Direito Constitucional Aula 00 - ponto

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    Prof. Roberto Troncoso

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    Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se voc estiver compressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa matria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRXIMAS PGINAS.

    Elas economizaro um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencialentre o to sonhado cargo de Tcnico do Seguro Social ou mais umareprovao.

    Afiar o machado. exatamente isso que faremos AGORA.

    O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS

    Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocs que o processo de estudopara concursos pblicos pode ser dividido em trs etapas: aprendizado docontedo, revisoda matria por meio de esquemas e mapas mentais e, por

    fim, a aplicao do conhecimento e mensurao do nvel de aprendizagempor meio de resoluo de exerccios e provas anteriores.

    Nosso curso se dedica aos trs passos:

    Exposio terica do contedo completo da matria de formasimples e objetiva, com a linguagem mais acessvel possvel.

    Esquemas com a matria abordada para facilitar o estudo e a

    reviso.

    Mais de 200 exerccios da FCC resolvidos e comentados! De formacomplementar e quando necessrio, vamos tambm resolver exercciosde outras bancas, ok?

    No h exigncia de conhecimentos prvios. O curso voltadotanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucionalquanto para o aluno mais avanado, que quer adquirirconhecimentos profundos sobre o tema.

    "Se eu tivesse oito horas para derrubar umarvore, passaria seis afiando meu

    machado."(Abraham Lincoln)

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    METODOLOGIA

    Meu caro aluno e futuro Tcnico do Seguro Social, no desenvolvimento dessematerial, para que voc entenda melhor os conceitos, utilizarei a linguagemmais fcil e acessvel possvel, sem me prender ao juridiqus. Noentanto, tenha em mente que a linguagem jurdica muito importante e elaque provavelmente cair em sua prova.

    Primeiramente, farei a exposio do contedo. Logo em seguida, sempre quenecessrio, trarei um esquema para que voc possa revisar a matria commais rapidez. Por ltimo, trarei uma bateria de exerccios comentadosrelacionados ao tema.

    Em um primeiro momento, voc poder ficar apreensivo em relao ao nmerode pginas de algumas das nossas aulas. No entanto, esse material foidesenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e sejabastante rpida. Para voc ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS6 pginas de contedo (teoria). O restante das pginas dividido entreMUITOS exerccios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com asquestes da aula. Dessa forma, apesar de o nmero de pginas ser elevado, aleitura do material bastante rpida e agradvel!

    COMO FAZER EXERCCIOS?

    1-Faa as questes uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE.Caso tenha alguma dvida, procure san-la de pronto.Evite fazerum bloco inteiro para somente depois conferir. Voc acaba sem sanartodas as suas dvidas e perdendo informaes valiosas.

    2-Ao terminar a bateria, calcule quantos itens voc acertou, quantos erroue qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa,estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que,Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter umparmetro de autoavaliao.

    3-Faa e refaa vrias vezes a mesma lista de exerccios. Doisfatores so responsveis pela memria solidificada. O primeiro a

    associao do conhecimento a uma forte emoo. por isso quesempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da

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    primeira vez que ns.......voc entendeu.... Como difcil associar oDireito a uma forte emoo, devemos recorrer ao prximo fator.

    O segundo fator a repetio. Quando repetimos tanto alguma aoque ela se torna automtica, a sim, nosso conhecimento estarsolidificado. E exatamente por isso que voc deve revisar amatria vrias vezes, fazer muitos exerccios e fazer as mesmaslistas vrias vezes!

    4-Quando atingir entre 80% e 90% (lquido), PARABNS! E V ESTUDAROUTRA MATRIA!No tente chegar aos 100%,pois o custo benefciodesse conhecimento baixo.Lembre-se: seu objetivo passar na

    prova e no virar doutor em Direito Constitucional.

    Apesar de saber que a FCC (sua ltima banca examinadora) usar, na suaprova, somente questes de mltipla escolha, faremos, algumas vezes,questes de Certo ou Errado. Isso ocorrer por motivos de carter didtico: que no convm misturar assuntos enquanto estamos treinando. Assim, seuma questo de mltipla escolha tiver assuntos diferentes, ela serdesmembrada em vrias questes de certo/errado.

    COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE

    A grande maioria das pessoas no busca maneiras de se melhorar ou demelhorar seu mtodo de estudo. Assim, elas se esquecem de que, secontinuamos a ter sempre as mesmas aes, vamos obter sempre os mesmosresultados...

    Eu sei que difcil sair da nossa zona de conforto. Mas necessrio quefaamos isso! Antes de continuar, assista a esse vdeo. Dura 6minutos.http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM.

    Insanidade fazer sempre as mesmascoisas esperando obter resultados

    diferentes(Albert Einstein)

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    Gostaram do vdeo?Muitas pessoas estudam para concursos pblicos por dois,trs, quatro anos e no passam. Voc sabe por qu? Ser que essas pessoasno so inteligentes?

    Eu garanto que elas so inteligentes sim! E muito! Mas talvez o mtodo deestudo dessas pessoas no esteja sendo to eficiente quanto poderia. Vou daralgumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse mtodofuncionou at agora para mim e paraTODOSos meus alunosqueestudaram dessa forma,sem excees. Espero que ajude voc tambm.

    1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seucaderno (ou mapa mental).

    Tudooque voc aprender nas aulas presenciais, coloquenocaderno.Tudooque voc ler nos livros e for importante, coloquenocaderno. Todosos exerccios que voc fizer e que a informao no esteja nocaderno,coloque l. At mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu caderno (oumapa mental).

    Comotempo,seucadernovai ficar bastante completo ea informao estardoseujeito, com as suas palavras e comasua cara.

    2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque ainformao no seu caderno.

    muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 pginasde livro correspondem, em mdiaa10decaderno. E muito mais rpidoler10pginas escritas do seu jeito do que 100 pginas de linguagemrebuscada.

    3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mnimo trsvezes por ms, ou seja, a cada 10 dias).

    O conhecimento como um objeto colocado na superfcie da gua: elevai caindo devagar em direo ao fundo. Se aprendermos alguma coisanova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso crebro entendeque aquilo no importante e descarta a informao. Dessa forma,devemos ento mesclar o estudo de novas matrias com as revises doque j foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na

    superfcie e no deixarmos que ele afunde.

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    Por isso, arevisoperidica FUNDAMENTAL! aqui que vocrealmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimentono crebro. Se voc deixar para revisar na ltima hora, novai adiantar

    nada.

    exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitosexerccios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu japrendi. E, para queoestudo sejaeficiente, devemos ter uma forma gil deresgatar e revisara informao:ocadernoouomapa mental.

    Revisar a matria direto nos livros, mesmo comorealce / marca-texto /sublinhados etc. noaforma mais eficiente de resgatar a informao.

    Vocs percebero nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em trscores para sistematizar o contedo. Omeucaderno EXATAMENTE desse jeito.Esses esquemas so praticamente a digitalizao das minhas anotaes.

    CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES

    A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e uma habilidade que podeser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bomcaderno; se melhor faz-lo em meio fsico ou digital, sobre o tamanhoideal...

    Se os resumos no computador funcionam para voc, no h problema algum.Se o formato vai ser eletrnico ou fsico, vai depender de pessoa para pessoa.Os meus, por exemplo, eram fsicos. Mas volto a dizer que no h problemaalgum em ser eletrnico.

    Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo deaproximadamente 120 pginas para TODA a matria de Direito Constitucionalest de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO uma matria ENORME! Nagrande maioria das outras matrias, o seu resumo ser bem menor que isso.

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    O grande segredo dos resumos e esquemas o seguinte:

    Se os seus esquemascontemplarem esses cinco passos, voc j ter umexcelente resumo. Assim, um caderno eficaz aquele que te permite:

    a) Acessar a informao de maneira rpida (bateu o olho, viu preto, jsabe que estrutura!). por isso que o tamanho no to importanteassim. Se voc revisa rpido 100 pginas, est tudo certo. Claro que tambmno pode ficar grande demais...

    b) Anotar de maneira rpida(por isso as frases curtas com a essncia da

    ideia).

    Lembre-se de que ter um caderno muito bom e no revis-lo, noadianta NADA.

    1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) osconectores. Deixe somente a essncia das informaes;

    2) Sempre use frases curtas;

    3) Divida a informao: coloque uma ideia em cada frase e cada frase emuma linha separada (na medida do possvel). Assim, elas sempre ficarocurtas e bem distribudas;

    A memria composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentosmais importantes, teremos uma melhor compreenso do todo;

    4) Faa uma diagramao visual. Jamais escreva em seu caderno de formalinear, fica muito mais difcil resgatar a informao;

    5)Usecores(semexageros!). Cada cor deve ter um significado. Osesquemas que trarei para vocs funcionam assim:

    Preto = estrutura Azul = informao Vermelho = realce (no necessariamente importante)

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    FOCO NO ESTUDO

    Um dos maiores conselhos que voc pode receber de mim e da grande maioriadas pessoas que j passaram em um concurso pblico o seguinte: O FOCO ESSENCIAL!

    No adianta nada ficar correndo atrs de edital. Foque em apenas umconcurso. claro que voc vai tambm fazer as outras provas que foremaparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso.

    Quando digo foco, no quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos parapassar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2

    meses e passar em um excelente concurso. O que no costuma dar muitocerto ficar correndo atrs de edital...

    ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO

    Outra coisa: eu ouo muita gente dizendo assim: estou estudando para oprximo concurso... muita matria....para esse no vai dar...mas j vouadiantando o estudo n?...ahhh voc sabe como ... difcil n?....

    Jamais estude para o prximo concurso.Estude SEMPRE para ESSEconcurso!Se voc fala para voc mesmo que est estudando para o prximo,seu crebro recebe o seguinte comando: no preciso aprender agora, poisesse conhecimento no me ser til.

    Por outro lado, se voc estudar para ESSEconcurso, voc d o comando paraque o seu crebro aprenda AGORA e no deixe nada para depois. Alm disso,se voc diz para voc mesmo que est estudando para ESSE concurso, assuas atitudes so de algum que vai passar NESSEconcurso:

    Quando eu tiver alguma dvida, eu vou san-la imediatamente, porqueeu sei que no tenho mais tempo. Eu preciso dessa informao AGORA:eu vou passar NESSE concurso;

    Para quem no sabe para onde quer ir,

    qualquer caminho serve(Lewis Carroll)

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    Quando bater aqueeeeeela preguia, eu vou resistir, porque eu sei queno tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passarNESSE concurso;

    Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vouresistir, porque eu sei que no tenho mais tempo: eu vou passarNESSE concurso;

    Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabea, as costas, obumbum e at os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir,porque eu sei que no tenho mais tempo: eu vou passar NESSEconcurso;

    Se voc estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essasso infinitamente maiores. Estudar para o prximo concurso o mesmo que seenganar.

    NO ACREDITE NO QUE VOC ACABOU DE LER

    No acredite e nem duvidenessas e em outras tcnicas repassadas por mim oupor qualquer outro professor. TESTE voc mesmoe veja se funciona ou no.

    Fao agora o meu segundo pedido a voc: Teste direito! Faa bem feito!

    Se voc testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver algumadvida, critica ou sugesto, fique vontade para me mandar um

    email([email protected]). Tenho certeza de que essa troca deexperincias ser muito enriquecedora para todos ns.

    RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MGICAS:

    Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria?

    Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como que eu estudaria?

    Se eu fosse estudar direito e para ESSEconcurso, como que euestudaria?

    Se eu fosse morrer se eu no passasse nesse concurso, como que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria?

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    justamente a atitude de se melhorar constantemente que te far umvencedor!

    como disse o vdeo: O que faz algum ser bom em algo? Dedicao.Trabalho duro. E fazer isso com a direo e metodologia corretas. Se voc fizerisso, de qualquer jeito, voc ser bom.

    Mas o que faz algum ser profissional em alguma coisa? pegar aquelapequena deciso que voc tomou e execut-la, levando isso mais longe do quea sua imaginao pode levar. dedicar cada respirao do seu corpo, cadapensamento, cada momento, para aquela causa. dar absolutamente o seuMELHOR e no se acomodar por nenhum motivo. No talento, no

    inteligncia, simplesmente, otamanho do seu apetite pelo sucesso.

    SUCESSO!!

    oberto Troncoso

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    I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    1.CONSIDERAES GERAIS

    Meus caros Tcnicos do Seguro Social, primeiramente, vocs devem saber quea grande maioria dos direitos e garantias fundamentais est prevista no artigo5 da Constituio. Contudo, eles no esto contidos exclusivamente noreferido artigo. Dessa forma, os direitos e garantias fundamentais estoprevistos no art. 5o da Constituio, esparramados ao longo da CF etambm implcitos em seu texto, no constituindo um rol taxativo.Como exemplo, temos o Princpio da anterioridade eleitoral (art. 16) e oPrincpio da anterioridade tributria (art. 150, III, b).

    Tais direitos podem ser didaticamente subdivididos da seguinte forma:

    Direitos individuais e coletivos; Direitos sociais; Direitos de nacionalidade; Direitos polticos; Partidos polticos; e Remdios constitucionais.

    Deve-se, desde j, frisar que nem todos os direitos e garantiasfundamentais so clusulas ptreas, apenas os direitos e garantiasINDIVIDUAIS o so.Assim, os direitos individuais so espcie do gnerodireitos e garantias fundamentais e somente aqueles (os individuais) soclusulas ptreas. Confira o art. 60, 4o da CF:

    Art. 60, 4 - No ser objeto de deliberao a proposta deemenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e peridico;

    III - a separao dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    Por fim, o rol dos direitos e garantias fundamentais (DGF) previstos naConstituio no taxativo, podendo haver outros DGF no previstosexpressamente no texto constitucional. Observe o art. 5 2: Os direitos e

    garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do

    DireitoseGarantias

    Fundamentais

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    regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais emque a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    Esquematizando:

    Direitos e garantias - Direitos individuais e coletivos

    fundamentais - Direitos Sociais

    - Direitos de Nacionalidade art. 5o + ao longo da CF

    - Direitos Polticos

    - Partidos Polticos

    - Remdios constitucionais

    Os Direitos Fundamentais esto no art. 5o + ao longo da CF(no se resumem ao art. 50)

    - Princpio da anterioridade eleitoral (art. 16)

    - Princpio da anterioridade tributria (art. 150, III, b)

    Nem todos os Direitos Fundamentais so ptreos somente os INDIVIDUAIS (art. 60,

    par. 4o, IV)

    Direito INDIVIDUAL espcie dos Direitos Fundamentais

    Rol no taxativo (art. 5, 2)

    2.GERAES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    At a Idade Mdia, o Estado podia interferir na vida das pessoas como bementendesse. Ele era soberano e o Rei no precisava respeitar nenhum limite oulei. Esse contexto permitiu que o Estado cometesse uma srie de abusos eatrocidades, sem o menor limite ou respeito aos seus sditos.

    Uma passagem bblica bastante conhecida nos mostra a desproporcionalidadedo poder do Estado (t bom, eu sei que no havia sequer o conceito de Estado

    naquela poca, mas o exemplo ilustra bem, ok?): havia duas mes brigandopara saber de quem era o filho. O Rei simplesmente mandou cortar o meninoao meio e dar metade da criana a cada uma delas. A me que no aceitou aproposta do rei e preferiu que o filho ficasse vivo, ainda que com a outra me,era a verdadeira progenitora da criana.

    Histrias como essa, para ns, beiram ao ridculo, mas expressam bem opoder do Estado em outras pocas.

    Com o passar do tempo, na era do Liberalismo, a populao passou a serevoltar com esses abusos que o Estado cometia e passou a reivindicar direitos

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    como a vida, a liberdade, a propriedade, entre outros. Esses direitospressupem uma no ao do Estado, ou seja, o Estado no pode mataralgum injustamente; o Estado no pode tirar os bens de algum

    injustamente, assim como no pode tirar a liberdade de algum injustamente.

    Esse foi o contexto onde surgiram os primeiros direitos fundamentais (oudireitos de 1. Gerao) e, justamente por serem uma barreira ao doEstado (o Estado no pode matar algum injustamente; o Estado no podetirar os bens de algum injustamente, etc.), so chamados de liberdadesnegativas.Entre os direitos de 1 gerao, esto o direito vida, propriedade,liberdade etc.

    Com o passar do tempo, j na Revoluo Industrial, mais abusos eramcometidos: jornadas de trabalho de 15 a 18 horas por dia e 7 dias por semana,crianas trabalhando, no havia frias etc...

    Nesse contexto, surgiram os direitos de 2 gerao:o Estado deveria agirpara promover os direitos. Ele deveria editar leis para que os trabalhadorestivessem frias; ele deveria agir para que os trabalhadores possussem 13salrio, jornada de trabalho justa etc. Dessa forma, os direitos de 2 geraorequerem uma aodo Estado e so relacionados igualdade. So exemplos

    de direitos de 2 gerao: direitos dos trabalhadores, educao, sade, dentreoutros.

    Com o passar do tempo e, principalmente no perodo ps-Grande Guerra, acomunidade internacional comeou a se preocupar com os direitostransindividuais (que ultrapassam o indivduo), como o meio ambiente, odesenvolvimento e a comunicao, ou seja, direitos relacionados fraternidade. Esses so direitos de 3 gerao.

    Com a globalizao, vieram os direitos de 4 gerao, relacionados comengenharia gentica, transgnicos, softwares etc.

    Esquematizando:

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    Geraes dos Direitos Fundamentais

    Direitos de 1 Gerao - Liberdade

    - Liberdades negativas - Pressupem uma no ao do Estado

    - Liberdades pblicas e direitos polticos- Direitos individuais

    - Contexto histrico: Liberalismo

    Direitos de - Igualdade

    2 Gerao - Direitos sociais (trabalhadores, educao, sade, moradia...)

    - Direitos culturais e econmicos

    - Liberdades positivas: o Estado tem que agir

    - Contexto histrico: Revoluo industrial

    Direitos de - Fraternidade / Solidariedade

    3 Gerao - Diretos Difusos

    - Meio ambiente, consumidores...

    Direitos de - Engenharia gentica

    4 Gerao - Softwares

    - Transgnicos

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    3.CARACTERSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    Historicidade: esses direitos foram construdos no decorrer do tempo,juntamente com o desenvolvimento da prpria sociedade. Assim, possuemcarter histrico, nascendo com o Cristianismo, passando pelas diversasrevolues e chegando aos dias de hoje.

    Universalidade: destinam-se a TODOSos seres humanos, sem qualquerforma de distino ou discriminao.

    Dessa forma, os direitos fundamentais se aplicam a TODOS os brasileirose estrangeiros, residentes ou no no Brasil. Aplicam-se a pessoas fsicas

    e jurdicas, aoEstado e nas relaes entre particulares.

    O Estado tambm pode ser titular de direitos fundamentais. (ex:propriedade). Alis, existem direitos fundamentais direcionadosexclusivamente ao Estado, como a requisio administrativa.

    No entanto, isso no significa que todos os direitos fundamentais soaplicados a todas essas figuras na mesma proporo. A regra que os DGFse aplicam aos brasileiros e aos estrangeiros. No entanto, alguns direitos

    fundamentais no se aplicam aos estrangeiros, por exemplo, a aopopular.

    Da mesma forma, os direitos e garantias fundamentais se aplicam spessoas fsicas, jurdicas, nacionais e estrangeiras. No entanto, alguns noso aplicados s pessoas jurdicas, por exemplo, a liberdade.

    Limitabilidade: a maior parte da doutrina diz que os direitosfundamentais no so absolutos, podendo haver limitaes quando um

    direito fundamental entra em confronto com outro. Exemplo: direito depropriedade vsdireito de desapropriao do Estado; direito intimidade vsliberdade de expresso...

    Mas o que acontece se um direito meu entrar em conflito com o direito deoutra pessoa? Nesse caso, os direitos fundamentais no podem sersimplesmente suprimidos. Devem-se equilibrar tais direitos usando-se oprincpio da harmonizao.

    OBS:existem doutrinadores, como Gilmar Mendes, que dizem que ADIGNIDADE DA PESSOA HUMANA um direito

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    SUPRACONSTITUCIONAL (acima da prpria Constituio), podendoapenas ser confrontado com ele mesmo. Olhe esse trecho, retirado de seulivro:

    A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia aqualquer outro confronto com outro princpio ou regra, em faceda necessria interpretao de sua coliso somente consigoprpria. Nessa medida, tem-se a dignidade da pessoa humanacomo princpio de hierarquia SUPRACONSTITUCIONAL.

    Como dito acima, a posio dominante que nenhum direitofundamental absoluto, ou seja, todos eles podem ser limitados,

    respeitando-se, obviamente, princpios como a razoabilidade,proporcionalidade etc.

    Concorrncia: podem ser exercidos cumulativamente, ou seja, ao mesmotempo.

    Imprescritibilidade: no so perdidos se no forem usados.

    Irrenunciabilidade: os direitos fundamentais no podem ser renunciados

    por seu titular (seu dono). Eles podem at no ser exercidos, mas nuncapodero ser renunciados.

    Alguns autores dizem que pode haver renncia temporria de algunsdireitos fundamentais e desde que no ofenda a dignidade da pessoahumana. Ex: reality shows, onde se renuncia, temporariamente, aintimidade e a vida privada.

    Inalienabilidade: os direitos fundamentais no podem ser vendidos, so

    indisponveis e no possuem contedo econmico-patrimonial.

    Aplicabilidade imediata: O 1 do art. 5o. diz que as normas definidorasdos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.

    Ateno:isso no significa que todos os direitos fundamentais so normasde eficcia plena. Existem os trs tiposde normas de direitos e garantiasfundamentais: plena, contida e limitada.

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    Esquematizando:

    Historicidade possuem carter histrico, passando pelas diversas revolues e chegando

    aos dias de hoje.

    Universalidadedestinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distinoou discriminao.

    Abrangncia:

    Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou no no Brasil

    Pessoa Fsica, Jurdica e Estado

    oEx: direito de propriedade

    Existem direitos fundamentais direcionados somente ao Estado

    oEx: requisio administrativa

    Direitos fundamentais aplicam-se tambm nas relaes entre particulares

    oEx: trabalhador, danos morais

    Limitabilidade os direitos fundamentais no so absolutos, podendo haver limitaes

    quando um direito fundamental entra em confronto com outro.

    Nopodem ser simplesmente suprimidosse houver conflito, pode apenas ser reduzida

    a eficcia

    oPrincpio da harmonizao

    NenhumDireito Fundamental absoluto (maioria da doutrina)

    OBS:Gilmar Mendes:a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAapresenta-se alheia a

    qualquer outro confronto com outro princpio ou regra, em face da necessriainterpretao de sua coliso somente consigo prpria. Nessa medida, tem-se a

    dignidade da pessoa humana como princpio de hierarquia

    SUPRACONSTITUCIONAL

    Concorrnciapodem ser exercidos cumulativamente

    Imprescritibilidadeno so perdidos se no forem usados.

    Irrenunciabilidadeeles podem no ser exercidos, mas nunca podero ser renunciados.

    Renncia Temporriados direitos fundamentais: CabePode renunciar direito intimidade e vida privada, desde que no ofenda a

    dignidade da pessoa humana

    oEx: reality shows

    Inalienabilidade no podem ser vendidos, so indisponveis e no possuem contedo

    econmico-patrimonial.

    Aplicabilidade imeditada art. 5o, 1

    o:as normas definidoras dos direitos e garantias

    fundamentais tm aplicao imediata.

    No tem nada a ver com normas de eficcia PLENA

    Lembrando: Existem direitos e garantias nos 3 tipos de normas (plena, contida eLTDA)

    Caractersticasdosdireitosegarantiasfundamentais

    No a doutrina dominante

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    4.OBSERVAES

    a)Segundo o art. 5, 3, includo pela EC 45/2004, os TratadosInternacionais que versarem sobre direitos humanos e queforem aprovados por dois turnos e 3/5dos votos por cada umadas Casas Congresso Nacional tero fora de EmendaConstitucional. A Conveno sobre os Direitos da Pessoa comDeficincia foi o primeiro Tratado Internacional sobre direitoshumanos aprovado com fora de EC pelo Brasil.Ateno! Estamos falando de Tratados Internacionais sobre direitosHUMANOS (no direitos fundamentais).Observe que tais tratados no integram e nem modificam o

    texto da CF, apenas possuem fora de Emenda Constituio.Dessa forma, os tratados internacionais podem possuir 3 statusdiferentes no ordenamento jurdico brasileiro: LEI ORDINRIA - Tratados Internacionais que no

    versemsobreDireitos Humanose forem aprovados peloprocedimento comum.

    SUPRALEGAL - Tratados Internacionais que versem sobreDireitos Humanose forem aprovados por procedimentocomum.

    EMENDA CONSTITUCIONAL - Tratados Internacionais queversem sobre Direitos Humanosaprovados por 3/5 dosvotos em 2 turnos(procedimento especial).

    b)Teoria da Eficcia Vertical dos Direitos Fundamentais: dizrespeito aplicabilidade desses direitos como limites atuao dosgovernantes em favor dos governados. Ela se refere aos limitesda interferncia do Estado na vida dos particulares.

    c) Teoria da Eficcia Horizontal dos Direitos Fundamentais: se

    refere s relaes entre particulares. Aqui, os destinatrios dospreceitos constitucionais so os particulares (pessoas fsicas oujurdicas). H uma evoluo da posio do Estado, antes comoadversrio, para guardio dos direitos fundamentais.

    d)Diferena entre direitos, garantias e remdiosconstitucionais: Meu caro aluno e futuro Tcnico do SeguroSocial, essa diferenciao bastante simples e pode ser feita coma simples observao do esquema abaixo:

    o Direitos:so os bens e vantagens prescritos na CF

    o Garantias: so os instrumentos que asseguram o exerccio dos direitos.

    Remdios: so uma espcie de garantia

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    Remdios Administrativos - Direito de certido

    - Direito de petio

    Judiciais - Habeas Corpus (HC)

    - Habeas Data (HD)- Mandado de Segurana (MS)

    - Mandado de Segurana Coletivo (MSC)

    - Ao Popular (AP)

    - Mandado de Injuno (MI)

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    EXERCCIOS

    OBS: no seu curso, usaremos muitos exerccios atuais da FCC.Entretanto, j tem um tempinho que essa banca no cobra esseassunto da introduo, ok? Mas ainda assim recomento o seu estudo.

    1. (FCC - 2011 - TRT - 24 REGIO (MS) - Analista Judicirio) Os tratados econvenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados:

    a) pela Cmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante aprovaoprvia da Advocacia Geral da Unio, sero equivalentes Lei ordinria.

    b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada

    pelo Presidente da Repblica e Senado Federal, sero equivalentes s Leisordinrias.

    c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovadapelo Presidente da Repblica e Senado Federal, sero equivalentes s Leiscomplementares.

    d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dosvotos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas

    constitucionais.

    e) pelo Presidente da Repblica sero equivalentes Medida Provisria e serolevados Cmara dos Deputados, para, mediante aprovao por maioria dosvotos, serem convertidas em Leis ordinrias.

    Os tratados internacionais podem ser incorporados de 3 maneirasdiferentes no ordenamento jurdico brasileiro:

    o

    LEI ORDINRIA - Tratados Internacionais que noversemsobreDireitos Humanose forem aprovados pelo procedimentocomum.

    o SUPRALEGAL - Tratados Internacionais que versem sobre DireitosHumanose forem aprovados por procedimento comum.

    o EMENDA CONSTITUCIONAL- Tratados Internacionais que versem sobreDireitos Humanosaprovados por 3/5 dos votos em 2turnos(procedimento especial).

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    A FCC gosta muito de cobrar o tema dos tratados internacionais noBrasil. Vale a pena estarmos com este esquema bem consolidado nahora da prova!

    Gabarito: D.

    2. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) As normas que consubstanciam osdireitos fundamentais so sempre de eficcia e aplicabilidade imediata.

    Conforme o art. 5, 1, as normas definidoras dos direitos egarantias fundamentais tm aplicao imediata. No entanto, existemdireitos e garantias fundamentais com os trs diferentes tipos deeficcia: plena, contida e limitada.

    Gabarito: Errado.

    3. (FCC - 2010 - MPE-RN - Agente Administrativo) Os direitos e garantiasexpressos na Constituio so taxativos, excluindo outros decorrentes dosprincpios constitucionais.

    O rol dos DGF no taxativo. A Constituio estabelece expressamenteem seu art. 5 2 Os direitos e garantias expressos nesta

    Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dosprincpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que aRepblica Federativa do Brasil seja parte.

    Gabarito: Errado.

    4. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) No Direito Constitucional brasileirofala-se de uma certa relatividade dos direitos e garantias individuais ecoletivos, bem como da possibilidade de haver conflito entre dois ou mais

    deles, oportunidade em que o intrprete dever se utilizar do princpio daconcordncia prtica ou da harmonizao para coordenar e combinar os benstutelados, evitando o sacrifcio total de uns em relao aos outros, semprevisando ao verdadeiro significado do texto constitucional.

    O item est perfeito. Os direitos fundamentais no podem sersuprimidos. Assim, quando houver conflito entre dois ou mais direitos,o aplicador do direito deve encontrar uma interpretao que equilibreos direitos em confronto, se utilizando do princpio da harmonizao.

    Gabarito: Certo.

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    5. (FCC - 2012 - TRF - 2 REGIO - Analista Judicirio) A norma constitucionalque determina que livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o

    anonimato, tem, segundo o pargrafo primeiro do artigo 5 da Constituio

    Federal brasileira, aplicaoa) restritiva.

    b) imediata.

    c) subjetiva.

    d) minimizada.

    e) atpica.Segundo o art. 5, 1, as normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais tm aplicao imediata. Isso no significa, no entanto,que todas as normas do art. 5 so de eficcia plena, existindo normasdos direitos e garantias fundamentais de eficcia plena, contida elimitada.

    Gabarito: B.

    6. (FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador) Os textos da Conveno sobre os Direitosdas Pessoas com Deficincia e de seu Protocolo Facultativo, assinados em NovaIorque, em maro de 2007, tramitaram perante as Casas do CongressoNacional nos anos de 2007 e 2008, com vistas sua aprovao, por meio deDecreto Legislativo. O ento projeto de Decreto Legislativo foi aprovado,inicialmente, na Cmara dos Deputados, pelo voto de 418 e 353 de seusmembros, em primeiro e segundo turnos, respectivamente; na sequncia,encaminhado ao Senado Federal, foi aprovado pelo voto de 59 e 56 de seus

    membros, em primeiro e segundo turnos, respectivamente. Promulgado epublicado o Decreto Legislativo n 186, de 2008, o Governo brasileirodepositou o instrumento de ratificao dos atos junto ao Secretrio-Geral dasNaes Unidas em agosto de 2008, ocorrendo, ao final, a edio do Decreto n6.949, de 2009, pelo Presidente da Repblica, promulgando a referidaConveno e seu Protocolo Facultativo.

    Diante disso, a Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e seuProtocolo Facultativo:

    a) esto aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro, ao qual seintegraram como norma equivalente s leis ordinrias.

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    b) esto aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro, em quesero considerados equivalentes s emendas Constituio.

    c) esto aptos a produzir efeitos no plano jurdico externo, mas no noordenamento interno brasileiro.

    d) estariam aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro sehouvessem sido aprovados como proposta de emenda Constituio deiniciativa do Presidente da Repblica, promulgada pelas Mesas das Casas doCongresso Nacional.

    e) no esto aptos a produzir efeitos no plano jurdico externo, tampouco noordenamento interno brasileiro, uma vez que no foram observados os

    procedimentos necessrios sua ratificao e promulgao.

    Essa questo bem simples. A Cmara dos Deputados possui 513parlamentares, enquanto o Senado Federal possui 81 senadores(informao essencial).

    Como o tratado tramitou no Congresso Nacional e foi aprovado pormais de 3/5 dos parlamentares nas duas casas, votados em 2 turnos,esse tratado, que versa sobre direitos humanos, ser equivalente a

    uma emenda constitucional, produzindo plenos efeitos internos apartir da publicao do decreto presidencial.

    Somente para revisar, os tratados internacionais podem serincorporados de 3 maneiras diferentes no ordenamento jurdicobrasileiro:

    LEI ORDINRIA - Tratados Internacionais que noversemsobreDireitos Humanose forem aprovados pelo

    procedimento comum. SUPRALEGAL- Tratados Internacionais que versem sobre Direitos

    Humanose forem aprovados por procedimento comum.

    EMENDA CONSTITUCIONAL- Tratados Internacionais que versemsobre Direitos Humanosaprovados por 3/5 dos votos em 2turnos(procedimento especial).

    Gabarito: B.

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    7. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judicirio) Segundo a Constituio Federal, ostratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que foremaprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por:

    a) um tero dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.

    b) dois teros dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leiscomplementares.

    c) um quarto dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leisordinrias.

    d) trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.

    e) metades dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leiscomplementares.

    Os tratados internacionais podem ser incorporados de 3 maneirasdiferentes no ordenamento jurdico brasileiro:

    o LEI ORDINRIA - Tratados Internacionais que noversemsobreDireitos Humanose forem aprovados pelo procedimentocomum.

    o SUPRALEGAL - Tratados Internacionais que versem sobre DireitosHumanose forem aprovados por procedimento comum.

    o EMENDA CONSTITUCIONAL- Tratados Internacionais que versem sobreDireitos Humanosaprovados por 3/5 dos votos em 2turnos(procedimento especial).

    Gabarito: D.

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    Meus carosTcnicos do Seguro Social, chegamos ao final de nossa aula dehoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender oesprito das normase no apenas decorando informaes. Lembre-se queA SIMPLICIDADE O GRAU MXIMO DA SOFISTICAO (Leonardo daVinci).

    Espero que todos vocs tenham muito SUCESSO nessa jornada, que bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

    Abraos a todos e at a prxima aula.

    oberto Troncoso

    Se voc acha que pode ou se voc acha que nopode, de qualquer maneira, voc tem razo.

    (Henry Ford)

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    I. QUESTES DA AULA

    INTRODUO

    1. (FCC - 2011 - TRT - 24 REGIO (MS) - Analista Judicirio) Os tratados econvenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados:

    a) pela Cmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante aprovaoprvia da Advocacia Geral da Unio, sero equivalentes Lei ordinria.

    b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovadapelo Presidente da Repblica e Senado Federal, sero equivalentes s Leisordinrias.

    c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovadapelo Presidente da Repblica e Senado Federal, sero equivalentes s Leiscomplementares.

    d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dosvotos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendasconstitucionais.

    e) pelo Presidente da Repblica sero equivalentes Medida Provisria e serolevados Cmara dos Deputados, para, mediante aprovao por maioria dosvotos, serem convertidas em Leis ordinrias.

    2. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) As normas que consubstanciam osdireitos fundamentais so sempre de eficcia e aplicabilidade imediata.

    3. (FCC - 2010 - MPE-RN - Agente Administrativo) Os direitos e garantiasexpressos na Constituio so taxativos, excluindo outros decorrentes dos

    princpios constitucionais.

    4. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) No Direito Constitucional brasileirofala-se de uma certa relatividade dos direitos e garantias individuais ecoletivos, bem como da possibilidade de haver conflito entre dois ou maisdeles, oportunidade em que o intrprete dever se utilizar do princpio daconcordncia prtica ou da harmonizao para coordenar e combinar os benstutelados, evitando o sacrifcio total de uns em relao aos outros, semprevisando ao verdadeiro significado do texto constitucional.

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    5. (FCC - 2012 - TRF - 2 REGIO - Analista Judicirio) A norma constitucionalque determina que livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o

    anonimato, tem, segundo o pargrafo primeiro do artigo 5 da Constituio

    Federal brasileira, aplicaoa) restritiva.

    b) imediata.

    c) subjetiva.

    d) minimizada.

    e) atpica.6. (FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador) Os textos da Conveno sobre os Direitos

    das Pessoas com Deficincia e de seu Protocolo Facultativo, assinados em NovaIorque, em maro de 2007, tramitaram perante as Casas do CongressoNacional nos anos de 2007 e 2008, com vistas sua aprovao, por meio deDecreto Legislativo. O ento projeto de Decreto Legislativo foi aprovado,inicialmente, na Cmara dos Deputados, pelo voto de 418 e 353 de seusmembros, em primeiro e segundo turnos, respectivamente; na sequncia,

    encaminhado ao Senado Federal, foi aprovado pelo voto de 59 e 56 de seusmembros, em primeiro e segundo turnos, respectivamente. Promulgado epublicado o Decreto Legislativo n 186, de 2008, o Governo brasileirodepositou o instrumento de ratificao dos atos junto ao Secretrio-Geral dasNaes Unidas em agosto de 2008, ocorrendo, ao final, a edio do Decreto n6.949, de 2009, pelo Presidente da Repblica, promulgando a referidaConveno e seu Protocolo Facultativo.

    Diante disso, a Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia e seu

    Protocolo Facultativo:

    a) esto aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro, ao qual seintegraram como norma equivalente s leis ordinrias.

    b) esto aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro, em quesero considerados equivalentes s emendas Constituio.

    c) esto aptos a produzir efeitos no plano jurdico externo, mas no no

    ordenamento interno brasileiro.

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    d) estariam aptos a produzir efeitos no ordenamento jurdico brasileiro sehouvessem sido aprovados como proposta de emenda Constituio deiniciativa do Presidente da Repblica, promulgada pelas Mesas das Casas do

    Congresso Nacional.e) no esto aptos a produzir efeitos no plano jurdico externo, tampouco noordenamento interno brasileiro, uma vez que no foram observados osprocedimentos necessrios sua ratificao e promulgao.

    7. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judicirio) Segundo a Constituio Federal, ostratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que foremaprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por:

    a) um tero dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.

    b) dois teros dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leiscomplementares.

    c) um quarto dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leisordinrias.

    d) trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.

    e) metades dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s leiscomplementares.

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    III. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito

    Constitucional. So Paulo: Saraiva

    LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. So Paulo: Saraiva

    MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. So Paulo: Ed. tlas

    PAULO, Vicente eALEXANDRINO, Marcelo. Direito ConstitucionalDescomplicado. Ed. Impetus

    CRUZ, Vtor. 1001 questes Comentadas Direito Constitucional. Questes doPonto (ebook)

    www.stf.jus.br

    www.cespe.unb.br

    http://www.esaf.fazenda.gov.br/

    http://www.fcc.org.br/institucional/

    www.consulplan.net

    http://www.concursosfmp.com.br

    http://www.fujb.ufrj.br