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DIREITO PROCESSUAL DIREITO PROCESSUAL COLETIVO COLETIVO

DIREITO PROCESSUAL COLETIVO. OBJETIVOS ► A ordem jurídica reconhece a necessidade de que, em matéria de interesses transindividuais, “o acesso individual

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DIREITO PROCESSUAL DIREITO PROCESSUAL COLETIVOCOLETIVO

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OBJETIVOSOBJETIVOS►A ordem jurídica reconhece a necessidade de A ordem jurídica reconhece a necessidade de

que, em matéria de interesses que, em matéria de interesses transindividuais, transindividuais, ““o acesso individual dos o acesso individual dos lesados à Justiça seja substituído por um lesados à Justiça seja substituído por um processo coletivo, que não apenas deve processo coletivo, que não apenas deve ser apto a evitar decisões contraditórias ser apto a evitar decisões contraditórias como ainda deve conduzir a uma solução como ainda deve conduzir a uma solução mais eficiente da lide, porque o mais eficiente da lide, porque o processo coletivo é exercido de uma só processo coletivo é exercido de uma só vez, em proveito de todo o grupo vez, em proveito de todo o grupo lesado.”lesado.” Hugo Nigro Mazzilli, “A defesa dos Hugo Nigro Mazzilli, “A defesa dos interesses Difusos em Juízo”interesses Difusos em Juízo”

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OBJETIVOSOBJETIVOS►Facilitar o acesso à Justiça – “a união faz a Facilitar o acesso à Justiça – “a união faz a

força”;força”;►Evitar decisões conflitantes – segurança Evitar decisões conflitantes – segurança

jurídica;jurídica;►Desonerar o Judiciário – porque permite Desonerar o Judiciário – porque permite

através de uma ação a resolução do através de uma ação a resolução do problema de inúmeras pessoas;problema de inúmeras pessoas;

►É impossível tutelar os direitos coletivos É impossível tutelar os direitos coletivos “lato sensu” por meio do processo civil “lato sensu” por meio do processo civil clássico.clássico.

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CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS►Processo de massa, para a sociedade de Processo de massa, para a sociedade de

massa, com conflitos de massa;massa, com conflitos de massa;►Maiores poderes do Juiz, que não está Maiores poderes do Juiz, que não está

adstrito aos limites do pedido;adstrito aos limites do pedido;►Coisa julgada “secundum eventum litis” e Coisa julgada “secundum eventum litis” e

“in utilibus”;“in utilibus”;►Conexão, continência, litispendência e Conexão, continência, litispendência e

coisa julgada diferentes.coisa julgada diferentes.

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AÇÕES COLETIVAS:AÇÕES COLETIVAS:► Ação civil pública – art. 129, III CF;Ação civil pública – art. 129, III CF;► Ação popular – art. 5º, LXXIII CF;Ação popular – art. 5º, LXXIII CF;► MS coletivo – art. 5º, LXIX e LXX CF;MS coletivo – art. 5º, LXIX e LXX CF;► Dissídio coletivo – art. 114, §1° CF;Dissídio coletivo – art. 114, §1° CF;► Mandado de injunção – art. 5º, LXXI CF;Mandado de injunção – art. 5º, LXXI CF;► ADIN – art. 102, I, “a” CF;ADIN – art. 102, I, “a” CF;► Ação coletiva para defesa dos direitos Ação coletiva para defesa dos direitos

individuais homogêneos dos consumidores, individuais homogêneos dos consumidores, arts. 91 e seguintes CDC;arts. 91 e seguintes CDC;

► Ação de improbidade administrativa, Lei nAção de improbidade administrativa, Lei nº º 8429/928429/92;;

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DIREITO PROCESSUAL COLETIVODIREITO PROCESSUAL COLETIVO►Lei n° 7.347/85, art. 21 + Lei n° 8.078/90, Lei n° 7.347/85, art. 21 + Lei n° 8.078/90,

art. 90 + aplicação subsidiária do CPC;art. 90 + aplicação subsidiária do CPC;►Outras normas também aplicáveis:Outras normas também aplicáveis:

Lei n° 4.717/65 – ação popular;Lei n° 4.717/65 – ação popular; Lei n° 7.853/89 – portadores de deficiência;Lei n° 7.853/89 – portadores de deficiência; Lei n°7.913/89 – investidores mercado Lei n°7.913/89 – investidores mercado

valores mobiliários;valores mobiliários; Lei n° 8.069/90 – ECA;Lei n° 8.069/90 – ECA; Lei n° 8.429/92 – LIA.Lei n° 8.429/92 – LIA.

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DIREITO PROCESSUAL COLETIVODIREITO PROCESSUAL COLETIVO► O direito processual coletivo tem uma série de características que o O direito processual coletivo tem uma série de características que o

diferenciam do direito processual individual, regido, quanto ao diferenciam do direito processual individual, regido, quanto ao processo civil, exclusivamente pelo CPC;processo civil, exclusivamente pelo CPC;

► O direito processual coletivo rege-se pelo CDC e pela LACP (lei n.O direito processual coletivo rege-se pelo CDC e pela LACP (lei n.° ° 7347/85). O CPC comporta aplicação subsidiária, naquilo que não for 7347/85). O CPC comporta aplicação subsidiária, naquilo que não for imcompatível;imcompatível;

► A parte processual do CDC, no que diz respeito ao processo coletivo, A parte processual do CDC, no que diz respeito ao processo coletivo, aplica-se a ações de outras naturezas, como ambientais, referentes aplica-se a ações de outras naturezas, como ambientais, referentes ao ECA, etc.;ao ECA, etc.;

► No que diz respeito a ações coletivas, a ACP vem sendo usada como No que diz respeito a ações coletivas, a ACP vem sendo usada como uma espécie de rito ordinário. Segundo a doutrina especializada, o uma espécie de rito ordinário. Segundo a doutrina especializada, o veículo da ACP pode ser usado para pleitear qualquer tipo de direito veículo da ACP pode ser usado para pleitear qualquer tipo de direito coletivo “lato sensu”, inclusive para perseguir a improbidade coletivo “lato sensu”, inclusive para perseguir a improbidade administrativa, que tem ação com rito próprio, definido pela Lei nadministrativa, que tem ação com rito próprio, definido pela Lei nº º 8429/92.8429/92.

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Interesses Titulares Objeto Rel.Jurídica

       

Difusos Indeterminados Indivisível Fato

Coletivo "strito sensu" Grupo, categoria ou classe de

pessoas. Indivisível

Rel. Jurídica Base

Individuais Homogêneos

Determinados Divisível

Fato de Origem Comum

Direito Processual ColetivoDireito Processual Coletivo

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INQUÉRITO CIVILINQUÉRITO CIVIL► Tem por objetivoTem por objetivo colher os elementos e informações colher os elementos e informações

essenciais à propositura de ação civil pública;essenciais à propositura de ação civil pública;► É dispensável assim como o inquérito policial;É dispensável assim como o inquérito policial;► No bojo do inquérito civil costumam ser firmados os TACs No bojo do inquérito civil costumam ser firmados os TACs

– Termos de Ajuste de Conduta, compondo – Termos de Ajuste de Conduta, compondo extrajudicialmente os litígios referentes a interesses extrajudicialmente os litígios referentes a interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos;difusos, coletivos e individuais homogêneos;

► É PRIVATIVO DE MEMBROS DO MINISTÉRIO É PRIVATIVO DE MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ART. 129, III DA CF;PÚBLICO – ART. 129, III DA CF;

► O TAC PODE SER FIRMADO POR QUALQUER ÓRGÃO O TAC PODE SER FIRMADO POR QUALQUER ÓRGÃO PÚBLICO – ART. 5PÚBLICO – ART. 5º, §6º da Lei nº 7347/85º, §6º da Lei nº 7347/85..

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INQUÉRITO CIVILINQUÉRITO CIVIL► Tem previsão constitucional (art.129, III, CF);Tem previsão constitucional (art.129, III, CF);► Configura função institucional do Ministério Público;Configura função institucional do Ministério Público;► Tem natureza jurídica de processo administrativo investigatório – Tem natureza jurídica de processo administrativo investigatório –

NÃO POSSUI CONTRADITÓRIO EM DECORRÊNCIA DA SUA NÃO POSSUI CONTRADITÓRIO EM DECORRÊNCIA DA SUA NATUREZA INQUISITORIAL;NATUREZA INQUISITORIAL;

► Pode desencadear também a propositura de ação penal, Pode desencadear também a propositura de ação penal, mas não tem a finalidade de investigar crimes ou fatos mas não tem a finalidade de investigar crimes ou fatos que não estejam sujeitos à ACP;que não estejam sujeitos à ACP;

► Tem que ser instaurado pelo MP que tenha atribuição para propor a Tem que ser instaurado pelo MP que tenha atribuição para propor a ACP, sob pena de desvio de função;ACP, sob pena de desvio de função;

► É dispensável para a propositura de ação.É dispensável para a propositura de ação.

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FASES DO INQUÉRITO CIVIL:FASES DO INQUÉRITO CIVIL:► Instauração:Instauração:

de ofício:de ofício:► por portaria;por portaria;► por despacho fundamentado;por despacho fundamentado;

mediante provocação de qualquer interessado (vedado o anonimato).mediante provocação de qualquer interessado (vedado o anonimato).

► Desenvolvimento ou instrução:Desenvolvimento ou instrução: compõe-se da colheita de compõe-se da colheita de documentos, mediante requisição, realização de perícias, obtenção de documentos, mediante requisição, realização de perícias, obtenção de pareceres, inquirição de pessoas, inclusive de investigados, etc. (art. 8pareceres, inquirição de pessoas, inclusive de investigados, etc. (art. 8º, º, §1º da LACP);§1º da LACP);

► Conclusão:Conclusão: consiste em decisão promovendo o arquivamento ou na consiste em decisão promovendo o arquivamento ou na propositura da ação civil pública, instruída com os documentos colhidos.propositura da ação civil pública, instruída com os documentos colhidos.

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PUBLICIDADE E MOTIVAÇÃO NO PUBLICIDADE E MOTIVAÇÃO NO INQUÉRITO CIVIL:INQUÉRITO CIVIL:

Em regra, o inquérito civil é público, sendo o sigilo Em regra, o inquérito civil é público, sendo o sigilo relegado a situações excepcionais. Sempre as relegado a situações excepcionais. Sempre as decisões do membro do “parquet” devem ser decisões do membro do “parquet” devem ser fundamentadas;fundamentadas;

Uma das formas de encerramento do inquérito civil Uma das formas de encerramento do inquérito civil consiste na propositura da ação. Se a ação foi consiste na propositura da ação. Se a ação foi propostas, os documentos devem ser requisitados propostas, os documentos devem ser requisitados pelo Juiz;pelo Juiz;

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Poderes de investigação no IC:Poderes de investigação no IC:► expedição de notificações para colher depoimento expedição de notificações para colher depoimento

ou esclarecimentos, SOB PENA DE CONDUÇÃO ou esclarecimentos, SOB PENA DE CONDUÇÃO COERCITIVA PELAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR;COERCITIVA PELAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR;

► a requisição de informações, exames periciais e a requisição de informações, exames periciais e documentos de autoridades públicas, órgãos da documentos de autoridades públicas, órgãos da administração direta e indireta e de entidades administração direta e indireta e de entidades privadas;privadas;

► a realização de inspeções e diligências a realização de inspeções e diligências investigatórias. investigatórias.

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Não atendimento às requisições Não atendimento às requisições configura crime:configura crime:

► Art. 10 LACP “Constitui crime, punido com pena de Art. 10 LACP “Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de dez a mil Obrigações do Tesouro Nacional – OTN, a dez a mil Obrigações do Tesouro Nacional – OTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.”;civil, quando requisitados pelo Ministério Público.”;

► Não configura o crime – art. 8Não configura o crime – art. 8º, §2º LACP: º, §2º LACP: “Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, “Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.ao juiz requisitá-los.

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TAC – Termo de Ajuste de Conduta:TAC – Termo de Ajuste de Conduta:

► Trata-se deTrata-se de compromisso firmado por quem atentou aos interesse difusos, compromisso firmado por quem atentou aos interesse difusos, coletivos ou individuais homogêneos;coletivos ou individuais homogêneos;

► Configura verdadeira confissão e pode ter repercussão na seara criminal e Configura verdadeira confissão e pode ter repercussão na seara criminal e pode ser usado pelos demais co-legitimados;pode ser usado pelos demais co-legitimados;

► Tem natureza jurídica de título executivo extrajudicial, dispensando o Tem natureza jurídica de título executivo extrajudicial, dispensando o processo de conhecimento;processo de conhecimento;

► Não é transação, porque os interesses em jogo são indisponíveis e não Não é transação, porque os interesses em jogo são indisponíveis e não pertencem ao titular da ação;pertencem ao titular da ação;

► Evita mas não impede ação coletiva;Evita mas não impede ação coletiva;

► Pode ser celebrado no Inquérito Civil ou fora dele;Pode ser celebrado no Inquérito Civil ou fora dele;► O membro do “parquet” define os seus termos, sujeitando-o a O membro do “parquet” define os seus termos, sujeitando-o a

controle do Conselho Superior do Ministério Público.controle do Conselho Superior do Ministério Público.

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Controle do Inquérito Civil:Controle do Inquérito Civil:► ““Art. 9Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas

as diligências, se convencer da inexistência de as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente.informativas, fazendo-o fundamentadamente.

► §1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação §1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público.do Ministério Público.

► §2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, §2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação.”às peças de informação.”

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SOLUÇÕES POSSÍVEIS NO SOLUÇÕES POSSÍVEIS NO CSMP:CSMP:

►Homologação do arquivamento;Homologação do arquivamento;►Conversão do julgamento em Conversão do julgamento em

diligência;diligência;►Determinação de propositura da Determinação de propositura da

Ação.Ação.

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Burla ao controle do CSMP:Burla ao controle do CSMP:

►alguns membros do “parquet” costumam alguns membros do “parquet” costumam modificar o nome atribuído ao inquérito modificar o nome atribuído ao inquérito civil, chamando-o de protocolado, civil, chamando-o de protocolado, procedimento preparatório, etc., como procedimento preparatório, etc., como forma de evitar o controle. forma de evitar o controle.

►Qualquer expediente que possa motivar Qualquer expediente que possa motivar a propositura de ACP está sujeito ao a propositura de ACP está sujeito ao controle do CSMP.controle do CSMP.

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Processo ColetivoProcesso Coletivo►Código de Defesa do Consumidor:Código de Defesa do Consumidor:

►Disposições Gerais: arts.81 a 90, CDC;Disposições Gerais: arts.81 a 90, CDC;►Ações Coletivas para a Defesa de Direitos Ações Coletivas para a Defesa de Direitos

Individuais Homogêneos: arts.91 a 100, Individuais Homogêneos: arts.91 a 100, CDC;CDC;

►Responsabilidade do Fornecedor: arts.101 e Responsabilidade do Fornecedor: arts.101 e 102, CDC;102, CDC;

►Coisa Julgada: arts.103 e 104, CDC.Coisa Julgada: arts.103 e 104, CDC.

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Legitimidade Ativa (art.82, CDC):Legitimidade Ativa (art.82, CDC):

A legitimidade trazida pelo CDC é A legitimidade trazida pelo CDC é concorrente concorrente e disjuntivae disjuntiva, porque há total independência , porque há total independência entre os legitimados para a propositura de ação entre os legitimados para a propositura de ação coletiva. Não há privilégio entre os legitimados coletiva. Não há privilégio entre os legitimados e um não depende da anuência do outro, para e um não depende da anuência do outro, para propor a ação.propor a ação.

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Legitimidade Ativa para a ação Legitimidade Ativa para a ação coletiva:coletiva:

► de acordo com o art.82 do CDC e art.21 da LACP, de acordo com o art.82 do CDC e art.21 da LACP, taxativamentetaxativamente, são legitimados para a propositura de , são legitimados para a propositura de ação em defesa de interesses metaindividuais:ação em defesa de interesses metaindividuais: o Ministério Público;o Ministério Público; as pessoas jurídicas de direito público da administração direta: as pessoas jurídicas de direito público da administração direta:

União, Estados, Distrito Federal e Municípios;União, Estados, Distrito Federal e Municípios; as pessoas jurídicas de direito público ou privado da as pessoas jurídicas de direito público ou privado da

administração indireta: autarquias, empresas públicas, fundações administração indireta: autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista;e sociedades de economia mista;

as associações civis constituídas há pelos menos um ano, com as associações civis constituídas há pelos menos um ano, com finalidades institucionais compatíveis com os interesses finalidades institucionais compatíveis com os interesses postulados em juízo. postulados em juízo.

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Legitimidade Ativa para a ação Legitimidade Ativa para a ação coletiva:coletiva:

► Legitimação Ativa na Ação Coletiva (cont.):Legitimação Ativa na Ação Coletiva (cont.): mesmo não possuindo personalidade jurídica, o ente mesmo não possuindo personalidade jurídica, o ente

público ou associação possui legitimidade;público ou associação possui legitimidade; os partidos políticos com representação no Congresso os partidos políticos com representação no Congresso

Nacional podem propor apenas Nacional podem propor apenas Mandado de Segurança Mandado de Segurança ColetivoColetivo (segundo Prof. Ricardo de Barros Leonel, não (segundo Prof. Ricardo de Barros Leonel, não têm legitimidade para propor Ação Civil Pública);têm legitimidade para propor Ação Civil Pública);

Cidadão comum só pode propor Cidadão comum só pode propor Ação PopularAção Popular, também , também não tem legitimidade para Ação Civil Pública;não tem legitimidade para Ação Civil Pública;

Pertinente Ação Civil Pública defendendo direito do Pertinente Ação Civil Pública defendendo direito do consumidor em face das concessionárias prestadoras de consumidor em face das concessionárias prestadoras de serviços públicos (segundo correntes doutrinárias);serviços públicos (segundo correntes doutrinárias);

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Legitimação concorrente é Legitimação concorrente é disjuntiva:disjuntiva:

Parte da doutrina entende que é extraordinária;Parte da doutrina entende que é extraordinária; Parte da doutrina defende que a legitimidade Parte da doutrina defende que a legitimidade

ativa é ativa é concorrente e disjuntiva:concorrente e disjuntiva:►Concorrente: Concorrente: qualquer um dos legitimados pode qualquer um dos legitimados pode

propor a ação;propor a ação;►Disjuntiva: Disjuntiva: qualquer legitimado atua qualquer legitimado atua

independentemente da atuação do outro.independentemente da atuação do outro.

Quando Ministério Público não é autor, atua Quando Ministério Público não é autor, atua enquanto enquanto “custus legis”.“custus legis”.

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Legitimidade do MP, art. 82, I do Legitimidade do MP, art. 82, I do CDC:CDC:

► Ministério Público (art.82, I, CDC):Ministério Público (art.82, I, CDC):► Obrigatoriedade temperada, pois tem que verificar a conveniência e a Obrigatoriedade temperada, pois tem que verificar a conveniência e a

oportunidade,podendo arquivar o IC instaurado;oportunidade,podendo arquivar o IC instaurado;► A legitimidade é atribuída ao Ministério Público como um todo. Não há A legitimidade é atribuída ao Ministério Público como um todo. Não há

limitação territorial para atuação. O interesse processual transcende o limitação territorial para atuação. O interesse processual transcende o individual;individual;

► Apesar da expressa previsão de atuação do Ministério público em defesa Apesar da expressa previsão de atuação do Ministério público em defesa de interesses individuais homogêneos, há corrente contrária a essa tese, de interesses individuais homogêneos, há corrente contrária a essa tese, que afirma sua inconstitucionalidade, por não constar do art.129, III, CF;que afirma sua inconstitucionalidade, por não constar do art.129, III, CF;

► A nosso ver o MP pode defender sim os direitos individuais homogêneos, A nosso ver o MP pode defender sim os direitos individuais homogêneos, porque a matéria pode ser prevista por lei infraconstitucional.porque a matéria pode ser prevista por lei infraconstitucional.

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LEGITIMIDADE ATIVA:LEGITIMIDADE ATIVA:► União, Estados, Municípios e Distrito Federal (art.82, II,CDC):União, Estados, Municípios e Distrito Federal (art.82, II,CDC):

Para estes legitimados a lei não impõe qualquer exigência. A Para estes legitimados a lei não impõe qualquer exigência. A representação em juízo se dará nos moldes do art.121, CPC.representação em juízo se dará nos moldes do art.121, CPC.

Para intentar a Ação Coletiva basta que seja identificado o interesse Para intentar a Ação Coletiva basta que seja identificado o interesse que transcenda o individual.que transcenda o individual.

Também não há limitação territorial para interposição de ação.Também não há limitação territorial para interposição de ação.

► Órgãos Públicos sem personalidade jurídica (art.82, III, CDC):Órgãos Públicos sem personalidade jurídica (art.82, III, CDC):

Tal disposição trazida pelo Código de Defesa do Tal disposição trazida pelo Código de Defesa do Consumidor teve por intuito prestigiar os PROCONs, Consumidor teve por intuito prestigiar os PROCONs, atribuindo-lhes legitimidade para a defesa de interesses atribuindo-lhes legitimidade para a defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos.difusos, coletivos e individuais homogêneos.

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Processo ColetivoProcesso Coletivo► Associações Civis (art.82, IV, CDC): Associações Civis (art.82, IV, CDC): hhá a imposição de á a imposição de

duas condições para que as associações possam propor ação coletiva duas condições para que as associações possam propor ação coletiva para defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, para defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, são elas:são elas: Estar constituídas legalmente há pelo menos 1 (um) ano;Estar constituídas legalmente há pelo menos 1 (um) ano; Que conste entre suas finalidades institucionais a defesa do interesse que será Que conste entre suas finalidades institucionais a defesa do interesse que será

tutelado (alguns defendem que basta a previsão de defesa de interesses tutelado (alguns defendem que basta a previsão de defesa de interesses difusos e coletivos; outros rebatem argüindo a necessidade de previsão difusos e coletivos; outros rebatem argüindo a necessidade de previsão específica).específica).

Quando da propositura da ação, a associação não está obrigada a Quando da propositura da ação, a associação não está obrigada a apresentar rol de associados. Porém, terá que fazê-lo quando estiver apresentar rol de associados. Porém, terá que fazê-lo quando estiver agindo em nome próprio para defesa de interesses alheios.agindo em nome próprio para defesa de interesses alheios.

O requisito da constituição há pelo menos 1 (um) ano, algumas vezes é O requisito da constituição há pelo menos 1 (um) ano, algumas vezes é dispensado (dispensado (§1º, art.82, CDC)§1º, art.82, CDC), mas quando da impetração de Mandado , mas quando da impetração de Mandado de Segurança terá que ser cumprido, em decorrência da previsão de Segurança terá que ser cumprido, em decorrência da previsão expressa trazida pelo art.5expressa trazida pelo art.5º, LXX, CF.º, LXX, CF.

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Processo ColetivoProcesso Coletivo► Pertinência Temática:Pertinência Temática:

Tendo em vista que o Ministério Público defende os interesses da sociedade, ele é Tendo em vista que o Ministério Público defende os interesses da sociedade, ele é presumido presumido “jure et de jure”“jure et de jure”, sendo habilitado para a defesa de interesses coletivos , sendo habilitado para a defesa de interesses coletivos “lato sensu”“lato sensu”. Por isso, não há que se falar na exigência de pertinência temática nos . Por isso, não há que se falar na exigência de pertinência temática nos casos por ele assegurado.casos por ele assegurado.

Em contrapartida, o mesmo não ocorre em relação às pessoas jurídicas da Em contrapartida, o mesmo não ocorre em relação às pessoas jurídicas da administração direta ou indireta. A legitimidade para a defesa de interesses só será administração direta ou indireta. A legitimidade para a defesa de interesses só será verificada quando da constação de pertinência temática na análise do caso verificada quando da constação de pertinência temática na análise do caso concreto.concreto.

► Municípios e Estados = só atuam em seu âmbito territorial;Municípios e Estados = só atuam em seu âmbito territorial;► Ministério Público Estadual = não possui limitação, por ser uno e indivisível (salvo Ministério Público Estadual = não possui limitação, por ser uno e indivisível (salvo

art.5º, §5º da Lei 7347/85 – inconstitucional);art.5º, §5º da Lei 7347/85 – inconstitucional);► Associações e Sindicatos = atuação limitada às finalidades institucionais Associações e Sindicatos = atuação limitada às finalidades institucionais

(legitimação extraordinária);(legitimação extraordinária);

Pode haver autorização assemblear para conferir a pertinência temática.Pode haver autorização assemblear para conferir a pertinência temática.

Possuindo legitimidade extraordinária não há habilitação para a defesa de Possuindo legitimidade extraordinária não há habilitação para a defesa de interesses coletivos.interesses coletivos.

Page 28: DIREITO PROCESSUAL COLETIVO. OBJETIVOS ► A ordem jurídica reconhece a necessidade de que, em matéria de interesses transindividuais, “o acesso individual

Processo ColetivoProcesso Coletivo► Legitimidade Passiva:Legitimidade Passiva:

Pode constar enquanto sujeito passivo em ação coletiva:Pode constar enquanto sujeito passivo em ação coletiva:► pessoa jurídica de direito público (administração direta ou indireta);pessoa jurídica de direito público (administração direta ou indireta);► Pessoa jurídica de direito privado;Pessoa jurídica de direito privado;► Pessoa física.Pessoa física.

Obs.: Ministério Público não pode figurar como sujeito passivo.Obs.: Ministério Público não pode figurar como sujeito passivo.

► Competência para propositura de ação (art.2Competência para propositura de ação (art.2º, LACP e art.93, CDC)º, LACP e art.93, CDC)::► Foro do local do dano – competência territorial ABSOLUTA;Foro do local do dano – competência territorial ABSOLUTA;► Danos em várias localidades = prevenção.Danos em várias localidades = prevenção.

► Rito:Rito:► Ordinário;Ordinário;► Lei de Improbidade = procedimento especial.Lei de Improbidade = procedimento especial.

Page 29: DIREITO PROCESSUAL COLETIVO. OBJETIVOS ► A ordem jurídica reconhece a necessidade de que, em matéria de interesses transindividuais, “o acesso individual

Processo ColetivoProcesso Coletivo► Intervenção de Terceiros:Intervenção de Terceiros:

► Nomeação à autoriaNomeação à autoria = correção do pólo passivo da ação, onde o demandado = correção do pólo passivo da ação, onde o demandado apresenta o real responsável pelo bem;apresenta o real responsável pelo bem;

► OposiçãoOposição = ação incidental proposta por terceiro alheio ao processo que possui = ação incidental proposta por terceiro alheio ao processo que possui interesse no objeto em litígio;interesse no objeto em litígio;

► Denunciação da lideDenunciação da lide = ampliação subjetiva e objetiva da demanda, na qual um = ampliação subjetiva e objetiva da demanda, na qual um terceiro responsável é denunciado, gerando título para regresso do denunciante;terceiro responsável é denunciado, gerando título para regresso do denunciante;

► Chamamento ao processoChamamento ao processo = ampliação subjetiva da demanda, visando trazer = ampliação subjetiva da demanda, visando trazer responsável solidário que não figurava no pólo passivo;responsável solidário que não figurava no pólo passivo;

► Assistência SimplesAssistência Simples = interessado que pretende participar da demanda, seja no = interessado que pretende participar da demanda, seja no pólo passivo ou ativo, com o intuito de obter sentença favorável, porém sem ser pólo passivo ou ativo, com o intuito de obter sentença favorável, porém sem ser atingido diretamente pela ;atingido diretamente pela ;

► Assistência LitisconsorcialAssistência Litisconsorcial = interessado que pretende participar da demanda, = interessado que pretende participar da demanda, seja no pólo passivo ou ativo, com o intuito de obter sentença favorável, seja no pólo passivo ou ativo, com o intuito de obter sentença favorável, aproveitando os seus efeitos.aproveitando os seus efeitos.

A sentença no processo coletivo pode atingir interessados que não figurem no pólo passivo A sentença no processo coletivo pode atingir interessados que não figurem no pólo passivo ou ativo. Assim, prescindindo a presença de todos os legitimados, não quer dizer que estes ou ativo. Assim, prescindindo a presença de todos os legitimados, não quer dizer que estes não serão alcançados pela decisão.não serão alcançados pela decisão.

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO COLETIVOFORMA/CABIMENTO SIM NÃO

OPOSIÇÃO Mas é difícil de cogitar no caso concreto.

 

NOMEAÇÃO À AUTORIA

É ainda mais difícil de ser cogitada, quando comparada à oposição.

 

    A maioria da doutrina entende que não é

cabível, mas existem divergências.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

  É plenamente admissível, sendo extremamente útil

no processo coletivo.

 

CHAMAMENTO AO PROCESSO

  Se o assistente é legitimado para propor a ação

coletiva na qual pretende intervir.

Quando o interveniente não tem legitimidade para ação coletiva ou não tem interesse no

processo.

ASSISTÊNCIA SIMPLES E

LITISCONSORCIAL

Processo ColetivoProcesso Coletivo

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Processo ColetivoProcesso Coletivo► Conexão, Continência, Litispendência e Coisa Conexão, Continência, Litispendência e Coisa

Julgada nas Ações Coletivas:Julgada nas Ações Coletivas:

► Conexão (art.103, CPC): Conexão (art.103, CPC): identidade de pedido identidade de pedido ouou causa de pedir; causa de pedir;► Continência (art.104,CPC): Continência (art.104,CPC): identidade de partes e de causa de identidade de partes e de causa de

pedir; sendo que o pedido de uma se apresenta de maneira mais pedir; sendo que o pedido de uma se apresenta de maneira mais ampla, abrangendo o outro;ampla, abrangendo o outro;

► Litispendência (art.301, V, Litispendência (art.301, V, §§ 1° e 2°, CPC): §§ 1° e 2°, CPC): tríplice identidade, de tríplice identidade, de partes, pedido e causa de pedir;partes, pedido e causa de pedir;

► Coisa Julgada Coisa Julgada (art.301, VI, (art.301, VI, §§ 1° e 2°, CPC): §§ 1° e 2°, CPC): propositura de ação propositura de ação idêntica a outra com sentença e transitada em julgado.idêntica a outra com sentença e transitada em julgado.

A análise destes institutos deve ocorrer levando-se em consideração a A análise destes institutos deve ocorrer levando-se em consideração a condição jurídica das partes, já que a ação coletiva pode ser intentada de condição jurídica das partes, já que a ação coletiva pode ser intentada de maneira disjuntiva por seus legitimados ativos e ainda, se mostra de maneira disjuntiva por seus legitimados ativos e ainda, se mostra de maneira muito abrangente quanto a possibilidade de inclusão de maneira muito abrangente quanto a possibilidade de inclusão de legitimados no pólo passivo.legitimados no pólo passivo.Portanto, a verificação de incidência destes institutos é muito mais fácil de Portanto, a verificação de incidência destes institutos é muito mais fácil de ser constatada nas ações coletivas.ser constatada nas ações coletivas.

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Processo ColetivoProcesso Coletivo► Coisa Julgada Coisa Julgada “Secundum Eventum Litis” “Secundum Eventum Litis” e e

“In Utilibus”“In Utilibus” (art.103 e 104, CDC): (art.103 e 104, CDC):

A coisa julgada no processo coletivo deve se dar de A coisa julgada no processo coletivo deve se dar de forma abrangente, pois atinge a terceiros que podem forma abrangente, pois atinge a terceiros que podem não ter integrado diretamente do processo. Isto ocorre não ter integrado diretamente do processo. Isto ocorre em virtude de que eles estào sendo representados pelos em virtude de que eles estào sendo representados pelos legitimados legais.legitimados legais.

► ““Secundum Eventum Litis” = Secundum Eventum Litis” = segundo o resultado da lide. A coisa segundo o resultado da lide. A coisa julgada será assim considerada quando em casos de julgada será assim considerada quando em casos de improcedência (insuficiência de prova), a sentença não faz coisa improcedência (insuficiência de prova), a sentença não faz coisa julgada. A coisa julgada só se concretizará quando a improcedência julgada. A coisa julgada só se concretizará quando a improcedência for verificada por pedido infundado e seu julgamento for pela for verificada por pedido infundado e seu julgamento for pela procedência;procedência;

► ““In Utilbus” = In Utilbus” = beneficia pessoas que não podem ter o direito beneficia pessoas que não podem ter o direito individual prejudicado pela improcedência da ação coletivaindividual prejudicado pela improcedência da ação coletiva

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Processo ColetivoProcesso Coletivo

RESULTADO CONSEQUÊNCIA

PROCEDÊNCIA Os efeitos da sentença atingirão toda a comunidade, assim como os indivíduos na sua esfera jurídica

singular.

IMPROCEDÊNCIA POR SER O PEDIDO

INFUNDADO

Os efeitos da sentença atingirão toda a

comunidade, impossibilitando a propositura de

ação idêntica, sendo possível, entretanto,

a propositura de ações individuais.

IMPROCEDÊNCIA POR INSUFICIÊNCIA DE

PROVAS

A questão não poderá ser deduzida mais naquela ação, podendo ser proposta outra ação, caso sejam

encontradas novas provas.

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Processo ColetivoProcesso Coletivo► Coisa Julgada em ações envolvendo interesses difusos: Coisa Julgada em ações envolvendo interesses difusos: com exceção de com exceção de

insuficiência de provas, as ações procedentes ou improcedentes gerarão efeitos insuficiência de provas, as ações procedentes ou improcedentes gerarão efeitos “erga omnes”. “erga omnes”. Sendo o pedido infundado, na ocorrência de procedência ou improcedência haverá Sendo o pedido infundado, na ocorrência de procedência ou improcedência haverá coisa julgada material. coisa julgada material. Nos casos de improcedência o resultado não atingirá os interesses individuais.Nos casos de improcedência o resultado não atingirá os interesses individuais.Quando da improcedência por insuficiência de prova = coisa julgada formal.Quando da improcedência por insuficiência de prova = coisa julgada formal.

► Sentença Penal Condenatória: Sentença Penal Condenatória: quando transitada em julgada em decorrência de quando transitada em julgada em decorrência de crimes relacionados a interesses metaindividuais, possibilita a liquidação e execução crimes relacionados a interesses metaindividuais, possibilita a liquidação e execução coletiva ou individual, contra as pessoas condenadas. Ex: crimes ambientais e coletiva ou individual, contra as pessoas condenadas. Ex: crimes ambientais e contra o consumidor.contra o consumidor.A sentença só poderá recair sobre pessoa jurídica quando esta houver sido A sentença só poderá recair sobre pessoa jurídica quando esta houver sido condenada nos autos da ação penal.condenada nos autos da ação penal.

► Coisa Julgada em ações envolvendo interesses coletivos: Coisa Julgada em ações envolvendo interesses coletivos: em sentenças de em sentenças de procedência ou improcedência, quando o pedido for infundado, os efeitos serão procedência ou improcedência, quando o pedido for infundado, os efeitos serão limitados ao grupo, categoria ou classe, isto é, terão efeitos limitados ao grupo, categoria ou classe, isto é, terão efeitos “ultra partes”. “ultra partes”. Isto não se Isto não se aplica às sentenças de improcedência por insuficiência de provasaplica às sentenças de improcedência por insuficiência de provas

► Coisa Julgada em ações envolvendo interesses individuais homogêneos: Coisa Julgada em ações envolvendo interesses individuais homogêneos: sentenças de procedência terão efeitos sentenças de procedência terão efeitos “erga omnes”; “erga omnes”; enquanto as de enquanto as de improcedência, não.improcedência, não.