Direito Internacional Privado

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Direito Internacional Privado

28/09 Primeira Avaliao. um ramo do direito interno que tem uma projeo internacional, ele busca lidar e solucionar conflitos internos que tenham uma repercusso internacional. Lida tambm com questes de estrangeiros que esto no Brasil.Necessariamente um conflito que envolve o direito internacional privado envolve conflitos estrangeiros.Ele no vai solucionar o problema, mas vai dizer o caminho para isso, a maneira para que seja solucionado, qual a legislao aplicvel. Ex: lei Brasileira ou rabe. Elas no criam o direito, no estabelecem a regra. Ele mais um direito processual.Para a doutrina majoritria brasileira ele no um direito privado, por mais que envolva elementos do direito privado, isso porque seu objeto principal o conflito de leis no tempo e no espao. No Brasil h os que defendam que so regras mistas e outros que defendem que so regras pblicas, porm de nenhuma forma considerado privado.H ainda uma corrente que defenda que no se est diante de direito publico ou privado, mas sim de um direito transnacional.Conflito de leis: tanto no tempo quanto no espao, porm tem mais relao com o conflito de leis no espao, de diferentes territrios soberanos cujas leis acabam se conflituando. Alm disso, h o conflito de jurisdio, o conflito de competncia, s discutida a questo se o pas tiver competncia para isso. H ainda a nacionalidade que objeto de discusso do direito internacional privado.Outro elemento a condio jurdica do estrangeiro. A questo da condio jurdica tratada pelo direito internacional privado. Ainda h os direitos adquiridos, que so o conflito de leis no tempo. Ele possui relaes com outros ramos do direito, alguns defendem sua autonomia, dizem que possuem regras e princpios prprios, outros dizem que no, que ele uma dimenso internacional de todos os outros diretos. necessrio dominar o direito interno nacional e o direito interno estrangeiro. HistricoO contato entre os povos que era tribalistas. - Antiguidade (4000 a.c. a 476 d.c.) perodo do imprio Romano, dominava grande parte do poder ele tinha formas interessantes de tratar os estrangeiros, porque grande parte dos povos rechaava os estrangeiros, consideravam eles escravos, no incio o Imprio Romano tambm fazia isso - eram considerados estrangeiros aqueles que possuam rituais diferentes porm no Imprio Romano eles passaram a servir com papel muito importante como comerciantes, para trazer e deslocar mercadorias de outras regies. Ele passa a ser acolhido e ter direitos, acesso a certas comunidades sem ser tratado como escravo isso pelo aspecto econmico que geravam. Tinha o direito Romano sendo aplicado ao estrangeiro, a lei Romana era aplicada a eles. - Idade Mdia (476 d.c. a 1453) por uma srie de movimentos e ataques Brbaros o Imprio Romano acaba caindo, dando fim a antiguidade e incio a Idade Mdia aqui temos os domnio dos Brbaros por todo esse Imprio eles no eram um nico povo, eram vrios. Passou a se consolidar o Imprio Turco Ortamano aqui surgem novas instituies para substituir as antigas instituies Romanas. A lei Romana era Una, um nico ritual, etc. Os Brbaros eram vrios, com rituais diferentes, povos diferentes, eles no possuam uma nica lei, mas sim vrias. A deciso para esse conflito foi personalizar a lei, cada povo levava a sua lei consigo, a lei se aplicava para cada povo de forma diferenciada. H a personificao da lei. Justiniano compilou essas legislaes, sendo importante porque esses documentos transformaram-se em referncias para interpretao dessas regras. Na Itlia surgem os estatutrios, glosadores, criadores de Estatutos. Nesse perodo comea a se desenvolver o sistema feudal, as pessoas por temor, por medo, comeam a se reunir em feudos, comeam a se fechar, para que ficassem mais seguras, assim comea a surgir os sistemas feudais, assim comea a se aplicar a cada novo feudo uma nova regra. Deixa de ser a lei do Imprio, a lei da pessoa e passa a lei a ser aplicada ao caso concreto. - Idade Moderna. 03.08.15 Feudo: territorialidade. Com auto gesto prpria. No ignorava as leis superiores dos imperadores, mas cada Feudo tinha suas normas prprias. AS cidades Italianas comeam aos poucos a se desenvolver em outro sistema, que no o feudal, principalmente por causa do comrcio, pois se localizavam na regio central. Tinham Estatutos diferenciados, com diferentes formas de tratamento dos direitos, muito pautados na ideia do direito costumeiro, consuetudinrio, comeam as discusses com a aplicao de lei.Com base nas compilaes de Justiniano que comeam a surgir os glosadores e ps glosadores- eram juristas que desenvolviam a legislao. Idade Moderna: (1453 a 1789)Escolas Estatutrias: Italia: glosadores (Aldricus jurista que comea a discusso de qual lei aplicar e diz que deve ser aplicada a lei mais adequada, a melhor lei para o caso concreto critrio da utilidade; adequao surgimento dos primeiros mtodos para lidar com conflitos de lei).Os glosadores buscavam descobrir mtodos para lidar com conflitos de lei. Na sequencia surgiram os pos glosadores que mais do que fazer anotaes, passam a fazer comentrios de maior profundidade, maior extenso Bartolo (um dos maiores juristas do perodo medieval aqui h a emergncia das ideias de Estatuto real (bens mveis imveis) e de carter pessoal (tratava de pessoas). Quando se trata de carter real para Bartolo a regra seria a territorialidade e se forem regras de carter pessoal a regra seria da extraterritorialidade, de onde provm a determinada pessoa. Frana: autonomia da vontade (Dumoulin) caso de dois Franceses do sUl da Frana que se casaram em Paris decidir qual a legislao aplicvel quanto aos bens e regime de casamento eles defendeu que o casamento um contrato e que havia a autonomia da vontade dos cnjuges que escolheram casar em Paris, devendo a regra de l ser aplicada. Outro jurista o DArgentr construiu outra teoria era Frances que vivia na Bretanha defendia em um primeiro momento a aplicao da territorialidade para estatutos reais porm no concordava com a extraterritorialidade para os estatutos pessoais. A teoria que defendia era se ocaso estava defendido em um local, se trazia a lei daquele local a teoria da territorialidade, reforando a lei do foro de onde a causa estava sendo discutida. Holanda: foi influenciada pelo jurista Frances, defendia da mesma forma a ideia do territorialismo com a aplicao da lei do foro. um dos pases que fora os pases baixos. Ela teve grande importncia inclusive para a Amrica. Huber (aqui na Holanda aplica-se a lei do foro a lei Holandesa mas se por cortesia foi entendido que pode ser aplicada a lei estrangeira, da aplica-se a lei estrangeira a cortesia ou comitas permitia a extraterritorialidade) No caso concreto era o juiz quem decidia a lei a ser aplicada. Idade Contempornea: 1789O grande marco que fez com que a Idade Moderna se convertesse em idade contempornea foi a Revoluo Francesa com a figura de Napoleo Bonaparte - Napoleo sistematizou e codificou toda a legislao Francesa A Independencia Norte Americana foi apoiada e custeada pelos Franceses esses Franceses estavam imbudos de ideais libertrios, que estavam influenciados Joseph Story (1834): territorialidade = lei do foro boa justia ele deu a nomenclatura Direito Internacional Privado. Nos Estados Unidos havia um conflito de leis tanto interna entre os seus Estados, quanto internacional Joseph passou a defender a ideia da territorialidade americana lei do foro porm passou tambm a observar que em outros casos era necessria a aplicao da regra de outro pas para uma melhor justia ento Joseph passa a defender alm da territorialidade o reconhecimento da extraterritorialidade no devendo ela ficar a critrio do juiz como conceito de cortesia defendendo a aplicao da boa justia transforma a ideia de cortesia em boa justia. 1848 Primavera dos Povos Unificaes Tardias (Alemanha Italia)Inspirou a primavera rabe as unificaes passaram a ser chamadas de Unificaes tardias dos povos tanta na Alemanha quanto na Italia Pasquale Mancini passa a defender a ideia da personalidade da lei usando o termo nacionalidade ele defendia que uma vez Italiano aonde quer que ele estivesse aplicar-se-ia aquela lei. Um conceito de extraterritorialidade. Friederich von Savigny lei do foro e lei estrangeira tem a mesma importncia para solucionar o conflito de leis deve-se vera a soluo jurdica a lei aplicvel a lei que pende na relao jurdica vai depender de que relao jurdica eu estou tratando, como ela pode ser qualificada, vai depender que lei poder ser utilizada priorizando a lei do domiclio onde a pessoa escolheu estar no momento, no interessando a nacionalidade que ela tenha. Se ela Italiana e domiciliada na Alemanha, aplica-se a lei Alemanha o mesmo com bens mveis ou imveis aplica-se a lei do local dos bens. Relaes Juridicas no tempo e no espao.Conflito das leis no tempo e no espao.Mobilidade dos fatos jurdicos: mobilidade da vida social no plano jurdico Intertemporal:- Conflito de leis (internas ou estrangeiras) no tempo - Sucesso de leisInterespacial- Conflito de leis no espao Conflito de leis: Positivo: dois ou mais ordenamentos jurdicos de distintos pases Negativo: quando no h ordenamento jurdico aptrida sem nacionalidade no tem leis aplicveis a ele conflito negativo de leis. Ex: Casamento que ocorre na Argentina entre dois brasileiros casaram sob as leis argentinas e vieram para o Brasil, chegando no Brasil resolveram se separar lei Brasileira diz que se aplica ao regime de bens o regime do primeiro pacto matrimonial Argentino na Argentina a lei para o regime de bens da nacionalidade dos cnjuges assim cada um remete para o outro conflito negativo de leisSeria positivo se os dois quizessem que suas legislaes fossem aplicadas. Saber quem tem jurisdio para aplicar o caso Conflito de Jurisdio:LINDB CPC - Art. 88 e 89.Art. 88. competente a autoridade judiciria brasileira quando:I - o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao;III - a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.Pargrafo nico. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurdica estrangeira que aqui tiver agncia, filial ou sucursal.Art. 89. Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra:I - conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil;II - proceder a inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e tenha residido fora do territrio nacional.Art. 69 a 91 (70,71,88,89,90) CPPArt. 651, 2 CLT (Sumula 207 TST)Imunidade de Jurisdio Organismos Internacionais Tem a que se aplica ao processo de conhecimento e tem a que se aplica a fase de execuo. No existe norma que preceitue quem tem essa imunidade. Ex: Arabia Saudita tinha no seu Consulado brasileiro um empregado que prestava servios gerais, quando saiu de seu emprego ingressou com ao no Brasil contra a Arbia Saudita o Brasil deu andamento ao processo e condenou o Estado a pagar as verbas trabalhistas. Porm chegando na parte da execuo pediram a utilizao de um prdio que no era utilizado pela embaixada, porem a discusso maior, que a imunidade de jurisdio desse Estado para questo trabalhistas foi relativizada, porm ele ainda reservava a imunidade de execuo. Em matria trabalhista os Estados no tem imunidade de jurisdio, somente possuem a imunidade de execuo. - Atos de Imprio de carter pblico Estado atuando em nome de Estado para fins pblicos ele conserva a imunidade. Essa imunidade tambm foi relativizada no Brasil para questo trabalhista mesmo se tratando de atos de imprio em nome do prprio Estado, quando se trata de questes trabalhistas ela relativizada e o Estado perde essa imunidade. - Atos de Gesto de carter privado - Estado atuando em ato de gesto de carter privado, fora de sua esfera tradicional ele perde a imunidade.Quem tem o poder de dar ou tirar a imunidade de um diplomata o Estado ele no pode renunciar porque a imunidade no dele e sim do Estado que ele representa.Imunidades dos organismos internacionais: decorre do tratado internacional que cria a organizao. A ONU, A OIT podem ser processadas? A teoria tem defendido a imunidade absoluta desses organismos internacionais em matria trabalhistas quando eles forem amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurdico brasileiro.S se preocupa com o conflito de leis quando houver jurisdio primeiro se enfrente a questo do conflito de jurisdio, depois o conflito de leis primeiro o caso deve poder ser analisado no Brasil, para depois ver qual a lei aplicvel a ele, primeiro se o Brasil tem jurisdio para a soluo daquele caso. Jurisdio dos tribunais internacionais de direitos humanos: A corte interamericana s lida com casos em que h um certo esgotamento no mbito interno dos pases, como por exemplo, um processo demorado. Nesse caso no h conflito de jurisdio (dois pases conflituando quanto a jurisdio).Regras de conexo ou normas indiretas:Regras sobre a aplicao de determinado direito:- Mtodos: # Mtodo Unilateral: prioriza lei do foro o mtodo baseado nas teorias que querem que se aplique a lei do foro, a lei do Estado. a ideia da soberania do Estado - # Mtodo bilateral (tradicional)- Conexo Rgida quando prev que aquela lei e pronto. Ex: imvel no Brasil aplica a lei Brasileira.- Conexo Flexvel regras mis flexveis pode-se aplicar uma ou outra. Ex: herana no Brasil pode ser a lei Brasileira ou aquela de domiclio do de cujus.# Mtodo Uniformizador: busca harmonizar e uniformizar regras diferenciadas. Ex: Territorialidade - unilateralNacionalidade Bilateral vai permitir que um Estado aplique no s um ordenamento dela mesmo, como tambm o Estrangeiro que se aplique o ordenamento do pas de onde ele vem.Autonomia da Vontade Bilateral flexvel.Domiclio Bilateral e rgido.Mtodos:Interest Analysis: anlise das polticas pblicas;Better Law Approach: anlise teleolgica do problema (Leflar)Sistema Unilateral (Estados Unidos, Cavers): alcance espacial, anlise orientada ao resultado substantivo ( E. g. Caso Babcook, Ontario\ NY). Acidente que aconteceu em Ontario mas as pessoas, os carros e a ao foi ajuizada em NY, nesse caso aplicou-se a lei do foro porque todos os principais elementos estavam em torno do foro de NYPrincpio da Proximidade: vnculos mais estreitos (EUA, 1971)10.08.2015Relaes Jurdicas no tempo e no espao. Mtodo do Direito Internacional Privado.Direito Internacional Privado: Direito sobre o DireitoDoutrinas Universalistas: partem de uma ideia de reconhecer que existem outras fontes internacionais, existem leis de diferentes pases que so passiveis de serem aceitos dentro de uma esfera territorial.Doutrinas particularistas: reconhecem a pluralidade dos sistemas internacionais, mas buscam dentro dessa pluralidade aplicar a lei do foro, priorizam a lei do foro.No mbito internacional no temos um direito uniforme que se aplica a todos os pases. Direito comparado com uma forma de solucionar conflitos de leis. Uma vez que h essa falta de uniformidade e muitos foros so competentes para atender um determinado caso, o corre que quem vai lidar com o caso concreto pode encontrar vrias solues diferentes. Isso gera uma complexidade porque os pases so soberanos e cada um tem os seus valores. Um determinada soluo pode ser vlida em um pas e em outro no, e ai surge a dificuldade de executar as decises.A pluralidade de aes que as partes podem optar chama-se frum shoppping, em que as partes podem se beneficiar com sistemas distintos. Ex: falta de uniformidade No Brasil a primeira regra para atribuir a personalidade e capacidade e na Europa a regra era a nacionalidade. Vai comprar um imvel deve ver a regra da sua nacionalidade para ver a capacidade.Nos Estados Unidos, America Latina, a regra era do domiclio. A America Latina um dos primeiros continentes a buscar a uniformizao das regras. Comea a ocorrer um processo no mbito internacional na tentativa da uniformizao.Ex: a regra no Brasil hoje a d domiclio, mas a uniformizao quanto a nota promissria e cheque prev que a nacionalidade.O processo de uniformizao pode acontecer de vrias maneiras. O processo que mais vem sendo utilizado o da conveno.Mas existem trs tipos: imposio, recepo e conveno. Direito Uniforme: significa dizer que os pases possuem muitas semelhanas em seus regimes. Ex: Brasil e Chile possuem os mesmos regimes de bens do casamento. Direito Internacional Uniformizado: os pases atravs de acordos internacionais uniformizam alguma regra. Ex: Brasil e Argentina uniformizam os regimes de bens que so diversos. Aqui o contedo material da norma uniforme.Direito Internacional Privado: Os pases no possuem acordo internacional, cada um aplica regras diferentes. Ex: Brasil aplica para regra do casamento o local do primeiro domiclio matrimonial e Argentina aplica como regra do casamento o local de celebrao do casamento. Aqui h um conflito. Direito Internacional Uniformizado: Os pases tentam um acordo para estabelecer a regra aplicvel uma tentativa de uniformizar o direito internacional privado. Mas aqui no o contedo material da norma que uniforme. Direito Comparado: interpretado como uma metodologia de anlise dos sistemas jurdicos. Em alguns casos em que se aplica a melhor regra pra soluo para o caso concreto o melhor colocar um direito ao lado do outro e ver qual o melhor caminho. Ex: no direito do trabalho, ver se o direito brasileiro ou estrangeiro melhor para o trabalhador. um mtodo auxiliar ao direito internacional privado. As principais codificaes internacionais: 1861 Macini teve grande papel na Italia, criou o instituto de direito internacional. Esse instituto tem produo de materiais, documentos de interpretao e foi importante para o processo de codificao internacional.Em 1893 Surgimento da Conferncia de Haia 1877 : Peru tem a iniciativa de codificao internacional os Estados Unidos no apoiaram preconizava a regra da nacionalidade e os EUA o domiclio. A Amrica Latina era muito influenciada pela Europa.1889: O Uruguai tambm defendia o critrio do domiclio. Tambm fez movimento para defender a uniformizao do domiclio.1889: Conferencias Pan Americanas1901 Brasil prope a criao de um Cdigo de DIP1927: Depois da Primeira Guerra Mundial a edio do Cdigo Bustamante no cria o conceito de domiclio e nem de nacionalidade, ele passa a prever a lei pessoal. Aqui movimento de governos.Em 1912 Movimento de juristas papel da doutrina relevante na aplicao do DIP. 17.08.2015Fontes do direito internacional privadoClassificao hierrquica das fontesTratados e leis nacionaisa. Teorias Dualistas:Triepel (1899; 1923)Verdross (1914)Direito interno: subordinaoDireito internacional: coordenaob. Teorias MonistasSupremacia do direito nacional (Jellinek, Hegel) O direito nacional estaria acima do direito internacional No Brasil temos a supremacia da Constituio, adota-se a teoria monista. Supremacia do direito internacional (Kelsen, 1926) Pacta Sunt Servanda - Comunidade Europia O direito regional tem carter internacional e est acima da legislao dos Estados. Conflito de fontes: critrios de soluo dentro de uma lgica de que o ordenamento jurdico no aceita antinomias, os conflitos seriam apenas aparentes.Direito no suporta antinomias.Tratados e leis nacionais: uma corrente doutrinria no Brasil (STF) trata os tratados internacionais como leis ordinria.Se existe uma lei ordinria no Brasil regulando uma matria e sobrevm um tratado internacional regulando a mesma matria, esse tratado derroga a primeira lei, se vier mais uma lei regulando a mesma matria o tratado tambm ser derrogado. Se a nova lei tambm foi revogada o tratado vai voltar a operar, porque ele nunca foi derrogado. O presidente da repblica tem competncia para derrogar um tratado. O legislador no pode retira-lo do sistema, na prtica o tratado apenas perde a eficciai . OS tratados de direitos humanos e os tratados em matria tributria so excees a essa regra O cdigo de Bustamante foi derrogado pelo Estatuto do Estrangeiro. Quand0 existe um acordo bilateral entre dois pases que regula a extradio da pessoa vai opera a especialidade vai ser aplicado o tratado, porque ele especfico, ganha a especialidade tanto pelo contedo quanto pela relao bilateral dos Estados envolvidos.Nos demais casos se aplica o Estatuto do Estrangeiro.Tratados internacionais em matria tributria.Art. 98 do CTN Eles no possuem status legal e nem constitucional eles ficam abaixo da CF e acima das Leis Complementares, diz-se de um status supralegal. Tratados de direitos humanosFoi alterado pela Emenda 45 de 2004 - 3 do art. 5 da CFEle no pode ter status de norma ordinria tem status supralegal, assim como as normas tributrias. Ex: Pacto de SAn Jos da Costa Rica Teoria da Supralegalidade : art. 5, 2 - o tratado materialmente constitucional, mas formalmente infraconstitucional. 2 Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte. 3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste pargrafo)Traz um critrio formal, para que um tratado de direitos humanos tenha status de emenda constitucional. Assim, aprovado com esse critrio, ele passa a ser formalmente e materialmente constitucional. Supraconstitucionalidade: no opera no Brasil, mas h quem defenda essa ideia. 4 regras que operam no sistema brasileiro: lei ordinria, natureza supralegal, natureza constitucional e natureza supraconstitucional.Elementos de ConexoO elemento de conexo vai auxiliar na aplicao da lei. Classificao:a) Pessoais: nacionalidade, domcilio, residncia, origem, religio.b) Reais: local da situao da coisa, lugar da aquisio e domiclio ou nacionalidade do proprietrio.c) Reais de natureza especial:d) Delituais ou penais: local do ilcito, domicilio ou nacionalidade do infrator ou da vtima, natureza da infrao e lei do dano.e) Voluntrios: lugar da celebrao, autonomia da vontade.f) Normativos: lei do foro, Lex causae, lei mais favorvel. g) Processuais: juiz principal se estende ao acessrio, autonomia da vontade, princpio da proximidade.h) Subsidiria: quando anterior impraticvel critrio subsidirio a regra que a lei Arbe deve ser aplicada e no se sabe a validade, como se traduzir ela, sendo impraticvel sua aplicao aplica-se a lei subsidiria.i) Alternativa: quando os pontos possveis so da mesma hierarquia e pode mser usados indistintamente j) Cumulativa: coincidncia entre leis, pode-se aplicar as duas em algum caso.k) Multipla: um contrato que comporta vtrios pontos de ligao em uma mesma relao jurdica Elementos de Conexo:a) Territrio: ele estabelece os limites de jurisdio, um elemento que constitui o Estado No territrio h a soberania nacional territorial o pas reserva ali seu domnio, seu poder de imprio.O territrio se divide em: terrestre (por muitos anos XIX), martimo (mar territorial XIX conveno das Naces Unidas sobre Direito do Mar, em 1982, Montego BAy) espacial (Sec XX Conveno sobre Aviao CIvil Internacional, 1944)H territrios ntegros ou compactos desmembrados ou divididos encravados: inteiramente cercados por territrios. AS demarcaes de fronteiras se do por montanhas, rios, lagos e mares, ilhas. Mar territorial incide a legislao brasileira. Navios Estatal leva a bandeira nacional. Navio mercante no leva a bandeira. 24.08.2015Espao Areo: igual aos navios. Espao Ultraterrestre: ainda no objeto de apropriao a lua - Aeronaves: usa a lei da nacionalidade do Estado onde esteja matriculada art. 108a) Nacionalidade um elemento muito utilizado como conexo para definir a legislao utilizada (nascimento, aquisio de personalidade, filiao, nome, ptrio poder, casamento, separao)Era previsto pelo Brasil at 1942 at que foi substitudo pelo domiclio porque tinha muitos imigrantes. um vinculo que liga a pessoa a um determinado Estado. o nacional de um determinado Estado ele faz parte de uma populao, essa populao nem sempre formada apenas por nacionais, como por ex no Brasil h brasileiros e estrangeiros. O fato de voc nascer naquele pas no necessariamente significa que voc nacional daquele pas. A nacionalidade tambm diferente de cidadania.H tambm a possibilidade de dupla nacionalidade. Que diferente de Aptridas.Aquisio da Nacionalidade:- Originria: Ius Soli: pas aonde nasce.Ius Sanguinis: est relacionada a famlia, nacionalidade dos pais poca do nascimento.Sistema Misto: Ex: se no Brasil s se aceitasse o Ius Solis e na Frana s o Ius Sanguinis, um filho de Frances no Brasil poderia ser Brasileiro ou Frances, porm um filho de brasileiro seria um aptrida porque o Brasil no adota o Sanguinis e o a Frana no adota o SOlis.- Derivada:Casamento Ius Domicili: domiclio. Ex: 15 anos morando no Brasil.Ius Laboris: pelo trabalho. Ex: jogador de futebol.Ela pode ser obrigatria como no caso do casamento ou voluntria como nos demais casos. O Brasil s aceita a dupla nacionalidade obrigatria, se uma pessoa adquire outra nacionalidade de forma voluntria ela perde a nacionalidade. Brasileiros:Natos: ver slide. Art. 12. So brasileiros:I - natos:a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio de seu pas;b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil;c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 2007)II - naturalizados:a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral;b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994) (Antes de 1994 era 30 anos). 1 Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)Perda da nacionalidade: 4 - Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:I - tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)a) de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)b) de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos civis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)O Brasileiro nato pode perder a nacionalidade tambm. Reaquisio da Nacionalidade: Lei 818 de 1949Art. 36. O brasileiro que, por qualquer das causas do art. 22, nmeros I e II, desta lei, houver perdido a nacionalidade, poder readquir-la por decreto, se estiver domiciliado no Brasil. 1 O pedido de reaquisio, dirigido ao Presidente da Repblica, ser processado no Ministrio da Justia e Negcios Interiores, ao qual ser encaminhado por intermdio dos respectivos Governadores, se o requerente residir nos Estados ou Territrios. 2 A reaquisio, no caso do art. 22, n I, no ser concedida, se apurar que o brasileiro, ao eleger outra nacionalidade, o fz para se eximir de deveres a cujo cumprimento estaria obrigado, se se conservasse brasileiro. 3 No caso do art. 22, n II, necessrio tenha renunciado comisso, ao emprgo ou penso de Govrno estrangeiro.O brasileiro quando nato e perde a nacionalidade ele volta como brasileiro naturalizado e nunca mais como brasileiro nato. Ver Slides. b) Domiclio: LINDBArt. 7o A lei do pas em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de famlia.Domiclio da pessoa natural: Art. 70. O domiclio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo.Art. 71. Se, porm, a pessoa natural tiver diversas residncias, onde, alternadamente, viva, considerar-se- domiclio seu qualquer delas.Art. 72. tambm domiclio da pessoa natural, quanto s relaes concernentes profisso, o lugar onde esta exercida.Pargrafo nico. Se a pessoa exercitar profisso em lugares diversos, cada um deles constituir domiclio para as relaes que lhe corresponderem.Art. 73. Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, o lugar onde for encontrada.Art. 74. Muda-se o domiclio, transferindo a residncia, com a inteno manifesta de o mudar.Pargrafo nico. A prova da inteno resultar do que declarar a pessoa s municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declaraes no fizer, da prpria mudana, com as circunstncias que a acompanharem.LINDB - 8o Quando a pessoa no tiver domiclio, considerar-se- domiciliada no lugar de sua residncia ou naquele em que se encontre.Domiclio Necessrio:Art. 76. Tm domiclio necessrio o incapaz, o servidor pblico, o militar, o martimo e o preso.Pargrafo nico. O domiclio do incapaz o do seu representante ou assistente; o do servidor pblico, o lugar em que exercer permanentemente suas funes; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do martimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentena.LINDB - 7o Salvo o caso de abandono, o domiclio do chefe da famlia estende-se ao outro cnjuge e aos filhos no emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guardaPessoas Jurdicas:Art. 75. Quanto s pessoas jurdicas, o domiclio :I - da Unio, o Distrito Federal;II - dos Estados e Territrios, as respectivas capitais;III - do Municpio, o lugar onde funcione a administrao municipal;IV - das demais pessoas jurdicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegerem domiclio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 1o Tendo a pessoa jurdica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles ser considerado domiclio para os atos nele praticados. 2o Se a administrao, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se- por domiclio da pessoa jurdica, no tocante s obrigaes contradas por cada uma das suas agncias, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.Bens: Art. 8 da LINDBArt. 8o Para qualificar os bens e regular as relaes a eles concernentes, aplicar-se- a lei do pas em que estiverem situados.Os bens imveis so vinculados ao pas em que esto vinculados Brasil competncia exclusiva para os bens imveis. Brasil imobiliza alguns bens mveis para que se tornem imveis e fiquem vinculados aqui. Bens mveis lei do pas em que estiver domiciliado o proprietrio. Penhor: LINDB 2o O penhor regula-se pela lei do domiclio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.Sucessao:Art. 10. A sucesso por morte ou por ausncia obedece lei do pas em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situao dos bens.Lei do domiclio do herdeiro ou do legatrio que estabelece a capacidade para suceder. Obrigaes (Art. 9, 12 LINDB, Art. 78 CC)Art. 9o Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-se- a lei do pas em que se constituirem.Art. 12. competente a autoridade judiciria brasileira, quando for o ru domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigao.Art. 78. Nos contratos escritos, podero os contratantes especificar domiclio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigaes deles resultantesProposta de Contrato (Art. 427 a 435 do CC)Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrrio no resultar dos termos dela, da natureza do negcio, ou das circunstncias do caso.Art. 428. Deixa de ser obrigatria a proposta:I - se, feita sem prazo a pessoa presente, no foi imediatamente aceita. Considera-se tambm presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicao semelhante;II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;III - se, feita a pessoa ausente, no tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratao do proponente.Art. 429. A oferta ao pblico equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrrio resultar das circunstncias ou dos usos.Pargrafo nico. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgao, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.Art. 430. Se a aceitao, por circunstncia imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunic-lo- imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.Art. 431. A aceitao fora do prazo, com adies, restries, ou modificaes, importar nova proposta.Art. 432. Se o negcio for daqueles em que no seja costume a aceitao expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se- concludo o contrato, no chegando a tempo a recusa.Art. 433. Considera-se inexistente a aceitao, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratao do aceitante.Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitao expedida, exceto:I - no caso do artigo antecedente;II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;III - se ela no chegar no prazo convencionado.Art. 435. Reputar-se- celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.Outros Elementos: Se no Brasil tiver que ser cumprida a obrigao aplica-se a lei brasileira.Autonomia da Vontade: a regra que no se pode escolher a lei. Entre nacionais cabe a escolha da lei quando houver clusula de arbitragem.Quando no houver uma regra estabelecida na legislao brasileira o magistrado deve aplicar a lei do foro. Ela uma soluo quando h um impasse. Regras de direito processual se um caso de processo civil, aplica-se o CPC brasileiro.O juiz pode aplicar sempre a lei que lhe mais familiar. 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas em que tiverem os nubentes domiclio, e, se este for diverso, a do primeiro domiclio conjugal. Aplica o regime de bens do domiclio do casal em caso de separao.