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DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM QUESTÕES ATUALIZAÇÃO DAS DICAS DE ESTUDO E SÚMULAS 1ª EDIÇÃO AUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no Facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM QUESTÕES - 1ª EDIÇÃO - 2015 Prezados alunos e leitores, Com o escopo de atualizar a 1ª edição da obra Direito Previdenciário em Questões, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização das dicas e súmulas, considerando as normas publicadas até 31 de agosto de 2015. As questões que foram analisadas à luz das Medidas Provisórias nº 664 e 665, ambas de 2014, devem agora, ser interpretadas de acordo com a legislação e as dicas atualizadas. Abraços, ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM QUESTÕES

ATUALIZAÇÃO DAS DICAS DE ESTUDO E SÚMULAS 1ª

EDIÇÃO

AUTORA: ADRIANA MENEZES

www.adrianamenezes.com

Página no Facebook:

https://www.facebook.com/profadrianamenezes

OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM QUESTÕES - 1ª EDIÇÃO - 2015

Prezados alunos e leitores,

Com o escopo de atualizar a 1ª edição da obra Direito Previdenciário em Questões,

publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização das dicas e súmulas, considerando as

normas publicadas até 31 de agosto de 2015.

As questões que foram analisadas à luz das Medidas Provisórias nº 664 e 665, ambas de

2014, devem agora, ser interpretadas de acordo com a legislação e as dicas atualizadas.

Abraços,

ADRIANA MENEZES

www.adrianamenezes.com https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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DICAS DE ESTUDO

1. A SEGURIDADE SOCIAL – CONCEITO, EVOLUÇÃO, ORGANIZAÇÃO,

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

- Substituir o quadro histórico pelo atualizado:

Histórico no Mundo

Inglaterra, 1601 Poor Relief Act – primeiro ato relativo à assistência social.

Alemanha, 1883

Chanceler Bismark obteve a aprovação do parlamento de seu projeto de

seguro de doença, que foi seguido pelo seguro de acidentes de trabalho

(1884) e pelo seguro de invalidez e velhice (1889)

1891 Encíclica RerumNovarum, de Leão XIII

1917 A primeira Constituição a mencionar o seguro social foi a do MÉXICO

1919 A Constituição de Weimar traz vários dispositivos relativos à Previdência

Estados Unidos,

1935

A partir do modelo Bismarkiano, esta técnica protetiva espalhou-se pelo

mundo, sendo que, no período entre as duas grandes guerras, houve uma

maior abrangência da técnica, atingindo um número cada vez maior de

pessoas. Neste período, pode-se citar o Social Security Act.

Inglaterra, 1942

Relatório BEVERIDGE. Este relatório, responsável pelo surgimento do

plano de mesmo nome, foi que deu origem à Seguridade Social, ou seja, a

responsabilidade estatal não só do seguro social, mas também de ações na

área de saúde e assistência social.

1952,

Genebra

Aprovação da Convenção nº 102 da OIT que adota proposições relativas às

normas mínimas para a seguridade social, sendo observada pelos países

signatários, dentre eles, o Brasil.

A Convenção nº 102 entrou em vigor no plano internacional em 27/04/1955.

Foi aprovada, no Brasil, pelo Decreto Legislativo nº 269/2008 e ratificada

em 15/06/2009.

Histórico no Brasil

1543 Exemplos mais antigos da proteção social brasileira – santas casas

1808 Montepio para a guarda pessoal de D. João VI

1824 A Constituição do Império tratou dos socorros públicos

1835 Criação do MONGERAL, Montepio Geral dos Servidores do Estado

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1891

A Constituição de 1891 foi a primeira a conter a expressão “aposentadoria”,

que era concedida a funcionários públicos, em caso de invalidez

permanente.

1923

Ainda sob a égide da Constituição de 1891, foi editada a Lei Eloy

Chaves (Decreto-Legislativo nº 4.682, de 24/01/1923), que criou caixas

de aposentadorias e pensões para os ferroviários, por empresa.

Apesar de não ser o primeiro diploma legal sobre o assunto securitário (já

havia o Decreto-Legislativo nº 3.724/19 sobre o seguro obrigatório de

acidentes do trabalho), devido ao desenvolvimento posterior da previdência

e à estrutura interna da “lei” Eloy Chaves ficou esta conhecida como o

marco inicial da Previdência Social.

1926/28

A Lei nº 5.109, de 20.12.1926, estendeu o regime da Lei Eloy Chaves aos

portuários e marítimos; e pela Lei nº 5.485 de 30.06.1928, ele foi estendido

ao pessoal das empresas de serviços teleegráficos e radiotelegráficos.

1930 Criação do Ministério do Trabalho. Em 1933: criação do primeiro IAP, dos

marítimos – IAPM (Decreto nº22.872 de 29.06.1933).

1934

A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer a forma tríplice da fonte

de custeio previdenciária, com contribuições do Estado, do empregador e do

empregado. Foi, também, a primeira Constituição a utilizar a palavra

“Previdência”, sem o adjetivo “social”.

1937 A Constituição de 1937 não traz novidades, a não ser o uso da palavra

“seguro social” como sinônimo de previdência social.

1946 A Constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão “previdência

social”, substituindo a expressão “seguro social”.

1960 A Lei nº 3.807, de 26/08/1960, unificou toda a legislação securitária e ficou

conhecida como a Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS.

1963 Instituição do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural –

FUNRURAL, instituído pela Lei nº 4.214, de 02.03.1963.

1965 Ainda na CF/46, foi incluído, em 1965, parágrafo proibindo a prestação de

benefício sem a correspondente fonte de custeio.

1966 IAPs foram unificados no INPS, por meio do Decreto-Lei nº 72, de

21.11.1966.

1967

A Lei nº 5.316, de 14.09.1967, integrou o seguro de acidentes de trabalho à

previdência social, fazendo assim desaparecer este seguro como ramo à

parte.

1967 Constituição Federal de 1967 criou o seguro-desemprego.

1971 A Lei Complementar nº 11, de 25.05.1971, instituiu o Programa de

Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), de natureza assistencial,

cujo principal benefício era a aposentadoria por velhice, após 65 anos de

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idade, equivalente a 50% do salário mínimo de maior valor no País.

1977 A Lei nº 6.439/77 institui o SINPAS.

1988

A Constituição de 1988 tratou, pela primeira vez no Brasil, da Seguridade

Social, entendida esta como um conjunto de ações nas áreas de Saúde,

Previdência e Assistência Social.

1990

O SINPAS foi extinto em 1990. A Lei nº 8.029, de 12/04/1990, criou o

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social –, autarquia federal, vinculada

ao hoje Ministério da Previdência Social, por meio da fusão do INPS com o

IAPAS.

1991 Lei nº 8.212 (Plano de Custeio e Organização da Seguridade Social) e Lei nº

8.213 (Plano de Benefícios da Previdência Social).

1999 Decreto nº 3.048/99.

EC 20/98 1ª Reforma da Previdência, transformando aposentadoria por tempo de

serviço em aposentadoria por tempo de contribuição.

EC 41/03 2ª Reforma da Previdência, mudando regras de aposentadoria do servidor,

com o fim da integralidade e da paridade.

EC 47/05 Complementa a EC nº 41/03, trazendo mais uma regra transitória.

MP 222/04,

convertida na

Lei nº 11.098/05

Criação da Secretaria da Receita Previdenciária, vinculada ao Ministério da

Previdência Social com atribuição de fiscalizar, cobrar e arrecadar as

contribuições previdenciárias.

MP nº 258/05

Extinção da Secretaria da Receita Previdenciária – SRP-, conferindo à

Secretaria da Receita Federal do Brasil a atribuição, também, da

fiscalização, cobrança e arrecadação das contribuições previdenciárias.

Decorreu o prazo para sua conversão em lei e manteve-se, então, a SRP.

Lei nº 11.457/07

Extinção da SRP. A Secretaria da Receita Federal passa a ter a denominação

de Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB –, com a atribuição, a

partir de maio/07, de fiscalizar, arrecadar e cobrar as contribuições

previdenciárias.

EC nº 70/2012

Traz redação do art. 6º-A para a Emenda Constituição nº 41/2003 e altera a

forma de cálculo das aposentadorias por invalidez do servidor que ingressou

no serviço público antes da data da publicação da EC nº 41/2003. A base

utilizada será a remuneração do cargo.

Lei nº

12. 618/12

A União, em observância ao disposto no art. 40, § 14 da Constituição

Federal, instituiu o Plano de Previdência Complementar para os servidores

públicos federais, titulares de cargo efetivo.

Decreto nº

7.808/12

Foi criada a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público

Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe.

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Resolução nº

96/2012 do STF

Foi criada a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público

Federal do Poder Judiciário – Funpresp-Jud. A aprovação do Plano pela

PREVIC deu-se em 14/10/13.

EC nº 72/2013

Deu nova redação ao parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal,

estendendo ao empregado doméstico o direito ao salário-família, aos

depósitos de FGTS, ao seguro contra acidente do trabalho, dentre outros

direitos trabalhistas e previdenciários.

Lei

Complementar

nº 142/2013

Regulamenta a concessão de aposentadoria para os segurados do RGPS

portadores de deficiência.

Decreto nº

8.145/2013

Altera o Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto

no 3.048, de 6 de maio de 1999, para dispor sobre a aposentadoria por tempo

de contribuição e por idade da pessoa com deficiência.

Lei

complementar

nº 144/2014

Trouxe novas regras para as aposentadorias voluntária e compulsória do

servidor policial civil.

LEI Nº

13.135/2015

Converteu a Medida Provisória nº 664/2014, promovendo significativas

mudanças para a concessão dos benefícios de pensão por morte e auxílio-

reclusão para os beneficiários do RGPS e do regime de previdência dos

servidores públicos federais.

LEI Nº

13.134/2015

Converteu a Medida Provisória nº 664/2014, alterando a forma de concessão

do seguro-desemprego e do abono salarial, trazendo novas exigências.

2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL

Não há atualização a ser feita.

3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - LEGISLAÇÃO

PREVIDENCIÁRIA

Não há atualização a ser feita.

4. DOS CONSELHOS

Não há atualização a ser feita.

5. A PREVIDÊNCIA SOCIAL E O REGIME GERAL DE

PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS

Não há atualização a ser feita.

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6. DOS SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

SOCIAL – RGPS – ENQUADRAMENTO, FILIAÇÃO E

INSCRIÇÃO, MANUTENÇÃO E PERDA DA CONDIÇÃO DE

SEGURADO

Em razão das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 150/2015 e pelos Decretos nº

8.425 e 8.499, ambos de 2015, preferimos substituir o quadro que aborda as características do

empregado doméstico e o texto que aborda as dicas sobre o segurado especial.

• Características do segurado empregado doméstico:

Empregado

doméstico:

– Trabalho doméstico para pessoa física ou família no âmbito residencial destas;

_ Presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal, por mais

de dois dias por semana;

– Atividades sem fins lucrativos.

(...)

• O segurado especial vai exercer, individualmente ou em regime de economia familiar,

atividade agropecuária, pesqueira, extrativista vegetal ou de seringueiro, conforme tabela

abaixo.

• O segurado especial não precisa ser proprietário do imóvel rural onde exerce suas

atividades. Pode ser meeiro, parceiro, arrendatário rural, usufrutuário, comodatário, etc. Não

precisa, também, morar no imóvel rural. Ele pode residir em aglomerado urbano próximo ao

imóvel rural.

• Veja a tabela abaixo:

ENQUADRAMENTO COMO SEGURADO ESPECIAL

CONDIÇÃO ATIVIDADE

EXPLORADA

LIMITAÇÃO DA

ÁREA

EXPLORADA

EXTENSÃO DO

ENQUADRAMENTO

Produtor que

seja:

proprietário,

usufrutuário,

possuidor,

assentado,

parceiro,

meeiro,

outorgados,

comodatário ou

arrendatário

rurais.

Agropecuária

Até quatro módulos

fiscais,

independentemente

da região do país.

Ao cônjuge ou

companheiro, bem como

filho maior de 16 anos de

idade ou a este equiparado,

do segurado enquadrado

nas situações mencionadas

anteriormente que,

comprovadamente, tenham

participação ativa nas

atividades rurais ou

pesqueiras artesanais,

respectivamente, do grupo

familiar1.

Seringueiro ou

extrativista vegetal,

que exerça suas

atividades nos

termos da Lei nº

9.985, de 18 de julho

de 2000, e faça

dessas atividades o

principal meio de

vida.

Sem limitação de

área.

1 Alteração trazida pelo Decreto nº 8.499/2015.

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Pescador

artesanal ou

assemelhado.

Que faça da pesca

profissão habitual ou

principal meio de

vida. Pode utilizar

embarcação com

arqueação bruta até

20 toneladas)2.

Sem limitação de

área.

• O pescador artesanal é aquela pessoa física que, individualmente ou em regime de

economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida desde que:

- não utilize embarcação ou;

- utilize embarcação de pequeno porte (com arqueação bruta igual ou menor a 20 toneladas).

• Assemelha-se ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal,

exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em

embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal3.

• O segurado especial poderá contratar empregados ou contribuintes individuais no período

de até 120 pessoas/dia/ano, não podendo ter empregados permanentes. Esse período não

precisa ser em épocas de safra e não será computado nesse prazo de até 120 dias o

período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. Caso o limite

legal seja superado, o segurado especial deixará de ser assim considerado e será qualificado

como contribuinte individual.

• O segurado especial poderá exercer certas atividades sem que, com isso, perca a condição

de especial. Veja a tabela abaixo:

ATIVIDADE

PERMITIDA CONDIÇÕES

Outorga de imóvel

rural

• Por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato de

até 50% de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4

módulos fiscais;

• desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a

respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia

familiar.

Turismo, inclusive

hospedagem rústica

• Na propriedade rural;

• por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano.

Participação em plano

de previdência

complementar

• Instituído por entidade classista a que seja associado;

• em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural

em regime de economia familiar.

Programa assistencial

oficial de governo

• Ser beneficiário; ou

• fazer parte de grupo familiar em que algum componente seja

beneficiário.

2 Art. 2º, inciso I, Decreto nº 8.425/2015. 3 §14-A do art. 9º do Decreto nº 3.048/99, incluído pelo Decreto nº 8.499/2015.

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Beneficiamento ou

industrialização

artesanal

• Utilizado pelo próprio grupo familiar, na exploração da

atividade;

• considera-se processo de beneficiamento ou industrialização

artesanal aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural,

pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto

Sobre Produtos Industrializados – IPI.

Associação

• Em cooperativa agropecuária.

Sociedade empresária,

sociedade simples,

como empresário

individual ou como

titular de empresa

individual de

responsabilidade

limitada, considerada

microempresa.

• o objeto da sociedade deve ser agrícola, agroindustrial ou

agroturístico;

• o segurado deve manter o exercício de sua atividade rural como

segurado especial;

• a pessoa jurídica deve ser composta apenas de segurados de igual

natureza (especiais) e sediar-se no mesmo município ou em

município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas

atividades.

- efeitos a partir de 2014.

Atividade sujeita à

incidência de IPI

sobre os produtos das

atividades

desenvolvidas.

• desde que seja a atividade desenvolvida nos moldes das

sociedades descritas na coluna acima.

- efeitos a partir de 2014.

• O segurado especial poderá ter rendimentos, conforme tabela abaixo, que não o

desqualificam como especial:

Outras fontes

de

rendimento

permitidas ao

segurado

especial.

• benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo

valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da

Previdência Social;

• exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da

categoria de trabalhadores rurais;

• exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a

atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída,

exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13

do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

• atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo

respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra

origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao

menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e

• atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor

benefício de prestação continuada da Previdência Social.

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7. DOS DEPENDENTES DO REGIME GERAL PREVIDÊNCIA

SOCIAL – CONDIÇÃO, FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO, PERDA DA

CONDIÇÃO DE DEPENDENTE

Em razão das alterações trazidas pelas Leis nº 13.135 e 13.146/2015, ambas de 2015, preferimos

substituir o texto que aborda as dicas sobre os dependentes do RGPS.

• Os dependentes do RGPS são divididos em três classes dispostas no art. 16 da Lei nº 8.213/91

e no art. 16 do Decreto nº 3.048/99, conforme tabela abaixo:

Dependentes

1ª Classe:

cônjuge, companheiro (a) e filho não emancipado de qualquer

condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência

intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,

assim declarado judicialmente.

2ª Classe: os pais.

3ª Classe:

o irmão de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que

tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou

relativamente incapaz, assim declarado judicialmente

Nota:

1) Com a entrada em vigor da Lei nº 13.135/2015, o inciso III do art. 16 da Lei nº

8.213/91sofreu alteração não mais utilizando o termo irmão não emancipado. A emancipação do

irmão volta a ser causa da maioridade previdenciária somente após 180 dias da publicação da

Lei nº 13.146/2015.

2) O irmão com deficiência grave passa a ser dependente do RGPS em razão da nova redação

do art. 16, III, da Lei nº 8.213/91 que entra em vigor em 180 dias contados a partir da data da

publicação da Lei nº 13.135/2015.

3) O filho com deficiência grave passa a ser dependente do RGPS em razão da nova redação do

art. 16, I, da Lei nº 8.213/91 que entra em vigor em 180 dias contados a partir da data da

publicação da Lei nº 13.146/2015 – 07/07/2015. Nesse mesmo prazo, é retirada a exigência de

incapacidade civil do filho e do irmão com deficiência mental ou intelectual e excluída a

necessidade de interdição judicial.

• Veja o quadro abaixo:

Legislação vigente

Condição do filho com dependente

até 180 dias a contar de 07/07/2015

- o filho não emancipado de qualquer

condição, menor de 21 anos ou inválido

ou que tenha deficiência intelectual ou

mental que o torne absoluta ou

relativamente incapaz, assim declarado

judicialmente.

- o filho não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 (vinte e um)

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a partir de 180 dias a contar de

07/07/2015

anos ou inválido ou que tenha

deficiência intelectual ou mental ou

deficiência grave;

- o filho com deficiência grave passará a

ser dependente do RGPS;

- é retirada a exigência de incapacidade

civil do filho com deficiência mental ou

intelectual e excluída a necessidade de

interdição judicial.

Legislação vigente

Condição do irmão com dependente

Até 17 de junho de 2015

- o irmão não emancipado, de

qualquer condição, menor de 21 (vinte e

um) anos ou inválido ou que tenha

deficiência intelectual ou mental que o

torne absoluta ou relativamente incapaz,

assim declarado judicialmente.

até 180 dias a contar de 18/06/2015

- o irmão de qualquer condição, menor

de 21 anos ou inválido ou que tenha

deficiência intelectual ou mental que o

torne absoluta ou relativamente incapaz,

assim declarado judicialmente.

Foi retirada a emancipação como causa

da maioridade previdenciária do irmão.

a partir de 180 dias a contar de

18/06/2015

- o irmão de qualquer condição, menor

de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou

que tenha deficiência intelectual ou

mental que o torne absoluta ou

relativamente incapaz, assim declarado

judicialmente, ou com deficiência grave,

nos termos do regulamento;

- o irmão com deficiência grave passa a

ser dependente do RGPS;

a partir de 180 dias a contar de

07/07/2015

- o irmão não emancipado, de

qualquer condição, menor de 21 (vinte e

um) anos ou inválido ou que tenha

deficiência intelectual ou mental ou

deficiência grave;

- é retirada a exigência de incapacidade

civil do irmão com deficiência mental

ou intelectual e excluída a necessidade

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de interdição judicial;

- volta a emancipação do como causa de

maioridade previdenciária.

• Os dependentes pertencentes à mesma classe vão concorrer em igualdade de condições, tendo

o benefício dividido em partes iguais entre eles.

• A existência de dependente de uma classe superior exclui o direito dos dependentes

pertencentes às classes seguintes.

• A dependência econômica dos dependentes de 1ª classe em relação ao segurado é presumida, e

a dos demais deve ser comprovada.

• O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante declaração do segurado e desde

que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.

• A condição de filho inválido deve ser atestada pela perícia médica da Previdência Social.

• O cônjuge, o companheiro e a companheira terão direito ao benefício de pensão por morte:

por 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito do segurado.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença

profissional ou do trabalho.

pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais

contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos,

02 anos da data do óbito.

Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte decorrer de acidente de

qualquer natureza ou causa, mesmo que não tenha o segurado 18 ou mais contribuições e

o casamento ou a união estável tenham sido iniciado há menos de 02 anos da data do óbito

do segurado.

Idade x do cônjuge, companheiro ou

companheira, em anos (E(x))

Duração do benefício de pensão por

morte (em anos)

menor que 21 3

entre 21 e 26 6

entre 27 e 29 10

entre 30 e 40 15

entre 41 e 43 20

44 anos ou mais Vitalícia

A idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbito do segurado vai

determinar por quanto tempo lhes será paga a pensão por morte.

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o

incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos,

correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser

fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado o acréscimo na

comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando se tratar de

inválido ou com deficiência.

Nesse caso, são garantidos, no mínimo, conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da

tabela acima.

• Em relação à perda da condição de dependente, veja a tabela abaixo:

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Perda da

qualidade de

dependente

para o cônjuge,

companheiro ou

companheira (perda

da pensão por

morte):

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18

contribuições mensais ou se o casamento ou a

união estável tiverem sido iniciados há menos de

02 anos do óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20 anos ou vitalícia,

conforme tabela já demonstrada acima, se o

segurado tiver 18 ou mais contribuições e o

casamento e a união estável tiverem sido

iniciados, há pelo menos, 02 anos da data do

óbito/reclusão do segurado. Regra aplicada aos

casos de morte por acidente,

independentemente se há 18 ou mais

contribuições e o casamento ou união estável

tiverem sido iniciados há menos 02 anos da data

do óbito.

b) Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento

da deficiência, respeitados os períodos mínimos

descritos na letra “a”.

para o cônjuge,

companheiro ou

companheira

Separação judicial ou divórcio sem direito à

prestação alimentícia.

para o filho, pessoa a

ele equiparada ou

irmão, de ambos os

sexos:

• Ao emancipar ou ao completar 21 anos de idade,

salvo se for inválido ou com deficiência mental

ou intelectual ou deficiência grave.

para o filho e o irmão

inválidos: • Com a cessação da invalidez.

para o filho e o irmão

que tenha deficiência

intelectual ou mental

ou deficiência grave:

• pela interdição ou pelo afastamento da

deficiência4.

para os pais: • Quando vierem a falecer.

para todos os

dependentes:

• Quando vierem a falecer.

• Com a perda da qualidade de segurado do qual

eles eram dependentes.

4. Alteração trazida pela Lei nº 13.146/2015, que entra em vigor em 180 dias a contar de 07/07/2015. Até lá, a cessação do benefício se

dará pelo levantamento da interdição.

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8. ACIDENTE DO TRABALHO

Em razão das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 150/2015, preferimos substituir o

texto que aborda as dicas sobre acidente do trabalho.

O acidente do trabalho TÍPICO é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

empresa ou do empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,

permanente ou temporária, da capacidade para o.

• O acidente do trabalho somente contempla os segurados empregado, inclusive o doméstico5,

trabalhador avulso e o segurado especial.

• A Lei nº 8.213/91 estendeu o conceito de acidente do trabalho, considerando como tal as

doenças profissionais e do trabalho. Essas doenças são deflagradas em virtude da atividade

laborativa desempenhada pelo indivíduo. São os chamados acidentes ATÍPICOS.

• A doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho

peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério

da Previdência Social-MPS. É chamada de tecnopatia.

• A doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais

em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação

elaborada pelo MPS. É chamada de mesopatia.

• Não são consideradas doenças do trabalho:

– a doença degenerativa;

– a doença inerente ao grupo etário;

– a doença que não produza incapacidade laborativa;

– a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,

salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela

natureza do trabalho.

• Além dos acidentes do trabalho típicos e atípicos, a Lei nº 8.213/91 elenca situações que são

equiparadas ao acidente do trabalho. É o que se chama de ACIDENTES POR

EQUIPARAÇÃO, trazidos pelo art. 21 da Lei.

• A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade

quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo.

• O nexo técnico epidemiológico previdenciário – NTEP – não gera uma presunção absoluta

de que a motivação determinante da inaptidão laboral decorre da atividade exercida pela

empresa ou do emprego doméstico.

• A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico

epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa, do

empregador doméstico ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social –

CRPS.

• A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e

segurança da saúde do trabalhador. É seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os

riscos da operação e do produto a manipular.

• Constitui contravenção penal, punível com multa, a empresa deixar de cumprir as normas de

segurança e higiene do trabalho.

• A empresa e o empregador doméstico deverão comunicar à Previdência Social a ocorrência

de acidente de trabalho através da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho:

– até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência;

5. O empregado doméstico passou a ter direito ao auxílio-acidente com a alteração do art. 18 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei

Complementar nº 150/2015.

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– imediatamente no caso de morte à autoridade competente.

• Na falta de comunicação por parte da empresa ou do empregador doméstico, poderão

formalizar a CAT:

- o próprio acidentado,

- seus dependentes,

-a entidade sindical competente,

- o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.

Nestes casos, não prevalece os prazos previstos para a empresa e para o empregador doméstico

para a entrega da CAT.

• O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses,

a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença

acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

• O reconhecimento do acidente do trabalho e, por conseguinte, a concessão de um benefício

previdenciário de natureza, também, acidentária gera consequências importantes que

merecem ser destacadas:

– na concessão dos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez cuja

incapacidade decorreu de acidente do trabalho, não se exigirá do segurado a carência

mínima de contribuições para a Previdência Social. O cumprimento da carência, nesse

caso, é dispensada;

– o segurado que receber auxílio-doença acidentário terá mantido o seu contrato de trabalho,

pelo prazo mínimo de doze meses, após a cessação do referido benefício;

– o empregador do segurado em gozo de auxílio-doença acidentário está obrigado a

depositar a importância de título de FGTS na conta do empregado, conforme determina o

disposto no art. 15, §15 da Lei nº 8.036/90;

– o evento do acidente do trabalho será considerado na estatística da empresa para fins de

majoração da contribuição do SAT/RAT em até 100%, conforme dispõe o art. 10 da Lei nº

10.666/2003;

– as ações judiciais propostas em face do INSS que discutem acerca dos benefícios

acidentários (em razão de acidente do trabalho) serão processadas e julgadas pela Justiça

Estadual. Esse entendimento abarca, inclusive, as ações revisionais dos benefícios

acidentários.

Segurados

sujeitos a

acidentes de

trabalho

• Empregado;

• empregado doméstico;

• trabalhador avulso;

• segurado especial.

Acidente do

Trabalho

• Acidente típico: Acidente pelo exercício do trabalho. (Art. 19, Lei nº

8.213/91)

• Acidente Atípico: decorrente de doenças ocupacionais. (Art. 20, Lei nº

8.213/91)

• Acidente por equiparação: O legislador equipara o evento ao acidente do

trabalho. (Art. 21, Lei nº 8.213/91)

Doenças

ocupacionais

• Doenças profissionais: produzidas ou desencadeadas pelo exercício do

trabalho. Também chamadas de tecnopatias, ergopatias ou idiopatias.

• Doenças do trabalho: adquiridas ou desencadeadas em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado. Chamadas de

mesopatias.

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9. DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS

Em razão das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 150/2015 e pelas Leis nº 13.135 e

13.146, ambas de 2015, apresentamos quadro acerca da carência exigida para os benefícios,

bem como dos benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez,

salário-família, pensão por morte e auxílio-reclusão. As demais e informações relativas aos

benefícios do RGPS que constam na 1ª edição não sofreram alteração e podem ser utilizados

para o estudo.

BENEFÍCIOS QUE EXIGEM CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES À

PREVIDÊNCIA SOCIAL:

BENEFÍCIOS CONTRIBUIÇÕES

MENSAIS

COM

CARÊNCIA –

art. 25 da Lei

nº 8.213/91

auxílio-doença 12

aposentadoria por invalidez 12

aposentadoria por idade 180

aposentadoria por tempo de contribuição 180

aposentadoria especial 180

salário-maternidade para segurados e

seguradas facultativos, contribuintes individuais e

especiais*

10**

*. Para o segurado ou a segurada especial será exigida a carência mínima de 10 meses de exercício efetivo na atividade rural, imediatamente anteriores à data do requerimento, ainda que descontínuos.

**. Se o parto antecipar o número mínimo de contribuições exigido será diminuído em número igual aos meses de

antecipação do parto, comprovada por atestado médico. Assim, se o parto acontecer no 8º mês de gestação, a carência

sofrerá a diminuição de 1 mês, sendo exigidas apenas 9 contribuições mensais.

BENEFÍCIOS QUE NÃO EXIGEM CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES À

PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Prestações previdenciárias

que não exigem CARÊNCIA

MÍNIMA de contribuições –

(Art. 25 e 26 da Lei nº

8.213/91)

• Pensão por morte;

• auxílio-reclusão;

• auxílio-acidente;

• salário-família;

• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos

de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença

profissional ou do trabalho e de doenças e afecções

especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e

da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de

acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,

deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e

gravidade que mereçam tratamento particularizado;

• salário-maternidade para os segurados empregados,

empregados domésticos e trabalhadores avulsos;

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• serviço social e reabilitação profissional.

AUXÍLIO-DOENÇA

Beneficiários Todos os segurados.

Requisitos

Incapacidade para o exercício do trabalho ou atividades habituais

por mais de quinze dias consecutivos. Necessidade de perícia médica

a cargo da Previdência Social.

A perícia médica poderá ser feita por órgãos e entidades públicos

ou que integrem o SUS, com coordenação e supervisão do INSS.

Carência

12 contribuições mensais, exceto no caso da causa ter sido

acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na lista

elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de

efetivo exercício na atividade, imediatamente anteriores à data do

requerimento do benefício.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI

91% do salário de benefício.

O valor do auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética

simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso

de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze,

a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes6.

Data de início

do benefício –

DIB

• para o empregado:

a) a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o benefício

até o 30 dias da data do afastamento;

b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o

afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem

mais de 30 dias.

• para os demais segurados, incluído o empregado

doméstico:

a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido

dentro de 30 dias do início da incapacidade;

b) da data da entrada do requerimento, se requerido após

decorrerem 30 dias do início da incapacidade.

6. Art. 29, §10, Lei nº 8.213/91.

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Divisão do

auxílio-doença

em acidentário

ou

previdenciário

Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho. Após a

cessação do auxílio-doença acidentário o segurado mantém pelo

prazo mínimo de doze meses o contrato de trabalho,

independentemente do recebimento de auxílio-acidente.

Previdenciário = incapacidade decorre de outros eventos exceto

acidente do trabalho.

Suspensão do

benefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS

ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional.

Cessação do

benefício

• quando cessar a incapacidade;

• quando transformar-se em aposentadoria por invalidez;

• quando conceder auxílio-acidente;

• quando o segurado falecer.

Pontos

importantes

Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo

órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva

incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de

atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS

poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do

regulamento, convênios, termos de execução descentralizada,

termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou

acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por

delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e

supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o

Sistema Único de Saúde (SUS).

AUXÍLIO-ACIDENTE

Beneficiários

Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e

segurado especial.

Natureza

jurídica

CARÁTER INDENIZATÓRIO por redução na capacidade para o

trabalho.

Requisitos

Ocorrência de acidente de qualquer natureza que implique:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e

que exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade

que exercia à época do acidente;

• impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à época

do acidente, porém que permita o desempenho de outra, após

processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela

perícia médica do INSS.

Carência NÃO EXIGE CARÊNCIA MÍNIMA.

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Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI

50% do salário de benefício.

Data de início

do benefício –

DIB

Dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.

Da data do requerimento administrativo quando não precedido de

auxílio-doença.

Classificação

em auxílio-

acidente

acidentário e

previdenciário

Acidentário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre de

acidente do trabalho (típico, atípico ou por equiparação).

Previdenciário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre

de acidente de qualquer natureza. A causa não é acidente do trabalho.

Suspensão do

benefício

Em caso de retornar incapacidade temporária cuja causa seja a mesma

que originou o auxílio-acidente.

Cessação do

benefício

• com a concessão de qualquer aposentadoria ao segurado;

• com a morte do segurado;

• com a emissão de certidão de tempo de contribuição – CTC para

averbação de tempo de serviço/contribuição em outro regime

previdenciário.

Outros pontos

A percepção de salário, salário-maternidade ou seguro- desemprego

não impede o recebimento do auxílio-acidente.

Pode ser concedido ainda que o segurado esteja desempregado, desde

que o acidente ocorra em época que o indivíduo esteja na condição

de segurado do RGPS como empregado, doméstico, trabalhador

avulso ou segurado especial.

Não se acumula com aposentadoria.

Não é possível condicionar a concessão de auxílio-acidente à

percepção de auxílio-doença antecedente (Parecer n.

18/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU).

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Beneficiários Todos os segurados

Requisitos

Incapacidade permanente para o exercício do trabalho e insuscetível de

reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.

Necessidade de perícia médica a cargo da Previdência Social.

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Carência

Doze contribuições mensais, EXCETO no caso da causa ter sido acidente de

qualquer natureza ou doenças especificadas na lista elaborada pelos

Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo exercício

na atividade, imediatamente anteriores à data do requerimento do benefício.

Salário de

benefício – SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial – RMI

100% do salário de benefício.

O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da

assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% e poderá

ultrapassar o valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS

Beneficiários Todos os segurados

Data de início

do benefício –

DIB

• Se for concedida pela transformação do auxílio-doença: a partir do dia

seguinte ao da cessação do auxílio-doença;

• Se for concedida de imediato:

A) para o empregado, exceto o doméstico: a partir do 16º dia do

afastamento, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;

B) para os demais segurados: a partir da data do início da incapacidade, se

requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;

C) para todos os segurados: a partir da data do requerimento, quando

requerido após o 30º dia do afastamento.

• Entendimento do STJ é de que a citação válida deve ser considerada como

termo inicial para a implantação da aposentadoria por invalidez concedida

na via judicial quando ausente prévia postulação administrativa.

Dividida em

acidentária ou

previdenciária

Acidentária= incapacidade decorre de acidente do trabalho

Previdenciária = incapacidade não decorre de acidente do trabalho. Decorre

de outros eventos, exceto o acidente do trabalho.

Suspensão do

benefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ou

recusar ao tratamento de reabilitação profissional.

O aposentado por invalidez que completar 60 anos de idade estará isento do

exame médico periódico a cargo do INSS.

Cessação do

benefício

• quando cessa a incapacidade;

• quando o segurado falece;

• quando o segurado retorna voluntariamente à atividade.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Beneficiários

Os segurados, EXCETO:

• os contribuintes individuais e facultativos que optaram pelo regime

simplificado de recolhimento das contribuições (inclusão previdenciária);

• o segurado especial que não contribui facultativamente nos moldes do

contribuinte individual; e

• o microempreendedor individual - MEI.

Pode ser, inclusive, concedida àquele que perdeu a qualidade de segurado do

RGPS, exigindo, nesse caso, o preenchimento da carência mínima.

Requisitos

Tempo de contribuição:

• Mulher: 30 anos de contribuição.

• Homem: 35 anos de contribuição.

• Professor de ensino infantil, fundamental e médio: 30 anos de contribuição,

exclusivamente em efetivo exercício de magistério.

• Professora de ensino infantil, fundamental e médio: 25 anos de

contribuição, exclusivamente em efetivo exercício de magistério.

O tempo de magistério inclui as funções de direção, coordenação e

assessoramento pedagógico.

Professores de nível superior não têm redução no tempo de contribuição.

Carência 180 contribuições mensais.

Salário de

benefício –

SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo, multiplicada pelo fator

previdenciário.

O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de

contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário

existente7, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma

de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de

requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

Mulheres (soma do

tempo de contribuição

e da idade)*

Homens (soma do

tempo de contribuição

e da idade)*

Ano do requerimento

85 95 até 2016

86 96 2017 e 2018

87 97 2019

88 98 2020

89 99 2021

90 100 2022

* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da

professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio.

7.Alteração trazida pela Medida Provisória nº 676/2015, ainda não apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento desta edição.

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Renda

mensal

inicial –

RMI

100% do salário de benefício

Data de

início do

benefício –

DIB

Para o

empregado,

incluído o

doméstico:

• a partir da data do desligamento do emprego, quando

requerida até 90 dias do desligamento;

• a partir da data do requerimento, quando requerido após o

90º dia do desligamento do emprego.

Para os

demais

segurados:

• a partir da data do requerimento da aposentadoria

Cessação do

benefício

Com a morte do segurado.

Pontos

importantes

• O professor e a professora de ensino infantil, fundamental e médio, têm

redução de cinco anos no tempo de contribuição exigido.

• Pode o segurado retornar à atividade remunerada sem perder o benefício da

aposentadoria e deverá contribuir novamente para a previdência social.

• A aposentada que retornar a exercer atividade terá direito ao salário-

maternidade em relação à nova atividade.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Beneficiários

Segurados:

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em

atividade;

• empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em gozo de

auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez ou idade;

• trabalhador rural (empregado e trabalhador avulso rurais) aposentados

por idade;

• demais aposentados, desde que empregados, empregados domésticos

ou trabalhadores avulsos, maiores de 65 anos, homem, e de 60 anos,

mulher.

Carência NÃO HÁ CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES.

Requisitos

possuir baixa renda = salário de contribuição igual ou inferior ao

fixado por Portaria Interministerial dos Ministérios da Previdência Social

e da Fazenda.*

• ter filhos menores de 14 anos ou inválidos

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Data de

início do

benefício –

DIB

A partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da

documentação do equiparado a filho e atestado de vacinação

obrigatória para filho até 06 anos e frequência escolar a partir dos 7

anos de idade.

O empregado doméstico somente deverá apresentar a certidão de

nascimento do filho ou a documentação do equiparado ao filho.

No caso de invalidez de filho ou equiparado maior de 14 anos, deve ser

feita perícia médica a cargo da previdência social.

Suspensão do

benefício • Na falta da entrega da renovação da documentação exigida para a

concessão do benefício.

Outras

questões

• Quando mãe e pai são, ambos, segurados do RGPS e preencherem os

requisitos do benefício, será pago salário-família para os dois, pai e

mãe.

• As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo

empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-

se a compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme

dispuser o Regulamento.

• A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10

(dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões

correspondentes, para fiscalização da Previdência Social.

*. O valor da cota do salário família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de

idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 205, é de:

I - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);

II - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensal superior

a R$ 725,02(setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$ 1.089,72 (um mil e oitenta e nove reais e setenta e dois centavos).

PENSÃO POR MORTE

Beneficiários

Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar

dependência econômica.

Requisitos

• Óbito do segurado;

• morte presumida declarada por decisão judicial.

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Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA EXIGIDA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o

benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou

se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20 anos ou de forma vitalícia, conforme tabela

já demonstrada, se o segurado tiver 18 ou mais contribuições e o

casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há pelo

menos 02 anos da data do óbito do segurado.

• Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza

ou de doença profissional ou do trabalho, o cônjuge, o

companheiro ou a companheira, não precisará comprovar 02 anos

de casamento ou de união estável até a data do óbito ou 18

contribuições mensais do segurado. Terá o benefício por anos,

conforme item b, acima.

Renda mensal

inicial – RMI

• Quando o segurado já era aposentado = valor da aposentadoria.

• Quando o segurado encontrava-se em atividade = 100% do

valor da aposentadoria por invalidez que teria direito o segurado na

data do óbito.

.

Benefício

devido a partir

de

• Data do óbito, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da data do óbito;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa

idade.

• Data do requerimento: quando superado o prazo acima

mencionado.

• Data da decisão judicial: quando se tratar de morte presumida.

• Data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre: se

requerida até trinta dias desta.

Suspensão do

benefício

Quando o dependente inválido não comparecer à perícia médica ou à

convocação do INSS ou não se submeter ao processo de

reabilitação profissional quando prescrito pela previdência social.

Essa regra não é aplicada para os pensionistas inválidos após 60 anos

de idade.

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Cessação do

benefício

• Quando o filho ou irmão completar 21 anos, salvo na condição de

inválido ou que possua deficiência intelectual ou mental, declarado

judicialmente ou com deficiência grave8;

• quando o dependente inválido tiver a invalidez cessada;

• pela morte do dependente pensionista.

• pelo levantamento da interdição no caso de filhos e irmãos com

deficiência mental ou intelectual, declarado judicialmente.

pelo afastamento da deficiência do filho ou do irmão9;

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20 anos, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável

tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito do

segurado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,

respeitados os períodos mínimos descritos na letra “a”.

• pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais

biológicos, exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a)

do outro(a).

Outras

questões

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o

condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a

morte do segurado.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira, perderá a pensão por

morte se, comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no

casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim

exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em

processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e

à ampla defesa.

A pensão não se acumula com pensão deixada por cônjuge ou

companheira, dando-se o direito à opção pela mais vantajosa.

O casamento do(a) cônjuge ou do(a) companheiro(a) após a

concessão do benefício não faz cessar a pensão por morte.

Segundo entendimento do STJ, a mulher que renunciou aos alimentos

na separação judicial ou divórcio, poderá ter direito à pensão por

morte, se comprovada a dependência econômica superveniente.

O recebimento de pensão por morte não impede o pagamento de

seguro-desemprego quando o dependente tiver direito.

8. Verificar as condições do irmão e do filho como dependentes do RGPS, no que diz respeito à deficiência intelectual ou mental e à

deficiência grave. 9. Idem.

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AUXÍLIO-RECLUSÃO

Beneficiários

Dependentes.

Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovar

dependência econômica

Requisitos

Recolhimento do segurado à prisão para cumprir pena em regime

fechado ou semiaberto.

Pode ser concedido quando a prisão for provisória.

Não cabe em caso de cumprimento de pena em regime aberto e de

prisão civil.

O último salário de contribuição do segurado deve ser igual ou menor

que R$ 1.089,72 (a partir de janeiro de 2015 – Portaria MPS/MF nº

13/2015).

Não pode o segurado estar recebendo auxílio-doença, aposentadorias,

abono de permanência em serviço ou remuneração de empresa.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA

• No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o

benefício será concedido por:

a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se

o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos,

02 anos antes da reclusão do segurado;

b) por 03, 06, 10, 15, 20 anos, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 o mais contribuições e o casamento ou a união

estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data da

reclusão do segurado. Nesse caso, se ocorrer alguma causa de

cessação do benefício antes do prazo descrito, o benefício será

cessado.

Renda mensal

inicial – RMI

= 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito o

segurado na data do recolhimento à prisão.

Data de início

do benefício –

DIB

Data do recolhimento à prisão, quando:

A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da prisão;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essa

idade.

Data do requerimento: quando superados os prazos acima

mencionados.

Suspensão do

benefício

• Em caso de fuga.

• Em caso de recebimento de auxílio-doença pelo segurado. Nesse

caso, tem que haver a concordância do dependente.

• no caso do dependente não apresentar o atestado trimestral emitido

pela autoridade competente.

• no caso do segurado deixar a prisão por livramento condicional ou

para cumprir pena em regime aberto.

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Cessação do

benefício

• Quando o dependente perde essa qualidade de beneficiário;

• quando o segurado passa a receber aposentadoria;

• quando o segurado morre. Nesse caso, o valor do auxílio-reclusão

se converte automaticamente em pensão por morte;

• na data da soltura.

• pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento para o

filho ou irmão com deficiência;

• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a) por decurso de prazo:

- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há

menos de 02 anos antes da reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20 anos, conforme tabela já demonstrada, se o

segurado tiver 18 ou mais contribuições e o casamento ou a união

estável tiverem sido iniciados há menos 02 anos da data da

reclusão do segurado. Nesse caso, se ocorrer alguma causa de

cessação do benefício antes do prazo descrito, o benefício será

cessado.

b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,

respeitados os períodos mínimos descritos nas letras “a”.

pela adoção do filho que recebia auxílio-reclusão dos pais

biológicos exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a) do

outro(a).

Pontos

importantes

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do maior de

16 e menor de 18 anos que se encontre internado em estabelecimento

educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da

Juventude, desde que, obviamente, segurado do RGPS.

10. SEGURO-DESEMPREGO

Em razão das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 150/2015 e pela Lei nº 13.134/2015,

preferimos substituir o texto que aborda as dicas sobre o seguro-desemprego.

• É devido seguro-desemprego ao trabalhador:

a) dispensado sem justa causa;

b) cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de

qualificação oferecido pelo empregador;

c) pescador profissional durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das

espécies;

d) resgatado da condição análoga à de escravidão.

• É devido seguro-desemprego ao empregado doméstico que for demitido sem justa causa, no valor

de um salário mínimo por 03 meses.

• Requisitos para a obtenção do seguro-desemprego

EMPREGADO:

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:

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a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data

de dispensa, quando da primeira solicitação;

b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de

dispensa, quando da segunda solicitação; e

c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais

solicitações;

II - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no

Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio

suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de

permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;

III - não estar em gozo do auxílio-desemprego;

IV - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua

família.

V - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação

inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos

termos do art. 18 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da Bolsa-

Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino

Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de

vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica.

Solicitação do seguro-

desemprego

Requisito – receber salário de

pessoa jurídica ou física

equiparada: Número de parcelas do beneficio

1ª SOLICITAÇÃO

pelo menos 12 meses nos

últimos 18 meses imediatamente

anteriores à data da dispensa

04 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 12 e no máximo 23

meses no período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 24 meses no período

de referência.

2ª SOLICITAÇÃO

pelo menos 09 meses nos

últimos 12 meses imediatamente

anteriores à data da dispensa

03 parcelas, se o empregado tiver

tido vínculo empregatício de no

mínimo 09 e no máximo 11 meses

no período de referência;

04 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 12 e no máximo 23

meses no período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício

de, no mínimo, 24 meses no

período de referência.

3ª SOLICITAÇÃO EM

DIANTE

a cada um dos 06 meses

imediatamente anteriores à data

da dispensa

03 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 06 e no máximo 11

meses no período de referência.

04 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 12 e no máximo 23

meses no período de referência.

05 parcelas = vínculo empregatício

de no mínimo 24 meses no período

de referência.

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PESCADOR ARTESANAL – SEGURO-DEFESO

Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os seguintes documentos:

I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente atualizado no Registro

Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura com

antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data de requerimento do benefício;

II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente, consumidora ou

consignatária da produção, em que conste, além do registro da operação realizada, o valor da

respectiva contribuição previdenciária de que trata o § 7º do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de

julho de 1991, ou comprovante de recolhimento da contribuição previdenciária, caso tenha

comercializado sua produção a pessoa física; e

III - outros estabelecidos em ato do Ministério da Previdência Social que comprovem:

a) o exercício da profissão de pescador artesanal;

b) que se dedicou à pesca durante no período compreendido entre o defeso anterior e o em

curso, ou nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do defeso em curso, o que for

menor;

c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira.

O INSS, no ato de habilitação ao benefício, deverá verificar a condição de segurado

pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei nº 8.212, de

24 de julho de 1991, nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao requerimento do

benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do benefício, o que for menor.

O Ministério da Previdência Social poderá, quando julgar necessário, exigir outros

documentos para a habilitação do benefício.

O Ministério da Previdência Social e o Ministério da Pesca e Aquicultura desenvolverão

atividades que garantam ao INSS acesso às informações cadastrais disponíveis no Registro

Geral de Pesca, necessárias para a concessão do seguro-desemprego, sem resultar nenhum ônus

para os segurados.

O INSS deverá divulgar mensalmente lista com todos os beneficiários que estão em

gozo do seguro-desemprego no período de defeso, detalhados por localidade, nome, endereço e

número e data de inscrição no Regime Geral de Pesca –RGP.

Desde que atendidos os requisitos para a obtenção do seguro-defeso, o benefício será

concedido ao pescador profissional artesanal cuja família seja beneficiária de programa de

transferência de renda com condicionalidades, e caberá ao órgão ou à entidade da administração

pública federal responsável pela manutenção do programa a suspensão do pagamento pelo

mesmo período da percepção do benefício de seguro-desemprego.

O pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de benefício

previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e auxílio-

acidente.

A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à pesca e nem aos

familiares do pescador profissional que não satisfaçam os requisitos e as condições

estabelecidas na Lei.

O benefício do seguro-desemprego é pessoal e intransferível.

O pescador profissional artesanal não fará jus a mais de um benefício de seguro-

desemprego no mesmo ano decorrente de defesos relativos a espécies distintas.

Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, todo aquele que fornecer ou

beneficiar-se de atestado falso para o fim de obtenção do benefício do seguro-defeso estará

sujeito:

I - a demissão do cargo que ocupa, se servidor público;

II - a suspensão de sua atividade, com cancelamento do seu registro, por dois anos, se pescador

profissional.

EMPREGADO DOMÉSTICO

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Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o empregado doméstico deverá

apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de

trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como

empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro)

meses;

II - termo de rescisão do contrato de trabalho;

III - declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência

Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua

manutenção e de sua família.

O empregado doméstico receberá, no máximo, 03 (três) parcelas de seguro-desemprego no

valor de 01 (um) salário mínimo cada uma.

O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados da data

de dispensa.

Novo seguro-desemprego só poderá ser requerido após o cumprimento de novo período

aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat.

SUSPENSÃO DO SEGURO-DESEMPREGO, nos casos de:

- admissão do trabalhador em novo emprego;

- início de percepção de benefício d prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-

acidente, auxílio-suplementar e abono de permanência em serviço;

- início de percepção de auxílio-desemprego;

- recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar de ações de

recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat.

• HIPÓTESES DE CANCELAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO:

- recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua qualificação

e remuneração anterior;

– por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação;

– por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego ou

– por morte do segurado.

• É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação

continuada da Previdência Social, EXCETO:

- pensão por morte,

- auxílio-reclusão,

- auxílio-acidente,

- auxílio suplementar,

- abono de permanência de serviço.

O trabalhador que infringir o disposto na Lei do seguro-desemprego e houver percebido

indevidamente parcela do benefício sujeitar-se-á à compensação automática do débito com o

novo seguro-desemprego, na forma e no percentual definidos por resolução do Codefat.

O ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação, no

prazo de 10 (dez) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão simples.

A restituição de valor devido pelo trabalhador será realizada mediante compensação do

saldo de valores nas datas de liberação de cada parcela ou pagamento com Guia de

Recolhimento da União (GRU), conforme regulamentação do Codefat.

• Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e

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empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro-desemprego.

11 – ABONO SALARIAL

Em razão das alterações trazidas pela Lei nº 13.134/2015, preferimos substituir o quadro que

aborda as características do abono salarial.

Situação anterior à

Lei nº 13.134/2015

Situação posterior à

Lei nº 13.134/2015 que passa a

vigorar no exercício de 2016

Requisitos:

– empregado ter percebido de

empregador que contribui para o

PIS/PASEP até 02 salários

mínimos médios de

remuneração mensal;

– tenha exercido atividade

remunerada pelo menos durante

30 dias no ano-base;

- esteja cadastrado há pelo

menos 05 anos no PIS/PASEP

ou no Cadastro Nacional do

Trabalhador.

- empregado ter percebido de

empregador que contribui para o

PIS/PASEP até 02 salários

mínimos médios de remuneração

mensal;

- tenha exercido atividade

remunerada pelo menos durante

30 dias no ano-base;

- esteja cadastrado há pelo menos

05 anos no PIS/PASEP ou no

Cadastro Nacional do Trabalhador.

Valor:

um salário mínimo vigente na

data do pagamento

máximo de um salário mínimo

vigente na data do pagamento.

Será calculado proporcionalmente ao

número de meses trabalhados ao

longo do ano-base (em vigor a

partir do exercício de 2016).

12 - DA DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Sugiro ao leitor que leia a súmula nº 81 da TNU.

13 - FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – REGRAS

GERAIS

Não há atualização a ser feita.

14 - SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

Não há atualização a ser feita.

15 - CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

Não há atualização a ser feita.

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16- DA CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS

- Acrescentar a informação de que a contribuição da empresa que contrata serviços por

intermédio das cooperativas de trabalho incidente sobre a nota fiscal ou fatura de serviços

emitida pelas cooperativas de trabalho, prevista no art. 22, IV, da Lei nº 8.212/91 foi julgada

inconstitucional pelo STF no RE 595.838, com repercussão geral.

- Acrescentar ao texto que trata da desoneração da folha de pagamento:

A Lei nº 13.161/2015 elevou as alíquotas dessas contribuições para 4,5% e 2,5% em

substituição às alíquotas praticadas de 2% e 1%, respectivamente10

que passam a vigorar a partir

de 2016.

Todavia, as empresas de call center, de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com

itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual

e internacional, de transporte ferroviário de passageiros e de transporte metroferroviário de

passageiros, contribuirão à alíquota de 3%.

Contribuirão à alíquota de 1,5% as empresas:

- de transporte aéreo de carga e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga,

- de transporte aéreo de passageiros regular e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de

passageiros regular,

- de transporte aéreo de carga; transporte aéreo de passageiros regular,

- de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem,

- de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem,

- de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso,

- de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso,

- de transporte por navegação interior de carga,

- de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares,

- que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos

organizados,

- de transporte rodoviário de cargas,

- de transporte ferroviário de cargas,

- jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei no 10.610, de 20

de dezembro de 2002.

17 – DOS PRAZOS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS

Substituir o quadro dos prazos de recolhimento das contribuições previdenciárias:

PRAZO DE RECOLHIMENTO CONTRIBUIÇÕES

Até o dia 20 do mês seguinte ao

da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não

houver expediente bancário no

dia 20 do mês.

• As contribuições a cargo da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados

empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual.

• As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura

de serviço, relativo a serviços que lhe tenha sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho.

• As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada.

• As contribuições incidentes sobre a comercialização da produção rural adquirida de produtor rural, pessoa física, ou segurado especial.

• A contribuição de 5% incidente sobre patrocínio, licenciamento de uso de marcas e

símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos.

• As contribuições descontadas dos segurados empregados e trabalhadores avulsos.

• As contribuições descontadas do contribuinte individual pela empresa (inclusive as

10. O aumento de alíquotas só passará a vigorar em 2016.

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PRAZO DE RECOLHIMENTO CONTRIBUIÇÕES

descontadas do cooperado pela cooperativa de trabalho).

Até o dia 20 do mês seguinte ao

da competência, ou até o dia útil imediatamente posterior se não

houver expediente bancário no

dia 20 do mês.

• A contribuição do microempreendedor individual – MEI – como segurado e como

empregador.

Até 2 dias úteis após a realização

do evento.

• A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de espetáculos desportivos a ser

recolhida pelo promotor do espetáculo.

Dia 15 do mês seguinte ao da

competência, prorrogando-se

para o dia útil imediatamente

posterior quando não houver

expediente bancário no dia 15 do mês.

• As contribuições do contribuinte individual, quando recolhidas pelo próprio segurado.

• As contribuições do segurado facultativo.

.

Dia 20 de dezembro, antecipando-se para o dia útil

imediatamente anterior quando

não houver expediente bancário naquele dia.

• A contribuição incidente sobre o valor do 13º salário a ser paga pelas empresas e pelo empregador doméstico.

• No caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas serão recolhidas no dia 20 do mês seguinte ao da rescisão, computando-se em separado a parcela referente ao

13º salário.

Até o dia 20 do mês subsequente

ao da competência. • A contribuição do produtor rural pessoa física, quando tiver a obrigação de recolher a

sua própria contribuição (parte patronal correspondente a 2,1% da receita bruta da

comercialização da produção*).

• A contribuição do segurado especial que recolhe por conta própria e não tem

empregados.

Até o dia 07 do mês subsequente ao da competência, ou n o dia

útil imediatamente anterior

quando não houver expediente bancário no dia 07 do mês**.

• O segurado especial, quando tiver a obrigação de recolher a sua própria contribuição (parte patronal correspondente a 2,1% da receita bruta da comercialização da produção) e

as contribuições retidas das pessoas que lhes prestaram serviço durante o mês.

Até o dia 07 do mês subsequente ao da competência.

• As contribuições descontadas do segurado empregado doméstico.

• As contribuições a cargo do empregador doméstico.

*. Poderá ser até o dia 07 do mês subsequente se houver ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego.

**. A partir de maio de 2014.

18 - DA DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO QUANTO ÀS

CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL

Não há atualização a ser feita.

19 – DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

- Acrescentar mais uma dica:

Com a publicação da Lei nº 13.114, 16 de abril de 2015, restou imposto ao oficial de

registro civil comunicar o óbito à Receita Federal e à Secretaria de Segurança Pública da unidade

da Federação que tenha emitido a cédula de identidade, exceto se, em razão da idade do falecido,

essa informação for manifestamente desnecessária.

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20 - DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Não há atualização a ser feita.

21 - DAS OUTRAS RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL

Não há atualização a ser feita.

22 - BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA

ASSISTÊNCIA SOCIAL – BPC OU LOAS

Não há atualização a ser feita.

23 - DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO

- Substituir o quadro das aposentadorias - página 473 por:

APOSENTADORIA DOS

SERVIDORES OCUPANTES DE

CARGO PÚBLICO EFETIVO

por invalidez;

por idade;

por tempo de contribuição;

de forma especial, e

compulsoriamente aos 70 anos de idade ou aos

75 anos, na forma de lei complementar

* Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos

Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da

União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75

(setenta e cinco) anos de idade, nas condições do

art. 52 da Constituição Federal, por força do art.

100 do ADCT..

(...)

A aposentadoria compulsória vai ocorrer quando o servidor completar 70 anos de idade

ou 75 anos, na forma de lei complementar, com proventos proporcionais ao tempo de

contribuição, sem exigir tempo mínimo de exercício no serviço público.

24 – DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Não há atualização a ser feita.

25 - DOS CRIMES PREVIDENCIÁRIOS

Não há atualização a ser feita.

SÚMULAS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES ...

(...)

Acrescentar:

3.11.

TNU 81 - Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei 8.213/1991,

nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não

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apreciadas pela Administração no ato da concessão.

9. DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL

TNU 80 - Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista o advento

da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais que

impactam na participação da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação

social por assistente social ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social

pelo requerente.

TNU 79 - Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a comprovação das

condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por

oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, por prova testemunhal.

TNU 48 – A incapacidade não precisa ser permanente para fins de concessão do benefício

assistencial de prestação continuada.

TNU 29 – Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei nº 8.742, de 1993, incapacidade para a vida

independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a

impossibilita de prover ao próprio sustento.

TNU 22 – Se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na

data do requerimento administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial.