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DIREITO DO ENTRETENIMENTO DIREITO DO ENTRETENIMENTO DIREITO DO ENTRETENIMENTO DIREITO DO ENTRETENIMENTO Aspectos Jurídicos da Produção Editorial | 15.01.2011 Aspectos Jurídicos da Produção Editorial | 15.01.2011 Professora: Fernanda Freitas Professora: Fernanda Freitas

DIREITO DO ENTRETENIMENTO · CVFJURIS-PROFESSORA FERNANDA FREITAS • VI ‐o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer

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DIREITO DO ENTRETENIMENTODIREITO DO ENTRETENIMENTODIREITO DO ENTRETENIMENTODIREITO DO ENTRETENIMENTOAspectos Jurídicos da Produção Editorial | 15.01.2011Aspectos Jurídicos da Produção Editorial | 15.01.2011Professora: Fernanda FreitasProfessora: Fernanda Freitas

DIREITO DO ENTRETENIMENTO ‐ UERJ

Professora: Fernanda Freitas

l / /Aula: 15/01/2011

fernandafreitasadv@yahoo com [email protected]

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ÍASPECTOS JURÍDICOS DA PRODUÇÃO EDITORIALPRODUÇÃO EDITORIAL

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“Os livros não mudam o mundo, oslivros mudam as pessoas e pessoas

d d ”mudam o mundo” (Caio Graco)(Caio Graco)

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“A literatura, assim como todaarte, é uma prova de que a vida

bnão basta”(Fernando Pessoa)(Fernando Pessoa)

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ESSÊNCIA TRINA DO LIVRO

1) Obj t lt l lit á i1) Objeto cultural e literário

2) Objeto educativo

3) Produto comercial

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F ã i l d LiFunção social do Livro

• Formar pessoas

• Dar acesso à informação e ao conhecimento –essenciais à liberdade do ser humanoessenciais à liberdade do ser humano

• Dar acesso à cultura

• Socializar pessoas por meio das diferentes visões de mundovisões de mundo

• Editor é o primeiro responsável pelo que asEditor é o primeiro responsável pelo que as crianças leem. Depois os pais e o educador.

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UM POUCO DE HISTÓRIAUM POUCO DE HISTÓRIACONTAM OS HISTORIADORES…

• Os manuscritos existem desde 700 ac

Eram escritos pelos próprios leitores que os i i t fi icopiavam ou por copistas em suas oficinas.

Não era viável economicamente devido àNão era viável economicamente devido à dificuldade de sua reprodução, já que os 

d úd hsuportes de conteúdo eram os pergaminhos, as tábuas romanas (epigráficas) e, depois, os as tábuas o a as (ep g á cas) e, depo s, ospapiros importados da China

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• No século XIII surgiram as universidades.g• Quando o conhecimento (teleológico e dentrodos mosteiros) não coube mais em sidos mosteiros) não coube mais em si,  transbordou para cidade e arrebatou osjovens estudantes.

• Em 1450 a Europa sofreu transformaçõesEm 1450 a Europa sofreu transformaçõesfundamentais.

l ã d ã d• Revolução da comunicação se deu por conta da invenção da imprensa por Johan ç p pGutemberg que deu um golpe mortal nos obsoletos pergaminhos e facilitou aobsoletos pergaminhos e facilitou a reprodução da escrita.

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• Começa a função de “editor”. Função de escolha, a ç ç ç ,partir do original, do que será impresso e colocado à disposição dos leitores.p ç

• A grande sacada de Gutemberg: Os tipos móveis. Fundia letra por letra. Grande (Caixa alta) e PequenaFundia letra por letra. Grande (Caixa alta) e Pequena(Caixa baixa). 

NO BRASILNO BRASIL• Frei José Mariano da Conceição Veloso foi o primeiroeditor brasileiroeditor brasileiro.Foi a Portugal para editar seu livro, conheceu Dom R d i 1799 f d Edit “Ofi iRodrigo e, em 1799 fundaram a Editora “Oficinaliterária Arco do Cego” – começou como oficinati áfi f ã d té i ti fitipográfica‐ formação de técnicos para tipografia.Voltou ao Brasil com a família real em 1808.

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• A tipografia só se instalou definitivamente noA tipografia só se instalou definitivamente no Brasil com a vinda da família real em 1808.A t di A tô i I id d F• Antes disso, Antônio Izidoro da Fonseca (português) se instalou no Brasil semautorização legal. Foi o primeiro impressor no Brasil. Família real soube de sua ilegalidade eBrasil. Família real soube de sua ilegalidade e mandou buscá‐lo.Idéi d lô i d i d i• Idéia era de que colônias deveriam produzirapenas matéria‐prima e não intelectuais.

• Em 1808 foi criada a ïmpressão régia” no RJ, editora oficial do Império por necessidade deeditora oficial do Império, por necessidade de se publicar leis e atos normativos.

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• Primeiro editor brasileiro, instalado no Brasil, , ,foi Francisco Alves, que em 1854 criou no RJ a Livraria ClássicaLivraria Clássica. 

• Em 1925 Monteiro Lobato e Tales Marcondesfundaram a Companhia Editora Nacional no RJ.

• Monteiro Lobato não foi o primeiro editor brasileiro mas trouxe idéias novas para obrasileiro, mas trouxe idéias novas para o mercado editorial, tratando o livro comoproduto de consumo:

“LIVRO É SOBREMESA: TEM QUE SER POSTOLIVRO É SOBREMESA: TEM QUE SER POSTO DEBAIXO DO NARIZ DO FREGUÊS”

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História da legislação autoralg ç• Em 1486 – Primeiro privilégio sobre o livro foidado em Veneza. 

• Privilégio: monopólio do editor para fazer cópias ‐• Privilégio: monopólio do editor para fazer cópias ‐exclusividade.

• Fundamento do privilégio: graça divina X censura– Se não publicasse o que o rei mandavaSe não publicasse o que o rei mandavarevogava‐se o privilégio.

• Em 1710 – Lei da rainha Ana da Inglaterra –primeira lei que reconheceu que os direitos sobrep q qa obra pertencem originalmente ao autor e  

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• Instituiu o “copyright” – instituto jurídico cujoInstituiu o  copyright   instituto jurídico cujointeresse é o direito à reprodução da obraliterárialiterária. 

• Revolução Francesa – legislação baseada no “d it d’ t ” l t à di ã d“droit d’auteur” que alçou o autor à condição de cidadão e reconheceu seus direitos. 

• autor recebe pela sua criação e não mais um privilégio do editor.privilégio do editor.

• Surgiu a idéia adotada até hoje:(• Direito real sobre o bem físico (corpus mecanicus

– livro) X bem imaterial (corpus misticus –conteúdo)

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• Fundamental para entender que quem tem um• Fundamental para entender que quem tem um original não tem o direito à repruduzí‐lo.

• Privilégio no Brasil – dado pela família real aosprofessores de direito de Olinda e São Pauloprofessores de direito de Olinda e São Paulo.

• Primeira legislação brasileira sobre proteção aodireito autoral – lei penal de 1831.

• Constituição de 1891 art 72 § 26 previu o• Constituição de 1891, art. 72, § 26, previu o direito exclusivo de reprodução dos autores e a 

ã d b l h d iproteção da obra pelos seus herdeiros

• Exceto a Constituição de 1937, todas trouxeramExceto a Constituição de 1937, todas trouxeramo direito autoral como direito fundamental.

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• O Código Civil de 1916 dedicou um capítuloO Código Civil de 1916 dedicou um capítulo especial à propriedade literária, científica e artística – Livro II e III.

• Em 1973 surgiu a Lei especial 5988/73 que• Em 1973 surgiu a Lei especial 5988/73 que regulou toda a matéria autoral.

• Brasil é signatário da Convenção de Berna, da Convenção de Roma desde 1965 daConvenção de Roma desde 1965, da Convenção de Genebra desde 1971 e TRIPs desde 1994.

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LEI 9610/98Título ITítulo I

Disposições Preliminares

• …

• Art. 4º Interpretam‐se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.g j

• Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera‐se:

I ‐ publicação ‐ o oferecimento de obra literária,artística ou científica ao conhecimento dopúblico, com o consentimento do autor, ou dequalquer outro titular de direito de autor porqualquer outro titular de direito de autor, porqualquer forma ou processo;

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• IV distribuição a colocação à disposição do• IV ‐ distribuição ‐ a colocação à disposição do público do original ou cópia de obras literárias, artísticas ou científicas interpretações ouartísticas ou científicas, interpretações ou execuções fixadas e fonogramas, mediante a venda locação ou qualquer outra forma devenda, locação ou qualquer outra forma de transferência de propriedade ou posse; (...)

• VI reprodução a cópia de um ou vários• VI ‐ reprodução ‐ a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, artística ou científica ou de um fonograma de qualquercientífica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário porarmazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido;fixação que venha a ser desenvolvido;

• VII ‐ contrafação ‐ a reprodução não autorizada;

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• VIII ‐ obra: ob a:• a) em co‐autoria ‐ quando é criada em comum, por 

dois ou mais autores;• b) anônima ‐ quando não se indica o nome do autor, 

por sua vontade ou por ser desconhecido;• c) pseudônima ‐ quando o autor se oculta sob nome 

suposto;• d) inédita ‐ a que não haja sido objeto de publicação;• e) póstuma ‐ a que se publique após a morte do 

autor;• f) originária ‐ a criação primígena;

• X ‐ editor ‐ a pessoa física ou jurídica à qual se atribui di it l i d d ã d b d do direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de 

divulgá‐la, nos limites previstos no contrato de edição; 

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• g) derivada ‐ a que constituindo criaçãog) derivada  a que, constituindo criação intelectual nova, resulta da transformação de obra originária;

• h) coletiva ‐ a criada por iniciativa• h) coletiva ‐ a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é constituída pelanome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores, cujas 

ib i õ f d i ãcontribuições se fundem numa criação autônoma;;

• …

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• X ‐ editor ‐ a pessoa física ou jurídica à qual se atribui• X ‐ editor ‐ a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá‐la, nos limites previstos no contrato dede divulgá la, nos limites previstos no contrato de edição; 

• ……Título II

Das Obras IntelectuaisDas Obras IntelectuaisCapítulo I

D Ob P t idDas Obras Protegidas• Art. 7º São obras intelectuais protegidas as 

i õ d í it l icriações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro tais como:conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

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• I ‐ os textos de obras literárias artísticas ouI  os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; (...)

• VII ‐ as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;q q p g g ;

• VIII ‐ as obras de desenho, pintura, gravura, l li fi i é iescultura, litografia e arte cinética;

• IX ‐ as ilustrações, cartas geográficas e outrasIX  as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

• XI ‐ as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas ç g , pcomo criação intelectual nova; (...)

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• XIII ‐ as coletâneas ou compilações, XIII  as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras que por sua seleçãodados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual ( )constituam uma criação intelectual. (...)

• Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:

• I ‐ as idéias, procedimentos normativos,I  as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais; ( )matemáticos como tais; (...)

• IV ‐ os textos de tratados ou convenções, leis, d l d i õ j di i idecretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;

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• VI ‐ os nomes e títulos isolados; ( )VI  os nomes e títulos isolados; (...)

• Art. 10. A proteção à obra intelectual abrange o seu título, se original e inconfundível com o de obra do mesmo gênero divulgadade obra do mesmo gênero, divulgada anteriormente por outro autor.

• Parágrafo único. O título de publicações periódicas inclusive jornais é protegido atéperiódicas, inclusive jornais, é protegido até um ano após a saída do seu último número, salvo se forem anuais, caso em que esse prazo se elevará a dois anosse elevará a dois anos.

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Capítulo IICapítulo IIDa Autoria das Obras Intelectuais

( )(…)• Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra l á í ífliterária, artística ou científica.

• Parágrafo único. A proteção concedida ao autor g p çpoderá aplicar‐se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei. (...)

• Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída p , , j qno domínio público, não podendo opor‐se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, p ç , j , q ç ç ,salvo se for cópia da sua.

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• Art. 15. A co‐autoria da obra é atribuída àqueles dô lem cujo nome, pseudônimo ou sinal 

convencional for utilizada.• § 1º Não se considera co‐autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo‐a, atualizando‐a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio.

• § 2º Ao co‐autor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual, vedada, porém, a utilização que possa 

í àacarretar prejuízo à exploração da obra comum.

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• Art. 17. É assegurada a proteção às participaçõesArt. 17. É assegurada a proteção às participações individuais em obras coletivas.

• § 1º Qualquer dos participantes no exercício• § 1º Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos morais, poderá proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletivaindique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuízo do direito de haver a remuneração contratada.contratada.

• § 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obradireitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva.

• § 3º O contrato com o organizador• § 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o prazo para entrega ou realização a remuneraçãoprazo para entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua execução.

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Capítulo IIIDo Registro das Obras Intelectuais

• Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta t 8 p oteção aos d e tos de que t ata estaLei independe de registro.

Título IIIDos Direitos do AutorDos Direitos do Autor

Capítulo IDisposições PreliminaresDisposições Preliminares

• Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que crioupatrimoniais sobre a obra que criou.

• Art. 23. Os co‐autores da obra intelectual exercerão de comum acordo os seus direitos salvoexercerão, de comum acordo, os seus direitos, salvo convenção em contrário.

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Capítulo IIDos Direitos Morais do Autor

• Art. 24. São direitos morais do autor:t São d e tos o a s do auto• I ‐ o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;;

• II ‐ o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do ,autor, na utilização de sua obra;

• III ‐ o de conservar a obra inédita;• IV ‐ o de assegurar a integridade da obra, opondo‐se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá‐la ou atingi‐lo, como autor, em sua reputação ou honra;

d d f b d d• V ‐ o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;

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• VI ‐ o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem;e imagem;

• VII ‐ o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, q g p ,para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seuforma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado.p j q j

• § 1º Por morte do autor, transmitem‐se a seus sucessores os direitos a que se referem os incisos I a IV.

• § 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio público.

• § 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam‐se as prévias indenizações a terceiros, quando couberem.

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• Art 27 Os direitos morais do autor sãoArt. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.C í l III• Capítulo III

• Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração

• Art 28 Cabe ao autor o direito exclusivo de• Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científicacientífica.

• Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:q q ,

• I ‐ a reprodução parcial ou integral;

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• II a edição;• II ‐ a edição;• III ‐ a adaptação, o arranjo musical e p ç jquaisquer outras transformações;

• IV a tradução para qualquer idioma; ( )• IV ‐ a tradução para qualquer idioma; (...)• VI ‐ a distribuição, quando não intrínseca ao ç qcontrato firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra;para uso ou exploração da obra;

• VIII ‐ a utilização, direta ou indireta, da obra li á i í i i ífi diliterária, artística ou científica, mediante:

• a) representação, recitação oua) representação, recitação ou declamação;

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• IX a inclusão em base de dados o• IX ‐ a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero; ( )arquivamento do gênero; (...)

• Art. 30. No exercício do direito de reprodução, tit l d di it t i d á l ào titular dos direitos autorais poderá colocar à 

disposição do público a obra, na forma, local e p ç ppelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuitogratuito.

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• § 2º Em qualquer modalidade de reprodução a• § 2º Em qualquer modalidade de reprodução, a quantidade de exemplares será informada e 

t l d b d d i bcontrolada, cabendo a quem reproduzir a obra a responsabilidade de manter os registros que permitam, ao autor, a fiscalização do aproveitamento econômico da exploração.

• Art. 31. As diversas modalidades de utilização de obras literárias artísticas ouutilização de obras literárias, artísticas ou científicas ou de fonogramas são independentes entre si e a autorização concedida pelo autor ouentre si, e a autorização concedida pelo autor, ou pelo produtor, respectivamente, não se estende a 

i d d iquaisquer das demais.

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• Art 33 Ninguém pode reproduzir obra que• Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá‐la, comentá‐la ou melhorá‐la, sem permissão do autor.p

• Parágrafo único. Os comentários ouanotações poderão ser publicadosanotações poderão ser publicadosseparadamente. (...)

• Art. 37. A aquisição do original de uma obra,ou de exemplar não confere ao adquirenteou de exemplar, não confere ao adquirentequalquer dos direitos patrimoniais do autor,salvo convenção em contrário entre as partessalvo convenção em contrário entre as partese os casos previstos nesta Lei.

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• Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram p ppor setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a qordem sucessória da lei civil.

• Parágrafo único. Aplica‐se às obras póstumas oParágrafo único. Aplica se às obras póstumas o prazo de proteção a que alude o caput deste artigo.

• Art 43 Será de setenta anos o prazo de proteção aosArt. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre as obras anônimas ou pseudônimas contado de 1° de janeiro do anopseudônimas, contado de 1 de janeiro do ano imediatamente posterior ao da primeira publicação.

• Parágrafo único Aplicar se á o disposto no art 41• Parágrafo único. Aplicar‐se‐á o disposto no art. 41 e seu parágrafo único, sempre que o autor se der a conhecer antes do termo do prazo previsto no caputconhecer antes do termo do prazo previsto no caputdeste artigo.

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• Art 44 O prazo de proteção aos direitosArt. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e f t áfi á d t t t dfotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.

• Art 45 Além das obras em relação às• Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos di it t i i i t d í idireitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:

• I ‐ as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;tenham deixado sucessores;

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Capítulo IVpDas Limitações aos Direitos Autorais

• Art 46 Não constitui ofensa aos direitos autorais:• Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:• I ‐ a reprodução:• a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;

• c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;

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• II ‐ a reprodução, em um só exemplar de pequenosII  a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

• III ‐ a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer b fi d d í i lê iobra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na 

medida justificada para o fim a atingir, indicando‐se o nome do autor e a origem da obra;nome do autor e a origem da obra;

• VIII ‐ a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes de qualquer naturezatrechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da q p ç j j p pobra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo i j ifi d l í i i dinjustificado aos legítimos interesses dos autores.

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Convenção de Berna:• Art.9, 2 : Teste dos 3 passos – 1) reprodução em si nãoseja o principal objetivo , isto é, reprodução em casos

i i 2) Nã f t l ã l d b 3)especiais; 2) Não afete a exploração normal da obra; 3) Não cause prejuízo injustificado ao autor.

Capítulo VD T f ê i d Di i d ADa Transferência dos Direitos de Autor

• Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou i l t t f id t i lparcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por 

seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes compessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em , pDireito, obedecidas as seguintes limitações:

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• I ‐ a transmissão total compreende todos os I  a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei;expressamente excluídos por lei;

• II ‐ somente se admitirá transmissão total e d fi iti d di it di t ti l ãdefinitiva dos direitos mediante estipulação contratual escrita;

• III ‐ na hipótese de não haver estipulação contratual escrita, o prazo máximo será de cincocontratual escrita, o prazo máximo será de cinco anos;

• IV a cessão será válida unicamente para o• IV ‐ a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o contrato, salvo 

i l ã á iestipulação em contrário;

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• Art. 51. A cessão dos direitos de autor sobre obrasArt. 51. A cessão dos direitos de autor sobre obras futuras abrangerá, no máximo, o período de cinco anos.

• Parágrafo único. O prazo será reduzido a cinco anos sempre que indeterminado ou superior, di i i d d id ãdiminuindo‐se, na devida proporção, o preço estipulado.

Tít l IVTítulo IVCapítulo IDa Edição

• Art. 53. Mediante contrato de edição, o editor, b d d d l b l áobrigando‐se a reproduzir e a divulgar a obra literária, 

artística ou científica, fica autorizado, em caráter de exclusividade a publicá la e a explorá la pelo prazo eexclusividade, a publicá‐la e a explorá‐la pelo prazo e nas condições pactuadas com o autor.

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• Parágrafo único. Em cada exemplar da obra oParágrafo único. Em cada exemplar da obra o editor mencionará:

• I ‐ o título da obra e seu autor;• I ‐ o título da obra e seu autor;• II ‐ no caso de tradução, o título original e o nome do tradutor;nome do tradutor;

• III ‐ o ano de publicação;• IV ‐ o seu nome ou marca que o identifique.• Art. 56. Entende‐se que o contrato versa apenasArt. 56. Entende se que o contrato versa apenas sobre uma edição, se não houver cláusula expressa em contrário.p

• Parágrafo único. No silêncio do contrato, considera‐se que cada edição se constitui de trêsconsidera se que cada edição se constitui de três mil exemplares.

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• Art. 58. Se os originais forem entregues em desacordo com g go ajustado e o editor não os recusar nos trinta dias seguintes ao do recebimento, ter‐se‐ão por aceitas as alterações introduzidas pelo autoralterações introduzidas pelo autor.

• Art. 60. Ao editor compete fixar o preço da venda, sem, todavia poder elevá‐lo a ponto de embaraçar a circulaçãotodavia, poder elevá lo a ponto de embaraçar a circulação da obra.

• Art. 61. O editor será obrigado a prestar contas g pmensais ao autor sempre que a retribuição deste estiver condicionada à venda da obra, salvo se prazo diferente houver sido convencionadohouver sido convencionado.

• Art. 62. A obra deverá ser editada em dois anos da celebração do contrato salvo prazo diverso estipulado emcelebração do contrato, salvo prazo diverso estipulado em convenção.

• Parágrafo único. Não havendo edição da obra no prazo g ç plegal ou contratual, poderá ser rescindido o contrato, respondendo o editor por danos causados

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• Art. 63. Enquanto não se esgotarem as edições a que tiver direito o editor, não poderá o autor dispor de sua obra, cabendo ao editor o ônus da prova.

• § 1º Na vigência do contrato de edição, assiste ao editor o direito de exigir que se retire de circulação edição da mesma obra feita por outremedição da mesma obra feita por outrem.

• § 2º Considera‐se esgotada a edição quando restarem em estoque em poder do editor exemplaresrestarem em estoque, em poder do editor, exemplares em número inferior a dez por cento do total da edição.

• Art 64 Somente decorrido um ano de lançamento da• Art. 64. Somente decorrido um ano de lançamento da edição, o editor poderá vender, como saldo, os exemplares restantes, desde que o autor seja p , q jnotificado de que, no prazo de trinta dias, terá prioridade na aquisição dos referidos exemplares pelo 

d ldpreço de saldo.

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• Art. 65. Esgotada a edição, e o editor, comArt. 65. Esgotada a edição, e o editor, com direito a outra, não a publicar, poderá o autor notificá lo a que o faça em certo prazo sobnotificá‐lo a que o faça em certo prazo, sob pena de perder aquele direito, além de 

d dresponder por danos.• Art. 66. O autor tem o direito de fazer, nasArt. 66. O autor tem o direito de fazer, nas edições sucessivas de suas obras, as emendas e alterações que bem lhe aprouvere alterações que bem lhe aprouver.Parágrafo único. O editor poderá opor‐se às 

alterações que lhe prejudiquem os interesses, ofendam sua reputação ou aumentem suaofendam sua reputação ou aumentem sua responsabilidade.

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Título VIID S õ à Vi l õ d Di iDas Sanções às Violações dos Direitos 

AutoraisAutoraisCapítulo II

Das Sanções Civis

• Art 102 O titular cuja obra seja• Art. 102. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos oua apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível.

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• Art. 103. Quem editar obra literária, artística ou científica, sem autorização do titular, perderá para este os exemplares que se apreenderem e pagar‐lhe‐á o 

d ti didpreço dos que tiver vendido.• Parágrafo único. Não se conhecendo o número de exemplares que constituem a edição fraudulentaexemplares que constituem a edição fraudulenta, pagará o transgressor o valor de três mil exemplares, além dos apreendidosalém dos apreendidos.

• Art. 106. A sentença condenatória poderá determinar a destruição de todos os exemplares ilícitos, bem comodestruição de todos os exemplares ilícitos, bem como as matrizes, moldes, negativos e demais elementos utilizados para praticar o ilícito civil, assim como a perda de máquinas, equipamentos e insumos destinados a tal fim ou, servindo eles unicamente para o fim ilícito sua destruiçãoo fim ilícito, sua destruição.

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• Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer , ç , p q qmodalidade, de obra intelectual, deixar de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo pou sinal convencional do autor e do intérprete, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar‐lhes a identidade da seguinte forma:

• II ‐ tratando‐se de publicação gráfica ou fonográfica, mediante inclusão de errata nos gexemplares ainda não distribuídos, sem prejuízo de comunicação, com destaque, por três vezes consecutivas em jornal de grande circulação, dos domicílios do autor, do intérprete e do editor ou 

dprodutor;

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LEI No 10.753, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003.

Institui a Política Nacional do LivroInstitui a Política Nacional do Livro• Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional do Livro, mediante as seguintes diretrizes:mediante as seguintes diretrizes:

• I ‐ assegurar ao cidadão o pleno exercício do direito de acesso e uso do livro;direito de acesso e uso do livro;

• II ‐ o livro é o meio principal e insubstituível d dif ã d l i ã dda difusão da cultura e transmissão do conhecimento, do fomento à pesquisa social e i tífi d ã d t i ô icientífica, da conservação do patrimônio nacional, da transformação e aperfeiçoamento social e da melhoria da qualidade de vida;social e da melhoria da qualidade de vida;

(….)

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• CAPÍTULO II• DO LIVRO

• Art. 2o Considera‐se livro, para efeitos desta Lei, abli ã d i fi h f lh ãpublicação de textos escritos em fichas ou folhas, não

periódica, grampeada, colada ou costurada, em volumecartonado encadernado ou em brochura em capascartonado, encadernado ou em brochura, em capasavulsas, em qualquer formato e acabamento.Parágrafo único São equiparados a livro:Parágrafo único. São equiparados a livro:

• I fascículos publicações de qualquer natureza• I ‐ fascículos, publicações de qualquer naturezaque representem parte de livro;

• II materiais avulsos relacionados com o livro• II ‐ materiais avulsos relacionados com o livro,impressos em papel ou em material similar;

• III roteiros de leitura para controle e estudo de• III ‐ roteiros de leitura para controle e estudo deliteratura ou de obras didáticas;

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• IV álbuns para colorir pintar recortar ou armar;• IV ‐ álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar;

• V ‐ atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas;

• VI textos derivados de livro ou originais• VI ‐ textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte;qua que supo te;

• VII ‐ livros em meio digital, magnético e ó i l i dótico, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual;

• VIII ‐ livros impressos no Sistema Braille.

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• Art. 4o É permitida a entrada no País de livros em língua estrangeira ou portuguesa, imunes de impostos nos termos do art. 150, inciso VI, alínea d, da C tit i ã t d l t d t ifConstituição, e, nos termos do regulamento, de tarifas alfandegárias prévias, sem prejuízo dos controles aduaneiros e de suas taxasaduaneiros e de suas taxas.

• Art. 5o Para efeitos desta Lei, é considerado:• I autor: a pessoa física criadora de livros;• I ‐ autor: a pessoa física criadora de livros;• II ‐ editor: a pessoa física ou jurídica que adquire o direito de reprodução de livros dando a elesdireito de reprodução de livros, dando a eles tratamento adequado à leitura;

• III ‐ distribuidor: a pessoa jurídica que opera no• III ‐ distribuidor: a pessoa jurídica que opera no ramo de compra e venda de livros por atacado;

• IV ‐ livreiro: a pessoa jurídica ou representanteIV  livreiro: a pessoa jurídica ou representante comercial autônomo que se dedica à venda de livros.

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• Art 11 Os contratos firmados entre autores eArt. 11. Os contratos firmados entre autores e editores de livros para cessão de direitos autorais para publicação deverão ser cadastrados napara publicação deverão ser cadastrados na Fundação Biblioteca Nacional, no Escritório de Di it A t iDireitos Autorais.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA ‐ 1988DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTARÇ

• Art 150 Sem prejuízo de outras garantias• Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 

E t d Di t it F d l M i í iaos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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• VI ‐ instituir impostos sobre:VI  instituir impostos sobre:d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (IPI)impressão. (IPI)

A imunidade da imprensa escrita foi introduzida pelaC tit i ã d 1946 J A d bj tiConstituição de 1946‐ Jorge Amado: objetivo eraassegurar a liberdade de expressão e não fomentarcultura Governo Vargas manipulava imprensa porcultura. Governo Vargas manipulava imprensa pormeio da importação do papel. Departamento deimprensa e propaganda importava o papel Cada jornalimprensa e propaganda importava o papel. Cada jornaltinha sua cota. A alíquota de importação podia seralterada pelo executivo e qualquer momento: jornalalterada pelo executivo e qualquer momento: jornalamigo – alíquota baixa. Só fala‐se em papel. Aimunidade é do papel e seu produto final Não se falaimunidade é do papel e seu produto final. Não se falaem imunidade sobre tinta, equipamentos, rádio, etc.

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• Já tentou se alargar tal imunidade mas STF já• Já tentou‐se alargar tal imunidade, mas STF já se posicionou de forma contrária. 

• STF‐ papel linha d’água, papel fotográfico; CD Rom se contiver livro jornal e periódico TodoRom se contiver livro, jornal e periódico. Todo livro, jornal e periódico independente de seu conteúdo (ex. Revista Playboy) e de sua plataforma de conteúdo (eletrônico ouplataforma de conteúdo (eletrônico ou impresso) são imunes.

• ICMS /RJ não incide no livro

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P j t d L iProjeto de Lei

Art. 24 ‐ § 1 – Por morte do autor, transmitem‐di itse a seus sucessores os direitos  a que se 

referem os incisos…VII (ter acesso a exemplar ( púnico e raro da obra)

ã f dArt.46 – Não constitui ofensa aos direitos autorais… 

(Crítica dos autores – rol extenso – 18 incisos)

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• I II IX reprodução de qualquer obra• I , II, IX– reprodução de qualquer obra legitimamente adquirida, desde que feita em um só exemplar, pelo próprio copista, para seu uso privado e não comercial para garantir suauso privado e não comercial, para garantir sua portabilidade, para uso exclusivo de pessoas portadoras de deficiência‐sem fins comerciais, 

• XIII – reprodução necessária à conservação• XIII – reprodução necessária à conservação, preservação e arquivamento de qualquer obra, sem finalidade comercial, desde que realizada por bibliotecas museusrealizada por bibliotecas, museus… (Importante!)

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A t j ídi l tAspectos jurídicos relevantes

• Autor recebe de praxe 10% sobre o valor cheiode capa do livrode capa do livro.

• Autor recebe adiantamento da editora.• As livrarias ficam com os livros consignados. Quando são vendidos abatem 50 a 55% doQuando são vendidos abatem 50 a 55% do valor de capa.

• Todas as imagens/fotos veiculadas nos livrosdeverão ser autorizadas pelo fotografado, pelodeverão ser autorizadas pelo fotografado, pelofotógrafo e conter seu crédito.

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• Os títulos são passíveis de proteçãoOs títulos são passíveis de proteção.

• Em que pese a nobreza da palavra AMOR, elasozinha não é passível de proteção.

• Palavras comuns associadas formam títulos quePalavras comuns associadas formam títulos quepoderão ser protegidos. Ex. “Alice no país das 

ilh ”maravilhas”

• Livros raros com edição comercial esgotada –Livros raros com edição comercial esgotadacópias são feitas em nome do acesso aoconhecimento e da função social da propriedadeconhecimento e da função social da propriedade .

• Direito moral do autor: 1) reivindicar sua)paternidade, 2) manter a integridade da obra

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• Ter seu nome (crédito) inserido na obraTer seu nome (crédito) inserido na obra, mantê‐la inédita.

• Danos morais em direito de imagem sãocaracterizados por lesão ao direito dappersonalidade.Mídi f t ( t ) d i t• Mídias futuras (suporte) podem ser previstasem contrato.

• Modalidades de utilização futuras não podem(art 49 V lei 9610/98)(art. 49, V, lei 9610/98)

• Pequeno trecho (quantidade de texto) = faire use (substancialidade do texto)

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• Autor com contrato com outra editora podeAutor com contrato com outra editora podeceder uma crônica a outra editora interessada. Deve pedir autorização a sua editora QuemDeve pedir autorização a sua editora. Quempagará o direito autoral dessa crônica cedida é 

dia nova editora• É praxe as editoras cederem crônicas semÉ praxe as editoras cederem crônicas semcobrar por isso, porque podem precisartambémtambém.

• Ao julgar o juiz não deve fazer juízo de valor se é arte ou não. Arte é permissiva e subjetiva

• Dominio Público ninguém é neutro Todos• Dominio Público‐ ninguém é neutro. Todosfazem parte d euma sociedade cultural.

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• Todos comunicam‐se entre si. Recebem odos co u ca se e t e s ecebeconhecimentos e passam conhecimentos. É 

h N d i j tcomo herança. Nada mais justo que se devolva à sociedade aquilo que dela se tirou.q q

• Intenção do prazo de dominio público é l b lh d iremunerar o autor pelo seu trabalho e depois 

colocar a cultura à disposição de todos.p ç

• Bíblias não estão em dominio público. Apenas as escritas em aramaico e as traduções cujos tradutores já faleceram há mais de 70 anos.tradutores já faleceram há mais de 70 anos.

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DIREITO DE IMAGEM x DIREITO AUTORAL

• Art. 20, Código Civil. Salvo se autorizadas ou á i à d i i t ã d j tise necessárias à administração da justiça…a 

divulgação de escritos, a transmissão da g ç ,palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderãoutilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento…se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade ou se se destinarem a finsrespeitabilidade ou se se destinarem a fins comerciais. 

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• Direito de imagem é direito personalíssimoDireito de imagem é direito personalíssimo,portanto imprescritível.

• Direito autoral é um direito híbrido (patrimonial epersonalíssimo)‐ prescreve em 70 anos contadosp ) pde 1 de janeiro do ano subsequente à morte doautor (art 41 9610/98)autor (art.41, 9610/98)

• A imagem não cai em domínio público.

• Direito de imagem não é só foto, mas tudo quepossa identificar a pessoapossa identificar a pessoa.

• Voz, semelhança, gestos, expressões habituais,, ç , g , p ,objetos que identifique a pessoa.

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DIREITO DE IMAGEMDIREITO DE IMAGEMhistória cairá em Dominio Público. A imagem do 

S i h ãSenninha não

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FOTOGRAFIAFOTOGRAFIA

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• Local público• Local público,

• Sem focar em alguémg

• Com finalidade jornalística – foi publicada em ljornal

• Ainda que com intuito de lucro – venda do• Ainda que com intuito de lucro – venda do jornal

• Não há necessidade de autorização dos fotografadosfotografados

• Verificação caso a casoç

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Fi d d ã dit i lFiguras da produção editorial

• Editor: contribui para circulação do saber, escolhe o que será publicado e posto àescolhe o que será publicado e posto à disposição dos leitores.

• Publisher: vai às feiras literárias, orienta a editor a escolher o que será publicado.editor a escolher o que será publicado.

• Autor: coloca seus sonhos, suas idéias e seuj t d id itprojeto de vida em seus manuscritos.

• Agente literário: intermediário entre a editoraAgente literário: intermediário entre a editorae o autor – contrato de representação.

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pela editora vai atrás dos acontecimentos pelopela editora vai atrás dos acontecimentos, peloautor administra sua obra, seu dinheiro. 

• Tradutor: é autor da obra que traduziu.

• Scout: editor especializado em um determinado• Scout: editor especializado em um determinadonicho literário. Farejador. Passa as informaçõespara as editoras. Leem os originais dos livros paraver se interessa à editora para qual trabalham e e se te essa à ed to a pa a qua t aba a edão seus pareceres.

Il d é d d h• Ilustrador: é autor de seus desenhos

• Ghost Writer: escreve pelos autores. Ou trabalhaGhost Writer: escreve pelos autores. Ou trabalhapara editoras ou é particular dos autores.

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CASOS CONCRETOSPAULO COELHO

• Direito de arrependimento – retirado de circulaçãocirculação.

• Livro escrito em 1986

• Encontrado em pdf

para baixar no site

www livrogratis netwww.livrogratis.net

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Cecília Meireles• Herderios: 4 netos e 1 filha – contratos: decisão por maioria.

• Cessão de direitos assinada pela escritora deixando tudo para• Cessão de direitos assinada pela escritora deixando tudo para um sobrinho de Londrina.‐ Questionamento da veracidade do 

d tdocumento.

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MONTEIRO LOBATOMONTEIRO LOBATO

• Em 1946 tornou‐se sócio de Caio Prado Junior Edit B ili M 1948na Editora Brasiliense. Morreu em 1948 

deixando os direitos de reprodução de suas p çobras, em contrato, para Editora Brasiliense.

h d d b• 1996 os herdeiros de Lobato tentaram que a editora atualizasse as obras com novas ilustrações e em cores – sem êxito. Várias õ f idações foram movidas.

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M t i L b tMonteiro Lobato• Em 2007 STJ determinou a rescisão contratualEm 2007 STJ determinou a rescisão contratual com a Editora Brasiliense e concedeu à editora Gl b di i l i b b dGlobo os direitos exclusivos sobre a obra de Monteiro Lobato que cai em Dominio Público qem 2018. (site só menciona Lobato quando fala de Caio)fala de Caio)

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Denilson MonteiroBiografia de Carlos Imperial

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DENILSON MONTEIRODENILSON MONTEIRO• Contrato em 2004 com a Editora Objetiva• Contrato em 2004 com a Editora Objetiva.• Denilson Monteiro como pesquisador e MarceloMadureira como autor.

• Percentual: 6% X 4%. ‐ adiantamento para oppesquisador . Divergência para 8% X 2% ‐ “autor” seretirou.

• Obra pronta escrita pelo pesquisador sem entrar empauta na editora ‐ Art 62 § único – deve ser editadapauta na editora Art. 62, § único deve ser editadaem 2 anos da celebração do contrato.

• Rescindiu contrato sem devolução do adiantamento• Rescindiu contrato sem devolução do adiantamento.• 2008 assinou com a Matrix

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R b t C lRoberto Carlos

• Biografia escrita por Paulo César Araújo

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R b t C lRoberto Carlos

• Paulo César Araujo alegou conhecimento dabiografia por parte de Roberto Carlosbiografia por parte de Roberto Carlos, liberdade de expressão e que os fatos já sãoúbli 5 CR/88públicos – art.5, CR/88

• Roberto Carlos alegou desconhecimento, nãoRoberto Carlos  alegou desconhecimento, nãoautorização – art. 5, CR/88 (imagem) e art. 20, CCCC 

• Biografia com fins comerciais, cujo apelo é o biografado.

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• Ele vai escolher quem escreverá sua biografia;Ele vai escolher quem escreverá sua biografia;• A princípio não precisa de autorização paraescrever uma biografia, mas a doutrina é dividida.

• Autorização não se presume, tem de ser expressa.

• Escrever sobre algo particular do biografado, g p g ,mas que todos já saibam não é passível de indenizaçãoindenização.

• Pessoa famosa abre mão de parcela de suaprivacidade – ônus da fama X todos são iguais.

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PLATAFORMAS DE PORTABILIDADEPLATAFORMAS DE PORTABILIDADE

SUPORTES DE CONTEÚDO

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P i hPergaminhos

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TÁBUAS ROMANAS OU EPIGRÁFICAS ‐TÁBUAS ROMANAS OU EPIGRÁFICASbronze/argila

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PAPIRO Papel industrializado pela China

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LIVROS ILIVROS ‐ Impressos

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Tablets IPAD / KINDLETablets ‐ IPAD / KINDLE

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Li di it lLivro digital• O livro digital já nasce em mídia digital• O livro digital já nasce em mídia digital

• Conteúdo em tela – legislação trata de conteúdog ç

• Dificuldade das editoras: digitar os livros queestão impressos e a tori ação para issoestão impressos e autorização para isso.

• Modalidade de utilização (autorização) X Suporteç ( ç ) pde conteúdo ou plataformas de portabilidade de conteúdoconteúdo

• Cada configuração cultural é por si só, mas vãocoexistir. Uma não anulará a outra.

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Cybercultura X Cultura do impressoCybercultura X Cultura do impresso

C b l h i á id f l• Cyber cultura – conhecimento rápido, fulgaz e superficial.p

• Tablets : tem de carregar na energia, no sol não dá para ler direito, nem no escuro, algumas mídias são perdidas pelo avançoalgumas mídias são perdidas pelo avanço tecnológico. Área educacional é uma 

l ã f d t i lrevolução – professor carrega de material didático a todo momento e o aluno recebe imediatamente.

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A t líti t iAspectos políticos atuais

• Ana de Hollanda assumiu o MinC prometendodar continuidade e avanço ao trabalho de seusdar continuidade e avanço ao trabalho de seusantecessores (Gil e Juca Ferreira). Disse que a criação deve estar no centro de tudo, pois a arte ç , pnão existe sem o artista.

• Roberto Feith(editora Objetiva e vice presidentedo SNEditores de L): A cultura tem de serdo SNEditores de L): A cultura tem de ser regulamentada por leis que garantam a liberdadede expressão e os direitos dos criadores semde expressão e os direitos dos criadores, seminterferência do Estado.

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• Marcelino Freire (escritor): Acrdita seja• Marcelino Freire (escritor): Acrdita seja preciso que o governo preste atenção aos movimentos literários e que fique atento aos jovens escritores Lembrou que o Brasil será ojovens escritores. Lembrou que o Brasil será o homenageado na feira de Frankfurt de 2013.

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