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12/02/2008 – 3ª feira/2ª aula 5ª feira/1ª aula DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – JOSÉ LUIZ DA COSTA ALTAFIM [email protected] [email protected] 9981-2848 “O fim depende do início” ESTUDAR: LICC, E PARTE GERAL DO CC. 1º PROVA 29 DE ABRIL : CURADOR ESPECIAL (sempre cai) 2ª PROVA 01 DE JULHO Livros: Código de Processo Civil Primeiras linhas de Direito Processual Civil, Moacir Amaral Santos, volume I e II, Ed. Saraiva (linguagem fácil) Direito Processual Civil Brasileiro, Volume I e II, Ed. Saraiva, Vicente Greco Filho (aprofundado). Manual de Direito Processual Civil, Volume I, Ed. Saraiva, Ernani Fidelis dos Santos (mais exemplos). Lições de Direito Processual Civil, Volume I, Alexandre Freitas Câmara, Ed. Lumem Juris. Curso de Direito Processual Civil, Volume I, Fred Didie Junior, Ed. Podium. EXERCÍCIOS: 1) O que é jurisdição? É o poder de agir do Estado-Juiz, que tem como uma de suas finalidades a aplicação do direito, e tem como fim imediato a composição dos litígios. O Estado assume a responsabilidade e o poder de fazer justiça. 14/02/2008 – 5ª feira/1ª aula I – CONCEITO: Poder, Função, Atividade. II – FINALIDADE: Escopo Jurídico: Processo: *CONHECIMENTO (certificar, declarar que esse direito pertence ou não ao autor): a) Declaratória (declara a ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – [email protected]

Direito Processual Civil I

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12/02/2008 – 3ª feira/2ª aula 5ª feira/1ª aula

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I – JOSÉ LUIZ DA COSTA [email protected]@click21.com.br9981-2848

“O fim depende do início”

ESTUDAR: LICC, E PARTE GERAL DO CC.1º PROVA 29 DE ABRIL: CURADOR ESPECIAL (sempre cai)2ª PROVA 01 DE JULHO

Livros:Código de Processo CivilPrimeiras linhas de Direito Processual Civil, Moacir Amaral Santos, volume I e II, Ed. Saraiva (linguagem fácil)Direito Processual Civil Brasileiro, Volume I e II, Ed. Saraiva, Vicente Greco Filho (aprofundado).Manual de Direito Processual Civil, Volume I, Ed. Saraiva, Ernani Fidelis dos Santos (mais exemplos).Lições de Direito Processual Civil, Volume I, Alexandre Freitas Câmara, Ed. Lumem Juris.Curso de Direito Processual Civil, Volume I, Fred Didie Junior, Ed. Podium.

EXERCÍCIOS:1) O que é jurisdição?

É o poder de agir do Estado-Juiz, que tem como uma de suas finalidades a aplicação do direito, e tem como fim imediato a composição dos litígios. O Estado assume a responsabilidade e o poder de fazer justiça.

14/02/2008 – 5ª feira/1ª aulaI – CONCEITO:

Poder, Função, Atividade.II – FINALIDADE:

Escopo Jurídico:Processo: *CONHECIMENTO (certificar, declarar que esse direito pertence ou não ao autor): a) Declaratória (declara a existência, ou inexistência de uma relação jurídica. Visam, também, declarar a autenticidade ou falsidade de um documento. Toda ação declara alguma coisa.), b) Condenatórias (visam condenar a *dar, *fazer, ou *não fazer. ), c) Constitutivas ou Desconstitutivas (constitui ou desconstitui uma relação jurídica já existente).*CAUTELAR (resguardar, assegurar, garantir um direito que vai ser, ou que já foi, certificado. É imediato.) é dividido em duas formas: a) Preparatória (visam preparar a chegada de um processo, vem antes da propositura da ação

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principal), b) Incidental (incide sobre o processo já existente, depois do processo).*EXECUÇÃO (Executa, efetiva aquilo que o Estado já declarou direito, se dá através de títulos judiciais, decisões, despachos, sentenças e acórdão, e extrajudiciais, cheques, notas promissórias, duplicatas...).*PROCEDIMENTO (Visam à integração da vontade dos interessados. O que vai diferenciar o procedimento é o conflito de interesses, no procedimento não há conflito, há um acordo, e o Juiz simplesmente homologa o acordo. Ex.: separação cosensual).

Escopo Social: é o restabelecimento da paz social. Escopo político: o Estado declara na forma da Lei.

III – CARACTERÍSTICAS: Juiz imparcial (tem que agir da mesma forma com o autor e o réu) Substituição (Substitui a vontade do autor) Definitiva (não há discussão sobre a coisa julgada.) UNA (não há a necessidade de esgotamento da via administrativa,

única exceção é o Habeas Data) IV – PRINCÍPIOS

Inevitabilidade (a parte não pode se negar a fazer o que foi decidido pela atividade estatal)

Indelegabilidade (o juiz não pode delegar a atividade a nenhuma outra pessoa)

Inércia/Demanda (“ne procedat índex ex officio” não há providência o Estado se ele não for provocado).

Inventário (o Juiz que abre o inventário. Art. 989, CPC) Territorialidade (art. 1º CPC, a Jurisdição é exercida em todo território

Nacional) Inafastabilidade (a atividade jurisdicional não pode se negar a declarar

direito, por falta/defeito da Lei) Investidura (a jurisdição é exercida por juízes dotados, aprovados em

concursos, provas) Juiz Natural (não se pode criar tribunais, juízos, para julgar causas já

existentes, não podendo, também, escolher o juiz que vai julgar a causa)

V - LIMITAÇÕES Arbitragem (as pessoas plenamente capazes podem atribuir a decisão

de suas pendências e controvérsias à decisão de árbitros por elas escolhidos, furtando-se assim, de recorrer diretamente ao Poder Judiciário, este árbitro pode ser qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes)

Senado (algumas causas são julgadas pelo Senado) Missão Diplomática (Imunidade, algumas pessoas são julgadas por

outras específicas)

VI – EQUIVALENTES JURISDICIONAIS Arbitragem:

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o Cláusula Compromissória – no contrato eles pactuam que se houver conflito naquele negócio, “tal” pessoa vai julgar.

o Compromisso Arbitral – será após a existência do conflito. Auto-tutela – 1.210 do CC. Auto-composição – pode ser:

o Judicial – feita pelas partes no próprio processo, no acordo, o autor renunciando o direito ou o réu reconhecendo.

o Extrajudicial – acordo feito fora do processo. Mediação – Duas pessoas em conflito, que buscam a ajuda de um

terceiro, que se coloca na posição de conciliador, para resolver o conflito.

2) O que é jurisdição “inter volente” e “inter nolente”? “Inter volente” (voluntária/graciosa) - a ordem jurídica deixa a critério dos particulares regularem, uns em face dos outros, suas relações, livremente criando, modificando ou extinguindo direitos e obrigações recíprocas. Não há partes, há interessados. Não há processo, há procedimento. “Inter nolente” (contenciosa) – é aquela que tem por objetivo a composição e

solução de um litígio. Na Jurisdição contenciosa, existem: 1) atividade jurisdicional; 2) composição de litígios; 3) bilateralidade da causa; 4) lides ou litígios em busca ou questionando-se direitos e obrigações contrapostas; 5) Partes - autor e réu; 6) Jurisdição; 7) ação; 8) processo; 9) legalidade estrita - o juiz deve conceder o que está na lei à uma das partes; 10) há coisa julgada formal e material; 11) pode ocorrer a revelia; 12) há contraditório ou a sua possibilidade. Verdadeira jurisdição.

3) Pode alguém pleitear em nome próprio direito alheio com autorização da parte? Fundamente, sim, não e por quê?O nome é Substituição processual, quando. Depende. Pois, o art. 6º do CPC diz que: “Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por Lei”. Mas, existem casos em que a Lei permite que outros pleiteiem direito alheio, como por exemplo: o marido que defende os bens dotais da mulher (art. 289, III do CC), o promotor de justiça, quando propõe ação de indenização a favor da família pobre da vítima (art. 68 CPP), ou do Sindicato ao pleitear melhorias salariais para toda classe que representa (art. 872, §único CLT). Legitimação ordinária – os originários da relação jurídica de direito material são os mesmos da relação jurídica processual, esta é a regra. E quando não são os mesmos é Legitimação Extraordinária (Substituição processual). O advogado age em nome da pessoa, e não no nome dele, um bom exemplo é o sindicato, porque de um lado estão os empregados, e do outro a empresa (legitimação ordinária), até que outros empregados entram com a mesma ação, assim, o sindicato propõe uma ação, no lugar dos empregados, desta forma o titular passa a ser o Sindicato (legitimação extraordinária). Outro exemplo é o Ministério Público.

4) Sob o aspecto positivo ou processual, a palavra ação corresponde a:

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a) causa,b) demanda,c) lide,d) processo,e) pleito,f) litígio,g) pendenga,h) questão

5) Quais as condições da ação? Explique.******** O processo vai existir, mas não vai chegar ao final, sem essas condições.Interesse de Agir – Funda-se na necessidade, utilidade, e adequação ao objeto do litígio.Possibilidade Jurídica do Pedido – cuida da viabilidade da pretensão deduzida pela parte, em relação do direito positivo. Se não há uma vedação na Lei, pelo que eu pretendo.Legitimidade para a causa – só terá legitimidade ativa da ação, em princípio, apenas quem se julga portador do direito em conflito, que pretende o mesmo bem que esta sendo resistido pelo réu. *ordinária – quando for pelo mesmo originário do direito material, e *extraordinária – quando não é mesmo originário do direito material.

6) Quais os elementos da ação? Explique.********* Estão dentro da petição inicial.Elementos Subjetivos (partes, autor e réu), e os Elementos Objetivos (causa de pedir e pedido): As partes – pessoas que vão integrar o litígio perante o Estado-Juiz.Causa de Pedir – é o relato dos fatos ocorridos (causa de pedir remota - origem), fundamentação jurídica (causa de pedir próxima – qual o fundamento, o porquê) justificadores da presente ação.Pedido – é o objeto da pretensão litigiosa, pode ser mediato (secundário) ou imediato (principal). Imediato - é a pretensão estatal. Mediato – bem da vida. Nas ações declaratórias, os pedidos mediatos e imediatos se confundem.

7) O que é competência? É a medida exata da jurisdição do órgão judicante, ou seja, a fração que lhe compete, no amplo exercício da função estatal de aplicação da justiça. É a delimitação do exercício da jurisdição. É até onde o Juiz pode declarar o direito.

8) Quais os critérios que determinam a competência dos órgãos jurisdicionais? A competência é estabelecida pelo valor da causa, pela matéria, pela função do juiz com relação ao processo e pelo território. As competências são:Supremo Tribunal Federal – no juízo cível, tem competência originária e recursal.Superior Tribunal de Justiça – na área cível, tem competência original e recursal.Tribunais Regionais Federais – julgam originalmente a ação rescisória de seus

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julgados ou dos juízes federais da região; os mandados de segurança e os habeas data contra ato próprio do Tribunal ou de Juiz Federal; os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao tribunal.Juízes Federais – compete o processamento e o julgamento de causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes.Tribunais e Juízes Estaduais – tem competência recursal para todas as causas julgadas pelos juízes estaduais, à exceção daquelas cuja previsão venha em contrário.

9) Quais as fontes da competência? É onde origina/inicial. A fonte principal é a Constituição Federal, que definiu com clareza as competências. A Constituição Estadual, Código de Processo Civil, Código de organização judiciária, Regimento interno do Tribunal, Leis, Estatutos (idoso...).

10) O que vem a ser competência relativa e absoluta? Competência relativa – pode ser modificada por conexão, continência ou pela vontade das partes, quando estas, antes da propositura da ação, elegem o foro da demanda, ou, então, quando o réu deixa de opor exceção de incompetência, concordando tacitamente com a prorrogação.Competência absoluta – não pode ser prorrogada/modificada nem por vontade das partes, nem por conexão ou continência. Deve ser declarada de ofício, em qualquer tempo ou grau de jurisdição. Critérios: Matéria, pessoa, hierarquia e função.

11) O que é jurisdição preventa? É quando dois ou mais juízes tem a mesma competência para a causa, e esta se estabelece por prevenção. Entre juízes do mesmo foro, comarca, ou seção judiciária, prevento será aquele que despachou em primeiro lugar. Se os juízes não são do mesmo foro, comarca ou seção judiciária, a prevenção se estabelece pela citação válida.

12) O que é conexão de causas? É quando for comum, em duas ou mais causas, o objeto ou a causa de pedir. Há também, conexão pela causa de pedir pelo objeto, conjuntamente, quando há identificação destes elementos, mas não há de partes.

13) O juiz é considerado parte do processo? Justifique. Não. As partes no processo são o autor e o réu, o Juiz é um sujeito do processo, juntamente com o autor e o réu, formando a Triade Processual.

14) Quais os pressupostos processuais referentes às partes? Explique.*********. Para ser parte: Qualquer pessoa.Para estar em Juízo: Capacidade Civil (diz respeito à assistência, representação,tutela e curatela)Postulatória: Em relação ao advogado. Ex.: tem que estar com a OAB em dia.

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19/02/2008 – Aula de revisão de TGP“Não temas porque Eu estou contigo”

21/02/08 – Aula V – RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL“Há um tempo para plantar e outro pra colher”

I – Processo – RJPUma relação jurídica processual é um vínculo que uni as pessoas com direitos e obrigações. A partir do momento que o judiciário é provocado existirá uma relação jurídica Linear representada pelo o autor e Juiz. Quando o Juiz recebe a petição inicial, ele deve observar se ela possui os pressupostos processuais e as condições da ação. Após os requisitos cumpridos será dado o primeiro despacho do Juiz, que vai determinar a Citação (que existe para dar ciência ao réu que existe contra ele uma ação), e o réu não tem obrigação de responder (mas se ele não contestar, ele será considerado revel, todos os fatos ditos pelo autor serão considerados verdadeiros), o contraditório, não é a contestação (se defender), é a oportunidade que ele tem de responder após a citação. Após a citação a relação jurídica será uma relação jurídica processual Triangular, ou Angular (autor, réu e Juiz). Só quem pede positivamente é o autor (que seja favorável à ele), e o pedido negativo é do réu (que não seja favorável ao autor), o Juiz só irá julgar favorável ao Réu caso ele tenha feito uma reconvenção (resposta). Desta forma, a relação terá os Sujeitos processuais, autor, réu, que são parciais, que possuem vontades, e o Juiz que é imparcial. E as partes são somente o autor e o réu. Todas as outras pessoas são auxiliares da Justiça (escrivão, escrevente...).II – Características

1) A relação jurídica processual é autônoma, pois ela não depende da relação jurídica material. Ainda que um Juiz diga que o autor não teve o direito favorável a si, isso quer dizer, ele pode julgar improcedente, e dizer que não existiu o direito material, da mesma forma existiu o processo. As partes do direito processual, não necessariamente precisam ser as mesmas do direito material.

2) A relação jurídica é trilateral. Pois, exige a presença do autor, réu e Juiz.3) A relação jurídica é Pública. Por que é exercida pelo Estado, que é um ente

público (Poder Judiciário).4) A relação jurídica é complexa. Por que há direitos e obrigações para todos os

sujeitos.5) A relação jurídica é dinâmica. Pois, ela começa e termina, e os atos são

praticados seguindo uma ordem, até a sentença, no modo e na forma determinada por Lei. Devido a toda a tramitação.

III – Princípio da Dualidade das PartesSempre que houver um processo devem existir as partes, autor e réu, e quando for somente autor e juiz, haverá um procedimento, e não processo.IV – Princípio da Igualdade das PartesDentro da relação jurídica processual, os sujeitos têm obrigação de tratar tecnicamente o autor e réu, como sujeitos iguais, com os mesmo direitos, podendo ser apresentadas as mesmas provas, mesmos prazos... Para igualar as partes hipo-

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suficientes (menos favorecida). Mas, o Código do Consumidor inverteu o ônus da prova, e quem tem que provar é o réu. É uma igualdade técnica, e não em termos de justiça. V – Pressupostos Processuais Referentes às partes: o que é necessário para que o processo prossiga. Pode ser de: *Existência – capacidade de ser parte; e *Validade: capacidade processual, e de estar em Juízo, assim como a capacidade postulatória; sem isso o processo pode ser considerado inválido. Dependendo o pressuposto o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, por exemplo, se não houver a capacidade para ser parte. E se estiver, por exemplo, na fase postulatória do processo, o Juiz suspende o processo, e dá um prazo razoável para que seja sanado o problema/erro; (Fases: postulatória, saneadora, instrutória e decisória). Se o erro estiver na fase decisória, como tem sido julgado ultimamente, o processo não será extinto, pois o interesse é de finalizar o processo, e dar a sentença, desta forma, as Sentenças têm sido mantidas, e o processo julgado normalmente. Só será invalido o processo, caso haja prejuízo à parte que não possui o pressuposto.

Capacidade de ser parte – ela tenha capacidade de estar em um dos pólos da ação, ou no ativo ou no passivo. Aptidão para adquirir direitos e obrigações, nas orbitas do processo. Qualquer pessoa que possua personalidade=capacidade de direito/plena, a partir do nascimento com vida (Parte geral do código Civil). Isso para pessoa física. Mas as pessoas jurídicas também podem, como autores, ou réus. Além desses, também podem ser os Entes despersonalizados, que a Justiça confere poderes, por exemplo, condomínios (não possuem CNPJ), para pessoa jurídica massa falida (conjunto de haveres e deveres de uma pessoa jurídica que não tem mais condição de exercer a sua atividade), para pessoa física é espólio. Também tem capacidade para ser parte o Nascituro, que é o feto, aquele que esta para nascer, como por exemplo, se o pai do nascituro morre, após o momento dele nascer com vida, ele já possui o direito à herança do pai, antes disso ele possui a expectativa.

Capacidade Processual – está relacionada à capacidade de fato, capacidade para estar em Juízo, não como parte, mas como praticante de todos os atos. Possui por si só direitos e obrigações. Os menores de 16 anos não possuem essa capacidade, devem ser representados. Os menores de 18 e maiores de 16, podem ser somente assistidos, pois ele não pode praticar os atos sozinhos. Somente os que possuem plena capacidade.

Capacidade Postulatória – esta relacionada à capacidade de postular, para conversar com o Juiz, requerer perante o juízo, e quem tem essa capacidade são os Advogados, devidamente inscritos na OAB (não pode bacharel), quando o MP age como substituto processual, ele não precisa contratar advogado, pois ele sabe como postular. Ela também é conferida aos estagiários de direito devidamente inscritos na OAB, após o 7º período, ela pode ser de ordem absoluta/plena (quando ele puder sozinho praticar o ato, art. 29, §1º do Estatuto da OAB), e pode ser de ordem relativa (quando o ato praticado tem que ser em conjunto com o advogado, art. 23, §2º do Estatuto da OAB). Também possui capacidade postulatória qualquer pessoa que queira impetrar com um Habeas

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Corpus. O juizado especial a capacidade postulatória é inerente ao próprio reclamante, requerente, ele não precisa de acompanhamento de advogado, desde que a causa seja de menos de 20 salários mínimos. Acima de 20 salários mínimos a capacidade postulatória é do advogado. E no caso de Recurso é obrigatório o advogado. (Ler estatuto da OAB para ver qual a capacidade do estagiário). ***PROVA***

26/02/08 - terça-feiraDAS PARTES (continuação)I – Pessoas não naturais. Representação – UVV, Chocolates Garoto... A Lei diz quem possui a capacidade processual, ou de estar em Juízo. Se o Estatuto da UVV não designar ninguém, algum diretor da UVV pode representá-la. **PROVA** E quem representa ativamente a União? É a advocacia geral da União, cada Estado possui um advogado regional da União. E quem representa o estado? É o procurador geral do estado. E quem é que representa o Município? O procurador do Município, ou o Prefeito. E quem representa o Espólio (bens e deveres deixados pelo falecido/de cujos; se ele era casado ele deixou a cônjuge Supestite)? Quem vai representar é o inventariante (art. 12, V CPC). **PROVA** Deve abrir o inventário em 30 dias, se ninguém abrir o juiz pode, assim, a ação será conta os herdeiros. No caso da massa falida o Juiz nomeará um Síndico para representar a empresa que faliu. Uma pessoa possui vários bens e morre, mas não possui nenhum herdeiro, assim, o Juiz irá nomear um curador que irá administrar tal herança por 5 anos (Herança Jacente), após os 5 anos, herança será Vacante e o curador procurará os herdeiros por mais 5 anos). Se esses herdeiros não forem encontrados, os bens irão para o Município. II – Irregularidades SanáveisArt. 12, VII, CPC, ela é uma sociedade irregular tem capacidade de ser parte, ainda que falte o seu registro, e o administrador que será acionado, ou acionará no caso de um processo. A sociedade de fato não é constituída, nem têm contrato, e pode ser acionada, ou acionar a qualquer momento. **********PROVA********** Ex.: um condomínio (representado pelo contador/condômino do 1002) x João, Há algo errado (art. 12, IX, CPC) assim, o Juiz suspenderá o processo por um prazo razoável (30 dias), para sanar o erro. Caso fosse o João (réu) que estivesse com algo errado, e ele não sanasse o erro, seria decretada a revelia, e o processo seria extinto.

28/02/2008 – quinta-feiraIII – Curador Especial (*********VAI CAIR NA PROVA***********)O curado especial vai igualar as partes, vai fazer com que haja equilíbrio na relação jurídica vai fazer com que a desigualdade que existe não exista mais. Função da defensoria publica, mas o juiz nomeia outros advogados para tal cargo. Ex.: um incapaz tem um interesse e o seu representante tem outro, eles não podem entrar em conflito, assim o juiz nomeará um curador especial. Ex.: Maria quer entrar com uma ação de união estável contra José, mas, José falece, dessa forma ela tem que entrar com a ação contra os herdeiros (seus próprios filhos), assim, haverá um conflito de interesses entre as partes, por isso o Juiz nomeia um curador especial. Não há necessidade de nomear curador especial caso o réu preso tenha advogado (doutrina majoritária), mas a Lei diz que há a necessidade de nomear curador especial ao réu preso. Citação real (quando o Juiz tem a certeza de que o réu foi citado pelo correio ou oficial de justiça) e

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ficta (o Juiz não tem certeza que o réu foi citado, isto ocorre quando a citação é feita pelo Edital, ou Citação por Hora Certa, isso ocorre quando o oficial marca com alguém, secretária, por exemplo, um horário para encontrar com o réu, se ele estiver no local na hora marcada, é uma citação real, mas se ele não estiver, será considerado citado por meio de sua secretária. Para ser nomeado um curador especial, é somente se o réu for citado fictamente, e não comparecer (for revel), art. 9º, II, CPC.IV – Capacidade Processual dos CônjugesEm determinadas situações os cônjuges são uma só pessoa. Ação Real Imobiliária (Ação; Real = Res: coisa; Imóvel = Propriedade) discute a propriedade e seus fracionamentos, uso, uso-fruto, habitação, e não a posse. Se o marido for entrar com uma ação ele precisa comente de uma Outorga uxória (autorização) da esposa, e se for à mulher que quiser entrar com a ação ela precisa de uma autorização marital. Na causa se o réu for casado deve-se entrar com a ação contra o réu e a esposa, se não souber se o réu é casado ou não, diz-se que o estado civil é desconhecido. Os casais com regime de separação total de bens, não necessitam de autorização, mas se for união parcial ou total de bens, precisa da autorização da mulher. Da mesma forma se for convivente deve haver a autorização da convivente também, no caso de citação deve ser feita da mesma maneira. No caso de aluguel, não estamos diante de uma ação real imobiliária, e sim uma ação pessoal imobiliária, desta forma, não há a necessidade da esposa constar no pólo passivo nem ativo. Ação real é diferente de ação possessória, pois, a possessória discute somente posse. Art. 10, §2º. Quando um cônjuge contrair um bem que seja para o bem da família, os dois devem ser citados, caso não seja para o bem da família, não há necessidade de citação dos dois, art. 10, §1º, III. Art. 10, §1º, IV, bem imóvel o autor e o réu precisam da autorização do cônjuge. Art. 11, autorização do marido e a outorga da mulher, podem ser impossíveis caso o cônjuge desapareça, suma, e o outro cônjuge não saiba onde encontrá-lo. Nestes casos do artigo o Juiz dá a autorização ao cônjuge para propor a ação sem a autorização do cônjuge. Caso o Juiz não conceda esta autorização necessária, o processo pode ser inválido. Mas, se a parte que foi “prejudicada” ganhar a causa, não há a necessidade de invalidar o processo. VI – Sucessão e Substituição ProcessualNão podemos confundir substituição processual com substituição das partes. A regra é que a parte não pode ser substituída após a citação (“o autor morrerá autor, e o réu morrerá réu”). Quando houver essa mudança estamos diante de uma sucessão processual. A lei que autoriza essa sucessão. O autor deve autorizar a sucessão processual do réu, ex.: João entra em uma ação contra Marcos (querendo um mesmo terreno que ele diz ser seu), e Marcos vende o terreno para Zé, se João não permitir a Sucessão Processual das partes (substituindo o réu de João para Zé) João estará agindo como substituto, pois ele não possui interesse mais na ação, e está postulando o direito alheio em nome próprio (substituto Processual), caso ele seja substituído e o João permita a substituição, o nome é Sucessão Processual. Sucessão Voluntária – *alienação, *cessão; Sucessão Involuntária – *morte (sucessão processual involuntária, João morre e há a sucessão do espólio).VII – Dos Deveres das Partes e dos AdvogadosArt. 14 – falar a verdade; boa-fé; não falar nada sem fundamento; não praticar atos inúteis ao processo (por isso o Juiz pode negar as provas); e cumprir com exatidão os

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provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.Art. 17 – litigante de má-fé é aquele que:I – vai contra o texto expresso de lei ou fato incontroverso;II - altera a verdade dos fatos;III - usa do processo para conseguir objetivo ilegal;IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;Vl - provocar incidentes manifestamente infundados.VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.Art. 416, §1º - As partes devem fazer perguntas às testemunhas que tenha haver com o processo sem envergonhá-la, e etc.Art. 446, III – Os advogados e o MP (Ministério Público) devem se tratar com elevação e urbanidade.Art. 445, II – quem não se comportar da forma devida pode ser obrigado a se retirar da sala de audiência.Art. 599, II – o Juiz pode advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça.

04/03/08 - terça-feira LITISCONSÓRCIO

Pluralidade de PartesI – ConceitoÉ o laço que uni ao processo dois ou mais litigantes, na posição de autor, ou na posição de réu. É cumulação (juntar) subjetiva (sujeitos). É a pluralidade de partes, mais de um autor que é conhecido como litisconsórcio ativo e/ou mais de um réu que é o litisconsórcio passivo, caso se forme litisconsórcio das duas partes será um litisconsórcio misto.II – FinalidadePara economia processual (tempo, dinheiro...), e obter segurança jurídica (para evitar sentenças contraditórias).III – Classificação

Quanto ao Pólo – a relação jurídica processual possui dois pólos, o ativo e o passivo (autor e réu, respectivamente), o litisconsórcio será ativo quando possuir mais de um autor, passivo quando possuir mais de um réu, misto quando possuir mais de um em cada pólo, e multitudinário quando possuir uma multidão/VÁRIAS partes. No sindicato não há litisconsórcio. No condomínio só há litisconsórcio caso o morador do apartamento queira entrar, juntamente com o condomínio, com a ação.

Quanto à formação – ele pode ser: inicial ou anterior (REGRA), quando a relação jurídica processual já se inicia com várias pessoas em um dos pólos da ação. Ex.: Ação Real Imobiliária, quando o réu for casado, deve ter também o cônjuge. Ele pode ser também: posterior ou ulterior, se forma após a propositura da ação, só irá ocorrer em casos excepcionais. Para não violar o principio do Juiz natural (não pode escolher o Juiz que vai julgar a sua causa, pois, se um dos autores impetrar com a ação, e cair na Vara de um Juiz que eles

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“gostam”, eles irão litisconsorciar, mas se for o contrário, eles não irão). 1ª Corrente - Se tratando do mandado de segurança diz que pode haver o litisconsórcio ulterior desde que não tenha havido a citação da autoridade competente. 2º Corrente – Diz que NUNCA poderá haver o litisconsórcio ulterior, no caso de mandado de segurança.Casos em que permite a formação ulterior ou posterior:

Intervenção de terceiro, na modalidade chamamento ao processo e denunciação da Lide.

Sucessão processual/substituição das partes. Ex.: João entra com uma ação de paternidade contra José, José morre, quem fará parte do processo passivamente são seus herdeiros.

Conexão (art. 103-105, CPC) Quanto à Obrigatoriedade – pode ser:

Facultativo – quando por vontade própria/por liberalidade eles resolvem se unir, sem que haja nenhuma exigência legal para que eles estejam juntos.

Obrigatório ou Necessário – há obrigatoriedade para validade do processo, que tenha no pólo mais de uma pessoa, vai derivar da Lei ou da natureza da relação jurídica. Ex.: Ação real imobiliária (autor não forma litisconsórcio), mas necessita do litisconsórcio passivo caso seja casado. Ex.²: Ação de usucapião (quando transforma a posse, em domínio). Ex.³: Para pedir a dissolução da comissão de formatura, deve ser feita contra todos. Somente irá ocorrer no pólo PASSIVO da ação, por que não se pode obrigar ninguém a ser autor em uma ação, o direito de ação é um direito subjetivo. Existem decisões, que obrigam que haja litisconsórcio necessário ou obrigatório no pólo ativo, mas a formação será ulterior ou posterior, e dependerá da vontade deles. Ex.: João quer propor uma ação para desfazer um negócio jurídico que possui com José, mas João possui sócios que também participaram do negócio, assim, ele pede a citação destes sócios, que irão decidir se querem permanecer como réus (não concordando com o desfazimento do contrato), ou se querem passar para o pólo ativo (aceitam desfazer o negócio jurídico). Assim, ele começa como facultativo, e depois passa a ser obrigatório ou necessário, em virtude da natureza jurídica.

Quanto ao conteúdo da Sentença, pode ser Unitário – quando o Juiz tiver que decidir para todos os

litisconsortes de forma igual. Ex.: Anular um casamento para um cônjuge e não para o outro. Ex.²: Desfazer a comissão de formatura somente para parte da turma e não desfazer para a outra. Temos a unidade da pluralidade (uma sentença para várias pessoas, elas são vistas como apenas um pessoa). Não é aquilo que parece ser.

Simples ou comum – o Juiz pode prolatar uma única sentença com conteúdos distintos. É o que parece ser, cada um é visto de maneira distinta na relação processual.

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06/03/2008 - quinta-feiraI – Litisconsórcio FacultativoEx.: Zé morre, credor de 10 mil reais, que pode cobrar o valor é o espólio, representado pelo inventariante, e se possuir herdeiros os herdeiros podem litisconsorciar com o inventariante, mas não há necessidade.Se houver afinidade

Casos: art. 46 – I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.

Recusa – Quando não se atender qualquer das hipóteses do artigo 46, deve o Juiz, de ofício, recusar o litisconsórcio, determinando o desmembramento dos processos, sem necessidade de indeferimento liminar. Se não houver afinidade entre as partes (IV), o Juiz de oficio vai determinar a recusa do litisconsórcio. Mas, o processo continua para uma das partes, que o autor irá escolher.

Limitação - Caso haja um “litisconsórcio multitudinário” (número imenso de autores ou réus), o Juiz, quando achar necessário, pode limitar o litisconsórcio, que é apenas desmembrar os feitos de forma tal que um ou alguns dos processos cumulados passem a correr em outros autos. Materialmente o desmembramento faz-se por translado. Quando alguém requer, o simples fato de requerer, a limitação do litisconsórcio interrompe-se o prazo do réu se manifestar. O prazo suspensivo para, e quando recomeça, recomeça de onde parou. E o prazo interrompido, quando recomeça, recomeça do zero, como se nunca tivesse existido, o Juiz não precisa deferir o pedido do réu (a limitação). O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão (art. 46, §1º).

II – Litisconsórcio Necessário/Obrigatório Casos:

o Litisconsórcio Unitário – quando o Juiz tiver que decidir para todos os litisconsortes de forma igual. Ex.: Anular um casamento para um cônjuge e não para o outro. Ex.²: Desfazer a comissão de formatura somente para parte da turma e não desfazer para a outra.

o Litisconsórcio Simples ou comum – Não há uma sentença igual para todas as partes.

O art. 47 diz que: “Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo”. Neste artigo só englobou o litisconsórcio unitário, pois nem sempre o Juiz decidirá a lide de modo uniforme/igual para todas as partes.

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OBS.: se a citação de um terceiro incerto não conhecido, for por edital e ele for revel, não há como designar um curador especial, mas se souber o nome da pessoa, e não for pessoa incerta, é necessário um curador especial.

Conseqüência da não formação–Intervenção “iussu iudicis” – era a intervenção pedindo a integração à lide daqueles outros que poderiam fazer o mesmo pedido, provocada pelo próprio Juiz, com base na economia processual, para evitar sentenças contraditórias. Só irá ocorrer em litisconsórcio necessário, diferente do sistema americano e etc. O CPC não admite para o litisconsórcio facultativo, nas ações coletivas do Código do Consumidor o juiz publica o edital, para chamar todos os interessados, também na ação popular, o juiz comunica, manda notificar o ente público para representar o povo. O Juiz chama para si.

Aula X – 11/03/2008 – terça-feiraIII- Princípio da Autonomia dos co-litigantes/Litisconsortes – art. 48Se for o litisconsórcio facultativo as partes são autônomas, um litisconsorte não representa o outro, e as relações processuais entre os litisconsortes e a parte adversa são distintos. Tanto no litisconsórcio simples quanto no unitário, os litisconsortes são autônomos. No litisconsórcio necessário, a regra é que o juiz decidirá de maneira igual para todos, não é um princípio de natureza absoluta, pois, um litisconsorte pode prejudicar ou beneficiar o outro, com seus atos (quando a defesa for comum aos demais vai beneficiar aos outros. Ex.: fiador. Pode alegar que o contrato principal é nulo, mas se ele alegar que somente o contrato acessório, de fiança é nulo). Art. 319, e 320, I (quando um deles contestar a ação e o fato for comum), 509. Art. 191, se tiverem advogados distintos, os prazos serão dobrados, ocorre a mesma coisa com defensor público. Prejudica quando uma das partes confessar (art. 350), por exemplo, pois a confissão é uma prova, e ela vale ou não vale, e se valer, deve valer para todos, mas o Juiz deverá indicar na sentença o motivo, Princípio da persuasão racional do Juiz (art. 131).

*****(MEU)*****VII – Recusabilidade do Litisconsórcio. Possibilidade. Litisconsórcio facultativo próprio ou impróprio.Na Lei atual a distinção entre litisconsórcio facultativo próprio (era o que podia ser recusado) e impróprio (era irrecusável quando requerido por alguma das partes) não é expressa, fazendo parecer que para a formação do litisconsórcio basta a vontade do autor (desde que se atendam os requisitos do art. 46).

LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO1) Conceito

Aquele que é de formação obrigatória, sempre por disposição da Lei, ou pela natureza da relação jurídica, deduzida no processo.

2) Litisconsórcio necessário simples e unitárioO juiz n tem que decidir de maneira igual para todos (unitário)

3) Litisconsórcio necessário unitário. Sentença de improcedência.

LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNITÁRIO1) Conceito

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O litisconsórcio pode não ser necessário, não é obrigatório.2) Efeitos. Coisa Julgada

ATIVIDADE DOS LITISCONSORTES1) Princípio da Autonomia dos litisconsortes

Um litisconsorte não representa o outro, e as relações processuais entre os litisconsortes e a parte adversa são distintos. Tanto no litisconsórcio simples quanto no unitário, os litisconsortes são autônomos.

2) Andamento do Processo. Promoção dos Litisconsortes. Intimação.Todos têm o direito de promover o andamento do processo, não importando em paralisação a inércia do outro. Todos devem ser intimados dos atos do processo, com exceção dos revéis.

INTERVENÇÃO DE TERCEIROSI – Extensão Subjetiva da Sentença – o Juiz resolve o conflito com a sentença, após ela transitar em julgado, ela irá atingir todas as partes. Mas ela terá reflexos fora do processo (pessoas que não fazem partem da relação jurídica processual, que são os terceiros), isso é extensão subjetiva da sentença. Ela não atinge aos substituintes, por exemplo, o sindicato, a sentença vai atingir os sindicalizados. O que vai autorizar os terceiros a interferirem na relação é o interesse jurídico e não de fato. Ex.: João possuía um imóvel e o imóvel do lado era de Maria, mas ela perde o bem com uma causa na justiça, para Marcos, que constrói um prédio, que tampa o sol da piscina de João. João possui um interesse de fato. Mas, se João estivesse incomodado com o espaçamento que Marcos está dando na construção do prédio, que está fora do permitido, o fato é jurídico. Para que a sentença não atinja terceiros vai ser autorizado que o terceiro intervenha.II – TerceirosQuem são esses terceiros? Terceiros são pessoas estranhas à relação jurídica de dir. material, deduzida em juízo, e estranhas à relação jurídica processual já constituída, mas, que sujeitos de uma relação de direito material que àquela se liga intimamente intervêm no processo a fim de defender interesse próprio. “É aquele que não é o primeiro nem o segundo”.III – Modalidades

a) Por deliberação espontânea – Intervenção espontânea ou voluntária: ocorre quando o terceiro por sua própria vontade intervém no processo, sem ninguém chamar, com interesse jurídico.

Assistência – ele vai assistir, vai dar uma ajuda, por que ele tem uma relação jurídica com uma delas, e se ele perder ela será prejudicado.

Oposição – para opor, rebater. Diz que o direito não e do autor nem do réu, e sim, dele.

Embargos de terceiros – Processo Civil III Intervenção credores na execução – Processo Civil III Recurso de terceiro prejudicado – Processo Civil II

b) Por provocação de uma das partes – Intervenção provocada ou coacta: o terceiro vem ao processo, pois, o autor, o réu ou ambos, o chamam no processo, ele é coagido a participar do processo.

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Nomeação à autoria – diante de uma ilegitimidade passiva. O autor propôs a ação contra a pessoa errada.

Denunciação da lide – quando é chamado ao processo o garantidor. Chamamento ao processo – o réu, apenas o réu, chama ao processo

os demais devedores solidários, aqueles que também são responsáveis pela dívida (litisconsórcio passivo ulterior).

13/03/2008 – quinta-feira“Diante da adversidade que surgem grandes oportunidades de fazer o bem a si e aos outros”

Controle do Magistrado – o que autoriza o terceiro a intervir na relação jurídica Processual? Interesse jurídico. E o controle do magistrado é que vai dizer se ele tem interesse JURÍDICO na relação, caso não possua, o juiz não permitirá que ele faça parte da relação jurídica. Controle da legitimidade interventiva.Em que situação não se admite intervenção de terceiros? 1) em se tratando de juizados especiais, pois precisa ter celeridade processual, e também porque possui causas de menor potencialidade, rito sumaríssimo (processo não anda, corre, no máximo 30 dias). 2) bem como, não se permite a intervenção no rito sumário, pois, também deve ser rápido o corrimento do processo (entre 60 e 70 dias), salvo assistência e intervenção fundada em seguro (contrato de seguro) art. 280. Se admite no Rito ordinário (15 dias pra contestar), causas de maior complexidade, há necessidade de amadurecimento do processo. 3) ação declaratória de constitucionalidade ou na ação direta de inconstitucionalidade (pois, a questão é objetiva, ali se discute se a lei é apenas constitucional ou não, não interfere na vida de ninguém), previstos lei 9.868/99, art. 7º e 18º.

Aula XI – Da Assistência/intervenção CoadjuvanteI – Conceito – primeira modalidade de intervenção de terceiros. Intervenção espontânea, voluntária, para ajudar, da assistência a uma das partes..DUAS MODALIDADES:II – Assistência simples ou adesiva – é a única modalidade em que o terceiro continua sendo terceiro até o final do processo (art. 52)

Atividade do assistente – o terceiro intervêm a fim de defender direito jurídico que não é próprio. Ex.: João vendeu um imóvel para Maria, e Roberto está dizendo que o imóvel é dele, então João intervêm no processo para ajudar Maria, e dizer, que ele vendeu para ela. Ele é um mero assistente, e tudo que ele for fazer deve pedir a assistida (Maria), salvo para alegar impedimento e suspeição do Juiz. E a assistida pode fazer qualquer coisa que o assistente tem que aceitar (acordo, desistir da ação...). Ele tem entrar no processo para ajudar, e não para prejudicar. E pode sair do processo quando quiser.

Revelia (art. 52, §1º) – se o assistido for revel, o assistente irá defender os interesses do dele, irá gerir os negócios dele. Ele estará em seu nome, pleiteando em nome próprio, direito alheio, substituto processual (substituição processual suigeneres/subordinada). Desta forma, o assistente não precisa fazer mais nada pedindo autorização,

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pois, o autor já não está mais no processo. E se o autor voltar ao processo, o substituto processual, volta a ser um simples assistente.

III – Assistência qualificada autônoma ou litisconsorcial Poderes e restrição do assistente – ele é co-titular do direito/objeto do

litígio, por isso ele tem interesse jurídico direto naquela causa. Ex.: um condomínio (representado pelo síndico) entra com um processo contra um condômino, e um dos moradores que também é titular de parte do direito, entra no processo para assistir. Ele age no processo como se fosse parte, mas não é parte. Ex.²: João está discutindo a propriedade de um bem com Marcos, Marcos vende o bem para José, se João não permitir que haja a sucessão processual, José mesmo sendo o TITULAR do direito, age como assistente (art. 42, §2º). Não tem que pedir autorização nenhuma, para praticar nenhum ato. Mesmo que assistido, desista da ação, faça um acordo, o assistente pode continuar no processo, pois, ele é co-titular. A restrição é que ele não pode entrar no processo para prejudicar. E se o autor desistir da ação, o assistente passa a ser autor, se ele quiser permanecer.

Adquirente ou cessionário – IV – Coisa Julgada – é a imutabilidade da decisão envolvendo os mesmos elementos da ação (partes, pedido e causa de pedir).

A.S (Assistência simples) – Não tem coisa julgada, pois, o assistente não é parte.

A.L (Assistência litisconsorcial) – pode ter coisa julgada, em virtude da representação. Ex.: o síndico que representa todos os condôminos, se o juiz proferir uma sentença, julgando procedente, em parte, o pedido autoral, e ninguém recorrer. Mas, se o Juiz julgar improcedente o pedido, os condôminos podem entrar novamente com o processo, individualmente, e também podem ser assistentes.

V – Justiça da Decisão – é impedir que o assistente venha rediscutir aquilo que já foi discutido no processo em que ele interveio (discutir as mesmas coisas que já foram discutidas em outro processo, mas se ele tiver novos documentos, ou provas, ele pode discutir). Em qualquer modalidade de assistência. Ele poderá rediscutir na sua ação, tudo aquilo que o assistido não o autorizou, e também quando ele entrou no processo não dava para ele discutir, já havia passado a fase (Art. 55).VI – Processo em que cabe a assistência – vai caber em todos os tipos de processo, de conhecimento, de execução, cautelar, desde que seja demonstrado o interesse jurídico.VII – Jurisdição Voluntária – não cabe, pois, não tem litígio, não tem processo, não tem partes, têm interessados.

18/03/08 - terça-feira“Espera no Senhor, anima-te e Ele fortalecerá o seu coração”

Aula XII – Da assistência (continuação)I – Momento da intervenção – o assistente pode intervir a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição (TJ, STJ, STF). Somente depois de transitada em julgado a sentença (não existe mais processo), é que não poderá mais intervir.

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II – Procedimento – tudo é escrito. Para postular perante o juiz tem que estar representado de um advogado (capacidade postulatória), em primeiro lugar ele deve constituir um advogado. Processo Autor x Réu terceiro (fora da

relação jurídica)1º constitui um advogado, que irá requerer a assistência.

2º o juiz abre vista às partes, com um prazo de 5 dias para cada um dizer se concordam ou não.

3º se uma das partes discordar, o juiz desentranha o requerimento de assistência (o único motivo para que discorde é que não tenha interesse jurídico), e apensa ao processo, junto com a impugnação, que causa um incidente.

4º o juiz decide/resolve o incidente no prazo de 5 dias, se o motivo da discordância é jurídico ou não.

Este símbolo significa que o juiz suspende o processo. Por isso só cabe no rito sumário (que é um rito demorado).

Despacho serve para dar andamento ao processo.Decisão interlocutória resolver um incidente, uma questão, sem por fim ao processo.Sentença, ato pelo qual o juiz encerra uma fase do processo resolvendo ou não o mérito.Acórdão decisão de um Colegiado.III – RecursoCom uma decisão interlocutória e o terceiro pode recorrer com o Agravo de Instrumento (alguns Juízes utilizam o nome Despacho, pois seguem doutrinas diferentes, mas se resolver um incidente é decisão).

Da OposiçãoI – Conceito e Origem – o terceiro vem para opor, prejudicar, as duas partes. Pois ele se diz titular do direito, objeto do litígio, diz que não pertence nem ao autor, nem ao réu. É uma modalidade de intervenção voluntária em que o terceiro pretende no todo ou em parte a coisa ou o direito sobre que discutem autor e réu. Ele será chamado de opoente ou oponente. E as outras partes (autor e réu) serão chamados de opostos. No império germânico, as decisões eram tomadas em assembléias, e quem não concordava se opunha, criando uma nova relação jurídica processual. Da mesma forma é hoje em dia, se forma uma nova relação jurídica processual, em que de um lado está o opoente e do outro lado estão os opostos (formando um litisconsórcio).II – Momento Hábil – Até a prolação da sentença ele pode intervir, após a sentença não há como ele se opor, não precisa transitar em julgado. O terceiro quer interferir no processo, por causa da economia processual, e da segurança jurídica. III – Autonomia e Conexão – A segunda relação jurídica é autônoma em relação a primeira. Ainda que as partes desistam da ação, a ação continua, pois, a segunda relação jurídica é autônoma, ela necessita da primeira ação para existir, após existir, ela é autônoma. A Conexão é uma forma de mudança de competência em virtude da mesma causa de pedir ou mesmo pedido (mediato, o bem da vida, é aquilo que vai auferir).IV – Oposição e Assistência – na oposição o terceiro vira parte, e na assistência o terceiro continua sendo terceiro.

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V – Litisconsórcio ulterior passivo necessário – é necessário em virtude da Lei. Pois, o autor e réu da primeira relação, viram litisconsortes passivos.VI – Processo em que cabe – só cabe em se tratando de processo de conhecimento (pois é onde o juiz vai declarar o direito).VII – Procedimento do P. Principal – o rito que vai aceitar a oposição é o ordinário, só aceita no sumário a assistência. Pois, o processo fica suspenso, e então o processo para, o único rito que aceita é o ordinário. VIII – Procedimento – o juiz verifica antes de citar o réu, se a petição inicial apresenta os pressupostos processuais, as condições da ação, elementos da ação, e na nova petição, da segunda relação processual devem estar presentes todos os requisitos. Na oposição a citação será nos advogados, pois o juiz já sabe que são os advogados das partes, por causa da relação anterior. Se o réu for revel, o autor deverá ser citado pelo advogado, e o réu pessoalmente (não se pode aproveitar a revelia). Os prazos para contestar não dobram permanecem de 15 dias, pois é prazo de Lei, mas para os outros atos os prazos não dobram (art. 56-57). Iter Procedimental – (caminho do processo, como ele começa e como ele terminar).1ª fase – fase postulatória é em que se postula. Quem postula é o autor e o réu, o autor é pela petição inicial, e o réu, contestação, reconvenção, exceção e impugnação do valor da causa.2ª fase – fase saneadora é limpar o processo, tirar as impurezas do processo, verificar se o processo pode continuar o seu caminho. Vai verificar se estão presentes os pressupostos processuais, condições da ação e etc. marcando uma audiência de conciliação (sumário) ou preliminar (ordinário). E ele resolve questões processuais pendentes. Após o saneamento ainda nesta fase, o juiz fixa o ponto controvertido (verificar aquilo que o autor disse e o réu contradisse), ele perguntará a parte se há necessidade de produção de provas, e deferir ou indeferir.3ª fase – fase probatória ou instrutória – Fase da coleta de provas orais, na audiência de instrução e julgamento.4ª fase – fase decisória – o juiz decide, é onde ele prolata a sentença. Até a chegada desta fase o opoente pode entrar no processo.

25/03/2008 – terça-feira“Se o dinheiro for sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”

I________________________I_____________________I_______________________IFase postulatória Fase Saneadora Fase Probatória Fase Decisória Aula XIII – Da oposiçãoI – Oferecimento ANTES da A.I.J. – oposição interveniente

Pois teremos a ação e a oposição sendo julgadas simultaneamente pois elas estão caminhando juntas. E a oposição deve ser apensada, vai junto ao processo (mas, na prática não é apensado é juntado, um processo com 2 relações jurídicas, um único processo com 2 ações). Art. 59.

II – Oferecimento APÓS a A.I.J. – oposição atípica ou demanda autônoma O juiz pode sentenciar o processo que está na fase decisória, ou

suspende o processo pelo prazo máximo de 90 dias (a Lei que diz, pois é

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rito ordinário, e esse é o prazo do rito), até que a oposição venha seguindo o procedimento e as duas possam ser julgadas simultaneamente, por segurança jurídica. Mas o juiz, para ter segurança jurídica, espera mais do que o prazo estipulado em Lei. Dois processos com duas ações. Art. 60.

III – Ordem do Julgamento – “Simultaneus Processus” A ação e a oposição devem ser julgadas simultaneamente. E a oposição

deve ser julgada em primeiro lugar, pois é uma prejudicial, um incidente, e depois vamos julgar a ação (art. 61). Se o juiz julgar primeiro a ação, há uma irregularidade, e não nulidade. Isso não vai fazer com que a sentença perca o efeito dela, e sim, que tenha sido feita de forma irregular.

IV – Natureza Jurídica da Sentença – toda sentença tem conteúdo declaratória. Oposição:

Depende do pedido, daquilo que se pretende. Ex.: se, é de constituir, ela é constitutiva. Se, é para declarar, ela será declaratória.

A natureza jurídica da sentença que julga improcedente o pedido, SEMPRE é declaratória.

A natureza jurídica da sentença que julga procedente o pedido, é declaratória para o autor (dizendo que ele não possui o direito), e condenatória para o réu (condenando-o a entregar o bem, por exemplo). Assim, possuirá duas naturezas - LPUNS (litisconsórcio passivo ulterior necessário simples).

Ação: Improcedente – declaratória (o direito do autor) Procedente - condenatória (declara improcedente o pedido do autor, e

condena o réu)V – Oposição Convergentes

Vários terceiros (oposição, da oposição, da oposição...). Terceiros reivindicando coisas. É a possibilidade da apresentação da oposição de oposições já apresentadas.

Nomeação à AutoriaI – ConceitoO terceiro é chamado ao processo. É uma modalidade de intervenção de terceiro provocada ou coacta em que o réu (só quem nomeia autoria é o réu) nomeia ao autor o verdadeiro réu, em virtude de sua ilegitimidade. ESTAMOS DIANTE DA TEORIA DA APARÊNCIA.II – FinalidadeO Juiz deve extinguir o processo, por ilegitimidade passiva da ação, pois leva a carência da ação, sem resolução do mérito. Mas, se o autor não souber, se ele achar, que o réu é o verdadeiro titular do direito, eles está como um mero detentor (e não possuidor, pois a posse é também do proprietário, mesmo que indireta, e detenção é uma “posse fraca”, ele não pode entrar com uma ação de usucapião – art. 62), mas todos acham que ele é o proprietário, possuidor, tendo em vista, a teoria da aparência. Então o legislador permite que réu indique o verdadeiro réu sem que o processo seja extinto,

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por economia processual. E o réu “falso” vai ser sucedido, pelo verdadeiro. O réu tem o dever, por lealdade processual de indicar quem é o verdadeiro réu.III – CasosSó será possível em dois casos:1º - art. 62 (deverá) -> quando todos acham que ele é o proprietário, mas ele é o detentor, cabe também o possuidor.2º - art. 63 -> ação de “dano infectu”, indenização. Ex.: um empregado que cumpre ordens do patrão. Mas, art. 932, III, CC, diz que aquele que pratica o ato, e aquele que mandou, respondem pelo ato, assim a doutrina diz ser um litisconsórcio passivo, e não a nomeação à autoria, pois o empregado não deve sair do processo, caso de co-responsabilidade.Art. 69, I – o réu não indica o réu “verdadeiro”, sendo assim condenado em perdas e danos e o processo julgado extinto sem julgamento do mérito. Responsabilidade objetivaArt. 69, II – o réu nomeia pessoa adversa do réu “verdadeiro”, sendo assim condenado em perdas e danos e o processo julgado extinto sem julgamento do mérito. Responsabilidade subjetiva.

27/03/2008 - quinta-feiraAULA - XIVIV – Procedimento da Nomeação à autoriaCitação do réu, para contestar, ele possui um prazo de 15 dias (pois é rito ordinário), neste prazo ele deve apresentar a nomeação, e se ele não apresentar a nomeação e apresentar a contestação normalmente, ele será condenado em perdas e danos (art. 69), pois ele possui a obrigação de nomear. O réu será chamado de nomeante, e o terceiro (que é o verdadeiro réu) é chamado de nomeado. O nomeante vai até a ação e faz a nomeação à autoria (por uma petição indica quem é o verdadeiro réu), e vai dizer por que ele está nomeando a autoria (somente nos casos do art. 62 e 63). O juiz vai determinar que seja escutado o autor, no prazo de 5 dias; e o processo vai ficar suspenso (art. 64). O autor pode não aceitar a nomeação, o processo deixar de ficar suspenso e agora o réu vai ter novo prazo para resposta (Contestação), e este alegará ilegitimidade passiva, e o juiz extinguirá o processo na forma do art. 267, VI (sem julgamento do mérito). E o autor pode aceitar a nomeação, ou se calar, o autor tem que requerer a citação do nomeado (art. 65), enquanto isso o processo está suspenso em relação ao nomeante. Após, irá ocorrer a citação, para que no prazo de 15 dias, ele dizer se concorda ou não com a citação, se ele aceitar (que realmente é o proprietário), ele deverá contestar, assim há uma sucessão (o nomeante sai do processo e o nomeado entra) para que isso aconteça há a necessidade de dupla aceitação, primeiro do autor e depois do nomeado. Caso o nomeado não aceite a nomeação, o Juiz não pode obrigar o nomeado a ser réu (é o único caso em que o verdadeiro réu pode escolher se quer ser réu ou não); então terá vista ao nomeante e o processo deixa de estar suspenso e ele contesta alegando ilegitimidade (art. 267, VI). Para alguns doutrinadores (minoritário) não importa se ele quer ser réu ou não, o que importa é que ele foi citado. E então o autor, já sabendo quem é o verdadeiro réu, propõe uma ação contra ele. O nomeante pode permanecer se quiser, mas, como assistente simples (art. 62), mas se for de acordo com o art. 63, ele será um

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litisconsorte passivo. O processo é suspenso, mas o prazo interrompido (ele ganha novamente os 15 dias), art. 67.Ex. de pergunta para a prova: qual a modalidade de intervenção de terceiros que exige dupla aceitação? Por quê? Explique?

Denunciação da Lide (nome conhecido no CPC)/ Chamamento à autoria/ Chamamento à autoria/ Litisdenunciação

I – ConceitoÉ a modalidade de intervenção de terceiro provocada em que o autor, o réu ou ambos, chama a Juízo terceira pessoa que seja o seu garante, a fim de resguardá-lo no caso de ser vencido na ação. Na denunciação da lide, nos falamos que há uma ampliação, expansão objetiva e subjetiva da lide, será subjetiva, por que vai ter a entrada do terceiro, e objetiva, porque vai ampliar o pedido, o objeto da lide (o pedido principal é um, mas se for condenado quer outro).Tipo de nomeação em que ambas as partes podem provocar o terceiro, para que ele intervenha em virtude dele ser o garantidor, pode ser em virtude da Lei (ex.: o empregador e o empregado, o Estado e os agentes...) ou do Contrato (ex.: contrato de seguro). Se o autor ou o réu perder a ação, este terceiro vai ressarcir-los. Pois eles podem possuir garantias distintas. Principalmente nos contratos de compra e venda, pois há uma garantia de que a pessoa irá aproveitar, usufruir o bem. Se o terceiro (garantidor) não for ao processo voluntariamente, prestar assistência, a parte pode chamá-lo ao processo. Aquele que chamar o terceiro, que pode ser autor ou réu, será chamado de: denunciante, chamante, chamador, litisdenunciante. E o terceiro será chamado de: denunciado, chamado, e litisdenunciado.

Características: É uma ação incidente – pois, ela incide sobre uma ação já existente. É uma ação regressiva – pois, existe uma relação de direito material anterior de

garantia, regressiva entre o denunciante e o denunciado. É uma ação eventual – pois só será necessário discutir se o denunciante perder. É uma ação antecipada – pois, não há necessidade de entrar coma

denunciação, pois se ele perdesse, poderia entrar com uma ação contra o garantidor, mas ele está antecipando a ação.

01/04/2008 - terça-feiraContinuação...II – Obrigatoriedade? Art. 70 (PROVA)Cada doutrinador entende de uma forma, pois a denunciação é uma ação incidente (incidental), na eventualidade de perda o Juiz teria que decidir uma ação de regresso (e ninguém pode impedir de entrar com a ação, nem de propor a ação). Se a Lei está dizendo que a denunciação e obrigatória, é como se a Lei estivesse obrigando alguém a propor uma ação. Somente é pacífico na doutrina o inciso I.III – CasosArt. 70:

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I – evicção: é a perda da coisa, em virtude de uma decisão/sentença judicial (então, se entra com uma ação de evicção). Está errado (erro técnico) no inciso, “terceiro” é o autor, ou réu, e não terceiro. Trata-se de uma ação reivindicatória, (que discute domínio), mas neste artigo pode se discutir posse ou usucapião. Seria obrigatório, por uma questão de economia processual, 2 ações dentro de 1 único processo, que embora seja um incidente, só será apreciado caso o que tem a garantia perder. Se ele não denunciar a lide, ele perde a garantia (se não denunciar, perece). Art. 447-448, CCArt. 456, CC - possui cinco correntes:1ª – Nelson Leri Junior – que fala da denunciação per saltum (denunciação em que pode chamar qualquer um dos alienantes anteriores, isso tem no Cartório, se daria na ação reivindicatória, pois, só tem o registro em caso de propriedade e não de posse).2ª – Monis de Aragão – denunciação coletiva (tem que chamar todos de uma vez só, litisconsórcio multitudinário, isso tem no Cartório, se daria na ação reivindicatória, pois, só tem o registro em caso de propriedade e não de posse).3ª – Flávio Yarshell – é a corrente que está no Código, diz que é possível a denunciação sucessiva, art. 73.4ª – capixaba – Marcelo Abelha – diz que todos os vendedores anteriores são solidários (solidariedade não se presume, somente é expressa em Lei). 5ª – Alexandre Câmara – diz que a denunciação tem que ser feita no alienante imediato (art. 456 é uma “conversa furada”) – 3ª CorrenteII – Propriedade e possuidor indireto – aquele que dá em usufruto, tem que garantir que ele vai usar e tirar os frutos. Não há a obrigatoriedade de denunciação, e ele não perde o direito de receber a indenização, então, caso ele perca a ação, ele propõe nova ação contra o “terceiro” para ser ressarcido. Credor pignoratício – quando o devedor pignoratício tem um crédito ele tem que garantir que ela irá usufruir. Locatário. Réu, citado em nome próprio.III – não estando diante de uma denunciação obrigatória (ela é facultativa). Ela decorre ou de contrato ou de Lei. Ex.: Contrato: seguradora é a garantidora. Lei: Constituição Federal, art. 37, §6º - responsabilidade do empregador quanto ao empregado (responsabilidade objetiva, independe de culpa). Possui duas correntes:1ª – Corrente Restritiva – Sidnei Schances, Nelson Neli Junior, Vicente Greco, Cássio Scarpinela Bueno. Não e possível a denunciação da lide em virtude de estar se trazendo ao processo a responsabilidade subjetiva, que é algo que não interessa ao autor. Isto é, ela não admite quando a responsabilidade da ação principal é objetiva, e a secundária é subjetiva (a ampliativa permite). Cássio entende que: está se trazendo discussão quem não faz parte da ação principal, mas se for discutida responsabilidade subjetiva nos dois casos admite-se. STJ - Sálvio de Figueiredo, Eliana Calmon. 2ª – Corrente ampliativa – Candido Dinamarco, Luiz Forquex, Wiliam Couto, Arruda Alvim, Alexandre Câmara, e Humberto Teodoro Junior – não importa se estará respondendo por uma responsabilidade subjetiva, o que importa e que nós vamos ter economia processual, não levam em consideração a ação do autor. Só que nós não teremos a rapidez desejada (então existem dois princípios, o da economia processual, e o da celeridade. O juiz vai decidir o caso concreto, se vai atrasar ou não). Admite-se a responsabilidade objetiva e subjetiva. STJ – Aldir passarinho, José Deodato.

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Page 23: Direito Processual Civil I

03/04/2008 - quinta-feiraAULA - XIIIArt. 280

ART. 70 Dte(s) Dd(s)I AUTOR/RÉU ALIENANTEII RÉU (CREDOR

PIGNORATÍCIO, USUFRUTUÁRIO, LOCATÁRIO)

PROPRIETÁRIO OU POSSUIDOR INDIRETO

III RÉU/AUTOR Terceiro (o responsável pela indenização, Ex.: seguradora, por força de contrato, empregador, ou servidor público, da Lei)

IV – Procedimento – não admite rito sumário, somente ordinário. Pelo autor – art. 71 (parte a)

Na petição inicial, o autor irá dizer que possui um garantidor. Antes da citação do réu, suspende o processo e chama (citação, se for na mesma comarca ele será citado no prazo de 10 dias, e fora da Comarca, no prazo de 30 dias, pode ser feita Carta Precatória, fora da comarca mas dentro do país, ou Carta Rogatória, quando ela é fora da Comarca e fora do País; existe também a Carta de Ordem, em que o superior diligencia o órgão inferior. Não é prazo para defesa, é para o autor pagar as custas para a citação) o denunciado, para ele dizer se é ou não o garantidor.

Pelo réuO réu no prazo de 15 dias (é o mesmo prazo utilizado para Contestar, mas ele não está contestando), informa que quer denunciá-lo, assim, o processo fica suspenso, ele não contestou, apenas denunciou (para a citação é o mesmo para do autor, dentro da comarca 10 dias, e fora da comarca 30 dias).

V – Posição do Denunciado Denunciante autor

O que ele pode fazer?o Assumir que é o garantidor e formar um litisconsórcio

com o autor, aditando a petição inicial (por não concordar com a petição inicial, achar estar faltando algo), por isso o processo fica suspenso. Art. 74.

o Negar a qualidade de garantidor, ele pode assumir que vendeu o bem, mas não garantiu a evicção (por isso, vendeu mais barato do que o preço de mercado). Embora ele negue o Juiz terá que decidir no final.

o Não diz nada, o Juiz julga a causa normalmente, mas no final, caso seja necessário, ele terá que julgar em relação ao garantidor.

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Page 24: Direito Processual Civil I

o Se ele for revel, ele só pode alegar matéria de ordem pública, é aquela que se conhecida invalida o negócio (pressupostos da ação, elementos da ação...).

Após, o réu será citado, e o processo correrá normalmente. Denunciante réu

O que ele pode fazer?o Assumir que é o garantidor e formar um litisconsórcio

com o réu (passivo).o Recusar a denunciação, o processo vai prosseguir entre o

autor e o réu, se o réu perder, o Juiz resolverá a ação entre eles (ele pode entrar no processo a hora que quiser, e pode alegar matéria de ordem pública).

o Pode não dizer nada. Se ele contestar, ocorre a Preclusão.

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS CO-LITIGANTES.ART. 75, II – revogado pelo – 456, § ÚNICO, CC (Parágrafo único - Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos)

10/04/08 - quinta-feira

VI – Denunciação sucessiva (art. 73)Sempre chamar o alienante imediato, e ele por sua vez vai chamando os outros garantidores. Estamos na fase postulatória (fase inicial). VII - SentençaApós passadas todas as fases, vamos para a fase da Sentença. Dependendo do caso o juiz não precisa julgar a denunciação, se for a favor do denunciante (autor). O Juiz julga a relação principal:

1) Julgou procedente o pedido do autor: a denunciação está prejudicada.2) Julgou improcedente o pedido do autor: o juiz tem que julgar a denunciação da

lide.a. Pode julgar procedente a denunciação (condena o garantidor a

restituir). Natureza Jurídica Condenatória (pois, condena o garantidor a reembolsar o prejuízo).

b. Pode julgar improcedente a denunciação. Natureza Jurídica Declaratória (diz que o denunciante não tem o direito, sempre que o Juiz julga improcedente o pedido é declaratória).

Dependendo do caso o juiz não precisa julgar a denunciação, se for a favor do denunciante (réu).O juiz julga a relação principal:

1) Julgou improcedente o pedido do autor: o réu ganhou a ação. Não há necessidade de julgar a denunciação. Denunciação Prejudicada.

2) Julgou procedente o pedido do autor: o réu perdeu, e ele que possui a garantia. Tem que julgar a denunciação:

a. Pode julgar procedente a denunciação. Natureza jurídica condenatória.b. Pode julgar improcedente a denunciação. Natureza jurídica declaratória.

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Page 25: Direito Processual Civil I

O juiz pode, no caso do autor ou réu, julgar procedente, em parte, o pedido, com isso será julgada a denunciação, na parte em que o denunciante perdeu.

O STJ que na execução se houvesse o cruzamento do autor com o denunciado, o autor proporia diretamente a fase executiva contra o denunciado, quando o denunciante (réu) não possuísse a condição de pagar. Mas, ultimamente o STJ tem dito que o Juiz não erra quando condena diretamente o denunciado na sentença, quando o denunciante não possui condições. Para que não haja a necessidade do processo de execução, e para que o denunciado não possa dizer que não vai reembolsar, por que o réu (denunciante) não pagou.

DO CHAMAMENTO AO PROCESSOI – ConceitoO que vai diferenciar este da denunciação é a solidariedade. Que será encontrada no chamamento ao processo, na denunciação, é o direito de regresso sem solidariedade, e no chamamento é com solidariedade. O autor é quem escolhe se quer litigar com um, alguns ou todos. Mas o Processo Civil diz que o réu pode chamar os outros devedores, se quiser.É uma modalidade de intervenção de terceiros, provocada ou coacta em que o réu citado como devedor chama ao processo o devedor principal, ou os co-responsáveis, ou co-obrigados solidários, para virem responder por suas respectivas cotas/obrigações.II – FinalidadeEconomia processual, e para haver uma possibilidade de ampliação do campo de defesa de todos os réus (dos devedores terem que pagar cada um, uma porcentagem menor, e terem a oportunidade de alegar o que realmente aconteceu, por exemplo: se o autor estava devendo a eles, se a dívida já está prescrita, se já foram perdoados...).III – CasosIV – Procedimento (art. 78-79)É proposta a ação, é enviada a citação, o réu possui 15 dias para resposta (pois é rito ordinário), mas neste prazo ele (chamantes) chama ao processo, os terceiros (chamados), assim o processo fica suspenso, até a citação dos terceiros (mesma comarca 10 dias, fora da comarca, 30 dias), o prazo para contestar será contado em dobro se eles tiverem advogados distintos (30 dias, se não for o mesmo advogado 15 dias).V – Sentença (art. 80)O Juiz irá condenar alguém a pagar o valor total, e dará um título executivo para este ser reembolsado.

TRABALHOS 3ª FEIRA:“AMICUS CURIAE”

1) É uma modalidade de intervenção de terceiros? Resposta fundamentada a luz dos conceitos de intervenção de terceiros.

2) Função3) Casos4) Distinção do perito

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“OBRIGAÇÃO AVOENGA”1) Uma nova modalidade de intervenção de terceiros em uma ação de alimentos

em decorrência do artigo 1.698, CC?

Aula XIV – Da formação, da suspensão e da extinção do processo15/04/08 - terça-feira(PROVA)I – Conceito de InstânciaFoi muito usada para designar uma relação jurídica processual, é como se fosse um grau de jurisdição, ou pedido urgente que não é o que nos interessa. A nos interessa, pois, esta palavra é sinônima de relação jurídica processual, processo, litígio, lide, causa. Como se dá início a relação jurídica processual? Quando houver uma provocação. No art. 263 do CPC, diz que considera-se proposta a ação quando há o despacho do Juiz, ou simplesmente a distribuição (quando houver apenas uma Vara). É ai que entra o principio da demanda e do impulso oficial (art. 262).II – Formação do processo

Princípio da demanda (como ele se inicia) – o Estado só se manifestará quando houver uma provocação, um acionamento. Assim, esta relação não terá necessidade de ninguém dizer ao juiz o que ele tem fazer, ele deve saber o que fazer.

Princípio do impulso oficial (como ele se desenvolve) – a máquina judiciária se movimenta por si só, não há necessidade de que ninguém diga o que deve ser feito. Mas, necessita da manifestação, colaboração das partes.

III – Citação – quando o Juiz percebe que a petição inicial possui todos os requisitos ele determina a citação do réu, antes da citação possuía uma relação jurídica linear, e após a citação passa a ser uma relação jurídica processual trilateral, triangular. E quando ele extingue a relação sem a citação, por falta de requisitos ele extingue o processo sem resolução do mérito, e também pode ser com resolução caso ele já tenha julgado o mesmo caso várias vezes (cabe recurso). É o ato pelo qual se dá conhecimento ao réu de que contra ele possui uma ação, e que se ele quiser apresente uma resposta, e não só se defender, pois ele pode reconvir (contra-atacando). ART. 213, 214 (citação válida). Princípio do contraditório é a oportunidade do réu de se defender.

Efeitos (ART. 219 e 264)o Efeito de Ordem processual – quando o instituto estiver

previsto no código de processo civil: Prevento o Juízo - aquele juiz que proceder a citação do réu será o competente para julgar a causa (em se tratando de comarcas distintas, pois ela ocorre com a citação da primeira comarca, mas se for em mesma comarca, é aquele Juiz que despachar em primeiro lugar a causa; caso tenha sido despachado no mesmo dia olha-se o dia do protocolo da petição inicial;Litispendência – tem uma lide pendente de julgamento, com os mesmos elementos da ação (parte, causa de pedir e pedido).

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Esta segunda lide será extinta sem resolução do mérito por falta de requisitos. Tornar litigiosa a coisa – é dizer que a coisa está diante do judiciário. Inalterabilidade da causa de pedir e do pedido (art. 264) – pois o réu já teve conhecimento, já constitui advogado, entre outros, a princípio é proibido o autor alterar, mas se o réu concordar, consentir com a mudança, nova oportunidade será dada ao réu de apresentar nova defesa, e depois do saneamento nunca poderá ocorrer a mudança.Imutabilidade das partes – menos no caso de sucessão processual e intervenção de terceiros (salvo a assistência, pois, ele continua sendo terceiro).o Efeito de Ordem material – quando instituto está

previsto no código civil.Mora é a demora de uma obrigação, é o inadimplemento do devedor (ele estará em mora, após a informação extrajudicial do credor, ou citação).Prescrição - é a perda do direito de ação. E decadência é a perda do próprio direito, deixou o tempo passar. Só se interrompe a prescrição uma única vez. É uma preliminar do mérito.

17/04/08 - quinta-feira – Aula XXDa formação do processo (continuação) – Das crises do procedimento

IV – Desenvolvimento normal do processo (Rito ordinário)1) Petição inicial (art. 282 e 283)2) Despacho inicial, liminar ou preliminar (não tem nada haver com a liminar

pedida pelo autor, tem haver com aquilo que vem de inicio, o que vem de primeiro), este despacho determina a citação.

3) Citação (prazo de 15 dias para resposta) pode ser real, ficta, não importa desde que seja válida.

4) Contestação (resposta do réu, para que seja o desenvolvimento do normal do processo ele deve apresentar uma resposta, aqui que ele deve alegar prescrição).Até aqui, fase postulatória (é a fase do requerimento da produção de provas).Início da fase saneadora ou ordinatória (onde o juiz coloca em ordem o processo, tirar as impurezas, limpar).

5) Audiência preliminar (pode haver o acordo, uma auto-composição, ou o autor renunciar o direito, ou o réu assumir, se houver acaba o processo com julgamento de mérito). Caso não haja o acordo, o juiz fixa o ponto controvertido (o que o autor disse, e o que o réu contradisse, caso o réu não conteste todos os fatos, é tido como verdadeiro, e este é o ponto incontroverso) somente o ponto controvertido será discutido, somente o que foi contestado, e designará uma audiência para coleta das provas orais (em que

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o juiz defere as provas pedidas pelas partes, perícia, testemunha e etc., e as provas documentais já devem estar no processo.Fase de produção de provas orais - Audiência de Instrução e Julgamento, onde as partes vão produzir as provas orais, pois todas as outras já estão nos autos (depoimento pessoal do autor, réu, testemunhas, perícia...). Alegações finais ou memoriais (último momento para falar com o Juiz, para tentar convencer o Juiz em 15 minutos, o problema é que os advogados não sabem argumentar. Últimas alegações são feitas em audiência), porém o juiz pode, se quiser, por memoriais, que são na forma escrita, se isto acontece ele não dará a sentença em audiência. Fase da Sentença de mérito (pode ser logo após a audiência, quando por alegações finais, ou após algum prazo, quando por memorial), é conhecida como sentença definitiva. Antes iria finalizar o processo e caso não houvesse o cumprimento da sentença, o autor tinha que entrar com outro processo de execução, mas agora dá fim a fase do conhecimento do processo, e não do processo, caso não haja o cumprimento vai para a fase executória, no mesmo processo, mesmos autos.

V – Desenvolvimento anormal do processoAlguma coisa do desenvolvimento normal, não acontece, até que o juiz tenha que decidir com uma sentença terminativa, sem mérito. O processo teve uma crise que levou a extinção sem resolução do mérito, esta crise é uma crise definitiva. Pode ser também uma crise passageira, temporária, mas ela passa e não extingue o processo. Mas no código não fala em crise, somente na parte de suspensão, entre outros.

Das crises do procedimentoI – Conceito“Crises do procedimento são um modo de ser anormal do procedimento, em virtude do qual se detém o seu curso temporária, ou definitivamente” (Carnelute). “Acontecimentos anormais do processo”.À crise temporária, damos o nome de suspensão do processo, e à crise definitiva é aquela que leva a extinção sem resolução do mérito.II – Classificação

Objetiva – está relacionada ao objeto da ação, do pedido mediato (ex.: na compra de um cavalo o credor não o entrega, e após proposta a ação contra o dono do cavalo, este morre, ficando sem objeto, assim o juiz transforma o pedido em perdas e danos).

Subjetiva – está relacionada aos sujeitos, o réu, o autor (sujeitos parciais) e o Juiz (sujeito imparcial) *PROVA*. Depende se o direito for transmissível a ação continua, mas é paralisado temporariamente, mas se não for transmissível o processo é extinto (ex.: José esta litigando com João e está cobrando 100 reais de João, José morreu. O processo não é extinto, pois o espólio (quem representa é o inventariante) entra no lugar dele, e não os herdeiros, então o processo fica paralisado até sanar a crise. Ocorre uma sucessão involuntária; mas quando se tratar, por exemplo, da paternidade, identidade, filiação, não será chamado o espólio, o processo será paralisado e todos os herdeiros deverão ser chamados ao processo). O mesmo ocorre com empresas, em que a

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massa falida substitui a empresa. Da mesma forma ocorre com o Juiz, que será substituído no caso de morte. O sujeito só pode perder a capacidade de ser parte, com a morte; e ele perde a capacidade processual, quando é interditado; e o advogado pode perder a capacidade postulatória, caso passe em um concurso que não possa advogar, ou também se for excluído da OAB...

Atividade processual – crise relacionada à paralisação do processo para a prática de algum ato. Ex.: um indivíduo teve o filho morto, então pede danos morais ao assassino, mas é necessário paralisar o processo para ver se realmente o acusado será condenado.

III – Da suspensão do processo Voluntária – é aquele pela vontade das partes, as parte convencionam

que querem suspender o processo, tem que ser os dois, e não tem outra saída para o Juiz.

Necessária – é aquele para atender exigências de determinados atos.IV – Causa da suspensão (art. 265)

1) Mortea. Parteb. Representante legalc. Advogado

2) Convenção das partes.3) Incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou

impedimento do juiz;4) Quando a sentença de mérito:

a. (PREJUDICIAIS) Depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente; existe outro processo que esta tramitando em outra vara, que possui uma prejudicial, algo pendente que é indispensável para a resolução deste outro processo (PREJUDICIAL EXOGENA ou EXTERNA, pois está fora do processo, pode ser: homogênea – matérias iguais, cível com cível; ou heterogênea – quando for diferente em relação à matéria, cível com penal).

b. Puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo. Esta ligada a expedição de cartas, rogatórias, precatórias e etc. desde que ela seja pedida antes do saneamento, e tem que ser imprescindível pro processo.

c. Tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como declaração incidente. É uma questão no tocante a identificação da pessoa perante a sociedade onde ela reside, o nome, filiação, data de nascimento, estado civil, naturalidade, profissão (questão de estado), quando esta questão for pressuposto de julgamento, requerido dentro do processo (PREJUDICIAL ENDÓGENA, dentro do próprio processo). Ex.: Zezinho propõe uma ação de alimentos contra Zé, só que Zezinho não esta registrado como filho do Zé, e este informa que na pode dar alimentos ele, pois não consta como pai. Então o Juiz suspende o processo ate decidir a paternidade que é questão prejudicial. Será

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suspensa a questão dos alimentos, até decidir a questão da paternidade.

5) Por motivo de força maior. Tanto ação da natureza, quanto da humana. Inclui também o caso fortuito.

6) Nos demais casos em que o código regula. Oposição, denunciação da lide, nomeação da autoria....

V – Momento da suspensão1) É o momento da morte (naquele dia, o processo está suspenso); para todos os

efeitos, os atos que foram praticados enquanto o Juiz não sabia da morte, eles terão validade se não forem atos decisórios, se forem atos decisórios, se causarem prejuízos àquele que faleceu, este ato será considerado NULO; mas somente se causar prejuízo, caso contrário não será nulo.

2) Momento em que o Juiz despacha.3.1) Quando o Juiz recebe a exceção. 4.a) No momento em que o juiz toma conhecimento da prejudicial.4.b) no momento da expedição da carta (precatória, rogatória...).4.c) no momento da prejudicial.5) no momento do fato. Quando houver a greve, o maremoto, alagamento...6) Depende. Cada caso será um momento. Chamamento a autoria, no momento do

chamamento e etc.VI – Duração

1) Com a morte o processo ficará paralisado até que haja habilitação (art. 1.062). Ex.: a mãe de Zezinho que é a representante dele morre, até que haja a nomeação do novo representante o processo está suspenso. Ex.: no caso de advogado, o processo só ficará suspenso no prazo de 20 dias, se a parte não souber o Juiz intima e o prazo começa a correr, se ela não arrumar um advogado o processo será extinto sem resolução do mérito. E no caso do advogado do réu, será decretada a revelia dele (isso não quer dizer que será decretado os efeitos da revelia).

2) Nunca poderá exceder 6 meses.3.1) Ficará suspenso até o trânsito em julgado.4) no máximo um ano (todos os incisos), mas na alínea “d”, o Juiz pode fixar o prazo. Mas na prática, pode ficar mais tempo suspenso.5) enquanto durar o fato.6) no momento próprio para a pratica do ato. Na nomeação a autoria é até o nomeado aceitar a nomeação.

VII – Efeitos da Suspensão do processo É a vedação da pratica de qualquer ato processual, do autor, réu e do juiz, salvo

atos urgentes, capazes de fazer perecer o direito. Estando suspenso o processo ele voltará a tramitar após a cessação da causa.

Havendo tão somente a suspensão do prazo. O réu tem 15 dias para praticar um ato, quando já havia passado 10 dias, o judiciário entrou em greve, o réu possuirá os 5 dias restantes.

Os efeitos são ex-tunc nos seguintes casos (os prazos não ficam suspensos, ficam interrompidos, começa do zero): no caso de morte ou perda da capacidade.

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Page 31: Direito Processual Civil I

EXTINÇÃO DO PROCESSOCRISE DO PROCEDIMENTO DE NATUREZA DEFINITIVAI – SentençaAto que põe fim ao processo, mas o processo hoje é dividido em duas fases: fase de conhecimento e a fase executiva, então a sentença dá fim a uma fase do processo. Sentença terminativa, processual ou de crise:II – Extinção do processo sem resolução do mérito

a) Perda do sujeito: Pela perda do elemento da ação, pela perda do sujeito, entende-se que o direito é intransmissível, a morte do sujeito leva a extinção sem resolução do mérito.

b) Perda da causa de pedir: o direito é o transmissível, ocorre, por exemplo, quando a pessoa vira credor e devedor dele mesma.

c) Perda do objeto: o processo continua, e é transmitido em perdas e danos.III – Causas de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 267):Art. 267, I: quando a sentença será de mérito: porque ele verifica a prescrição ou decadência, por isso é definitiva. ****PROVA****Art. 295: A petição inicial será indeferida:

I - quando for inepta;II - quando a parte for manifestamente ilegítima;III - quando o autor carecer de interesse processual;IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5º)******;V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284.

Parágrafo único - Considera-se inepta a petição inicial quando:

I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir;II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;III - o pedido for juridicamente impossível;IV - contiver pedidos incompatíveis entre si

24/04/08 - quinta-feira

A sentença sem mérito pode ser:Processual típica: extingue por falta de condições da ação, e pressupostos processuais. (ela e típica por que o juiz extingue logo no começo, no inicio da relação Jurídica Processual)Processual atípica: os demais casos (geralmente ocorre no decorrer do processo, em uma das fases).

Aula XXII – Da extinção do Processo sem resolução de méritoI – Causas (continuação)Art. 267, II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes (contumácia das partes). A relação jurídica precisa da colaboração das partes

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Page 32: Direito Processual Civil I

(autor e réu), mas para extinguir o processo sem resolução do mérito há a necessidade de que o Juiz intime pessoalmente das partes (caso o Juiz diga “intime-se as partes” ele se refere aos advogados) para movimentar o feito no prazo de 48 horas.

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias. Há a contumácia do autor, no inciso II é a contumácia do autor e do réu. E o autor tem o prazo de 48 horas após a intimação, para que ele movimente o feito. A jurisprudência unânime entende que o juiz só pode extinguir o processo na forma deste inciso no caso de requerimento do réu, por que ele também é interessado na ação.

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos (processuais) de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo (Sentença processual típica). Pressupostos Processuais de Constituição – capacidade postulatória, jurisdição, petição inicial e citação. Pressupostos Processuais de Validade – Juiz competente, petição inicial válida e citação válida.

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada.

Perempção – é uma perda do direito de ação, de agir, em virtude de o autor ter abandonado (e não desistir, ele pode desistir mil vezes, mas abandonar 3 vezes causa a perempção) o processo por 3 vezes, mas não impede o direito material, que pode ser oposto por qualquer pessoa. Ex.: se o réu nas 3 ações, decidir entrar com uma ação contra o autor das outras ações, assim, o ex-autor e atual réu, pode contestar, apresentar resposta, (só não pode entrar com a reconvenção, que é contra-atacar, pois ele perdeu o direito de agir), Exceção (defesa processual, ataca o Juiz, quando ele for *incompetente, pode ser relativa ou absoluta – relativa: territorialidade e o valor da causa, se a parte não alegar haverá a prorrogação da competência do Juiz, as outras formas são conexão de causas ou continência; *impedido – não dúvida de que o Juiz é parcial ; ou *suspeito – duvida sobre a parcialidade do Juiz); incompetência absoluta: critério material, hierarquia e em razão da função; pode ser conhecida a qualquer tempo e grau de jurisdição (não podem ser conhecidas STJ e STF, que são órgãos extraordinários se não houver o pré-questionamento), de ofício, pois é de ordem absoluta, o processo será nulo se julgado por ele; e Impugnação do valor da causa. Litispendência – duas ações idênticas (mesmo pedido, causa de pedir, e partes) pendentes. Coisa Julgada, aquilo que já foi julgado e não há como recorrer. E esses três são pressupostos processuais negativos, é um requisito que impede a ação, que impede que o processo tenha o desenvolvimento, sendo assim, necessária a extinção do processo sem mérito (Sentença típica).

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual. (Sentença típica).

Vll - pela convenção de arbitragem. O autor e o réu não querem mais que o Juiz julgue a causa, as parte apresentam uma convenção, dizendo que a causa será julgada por um árbitro, isso será posterior a propositura da ação. Caso essa arbitragem já estiver convencionada no contrato, o juiz não pode extinguir o processo sem mérito, logo na petição inicial, e tem que esperar que o réu conteste informando da cláusula compromissória (que é um pressuposto processual).

Vlll - quando o autor desistir da ação. O dono da ação é o autor, e ele pode desistir quando quiser, mas se o réu já tiver apresentado resposta, ele só pode desistir

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Page 33: Direito Processual Civil I

com a concordância do réu (somente se ele já tiver sido citado, e tiver mostrado interesse na ação, contestado), pois ele também possui interesse.

IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal. É uma lide subjetivamente infungível em que não pode haver substituição das partes (a lide objetivamente infungível só pode ser quando não puder haver a substituição do objeto, o que não é o caso). Quando o autor de uma ação de divórcio, por exemplo, morre, que é um direito intransmissível, se for transmissível ele é suspenso.

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu. Quando a parte se tornar autor e réu ao mesmo tempo. Ex.: o filho entra com uma ação contra o pai, para cobrar uma dívida, o pai morre. E o filho é o único herdeiro, ficando ele, contra o espólio, sendo ele o inventariante, assim, falta uma das condições da ação, o interesse de agir.

XI - nos demais casos prescritos neste Código (art. 13 e outros):Art. 13: Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da

representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.

Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo (extinção);

II - ao réu, reputar-se-á revel;III - ao terceiro, será excluído do processo

II – EfeitosPrincipal efeito é que o autor poderá novamente propor a ação, pois, a lide não foi resolvida, desde que pague as custas processuais e os honorários advocatícios do processo que foi extinto (pressuposto processual, pois, se não pagar não terá processo). Esta possibilidade não existe no caso de 3 situações: perempção, litispendência e coisa julgada.Outro efeito é tornar ineficazes todos os atos que foram praticados, salvo a confissão (produção de provas, testemunhais...) que vale para sempre, e para qualquer outro ato posterior.Art. 268 “caput” e § único.

Aula XXIII – 25/04/08 – sexta-feira – AULA DE REVISÃO10 questões objetivas + 20 subjetivas.

RJPITER PROCEDIMENTAL- fase postulatória, saneadora, instrutória e decisória.*PROVA*Quais são os caminhos/fases da prova? Requerimento (postulatória; petição inicial p/ o autor, e contestação p/ o réu), deferimento (saneadora; deferir as provas), produção (instrutória; audiência de instrução e julgamento), valoração (decisória; o juiz vai dizer quais provas valem para ele) *PROVA*

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Page 34: Direito Processual Civil I

________________________________2º BI________________________________

“Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”08/05/2008 - quinta-feiraAula: Resolução de mérito do Processo e do Procedimento

Resolução de MéritoI – SentençaNão é mais o ato que põe fim ao processo, e sim, a uma fase do processo (do conhecimento, ou cognitiva), a partir de 2006. Existe agora, somente um processo, o processo SINCRÉTICO (e não mais o processo Cognitivo e após o Executivo), que possui 2 fases, a fase Cognitiva (de conhecimento), e a fase Executiva. Então dentro do mesmo processo, intima-se o réu, para cumprir o julgado na sentença, estipulando uma multa de 10% no caso de inadimplemento. II – Casos em que prolata uma sentença definitiva (art. 269):

Autocomposição – acordo próprio entre as partes. O autor e o réu decidiram por fim ao processo, sem ser declarado o direito no caso concreto. Pode ser:

o Autor e réu transacionam, ocorre uma TRANSAÇÃO, um acordo, em que o Juiz apenas homologa tal acordo. E o Juiz tem que verificar antes de homologar o acordo, precisa dos 3 requisitos: forma prescrita em Lei (que não é proibida), objeto lícito e capacidade das partes. Ex.: se as partes convencionaram da requerida pagar o autor, como garota de programa, o objeto é ilícito, o Juiz não pode homologar. Tem que ser um direito disponível, por exemplo, eu não posso dispor da minha vida, profissão, e etc., somente um acordo ligado ao patrimônio.

o O réu reconhece o pedido do autor, diz que o autor está correto.o O autor renuncia, abre mão do direito material.o Desistência, mas é uma sentença terminativa, é sem mérito, o autor

pode entrar com a mesma ação por quantas vezes quiser.

Para o Juiz julgar o processo com mérito, ele tem que ver se tem os pressupostos, que é a fase de Preliminares Processuais, e após ele vai para a fase de Preliminares de Mérito, que é a prescrição e a decadência (as duas estão ligadas ao tempo, prazo em que o autor propôs a ação), estando dentro do prazo, o Juiz vai para a fase do mérito, e se não estiver no prazo, o Juiz não passa para a próxima fase, ele não diz quem tem o direito, mas ainda assim, é julgamento COM mérito, mesmo ele não declarando o direito no caso concreto, é mesmo que ocorre na autocomposição.OBS.: No caso do mandado de segurança (que é para assegurar um direito líquido e certo) que possui um prazo para impetrar de 120 dias, se a pessoa impetrou com 121, o Juiz não precisa nem passar para frente, nem dizer quem possui o direito, assim o Juiz extingue o mandado de segurança, por que decaiu o direito dela de ação, mas ela pode entrar com uma ação normal (Ordinária), é o caso em que ocorre a decadência e o Juiz não julga o mérito, com uma sentença terminativa. E após a mesma pessoa pode ter seu caso julgado com mérito, no Rito Ordinário.

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Page 35: Direito Processual Civil I

Jurisdição (verdadeira sentença definitiva), o juiz nunca rejeita ou acolhe o pedido do réu (com exceção da reconvenção); acolher ou rejeitar o pedido, e não a ação, pois o direito de ação existe independente do direito material, a ação é autônoma, e ela sempre é acolhida, o pedido que pode ser acolhido ou rejeitado; É onde o Juiz discute a verdadeira jurisdição – art. 269, I:

o Acolher (julgar procedente) Total Parcialmente

o Rejeita (julgar improcedente)

Do processo e do procedimentoI – ProcessoÉ um conjunto de atos que visam extinguir uma lide com a resolução de mérito. II – ProcedimentoÉ a mesma coisa que rito. É a forma, o modo como os atos processuais são realizados, se movimento dentro do processo, e isso vai acontecer de formas diferentes.III – Quanto à forma – forma escrita e forma oral. A grande maioria dos atos eram praticados na forma escrita, até mesmo o depoimento das testemunhas, e isso distanciava o judiciário. Mas agora, quase todos os atos são praticados da forma oral, que unem as partes e o Juiz. Principalmente no juizado especial. Essa oralidade vai impor alguns princípios (***PROVA***):

Princípios Informativos da Oralidadeo Da predominância da palavra falada – a petição inicial sempre será

escrita, mas a contestação no rito sumário poderá ser apresentada da forma oral, pois no momento da citação o Juiz já intima o réu da audiência, e lá ele pode apresentar a contestação falada (no rito ordinário não).

o Da imediatidade – o juiz deve ter contato imediato, pessoal, visual, com todos os sujeitos da relação jurídica processual, e não só as partes, mas todos os que funcionam no processo (perito, testemunhas...), para tentar descobrir se há mentira, ou má-fé nos atos.

o Da identidade física do Juiz – em regra, o juiz que teve contato com as partes, com as testemunhas, com o perito, ou seja, o que concluir a audiência, deverá ser o juiz que irá julgar a causa. E se não for possível que este juiz julgue a causa, o próximo juiz que vier julgar a causa, se ele achar que não está apto a proferir a sentença, ele pode determinar a repetição de todos os atos para que ele possa se convencer.

o Da concentração da causa – todas as pessoas, partes, peritos, testemunhas, e todos os atos devem ser praticados em apenas uma única audiência (de Instrução e Julgamento) e não sendo possível a realização de todos os atos, deve ser em uma data muito próxima.

Aula XXVII – 20/05/08 - terça-feira

IV – Quanto ao modo de se moverem – cada procedimento tem um modo dos atos serem praticados.

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Page 36: Direito Processual Civil I

Procedimento comum – Visa a declaração do direito no caso concreto. Os atos podem ser praticados pelos ritos:

o Ordinário – padrão – art. 282 e segs., CPC. Acima de 60 salários mínimos e tudo é complexo, causas de alta complexidade (pela Lei, começa e termina em 90 dias). Por isso, vai haver a necessidade do processo estar bem amadurecido para o julgamento do Juiz. É tudo o que não é sumário nem sumaríssimo.

o Sumário – art. 275 a 281 CPC. Os atos praticados são mais rápidos, com velocidade maior do que o ordinário, esse procedimento só será adotado quando o valor não ultrapassar 60 salários mínimos (critério do valor da causa) ou se forem causas de complexidade mediana (matéria).

Procedimento especial – dentro dele existem outros procedimentos:o Procedimentos especiais:

Jurisdição contenciosa (arts. 890 a 1102 “c”) – os atos praticados vão se movimentar de forma diferente, mas dependendo do tipo de resposta do réu, ele vai sofrer uma mutação e passa a seguir o procedimento comum (ordinário). O juiz pode deferir uma liminar se ele achar que a pessoa tem interesse (se a pessoa ajuizar a ação menos de ano em dia), ou pode marcar uma audiência de justificação.

Jurisdição voluntária (arts. 1103 a 1210 CPC) – é aquela onde não tem partes, não tem litígios. Ex.: separação consensual. O juiz é um administrador de direitos privados. No caso de interdição, se se observar que a pessoa quer interditar a outra para obter proveito dos bens da pessoa (assim, haverá a mutação para o rito ordinário). Pois, visa à proteção da pessoa.

o Medidas Cautelares (art. 796 a 889) – (processos cautelares). Não visa nada mais, nada menos do que a cautelar, visa garantir o direito. O juiz é apenas um garantidor do direito. Pode ser de natureza preparatória ou de natureza incidental. São necessários 2 requisitos: fumus boni juris, a fumaça do bom direito (a visibilidade de um direito); periculum in mora, que é o perigo de algo pior acontecer em razão da demora.

o Preparatória – servem para preparar a chegada do processo principal. Aqui, é uma medida acessória, é dependente do principal. Ex.: Maria apanha de seu marido João, então entra com uma ação de separação de corpos, para resguardar sua integridade corporal, assim, após 30 dias ela terá que entrar com a ação principal. Desta forma o juiz não julgou o mérito.

o Incidental – pois incide sobre um processo já existente (o mesmo exemplo acima pode ocorrer aqui, mas a medida cautelar é pedida após a existência do processo principal).

o Satisfativas – é para satisfazer um direito, e não há necessidade de haver o processo principal.

o Competência Originária dos Tribunais (arts. 476 a 495 CPC) – causa que vão começar perante o Tribunal de Justiça, e lá possui um colegiado, por isso é feito de forma especial. Vai depender do tipo de ação

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Page 37: Direito Processual Civil I

apresentada, do caso concreto. Visa à declaração do direito no caso concreto.

Procedimento executivo (arts. 566 a 795 CPC) – não quer declarar o direito no caso concreto, pois ele já está declarado, aqui se pretende a satisfação de um direito. Quando estiver diante de um título, que pode ser:

o Judicial – deriva de uma sentença, despacho, decisão, entre outros.o Extrajudicial – tem força de uma sentença. Ex.: cheque, duplicata, nota

promissória... Antecipação dos efeitos da tutela (art. 273) – (tutela antecipada) – é o juiz

conceder ao autor, em qualquer momento da relação jurídica processual, o que provavelmente (há uma grande possibilidade) ele concederá no final.

Procedimento Sumaríssimo – Juizado Especial (Lei 9.099/95) – critério de valor (não pode ultrapassar 40 salários mínimos) e critério de matéria (menor complexidade). O processo não corre, voa (o prazo da Lei é de 30 dias para o processo começar e acabar). Visa à declaração do direito no caso concreto (constituindo, desconstituindo, condenando...).

Estudaremos em Processo Civil I: Procedimento Comum, e Antecipação dos efeitos da tutela (O procedimento sumaríssimo não vai dar pra ver, e quando tiver a matéria optativa, escolher esta).

Processo de Conhecimento ---- Processo Executivo ---- Processo Cautelar ---- (antes de 2006)

Processo Sincrético (Fase Cognitiva) + Fase Executiva mas no meio existia a fase de cumprimento voluntário (é um prazo para a pessoa cumprir o julgado voluntariamente, se a pessoa não cumprir passa para a execução) E hoje em dia, diz-se, interpreta-se que o Processo cautelar (fase incidental, e não preparatória) pode ser também uma fase deste processo, o processo passa a ser único (após 2006); isso tudo é um abandono às formas; hoje em dia o processo é de resultado, justo, célere, eficiente. Colocando tudo em um processo só, isso tem sido aplicado por alguns juízes (Art. 273, §7º).

Rito Ordinário – rito padrão que vai servir de base para todos os demais ritos. E o que vai dar início ao processo em todos os ritos é a petição inicial, como no rito ordinário. Ele possui fases que são distintas, mas estão inter-relacionadas (interdependentes). Princípio da elasticidade, dependendo da resposta do réu, tem vários caminhos para o juiz levar o processo. Por exemplo, se o réu não contestar, vai direto para a fase decisória. A regra é que o rito ordinário segue por todas as fases, mas existem vários casos em que encurta essas fases, tudo, dependendo da resposta do réu.

I – Petição Inicial – dá vida à relação jurídica processual, ao processo. Para que ela tenha validade é necessário que sejam preenchidos alguns requisitos. A petição deve ser uma petição apta.

27/05/08 - terça-feira

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Page 38: Direito Processual Civil I

II – Requisitos da PI Externo

Toda petição inicial deve ser feita na forma escrita, salvo juizado especial e justiça do trabalho.

Interno (previstos no art. 282 e 283, CPC)o Processual – art. 282, I, II, V, VI e VII.o Mérito – dizem respeito ao conflito em si, propriamente dito, aquilo

que está previsto no direito é a causa de pedir e o pedido. É o próprio conflito existente. Art. 282, III e IV.

1º requisito: endereçamento da petição.

2º requisito: individuação e qualificação das partes (referente a capacidade de ser parte, processual e postulatória). (deixar espaço largo do lado esquerdo, para autuação; e também na parte superior da petição, para o Juiz proferir seu Despacho inicial).

3º Causa de Pedir (o nome correto)

Exmo. Sr. Juiz de Direito da __ Vara Cível de VV/ES; ou Exmo. Sr. Juiz da Comarca de Belo Horizonte

João da Silva (vulgo cabeção), brasileiro, casado, comerciante (para efeito da citação), CI e CPF, residente e domiciliado na Rua Palmeiras, nº 30, apto, 101, Bairro Anchieta, Vila Velha/ES, telefone, celular, fax, e-mail, perto da farmácia (ponto de referência); (para comprovar que a pessoa existe, tem que mostrar um documento dele), se for representado ou assistido, também se deve identificar o representante ou assistente. Pode ser pessoa jurídica, colocando o CNPJ, contrato social, entre outros.Por sua advogada, infra-assinado, com escritório na Rua X, nº 10, sala 1003, Bairro A, Vila Velha/ES, telefone, celular, fax, e-mail (REQUISITOS ESSENCIAIS, pois, se não existir haverá um prazo de 48 hrs para emendar a inicial; ***PROVA***, mas se já tiver o endereço/nome no cabeçalho ou rodapé, não há necessidade de colocar de novo), colocar as qualificações de todos os litisconsortes, se houverem; onde receberá intimações, vem respeitosamente a presença de V. Ex. propor/ajuizar/apresentar a presente ação (não se enquadra como requisito da petição inicial o nome da ação, mas quem quiser pode colocar sem problema algum; mas não pode faltar a causa de pedir e o pedido).Em desfavor/face de, Pedro Joaquim Pereira, vulgo Pereirão, brasileiro, solteiro, comerciante, CI e CPF, Rua T, nº 20, Terra Vermelha, Vila Velha/ES (ponto de referência); ou local incerto e não sabido; pelo que passa a expor:

I - Dos Fatos/ Dos fundamentos jurídicos/ Da causa de Pedir:- Causa de pedir Remota (é a mesma coisa que fatos, origem do direito; constitui a narração daquilo que ocorreu ou está ocorrendo).- Causa de Pedir Próxima (esta relacionada aos

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Page 39: Direito Processual Civil I

4º - Do pedido (o coração da petição inicial, é tudo dentro do processo, isso vai vincular o juiz na hora de sentenciar; princípio da adstrição ou vinculação do juiz, o juiz só pode dar o que o autor pediu, sob pena do Juiz julgar extra petita, dar algo que não pediu, ultra petita, dar além daquilo que foi pedido, citra petita, dar aquém daquilo que foi pedido, o Juiz é omisso; ao pedido do autor, o réu na hora de apresentar a resposta).

5º Valor da causa (DEPOIS)

6º Provas

fundamentos jurídicos, que vem a ser a própria demonstração de que o fato narrado pode ter conseqüências, o motivo, razão da propositura da ação, que não é fundamento legal, não há necessidade de indicar os artigos, pois o Juiz conhece o direito, salvo quando se tratar de direito municipal, estadual e estrangeiro, neste caso tem que provar, pois o Juiz tem obrigação de saber a Lei Federal e não Estadual e etc.)

O código adota a Teoria da Substanciação (diferentemente do antigo código que adotava a teoria da individualização) - eu sou obrigado a apresentar a causa remota (a lei exige que diga a justificativa da ação, ex.: imóvel adquirido por herança, contrato de compra e venda e etc.)

II – Pedido- Imediato (é o que quer mais rápido) a DECLARAÇÃO DO DIREITO (pode ser declaratória, condenatória, ou constitutiva, positiva ou negativa)- Mediato (é o bem, aquilo que eu vou auferir ao buscar a tutela jurisdicional, é a vantagem), CONDENAR A DAR, FAZER OU NÃO FAZER.

III - Das Provas (quais as provas que o autor quer produzir, sobre os fatos e o fundamento jurídico), ele tem que dizer que vai provar tudo que ele está falando com documentos, testemunhas, perícia e etc. Isto é o CONTRADITÓRIO. Mas, alguns advogados dizem que “iram apresentar no

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Page 40: Direito Processual Civil I

7º Requerimento para a citação

momento oportuno”, para que o réu não tenha o direito de resposta.O autor tem que prova o fato constitutivo do seu direito, o que ele está falando ele tem que provar. E o réu precisa provar o fato impeditivo, modificativo, ou extintivo do direito do autor, salvo Direito do Consumidor, em que há a inversão do ônus da prova.

IV – Dos RequerimentosRequerimento não é pedido é tudo que não é mérito. Pode se feito a qualquer momento, mas o pedido não pode (é inalterável)1 – Citação por edital, oficial de justiça, carta precatória, rogatória...2 – Que seja oficiada a receita federal, junta comercial, capitania dos portos.3 – Assistência judiciária gratuita.4 – Deferimento das provas requeridas.5 – Requerimento de citação do cônjuge do réu se casado for.6 – Deferimento do pedido.7 – Intervenção do MP.

29/05/08 - quinta-feira

Aula: Da Petição Inicial – continuação

I – Do valor da causaÉ o benefício que a pessoa vai auferir com o processo (tem que ser um valor correspondente). É imprescindível na petição inicial.

II – Justificativas (para que tenha que impugnar o valor da causa): Art. 282, CPC1) Para as custas2) Vai definir o Rito3) Para definir a competência (relativa: critério territorial e critério valor da causa)4) Honorários advocatícios5) Fixação de multa processual

III – Cálculo (como calcular o valor da causa): art. 259, CPCExemplo:Empréstimo: R$100.000,00 (cem mil reais)Vencimento: 01/03/2008Propositura da ação: 01/06/2008

Valor Principal ------------------------------------- R$100.000,00Juros ------------------------------------------------- R$3.500,00

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Page 41: Direito Processual Civil I

Correção monetária ------------------------------ R$3.500,00Multa de 20% (estipulada no contrato) ----- R$20.000,00Juros convencionados --------------------------- R$3.000,00VALOR DA CAUSA --------------------------------- R$130.00,00

O valor da causa é o mesmo que a pessoa espera receber, e não o que ela vai receber. É a soma de todos os pedidos. Pedido alternativo é aquele que deriva de uma obrigação alternativa (art. 259, III), e será considerado o de maior valor. Pedido subsidiário (ex.: a pessoa quer a rescisão contratual, ou outro carro, ou o abatimento do valor – a diferença do alternativo é a obrigação, pois na subsidiária não existia isso convencionado, e na alternativa eles convencionaram isso antes) será colocado no valor da causa o valor do primeiro pedido, o principal (inc. IV). Inc. V é valor da pensão vezes 12. Exercício:1.000 da Maria + 500 do Zezinho + 500 de Mariazinha; Vezes 12 = 24.000,00 (vinte e quatro mil reais)

Art. 260 – Prestações vencidas e vincendas (que irão vencer), na hora de valorar a causaEx.: locação do apartamento: R$1.000,00Prazo do contrato: 36 mesesPagou até o 4º mês; e não pagou até o 8º (4 meses sem pagar)Assim, cobra-se 4 x 1.000 (valor principal)500,00 (multa)100, 00 (juros legais)100,00 (correção monetária)100,00 (juros convencionais)5.100,00 (vencidas, só entra juros correção e etc. nas vencidas)+12.000 (o valo do aluguel x 12; que é o que diz o art., sempre que for superior a 1 ano, ou tempo indeterminado; se o prazo do contrato fosse 12 meses, ou menos, seria cobrado o que falta pagar)O valor da causa, será 17.100 (mas, se o réu quiser pagar ele pagará somente as vencidas)

IV – Impugnação do Valor da CausaNo prazo que o réu tem para apresentar a resposta (15 dias, no rito ordinário), ele pode impugnar o valor da causa se ele entender que está errado (se ele não aprsentar neste prazo o direto preclui). Ele irá contestar e, em apenso, impugnação do valor da causa (fica fora o processo, mas isso é uma mera formalidade, hoje em dia a impugnação fica dentro dos autos, pois, o interesse é o resultado); não se está discutindo mérito (o que discute mérito é a contestação), e sim, o erro matemático. O juiz não suspende o processo, e dá vista ao autor, este, possui um prazo de 5 dias para manifestação (contraditório), o juiz não pode mais corrigir, de ofício, o valor da causa, o momento era antes da citação. Se o juiz precisar de um perito para o cálculo ele pode nomeá-lo. e o juiz tem um prazo de 10 dias para decidir (com uma decisão

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Page 42: Direito Processual Civil I

interlocutória, pois ele resolve um incidente sem por fim ao processo); contra essa decisão cabe um recurso de agravo de instrumento no prazo de 10 dias.

03/06/08 - terça-feira

Aula: Do PedidoI – ConceitoSem o pedido a relação jurídica não sobrevive. Pedido mediato é o bem da vida, é que vai auferir com a condenação é a vantagem. Ele vai estar relacionado ao tipo de sentença que vai ser prolatada pelo Juiz, ela vincula o Juiz. E este não pode prolatar uma sentença extra petita, dar algo que não pediu, ultra petita, dar além daquilo que foi pedido, citra petita, dar aquém daquilo que foi pedido, pois está vinculado ao pedido do autor. tem que atender a certos requisitos determinados por Lei.II – Requisitos

Certo – pedido da certeza. E deve ser expresso, não pode deixar subentendido. Não existe pedido subentendido. (art. 286, “certo E determinado”)

Determinado – no sentido de ser definido na quantidade e qualidade. Ex.: eu quero que João seja condenado e me entregar 100 sacas de café arábico colhido em 2007, na fazenda “do senhor poderoso”, sem agrotóxico... tem que especificar TUDO, para que o autor saia satisfeito.

Concludente – o pedido deve ser procedente com a causa de pedir (remota e próxima. Com os fundamentos jurídicos e os fatos). O pedido deve estar relacionado com os fatos.

III – Espécies Determinados e genéricos (art. 286, I) – determinado – ele é definido pela

qualidade e quantidade. Em algumas situações ele não será determinado quanto a quantidade (assim, ele será genérico, quando for tocante ao gênero e não à quantidade). Universal: É aquela que recai sobre um todo, que não consegue definir. Pode ser de fato ou de direito. De fato: quando recai sobre um determinado rebanho, sacas de café... Não dá para determinar a quantidade. Ex.: João vai me pagar todas as sacas de café que arrecadar no ano de 2008. E a quantidade será definida no próprio processo. Sentença ilíquida é aquela sem quantidade, por isso não pode entrar na fase executiva, mas entre essas duas fases há a fase da liquidação da sentença (somente quando se tratar de pedido genérico), mas em regra a sentença deve ser líquida (determinar a quantidade). De direito: ex.: herança. Em si, já se tem direito a herança, todas as pessoas possuem esse direito. João só fica sabendo que seu pai morreu depois de 6 meses, e quando vai pegar a herança seus irmãos já estão dividindo, então ele entra com a ação, que é genérica, por não saber de quanto será a herança.Art. 286, II – tem coisas que são determinadas, e coisas que ainda virão, e também serão contadas no processo, que são genéricas (todas as despesas necessárias ao restabelecimento, no caso de uma pessoa que sofreu um acidente, por culpa de terceiro) e no valor da causa faz uma estimativa do valor que será gasto.

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Page 43: Direito Processual Civil I

Art. 286, III – Pedido genérico. Quem vai dizer o valor é o réu. Ex.: comissão de formatura. Uma ação de prestação de contas, em que a pessoa não sabe quanto a pessoa recebeu e quanto gastou. Mas a pessoa sabe qual turma, qual faculdade e etc.

Fixo e alternativos – Fixo – determinada prestação. O juiz considera este pedido em exclusão à qualquer outro, por exemplo, a entrega de um certo bem, a condenação em certa quantia. Alternativo – deriva de uma obrigação alternativa, pela natureza da obrigação o réu pode cumprir a prestação de mais de um modo, o devedor pode cumprir a obrigação de mais de um modo. Em regra, quem faz a escolha é o devedor. Se a escolha for do autor, o pedido passa a ser fixo, pois ele já escolhe na petição. Se estiver convencionado do autor escolher e ele não escolher na petição, ainda assim, que decide depois é ele, e não Juiz ou o réu. (art. 252, CC, 288, 571 CPC)

Subsidiário ou sucessivo – é aquele em que o autor formula mais de um pedido em uma ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior em não podendo acolher o anterior. Ex.: meu carro deu problema, então o eu pedido é: quero meu dinheiro de volta (rescisão contratual), se não for possível, quero outro carro, se não for possível, abatimento do valor em 50% (isso não é obrigação alternativa). O juiz tem que tentar dar o 1º, se não conseguir dar o 2º e assim por diante, tendo que se justificar acerca de todos os pedidos (negados).

Único e cumulativo (art. 292) – único – um só pedido, diz-se que cada pedido corresponde a uma ação, mas o legislador permite que em algumas ações, ocorra a cumulação dos pedidos (Cumulação objetiva, de pedidos), tem que atender a certos requisitos para objetos do processo, pois nem sempre pode cumular (podem ser vários contratos distintos, todavia devem ser contra o mesmo réu):

o I - Que os pedidos sejam compatíveis entre si (não se pode pedir o cumprimento do contrato e a rescisão contratual).

o II – o juiz tem que ser competente para julgar os dois pedidos (ex.: ação de investigação de paternidade, Vara de Família; mais Petição de herança, vara de órfãos e sucessões).

o III – Rito Sumário com Sumário (cumulação permitida); ordinário com ordinário (cumulação permitida); sumário com ordinário (cumulação não permitida); mas quando houver cumulação de pedidos, o sumário pode ser transformado em ordinário, mas NUNCA o ordinário ser transformado em sumário.

3 espécies de cumulação:o Simples – o acolhimento ou a rejeição de um pedido não afeta ao do

outro.o Sucessiva (art. 289) – é aquela em que o acolhimento de um pedido

pressupõe a do pedido anterior (ex.: não declara a paternidade, assim, não pode dar pensão).

o Incidental – é aquela que ocorre após a propositura da ação, por meio de pedido de declaração incidental (art. 5º e 325 do CPC). Ex.: Zezinho não quer a declaração da paternidade, só quer alimentos. Mas como o

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Page 44: Direito Processual Civil I

Zé falou mal da mãe de Zezinho ele pede a paternidade (ocorreu após a propositura da ação).

Prestações Periódicas – são aqueles que visam ao cumprimento de obrigações por trato sucessivo, ou seja, prestações que vencem no tempo. Ex.: aluguel, faculdade, consórcio, condomínio... Elas automaticamente vencem no tempo (art. 290 e 289)

05/06/08 - quinta-feira

Pedido Cominatório – é aquele pedido que visa o cumprimento de obrigações de fazer ou não fazer, através de meio coercitivo ou executivo que influa sobre a vontade do devedor levando-o ao cumprimento da obrigação. Dá-se através de meio de sub-rogação ao através de coerção:

o Sub-rogação – consiste em o Estado sub-rogado na figura do devedor e extrair dele bens suficientes a pagamento e entregar ao credor.

o Coercitivo – consiste em aplicação de pena pecuniária. Consistente também ao cumprimento da obrigação. Ex.: multa... mas pelo código do consumidor não há necessidade de pedir a multa pois já está prevista.

Pedido de Prestação indivisível – previsto no art. 291 do CPC, e 260, 261 do CC. Interpretação do pedido – art. 290, 293. Toda vez que alguém faz um pedido

ele emana uma declaração de vontade, e toda declaração deve ser interpretada. O pedido nos vamos sempre interpretar de maneira expressa, por isso que ele deve ser certo, no sentido de ser expresso. Não há necessidade do autor pedido o que está implícito no pedido principal. ex.: pedido de prestações periódicas. Pois não há necessidade de pedir as vencidas e as vincendas, somente as vencidas, por que elas já estão previstas em Lei e/ou implícitas no pedido principal. Ex.²: Juros legais e correção monetária, só não estão inclusos os juros convencionais (convencionado pelas partes). Ex.³: condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios (art. 20, CPC); não há necessidade de incluir no pedido, já está previsto em Lei.

Aditamento do pedido – art. 294. Enquanto não houver citação o autor pode aditar a inicial, acrescentar um pedido na petição inicial. E a contra-fé deve ir juntamente com o aditamento. Mas ele deve recolher o valor das custas acrescidas.

Modificação do pedido – o autor não pode acrescentar nada na petição após o réu ser citado, a não ser que o réu concorde com o que o autor quer acrescentar. Mas ainda que o réu concorde, não poderá passar da fase saneadora por que o Juiz já fixou o ponto controvertido (*PROVA*). Se o réu foi revel, o autor pode aditar a inicial, mas o réu terá novo direito ao contraditório.

Doutrina e jurisprudência entram em fundamentos jurídicos na petição inicial, mas não há necessidade de colocar, mas se quiser pode. No Núcleo de Prática da UVV eles pedem para colocar.

RITO SUMÁRIO

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Page 45: Direito Processual Civil I

A filosofia também é a celeridade e a segurança jurídica. Pois o processo de começar e acabar em 60 dias (máximo 70).I – Princípios Inerentes

Celeridade processual – consistente na prática de atos processuais com prazo determinado para sua finalização, tendo em vista tratar-se de causas de complexidade mediana e de valor econômico também mediano.

Oralidade – onde iremos encontrar, desde já, na fase postulatória a possibilidade de resposta na forma oral. O réu é citado e intimado para comparecer a uma audiência de conciliação (feita pelo juiz, ou o juiz com conciliador), e se não houver o acordo o réu terá a chance de apresentar a resposta. Onde até mesmo qualquer tipo de impugnação, recurso, deve ser feita na forma oral.

Concentração da causa - todos os atos devem ser praticados em apenas uma única audiência e não sendo possível a realização de todos os atos, deve ser em uma data muito próxima (máximo 30 dias).

De 1973 à 1995, o rito sumário era conhecido como Sumaríssimo (ou a sua causa era no rito ordinário ou no sumaríssimo). Após 1995 foi criada a Lei dos juizados especiais (9.099/95), e passou-se a existir o rito sumário, dentro do Código de Processo Civil. Qualquer lei antes de 1995, onde consta “nas ações de acidente de trabalho adota-se o rito sumaríssimo” leia-se rito Sumário; entre vários outros casos. Se a pessoa não ajuizar a ação no rito correto ocorrerá a preclusão (após a citação de réu). Rito sumaríssimo o critério será o valor da causa ou matéria de menor complexidade, não pode haver a perícia, pois se precisar entende-se que não é de menor complexidade. Rito sumário será o valor da causa ou matéria de complexidade mediana.II – Casos (art. 275)

Valor da causa – até 60 salários mínimos (da época da propositura da ação). Quando se tratar de questões de Estado (paternidade, separação...) e capacidade das pessoas, não será adotado o rito sumário, e sim o ordinário, independentemente do valor (art. 275, §ú).

Matéria – qualquer que seja o valor. Todas as causas:a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;c) de ressarcimento por danos em prédio (leia-se imóvel) urbano ou rústico (rural);d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; todo ressarcimento de via terrestre, ex.: triciclo, bicicleta, ônibus, caminhão... e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos de processo de execução; Entra trem, lancha, e etc., em termo de seguro.f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; um contrato assinado pelas partes e por 2 testemunhas serve como título executivo. g) nos demais casos previstos em lei. Ex.: acidente de trabalho, adjudicação compulsória...

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Page 46: Direito Processual Civil I

10/06/08 - terça-feira

III – Fungibilidade do Rito (PROVA)Está relacionado à mudança de rito. Em tese não pode ser alterada pela vontade das partes. Será modificado:

Quando valor da causa for acima de 60 salários mínimos. Adequação da matéria Quando o juiz entender que, embora se enquadre na matéria, não é causa de

complexidade mediana. Quando se tratar de pedidos cumulativos sendo um deles sumário e o outro

ordinário, alterando o sumário para o ordinário.Pode o autor escolher o rito? Existem 2 correntes:A primeira diz que não pode, pois ele esta no rito sumario e quer mudar para o ordinário. Pois a lei diz que exigem requisitos.A 2 corrente diz que sim, pelo principio da instrumentalidade, embora seja o autor que postule também o réu tem o direito subjetivo publico do direto a prestação da tutela jurisdicional, ele pode querer que o processo seja mais rápido. Só pode ocorrer se o réu permitir. IV – Petição Inicial e Demais atos subseqüentesO rito padrão é o rito ordinário, e vai servir de base para todos os demais ritos (ele será subsidiário em todos os ritos). Art. 282 e 283, do CPC. Mas existem coisas que diferenciam o rito sumário (se não apresentar ocorre a preclusão, não terá outra oportunidade para fazer tais atos). Art. 276. :

Mais juntada de documento; Mais rol de testemunhas; Se quiser prova pericial desde já deve requerer (tem que pedir as provas que

deseja, não pode pedir depois); Indicar o assistente técnico (perito particular do autor) poderá indicar somente

na petição inicial, se não indicar perde o direito de indicar; Obrigatoriamente quesitação (são perguntas que o autor desde já é obrigado a

formular.Se a petição estiver apta, o Juiz ao recebê-la, ele dará um despacho liminar (preliminar ou inicial), que determina a citação + intimação para a audiência de Conciliação (e se não houver acordo o réu deve apresentar a resposta). Entre o despacho liminar e a audiência de conciliação no máximo 30 dias, e entre a citação e a audiência tem que ter no mínimo 10 dias (dentro dos 30). Sendo que se o réu for a Fazenda Pública esse prazo apena irá dobrar, diferente dos demais ritos em que os prazos da fazenda pública quadruplicam. Quando houver litisconsórcio com advogados distintos ou defensor público, o réu tem que comunicar antes do prazo de 10 dias (se não estará burlando a Lei) ***PROVA*** vai cair um caso, e nós devemos dizer todos os casos em que dobra... O réu tem que comparecer na Audiência pessoalmente e acompanhado de preposto ou advogado, pois ele possui capacidade postulatória. Se não contestar na audiência, ele será revel. Se não houver 10 dias entre a citação e a audiência, o Juiz nem realiza a audiência (nem tem necessidade do réu ir informar). Mas, se o réu quiser ir, ele pode, se deve apresentar sua defesa. Se ocorrer o acordo

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Page 47: Direito Processual Civil I

(autocomposição), o juiz vai homologar, com uma sentença definitiva (de mérito), e vai extinguir o processo. Art. 269, III. E se não houver acordo, o Juiz da a oportunidade para a resposta, a defesa do réu (que pode ser escrita ou oral), que pode ser a contestação (o réu ataca o processo ou ataca o mérito ou os dois, ele se defende), reconvenção (no rito sumário tendo em vista a celeridade , não cabe a reconvenção, em que o réu contra-ataca o pedido do autor, ele quer que o Juiz julgue procedente o pedido do réu, pedido positivo, e improcedente o do autor, pedido negativo), impugnação do valor da causa e exceção (impugnando a figura do juiz, dizendo que ele é impedido, incompetente ou suspeito). Não se permite a reconvenção, mas se permite o pedido contraposto (também denominado de caráter dúplice, ou seja, dentro da própria contestação pode fazer o pedido, a diferença entre a reconvenção e o pedido contraposto, é que é um pedido do réu em relação ao autor, sendo que este pedido obrigatoriamente tem que estar relacionado aos fatos narrados pelo autor da ação, na inicial, por isso não há necessidade de dar vista ao autor, pois ele já se manifestou na petição inicial; pois se não for assim fere o principio da celeridade). **PROVA** **porque não pode haver reconvenção no rito sumário?**. E no rito ordinário não existe pedido contraposto e sim reconvenção. Nas ações possessórias (somente rito especial) tem caráter dúplice, então na própria contestação ele reconvém. Se não houve o acordo, o Juiz irá sanear o processo (tirar as impurezas), resolver questões processuais, fixar o ponto controvertido e deferir provas (na contestação o réu deve, se quiser, apresentar as mesmas coisas que o autor na petição inicial (Principio da Igualdade): juntar documentos, rol de testemunhas, pericia, indicar assistente técnico e quesitação. Isso tudo na audiência de conciliação, e tudo é decidido oralmente. O Juiz resolve estas questões incidentes com uma Decisão interlocutória (alguns colocam despacho decisório). Se o juiz indeferir o pedido de prova pericial, por exemplo, a parte pode AGRAVAR oralmente (recurso do agravo retido, só será analisado caso quem requereu a prova “perca” a ação. E este agravo deve ser analisado primeiramente no caso de recurso, apelação; se não apresentar o agravo o direito preclui). Existem casos em que é necessário o agravo de instrumento (que é aquele que não fica retido no processo, a parte tira cópia e manda ao tribunal, tem no máximo 10 dias para apresentá-lo), ocorre quando esta decisão me causar grave lesão de difícil reparação. Assim, o Juiz irá marcar uma audiência de Instrução e Julgamento, para ser coletada as provas orais (entre a Audiência de Conciliação e de Instrução deve haver no máximo 30 dias, a não ser que haja necessidade de prova pericial. Na audiência de instrução, o Juiz deve tentar o acordo novamente, se ocorrer, art. 269, III; se não houver, primeiramente o esclarecimento de perito, depoimento pessoal do autor depois do réu, testemunhas do autor e depois réu, alegações finais em audiência (tudo em audiência); não é costume transformar em memoriais as alegações, o Juiz pode dar a sentença na hora, ou após 10 dias. Art. 277. Não se dará a revelia do réu se ele não for à audiência, mas ANTES apresentar a sua resposta (é como se ele dissesse que não quer acordo).

Compensar = caráter de defesa.

12/06/2008 - quinta-feira

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Page 48: Direito Processual Civil I

DO DEFERIMENTO E INDEFERIMENTO DA PI (PETIÇÃO INICIAL)I – Distribuição e registroDistribuir uma petição é repartir os processos, com juízes competentes para apreciar a causa. Alem da petição se distribui carta de ordem e carta precatória. O registro é a anotação de todos os feitos (cartas) e de todos os processos em livro próprio visando documentar o ingresso da petição inicial (livro tombo). Art. 251, CPC.II – Deferimento da PIA petição inicial vai concluso ao Juiz, ele terá que analisar se estão presentes os requisitos do art. 282 e 283, condições da ação, elementos da ação, pressupostos processuais... Assim, ele irá despachar determinando a citação do réu (no sumário é a citação mais intimação de audiência). Antigamente era passivo de que o despacho inicial era um mero despacho, mas uma corrente doutrinaria que esta ganhando força, diz que não é um mero despacho é uma decisão interlocutória por que o juiz verificou tudo para determinar a citação, e a partir daí o réu pode agravar esta decisão, se ele entender que não estão presentes todos os requisitos. Tanto é assim que nas ações de improbidade administrativa o ato que recebe a decisão é impugnável pelo réu através de um agravo de instrumento. O entendimento majoritário é que é um despacho. Essa petição jamais poderá ser indeferida, ele pode até extinguir o processo, mas não indeferir a petição.III – Emenda ou aditamento da PISe o juiz observar a ausência de algum requisito (art. 282), que o advogado não colocou alguma coisa, o juiz vai determinar que o autor emende ou adite a petição no prazo de 10 dias (SALVO, QUANDO O ADVOGADO NÃO INFORMA O ENDEREÇO ONDE RECEBERÁ INTMAÇÃO, ESTE PRAZO SERÁ DE 48 HORAS) sob pena de indeferir a petição inicial. Isso pode ocorrer quando forem erros que pode ser corrigidos a qualquer momento, o que não pode é o pedido a causa de pedir e as partes (após a citação do réu, que só poderá ser mudados nos casos de intervenção de terceiro e substituição das partes que pode ocorrer com o consentimento e sem o consentimento.IV – Resolução imediata do processo pela improcedência, também conhecido como, Julgamento “Prima facie” (à primeira vista)Em 2006 o legislador entendeu que se o juiz na sua vara já estiver julgado uma causa exclusiva de direito, ele pode matar o processo julgando improcedente o pedido (sentença definitiva, de mérito, 269, I). só que para isso ele tem atende a certos requisitos (art. 284, 285, 285-A)

Justificativao Principio da economia processualo Exercício racional da jurisdiçãoo Concepção publicista do processo impondo soluções lógicas, racionais e

eficientes. Requisitos (art. 285-A)

o Matéria exclusivamente de direito, não haverá necessidade de produção de provas em audiência, e nem provar fato algum. Ex.: a própria Lei, salvo a Lei municipal, estadual e estrangeira. Normalmente quando se trata de tributo, previdências...

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Page 49: Direito Processual Civil I

o E no mesmo juízo (mesma vara) já houver sido proferida sentença de total improcedência, não pode ser parcial (outros casos de total improcedência no mesmo pedido).

o Outros casos idênticos (a identidade dos casos está na causa de pedir próxima, no fundamento jurídico)

Ato judicialQual ato que julga improcedente? É uma sentença definitiva, pois julgou o mérito. RecursoO recurso que cabe é uma apelação, no prazo de 15 dias. Juízo de retrataçãoEsta apelação é interposta no juiz que julgou a causa, e este juiz irá mandar para o TJ, mas neste caso vai ser dada uma oportunidade do Juiz se retratar (retratação); o juiz pode se retratar (tornar sem efeito a sua sentença), se o juiz se retrata ele vai determinar a citação do réu para a ação. Mas se o juiz não se retrata o juiz determinará a citação do réu para ele impugnar o recurso. O juiz terá 5 dias para se retratar ou não. Feita a citação, ele impugnando ou não, vai para o TJ. Esse acórdão terá efeito regressivo ou repositivo. Art. 285, §1º 2º. Se a sentença não for impugnada o juiz deve intimar o réu da sentença, para que ele tome ciência de que a ação foi julgada improcedente para efeito de coisa julgada (e isso não ser discutido em outro processo).

17/06/08 - terça-feira

INDEFERIMENTO DA P.I.O juiz vai extinguir o processo, pois a petição não atende os requisitos e o autor não emendou nem aditou a inicial, ou o juiz desde logo tem que indeferir a petição inicial, pois esta faltando condição da ação.I – Causas – art. 295I – quando for inepta (§ único, Considera-se inepta a petição inicial quando: I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir, antes o juiz deve mandar corrigir a petição inicial; II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão, antes deve intimar o autor para corrigir, clarear o que está confuso, no prazo de 10 dias; III - o pedido for juridicamente impossível, o juiz indefere direto, pois é condição da ação; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si, antes ele intima o autor para escolher qual o pedido que ele quer, no prazo de 10 dias).II - quando a parte for manifestamente ilegítima (indefere de logo, pois a parte ou é legitima ou não é, com exceção da nomeação à autoria);III - quando o autor carecer de interesse processual (indefere de logo, pois ele não tem interesse de agir que é condição da ação, o interesse está relacionado à busca da tutela jurisdicional mas da forma e do modo adequado em Lei;IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5º), são preliminares de mérito, e não vai dizer quem tem o direito, mas ele resolve o mérito indeferindo a petição inicial (ÚNICO CASO);V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal. O juiz vai intimar o autor para que adéqüe a petição, no prazo de 10 dias;

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Page 50: Direito Processual Civil I

Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. II – SentençaO ato que indefere uma petição inicial é uma sentença. É uma sentença, em regra, terminativa. Só será definitiva no caso da prescrição e decadência. Desta sentença cabe um Recurso, que é o de Apelação (que é interposto ao Juiz da causa), no prazo de 15 dias (***PROVA***).III – Juízo de RetrataçãoNo prazo de 48 horas o Juiz pode se retratar (“voltar atrás na sua decisão”). Se o juiz se retratar, ele determina a citação do réu, para o processo voltar a caminhar (por aproveitamento dos atos processuais...). Se o juiz não se retrata, ele encaminha o processo ao TJ, e não manda citar o réu.

Art. 285, A – Julgamento pela improcedência “prima facie” – Sentença definitiva -> apelação, 15 dias -> juízo de retratação, 5 dias:

Sim -> citação do réu para responder a ação.

Não -> citação do réu para responder do Recurso -> TJ

Art. 295 – Indeferimento da petição inicial – Sentença terminativa -> apelação, 15 dias -> juízo de retratação, 48 horas:

Sim -> citação do réu para responder a ação.

Não -> TJ; art. 296.

DA RESPOSTA DO RÉUI – Direito de Defesa ou de ExceçãoApós a citação do réu começa a contar um prazo para resposta do réu, para que ele, se quiser, impugnar a petição inicial.

Direito subjetivo público – pois o réu também tem interesse em que a ação chegue ao seu fim, tanto que após a citação o autor não pode desistir da ação sem o consentimento do réu. Em regra, o pedido do réu é que o juiz declare improcedente o pedido do autor (pedido negativo).

Direito autônomo – pois independe do direito material, ainda que o juiz julgue procedente o pedido do autor o réu teve direito à sua defesa.

Direito abstrato – pois o réu não precisa ter nenhum contra direito (nada para contestar, nenhuma argumentação), mais ainda assim ele possui o direito de defesa. Se ele possuir um contra direito, por exemplo, se ele requerer a compensação alegando que o autor estava o devendo antes, ele possui da mesma forma o direito de defesa. Direito de ação, que é pretensão do autor e o direito de defesa é a pretensão do réu.

II – Prazo para respostaNo rito ordinário o prazo é de 15 dias. E no sumário é de 10 dias. E na ação de depósito, prestação de contas, e cautelar o prazo será de 5 dias. Divisão e demarcação de terras o prazo é de 20 dias. O réu saberá o prazo quando receber o mandado citatório.III – Contagem de Prazo

Juntada de mandado ou AR – O início do prazo, em regra, na data juntada do mandado ou juntada do AR (aviso de recebimento, aquele feito pelos Correios,

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Page 51: Direito Processual Civil I

que pode ser MP, mãos próprias em que somente o réu pode receber). Exclui-se o primeiro dia, e inclui-se o último.

Vários réus – o prazo vai começar a contar quando houver a juntada do último mandado (independente de quem recebeu primeiro). O prazo para resposta, quando se tem advogados distintos, dobra (30 dias), somente se informar 15 dias antes de vencer o prazo que os réus possuem advogados distintos, a mesma regra é para o defensor público.

Carta (rogatória, precatória ou de ordem) – será a partir da juntada da carta aos autos.

Edital – art. 231; 654; 232. Deve constar: o Que se trata de uma citação por edital, ela terá um prazo que varia de

20 a 60 dias (para a informação circular);o Juiz da vara, qual vara, autor, réu, ação, prazo para a resposta,

advertência (revelia), local, data e juiz da causa.Será publicada 2 vezes no jornal de circulação, e 1 vez no diário oficial. Se a pessoa estiver amparada pela assistência judiciária gratuita, ela só necessita publicar no diário. O prazo começa a contar a partir da data da publicação do edital. Após este prazo de circulação começa a contar o prazo do réu para resposta, se ele não responder NOMEIA-SE UM CURADOR ESPECIAL, bem como, réu preso se advogado, incapaz, citação por hora certa e quando houver divergência entre o réu e seu advogado.

Desistência em relação a alguns dos réus – caso João e Carlos (réus) estejam aguardando a citação do outro réu, Marcos, para começar a contagem de seus prazos, e o autor desistir da ação contra Marcos, o prazo dos outros réus vai começar a contar a partir da juntada da intimação que homologou a desistência do autor em relação à Marcos. E João e Carlos tiverem advogados, estes serão intimados e também os próprios réus, pessoalmente.

IV – FormaToda resposta dada elo réu deve vir na forma escrita (rito ordinário, no sumário e sumaríssimo pode ser oral)

19/06/08 - quinta-feira

DA RESPOSTA DO RÉU I – Espécies de Defesa ***PROVA***

Processual – única prevista no Código (visa atacar exclusivamente o processo)o Direta (toda defesa processual direta é apresentada via contestação)

Peremptória (ataca o processo direta e imediatamente visando primeiramente a sua extinção, por falta de condições da ação ou pressupostos processuais insanáveis pois ela visa extinguir o processo)

Dilatória (visa apenas dilatar o curso do processo, em se tratando de pressuposto processual sanável; o processo não acaba mais no tempo determinado; quando esse erro não for sanado o juiz extingue o processo, se tornando uma defesa processual direta peremptória; incompetência absoluta é alegada aqui)

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Page 52: Direito Processual Civil I

o Indiretao Dilatória (visa atacar o processo de maneira indireta e mediata

dilatando o curso do processo apresentando pressuposto processual referente ao Juiz; alegando impedimento, suspeição ou incompetência; é apresentada via exceção processual; incompetência relativa, que pode ser territorial ou valor da causa)

Meritória - toda defesa meritória é apresentada via Contestação (Visa atacar o pedido e a causa de pedir, os fatos e fundamentos jurídicos)

o Direta (quem tem que provar é o autor) Alega que os fatos não existem; Se os fatos existirem não trazem conseqüências jurídicas.

o Indireta ou objeção ou questão prejudicial ou exceção substancial, é por construção doutrinária (quem tem que provar é o réu) – o réu confirma a existência dos fatos confirma as conseqüências jurídicas, mas, apresenta fatos:

Impeditivos do direito do autor (Ex.: cobrando dívida de jogo) Modificativos do direito do autor Extintivos do direito do autor

Ex.: o réu alega que fez o contrato sim, e que está devendo, mas que na época dos fatos era absolutamente incapaz, logo o contrato é nulo.

DA CONTESTAÇÃOO réu de defende, não ataca. Se o réu não contestar, não haverá saneamento, nem AIJ. Caberá ao réu se defender. I – Presunção da veracidade dos fatos articulados na inicialSe o réu não contestar no prazo devido os fatos serão tidos como verdadeiros.II – Princípio da eventualidade ou da concentração da defesa na contestaçãoO que réu deve alegar para o juiz, deve ser na contestação que é um momento único. Sob pena dos fatos serem tidos como verdadeiros. Ele pode alegar qualquer matéria de defesa ainda que haja entre elas contradição. Art. 300, 297, 298 CPC.III – Requisitos (art. 300, 302...)

Formaiso Toda contestação deve apresentada na forma escritao Deverá ser dirigida ao juiz da causao Qualificação das partes; o réu se qualificao Qualificação do advogado (nome, endereço...), sob pena de não se

considerar a contestação (será intimado para consertar em 48 horas). Intrínsecos - Ataque a causa de pedir e ao pedido

o Deve contestar/impugnar precisa e especificadamente todos os fatos narrados na petição inicial (art. 302); linha por linha, fato por fato (não pode dizer que “tudo o que o autor falou é mentira”, e se fizer isso é revelia).

Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:

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Page 53: Direito Processual Civil I

I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão; (Ex.: ação de divórcio, em que o marido não contesta. Isso é questão de Estado, ele não pode dispor do estado civil dele, por isso o Juiz marca uma Audiência)II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato; (o documento que comprova o que o autor está falando)III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto (Defesa de fundo, a defesa de fundo alcança todos os demais pedidos, mesmo que não tenham sido contestados)

24/06/08 - terça-feira

IV – PrazoPrazo de 15 dias para apresentar contestação. Se não ocorre a preclusão (preclusão máxima) tomar os fatos ditos pelo autor como verdadeiros.Art. 303:II – mesmo que o réu não tenha legado isso o juiz pode conhecer de oficio, como por exemplo, as matérias de ordem pública.III – matérias de ordem pública em que o réu alega em qualquer tempo e grau de jurisdição, só que ele paga tudo que aconteceu dentro do processo, por todos os atos terem sido feitos inutilmente no processo.

V – Defesa abrangíveis da Contestação – o que o réu pode atacar na contestação. Processual quanto ao processo

o Direta Peremptória - ele ataca diretamente o processo visando a

extinção do mesmo. Dilatória que não visa de logo a extinção e sim o retardamento

Meritóriao Direta

Alega que os fatos não existem; Se os fatos existirem não trazem conseqüências jurídicas.

o Indireta ou objeção ou questão prejudicial ou exceção substancial, é por construção doutrinária (quem tem que provar é o réu) – o réu confirma a existência dos fatos confirma as conseqüências jurídicas, mas, apresenta fatos:

Impeditivos do direito do autor (Ex.: cobrando dívida de jogo) Modificativos do direito do autor Extintivos do direito do autor

Ex.: o réu alega que fez o contrato sim, e que está devendo, mas que na época dos fatos era absolutamente incapaz, logo o contrato é nulo.

Na contestação o réu deve colocar quase a mesma coisa que o autor, só que rebatendo o que o autor falou.

Endereçamento do Juiz Qualificação das partes Endereço do advogado

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Page 54: Direito Processual Civil I

Procuração Antes de atacar a o mérito o réu deve atacar o processo, conforme o art. 301

CPC. Com as preliminares (peremptória), ou a dilatória, que não é por contestação, e sim por exceção.

Fatos Fund. Jur. Da resistência Das provas Dos requerimentos **Não tem valor da causa** Colocar a data e o local E MUITO IMPORTANTE-> a assinatura do advogado.

ART. 301:Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:

I - inexistência ou nulidade da citação – o Juiz apenas suspende o processo, e prepara a citação correta. Dilatória. Se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue.II - incompetência absoluta – deveria ser antes do inciso I, pois ele só pode determinar a citação e após transferir para outra vara (matéria, função, pessoa e hierarquia - absoluta) - Dilatória ele não extingue o processo. Se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue.III - inépcia da petição inicial – art. 295, §único, I, II, III e IV (extingue o processo, pois já ocorreu a citação do réu)IV – perempção – perda do direito de ação pelo abandono do processo por mais de 3 vezes. Peremptória. V – litispendência – quando há outro processo exatamente igual em outra vara. Peremptória.Vl - coisa julgada – peremptória.VII – conexão - É quando for comum, em duas ou mais causas, o objeto ou a causa de pedir. Há também, conexão pela causa de pedir pelo objeto, conjuntamente, quando há identificação destes elementos, mas não há de partes. Art. 103 – DILATÓRIA, pois vai remeter a outro juízo. Se fossem comarcas iguais julga o que despacho em primeiro lugar, comarcas distintas, é aquele que citou em primeiro lugar.Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização – divido em 3 partes (art. 13):

Incapacidade da parte – dilatória, pois o juiz não vai extinguir, vai intimar para constituir um representante; se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue.

Defeito de representação – dilatória. Se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue.

Falta de autorização – ação real imobiliária – Dilatória. Se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue.

IX - convenção de arbitragem – extingue o processo. Peremptória. O Juiz não pode conhecer de ofício.

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Page 55: Direito Processual Civil I

X - carência de ação – quando estiver faltando às condições da ação (que são insanáveis) – peremptória.Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. (pagar as custas e os honorários) – Dilatória, o juiz manda pagar as custas. Se não se manifestar ela se torna peremptória, pois o juiz extingue. Estrangeiro, e brasileiro que mora no exterior, pode propor ação no Brasil desde que possuía bens aqui. Mas deve caucionar.

O único que não pode ser alegado de oficio é a convenção de arbitragem.

Na contestação deve ter a preliminar processual (art. 301), no meio das duas a preliminar do mérito (decadência e prescrição) e mérito (art. 301/302).

25/06/2008 - quarta-feira (reposição de aula – 2 horários)

EXCEÇÃO E RECONVENÇÃO

Das exceções (art. 304)Quando eu alego incompetência relativa do juiz eu alego via exceção.I – InstrumentalSão tidas como instrumental por que ela forma um novo incidente que vai formar um apenso ao processo. Forma um novo auto. Não confundir com exceção substancial por que é defesa meritória indireta.II – Quem pode utilizar?É o réu, mas também o autor (em virtude de mudança da Lei). Para o autor o juiz pode ser parcial em favor do réu.III – Tipos:

Incompetência (relativa) – territorial e valor da causa. Art. 112. Impedimento – não tem duvidas de que o juiz agirá com parcialidade, eu tenho

certeza. Art. 134. Suspeição – eu acho que o juiz é suspeito, talvez ele seja parcial. Art. 135 (inc. I,

II e V – só cabe as partes, não interessa o advogado; juiz inerte é pior do que parcial; no § único não necessita dizer qual o motivo, e somente dizer que é motivo íntimo).

IV – Momento da argüição *PROVA* Autor

o 1º momento – depende se é antes da petição inicial (por exemplo, eu vou propor a ação em marechal Floriano, e o único juiz cível que tem lá o este), assim apresenta juntamente com a petição inicial a exceção (seja de impedimento ou suspeição); somente em vara única.

o 2º momento – Se não for única vara, mas entre alguns dos juízes, está um que é impedido, assim, apresenta-se a petição inicial normalmente, e após a distribuição, se cair com o juiz impedido ou suspeito, após apresenta-se a exceção.

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o 3º momento – o autor só tomou conhecimento em alguma audiência, por exemplo, assim ele só terá 15 dias para excetuar, após o conhecimento do fato impeditivo ou suspeito. Se for impedimento não preclui, pois é de ordem absoluta, mas se for suspeição o direito preclui, pois é de ordem relativa.

Réuo 1º momento – na sua resposta. Ele apresenta a resposta junto com a

exceção, pois já era de conhecimento dele o juiz da causa.o 2º momento – se o réu contesta, e o processo segue as fases normais.

Mas, por exemplo, em audiência de Instrução e Julgamento, o réu fica sabendo de que o juiz e o autor são amigos íntimos, assim ele possui 15 dias para alegar o impedimento e a suspeição. É um pressuposto processual referente ao juiz insanável, mesmo se o réu na argüir no prazo de 15 dias, continua sendo impedido. Assim, se o réu fica sabendo do IMPEDIMENTO e a INCOMPETÊNCIA (somente, pois é de ordem absoluta e pública) após o fim do processo (até 2 anos), ele pode entrar com uma ação rescisória (somente no caso de impedimento ou incompetência). Mas depois de passado o prazo de 2 anos, a sentença continua viciada propondo uma relativização da coisa julgada, também conhecida como a ação declaratória negativa dos efeitos da coisa julgada.

V – ProcedimentoVai depender do tipo de exceção que será apresentada.

Exceção de incompetência – aqui está atacando a figura do juiz, mas a parte contrária será a outra parte (autor ou réu). Quem propõe a exceção é o excipiente. Contra quem é apresentada é o excepto (pode ser o autor ou o réu). O Juiz da vista ao excepto. Os dois podem produzir provas documentais, testemunhais... O juiz pode decidir:

o Acolhendo a exceção – enviando o processo para o juízo competente.o Não acolhendo a exceção – assim, o processo vai ser julgado pelo

próprio Juiz. Enquanto isso o processo fica SUSPENSO. Ele decide com uma decisão interlocutória, o recurso cabível é o agravo de instrumento no prazo de 10 dias. O processo só volta funcionar após o trânsito em julgado da decisão.

Exceção de impedimento ou suspeição – relacionada à sua imparcialidade. Apresenta a exceção e o processo fica suspenso. O excipiente pode ser o autor ou réu, e o excepto é o JUIZ da causa. Tem que juntar documento ou arrolar testemunhas. O juiz vem e apresenta suas razões, por meio de um mero despacho. E quem vai decidir o impedimento ou suspeição? A exceção, que esta em apenso é desentranhada dos autos e é encaminhada ao TJ, e uma das Câmaras cíveis que irá dizer se o Juiz é ou não impedido/suspeito. O tribunal pode:

o Acolher o impedimento/suspeição – condena o juiz (pagar as custas do processo estar parado a um tempo, se ele não pagar o Estado é quem paga), pois ele próprio não se deu como impedido ou suspeito, assim remete ao substituto legal (1º -> 2º -> 3º -> 4º -> 5º -> 1º), o processo

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continua tramitando na vara do juiz, só que o juiz não toca no processo ele não julga.

o Não acolhe – remete ao juiz da causa. Cabe recurso.VI – Outras pessoas passíveis de impedimento/suspeiçãoArt. 138, 312, 313 e 314.I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;II - ao serventuário de justiça;III - ao perito;IV - ao intérprete§ 1º - A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido.

A exceção não suspende o processo e quem julga é o juiz da causa.

Da ReconvençãoReconvenção não é defesa, é contra-ataque, é ação. “M.M. Juiz julgue improcedente o pedido do autor e diga que o direito é meu”. Fica dentro dos próprios autos, mas feita em peça distinta. O autor vira Ru, e o réu virá autor. Agora será o reconvinte (réu) e o reconvindo (autor). Que será apresentado em um prazo de 15 dias, depois desse prazo pode o réu agir? Pode. Propondo uma nova ação, que pode ser distribuída a outra vara, e neste caso haverá a conexão.I – Natureza JurídicaNão é defesa, é pedido, ação. A natureza jurídica é de uma ação, pois ele está pedindo.II – Distinção entre compensação e reconvenção ***PROVA***Compensação:

É matéria de defesa meritória indireta (pois ele se defende), é exceção substancial.

É matéria de direito material (estudada em direito civil) Não amplia o tema decidendo (a discussão); confirma os fatos as

conseqüências jurídicas. Apenas em se tratando de direito patrimonial. Obrigatoriamente o réu reconhece a existência dos fatos e das conseqüências

jurídicas.Reconvenção

É ação do réu contra o autor. Matéria processual (estudada em processo civil) Quer ampliar o tema (quer receber o crédito, a diferença). Qualquer direito. Ele pode reconhecer a existência dos fatos e das conseqüências jurídicas, mas

não é obrigado.III – Autonomia da Reconvenção Art. 317

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Se a reconvenção é uma ação e a petição inicial teve que atender aos pressupostos processuais, condições da ação; obrigatoriamente a reconvenção também deve obedecer/atender aos mesmos requisitos e pressupostos de qualquer outra ação. A diferença é que a ação é distribuída, mas a reconvenção não, pois é endereçada diretamente a um juiz, que é o da primeira ação, entretanto ela é registrada.Ela possui vida própria, é autônoma, precisa da ação para nascer, mas não precisa para viver. O juiz pode extinguir a ação, que a reconvenção continuará existindo. IV – Indeferimento liminar (no início) da reconvençãoToda vez que o juiz extingue uma ação é com a sentença. A doutrina e a jurisprudência não entraram em acordo com relação a qual ato que extingue a reconvenção (com uma pequena vantagem da corrente que entende que é uma decisão interlocutória). Mas se for uma decisão interlocutória, o recurso é o agravo de instrumento com prazo de 15 dias, e se for sentença é com a apelação no prazo de 15 dias. V – Conexão com a causa principalArts. 315 e 103Está relaciona aos fundamentos da defesa. Aqui que tem a diferença com o pedido contraposto. Pois o pedido tem que ser apresentado obrigatoriamente aos fatos narrados na inicial. E na reconvenção pode apresentar os fatos narrados na inicial e qualquer outro fundamento de defesa, qualquer coisa que o réu quiser alegar. No rito sumário o réu faz pedido contraposto na própria contestação, por isso ele não tem interesse de reconvir, e também por causa da celeridade. Assim como nas ações de caráter dúplice (ex.: ação possessória, de prestação de contas...), não precisa reconvir, pois pode pedir na própria contestação.VI – LitisconsórcioQuando réu faz um pedido, apresenta uma reconvenção, ele faz contra aqueles que são autores na ação. E terá o caso em que ele fará um pedido contra o autor, em que será necessária outra pessoa que não participou da primeira ação, no caso de litisconsórcio necessário (a lei exige ou a natureza da ação) (ex.: ação de despejo em que o autor da primeira ação é casado e necessita da participação da esposa).VII – Citação e Inocorrência de revelia art. 316Quando o autor propõe a ação ele não sabe quem é o advogado do réu, por isso ele é citado pessoalmente. Mas quando o réu vai reconvir é feita a intimação (a doutrina entende como intimação e não citação, apesar de ser uma citação) na pessoa do advogado do autor, pois ele sabe quem é.Quando o réu é citado, ele possui o prazo de 15 dias para apresentar resposta. Quando o autor é intimado da reconvenção ele tem um prazo de 15 dias, para contestá-la (não pode apresentar nenhuma reconvenção).

Uma corrente RESTRITIVA entende que não pode haver reconvenção de reconvenção. Pois a lei dias contestação.

Uma corrente ampliativa que entende que a Lei quis abranger com contestação, todos os tipos de resposta, como, por exemplo, reconvir. Entende que pode haver a reconvenção de reconvenção (DOUTRINA MARJORITÁRIA).

Art. 318 - Duas ações com uma só sentença (como na oposição). O juiz pode prolatar 2 sentenças, mas não está tecnicamente correto.

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Art. 315, § único – não pode o réu, reconvir ao autor quando houver substituição processual/legitimação extraordinária, pois ele não é o titular do direito material, e sim processual.

26/06/08 - quinta-feira

Da revelia e das providências preliminaresI – Da revelia – art. 319/322O Iter procedimental será encurtado, pois os fatos alegados pelo autor serão tidos como verdadeiros. É a contumácia, a inatividade, a inércia do réu em apresentar resposta no prazo legal. Em regra gera conseqüências para ele. Mas os efeitos podem não ser aplicados. II – Dos efeitos da reveliaO principal efeito da revelia é que os fatos não impugnados serão tidos como verdadeiros, e isso irá facilitar a vida do autor. Alguns casos o autor tem que provar os fatos. Principio da verdade real, o juiz não vai julgar procedente o pedido do autor só por que o réu é revel, de qualquer forma o autor tem que provar.Art. 319 - Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.Art. 320 - A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:

I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação - se o fato for comum e um dos litisconsortes passivos confessa (ou contesta), os efeitos são para todos, se não for comum, não abrange todos.II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis – questão de estado, vida, identidade...III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato – no caso da ação reivindicatória (real imobiliária) deve estar junto com registro do bem.

Decretada a revelia, outro efeito é que o réu não mais será intimado de nenhum ato processual, nem mesmo da sentença. A não ser que dentro dos autos tenha advogado, que deverá ser intimado de todos os atos. Mas ele pode intervir a qualquer momento no processo, só que ele recebe no esteado em que o processo se encontra. Art. 322. O réu não pode alegar nada do passado, salvo matéria de ordem pública, que pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição (ex.: incompetência absoluta...). Após a sua manifestação ele volta a ser intimado dos atos do processo.III – Modificação do pedido e da causa de pedirPode modificar. Mas o réu deverá ser novamente citado, com novo prazo para resposta. Art. 321. Pois é uma nova ação sendo proposta.IV – Alternativas para o desenvolvimento procedimentalO juiz vai recebe os autos e vai verificar que o chefe da secretaria ou escrivão, certificou que o réu apresentou ou não a resposta, no prazo ou não. Com essa certidão o juiz vai buscar caminho mais rápido para decidir a lide, pois uma característica do nosso código é a elasticidade.V – Hipóteses em caso de falta de contestação

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Fatos tidos como verdadeiros (revelia produz os efeitos), assim não há necessidade do Juiz marcar audiência nem nada, vai direto pra fase decisória, o juiz estará fazendo o Julgamento antecipado da lide.

Fatos não produzem os efeitos da revelia, o juiz vai determinar a audiência de Instrução e Julgamento pelo autor, ele deve produzir provas do que ele está falando (ou quando o juiz, embora seja o caso de decretar os efeitos da revelia, mas o juiz não acredita no autor, ele pode marcar a audiência).

VI – Hipóteses em caso de contestaçãoPrimeiro ataca o processo, depois o mérito.

Apresentação de preliminares (ex.: o réu diz que o autor é perempto; diz que o autor é ilegítimo) -> abre vista ao autor no prazo de 10 dias (réplica), para ele rebater as preliminares.

Ataca o Mérito de maneira direta (diz que os fatos não existem ou se existem não trazem conseqüências jurídicas) -> se a única prova que o autor possui é a documental que já estão nos autos, vai direto pro julgamento. Se for testemunhal o juiz é obrigado a sanear o processo. Enfim pode direto pra sentença ou pra fase normal, que é a saneadora.Ataca o mérito de maneira indireta (fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor.Tem que dar vista ao autor para que ele se manifeste, no prazo de 10 dias (apresente a réplica), pois é uma questão prejudicial, objeção (indireta).*PROVA* Quais os casos em que o autor deve ser intimado para apresentar a réplica?

VII – Questão prejudicial. art. 469, IIIÉ aquela que prejudica o mérito dentro do processo, e só vale pra dentro daquele processo isso quer dizer que esta questão prejudicial não faz coisa julgada. As provas podem ser levadas a outro processo, que é a Prova Emprestada.VIII – Ação Declaratória Incidental. Art. 470 (as partes), 5º (as partes) e 325 (o autor, pois o réu vai utilizar na reconvenção, ele não pede nada fora da reconvenção).Uma ação para declarar algo dentro de outra ação. Ex.: dentro da ação de alimentos, Zezinho pede que o juiz declare que Zé é seu pai. Para ela existir tem que haver uma questão prejudicial (se o réu não contestar, o autor não pode propor uma ação declaratória incidental, pois não tem questão prejudicial). A ação declaratória incidental do réu é a RECONVENÇÃO.Pressupostos de admissibilidade incidental:

Que haja questão prejudicial. Art. 470 – se o juiz for competente As duas ações tenham o mesmo rito.

Ambas são julgadas juntas, e o que põe fim é uma sentença, cujo recurso é o de apelação. Se forem julgadas separadas, primeiro a incidental, o ato processual do juiz é uma decisão interlocutória. IX – Encerramento do ordenamento do processoO juiz ordena todos os caminhos do processo, ele pode julgar conforme o estado do processo.X – Julgamento conforme estado do processo

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Extinção – art. 329o Sem méritoo Com mérito

Julgamento antecipado da lide – art. 330 Audiência preliminar – art. 331

§2º - saneamento§3º - saneia o processo, em Cartório, e desde logo marca audiência de Instrução e Julgamento.

REVISÃO

Após a citação do réu quais caminhos podem ser seguidos? Prazo de 15 dias para resposta

Contestação Preliminar

Dilatória Peremptória

Mérito Direta Indireta

Exceção Incompetência

Territorial Valor da causa

Impedimento Suspeição

Reconvenção Impugnação do valor da causa

Fale do Inter procedimental no rito ordinário e no rito sumário.Ordinário:Fase postulatória – Petição inicial, contendo os requisitos dos art. 282 e 283 (pressupostos processuais, condições da ação e etc.) -> despacho inicial, preliminar ou liminar -> citação do réu -> 15 dias para resposta -> que pode ser contestação, reconvenção, impugnação ou exceção (explicar cada um; principio da elasticidade) ->

Fase Saneadora – Audiência preliminar -> se tivesse conciliação (extinção pelo art. 269, III); se não tiver vai para o saneamento (onde o juiz fixa o ponto controvertido, defere provas e marca a Audiência de Instrução e Julgamento, quando houver necessidade)

Fase Instrutória/Probatória –

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Tenta a conciliação novamente, se houver, extinção pelo art. 269, III; se não houver vai para a produção de provas, perito, depoimento pessoal, testemunhas e alegações finais (ou memoriais).

Fase decisória – Fase da sentença de mérito, em regra. Valoração das provas.

Sumário:Fase postulatória e Saneadora (são uma só) – Petição inicial, contendo os requisitos dos art. 282 e 283 (pressupostos processuais, condições da ação e etc.), mas tem coisas diferentes do sumário e se não apresentar ocorre a preclusão, não terá outra oportunidade para fazer tais atos. Art. 276. :

Mais juntada de documento; Mais rol de testemunhas; Se quiser prova pericial desde já deve requerer (tem que pedir as provas que

deseja, não pode pedir depois); Indicar o assistente técnico (perito particular do autor) poderá indicar somente

na petição inicial, se não indicar perde o direito de indicar; Obrigatoriamente quesitação (são perguntas que o autor desde já é obrigado a

formular.-> despacho inicial, preliminar ou liminar -> citação e intimação para comparecer em Audiência de Conciliação -> 15 dias para resposta -> que pode ser contestação, pedido contraposto, impugnação ou exceção (explicar cada um) -> Audiência preliminar -> se tivesse conciliação (extinção pelo art. 269, III); se não tiver vai para o saneamento (onde o juiz fixa o ponto controvertido, defere provas e marca a Audiência de Instrução e Julgamento, quando houver necessidade)

Fase Instrutória/Probatória –Tenta a conciliação novamente, se houver, extinção pelo art. 269, III; se não houver vai para a produção de provas, perito, depoimento pessoal, testemunhas e alegações finais (ou memoriais).

Fase Decisória – Fase da sentença de mérito, em regra e valoração das provas.

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