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Direito da Saúde...Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros

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Direito da Saúde: é o Direito Social Fundamental assegurado pela Constituição Federal.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a

alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o

lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à

maternidade e à infância, a assistência aos

desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 196. A saúde édireito de todos edever do Estado,garantido mediantepolíticas sociais eeconômicas quevisem à redução dorisco de doença e deoutros agravos e aoacesso universal eigualitário às ações eserviços para suapromoção, proteção erecuperação.

• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

• III - a dignidade da pessoa humana;

Art. 5º Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza,garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País ainviolabilidade do direito à vida, àliberdade, à igualdade, à segurança e àpropriedade, nos termos seguintes:X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

AUTONOMIA

NÃO MALEFICÊNCIA

BENEFICÊNCIA

JUSTIÇA

• Capacidade de entender edecidir.

• Voluntariedade ao decidir.• Entendimento.

Não causar males ou danos.

• Impedir que ocorro males ou danos.

• Fazer ou promover o bem.

Normas que garantem assistência médica digna.

“Ponte entre a ciência e ashumanidades.” (Van Potter)

DIREITOS DA GESTANTE

PLANEJAMENTO FAMILIAR

Art. 226, §7º da Constituição Federal: “ Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e dapaternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciarrecursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por partede instituições oficiais ou privadas.”

___________________________________________________________________________LEI DO PARTO HUMANIZADO

“LEI DO ACOMPANHANTE”

A Venezuela foi o primeiro país a regulamentar legalmente a “violência obstétrica” como:

“apropriação do corpo das mulheres e do processoreprodutivo pelas equipes de saúde por tratamentodesumanos”

1 – Maior apoio dos governos e de parceiros dodesenvolvimento social para a pesquisa e açãocontra o desrespeito e os maus-tratos;

2 – Começar, apoiar e manter programasdesenhados para melhoras a qualidade doscuidados de saúde materna, com forte enfoque nocuidado respeitoso como componente essencial daqualidade da assistência;

3 – Enfatizar os direitos das mulheres a umaassistência digna e respeitosa durante a gravidez eo parto;

4 – Produzir dados relativos a práticas respeitosas edesrespeitosas na assistência à saúde, comsistemas de responsabilização e apoio significativoaos profissionais;

5 – Envolver todos os interessados, inclusive asmulheres, nos esforços para melhorar a qualidadeda assistência e eliminar o desrespeito e as práticasabusivas.

Seminário "Faces da Violência Contra a Mulher“ em 07/03/2014.

Permitir à mulher a posição que ela preferir durante o parto, visando o conforto;

Presença de doulas e de acompanhante;Dieta livre, com o fim do jejum obrigatório;Métodos de alívio para a dor, como massagens, banhos quentes e imersão

na água;Direito à anestesia e à reaplicação dela;Contato pele-a-pele da criança com a mãe imediatamente após o parto;Direito à privacidade da gestante e da família;Estímulo à amamentação.

Diretrizes do Governo Federal: Para humanizar o parto normal e reduzir o número de intervenções

consideradas desnecessárias.

Episiotomia (corte no períneo);Uso do hormônio ocitocina para acelerar a saída do bebê;Cesariana;Aspiração do nariz e da faringe do recém-nascido;Técnica conhecida como "manobra de Kristeller", quando se pressiona o

útero da mulher para ajudar a explulsão da criança;Uso do fórceps; Lavagem intestinal antes do parto;Raspagem dos pelos pubianos;Rompimento da bolsa;Corte precoce do cordão umbilical (os médicos deverão esperar de 1 a 5

minutos ou até cessar a pulsação).

Devem ser evitados, quando possível:

Recebe também denúncias de violência obstétrica.

Violência obstétrica

Abuso verbais

Restringir a presença de

acompanhante

Procedimentos médicos não consentidos

Violação de privacidade

Recusa em administrar analgésicos

Violência física

Violência obstétricaAssistência prénatal inadequada

_______________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/08/1508490-em-cinco-anos-17-maternidades-fecham-as-portas-no-estado.shtml

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As maternidades SEM equipes de

assistência obstétrica de plantão 24

horas

médicos obstetras, anestesiologistas e

neonatologistas

_________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

2 a 3 vezes no risco de morte

neonatal, quando comparado com parto

hospitalar planejado

Fonte: ACOG Committee Opinion nº 476

Episiotomia

Fonte: Febrasgo

Jurisprudência

Ementa: NULIDADE - Pretendida realização de nova perícia -Inviabilidade - Laudo pericial claro e conclusivo - Quesitosdevidamente respondidos - Valoração segundo a convicção domagistrado perante o contexto probatório - Preliminar afastada.ERRO MÉDICO - Indenização - Parto normal com a realização deepisiotomia (incisão na região do períneo para ampliar o canal doparto) e utilização de fórceps de alívio - Posterior incontinênciaurinária e fecal - Adequação da assistência obstétrica prestada àpaciente reconhecida pela prova técnica - Complicações quepodem ser decorrentes de partos vaginais anteriores e outrasetiologias - Obrigação de meio - Ausência de nexo de causalidadeentre o apontado evento danoso e a conduta médica retratadanos autos - Sentença de improcedência mantida - RECURSO NÃOPROVIDO. Processo nº 1016633-70.2016.8.26.0564 – 10ª Câmarade Direito Privado – TJSP – publicado em 09/10/2019.

Jurisprudência

Ementa: APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS.ERRO MÉDICO. Morte da filha dos autores, após um dia donascimento. Falha do serviço. Ausência de nexo causal e de provaquanto à ocorrência de erro médico. Dever de indenizar nãoverificado. Laudo pericial conclusivo no sentido de que à asfixiaperinatal (hipóxia) do recém-nascido, e posterior óbito, não teriarelação com a manobra de Kristeller, esta, ademais, de incertarealização no caso dos autos. Indenização por danos moraisindevida. Recurso desprovido, julgado extinto o feito, semresolução do mérito, em relação às rés Michelle Viana Carvalho eCaroline Antônio Aliberti, nos termos do art. 485, inciso VI, doCPC. Processo nº 1038953-66.2014.8.26.0053 – 05ª Câmara deDireito Público do TJSP – publicado em 17/09/2019.

Jurisprudência Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. Ação indenizatória, fundada emsuposto erro por parte do corpo clínico quando da realização departo normal. Ocorrência de lesão na recém-nascida.Responsabilidade do plano de saúde que em regra é objetiva.Apuração da responsabilidade mediante a verificação de culpa dosprofissionais envolvidos no atendimento médico-hospitalar.Demonstrada a ocorrência de quebra no protocolo neonatal, bemcomo imperícia por parte do corpo clínico. Laudo pericial que éclaro e conclusivo no sentido de que não foram realizados osprocedimentos adequados. Responsabilidade evidenciada.Manutenção do "quantum" indenizatório por danos morais.Atendimento aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.Dano material não comprovado. R. sentença mantida. Recursosimprovidos. Processo nº 1004968-95.2013.8.26.0068 – 2ª Câmarade Direito Privado – TJSP – publicado em 30/10/2019.

@caroldahercosta

@dahercostaadvocacia

Ana Carolina Daher Costa