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Direito Penal e Direito Penal Militar. Breve resumo e considerações. 1413 Direito Penal e Direito Penal Militar. Breve resumo e considerações. Concurso Analista MPU. 1- Observações importantes- Direito Penal. 3- Observações importantes- Direito Penal Militar. Material referente a aula de Analista do Ministério Público da União no Portal Ciclo: http://www.portalciclo.com.br/ver_outros_concursos.asp?cod=283 1- Observações importantes- Direito Penal. Dividimos o tema APLICAÇÃO NA LEI PENAL em DUAS ESPÉCIES: a) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO TEMPO; b) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO ESPAÇO. Dentre os PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL, temos o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE previsto na CONSTITUIÇÃO FEDERAL[1] e no CÓDIGO PENAL[2] e temos também o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, na verdade o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ao lado do PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE, são PRINCÍPIOS que se encontra DENTRO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, pois, temos que o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE apresenta 4 (quatro) desdobramentos: 1- a Lei Penal tem que ser ANTERIOR PRINCÍPÍO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL.

Direito Penal e Direito Penal Militar

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Direito Penal e Direito Penal Militar

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Direito Penal e Direito Penal

Militar. Breve resumo e

considerações. 1413

Direito Penal e Direito Penal Militar. Breve resumo e considerações. Concurso Analista

MPU.

1- Observações importantes- Direito Penal.

3- Observações importantes- Direito Penal Militar.

Material referente a aula de Analista do Ministério Público da União no Portal Ciclo:

http://www.portalciclo.com.br/ver_outros_concursos.asp?cod=283

1- Observações importantes- Direito Penal.

Dividimos o tema APLICAÇÃO NA LEI PENAL em DUAS ESPÉCIES:

a) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO TEMPO;

b) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO ESPAÇO.

Dentre os PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL, temos o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

previsto na CONSTITUIÇÃO FEDERAL[1] e no CÓDIGO PENAL[2] e temos também o

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, na verdade o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

ao lado do PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE, são PRINCÍPIOS que se encontra

DENTRO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, pois, temos que o PRINCÍPIO DA

LEGALIDADE apresenta 4 (quatro) desdobramentos: 1- a Lei Penal tem que ser ANTERIOR PRINCÍPÍO DA ANTERIORIDADE DA LEI

PENAL.

Ou seja, a LEI tem que ser ANTERIOR á

PRÁTICA DO CRIME

2- a Lei Penal tem que ser ESCRITA Significa que NÃO EXISTE COSTUME

INCRIMINADOR, ou seja, APENAS LEI pode

INSTITUIR (CRIAR) INFRAÇÕES PENAIS, os

COSTUMES tem duplo objetivo no DIREITO

PENAL:

a) ORIENTAR o CONGRESSO NACIONAL

para que o mesmo legisle em Direito Penal, p.ex.,

criação ou revogação de alguns crimes;

b) AUXILIA na INTERPRETAÇÃO DA LEI

PENAL, pois o DIREITO PENAL se utiliza de

alguns termos que necessitam ser interpretados a

luz dos COSTUMES, p.ex.: CRIMES CONTRA

A HONRA, ―Difamação. Art. 139 – Difamar

alguém, imputando-lhe fato ofensivo à

suareputação: Pena – detenção, de três meses a

um ano, e multa.‖, o termo REPUTAÇÃO deve

ser interpretado de acordo com os COSTUMES,

ou ainda ―Furto.Art. 155 – Subtrair, para si ou

para outrem, coisa alheia móvel: Pena –

reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º – A

pena aumenta-se de um terço, se o crime é

praticado durante o repouso noturno.‖, o termo

REPOUSO NOTURNO é DIFERENTE DE

NOITE, pois REPOUSO NUTORNO deve ser

interpretado de acordo com os COSTUMES. 3- a Lei Penal tem que ser ESTRITA Significa que apenas se admite ANALOGIA EM

DIREITO PENAL A FAVOR DO RÉU

(ANALOGIAIN BONAM PARTEM) e NUNCA

que PREJUDIQUE O RÉU (ANALOGIA IN

MALAM PARTEM). ANALOGIA é a

UTILIZAÇÃO de uma LEI para regular um

determinado tema na AUSÊNCIA DE LEI

(LACUNA)- INTEGRAÇÃO DA LEI PENAL.

P.ex.: funcionário público que solicita vantagem a

um particular para deixar de fazer determinado ato

de ofício, o funcionário público pratica

CORRUPÇÃO PASSIVA[3], pois o mesmo

SOLICITOU VANTAGEM, mas o particular NÃO

PRATICA CRIME, pois CORRUPÇÃO

ATIVA[4]dispõe ―Oferecer ou prometer

vantagem indevida‖, no caso os verbos (núcleos do tipo) não foram realizados, pois embora a

CONDUTA SEJA PARECIDA (ANÁLOGA),

prejudicaria o réu. Se admite-se ABORTO no caso

de ESTUPRO, art. 128, II, CP[5] a Lei Penal

NADA DISPÕE (LACUNA) sobre ESTIUPRO

DE VULNERÁVEL, mas por ANALOGIA IN

BONAM PARTEM admite-se também a realização

do Aborto.

4- a Lei Penal deve ser CLARA e OBJETIVA PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE.

Significa que a Lei Penal não pode gerar dúvidas

aos seus destinatários

OBS1. Quando em DIREITO PENAL se fala em LEI, devemos lembrar que temos

várias ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS previstas na CONSTITUIÇÃO

FEDERAL[6], dentre estas ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS apenas

algumas poderiam dispor e regular o Direito Penal: I – emendas à Constituição

II – leis complementares

III – leis ordinárias

OBS1. Após a EC N.45/04, podemos acrescentar TRATADOS INTERNACIONAIS.

Com relação ao tema, fugindo do Direito Penal, ver textos de LUIZ FÁVIO GOMES[7] e

VALÉRIO MAZZUOLI[8].

Com relação a APLICAÇÃO DA LEI PENAL, temos:

a) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO TEMPO= temos a REGRA, chamada de TEMPUS

REGIT ACTUM, ou seja, aplica a Lei Penal que esta em vigência. Desta regra temos

EXCEÇÃO: EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL, que significa aplicar uma Lei Penal fora do âmbito de sua

vigência, que se subdivide em duas ESPÉCIES:

1ª) RETROATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicação de uma LEI PENAL MAIS BENÉFICA

aos fatos ocorridos ANTES do período de sua vigência, com previsão na CONSTITUIÇÃO

FEDERAL (Art. 5º. XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;[9]) e no

CÓDIGO PENAL (Lei penal no tempo Art. 2º – Ninguém pode ser punido por fato que lei

posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da

sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único – A lei

posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que

decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984));

2ª) ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicação de uma LEI PENAL MAIS BENÉFICA,

JÁ REVOGADA a fatos ocorridos DURANTE O PERÍODO DE SUA VIGÊNCIA, ou seja, a

Lei Penal por ser MAIS BENÉFICA e devido ao fato de que o CRIME ter sido praticado

DURANTE O PERÍODO DE SUA VIGÊNCIA, terá seus efeitos refletidos, mesmo já revogada.

OBS1. A ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL não tem previsão EXPRESSA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL e nem no CÓDIGO PENAL, é CRIAÇÃO DOUTRINÁRIA

e também considerada como CLÁUSULA PÉTREA.

OBS2. Apenas falamos em EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL (RETROATIVIDADE

DA LEI PENAL e ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL[10]) se a LEI PENAL FOR MAIS

BEFÉFICA, portanto, LEI PENAL MAIS BEFÉFICA é um GÊNERO que se extra

DUAS ESPÉCIES: 1ª) Novatio Legis Mellius ou Lex Mitior É uma LEI PENAL MAIS BEFÉFICA que

AINDA CONSIDERA O FATO COMO CRIME,

mas BENEFIA O RÉU DE QUALQUER

FORMA, reduzindo a penal criando Direitos e

benefícios, etc.

2º) Abolitio Criminis É uma LEI PENAL MAIS BEFÉFICA que NÃO

MAIS CONSIDERA O FATO COMO CRIME,

portanto, REVOGA-SE O CRIME.

OBS1. Com relação ao PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

MAIS BENÉFICA, temos uma FLEBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA, pois mesmo que

já tivermos SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO (ou

não), a Lei Penal irá RETROAGIR.

OBS2. Com relação á LEI PENAL MAIS GRAVE (Lex Gravior ou Novatio Legis em

Pejus), trata-se de uma Lei Penal que DE QUALQUER FORMA prejudica o réu, ou

criando crimes, ou ainda aumentando a pena de crimes já existentes, reduzindo

Direitos e benefícios do réu, nestas hipóteses a LEI PENAL SERÁ IRRETROATIVA.

Ainda com relação a APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO, temos LEI PENAL

TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL e TEMPO DO CRIME.

Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Art. 3º – A

lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou

cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante

sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Lei excepcional É a Lei Penal que se aplica dentro de um TEMPO

EXCEPCIONAL, ou seja, dentro de um TEMPO

INDETERMINADO, como p.ex. uma determinada

Lei Penal aplicada DURANTE UM ESTADO DE

EMERGÊNCIA (ESTADO DE SÍTIO ou

ESTADO DE DEFESA), portanto, se um CRIME

FOR PRATICADO no período desse ESTADO DE

EMERGÊNCIA, mesmo quando esta termina,

aplicamos a LEI EXEPCIONAL.

Lei temporária É a Lei Penal que se aplica dentro de um TEMPO

PRÉ-DETERMINADO pelo Legislador, ou seja,

diversamente no exemplo acima, aqui o TEMPO é

estipulado na própria Lei, p.ex., 6 meses, 1 ano, 1

mês, etc, portanto, se um CRIME FOR

PRATICADO neste período, mesmo quando

termina o tempo pré-determinado, aplicamos a LEI

TEMPORÁRIA.

OBS1. Aplica-se a LEI EXEPCIONAL ou a LEI TEMPORÁRIA MESMO SENDO MAIS

GRAVE.

OBS2. A LEI EXEPCIONAL e a LEI TEMPORÁRIA são ULTRATIVAS, ou seja,

SERÃO APLICADAS aos FATOS OCORRIDOS DURANTE O PERÍODO DE SUA

VIGÊNCIA, mesmo que JÁ REVOGADAS.

OBS3. Com relação á RETROATIVIODADE, APENAS se aplica com relação á LEI

PENAL MAIS BENÉFICA, mas com relação a ULTRATIVIDADE pode-se aplicá-la em

casos de LEI PENAL MAIS GRAVE (A LEI EXEPCIONAL e a LEI TEMPORÁRIA, art.

3º, CP)

Com relação ao TEMPO e LUGAR DO CRIME, temos 3 (três) TEORIAS sempre

cobradas em Concursos Públicos.

TEMPO DO CRIME.

1- Teoria da Atividade Considera-se que o crime foi praticado no

MOMENTO da CONDUTA (AÇÃO OU

OMISSÃO)

2- Teoria do Resultado Considera-se que o crime foi praticado no

MOMENTO do RESULTADO (AÇÃO OU

OMISSÃO)

3- Teoria Mista ou da Ubiquidade Considera-se que o crime foi praticado no

MOMENTO da CONDUTA (AÇÃO OU

OMISSÃO) ASSIM COMO no MOMENTO

RESULTADO

Com relação ao TEMPO DO CRIME o CÓDIGO PENAL adota a TEORIA DA

ATIVIDADE:

Tempo do crime

Art. 4º – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o

momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

LUGAR DO CRIME.

1- Teoria da Atividade Considera-se que o crime foi praticado no

LUGAR da CONDUTA (AÇÃO OU OMISSÃO)

2- Teoria do Resultado Considera-se que o crime foi praticado no

LUGAR do RESULTADO (AÇÃO OU

OMISSÃO)

3- Teoria Mista ou da Ubiquidade Considera-se que o crime foi praticado no

LUGAR da CONDUTA (AÇÃO OU OMISSÃO)

ASSIM COMO no LUGAR DO RESULTADO

Com relação ao LUGAR DO CRIME, o CÓDIGO PENAL adota a TEORIA MISTA OU

DA UBIQUIDADE:

Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou

em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei

nº 7.209, de 1984)

OBS1. Em PROCESSO PENAL, como REGRA aplica-se a TEORIA DO

RESULTADO:

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,

no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

Portanto:

Tempo do Crime (DIREITO PENAL) TEORIA DA ATIVIDADE

Lugar do Crime (DIREITO PENAL) TEORIA MISTA OU DA UBIQUIDADE

Competência (PROCESSO PENAL) TEORIA DO RESULTADO (como REGRA[11])

b) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO ESPAÇO.

Ver ROGÉRIO SANCHES[12], mas em resumo temos que no BRASIL se aplica o

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE, ou seja: CÓGIGO PENAL, Art. 5º – Aplica-se a

lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito

internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº

7.209, de 1984). Portanto, ao CRIME PRATICADO NO BRASIL aplica-se a LEI

PENAL BRASILEIRA, uma questão de SOBERANIA (PRINCÍPIO DA

TERRITORIALIDADE).

OBS1. Em alguns concursos mais complicados, principalmente elaborados pela

CESPE-UNB, a resposta correta é a aplicação do PRINCÍPIO DA

TERRITORIALIDADE TEMPERADO, desde que existe esta alternativa, caso não

exista, a resposta correta seria simplesmente PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE.

Isso porque o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE tem EXCEÇÕES trazidas pelo

próprio art. 5º, CP, portanto não é m Princípio absoluto.

Portanto, temos 3 (três) EXCEÇÕES ou TEMPERAMENTOS AO PRINCÍPIO DA

TERRITORIALIDADE:

a- convenções, tratados e regras de direito internacional: portanto o DIREITO

INTERNACIONAL pode EXCEPCIONAR a regra de que o crime praticado no Brasil, aplica-se a

Lei Penal Brasileira, como p.ex. as Convenções de Viena da década de 60 que regulam as

imunidades diplomáticas e consulares dispondo que, mesmo que Diplomatas e Cônsules pratiquem

crimes no Brasil, aplicar-se-á a Lei de seu país de origem. Diplomatas, quaisquer crimes, Cônsules,

apenas crimes funcionais (relacionados á função) e que tenham sido praticados a Jurisdição do

Consulado.

b- imunidades parlamentares: previsão na CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas

opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)[13]. § 2º

Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo

em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro

horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a

prisão.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)[14]

c- extraterritorialidade: basta a leitura do art. 7º, CP, pois pouco cobrado[15] em Concursos

Público devido a muitos Tratados Internacionais terem alterados algumas festas regras do Código

Penal.

Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei

nº 7.209, de 1984)

I – os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de

Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída

pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de

1984)

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº

7.209, de 1984)

II – os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de

1984)

b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,

quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º – Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou

condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º – Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes

condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído

pela Lei nº 7.209, de 1984)

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela

Lei nº 7.209, de 1984)

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a

punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 3º – A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora

do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209,

de 1984)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

OBS1. TERRITÓRIO NACIONAL pode ser interpretado sob 3 (três) ESPÉCIES:

1- Território Nacional geográfico Espaço limitado nas fronteiras

2- Território Nacional por jurídico Mar (Mar Territorial- 12 milhas marítimas);

Solo ocupado pelo Estado;

Rios;

Lagos;

Mares interiores;

Golfos;

Baías;

Portos

3- Território Nacional equiparado ou por ficção

(alguns colocam dentro de Território Nacional

jurídico)

CÓDIGO PENAL. Territorialidade. Art. 5º. § 1º

– Para os efeitos penais, consideram-se como

extensão do território nacional as embarcações e

aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a

serviço do governo brasileiro onde quer que se

encontrem, bem como as aeronaves e as

embarcações brasileiras, mercantes ou de

propriedade privada, que se achem, respectivamente,

no espaço aéreo correspondente ou em alto-

mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Portanto[16]: a- aeronaves e navios Públicos (de guerra, em

serviço militar ou em serviço público

Aplica-se a LEI PENAL BRASILEIRA.

b- aeronaves e navios privados em mar

estrangeiro

Aplica-se a LEI ESTRANGEIRA

c- aeronaves e navios privados em mar territorial

brasileiro

Aplica-se a LEI PENAL BRASILEIRA.

d- aeronaves e navios privados em alto-mar Aplica-se a LEI DA ‗BANDEIRA‘ QUE

OSTENTA- PRINCÍPIO DA BANDEIRA ou

PRINCÍPIO DO PAVILHÃO

Demais temas constantes no edital, basta á leitura do CÓDIGO PENAL:

Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 8º – A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,

quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 9º – A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as

mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209,

de 11.7.1984)

I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II – sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único – A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209,

de 11.7.1984)

) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade

judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da

Justiça.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos

pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações

de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta

não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

OBS1. Quem HOMOLOCA SENTENÇA ESTRANGEIRA, após a EC N. 45/04 é o

STJ.

OBS2. PRAZO PENAL INCLUI O DIA DO INÍCIO E EXCLUI O DIA DO FINAL (dies ad

quem), pois é MSI BENÉFICP AO RÉU. Em PROCESSO PENAL EXCLUI O DIA DO

INÍCIO (dies a quo) e INCLUI O DIA DO FINAL (dies ad quem), não confundir. 2 O fato típico e seus elementos. 2.1 Crime consumado e tentado. 2.2 Pena da tentativa. 2.3

Concurso de crimes. 2.4 Ilicitude e causas de exclusão. 2.5 Excesso punível. 2.6 Culpabilidade. 2.6.1

Elementos e causas de exclusão.

Quem pretender certo aprofundamento sobre TEORIA DO CRIME, já tivemos a

oportunidade em escrever sobre o tema[17].

TEORIA DO CRIME: O PRIMEIRO ELEMENTO DO CRIME é o FATO TÍPICO:

1) FATO TÍPICO (modelo legal ou abstrato de conduta, refer-se ao que esta descrito na Lei, ―matar

alguém‖ p.ex.), e se compõe de 4 (quatro) ELEMENTOS:

a- conduta PRINCÍPIO DA EXTERIORIZAÇÃO, ou seja,

CONDUTA HUMANA ou CONDUTA DE PESSOA

JURÍDICA (STF e STJ).

A conduta pode ser:

1- conduta comissiva= realizada por uma AÇÃO, um

FAZER, como p.ex. ―matar‖, ―subtrair‖, ―falsificar‖,

etc;

2- conduta omissiva+ consubstanciada por um NÃO-

FAZER, uma OMISSÃO, que pode ser de duas

espécies:

2.1- conduta omissiva própria= se dá quando o

próprio fato típico já estabelece um ―deixar de fazer‖,

como p.ex.: Omissão de socorro. Art. 135 – Deixar

de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem

risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou

à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em

grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o

socorro da autoridade pública:

Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se

da omissão resulta lesão corporal de natureza grave,

e triplicada, se resulta a morte.

2.2- conduta omissiva imprópria= ou crimes

comissivos por omissão, verificada nas situações

onde o sujeito tem o DEVER DE AGIR, chamados

de GARANTE ou GARANTIDOR: Art.

13. Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984); § 2º - A omissão é penalmente

relevante quando o omitente devia e podia agir para

evitar o resultado. O dever de agir incumbe a

quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigação

de cuidado, proteção ou

vigilância;(Incluído pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Pessoas que a LEI

estabelece o DEVER DE

AGIR, pais em face dos

filhos menores, tutores em

face ao tutelados, curadores

me face dos curatelados,

funcionário do sistema

prisional em face do preso,

médicos, policiais, etc

b) de outra forma, assumiu

a responsabilidade de

impedir o

resultado;(Incluído pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

―de outra forma‖ significa

por NEGÓCIO JURÍDICO,

como p.ex. CONTRATO

de guarda-costas, salva-

vidas, etc

OBS1. Se o salva-vidas

for Membro do Corpo de

Bombeiros, aplica a alínea

―a‖

c) com seu comportamento

anterior, criou o risco da

ocorrência do

resultado.(Incluído pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Aqui o

COMPORTAMENTO

estabelece o DEVER DE

AGIR

OBS1. Para que ocorra responsabilidade penal nestas

hipóteses, necessário que o sujeito tenha O DEVER

DE AGIR (expostos acima) e que POSSA AGIR.

Dentro da conduta ainda temos a necessidade deque

esta seja:

1- voluntária: ou seja, que não tenha ocorrido ato

reflexo, coação física irresistível e nem hipnose, que

SÃO EXCLUDENTES DE TIPICIDADE;

2- consciente: ou seja, que não existe sonambulismo

(sono), tida como EXCLUDENTE DE

TIPICIDADE.

b- resultado É a conseqüência da prática do fato

c- nexo-causal Vínculo estabelecido entre conduta e resultado, o

CÓDIGO PENAL adota a TEROA DA

EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (TEORIA

DA CONDITIO SINE QUA NOM): Relação de

causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984) Art. 13 – O resultado, de que depende a

existência do crime, somente é imputável a quem lhe

deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a

qual o resultado não teria ocorrido.(Redação dada pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Tem EXCEÇÃO, que se adota a TEORIA DA

CAUSALIDADE ADEQUADA: Art. 13 -

Superveniência de causa independente(Incluído

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - A superveniência de causa relativamente

independente exclui a imputação quando, por si só,

produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,

imputam-se a quem os praticou.(Incluído pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984) d- tipicidade ou adequação típica Subsunção do fato a norma, ―encaixe‖ da conduta real

no fato típico (conduta abstrata)

Segundo elemento do CRIME: FATO ANTIJURÍDICO.

•A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico.

•Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei).

•É necessário também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, que viole bens

jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico.

ANTIJURIDICIDADE

CAUSAS EXCLUDENTES DA ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE – art. 23 do CP

LEGAIS

•Estado de necessidade;

•Legítima defesa.

•Estrito cumprimento de dever legal.

•Exercício regular de direito. Estado de necessidade

SUPRALEGAIS

• Consentimento do Ofendido

• ADPF n.º 54

OBS1. Consentimento do Ofendido[18]:

Estado de necessidade

Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual,

que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,

cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.

REQUISITOS

1)Existência de uma situação de perigo atual (ou iminente).

2)Ameaça a direito próprio ou de terceiro.

3)Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado.

4) Situação de perigo não causada voluntariamente pelo agente.

5) Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo.

6) Conhecimento da situação de fato justificante.

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE NECESSIDADE

A) quanto à titularidade do interesse protegido:

Estado de necessidade próprio – quando o agente salva direito próprio;

Estado de necessidade de terceiro – quando o agente salva direito de outrem;

B) quanto ao aspecto subjetivo do agente:

Estado de necessidade real – em que a situação de

perigo efetivamente está ocorrendo;

Estado de necessidade putativo – em que o agente incide em erro — descriminante putativa – a

situação de perigo é imaginária;

C) quanto ao terceiro que sofre a ofensa:

Estado de necessidade agressivo – caso em que a conduta do agente atinge direito de terceiro

inocente;

Estado de necessidade defensivo – caso em que o agente atinge direito de terceiro que causou ou

contribuiu para a situação de perigo.

Legítima defesa

Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Conceito

Legítima defesa é a repulsa a injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem,

usando moderadamente os meios necessários.

REQUISITOS:

1)Agressão injusta, atual ou iminente.

2)Direito próprio ou de terceiro.

3)Utilização dos meios necessários;

4)Utilização moderada de tais meios.

5)Conhecimento da situação de fato justificante.

FORMAS DE LEGÍTIMA DEFESA:

A) quanto à titularidade do interesse protegido:

Legítima defesa própria – quando a agressão injusta se voltar contra direito do agente;

Legítima defesa de terceiro – quando a agressão injusta ocorrer contra direito de terceiro);

B) quanto ao aspecto subjetivo do agente:

Legítima defesa real – quando a agressão injusta efetivamente estiver presente;

Legítima defesa putativa – que ocorre por erro — descriminante putativa – agressão injusta

imaginária;

C) quanto à reação do sujeito agredido:

Legítima defesa defensiva – quando o agente se limitar a defender-se da injusta agressão, não

constituindo, sua reação, fato típico;

Legítima defesa ofensiva – quando o agente, além de defender-se da injusta agressão, também

atacar o bem jurídico de terceiro, constituindo sua reação fato típico.

Legítima defesa subjetiva. É aquela em que ocorre o excesso por erro de tipo escusável. O

agente, inicialmente em legítima defesa, já tendo repelido a injusta agressão, supõe, por erro, que

a ofensa ainda não cessou, excedendo-se nos meios necessários. Exemplo largamente difundido

na doutrina é o do agente que, em face de injusta agressão, desfere golpe de faca no agressor, que

vem a cair. Pretendendo fugir, o agressor tenta levantar-se; pensando o agente que aquele

opressor intenta perpetrar-lhe nova agressão, desfere-lhe novas facadas, matando-o. Neste caso,

com a queda do agressor em virtude da primeira facada, já havia cessado a agressão injusta. O

agente, entretanto, por erro de tipo escusável, supõe que o agressor pretende levantar-se para

novamente atacá-lo, razão pela qual, agindo com excesso, mata-o com novas facadas.

Legítima defesa sucessiva. Ocorre a legítima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso. A

ação de defesa inicial é legítima até que cesse a agressão injusta, configurando-se o excesso a

partir daí. No excesso, o agente atua ilegalmente, ensejando ao agressor inicial, agora vítima da

exacerbação, repeli-lo em legítima defesa.

Legítima defesa recíproca. É aquela que ocorre quando não há injusta agressão a ser repelida,

uma vez que a conduta inicial do agente é ilícita. É a hipótese de legítima defesa contra legítima

defesa, que não é admitida no nosso ordenamento jurídico.

São chamadas ofendículas ou ofendículos asbarreiras ou obstáculos para a defesa de bens

jurídicos. Geralmente constituem aparatos destinados a impedir a agressão a algum bem jurídico,

seja pela utilização de animais (cães ferozes, por exemplo), seja pela utilização de

aparelhos ou artefatos feitos pelo homem (arame farpado, cacos de vidro sobre o muro, cerca

eletrificada, por exemplo). Parcela da doutrina distingue ofendícula de defesa mecânica

predisposta. As ofendículas são percebidas com facilidade pelas pessoas e não necessitam de

aviso quanto à sua existência.

Ex.: cacos de vidro sobre o muro, pontas de lança em uma grade, fosso etc. Já as defesas

mecânicas predispostas estão ocultas, ignoradas pelo suposto agressor, sendo necessário o aviso

quanto à sua existência. Ex.: cerca eletrificada, armadilhas em geral, arma oculta, cão feroz etc.

Estrito cumprimento do dever legal

Ocorre o estrito cumprimento do dever legal quando a lei, em determinados casos, impõe ao

agente um comportamento. Nessas hipóteses, amparadas pelo art. 23, III, do Código Penal,

embora típica a conduta, não é ilícita. Ex.: carrasco que executa a pena de morte; soldado que

mata o inimigo no campo de batalha; emprego de força (art. 284 CPP). Exercício regular de

direito Essa excludente da antijuridicidade vem amparada pelo art. 23, III, do Código Penal, que

emprega a expressão direito em sentido amplo. A conduta, nesses casos, embora típica, não será

antijurídica. Ex.: desforço imediato no esbulho possessório; retenção por benfeitorias; jus

corrigendi.

Excesso punível

Art. 23. (…) Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo

excesso doloso ou culposo.

TENTATIVA: o crime será tentado quando, iniciada a execução, o crime não se

consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente. Costuma-se utilizar o termo

latino conatus como sinônimo de tentativa: Art. 14 – Diz-se o crime: (Redação dada

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição

legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à

vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena

correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei

nº 7.209, de 11.7.1984).

Portanto O nosso Código Penal adotou a teoria objetiva, exigindo, para a ocorrência de

tentativa, início de atos de execução (art. 14, II, do CP). 3 Imputabilidade penal.

IMPUTABILIDADE PENAL esta DENTRO DE CULPABILIDADE ou FATO

CULPÁVEL:

Culpabilidade:

a- imputabilidade penal.

a.1- higidez mental: Inimputáveis

Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental

incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender

o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Redução de pena

Parágrafo único – A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de

perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era

inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a.2- maioridade penal.

Menores de dezoito anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às

normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 4 Concurso de pessoas.

CONCURSO DE PESSOAS: Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o

crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação

dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um

sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º – Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á

aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido

previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

OBS1. O CÓDIGO PENAL adota a TEORIA MONISTA, pois “- Quem, de qualquer

modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua

culpabilidade”.

OBS2. EXEPCIONALMENTE adota-se a TEORIA PLURALISTA, sendo que nesse

caso cada autor ou partícipe responde por crimes distintos, como p.ex. no caso de

aborto, corrupção, facilitação ao contrabando.

OBS1. O STF na AP N. 470 (“mensalão”) aplicou a TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO,

do DIREITO PENAL ALEMÃO que consiste em dizer, em suma, que partícipe não é

quem presta auxilio material ou moral ao autor (quem pratica a conduta típica),

ampliando o conceito de autor, sendo que autor é aquele que domínio do fato, ou seja,

quem tem em suas mãos o poder de interromper a consumação do crime.

5 Crimes contra a pessoa.

6 Crimes contra o patrimônio.

7 Crimes contra a fé pública.

8 Crime contra a administração pública.

9 Lei nº 8.072/1990 (delitos hediondos).

10 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal.

Aplicação dos PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, EXPRESSOS ou IMPLÍCITOS.

2- Observações importantes- Direito Penal Militar.

Estamos diante de um DIREITO PENAL ESPECIAL, ou seja, um DIREITO PENAL

APLICADO A CLASSE DE CIDADÃOS. Temos o CÓDIGO PENAL MILITAR, LEI

ESPECIAL.

1 Aplicação da lei penal militar.

Ao analisarmos o CÓDIGO PENAL MILITAR (DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE

OUTUBRO DE 1969.), dos artigos 1º até 0 8ª, segue o CÓDIGO PENAL, SALVO: Art. 7º Território nacional por extensão. 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como

extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob

comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente,

ainda que de propriedade privada

COM RELAÇÃO AO Tempo do crime: Tempo do crime

Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o

do resultado.

Lugar do crime

Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no

todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria

produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que

deveria realizar-se a ação omitida.

NO CPM:

a) – crimes comissivos: teoria da ubiquidade;

b) – crimes omissivos: teoria da atividade.

Portanto: Código Penal Militar adotou em relação ao lugar do crime UM SISTEMA

MISTO que engloba a teoria da atividade e a teoria da ubiqüidade.

jurisprudência do STM.

O art. 9º até o art. 28 temos ESPECIFICIDADES DO DIREITO PENAL MILITAR

Temos:

1) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ Art. 9º, CPM

2) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE

GUERRA

Art. 10, CPM

1) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

I – os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou

nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;

II – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal

comum, quando praticados:

a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou

assemelhado;

b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar,

contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;

c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em

formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou

reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)

d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou

reformado, ou assemelhado, ou civil;

e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração

militar, ou a ordem administrativa militar;

f) revogada. (Vide Lei nº 9.299, de 8.8.1996)

III – os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições

militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II,

nos seguintes casos:

a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;

b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou

assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de

função inerente ao seu cargo;

c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação,

exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;

d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza

militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública,

administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquêle fim, ou em obediência a

determinação legal superior.

Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos

contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de

ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 – Código

Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº 12.432, de 2011)

a) CRIME MILITAR- violação ao DEVER MILITAR e aos VALORES MILITARES.

b) TRANSGRESSÃO MILITAR, equivale a CONTRAVENÇÃO PENAL.

c) Critérios para distinção de CRIMES MILITARES:

a- “ratione materiae”= refere-se a dupla qualidade de militar- ato e agente;

b- “ratione personae”= sujeito ativo é militar;

c- “ratione loci”= lugar do crime, ou seja, lugar sob Administração Militar;

d- “ratione temporis”= crimes praticados em determinada época- TEMPO DE GUERRA

ou DURANTE MANOBRA OU EXERCÍCIOS:

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

II – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal

comum, quando praticados:

a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou

assemelhado;

b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar,

contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;

c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em

formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou

reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)

d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou

reformado, ou assemelhado, ou civil;

e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração

militar, ou a ordem administrativa militar;

É a LEI “ratione legis” que diz quais são os CRIMES MILITARES:

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

I – os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou

nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;

Portanto CPM utiliza TODOS os CRITÉRIOS.

d) classificação dos CRIMES MILITARES:

1- CRIME MILITAR PRÓPRIO ou CRIME

ESSENCIALMENTE MILITARES

São os CRIMES PROPRIAMENTE

MILITARES, que APENAS PODEM

SER PRATICADOS POR MILITARES,

critério PREVISTO EM LEI- CPM-

Exemplo: deserção

EXCEÇÃO, POIS PODE SER PRATICADO

POR CIVIL, MAS ESTA APENAS

DESCRITO NO CPM: Insubmissão. Art. 183.

Deixar de apresentar-se o convocado à

incorporação, dentro do prazo que lhe foi

marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes

do ato oficial de incorporação:

Pena – impedimento, de três meses a um ano.

2- CRIME MILITAR IMPRÓPRIO ou CRIMES

MILITARES POR COMPENSAÇÃO NORMAL

DA FUNÇÃO MILITAR

São os CRIMES previstos TANTO no CP como

no COM.

Exemplo: furto, homicídio.

3- CRIME MILITAR EM RAZAO DO DEVER Sem previsão no art. 9º, COM-

JURÍDICO DE AGIR JURISPRUDÊNCIA.

Crime praticado por MILITAR A PAISANA,

DE FOLGA E COM ARMAMENTO

PARTICULAR, comete o crime por TER SE

COLOCADO EM SERVIÇO- mesma figura do

GARANTE.

Art. 29. § 2º A omissão é relevante como causa

quando o omitente devia e podia agir para evitar

o resultado. O dever de agir incumbe a quem

tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou

vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a

responsabilidade de impedir o resultado; e a

quem, com seu comportamento anterior, criou o

risco de sua superveniência.

HC 6.558-3 MG do STF.

4- CRIMES ACIDENTALMENTE MILITARES São os CRIMES PRATICADOS POR CIVIL.

Insubmissão. Art. 183.

STF= Desacato a superior

Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a

dignidade ou o decôro, ou procurando deprimir-

lhe a autoridade:

Pena – reclusão, até quatro anos, se o fato não

constitui crime mais grave.

Agravação de pena

superior é oficial general ou comandante da

unidade a que pertence o agente.

Desacato a militar

Art. 299. Desacatar militar no exercício de

função de natureza militar ou em razão dela:

Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o

fato não constitui outro crime.

Desacato a assemelhado ou funcionário

2) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE GUERRA

Crimes militares em tempo de guerra

Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: RATIONE TEMPORIS

I – os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; RATIONE TEMPORIS

II – os crimes militares previstos para o tempo de paz; RATIONE LOCI

III – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal

comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente:

a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;

b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as

operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou

podem expô-la a perigo;

IV – os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código,

quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,

militarmente ocupado.

Militares estrangeiros

Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em

comissão ou estágio nas fôrças armadas, ficam

sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado

o disposto em tratados ou convenções

internacionais.

INTERCÂMBIO MILITAR

Equiparação a militar da ativa

Art. 12. O militar da reserva ou reformado,

empregado na administração militar, equipara-

se ao militar em situação de atividade, para o

efeito da aplicação da lei penal militar.

AO MILITAR INATIVO APLICA-SE A LEI

MILITAR

Militar da reserva ou reformado

Art. 13. O militar da reserva, ou reformado,

RESERVA MILITAR= situação temporária de

INATIVIDADE, mas COM alguns DEVERES;

conserva as responsabilidades e prerrogativas

do pôsto ou graduação, para o efeito da

aplicação da lei penal militar, quando pratica ou

contra êle é praticado crime militar.

REFORMA MILITAR= situação temporária de

INATIVIDADE, mas SEM alguns DEVERES

Defeito de incorporação

Art. 14. O defeito do ato de incorporação não

exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se

alegado ou conhecido antes da prática do crime.

CIVIL INCORPORADO PASSA A SER

MILITAR (disciplinas e hierarquia.).

DEFEITO (nulidade) do ATO DE

INCORPORAÇÃO não exclui a LPM, salvo se

for ALEGADO ou CONHECIDO ANTES DA

PRÁTICA DO FATO

Tempo de guerra

Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da

aplicação da lei penal militar, começa com a

declaração ou o reconhecimento do estado de

guerra, ou com o decreto de mobilização se

nêle estiver compreendido aquêle

reconhecimento; e termina quando ordenada a

cessação das hostilidades.

Crimes praticados em tempo de guerra

Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de

guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as

penas cominadas para o tempo de paz, com o

aumento de um têrço.

DECRETAÇÃO PELO PRESEIDENTE DA

REPÚBLICA

Causa de aumento de pena e aos CRIMES

MILITARES

Contagem de prazo

Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia

do comêço. Contam-se os dias, os meses e os

anos pelo calendário comum.

IGUAL O CP;

DIFERENTE DO CP: Contam-se os dias, os

meses e os anos pelo calendário comum.

Art. 18. Ficam sujeitos às disposições dêste

Código os crimes praticados em prejuízo de país

em guerra contra país inimigo do Brasil:

REFORÇA A JURISDIÇÃO BRASILEIRA.

I – se o crime é praticado por brasileiro;

II – se o crime é praticado no território

nacional, ou em território estrangeiro,

militarmente ocupado por fôrça brasileira,

qualquer que seja o agente.

Infrações disciplinares

Art. 19. Êste Código não compreende as

infrações dos regulamentos disciplinares.

SÃO INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS, aplica-

se outra Lei

DEMAIS ARTIGOS, apenas ler:

Assemelhado

Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do

Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou

regulamento.

Pessoa considerada militar

Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer pessoa que, em

tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para nelas servir em pôsto,

graduação, ou sujeição à disciplina militar.

Equiparação a comandante

Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, tôda

autoridade com função de direção.

Conceito de superior

Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sôbre outro de igual pôsto ou

graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.

Crime praticado em presença do inimigo

Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de

efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade.

Referência a ―brasileiro‖ ou ―nacional‖

Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a ―brasileiro‖ ou ―nacional‖, compreende as pessoas

enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil.

Estrangeiros

Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os apátridas e

os brasileiros que perderam a nacionalidade.

Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar

Art. 27. Quando êste Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação,

os juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Militar.

Casos de prevalência do Código Penal Militar

Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares,

definidos neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis.

2 Crime.

Mesmas Teorias do CP.

Distinções:

Art. 30. Pena de tentativa

Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena

correspondente ao crime, diminuída de um a

dois terços, podendo o juiz, no caso de

excepcional gravidade, aplicar a pena do crime

consumado.

Podendo o juiz, no caso de excepcional

gravidade, aplicar a pena do crime consumado.

STM- tentativa de homicídio e roubo.

3 Imputabilidade Penal.

Igual CP.

Arts. 50, 51 2 52. REVOGADO PELA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL. ART. 228.

4 Concurso de agentes.

Igual CP.

5 Penas principais.

Art. 55. As penas principais são:

a) morte;

b) reclusão;

c) detenção;

d) prisão;

e) impedimento;

f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função;

g) reforma.

Pena de morte

Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento. Arts 707 e 708, CPPM.

OBS1.

Art. 59 – A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em

pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº

6.544, de 30.6.1978)

I – pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;

II – pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam

cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos.

Art. 61 – A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em

penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou

detento sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões,

também, poderá gozar. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)

6 Penas acessórias.

Art. 98. São penas acessórias:

I – a perda de pôsto e patente;

II – a indignidade para o oficialato;

III – a incompatibilidade com o oficialato;

IV – a exclusão das fôrças armadas;

V – a perda da função pública, ainda que eletiva;

VI – a inabilitação para o exercício de função pública;

VII – a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;

VIII – a suspensão dos direitos políticos.

7 Efeitos da condenação.

Obrigação de reparar o dano

Art. 109. São efeitos da condenação:

I – tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;

Perda em favor da Fazenda Nacional

II – a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de

terceiro de boa-fé:

a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,

uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido

pelo agente com a sua prática.

8 Ação penal.

DA AÇÃO PENAL

Propositura da ação penal

Art. 121. A ação penal sòmente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público

da Justiça Militar.

Dependência de requisição

Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o agente for

militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério Militar a que aquêle

estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente fôr civil e não houver co-

autor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.

- AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (REGRA)

- AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA (EXCEÇÃO).

NÃO CABE AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA. (NENHUMA AÇÃO PENAL

PRIVDA!).

9 Extinção da punibilidade.

Ler art. 125- PENA DE MORTE PRESCREVE EM 30 ANOS.

10 Crimes militares em tempo de paz.

Livro I - DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ

Crimes contra a autoridade ou disciplina militar.

Título II - DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR

Crimes contra o serviço e o dever militar.

Título III - DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR

Crimes contra a Administração Militar.

Título VII - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR