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DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL Profa. CARLA ROCHA PORDEUS

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DIREITO PROCESSUAL

CONSTITUCIONAL

Profa. CARLA ROCHA PORDEUS

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETOÉ possível a superação total ou parcial do veto pelo

Congresso Nacional, podendo ser assim:

a) superação total de um veto total (o Presidente da República vetou integralmente o projeto de lei

e o Congresso Nacional superou integralmente o veto imposto);

b) superação parcial de um veto total (o Presidente da República vetou integralmente o projeto de lei e o Congresso Nacional superou o veto apenas em relação a certos dispositivos, mantendo-o em

relação a outros dispositivos do projeto de lei);

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETOc) superação total de um veto parcial

(o Presidente da República vetou apenas parte dos dispositivos do projeto de lei e o Congresso Nacional superou integralmente o veto, em relação a todos os dispositivos vetados);

d) superação parcial de um veto parcial (o Presidente da República vetou apenas parte dos dispositivos do projeto de lei e o Congresso Nacional superou o veto apenas em relação a certos dispositivos, mantendo-o em relação a outros dispositivos do projeto de lei);

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETO

Se o veto for mantido, o projeto será arquivado, não havendo possibilidade de nova e posterior análise por parte do Poder Legislativo desse mesmo veto. Significa dizer que, assim como o veto, a sua apreciação pelo Poder Legislativo também é irretratável.

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETO

As características do veto no Direito Brasileiro são:a)expresso - pois deve ser uma manifestação

expressa do Presidente da República, visto que osilêncio do Chefe do Executivo, no prazo estabelecido para o veto, implica na sanção tácita e não no veto tácito;

b)formal – o veto deve ser feito por escrito;c)motivado – o veto é obrigatoriamente motivado,

podendo ser por motivo formal ou material;

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PROCESSO LEGISLATIVOVETO

As características do veto no Direito Brasileiro são:d) supressivo – o veto é sempre supressivo, visto

que o Chefe do Executivo somente poderá determinar a erradicação de dispositivos constantes do projeto de lei, não existindo a possibilidade de adicionar-se algo ao projeto aprovado pelo Legislativo.

e) superável ou relativo – o veto não é ato de caráter absoluto, que encerra, de maneira definitiva, o processo legislativo em relação aos dispositivos vetados. Esses poderão ser restabelecidos, por deliberação do Congresso Nacional (superação do veto).

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETOO veto não tem o objetivo de suspender a entrada em vigor da lei – até porque o veto não incide sobre a lei, mas sobre mero projeto de lei, mas sim o de retardar o processo legislativo, impondo a obrigatoriedade de reapreciação da matéria pelo Congresso Nacional;

f) irretratável – manifestada a discordância do Presidente da República e comunicadas as suasrazões ao Presidente do Senado Federal, essa opinião torna-se insuscetível de alteração por parte do Chefe do Executivo;

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PROCESSO LEGISLATIVO

VETO

g) insuscetível de apreciação judicial – o veto é ato político do Chefe do Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do Poder Público, para fim de controle judicial. Não é possível haver controle judicial das razões do veto.

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PROCESSO LEGISLATIVO

FASE COMPLEMENTARNa fase complementar acontece a promulgação e a publicação da lei. Não integra propriamente o processo de elaboração da lei, visto que incidem sobre atos que são leis, desde a sanção ou superação do veto.

PROMULGAÇÃOAto solene que atesta a existência da lei, inovando a ordem jurídica. A promulgação incide sobre a lei pronta, declarando a sua potencialidade para produzir efeitos. Em outras palavras: a lei nasce com a sanção, mas tem sua existência declarada pela promulgação.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROMULGAÇÃOA promulgação, em princípio, cabe ao Chefe do Executivo, por ser ato ligado à execução da lei.

Entretanto, há hipóteses em que a promulgação poderá se feita pelo Legislativo, diante da omissão do Presidente da República. Essa hipótese se dá quando existe a sanção tácita e de superação do veto caso o Presidente da República não formalize a promulgação no prazo de 48 horas.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROMULGAÇÃOExistem, ainda, casos em que a promulgação é ato de competência originária do Poder Legislativo, vejamos:

Emendas à Constituição será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Decretos legislativos, ato privativo do Congresso Nacional, será promulgado pelo Presidente do Congresso Nacional (que, em verdade, é o Presidente do Senado Federal).

Resoluções são promulgadas pelo Presidente do órgão que a edita.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PUBLICAÇÃO

A publicação é requisito para que a lei entre em vigor e que tenha eficácia. Atualmente, realiza-sepela inserção da lei no Diário Oficial.

A publicação é uma comunicação dirigida a todos que devem cumprir a lei, informando-os a sua existência.

Na CF não há prazo estabelecido para o ato de publicação da lei.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIOEm termos de procedimentos e etapas o processo legislativo sumário não apresenta diferença do processo legislativo ordinário, que foi explicado anteriormente. Porém, o processo legislativo sumário contém prazo fixado na CF/88 para que as Casas do Congresso Nacional deliberem sobre o projeto apresentado.A CF/88 disciplina o processo legislativo sumário ou de urgência no art. 64, § 1º. Afirmando que o Presidente da República poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO

São dois, os pressupostos para a instalação do processo legislativo sumário:

projeto de lei apresentado pelo Chefe do Executivo (não é necessário que a matéria seja de sua iniciativa privativa, basta que o projeto seja por ele apresentado);

solicitação de urgência pelo Chefe do Executivo.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO

O processo legislativo, quando solicitado urgência pelo Presidente da República, deve findar-se noprazo máximo de 100 dias (45 dias na Câmara, 45 dias no Senado e mais dez dias para a Câmara apreciar as emendas dos senadores, se houver), desconsiderando os períodos de recesso do Congresso Nacional.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO

Se as casas não se manifestarem, cada qual sucessivamente em até 45 dias, o projeto de leiapresentando pelo Presidente da República trancará a pauta das deliberações legislativas das respectivas casas, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO A CF determina que o processo legislativo

sumário (ou de urgência) não poderá ser aplicado aos projetos de códigos, como por exemplo o Código Penal.

O regime de urgência constitucional não exclui o pedido de urgência para apreciação de determinado projeto de lei no âmbito das casas do Congresso Nacional, na forma estabelecida nos respectivos regimentos.

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PROCESSO LEGISLATIVO

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO Art. 152. Urgência é a dispensa de exigências, interstícios ou

formalidades regimentais, salvo as referidas no § 1o deste artigo, para que determinada proposição, nas condições previstas no inciso I do artigo antecedente, seja de logo considerada, até sua decisão final.

§ 1o Não se dispensam os seguintes requisitos: I - publicação e distribuição, em avulsos ou por cópia, da

proposição principal e, se houver, das acessórias; II - pareceres das Comissões ou de Relator designado; III - quórum para deliberação. § 2o As proposições urgentes em virtude da natureza da matéria ou

de requerimento aprovado pelo Plenário, na forma do artigo subseqüente, terão o mesmo tratamento e trâmite regimental.

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PROCESSO LEGISLATIVO

ESPÉCIES NORMATIVAS

Com exceção das emendas constitucionais(que tem a capacidade de produzir normas de caráter constitucional) pode-se falar em hierarquia entre as espécies normativas?

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PROCESSO LEGISLATIVO

ESPÉCIES NORMATIVAS

Emendas Constitucionais - fruto da ação do poder constituinte derivado reformador, através do qual se altera o trabalho do poder constituinte originário, pelo acréscimo, modificação ou supressão de normas.

Ao contrário do poder constituinte originário, que é juridicamente ilimitado, o poder constituinte derivado é condicionado, submetendo-se a algumas limitações expressamente previstas.

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PROCESSO LEGISLATIVO

AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

AUSÊNCIA DE INICIATIVA POPULAR

AUSÊNCIA DE INICIATIVA EXCLUSIVA

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PROCESSO LEGISLATIVO

PEC PARALELA – sob pena de vício de inconstitucionalidade