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Direito Processual do Trabalho para Concursos

Direito Processual do Trabalho para Concursos · “Artigo 791 da CLT ... “Artigo 300 do CPC - Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões

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Direito Processual do

Trabalho para Concursos

PRÍNCIPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Princípio do Devido Processo

Legal

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:” “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o

devido processo legal.”

Princípio do Direito de Ação

(Inafastabilidade do Controle

Jurisdicional)

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:”

“XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”

Princípio da Igualdade ou

Isonomia

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:”

Princípio da Ampla Defesa e

do Contraditório

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:”

“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla

defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”

Princípio do Juiz e do

Promotor Natural “Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a

lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”

“XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;”

“LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.”

“Súmula 136 do TST - Não se aplica às Varas do Trabalho o

princípio da identidade física do Juiz.”

Princípio do Duplo Grau de

Jurisdição

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a

lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”

“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos

acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”

Princípio da Impugnação

Especificada “Artigo 302 do CPC - Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre

os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:

I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a

lei considerar da substância do ato; III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

“Artigo 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar

pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

§1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou

provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. §2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por

advogado.”

Princípio da Motivação das

Decisões

“Artigo 93 da Constituição Federal - Lei complementar, de

iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:”

“IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão

públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a

presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;”

Princípio da Extrapetição

“Artigo 128 do CPC - O juiz decidirá a lide nos limites em que foi

proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.”

“Artigo 460 do CPC - É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu

em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

“Parágrafo único - A sentença deve ser certa, ainda quando

decida relação jurídica condicional.”

Princípio do Dispositivo ou

Inquisitivo (Inércia)

“Artigo 2º do CPC – Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.”

“Artigo 856 da CLT - A instância será instaurada mediante representação

escrita ao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoria da Justiça do

Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho.”

“Artigo 878 da CLT - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal

competente, nos termos do artigo anterior.” “Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.”

Princípio da Economia

Processual

Tem por finalidade obter o máximo resultado com o menor esforço, busca atingir o ideal de justiça rápida, barata e justa. A economia processual é

analisada sob quatro aspectos, economia de tempo, economia de custos, economia de atos e eficiência da administração judiciária.

Princípio da Celeridade

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”

“LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua

tramitação.”

Princípio da Concentração

dos Atos Processuais

“Artigo 849 da CLT - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força

maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida,

independentemente de nova notificação.”

“Artigo 852-C da CLT - As demandas sujeitas a rito sumaríssimo

serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá

ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.”

Princípio da Eventualidade

ou da Preclusão

“Artigo 300 do CPC - Compete ao réu alegar, na contestação,

toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas

que pretende produzir.”

“Artigo 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho,

exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.”

Princípio da Oralidade

“Artigo 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

“§1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura

do reclamante ou de seu representante. “§2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2

(duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo

anterior.”

Princípio da Boa-fé ou Lealdade

Processual

“Artigo 16 do CPC - Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.”

“Artigo 17 do CPC - Reputa-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidentes manifestamente infundados;

VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.”

“Artigo 18 do CPC - O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária

dos prejuízos que esta sofreu, mais honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. §1º - Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção

do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

§ 2º - O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20%

(vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.”

Princípio do Ônus da Prova

“Artigo 818 da CLT - A prova das alegações incumbe à parte que

as fizer.”

“Artigo 333 do CPC - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.”

“Súmula 212 do TST - O ônus de provar o término do contrato de

trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade

da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.”

EXERCÍCIOS X

Exercícios

1. Com relação aos princípios afetos ao processo do trabalho, assinale a opção correta. (Defensor Público – CESPE - Maranhão – 2011).

(A) Em atendimento ao princípio da identidade física do juiz, a lei determina

que a competência para proferir a sentença é do juiz que colheu a prova. (B) Conforme estabelece o princípio do jus postulandi, os empregados e os

empregadores deverão reclamar por meio de advogado perante a justiça do trabalho e acompanhar suas reclamações.

(C) De acordo com o princípio da impugnação especificada, o reclamado deve manifestar-se, precisa e especificadamente, sobre os fatos narrados na

petição inicial, não se admitindo a defesa por negação geral. (D) Em atenção ao princípio da extrapetição, a lei permite sempre que o juiz

condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial. (E) Consoante o princípio do dispositivo, o magistrado está impedido de

instaurar de ofício, o processo trabalhista.

Exercícios

2. Com relação ao princípio da inércia jurisdicional no âmbito da justiça do trabalho, assinale a opção correta: (OAB – CESPE - Nacional - 2009).

(A) O juiz não pode promover, de ofício, a execução.

(B) Tratando-se de decisões dos tribunais regionais, a execução deverá ser promovida, necessariamente, pelo advogado da parte credora.

(C) A execução poderá ser promovida de ofício. (D) A execução, no âmbito da justiça do trabalho, terá início somente quando a

parte interessada requerer o cumprimento da sentença.

Exercícios

3. Quando a lei processual estabelece que compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende

produzir, está mencionando especificamente o Princípio da: (Técnico Judiciário – FCC – TRT/SC - 2010).

(A) inafastabilidade de jurisdição.

(B) boa-fé. (C) proteção.

(D) instrumentalidade ou da finalidade. (E) eventualidade.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – C 3 – E

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Organização da Justiça do

Trabalho

“Artigo 92 da Constituição Federal - São órgãos do Poder Judiciário:

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho.”

“Artigo 111 da Constituição Federal - São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juizes do Trabalho.”

Vara do Trabalho

As Varas do Trabalho, das quais fazem parte os Juízes do Trabalho, são os órgãos de primeiro grau da Justiça do Trabalho. A estes em regra, compete o conhecimento inicial dos litígios de natureza trabalhista. Anteriormente à Emenda Constitucional nº.

24/99, as Juntas de Conciliação e Julgamento possuíam a representação paritária ou classista, onde ao lado de juízes

togados, juízes leigos representantes de empregados e empregadores compunham o quadro de juízes da Justiça do

Trabalho. Posteriormente à Emenda Constitucional nº. 24/99, foi extinta a representação classista, e os órgãos de primeiro grau

passaram a ser monocráticos, e consequentemente deixaram de ser chamados de Junta de Conciliação e Julgamento, e passaram

a se chamar Varas do Trabalho.

Vara do Trabalho

“Artigo 116 da Constituição Federal - Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. ”

“Súmula 136 do TST - Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da

identidade física do juiz.”

Cada Vara compõe-se de um Juiz do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho Substituto, ambos nomeados pelo Presidente do TRT após aprovação em

concurso público. O juiz titular é fixo em uma Vara do Trabalho, o juiz substituto não. Os juízes do Trabalho ingressam na magistratura como juízes

substitutos, após aprovação em concurso público de provas e títulos realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho de cada região, e serão promovidos por

antiguidade e merecimento.

“Artigo 654 da CLT - O ingresso na magistratura do trabalho far-se-á para o cargo de juiz do trabalho substituto. As nomeações subsequentes por

promoção alternadamente, por antiguidade e merecimento.”

Vara do Trabalho

“Artigo 95 da Constituição Federal - Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos

demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Parágrafo único - Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades

públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do

afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.”

Tribunal Regional do

Trabalho “Artigo 115 da Constituição Federal - Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se

de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos

de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional

e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.

§1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites

territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

§2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à

justiça em todas as fases do processo.”

Tribunal Regional do

Trabalho “Artigo 93 da Constituição Federal - Lei complementar, de iniciativa do Supremo

Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco

membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a

outra metade por eleição pelo tribunal pleno.”

“Artigo 94 da Constituição Federal - Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de

notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sextupla pelos órgãos de representação das respectivas

classes. Parágrafo único - Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes

para nomeação.”

Tribunal Regional do

Trabalho

Atualmente existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho no país, sendo que os juízes dos Tribunais são designados pelo Presidente da República. A nomeação

dos juízes é feita após o oferecimento da lista tríplice feita pelos próprios Tribunais Regionais do Trabalho.

Os Tribunais são compostos de no mínimo 07 juízes do trabalho, sendo que

naqueles que possuem mais de 25 juízes, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros.

Tribunal Superior do

Trabalho

“Artigo 111-A da Constituição Federal - O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e

menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo

exercício, observado o disposto no art. 94; II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. §1º - A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

§2º - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,

cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do

Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.”

Tribunal Superior do

Trabalho

“Artigo 94 da Constituição Federal - Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de

notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sextupla pelos órgãos de representação das respectivas

classes. Parágrafo único - Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes

para nomeação.”

Tribunal Superior do Trabalho

“Artigo 58 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - O Tribunal funciona em sua plenitude ou dividido em Órgão Especial, Seções e Subseções Especializadas e Turmas.”

“Artigo 59 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - São órgãos do Tribunal

Superior do Trabalho: I - Tribunal Pleno;

II - Órgão Especial; III - Seção Especializada em Dissídios Coletivos;

IV - Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções; e V - Turmas;

Parágrafo único - São órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho - ENAMAT; e

II - Conselho Superior da Justiça do Trabalho - CSJT.”

“Artigo 60 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - Para a composição dos órgãos judicantes do Tribunal, respeitados os critérios de antiguidade e os estabelecidos neste

Capítulo, os Ministros poderão escolher a Seção Especializada e a Turma que desejarem integrar, podendo exercer o direito de permuta, salvo os Presidentes de Turma, que, para fazê-lo, deverão

previamente renunciar à Presidência do Colegiado. Parágrafo único - Cada Ministro comporá apenas uma Seção Especializada.”

Tribunal Superior do Trabalho

“Artigo 61 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - O Ministro empossado integrará os Órgãos do Tribunal onde se deu a vaga ou ocupará aquela resultante da transferência de Ministro, autorizada pelo art.

60.”

“Artigo 62 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - O Tribunal Pleno é constituído pelos Ministros da Corte.

§1º - Para o funcionamento do Tribunal Pleno é exigida a presença de, no mínimo, quatorze Ministros, sendo necessário maioria absoluta quando a deliberação tratar de:

I - escolha dos nomes que integrarão a lista destinada ao preenchimento de vaga de Ministro do Tribunal, observado o disposto no art. 4.º, §2.º, II;

II - aprovação de Emenda Regimental; III - eleição dos Ministros para os cargos de direção do Tribunal;

IV - aprovação, revisão ou cancelamento de Súmula ou de Precedente Normativo; e V - declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público.

§2º - Será tomada por dois terços dos votos dos Ministros do Órgão Especial a deliberação preliminar referente à existência de relevante interesse público que fundamenta a proposta de edição de Súmula, dispensadas as

exigências regimentais, nos termos previstos neste Regimento.”

“Artigo 63 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os sete Ministros mais antigos, incluindo os membros da direção, e sete Ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. Os Ministros integrantes do Órgão Especial

comporão também outras Seções do Tribunal. Parágrafo único - O quorum para funcionamento do Órgão Especial é de oito Ministros, sendo necessário

maioria absoluta quando a deliberação tratar de disponibilidade ou aposentadoria de Magistrado.”

Tribunal Superior do Trabalho

“Artigo 64 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - Integram a Seção Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e

mais seis Ministros. Parágrafo único - O quorum para o funcionamento da Seção Especializada em Dissídios Coletivos é de cinco

Ministros.”

“Artigo 65 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - A Seção Especializada em Dissídios Individuais é composta de vinte e um Ministros, sendo: o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o

Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais dezoito Ministros, e funciona em composição plena ou dividida em duas subseções para julgamento dos processos de sua competência.

§1º - O quorum exigido para o funcionamento da Seção de Dissídios Individuais plena é de onze Ministros, mas as deliberações só poderão ocorrer pelo voto da maioria absoluta dos integrantes da Seção.

§2º - Integram a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais quatorze Ministros: o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais onze Ministros, preferencialmente os

Presidentes de Turma, sendo exigida a presença de, no mínimo, oito Ministros para o seu funcionamento. §3º - Haverá pelo menos um e no máximo dois integrantes de cada Turma na composição da Subseção I

Especializada em Dissídios Individuais. §4º - Integram a Subseção II da Seção Especializada em Dissídios Individuais o Presidente e o Vice-Presidente do

Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais sete Ministros, sendo exigida a presença de, no mínimo, seis Ministros para o seu funcionamento. ”

“Artigo 66 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - As Turmas são constituídas, cada uma, por três Ministros, sendo presididas de acordo com os critérios estabelecidos pelos artigos 79 e 80 deste Regimento.

Parágrafo único - Para os julgamentos nas Turmas é necessária a presença de três Magistrados.”

Tribunal Superior do

Trabalho

As listas tríplices para o provimento dos cargos destinados aos Juízes da

magistratura trabalhista de carreira são elaboradas pelos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, não havendo o sistema de promoção por antiguidade ou merecimento. Ainda sim, mesmo que o juiz integre por três vezes seguidas ou

por cinco alternadas a lista de promoção, não será promovido obrigatoriamente. A Lei 7.701/88 dividiu o Tribunal Superior do Trabalho em:

pleno, seções de dissídios individuais e coletivos e turmas.

Os juízes são nomeados pelo Presidente da República, após prévia aprovação pela maioria do Senado Federal, e tornam-se vitalícios desde a posse.

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. São órgãos da Justiça do Trabalho. (Técnico Judiciário – FCC - Pernambuco – 2006).

(A) a Procuradoria da Justiça do Trabalho, os Juízes do Trabalho, os Tribunais

Federais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho. (B) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Superior

Tribunal de Justiça. (C) a Delegacia Regional do Trabalho, os Juízes do Trabalho, os Tribunais

Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho. (D) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, o Tribunal

Superior do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. (E) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal

Superior do Trabalho.

Exercícios

2. Os Tribunais Regionais do Trabalho terão um quinto de sua composição de advogados e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de:

(Técnico Judiciário – FCC – TRT/MA - 2009).

(A) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

(B) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente da República.

(C) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

(D) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

(E) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente da República.

Exercícios

3. Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão nomeados pelo Presidente: (Analista Judiciário – FCC – TRT/GO - 2008).

(A) da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

(B) da República, após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

(C) da República, após aprovação pela maioria relativa do Conselho Nacional de Justiça.

(D) do Supremo Tribunal Federal, após aprovação pela maioria relativa do Senado Federal.

(E) do Conselho Nacional de Justiça, após a aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

Exercícios

Gabarito

1 – E

2 – E 3 – A

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Competência da Justiça do

Trabalho

Segundo Sérgio Pinto Martins, “a competência é uma parcela da jurisdição atribuída a cada juiz. Consiste a competência na delimitação do poder

jurisdicional. É, portanto, o limite da jurisdição, a medida da jurisdição, a quantidade da jurisdição.” A competência é justamente o critério utilizado para distribuir as funções relativas ao desempenho da jurisdição entre os

vários órgãos do Poder Judiciário.

A jurisdição é o poder-dever do Estado de prestar a tutela jurisdicional a todo cidadão que tenha uma pretensão resistida por outrem, inclusive por parte de algum agente do próprio Poder Público. Como função estatal, é inegável que a jurisdição é uma. No entanto, o exercício prático da jurisdição é realizado por

diversos órgãos do Poder Judiciário.

Logo, a competência é a medida da jurisdição de cada órgão do Poder Judiciário.

Competência da Justiça do

Trabalho

A competência da Justiça do Trabalho quanto à matéria está prevista no artigo 114 da Constituição Federal, e é absoluta.

“Artigo 114 da Constituição Federal - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios; II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

Competência da Justiça do

Trabalho “Artigo 114 da Constituição Federal - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de

trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores

pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e

seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. §1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza

econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. §3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à

Justiça do Trabalho decidir o conflito.”

Competência da Justiça do

Trabalho

A competência em razão da pessoa se dá em julgar as controvérsias entre trabalhadores e empregadores, que são os envolvidos diretamente. A Justiça do

Trabalho também é competente para processar e julgar os litígios entre servidores celetistas e a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e seus

descentralizados (autarquias e fundações), conforme previsto no artigo 114, I da Constituição Federal. Essa espécie de competência é absoluta.

Da mesma forma, os servidores de cartórios extrajudiciais terão como competente para julgar eventuais litígios a Justiça do Trabalho, pois segundo o artigo 236 da Constituição

Federal, “os serviços notoriais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público”, e assim sendo, seus funcionários serão considerados

empregados.

Importante destacar também, que as ações ajuizadas por empregados contra entes de direito público externo (Estados estrangeiros, as missões diplomáticas e agências

consulares e organismos internacionais e suas respectivas agências) também são da competência da Justiça do Trabalho, conforme preceitua o artigo 114, I da Constituição

Federal.

Competência da Justiça do Trabalho

A competência territorial ou de foro que é atribuída aos diversos órgãos jurisdicionais leva em conta a divisão do território nacional em circunscrições judiciárias, ou seja, é aquela fixada para

delimitar territorialmente a jurisdição. Conforme previsto no artigo 114 do CPC, essa competência poderá ser prorrogada, logo esta é relativa.

“Artigo 650 da CLT - A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o

território da Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.”

“Artigo 651 da CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda

que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. §1º - Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,

na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (alterado pela L-009.851-1999)

§2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja

brasileiro e não haja convenção internacional disposto em contrário. §3º - Em se tratado de empregador que promove realização de atividades fora do lugar do

controle de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.”

Competência da Justiça do Trabalho A competência funcional é definida pela Constituição Federal, pelas leis de processo e pelos regimentos

internos dos tribunais trabalhistas, para as Varas do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho. Está ligado ao poder-dever do juiz na direção do processo, ou seja, a função

desempenhada na Justiça do Trabalho. É espécie de competência absoluta.

“Artigo 659 da CLT - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidos neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:

I - presidir às audiências das Juntas; II - executar as suas próprias decisões, as proferidas pela Junta e aquelas cuja execução lhes for deprecada;

III - dar posse aos Juízes classistas nomeados para a Junta, ao chefe de Secretaria e aos demais funcionários da Secretaria;

IV - convocar os suplentes dos Juízes classistas no impedimento destes; V - representar ao Presidente do tribunal regional da respectiva jurisdição, no caso de falta de qualquer Juiz

classista a 3 (três) reuniões consecutivas, sem motivo justificado, para os fins do Art. 727; VI - despachar os recursos interpostos pelas partes, fundamentando a decisão recorrida antes da remessa ao

tribunal regional, ou submetendo-os à decisão da Junta, no caso do Art. 894; VII - assinar as folhas de pagamento dos membros e funcionários da Junta;

VIII - apresentar ao Presidente do Tribunal Regional, até 15 de fevereiro de cada ano, o relatório dos trabalhos do ano anterior;

IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do Art. 469 desta Consolidação.

X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.”

Competência da Justiça do Trabalho “Artigo 678 da CLT - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:

I - ao Tribunal Pleno, especialmente: a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;

b) processar e julgar originariamente: 1) as revisões de sentenças normativas;

2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivas; 3) os mandados de segurança;

4) as impugnações à investidura de Juízes classistas e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; c) processar e julgar em última instância;

1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos Juízes de Direito investidos na

jurisdição trabalhista, das Turmas e seus próprios acórdãos; 3) Os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os Juízes de Direito investidos na jurisdição trabalhista, as

Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquelas e estas; d) julgar em única ou última instância:

1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores;

2) as reclamações contra ato administrativo de seu Presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos Juízes de Primeira instância e de seus funcionários;

II - às Turmas: a) julgar os recursos ordinários previstos no Art. 895, (a);

b) julgar os agravos de petição de instrumento, estes de decisões denegatórias de recurso de sua alçada; c) impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos

interpostos das decisões das Juntas e dos Juízes de Direito que as impuserem. Parágrafo Único - Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do inc. I da

al. c do item 1, deste artigo.”

Competência da Justiça do

Trabalho

A competência funcional do Tribunal Superior do Trabalho é exercida

basicamente com vistas à uniformização da jurisprudência trabalhista e é definida pela Lei nº. 7.701/98 e no Regimento Interno, tanto em relação à

composição plena, como à seção administrativa e às duas seções especializadas.

Competência da Justiça do

Trabalho

“Artigo 803 da CLT - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do

Trabalho; b) Tribunais Regionais do Trabalho;

c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária;”

“Artigo 804 da CLT - Dar-se-á conflito de jurisdição; a) quando ambas as autoridades se considerarem competentes;

b) quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes.”

“Artigo 805 da CLT - Os conflitos de Jurisdição podem ser suscitados: a) pelos Juízes e tribunais do Trabalho;

b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho; c) pela parte interessada, ou o seu representante.”

“Artigo 115 do CPC - Há conflito de competência:

I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes; II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;

III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.”

EXERCÍCIOS

Exercícios 1. Assinale a opção correta a respeito de aspectos diversos pertinentes à competência

trabalhista. (Defensor Público – CESPE - Maranhão – 2011).

(A) Nas ações que envolvam entes de direito público externo, compete à justiça do trabalho processar e julgar a demanda, assim como executar seus julgados.

(B) A justiça do trabalho é competente para processar e julgar tanto as ações decorrentes da relação de emprego quanto as da relação de trabalho. Assim, a ação

que envolva acidente de trabalho, por constituir matéria trabalhista, deverá ser processada e julgada pela a justiça trabalhista em uma das suas varas de acidente de

trabalho. (C) À justiça do trabalho compete processar e julgar os mandados de segurança

(primeiro grau de jurisdição) quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

(D) Qualquer ação de dano moral ou patrimonial proposta pelo empregado em face do empregador ou vice-versa, quando decorrente da relação de trabalho, será de

competência material da justiça do trabalho. No entanto, as ações que, promovidas pelo empregado em face do empregador, postulem indenização por danos morais e patrimoniais sofridos em decorrência de acidente de trabalho, serão processadas e

julgadas pela justiça estadual. (E) Compete à justiça estadual conciliar e julgar os dissídios entre o empregado público

e a administração pública.

Exercícios

2. Com relação à competência material da Justiça do Trabalho, é correto afirmar que : (OAB – CESPE – Nacional - 2011).

(A) não compete à Justiça do Trabalho, mas à Justiça Federal, o julgamento de

ação anulatória de auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho. (B) é da competência da Justiça do Trabalho o julgamento das ações ajuizadas em face da Previdência Social que versem sobre litígios ou medidas cautelares

relativos a acidentes do trabalho. (C) de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é da

competência da Justiça do Trabalho processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

(D) a Justiça do Trabalho é competente para julgar ação ajuizada por sindicato de categoria profissional em face de determinada empresa para que esta seja

condenada a repassar-lhe as contribuições assistenciais descontadas dos salários dos empregados sindicalizados.

Exercícios

3. O trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município “Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador, que reside

no município “Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município: (Analista Judiciário – FCC – TRT/AM -

2011).

(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato. (B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante.

(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada. (D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da

celebração do contrato ou pelo seu domicílio. (E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – D 3 – E

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

ATOS PROCESSUAIS

Atos processuais

A CLT inicia os estudos acerca dos atos processuais, em seu artigo 770. Porém, antes de falar acerca do aludido artigo, bem como dos seguintes pertencentes

à mesma seção, é importante saber o que são atos processuais.

Atos processuais são os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e dependem de manifestações dos sujeitos do processo, que são as partes, o juiz, pelos auxiliares ou até mesmo por terceiros. Os atos processuais podem

ser unilaterais, como a petição inicial, como a suspensão consensual do processo, conforme previsto no artigo 265, II do CPC.

Atos processuais

Os atos processuais são classificados em objetivos e subjetivos. Os atos objetivos são aqueles que podem ser classificados em atos de iniciativa, atos de desenvolvimento e

atos de conclusão. Já os atos subjetivos se classificam em atos do juiz, atos das partes e atos de terceiros.

Importante característica do ato é a publicidade.

“Artigo 93 da Constituição Federal - Lei complementar, de iniciativa do Supremo

Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a

presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo

não prejudique o interesse público à informação.”

“Artigo 770 da CLT - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte)

horas.”

Atos processuais

Ainda sobre o artigo 770 da CLT, esse menciona que os atos processuais realizar-se-ão nos dias úteis, das 06 horas às 20 horas. Porém, a penhora pode ser realizada em domingos ou feriados, mediante autorização expressa do juiz.

“Artigo 770 da CLT - Os atos processuais serão públicos salvo quando o

contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.”

“Artigo 771 da CLT - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta,

datilografados ou a carimbo.”

Atos processuais No Direito Processual do Trabalho os atos processuais obedecem à regra disposta no art. 154 do CPC, pela qual se verifica que os atos e termos processuais não dependem

de forma determinada, senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

“Artigo 154 do CPC - Os atos e termos processuais não dependem de forma

determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”

Seguindo essa linha, a Justiça do Trabalho admite a utilização de fac-símile para a prática de atos processuais, conforme prevê a Lei 9.800/99. Contudo, os originais

devem ser protocolados na Justiça do Trabalho em até cinco dias após o término do prazo previsto para a prática do ato. Ainda sim, a Resolução Normativa 132/2005

editou a instrução normativa 28/2005, que permite a prática dos atos processuais por e-mail, criando assim o e-doc, que disponibiliza nas páginas da internet do TST e dos

TRTs o envio de documentos via eletrônica.

Atos processuais “Súmula 387 do TST - I - A Lei nº. 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos

interpostos após o início de sua vigência. II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por

intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº. 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à

interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo.” III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a

parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado,

domingo ou feriado. IV - A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é diri-gido diretamente

ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.”

Atos processuais

“Artigo 772 da CLT - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre

que não houver procurador legalmente constituído.”

FIM

Atos processuais

A comunicação dos atos processuais podem ser realizadas através da citação e da intimação. Importante destacar, que no direito processual do trabalho a expressão notificação é utilizada

tanto para citação quanto para intimação.

A citação é o ato pelo qual se chama a juízo ou interessado a fim de se defender. A citação inicial do réu é indispensável para a validade do processo, ou seja, se a citação não foi feita, ou não foi

feita de forma válida, o processo é nulo.

“Artigo 213 do CPC - Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.”

“Artigo 214 do CPC - Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. §1º - O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.

§2º - Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.”

Atos processuais

“Artigo 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48

(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira

desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. “§1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar

embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na

sede da Junta ou Juízo. “§2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma

do parágrafo anterior.”

“Artigo 774 da CLT - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação,

daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na

sede da Junta, Juízo ou Tribunal. “Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o

destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao

Tribunal de origem.”

Atos processuais

“Artigo 852-B da CLT - Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e

endereço do reclamado.”

“Artigo 774 da CLT - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o

edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no

prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.”

“Artigo 880 da CLT - Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à

União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. §1º - O mandado de citação deverá conter a decisão exeqüenda ou o termo de acordo não cumprido.

§2º - A citação será feita pelos oficiais de diligência. §3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado,

far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.”

Atos processuais

“Artigo 200 do CPC - Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por

carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.”

“Artigo 201 do CPC - Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória

nos demais casos.”

“Artigo 219 do CPC - A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe

a prescrição.”

A legislação trabalhista não prevê a citação por hora certa. Não sendo possível a citação postal, passa-se diretamente para a citação por edital.

Atos processuais

“Artigo 234 do CPC - Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do

processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.”

“Artigo 236 do CPC - No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.

§1º - É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.

§2º - A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.”

No processo do trabalho a intimação pode ser feita por postagem; pessoalmente por intermédio do Oficial de Justiça ou Diretor de Secretaria; por publicação de edital; ou por afixação do edital na

sede da Vara do Trabalho, Juízo do Direito ou Tribunal do Trabalho.

Atos processuais

“Súmula 16 do TST - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua

postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.”

“Súmula 1 do TST - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive,

salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.”

“Súmula 30 do TST - Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte

receber a intimação da sentença.”

“Súmula 262 do TST - I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente.

II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais.”

EXERCÍCIOS

Exercícios 1. De acordo com a CLT, em regra, os atos processuais praticados no Processo

Trabalhista serão . (Técnico Judiciário – FCC - Amazonas – 2012).

(A) sempre públicos e realizar-se-ão nos dias úteis das 8 às 18 horas. (B) públicos salvo quando as partes estabelecerem o contrário e realizar-se-ão nos dias

úteis das 6 às 20 horas. (C) públicos salvo quando o contrário determinar o juiz e realizar-se-ão nos dias úteis

das 6 às 18 horas. (D) públicos salvo quando envolver pessoa pública de notoriedade social e a penhora

poderá realizar-se em domingo ou dia de feriado, independente de autorização expressa do juiz.

(E) públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.

Exercícios

2. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e

realizar-se-ão nos dias úteis, das seis às vinte horas. Porém, poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou

presidente, a : (Analista Judiciário – FCC – TRT/RO-AC - 2011).

(A) penhora. (B) notificação da reclamada pessoa jurídica estrangeira.

(C) intimação para comparecer pessoalmente para depoimento pessoal. (D) intimação da praça.

(E) notificação da reclamada pessoa jurídica de direito público interno.

Exercícios 3. O legislador processual trabalhista cunhou a expressão "atos e termos processuais", sem fazer a

necessária diferença entre um e outro, como de rigor o faz a doutrina. Para esta teríamos que o ato processual é aquele que entra na formação do processo para dar vida e movimento a ação e termo é a concretização escrita de tais atos. Considerada a afirmação supra, aponte a assertiva

correta: (Juiz – TRT – São Paulo - 2010).

(A) Ato processual é aquele somente praticado pelo juiz e necessariamente registrado nos autos do processo pela Secretaria da Vara.

(B) Ato processual é o praticado pelas partes e necessariamente registrado nos autos do processo pela Secretaria da Vara.

(C) Ato processual compreende o depoimento da parte, os firmados a rogo, os praticados e concretizados por intermédio de certificação digital e enviados por meio virtual, embora com a

necessidade posterior de juntar os originais para a especificação do termo de tais atos. (D) É autorizada a transmissão de dados e imagens fac-símile e neste caso para a concretização dos atos os originais devem ser entregues até 5 dias do prazo da prática do ato e/ou inexistindo

prazo, em 5 dias da recepção do ato, quando o processo tramita na comarca de origem. (E) Os atos e termos processuais respectivos permitem a concretização do mundo jurídico-processual pelos mais variados meios: escrita regular, taquigrafia, transmissão por e-mail,

estenotipia e outros, desde que possam ser seguramente verificados para a produção dos efeitos desejados pelos sujeitos do processo.

Exercícios

Gabarito

1 – E

2 – A 3 – E

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

TERMOS PROCESSUAIS

Termos processuais

Termo é a forma escrita com que o escrivão ou chefe da secretaria procede à documentação de certos atos processuais, como por exemplo, termo de

juntada, termo de conclusão, termos da ata de audiência, e outros termos.

Termo processual nada mais é que a exteriorização do ato processual.

Termos processuais

“Artigo 771 da CLT - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.”

Termos processuais

“Artigo 772 da CLT - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre

que não houver procurador legalmente constituído.”

Na assinatura a rogo, é imprescindível que a parte, depois de lido pelo escrivão, em voz alta, declare perante as testemunhas e aquele que irá firmar o documento em seu lugar, que nenhuma objeção tem a fazer ao conteúdo do termo. No caso em que a parte, injustificadamente, se recusa a assinar ato ou

termo, basta a certidão nos autos para provar a desobediência.

Termos processuais

“Artigo 773 da CLT - Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou

escrivães.”

Na Justiça do Trabalho, a figura existente é a do secretário da Vara de Trabalho. Porém, devido ao fato de algumas localidades não serem abrangidas por comarcas trabalhistas, o artigo 773 da CLT traz em seu conteúdo o termo

escrivães, pois nessas localidades onde ainda não foram instaladas Varas Trabalhistas, as causas que versam sobre tal matéria são de competência do Juiz de Direito investido na Justiça Comum da localidade, sendo portanto, o

escrivão o responsável pela secretaria da Vara onde tramita o processo.

Termos processuais “Artigo 777 da CLT -Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos

processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos

escrivães ou secretários.”

“Artigo 778 da CLT - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho, não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por advogados regularmente

constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição.”

“Artigo 779 da CLT - As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla

liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias.”

“Artigo 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado.”

“Artigo 781 da CLT - As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou

arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou secretários. Parágrafo único - As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça

dependerão de despacho do juiz ou presidente.”

Termos processuais

“Artigo 166 do CPC - Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu

registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando.”

“Artigo 167 do CPC - O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma quanto aos suplementares.

Parágrafo único - Às partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público, aos peritos e às testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes

aos atos em que intervieram.”

“Artigo 168 do CPC - Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão.”

Termos processuais

“Artigo 169 do CPC - Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles

intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência. §1º - É vedado usar abreviaturas.

§2º - Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e

armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados

das partes. §3º - No caso do § 2º deste artigo, eventuais contradições na transcrição

deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a

decisão no termo.”

Termos processuais

“Artigo 170 do CPC - É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia, ou de outro método idôneo, em qualquer juízo ou tribunal.”

“Artigo 171 do CPC - Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco,

bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas.”

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

PRAZOS PROCESSUAIS

Prazos processuais

Prazo é o tempo no qual deve ser praticado um ato processual. O processo não tem o seu andamento submetido exclusivamente à vontade das partes. A conduta destas há que atender aos prazos que a lei fixar para a prática desses

mesmos atos. Prazo, portanto, é o lapso de tempo de que o juiz ou a parte tem para praticar ato de sua responsabilidade. A falta de prazos no processo

impediria a solução do conflito existente, e ainda sim, acarretaria na inércia de todas as partes envolvidas na lide. O termo inicial do prazo denomina-se “dies

a quo” e o termo final “dies ad quem”.

Em regra, todos os prazos encontram-se determinados por lei de forma imperativa, mas esta permite alguns, que qualificamos de convencionais,

como o da suspensão da instância por trinta dias mediante ajuste das partes.

É importante destacar que os prazos não são fixados apenas para as partes (prazos próprios), mas também para os juízes e seus auxiliares (prazos

impróprios).

Prazos processuais

Ainda quanto à classificação dos prazos, estes podem ser legais, judiciais e convencionais. Quanto às partes, pode ser particular ou comum. Por fim, quanto à

natureza, estes podem ser dilatórios ou peremptórios.

“Artigo 181 do CPC - Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do

prazo, se fundar em motivo legítimo. §1º - O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

§2º - As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.”

“Artigo 182 do CPC - É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou

prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único - Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.”

Prazos processuais

“Artigo 774 da CLT - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou

recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o

edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de

responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.”

“Artigo 775 da CLT - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do

dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou

tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado,

terminarão no primeiro dia útil seguinte.”

“Artigo 776 da CLT - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou secretários.”

Prazos processuais

“Artigo 178 do CPC - O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.”

“Artigo 179 do CPC - A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das

férias.”

“Artigo 180 do CPC - Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do Art. 265, I e III; casos

em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.”

“Artigo 183 do CPC - Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte

provar que o não realizou por justa causa.”

Prazos processuais

“Artigo 184 do CPC - Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

§1º - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que:

I - for determinado o fechamento do fórum; II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§2º - Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação.”

“Artigo 185 do CPC - Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.”

“Artigo 186 do CPC - A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente

em seu favor.”

Prazos processuais “Súmula 1 do TST - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que

se seguir.”

“Súmula 16 do TST - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse

prazo constitui ônus de prova do destinatário.”

“Súmula 30 do TST - Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da

data em que a parte receber a intimação da sentença.”

“Súmula 197 do TST - O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua

publicação.”

“Súmula 262 do TST - I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subseqüente.

II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais.”

Prazos processuais

“Súmula 385 do TST - Cabe à parte comprovar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja expediente forense, que justifique a prorrogação do

prazo recursal.”

“Súmula 387 do TST - II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo

recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº. 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo.

III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC

quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. IV - A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei nº. 9.800, de

26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.”

“OJ 310 da SDI-1 do TST - A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do

trabalho, em decorrência da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.”

“Artigo 191 do CPC - Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos

autos.”

Prazos processuais Os principais prazos no Processo do Trabalho para a prática de atos processuais pelas partes são os seguintes:

“Artigo 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura

da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.”

“Artigo 800 da CLT - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.”

“Artigo 850 da CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se

realizando esta, será proferida a decisão.”

“Artigo 6º da Lei 5.584/70 - Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso.” “Artigo 3º da Lei 11.419/06 - Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do

seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico. Parágrafo único - Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas

tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia.”

Prazos processuais É importante destacar ainda, a diferença entre a suspensão do prazo processual e a interrupção do prazo processual. A matéria não está regulada expressamente pela CLT, o que implica na utilização

subsidiária do Código de Processo Civil, obviamente com as devidas adaptações. Em regra, os prazos são contínuos. A suspensão do prazo se dá quando se paralisa a contagem do prazo processual. Quando cessada a causa suspensiva, recomeça-se a contagem do prazo, isto é,

retoma-se a contagem do prazo no estado em que parou.

Já na interrupção do prazo, ocorrerá a devolução integral do prazo à parte interessada, como se este nunca houvesse iniciado. Exemplo de interrupção do prazo ocorre com a citação válida,

prevista no artigo 219, §1º do CPC.

Prazos processuais

Suspensão do prazo

Prazos processuais

Interrupção do prazo

FIM

EXERCÍCIOS

Exercícios 1. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta com relação ao prazo para a interposição do recurso ordinário. (OAB – CESPE - Nacional – 2008).

(A) Sendo a CLT omissa, aplica-se subsidiariamente o disposto no CPC, de forma que o prazo é contado em dobro quando houver litisconsortes com procuradores distintos. (B) O advogado da Empresa Alfa Ltda. não precisaria sequer invocar o CPC, pois a CLT

também estabelece o prazo em dobro quando presentes litisconsortes com procuradores distintos.

(C) O prazo em dobro previsto no CPC é inaplicável ao processo do trabalho, visto que é incompatível com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

(D) Ambos os recursos apresentados seriam intempestivos, visto que o prazo para apresentar recurso ordinário é de 5 dias.

Exercícios

2. Ana Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na reclamação trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária. Considerando que a

intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é feriado nacional, será considerada que a intimação foi realizada : (Analista Judiciário – FCC – TRT/AL - 2008).

(A) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-feira.

(B) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-feira. (C) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta-feira.

(D) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-feira. (E) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na terça-feira.

Exercícios

3. Helena, advogada recém formada, está com dúvidas a respeito da contagem dos prazos processuais e, sendo assim, solicitou ajuda ao seu irmão, Venâncio,

advogado sênior de uma empresa multinacional. Venâncio respondeu para Helena que os prazos processuais, em regra: (Técnico Judiciário – FCC –

TRT/RO-AC - 2011).

(A) contam-se com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento e são contínuos e irreleváveis.

(B) que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no último dia útil que anteceder o dia sem expediente forense.

(C) são pré estabelecidos pela legislação, como por exemplo, o prazo para devolução de notificação postal que é de cinco dias.

(D) são contínuos, mas releváveis, tendo em vista que não há preclusão consumativa na justiça do trabalho.

(E) são contínuos, mas releváveis, tendo em vista que não há preclusão terminativa na justiça do trabalho.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – C 3 – A

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

NULIDADES

Nulidades

Os atos processuais devem ser praticados na forma prevista em lei, o que é indispensável para que o processo possa se desenvolver validamente e atingir o seu objetivo. É importante lembrar que, apesar do informalismo existente

no Direito Processual do Trabalho, existem determinadas formas dos atos processuais que devem ser respeitadas, sob pena de nulidade.

“Artigo 154 do CPC - Os atos e termos processuais não dependem de forma

determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”

A doutrina considera a nulidade como uma sanção determinada pela lei, pois

estando a forma do ato processual prevista pela norma jurídica e sendo a mesma descumprida, o ato é privado seus efeitos normais.

Nulidades O Princípio da Instrumentalidade das Formas, que também pode ser chamado de

princípio da finalidade, determina que quando a lei prescrever determinada forma para o ato processual, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de

outro modo, alcançar sua finalidade.

“Artigo 154 do CPC - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que,

realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”

“Artigo 244 do CPC - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a

finalidade.”

O Princípio do Prejuízo ou da Transcedência afirma que não haverá nulidade sem prejuízo manifesto às partes interessadas.

“Artigo 794 da CLT - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes

litigantes.”

Nulidades O Princípio da Convalidação ou Preclusão está previsto no artigo 795 da CLT.

Importante destacar que esse princípio não se aplica às nulidades absolutas ou quando a parte provar o legítimo impedimento para prática do ato.

“Artigo 795 da CLT - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação

das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

§1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.”

O Princípio da Utilidade está atrelado ao princípio da economia processual, pois

determina que deve-se aproveitar ao máximo os atos processuais posteriores, desde que estes não sofram reflexos da nulidade decretada judicialmente.

“Artigo 798 da CLT - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele

dependam ou sejam conseqüência.”

Nulidades

“Artigo 765 da CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo

determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.”

“Artigo 515 do CPC - § 4º Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual,

intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.”

Nulidades

“Artigo 9º da CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de

desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.”

Em relação ao direito processual trabalhista, esses podem nulos, anuláveis ou

inexistentes. As irregularidades ou vícios processuais são classificados segundo a gravidade que representam para o processo. Existem os atos que geram meras

irregularidades sem consequências, como por exemplo o previsto no artigo 169, §1º do CPC (o uso de abreviaturas ou o termo lavrado com tinta clara ou lápis).

Já as irregularidades com sanções extraprocessuais ocorre quando não é observado algum requisito legal, gerando apenas sanções fora do processo, como por exemplo o

juiz que retarda, sem justificativa a prática de algum ato (artigo 133, II do CPC). A inexistência do ato processual ocorrerá quando houver irregularidade que torne este sem efeito no processo. Como exemplo, a sentença sem assinatura do juiz, e também

os atos processuais não ratificados praticados por advogado que atua sem instrumento de mandato.

Nulidades

As nulidades do Processo do Trabalho podem ser observadas de duas formas, absoluta ou relativa.

A nulidade absoluta decorre de defeitos insanáveis dos atos processuais, pois não

podem ser corrigidos, devendo ser praticado novo ato em seu lugar. A nulidade absoluta deve ser decretada de ofício pelo juiz, independentemente de provocação da

parte interessada, pois tem por fundamento o interesse público.

A nulidade relativa é oriunda de vícios sanáveis, implicando na anulabilidade do ato. Diferente da nulidade absoluta, a nulidade relativa depende da provocação do

interessado, uma vez que não pode ser pronunciada ex officio. Como exemplo de nulidade relativa, tem-se a incompetência relativa, pois pode ser prorrogada se o réu

na sua defesa não excepcioná-la.

Nulidades

“Artigo 795 da CLT - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em

audiência ou nos autos. §1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em

incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. §2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião,

que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.”

“Artigo 796 da CLT - A nulidade não será pronunciada:

a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.”

“Artigo 797 da CLT - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a

que ela se estende.”

“Artigo 798 da CLT - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.”

FIM

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. Com relação às nulidades, o princípio da transcendência é aquele que prevê que. (Analista Judiciário – FCC – TRT/RO-AC – 2011).

(A) deverão ser declaradas ex officio as nulidades fundadas em incompetência de foro,

sendo considerados nulos os atos decisórios. (B) o juiz, quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade,

considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. (C) anulado o ato reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele

dependam. (D) a nulidade de uma parte do ato prejudicará as outras, mesmo que dela sejam

independentes. (E) só haverá nulidade nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho

quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

Exercícios

2. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, a nulidade : (Analista Judiciário – FCC – TRT/AM - 2011).

(A) não poderá ser declarada mediante provocação das partes, mas apenas se arguida

ex officio pelo Juiz. (B) será pronunciada ainda quando arguida por quem lhe tiver dado causa.

(C) só será declarada quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

(D) após declarada não prejudicará senão os atos anteriores ou posteriores que dele dependam, ou sejam consequência.

(E) será sempre pronunciada, mesmo que seja possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato.

Exercícios

3. De acordo com o artigo 795 da CLT, as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em

que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Neste caso, trata-se especificamente do Princípio da: (Analista Judiciário – FCC – TRT/MS - 2011).

(A) Estabilidade da Lide.

(B) Preclusão. (C) Eventualidade. (D) Concentração.

(E) Lealdade Processual.

Exercícios

Gabarito

1 – E

2 – C 3 – B

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

DISTRIBUIÇÃO, CUSTAS E EMOLUMENTOS

Distribuição

“Artigo 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669,§ 1º, pela ordem

rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.”

“Artigo 784 da CLT - As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado o distribuidor.”

“Artigo 785 da CLT - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do qual constarão,

essencialmente, o nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o Juízo a que coube a distribuição.”

“Artigo 786 da CLT- A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.

Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo,

sob a pena estabelecida no art. 731.”

“Artigo 731 da CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo

tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.”

“Artigo 732 da CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas)

vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.”

Distribuição

“Artigo 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e

desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar.”

“Artigo 788 da CLT - Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo competente, acompanhada do bilhete de distribuição.”

Custas “Artigo 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e

procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais

e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;

II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa;

III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa;

IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. §1º - As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de

recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. §2º - Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das

custas processuais. §3º - Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das

custas caberá em partes iguais aos litigantes. §4º - Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das

custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.”

Custas “Artigo 790 da CLT - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do

Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.

§1º - Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.

§2º - No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título.

§3º - É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e

instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de

sua família.”

“Artigo 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais,

estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II – o Ministério Público do Trabalho.

Parágrafo único - A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas

judiciais realizadas pela parte vencedora.”

“Artigo 790-B - A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.”

Custas “Súmula 25 do TST - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está

obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida.

“Súmula 36 do TST -Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre o respectivo valor global.”

“Súmula 53 do TST - O prazo para pagamento das custas, no caso de recurso, é contado da

intimação do cálculo.”

“OJ nº. 104 da SDI-1 do TST - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação

da parte para o preparo do recurso, devendo, pois, as custas ser pagas ao final.

“OJ nº. 140 da SDI-1 do TST - Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal, ainda que a diferença em relação ao “quantum” devido seja ínfima,

referente a centavos. ”

“OJ nº. 409 da SDI-1 do TST - O recolhimento do valor da multa imposta por litigância de má-fé, nos termos do art. 18 do CPC, não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos de

natureza trabalhista. Assim, resta inaplicável o art. 35 do CPC como fonte sub-sidiária, uma vez que, na Justiça do Trabalho, as custas estão reguladas pelo art. 789 da CLT. ”

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. A distribuição dos processos, em cidades onde haja mais do que uma unidade judiciária com a mesma competência, deve obedecer, segundo a Consolidação das Leis

do Trabalho, (Analista Judiciário – FCC – TRT/MG – 2009).

(A) à proporção quantitativa e à adequação qualitativa de processos a cada unidade. (B) aos critérios de igualdade quantitativa e qualitativa entre as unidades judiciárias. (C) à ordem aleatória de entrada, observando-se a igualdade de tipos de ação para

cada vara. (D) à ordem aleatória de entrada, desde que, ao final de um ano, todas as unidades

tenham o mesmo número de processos distribuídos. (E) à ordem rigorosa de entrada.

Exercícios

2. Não se inclui entre os exemplos de pessoa isenta do pagamento de custas na justiça do trabalho, enumerados no art. 790-A da CLT, a : (OAB – CESPE – Nacional - 2008).

(A) União.

(B) empresa pública. (C) autarquia estadual.

(D) fundação pública estadual que não explore atividade econômica.

Exercícios

3. Com relação às despesas processuais na Justiça do Trabalho, assinale a afirmativa correta. (OAB – FGV – Nacional - 2010).

(A) As entidades fiscalizadoras do exercício profissional, em face de sua

natureza autárquica, são isentas do pagamento de custas. (B) As custas devem ser pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da

decisão. No caso de recurso, estas devem ser pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.

(C) O benefício da gratuidade de justiça não pode ser concedido de ofício pelo juiz, devendo ser necessariamente requerido pela parte interessada.

(D) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da

gratuidade de justiça.

Exercícios

Gabarito

1 – E

2 – B 3 – B

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

PARTES E PROCURADORES

Partes

O processo se desenvolve a partir de uma relação trilateral entre três sujeitos principais – Estado, autor e réu – que buscam solucionar o conflito existente por conta da pretensão de direito

material de um dos litigantes e da resistência do outro. A pretensão jurídica é deduzida perante o órgão jurisdicional, sendo o autor a parte ativa da relação jurídica, pois ele quem invoca a tutela

jurídica, enquanto o réu é a parte passiva desta relação. É importante destacar que apesar de fazer parte da tríade processual, o Estado não é parte no processo, pois a este cabe julgar e decidir

acerca da causa discutida.

Deve-se destacar também que existem outras pessoas que atuam no processo praticando atos processuais, mas não tem qualquer interesse jurídico na lide. São os auxiliares do juízo, que podem ser permanentes (distribuidor, secretário de audiência, oficial de justiça), eventuais

(peritos, tradutores, intérpretes) e terceiros (testemunhas, licitantes).

Partes

“Artigo 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar

pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

§1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado,

inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. §2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. §3º - A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser

efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. (Incluído pela Lei nº.

12.437, de 06/07/2011)”

Partes Assunto bastante pertinente é o relativo às condições da ação. São estas a possibilidade jurídica

do pedido, o interesse de agir e a legitimidade de parte. As partes legítimas são aquelas que podem ser o titular ativo ou passivo em face do direito de ação.

Em relação a legitimidade, essa pode ser apenas de um reclamante e um reclamado, situação esta que são as partes singulares. Porém, é possível que haja pluralidade de pessoas no pólo ativo ou

no pólo passivo, ou em ambos os pólos da relação processual. Diante dessas hipóteses ocorrerá o litisconsórcio, que é a cumulação de lides que se ligam no plano subjetivo.

“Artigo 46 do CPC - Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa

ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;

II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;

IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. Parágrafo único - O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação

interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.”

Partes “Artigo 47 do CPC - Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação

jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.

Parágrafo único - O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.”

“Artigo 842 da CLT - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser

acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.”

“Artigo 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de

qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”

“OJ nº. 310 da SDI-1 do TST - A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em

decorrência da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.”

Partes A capacidade de ser parte é pertinente a todo ser humano, independente de sua idade, condição física ou

mental, seja para propor ação ou para defender-se. Já a capacidade processual é a aptidão reconhecida pela ordem jurídica para que alguém possa participar da relação processual, em nome próprio ou alheio, praticando

atos jurídicos com efeitos processuais.

“Artigo 792 da CLT - Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as mulheres casadas poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos.”

“Artigo 793 do CLT - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e,

na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.”

“Artigo 5º do Código Civil - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à

prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único - Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função

deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.”

Partes A capacidade postulatória é a capacidade para postular em juízo. Trata-se de autorização

reconhecida a alguém pelo ordenamento jurídico para praticar atos processuais.

“Artigo 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”

“Súmula 425 do TST - O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às

Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do

Trabalho.”

No Processo do Trabalho, o jus postulandi é a capacidade conferida por lei às partes, como sujeitos da relação de emprego, para postularem diretamente em juízo, sem necessidade de

serem representadas por advogado.

Partes No Processo do Trabalho, a representação pode ser legal ou convencional e geral ou parcial. A

representação legal decorre de expressa autorização legal, a representação convencional por sua vez, é aquela que é baseada em autorização da lei, é facultada às partes segundo ato de

disposição da própria vontade.

A representação geral abrange o exercício da legitimatio ad processum para todos os atos processuais, enquanto, a representação parcial restringe-se a alguns atos ou fases do processo.

“Artigo 843 da CLT - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o

reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados

poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. §1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro

preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. §2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não

for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.”

“Artigo 8º do CPC - Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou

curadores, na forma da lei civil.”

Partes “Artigo 12 do CPC - Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores; II - o Município, por seu Prefeito ou procurador;

III - a massa falida, pelo síndico; IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador;

V - o espólio, pelo inventariante; VI - as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando, por seus

diretores; VII - as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens; VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou

sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, parágrafo único); IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico.

§1º - Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte.

§2º - As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não poderão opor a irregularidade de sua constituição.

§3º - O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica estrangeira, a receber citação inicial para o processo de conhecimento, de execução, cautelar e especial.”

“Súmula 377 do TST - Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno

empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.”

EXERCÍCIOS

Exercícios 1. Danilo, 19 anos, trabalhava em uma empresa onde realizava horas extras que nunca lhe foram remuneradas. Por ter recebido proposta melhor de emprego, Danilo pediu

dispensa da referida empresa e decidiu ajuizar Reclamação Trabalhista em face da mesma para reaver os valores relativos a tais horas. Diante dessa situação, é correto

afirmar: (Técnico Judiciário – FCC – TRT/PI – 2010).

(A) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista, independentemente de assistência de seus pais ou responsáveis.

(B) Por ser menor de 21 anos de idade, Danilo necessita da assistência dos pais ou responsáveis para propor a Reclamação Trabalhista.

(C) Quem deve propor a Reclamação Trabalhista requerendo as horas extras trabalhadas por Danilo são seus pais ou responsáveis, tendo em vista ser ele menor de

21 anos de idade. (D) Danilo pode propor a Reclamação Trabalhista desde que colacione aos autos

autorização de seus pais ou responsáveis com fins específicos para tal postulação. (E) A Consolidação das Leis do Trabalho autoriza Danilo a propor a Reclamação

Trabalhista, porém, na audiência UNA ou inicial deve estar acompanhado de seus pais ou responsáveis.

Exercícios

2. No que diz respeito à representação processual na justiça do trabalho, assinale a opção correta: (OAB – CESPE – Nacional - 2008).

(A) Em regra, é possível, nas reclamações trabalhistas, o empregador ser representado

por preposto, mesmo que este não seja empregado do reclamado. (B) O empregador de microempresa ou empresa de pequeno porte pode ser

representado por terceiros, ainda que estes não façam parte do quadro societário ou do quadro de empregados dessas empresas.

(C) O advogado pode, no mesmo processo em que esteja na condição de patrono do empregador, ser também seu preposto.

(D) Se, por doença, o empregado não puder comparecer pessoalmente em juízo, poderá ser representado por outro empregado, cabendo a este transigir, confessar e

desistir da ação se assim o desejar.

Exercícios

3. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao jus postulandi na Justiça do Trabalho: (Juiz – TRT – Pernambuco - 2010).

(A) O jus postulandi refere-se à capacidade postulatória.

(B) Ao considerar o advogado essencial ao funcionamento da justiça, a Constituição Federal de 1988 derrogou as normas processuais que possibilitavam o exercício do jus postulandi na Justiça do Trabalho.

(C) Em razão do disposto na letra 'b', o Tribunal Superior do Trabalho cancelou as Súmulas que não admitiam a condenação em honorários advocatícios.

(D) A jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho admite o jus postulandi apenas nos dissídios individuais submetidos ao rito sumariíssimo. (E) A jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho não admite o

jus postulandi quando da interposição do Recurso de Revista.

Exercícios

Gabarito

1 – A

2 – B 3 – E

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

PROCURADORES

Procuradores

Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem

dos Advogados do Brasil. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. A previsão legal do jus postulandi leva à conclusão de que no Processo do Trabalho é faculdade de empregados e de empregadores a constituição de

procurador ad judicia.

“Artigo 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o

final. §1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado,

inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. §2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. §3º - A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser

efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. (Incluído pela Lei nº.

12.437, de 06/07/2011)”

Procuradores

“Artigo 36 do CPC - A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo,

no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.”

“Artigo 37 do CPC – Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado

se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.

Parágrafo único - Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.”

“Artigo 38 do CPC - A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou

particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.

Parágrafo único - A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido

por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica.”

Procuradores “Súmula 395 do TST - I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula

estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda. II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de mandato só

tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo. III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para

substabelecer. IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao

substabelecente.”

“Súmula 164 do TST - O não-cumprimento das determinações dos §§ 1º e 2º do art. 5º da Lei nº. 8.906, de 04.07.1994 e do art. 37, parágrafo único, do Código de Processo Civil importa o não-conhecimento de recurso,

por inexistente, exceto na hipótese de mandato tácito.”

“Artigo 656 do Código Civil - O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.”

“OJ nº. 52 da SDI-1 do TST - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da

juntada de instrumento de mandato.”

“Súmula 644 do STF - Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.”

“OJ nº. 319 da SDI-1 do TST - Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a

interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado.”

Procuradores

“Artigo 44 do CPC - A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato

constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.”

“Artigo 45 do CPC - O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para Ihe evitar prejuízo.”

Procuradores

“Súmula 219 do TST - I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do

salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual

e nas lides que não derivem da relação de emprego.”

“OJ nº. 304 da SDI-1 do TST - Atendidos os requisitos da Lei nº. 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se

considerar configurada a sua situação econômica.”

“OJ nº. 305 da SDI-1 do TST - Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por

sindicato.”

Procuradores

“Artigo 14 da Lei 5.584/70 – Na Justiça do Trabalho, assistência judiciária a que se refere a Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo sindicato da categoria profissional a que

pertencer o trabalhador. §1º - A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que a sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento

próprio ou da família.”

“Súmula 219 do TST - I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da

sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação

econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.

III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.”

Procuradores A intervenção de terceiros consiste na participação processual de um terceiro como parte da relação processual. Contudo, no ordenamento jurídico brasileiro as partes são compostas por

autor e réu, mas podendo ocorrer, conforme elencado no Código de Processo Civil, a intervenção de terceiros. Tal instituto é aplicado subsidiariamente na Justiça do Trabalho, visto que esta tem por finalidade processar e julgar as relações de trabalho, com um procedimento oral, sintético e

célere, visando a rápida satisfação do direito do trabalhador

A intervenção de terceiros consiste no interesse de uma pessoa ou ente, que não é parte da causa, desde sua origem, tornando-se parte para defender seus próprios interesses ou o interesse de

uma das partes primitivas da relação processual.

A intervenção de terceiros pode ser espontânea ou provocada, ad coadjuvandum ou ad excludendum. A Denunciação da lide, o Chamamento ao processo e a Nomeação à autoria,

ocorre quando os terceiros são provocados por uma das partes originárias do processo, provocando o incidente processual, em que um terceiro entra como parte.

A Assistência, a Oposição, e os Embargos de Terceiros são intervenções, espontâneas ou

voluntárias, onde o terceiro pede autorização ao juiz para tornar-se parte na relação processual, demonstrando seu interesse.

Procuradores “Artigo 50 do CPC - Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em

que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único - A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da

jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.”

“Artigo 56 do CPC - Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e

réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.”

“Artigo 62 do CPC - Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá

nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.”

“Artigo 70 do CPC - A denunciação da lide é obrigatória: I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que

esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do

usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada;

III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.”

“Artigo 77 do CPC - É admissível o chamamento ao processo:

I - do devedor, na ação em que o fiador for réu; II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;

III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.

Procuradores “Artigo 6º do CPC - Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio,

salvo quando autorizado por lei.”

“Artigo 8º da CF - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;”

Procuradores “Súmula 310 do TST - I - O art. 8º, inciso III, da Constituição da República não assegura a substituição processual

pelo sindicato. II - A substituição processual autorizada ao sindicato pelas Leis nº.s 6.708, de 30.10.1979, e 7.238, de

29.10.1984, limitada aos associados, restringe-se às demandas que visem aos reajuste salariais previstos em lei, ajuizadas até

03.07.1989, data em que entrou em vigor a Lei nº. 7.788/1989. III - A Lei nº. 7.788/1989, em seu art. 8º, assegurou, durante sua vigência, a legitimidade do sindicato como

substituto processual da categoria. IV - A substituição processual autorizada pela Lei nº. 8.073, de 30.07.1990, ao sindicato alcança todos os

integrantes da categoria e é restrita às demandas que visem à satisfação de reajustes salariais específicos resultantes de disposição prevista em lei de política salarial.

V - Em qualquer ação proposta pelo sindicato como substituto processual, todos os substituídos serão individualizados na petição inicial e, para o início da execução, devidamente identificados pelo número da

Carteira de Trabalho e Previdência Social ou de qualquer documento de identidade. VI - É lícito aos substituídos integrar a lide como assistente litisconsorcial, acordar, transigir e renunciar,

independentemente de autorização ou anuência do substituto. VII - Na liquidação da sentença exequenda, promovida pelo substituto, serão individualizados os valores devidos a cada substituído, cujos depósitos para quitação serão levantados através de guias expedidas em seu nome ou

de procurador com poderes especiais para esse fim, inclusive nas ações de cumprimento. VIII - Quando o sindicato for o autor da ação na condição de substituto processual, não serão devidos honorários

advocatícios.”

EXERCÍCIOS

Exercícios 1. Murilo ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex- empregadora a empresa Azul Ltda; Mateus ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a multinacional Blue; e

Matias ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora a empresa Branca Ltda. Na audiência UNA já designada nos respectivos processos, todas as empresas pretendem enviar prepostos. Nestes casos, considerando que Murilo e Mateus possuem mais de dez anos de

contrato de trabalho, de acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,

o preposto deve ser necessariamente empregado:(Analista Judiciário – FCC – TRT/SE – 2011).

(A) das empresas Azul, Blue e Branca. (B) das empresas Azul e Branca, apenas.

(C) da empresa Blue, apenas. (D) das empresas Azul e Blue, apenas.

(E) da empresa Branca, apenas.

Exercícios

2. Quanto à nomeação de advogado na Justiça do Trabalho, com poderes para o foro

em geral, é correto afirmar que (OAB – FGV – Nacional - 2012).

(A) na Justiça do Trabalho, a nomeação de advogado com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada mediante simples registro na ata de audiência, a requerimento

verbal do advogado interessado e com a anuência da parte representada. (B) as partes que desejarem a assistência de advogado sempre deverão outorgar

poderes para o foro em geral por intermédio de instrumento de mandato, com firma devidamente reconhecida.

(C) na Justiça do Trabalho, o advogado pode atuar sem que lhe sejam exigidos poderes outorgados pela parte, haja vista o princípio do jus postulandi.

(D) somente o trabalhador poderá reclamar na Justiça do Trabalho sem a necessidade de nomeação de advogado, uma vez que o princípio do jus postulandi somente se

aplica à parte hipossuficiente.

Exercícios

3. Determinada empresa, ao apresentar contestação em processo trabalhista, formulou pedido de concessão da justiça gratuita, alegando dificuldades

financeiras, sem a devida comprovação de incapacidade, e anexou, apenas, declaração de miserabilidade firmada por seu representante legal.

A respeito dessa situação hipotética e do benefício da justiça gratuita, assinale

a opção correta. : (OAB – CESPE – Nacional - 2010).

(A) Os benefícios da justiça gratuita só podem ser concedidos aos reclamantes. (B) A simples alegação de dificuldades financeiras é suficiente para a

concessão do referido benefício. (C) Para que possa usufruir do benefício da justiça gratuita, a empresa em

questão deve comprovar a sua condição de miserabilidade. (D) Pessoas jurídicas não fazem jus aos benefícios da justiça gratuita no

processo do trabalho, podendo apenas requerer o pagamento das custas ao final do processo.

Exercícios

Gabarito

1 – A

2 – A 3 – C

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

AÇÃO TRABALHISTA

Ação Trabalhista

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença 48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Ação Trabalhista

Ação é o direito público subjetivo que pode ser exercitado pela parte (autor e réu) para exigir do Estado a obrigação da prestação jurisdicional em relação ao direito violado ou

ameaçado de lesão.

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,

nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”

As ações trabalhistas podem ser individuais ou coletivas. As individuais, também

chamadas de dissídios individuais, ou reclamações trabalhistas, têm como titulares pessoas em seu aspecto individual, objetivando a decisão acerca de um caso concreto

e específico de natureza trabalhista.

As ações trabalhistas coletivas, também chamadas de dissídios coletivos, são propostas em consequência de um direito de ação que é reconhecido aos grupos (categorias

profissionais e econômicas), representados no processo pelos sindicatos.

Ação Trabalhista “Artigo 114 da Constituição Federal - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios; II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos

de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus

acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.”

Ação Trabalhista “Artigo 837 da CLT - Nas localidades em que houver apenas 1 (uma) Junta de Conciliação e

Julgamento, ou 1 (um) escrivão do cível, a reclamação será apresentada diretamente à secretaria da Junta, ou ao cartório do Juízo.”

“Artigo 838 da CLT - Nas localidades em que houver mais de 1 (uma) Junta ou mais de 1 (um)

Juízo, ou escrivão do cível, a reclamação será, preliminarmente, sujeita a distribuição, na forma do disposto no Capítulo II, Seção II, deste Título.”

“Artigo 839 da CLT - A reclamação poderá ser apresentada:

a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe; b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho.”

“Artigo 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o

dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. §2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou

secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.”

“Artigo 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.”

Ação Trabalhista “Artigo 853 da CLT - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra

empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do

empregado.”

“Artigo 856 da CLT - A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da

Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho.” (Dissídio Coletivo).

Ação Trabalhista

Os dissídios individuais classificam-se em ações de conhecimento, ações de execução e ações cautelares. As ações de conhecimento dividem-se em ações condenatórias, declaratórias e

constitutivas.

O dissídio individual no Processo do Trabalho é o fato de o mesmo ter como titulares pessoas singularmente consideradas que buscam a tutela jurisdicional de interesses concretos e

individualizados de natureza trabalhista. Caracteriza-se o dissídio individual pela natureza do conflito, independentemente do número de litigantes. Havendo só um reclamante, o dissídio será individual simples. Caso a ação envolva mais de um autor, mas através dela se pretenda a defesa

de interesses pessoais e exclusivos, a mesma será denominada de dissídio individual plúrimo.

Os dissídio coletivos envolvem interesses abstratos de grupos. Os dissídios coletivos de natureza econômica têm por objetivo a criação de novas condições de trabalho, ou a modificação das

condições já existentes, enquanto os dissídios coletivos de natureza jurídica visam apenas interpretar certa norma.

“Artigo 857 da CLT - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui

prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho.”

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

Procedimento Sumaríssimo

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença 48 horas 15 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 852-B, III CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Procedimento Sumaríssimo

O exercício do direito de ação depende do preenchimento de alguns requisitos constitutivos que são chamados de condições da ação, sendo estas a possibilidade

jurídica do pedido, interesse de agir, e legitimidade das partes.

Ainda sim, existem alguns pressupostos processuais de ordem material e formal para que sejam preenchidos os requisitos para o estabelecimento válido da relação processual. São pressupostos processuais de existência: as partes, o pedido, a

jurisdição e a citação.

Os pressupostos de validade da relação jurídico processual são: a capacidade das partes, capacidade postulatória, regularidade da petição inicial, competência, citação

válida, insuspeição do juiz, inexistência de litispendência e inexistência de coisa julgada.

Procedimento Sumaríssimo O procedimento ordinário é a regra. Ele será adotado em todas as hipóteses em que não for possível o

enquadramento da ação no rito sumário ou sumaríssimo. A CLT aborda esse procedimento dos artigo 837 à 852.

O procedimento sumaríssimo foi incluído no ordenamento jurídico trabalhista através da Lei nº. 9.957/2000, gerando às partes litigantes uma nova hipótese de procedimento a ser adotado no processo.

“Artigo 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente

na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração

Pública direta, autárquica e fundacional.”

“Artigo 852-B da CLT - Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;

II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;

III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e

Julgamento. §1º - O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no

arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. §2º - As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.”

Procedimento Sumaríssimo “Artigo 852-C da CLT - As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única,

sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.”

“Artigo 852-D da CLT - O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem

produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de

experiência comum ou técnica.”

“Artigo 852-E da CLT - Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer

fase da audiência.”

“Artigo 852-F da CLT - Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova

testemunhal.”

“Artigo 852-G da CLT - Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.”

Procedimento Sumaríssimo “Artigo 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento,

ainda que não requeridas previamente. §1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária,

sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. §2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e

julgamento independentemente de intimação. §3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não

comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. §4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica,

incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. §5º - (VETADO)

§6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. §7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de

trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.”

“Artigo 852-I da CLT - A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

§1º - O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.

§2º - (VETADO) §3º - As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.”

Procedimento Sumaríssimo “Artigo 895 da CLT - Cabe recurso ordinário para a instância superior:

§1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;

e II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de

sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.

III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;

IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se

a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.

§2º - Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas

sujeitas ao procedimento sumaríssimo.”

Procedimento Sumário

Importante destacar ainda o procedimento sumário, que foi introduzido no Processo do Trabalho por meio da Lei nº. 5.584/70. Esse tipo de procedimento cabe para ações de valor de até dois salários mínimos, considerando o valor do salário mínimo da data

do ajuizamento da ação.

Acerca desse procedimento, nenhum recurso cabe das sentenças proferidas, exceto se versarem sobre matéria constitucional.

“Artigo 2º da Lei nº. 5.584/70 - Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido.

“§3º - Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas) vezes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato. “§4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das

sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.”

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. Em relação ao procedimento sumaríssimo na Justiça do Trabalho, é INCORRETO

afirmar que (Analista Judiciário – FCC – TRT/AM – 2012).

(A) não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e do endereço do reclamado.

(B) o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente. (C) as demandas em que é parte a administração pública direta, autárquica e

fundacional também podem se submeter ao procedimento sumaríssimo, se o valor pleiteado não exceder a quarenta vezes o salário mínimo.

(D) as testemunhas, até no máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.

(E) só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer.

Exercícios

2. Sobre o procedimento sumaríssimo, é correto afirmar: (Procurador – FCC – PGE-MT -

2011).

(A) Estão excluídas as demandas em que é parte a Administração Pública direta e indireta.

(B) A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório e a fundamentação

(C) Os dissídios individuais cujo valor não exceda a sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento

sumaríssimo. (D) As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência

de instrução e julgamento independentemente de intimação. (E) No julgamento do recurso ordinário, se a sentença for confirmada pelos próprios

fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.

Exercícios

3. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo, (Analista Administrativo – VUNESP – Fundação Casa/SP - 2010).

(A) não caberá prova técnica, salvo quando legalmente imposta, cabendo ao

juiz, nesse caso, retomar o procedimento sumário. (B) quando o autor não indicar corretamente o endereço do reclamado, a citação se fará por edital, incumbindo ao autor arcar com as respectivas

despesas. (C) a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de vinte dias

do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Vara do Trabalho.

(D) a instrução e o julgamento ocorrerão em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar

simultaneamente com o titular. (E) todas as provas serão produzidas em audiência de instrução e julgamento,

salvo se não requeridas previamente.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – E 3 – D

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Reclamação Trabalhista

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença 48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Reclamação Trabalhista

“Artigo 2º do CPC - Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou

o interessado a requerer, nos casos e forma legais.”

A reclamação trabalhista instaura a relação jurídica processual, e é a peça de provocação através da qual o interessado, exercendo o direito subjetivo de ação, pede

ao Estado a prestação jurisdicional.

Logo, a reclamação trabalhista contém o pedido de uma providência contra o reclamado e provoca a convocação do mesmo para, se quiser, oferecer resposta aos

termos da ação que, ao final, será julgada pela Justiça do Trabalho.

Reclamação Trabalhista “Artigo 839 da CLT - A reclamação poderá ser apresentada:

a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;

b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho.”

“Artigo 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. §1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição

dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

§2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.”

“Artigo 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48

(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira

desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.”

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DE ... José das Couves, nacionalidade, estado civil, profissão, nome da mãe, data de nascimento, nº do RG, nº do CPF, nº e série da CTPS, nº do PIS, endereço completo com CEP, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos

artigos 840/852-a da CLT e 282 do CPC propor a presente Reclamação Trabalhista

pelo rito ordinário/sumaríssimo, em face de João Bicão Auto Peças, nº. do CNPJ, endereço completo com CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DO CONTRATO DE TRABALHO O reclamante iniciou suas atividades na reclamada em .../../...., desenvolvendo as funções de ..., das ... às ... horas, de ... a ... . Foi

demitido sem justa causa em ... ../../...., quando então percebia o salário de R$ ..., por ... . DAS HORAS EXTRAS

O reclamante trabalha 9 horas diárias, ultrapassando a jornada de 8 horas prevista no artigo 7°, XIII da CF, bem como no artigo 58 da CLT. Por este motivo, faz jus o peticionário a uma hora extra diária, com adicional de 50%, conforme artigo 59 da CLT. Por serem

habituais, requer também seus reflexos nas verbas contratuais e nas rescisórias. DO PEDIDO

Pelo exposto, pleiteia: a) uma hora extra diária ________ a apurar;

b) reflexo das horas extras nas verbas contratuais já descritas__________ a apurar; c) reflexo das horas extras nas verbas rescisórias já descritas __________ a apurar;

DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do

reclamado, oitiva de testemunhas, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis. DA NOTIFICAÇÃO

Requer, por fim, a notificação do reclamado para que conteste os itens apresentados, sob pena de serem admitidos como verdadeiros (Súmula 74 do TST), assim como será comprovado no processo, com a conseqüente decretação da TOTAL

PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, nos termos expostos. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ ........... . Nesses termos,

pede deferimento. Local e data.

Nome e assinatura do advogado. OAB n° ____

Reclamação Trabalhista No Processo do Trabalho é comum que a reclamação trabalhista contenha uma

cumulação de pedidos. A cumulação de pedidos pode simples, sucessiva ou alternativa. Para que possa ocorrer a cumulação de pedidos, é necessário que o juiz da causa seja competente para julgar os pedidos, seja possível a tramitação pelo mesmo

rito, e que os pedidos sejam compatíveis entre si.

Reclamação Trabalhista

A Reclamação Trabalhista é o instrumento através do qual se invoca a tutela jurisdicional. Por conta disso, devem ser observados os requisitos analisados anteriormente. Caso não sejam

respeitados os requisitos determinados pela legislação vigente, e estes sejam sanáveis, poderá ser requerido ao reclamante que faça a emenda de sua reclamação, no prazo de 10 (dez) dias, sob

pena de indeferimento desta.

“Artigo 284 do CPC - Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de

mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único - Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.”

“Artigo 267 do CPC - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

I - quando o juiz indeferir a petição inicial.”

Reclamação Trabalhista

No entanto, o artigo 295 do CPC traz situações nas quais a Reclamação Trabalhista será indeferida de plano, restando impossibilitado ao reclamante realizar qualquer tipo de

emenda a sua peça.

“Artigo 295 do CPC - A petição inicial será indeferida: I - quando for inepta;

II - quando a parte for manifestamente ilegítima; III - quando o autor carecer de interesse processual;

IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição. V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza

da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;

VI - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284.

Parágrafo único - Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; III - o pedido for juridicamente impossível;

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.”

Reclamação Trabalhista

“Súmula 263 do TST - Salvo nas hipóteses do art. 295 do CPC, o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à

propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer.”

Importante destacar ainda, que na Justiça do Trabalho assim como no Processo Civil, é

possível o aditamento da reclamação trabalhista.

“Artigo 294 do CPC - Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa.”

Tendo em vista os princípios pertinentes ao Processo do Trabalho, em regra, o

aditamento deve ser feito antes da audiência. Porém, caso o reclamante postule pelo aditamento da reclamação em audiência, o juiz verificando a viabilidade e

possibilidade da realização do aditamento poderá autorizá-lo, adiando a audiência, concedendo assim a oportunidade para o reclamado da mesma forma aditar sua

defesa. Após o oferecimento da defesa não resta mais possibilidade de aditamento da reclamação trabalhista.

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. Em regra, a petição inicial que estiver desacompanhada de documento indispensável

à propositura da ação (Analista Judiciário – FCC – TRT/GO – 2008).

(A) será obrigatoriamente indeferida se, após intimada para suprir a irregularidade em quinze dias, a parte não o fizer.

(B) deverá ser indeferida de plano, mas poderá o reclamante ingressar imediatamente com nova reclamatória.

(C) somente será indeferida se, após intimada para suprir a irregularidade em dez dias, a parte não o fizer.

(D) deverá ser indeferida de plano, mas o reclamante só poderá ingressar com nova reclamatória após o decurso de cento e vinte dias do trânsito em julgado da primeira

decisão. (E) deverá ser indeferida de plano, mas o reclamante só poderá ingressar com nova

reclamatória após o decurso de sessenta dias do trânsito em julgado da primeira decisão.

Exercícios

2. A CLT permite a acumulação de várias reclamações num só processo, observada a

identidade de: (Técnico Judiciário – FCC – TRT/RS - 2006).

(A) matéria e de causa de pedir. (B) partes e de jurisdição.

(C) objeto e de causa de pedir. (D) matéria e de partes, ainda que se trate de empregados de empresas distintas.

(E) matéria, tratando-se de empregados de uma mesma empresa ou estabelecimento.

Exercícios

3. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais, a reclamação poderá ser apresentada pelos empregados , (Técnico

Judiciário – FCC – TRT/MT - 2007).

(A) somente através de advogado ou do sindicato da classe. (B) somente através de advogado.

(C) apenas por escrito. (D) pessoalmente.

(E) através de qualquer colega de trabalho.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – E 3 – D

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

AUDIÊNCIA TRABALHISTA

Audiência Trabalhista

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença

48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Audiência Trabalhista

A audiência é um ato processual solene que se realiza na sede do juízo, através do qual o juiz colhe a prova oral e ouve pessoalmente as partes. Ainda sim, este momento do processo é revestido de publicidade, sendo realizado pelo juiz, ocorrendo no mesmo

ato a conciliação, à instrução e ojulgamento da causa.

A audiência pode ser dividida em partes, por atos praticados, quais são: a tentativa de conciliação, a apresentação de defesa (em regra, oral), o depoimento das partes, a

produção de provas, as alegações finais (em regra, oral) e o julgamento.

Audiência Trabalhista As audiências possuem requisitos estáticos, que são formalidades necessárias para o acontecimento destas.

“Artigo 813 da CLT - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar

5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. §1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital

afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas. §2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do

parágrafo anterior.”

“Artigo 814 da CLT - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência, os escrivães ou chefes de secretaria.”

“Artigo 815 da CLT - À hora marcada, o Juiz ou Presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe

de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o Juiz ou Presidente não houver

comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.”

“Artigo 816 da CLT - O Juiz ou Presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.”

“Artigo 817 da CLT - O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os

processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais. Parágrafo único - Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.”

Audiência Trabalhista Outro ponto bastante importante da audiência trabalhista é no que tange ao seu

aspecto dinâmico, pois como se sabe, o processo do trabalho visa atender aos princípios da celeridade, da informalidade, da oralidade e da concentração dos atos.

Portanto, em regra, a audiência trabalhista é una, podendo porém, em caso de necessidade, o juiz designar nova data para realização de ato processual que resta

inviável ser praticado durante audiência una.

“Artigo 843 da CLT - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes, salvo

nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

§1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. §2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado,

não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu Sindicato.”

“Súmula 377 do TST - Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra

micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº

123, de 14 de dezembro de 2006.”

Audiência Trabalhista “Artigo 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento

da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o Presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.”

“Súmula 9 do TST - Ausência do Reclamante - Audiência - Arquivamento do Processo

A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.

“Súmula 74 do TST - Pena de Confissão Trabalhista - Comunicação - Prova - Cerceamento de

Defesa I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela comunicação,

não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão

ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.”

“Súmula 122 do TST - Atestado Médico - Ausência do Empregador em Audiência - Revelia

A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de

atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.”

Audiência Trabalhista “Artigo 731 da CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal,

não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do Art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis)

meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.”

“Artigo 732 da CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o Art. 844.”

“OJ nº. 245 da SDI-1 do TST - Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de

comparecimento da parte na audiência.”

Audiência Trabalhista “Artigo 845 da CLT - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das

suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.”

“Artigo 730 da CLT - Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão na multa de 3 (três) a 30 (trinta) valores de referência regionais.”

“Artigo 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de

notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da

parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do Art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.”

“Artigo 846 da CLT - Aberta a audiência, o Juiz ou Presidente proporá a conciliação. §1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo Presidente e pelos litigantes,

consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. §2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a

parte que cumprir o acordo obrigado a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo.”

“Artigo 831 da CLT - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de

conciliação. Parágrafo único - No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão

irrecorrível.”

Audiência Trabalhista “Artigo 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura

da reclamação quando esta não for dispensada por ambas as partes.”

“Artigo 848 da CLT Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o Presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer Juiz temporário, interrogar os litigantes.

§1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.

§2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver.”

“Artigo 849 da CLT - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o Juiz ou Presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida,

independentemente de nova notificação.”

“Artigo 850 da CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma, Em seguida, o Juiz ou Presidente renovará a proposta de conciliação, e não se

realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos Juízes classistas e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento

da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.”

“Artigo 851 da CLT - Os trâmites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão.

§1º - Nos processos de exclusiva alçada das Juntas, será dispensável, a juízo do Presidente, o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do Tribunal quanto à matéria de fato.

§2º - A ata será, pelo Presidente ou Juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos Juízes classistas presentes à

mesma audiência.”

Audiência Trabalhista “Artigo 852 da CLT - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.”

“Artigo 852-C da CLT - As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única,

sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.”

“Artigo 852-E da CLT - Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação

e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.”

“Artigo 852-F da CLT - Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações

fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.”

“Artigo 852-G da CLT - Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.”

“Artigo 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não

requeridas previamente. §4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica,

incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.”

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. Considerando as peculiaridades do Processo do Trabalho, em relação ao instituto da

revelia, pode-se afirmar que: (Procurador – FMP/RS – PGE/AC – 2012).

(A) não há qualquer distinção em relação ao Processo Civil, inclusive quanto ao prazo para apresentação da defesa.

(B) a ausência da reclamada, na audiência em que deveria apresentar defesa, importa sua revelia, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar,

expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

(C) decretada a revelia, a consequência imediata será a aplicação da confissão ao reclamado, acolhendo-se integralmente todas as postulações formuladas na inicial,

inclusive em relação àquelas matérias ditas “de Direito”. (D) mesmo ausente a reclamada, poderá seu advogado, munido de procuração,

apresentar a defesa, principalmente considerando o fato de que não se configura a revelia em face do flagrante ânimo de se defender manifestado.

Exercícios

2. No processo do trabalho, o Juiz deverá propor a conciliação : (Analista Judiciário –

FCC – TRT/AM - 2012).

(A) somente quando o valor da causa o permitir. (B) somente quando houver requerimento das partes.

(C) após a apresentação da defesa e ao término da instrução processual. (D) na abertura da audiência, antes da apresentação da defesa e renovadas após as

razões finais. e) após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual.

Exercícios

3. Assinale a alternativa INCORRETA. , (Procurador – PGE/RO – PGE/RO - 2011).

(A) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou

pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.

(B) Na audiência, é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas

declarações obrigarão o preponente. (C) Na audiência inicial, não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos

para aduzir sua defesa. (D) O não comparecimento do reclamante ou do reclamado à audiência inicial

importa o arquivamento da reclamação. (E) No procedimento sumaríssimo, não se fará a citação por edital,

incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado.

Exercícios

3. Assinale a alternativa INCORRETA. , (Procurador – PGE/RO – PGE/RO - 2011).

(A) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou

pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.

(B) Na audiência, é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas

declarações obrigarão o preponente. (C) Na audiência inicial, não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos

para aduzir sua defesa. (D) O não comparecimento do reclamante ou do reclamado à audiência inicial

importa o arquivamento da reclamação. (E) No procedimento sumaríssimo, não se fará a citação por edital,

incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado.

Exercícios

Gabarito

1 – B

2 – D 3 – D

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

RESPOSTAS DO RECLAMADO

Respostas do Reclamado

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença

48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Respostas do Reclamado

O direito de defesa é um aspecto do próprio direito de ação no que concerne ao réu,

porque não há ação sem bilateralidade, sem duas partes em contraditório. O desrespeito ao princípio do contraditório, fere diretamente a Constituição Federal.

“Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”

Exercendo seu direito de defesa, e ainda sim, utilizando e aplicando o princípio do

contraditório, o reclamado pode oferecer os seguintes meios de resposta: contestação, exceção e reconvenção.

“Artigo 297 do CPC - O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição

escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.”

Respostas do Reclamado Exceção é o incidente processual destinado à arguição de suspeição do juiz e de incompetência do juízo.

“Artigo 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas,com

suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. §1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.

§2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão

final.”

“Artigo 800 da CLT - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.”

“Artigo 801 da CLT - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por

algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a) inimizade pessoal;

b) amizade íntima; c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;

d) interesse particular na causa. Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não

mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela

se originou.”

Respostas do Reclamado “Artigo 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará

audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção.

§1º - Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada procedente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou

sessão, ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum

dos membros se declarar suspeito. §2º - Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, será este substituído na forma da

organização judiciária local.

Respostas do Reclamado Da mesma forma que a inicial deve conter toda a matéria relativa ao pedido, assim também na contestação deve estar contida toda a matéria de defesa. Caso não venha a contestar todos os pedidos presentes em inicial, sob pena de estar sujeito à preclusão. Cabe ressaltar ainda, que é

ineficaz a contestação por negação geral, e ainda sim, equivale a confissão do reclamado quanto aos fatos alegados na inicial. Conforme já visto anteriormente, o reclamado possuirá 20 minutos

para produzir sua defesa.

“Artigo 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as

partes.”

Na contestação o reclamado poderá arguir como matéria de defesa tanto a compensação como a retenção.

“Artigo 767 da CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de defesa.”

“Súmula 18 do TST - A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.”

“Súmula 48 do TST - A compensação só poderá ser argüida com a contestação.”

“Artigo 315 do CPC - O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.” “Artigo 318 do CPC - Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.”

Respostas do Reclamado Ainda em relação à defesa, o reclamado poderá antes de discutir o mérito da ação apresentar as

defesas de natureza processual, opondo ao autor alegação em ordem de defesa quanto às imperfeições formais relativas ao processo. A análise dessas arguições deve ser analisada

anteriormente ao julgamento do mérito, pois estas possuem um caráter prejudicial.

“Artigo 301 do CPC - Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação;

II - incompetência absoluta; III - inépcia da petição inicial;

IV - perempção; V - litispendência; VI - coisa julgada;

VII - conexão; VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;

IX - convenção de arbitragem; X - carência de ação;

XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.”

Caso algumas das alegações em ordem preliminar venham a ser aceitas, ensejará na extinção do processo sem julgamento do mérito, conforme preceitua o artigo 267 do CPC.

Respostas do Reclamado

A defesa de mérito é a impugnação específica ao pedido do reclamante, atacando

tanto a exposição dos fatos (causa de pedir), quanto o pedido especificamente formulado, além dos valores pretendidos.

A defesa de mérito de forma indireta consiste na oposição de fato extintivo,

modificativo ou impeditivo do direito invocado pelo reclamante. Na defesa direta de mérito a resistência é direcionada à própria pretensão do reclamante, negando os fatos

ou o direito material.

“Súmula 153 do TST - Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária”.

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. A empresa Margarida Confeitaria Ltda., em reclamação trabalhista em que é ré, apresentou na audiência em sua defesa uma exceção. Em relação às exceções no

processo do trabalho é correto afirmar: (Analista Judiciário – FCC – TRT/PE – 2012).

(A) Apresentada exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 48 (quarenta e oito) horas, que poderão ser prorrogadas por igual prazo pelo Juiz, em caso de complexidade da matéria, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou

sessão que se seguir. (B) Apresentada exceção de suspeição, o juiz designará audiência dentro de 05 (cinco)

dias para instrução e julgamento da exceção. (C) Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do

juiz, não poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. (D) O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por parentesco por

consanguinidade ou afinidade até o quarto grau civil. (E) A exceção de suspeição será admitida ainda que o recusante procurou de propósito

o motivo de que ela se originou.

Exercícios

2. Em uma reclamação trabalhista a autarquia municipal X pretende arguir

compensação de valores. Neste caso, a compensação: (Procurador Municipal – FCC – PGM/PI - 2010).

(A) deverá ser arguida na execução através de embargos à execução.

(B) só poderá ser arguida em contestação. (C) poderá ser arguida em qualquer momento processual desde que antes do trânsito

em julgado. (D) poderá ser arguida em qualquer momento processual, inclusive através de ação

rescisória. (E) só poderá ser arguida na liquidação de sentença através de manifestação expressa.

Exercícios

Gabarito

1 – C

2 – B

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

PROVAS

Provas

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença

48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Provas As provas no Direito Processual do Trabalho são essenciais para comprovação do direito requerido e alegado

pelas partes. Mediante o conjunto comprobatório apresentado pelas partes, o juiz irá analisar os fatos alegados conjuntamente com as provas juntadas ao processo.

A prova é todo meio destinado a convencer o juiz a respeito da verdade de uma situação de fato. A prova busca

a certeza relativa para formar a convicção do magistrado. Porém, só podem ser objeto de prova os fatos pertinentes ao processo, os fatos relevantes e os fatos controvertidos. Em contrario sensu não estão sujeitos à prova os fatos impertinentes, os fatos irrelevantes, os fatos notórios, os fatos incontroversos e os fatos em cujo

favor milita presunção legal de existência ou veracidade.

“Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o

contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”

A produção de provas é feita na chamada fase probatória, está regulada basicamente nos artigos 818 a 830 da CLT. Ainda sim, aplica-se subsidiariamente o CPC a fim de legislar o presente tema.

“Artigo 396 do CPC - Compete à parte instruir a petição inicial (Art. 283), ou a resposta (Art. 297), com os

documentos destinados a provar-lhe as alegações.”

Provas As provas são apresentadas após a realização da defesa, e se encerram no momento de abertura do prazo para

apresentação das razões finais.

“Artigo 848 da CLT - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.”

“Artigo 850 da CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não

excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.”

O juiz tem liberdade para requerer a produção das provas que forem necessárias para o correto esclarecimento

acerca da lide, não podendo obviamente realizar o requerimento de tais diligências mediante o excesso de poder.

“Artigo 765 da CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão

pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.”

“Artigo 131 do CPC - O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o

convencimento.”

Provas

Assim como os demais temas do Direito, as provas são direcionadas por

princípios, que para fim de estudo utilizaremos os princípios trazidos na obra de Amauri Mascaro Nascimento, e também utilizado por grande parte da

doutrina.

- Princípio da necessidade da prova; - Princípio da unidade da prova;

- Princípio da lealdade ou da probidade da prova; - Princípio da contradição; - Princípio da igualdade; - Princípio da legalidade; - Princípio da imediação;

- Princípio da obrigatoriedade.

Provas A prova cabe às partes, pois em princípio, a estas incumbe demonstrar, na medida de seus

interesses, a autenticidade dos fatos por elas alegados no processo, sem desrespeitar o que diz a Constituição Federal acerca da admissibilidade das provas.

“Artigo 5º da Constituição Federal - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.”

Quanto ao ônus probatório, esse é de incumbência daquele que alega.

“Artigo 818 da CLT - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.”

“Artigo 333 do CPC - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.”

Se a reclamada apenas nega os fatos alegados pelo reclamante, a ele incumbe a prova do fato constitutivo do seu direito. Porém, caso a reclamada venha a alegar fato que impeça, modifique

ou extinga o direito, inverte-se o ônus da prova.

Provas “Súmula 6 do TST - EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT:

É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.”

“Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA

O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui

presunção favorável ao empregado.”

“Súmula 338 do TST - I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação

injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do

empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.”

Provas

Os meios de prova mais utilizados no Direito Processual do Trabalho são o depoimento pessoal, prova documental, prova testemunhal, prova pericial e inspeção judicial.

“Artigo 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua

nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. §1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou

de mudo que não saiba escrever. §2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da

parte a que interessar o depoimento.”

“Artigo 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou

advogados.”

“Artigo 848 da CLT - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os

litigantes.”

“Artigo 347 do CPC - A parte não é obrigada a depor de fatos: I - criminosos ou torpes, que lhe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.”

Provas

“Artigo 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar.”

“Artigo 397 do CPC - É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los

aos que foram produzidos nos autos.” “Artigo 398 do CPC - Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o

juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de 5 (cinco) dias.”

“Súmula 8 do TST - A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.”

“Artigo 830 da CLT - O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico

pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Parágrafo único - Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será

intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses

documentos.”

“OJ nº. 36 da SDI-1 do TST - O instrumento normativo em cópia não autenticada possui valor probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento

comum às partes.”

Provas

“Artigo 821 da CLT - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).”

“Artigo 852-H - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à

audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.”

“Artigo 824 da CLT - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.”

“Artigo 825 da CLT - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de

notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da

parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.”

“Artigo 829 da CLT - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou

inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.”

“Súmula 357 do TST - Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter

litigado contra o mesmo empregador.”

Provas

“Artigo 145 do CPC - Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no Art. 421.”

“Artigo 420 do CPC - A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.” “Artigo 422 do CPC - O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou

suspeição.”

“Artigo 195 da CLT - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do

Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. §2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma

deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.”

“Artigo 827 da CLT - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará,

para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado.”

“Artigo 852-H da CLT, §4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.”

“Artigo 790-B da CLT - A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte

sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.”

“Súmula 341 do TST - A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia.”

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. O número máximo de testemunhas admitido em lei para cada uma das partes nos

dissídios individuais trabalhistas nos procedimentos ordinário, sumaríssimo e inquérito para apuração de falta grave, respectivamente, é de: (Analista Judiciário – FCC – TRT/PE

– 2012).

(A) duas, três e quatro. (B) três, duas e seis. (C) três, três e três.

(D) cinco, três e seis. (E) cinco, três e cinco.

Exercícios

2. Sobre as provas no processo do trabalho, como regra, é correto afirmar: (Procurador

Municipal – PGE – PGE/RO - 2011).

(A) O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade.

(B) No procedimento sumaríssimo trabalhista, as testemunhas são arroladas na peça inicial e na contestação, sob pena de preclusão

(C) A prova documental poderá ser ofertada juntamente com as alegações finais do processo.

(D) O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado.

(E) A não apresentação injustificada dos controles de frequência pelo empregador gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual não pode ser elidida

por prova em contrário.

Exercícios

3. A empresa X possui 3 empregados; a Empresa Y possui 7 empregados e a empresa Z

possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao pagamento de horas extras laboradas, NÃO terá o ônus de provar as horas trabalhadas com a apresentação

do controle de frequência: (Analista Judiciário – FCC – TRT/RS - 2011).

(A) a empresa Z, somente. (B) a empresa X, somente.

(C) as empresas X e Y, somente. (D) as empresas Y e Z, somente.

(E) as empresas X, Y e Z.

Exercícios

Gabarito

1 – B

2 – A 3 – E

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

SENTENÇA

Provas

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença

48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Sentença A sentença é a prestação jurisdicional, é o ato pelo qual o juiz soluciona a controvérsia que lhe é submetida. Ela de fato expressa a soberania do Estado; evidencia a função jurisdicional atendendo ao que é objeto do processo, à composição, que se presume

justa.

“Artigo 162 do Código de Processo Civil - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§1º - Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

§3º - São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. §4º - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,

independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.”

A sentença é o acontecimento mais importante do processo, pois ela quem traz ao

solução ao que se busca durante todo o processo, que é a resolução do litígio.

Sentença As sentenças no Processo do Trabalho podem ser terminativas ou definitivas. As sentenças terminativas são

aquelas que decidem o processo sem resolver acerca de seu mérito. Já a sentença definitiva resolve o mérito da causa, acolhendo ou rejeitando o pedido do autor.

“Artigo 267 do CPC - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

I - quando o juiz indeferir a petição inicial; II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das

partes e o interesse processual; VII - pela convenção de arbitragem;

VIII - quando o autor desistir da ação; IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; XI - nos demais casos prescritos neste Código.

“Artigo 269 do CPC - Haverá resolução de mérito:

I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

III - quando as partes transigirem; IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.”

Sentença

Já quanto a sua eficácia as sentenças podem ser declaratórias, condenatórias ou constitutivas. A sentença declaratória pode ser positiva ou negativa. As sentenças

condenatórias além de declarar o direito aplicável ao caso concreto, impõe uma ação ou omissão. Por fim, a sentença constitutiva, além de reconhecer a existência de uma

relação jurídica, a modifica ou extingue.

“Artigo 831 da CLT - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.

Parágrafo único - No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem

devidas.”

“Súmula 259 do TST - Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.”

“Artigo 269 - Haverá resolução de mérito:

III – quando as partes transigirem.”

Sentença “Artigo 458 do CPC - São requisitos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem.”

“Artigo 832 da CLT - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da

defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. §1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições

para o seu cumprimento. §2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.

§3º - As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de

responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso.”

“Artigo 852-I da CLT - A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.”

Sentença A sentença deverá indicar o valor da condenação, e caso o reclamante tenha formulado

o pedido de forma líquida, ao juiz é vedado proferir sentença ilíquida.

“Artigo 459 do CPC - O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem

julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa. Parágrafo único - Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz

proferir sentença ilíquida.”

Caso a condenação seja ilíquida, o juiz deverá arbitrar o valor desta.

“Artigo 789 da CLT, §2º - Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais.”

“Súmula 211 do TST - Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na

liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação.”

Sentença A sentença só pode ter eficácia, produzir seus efeitos, se prolatada, publicada e dela sendo as

partes intimadas com as formalidades da lei. A prolação, a publicação, e a intimação são institutos diferentes.

“Artigo 834 da CLT - Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua

notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas.”

“Súmula 197 do TST - O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência

em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.”

“Artigo 851 da CLT - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão.

§2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada

pelos juízes classistas presentes à mesma audiência.”

“Artigo 852 da CLT - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma

estabelecida no§ 1º do art. 841.”

Sentença

“Artigo 833 da CLT - Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex

officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho.”

“Artigo 897-A da CLT, Parágrafo único - Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.”

Sentença

“Artigo 460 do CPC - É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi

demandado.”

Dessa maneira, são proibidos os julgamentos extra petita, ultra petita e infra petita. A sentença deve abordar aquilo que é pedido pelo autor, sob pena de nulidade da sentença prolatada.

“Artigo 462 do CPC - Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou

extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença.”

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. No que concerne ao acordo homologado judicialmente, assinale a opção correta.

(OAB – CESPE – Nacional – 2009).

(A) Acordos judiciais não transitam em julgado, visto que podem sofrer alterações a qualquer tempo, conforme a vontade das partes.

(B) Cabe agravo de instrumento contra a decisão que homologa acordo. (C) O termo conciliatório transita em julgado na data da publicação da homologação

judicial. (D) O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, salvo para a

previdência social, quanto às contribuições que lhe forem devidas.

Exercícios

2. A respeito da estrutura da sentença, é INCORRETO afirmar:(Analista Judiciário – FCC

– TRT/SP - 2008).

(A) O relatório deverá indicar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, bem como das principais ocorrências existentes no processo.

(B) Na decisão, o juiz deve indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação, inclusive o limite da responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da

contribuição previdenciária. (C) O juiz deverá decidir tudo que tiver sido alegado pelas partes na inicial e na

contestação, mas só poderá decidir além do pedido se o fizer em favor do reclamante. (D) No procedimento sumaríssimo, a sentença mencionará os elementos de convicção

do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

(E) Os juros de mora e a correção monetária devem constar da parte dispositiva da sentença, ainda que o reclamante não tenha feito pedido expresso a respeito na

petição inicial.

Exercícios

Gabarito

1 – D

2 – C

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

RECURSOS

Recursos

________________________________________________________________________ RT Citação Audiência Defesa do Réu Interrogatório Razões Finais Sentença

48 horas 5 dias 1ª Proposta de conciliação 20 minutos Instrução 2ª Proposta de Conciliação Súm.16 TST 841 CLT 846 da CLT 847 CLT - Exceção, Reconvenção Partes e Contestação Testemunha Perito / Técnico

Recursos A palavra recurso vem do latim recursus, que em sentido estrito, segundo Sérgio Pinto

Martins, significa "a possibilidade de provocar o reexame de determinada decisão, pela autoridade hierarquicamente superior visando à obtenção de sua reforma ou

modificação". O recurso visa garantir o duplo grau de jurisdição assegurado pela CF/1988. Os recursos no processo do trabalho são regulados pela CLT e,

subsidiariamente, pelo CPC.

Recurso é um direito público subjetivo implícito ao direito de ação, conferido à parte vencida ou ao terceiro prejudicado, para que possam submeter a decisão ao reexame

pelo mesmo órgão prolator da decisão ou outro órgão de grau superior, com o objetivo de anular ou reformar total ou parcialmente a sentença.

“Artigo 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito

meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.”

Recursos Assim como em outras áreas do direito, a matéria recursos no Processo do Trabalho possui princípios que o

norteiam. Cabe destacar alguns.

Princípio do Duplo Grau de Jurisdição – É decorrente de garantia constitucional da ampla defesa.

“Artigo 5º da Constituição Federal – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o

contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”

“Súmula 303 do TST - FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão

contrária à Fazenda Pública, salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos;

b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho.

II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa

jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de

matéria administrativa.”

Recursos Princípio da Fungibilidade – É aquele através do qual se admite a troca de um recurso por outro, sendo admitido o conhecimento do recurso interposto erradamente como se fosse o correto. Cabe ressaltar ainda que a fungibilidade dos recursos é admitida

apenas se inexistir erro grosseiro da parte que interpôs o recurso errado.

“Artigo 244 do CPC - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a

finalidade.”

Princípio da Taxatividade – Os recursos colocados à disposição das partes são aqueles previstos na lei.

“Artigo 893 da CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

I - embargos; II - recurso ordinário;

III - recurso de revista; IV - agravo.”

Recursos Princípio da unirrecorribilidade ou singularidade – Para cada decisão judicial recorrível é cabível apenas um recurso, não podendo a parte interpor mais de um tipo de recurso contra a decisão.

Importante ainda destacar as hipóteses de sucumbência recíproca, em que não ocorrerá prejuízo ao presente princípio.

Princípio da non reformatio in pejus – O tribunal não poderá decidir mais do que lhe foi pedido

pelo recorrente, decidindo de forma desfavorável ao mesmo.

Recursos Importante destacar ainda que no Direito Processual do Trabalho, as decisões interlocutórias em

regra são irrecorríveis.

“Artigo 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.

§2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no

recurso que couber da decisão final.”

“Artigo 893 da CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: §1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,

admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.”

“Súmula 214 do TST - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE

Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho

contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência

territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.”

Recursos O processamento dos recursos está condicionado à observância de determinados requisitos ou pressupostos. Os

pressupostos recursais são analisados por um juízo de admissibilidade a quo, para verificar a possibilidade de seguimento, Estando o recurso no juízo ad quem, também, verifica-se a admissibilidade do mesmo, a fim de que possa conhecer do recurso. Os pressupostos recursais subjetivos remetem à legitimidade, interesse processual e

capacidade.

Em regra os pressupostos recursais objetivos são: Recorribilidade da decisão - a decisão deve ser recorrível, afastando-se, portanto, os despachos de mero

expediente e a decisão interlocutória, a qual é irrecorrível de imediato. Súmula 259 do TST.

Adequação ou cabimento do recurso - há um recurso para cada espécie de decisão. Aplica-se o princípio da fungibilidade quando não haja erro grosseiro e seja tempestivo.

Previsão legal - No processo do trabalho os recursos são os previstos nos artigos 893 da CLT e artigo 102, inciso

II, da CF/88 (Recurso Extraordinário).

Regularidade formal - forma escrita, fundamentação do recurso e tempestividade.

Preparo - No processo do trabalho as custas serão pagas pelo vencido a contar da interposição do recurso (preparo). A falta de preparo gera DESERÇÃO, que importa no não conhecimento do recurso. “Súmula 352 do

TST - Custas - Prazo para comprovação - O prazo para comprovação do pagamento das custas, sempre a cargo da parte, é de cinco dias contados do seu recolhimento.”

Na sucumbência parcial somente pagará custas o empregador.

Depósito recursal - É uma garantia prévia de cumprimento da decisão, cujo pagamento deverá ser comprovado no prazo alusivo ao recurso, independentemente da sua interposição antes do termo "ad quem". Somente é

exigível o depósito recursal para o empregador.

Recursos “Súmula 128 do TST - I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada

novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso.

II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação

da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas

aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.”

“Súmula 164 do TST - O não-cumprimento das determinações dos §§ 1º e 2º do art. 5º da Lei nº. 8.906, de 04.07.1994 e do art. 37, parágrafo único, do Código de Processo Civil importa o não-conhecimento de recurso,

por inexistente, exceto na hipótese de mandato tácito.”

“Súmula 245 do TST - O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.”

“Súmula 383 do TST - I - É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode

ser reputada ato urgente. II - Inadmissível na fase recursal a regularização da representação processual, na forma do art. 13 do CPC, cuja

aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau.”

Os limites dos depósitos recursais são definidos conforme o valor da condenação. Para as condenações que fiquem abaixo do estabelecido por ato normativo do TST, o depósito recursal corresponderá ao valor da

condenação. Para as condenações que ultrapassem o valor do limite determinado pelo referido normativo, o depósito recursal será no valor exato deste limite. Tais valores são reajustado anualmente.

Recursos

No processo do trabalho a regra é o efeito devolutivo, que ocorre quando a questão for devolvida pelo juiz da causa a outro juiz ou tribunal. O efeito suspensivo provoca a

paralisação dos efeitos da sentença, contra a qual foi interposto o recurso, impedindo o início da execução, mesmo provisória.

É previsto em duas únicas hipóteses: no recurso de revista, quando o juiz presidente do Tribunal "a quo" pode emprestar o efeito suspensivo, e no dissídio coletivo, o Art. 7°, § 2°, da Lei n° 7.701/88, que prevê a faculdade do Presidente do Tribunal Superior

do Trabalho emprestar efeito suspensivo ao Recurso Ordinário interposto contra decisão proferida pela Seção Normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terá validade pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação do Acórdão.

“Artigo 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a

penhora..”

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

RECURSOS EM ESPÉCIE

Recursos A CLT traz um rol taxativo acerca dos recursos cabíveis, previstos no artigo 893 da CLT. Ainda sim, existem outros recursos cabíveis que devem ser analisados.

“Artigo 893 da CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

I - embargos; II - recurso ordinário;

III - recurso de revista; IV - agravo.”

“Súmula 434 do TST - I) É extemporâneo recurso interposto antes de publicado

o acórdão impugnado.

Recursos

Embargos de declaração - recurso com a finalidade de esclarecer a sentença ou acórdão que contém contradições, obscuridades e omissões. Possui efeito devolutivo, interrompe o prazo recursal, e independe de

pagamento de custas e emolumentos. “Artigo 897-A da CLT – Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco

dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e

manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. Parágrafo único - Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.”

Embargos infringentes – são cabíveis na hipótese de acórdão não unânime proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho, em sede de dissídio coletivo. Os embargos infringentes são julgados pela própria Seção de Dissídios

Coletivos. “Artigo 894 da CLT - No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

I - de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos

Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei.”

Embargos divergentes – são interpostos para a SDI que julgará os embargos divergentes das decisões das

Turmas TST que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela SDI, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou do STF.

“Artigo 894 da CLT, II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou

orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal.”

Recursos Recurso Ordinário – É recurso cabível nas decisões que põem fim ao processo, apreciando, ou não, o mérito da causa. O recurso ordinário tanto pode ser interposto das decisões do juiz de primeiro grau, quanto das decisões proferidas pelo Tribunal Regional do Trabalho, em processos da sua competência originária, tais como: mandado

de segurança, dissídio coletivo, ação rescisória.

“Artigo 895 da CLT - Cabe recurso ordinário para a instância superior: I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;

II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer

nos dissídios coletivos. §1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:

II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem

revisor; III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender

necessário o parecer, com registro na certidão; IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e

parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.

§2º - Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.”

“Súmula 8 do TST - A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo

impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.”

Recursos Recurso de Revista – O Recurso de Revista é um recurso de caráter extraordinário, admitido contra acórdãos

proferidos em sede de Recurso Ordinário e Agravo de Petição e tem por objetivo a uniformização da jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho, não podendo ser utilizado para discutir matérias de fato,

sendo admissível inclusive nas ações submetidas ao Rito Sumaríssimo.

“Artigo 896 da CLT - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a

Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença

normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. §1º - O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal

recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. §2º - Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de

sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.

§3º - Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a

admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho.

§4º - A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

“Artigo 896, §5º da CLT - Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da Súmula da

Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas

hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo.

§6º - Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da

Constituição da República.”

“Artigo 896-A da CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: §1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do

merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.”

“Súmula 126 do TST - Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.”

“Súmula 221 do TST - RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE PRECEITO. INTERPRETAÇÃO

RAZOÁVEL I - A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do

dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao

conhecimento de recurso de revista com base na alínea "c" do art. 896 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito.”

“OJ nº. 310 da SDI-I do TST - LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO

CPC. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em decorrência da sua

incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.”

Recursos “Artigo 897 da CLT - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

§1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.

§2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.

§3º - Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a

extração de carta de sentença. §4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja

interposição foi denegada. §5º - Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso

provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos

advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do

art. 899 desta Consolidação; II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.

§6º - O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.

§7º - Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso.

§8º - Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o §3º, parte final, e remetidas à instância

superior para apreciação, após contraminuta.”

FIM

EXERCÍCIOS

Exercícios

1. A respeito dos recursos em matéria trabalhista, é INCORRETO afirmar: (Técnico

Judiciário – FCC – TRT/SP – 2008).

(A) Cabe agravo de instrumento contra decisão que negar seguimento a recurso ordinário.

(B) Cabe agravo de petição contra a sentença que homologa o cálculo em execução de sentença, desacolhendo parcialmente impugnação do reclamado.

(C) Cabe agravo regimental para o Tribunal Pleno do TST das decisões proferidas pelo Corregedor do TST.

(D) Pode o reclamante interpor recurso ordinário contra a decisão que homologa acordo entre as partes.

(E) Os embargos de declaração são cabíveis para impugnar sentença ou acórdão quando ocorrer omissão, obscuridade ou contradição.

Exercícios

2. De decisão não unânime do Tribunal Superior do Trabalho que estender sentença

normativa e das decisões definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho em processos de sua competência originária, ainda não transitados em julgados, caberá: (Técnico

Judiciário – FCC – TRT/PE - 2012).

(A) Embargos e Agravo de Petição, respectivamente. (B) Embargos e Recurso Ordinário, respectivamente.

(C) Recurso de Revista e Recurso Ordinário, respectivamente. (D) Embargos.

(E) Recurso de Revista.

Exercícios 3. Giulia, advogada de Atena na reclamação trabalhista X, ainda não transitada em

julgado, obteve acesso a acórdão proferido em Recurso Ordinário antes de sua publicação através do site do Tribunal Regional do Trabalho competente. Para adiantar

seu serviço, e em razão do acórdão afrontar direta e literalmente a Constituição Federal, Giulia interpôs Recurso de Revista sem esperar a publicação efetiva do

acórdão. Neste caso, o Recurso de Revista (Analista Judiciário – FCC – TRT/PE - 2012).

(A) deverá ser conhecido e recebido pelo Tribunal Regional do Trabalho competente com a consequente remessa ao Tribunal Superior do Trabalho.

(B) é extemporâneo e sendo assim não será conhecido. (C) não é o recurso cabível no presente caso, uma vez que Giulia deveria interpor

Agravo de Petição. (D) deverá ser conhecido e recebido pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho,

uma vez que este recurso é dirigido diretamente para este Tribunal. (E) não é o recurso cabível no presente caso, uma vez que Giulia deveria interpor

Embargos.

Exercícios 4. Uma ação é movida contra duas empresas integrantes do mesmo grupo econômico

e uma terceira, que alegadamente foi tomadora dos serviços durante parte do contrato. Cada empresa possui um advogado. No caso de interposição de recurso de

revista, (OAB – FGV – Nacional - 2012).

(A) o prazo será computado em dobro porque há litisconsórcio passivo com procuradores diferentes.

(B) o prazo será contado normalmente. (C) o prazo será de 10 dias.

(D) fica a critério do juiz deferir a dilação do prazo para não prejudicar os réus quanto à ampla defesa.

Exercícios

Gabarito

1 – D

2 – B 3 – B 4 – B

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

EXECUÇÃO

Execução

________________________________________________________________________ Execução Liquidação MCPA Artigo 655 do CPC Embargos Leilão

Título Executivo Cálculos 48 horas para pagar Ciência da Penhora Arrematação Judicial ou Arbitramento Garantir o Juízo Garantia do Juízo Adjudicação

Extra Judicial Artigos Nomear bem a penhora Impugnação Remição Perito / Técnico

Execução A execução pode ser definida como “o conjunto de atos processuais suficientes e

necessários para dar cumprimento ao título executivo. Esse título executivo poderá ser judicial ou extrajudicial.

“Artigo 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido

recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de

conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo.

Parágrafo único - Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o

período contratual reconhecido.”

A execução não é processo autônomo, é apenas uma fase do processo de conhecimento.

Execução

Princípio da natureza real – “Artigo 591 do CPC – O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em

lei.”

Princípio da não-prejudicialidade ao devedor – “Artigo 620 do CPC - Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o

devedor.”

Importante destacar que o Código de Processo Civil poderá ser utilizado subsidiariamente na fase de execução, quando omissa for a CLT e da mesma forma a Lei 6.830/80, e desde que não haja

incompatibilidade com as regras e princípios do processo do trabalho.

Execução “Artigo 877 da CLT - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal

que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio.”

“Artigo 877-A da CLT - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria.”

“Artigo 878 da CLT - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo

próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução

poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.”

“Artigo 878-A da CLT - Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na

execução ex officio.”

Execução No processo do trabalho, a execução poderá ser provisória ou definitiva. Será

definitiva, quando a sentença houver transitado em julgado. São aquelas promovidas a partir da existência da coisa julgada material e formal, prosseguindo até se alcançar o

objetivo da mesma, que é a satisfação do crédito exeqüendo ou cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer.

A execução provisória ocorrerá quando ainda não se houver constituído a coisa julgada

material e processual, e a sentença for impugnada mediante recurso, sendo este recebido apenas no efeito devolutivo.

“Artigo 587 do CPC - É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é

provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo.”

“Artigo 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito

meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.”

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

EXECUÇÃO – LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Execução

________________________________________________________________________ Execução Liquidação MCPA Artigo 655 do CPC Embargos Leilão

Título Executivo Cálculos 48 horas para pagar Ciência da Penhora Arrematação Judicial ou Arbitramento Garantir o Juízo Garantia do Juízo Adjudicação

Extra Judicial Artigos Nomear bem a penhora Impugnação Remição Perito / Técnico

Execução

“Artigo 879 da CLT - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. §1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem

discutir matéria pertinente à causa principal. §1º-A – A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias

devidas. §1º-B – As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo

de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente.”

Deverá ser observado que na liquidação não se poderá modificar os limites da coisa julgada material e nem os seus termos. A liquidação de sentença, promovida na fase de

acertamento, seja em sede de execução definitiva ou provisória, tem por escopo converter o objeto da condenação em números determinados, transformando a

obrigação indeterminada em obrigação determinada.

Execução

Só após a sentença de liquidação é que o processo executório, propriamente dito, se iniciará, a partir do mandado de citação e penhora ou só de citação, consoante for o

caso. Se na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, de imediato, poderá se iniciar a execução com relação ao valor já conhecido, abrindo-se a fase de acertamento

com relação ao valor desconhecido.

Liquidação por cálculos – A liquidação por cálculos é utilizada quando a apuração do valor devido puder ser feita por uma simples operação aritmética. Trata-se de um

procedimento de extrema simplicidade, que permite chegar ao valor devido a partir de simples cálculos aritméticos elaborados a partir de critérios fixados na sentença.

Neste tipo de liquidação ficam já estabelecidos todos os critérios para a composição dos objetos contidos na condenação, devendo simplesmente o contador, através de

operações aritméticas, liquidar os valores devidos, como por exemplo: o juiz fixa uma média mensal de horas extras devidas, arbitra o adicional a ser aplicado e fixa a

remuneração que deverá servir de base para os cálculos, cabendo tão somente ao contador fixar os valores devidos através dos cálculos. O erro material, por ventura

existente, poderá ser corrigido a qualquer momento.

Execução

Liquidação por arbitramento – Este modo de liquidação tem como pressuposto de legitimidade a

natureza do objeto a ser liquidado e a presença de uma pessoa com conhecimentos especializados. Neste caso, o juiz nomeará o experto, sendo admitida a presença de assistentes

indicados pelas partes, as quais apresentarão os seus quesitos, sem exclusão daqueles que o juiz houver por bem formular.

Na liquidação por arbitramento exige-se perícia técnica, especializada, ou seja, profissional

formado, com habilidade e habilitação para proceder a perícia.

Apresentado o laudo, as partes terão prazo de 10 dias para se manifestarem sobre o seu conteúdo. Será concedida vista ao perito sobre as impugnações oferecidas, para que se manifeste

em 10 dias. Prestados os devidos esclarecimentos, as partes terão vistas sobre os mesmos, podendo se manifestarem no prazo de 05 dias. Após, o processo estará concluso para o juiz, que não se encontra vinculado aos termos do laudo, podendo rejeitá-lo e determinar nova apuração

ou impugnar alguma parte do laudo.

Execução

Liquidação por artigos – A liquidação por artigos se processa sempre quando, para determinar o

valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. Não se admite na liquidação por artigos, a prova de fatos que a sentença não reconheceu. Caso contrário, estaria a

se admitir a violação da coisa julgada.

Se for o autor que postular a liquidação por artigos, deverá declarar quais os fatos que a justificam ou fato novo, sob pena do juiz indeferir essa forma de procedimento, se bem que

poderá suprimir essa omissão. Desta petição a parte contrária terá vista para se manifestar no prazo de cinco dias. Após a sentença de liquidação, o juiz poderá determinar que as partes

apresentem seus cálculos, autor e réu.

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

EXECUÇÃO – MANDADO DE PENHORA

Execução

________________________________________________________________________ Execução Liquidação MCPA Artigo 655 do CPC Embargos Leilão

Título Executivo Cálculos 48 horas para pagar Ciência da Penhora Arrematação Judicial ou Arbitramento Garantir o Juízo Garantia do Juízo Adjudicação

Extra Judicial Artigos Nomear bem a penhora Impugnação Remição Perito / Técnico

Execução

A penhora é a apreensão física dos bens do executado que posteriormente serão vendidos judicialmente para obtenção de montante suficiente para a satisfação do

crédito contido no título executivo. A penhora torna indisponíveis os bens do devedor.

“Artigo 880 da CLT - Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo

no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o

faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. §1º - O mandado de citação deverá conter a decisão exeqüenda ou o termo de acordo

não cumprido. §2º – A citação será feita pelos oficiais de diligência.

§3º – Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na

falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.”

Execução

“Artigo 649 do Código de Processo Civil – São absolutamente impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3º deste

artigo; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou

úteis ao exercício de qualquer profissão; VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.”

“Artigo 650 do Código de Processo Civil - Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e rendimentos

dos bens inalienáveis, salvo se destinados à satisfação de prestação alimentícia. I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados a alimentos de incapazes, bem como de

mulher viúva, solteira, desquitada, ou de pessoas idosas; II - as imagens e os objetos do culto religioso, sendo de grande valor.”

Execução

“Artigo 655 do Código de Processo Civil – A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; II - veículos de via terrestre; III - bens móveis em geral;

IV - bens imóveis; V - navios e aeronaves;

VI - ações e quotas de sociedades empresárias; VII - percentual do faturamento de empresa devedora;

VIII - pedras e metais preciosos; IX - títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado;

X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; XI - outros direitos.

§1º - Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro

garantidor, será também esse intimado da penhora. §2º - Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado.”

Execução

“Artigo 881 da CLT – No caso de pagamento da importância reclamada, será este feito perante o escrivão ou secretário, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo executado e pelo mesmo escrivão ou secretário, entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo.

Parágrafo único - Não estando presente o exeqüente, será depositada a importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo.”

“Artigo 882 da CLT - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante

depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial

estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil.”

“Artigo 883 da CLT - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora,

sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.”

“Súmula 417 do TST – I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que obedece à

gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art.

666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora

em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC.”

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

EXECUÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO

Execução

________________________________________________________________________ Execução Liquidação MCPA Artigo 655 do CPC Embargos Leilão

Título Executivo Cálculos 48 horas para pagar Ciência da Penhora Arrematação Judicial ou Arbitramento Garantir o Juízo Garantia do Juízo Adjudicação

Extra Judicial Artigos Nomear bem a penhora Impugnação Remição

Execução “Artigo 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5

(cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.

§1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.

§2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a

produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. §3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de

liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo. §4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação

apresentadas pelos credores trabalhista.”

O prazo para apresentação dos embargos e da impugnação é contado a partir da garantia do juízo, não importando efeito da contagem do mesmo a data da juntada do mandado de penhora. Os embargos à execução serão possíveis em títulos executivos

extrajudiciais.

Execução

“Artigo 885 da CLT – Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente

ou insubsistente a penhora.”

“Artigo 886 da CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que

proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior. §1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes interessadas, em

registrado postal, com franquia. §2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz, ou presidente, mandará proceder logo à

avaliação dos bens penhorados.”

Se a penhora alcançar bens que não pertençam ao executado, poderá o terceiro, titular do bem, ou o executado, se o bem estiver sob a sua posse, ingressar com embargos de terceiros.

“Artigo 1046 do Código de Processo Civil - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro,

alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.

§1º - Os embargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou apenas possuidor. §2º - Equipara-se a terceiro a parte que, posto figure no processo, defende bens que, pelo título de sua

aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser atingidos pela apreensão judicial. §3º - Considera-se também terceiro o cônjuge quando defende a posse de bens dotais, próprios, reservados ou

de sua meação.”

Execução

“Artigo 887 da CLT – A avaliação dos bens penhorados em virtude da execução de decisão condenatória, será feita por avaliador escolhido de comum acordo pelas partes, que perceberá as custas arbitradas pelo juiz, ou

presidente do tribunal trabalhista, de conformidade com a tabela a ser expedida pelo Tribunal Superior do Trabalho. §1º - Não acordando as partes quanto à designação de avaliador, dentro de cinco dias após o despacho que o determinou a

avaliação, será o avaliador designado livremente pelo juiz ou presidente do tribunal. §2º - Os servidores da Justiça do Trabalho não poderão ser escolhidos ou designados para servir de avaliador.”

“Artigo 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a

arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias.

§1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a adjudicação.

§2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. §3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos

por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente. §4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em

benefício da execução, o sinal de que trata o §2º deste artigo, voltando à praça os bens executados.”

“Artigo 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., por intermédio de documento

de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo constar o número do processo. §1º - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste,

ficando a execução da contribuição social correspondente suspensa até a quitação de todas as parcelas. §2º - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os

recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for estabelecido em regulamento.”

Execução

“Artigo 747 do Código de Processo Civil - Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo

deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens.”

“Súmula 419 do TST - Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo

deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo

deprecado, em que a competência será deste último.”

“Artigo 475-L do Código de Processo Civil - A impugnação somente poderá versar sobre: I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;

II – inexigibilidade do título; III – penhora incorreta ou avaliação errônea;

IV – ilegitimidade das partes; V – excesso de execução;

VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.”

Execução

“Artigo 897 da CLT - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. §1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados,

permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. §2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da

sentença. §3º - Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a

extração de carta de sentença. §4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja

interposição foi denegada. §5º - Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso

provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos

advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do

art. 899 desta Consolidação; II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.

§6º - O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.

§7º - Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso.

§8º - Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o §3º, parte final, e remetidas à instância

superior para apreciação, após contraminuta.”

FIM

Direito Processual do

Trabalho para Concursos

Professor Jônatas Rodrigues

EXECUÇÃO - EXERCÍCIOS

Exercícios

1. Em determinada execução trabalhista por carta precatória, foi penhorado bem

imóvel de Samuel, irmão gêmeo de Davi, proprietário da empresa executada. Samuel pretende ajuizar Embargos de Terceiro. Neste caso, como regra geral, Samuel: (Técnico

Judiciário – FCC – TRT/PE – 2012).

(A) deverá oferecer os referidos embargos no juízo deprecado, sob pena de não conhecimento.

(B) poderá oferecer os referidos embargos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, sendo que a competência para julgá-los é do juízo deprecado.

(C) deverá oferecer os referidos embargos no juízo deprecante, sob pena de não conhecimento.

(D) poderá oferecer os referidos embargos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, sendo que a competência para julgá-los é do juízo deprecante.

(E) não poderá oferecer Embargos de Terceiros, uma vez que não há tipificação legal para o ajuizamento destes embargos na hipótese mencionada.

Exercícios

2. Em relação à execução trabalhista, conforme regras contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, é correto afirmar: (Analista Judiciário – FCC – TRT/PE - 2012).

(A) Os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia são

considerados títulos executivos extrajudiciais e serão executados pela forma estabelecida pela CLT.

(B) A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, reclamante ou reclamado, mas não poderá ser promovida ex officio pelo próprio Juiz competente.

(C) Requerida a execução, o Juiz mandará expedir mandado de citação do executado, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas

à União, para que o faça em 05 (cinco) dias ou garanta a execução, sob pena de penhora.

(D) Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 10 (dez) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.

(E) Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não pagamento de uma prestação não compreenderá as que lhe sucederem.

Exercícios 3. Salomão e David são irmãos e pretendem arrematar um imóvel no leilão judicial de

bens penhorados em reclamações trabalhistas para moradia de sua mãe. Em determinado leilão judicial, Salomão conseguiu arrematar uma casa pelo valor de R$

100.000,00. Neste caso, Salomão deverá garantir o seu lance com um sinal correspondente a (Técnico Judiciário – FCC – TRT/PE - 2012).

(A) R$ 10.000,00 e efetuar o pagamento do restante em 48 horas da arrematação. (B) R$ 10.000,00 e efetuar o pagamento do restante em 24 horas da arrematação. (C) R$ 20.000,00 e efetuar o pagamento do restante em 48 horas da arrematação. (D) R$ 20.000,00 e efetuar o pagamento do restante em 24 horas da arrematação. (E) R$ 15.000,00 e efetuar o pagamento do restante em 24 horas da arrematação.

Exercícios 4. Acerca da execução trabalhista regulamentada pela CLT, assinale a opção correta.

(OAB – CESPE – Nacional - 2009).

(A)Somente as partes poderão promovê-la. (B) Poderá ser impulsionada ex officio pelo juiz.

(C) O prazo estipulado para o ajuizamento dos embargos à execução é de dez dias após garantida a execução ou penhorados os bens.

(D) Não poderão ser executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos juízes e tribunais do trabalho e resultantes de

condenação ou homologação de acordo.

Exercícios

Gabarito

1 – D

2 – A 3 – D 4 – B