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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. O Direito Internacional Privado pode ser compreendido como o conjunto de regras disciplinadoras das relações jurídicas

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

O Direito Internacional O Direito Internacional Privado pode ser Privado pode ser

compreendido como o compreendido como o conjunto de regras conjunto de regras

disciplinadoras das relações disciplinadoras das relações jurídicas de ordem privada jurídicas de ordem privada da sociedade internacional.da sociedade internacional.

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADOConceito

Direito Internacional Privado é o complexo Direito Internacional Privado é o complexo de de leis positivasleis positivas, , atosatos, , precedentes e precedentes e princípiosprincípios, segundo os quais as nações , segundo os quais as nações aplicam suas leis ou consentem na aplicam suas leis ou consentem na aplicação de leis estrangeiras nas aplicação de leis estrangeiras nas questões de caráter particular que afetam questões de caráter particular que afetam súditos estrangeiros em matérias de súditos estrangeiros em matérias de direito civil, comercial. direito civil, comercial.

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO É RAMO DO DIREITO INTERNO

Denominações doutrináriasDenominações doutrinárias::

- Conflicts of Laws – conflito de leis- Conflicts of Laws – conflito de leis- Normas de colisão- Normas de colisão

- Direito intersistemático- Direito intersistemático- Direito de delimitação ou direito dos limites- Direito de delimitação ou direito dos limites

- Direito internacional jurisdicional- Direito internacional jurisdicional- Direito interestadual privado - Direito interestadual privado

- Direito Polarizado- Direito Polarizado

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Por que Direito Internacional Privado?Por que Direito Internacional Privado?

- Caráter cosmopolita do homem;- Caráter cosmopolita do homem;- Existência de legislações diferentes entre - Existência de legislações diferentes entre

os Estados;os Estados;- Necessidade de regulamentação das - Necessidade de regulamentação das

relações (coexistência de ordens jurídicas) relações (coexistência de ordens jurídicas)

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

1.1. AntigüidadeAntigüidade: Xenofobia: Xenofobia – Neste – Neste período o estrangeiro não possuía período o estrangeiro não possuía

participação alguma na vida jurídica, participação alguma na vida jurídica, os direitos locais jamais entravam em os direitos locais jamais entravam em choque com os direitos estrangeiros.choque com os direitos estrangeiros.

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

2. 2. Período ClássicoPeríodo Clássico

O “jus civile” funcionava para os cidadãos O “jus civile” funcionava para os cidadãos romanos, “jus gentium” regulava os romanos, “jus gentium” regulava os

direitos reconhecidos aos povos direitos reconhecidos aos povos estrangeiros e as relações entre estes estrangeiros e as relações entre estes

e os cidadãos romanos.e os cidadãos romanos.

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

-Praetor PeregrinusPraetor Peregrinus Em 242 a.C., Em 242 a.C., surgiu em Roma a magistratura especial surgiu em Roma a magistratura especial

do Praetor Peregrinus ou juiz dos do Praetor Peregrinus ou juiz dos estrangeiros, incumbido de solucionar estrangeiros, incumbido de solucionar causas entre cidadãos e pelegrinos, ou causas entre cidadãos e pelegrinos, ou

entre estes uns com os outros. entre estes uns com os outros.

-O Praetor Peregrinus possuía a O Praetor Peregrinus possuía a incumbência de cuidar apenas dos incumbência de cuidar apenas dos

estrangeiros na antiga Roma.estrangeiros na antiga Roma.

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

A queda do império romano assinala um A queda do império romano assinala um novo momento histórico para o direito novo momento histórico para o direito

internacional privado, com a invasão dos internacional privado, com a invasão dos povos bárbarospovos bárbaros. Os bárbaros . Os bárbaros

consideravam o estrangeiro como excluído consideravam o estrangeiro como excluído de toda participação entre suas de toda participação entre suas

instituições jurídicas instituições jurídicas

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

3. 3. Regime feudal e a territorialidade Regime feudal e a territorialidade das leisdas leis: O direito se circunscreve aos : O direito se circunscreve aos feudos, aos territórios onde domina o feudos, aos territórios onde domina o senhor feudal e é por isso chamado senhor feudal e é por isso chamado

“período da territorialidade do direito”. A “período da territorialidade do direito”. A autoridade do senhor em seu território autoridade do senhor em seu território

não admitia concessão.não admitia concessão.

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História do Direito Internacional História do Direito Internacional PrivadoPrivado

4. 4. Séculos XII e XIII: Os glosadores – A – A escola dos glosadores, juristas que nos escola dos glosadores, juristas que nos

séculos XII e XIII faziam anotações à séculos XII e XIII faziam anotações à margem ou entre as linhas os textos de margem ou entre as linhas os textos de direito romano, componente do “Corpus direito romano, componente do “Corpus

Juris Civilis”. Juris Civilis”.

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5. 5. Escolas EstatutáriasEscolas Estatutárias::

5.1- 5.1- Escola ItalianaEscola Italiana – séc. XIII: – séc. XIII:

Principal representante – Principal representante – Bartolo de Bartolo de Sassoferrato (1313 – 1357)Sassoferrato (1313 – 1357)

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5. 5. Escolas EstatutáriasEscolas Estatutárias

5.1- 5.1- Escola ItalianaEscola Italiana – séc. XIII: – séc. XIII:

imóveis – situação da coisa – situação da coisa

sucessãosucessão – domicílio do de “cujus” – domicílio do de “cujus”

contratos – lugar da celebração (para – lugar da celebração (para obrigações), lugar da execução (mora ou obrigações), lugar da execução (mora ou negligência dos contratantes)negligência dos contratantes)

delitodelito – lugar do ato – lugar do ato

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5. 5. Escolas EstatutáriasEscolas Estatutárias::

5.2- Escola Francesa – séc. XVI5.2- Escola Francesa – séc. XVI: :

Principais representantesPrincipais representantes

Charles DumoulinCharles Dumoulin que produziu a que produziu a teoria da autonomia da vontade e teoria da autonomia da vontade e

Bertand D’ArgentréBertand D’Argentré que advogou que advogou a teoria do territorialismo.a teoria do territorialismo.

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5. 5. Escolas EstatutáriasEscolas Estatutárias::

5.3- 5.3- Escola HolandesaEscola Holandesa: :

A Holanda que aspirava emancipar-se A Holanda que aspirava emancipar-se adotou a teoria territorialista de adotou a teoria territorialista de D’Argentré. D’Argentré.

Principais representantes – Principais representantes – Paul e Jean Paul e Jean Voet, Christian Rodenburg e Ulrich Voet, Christian Rodenburg e Ulrich HuberHuber. .

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5. 5. Escolas EstatutáriasEscolas Estatutárias::

Segundo a Segundo a escola holandesaescola holandesa, as leis só , as leis só vigoram no território do Estado e obrigam seus vigoram no território do Estado e obrigam seus súditos, sendo estes o que se encontram nos súditos, sendo estes o que se encontram nos limites do Estado, de forma permanente ou limites do Estado, de forma permanente ou não, e os governantes por cortesia, podem não, e os governantes por cortesia, podem admitir que o direito objetivo de cada povo, admitir que o direito objetivo de cada povo, conserve seus efeitos em cada parte. Com conserve seus efeitos em cada parte. Com tanto que não prejudique o Estado estrangeiro tanto que não prejudique o Estado estrangeiro e seus súditos.e seus súditos.

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Direito Internacional Privado Direito Internacional Privado ModernoModerno

Joseph StoryJoseph Story (escola anglo americana) (escola anglo americana)

Juiz da Suprema Corte Norte-americana.Juiz da Suprema Corte Norte-americana.

Escreveu o livro – Escreveu o livro – Conflicts of LawConflicts of Law (1834) (1834)

Foi o primeiro a empregar a denominação: Foi o primeiro a empregar a denominação: Direito Internacional Privado.Direito Internacional Privado.

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Direito Internacional Privado Direito Internacional Privado ModernoModerno

Joseph StoryJoseph Story

Estabeleceu com clareza a ressalva da Estabeleceu com clareza a ressalva da ordem pública contra a aplicação de leis ordem pública contra a aplicação de leis estrangeiras repugnantes ao espírito do estrangeiras repugnantes ao espírito do foro.foro.

Defendia que a aplicação da boa justiça Defendia que a aplicação da boa justiça era o que resolvia da melhor forma os era o que resolvia da melhor forma os conflitosconflitos..

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Direito Internacional Privado Direito Internacional Privado ModernoModerno

Pasquale Stanislao ManciniPasquale Stanislao Mancini

Criador do moderno Direito Internacional Criador do moderno Direito Internacional Privado da Itália. Defendia como principal Privado da Itália. Defendia como principal critério de conexão a nacionalidade.critério de conexão a nacionalidade.

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Direito Internacional Privado Direito Internacional Privado ModernoModerno

Friedrich Carl Von SavignyFriedrich Carl Von Savigny – – professor da Universidade de Berlim. professor da Universidade de Berlim.

A doutrina de Savigny fica concentrada no A doutrina de Savigny fica concentrada no domicílio das pessoas, coisas e obrigações domicílio das pessoas, coisas e obrigações

para solucionar os conflitos de leis.para solucionar os conflitos de leis.

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O objetivo do Direito Internacional O objetivo do Direito Internacional Privado é a harmonia internacionalPrivado é a harmonia internacional. .

Para Para Savigny Savigny o objetivo do Direito Internacional o objetivo do Direito Internacional Público deve ser a Público deve ser a harmonia internacional das harmonia internacional das decisõesdecisões, por ser irrelevante se uma sentença é , por ser irrelevante se uma sentença é proferida por um juiz de um ou outro país, essa proferida por um juiz de um ou outro país, essa disciplina não deve ser vista sob um ângulo disciplina não deve ser vista sob um ângulo nacional, mas orientar-se conforme as exigências nacional, mas orientar-se conforme as exigências da comunidade dos povos da comunidade dos povos

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Fontes do Direito Internacional Fontes do Direito Internacional Privado:Privado:

- Lei - Lei principal fonte do DIPprincipal fonte do DIP

- Tratados - Tratados

- Jurisprudência- Jurisprudência

- Doutrina- Doutrina

- Direito costumeiro- Direito costumeiro

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Fontes do Direito Internacional Fontes do Direito Internacional PrivadoPrivado

Lei:Lei: Fonte primária do Direito Internacional Fonte primária do Direito Internacional Privado na maioria dos países, devendo ser Privado na maioria dos países, devendo ser consultada em primeiro lugar diante de uma consultada em primeiro lugar diante de uma

relação jurídica de direito privado com conexão relação jurídica de direito privado com conexão internacionalinternacional. .

Ex: Ex: LICC, Estatuto do Estrangeiro, CF, RISTFLICC, Estatuto do Estrangeiro, CF, RISTF

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Conceitos importantes Conceitos importantes Direito Internacional PrivadoDireito Internacional Privado

TerritórioTerritório: Espaço limitado no qual o Estado : Espaço limitado no qual o Estado exerce sua jurisdição.exerce sua jurisdição.

TerritorialidadeTerritorialidade: Aplicação de leis locais : Aplicação de leis locais exclusivamente, sem consideração das leis exclusivamente, sem consideração das leis

estrangeiras.estrangeiras.

ExtraterritorialidadeExtraterritorialidade: Aplicação da lei além : Aplicação da lei além das fronteiras do Estado.das fronteiras do Estado.

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Conceitos importantesConceitos importantes

Para que haja a aplicação do direito Para que haja a aplicação do direito estrangeiro num determinado país é estrangeiro num determinado país é

necessária a existência de regras necessária a existência de regras estabelecidas pela justiça local.estabelecidas pela justiça local.

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Conceitos importantesConceitos importantes

Constituindo-se como uma das funções do Constituindo-se como uma das funções do direito internacional privado a decisão da lei direito internacional privado a decisão da lei aplicável a um conflito temos a utilização de aplicável a um conflito temos a utilização de

meios técnicos, indicadores da lei aplicável os meios técnicos, indicadores da lei aplicável os chamados “chamados “elementos de conexãoelementos de conexão” para ” para

solucionar os conflitos de lei.solucionar os conflitos de lei.

A norma de direito internacional privado A norma de direito internacional privado caracteriza-se por uma estrutura de indicação caracteriza-se por uma estrutura de indicação

de direito aplicável de direito aplicável

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Conceitos importantesConceitos importantes

Elemento de conexãoElemento de conexão: é a parte que : é a parte que torna possível a determinação do direito torna possível a determinação do direito

aplicável: como nacionalidade, o aplicável: como nacionalidade, o domicílio, a residência habitual, etc. domicílio, a residência habitual, etc.

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

TerritorialidadeTerritorialidade

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

Elementos de conexão quanto à pessoa:Elementos de conexão quanto à pessoa:

1. Nacionalidade das partes: “lex patrie”1. Nacionalidade das partes: “lex patrie”2. Lei do domicílio: “lex domicilii”2. Lei do domicílio: “lex domicilii”

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

Elementos de conexão quanto à coisa:Elementos de conexão quanto à coisa:

1. Lei do local da pessoa: “locus personae” 1. Lei do local da pessoa: “locus personae” “mobilea sequuntum personam” (bem móvel “mobilea sequuntum personam” (bem móvel

segue a pessoa)segue a pessoa)

2. Lei da coisa: “lex rei sitae” 2. Lei da coisa: “lex rei sitae” “lex situs” “lex situs”

3. Lei do pavilhão3. Lei do pavilhão

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

Elemento de Conexão quanto ao atoElemento de Conexão quanto ao ato::

1. Local da prática do ato1. Local da prática do ato: “locus regit actum”: “locus regit actum”

2. Lei do local do delito2. Lei do local do delito: “lex delicti commissi”: “lex delicti commissi”

3. Lugar da celebração do contrato3. Lugar da celebração do contrato: “lex loci celebrationis: “lex loci celebrationis

4. Autonomia da vontade4. Autonomia da vontade: “lex voluntatis”: “lex voluntatis”

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

Elemento de conexão quanto à Elemento de conexão quanto à açãoação

1. Lei de foro1. Lei de foro: “lex fori”: “lex fori”

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

Outros elementos de conexãoOutros elementos de conexão

-““lex monetae” lex monetae”

-““The proper law of the contract”The proper law of the contract”

-ReligiãoReligião

-- Tribo- Tribo

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Elementos de ConexãoElementos de Conexão

TerritorialidadeTerritorialidade::

É o regime de Direito Internacional Privado que É o regime de Direito Internacional Privado que determina a aplicação irrestrita da lei local, lei determina a aplicação irrestrita da lei local, lei

de foro, tomar em consideração a nacionalidade de foro, tomar em consideração a nacionalidade ou domicílio da pessoa.ou domicílio da pessoa.

Ex: Direito Internacional Privado Mexicana de Ex: Direito Internacional Privado Mexicana de 1926 e a Lei da Antiga União Soviética.1926 e a Lei da Antiga União Soviética.

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Elementos de Conexão quanto à Elementos de Conexão quanto à pessoapessoa

1. Nacionalidade das partes1. Nacionalidade das partes: “lex : “lex patrie”patrie”

Elemento de conexão que utiliza como critério a Elemento de conexão que utiliza como critério a nacionalidade.nacionalidade.

Ex: Antiga LICCEx: Antiga LICC

Art. 8ºArt. 8º: “A lei nacional da pessoa determina a : “A lei nacional da pessoa determina a capacidade civil, os direitos de família, as capacidade civil, os direitos de família, as

relações pessoais dos cônjuges e o regime de relações pessoais dos cônjuges e o regime de bens do casamento, sendo lícita quanto a este a bens do casamento, sendo lícita quanto a este a

opção pela lei brasileira”.opção pela lei brasileira”.

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Elementos de Conexão quanto à Elementos de Conexão quanto à pessoapessoa

2. Lei do domicílio2. Lei do domicílio: “lex domicilii”: “lex domicilii”Aplica-se a lei do local em que as partes Aplica-se a lei do local em que as partes

estejam domiciliadas.estejam domiciliadas.

O Brasil adota este critério.O Brasil adota este critério.]]

Ex: Art. 7º LICCEx: Art. 7º LICC: “A lei do país em eu for : “A lei do país em eu for domiciliada a pessoa determina as regras sobre domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a o começo e o fim da personalidade, o nome, a

capacidade e os direitos de família”.capacidade e os direitos de família”.

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Elementos de Conexão quanto à Elementos de Conexão quanto à coisacoisa

Lei do local da pessoaLei do local da pessoa: “locus : “locus personaepersonae” ” “mobilea sequuntum personam” “mobilea sequuntum personam”

É utilizada quando se tratar de bens móveis, É utilizada quando se tratar de bens móveis, baseada no princípio de que os bens móveis baseada no princípio de que os bens móveis seguem o proprietário ou seu possuidor seguem o proprietário ou seu possuidor submetendo-se à lei que o regulamenta.submetendo-se à lei que o regulamenta.

Ex: Ex: Art. 8º, § 1º LICC:Art. 8º, § 1º LICC: “Aplicar-se-á a lei do país “Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outro lugar”.destinarem a transporte para outro lugar”.

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Elementos de Conexão quanto à Elementos de Conexão quanto à coisacoisa

2. Lei da coisa2. Lei da coisa: “lex rei sitae” : “lex rei sitae” “lex “lex situs”situs”

Quando se discutem um problema de posse Quando se discutem um problema de posse ou de propriedade de bens imóveis. No ou de propriedade de bens imóveis. No mundo inteiro prevalece a noção que vigora a mundo inteiro prevalece a noção que vigora a lei do local em que o bem esteja situado.lei do local em que o bem esteja situado.

Ex: Código de Processo CivilEx: Código de Processo Civil

Art. 89 – compete à autoridade judiciária Art. 89 – compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasilsituados no Brasil.

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Elementos de Conexão quanto à Elementos de Conexão quanto à coisacoisa

3. Lei do pavilhão3. Lei do pavilhão::

Esse elemento de conexão leva em Esse elemento de conexão leva em consideração o local do registro aplicado a consideração o local do registro aplicado a navio e aeronave. Um navio e um avião navio e aeronave. Um navio e um avião segundo as convenções internacionais segundo as convenções internacionais devem ser registrados no registro devem ser registrados no registro competente de um país e depois no órgão competente de um país e depois no órgão internacional.internacional.

Ex: Art. 5º, § 1º CP.Ex: Art. 5º, § 1º CP.