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1 DIREITO ELEITORAL Lei 9504/97 (3ª parte Contas Eleitorais) ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS EM CAMPANHAS ELEITORAIS Responsabilidade Candidato + Partido Limites de gastos: fixado pelo TSE (a cada eleição) → novidade. Nesse cálculo entram os gastos dos candidatos e partidos (quando puderem ser individualizados) Descumprimento: MULTA (100% sobre o excedente ao limite) Administração das contas: próprio candidato ou “tesoureiro” designado controle de todas origens e gastos dos recursos. AMBOS responsáveis e assinam. Conta bancária: registrar TODO movimento financeiro da campanha. Bancos: 1) acatam em 3 dias a abertura da conta sem depósito mínimo ou taxas. 2) identificar CPF/CNPJ dos depósitos nos extratos de conta. 3) encerrar a conta no fim do ano eleitoral + transferem saldo para Diretório indicado pelo partido + informar à Justiça Eleitoral Obs.: Não é aplicada a exigência da conta nos municípios sem agência bancária. CNPJ do candidato: obrigatório (recebem até 3 dias após o registro de candidatura) → só após, conseguem abrir a conta bancária e realizar arrecadação e gastos de campanha. Doações eleitorais: (em dinheiro ou estimáveis em dinheiro) 1) Pessoas Físicas: até 10% do rendimento bruto do ano anterior à eleição. 2) Recursos próprios do candidato: até o limite de gastos total da campanha. Descumprimento: MULTA → 5 A 10 vezes o valor excedente (AÇÃO ESPECÍFICA ATÉ 180 dias após a diplomação) Art. 23 - §4º - As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada no art. 22 desta Lei por meio de: I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos; II - depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1 o deste artigo. III - mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos: a) identificação do doador; b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada FORMAS DE DOAÇÃO EM CONTA: 1) Cheques nominais e cruzados + transferência eletrônica 2) Depósito em espécie 3) Site do candidato (cartão de crédito) com recibo/identif.

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DIREITO ELEITORAL

Lei 9504/97 (3ª parte – Contas Eleitorais)

ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS EM CAMPANHAS ELEITORAIS

Responsabilidade Candidato + Partido

Limites de gastos: fixado pelo TSE (a cada eleição) → novidade.

Nesse cálculo entram os gastos dos candidatos e partidos (quando puderem ser individualizados)

Descumprimento: MULTA (100% sobre o excedente ao limite)

Administração das contas: próprio candidato ou “tesoureiro” designado controle de todas origens e gastos dos recursos. AMBOS responsáveis e assinam.

Conta bancária: registrar TODO movimento financeiro da campanha.

Bancos: 1) acatam em 3 dias a abertura da conta sem depósito mínimo ou taxas. 2) identificar CPF/CNPJ dos depósitos – nos extratos de conta. 3) encerrar a conta no fim do ano eleitoral + transferem saldo para Diretório indicado pelo partido + informar à Justiça Eleitoral

Obs.: Não é aplicada a exigência da conta nos municípios sem agência bancária.

CNPJ do candidato: obrigatório (recebem até 3 dias após o registro de candidatura) → só após, conseguem abrir a conta bancária e realizar arrecadação e gastos de campanha.

Doações eleitorais: (em dinheiro ou estimáveis em dinheiro)

1) Pessoas Físicas: até 10% do rendimento bruto do ano anterior à eleição.

2) Recursos próprios do candidato: até o limite de gastos total da campanha.

Descumprimento: MULTA → 5 A 10 vezes o valor excedente (AÇÃO ESPECÍFICA – ATÉ 180 dias após a diplomação)

Art. 23 - §4º - As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada no art. 22 desta Lei por meio de:

I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;

II - depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1o deste artigo.

III - mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:

a) identificação do doador;

b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada

FORMAS DE DOAÇÃO EM CONTA: 1) Cheques nominais e cruzados + transferência eletrônica 2) Depósito em espécie 3) Site do candidato (cartão de crédito) – com recibo/identif.

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OBS: Vedado → doações em dinheiro ou prêmios entre candidatos e pessoas físicas/jurídicas

(entre o registro de candidatura e a eleição)

Doações pela internet: possível (erros realizados pelo doador não comprometem o candidato)

Doações de bens estimáveis: valor da doação do uso do bem não pode ultrapassar R$80 mil.

ABUSO DE PODER ECONÔMICO: irregularidades por movimentação fora da conta do candidato → desaprovação

de contas de campanhas → possível cancelamento do registro de

candidatura e do diploma

ENTIDADE/GOVERNO ESTRANGEIRO

ÓRGÃO DA ADM. PÚBLICA OU FUNDAÇÃO C/RECURSOS PUBL.

FONTES VEDADAS CONCESSIONÁRIO SERVIÇO PÚBLICO

DE RECURSOS ENTIDADE QUE RECEBA CONTRIB. COMPULS. POR LEI

ENTIDADE DE CLASSE OU SINDICAL

ENTIDADES BENEFICENTES, RELIGIOSAS, ESPORTIVAS ORGANIZAÇÕES QUE RECEBAM VERBA PÚBLICA

+ PESSOAS JURÍDICAS (NOVIDADE) – decisão STF + veto

§ 1o Não se incluem nas vedações de que trata este artigo as cooperativas cujos cooperados não sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos, desde que não estejam sendo beneficiadas com recursos públicos, observado o disposto no art. 81

DESCUMPRIMENTO PELOS PARTIDOS E CANDIDATOS → DEVOLUÇÃO DOS VALORES AO TESOURO.

DESCUMPRIMENTO PELOS PARTIDOS → PERDA DO FUNDO PARTIDÁRIO DO ANO SEGUINTE

Parágrafo único. A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação.

DESCUMPRIMENTO PELOS CANDIDATOS → AÇÃO POR ABUSO DE PODER ECONÔMICO.

CONSOLIDAÇÃO DOS DOADORES NAS ELEIÇÕES: feito pelo TSE até 31/12 do exercício financeiro a ser apurado. + BATIMENTO DA RECEITA FEDERAL + REPRESENTAÇÃO DO MPE.

Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1o do art. 23 será apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

§ 1o O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações registradas até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando:

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I - as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até 30 de abril do ano

subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995;

II - as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que tenham ocorrido no exercício financeiro a ser apurado.

§ 2o O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores doados e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio do ano seguinte ao da apuração.

§ 3o A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o final do exercício financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no art. 23 e de outras sanções que julgar cabíveis.

ART. 26 EXEMPLO DE GASTOS ELEITORAIS (impressos, publicidade, aluguel, transporte, cartas, pagamento de pessoal, programas de TV, pesquisas, multas, etc...)

NOVIDADE: LIMITE DE GASTOS PARA ALIMENTAÇÃO INTERNA ( ATÉ 10% DO TOTAL) ALUGUEL DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ATÉ 20% DO TOTAL)

DOAÇÃO NÃO REGISTRADA: Eleitor pode realizar gastos em apoio a candidato, no limite de 1 mil (UFIR), não contabilizados.

MAJORITÁRIAS – PELO PRÓPRIO CANDIDATO ( com extratos bancários + cheques recebidos com identificação)

PRESTAÇÕES DE CONTAS PROPORCIONAIS – PELO PRÓPRIO CANDIDATO.

Prazo: até 30 dias depois da eleição. (se for para o 2º turno – 20 dias após 2º turno)

Não apresentação no prazo: impede a diplomação.

PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL: disponibilizar na internet em site da Justiça Eleitoral

1) recursos em dinheiro recebidos (Até 72 horas após o recebimento)

2) até o dia 15/09 – relatório discriminando recursos do Fundo Partidário + recursos + gastos (com identificação da origem)

NOVIDADE: ARTIGO 28:

6oFicam também dispensadas de comprovação na prestação de contas:

I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente; II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa.

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SISTEMA SIMPLIFICADO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS (NOVIDADE):

A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais) → ATUALIZADO PELO INPC.

Sistema deverá conter: 1) identificação das doações recebidas e valores; 2) identificação das despesas realizadas e valores 3) registro de eventuais sobras ou dívidas de campanha.

Obs: Munícipios com até 50 mil eleitores → sempre pelo Sistema Simplificado.

DOAÇÃO OCULTA (decisão jurisprudencial – STF – inconstitucional)

§12º Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores

DÍVIDA DE CAMPANHA:

Obs: eventuais gastos não pagos até a apresentação: podem ser assumidos pelo partido político, após autorização do Diretório Nacional da sigla (essa hipótese não enseja desaprovação).

Aprovadas (tudo regular)

JULGAMENTO DAS CONTAS

(prazo: até 3 dias antes da Aprovação com ressalvas (alguma irregularidade menor)

diplomação) Desaprovadas: irregularidades maiores. (Recurso: 3 dias)

Não prestação (após notificação para apresentar em 72 horas)

Sobra de campanha para Diretório do Partido (Nacional, Estadual ou Municipal – dependendo da circunscrição do

pleito)

Conservação de Documentos contábeis 180 dias após a diplomação ou até a decisão final se pendente.

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL ELEITORAL

FONTES:

1) Código Eleitoral ( artigos: 289 a 354)

2) Lei das Eleições (artigos: 33§4º ; 34§§ 2º e 3º ; 39 §5º ; 40 ; 68§2º ; 72; 87§4º, 91)

3) Lei Complementar 64/90 (artigo 25)

4) Leis esparsas ( Lei 6091/1974) – transporte de eleitor no dia da eleição.

Lei 7021/1982 – Eleições de 1982

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CLASSIFICAÇÃO

Tipos Artigos

Propaganda Eleitoral abusiva 322 a 337

Corrupção Eleitoral 299

Fraude Eleitoral 289 a 291, 302, 307, 309, 310, 312, 317, 337, 339, 340, 348, 349, 352 a 354

Coação Eleitoral 300 e 301

Aproveitamento econômico da ocasião eleitoral 303 e 304

Irregularidade contra o serviço público eleitoral Demais crimes do Código Eleitoral art. 1 da Lei 6091/1974

art. 25 LC 64/90

Pesquisas Eleitorais fraudulentas Art. 33§4º Lei 9504/97

Crimes no Dia da Eleição “boca-de-urna”

Art. 39 §5º Lei 9504/97

Danificar lista de candidatos Art. 5 – Lei 7021/1982

PENAS: - sempre que não for indicado o grau mínimo, este será de 15 dias para a pena de detenção e 1 ano para a reclusão.

- pena de multa: mínimo 1 dia-multa e máximo 300 dias-multa.

- considerados membros da Justiça Eleitoral: magistrados, servidores, mesários, membros da Junta Eleitoral, requisitados.

PROCESSO

- Regra Geral: Infrações de menor potencial ofensivo (IMPO) - Notícias-Crime

Benefícios: transação penal e suspensão condicional do processo.

- Denúncia (MP) : prazo de 10 dias ( recusa da transação penal / data conhecimento)

- Pedido de arquivamento do MP: Juiz pode remeter os autos à Procuradoria Regional Eleitoral para: 1) oferecimento de denúncia 2) indicar novo promotor 3) ratifica arquivamento.

OBS: MP – Princípio da Obrigatoriedade e Princípio da Indisponibilidade.

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:

I - for manifestamente inepta (descrição do fato, qualificação do acusado, classificação do crime, pedido de condenação, endereçamento, etc);

II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal (capacidade ou legitimidade de ser parte); ou

III - faltar justa causa para o exercício da ação penal (lastro probatório mínimo e firme, indicativo de autoria e materialidade da infração penal)

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- Citação (caso receba): 10 dias para defesa e arrolar testemunhas.

- Sem resposta (com citação) → nomeação defensor dativo ( + 10 dias )

- Absolvição sumária:

1) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

2) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade

3) que o fato narrado evidentemente não constitui crime

4) extinta a punibilidade do agente.

- Uma Audiência: a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.

- Alegações finais: prazo de 5 dias.

- Sentença: prazo de 10 dias.

- Recurso: EXCEÇÃO AO PRAZO PADRÃO: 10 DIAS.

TIPOS DE AÇÃO:

1) Ação Penal Pública – Regra Geral (Art. 355 – Código Eleitoral)

2) Ação Penal Privada subsidiária da pública – exceção → Garantia Constitucional → art. 5ª inciso LIX da Constituição Federal.

Recurso especial. Crime eleitoral. Ação penal privada subsidiária. Garantia constitucional. Art. 5º, LIX, da Constituição Federal. Cabimento no âmbito da Justiça Eleitoral. Arts. 29 do Código de Processo Penal e 364 do Código Eleitoral. Ofensa. 1. A ação penal privada subsidiária à ação penal pública foi elevada à condição de garantia constitucional, prevista no art. 5º, LIX, da Constituição Federal, constituindo cláusula pétrea. 2. Na medida em que a própria Carta Magna não estabeleceu nenhuma restrição quanto à aplicação da ação penal privada subsidiária, nos processos relativos aos delitos previstos na legislação especial, deve ser ela admitida nas ações em que se apuram crimes eleitorais. 3. A queixa-crime em ação penal privada subsidiária somente pode ser aceita caso o representante do Ministério Público não tenha oferecido denúncia, requerido diligências ou solicitado o arquivamento de inquérito policial, no prazo legal. 4. Tem-se incabível a ação supletiva na hipótese em que o representante do Ministério Público postulou providência ao juiz, razão pela qual não se pode concluir pela sua inércia. *...+”

COMPETÊNCIA (Código Eleitoral)

“para fins de competência a jurisprudência está pacificada em igualar crime eleitoral a crime comum”

Conflitos de competências entre a CF88 e o Código Eleitoral (prevalece a CF88)

Art. 102. CF/88 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

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Art. 105. CF/88 Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Art. 29 CE - Compete aos Tribunais Regionais:

d) os crimes eleitorais cometidos pelos juizes eleitorais;

Art. 35 CE - Compete aos juizes:

II- processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;

Conflito de Competência – matéria penal

Art. 78 IV do Código de Processo Penal - Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:

IV- no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.

RESOLUÇÃO 23.396/2013 - CRIMES ELEITORAIS

CAPÍTULO I

DA POLÍCIA JUDICIÁRIA ELEITORAL Art. 1º O Departamento de Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do Território Nacional (Decreto-Lei nº 1.064/68).

Art. 2º A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada às instruções e requisições dos Tribunais e Juízes Eleitorais.

Parágrafo único. Quando no local da infração não existirem órgãos da Polícia Federal, a Polícia do respectivo Estado terá atuação supletiva.

CAPÍTULO II DA NOTÍCIA-CRIME ELEITORAL

Art. 3º Qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral deverá, verbalmente ou por escrito, comunicá-Ia ao Juiz Eleitoral (Código Eleitoral, art. 356).

Art. 4º Verificada a sua incompetência, o Juízo Eleitoral determinará a remessa dos autos ao Juízo competente (Código de Processo Penal, art. 69).

Art. 5º Quando tiver conhecimento da prática da infração penal eleitoral, a autoridade policial deverá informá-la imediatamente ao Juízo Eleitoral competente, a quem poderá requerer as medidas que entender cabíveis, observadas as regras relativas a foro por prerrogativa de função.

Art. 6º Recebida a notícia-crime, o Juiz Eleitoral a encaminhará ao Ministério Público Eleitoral ou, quando necessário, à polícia, com requisição para instauração de inquérito policial (Código Eleitoral, art. 356, § 1°).

Art. 7º As autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem for encontrado em flagrante delito pela prática de infração eleitoral, salvo quando se tratar de crime de menor potencial ofensivo, comunicando imediatamente o fato ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (Código de Processo Penal, art. 306, caput).

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§ 1º Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao Juiz Eleitoral o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública

§ 2º No mesmo prazo de até 24 horas após a realização da prisão, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os nomes das testemunhas.

§ 3º A apresentação do preso ao Juiz Eleitoral, bem como os atos subsequentes, observarão o disposto no art. 304 do Código de Processo Penal.

§ 4º Ao receber o auto de prisão em flagrante, o Juiz Eleitoral deverá fundamentadamente (Código de Processo Penal, art. 310): I – relaxar a prisão ilegal; ou II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

§ 5º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação

§ 6º Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o Juiz Eleitoral deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319, observados os critérios constantes do art. 282, ambos do Código de Processo Penal

§ 7º A fiança e as medidas cautelares serão aplicadas pela autoridade competente com a observância das respectivas disposições do Código de Processo Penal.

§ 8º Quando a infração for de menor potencial ofensivo, a autoridade policial elaborará termo circunstanciado de ocorrência e providenciará o encaminhamento ao Juiz Eleitoral.

DO INQUÉRITO POLICIAL ELEITORAL Art. 8º O inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo a hipótese de prisão em flagrante.

Art. 9º Se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou preventivamente, o inquérito policial eleitoral será concluído em até 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão

§ 1º Se o indiciado estiver solto, o inquérito policial eleitoral será concluído em até 30 dias, mediante fiança ou sem ela.

§ 2º A autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará os autos ao Juiz Eleitoral.

§ 3º No relatório, poderá a autoridade policial indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.

§ 4º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade policial poderá requerer ao Juiz Eleitoral a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo Juiz Eleitoral.

Art. 10. O Ministério Público Eleitoral poderá requerer novas diligências, desde que necessárias à elucidação dos fatos.

Parágrafo único. Se o Ministério Público Eleitoral considerar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou outros elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente de quaisquer autoridades ou funcionários que possam fornecê- los, ressalvadas as informações submetidas à reserva jurisdicional.

Art. 11. Quando o inquérito for arquivado por falta de base para o oferecimento da denúncia, a autoridade policial poderá proceder a nova investigação se de outras provas tiver notícia, desde que haja nova requisição, nos termos dos artigos 5º e 6º desta resolução.

Art. 12. Aplica-se subsidiariamente ao inquérito policial eleitoral as disposições do Código de Processo Penal, no que não houver sido contemplado nesta resolução.

Art. 13. A ação penal eleitoral observará os procedimentos previstos no Código Eleitoral, com a aplicação obrigatória dos artigos 395, 396, 396-A, 397 e 400 do Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei nº 11.971, de 2008. Após esta fase, aplicar-se- ão os artigos 359 e seguintes do Código Eleitoral.

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1- Analise os doadores abaixo:

QUESTÕES:

I- cooperativa não beneficiada com recursos públicos, composta por cooperados que não concessionários ou permissionários de serviço público II- entidade esportiva privada, sem participação em campeonatos. III- sindicato representativo de categoria profissional estadual IV- pessoa jurídica sem fins lucrativos que não recebe recurso do exterior. Os Partidos Políticos não poderão receber doações das entidades indicadas em: a) I e II b) I e III c) I e IV d) II, III e IV e) I, II, III e IV

2- Em relação às prestações de contas dos candidatos às eleições, marque a alternativa incorreta: a) as prestações de contas dos candidatos serão feitas por intermédio dos comitês financeiros, exceto nos casos das eleições proporcionais que poderão ser feitas também pelos próprios candidatos. b) regra geral, o prazo para encaminhamento das prestações de contas vai até o trigésimo dia posterior à data das eleições c) a inobservância do prazo de encaminhamento das prestações de contas não impede a diplomação, impedindo tão somente a posse. d) a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos ou não, será publicada em sessão até três dias da diplomação. e) compete aos TREs o julgamento das prestações de contas dos candidatos ao Senado Federal.

3- Assinale a assertiva correta: a) os candidatos a prefeitos de todos os municípios do Brasil devem abrir conta bancária específica para fins de registro de movimentação financeira de campanha.

b) a entrega da prestação de contas de campanha eleitoral é de responsabilidade exclusiva dos candidatos. c) é nula a doação depositada em dinheiro. d) o limite para doações de pessoas jurídicas é de 10% do rendimento da empresa no ano anterior à eleição. e) os candidatos não poderão receber recursos oriundos de membros de sindicatos de trabalhadores.

4- Sobre a arrecadação e a aplicação de recursos por candidatos é incorreto afirmar que: a) regra geral, é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar toda a movimentação financeira. b) são vedadas quaisquer doações em dinheiro, bem como troféus, prêmios, ajudas feitas por candidato entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. c) o uso de recursos que não provenham da conta bancária específica enseja desaprovação de contas, mas sem poder acarretar a cassação de registro ou diploma em ação própria. d) é vedado o recebimento de recursos oriundos de empresas concessionárias de serviço público. e) todas estão incorretas.

5- Sobre a movimentação de recursos financeiros durante a campanha eleitoral, assinale a alternativa correta: a) para acolhimento da ação pelo artigo 30-A da Lei 9504/07 é preciso avaliar a proporcionalidade da sanção em relação à gravidade da conduta. b) não há previsão legal que garanta a legitimidade ativa do Ministério Público para a ação por gasto ou captação ilícita de recursos em campanhas. c) a falta de abertura de conta bancária não enseja necessariamente a desaprovação de contas de campanha, exceto se a sua regularidade puder ser aferida por outros meios. d) além da pena de multa, a procedência da ação por captação ou gasto ilícito de recursos tem como único efeito a cassação do registro de candidatura. e) a desaprovação das contas de campanha impede a diplomação dos candidatos eleitos, salvo autorização expressa da Justiça Eleitoral.

6- No que se refere aos partidos políticos e à arrecadação, aplicação e prestação de contas de recursos nas campanhas eleitorais, assinale a opção correta. a) As entidades esportivas desde que recebam recursos públicos ficarão legalmente impedidas de fazer doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, a partidos e candidatos. b) Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, em site próprio, relatório no qual sejam discriminados os recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro recebidos para financiamento da campanha eleitoral, e os gastos realizados, com a indicação dos nomes dos doadores e dos respectivos valores doados.

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c) O candidato que doar recursos pessoais à sua própria campanha estará dispensado da emissão do correspondente recibo eleitoral. d) Para a garantia de transparência do processo eleitoral, o fundo especial de assistência financeira aos partidos políticos, conhecido como fundo partidário, deve ser financiado apenas por dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, a cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicado por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995. e) As doações e contribuições de pessoas físicas para campanhas eleitorais podem ser feitas a partir da abertura da conta bancária do candidato e ficam limitadas a 10% do rendimento bruto auferido no ano anterior ao da eleição, mas este limite não atinge as doações realizadas pela pessoa física do candidato.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda um meio de barrar as doações ocultas na campanha eleitoral deste ano. De acordo com uma resolução em estudo pelo tribunal, os partidos deverão especificar a origem dos recursos repassados aos candidatos. Nas eleições anteriores, os doadores repassavam valores aos partidos, e não eram identificados os candidatos que seriam beneficiados. E os partidos distribuíam o dinheiro sem divulgar a fonte. Agência Estado, 15/1/2010 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem.

7- A doação oculta ocorre quando o partido não informa à justiça eleitoral, na prestação de contas relativas às eleições, o nome da empresa ou da pessoa natural que fez a doação.

8- A lei eleitoral permite a doação oculta, que ocorre sobretudo quanto existem recursos repassados a candidatos a cargos proporcionais.

9- Ametista é candidata a vereadora em um município que possui cerca de dezenove mil eleitores. Como não dispõe de recursos próprios, a campanha eleitoral de Ametista será financiada por terceiros. Considerando a situação hipotética apresentada e com base nas normas da Lei n.º 9.504/1997, assinale a opção incorreta. a) As doações à campanha de Ametista, feitas por pessoas físicas, deverão ser limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição. b) O partido político de Ametista deverá comunicar ao respectivo TRE os valores máximos de gastos com sua campanha, no ato do pedido de registro da candidatura.

c) Despesas com o transporte ou deslocamento de Ametista, quando em campanha, são consideradas gastos eleitorais. d) Ametista é a única responsável pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha. e) Ametista terá que prestar contas até 30 dias após o primeiro turno das eleições, pelo sistema simplificado.

10- Não é vedado o recebimento de recursos financeiros de campanha oriundos de:

a) empresa privada sem fins lucrativos, feitos para candidatos e partidos. b) sociedade esportiva, feitos para candidatos c) banco privado regularmente registrado no BACEN, feitos para partidos políticos. d) partido político, feitos para candidatos de siglas adversárias no mesmo pleito. e) empresa, cujo sócio principal é o próprio candidato feitos para sua campanha.

No que concerne a crimes eleitorais e processo penal eleitoral, julgue os itens que se seguem.

11- No processo eleitoral, ao contrário do que ocorre no rito ordinário, é inadmissível o oferecimento de queixa-crime em ação penal privada subsidiária, ainda que o Ministério Público não tenha oferecido denúncia, requerido diligências ou solicitado o arquivamento do inquérito policial.

12- O crime de corrupção eleitoral configura-se com a mera promessa de vantagem, mesmo que de caráter geral e posta como um benefício à coletividade, não se exigindo, portanto, dolo específico consistente na obtenção de voto de determinados eleitores ou na promessa de abstenção.

13 - A respeito dos crimes previstos na Lei n.º 9.504/1997, que dispõe sobre as eleições, assinale a opção correta. a) Inexiste, na norma geral das eleições, previsão de responsabilização penal de representantes legais de empresas ou entidades de pesquisa e de órgão veiculador de pesquisa fraudulenta. b) O uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime apenado com detenção e multa, vedada a alternativa de prestação de serviços à comunidade. c) Qualquer ato que vise retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos partidos no tocante às pesquisas eleitorais constitui crime punível com detenção, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade. d) Respondem por crime eleitoral os integrantes de mesa receptora que deixarem de entregar, por omissão, cópia de boletim aos partidos e coligações concorrentes ao pleito caso seus representantes a requeiram até uma hora após a expedição. e) A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime punível com reclusão e multa.

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14- Com relação às disposições legais inscritas no Código Eleitoral e aos crimes eleitorais, assinale a opção correta. A) Juiz de direito, ainda que não seja juiz eleitoral, pode ser considerado, para efeitos penais, membro da justiça B)A liberdade de expressão assegurada aos candidatos exclui os crimes contra a honra do processo eleitoral.

C)Cidadãos estrangeiros podem participar do processo eleitoral brasileiro, desde que autorizados por partido político regularmente registrado.

D) O abandono do serviço eleitoral por mesário implica a prática de mera infração administrativa. E) É admitida a prova da verdade na hipótese de crime de calúnia contra chefe de Estado estrangeiro.

15- Analise os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta: I. O crime formal de corrupção eleitoral tipificado no art. 299 do Código Eleitoral, contrariamente ao que ocorre no Código Penal, abrange tanto a corrupção ativa (nas modalidades de dar, oferecer e prometer) quanto a corrupção passiva (solicitar e receber). II. Crimes eleitorais, sob o aspecto formal, e em decorrência do princípio da reserva legal, são apenas aquelas condutas consideradas típicas e definidas no Código Eleitoral. III. Caracterizando-se a propaganda eleitoral como uma das formas de liberdade de pensamento e de liberdade de expressão, representa um direito a ser resguardado, mas pressupõe, de outro lado, em relação ao eleitor, o direito de não receber informações distorcidas, falsas, irreais. Este constitui o bem jurídico tutelado pelo art. 323 do Código Eleitoral, que erige à condição de delito divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado. IV. A regra legal disciplina que a ação penal eleitoral é pública (incondicionada), cabendo, segundo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, a ação penal privada subsidiária no âmbito da Justiça Eleitoral, por tratar-se de garantia constitucional, prevista no art. 5º, LIX, CF. É inadmissível a ação penal pública condicionada à representação do ofendido, em virtude do interesse público que envolve a matéria eleitoral. V. As decisões do Tribunal Superior Eleitoral são irrecorríveis, salvo as que contrariem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

Assinale a) Todas estão corretas b) Apenas I e V estão corretas c) Apenas II está incorreta d) Apenas V está correta e) Apenas II e III estão corretas

16- O órgão do Ministério Público requereu o arquivamento de comunicação de crime eleitoral. O Juiz Eleitoral considerou improcedentes as razões do pedido de arquivamento e ordenou a remessa da comunicação ao Procurador Regional, que insistiu no pedido de arquivamento. Nesse caso, o juiz a) solicitará à Ordem dos Advogados do Brasil a designação de advogado para oferecer a denúncia. b) poderá determinar, de ofício, a instauração da ação penal. c) está obrigado a atender o pedido de arquivamento. d) poderá nomear advogado para oferecer a denúncia, independentemente se indicação da Ordem dos Advogados do Brasil. ( e) poderá interpor recurso de ofício para o Tribunal Regional Eleitoral.

Julgue os itens subsequentes, acerca do processo penal eleitoral.

17- O interrogatório do réu, ainda que não contemplado de forma expressa no rito estabelecido no processo penal eleitoral, deve ser realizado ao final da instrução, consoante orientação firmada pelo STF.

18- Admite-se a absolvição sumária no processo penal eleitoral, ainda que esta não se encontre prevista de forma expressa no aludido procedimento, conforme inteligência do STF

GABARITO 1- E 2- C 3- A 4- C 5- A 6- E 7- errado 8- certo 9- B 10- D

11- errado 12- errado 13- C 14- A 15- C 16- C 17- certo 18- certo