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Figura 1retirada de: http://a406.idata.over-blog.com/500x403/2/20/64/66/Cours-histoire/2nde/Prise-de-la-Bastille.jpg Sumário Teoria geral da parte especial ........................................................................ 2 Iluminismo ................................................................................................ 2 Partes ......................................................................................................... 3 Bem jurídico .............................................................................................. 3 Ultima ratio ............................................................................................... 3 Principio da proporcionalidade ................................................................. 4 Tipos .......................................................................................................... 4 Pena ........................................................................................................... 5 Figuras simples ...................................................................................... 5 Qualificadora/privilégio ........................................................................ 5

Direito Penal Parte Especial - Navarro

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Caderno de Direito Penal, parte especial I, do Doutrinador Felipe Navarro

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  • Figura 1retirada de: http://a406.idata.over-blog.com/500x403/2/20/64/66/Cours-histoire/2nde/Prise-de-la-Bastille.jpg

    Sumrio

    Teoria geral da parte especial ........................................................................ 2

    Iluminismo ................................................................................................ 2

    Partes ......................................................................................................... 3

    Bem jurdico .............................................................................................. 3

    Ultima ratio ............................................................................................... 3

    Principio da proporcionalidade ................................................................. 4

    Tipos .......................................................................................................... 4

    Pena ........................................................................................................... 5

    Figuras simples ...................................................................................... 5

    Qualificadora/privilgio ........................................................................ 5

  • O homicdio ................................................................................................... 5

    Bem jurdico afetado ................................................................................. 5

    Comeo/fim ............................................................................................... 6

    Na lei ......................................................................................................... 6

    Homicdio simples, 4 e 6 ............................................................... 6

    Privilgio ............................................................................................... 8

    Homicdio qualificado ........................................................................... 8

    Feminicidio ............................................................................................ 9

    Homicdio culposo .............................................................................. 11

    Suicido ......................................................................................................... 12

    Infanticdio .................................................................................................. 13

    Beccaria ................................................................................................... 13

    Vida extrauterina ................................................................................. 13

    No conta ................................................................................................. 14

    Relembrando teorias monista e dualista .............................................. 15

    Manual utilizado .......................................................................................... 15

    Teoria geral da parte especial

    Iluminismo Vamos falar dos fascnios do iluminismo

    A. O iluminismo tinha um fetiche por sistematizao e codificao.

    B. Tambm o tinha por racionalidade.

    C. Alm de ter por igualdade, liberdade, razo, etc.

    D. Somasse tudo e voc tem a ideia de um cdigo penal, sistematizado,

    igualitrio e visando a racionalidade e transgeracionismo1.

    1 Fe... Eu quis dizer que o Direito mantm seu vigor para alm da gerao que o criou.

  • Em 1830 temos um cdigo penal segundo a racionalidade iluminista.

    Aps este temos vrios cdigos penais sistematizados at chegarmos no

    cdigo de 1940/85 que se divide em Parte Geral e Parte Especial.

    Partes Na parte geral temos as normas de determinao de validade, que visam

    regulamentar as normas da parte especial visando a sua aplicao (dizendo

    a possibilidade de imputao, os tipos de penas, etc.).

    Na parte especial temos normas de determinao compositiva. Elas

    preveem um comportamento procedido de uma sano, ou seja, um tipo

    penal. O princpio por trs dessa parte o da legalidade.

    O curioso que a parte dogmtica (geral) predomina sobre a parte de

    poltica criminal (especial). Esta parte trata daquilo que so os valores mais

    importantes da comunidade; aqui que o legislador decide o que deve ser

    ou no crime.

    A parte dogmtica tende a ser a mesma de pas (democrtico) para pas;

    sendo que a parte especial varia conforme cada pas. Isso visto, por

    exemplo, em onde voc posiciona o homicdio no seu cdigo penal, se voc

    o pe no comeo do cdigo, voc valoriza o ser humano, pondo-o como

    centro do Direito; se voc posiciona em primeiro lugar a defesa do

    Estado, voc valoriza a ordem poltica para alm do ser humano.

    Bem jurdico No cdigo voc observa que ele comea estabelecendo um dado bem

    jurdico no ttulo, depois ele especfica esse bem jurdico genrico.

    Ultima ratio O Direito penal s legitimo doutrinariamente quando ele for a ultima

    ratio na resoluo de conflitos. Lembrando sempre que o Direito s protege

    os bens jurdicos de certas maneiras; por exemplo: a vida (bem jurdico

    protegido pelo Direito penal) protegida contra a violncia (injustificada)

    de outrem, mas o Direito penal no protege a vida contra doenas ou

    suicdio.

  • Principio da proporcionalidade Esse aparece em demasia na parte especial. J que a pena um fator

    de diagnstico relevante, de modo que ela estabeleceria a gravidade do

    delito e a relevncia do bem jurdico. Todavia isso valido quando

    pensamos na ideia de retribuio; se considerarmos o fator intimidao,

    teremos penas maiores para delitos mais comuns (no necessariamente os

    mais graves).

    bvio que o cdigo uma mula, de modo que crimes como roubo

    tm penas superiores reduo a condio anloga de escravo.

    Tipos Eles podem ser divididos em:

    A. Objetivo

    a. Elementos objetivos descritivos no acarretam maiores

    dificuldades de interpretao. Exemplo: matar algum.

    b. Elementos objetivos normativos: so aqueles em que o tipo

    penal se utiliza de conceitos cujo significado s pode ser

    compreendido por meio da remisso ao Direito no penal, ou,

    por conceitos consolidados no mbito social. Exemplo:

    subtrair para si ou para outrem coisa alheia mvel (existe a

    mobilidade pautada na ideia de facticidade; ou posso seguir a

    lgica do Direito Civil). Alis, no fundo, todos os elementos

    tem um grau de normatividade.

    i. Por exemplo: matar algum em um pas escravocrata

    no to bvio.

    c. Elementos objetivos pessoais: circunscrevem um tipo de autor

    especfico dizendo quem pode cometer o delito. Consideram a

    condio particular da pessoa.

    d. Elementos de valorao geral do injusto: a conduta s

    criminosa quando praticada sem as hipteses que a

    autorizariam; elas visam evitar antinomias no Direito penal.

    Exemplo: invaso indevida de correspondncia.

    e. Normas penais em branco: so uma das espcies de

    acessoriariedade do tipo objetivo em que o tipo s ganha

    contedo quando h acoplagem de normas administrativas que

    definem o mbito de aplicao da norma penal.

  • B. Subjetivo

    a. Sujeito agir com dolo ou culpa: sempre que o legislador nada

    diz, o crime s punvel com dolo.

    b. Elementos subjetivos especiais: so elementos que exigem

    uma pretenso predefinida do autor do ato para que ele seja

    crime. Exemplo: expor ou abandonar recm-nascido para

    ocultar deshonrramento.

    Pena

    Figuras simples

    As figuras simples so aquelas que vemos mais comumente no

    calculo da pena.

    Qualificadora/privilgio

    A qualificadora gera um novo tipo de modo a mudar o calculo bsico

    da pena.

    O privilgio: basicamente aqui so apresentadas como mecanismos

    de reduo de pena.

    O homicdio

    Bem jurdico afetado O homicdio o crime rei, ele atinge o principal bem jurdico

    existente: a vida.

  • Comeo/fim A vida comea com a respirao (at a dcada de 90); hoje (para o

    Direito) a vida comea com o inicio do parto (inicio das

    contraes/rompimento da bolsa amnitica) e acaba com a morte cerebral.

    A lei que define quando h morte, transferncia de rgos, a lei 9.434/97.

    Na lei

    Homicdio simples, 4 e 6

    O homicdio simples apenas um ponto de partida, sendo que a

    quantidade de qualificadoras, etc. to imensa que ele no ocorre na

    realidade.

    Art. 121. Matar algum:

    Pena - recluso, de seis a vinte anos.

    Aumento da pena pela idade

    4o No homicdio culposo, a pena aumentada de 1/3 (um tero), se o

    crime resulta de inobservncia de regra tcnica de profisso, arte ou

    ofcio, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro vtima, no

    procura diminuir as conseqncias do seu ato, ou foge para evitar priso

    em flagrante. Sendo doloso o homicdio, a pena aumentada de 1/3

    (um tero) se o crime praticado contra pessoa menor de 14

    (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redao dada pela Lei n

    10.741, de 2003).

    Vida

    Intrauterina: ela "protegida"pela figura do aborto.

    Extra uterina: ela "protegida" pela figura do homicdio, induzimento ao

    sucido; e infanticidio.

  • A pessoa precisa saber se contra quem ela comete o crime est na

    faixa etria para esse aumento ser justificado?

    Sim, ele tem de saber.

    No ele no precisa.

    Talvez sim, nos casos limites...

    Todo tipo penal tem duas dimenses: uma objetiva e uma subjetiva.

    No crime de homicdio temos a perspectiva objetiva de matar algum, na

    perspectiva subjetiva temos a ideia de dolo.

    O dolo tem dois elementos: conhecimento (elemento cognitivo) e

    vontade (elemento volitivo). O conhecimento a mesma coisa que a pessoa

    tem vontade de ter/fazer; essa vontade a execuo dos elementos

    objetivos do tipo, os quais ele conhece. Se o sujeito mata algum que ele

    no quer, cai o elemento cognitivo e cai o dolo.

    Voltando para o caso: na violao do art. 121 4 se est no mbito

    do conhecimento do autor a noo de idade da pessoa; a pessoa age com

    dolo, a pessoa age segundo o conhecimento do tipo e a vontade de viola-lo,

    logo h dolo. Todavia h situaes limites em que a pessoa no tinha como

    saber com certeza a idade, logo o que ocorre dolo eventual.

    Existem situaes fticas que so to evidentes que existe dolo,

    pouco importando a subjetividade. No fundo o dolo menos um elemento

    objetivo e mais um elemento de imputao: eu espero que o indivduo no

    aja de determinada maneira e saiba que no pode agir assim e dane-se a

    cabea do cara2. Portanto no posso imputar a culpa.

    No caso do 4 dolo est aqui menos como querer e mais como

    possibilidade de previso.

    o 6o A pena aumentada de 1/3 (um tero) at a metade se o crime for praticado por milcia privada (Salvo engano meu, aqui

    se incluem os skin heads), sob o pretexto de prestao de servio

    de segurana, ou por grupo de extermnio. (Aqui aplica-se o

    2 Cabea do juiz.

  • aumento de pena para formao de milcia) (Includo pela Lei

    n 12.720, de 2012)

    Privilgio 1 Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor

    social ou moral, ou sob o domnio de violenta emoo, logo em seguida a

    injusta provocao da vtima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a

    um tero.

    Temos trs hipteses subjetivas de casos de diminuio de pena.

    Relevante valor social, moral, domnio de violenta emoo seguida de

    provocao da vtima.

    Homicdio qualificado 2 Se o homicdio cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por

    outro motivo torpe;

    II - por motivo futil;

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia

    tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa

    resultar perigo comum;

    IV - traio, de emboscada, ou mediante dissimulao

    ou outro recurso que dificulte ou torne impossvel defesa

    do ofendido;

    V - para assegurar a execuo, a ocultao, a impunidade

    ou vantagem de outro crime:

    Pena - recluso, de doze a trinta anos.

    Imaginemos um homicdio em que o marido mata a esposa por

    cime. Antigamente havia a legitima defesa da honra, o que um absurdo

    hoje. Todavia podemos imaginar o cime como:

    1. Motivo ftil.

    2. Algo que ocorreu em um momento de violenta emoo sobre

    provocao da vtima.

    Eu tenho que imaginar que todas as hipteses de privilgio so, se eu

    fao essa listagem e a qualificadora/privilegiadora no ocorre, tudo certo.

    possvel que o crime seja qualificado e privilegiado ao mesmo tempo... S

  • que a lei dos crimes hediondos (sendo a lei dos crimes hediondos) criou um

    problema3:

    Seria o homicdio privilegiado/qualificado hediondo?

    Sim: resposta positiva legalista.

    Na verdade, com essa discusso, surgiu um sentimento de que

    o crime hediondo um absurdo em termos lingusticos (pois

    todo o crime hediondo, se no fosse hediondo no seria

    defendido pelo Direito); sendo que aqui hediondo visto

    como aquilo que gera mais repulsa. Sendo que essa sensao

    encontra sua verso analgica no art. 67.

    Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve

    aproximar-se do limite indicado pelas circunstncias

    preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos

    motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da

    reincidncia. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984).

    Por analogia a clausula de preponderncia seria a que diz

    respeito aos motivos determinantes dos crimes. No caso do

    homicdio privilegiado qualificado, como o privilegio diz

    respeito aos motivos determinantes, eu retiro o carter de

    hediondez. Esse processo legislativo e essa situao das

    ementas parlamentares dentro do processo legislativo

    relevantssima, o momento em que

    Logo, na hora da prova, faa uma analogia do art. 67 da lei dos

    crimes hediondos com o 1 e 2 do CP Tudo isso acima independe de

    termos mais de uma qualificadora.

    Feminicidio

    O feminicidio trata de uma qualificadora mais subjetiva que objetiva.

    H uma questo de intolerncia da qual deriva a morte da mulher. Temos

    alguns fatos a serem considerados aqui.

    1. Nos ltimos 10 anos cerca de 44.000 mulheres vtimas de homicdio;

    nesses dez anos temos uma mdia de 60.000 homicdios por ano.

    Logo temos 44.000 mulheres mortas de 600.000 homicdios, sendo

    que esse nmero no chega a 10%.

    3 Alis, vamos falar de um dos de n problemas dela: ela, originalmente, no tinha o homicdio.

  • 2. Mesmo que o feminicidio no fosse tipificado, teramos homicdio;

    sendo que o feminicidio qualificadora nessa situao.

    3. Junte tudo e temos: porque vamos criar esse tipo de criminalizao?

    a. Para facilitar a criao de estatsticas; o que a lei da penha j

    permitia.

    b. Para que o sistema criminal assuma uma funo simblica de

    incentivar o combate da prtica. Todavia a especificidade

    simblica uma das piores coisas que existem; sua

    simbolizao mostra que ele promete algo que ele no cumpre.

    c. Alm disso, essa criminalizao tira de foco as melhores

    polticas pblicas que devem ser adotadas (como criao de

    delegacia das mulheres). Assim lavam-se as mos, se esquece

    do problema, e gera-se mais violncia. O feminicida que vai

    cair sobre essa pena ser o mesmo de sempre.

    Como o nosso judicirio tem tendncia a objetificao, ns

    acabaremos criando o feminicidio como crime cometido contra mulher.

    Art. 121: matar algum:

    o 2 Se o homicdio cometido:

    V - para assegurar a execuo, a ocultao, a

    impunidade ou vantagem de outro crime: Feminicdio

    (Includo pela Lei n 13.104, de 2015).

    VI - contra a mulher por razes da condio de sexo

    feminino: (Includo pela Lei n 13.104, de 2015)

    2o-A Considera-se que h razes de

    condio de sexo feminino quando o crime

    envolve: (Includo pela Lei n 13.104, de

    2015)

    o I - violncia domstica e familiar;

    (Includo pela Lei n 13.104, de 2015)

    o II - menosprezo ou discriminao

    condio de mulher. (Includo pela Lei

    n 13.104, de 2015

    o 7o A pena do feminicdio aumentada de 1/3 (um tero) at a

    metade se o crime for praticado: (Includo pela Lei n 13.104,

    de 2015)

    I - durante a gestao ou nos 3 (trs) meses posteriores

    ao parto; (Includo pela Lei n 13.104, de 2015)

  • II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior

    de 60 (sessenta) anos ou com deficincia; (Includo

    pela Lei n 13.104, de 2015)

    III - na presena de descendente ou de ascendente da

    vtima. (Includo pela Lei n 13.104, de 2015)

    Homicdio culposo

    A culpa consiste na inobservncia de um dever de cuidado

    (negligencia, imprudncia, impercia).

    o 3 Se o homicdio culposo: (Vide Lei n 4.611, de 1965)

    Pena - deteno, de um a trs anos.

    o 4 No homicdio culposo, a pena aumentada de 1/3 (um tero), se o crime resulta de inobservncia de regra tcnica de

    profisso, arte ou ofcio (Primeiro caso), ou se o agente deixa

    de prestar imediato socorro vtima (Segundo caso: aqui se

    aplica o aumento de pena e no o crime especfico de

    omisso de socorro), no procura diminuir as conseqncias

    do seu ato, ou foge para evitar priso em flagrante (Terceiro

    caso: ora, ningum deve produzir provas contra si mesmo e,

    como essa figura seria auto incriminadora, essa

    coisa inconstitucional e

    no vale mais no Direito

    atual; talvez o que o

    legislador pensasse que

    no necessrio prestar

    auxilio vtima, mas sim

    ligar para o samu; todavia

    a criatura est com tanto

    medo de produzir provas

  • contra s, que poderia

    acabar fazendo-o4.

    However Isso incentiva a

    pessoa a fugir do local). Sendo doloso o homicdio, a pena aumentada de 1/3 (um tero) se

    o crime praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou

    maior de 60 (sessenta) anos. (Redao dada pela Lei n

    10.741, de 2003).

    Observao: o homicdio culposo praticado na direo de veculo

    automotor prevista no Cdigo de Transito Brasileiro.

    H situaes de crime culposo em que nem se abre processo:

    o 5 - Na hiptese de homicdio culposo (S desse tipo), o juiz poder deixar de aplicar a pena, se as conseqncias da

    infrao atingirem o prprio agente de forma to grave que a

    sano penal se torne desnecessria (Se extingue a

    punibilidade, todavia raramente se instauram aes para esses

    tipos de casos). (Includo pela Lei n 6.416, de 24.5.1977).

    Observao: crimes de homicdio culposo no entram no tribunal do

    jri. S doloso ou preterdoloso (quando o resultado do crime

    extrapola o objetivo original desejado).

    Suicido Art. 122 Induzir (Fazer nascer uma ideia) ou instigar (Incentivar) algum a

    suicidar-se ou prestar-lhe auxlio para que o faa:

    o Pena - recluso, de dois a seis anos, se o suicdio se consuma; ou

    recluso, de um a trs anos, se da tentativa de suicdio resulta leso

    corporal de natureza grave (Sem nem uma [morreu], nem a outra

    [leso corporal grave] condio ocorrerem, no h tipicidade).

    o Pargrafo nico - A pena duplicada:

    I - se o crime praticado por motivo egostico (Pode ser

    cosniderado torpe tambm);

    4 Foi um debate em aula... Foi mal se ficou esquisito esse .

  • II - se a vtima menor ou tem diminuda, por qualquer causa, a

    capacidade de resistncia (Exemplo: pessoa alienada

    mentalmente, idade entre 14 a 18 anos).

    Se voc mesmo executou, mesmo que a pessoa tenha pedido, voc

    comete um homicdio e ponto.

    Infanticdio Aqui temos um crime cometido pela me contra o prprio filho

    sobestado puerperal (no perodo de alguns dias pr-parto para algumas

    semanas ps-parto). Esse crime (segundo a opinio do professor) um

    crime privilegiado e no uma figura autnoma.

    Art. 123 - Matar, sob a influncia do estado puerperal, o prprio filho, durante

    o parto ou logo aps:

    o Pena - deteno, de dois a seis anos.

    Beccaria Antigamente o infanticdio estava relacionado a uma questo de

    honra. Pensava-se que a mulher matava a cria, pois essa seria fruto de um

    relacionamento adultero.

    Beccaria diz que o infanticdio em sua poca era gerado em uma

    situao problemtica para a me. De um lado tinha-se o amor maternal

    pela cria; do outro tnhamos a represso social. Essa questo problemtica

    considerada para a reduo da pena.

    Depois a questo social do infanticdio foi superada pela questo

    biolgica. O que ocorre que no perodo de dias antes do parto h algumas

    semanas depois do parto a me tem uma reao psicolgica em que ela

    pode se rebelar contra a cria.

    Vida extrauterina

    A vida extrauterina protegida pelo Direito penal no incio do

    parto. Logo, aps o incio do parto que se tem infanticdio, se excluindo a

    perspectiva de aborto (crime que ocorre antes do rompimento da bolsa

    amnitica).

  • No conta S infanticdio quando a me mata o prprio filho. Logo no

    infanticdio se a me mata o filho de outra (mas pode haver caso ela mate o

    filho de outra pensando ser o seu entre outras circunstancias de novela).

    Caso a me pea ajuda a outrem para matar o filho h concurso de

    pessoas?

    A gestante e outrem respondem pelo crime infanticdio

    conforme o art. 30.

    ESSA A SOLUO MAIS LGICA DENTRO DA

    NOSSA DOGMTICA. 95% DOS MANUAIS

    ADOTAM ISSO.

    O problema que ela causa uma espcie de mal estar:

    emprestar a condio biolgica que porr@ essa!

    Assim voc tambm permite que o pai se aproveite da

    situao da me.

    Se a me quer matar o filho, d a chave do quarto para

    outrem que vai l e mata, ela culpada por homicdio.

    Logo valia mais a pena ela mesma ter matado a criana.

    No responde j que o infanticdio estaria na categoria dos

    crimes prprios ou especiais (exigem condies especiais

    medico que no notifica a doena, etc.). Os crimes especiais se

    justificam na sua especificao de autoria, pois os autores

    desse tipo de crime teriam um vinculo jurdico particular que

    justificaria sua situao e dever especiais.

    Eles aumentam a pena, no diminuem (geralmente).

    Se o artigo 30 se refere a crimes especiais condio

    especial vai para outrem.

    O infanticdio um crime formalmente autnomo, mas

    materialmente ele no (ele deve ser visto como um

    privilgio).

    Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redao dada pela Lei n 7.209, de

    11.7.1984).

    Logo, segundo a opinio do professor, temos um crime de homicdio em

    que a condio especfica da autora no se comunica, pois o infanticdio

    no um delito especial materialmente.

  • Relembrando teorias monista e dualista

    1. Monista: todo mundo autor.

    a. Aqui temos uma teoria da causalidade que a teoria da

    equivalncia das condies (o que causa o resultado).

    b. Isso leva um regresso ao infinito (tudo causa e eu devo

    imaginar as causas juridicamente relevantes). Ela indica

    que todos so autores.

    i. Para concertar essa tese se estabelece o art. 30.

    2. Dualista: existem autores e participes.

    a. Ela tem o problema de definir quem autor (em geral ele

    quem realiza o verbo do tipo).

    b. E de definir o participe (auxilia o verbo do tipo).

    c. S autor quem une as condies principais.

    Manual utilizado BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, 2: parte

    especial dos crimes contra a pessoa. 15 ed. So Paulo: Saraiva, 2015.

    Teoria geral da parte especialIluminismoPartesBem jurdicoUltima ratioPrincipio da proporcionalidadeTiposPenaFiguras simplesQualificadora/privilgio

    O homicdioBem jurdico afetadoComeo/fimNa leiHomicdio simples, 4 e 6 PrivilgioHomicdio qualificadoFeminicidioHomicdio culposo

    SuicidoInfanticdioBeccariaVida extrauterina

    No contaRelembrando teorias monista e dualista

    Manual utilizado