juiz de primeiro grau na sentença não é suscitada por objeto de competentes embargos de declaração. suscitada por objeto de competentes embargos de declaração. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEI ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEI 1.060/50. DECLARAÇÃO DE POBREZA. DIREITO. Trabalhador que 1.060/50. DECLARAÇÃO DE POBREZA. DIREITO. Trabalhador que se declara pobre, ao feitio legal, tem direito ao benefício da se declara pobre, ao feitio legal, tem direito ao benefício da assistência judiciária na forma da Lei 1.060/50. Devidos, por assistência judiciária na forma da Lei 1.060/50. Devidos, por consequência indissociável do benefício, os honorários advocatícios, consequência indissociável do benefício, os honorários advocatícios, de assistência judiciária, de 15% sobre o valor total bruto da de assistência judiciária, de 15% sobre o valor total bruto da condenação a final apurado. condenação a final apurado. (...) (...)

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Acórdão Acórdão -- Processo 0083100Processo 0083100--55.2008.5.04.0026 55.2008.5.04.0026 (RO) (RO) Redator:Redator: ANA LUIZA HEINECK KRUSEANA LUIZA HEINECK KRUSEData:Data: 19/01/201119/01/2011 Origem:Origem: 26ª Vara do Trabalho de 26ª Vara do Trabalho de Porto Alegre EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA Porto Alegre EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. Declarada pelo reclamante sua condição de JUDICIÁRIA. Declarada pelo reclamante sua condição de insuficiência econômica, são devidos honorários insuficiência econômica, são devidos honorários assistenciais ao seu procurador, nos termos da Lei assistenciais ao seu procurador, nos termos da Lei 1.060/50, aplicável ao processo do trabalho aos que 1.060/50, aplicável ao processo do trabalho aos que carecerem de recursos para promover sua defesa carecerem de recursos para promover sua defesa judicial. Não se pode mais entender que a assistência judicial. Não se pode mais entender que a assistência judiciária fica limitada ao monopólio sindical. Recurso judiciária fica limitada ao monopólio sindical. Recurso provido. provido. (...) (...)

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Acórdão Acórdão -- Processo 0081800Processo 0081800--33.2004.5.04.0015 (AP) 33.2004.5.04.0015 (AP) Redator:Redator: HUGO CARLOS SCHEUERMANNHUGO CARLOS SCHEUERMANNData:Data: 05/05/201105/05/2011 Origem:Origem: 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. EMENTA: HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ A FAVOR DO SINDICATO DA CATEGORIA EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ A FAVOR DO SINDICATO DA CATEGORIA COM INCLUSÃO DOS NOMES DOS PROCURADORES CONSTANTES COM INCLUSÃO DOS NOMES DOS PROCURADORES CONSTANTES DA CREDENCIAL SINDICAL. Embora os honorários de assistência DA CREDENCIAL SINDICAL. Embora os honorários de assistência judiciária gratuita se destinem ao sindicato representativo da judiciária gratuita se destinem ao sindicato representativo da categoria profissional da exeqüente, conforme disposição do art. 16 categoria profissional da exeqüente, conforme disposição do art. 16 da Lei 5.584/70, os procuradores a quem este outorgou poderes da Lei 5.584/70, os procuradores a quem este outorgou poderes através de credencial sindical estão devidamente autorizados a através de credencial sindical estão devidamente autorizados a receber os valores a ele destinados relativos aos honorários receber os valores a ele destinados relativos aos honorários assistenciais. Agravo de petição provido. assistenciais. Agravo de petição provido. (...) (...)

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Acórdão Acórdão -- Processo 0000786Processo 0000786--84.2010.5.04.0801 (RO) 84.2010.5.04.0801 (RO) Redator:Redator: BERENICE MESSIAS CORRÊABERENICE MESSIAS CORRÊAData:Data: 12/05/201112/05/2011 Origem:Origem: 1ª Vara do Trabalho de Uruguaiana 1ª Vara do Trabalho de Uruguaiana EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELO MUNICÍPIO EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELO MUNICÍPIO RECLAMADO. HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. Na RECLAMADO. HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. Na Justiça do Trabalho somente a assistência judiciária prestada pelo Justiça do Trabalho somente a assistência judiciária prestada pelo sindicato representante da categoria a que pertence o trabalhador sindicato representante da categoria a que pertence o trabalhador necessitado enseja o direito à percepção de honorários advocatícios, necessitado enseja o direito à percepção de honorários advocatícios, nos termos da Lei nº 5.584/70, arts. 14 a 16, no percentual nunca nos termos da Lei nº 5.584/70, arts. 14 a 16, no percentual nunca superior a 15%. Adoção, como razão de decidir, do entendimento superior a 15%. Adoção, como razão de decidir, do entendimento expresso na Orientação Jurisprudencial de nº 305 da SDIexpresso na Orientação Jurisprudencial de nº 305 da SDI--1 do TST. 1 do TST. Recurso desprovido. Recurso desprovido. (...) (...)

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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO

�� MPT MPT –– 13 CONCURSO13 CONCURSO�� Assinale, a respeito da convenção coletiva de trabalho, a Assinale, a respeito da convenção coletiva de trabalho, a

alternativa INCORRETA:alternativa INCORRETA:�� A) é o acordo de caráter normativo onde são estipuladas A) é o acordo de caráter normativo onde são estipuladas

condições de trabalho.condições de trabalho.�� B) é celebrada por dois ou mais sindicatos B) é celebrada por dois ou mais sindicatos

representativos de categorias profissionais e representativos de categorias profissionais e econômicas;econômicas;

�� c) são celebradas por escrito, sem emendas nem c) são celebradas por escrito, sem emendas nem rasuras.rasuras.

�� d) entram em vigor a partir da entrega para registro e d) entram em vigor a partir da entrega para registro e arquivamento no MTE;arquivamento no MTE;

�� E) não respondida.E) não respondida.

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�� MPTMPT-- 13 CONCURSO13 CONCURSO�� A respeito da greve, assinale a alternativa INCORRETA:A respeito da greve, assinale a alternativa INCORRETA:�� A) na vigência de acordo coletivo é possível a greve que A) na vigência de acordo coletivo é possível a greve que

tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusulas;tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusulas;�� B) o serviço funerário é considerado atividade essencial;B) o serviço funerário é considerado atividade essencial;�� C) é permitido aos grevistas o aliciamento pacífico dos C) é permitido aos grevistas o aliciamento pacífico dos

trabalhadores para a adesão a greve;trabalhadores para a adesão a greve;�� D) nas atividades não consideradas essenciais,o prazo D) nas atividades não consideradas essenciais,o prazo

mínimo para a comunicação aos empregadores mínimo para a comunicação aos empregadores diretamente interessados é de 72hs.diretamente interessados é de 72hs.

�� E) não respondida.E) não respondida.

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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO�� Em relação à organização sindical brasileira:Em relação à organização sindical brasileira:��

�� I. Não obstante a norma constitucional vedar a interferência estatal na criação e organização dos I. Não obstante a norma constitucional vedar a interferência estatal na criação e organização dos sindicatos, permanece a obrigação do registro da entidade no Cartório de Registro Civil de sindicatos, permanece a obrigação do registro da entidade no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, bem como o depósito de seus estatutos no órgão competente do Ministério do Pessoas Jurídicas, bem como o depósito de seus estatutos no órgão competente do Ministério do Trabalho para fins cadastrais e de verificação dos pressupostos legais.Trabalho para fins cadastrais e de verificação dos pressupostos legais.

�� II. A estrutura sindical brasileira adota o sistema piramidal, tendo os sindicatos na base, no meio II. A estrutura sindical brasileira adota o sistema piramidal, tendo os sindicatos na base, no meio as federações e no vértice as confederações, sendo as federações formadas por, no mínimo, três as federações e no vértice as confederações, sendo as federações formadas por, no mínimo, três sindicatos da mesma categoria profissional, diferenciada ou econômica, e as confederações por sindicatos da mesma categoria profissional, diferenciada ou econômica, e as confederações por uma composição mínima de cinco federações, observadas as categorias respectivas.uma composição mínima de cinco federações, observadas as categorias respectivas.

�� III. A Constituição de 1988, ao prever a existência de um único sindicato dentro de uma III. A Constituição de 1988, ao prever a existência de um único sindicato dentro de uma determinada base territorial, e ao recepcionar a estrutura piramidal de organização das entidades determinada base territorial, e ao recepcionar a estrutura piramidal de organização das entidades sindicais de graus superior e inferior, inviabilizou a criação de sindicatos nacionais, ou seja, sindicais de graus superior e inferior, inviabilizou a criação de sindicatos nacionais, ou seja, entidades sindicais de grau inferior com área de atuação em todo o território nacional.entidades sindicais de grau inferior com área de atuação em todo o território nacional.

�� IV. A contribuição sindical obrigatória (imposto sindical) e a contribuição confederativa compõem IV. A contribuição sindical obrigatória (imposto sindical) e a contribuição confederativa compõem o quadro das receitas sindicais, sendo devidas por todos os trabalhadores integrantes da o quadro das receitas sindicais, sendo devidas por todos os trabalhadores integrantes da categoria profissional ou econômica, sindicalizados ou não.categoria profissional ou econômica, sindicalizados ou não.

��

�� a) Todas as proposições são falsas.a) Todas as proposições são falsas.�� b) Todas as proposições são verdadeiras.b) Todas as proposições são verdadeiras.�� c) Há apenas três proposições verdadeiras.c) Há apenas três proposições verdadeiras.�� d) Há apenas duas proposições verdadeiras.d) Há apenas duas proposições verdadeiras.�� e) Há apenas uma proposição verdadeira. e) Há apenas uma proposição verdadeira.

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�� Sobre a negociação coletiva trabalhista:Sobre a negociação coletiva trabalhista:��

�� I. A convenção coletiva é o acordo de caráter normativo através do qual duas ou mais entidades I. A convenção coletiva é o acordo de caráter normativo através do qual duas ou mais entidades sindicais representativas de categorias econômicas e profissionais estipulam novas condições de sindicais representativas de categorias econômicas e profissionais estipulam novas condições de trabalho, possuindo eficácia territorial apenas no âmbito de suas respectivas representações, com trabalho, possuindo eficácia territorial apenas no âmbito de suas respectivas representações, com prazo mínimo de vigência de um ano e máximo de dois anos.prazo mínimo de vigência de um ano e máximo de dois anos.

�� II. No que tange à incorporação das cláusulas negociadas através de convenção ou acordo II. No que tange à incorporação das cláusulas negociadas através de convenção ou acordo coletivos ao contrato de trabalho, a jurisprudência majoritária vem prestigiando o princípio da coletivos ao contrato de trabalho, a jurisprudência majoritária vem prestigiando o princípio da aderência limitada, considerando que os dispositivos de normas coletivas vigoram apenas durante aderência limitada, considerando que os dispositivos de normas coletivas vigoram apenas durante o prazo de vigência assinalado nos respectivos instrumentos.o prazo de vigência assinalado nos respectivos instrumentos.

�� III. O empregado integrante de categoria profissional diferenciada faz jus às vantagens previstas III. O empregado integrante de categoria profissional diferenciada faz jus às vantagens previstas em instrumento coletivo celebrado pelo sindicato que lhe representa, desde que o seu em instrumento coletivo celebrado pelo sindicato que lhe representa, desde que o seu empregador, diretamente ou pelo sindicato da categoria econômica que integra, tenha empregador, diretamente ou pelo sindicato da categoria econômica que integra, tenha participado da negociação. participado da negociação.

�� IV. Havendo conflito entre normas de convenção e de acordo coletivo, com vigências IV. Havendo conflito entre normas de convenção e de acordo coletivo, com vigências simultâneas, que atinjam o mesmo grupo de trabalhadores, devem prevalecer as regras do simultâneas, que atinjam o mesmo grupo de trabalhadores, devem prevalecer as regras do acordo coletivo, visto que de caráter especial em relação à convenção, que tem caráter geral.acordo coletivo, visto que de caráter especial em relação à convenção, que tem caráter geral.

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�� a) Todas as proposições são falsas.a) Todas as proposições são falsas.�� b) Todas as proposições são verdadeiras.b) Todas as proposições são verdadeiras.�� c) Há apenas três proposições verdadeiras.c) Há apenas três proposições verdadeiras.�� d) Há apenas duas proposições verdadeiras.d) Há apenas duas proposições verdadeiras.�� e) Há apenas uma proposição verdadeira. e) Há apenas uma proposição verdadeira.

Page 114: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (arts. 511 a 625 CLT)aulas.verbojuridico3.com/R2012/Trabalho_Maria...10KB_Coletivo1_ead.pdf · --O Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regrasO

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�� Sobre os sistemas sindicais:Sobre os sistemas sindicais:��

�� I. No Brasil adotaI. No Brasil adota--se como regra o critério do sindicato por categoria, que reúne os se como regra o critério do sindicato por categoria, que reúne os trabalhadores de empresas que atuam no mesmo ramo de atividade econômica ou trabalhadores de empresas que atuam no mesmo ramo de atividade econômica ou que tenham atividades econômicas similares.que tenham atividades econômicas similares.

�� II. A norma constitucional não veda a criação de sindicatos por empresa, assim II. A norma constitucional não veda a criação de sindicatos por empresa, assim considerados aqueles que agregam trabalhadores vinculados a uma mesma unidade considerados aqueles que agregam trabalhadores vinculados a uma mesma unidade empresarial.empresarial.

�� III. A Convenção 87 da OIT, que adota o sistema da liberdade sindical plena, III. A Convenção 87 da OIT, que adota o sistema da liberdade sindical plena, recomenda o pluralismo sindical e refuta a idéia da unidade sindical.recomenda o pluralismo sindical e refuta a idéia da unidade sindical.

�� IV. A Constituição de 1988 adotou o princípio da liberdade sindical ao vedar a IV. A Constituição de 1988 adotou o princípio da liberdade sindical ao vedar a interferência e intervenção estatal na organização dos sindicatos, muito embora interferência e intervenção estatal na organização dos sindicatos, muito embora ainda trazendo em seu bojo alguns resquícios do regime corporativista.ainda trazendo em seu bojo alguns resquícios do regime corporativista.

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�� a) Há apenas uma proposição verdadeira.a) Há apenas uma proposição verdadeira.�� b) Há apenas duas proposições verdadeiras.b) Há apenas duas proposições verdadeiras.�� c) Há apenas três proposições verdadeiras.c) Há apenas três proposições verdadeiras.�� d) Todas as proposições são verdadeiras.d) Todas as proposições são verdadeiras.�� e) Todas as proposições são falsas.e) Todas as proposições são falsas.

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� LEIA AS PROPOSIÇÕES A RESPEITO DO DIREITO SINDICAL:� I . Os sindicatos têm o dever de manter serviços de assistência judiciária aos

integrantes da� respectiva categoria profissional.� II . O direito de voto perante o sindicato, na condição de integrante da categoria

profissional,� coincide com a idade permitida para o trabalho, ou seja, 16 anos.� III . O registro do sindicato deve ser feito perante o Ministério do Trabalho como

forma de� garantir a unicidade sindical.� IV . Os sindicatos de trabalhadores têm o dever de fundar cooperativas de consumo

e de crédito.� Assinale a alternativa correta, consideradas as proposições apresentadas:� a) apenas as proposições I, II e III estão corretas� b) apenas as proposições I e II estão corretas� c) apenas as proposições II, III e IV estão corretas� d) apenas as proposições III e IV estão corretas� e) apenas as proposições I, III e IV estão corretas.