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Aula 00 Direito Previdenciário (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Técnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Ali Mohamad Jaha Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

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Direito Previdenciario para INSS

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Direito Previdenciaacuterio (Prof Ali Jaha) p INSS - Teacutecnico de Seguro Social - Comvideoaulas - 2016

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Tema AULA DEMONSTRATIVA

Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

Sumaacuterio Paacutegina Saudaccedilotildees Iniciais --- 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito --- 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e noBrasil

---

03 Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil --- 04 Seguridade Social --- 05 Financiamento da Seguridade Social ndash ParteConstitucional

---

06 Sauacutede --- 07 Previdecircncia Social --- 08 Assistecircncia Social --- 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e daPrevidecircncia Social

---

10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas --- 11 Resumex da Aula --- 12 Questotildees Comentadas --- 13 Questotildees Sem Comentaacuterios --- 14 Gabarito das Questotildees ---

Observaccedilatildeo importante Este curso eacute protegido por direitos autorais (copyright) nos termos da Lei nordm 96101998 que altera atualiza e consolida a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos =)

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Apresentaccedilatildeo

Olaacute Concurseiro

Meu nome eacute Ali Mohamad Jaha Engenheiro Civil de formaccedilatildeo Especialista em Administraccedilatildeo Tributaacuteria e em Gestatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010

Venho ministrando cursos de Direito Previdenciaacuterio Legislaccedilatildeo

Previdenciaacuteria Legislaccedilatildeo da Sauacutede Legislaccedilatildeo Especiacutefica eou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparaccedilatildeo para carreiras puacuteblicas no qual se encontrou ou ainda se encontram disponiacuteveis os seguintes cursos 01 Direito Previdenciaacuterio p RFB

02 Direito Previdenciaacuterio p Analista Judiciaacuterio (STJ)

03 Questotildees Comentadas de Direito Previdenciaacuterio p ATAMF

04 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB ATRFB e ATA - 2ordf Turma - 20122012

05 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 1ordf Turma - 20122012

06 Direito Previdenciaacuterio p AJAJTRF-5

07 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2012

08 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p ATPS-MPOG

09 Legislaccedilatildeo da Sauacutede p ATPS-MPOG

10 Legislaccedilatildeo da Assistecircncia Social p ATPS-MPOG

11 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB e ATRFB - 3ordf Turma - 20132013

12 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 2ordf Turma - 20132013

13 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Noccedilotildees)

14 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p SERPRO

15 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Curso Complementar p Especialistas)

16 Poliacuteticas de Sauacutede e Sauacutede Puacuteblica p ANVISA

17 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP

18 Legislaccedilatildeo do SUS p Ministeacuterio da Sauacutede

19 Direito Previdenciaacuterio p Delegado de Poliacutecia Federal

20 Direito Previdenciaacuterio e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TCE-MS 21 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 3ordf Turma - 20132013 22 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT ndash Questotildees Comentadas - 20132013 23 Direito Previdenciaacuterio p AJAATRT-8

24 Direito Previdenciaacuterio p Analista do INSS

25 Histoacuterico Fundamentos e Legislaccedilatildeo Especiacutefica do Audiovisual p ANCINE

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26 Financiamento e Regulaccedilatildeo do Setor Audiovisual no Brasil p Especialista em Regulaccedilatildeo da ANCINE (Aacuterea 1) 27 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-5

28 Legislaccedilatildeo sobre Seguridade Social p Procurador Federal (AGU)

29 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-17

30 Legislaccedilatildeo da FUNASA (Especialidade 3)

31 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-15

32 Direito Previdenciaacuterio p TRF-3 (AJAJ OJAF e TJAA)

33 Direito Previdenciaacuterio p TRT-2 (AJAJ e OJAF)

34 Direito Previdenciaacuterio p TCDF (ACE e AAP - Cargo 7)

35 Legislaccedilatildeo do MTE 36 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 4ordf Turma - 20142014 37 Legislaccedilatildeo da CAIXA

38 Direito Previdenciaacuterio e Previdecircncia Social p RioPREV

39 Direito Previdenciaacuterio p TRT-16 (AJAJ e OJAF)

40 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 1ordf Turma ndash 20142014

41 Direito Previdenciaacuterio ndash Questotildees Comentadas p AFRFB 2014

42 Curso de Teacutecnicas e de Temas para a Receita Federal 2014

43 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 2ordf Turma ndash 20142014

44 Legislaccedilatildeo da AGU

45 Legislaccedilatildeo da SEP

46 Legislaccedilatildeo da CONAB

47 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 (AJAA e TJAA) 48 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 4ordf Turma - 20142014 49 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 ndash Teacutecnicas e Temas para o Estudo de Caso

50 Legislaccedilatildeo do Setor de Telecomunicaccedilotildees ndash ANATEL2014

51 Direito da Seguridade Social p PFN

52 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TRT-14 (AJAA)

53 Direito Previdenciaacuterio p TCE-GO

54 Direito Previdenciaacuterio p Defensor Puacuteblico (DPE-CE)

55 Propriedade Industrial p Pesquisador (INPI)

56 Direito Empresarial p Tecnologista Aacuterea 22 (INPI)

57 Direito Previdenciaacuterio p CGE-PI

58 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel e Teacutecnico (Exame CFC 2015)

59 Poliacutetica do SUS p INCA-MS (Grupo 5) 60 Direito Previdenciaacuterio e da Assistecircncia Social p Defensor Puacuteblico da Uniatildeo (DPU) 61 Direito Previdenciaacuterio pAuditor de Controle Externo (TCM-GO)

62 Legislaccedilatildeo aplicada ao SUS (EBSERH)

63 Legislaccedilatildeo aplicada agrave EBSERH

64 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma -

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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AULA 00

Tema AULA DEMONSTRATIVA

Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

Sumaacuterio Paacutegina Saudaccedilotildees Iniciais --- 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito --- 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e noBrasil

---

03 Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil --- 04 Seguridade Social --- 05 Financiamento da Seguridade Social ndash ParteConstitucional

---

06 Sauacutede --- 07 Previdecircncia Social --- 08 Assistecircncia Social --- 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e daPrevidecircncia Social

---

10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas --- 11 Resumex da Aula --- 12 Questotildees Comentadas --- 13 Questotildees Sem Comentaacuterios --- 14 Gabarito das Questotildees ---

Observaccedilatildeo importante Este curso eacute protegido por direitos autorais (copyright) nos termos da Lei nordm 96101998 que altera atualiza e consolida a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais e daacute outras providecircncias

Grupos de rateio e pirataria satildeo clandestinos violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atraveacutes do site Estrateacutegia Concursos =)

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Apresentaccedilatildeo

Olaacute Concurseiro

Meu nome eacute Ali Mohamad Jaha Engenheiro Civil de formaccedilatildeo Especialista em Administraccedilatildeo Tributaacuteria e em Gestatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010

Venho ministrando cursos de Direito Previdenciaacuterio Legislaccedilatildeo

Previdenciaacuteria Legislaccedilatildeo da Sauacutede Legislaccedilatildeo Especiacutefica eou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparaccedilatildeo para carreiras puacuteblicas no qual se encontrou ou ainda se encontram disponiacuteveis os seguintes cursos 01 Direito Previdenciaacuterio p RFB

02 Direito Previdenciaacuterio p Analista Judiciaacuterio (STJ)

03 Questotildees Comentadas de Direito Previdenciaacuterio p ATAMF

04 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB ATRFB e ATA - 2ordf Turma - 20122012

05 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 1ordf Turma - 20122012

06 Direito Previdenciaacuterio p AJAJTRF-5

07 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2012

08 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p ATPS-MPOG

09 Legislaccedilatildeo da Sauacutede p ATPS-MPOG

10 Legislaccedilatildeo da Assistecircncia Social p ATPS-MPOG

11 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB e ATRFB - 3ordf Turma - 20132013

12 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 2ordf Turma - 20132013

13 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Noccedilotildees)

14 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p SERPRO

15 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Curso Complementar p Especialistas)

16 Poliacuteticas de Sauacutede e Sauacutede Puacuteblica p ANVISA

17 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP

18 Legislaccedilatildeo do SUS p Ministeacuterio da Sauacutede

19 Direito Previdenciaacuterio p Delegado de Poliacutecia Federal

20 Direito Previdenciaacuterio e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TCE-MS 21 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 3ordf Turma - 20132013 22 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT ndash Questotildees Comentadas - 20132013 23 Direito Previdenciaacuterio p AJAATRT-8

24 Direito Previdenciaacuterio p Analista do INSS

25 Histoacuterico Fundamentos e Legislaccedilatildeo Especiacutefica do Audiovisual p ANCINE

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26 Financiamento e Regulaccedilatildeo do Setor Audiovisual no Brasil p Especialista em Regulaccedilatildeo da ANCINE (Aacuterea 1) 27 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-5

28 Legislaccedilatildeo sobre Seguridade Social p Procurador Federal (AGU)

29 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-17

30 Legislaccedilatildeo da FUNASA (Especialidade 3)

31 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-15

32 Direito Previdenciaacuterio p TRF-3 (AJAJ OJAF e TJAA)

33 Direito Previdenciaacuterio p TRT-2 (AJAJ e OJAF)

34 Direito Previdenciaacuterio p TCDF (ACE e AAP - Cargo 7)

35 Legislaccedilatildeo do MTE 36 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 4ordf Turma - 20142014 37 Legislaccedilatildeo da CAIXA

38 Direito Previdenciaacuterio e Previdecircncia Social p RioPREV

39 Direito Previdenciaacuterio p TRT-16 (AJAJ e OJAF)

40 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 1ordf Turma ndash 20142014

41 Direito Previdenciaacuterio ndash Questotildees Comentadas p AFRFB 2014

42 Curso de Teacutecnicas e de Temas para a Receita Federal 2014

43 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 2ordf Turma ndash 20142014

44 Legislaccedilatildeo da AGU

45 Legislaccedilatildeo da SEP

46 Legislaccedilatildeo da CONAB

47 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 (AJAA e TJAA) 48 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 4ordf Turma - 20142014 49 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 ndash Teacutecnicas e Temas para o Estudo de Caso

50 Legislaccedilatildeo do Setor de Telecomunicaccedilotildees ndash ANATEL2014

51 Direito da Seguridade Social p PFN

52 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TRT-14 (AJAA)

53 Direito Previdenciaacuterio p TCE-GO

54 Direito Previdenciaacuterio p Defensor Puacuteblico (DPE-CE)

55 Propriedade Industrial p Pesquisador (INPI)

56 Direito Empresarial p Tecnologista Aacuterea 22 (INPI)

57 Direito Previdenciaacuterio p CGE-PI

58 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel e Teacutecnico (Exame CFC 2015)

59 Poliacutetica do SUS p INCA-MS (Grupo 5) 60 Direito Previdenciaacuterio e da Assistecircncia Social p Defensor Puacuteblico da Uniatildeo (DPU) 61 Direito Previdenciaacuterio pAuditor de Controle Externo (TCM-GO)

62 Legislaccedilatildeo aplicada ao SUS (EBSERH)

63 Legislaccedilatildeo aplicada agrave EBSERH

64 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma -

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Apresentaccedilatildeo

Olaacute Concurseiro

Meu nome eacute Ali Mohamad Jaha Engenheiro Civil de formaccedilatildeo Especialista em Administraccedilatildeo Tributaacuteria e em Gestatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010

Venho ministrando cursos de Direito Previdenciaacuterio Legislaccedilatildeo

Previdenciaacuteria Legislaccedilatildeo da Sauacutede Legislaccedilatildeo Especiacutefica eou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparaccedilatildeo para carreiras puacuteblicas no qual se encontrou ou ainda se encontram disponiacuteveis os seguintes cursos 01 Direito Previdenciaacuterio p RFB

02 Direito Previdenciaacuterio p Analista Judiciaacuterio (STJ)

03 Questotildees Comentadas de Direito Previdenciaacuterio p ATAMF

04 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB ATRFB e ATA - 2ordf Turma - 20122012

05 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 1ordf Turma - 20122012

06 Direito Previdenciaacuterio p AJAJTRF-5

07 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2012

08 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p ATPS-MPOG

09 Legislaccedilatildeo da Sauacutede p ATPS-MPOG

10 Legislaccedilatildeo da Assistecircncia Social p ATPS-MPOG

11 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB e ATRFB - 3ordf Turma - 20132013

12 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 2ordf Turma - 20132013

13 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Noccedilotildees)

14 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p SERPRO

15 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Curso Complementar p Especialistas)

16 Poliacuteticas de Sauacutede e Sauacutede Puacuteblica p ANVISA

17 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP

18 Legislaccedilatildeo do SUS p Ministeacuterio da Sauacutede

19 Direito Previdenciaacuterio p Delegado de Poliacutecia Federal

20 Direito Previdenciaacuterio e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TCE-MS 21 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 3ordf Turma - 20132013 22 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT ndash Questotildees Comentadas - 20132013 23 Direito Previdenciaacuterio p AJAATRT-8

24 Direito Previdenciaacuterio p Analista do INSS

25 Histoacuterico Fundamentos e Legislaccedilatildeo Especiacutefica do Audiovisual p ANCINE

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26 Financiamento e Regulaccedilatildeo do Setor Audiovisual no Brasil p Especialista em Regulaccedilatildeo da ANCINE (Aacuterea 1) 27 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-5

28 Legislaccedilatildeo sobre Seguridade Social p Procurador Federal (AGU)

29 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-17

30 Legislaccedilatildeo da FUNASA (Especialidade 3)

31 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-15

32 Direito Previdenciaacuterio p TRF-3 (AJAJ OJAF e TJAA)

33 Direito Previdenciaacuterio p TRT-2 (AJAJ e OJAF)

34 Direito Previdenciaacuterio p TCDF (ACE e AAP - Cargo 7)

35 Legislaccedilatildeo do MTE 36 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 4ordf Turma - 20142014 37 Legislaccedilatildeo da CAIXA

38 Direito Previdenciaacuterio e Previdecircncia Social p RioPREV

39 Direito Previdenciaacuterio p TRT-16 (AJAJ e OJAF)

40 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 1ordf Turma ndash 20142014

41 Direito Previdenciaacuterio ndash Questotildees Comentadas p AFRFB 2014

42 Curso de Teacutecnicas e de Temas para a Receita Federal 2014

43 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 2ordf Turma ndash 20142014

44 Legislaccedilatildeo da AGU

45 Legislaccedilatildeo da SEP

46 Legislaccedilatildeo da CONAB

47 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 (AJAA e TJAA) 48 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 4ordf Turma - 20142014 49 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 ndash Teacutecnicas e Temas para o Estudo de Caso

50 Legislaccedilatildeo do Setor de Telecomunicaccedilotildees ndash ANATEL2014

51 Direito da Seguridade Social p PFN

52 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TRT-14 (AJAA)

53 Direito Previdenciaacuterio p TCE-GO

54 Direito Previdenciaacuterio p Defensor Puacuteblico (DPE-CE)

55 Propriedade Industrial p Pesquisador (INPI)

56 Direito Empresarial p Tecnologista Aacuterea 22 (INPI)

57 Direito Previdenciaacuterio p CGE-PI

58 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel e Teacutecnico (Exame CFC 2015)

59 Poliacutetica do SUS p INCA-MS (Grupo 5) 60 Direito Previdenciaacuterio e da Assistecircncia Social p Defensor Puacuteblico da Uniatildeo (DPU) 61 Direito Previdenciaacuterio pAuditor de Controle Externo (TCM-GO)

62 Legislaccedilatildeo aplicada ao SUS (EBSERH)

63 Legislaccedilatildeo aplicada agrave EBSERH

64 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma -

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Apresentaccedilatildeo

Olaacute Concurseiro

Meu nome eacute Ali Mohamad Jaha Engenheiro Civil de formaccedilatildeo Especialista em Administraccedilatildeo Tributaacuteria e em Gestatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010

Venho ministrando cursos de Direito Previdenciaacuterio Legislaccedilatildeo

Previdenciaacuteria Legislaccedilatildeo da Sauacutede Legislaccedilatildeo Especiacutefica eou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparaccedilatildeo para carreiras puacuteblicas no qual se encontrou ou ainda se encontram disponiacuteveis os seguintes cursos 01 Direito Previdenciaacuterio p RFB

02 Direito Previdenciaacuterio p Analista Judiciaacuterio (STJ)

03 Questotildees Comentadas de Direito Previdenciaacuterio p ATAMF

04 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB ATRFB e ATA - 2ordf Turma - 20122012

05 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 1ordf Turma - 20122012

06 Direito Previdenciaacuterio p AJAJTRF-5

07 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2012

08 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p ATPS-MPOG

09 Legislaccedilatildeo da Sauacutede p ATPS-MPOG

10 Legislaccedilatildeo da Assistecircncia Social p ATPS-MPOG

11 Direito Previdenciaacuterio p AFRFB e ATRFB - 3ordf Turma - 20132013

12 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 2ordf Turma - 20132013

13 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Noccedilotildees)

14 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p SERPRO

15 Vigilacircncia Sanitaacuteria p ANVISA (Curso Complementar p Especialistas)

16 Poliacuteticas de Sauacutede e Sauacutede Puacuteblica p ANVISA

17 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP

18 Legislaccedilatildeo do SUS p Ministeacuterio da Sauacutede

19 Direito Previdenciaacuterio p Delegado de Poliacutecia Federal

20 Direito Previdenciaacuterio e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TCE-MS 21 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 3ordf Turma - 20132013 22 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT ndash Questotildees Comentadas - 20132013 23 Direito Previdenciaacuterio p AJAATRT-8

24 Direito Previdenciaacuterio p Analista do INSS

25 Histoacuterico Fundamentos e Legislaccedilatildeo Especiacutefica do Audiovisual p ANCINE

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26 Financiamento e Regulaccedilatildeo do Setor Audiovisual no Brasil p Especialista em Regulaccedilatildeo da ANCINE (Aacuterea 1) 27 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-5

28 Legislaccedilatildeo sobre Seguridade Social p Procurador Federal (AGU)

29 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-17

30 Legislaccedilatildeo da FUNASA (Especialidade 3)

31 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-15

32 Direito Previdenciaacuterio p TRF-3 (AJAJ OJAF e TJAA)

33 Direito Previdenciaacuterio p TRT-2 (AJAJ e OJAF)

34 Direito Previdenciaacuterio p TCDF (ACE e AAP - Cargo 7)

35 Legislaccedilatildeo do MTE 36 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 4ordf Turma - 20142014 37 Legislaccedilatildeo da CAIXA

38 Direito Previdenciaacuterio e Previdecircncia Social p RioPREV

39 Direito Previdenciaacuterio p TRT-16 (AJAJ e OJAF)

40 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 1ordf Turma ndash 20142014

41 Direito Previdenciaacuterio ndash Questotildees Comentadas p AFRFB 2014

42 Curso de Teacutecnicas e de Temas para a Receita Federal 2014

43 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 2ordf Turma ndash 20142014

44 Legislaccedilatildeo da AGU

45 Legislaccedilatildeo da SEP

46 Legislaccedilatildeo da CONAB

47 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 (AJAA e TJAA) 48 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 4ordf Turma - 20142014 49 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 ndash Teacutecnicas e Temas para o Estudo de Caso

50 Legislaccedilatildeo do Setor de Telecomunicaccedilotildees ndash ANATEL2014

51 Direito da Seguridade Social p PFN

52 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TRT-14 (AJAA)

53 Direito Previdenciaacuterio p TCE-GO

54 Direito Previdenciaacuterio p Defensor Puacuteblico (DPE-CE)

55 Propriedade Industrial p Pesquisador (INPI)

56 Direito Empresarial p Tecnologista Aacuterea 22 (INPI)

57 Direito Previdenciaacuterio p CGE-PI

58 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel e Teacutecnico (Exame CFC 2015)

59 Poliacutetica do SUS p INCA-MS (Grupo 5) 60 Direito Previdenciaacuterio e da Assistecircncia Social p Defensor Puacuteblico da Uniatildeo (DPU) 61 Direito Previdenciaacuterio pAuditor de Controle Externo (TCM-GO)

62 Legislaccedilatildeo aplicada ao SUS (EBSERH)

63 Legislaccedilatildeo aplicada agrave EBSERH

64 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma -

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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26 Financiamento e Regulaccedilatildeo do Setor Audiovisual no Brasil p Especialista em Regulaccedilatildeo da ANCINE (Aacuterea 1) 27 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-5

28 Legislaccedilatildeo sobre Seguridade Social p Procurador Federal (AGU)

29 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-17

30 Legislaccedilatildeo da FUNASA (Especialidade 3)

31 Direito Previdenciaacuterio p AJAJ e OJAFTRT-15

32 Direito Previdenciaacuterio p TRF-3 (AJAJ OJAF e TJAA)

33 Direito Previdenciaacuterio p TRT-2 (AJAJ e OJAF)

34 Direito Previdenciaacuterio p TCDF (ACE e AAP - Cargo 7)

35 Legislaccedilatildeo do MTE 36 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 4ordf Turma - 20142014 37 Legislaccedilatildeo da CAIXA

38 Direito Previdenciaacuterio e Previdecircncia Social p RioPREV

39 Direito Previdenciaacuterio p TRT-16 (AJAJ e OJAF)

40 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 1ordf Turma ndash 20142014

41 Direito Previdenciaacuterio ndash Questotildees Comentadas p AFRFB 2014

42 Curso de Teacutecnicas e de Temas para a Receita Federal 2014

43 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 2ordf Turma ndash 20142014

44 Legislaccedilatildeo da AGU

45 Legislaccedilatildeo da SEP

46 Legislaccedilatildeo da CONAB

47 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 (AJAA e TJAA) 48 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 4ordf Turma - 20142014 49 Direito Previdenciaacuterio p TRF-4 ndash Teacutecnicas e Temas para o Estudo de Caso

50 Legislaccedilatildeo do Setor de Telecomunicaccedilotildees ndash ANATEL2014

51 Direito da Seguridade Social p PFN

52 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p TRT-14 (AJAA)

53 Direito Previdenciaacuterio p TCE-GO

54 Direito Previdenciaacuterio p Defensor Puacuteblico (DPE-CE)

55 Propriedade Industrial p Pesquisador (INPI)

56 Direito Empresarial p Tecnologista Aacuterea 22 (INPI)

57 Direito Previdenciaacuterio p CGE-PI

58 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel e Teacutecnico (Exame CFC 2015)

59 Poliacutetica do SUS p INCA-MS (Grupo 5) 60 Direito Previdenciaacuterio e da Assistecircncia Social p Defensor Puacuteblico da Uniatildeo (DPU) 61 Direito Previdenciaacuterio pAuditor de Controle Externo (TCM-GO)

62 Legislaccedilatildeo aplicada ao SUS (EBSERH)

63 Legislaccedilatildeo aplicada agrave EBSERH

64 Direito Previdenciaacuterio p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma -

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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65 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p Receita Federal do Brasil - 5ordf Turma - 20152015 66 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

67 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p INSS ndash 3ordf Turma ndash 20152015

68 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p APOFPSEFAZ-SP 2015 69 Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria p AFT - 5ordf Turma - 20152015 e 70 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash 20152015 71 Curso Regular de Direito Previdenciaacuterio ndash 2ordf Turma ndash Questotildees Comentadas ndash 20152015 72 Legislaccedilatildeo da Seguridade Social p Advogado da Uniatildeo (AGU)

73 Direito Previdenciaacuterio p Delegado (DPF) ndash 2015

74 Questotildees Comentadas ndash Reta Final p AFT ndash 5ordf Turma - 20152015

75 Direito Previdenciaacuterio p Analista de Controle Externo (TCECE)

76 Direito Previdenciaacuterio p Analista Teacutecnico-Administrativo (DPU) 77 Legislaccedilatildeo Social p Bacharel (Exame CFC 022015)

78 Teacutecnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB2015 e

79 Direito Previdenciaacuterio p INSS ndash 4ordf Turma ndash 20152015

Ainda sobre minha carreira no serviccedilo puacuteblico meu primeiro contato

com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensotildees

No ano de 2003 quando ainda cursava Engenharia na Universidade

Estadual de MaringaacutePR (UEM) prestei o concurso para Escrituraacuterio do Banco do Brasil sem estudar absolutamente nada sendo aprovado e convocado algum tempo depois

Em 2005 ano em que concluiacute minha graduaccedilatildeo fui aprovado no

concurso para Teacutecnico Judiciaacuterio do Tribunal de Justiccedila do Paranaacute sendo convocado logo em seguida

Neste ano ainda fui aprovado para Teacutecnico Administrativo da

Secretaria de Administraccedilatildeo e Previdecircncia do Estado do PR (SEAPPR) e para Engenheiro Civil do municiacutepio de ParanavaiacutePR (minha cidade natal)

No ano seguinte 2006 fui aprovado e convocado para Analista e

Teacutecnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Embora tenha galgado tantas aprovaccedilotildees decidi natildeo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro)

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o proacuteximo concurso de AFRFB iniciando-os para valer somente em meados de 2008

O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

minha vida Foi a fase de Concurseiro Profissional em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol chuva vento frio areia terra cimento etc) e era antipatizado na instituiccedilatildeo em que trabalhava (pois a gerecircncia descobriu que eu estudava para RFB e desde entatildeo minha vida profissional ficou prejudicada)

Muitos amigos ou conhecidos meus tambeacutem se queixam da mesma

perseguiccedilatildeo sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrotildees assim que esses tomam conhecimento da intenccedilatildeo do empregado em sair da empresa Isso eacute comum

Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

(famiacutelia amigos e diversatildeo) para estudar as disciplinas do uacuteltimo edital de AFRFB (2005) ateacute altas madrugadas

Mas enfim graccedilas a Deus no concurso de AFRFB2010 fui um dos

grandes vitoriosos nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta PoratildeMS (fronteira com Pedro Juan Caballero ndash Paraguai) posteriormente na Inspetoria de CorumbaacuteMS (fronteira com Puerto Quijarro ndash Boliacutevia) e atualmente na Delegacia de CascavelPR 5ordf maior cidade do meu querido e estimado Estado com aproximadamente 305000 habitantes

Em 2010 ainda prestei concurso do MPU por consideraacute-lo bastante

interessante conquistando o 3ordm lugar do cargo de Analista de Orccedilamento no estado do Mato Grosso do Sul Natildeo obstante nesse mesmo ano realizei o concurso para Analista Judiciaacuterio do Tribunal Regional do Trabalho (8ordf Regiatildeo Judiciaacuteria) e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho fui um dos aprovados e convocados pelo egreacutegio Tribunal

Agora que jaacute me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

concurseiro apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estrateacutegia Concursos para o seu concurso =) O Curso

Apoacutes o grande sucesso que foram as trecircs turmas anteriores do curso de Direito Previdenciaacuterio p INSS voltamos agora em meados de

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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2015 com a noviacutessima 4ordf Turma completamente revisada ampliada e atualizadiacutessima com todas as alteraccedilotildees legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1ordm semestre de 2015 =)

Como eacute de conhecimento da maioria no Diaacuterio Oficial do dia

29062015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG nordm 251 que autorizou o INSS a realizar o concurso para o provimento dos cargos de Teacutecnico do INSS (niacutevel meacutedio) e de Analista do INSS (niacutevel superior com formaccedilatildeo em Serviccedilo Social) com os seguintes quantitativos iniciais

800 vagas para Teacutecnico

150 vagas para Analista

Entretanto acredito que esse quantitativo sofreraacute um acreacutescimo de 100 no decorrer do prazo de validade do concurso como ocorreu na seleccedilatildeo de 2012 Sendo assim espero o seguinte quantitativo

800 + 800 = 1600 vagas para Teacutecnico

150 + 150 = 300 vagas para Analista

Isso mesmo 1900 nomeaccedilotildees Eacute uma excelente oportunidade chance de ingressar para o serviccedilo puacuteblico federal =)

Para constar essa seraacute a remuneraccedilatildeo (vencimento + gratificaccedilotildees + auxiacutelio alimentaccedilatildeo + auxiacutelio sauacutede para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados)

Inicial Final

Teacutecnico R$ 540000 R$ 870000 Analista R$ 800000 R$ 1220000

Aleacutem da remuneraccedilatildeo muito boa o INSS apresenta como grande

vantagem a LOTACcedilAtildeO Geralmente os concursos satildeo realizados por municiacutepio ou seja

vocecirc escolhe a cidade em que iraacute disputar a sua vaga Aleacutem disso o INSS eacute uma instituiccedilatildeo que goza de grande

capilaridade ou seja praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agecircncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito proacutexima (a 50 km no maacuteximo)

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Em resumo prezado(a) aluno(a) trabalhando no INSS vocecirc tem

uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou na pior das hipoacuteteses numa cidade vizinha por algum tempo ateacute conseguir ser transferido para a sua cidade

Para quem preza por morar na sua terra natal o concurso do

INSS eacute uma chance de ouro =) Dando continuidade neste ano vocecirc teraacute MILHARES de

oportunidades de entrar para os quadros do INSS E sem duacutevida a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS eacute o DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO

Aleacutem de ser a disciplina de maior relevacircncia no concurso (EM 2012

67 DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIAacuteRIO) e em regra criteacuterio de desempate seraacute uma mateacuteria que estaraacute muito presente no seu cotidiano apoacutes sua aprovaccedilatildeo neste concurso

Dedique-se a esta disciplina pois ela seraacute seu diferencial na

prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdenciaacuterio

somente com a leitura da legislaccedilatildeo seca No entanto a mera leitura natildeo nada eacute recomendaacutevel pois leva o concursando a errocircneas conclusotildees sobre a disciplina Por quecirc

O Direito Previdenciaacuterio tem como leis fundamentais a Lei nordm 8212

(Parte de Custeio) e a Lei nordm 8213 (Parte de Benefiacutecios) ambas publicadas em 1991 sendo que em 1999 foi publicado o Decreto nordm 3048 (Regulamento da Previdecircncia Social) que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdenciaacuterio

Entatildeo eacute melhor ler o Regulamento Natildeo O Regulamento eacute muito

extenso com quase 400 artigos e 5 anexos e o pior natildeo estaacute devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdenciaacuterio Brasileiro

E para complicar mais um pouco a Lei nordm 8212 e Lei nordm 8213

passaram por atualizaccedilotildees recentes que natildeo foram incorporadas ao Regulamento que por sua vez tambeacutem sofreu algumas alteraccedilotildees haacute alguns anos e tambeacutem natildeo foram suprimidas das duas leis =(

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Aleacutem de todo exposto o 1ordm semestre de 2015 foi o mais conturbado dos uacuteltimos 20 anos para o Direito Previdenciaacuterio Tivemos inuacutemeras alteraccedilotildees que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina Esse momento de mudanccedilas foi o estopim para a revisatildeo completa do curso e lanccedilamento dessa nova 4ordf Turma

Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS =) O objetivo deste curso eacute realizar o cotejo entre essas trecircs normas

essenciais (as duas leis fundamentais e o Regulamento) outras normas que tratam de assuntos previdenciaacuterios e a jurisprudecircncia paacutetria para trazer a vocecirc a posiccedilatildeo correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova

E quando natildeo houver um posicionamento pacificado vou lhe

mostrar o posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso O curso contaraacute com a resoluccedilatildeo de muitas questotildees recentes e comentadas do CESPE da ESAF da FCC da FGV da Funrio da Cesgranrio e quando o assunto natildeo for abordado pelas questotildees disponiacuteveis irei elaborar algumas

Por fim ressalto que o objetivo do meu curso eacute fazer com que vocecirc

caro concurseiro realize uma excelente prova de Direito Previdenciaacuterio no proacuteximo concurso do INSS Esse material estaacute sendo elaborado para ser o seu UacuteNICO MATERIAL DE ESTUDOS Pois eu sei o quatildeo estressante e pouco eficiente eacute ter que estudar mais de um material por disciplina afinal jaacute fui um concurseiro =) Edital x Cronograma das Aulas

Como ainda natildeo temos o edital na praccedila vamos utilizar o edital do uacuteltimo concurso de TSS realizado em 2012 pela Fundaccedilatildeo Carlos Chagas (FCC) que trouxe os seguintes toacutepicos

1 Seguridade Social

11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais

2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias

221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS)

31 Segurados Obrigatoacuterios 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS)

4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 5 Financiamento da Seguridade Social

51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC)

531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento

54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria

6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas Periacuteodos de Carecircncia (PC) Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

Considero edital supracitado muito completo entretanto caso o

edital 2015 traga alguma novidade realizaremos as alteraccedilotildees necessaacuterias =)

Por sua vez esse seraacute o cronograma do curso

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Aula 00 Aula Demonstrativa 29062015

Aula 01

Tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria Assuntos Abordados 1 Seguridade Social 11 Origem e Evoluccedilatildeo Legislativa no Brasil 12 Conceituaccedilatildeo 13 Organizaccedilatildeo e Princiacutepios Constitucionais 2 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria 21 Conteuacutedo Fontes Autonomia 22 Aplicaccedilatildeo das Normas Previdenciaacuterias 221 Vigecircncia Hierarquia Interpretaccedilatildeo e Integraccedilatildeo

04072015

Aula 02

Tema Previdecircncia Social e seus Beneficiaacuterios Assuntos Abordados 3 Regime Geral de Previdecircncia Social (RGPS) 31 Segurados Obrigatoacuterios 33 Conceito Caracteriacutesticas e Abrangecircncia Empregado Empregado Domeacutestico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso e Segurado Especial 34 Segurado Facultativo Conceito Caracteriacutesticas Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 35 Trabalhadores excluiacutedos do Regime Geral (RGPS) 4 Empresa e Empregador Domeacutestico Conceito Previdenciaacuterio 10 Manutenccedilatildeo Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

09072015

Aula 03

Tema Financiamento da Seguridade Social Assuntos Abordados 5 Financiamento da Seguridade Social 51 Receitas da Uniatildeo 52 Receitas das Contribuiccedilotildees Sociais dos Segurados das Empresas do Empregador Domeacutestico do Produtor Rural do Clube de Futebol Profissional sobre a Receita de Concursos de Prognoacutesticos Receitas de Outras Fontes 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

14072015

Aula 04

Tema Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo Assuntos Abordados 53 Salaacuterio de Contribuiccedilatildeo (SC) 531 Conceito 532 Parcelas Integrantes e Parcelas Natildeo Integrantes 533 Limites Miacutenimo e Maacuteximo 534 Proporcionalidade 535 Reajustamento 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

19072015

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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()

04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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Aula 05

Tema Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social Assuntos Abordados 54 Arrecadaccedilatildeo e Recolhimento das Contribuiccedilotildees destinadas agrave Seguridade Social 541 Competecircncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB) 542 Obrigaccedilotildees da Empresa e demais Contribuintes 543 Prazo de Recolhimento 544 Recolhimento Fora do Prazo Juros Multa e Atualizaccedilatildeo Monetaacuteria 6 Decadecircncia e Prescriccedilatildeo 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

24072015

Aula 06

Tema Filiaccedilatildeo Inscriccedilatildeo e Periacuteodo de Carecircncia Assuntos Abordados 32 Filiaccedilatildeo e Inscriccedilatildeo 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Periacuteodos de Carecircncia (PC) 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

29072015

Aula 07

Tema Espeacutecies de Benefiacutecios e Prestaccedilotildees Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Beneficiaacuterios Espeacutecies de Prestaccedilotildees Benefiacutecios Disposiccedilotildees Gerais e Especiacuteficas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

03082015

Aula 08

Tema Caacutelculo do Valor do Benefiacutecio Legislaccedilatildeo de Acidente do Trabalho e Outras Disposiccedilotildees Legais Assuntos Abordados 9 Plano de Benefiacutecios da Previdecircncia Social Salaacuterio de Benefiacutecio (SB) Renda Mensal do Benefiacutecio (RMB) Reajustamento do Valor dos Benefiacutecios 7 Crimes contra a Seguridade Social 8 Recurso das Decisotildees Administrativas 11 Lei nordm 82121991 12 Lei nordm 82131991 13 Decreto nordm 30481999

08082015

Aula 09

Tema Reformas Constitucionais da Previdecircncia Social Assuntos Abordados Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaccedilotildees e Pensotildees dos Militares e Servidores Puacuteblicos Civis Emenda Constitucional nordm 201998 Emenda Constitucional nordm 412003 e Emenda Constitucional nordm 472005 Alteraccedilotildees Regras de Transiccedilatildeo e Direito Intertemporal

13082015

Aula 10

Tema Assistecircncia Social Assuntos Abordados 14 Lei de Assistecircncia Social ndash LOAS Conteuacutedo Fontes e Autonomia (Lei nordm 87421993 e Decreto nordm 62142007)

18082015

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Aula 11 Tema Resumex Completo Assuntos Abordados Revisatildeo Geral do Curso

23082015

Aula 12

Tema Lei nordm 82121991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Custeio Atualizada e Esquematizada

28082015

Aula 13

Tema Lei nordm 82131991 Atualizada e Esquematizada Assuntos Abordados Legislaccedilatildeo Baacutesica de Benefiacutecios Atualizada e Esquematizada

02092015

Apoacutes essa explanaccedilatildeo inicial vamos iniciar o nosso curso

propriamente dito Bons Estudos =)

AULA DEMONSTRATIVA

Prezado aluno essa Aula Demonstrativa apresentaraacute apenas algumas paacuteginas da Aula 01 que trataraacute do tema Seguridade Social e Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria

Por sua vez a Aula 01 contaraacute com aproximadamente 200

paacuteginas de conteuacutedo e mais de 180 questotildees comentadas =) Por fim tudo que for apresentado nessa aula seraacute repetido

na Aula 01 =) 01 Direito Previdenciaacuterio ndash Conceito

Direito Previdenciaacuterio eacute o ramo do direito puacuteblico que estuda a organizaccedilatildeo e o funcionamento da Seguridade Social Especificamente no Brasil a Seguridade Social eacute tratada na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 em capiacutetulo proacuteprio entre os artigos 194 e 204 o que demonstra grande preocupaccedilatildeo do constituinte originaacuterio quanto agrave previdecircncia social a assistecircncia social e a sauacutede 02 Origem e Evoluccedilatildeo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil

Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social eacute inevitaacutevel o conhecimento da expressatildeo ldquoProteccedilatildeo Socialrdquo que assim eacute definida pela maioria dos doutrinadores previdenciaacuterios paacutetrios e por este professor

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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A Proteccedilatildeo Social eacute a garantia de inclusatildeo a todos os cidadatildeos que se encontram em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou em situaccedilatildeo de risco Essa proteccedilatildeo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade ao longo do tempo para atender aos infortuacutenios da vida como doenccedila idade avanccedilada acidente reclusatildeo maternidade entre outros que impeccedilam a pessoa de obter seu sustento

Nos primoacuterdios da sociedade ateacute meados do seacuteculo XIX a Proteccedilatildeo

Social era ofertada ao desabastado por sua proacutepria famiacutelia sem o auxiacutelio do Estado

Por exemplo um homem com 75 anos de idade que natildeo

apresentasse mais condiccedilotildees fiacutesicas para o trabalho teria seu sustento provido diretamente por sua famiacutelia (filhos e netos provavelmente) pelo resto da vida que lhe restasse

Outro mecanismo protetivo rudimentar eacute a assistecircncia voluntaacuteria

quando pessoas estranhas agrave famiacutelia auxiliam os necessitados como no caso das casas de assistecircncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas Apesar de antigas as proteccedilotildees da famiacutelia e da assistecircncia voluntaacuteria estatildeo presentes ateacute os dias de hoje

Nos primoacuterdios da Proteccedilatildeo Social os Montepios foram as

manifestaccedilotildees mais antigas de Previdecircncia Social no mundo Eram institutos onde mediante pagamento de cotas por seus membros esses adquiriam o direito por ocasiatildeo de seu falecimento de deixar pensatildeo pecuniaacuteria para uma pessoa de sua escolha (esposa eou filhos geralmente) Para constar o referido instituto foi o precursor da Pensatildeo por Morte

Por seu turno no Brasil o primeiro Montepio surgiu em 1835 o

Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral) sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistemaacutetica mutualista Em outras palavras um grupo de pessoas contribuiacuteam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortuacutenios da vida de seus associados

Do exposto podemos perceber que ateacute meados do seacuteculo XIX

praticamente natildeo existia nenhuma participaccedilatildeo estatal no auxiacutelio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Mas esse cenaacuterio liberal onde natildeo existia a matildeo do Estado comeccedilou a mudar no final do seacuteculo XIX (entre 1880 e 1900) quando em vaacuterias partes do mundo os governos comeccedilaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores

Essa proteccedilatildeo se deu a princiacutepio de forma muito tiacutemida e com

pouca extensatildeo de trabalhadores abarcados Todavia a proteccedilatildeo social estatal foi evoluindo com o passar das deacutecadas em todo o mundo ressaltando que essa evoluccedilatildeo foi impulsionada entre outros fatores pela Revoluccedilatildeo Industrial iniciada no seacuteculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no seacuteculo seguinte

A Proteccedilatildeo Social em seu contexto histoacuterico apresenta basicamente

trecircs grandes fases Fase Inicial (Ateacute 1920) ndash Surgimento dos primeiros regimes de

proteccedilatildeo social (ou previdecircncia)

Fase Intermediaacuteria (Entre 1920 e 1945) ndash Expansatildeo da previdecircncia por vaacuterias naccedilotildees ao redor do mundo

Fase Contemporacircnea (De 1945 ateacute os dias atuais) ndash Expansatildeo das

pessoas abarcadas pelos regimes previdenciaacuterios

Desde o seu iniacutecio ateacute os dias atuais eacute possiacutevel ver claramente a assunccedilatildeo da proteccedilatildeo social por parte do Estado que ateacute entatildeo apresentava um posicionamento liberal

Essa evoluccedilatildeo do liberalismo para o ldquoWelfare Staterdquo (Estado do

Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras deacutecadas do seacuteculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual desde a ausecircncia do Estado na proteccedilatildeo social ateacute a sua participaccedilatildeo plena como noacutes conhecemos hoje inclusive em nosso paiacutes

Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado

Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil

1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do

mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo)

1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na

curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional

1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o

sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes

1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo

completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo

Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Fique tranquilo pois em toacutepico futuro vocecirc veraacute exatamente o que eacute

Seguridade Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Posso lhe adiantar que satildeo conceitos bem tranquilos Natildeo esquente com isso agora =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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04 Seguridade Social

A priori devo informar sem duacutevida alguma que para as bancas de concursos puacuteblicos a melhor definiccedilatildeo de Seguridade Social eacute aquela presente na CF1988 em seu Art 194

A seguridade social compreende um conjunto integrado de accedilotildees de iniciativa dos Poderes Puacuteblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos agrave Sauacutede agrave Previdecircncia e agrave Assistecircncia Social

Partindo da redaccedilatildeo do artigo podemos entender que a Seguridade

Social eacute exercida pelo Poder Puacuteblico e pela Sociedade Em princiacutepio muitos podem pensar de forma errocircnea que a

Seguridade eacute um dever exclusivo do Estado O Estado deve agir sim Deve proporcional sauacutede assistecircncia e

previdecircncia agrave sua populaccedilatildeo mas a sociedade deve conjuntamente participar dessas accedilotildees sob forma de contribuiccedilatildeo ou seja custeando as accedilotildees implementadas no acircmbito da Seguridade

Portanto a Seguridade Social eacute esse conjunto integrado de

accedilotildees puacuteblicas (Estado) e privadas (Sociedade)

Um segundo aspecto a ser extraiacutedo do artigo eacute que a Seguridade Social se desmembra em trecircs aacutereas Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social

De forma esquemaacutetica

Seguridade Social = Previdecircncia + Assistecircncia Social + Sauacutede

Em resumo ter Seguridade Social = ter PAS (com ldquosrdquo mesmo) =)

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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A organizaccedilatildeo da Seguridade Social eacute dever do Estado nos termos

da lei especificamente a Lei nordm 82121991 e deve obedecer aos seguintes Princiacutepios Constitucionais (ou Objetivos como cita o texto da CF1988) 01 Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA)

Esse princiacutepio garante dois aspectos da Seguridade Social

universalidade da cobertura e universalidade do atendimento A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social

tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteccedilatildeo social da sociedade em geral como a velhice a maternidade casos de doenccedila invalidez e morte

Jaacute a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade

Social tem como objetivo atender todas as pessoas pelo menos em regra Deve-se ressalvar que a Sauacutede eacute direito de todos a Previdecircncia eacute

direito apenas das pessoas que contribuiacuteram por meio das contribuiccedilotildees sociais e a Assistecircncia Social eacute direito de quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social

Como pode ser observado do supracitado a UCA tem dimensotildees

plenas na aacuterea da Sauacutede e dimensotildees mitigadas na aacuterea da Previdecircncia e da Assistecircncia

Fique tranquilo iremos aprofundar esses conceitos em momento

oportuno =) 02 Uniformidade e equivalecircncia dos benefiacutecios e serviccedilos agraves populaccedilotildees urbanas e rurais (UEBS)

Esse princiacutepio segue o alinhamento do Direito do Trabalho presente

na CF1988 e prevecirc que natildeo deve haver diferenccedila entre trabalhadores urbanos e rurais

A prestaccedilatildeo do benefiacutecio ou do serviccedilo ao segurado deve ser o

mesmo independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade

O benefiacutecio de aposentadoria por exemplo natildeo pode ser de valor

inferior aos trabalhadores rurais bem como o atendimento meacutedico posto agrave

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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disposiccedilatildeo do mesmo de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos

Numa interpretaccedilatildeo mais ampla constata-se que o princiacutepio da

Uniformidade e Equivalecircncia dos Benefiacutecios tem inspiraccedilatildeo no princiacutepio constitucional da igualdade (ldquotodos satildeo iguais perante a lei sem distinccedilatildeo de qualquer naturezardquo ndash CF1988 Art 5ordm caput) 03 Seletividade e distributividade na prestaccedilatildeo dos benefiacutecios e serviccedilos (SDBS)

Esse princiacutepio traz conceitos do glorioso Direito Tributaacuterio a saber

Seletividade e Distributividade A prestaccedilatildeo de benefiacutecios e serviccedilos agrave sociedade natildeo pode ser infinita

Convenhamos por mais que o governo fiscalize e arrecade as

contribuiccedilotildees sociais nunca haveraacute orccedilamento suficiente para atender toda a sociedade

Diante dessa constataccedilatildeo deve-se lanccedilar matildeo da Seletividade que

nada mais eacute do que fornecer benefiacutecios e serviccedilos em razatildeo das condiccedilotildees de cada um fazendo de certa forma uma seleccedilatildeo de quem seraacute beneficiado

Como exemplos claros temos o Salaacuterio Famiacutelia que eacute devido

apenas aos segurados de baixa renda Natildeo adianta ter 7 filhos e uma remuneraccedilatildeo de R$ 3000000 por mecircs Para receber Salaacuterio Famiacutelia eacute necessaacuterio comprovar que vocecirc eacute um segurado de baixa renda Isso eacute Seletividade O mesmo vale para o Auxiacutelio Reclusatildeo

E Distributividade Eacute uma consequecircncia da Seletividade pois ao se

selecionar os mais necessitados para receberem os benefiacutecios da Seguridade Social automaticamente estaraacute ocorrendo uma redistribuiccedilatildeo de renda aos mais pobres Isso eacute distributividade

Por fim considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciaacuterio Sistematizado Editora JusPodivm 6ordf Ediccedilatildeo 2015)

ldquoA seletividade deveraacute lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefiacutecios e serviccedilos integrantes da seguridade social bem como os requisitos para a sua concessatildeo conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orccedilamentaacuterios de acordo com o interesse puacuteblicordquo

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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04 Irredutibilidade do valor dos benefiacutecios (IRRVB)

Quando foi escrito esse princiacutepio constitucional no longiacutenquo ano de

1988 o Brasil passava por uma deacutecada conturbada sendo que o principal problema da eacutepoca era a inflaccedilatildeo galopante dos preccedilos

Um litro de leite custava 120000 unidades monetaacuterias no mecircs de

janeiro jaacute no mecircs seguinte 200000 unidades monetaacuterias O constituinte originaacuterio natildeo teve duacutevidas e decidiu proteger os usuaacuterios da Seguridade Social contra a desvalorizaccedilatildeo do benefiacutecio

Atualmente a irredutibilidade do valor dos benefiacutecios eacute garantida

por meio de reajuste anual geralmente em valor igual ou superior ao da inflaccedilatildeo do mesmo periacuteodo

Imagine o absurdo de um benefiacutecio de aposentadoria nunca ser

reajustado No primeiro ano o benefiacutecio seria razoaacutevel compatiacutevel com as necessidades do aposentado No segundo ano iria apertar um pouco o cinto No quinto ano o aposentado jaacute estaria mendigando no semaacuteforo E se esse aposentado vivesse ateacute proacuteximo aos 90 anos Natildeo gosto nem de imaginar

Quanto a esse princiacutepio constitucional eacute bom frisar que o mesmo

apresenta duas vertentes a serem observadas

Aos benefiacutecios da Seguridade Social (Sauacutede e Assistecircncia) estatildeo garantidos a preservaccedilatildeo do valor nominal que eacute aquele definido na concessatildeo de determinado benefiacutecio e nunca eacute reajustado mantendo sempre o mesmo valor de face Esse dispositivo trata de forma geneacuterica a Seguridade Social e

Aos benefiacutecios da Previdecircncia Social estatildeo garantidos a

preservaccedilatildeo do valor real que eacute aquele que tem o seu valor definido na concessatildeo do benefiacutecio mas eacute reajustado anualmente (em regra) para manter o seu poder de compra atualizado

Do supracitado entendo que a Seguridade Social (de forma

geneacuterica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor nominal ao passo que a Previdecircncia Social (de forma especiacutefica) deve seguir a preservaccedilatildeo do valor real

Fazendo um contraponto podemos afirmar que a Sauacutede e a

Assistecircncia Social natildeo tecircm a obrigaccedilatildeo constitucional ou legal de garantir

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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a preservaccedilatildeo real dos seus benefiacutecios garantindo somente o valor nominal dos benefiacutecios ao contraacuterio do que ocorre com a Previdecircncia Social

Observe que apenas os benefiacutecios da Previdecircncia Social satildeo

assegurados a preservaccedilatildeo do valor real (poder de compra) Em suma com o passar do tempo os benefiacutecios natildeo poderatildeo perder

o seu poder de compra Imagine que um aposentado receba R$ 110000 em 2013 e que esse benefiacutecio tenha um poder de compra de 1 cesta baacutesica

Passado um ano o benefiacutecio eacute reajustado para R$ 111000 mas o

seu poder de compra cai para o equivalente a 085 cesta baacutesica Nesse caso natildeo houve a preservaccedilatildeo do valor real do benefiacutecio

Para contar o Art 201 sect 4ordm da CF1988 eacute apenas mera aplicaccedilatildeo

do Princiacutepio da Irredutibilidade

Eacute assegurado o reajustamento dos benefiacutecios (previdenciaacuterios) para preservar-lhes em caraacuteter permanente o valor real conforme criteacuterios definidos em lei

Natildeo obstante devo ressaltar que o STF em consonacircncia com o

texto constitucional defende a manutenccedilatildeo do valor real dos benefiacutecios previdenciaacuterios Sendo assim natildeo resta duacutevida quanto ao posicionamento do STF

Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art 201 sect 4ordm da Constituiccedilatildeo do Brasil assegura a revisatildeo dos benefiacutecios previdenciaacuterios conforme criteacuterios definidos em lei ou seja compete ao legislador ordinaacuterio definir as diretrizes para conservaccedilatildeo do VALOR REAL do benefiacutecio Precedentes (AI 668444-AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 13-11-2007 Segunda Turma DJ de 7-12-2007) No mesmo sentido AI 689077-AgR Rel Min Ricardo Lewandowski julgamento em 30-6-2009 Primeira Turma DJE de 21-8-2009

Outro aspecto interessante sobre o tema eacute possibilidade conforme a

jurisprudecircncia do Superior Tribunal de Justiccedila (STJ) da aplicaccedilatildeo de iacutendices negativos de correccedilatildeo monetaacuteria (deflaccedilatildeo) aos benefiacutecios previdenciaacuterios desde que preservado o valor nominal do montante principal

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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()

08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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A loacutegica adotada pelo STJ eacute a de que os iacutendices negativos acabam se compensando com iacutendices positivos supervenientes de inflaccedilatildeo Para exemplificar imagine um benefiacutecio no valor de R$ 400000 e os seguintes iacutendices fictiacutecios de correccedilatildeo

Iacutendice 0120X1 100 0220X1 -300 0320X1 200 0420X1 150

Logo temos que

Valor Nominal R$ 400000

0120X1 100 R$ 400040 0220X1 -300 R$ 399920 0320X1 200 R$ 400000 0420X1 150 R$ 400060

Historicamente os iacutendices de deflaccedilatildeo satildeo raros ou seja em meacutedio

e em longo prazo o valor do benefiacutecio corrigido sempre tende a superar o valor nominal do mesmo

Por fim apresento a redaccedilatildeo do Recurso Especial (Resp) nordm

1265580RS de 2011

Processual Civil e Econocircmico Execuccedilatildeo de Sentenccedila que determinou Correccedilatildeo Monetaacuteria pelo IGP-M Iacutendices de Deflaccedilatildeo Aplicabilidade preservando-se o Valor Nominal da Obrigaccedilatildeo 1 A correccedilatildeo monetaacuteria nada mais eacute do que um mecanismo de manutenccedilatildeo do poder aquisitivo da moeda natildeo devendo representar consequentemente por si soacute nem um ldquoplusrdquo nem um ldquominusrdquo em sua substacircncia Corrigir o valor nominal da obrigaccedilatildeo representa portanto manter no tempo o seu poder de compra original alterado pelas oscilaccedilotildees inflacionaacuterias positivas e negativas ocorridas no periacuteodo Atualizar a obrigaccedilatildeo levando em conta apenas oscilaccedilotildees positivas importaria distorcer a realidade econocircmica produzindo um resultado que natildeo representa a simples manutenccedilatildeo do primitivo poder aquisitivo mas um indevido acreacutescimo no valor real Nessa linha estabelece o Manual de Orientaccedilatildeo de Procedimento de Caacutelculos aprovado pelo Conselho da Justiccedila Federal que natildeo havendo decisatildeo judicial em contraacuterio ldquoos iacutendices negativos de correccedilatildeo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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()

08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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monetaacuteria (deflaccedilatildeo) seratildeo considerados no caacutelculo de atualizaccedilatildeordquo com a ressalva de que se no caacutelculo final ldquoa atualizaccedilatildeo implicar reduccedilatildeo do principal deve prevalecer o valor nominalrdquo 2 Recurso especial provido

05 Equidade na forma de participaccedilatildeo no custeio (EFPC)

A Seguridade Social eacute financiada pelas contribuiccedilotildees sociais isso eacute fato mas como eacute realizada essa arrecadaccedilatildeo De cara devemos ter o cuidado de natildeo confundir equidade com igualdade

Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial

contributivo devem contribuir de forma semelhante enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores

Estamos diante novamente de outro princiacutepio do Direito Tributaacuterio

o Princiacutepio da Capacidade Contributiva

A Lei nordm 82121991 aleacutem de dispor sobre a organizaccedilatildeo da Seguridade Social instituiu o Plano de Custeio da proacutepria Seguridade Social e traz diversas formas de participaccedilatildeo no custeio

Com isso o empregado e o empregado domeacutestico por exemplo

contribuem com 8 9 ou 11 sobre as suas respectivas remuneraccedilotildees sendo que o valor maacuteximo de remuneraccedilatildeo eacute o teto do RGPS (Regime Geral da Previdecircncia Social) atualmente no valor de R$ 466375

Jaacute as empresas por exemplo contribuem com 20 sobre a folha de

pagamento sem respeito a teto nenhum Como se percebe a empresa tem um ocircnus muito maior que um empregado isso eacute equidade quem pode mais paga mais

06 Diversidade da base de financiamento (DBF)

A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

ampla e variada possiacutevel A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas o

lucro das empresas a remuneraccedilatildeo dos empregados os valores

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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declarados pelos contribuintes facultativos entre outras fontes de arrecadaccedilatildeo

Essa diversidade eacute necessaacuteria para que em caso de crise econocircmica

em qualquer dos setores que essa natildeo venha a prejudicar a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees e por consequecircncia comprometer a prestaccedilatildeo dos benefiacutecios agrave populaccedilatildeo

A manutenccedilatildeo da Seguridade Social eacute tatildeo importante que a proacutepria

CF1988 admite uma ampliaccedilatildeo da base de financiamento conforme podemos extrair da primeira parte do Art 195 sect 4ordm

A lei poderaacute instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenccedilatildeo ou expansatildeo da seguridade social

07 Caraacuteter democraacutetico e descentralizado da administraccedilatildeo mediante gestatildeo quadripartite com participaccedilatildeo dos trabalhadores dos empregadores dos aposentados e do Governo nos oacutergatildeos colegiados (DDQ)

Esse princiacutepio visa agrave participaccedilatildeo da sociedade em geral na gestatildeo da Seguridade Social A gestatildeo da Seguridade eacute democraacutetica (participa quem tem interesse) descentralizada (pessoas de vaacuterios setores diferentes podem participar) e quadripartite

E o que isso significa ser quadripartite Quer dizer que eacute obrigatoacuteria

a participaccedilatildeo de 4 classes sendo trabalhadores empregadores aposentados e Governo nas instacircncias gestoras da Seguridade Social que satildeo Conselho Nacional da Previdecircncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdecircncia Social (CRPS)

() 05 Financiamento da Seguridade Social ndash Parte Constitucional

Adentrando agrave parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social vamos continuar nossa explanaccedilatildeo com base especificamente no caput do Art 195

A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta (contribuiccedilotildees sociais) e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das contribuiccedilotildees sociais

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Como se pode observar o dispositivo constitucional dividiu o dever

de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) e a Sociedade (Contribuiccedilotildees Sociais)

Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o ocircnus Natildeo existiria

nenhum serviccedilo puacuteblico aleacutem da Seguridade Social seria um caos total Conforme entendimento majoritaacuterio da doutrina o financiamento

direto eacute aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais ao passo que o financiamento indireto eacute aquele oriundo dos recursos provenientes dos orccedilamentos dos entes poliacuteticos

E as receitas do Estado Como estaratildeo dispostas De que forma

Em qual orccedilamento A resposta estaacute no Art 195 sect 1ordm

As receitas dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios destinadas agrave seguridade social constaratildeo dos respectivos orccedilamentos natildeo integrando o orccedilamento da Uniatildeo

Como se depreende da literalidade do dispositivo no orccedilamento da

Uniatildeo constaraacute apenas receitas da Uniatildeo destinadas a Seguridade Social Natildeo haveraacute captura das receitas estaduais distritais e municipais

em prol da Seguridade Social Em resumo todo ente poliacutetico (Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios) deve contribuir com a Seguridade mas com orccedilamentos separados Nada de juntar tudo no caixa da Uniatildeo

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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1 A criaccedilatildeo das Contribuiccedilotildees Sociais Residuais se daraacute por meio de Lei Complementar 2 As contribuiccedilotildees deveratildeo ser natildeo cumulativas 3 O fato gerador (FG) ou a base de caacutelculo (BC) dessas novas contribuiccedilotildees deveratildeo ser diferentes do FG e da BC das contribuiccedilotildees sociais existentes e 4 O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuiccedilotildees sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existentes Esse entendimento eacute importante

sect 5ordm Nenhum benefiacutecio ou serviccedilo da seguridade Social poderaacute ser criado majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total

Estamos diante do famoso Princiacutepio da Preexistecircncia do Custeio

em Relaccedilatildeo aos Benefiacutecios e serviccedilos Com certeza esse princiacutepio demonstra uma atitude prudente do constituinte originaacuterio

Imagine o Estado criando novos benefiacutecios sem uma fonte para

custeaacute-los A fonte de custeio dos benefiacutecios jaacute existentes seria prejudicada implicando prejuiacutezo consequente a seus beneficiaacuterios

Por sua vez a CF1988 eacute clara ao afirmar que para criaccedilatildeo ou

majoraccedilatildeo de benefiacutecios ou serviccedilos da Seguridade Social deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que iraacute financiar essa expansatildeo Fique atento agrave palavra ldquototalrdquo natildeo caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial estaacute errado A fonte de custeio deve ser TOTAL

Sobre o princiacutepio considero importante destacar que esse natildeo se

aplica agraves Entidades de Previdecircncia Complementar (Previdecircncia Privada) conforme dispotildee a jurisprudecircncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) esse princiacutepio eacute aplicado somente agrave Seguridade Social

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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financiada por toda a sociedade qual seja agraves accedilotildees promovidas pelo Poder Puacuteblico (Recurso Extraordinaacuterio 596637 AgR de 08092009)

sect 6ordm As contribuiccedilotildees sociais de que trata este artigo (Contribuiccedilotildees Sociais para a Seguridade Social) soacute poderatildeo ser exigidas apoacutes decorridos 90 dias da data da publicaccedilatildeo da lei que as houver instituiacutedo ou modificado natildeo se lhes aplicando o disposto no Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo (Anterioridade Anual)

Estamos diante de uma regra de produccedilatildeo de efeitos financeiros Em

outras palavras apoacutes a publicaccedilatildeo da lei que criou a contribuiccedilatildeo social a partir de quando ela poderaacute ser exigida pelo Estado

No caso das contribuiccedilotildees sociais o Estado por meio da Receita

Federal do Brasil deve aguardar 90 dias para iniciar a exigecircncia dessa nova contribuiccedilatildeo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada)

Como se extrai da norma constitucional o dispositivo afastou a

Anterioridade Anual (CF1988 Art 150 inciso III aliacutenea ldquobrdquo) cuja essecircncia diz que o tributo soacute seraacute exigido no exerciacutecio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituiccedilatildeo (ou de majoraccedilatildeo) do tributo foi publicada

Em suma as contribuiccedilotildees sociais podem ser exigidas em 90 dias

apoacutes a publicaccedilatildeo da lei instituidora sem a necessidade de aguardar o iniacutecio do exerciacutecio financeiro seguinte ao da publicaccedilatildeo da referida lei

A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal satildeo corolaacuterios

(decorrecircncias) do Princiacutepio Constitucional da Natildeo surpresa (CF1988 Art 150 inciso III aliacuteneas ldquoardquo ldquobrdquo e ldquocrdquo) Esse princiacutepio presente no Direito Tributaacuterio visa garantir a seguranccedila juriacutedica do contribuinte perante a sede arrecadatoacuteria do Estado

Sem o referido princiacutepio o Governo poderia instituir e cobrar

tributos do cidadatildeo de forma imediata surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses natildeo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributaacuterias sendo apanhados desprevenidos

Por isso a Carta Magna prevecirc de forma expressa os periacuteodos da

anterioridade protegendo o cidadatildeo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orccedilamentos mensais

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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07 Previdecircncia Social

Vamos abordar a segunda aacuterea da Seguridade Social e a mais importante para os nossos estudos a Previdecircncia Social Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais

Art 201 A Previdecircncia Social seraacute organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdecircncia Social ndash RGPS) de caraacuteter contributivo e de filiaccedilatildeo obrigatoacuteria observados criteacuterios que preservem o equiliacutebrio financeiro e atuarial e atenderaacute nos termos da lei a

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda e V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

Do caput do artigo exprime-se que a Previdecircncia Social eacute

contributiva Ao contraacuterio da Sauacutede onde qualquer pessoa pode dela usufruir na

Previdecircncia para o cidadatildeo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios o mesmo deveraacute estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdecircncia Social (RGPS)

Natildeo existe em regra benefiacutecio sem custeio A ideia da Previdecircncia Social eacute equivalente agrave de uma contrataccedilatildeo de

seguro comum como o de veiacuteculos por exemplo Vocecirc compra um veiacuteculo e faz o seguro Vocecirc paga um valor estipulado por ano e caso sofra algum sinistro o seguro ldquocobrerdquo essa ocorrecircncia

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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Quando o segurado contribui para a Previdecircncia ele estaacute contratando um seguro Logo quando ocorrer algum sinistro (idade avanccedilada invalidez ou morte por exemplo) estaraacute coberto pelos benefiacutecios previdenciaacuterios Essa eacute a ideia Para constar os sinistros supracitados tambeacutem recebem o nome de riscos ou riscos sociais =)

Os incisos tratam dos benefiacutecios previdenciaacuterios de forma geral sem entrar nas nuances previstas na legislaccedilatildeo infralegal Por enquanto farei breves comentaacuterios

I - Cobertura dos eventos de doenccedila invalidez morte e idade avanccedilada

A cobertura dos eventos seraacute realizada por meio das seguintes

formas de proteccedilatildeo previstas na Previdecircncia Social

Cobertura de Eventos de Benefiacutecio 1 Doenccedila Auxiacutelio Doenccedila e Auxiacutelio Acidente 2 Invalidez Aposentadoria por Invalidez 3 Morte Pensatildeo por Morte

4 Idade Avanccedilada Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuiccedilatildeo

II - Proteccedilatildeo agrave maternidade especialmente agrave gestante

A proteccedilatildeo agrave maternidade principalmente agrave gestante se daacute

atraveacutes do Salaacuterio Maternidade que passa a ter o direito com nascimento da crianccedila ou mesmo por meio de adoccedilatildeo conforme disposiccedilotildees legais

III - Proteccedilatildeo ao trabalhador em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio

Nesse ponto da disciplina muitos bons alunos se confundem O

Seguro Desemprego eacute um benefiacutecio de natureza previdenciaacuteria Entretanto esse benefiacutecio eacute administrado e concedido pelo Ministeacuterio

do Trabalho e Emprego (MTE) e natildeo pelo INSS Por sua vez o Seguro Desemprego natildeo eacute a proteccedilatildeo ao trabalhador

em situaccedilatildeo de desemprego involuntaacuterio assegurada pelo texto constitucional

Muito bem entatildeo qual eacute a manutenccedilatildeo garantida pela Previdecircncia

Social aos seus beneficiaacuterios nesses casos Eacute o Periacuteodo de Graccedila (PG)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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que nada mais eacute do que um prazo no qual o desempregado natildeo contribui para a previdecircncia Social mas manteacutem a sua qualidade de segurado inclusive podendo gozar dos benefiacutecios previdenciaacuterios

Diante do exposto o segurado quando desempregado de forma

involuntaacuteria tem direito as seguintes proteccedilotildees Previdenciaacuteria O Periacuteodo de Graccedila (PG) que eacute o prazo onde o

cidadatildeo natildeo contribui para o RGPS mas mantem a sua condiccedilatildeo de segurado inclusive podendo usufruir de todos os benefiacutecios previdenciaacuterios por um determinado periacuteodo de tempo previsto em legislaccedilatildeo e

Trabalhista O cidadatildeo tem direito a receber algumas parcelas

de Seguro Desemprego com o valor definido em funccedilatildeo do salaacuterio que recebia enquanto trabalhava Eacute um benefiacutecio pago pelo MTE Apesar de estar na oacuterbita trabalhista o benefiacutecio tem natureza previdenciaacuteria como jaacute foi exposto anteriormente

Sendo assim natildeo confunda Satildeo proteccedilotildees sociais distintas

(previdenciaacuteria e trabalhista) =) IV ndash Salaacuterio Famiacutelia e Auxiacutelio Reclusatildeo para os dependentes dos segurados de baixa renda

O Salaacuterio famiacutelia e o Auxiacutelio Reclusatildeo satildeo devidos somente para o

segurado baixa renda conforme disposiccedilotildees legais Natildeo adianta ir ao INSS reclamar que a vida estaacute difiacutecil pois o

criteacuterio eacute objetivo Eacute baixa renda tem direito Natildeo eacute baixa renda sinto muito

V - Pensatildeo por Morte do segurado homem ou mulher ao cocircnjuge ou companheiro e dependentes observado o disposto no sect 2ordm (benefiacutecio que substitui o rendimento do segurado teraacute como valor mensal miacutenimo o salaacuterio miacutenimo nacional)

A Pensatildeo por Morte natildeo exige nenhum comentaacuterio adicional O

segurado morre e deixa pensatildeo para a esposa marido companheiro ou equiparado filhos

Enfim o beneficiaacuterio natildeo seraacute o proacuteprio segurado mas seus

dependentes Sendo que a Pensatildeo por Morte seraacute de no miacutenimo um salaacuterio miacutenimo mensal

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

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08 Assistecircncia Social

Vamos iniciar agora o estudo na terceira aacuterea da Seguridade Social a Assistecircncia Social =)

Esse campo ao contraacuterio da Previdecircncia que eacute contributiva (soacute

usufrui dos benefiacutecios quem contribui ou contribuiu) e da Sauacutede que eacute disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico independentemente de contribuiccedilatildeo) eacute uma aacuterea que somente os necessitados podem utilizar

Sim a Assistecircncia Social eacute somente aos necessitados

independentemente de contribuiccedilotildees agrave Seguridade Social Em uacuteltima instacircncia eacute uma forma de o governo tentar reduzir o

sofrimento das camadas mais pobres da sociedade O Art 203 da CF1988 define Assistecircncia Social bem como cita seus objetivos

Art 203 A Assistecircncia Social seraacute prestada a quem dela necessitar independentemente de contribuiccedilatildeo agrave Seguridade Social e tem por objetivos

I - A proteccedilatildeo agrave famiacutelia agrave maternidade agrave infacircncia agrave adolescecircncia e agrave velhice II - O amparo agraves crianccedilas e adolescentes carentes III - A promoccedilatildeo da integraccedilatildeo ao mercado de trabalho IV - A habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas portadoras de deficiecircncia e a promoccedilatildeo de sua integraccedilatildeo agrave vida comunitaacuteria e V - A garantia de um salaacuterio miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso que comprovem natildeo possuir meios de prover agrave proacutepria manutenccedilatildeo ou de tecirc-la provida por sua famiacutelia conforme dispuser a lei

O inciso IV referente agrave habilitaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo das pessoas

portadoras de deficiecircncia trata de um serviccedilo da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social como as provas tentam enganar o candidato Preste atenccedilatildeo a esse detalhe

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Da mesma forma o inciso V que versa sobre garantia de um salaacuterio

miacutenimo de benefiacutecio mensal agrave pessoa portadora de deficiecircncia e ao idoso trata de um benefiacutecio da Assistecircncia Social e natildeo da Previdecircncia Social Tome cuidado tambeacutem com essa diferenccedila

A Assistecircncia Social eacute tratada apenas na CF1988 Natildeo ela eacute tratada em lei proacutepria a Lei nordm 87421993 conhecida como Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS)

() 09 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social

() 04 Competecircncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdecircncia Social (CF1988)

Dando continuidade uma vez observado os conceitos de competecircncias supracitados vamos observar o que dispotildee a Carta Magna em relaccedilatildeo agrave Seguridade Social e agrave Previdecircncia Social

Art 22 Compete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre

XXIII - Seguridade Social Paraacutegrafo uacutenico Lei complementar poderaacute autorizar os Estados a legislar sobre questotildees especiacuteficas das mateacuterias relacionadas neste artigo

Como podemos observar a Uniatildeo eacute o ente poliacutetico responsaacutevel por

legislar privativamente sobre a Seguridade Social lembrando que essa eacute composta por 3 ramos Previdecircncia Social Assistecircncia Social e Sauacutede

Sendo assim a Uniatildeo eacute responsaacutevel pelas normas baacutesicas e pelas

regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos bem como pela estrutura da Seguridade Social no paiacutes

O paraacutegrafo uacutenico eacute bem claro ao afirmar que por meio de Lei

Complementar a Uniatildeo poderaacute autorizar os Estados a legislar apenas sobre questotildees especiacuteficas de Seguridade Social

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

()

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Art 24 Compete agrave Uniatildeo aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

XII - Previdecircncia Social Proteccedilatildeo e Defesa da Sauacutede sect 1ordm No acircmbito da legislaccedilatildeo concorrente a competecircncia da Uniatildeo limitar-se-aacute a estabelecer normas gerais sect 2ordm A competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre normas gerais natildeo exclui a competecircncia suplementar dos Estados sect 3ordm Inexistindo lei federal sobre normas gerais os Estados exerceratildeo a competecircncia legislativa plena para atender a suas peculiaridades sect 4ordm A superveniecircncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficaacutecia da lei estadual no que lhe for contraacuterio

Conforme dispotildee o Art 24 da CF1988 compete agrave Uniatildeo aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdecircncia Social Sendo assim cabe agrave uniatildeo editar as normas gerais sobre a Previdecircncia Social

A ediccedilatildeo de normas gerais de Previdecircncia Social pela uniatildeo natildeo

afasta a competecircncia suplementar dos Estados de editar normas que tratem de assuntos natildeo presentes nas normas gerais federais

Por seu turno a falta de normas gerais por parte da uniatildeo autoriza

os Estados a exercerem a sua competecircncia legislativa plena ou seja os Estados poderatildeo editar normas gerais sobre Previdecircncia Social

Por fim caso a Uniatildeo venha supervenientemente editar lei que

trate de normas gerais de Previdecircncia Social as normas gerais editadas pelos Estados teratildeo sua eficaacutecia suspensa imediatamente no que for contraacuterio a nova lei federal 10 Legislaccedilatildeo Previdenciaacuteria e suas Caracteriacutesticas

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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06 Hierarquia

As normas que compotildeem o ordenamento juriacutedico paacutetrio guardam hierarquia entre si ou seja existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores

Em suma a norma superior sempre prevalece sobre a norma

inferior Nesse sentido podemos dividir as normas em 4 niacuteveis decrescentes de hierarquia

1 Normas Constitucionais Estamos falando da Constituiccedilatildeo Federal e de suas Emendas Constitucionais Devo ressaltar que tambeacutem recebem status constitucional os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (35 ndash 60 ndash dos votos para aprovaccedilatildeo em 2 turnos de votaccedilatildeo tanto na Cacircmara dos Deputados quanto no Senado Federal) Essas normas estatildeo no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juriacutedico sob pena de serem julgadas inconstitucionais 2 Normas Supralegais Satildeo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juriacutedico paacutetrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinaacuterias Esses Tratados conforme dispotildee o STF estatildeo acima de todas as leis e a abaixo da Constituiccedilatildeo e suas emendas 3 Normas Legais Satildeo as Leis Complementares Leis Ordinaacuterias Leis Delegadas Medidas Provisoacuterias Decretos Legislativos Resoluccedilotildees da Cacircmara dos Deputados Resoluccedilotildees do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forccedila de Lei Ordinaacuteria Nesse ponto considero importante citar que natildeo existe hierarquia entre as Normas Legais ou seja ao contraacuterio de que muitos pensam as Leis Complementares natildeo satildeo superiores as Leis Ordinaacuterias As normas Legais devem respeitar a Constituiccedilatildeo as Emendas Constitucionais bem como as Normas Supralegais sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais e 4 Normas Infralegais Decretos Portarias Instruccedilotildees Normativas e outros atos infralegais Esses atos estatildeo no patamar mais baixo devendo respeitar as Normas Constitucionais Normas Supralegais e as Normas Legais sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Com base nos 4 niacuteveis apresentados podemos montar a famosa Piracircmide de Kelsen que nada mais eacute do que a representaccedilatildeo graacutefica da Teoria da Hierarquia das Normas Juriacutedicas proposta pelo notoacuterio jurista austriacuteaco Hans Kelsen (1881-1973) Observe

12 Questotildees Comentadas 01 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere agrave fonte do custeio previdenciaacuterio que passou a ser triacuteplice provinda de contribuiccedilotildees do Estado do trabalhador e do empregador

Entre 1930 e 1960 tivemos trecircs constituiccedilotildees federais vigentes e sobre elas acho importante saber

CF1934 Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo CF1937 Natildeo traz nenhuma novidade mas adota o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo que sob a eacutegide da Constituiccedilatildeo atual eacute um erro Como jaacute disse fique calmo sem ansiedade vocecirc conheceraacute esses termos nos proacuteximos toacutepicos =) CF1946 Foi a primeira Constituiccedilatildeo a adotar o termo ldquoPrevidecircncia Socialrdquo de forma expressa em substituiccedilatildeo a

Normas

Constitucionais

Normas Supralegais

Normas Legais

Normas Infralegais

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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expressatildeo ldquoSeguridade Socialrdquo Natildeo traz nenhuma novidade relevante

Certo

02 (Analista do Seguro Social ndash DireitoINSSFunrio2014) A primeira norma legal a instituir a previdecircncia social no Brasil foi a Constituiccedilatildeo de 1946

Em 24011923 surge o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil A Lei Eloy Chaves (LEC)

O entatildeo Deputado Federal por Satildeo Paulo Eloy Marcondes de

Miranda Chaves a pedidos dos trabalhadores ferroviaacuterios estaduais redigiu o Decreto Legislativo nordm 4682 que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei

argentino com as devidas adaptaccedilotildees agrave realidade nacional da eacutepoca que dispunha sobre a criaccedilatildeo das CAP

A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no

Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

03 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que a Constituiccedilatildeo de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdecircncia realizada com contribuiccedilotildees do Estado do empregado e do empregador

A Constituiccedilatildeo Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que o custeio da previdecircncia ocorreria de forma triacuteplice com contribuiccedilatildeo dos empregadores dos trabalhadores e do Estado Apesar da participaccedilatildeo do Estado no custeio essa constituiccedilatildeo adotou o termo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Errado

04 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ocorreram inuacutemeras modificaccedilotildees na organizaccedilatildeo administrativa previdenciaacuteria brasileira ao longo de seu desenvolvimento tais como a transformaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural em INPS e em seguida mediante a CF a transformaccedilatildeo deste em INSS

Em 1963 por meio da Lei nordm 4214 foi instituiacutedo o Fundo de Assistecircncia e Previdecircncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL)

Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao

comercializarem sua produccedilatildeo eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdecircncia mediante guia proacutepria O FUNRURAL foi extinto com o advento do SINPAS em 1977

Por sua vez em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificou todos os IAPs existentes criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) perdurando ateacute a criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio da Lei nordm 80291990 (1 ano e meio apoacutes a promulgaccedilatildeo da CF1988) sendo que o INSS nasceu da fusatildeo do INPS com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

05 (Defensor PuacuteblicoDPUCESPE2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil criou as caixas de aposentadoria e pensotildees das empresas de estradas de ferro sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado

A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores aleacutem de prever quais benefiacutecios seriam concedidos e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

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Como podemos perceber a previdecircncia nasce no Brasil sem a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP satildeo patrocinadas pela empresa e pelos empregados Errado

06 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Embora a Lei Eloy Chaves de 1923 seja considerada na doutrina majoritaacuteria o marco da previdecircncia social no Brasil apenas em 1960 com a aprovaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social houve a uniformizaccedilatildeo do regramento de concessatildeo dos benefiacutecios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensatildeo entatildeo existentes

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAP continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada o

que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo Certo

07 (ProcuradorTCE-BACESPE2010) Na evoluccedilatildeo da previdecircncia social brasileira o modelo dos institutos de aposentadoria e pensatildeo que abrangiam determinadas categorias profissionais foi posteriormente substituiacutedo pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensatildeo que eram criadas na estrutura de cada empresa

Foi exatamente o contraacuterio As Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) foram substituiacutedas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) Na deacutecada de 30 o governo unificou as CAP em IAP que natildeo seriam organizadas por empresas mas sim por Categoria Profissional

Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao

receacutem-criado Ministeacuterio do Trabalho (1930) Essa unificaccedilatildeo foi lenta e durou quase trecircs deacutecadas sendo o IAP dos Mariacutetimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferroviaacuterios (1960) o uacuteltimo Errado

08 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013)

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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Fique com Deus Forte Abraccedilo

ALI MOHAMAD JAHA

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Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o ordenamento juriacutedico brasileiro coexistiu com inuacutemeros regimes previdenciaacuterios especiacuteficos ateacute a ediccedilatildeo do Decreto-Lei nordm 721966 mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizaccedilatildeo previdenciaacuteria no INPS

Em 1960 a Lei nordm 3807 unificou toda a legislaccedilatildeo securitaacuteria (unificaccedilatildeo da legislaccedilatildeo dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Orgacircnica da Previdecircncia Social (LOPS)

Os IAPs continuaram existindo mas a legislaccedilatildeo foi unificada

o que foi um grande avanccedilo para os trabalhadores aleacutem da simplificaccedilatildeo no entendimento da legislaccedilatildeo

Em 1965 foi incluiacutedo um dispositivo na CF1946 no qual se

proibia a prestaccedilatildeo de benefiacutecio sem a correspondente fonte de custeio O legislador deu um passo a mais na evoluccedilatildeo do sistema previdenciaacuterio paacutetrio

Finalmente em 1966 foi publicado o Decreto-Lei nordm 72 que

unificava os IAP criando o Instituto Nacional da Previdecircncia Social (INPS) oacutergatildeo puacuteblico de natureza autaacuterquica

Um ano depois em 1967 com o advento da Lei nordm 5316 o

governo integrou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) agrave Previdecircncia Social e finalmente esse benefiacutecio deixou de ser uma prestaccedilatildeo privada para se tornar um benefiacutecio puacuteblico

A partir de 1967 tanto os benefiacutecios comuns quanto os

acidentaacuterios ficaram abarcados pelo INPS que passou a ser o oacutergatildeo responsaacutevel pela concessatildeo dos mesmos Certo

09 (Procurador MunicipalPGM-AracajuCESPE2008) A positivaccedilatildeo do modelo de seguridade social na ordem juriacutedica nacional ocorreu a partir da Constituiccedilatildeo de 1937 seguindo o modelo do Bem-Estar Social em voga na Europa naquele momento No caso brasileiro as aacutereas representativas dessa forma de atuaccedilatildeo satildeo sauacutede assistecircncia e previdecircncia social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional A propoacutesito a ldquoPolacardquo natildeo trouxe nenhuma

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

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Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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novidade securitaacuteria apenas o fato de adotar o termo ldquoSeguro Socialrdquo como sinocircnimo de ldquoPrevidecircncia Socialrdquo

Cinco deacutecadas depois em 1988 a Constituiccedilatildeo Cidadatilde

finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juriacutedico definindo-a como um conjunto de accedilotildees nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede Errado

10 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A constituiccedilatildeo do sistema de proteccedilatildeo social no Brasil a exemplo do que ocorreu na Europa deu-se em razatildeo de longo e vagaroso processo de superaccedilatildeo dos postulados do liberalismo claacutessico passando o sistema da total ausecircncia de regulaccedilatildeo estatal para uma intervenccedilatildeo cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteccedilatildeo previdenciaacuteria

No Brasil a evoluccedilatildeo previdenciaacuteria se deu de forma anaacuteloga a mundial um lento processo de transformaccedilatildeo de Estado Liberal (sem intervenccedilatildeo Estatal) para Estado Social (com total intervenccedilatildeo estatal)

Ateacute 1923 apenas alguns servidores puacuteblicos possuiacuteam a

proteccedilatildeo social natildeo existindo uma proteccedilatildeo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada

Apoacutes a criaccedilatildeo da Lei Eloy Chaves ndash marco inicial da

Previdecircncia Social no Brasil o sistema securitaacuterio brasileiro evoluiu lentamente ateacute o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF1988 Certo

11 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta constitucional de 1937 previa como forma de atuaccedilatildeo do estado as aacutereas de sauacutede assistecircncia e previdecircncia social aleacutem de inuacutemeras outras inovaccedilotildees na aacuterea da seguridade social

A CF1937 natildeo trouxe o modelo de seguridade social agrave ordem juriacutedica nacional Foi a CF1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de accedilotildees integradas nas aacutereas de Previdecircncia Assistecircncia e Sauacutede

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

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Errado 12 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que o Decreto Legislativo nordm 46821923 tambeacutem conhecido como Lei Eloy Chaves eacute considerado um marco do direito previdenciaacuterio brasileiro devido ao fato de por meio dele ter sido criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social

A Lei Eloy Chaves (LEC) sem duacutevida alguma foi o marco inicial da Previdecircncia Social no Brasil natildeo por ter criado o Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP)

No caso a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua proacutepria CAP em favor de seus trabalhadores

Aleacutem disso deveria prever quais benefiacutecios seriam concedidos

e quais seriam as contribuiccedilotildees da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP

Como podemos perceber a previdecircncia nasceu no Brasil sem

a participaccedilatildeo do Estado pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados Errado

13 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSFCC2012) O INSS autarquia federal resultou da fusatildeo das seguintes autarquias IAPAS e INAMPS

A Lei nordm 80291990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atraveacutes da fusatildeo do Instituto Nacional de Previdecircncia Social (INPS) com o Instituto de Administraccedilatildeo Financeira da Previdecircncia e Assistecircncia Social (IAPAS) Errado

14 (Consultor LegislativoCacircmara dos DeputadosCESPE2014) Entre os principais marcos legislativos referentes agrave seguridade social incluem-se a ediccedilatildeo do ldquoPoor Relief Actrdquo (Lei dos Pobres) em 1601 na Inglaterra e a criaccedilatildeo do seguro-doenccedila em 1883 na Alemanha

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Na Histoacuteria Mundial podemos destacar os seguintes fatos

marcantes da Proteccedilatildeo Social

1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

Errado

()

Acabamos aqui a Aula Demonstrativa Espero que vocecirc tenha

gostado e que possamos finalizar juntos esse curso rumo a sua aprovaccedilatildeo no INSS =)

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1601 ndash ldquoPoor Relief Actrdquo (Leis dos Pobres) Primeira manifestaccedilatildeo estatal quanto agrave proteccedilatildeo social Era um mecanismo presente na Inglaterra de proteccedilatildeo social agraves pessoas carentes e necessitadas Natildeo era um mecanismo previdenciaacuterio mas sim um mecanismo assistencial Foi o marco inicial da Assistecircncia Social no mundo 1883 ndash Lei de Bismark Eacute o surgimento da Previdecircncia Social no mundo O Chanceler alematildeo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituiacutedo um seguro doenccedila em favor dos trabalhadores industriais Esse seguro seria patrocinado pelo proacuteprio trabalhador e por seu empregador que deveriam contribuir para o Estado Por sua vez este manteria um sistema protetivo em relaccedilatildeo a esses trabalhadores A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaccedilotildees de proteccedilatildeo como os acidentes do trabalho e os benefiacutecios em decorrecircncia de invalidez O sistema previdenciaacuterio de Bismark eacute muito parecido com o adotado atualmente pelos paiacuteses inclusive pelo Brasil 1917 ndash Constituiccedilatildeo do Meacutexico Foi a primeira constituiccedilatildeo do mundo a adotar a expressatildeo Previdecircncia Social Isso eacute um claro reflexo da evoluccedilatildeo do Estado Liberal para o Estado Social (ldquoWelfare Staterdquo) 1919 ndash Constituiccedilatildeo de Weimar Constituiccedilatildeo que vigeu na curta repuacuteblica de Weimar da Alemanha (1919 ndash 1933) A Alemanha como berccedilo da Previdecircncia Social seguiu os passos da Constituiccedilatildeo do Meacutexico e abarcou o tema em seu texto constitucional 1935 ndash ldquoSocial Security Actrdquo Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciaacuterio nacional com uma grande margem de atuaccedilatildeo Eacute uma evoluccedilatildeo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco deacutecadas antes 1942 ndash Plano Beveridge (Inglaterra) Foi a reformulaccedilatildeo completa do sistema previdenciaacuterio britacircnico Como se falava na eacutepoca os britacircnicos estariam protegidos do berccedilo ao tuacutemulo Em suma qualquer pessoa em qualquer idade teria

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensatildeo (CAP) por empresa de estrada de ferro

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

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ampla proteccedilatildeo social estatal Foi o ponto alto do ldquoWelfare Staterdquo (Estado Social) Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje como algo mais abrangente que Previdecircncia Social e Assistecircncia Social

Certo

15 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio ou seja a contribuiccedilatildeo dos trabalhadores a dos empregadores e a do poder puacuteblico

A CF1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triacuteplice da fonte de custeio com contribuiccedilotildees do Empregador Trabalhador e do Estado Aleacutem disso utilizou a expressatildeo ldquoPrevidecircnciardquo sem o adjetivo ldquoSocialrdquo Certo

16 (Teacutecnico do Seguro SocialINSSCESPE2008) A fusatildeo da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciaacuteria centralizou em apenas um oacutergatildeo a arrecadaccedilatildeo da maioria dos tributos federais Contudo a fiscalizaccedilatildeo e a arrecadaccedilatildeo das contribuiccedilotildees sociais destinadas aos chamados terceiros mdash SESC SENAC SESI SENAI e outros mdash permanecem a cargo do INSS

Desde 2007 com a criaccedilatildeo da Receita Federal do Brasil o INSS natildeo estaacute encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuiccedilatildeo social ou outra espeacutecie de tributo Atualmente cabe ao INSS apenas a concessatildeo de benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

17 (Defensor PuacuteblicoDPE-AMIC2011) Eacute entendimento doutrinaacuterio dominante que o marco inicial da previdecircncia social brasileira foi a publicaccedilatildeo do Decreto Legislativo nordm 46821923 Lei Eloy Chaves que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensotildees nas empresas de estradas de ferro existentes sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criaccedilatildeo do Instituto da Aposentadoria e Pensatildeo

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Na deacutecada de 30 quando as CAP foram substituiacutedas pelos

Institutos de Aposentadoria e Pensatildeo (IAP) cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e natildeo pela proacutepria LEC como afirma a questatildeo Errado

18 (Analista Judiciaacuterio ndash Aacuterea AdministrativaTRT-8CESPE2013) Acerca da evoluccedilatildeo histoacuterica do direito previdenciaacuterio brasileiro eacute correto afirmar que ao longo de deacutecadas o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadatildeos tendo sido instituiacutedos benefiacutecios previdenciaacuterios ao trabalhador apenas com a promulgaccedilatildeo da CF

Pelo contraacuterio Com o passar do tempo os direitos sociais foram sempre se expandindo ateacute chegarmos na Constituiccedilatildeo de 1988 conhecida como Constituiccedilatildeo Cidadatilde

Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e

garantias fundamentais previstas em seu texto Apoacutes um longo periacuteodo sofrendo nas matildeos dos militares os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e proteccedilotildees possiacuteveis aos cidadatildeos brasileiros

Por sua vez desde o surgimento da Previdecircncia Social no paiacutes

por meio da Lei Eloy Chaves (1923) os trabalhadores sempre contaram com benefiacutecios previdenciaacuterios Errado

19 (Analista ExecutivoSEGER-ESCESPE2013) Acerca do conceito da origem e da evoluccedilatildeo legislativa da seguridade social brasileira eacute correto afirmar que apesar de natildeo ser a primeira norma a tratar de seguridade social a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nordm 46821923) eacute considerada pela doutrina majoritaacuteria o marco inicial da previdecircncia social brasileira

A Lei Eloy Chaves eacute considerada o marco da Previdecircncia Social no Brasil Ela determinava a criaccedilatildeo de Caixas de Aposentadoria e Pensotildees para os empregados ferroviaacuterios Previa os benefiacutecios de aposentadoria por invalidez ordinaacuteria (equivalente agrave aposentadoria por tempo de contribuiccedilatildeo) pensatildeo por morte e assistecircncia meacutedica

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Certo 20 (Auditor-FiscalRFBESAF2014) O entendimento do Supremo Tribunal Federal no que toca agrave imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistecircncia social eacute no sentido de que se entendem por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei

Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANCcedilA Nordm 23729DF DE 14022006 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROacutePICOS 1 Entendem-se por serviccedilos assistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos os princiacutepios e as diretrizes estabelecidos em lei 2 Do confronto entre os objetivos estatutaacuterios do impetrante e a definiccedilatildeo de entidade beneficente de assistecircncia social da legislaccedilatildeo (Art 23 da Lei nordm 87421993 Art 55 da Lei nordm 82121991 e Decreto nordm 7521993) verifica-se que o recorrente natildeo faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantroacutepicos pois muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relaccedilotildees culturais entre paiacuteses irmatildeos natildeo estaacute voltado precipuamente para as necessidades baacutesicas da populaccedilatildeo e natildeo eacute entidade beneficente de assistecircncia social 4 Provimento negado

Como observamos a decisatildeo do STF faz referecircncia ao Art 23

da LOAS com a sua redaccedilatildeo original e revogada (ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo) ao passo que o referido dispositivo foi alterado pela Lei nordm 124352011 apresentado atualmente a seguinte redaccedilatildeo

Art 23 Entendem-se por serviccedilos socioassistenciais as atividades continuadas que visem agrave melhoria de vida da

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populaccedilatildeo e cujas accedilotildees voltadas para as necessidades baacutesicas observem os objetivos princiacutepios e diretrizes estabelecidos nesta Lei

Em resumo a assertiva fez referecircncia agrave uma jurisprudecircncia

que faz menccedilatildeo agrave um artigo que foi alterado de uma lei natildeo prevista em edital No meu entendimento de forma ldquoum pouco forccediladardquo cabe anulaccedilatildeo pois o termo correto atualmente eacute ldquoserviccedilos socioassistenciaisrdquo e natildeo ldquoserviccedilos assistenciaisrdquo como eacute sugerido Certo

21 (Auditor-FiscalRFBESAF2012) A sociedade financia a seguridade social de forma indireta entre outras formas por meio das contribuiccedilotildees para a seguridade social incidentes sobre a folha de salaacuterios

A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta inclusive por meio das contribuiccedilotildees sobre a folhas de salaacuterios Essa afirmaccedilatildeo estaacute clara no Art 195 inciso I aliacutenea a

Art 195 A Seguridade Social seraacute financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta nos termos da lei mediante recursos provenientes dos orccedilamentos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e das seguintes contribuiccedilotildees sociais

I - Do empregador da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei incidentes sobre

a) A folha de salaacuterios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a qualquer tiacutetulo agrave pessoa fiacutesica que lhe preste serviccedilo mesmo sem viacutenculo empregatiacutecio

Cuidado com esses detalhes da literalidade =)

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Questatildeo muito maldosa exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redaccedilatildeo revogada de um ato normativo natildeo previsto expressamente no edital (Lei nordm 87421993 ndash Lei Orgacircnica da assistecircncia Social a famosa LOAS) Observe o seguinte enunciado

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