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Técnico Judiciário – Área Administrativa Direito Processual do Trabalho Prof. Rogério Renzetti

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Técnico Judiciário – Área Administrativa

Direito Processual do Trabalho

Prof. Rogério Renzetti

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Direito Processual do Trabalho

Professor Rogério Renzetti

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Edital

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1 Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 2 Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. 3 Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos distribuidores. 4 Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 5 Dos atos, termos e prazos processuais. 6 Da distribuição. 7 Das custas e emolumentos. 8 Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. 9 Das exceções. 10 Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. 11 Das provas. 12 Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. 13 Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 14 Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 15 Da execução: da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora. 16 Dos embargos à execução. 17 Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. 18 Execução contra fazenda pública. 19 Dos recursos no processo do trabalho. 20 Processo Judicial Eletrônico: Resolução CSJT nº 136/2014.

BANCA: FCC

CARGO: Técnico Judiciário – Área Administrativa

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Direito Processual do Trabalho

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – PARTE 1

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE

Quais normas aplicar na seara trabalhista?

Art. 769 CLT. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito pro-cessual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

CLT

CPC

Art. 889 CLT. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

CLT

LEF

CPC

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Ordem Fase do conhecimento(CLT, Art. 769)

Fase de execução(CLT, Art. 889)

1º (fonte principal) CLT CLT

2º (fonte subsidiária) CPC (processo Comum) Lei de execução fiscais

3º (fonte subsidiária) CPC (processo comum)

Art. 882 CLT. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)

NOVO CÓDIGO PROCESSO CIVIL

Art. 655 CPC/1973 ---- Art. 835 CPC/2015

PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO

• BASE do Direito do Trabalho.

• Objetiva dar um EQUILÍBRIO, uma paridade para que as partes fiquem IGUAIS.

• Aplicação no PT da mesma forma que no DT?

• No PT, inspira o LEGISLADOR na CRIAÇÃO da norma (função INFORMADORA)

• Ex: depósito recursal é exigido apenas do “E”.

• Não poderá ser utilizado no campo POBATÓRIO = regra do ônus da prova.

PRINCÍPIO DISPOSITIVO/INÉRCIA

Previsto no art. 2º do CPC/1973, nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer.

Logo, o processo começa por iniciativa da parte, embora se desenvolva por impulso oficial.

Exceção – DISSÍDIO COLETIVO suscitado pelo Presidente do TRT, em caso de suspensão do trabalho (art. 856 CLT), EXECUÇÃO promovida EX OFFICIO pelo juiz (art. 878 CLT).

NOVO CÓDIGO PROCESSO CIVIL

A incidência legal deste princípio NÃO foi alterada com o advento do NCPC – Muito pelo contrário: ele acabou por se completado, apresentando a ideia de exceção à regra.

Art. 2º CPC/2105. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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PRINCÍPIO INQUISITIVO OU INQUISITÓRIO

O processo começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.

Art. 765 CLT. Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e ve-larão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.

Art. 852-D CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzi-das, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

PRINCÍPIO DA ORALIDADE

Esse princípio está presente no processo do trabalho quando aceitamos a RECLAMAÇÃO VERBAL, quando, nas AUDIÊNCIAS, as partes se dirigem direta e oralmente ao magistrado, (defesa oral em 20 minutos).

PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE OU IMEDIAÇÃO

Determina que as provas serão produzidas com a participação do juiz (nem todas!).

Ex: depoimento das partes (você pergunta para o juiz e ele transmite para a parte, oitiva das testemunhas, inspeção judicial).

Art. 385 CPC/2015. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

Art. 481 CPC/2015. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Art. 820 CLT. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser rein-quiridas, por seu intermédio, a requerimento dos Juízes classistas, das partes, seus representantes ou advogados.

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PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO

Determina que os atos processuais se concentram em AUDIÊNCIA. A ideia do legislador é que os atos processuais concentrem-se em um único momento.

Art. 849 CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira de-simpedida, independentemente de nova notificação.

Art. 852-C CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simulta-neamente com o titular.

PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA LIDE

Art. 329 CPC/2015. O autor poderá:

I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consen-timento do réu;

II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consenti-mento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.

No PT, a modificação da petição inicial pode ocorrer até no dia da audiência, desde que antes da apresentação da defesa. Apresentada a defesa, estabiliza-se a lide.

Se a PI foi modificada, tem que se devolver o prazo para que o “R” apresente nova defesa.

PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ

Previsto no artigo 132 do CPC/1973, segundo o qual o juiz fica VINCULADO ao processo que presidiu e concluiu a INSTRUÇÃO PROBATÓRIA, devendo ser o natural prolator da sentença, pois estará com melhores condições de decidir.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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O TST entendia que esse princípio não se aplicava ao processo do trabalho pois não haveria necessidade de o processo ser analisado pelo mesmo juiz do início ao fim, em dos JUÍZES CLAS-SISTAS da época.

Contudo, recentemente, a Súmula 136 do TST foi CANCELADA.

NOVO CÓDIGO PROCESSO CIVIL

O NCPC não reproduziu a ideia estampada no artigo 132 do CPC/1973, de modo então, que, não existindo uma regra sobre o mencionado princípio, NÃO poderemos aplicá-lo nos dias atu-ais, nem no processo civil e muito menos nos processo do trabalho.

PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO

Confere segurança e estabilidade ao processo.

A parte dever estar atenta, a todo momento, ao andamento processual das peças apresentadas, pois, de acordo com o texto legal, não se pode discutir nulidades a qualquer momento. Temos PRAZOS previstos na legislação vigente para dirigir o processo da melhor forma.

Art. 795 CLT. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

Art. 278 CPC/2015. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS

Art. 893 CLT. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

§ 1º Os incidentes do processo são resolvido pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recurso da decisão definitiva.

Súmula nº 214 do TST

Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetí-vel de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incom-petência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

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PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO

TODOS OS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS SUBMETIDOS À APRECIAÇÃO DA JT ESTÃO SUJEITOS À CONCILIAÇÃO (art. 764, CLT).

É LÍCITA A CELEBRAÇÃO DE ACORDO PELAS PARTES, MESMO DEPOIS DE ENCERRADO O JUÍZO CONCILIATÓRIO (Art. 764 § 3º CLT).

DUAS TENTATIVAS OBRIGATÓRIAS DE CONCILIAÇÃO NO PROCEDIMENTO COMUM (ordinário)

1ª APÓS A ABERTURA DA AUDIÊNCIA E ANTES DA DEFESA (art. 846, CLT).

2ª DEPOIS DAS RAZÕES FINAIS E ANTES DA SENTENÇA (art. 850, CLT).

Não realizada = NULIDADE

Art. 852-E CLT. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conci-liação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.

A OBRIGATORIEDADE está na TENTATIVA da conciliação e não na sua CELEBRAÇÃO.

Súmula nº 418 do TST

A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.

PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI

• “e” e “E” PODEM POSTULAR SEM ADVOGADO (art. 791 CLT), POSSUEM CAPACIDADE POSTULATÓRIA.

• ENTRETANTO, O TST LIMITOU ESSE PRINCÍPIO AO EDITAR A SÚMULA 425. O JUS POSTU-LANDI NÃO ALCANÇA A AÇÃO RESCISÓRIA, A AÇÃO CAUTELAR, O MANDADO DE SEGURAN-ÇA E OS RECURSOS DE SUA COMPETÊNCIA.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE

Art. 840 CLT. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

Art. 899 CLT. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

PODER JUDICIÁRIO

Art. 92 CF. São órgãos do Poder Judiciário:

I – o Supremo Tribunal Federal;

I-A – O Conselho Nacional de Justiça;

II – o Superior Tribunal de Justiça;

II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;

III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI – os Tribunais e Juízes Militares;

VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Art. 111 CF

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

JUÍZES DO TRABALHO

JUIZ DO TRABALHO

JUIZ DO TRT

MINISTRO

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Art. 644 CLT. São órgãos da Justiça da Trabalho:

a) o Tribunal Superior do Trabalho;

b) os Tribunais Regionais do Trabalho;

c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito;

É bom lembrar que as juntas de conciliação e julgamento foram EXTINTAS em 1999 com a EC 24. Além disso, os nomes foram trocados de juntas para VARAS DO TRABALHO.

A representação CLASSISTA, ou seja, o sistema paritário com representantes dos “e” e “E” tam-bém foi extinto. O juiz passou a ser tão somente o TOGADO.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Art. 111-A CF. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e mem-bros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo--lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na car-reira;

II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervi-são administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

POFA

§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.

TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO

Art. 115 CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

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I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e mem-bros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alter-nadamente.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audi-ências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdi-ção, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

ATUALMENTE EXISTEM 24 TRTs. TOCANTINS, RORAIMA, ACRE E AMAPÁ NÃO POSSUEM.

RATA

8ª Região – Estado do Pará e do Amapá;

10ª Região – Distrito Federal e Tocantins;

11ª Região – Estado do Amazonas e de Roraima;

14ª Região – Estado de Rondônia e Acre;

Atenção

O ESTADO DE SÃO PAULO É O ÚNICO DA FEDERAÇÃO QUE POSSUI DOIS TRTs: (2ª e 15ª região) SÃO PAULO E CAMPINAS.

JUÍZES DO TRABALHO

Art. 116 CF. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

A jurisdição de cada vara do trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por Lei Federal.

Art. 112 CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 668 CLT. Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de conciliação e Julga-mento, os Juízes de direito são os órgãos de administração da justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

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ZIMRR

ADVOGADOS

TRT

STJ Súmula nº 10 – Instalada a vara do trabalho, acessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.

RECURSO – APELAÇÃO OU RO???

Art. 93 I CF. Ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso pú-blico de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

Ingresso na Magistratura

JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO

Requisitos CUMULATIVOS:

• 1º concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em TODAS as fases;

• 2º bacharel em Direito;

• 3º no mínimo, 3 anos de atividade jurídica.

SERVIÇOS AUXILIARES

Na CLT (art. 710 – 721)

1. Secretaria das varas

2. Distribuidores

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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3. Secretaria dos Tribunais

4. Oficiais de Justiça

DAS SECRETARIAS DAS VARAS

Cada VARA terá UMA SECRETARIA, sob a DIREÇÃO de FUNCIONÁRIO que o JUIZ DESIGNAR, para EXERCER a FUNÇÃO de SECRETÁRIO, e que RECEBERÁ, além dos VENCIMENTOS corresponden-tes ao seu padrão, a GRATIFICAÇÃO de função FIXADA em LEI (art. 710 CLT)

COMPETE à SECRETARIA das VARAS (art. 711):

a) o RECEBIMENTO, a AUTUAÇÃO, o ANDAMENTO, a GUARDA e a CONSERVAÇÃO dos PRO-CESSOS e OUTROS PAPÉIS que lhe forem ENCAMINHADOS;

b) a MANUTENÇÃO do PROTOCOLO de ENTRADA e SAÍDA dos PROCESSOS e DEMAIS PAPÉIS;

c) o REGISTRO das DECISÕES;

d) a INFORMAÇÃO, às PARTES interessadas e seus PROCURADORES, do ANDAMENTO dos res-pectivos PROCESSOS, cuja CONSULTA lhes FACILITARÁ;

e) a ABERTURA de VISTA dos PROCESSOS às PARTES, na PRÓPRIA SECRETARIA;

f) a CONTAGEM das CUSTAS DEVIDAS pelas PARTES, nos RESPECTIVOS PROCESSOS;

g) o FORNECIMENTO de CERTIDÕES sobre o que CONSTAR dos LIVROS ou do ARQUIVAMENTO da SECRETARIA;

h) a REALIZAÇÃO das PENHORAS e demais DILIGÊNCIAS PROCESSUAIS;

i) o DESEMPENHO dos DEMAIS TRABALHOS que lhe forem COMETIDOS pelo JUIZ da VARA do TRABALHO, para MELHOR EXECUÇÃO dos SERVIÇOS que lhe estão AFETOS.

COMPETE especialmente aos SECRETÁRIOS das VARAS do TRABALHO (art. 712):

a) SUPERINTENDER os TRABALHOS da SECRETARIA, VELANDO pela BOA ORDEM do SERVIÇO;

b) CUMPRIR e FAZER CUMPRIR as ORDENS emanadas do JUIZ e das AUTORIDADES SUPERIO-RES;

c) SUBMETER a DESPACHO e ASSINATURA do JUIZ o EXPEDIENTE e os PAPÉIS que devam ser por ele DESPACHADOS e ASSINADOS;

d) ABRIR a CORRESPONDÊNCIA OFICIAL dirigida à VARA e ao seu JUIZ, a cuja DELIBERAÇÃO será SUBMETIDA;

e) TOMAR por TERMO as RECLAMAÇÕES VERBAIS nos CASOS de DISSÍDIOS INDIVIDUAIS;

f) PROMOVER o RÁPIDO ANDAMENTO dos PROCESSOS, especialmente na FASE de EXECU-ÇÃO, e a PRONTA REALIZAÇÃO dos ATOS e DILIGÊNCIAS DEPRECADAS pelas AUTORIDADES SUPERIORES;

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g) SECRETARIAR as AUDIÊNCIAS da VARA, LAVRANDO as respectivas ATAS;

h) SUBSCREVER as CERTIDÕES e os TERMOS PROCESSUAIS;

i) DAR aos LITIGANTES CIÊNCIA das RECLAMAÇÕES e demais ATOS PROCESSUAIS de que de-vam ter CONHECIMENTO, ASSINANDO as respectivas NOTIFICAÇÕES;

j) EXECUTAR os DEMAIS TRABALHOS que lhe forem ATRIBUÍDOS pelo JUIZ da VARA.

Fique ligado!

Os SERVENTUÁRIOS que, SEM MOTIVO JUSTIFICADO, NÃO REALIZAREM os ATOS DENTRO dos PRAZOS FIXADOS serão DESCONTADOS em SEUS VENCIMENTOS, em TANTOS DIAS quantos os do EXCESSO (art. 712 § único CLT).

DOS DISTRIBUIDORES

Nas LOCALIDADES em que EXISTIR MAIS de UMA VARA do TRABALHO, haverá UM DISTRIBUI-DOR (art. 713).

COMPETE ao DISTRIBUIDOR (art. 714):

a) a DISTRIBUIÇÃO, pela ORDEM RIGOROSA de ENTRADA, e SUCESSIVAMENTE a CADA VARA, dos FEITOS que, para esse fim, lhe forem APRESENTADOS pelos INTERESSADOS;

b) o FORNECIMENTO, aos INTERESSADOS, do RECIBO CORRESPONDENTE a CADA FEITO DIS-TRIBUÍDO;

c) a MANUTENÇÃO de 2 FICHÁRIOS dos FEITOS DISTRIBUÍDOS, sendo UM ORGANIZADO pelos NOMES dos RECLAMANTES e o OUTRO dos RECLAMADOS, ambos por ORDEM ALFABÉTICA;

d) o FORNECIMENTO a QUALQUER PESSOA que o SOLICITE, VERBALMENTE ou POR CERTI-DÃO, de INFORMAÇÕES sobre os FEITOS DISTRIBUÍDOS;

e) a BAIXA na DISTRIBUIÇÃO dos FEITOS, quando isto lhe for DETERMINADO pelos JUÍZES das VARAS, FORMANDO, com as FICHAS correspondentes, FICHÁRIOS À PARTE, cujos DADOS poderão ser CONSULTADOS pelos INTERESSADOS, mas NÃO serão MENCIONADOS em CER-TIDÕES.

Fica a dica!

Art. 715 CLT. Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os fun-cionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presiden-te diretamente subordinados.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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DOS CARTÓRIOS DOS JUÍZOS DE DIREITO

Art. 716 CLT. Os cartórios dos juízos de direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obrigações conferidas na Seção I às secretarias das Juntas de Conciliação e Julgamento.

Paragrafo único. Nos Juízos em que houver mais de um cartório, far-se-á entre eles a distribuição alternada e sucessiva das reclamações.

Art. 717 CLT. Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, competem especialmente as atribuições e obrigações dos chefes de secretaria das Juntas; e aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas funções, dentre as que compe-tem às secretarias das Juntas, enumeradas no Art. 711.

SECRETARIA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS

Art. 718 CLT. Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei.

Art. 719 CLT. Competem à secretaria dos Tribunais, além das atribuições estabelecidas no Art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:

a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos res-pectivos relatores;

b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Tribunal, para consulta dos interessados.

Paragrafo único. No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.

Art. 720 CLT. Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições conferidas no Art. 712 aos chefes de secretaria das Juntas, além das que forem fixadas no regimento interno dos Tribunais.

DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Incumbe aos OFICIAIS de JUSTIÇA e aos OFICIAIS de JUSTIÇA AVALIADORES da JUSTIÇA do TRABALHO a REALIZAÇÃO dos ATOS decorrentes da EXECUÇÃO dos JULGADOS das VARAS do TRABALHO e dos TRIBUNAIS REGIONAIS do TRABALHO, que lhes forem COMETIDOS pelos respectivos JUÍZES (art. 721).

Para EFEITO de DISTRIBUIÇÃO dos referidos ATOS, CADA OFICIAL de JUSTIÇA ou Oficial de Jus-tiça Avaliador FUNCIONARÁ perante uma VARA do TRABALHO, SALVO quando da EXISTÊNCIA, nos TRIBUNAIS REGIONAIS do TRABALHO, de ÓRGÃO ESPECÍFICO, destinado à DISTRIBUIÇÃO de MANDADOS JUDICIAIS (§ 1º).

Nas LOCALIDADES onde houver MAIS DE UMA VARA, respeitado o disposto no parágrafo ante-rior, a ATRIBUIÇÃO para o CUMPRIMENTO do ATO DEPRECADO ao OFICIAL de JUSTIÇA ou Ofi-cial de Justiça Avaliador será TRANSFERIDA a OUTRO OFICIAL, sempre que, APÓS o DECURSO

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de 9 DIAS, SEM RAZÕES que o justifiquem, NÃO tiver SIDO CUMPRIDO o ATO, sujeitando-se o SERVENTUÁRIO às PENALIDADES da LEI (art. 721 § 2º).

No CASO de AVALIAÇÃO, terá o OFICIAL de JUSTIÇA AVALIADOR, para CUMPRIMENTO do ATO, o PRAZO previsto no art. 888 (10 DIAS) (§ 3º).

REGRA – 9 DIAS

AVALIAÇÃO – 10 DIAS

É FACULTADO aos PRESIDENTES dos TRIBUNAIS REGIONAIS do TRABALHO cometer a QUALQUER OFICIAL de JUSTIÇA ou Oficial de Justiça Avaliador a REALIZAÇÃO dos ATOS de EXECUÇÃO das DECISÕES desses TRIBUNAIS (art. 721 § 4º).

Na FALTA ou IMPEDIMENTO do OFICIAL de JUSTIÇA ou Oficial de Justiça Avaliador, o JUIZ da VARA do TRABALHO poderá ATRIBUIR a REALIZAÇÃO do ATO a QUALQUER SERVENTUÁRIO (§ 5º).

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA

Art. 114 CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

ANTES DA EC 45/04

JT ERA COMPETENTE PARA, EM REGRA, PROCESSAR E JULGAR, APENAS AS AÇÕES ORIUNDAS DAS RELAÇÕES DE EMPREGO.

APÓS A EC 45/04

JT PASSA A SER COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AS RELAÇOES DE TRABALHO.

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AÇÕES ORIUNDAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO

RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO

ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO

relação de emprego

trabalho autônomo

trabalho avulso

trabalho eventual

trabalho voluntário

estagiário, etc.

STJ Súmula nº 363 – Competência – Processo e Julgamento – Ação de Cobrança – Profissional Liberal Contra Cliente Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

→ Relação de consumo

→ Honorários advocatícios

→ Ações penais

CAUSAS NÃO SUBMETIDAS À COMPETÊNCIA DA JT

ENTES DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO

São os sujeitos de direito INTERNACIONAL público, tais como:

1. Estados estrangeiros, abrangendo as embaixadas e os consulados.

2. Organismos Internacionais (OIT, ONU...)

Quanto aos ESTADOS ESTRANGEIROS, temos que analisar dois aspectos:

1. Atos de Império – atos praticados no exercício de suas prerrogativas SOBERANAS. Ex: concessão de um visto para viajar para os EUA. Imunidade ABSOLUTA de jurisdição.

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2. Atos de gestão – atuação em matéria de ordem privada, equiparando-se ao PARTICULAR. Ex: contratação de empregados. NÃO há imunidade de jurisdição.

Todavia, permanece o entendimento de que o ente de direito público externo possui IMUNIDA-DE DE EXECUÇÃO.

SALVO

1. RENÚNCIA do estado estrangeiro à intangibilidade de seus bens.

2. Houver no território brasileiro BENS desvinculados as finalidades essenciais diplomáticas.

OJ 416 SDI-I TST. As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídi-co brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.

ESTADOS ESTRANGEIROS, ABRANGENDO EMBAIXADAS E CONSULADOS

NÃO TEM IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO

REGRA: TEM IMUNIDADE DE EXECUÇÃO

ORGANIZAÇÕES OU ORGANISMOS INTERNACIONAIS

TEM IMUNIDADE ABSOLUTA DE JURISDIÇÃO

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SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Administração Pública

• União • Estados • Municípios • Autarquias • Fundações • SEM • Empresas públicas

ESTATUTÁRIO

TEMPORÁRIO

EMPREGADO PÚBLICO

SÚMULA 137/STJ.

Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo estatutário.

SÚMULA 218/STJ.

Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.

SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL OU ESTADUAL

JUSTIÇA FEDERAL JUSTIÇA ESTADUAL

Na hipótese de o ente público ALTERAR o regime celetista para ESTATUTÁRIO, a competência da Justiça do Trabalho fica LIMITADA ao período do regime celetista.

OJ 138 SDI I TST. Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previs-tos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei nº 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista.

Súmula nº 382 TST. MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CON-TRATO. PRESCRIÇÃO BIENAL. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 128 da SBDI-1) – Res. 129/2005 – DJ 20.04.2005

A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.

II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;

GREVE

Ações individuiais ou coletivas que envolvam o exercício do direito de greve.

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A JT passou a ter competência para processar e julgar as ações possessórias em decorrência do exercício do direito de greve (s.v. 23 STF).

SÚMULA VINCULANTE Nº 23

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

AÇÕES SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL

COMPETE À JT PROCESSAR E JULGAR AÇÕES SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL ENTRE:

SINDICATO X SINDICATOSINDICATO X EMPREGADO

SINDICATO X EMPREGADOR

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

MS, HC e HD

Art. 5º LXIX CF. conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Pú-blico;

• MS = regulamentado pela Lei nº 12.016/09.

• Antes da EC 45/04, o MS na JT só tinha cabimento para os ATOS JURISDICIONAIS. Logo, só os TRIBUNAIS tinham competência para julgá-lo.

• Após a EC 45/04, os JUÍZES (1º grau) também passaram a ter competência.

• Ex: ato do AFT.

Art. 5º LXVIII CF. conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

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Fique ligado!

Súmula Vinculante nº 25

É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O NCPC já não fala no depositário infiel, pois resguarda o posicionamento do STF.

Art. 5º LXXII – conceder-se-á habeas data:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

CONFLITOS DE COMPETÊNCIA

• O CONFLITO DE COMPETÊNCIA OCORRE QUANDO:

• DOIS OU MAIS JUÍZES DE DECLARAM COMPETENTES (conflito positivo)

• DOIS OU MAIS JUÍZES SE DECLARAM INCOMPETENTES (conflito negativo)

• ENTRE DOIS OU MAIS JUÍZES SURGE CONTROVÉRSIA SOBRE A REUNIÃO OU SEPARAÇÃO DE PROCESSOS.

Art. 805 CLT. Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:

a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;

b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho;

c) pela parte interessada, ou o seu representante.

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JUIZ T X JUIZ T (=TRT) TRT

JUIZ T X JUIZ T (# TRT) TST

TRT X TRT TST

JUIZ T X JUIZ D STJ

TRF X TRT STJ

TST X TRF STF

TST X STJ STF

• JUIZ VINCULADO AO MESMO TRT E TRT X TST, NÃO HÁ CONFLITO (regra de hierarquia).

• “MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO.”

Súmula nº 420 do TST. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

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Toda vez que o conflito envolver um tribunal superior, a competência para julgá-lo será do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL OU PATRIMONIAL

Súmula nº 392 do TST

Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

PRÉ – contratual

CONTRATUAL

PÓS contratual

Ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de ACIDENTE DE TRABALHO = competência da JT (SV 22 STF).

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Súmula Vinculante nº 22 STF

A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AS AÇÕES DE INDENIZA-ÇÃO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO PRO-POSTAS POR EMPREGADO CONTRA EMPREGADOR, INCLUSIVE AQUELAS QUE AINDA NÃO POS-SUÍAM SENTENÇA DE MÉRITO EM PRIMEIRO GRAU QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04.

A competência estabelecida pela EC 45/04 NÃO alcança os processos já SENTENCIADOS na Justiça Comum (Súmula nº 367, STJ).

Art. 109 CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessa-das na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de aciden-tes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

O órgão de fiscalização das relações de trabalho é o ministério do trabalho e emprego (mte). antes da reforma a competência era da justiça federal.

ex.: ações que envolvam as multas aplicadas pelos auditores fiscais do trabalho.

MULTA

ÂMBITO ADMINISTRATIVO

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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Art. 636 CLT. Os recursos devem ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação, perante autoridade que houver imposto a multa, a qual, depois de os informar encaminhá-los-á à autoridade de instância superior.

§ 1º O recurso só terá seguimento se o interessado o instruir com a prova do depósito da multa.

Súmula Vinculante nº 21 STF. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula nº 424 do TST

RECURSO ADMINISTRATIVO. PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE. DEPÓSITO PRÉVIO DA MULTA ADMINISTRATIVA. NÃO RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO § 1º DO ART. 636 DA CLT. Res. 160/2009, DEJT divulgado em 23, 24 e 25.11.2009

O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência de prova do depósito prévio do valor da multa cominada em razão de autuação administrativa como pressuposto de admissibilidade de recurso administrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º.

VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

SENTENÇA

VERBAS INDENIZATÓRIAS

VERBAS SALARIAIS

No caso de ajuizamento de uma RT, as verbas de natureza SALARIAL sofrerão a incidência de CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS e poderão ser EXECUTADAS de OFÍCIO (independente de provocação).

RT meramente DECLARATÓRIA

• Ex: empregado ajuíza uma RT postulando tão somente o reconhecimento de vínculo em-pregatício.

• O juiz, reconhecendo o vínculo empregatício, poderá executar de ofício as contribuições sociais do período

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Art. 876 § único CLT. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologa-ção de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido.

Súmula nº 368 do TST

I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.

A JT tem competência para EXECUTAR apenas as contribuições sociais decorrentes de sentença CONDENATÓRIA em pecúnia que proferir ou objeto de ACORDO judicial homologado, o que NÃO inclui as decisões meramente DECLARATÓRIAS.

Fique ligado!

Se a PROVA trouxer: “de acordo com a CLT”, você precisa aplicar o art. 876 § único, pois NÃO foi declarada a INCONSTITUCIONALIDADE dele.

Súmula nº 454 do TST

Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapa-cidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).

IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

OUTRAS COMPETÊNCIAS

Súmula nº 300 do TST

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).

Súmula nº 389 do TST

I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empre-gador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego.

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Súmula nº 19 TST

A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL

TAMBÉM RECEBE A DENOMINAÇÃO “EM RAZÃO DO LUGAR” – RATIONE LOCI.

A REGRA É O LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, TRATADA NO ART. 651 DA CLT.

Art. 651 CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

QUANDO O “e” PRESTOU SERVIÇOS EM MAIS DE UMA LOCALIDADE

O entendimento predominante (inclusive nas PROVAS) é que seja adotada a competência do ÚLTIMO local da prestação dos serviços.

a) “e” AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL:

1. REGRA: Competência da vara do trabalho em que a empresa tenha AGÊNCIA ou FILIAL e a esta o “e” esteja subordinado.

2. Na FALTA de agência ou filial ou se o “e” não estiver subordinado, poderá OPTAR entre ajuizar a ação no seu domicílio ou localidade mais próxima.

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+

EMPRESA TENHA AGÊNCIA OU FILIAL

“e” SUBORDINADO A ESSA AGÊNCIA OU FILIAL

b) “e” BRASILEIRO CONTRATADO PARA TRABALHAR NO ESTRANGEIRO.

AJUIZARÁ A RT NO BRASIL, SALVO ACORDO INTERNACIONAL EM SENTIDO CONTRÁRIO. ONDE? LOCAL EM QUE A EMPRESA TENHA SEDE OU FILIAL NO BRASIL. (divergência)

QUAL É A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL? A REGRA DE DIREITO PROCESSUAL A SER APLICADA É A BRA-SILEIRA.

E QUANTO À REGRA DE DIREITO MATERIAL?

Súmula nº 207 do TST

A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação.

Fique ligado!

SÚMULA CANCELADA!!!!

Atual entendimento: Se o empregado foi contratado no Brasil e transferido para o exterior, será aplicada a norma mais favorável (Brasil ou Exterior).

LEI Nº 7.064, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1982.

Dispõe sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior.

Art. 3º A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe--á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços:

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II – a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatí-vel com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.

c) “E” QUE PROMOVE REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE FORA DO LUGAR DO CONTRATO (compa-nhias teatrais ou circos).

“e” PODERÁ PROPOR A AÇÃO ONDE FOI CONTRATADO OU EM UM DOS LOCAIS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Caso a RT seja ajuizada em local diverso do qual ocorreu a prestação de serviços, na audiência de instrução e julgamento pode ser apresentada exceção de incompetência territorial. Se essa exceção não for apresentada, a competência prorroga-se, pois a competência territorial é rela-tiva.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 64 CPC/2015. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

NULIDADES PROCESSUAIS

PT = Princípio da SIMPLICIDADE.

O que não afasta a necessidade de ser observarem determinadas formas descritas em LEI.

Nulidade ABSOLUTA = quando a norma que estiver sendo descumprida disser respeito ao interesse PÚBLICO.

Nulidade RELATIVA = quando a norma que estiver sendo descumprida disser respeito ao interesse das PARTES (interesse PRIVADO).

Art. 9º CLT. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

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Atenção!

As nulidades processuais DEVEM ser declaradas. No DIREITO MATERIAL, as nulidades são de pleno direito, ou seja, independente de declaração.

Não existe nulidade de pleno direito no PT.

A nulidade absoluta pode ser pronunciada ex oficio pelo juiz ou tribunal.

A nulidade relativa depende da alegação das partes, que tem de acontecer na primeira opor-tunidade que a parte tenha que falar nos autos ou em audiência no processo do trabalho, sob pena de PRECLUSÃO ou CONVALIDAÇÃO.

OBS.: Quando, na prova, o examinador falar só em nulidade, é nulidade RELATIVA.

Um ato só será declarado nulo quando ele trouxer as partes litigantes um MANIFESTO PREJUÍZO. Aqui temos o PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA OU PREJUÍZO.

PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA OU PREJUÍZO

Art. 794 CLT. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.

PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS

Art. 154 CPC/1973. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

Art. 188 CPC/2015. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

Art. 244 CPC/1973. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

Art. 277 CPC/2015. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO

Art. 795 CLT. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.

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§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.

PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO

Art. 796 CLT. A nulidade não será pronunciada:

a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato;

b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.

PRINCÍPIO DA UTILIDADE

Art. 797 CLT. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.

Art. 798 CLT. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência.

PARTES E PROCURADORES

• As partes no processo são: AUTOR e RÉU.

• AUTOR é aquele que PEDE a tutela jurisdicional do Estado.

• RÉU é aquele contra quem é PLEITEADA a respectiva tutela.

• No PT, encontramos denominações específicas para autor e réu, como:

• RECLAMANTE e RECLAMADO (RT).

• Na RT ajuizada pelo menor, conforme estabelece o artigo 793 da CLT, será ele REPRESEN-TADO:

• Por seus REPRESENTANTES LEGAIS; e na falta destes,

• Pela PROCURADORIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO;

• Pelo SINDICATO;

• Pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL; ou

• Pelo CURADOR nomeado em juízo.

PESSOAS JURÍDICAS – REPRESENTAÇÃO

PJ de direito PRIVADO serão representadas por representante designado nos estatutos ou por seus diretores.

Art. 75 CPC/2015. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

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VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;

PJ DE DIRIETO PÚBLICO REPRESENTAÇÃO

U/E/DF e TERRITÓRIOS PROCURADORES

MUNICÍPIOS PREFEITO E PROCURADORES

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PROCURADORES

UNIÃOADVOCACIA GERAL DA UNIÃO OU MENDIANTE

ÓRGÃO VINCULADO

ESTADO e DF PROCURADORES

AUTARQUIA e FUNDAÇÕES POR QUEM A LEI DO ENTE FEDERADO DESIGNAR

Atenção!

Art. 75 CPC/2015. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;

Fica a dica!

OJ 318 SDI I, TST. REPRESENTAÇÃO IRREGULAR. AUTARQUIA (DJ 11.08.2003)

Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias de-tentoras de personalidade jurídica própria, devendo ser representadas pelos procuradores que fazem parte de seus quadros ou por advogados constituídos.

CAPACIDADE POSTULATÓRIA

Significa o direito de POSTULAR, BUSCAR, REQUERER em juízo.

Art. 36 CPC. A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á líci-to, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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NOVO CÓDIGO PROCESSO CIVIL

Art. 103 CPC/2015. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Or-dem dos Advogados do Brasil.

Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.

No PT, as partes não necessitam do advogado, têm CAPACIDADE POSTULATÓRIA e podem ingressar em juízo pessoalmente. É o que se denomina jus postuandi das partes.

Art. 791 CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

O jus postulandi das partes é ILIMITADO?

Súmula nº 425 do TST

O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Atenção!

O jus postulandi se aplica inclusive nos dissídios coletivos.

Art. 791 § 2º CLT. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.

REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO

A representação por advogado depende de um mandato para exercer seus poderes. O mandato é instrumentalizado na PROCURAÇÃO.

Fica a dica!

OBS.: Em relação as PJ de direito PÚBLICO são representadas em juízo por seus PROCURADORES.

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Tal representação decorre da LEI, não havendo necessidade de juntada do instrumento de mandato.

Súmula nº 436 do TST

I – A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação.

II – Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

• Mandato

• expresso

• tácito

• apud acta (CLT, art. 791, §3º)

EXPRESSO

Quando a parte expressamente concede poderes ao advogado.

Esse mandato expresso é instrumentalizado em uma PROCURAÇÃO.

TÁCITO

É quando o advogado comparece na audiência acompanhando o seu cliente e nada consta a respeito de representação na ata de audiência.

Por ter comparecido a audiência, esse advogado passa a ter MANDATO TÁCITO, o qual confere clausula de foro GERAL (impor recurso, peticionar).

APUD ACTA

Muito semelhante ao mandato tácito. Acontece quando se tem um comparecimento na audiência acompanhando o cliente na ata da audiência.

Há concessão de poderes. Perceba que a diferença é feita na ATA DE AUDIÊNCIA.

Atenção

O TST não faz esta diferença. Para o TST mandato TÁCITO ou APUD ACTA é tudo a mesma coisa. É chamado de mandato TÁCITO.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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Fique ligado!

Art. 791 § 3º CLT. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efeti-vada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interes-sado, com anuência da parte representada.

SUBSTABELECIMENTO

É a SUBSTITUIÇÃO de advogado.

Art. 44 CPC/1973. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.

Art. 45 CPC/1973. O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando que cientificou o mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 111 CPC/2015. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mes-mo ato, outro que assuma o patrocínio da causa.

Art. 112 CPC/2015. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor.

OJ 200 SDI-I TST. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.

Súmula nº 395 do TST

I – Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabele-cendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

II – Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumen-to de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo.

III – São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, pode-res expressos para substabelecer.

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IV – Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outor-ga passada ao substabelecente.

Fique ligado!

OJ 349 SDI I TST. MANDATO. JUNTADA DE NOVA PROCURAÇÃO. AUSÊNCIA DE RESSALVA. EFEITOS (DJ 25.04.2007)

A juntada de nova procuração aos autos, sem ressalva de poderes conferidos ao antigo patrono, implica revogação tácita do mandato anterior.

Em alguns casos, admite-se a atuação do advogado, SEM o instrumento de mandato.

Art. 37 CPC/1973. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.

Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.

Súmula nº 383 do TST

I – É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 104 CPC/2015. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

Por fim, atente-se que sendo IRREGULAR a REPRESENTAÇÃO, o art. 13 do CPC/1973 permite a sua regularização.

O TST NÃO admite tal regularização na FASE RECURSAL.

Art. 13 CPC/1973. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito. Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:

I – ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;

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II – ao réu, reputar-se-á revel;

III – ao terceiro, será excluído do processo.

Súmula nº 383 do TST

I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.

II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

Resumindo...

Para o TST, tanto o art. 37 como o art. 13 (ambos do CPC) são INAPLICÁVEIS na fase RECURSAL.

Art. 76 CPC/2015. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:

I – não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;

II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.

Fique ligado!

Ocorre que o art. 896 § 11º CLT ADMITE a REGULARIZAÇÃO de VÍCIOS na FASE RECURSAL acom-panhando o art. 515 § 4º CPC. Esse vício poderia sim ser a possibilidade de regularizar uma representação na fase recursal, mas o TST não admite isso.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Porém, o advento do NCPC expressamente passa a admitir a possibilidade de regularizar a re-presentação na fase recursal, o que vai “derrubar” o item II da Súmula 383 do TST.

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Súmula nº 427 do TST

Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.

OJ 319 SDI, I, TST. REPRESENTAÇÃO REGULAR. ESTAGIÁRIO. HABILITAÇÃO POSTERIOR ( DJ 11.08.2003)

Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado.

REPRESENTAÇÃO EM AUDIÊNCIA

Art. 843 CLT. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, in-dependentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sin-dicato de sua categoria.

§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro em-pregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

Súmula nº 377 do TST

Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

É vedado ao ADVOGADO funcionar no mesmo processo como PATRONO e PREPOSTO do “E”.

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→ PARTES (regra)

→ SINDICATOS (reclamatórias plúrimas)

→ SINDICATOS (ações de cumprimento)

→ EMPREGADO (“e”) (outro empregado da mesma profissão ou sindicato)

→ EMPREGADOR (“E”) (gerente ou preposto)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

O advogado em regra cobra HONORÁRIOS CONTRATUAIS ou VALOR FIXO para fazer a ação.

Além dos honorários contratuais, temos os HONORÁRIO DE SUCUMBÊNCIA.

No Processo Civil, o simples fato de ser VENCIDO faz nascer o dever de pagar honorários a quem for VENCEDOR.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 85 CPC/2015. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

São devidos honorários no processo do trabalho?

Relação de Trabalho: aplica-se a Instrução normativa nº 27/05 do TST. Os honorários serão de-vidos pela mera sucumbência.

Relação de Emprego: em REGRA, são indevidos, salvo quando o “r” preencher os requisitos da justiça gratuita e ter por advogado, advogado de sindicato. Nessa hipótese, serão devidos ho-norários em razão de até 15% em favor do sindicato.

Súmula nº 219 do TST

I – Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem pre-juízo do próprio sustento ou da respectiva família.

II – É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.

III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.

Súmula nº 329 do TST

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) – Res. nº121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

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Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho.

+BENEFICIÁRIO DA JG

ASSISTIDO POR SINDICATO DA CATEGORIA

MERA SUCUMBÊNCIA

• Ação rescisória.

• Sindicato funcionando como SUBSTITUTO processual.

• Lides que derivem de relação de TRABALHO.

OJ 421 SDI I TST.

A condenação em honorários advocatícios nos autos de ação de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho ou de doença profissional, remetida à Justiça do Trabalho após ajuizamento na Justiça comum, antes da vigência da Emenda Constitucional nº 45/2004, decorre da mera sucumbência, nos termos do art. 20 do CPC, não se sujeitando aos requisitos da Lei nº 5.584/1970.

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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

• A assistência judiciária a que se refere a lei nº 1.060/50, que estabelece normas para a con-cessão de assistência judiciária aos necessitados, será prestada pelo SINDICATO da catego-ria profissional a que pertencer o trabalhador.

• A assistência judiciária será prestada ao trabalhador, ainda que não seja associado ao res-pectivo sindicato.

+BENEFICIÁRIO DA JG

ASSISTIDO POR SINDICATO DA CATEGORIA

Art 14 Lei 5.584/70. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.

§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez pro-vado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.

• O “E” não tem direito à assistência judiciária prestada pelo sindicato.

• É ilegal o sindicato exigir a associação sindical do obreiro como condição da assistência judiciária.

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Benefícios

1. Isenção do pagamento das despesas processuais;

2. Não pagamento dos honorários advocatícios.

JUSTIÇA GRATUITA

• Podem ser beneficiários tanto o “e” quanto o “E”.

• “e”→ quando o seu salário for igual ou inferior a 2 salários mínimos ou quando declarar que não tem condições de demandar em juízo sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.

• Art. 790 § 3º CLT. É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da jus-tiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

OJ 304 SDI I TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE PO-BREZA. COMPROVAÇÃO (DJ 11.08.2003)

Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50).

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 105 CPC/2015. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particu-lar assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber ci-tação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossu-ficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

O benefício da JG é um estado de FATO.

Concessão em qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive de ofício.

Art. 99 CPC/2015. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na con-testação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

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Fica a dica!

OJ 269 SDI I TST. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserida em 27.09.2002)

O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso.

“E”→ Os tribunais vêm reconhecendo a possibilidade para o empregador doméstico, empregador pessoa física e micro ou pequeno empresário.

Para o “E”, exige-se a COMPROVAÇÃO de que não tem condições de arcar com as despesas do processo. Ele não faz apenas a DECLARAÇÃO como ocorre com o “e”, ele COMPROVA.

Súmula 481 STJ. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

Resumindo...

Caso um determinado empregador que tenha obtido os benefícios da justiça gratuita seja con-denado em pecúnia (Súmula nº 161 TST), não precisará, para recorrer, recolher as custas, po-rém, à luz do entendimento do TST, terá que efetuar o depósito recursal.

DISTRIBUIÇÃO

Nos locais onde existir mais de uma vara, existirá o DISTRIBUIDOR.

A DISTRIBUIÇÃO das RECLAMAÇÕES será FEITA entre as VARAS do TRABALHO, ou os JUÍZES de DIREITO do CÍVEL, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ORDEM RIGOROSA de sua APRE-SENTAÇÃO ao DISTRIBUIDOR, quando o houver (art. 783).

As RECLAMAÇÕES serão REGISTRADAS em LIVRO PRÓPRIO, RUBRICADO em todas as folhas pela AUTORIDADE a que estiver SUBORDINADO o DISTRIBUIDOR (art. 784).

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Primeiro se distribui, depois se registra.

O DISTRIBUIDOR fornecerá a INTERESSADO um RECIBO do qual CONSTARÃO, ESSENCIALMENTE,

• o NOME do RECLAMANTE e do RECLAMADO;

• a DATA da DISTRIBUIÇÃO;

• o OBJETO da RECLAMAÇÃO e;

• a VARA ou o JUÍZO a que coube a DISTRIBUIÇÃO (art. 785).

A RECLAMAÇÃO VERBAL será DISTRIBUÍDA ANTES de sua REDUÇÃO a TERMO (art. 786).

DISTRIBUÍDA a RECLAMAÇÃO VERBAL, o RECLAMANTE deverá, SALVO MOTIVO de FORÇA MAIOR, apresentar-se no PRAZO de 5 DIAS, ao CARTÓRIO ou à SECRETARIA, para REDUZI-LA a TERMO, sob a PENA estabelecida no Art. 731.

Art. 731 CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.

A RECLAMAÇÃO ESCRITA deverá ser FORMULADA em 2 VIAS e desde logo ACOMPANHADA dos DOCUMENTOS em que se fundar (art. 787).

Feita a DISTRIBUIÇÃO, a RECLAMAÇÃO será REMETIDA pelo DISTRIBUIDOR à VARA ao JUÍZO COMPETENTE, acompanhada do BILHETE de DISTRIBUIÇÃO (art. 788).

Fique ligado!

Art. 715 CLT. Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os fun-cionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presiden-te diretamente subordinados.

DESPESAS PROCESSUAIS

• Todos os gastos que as partes têm com o processo.

• Despesas é gênero que tem como espécies:

• CUSTAS

• EMOLUMENTOS

• HONORÁRIOS DO PERITO

• ADVOGADOS

• ASSISTENTES

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• CUSTAS tem natureza de TAXA, sendo devidas ao Estado em decorrência da realização de sua atividade jurisdicional.

• EMOLUMENTOS são os serviços que são prestados pela secretaria (cópia, autenticações, certidão...), ou seja, NÃO JURISDICIONAIS.

• O valor da custas é analisado a depender da FASE DO PROCESSO (conhecimento ou execução).

Nos DISSÍDIOS INDIVIDUAIS e nos DISSÍDIOS COLETIVOS do TRABALHO, nas AÇÕES e PROCEDI-MENTOS de COMPETÊNCIA da JUSTIÇA do TRABALHO, bem como nas DEMANDAS PROPOSTAS perante a JUSTIÇA ESTADUAL, no exercício da JURISDIÇÃO TRABALHISTA, as CUSTAS relativas ao PROCESSO de CONHECIMENTO INCIDIRÃO à BASE de 2%, observado o MÍNIMO de R$ 10,64 (art. 789 CLT):

Serão CALCULADAS:

I – quando houver ACORDO ou CONDENAÇÃO, sobre o RESPECTIVO VALOR;

II – quando houver EXTINÇÃO do PROCESSO, SEM JULGAMENTO do MÉRITO, ou julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE o PEDIDO, sobre o VALOR DA CAUSA;

III – no caso de PROCEDÊNCIA do PEDIDO formulado em AÇÃO DECLARATÓRIA e em AÇÃO CONSTITUTIVA, sobre o VALOR DA CAUSA;

IV – quando o VALOR for INDETERMINADO, sobre o que o JUIZ FIXAR.

Logo, essa é a ordem:

• ACORDO

• CONDENAÇÃO

• VALOR DA CAUSA (se não houver acordo ou condenação)

• VALOR QUE O JUIZ DETERMINAR

No processo civil as custas são ANTECIPADAS.

Art. 19 CPC/1973. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 82 CPC/2015. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o paga-mento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reco-nhecido no título.

As custas serão PAGAS pelo VENCIDO, APÓS o TRÂNSITO em JULGADO da DECISÃO.

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No caso de RECURSO, as custas serão PAGAS e COMPROVADO o RECOLHIMENTO dentro do PRAZO RECURSAL (art. 789, § 1º).

OBS.: Relação de emprego com diversos pedidos, mesmo que o “r” não seja vencedor em to-dos, a responsabilidade pelo pagamento é do vencido “R”. Não se aplica a SUCUMBÊNCIA RE-CÍPROCA.

Em relação de TRABALHO HAVERÁ sucumbência recíproca, ou seja, existindo cumulação de pe-didos, se a PROCEDÊNCIA for PARCIAL, as custas serão DIVIDIDAS proporcionalmente entre as partes (art. 3º § 3º IN 27/2005 do TST).

NÃO sendo LÍQUIDA a CONDENAÇÃO, o JUÍZO ARBITRAR-LHE-Á o VALOR e FIXARÁ o MONTANTE das CUSTAS processuais (art. 789 § 2º).

SEMPRE que houver ACORDO, se de outra forma NÃO for CONVENCIONADO, o PAGAMENTO das CUSTAS caberá em PARTES IGUAIS aos LITIGANTES (art. 789 § 3º).

Nos DISSÍDIOS COLETIVOS, as PARTES VENCIDAS RESPONDERÃO SOLIDARIAMENTE pelo PAGA-MENTO das CUSTAS, calculadas sobre o VALOR ARBITRADO na DECISÃO, ou pelo PRESIDENTE do TRIBUNAL (§ 4º).

No PROCESSO de EXECUÇÃO, são DEVIDAS custas, SEMPRE de RESPONSABILIDADE do EXECUTADO e PAGAS AO FINAL, de conformidade com a seguinte TABELA (art. 789-A CLT):

I – AUTOS de ARREMATAÇÃO, de ADJUDICAÇÃO e de REMIÇÃO: 5% sobre o respectivo VALOR, até o MÁXIMO de R$ 1.915,38;

II – ATOS dos OFICIAIS de JUSTIÇA, POR DILIGÊNCIA certificada:

a) em ZONA URBANA: R$ 11,06;

b) em ZONA RURAL: R$ 22,13;

III – AGRAVO de INSTRUMENTO: R$ 44,26;

IV – AGRAVO de PETIÇÃO: R$ 44,26;

V – EMBARGOS à EXECUÇÃO, EMBARGOS de TERCEIRO e EMBARGOS à ARREMATAÇÃO: R$ 44,26;

VI – RECURSO de REVISTA: R$ 55,35;

VII – IMPUGNAÇÃO à SENTENÇA de LIQUIDAÇÃO: R$ 55,35;

VIII – despesa de ARMAZENAGEM em DEPÓSITO JUDICIAL – POR DIA: 0,1% do VALOR da AVA-LIAÇÃO;

IX – CÁLCULOS de LIQUIDAÇÃO realizados pelo CONTADOR do juízo – sobre o VALOR LIQUIDADO: 0,5% até o LIMITE de R$ 638,46.

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Nas VARAS do TRABALHO, nos JUÍZOS de DIREITO, nos TRIBUNAIS e no TRIBUNAL SUPERIOR do TRABALHO, a FORMA de PAGAMENTO das CUSTAS e dos EMOLUMENTOS obedecerá às INS-TRUÇÕES que serão EXPEDIDAS pelo TRIBUNAL SUPERIOR do TRABALHO (art. 790 CLT).

O TST editou a Instrução Normativa nº 20/02 trazendo a regulamentação. O pagamento deverá ser realizado mediante guia de recolhimento da União GRU, sendo ônus da parte interessada o seu correto preenchimento.

Tratando-se de EMPREGADO que NÃO tenha OBTIDO o BENEFÍCIO da JUSTIÇA GRATUITA, ou ISENÇÃO de CUSTAS, o SINDICATO que houver INTERVINDO no processo RESPONDERÁ SOLIDA-RIAMENTE pelo PAGAMENTO das CUSTAS DEVIDAS (art. 790, § 1º).

No CASO de NÃO PAGAMENTO das CUSTAS, far-se-á EXECUÇÃO da respectiva IMPORTÂNCIA, segundo o PROCEDIMENTO ESTABELECIDO no Capítulo V deste Título (§ 2º).

São ISENTOS do PAGAMENTO de CUSTAS, além dos BENEFICIÁRIOS de JUSTIÇA GRATUITA (art. 790-A CLT):

I – a UNIÃO, os ESTADOS, o DISTRITO FEDERAL, os MUNICÍPIOS e respectivas AUTARQUIAS e FUN-DAÇÕES PÚBLICAS federais, estaduais ou municipais que NÃO explorem ATIVIDADE ECONÔMICA;

II – o MINISTÉRIO PÚBLICO do TRABALHO.

A ISENÇÃO prevista neste artigo NÃO ALCANÇA as ENTIDADES FISCALIZADORAS do EXERCÍCIO PRO-FISSIONAL, NEM EXIME as PESSOAS JURÍDICAS REFERIDAS no inciso I da OBRIGAÇÃO de REEMBOL-SAR as DESPESAS JUDICIAIS REALIZADAS pela PARTE VENCEDORA (art. 790-A, § único CLT).

Não estão isentas dos pagamento de custas as EMPRESAS PÚBLICAS e as SOCIEDADES DE ECO-NOMIA MISTA (Súmula nº 170 TST).

EMOLUMENTOS

Os EMOLUMENTOS serão suportados pelo REQUERENTE, nos VALORES fixados na seguinte TABELA (art. 789-B CLT):

I – AUTENTICAÇÃO de TRASLADO de peças mediante cópia reprográfica apresentada pelas partes – por folha: R$ 0,55;

II – FOTOCÓPIA de PEÇAS – por folha: R$ 0,28;

III – AUTENTICAÇÃO de PEÇAS – por folha: R$ 0,55;

IV – CARTAS de SENTENÇA, de ADJUDICAÇÃO, de REMIÇÃO e de ARREMATAÇÃO – por folha: R$ 0,55;

V – CERTIDÕES – por folha: R$ 5,53.

OS EMOLUMENTOS DEVEM SER PA-GOS POR QUEM REQUEREU O ATO.

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HONORÁRIOS PERICIAIS

A RESPONSABILIDADE pelo PAGAMENTO dos HONORÁRIOS PERICIAIS é da parte SUCUMBENTE na pretensão OBJETO da PERÍCIA, SALVO se BENEFICIÁRIA de JUSTIÇA GRATUITA. (art. 790-B CLT).

Súmula nº 457 TST

A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimen-to disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 35/2007 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.

SÚMULA nº 341/TST

A INDICAÇÃO do PERITO ASSISTENTE é FACULDADE da PARTE, a qual deve RESPONDER pelos respectivos HONORÁRIOS, ainda que VENCEDORA no OBJETO da PERÍCIA.

OJ SDI-2 98/TST

É ILEGAL a EXIGÊNCIA de DEPÓSITO PRÉVIO para CUSTEIO dos HONORÁRIOS PERICIAIS, dada a INCOMPATIBILIDADE com o PROCESSO do TRABALHO, sendo CABÍVEL o MANDADO de SEGU-RANÇA visando à REALIZAÇÃO da PERÍCIA, INDEPENDENTEMENTE do DEPÓSITO.

DOS ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS

ATO PROCESSUAL

É uma espécie de ato jurídico que visa a criação, a modificação ou a extinção da relação proces-sual.

Art. 770 CLT. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

• Dia útil: é o dia em que há expediente forense.

• Dia não útil: é o dia em que não há expediente forense.

• Feriado: corresponde a domingo e dia declarado por lei.

• Sábado: trata-se de dia útil para a prática de atos externos, não constituindo dia útil para contagem de prazo processual.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 216 CPC/2015. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.

Art. 770 § único CLT. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.

Art. 212 § 2º CPC/2015. Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e pe-nhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Cons-tituição Federal.

Art. 781 CLT. As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou chefe de secretaria.

Existe a possibilidade de requerer certidão em processo que corre em segredo de justiça?

Parágrafo único. As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente.

Art. 780 CLT. Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado.

Art. 778 CLT. Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição.

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TERMO – É a reprodução gráfica de um ato processual.

Art. 772 CLT. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.

Art. 773 CLT. Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos chefes de secretaria ou escrivães.

Os atos e termos processuais poderão ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo, nos termos do art. 771 da CLT. Hoje admite-se também atos digitalizados.

Art. 768 CLT. Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência.

PRAZOS PROCESSUAISPRAZOS PROCESSUAIS

PEREMPTÓRIOS

SÃO PRAZOS FATAIS QUE NÃO PODEM SER ALTERADOS PELA VONTADE DAS PARTES.

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DILATÓRIOS

SÃO PRAZOS QUE PODEM SER MODIFICADOS POR CONVENÇÃO DAS PARTES, DESDE QUE

O REQUERIMENTO SEJA APRESENTADO ANTES DO VENCIMENTO DO PRAZO.

IMPRÓPRIO

SE DESCUMPRIDO NÃO PRODUZ NENHUM EFEITO PROCESSUAL. COMO REGRA SÃO OS

PRAZOS DESTINADOS AO JUIZ.

PRÓPRIOS

QUANDO NÃO OBSERVADO TEREMOS A CHAMADA PRECLUSÃO TEMPORAL

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Preclusão TEMPORAL

Preclusão CONSUMATIVA (impede a REITERAÇÃO de atos já realizados).

Preclusão LÓGICA (veda a prática de atos INCOMPATÍVEIS com atos já praticados).

• Os prazos são estabelecidos por:• Os prazos são estabelecidos por:

LEI

JUIZ

5 DIAS

Art. 183 CPC/1973. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

§ 1º Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

§ 2º Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 223 CPC/2015. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.

§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.

• PRAZOS – temos dois momentos:

• Data da ciência: ocorre com o dia da intimação ou notificação.

• Início da contagem: é o primeiro dia útil subsequente.

• REGRA: Exclui a data da ciência e inclui a data do vencimento.

• Ex: intimado da sentença na 4ª feira (data da ciência). A contagem começa na 5ª feira se for dia útil.

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Art. 774 CLT. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal.

Parágrafo único. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatá-rio ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.

Art. 775 CLT. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e in-clusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devida-mente comprovada.

Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.

• A data da ciência (início do prazo) deve ser um dia útil. Caso contrário, a notificação será considerada como realizada no próximo dia útil subsequente.

• SEMPRE a contagem do prazo tem que COMEÇAR e TERMINAR num dia útil.

• Notificação = DOMINGO.

• Será considerado notificado na SEGUNDA-FEIRA e a contagem começará na TERÇA-FEIRA.

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• Para contagem do prazo, o SÁBADO é dia não útil, isto é, não dá início à contagem e nem mesmo é considerado como dia de realização da notificação.

• Ex.: Se a parte é notificada na sexta-feira, seu prazo terá início na segunda-feira, uma vez que o sábado e o domingo não serão considerados dias úteis.

• Súmula nº 1 do TST

• Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.

Súmula nº 262 do TST

I – Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.

SÁBADO → 2ª F → 3ª F

Exceção quanto ao início da contagem em dia não útil é o recurso interposto por FAX.

Nessa hipótese, a parte terá o prazo de 5 dias para juntada dos originais que começa a correr do dia subsequente ao término do prazo recursal mesmo que coincida com feriado, sábado ou domingo (Súmula nº 387 TST).

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 219 CPC/2015. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

Art. 216 CPC/2015. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense.

Art. 775 CLT. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e in-clusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devida-mente comprovada.

Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.

Súmula nº 262 II TST.

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O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspen-dem os prazos recursais.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 220 CPC/2015. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.

Fica a dica!

Art. 62 Lei 5.010/66. Além dos fixados em lei, serão feriados na Justiça Federal, inclusive nos Tribu-nais Superiores:

I – os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive;

AUD. JULGAMENTO SENTENÇA INTIMAÇÃO

Art. 852 CLT. Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.

Súmula nº 197 do TST

PRAZO (mantida) – Res nº 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.

Súmula nº 30 do TST

INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) – Res nº 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intima-ção da sentença.

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Atenção!

Art. 191 CPC/1973. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 229 CPC/2015. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-cacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

OJ 310 SDI I TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016

Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.

Art. 188 CPC/1973. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

Art. 180 CPC/2015. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º

Art. 1º Dec. Lei 779/69. Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:

II – o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do Trabalho;

III – o prazo em dobro para recurso;

Fique ligado!

Aos CORREIOS embora seja uma EMPRESA PÚBLICA aplica-se o mesmo regramento das PJ de direito PÚBLICO.

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COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

COMUNICAÇÃOENTRE JUÍZOS

CARTA DEORDEM

CARTAPRECATÓRIA

CARTA ROGATÓRIA

COMUNICAÇÃOENTRE JUÍZOS

CARTAARBITRAL

COMUNICAÇÃO NÃOREALIZADA ENTRE JUÍZOS

CITAÇÃO

INTIMAÇÃO

Art. 213 CPC/1973. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.

Art. 234 CPC/1973. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 238 CPC/2015. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.

Art. 269 CPC/2015. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

Atenção!

No processo do trabalho, o “R” é NOTIFICADO.

A CLT utilizou a nomenclatura NOTIFICAÇÃO ora como intimação, ora como citação.

Art. 880 CLT. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as co-minações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.

Art. 825 CLT. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação.

FORMAS DE NOTIFICAÇÃOFORMAS DE NOTIFICAÇÃO

POSTAL

É FEITA EM REGRA PELOS CORREIOS NA FASE DE CONHECIMENTO.

Art. 841 CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notifican-do-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpe-dida, depois de 5 (cinco) dias.

§ 1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.

§ 2º O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do pará-grafo anterior.

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Fique ligado!

A NOTIFICAÇÃO no PT NÃO constitui ATO PESSOAL, podendo ser recebida por pessoa diversa das partes, sendo válida com a simples entrega do registro postal no endereço da parte.

Art. 774 § único CLT. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-lo, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.

Súmula nº 16 do TST

Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destina-tário.

EDITAL

RECLAMADO CRIAR EMBARAÇOS PARA O RECEBIMENTO DA NOTIFICAÇÃO POSTAL OU

NA HIPÓTESE DE NÃO SER ENCONTRADO.

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NA FASE DA EXECUÇÃO CABE A CITAÇÃO POR EDITAL QUANDO O EXECUTADO É PROCURADO POR DUAS VEZES NO ESPAÇO DE 48 HORAS E

NÃO É ENCONTRADO.

Art. 880 § 3º CLT. Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.

Fica a dica!

No procedimento SUMARÍSSIMO NÃO se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado (art. 852-B II CLT).

Essa restrição atinge APENAS a fase de CONHECIMENTO.

OFICIAL DE JUSTIÇA

PREVISTA NA CLT APENAS PARA A FASE DE EXECUÇÃO.

Atenção!

CUIDADO! A Notificação da União, Estados e Municípios deve ser realizada por meio de OIFICIAL DE JUSTIÇA, inclusive na fase de conhecimento. Da mesma forma, deverá ocorrer com o MPT.

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Fique ligado!

LC 73/93 ART 35 A 37 (Institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União e dá outras providên-cias).

Quanto à FAZENDA PÚBLICA, esta goza da prerrogativa processual do prazo em QUÁDRUPLO entre o recebimento da notificação postal e a data da audiência, ou seja, o prazo mínimo de 20 dias.

MEIO ELETRÔNICO

No processo eletrônico, todas as citações,intimações e notificações, inclusive da FazendaPública, far-se-ão por meio eletrônico.

As citações, intimações, notificações e remessasque viabilizem o acesso à íntegra do processocorrespondente serão consideradas vista pessoaldo interessado para todos os efeitos legais.

PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS

É a forma como o processo do trabalho se desenvolve. É aplicação de fato do processo.

O PT apresenta quatro procedimentos ou ritos trabalhistas:

1. Procedimento ORDINÁRIO;

2. Procedimento SUMÁRIO;

3. Procedimento SUMARÍSSIMO;

4. Procedimentos ESPECIAIS.

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PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Também conhecido como DISSÍDIO DE ALÇADA, está previsto na Lei 5.584/70.

Tem cabimento nas causas que não excedam a 2 salários mínimos vigentes na data do ajuiza-mento da reclamação.

Também conhecido como DISSÍDIO DE ALÇADA, está previsto naLei 5.584/70.Tem cabimento nas causas que não excedam a 2 salários-mínimos vigentes na data do ajuizamento da reclamação.

PROCEDIMENTO SUMÁRIO

SUMÁRIO

SUMARÍSSIMO

A tese MAJORITÁRIA é pela manutenção do procedimento SUMÁRIO, uma vez que a Lei nº 9.957/00 NÃO revogou a Lei nº 5.584/70, mantendo-se no PT os três ritos ou procedimentos:

ORDINÁRIOSUMÁRIO

SUMARÍSISMO

PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

Decorre do advento da Lei nº 9.957/00, que incluiu os artigos 852-A a 852-I na CLT.

Art. 852-A CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.

Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.

As EMPRESAS PÚBLICAS e as SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, pessoas jurídicas de direito privado, NÃO estão excluídas do PS.

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Art. 852-B CLT. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:

I – o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;

II – não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;

Cumpre destacar que a NÃO observância de qualquer dos requisitos mencionados trará duas importantes consequências processuais.

a) ARQUIVAMENTO da RT (extinção do processo sem resolução do mérito).

b) CONDENAÇÃO do “r” ao pagamento de CUSTAS sobre o valor da causa.

III – a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.

SALVO...

ART. 852-H §7º CLT. Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.

Art. 852-B § 2º CLT. As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.

Art. 852-C CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.

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Art. 852-D CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzi-das, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

Art. 852-E CLT. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.

Art. 852-F CLT. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.

Art. 852-G CLT. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.

TODAS as PROVAS serão produzidas na AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, ainda que não requeridas previamente.

Na seara da prova DOCUMENTAL, sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á IMEDIATAMENTE a parte contrária, sem INTERRUPÇÃO da audiência, salvo absoluta impossibilidade por uma das partes de um número excessivo de laudas, o que torna inviável a analise na audiência, a CRITÉRIO do juiz.

No que atinge à prova TESTEMUNHAL, cada parte tem o número máximo de duas testemunhas, que comparecerão à audiência independentemente de intimação.

SOMENTE será deferida intimação da testemunha que, comprovadamente CONVIDADA, deixar de comparecer. Dessa forma, não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata CONDUÇÃO COERCITIVA.

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Em relação à prova PERICIAL, somente quando a prova do fato exigir (ex: arguição de documento falso), ou for legalmente imposta (pedido de insalubridade ou periculosidade), será deferida prova TÉCNICA, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.

As partes serão INTIMADAS a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de 5 dias.

INTERRUPÇÃO DA AUDIÊNCIA

Interrompida a audiência, a REGRA é que a solução do processo ocorra no prazo de 30 dias.

Situações que autorizam a interrupção:

a) para que a parte se manifeste sobre os DOCUMENTOS;

b) para intimação de TESTEMUNHA;

c) quando houver PERÍCIA

Quanto à SENTENÇA, ela mencionará os elementos de convicção do juízo com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, sendo DISPENSADO o relatório.

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

PETIÇÃO INICIAL

É o ato praticado pelo autor de rompimento da inércia do Poder Judiciário, na qual pleiteia a tu-tela jurisdicional do seu direito com a entrega do bem da vida, trazendo os motivos fáticos e jurí-dicos que embasam essa pretensão e indicando em face de quem a atuação estatal é pretendida.

A petição inicial trabalhista recebe o nome de RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.

Na inicial, o autor é denominado RECLAMANTE e o réu RECLAMADO.

ART pode ser ajuizada, pessoalmente pelas PARTES, ou por seus REPRESENTANTES e pelos SIN-DICATOS.

Art. 840 CLT. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

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DISSÍDIO COLETIVO

INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

DESIGNAÇÃO DO JUÍZO

QUALIFICAÇÃO “r” “R”

BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS

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PEDIDO

DATA

ASSINATURA DO “r” OU DE SEU REPRESENTANTE

Não são requisitos da RT:

• Fundamentos legais;

• Pedido de citação;

• Pedido de produção de provas;

• Valor da causa.

Art. 319 CPC/2015. A petição inicial indicará:

I – o juízo a que é dirigida;

II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o ende-reço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV – o pedido com as suas especificações;

V – o valor da causa;

VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

Vem ganhando força o entendimento de que o VALOR DA CAUSA é sim um requisito já que irá DELIMITAR o rito (procedimento).

Para FCC só o art. 840 CLT.

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Art. 840 § 2º CLT. Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.

RECLAMAÇÃO VERBAL

Art. 786 CLT. A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.

Parágrafo único. Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no Art. 731.

Art. 731 CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do Art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.

A CLT, em seu artigo 732, estabelece outra hipótese de perempção no PT, quando o RECLA-MANTE der causa ao ARQUIVAMENTO da reclamação trabalhista pelo não comparecimento na audiência, por duas vezes seguidas.

Resumindo...

Portanto, temos 2 espécies de perempção trabalhista:

a) quando o “r” ajuizar RT verbal, e não comparecer na Secretaria da vara do trabalho para reduzi-la a termo, no prazo de 5 dias;

b) quando o “r” der causa a 2 arquivamentos seguidos pelo não comparecimento em audiên-cia.

Não obstante o fato do requerimento de NOTIFICAÇÃO do “R” ser comum na prática, NÃO há a necessidade de sua menção na RT escrita, pois a CLT traz a notificação inicial postal AUTOMÁTI-CA do “R”:

Art. 841 CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notifican-do-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpe-dida, depois de 5 (cinco) dias.

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AUDIÊNCIAS

Audiência trabalhista é ato SOLENE e FORMAL caracterizado pelo comparecimento das partes, dos advogados e dos auxiliares do juízo.

São realizados diversos atos processuais, como as tentativas obrigatórias de CONCILIAÇÃO, o INTERROGATÓRIO e o DEPOIMENTO PESSOAL das partes, a oitiva de TESTEMUNHAS e de PE-RITOS e, ao final, é prolatada a DECISÃO.

Art. 813 CLT. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não po-dendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.

§ 1º Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.

§ 2º Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do parágrafo anterior.

1. Publicidade

2. Local (sede do juízo – regra).

3. Dias úteis

4. Horário – 8h às 18h

5. Duração – até 5 horas seguidas, salvo...matéria URGENTE.

Fica a dica!

As sessões nos TRIBUNAIS ocorrerão das 14h às 17h, podendo ser prorrogadas pelo presidente em caso de manifesta necessidade.

Art. 814 CLT. Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência, os escrivães ou chefes de secretaria.

Art. 815 CLT. À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.

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Parágrafo único. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.

OJ 245 SDI-I TST

Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência.

Art. 816 CLT. O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do re-cinto os assistentes que a perturbarem.

Art. 817 CLT. O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.

Parágrafo único. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.

FRACIONAMENTO DA AUDIÊNCIA

O legislador idealizou que toda audiência fosse UNA (única) e CONTÍNUA. É a aplicação do PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO.

Art. 849 CLT. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira de-simpedida, independentemente de nova notificação.

Cumpre destacar que comum na prática o FRACIONAMENTO da audiência, visto que o juiz do trabalho é o diretor do processo. Assim, o fracionamento é realizado da seguinte forma:

1. audiência INAUGURAL ou de CONCILIAÇÃO: caracterizada pela 1ª tentativa de conciliação e apresentação da defesa.

2. audiência de INSTRUÇÃO ou em prosseguimento: o grande objetivo é a colheita de provas orais.

3. audiência de JULGAMENTO para a publicação da sentença.

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Art. 843 CLT. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúri-mas ou Ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindica-to de sua categoria.

Reclamatórias PLÚRIMAS, há LITISCONSÓRCIO ativo ou facultativo (ou seja, mais de um “r”).

Ações de CUMPRIMENTO: ajuizada pelo “e” ou pelo sindicato, com a finalidade do cumprimento das clausulas constantes dos acordos coletivos de trabalho e convenções coletivas de trabalho e sentenças normativas.

REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL

A representação processual do “E” está prevista no §1º do art. 843 CLT:

É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, cujas declarações obrigarão o proponente.

PREPOSTO

A CLT exige que o preposto tenha CONHECIMENTO DOS FATOS. Com efeito, não é necessário que ele tenha presenciado os fatos, podendo ter acesso a eles por informações de terceiros. Vale ressaltar que, se o preposto desconhecer os fatos, haverá a CONFISSÃO.

Preposto deve ser empregado?

Súmula nº 377 do TST

Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado.

A representação processual do “e” está prevista no artigo 843, §2º:

Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

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AUSÊNCIA DAS PARTES

A ausência do “r” acarreta o ARQUIVAMENTO da RT (extinção do processo sem resolução do mérito).

A ausência do “R” acarreta a REVELIA além da CONFISSÃO quanto a matéria de FATO.

Art. 844 CLT. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da recla-mação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à maté-ria de fato.

Todavia, o juiz do trabalho tem a faculdade de fracionar a audiência. As consequências mencio-nadas pelo não comparecimento das partes são as mesmas em TODAS as audiências?

O TST informa que o arquivamento (para o “r”) e a revelia (para o “R”) somente são observadas na audiência INAUGURAL ou de CONCILIAÇÃO, e não na audiência de instrução ou em prosse-guimento.

Atenção!

Súmula nº 9 do TST

A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.

Súmula nº 74 do TST

I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.

II – A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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Se no dia da audiência não comparecer o “R” nem seu preposto, estando presente apenas o ADVOGADO munido de procuração. Haverá REVELIA?

Súmula nº 122 do TST

A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

Se “r” e “R” não comparecerem à audiência simultaneamente?

Se for na audiência INAUGURAL, o juiz deverá ARQUIVAR a RT.

Se for na audiência em PROSSEGUIMENTO, o juiz julgará de acordo com as regras de distribuição do ônus da prova, ocorrerá a CONFISSÃO FICTA para ambas as partes.

OJ 152 SDI I TST. Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 da CLT.

A ausência do “r” e do “R” na audiência de JULGAMENTO, quando é proferida a SENTENÇA, apenas tem o condão de iniciar o prazo recursal independentemente da presença das partes.

Súmula nº 197 do TST

PRAZO (mantida) – Res nº 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.

Art. 845 CLT. O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentado, nessa ocasião, as demais provas.

Art. 846 CLT. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. (1ª tentativa).

§ 1º Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignan-do-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.

Art. 847 CLT. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.

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Art. 848 CLT. Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.

§ 1º Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.

§ 2º Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver.

Art. 850 CLT. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de Conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão

Art. 851 CLT. Os trâmites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que contará, na íntegra, a decisão.

§ 2º A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos Juízes classistas presentes à mesma audiência.

Súmula nº 30 do TST

Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença.

CONCILIAÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO

Art. 764 CLT. Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.

PRIMEIRA TENTATIVA

Art. 846 CLT. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.

Havendo acordo será lavrado o respectivo temo de conciliação, sendo fixado uma multa pelo seu descumprimento.

É lícito às partes celebrar o acordo que ponha termo ao processo, mesmo que encerrado o juízo conciliatório.

Atenção!

Súmula nº 418 do TST. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem facul-dade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.

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O juiz tem que analisar se estamos diante de uma TRANSAÇÃO ou RENÚNCIA de direitos dos TRABALHADORES.

Se o juiz homologar o acordo, o termo que for lavrado valerá como DECISÃO IRRECORRÍVEL (somente atacável por AÇÃO RESCISÓRIA), salvo para a PREVIDÊNCIA SOCIAL quanto às contribuições que lhe forem devidas (Súmula nº 259 TST).

Súmula nº 100 TST

V – O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial.

Art. 831 § único CLT. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. (UNIÃO).

Atenção!

Para o TST, o acordo homologado que dá plena e ampla quitação SEM nenhuma RESSALVA, al-cança não só o OBJETO da petição inicial, como todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, impedindo o ajuizamento de ação POSTERIOR.

OJ 132 SDI II TST. AÇÃO RESCISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO. ALCANCE. OFENSA À COISA JUL-GADA (DJ 04.05.2004)

Acordo celebrado – homologado judicialmente – em que o empregado dá plena e ampla quita-ção, sem qualquer ressalva, e alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista.

O acordo judicial deverá, ainda, DISCRIMINAR a NATUREZA das parcelas, indicando o LIMITE de RESPONSABILIDADE da cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária.

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natureza SALARIAL

ACORDO

natureza INDENIZATÓRIA

• - saldo de salário• - adicional de insalubridade• - indenização por dano moral• - multa do art. 477 da CLT

• saldo de salário

• adicional de insalubridade

• indenização por dano moral

• multa do art. 477 da CLT

Fique ligado!

NÃO havendo discriminação, a contribuição previdenciária incidirá sobre o VALOR INTEGRAL do acordo.

OJ 368 SDI I TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO. INEXIS-TÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. PARCELAS INDENIZATÓRIAS. AUSÊNCIA DE DISCRIMINA-ÇÃO. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR TOTAL. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008

É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor total do acordo homologado em juízo, independentemente do reconhecimento de vínculo de emprego, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas à incidência da contribuição previdenciária, conforme parágrafo único do art. 43 da Lei nº 8.212, de 24.07.1991, e do art. 195, I, “a”, da CF/1988.

ACORDO = R$ 20.000,00

HE – R$ 15.000,00

DM – R$ 5.000,00

R$ 20.000,00

As contribuições previdenciárias incidirão sobre a TOTALIDADE do valor acordado = R$ 20.000,00.

Atenção!

E na hipótese de acordo judicial SEM reconhecimento do vínculo?

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ACORDO

SEM REC. DE VÍNCULO

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

RELAÇÃO DE

TRABALHO

OJ 398 SDI I TST

Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de vínculo emprega-tício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11% por parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. Inteli-gência do § 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei nº 8.212, de 24.07.1991.

Firmado acordo que contenha PARCELA INDENIZATÓRIA a UNIÃO deverá ser INTIMADA, poden-do interpor o RO quanto as contribuições devidas.

Atenção!

Art. 832 § 4º CLT. A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos.

A tentativa de conciliação, embora existam DOIS momentos obrigatórios no procedimento ORDINÁRIO, pode ocorrer em qualquer instante.

Dessa forma, o acordo judicial firmado APÓS o TJ da sentença ou depois da elaboração dos cálculos de liquidação de sentença NÃO poderá prejudicar os créditos da UNIÃO.

É possível celebrar acordo judicial APÓS o trânsito em julgado?

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SENTENÇA → TJ → R$ 10.000,00

HE = R$ 7.000,00 (natureza salarial)

DM = R$ 3.000,00 (natureza indenizatória)

EXECUÇÃO → ACORDO → R$ 5.000,00

HE = R$ 3.500,00 (70%)

DM = R$ 1.500,00 (30%)

Fica a dica!

Só é aplicada essa REGRA quando temos o TRÂNSITO EM JULGADO da decisão.

OJ 376 SDI-I TST. É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo.

SEGUNDA TENTATIVA

Art. 850 CLT. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de Conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.

DEFESAS DO RECLAMADO

Tendo em vista os princípios constitucionais do CONTRADITÓRIO e da AMPLA DEFESA, é confe-rido ao “R” a oportunidade de se defender.

No PT, a defesa é apresentada ORALMENTE na audiência.

A defesa do réu consistirá na apresentação de:

• CONTESTAÇÃO;

• RECONVENÇÃO;

• EXCEÇÕES.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 337 CPC/2015. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

I – inexistência ou nulidade da citação;

II – incompetência absoluta e relativa;

Art. 146 CPC/2015. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.

EXCEÇÃO

• Na exceção, o autor é chamado de EXCIPIENTE; e o réu, de EXCETO.

a) exceção de incompetência relativa;

b) exceção de suspeição;

c) exceção de impedimento.

A arguição de EXCEÇÃO provoca a SUSPENSÃO do processo.

Art. 799 CLT. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.

ENQUANTO NÃO DECIDIDA A EXCE-ÇÃO, NÃO SE PASSA À ANÁLISE DA CONTESTAÇÃO.

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A decisão do juiz que resolve a exceção é uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, não sendo cabível recurso imediato, em regra somente admitindo a apreciação de seu merecimento em recurso da decisão definitiva.

Apenas será cabível recurso imediato se a decisão interlocutória for terminativa do feito.

Art. 799 § 2º CLT. Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.

Súmula nº 214 do TST

Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão... c) que acolhe exceção de incom-petência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

Havendo alegação de diversas EXCEÇÕES, a ordem de análise será:

→ IMPEDIMENTO;

→ SUSPEIÇÃO;

→ INCOMPETÊNCIA RELATIVA;

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA

ABSOLUTA (pessoa, matéria ou função)

INCOMPETÊNCIA

RELATIVA (territorial)

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA

A incompetência ABSOLUTA → é uma matéria de defesa PROCESSUAL que alego na CONTESTA-ÇÃO (preliminar).

A incompetência RELATIVA → alego na EXCEÇÃO.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA

Também chamada de exceção declinatória de foro, é cabível quando há o descumprimento das normas processuais trabalhistas concernentes ao TERRITÓRIO.

Em regra, o ajuizamento da RT será no LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, independente do lugar da contratação. Caso essa regra seja descumprida pelo “r”, é cabível o oferecimento de exceção de incompetência relativa pelo “R”.

Tal exceção será oferecida no PRAZO de DEFESA, que, no PT, será em AUDIÊNCIA. Caso haja a perda do prazo, ocorrerá a PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA, ou seja, o juiz inicialmente in-competente torna-se COMPETENTE.

Súmula nº 33 STJ

A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.

Art. 795 § 1º CLT. Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetên-cia de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.

Art. 800 CLT. Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

REJEITADA a exceção de incompetência = o processo segue, devendo o “R” apresentar a CON-TESTAÇÃO. Dessa decisão NÃO cabe recurso de imediato.

ACOLHENDO a exceção de incompetência, os autos serão encaminhados ao juízo competente. Essa decisão NÃO cabe recurso imediato.

Salvo...Súmula 214 “c” do TST.

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO

O objetivo é o questionamento da IMPARCIALIDADE do MAGISTRADO.

Art. 801 CLT. O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:

a) inimizade pessoal;b) amizade íntima;c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;d) interesse particular na causa.

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Fique ligado!

• O art. 801 da CLT somente menciona hipóteses de SUSPEIÇÃO do magistrado trabalhista. Assim, torna-se perfeitamente cabível a aplicação SUBSIDIÁRIA dos artigos 144 e 145 do CPC/2015, que mencionam as hipóteses de impedimento e suspeição respectivamente:

IMPEDIMENTO

OBJETIVO – CAUSAS ABSOLUTAS DE

IMPARCIALIDADE

SUSPEIÇÃO

SUBJETIVO – NÃO BASTA ALEGAR. DEVE SER DEMONSTRADA A

INFLUÊNCIA DO JUIZ.

Atenção!

OS MOTIVOS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO TAMBÉM SE APLICAM AO ÓRGÃO DO MP, SERVENTUÁRIOS, PERITO E INTÉRPRETE.

Na seara procedimental o art. 802 da CLT, aduz que, apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou tribunal designará audiência dentro de 48 horas, para instrução e julgamento da exceção.

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Atualmente, a posição MAJORITÁRIA é a de que o artigo 802 da CLT deve ser interpretado da seguinte forma:

Se o juiz do trabalho é suspeito ou impedido, não é razoável ele mesmo julgar a exceção, pois não haveria imparcialidade por ser parte na causa. Dessa forma, oferecida a exceção, competirá ao TRT respectivo o processamento.

Resumindo...

O prazo do art. 800 da CLT na exceção de incompetência relativa é de 24 horas improrrogáveis.

O prazo do art. 802 da CLT nas exceções de suspeição e impedimento é de 48 horas.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – PARTE 2

PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO

A CLT dispõe sobre a fase probatória nos artigos 818 a 830.

O OBJETO da prova é comprovar, em juízo, a existência ou não de um FATO visando o convenci-mento do juiz.

Fatos INCONTROVERSOS ou NOTÓRIOS não precisam ser provados.

Questões de DIREITO não precisam ser comprovadas, uma vez que o juiz conhece o direito. En-tretanto, excepcionalmente, admite-se a prova do direito dependendo de solicitação do juiz.

Art. 376 CPC/2015. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Atenção!

A comprovação do direito, nesses casos, NÃO é automática, dependendo de SOLICITAÇÃO do juiz.

Art. 765 CLT. Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e ve-larão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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ACTCCTSN

REGULAMENTO EMPRESARIAL

Devem ser PROVADOS, apresentados em JUÍZO.

PRINCÍPIOS

Princípio da comunhão das provas – rege as provas no processo do trabalho. Não importa sa-ber quem produziu, o objetivo é chegar a verdade.

Princípio do livre convencimento motivado – o juiz é livre para decidir, mas deve motivar as suas decisões.

Art. 371 CPC/2015. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

ÔNUS DA PROVA

Pressupõe a INEXISTÊNCIA ou INSUFICIÊNCIA de provas nos autos, pois, havendo prova no pro-cesso, não há que se falar em ônus da prova, uma vez que, de acordo com o já estudado princí-pio da comunhão da prova, esta pertence ao processo e não às partes, sendo irrelevante quem as produziu.

Art. 818 CLT. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.

Art. 373 CPC/2015. O ônus da prova incumbe:

I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

Fato CONSTITUTIVO é aquele que dá origem àrelação jurídica deduzida em juízo. Ex: “e”demonstrar a presença do requisitoscaracterizadores da relação de emprego.

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Se o “R” apenas NEGAR o fato constitutivo pleiteadopelo “r” sobre ele não haverá nenhum ônus, cabendoao “r” provar o alegado.

Fica a dica!

Pode ocorrer de o “R” alegar FATOS NOVOS, com a finalidade de modificar o direito do “r”, ex-tinguir ou impedir, ATRAINDO para si o ônus de provar os fatos que alegou.

Ex.: Trabalho AUTÔNOMO.

Fato EXTINTIVO é aquele que põe fim à relação jurídicadeduzida em juízo. Ex.: prescrição, decadência,pagamento do débito.

Fato IMPEDITIVO consiste na alegação de fato queimpede a formação válida da relação jurídica Ex.: Aalegação de JUSTA CAUSA é fato impeditivo aorecebimento das verbas rescisórias.

Fato MODIFICATIVO visa alterar a relação deduzida. Ex.:Pagamento de PARTE das horas extras laboradas.

NOVO CÓDIGO PROCESSO CIVIL

Temos, no NCPC (art. 373 § 1º), a chamada TEORIA DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA. O caput aborda a TEORIA ESTÁTICA (ao autor incumbe provar os fatos constitutivos, e ao réu, o fato im-peditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor).

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TRT-SE – Direito Processual do Trabalho – Prof. Rogério Renzetti

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Art. 373 § 1º CPC/2015. Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacio-nadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a opor-tunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

Art. 6º CDC. São direitos básicos do consumidor:

(...)

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

RESUMINDO

Enquanto a TEORIA ESTÁTICA é definida na própria LEI, a TEORIA DINÂMICA possibilita o JUIZ modificar a comprovação sem se preocupar se é um fato MODIFICATIVO, EXTINTIVO, IMPEDITI-VO ou CONSTITUTIVO do direito.

Passaremos agora à análise de alguns casos específicos descritos na jurisprudência do TST.

1. O ônus de provar o TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO é sempre do “E”. O princípio da CONTINUIDADE da relação de emprego é a regra e constitui presunção favorável ao “e”.

Fique ligado!

Súmula nº 212 do TST

O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negada a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego cons-titui presunção favorável ao empregado.

2. As NOTIFICAÇÕES presumem-se recebidas pelo destinatário em 48 horas, sendo o ônus do destinatário comprovar o não recebimento neste prazo.

Súmula nº 16 do TST

Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

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3. As anotações apostas na CTPS geram presunção RELATIVA de veracidade.

Súmula nº 12 do TST

As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram pre-sunção juris et de jure, mas apenas juris tantum.

4. O ônus da prova de HE é do “e”, reclamante. Em duas situações esse ônus pode ser invertido.4 – O ônus da prova de HE é do “e”, reclamante. Em duassituações esse ônus pode ser invertido.

EMPRESA COM + 10 EMPREGADOS

CARTÕES DE PONTO

BRITÂNICOS

Súmula nº 338 do TST

I – É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.

II – A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

III – Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.

PEDIDO Nº DE “e”

“E” TEM OBRIGAÇÃO DE JUNTAR

OS CARTÕES

JUNTOU? ÔNUS

HE ATÉ 10 NÃO NÃO “r”

HE + 10 SIM SIM “r”

HE + 10 SIM NÃO “R”

HE + 10 SIM SIM (britânico) “R”

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MEIOS DE PROVA

DEPOIMENTO PESSOAL

Art. 848 CLT. Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.

Art. 820 CLT. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser rein-quiridas, por seu intermédio, a requerimento dos Juízes classistas, das partes, seus representantes ou advogados.

No PT a CLT não diferenciou o INTERROGATÓRIO e o DEPOIMENTO PESSSOAL, estabelecendo, de modo indiscriminado, o INTERROGATÓRIO.

PROVA TESTEMUNHAL

TODA pessoa capaz que não seja impedida ou suspeita e que tenha conhecimento dos fatos pode ser testemunha.

Tendo a testemunha CONHECIMENTO DOS FATOS, prestará o COMPROMISSO de dizer a ver-dade do que souber ou lhe for perguntado, sujeitando-se, em caso de falsidade, ao CRIME DE FALSO TESTEMUNHO.

A CLT destaca três hipóteses em que não será prestado o compromisso:

Art. 829 CLT. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informa-ção.

A doutrina é pacífica no sentido de que o CPC deve ser aplicado de forma SUPLETIVA ao PT, pois define de forma pormenorizada os casos de INCAPACIDADE, IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO (art. 447 NCPC).

Art. 447 CPC/2015. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impe-didas ou suspeitas.

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O suspeito ou impedido pode ser ouvido como INFORMANTE e não prestará o compromisso de dizer a verdade.

Súmula nº 357 do TST

Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.

Art. 821 CLT. Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).

Logo...

ORDINÁRIO – 3 TESTEMUNHASINQUÉRITO – 6 TESTEMUNHAS

SUMARÍSSIMO – 2 TESTEMUNHAS

Preste atenção!

Litisconsórcio ATIVO → Não há alteração do número de testemunhas.

Litisconsórcio PASSIVO → Cada “R” terá direito a 3 testemunhas (procedimento ordinário).

Art. 822 CLT. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasio-nadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.

Art. 823 CLT. Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.

Art. 824 CLT. O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.

Art. 825 CLT. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação.

Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do Art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

Art. 828 CLT. Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço pres-tado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.

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Parágrafo único. Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.

Art. 819 CLT. O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.

A CONTRADITA é a alegação processual da parte contrária de que a testemunha apresenta:

INCAPACIDADE

IMPEDIMENTO

SUSPEIÇÃO

O momento adequado para que a parte interessada ofereça a contradita é após a qualificação da testemunha, antes de prestar o compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado (art. 457 CPC/2015).

PROVA DOCUMENTAL

A CLT não sistematizou esse meio de prova como fez o CPC. Podemos encontrar alguns artigos que tratam do tema (777, 780, 787 e 830).

Dessa forma, podemos aplicar de forma supletiva o CPC.

O momento processual oportuno para apresentação da prova documental deve ser, para o “r” , o momento em que é apresentada a RT e, para o “R”, juntamente com a apresentação da defesa, em audiência.

Art. 787 CLT. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar.

Súmula nº 8 do TST

A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.

Até o final da instrução, as partes podem juntar documentos NOVOS nas seguintes hipóteses (art. 435 CPC/2015):

• quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados; • quando para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

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O documento oferecido para prova somente era aceito se estivesse no original, em certidão autêntica.

A Lei nº 11.925/09 trouxe uma nova redação para o art. 830 da CLT.

Art. 830 CLT. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo pró-prio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário com-petente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.

O documento comum às partes (convenção coletiva, sentença normativa) cujo o conteúdo não seja impugnado terá valor probante mesmo que em cópia não autenticada.

OJ36 SDI-I TST

O instrumento normativo em cópia não autenticada possui valor probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento comum às partes.

As PJ de direito público são dispensadas da exigência da autenticidade dos documentos apre-sentados em juízo, ante a FÉ PÚBLICA.

OJ 134 SDI I TST

São válidos os documentos apresentados, por pessoa jurídica de direito público, em fotocópia não autenticada, posteriormente à edição da Medida Provisória nº 1.360/96 e suas reedições.

Em relação ao procedimento SUMARÍSSIMO:

Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.

§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.

Em alguns atos, a prova documental é IMPRESCINDÍVEL:

• pagamento de salários;

• acordo de prorrogação de jornada (só escrito);

• concessão ou pagamento das férias.

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Súmula nº 12 do TST

As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram pre-sunção juris et de jure, apenas juris tantum.

PROVA PERICIAL

A prova pericial será produzida quando decorrer de uma imposição da lei ou for exigida para a prova do fato.

A realização da prova pericial pode decorrer de requerimento das partes ou ser determinada de ofício.

Tratando-se de pedido de adicional de periculosidade e insalubridade da perícia é obrigatória, mesmo que o reclamado seja revel e confesso quanto à matéria de fato.

OJ 165 SDI-I TST. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo, que o profissional seja devidamente qualificado.

OJ 278 SDI-I TST. A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quan-do não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julga-dor utilizar-se de outros meios de prova.

Súmula 453 TST

O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

Temos mais duas hipóteses em que não necessitamos de prova pericial:

• diante de um FATO NOTÓRIO. Ex.: o frentista de um posto de gasolina.

• quando a própria LEI determina. Ex.: vigilantes, motoboys, bombeiros.

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Fique ligado!

Súmula nº 293 do TST

A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalu-bridade.

Art. 480 CPC/2015. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.

(...)

§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

Art. 479 CPC/2015. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indican-do na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

O assistente técnico apresenta o seu laudo ou parecer no MESMO prazo fixado pelo juiz para a apresentação do laudo pericial, sob pena de DESENTRANHAMENTO.

Quanto ao laudo pericial, as partes tem o direito de se manifestar em que prazo?

Procedimento ORDINÁRIO – o legislador não trouxe o prazo, logo será fixado pelo juiz.

Procedimento SUMARÍSSIMO – as partes vão se manifestar no prazo COMUM de 5 dias.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 477 § 1º CPC/2015. As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

Quanto aos HONORÁRIOS periciais (art. 790-B, CLT)

Quem paga?

A parte sucumbente no OBJETO da pretensão (pedido) que tenha levado à produção da prova pericial, SALVO se for beneficiária da justiça gratuita (nesse caso, quem paga é a UNIÃO).

Súmula nº 457 do TST

A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimen-to disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução nº 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.

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Fique ligado!

Os honorários periciais NÃO são prévios no processo do trabalho.

Assistente técnico é pago pela PARTE que o contratou.

OJ 98 SDI II TST

É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompati-bilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realiza-ção da perícia, independentemente do depósito.

Súmula nº 341 do TST

A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia.

• CUIDADO!! É LEGAL a exigência de honorários periciais prévios nas relações de trabalho diversas da relação de emprego (art. 6º § único da IN nº 27 do TST).

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INSPEÇÃO JUDICIAL

A CLT não prevê a inspeção judicial. No entanto, tal meio de prova previsto no CPC mostra-se compatível com o processo do trabalho.

Art. 481 CPC/2015. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Encerrada a INSTRUÇÃO, as partes poderão aduzir RAZÕES FINAIS no prazo máximo de 10 mi-nutos (cada).

Será apresentada oralmente na audiência ou escrito, por MEMORIAIS.

Em seguida, o juiz renova a proposta de conciliação.

Não havendo a conciliação, será proferida a SENTENÇA.

SENTENÇA E COISA JULGADA

CONCEITO

Os atos do juiz consistirão em:

• SENTENÇAS

• DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS

• DESPACHOS

Atenção!

A CLT não dispõe de um CONCEITO de sentença, aplicando-se subsidiariamente o CPC.

Art. 203 § 1º CPC. Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cog-nitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

REQUISITOS

Art. 832 CLT. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.

RELATÓRIO: é todo o HISTÓRICO do processo. Objetiva o registro de todos os acontecimentos.

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Atenção!

O Procedimento SUMARÍSSIMO dispensa o relatório na elaboração da sentença.

FUNDAMENTAÇÃO: é a exposição dos motivos e razões do juiz na análise das questões de fato e de direito, sob o fundamento do art. 93, IX CF que exige a MOTIVAÇÃO das decisões.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O NCPC, no art. 489, traz diversos requisitos para que seja considerado uma decisão fundamen-tada.

DISPOSITIVO: É a CONCLUSÃO, e o PRINCIPAL requisito da sentença, pois é aqui que o juiz resol-ve as questões que lhe foram apresentadas.

Além dos requisitos apresentados, os parágrafos do art. 832 da CLT impõem mais três requisitos:

• O PRAZO e as CONDIÇÕES para cumprimento;

• A NATUREZA das parcelas;

• O valor das CUSTAS a serem pagas;

RESUMINDO

No PT a SENTENÇA tem seis REQUISITOS: três essenciais e três secundários, acessórios.

Art. 833 CLT. Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cál-culo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos inte-ressados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho.

PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA

Também chamado de princípio da CORRELAÇÃO e ADSTRIÇÃO, significa que o juiz só poderá emitir provimento jurisdicional sobre o que foi pleiteado.

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Art. 492 CPC/2015. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

EXTRA PETITA(fora do pedido)

ULTRA PETITA(além do pedido)

CITRA PETITA(julga aquém do

pedido)

EMBARGOSDE

DECLARAÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO

Após o trânsito em julgado, podem ser impugnadas por meio da AÇÃO RESCISÓRIA, inclusive a sentença citra petita.

OJ 41 SDI II TST. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA CITRA PETITA. CABIMENTO (inserida em 20.09.00)

Revelando-se a sentença citra petita, o vício processual vulnera os arts. 128 e 460 do CPC, tor-nando-a passível de desconstituição, ainda que não opostos embargos declaratórios.

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1. Incluir JUROS de mora e a CORREÇÃO monetária na liquidação.

2. Deferir SALÁRIO quando o pedido for de reintegração.

3. Deferir adicional de 1/3 de FÉRIAS.

4. Conceder adicional de HE de no mínimo 50%.

5. Determinar anotação na CTPS quando houver pedido de reconhecimento de vínculo.

PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA

A intimação da sentença ocorre na AUDIÊNCIA em que foi proferida.

O réu REVEL deverá ser intimado via postal com aviso de recebimento.

Designada audiência de JULGAMENTO, incumbe à parte comparecer para tomar conhecimento da decisão, sob pena de ser considerada intimada da sentença, no data da audiência.

Súmula nº 197 do TST

PRAZO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.

A ata da audiência de julgamento deve ser juntada ao processo no prazo de 48 horas. Caso não seja observado, o prazo do recurso será contado a partir da data que for recebida a intimação da sentença pela parte.

Súmula nº 30 do TST

Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intima-ção da sentença.

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DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Art. 203 § 2º CLT. Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.

Art. 893 § 1º CLT. Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitin-do-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

DESPACHO

Art. 203 § 3º CPC/2015. São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.

§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

Art. 1.001 CPC/2015. Dos despachos não cabe recurso.

ACÓRDÃO

Art. 204 CPC/2015. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.

Natureza?

Decisão monocrática

RECURSOS

Recurso é o meio processual idôneo colocado à disposição da parte vencida, do terceiro preju-dicado e do Ministério Público para que a decisão judicial impugnada seja reformada, esclareci-da, invalidada ou integrada.

Fundamentos:

• Inconformismo da parte vencida;

• Falibilidade humana;

• Aprimoramento das decisões judiciais;

• Forma de controle dos atos jurisdicionais pelas instâncias superiores.

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao OBJETO (natureza):

ORDINÁRIO → busca tutelar o direito SUBJETIVO da parte. Rediscussão AMPLA

EXTRAORDINÁRIA → busca a tutela da própria LEI e sua correta aplicação. Não há análise de FATOS e PROVAS.

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Quanto à FUNDAMENTAÇÃO:

LIVRE (não há necessidade de lançar nenhum vício específico ao recurso) basta que a parte não se conforme com a decisão. Ex.: RO.

VINCULADA (necessidade de demonstrar um vício específico). O vício vem descrito na própria LEI. Ex.: ED (omissão, obscuridade ou contradição), RR (violação de Lei, CF).

Quanto à EXTENSÃO da matéria impugnada:

TOTAL O recurso pode ser de TODA a matéria que o recorrente foi sucumbente.

PARCIAL Impugnação somente de parte do objeto em que foi sucumbente a decisão.

Quanto à INDEPENDÊNCIA ou SUBORDINAÇÃO

PRINCIPAL É aquele que não é vinculado a nenhum outro recurso. É totalmente INDEPENDENTE.EX.: RO e AP.

SUBORDINADO ou ADESIVO O recurso fica CONDICIONADO à admissibilidade de um outro re-curso (o principal).

RECURSO ADESIVO

Atenção!

Não é uma modalidade de recurso, e sim uma forma diferenciada de interposição do recurso.

Não há previsão legal na CLT sobre o recurso adesivo, de forma que se aplicam as normas do CPC, de forma subsidiária (art. 997 CPC/2015).

A possibilidade de interpor um recurso na sua forma adesiva exige, dois requisitos:

Sucumbência recíproca

Interposição de recurso por uma das partes

Art. 997 CPC/2015. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.

§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.

§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mes-mas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo dis-posição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:

I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;

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II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;

III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.

Súmula nº 283 do TST

RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de em-bargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.

Na JT a forma adesiva de interposição de recurso é possível nas hipóteses de:

→ RECURSO ORDINÁRIO

→ RECURSO DE REVISTA

→ EMBARGOS AO TST

→ AGRAVO DE PETIÇÃO

O prazo para interposição é o mesmo que a parte dispõe para responder ao recurso principal (CONTRARRAZÕES), momento em que poderá interpor o recurso adesivo.

O recurso adesivo é dependente do recurso principal, de forma que, se o principal não for co-nhecido ou se a parte desistir, o adesivo também não será processado.

Dispensa o preparo?

O recurso adesivo NÃO será recebido quando:

1. Houver desistência do recurso principal;

2. Não preencher todos os pressupostos de admissibilidade;

3. O recurso principal não for recebido.

PRINCÍPIOS RECURSAIS

Do duplo grau de jurisdição – Esse princípio preconiza o controle das decisões judiciais oriundas das instâncias inferiores pelos órgãos superiores (reexame da decisão).

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A CF não prevê expressamente este princípio, apenas garante, aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral, o contraditório e a ampla defesa, como os meios e recursos a ela inerentes.

Todavia, havendo recurso previsto na legislação, aos litigantes será preservada a sua utilização.

Da taxatividade – somente é possível o cabimento de um recurso que esteja previsto em lei, ou seja, na CLT ou na legislação extravagante.

Dessa forma, o rol dos recursos trabalhistas é TAXATIVO e não meramente exemplificativo.

Unirrecorribilidade – somente é possível um único recurso específico para cada decisão. Veda--se a interposição simultânea.

Fungibilidade ou conversibilidade – um recurso que foi interposto de forma incorreta poderá ser convertido pelo juiz em um recurso corretamente cabível.

DÚVIDA objetiva.

→ Inexistência de ERRO GROSSEIRO.

→ Observância do PRAZO MENOR.

Súmula nº 421 do TST

I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.

II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.

OJ 412 SDI I TST. AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016

É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro.

Dialeticidade: O recorrente deve MOTIVAR suas razões recursais para que o recorrido possa se defender e o Tribunal conhecer o objeto impugnado.

Art. 1.010 CPC/2015. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

II – a exposição do fato e do direito;

III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;

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Art. 1.016 CPC/2015. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:

II – a exposição do fato e do direito;

III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;

Art. 899 CLT. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.

Súmula nº 422 do TST

Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do requisito de admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, quando as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora proposta.

Fique ligado!

Observe que o art. 896 § 1º-A da CLT passou a EXIGIR expressamente a FUNDAMENTAÇÃO do RECURSO DE REVISTA.

Art. 896 § 1º-A CLT. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:

II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regio-nal;

III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da de-cisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Consti-tuição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.

Vedação da reformatio in pejus – O Tribunal competente para o julgamento do recurso não pode piorar, agravar a situação do recorrente, salvo se houver recurso da outra parte.

São exceções desse princípio as matérias de ordem pública, que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz e podem ser alegadas em qualquer tempo e grau de jurisdição, ainda que acarretem prejuízo ao recorrente.

Quais são os recursos cabíveis no processo do trabalho?

→ RECURSO ORDINÁRIO

→ RECURSO DE REVISTA

→ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

→ EMBARGOS AO TST

→ AGRAVO DE PETIÇÃO

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→ AGRAVO DE INSTRUMENTO

Fica a dica!

Admite-se ainda no processo do trabalho:

→ PEDIDO DE REVISÃO

→ AGRAVO REGIMENTAL

Obs.: Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal (STF) cabe no processo do traba-lho, mas não é um recurso trabalhista.

OBS: Recurso Extraordinário para o Supremo TribunalFederal (STF) cabe no processo do trabalho, mas não é umrecurso trabalhista.

JUIZ - TRT - TST - TST - STFS RO RR ETST REC. EXTR.

TURMAS

SEÇÃO DE DISSÍDIO INVIVIDUAL (SDI)

SEÇÃO DE DISSÍDIO COLETIVO

• AGRAVO DE PETIÇÃO é o recurso da EXECUÇÃO no PT.

• De uma sentença proferida pelo Juiz do Trabalho na execução NUNCA caberá RO, caberá AGRAVO DE PETIÇÃO para o TRT.

• AGRAVO DE PETIÇÃO é o recurso da EXECUÇÃO no PT.

• De uma sentença proferida pelo Juiz do Trabalho naexecução NUNCA caberá RO, caberá AGRAVO DEPETIÇÃO para o TRT.

S - AP - RR - ETST - REC. EXTRJUIZ TRT TST TST STF

O AGRAVO DE INSTRUMENTO no PT só tem uma finalidade, que é DESTRANCAR RECURSO.

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O AGRAVO DE INSTRUMENTO no PT só tem uma finalidadeque é DESTRANCAR RECURSO.

RO

JUIZ TRT

EFEITOS DOS RECURSOS

Art. 899 CLT. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devoluti-vo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.

O efeito DEVOLUTIVO é a transferência ao juízo AD QUEM do conhecimento das matérias julga-das no juízo A QUO.

TODOS os recursos são dotados do efeito DEVOLUTIVO.

EXTENSÃO DO EFEITO DEVOLUTIVO

Art. 1.013 CPC/2015. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

Ex.: “R” é condenada ao pagamento de férias, HE e dano moral. Caso interponha RO, poderá impugnar todas as matérias (extensão TOTAL). Por outro lado, poderá recorrer tão somente do dano moral, de modo que as demais matérias (férias e HE) serão acobertadas pela COISA JUL-GADA (extensão LIMITADA).

Atenção!

Uma vez analisada a EXTENSÃO (matérias que serão levadas para o Tribunal), passa-se a anali-sar o EFEITO DEVOLUTIVO em sua PROFUNDIDADE. Ou seja, todo recurso tem efeito devoluti-vo, mas o que diferencia um recurso de outro é a extensão ou a profundidade desses recursos.

EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE.

Devolve automaticamente ao juízo ad quem todas as alegações, os fundamentos e as questões (dentro da extensão impugnada), independentemente de manifestação.

Em suma: enquanto o efeito devolutivo na extensão depende de PROVOCAÇÃO da parte, o efeito devolutivo na profundidade INDEPENDE de provocação das partes, é ligado ao Princípio do INQUISITIVO.

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Esse efeito é específico ao RECURSO ORDINÁRIO.

O que se quer é colocar em posição de IGUALDADE o juízo a quo e o juízo ad quem (que utilizará todo o campo probatório utilizado pelo 1º grau) sempre ligado à matéria impugnada.

Permite ao órgão julgado utilizar TODO material deduzido em juízo, mesmo que a decisão re-corrida não faça referência a eles.

Art. 1.013 § 1º CPC/2015. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

Súmula nº 393 do TST

I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 1.013 § 3º CPC/2015. Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:

III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;

SUSPENSIVO

REGRA no PT = efeito DEVOLUTIVO. No PC, o efeito é DUPLO.

O efeito suspensivo suspende a eficácia da decisão enquanto pender de julgamento o recurso interposto contra esta decisão.

Os recursos no PT são dotados de efeito DEVOLUTIVO. Existe porém UMA exceção.

Súmula nº 414 do TST

I – A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso.

Art. 1.012 § 3º CPC/2015. O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º. poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:

I – tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;

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II – relator, se já distribuída a apelação.

§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelan-te demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamenta-ção, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

TRANSLATIVO

Trata-se da possibilidade de o tribunal conhecer de matérias de ordem pública que não depen-dem de manifestação das partes.

Efeito nos recursos de natureza __________.

ATENÇÃO! O efeito TRANSLATIVO NÃO se aplica aos recursos de natureza EXTRAORDINÁRIA. Uma vez que, obrigatoriamente, deve haver uma DECISÃO PRÉVIA a respeito da matéria.

OJ 62 SDI I TST. É necessário o pré-questionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.

SUBSTITUTIVO

Art. 1.008 CPC/2015. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.

REGRESSIVO

Consiste na possibilidade de retratação ou reconsideração pela mesma autoridade prolatora da decisão.

No âmbito laboral, esse efeito ocorre nos recursos de agravo de instrumento e agravo regimen-tal, sendo lícito à autoridade julgadora, em função dos princípios da economia processual e celeridade, reconsiderar a decisão objeto do agravo.

CONTRARRAZÕES

Art. 900 CLT. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente.

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JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL

Preliminares do recurso.

É o momento da análise dos pressupostos recursais EXTRÍNSECOS e INTRÍNSECOS.

É matéria de ORDEM PÚBLICA que pode ser analisada a qualquer tempo, mas terá dois momentos efetivos:

• Pelo próprio juízo que proferiu a decisão JUÍZO A QUO

• Pelo juízo que julgará o recurso JUÍZO AD QUEMEssa análise de admissibilidade pode ser:

POSITIVA

NEGATIVA

Assim, não estando presentes os pressupostos recursais, o recurso não será processado (não dará seguimento)

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Por outro lado, estando presentes tais pressupostos, será dado seguimento ao recurso, inti-mando-se a parte contrária para a apresentação das contrarrazões.

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PARCIAL

Art. 1º IN 40/2016 TST. Admitido apenas parcialmente o recurso de revista, constitui ônus da parte impugnar, mediante agravo de instrumento, o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Como será a sistemática?

Art. 1.010 CPC/2015. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.

Art. 896 § 1º CLT. O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo.

Art. 897 § 2º CLT. O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.

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PRESSUPOSTOS RECURSAIS

Os pressupostos recursais, também conhecidos como requisitos de admissibilidade recursal, são aqueles que devem ser preenchidos pelo recorrente no momento da interposição do recur-so para que este seja conhecido e julgado pelo tribunal.

Os pressupostos recursais trabalhistas são classificados em:

OBJETIVOS (extrínsecos) – referem-se ao recurso.

→ Recorribilidade do ato

→ Adequação

→ Tempestividade

→ Preparo

→ Regularidade de representação

SUBJETIVOS (intrínsecos) – estão relacionados às partes, apenas avaliam suas características e aptidão para buscar a tutela jurisdicional naquela lide, são eles:

→ Legitimidade;

→ Capacidade;

→ Interesse;

EXTRÍNSECOS

Recorribilidade do ato

O ato praticado precisa ser recorrível; despachos de mero expediente e a maioria quase absolu-ta das decisões interlocutórias não o são.

Adequação

A parte deve utilizar o recurso adequado. Não basta simplesmente recorrer, mas sim impugnar a decisão, utilizando-se o recurso cabível à espécie.

Tempestividade

O conhecimento do recurso depende da interposição dentro do prazo legal. O prazo dos recursos no PT é unificado e corresponde ao período de 8 dias, salvo os embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias, e o pedido de revisão, em que o prazo é de 48 horas. Recurso extraordinário: 15 dias.

Os prazos recursais são PEREMPTÓRIOS, não podendo ser alterado pela vontade das partes.

Em relação ao prazo para interposição do AGRAVO REGIMENTAL, deve ser observado o prazo estabelecido nos REGIMENTOS INTERNOS dos Tribunais.

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OJ 310 SDI I TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016

Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.

OJ 192 SDI-I TST. É em dobro o prazo para a interposição de embargos declaratórios por pessoa jurídica de direito público.

Súmula nº 385 do TST

I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 229 CPC/2015. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-cacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

Art. 1.003 § 6º CPC/2015. O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interpo-sição do recurso.

II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibi-lidade certificar o expediente nos autos.

III – Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recur-so, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de Declaração.

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Súmula nº 387 do TST

RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016

I – A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência.

II – A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo.

III – Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973) quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado.

IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares.

Preparo

No PT, para fins recursais, exige-se que o recorrente recolha as custas e realize o depósito recursal. Portanto, não efetuado o preparo, o recurso será considerado deserto.

DEPÓSITO RECURSAL

O depósito recursal tem natureza de garantia do juízo, portanto, só é realizado pelo reclamado e se este for “E” (“e” não realiza depósito recursal)

Os recursos que exigem o depósito recursal são:

→ RO→ RR→ ETST→ REXT→ AI

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Fique ligado!

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27 de 2005

Dispõe sobre normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho em decorrência da ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional nº 45/2004.

Art. 2º § único. O depósito recursal a que se refere o art. 899 da CLT é sempre exigível como requi-sito extrínseco do recurso, quando houver condenação em pecúnia.

QUANTO?

• Se o valor da condenação for superior ao valor estabelecido anualmente pelo TST, deve-se observar o TETO legal. Cada recurso interposto exige novo depósito até que alcance o valor da condenação.

→ R$ 8.183,06 – RO

→ R$ 16.366,10 – RR, ETST e REC.EXTR

• Caso o VALOR DA CONDENAÇÃO seja inferior ao teto estabelecido pelo TST, o depósito recursal será o valor da condenação, não se considerando o teto. Nesse caso, a interposição de recursos posteriores NÃO exige depósito recursal, uma vez que o juízo estará totalmente garantido.

O depósito recursal só será exigível quando houver condenação em pecúnia (S. 161, TST).

O prazo para efetuar o depósito recursal corresponde ao mesmo prazo do recurso, ou seja, 8 dias. A súmula 245 do TST assevera que eventual interposição antecipada do recurso não exige o recolhimento antecipado do depósito, que poderá ser efetuado a qualquer tempo desde que respeitado o prazo legal do recurso.

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Fique ligado!

EXCEÇÃO!!!

Art. 899 §7º CLT No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal correspon-derá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

O depósito também tem natureza de garantia do juízo.

Quanto???

Depositará o valor da condenação ainda não depositado até o limite de 50% do valor do depó-sito do recurso que se quer destrancar.

Atenção!

Quando o AI tiver a finalidade de destrancar RR que se insurge contra a decisão que contraria a jurisprudência do TST, NÃO haverá OBRIGATORIEDADE de se efetuar o DR.

Art. 899 § 8º CLT. Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revis-ta que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obriga-toriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.

Súmula nº 128 do TST

I – É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso.

II – Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do dé-bito, exige-se a complementação da garantia do juízo.

III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

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A massa falida é isenta de recolhimento do depósito, bem como das custas, por força da súmula 86 do TST. Tal vantagem não se aplica às empresas em liquidação extrajudicial.

O valor do recolhimento deve ser exato ou superior ao valor devido, eis que qualquer diferença a menor, mesmo relativa a centavos, ensejará a deserção do recurso (OJ 140, SDI-I, TST).

Súmula nº 426 do TST

Nos dissídios individuais, o depósito recursal será efetivado mediante a utilização da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, realizado na sede do juízo e à disposição deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do FGTS.

Quem não faz DEPÓSITO RECURSAL:

• “e” – NUNCA. • “R” não condenado em pecúnia. • “R” massa falida (S. 86, TST). • “R” fazenda pública (U/E/DF/M, autarquias e fundações). • MPT • Entes de direito público externo

Fica a dica!

A dispensa NÃO alcança as empresas em LIQUIDAÇÃO ou RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Hoje a isenção também não alcança parte que comprove a INSUFICIÊNCIA de recursos (assis-tência judiciária gratuita).

CUSTAS

Nas relações de emprego, as custas serão recolhidas pela parte vencida.

O valor das custas corresponde a 2% do valor da condenação ou, na ausência deste, 2% do va-lor da causa (art. 789, CLT).

As custas serão recolhidas pela parte vencida, que, se recorrer, deverá recolhê-las no prazo do re-curso (8 dias) e, se não recorrer, deverá recolhê-la após o trânsito em julgado (art. 789, § 1º, CLT).

Súmula nº 25 do TST

I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independen-temente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida;

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II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atuali-zação do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo paga-mento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia;

São isentos do recolhimento de custas (art. 790-A, CLT)

Os beneficiários da justiça gratuita:

U/E/DF/M, autarquias e fundações públicas que não exerçam atividade econômica, mas não estão dispensadas de reembolsar as despesas realizadas pela parte vendedora

MPT

A massa falida (S. 86, TST)

Obs: Na execução, as custas SEMPRE serão recolhidas pelo executado, em valor definido pelo art. 789-A, CLT.

Regularidade de representação

Na JT, nas relações de emprego, é possível que o “e” e “E” demandem independente de advo-gado (jus postulandi), caso em que não precisarão juntar procuração.

Porém, se resolverem contratar advogado, terão que juntar procuração.

Súmula nº 383 do TST

I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.

II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

Art. 104 CPC/2015. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

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Art. 76 CPC/2015. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:

I – não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;

II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.

OJ 120 SDI-I TST. O recurso sem assinatura será tido por inexistente. Será considerado válido o apelo assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais.

INTRÍNSECOS

Legitimidade

Intimamente ligada ao interesse, aos legitimados que sucumbiram. O art. 996 do CPC/2015 determina que o recurso pode ser impetrado pela partes, pelo terceiro prejudicado e pelo Mi-nistério Público.

Fique ligado!

Art. 999 CPC/2015. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

Capacidade

A parte deverá, no momento da interposição do recurso, demonstrar que está plenamente ca-paz de praticar o ato processual. O recorrente deve se encontrar em exercício pleno de suas faculdades mentais.

Interesse (da parte que sucumbiu)

O recurso tem que ser útil e necessário à parte sob pena de não conhecimento.

Decisão improcedente – “r”

Decisão procedente – “R”

Decisão procedente em parte – “R” / “r”

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PODERES DO RELATOR

As decisões proferidas pelos TRIBUNAIS são chamadas de ACÓRDÃOS (seja de natureza interlocutória, seja de sentença). Ou seja em REGRA por um COLEGIADO.

No entanto, o legislador em decorrência do princípio da CELERIDADE passou a atribuir poderes para o RELATOR para julgar MONOCRATICAMENTE os recursos.

Fica a dica!

Art. 894 § 3º CLT. O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos:

Art. 932 CPC/2015. Incumbe ao relator:

Súmula nº 435 do TST

DECISÃO MONOCRÁTICA. RELATOR. ART. 932 DO CPC DE 2015. ART. 557 DO CPC DE 1973. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016

Aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho o art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973).

Atenção!

A decisão do RELATOR sempre estará sujeita ao recurso de AGRAVO REGIMENTAL ou INTERNO.

Art. 932 CPC/2015. Incumbe ao relator:

I – dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;

Quem vai homologar ACORDO perante o Tribunal é o próprio RELATOR.

II – apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;

Quem vai analisar a TUTELA ANTECIPADA , CAUTELAR, é o próprio relator (seja em grau de RE-CURSO, seja em competência ORIGINÁRIA).

III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especifi-camente os fundamentos da decisão recorrida;

IV – negar provimento a recurso que for contrário a:

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a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

V – decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;

VII – determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;

VIII – exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.

Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.

Art. 933 CPC/2015. Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias.

Atenção!

Ou seja: "Uma matéria que o relator reconheça de OFÍCIO e na qual não houve manifestação nos autos, precisará abrir prazo para o CONTRADITÓRIO"

REMESSA NECESSÁRIA

Nas causas trabalhistas, em que for parte a U/E/DF/M, bem como suas autarquias e fundações de direito público que não explorem atividade econômica, haverá remessa de ofício (reexame necessário) das decisões que sejam parcial ou totalmente contrárias aos seus interesses.

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Não tem natureza de recurso diante da ausência da VOLUNTARIEDADE. Trata-se de CONDIÇÃO DE EFICÁCIA DA SENTENÇA impedindo o trânsito em julgado da decisão até que seja realizado o duplo grau de jurisdição.

Fique ligado!

SÚMULA 423 STF

Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio, que se considera interposto ex lege.

OJ 21 SDI II TST. AÇÃO RESCISÓRIA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO. INO-BSERVÂNCIA. DECRETO-LEI Nº 779/69, ART. 1º, V. INCABÍVEL (nova redação) – DJ 22.08.2005

É incabível ação rescisória para a desconstituição de sentença não transitada em julgado por-que ainda não submetida ao necessário duplo grau de jurisdição, na forma do Decreto-Lei nº 779/69. Determina-se que se oficie ao Presidente do TRT para que proceda à avocatória do processo principal para o reexame da sentença rescindenda.

Não haverá obrigatoriedade de remessa de ofício (Súmula 303 TST)

Súmula nº 303 do TST

FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016

I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Consti-tuição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respec-tivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Muni-cípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.

II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:

a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

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III – Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores.

IV – Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa.

Art. 496 § 4º CPC/2015. Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:

I – súmula de tribunal superior;

II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

Decisão contrária à Fazenda Pública

Recurso voluntário

TRT manteve a sentença

A fazenda pode interpor o recurso de revista

Decisão contrária à Fazenda Pública

Não houve interposição de recurso voluntário

TRT manteve a sentença

A Fazenda não pode interpor recurso de revista

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Decisão contrária à Fazenda Pública

Não houve interposição de recurso voluntário

TRT agrava a decisão contra a Fazenda

A Fazenda pode interpor recurso de revista para o TST

OJ 334 SDI I TST. Incabível recurso de revista de ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário da decisão de primeira instância, ressalvada a hipótese de ter sido agravada, na se-gunda instância, a condenação imposta.

RECURSOS EM ESPÉCIE

RECURSO ORDINÁRIO

Art. 895 CLT. Cabe recurso ordinário para a instância superior:

I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 dias; e

II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua compe-tência originária, no prazo de 8 dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.

1ª Hipótese:

Da sentença DEFINITIVA (procedente ou improcedente).

Da sentença TERMINATIVA (arquivamento, extinção sem julgamento do mérito).

2ª Hipótese:

Decisão de TRT em ação de sua competência ORIGINÁRIA cabe recurso ordinário para o TST.

O TRT funcionará como 1ª instância.

Quem julga no TST

Acórdão de dissídio individual = SDI – II

Acórdão de dissídio coletivo = SDC

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Ex. 1: Ação Rescisória:

Súmula 158 do TST. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária traba-lhista.

Ex. 2: Mandado de Segurança

Súmula 201 do TST. decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.

TRT

SENTENÇA

TST

ACÓRDÃO

Atenção!

JUÍZO DE RETRATAÇÃO

1. Indeferimento da petição inicial;

2. Extinção do processo sem resolução de mérito.

Art. 331 CPC/2015. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.

Art. 485 CPC/2015. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.

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RECURSO ORDINÁRIO REFORMAR(erro de julgamento)

ART. 895 CLTANULAR

(erro de procedimento)

Art. 1.013 § 3º CPC/2015. Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:

I – reformar sentença fundada no art. 485;

II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;

III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;

IV – decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

Em relação ao RO interposto em face de sentenças proferidas em RT sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o art. 895 §§1º e 2º, CLT, estabelece:

§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:

I – (VETADO)

II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de 10 dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;

III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;

IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficien-te do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstân-cia, servirá de acórdão.

§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao proce-dimento sumaríssimo.

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Tem relator e revisor. • Relator não tem prazo para liberar o processo. • Parecer escrito do MPT.

• Só relator. • Relator tem o prazo de 10 dias para liberar o

recurso para julgamento. • Parecer oral (necessário) registrado na certi-

dão de julgamento.

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RECURSO DE REVISTA

Quem aprecia é o TST, através de uma de suas TURMAS.

Prazo: 8 dias

O RR só vai resolver matéria de DIREITO, RR não revê matéria de fato.

Súmula nº 126 do TST

Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.

RECURSOS DENAT. ORDINÁRIA

RECURSOS DENAT. EXTRAORDINÁRIA

• RO e AP • Revisão da decisão. • Apreciam: fatos, provas e direitos.

• RR, ETST, REC. EXTR. • Uniformização de jurisprudência visam a ga-

rantia da ordem legal e constitucional. • Apreciam: somente questões de DIREITO.

O RR tem FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA, pois a lei exige que o recorrente indique o vício espe-cífico da decisão impugnada, indicando, assim, a DIVERGÊNCIA ou a violação da LEI.

Só é cabível contra acórdãos proferidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho, em grau de Re-curso Ordinário, nos dissídios INDIVIDUAIS.

Não cabe RR em DISSÍDIO COLETIVO.

Impõe-se, dessa forma, que a demanda inicie perante a VARA DO TRABALHO.

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HIPÓTESES DE CABIMENTO

O RR será cabível quando demonstrada a:

1. Divergência jurisprudencial; ou

2. Violação literal de disposição de LF ou afronta direta à CF.

DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL

É a existência de decisões CONFLITANTES, ou seja, cada Tribunal interpreta um dispositivo legal de modo diverso.

PROCESO A – TRT 1ª R. = AP proporcional se aplica ao “E”.

PROCESSO B – TRT 21ª R. = AP proporcional NÃO se aplica ao ‘E”.

Lei nº 12.506/11 (Lei Federal)

TST = UNIFICAR o entendimento = RECURSO DE REVISTA

Hipóteses específicas de cabimento:

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;

TRT OUTRO TRT

TRT SDI

TRTSÚMULA e OJ TST

SÚMULA VINCULANTE

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Art. 896 CLT. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Traba-lho, quando:

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coleti-vo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área terri-torial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

LEI FEDERAL

LEI ESTADUAL

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO

SENTENÇA NORMATIVA

REGULAMENTO EMPRESARIAL

Fique ligado!

Art. 896 § 7º CLT. A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se conside-rando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribu-nal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

Atenção!

1. A divergência deve ser entre Tribunais DIFERENTES.

2. Divergência INTERNA (dentro do mesmo Tribunal) é resolvida por meio do INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO e NÃO por RR.

Art. 896 § 3º CLT. Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformi-zação de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).

3. Será cabível o RR quando contrariar decisões da SDI, assim como SÚMULAS e as OJS.

4. Empresa sediada em mais de um regional, de modo que uma LE, ACT, CCT, Sentença Nor-mativa e Regulamento Empresarial sejam interpretados de forma DIVERGENTE pelos TRT´s

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CCT = aplicação apenas no RJ (INCABÍVEL RR).

CCT BANCO DO BRASIL

TRT 1ªR. Interpreta a cláusula sobre a cesta básica de uma forma.

TRT 21ªR. Interpreta a cláusula sobre a cesta básica de OUTRA forma.

RR = TST

Somente tem cabimento o RR no caso da alínea “b” se a NORMA extrapolar o âmbito do TRT.

OJ 147 SDI I TST

I – É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em divergência jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva ou o regulamento da empresa ex-trapolam o âmbito do TRT prolator da decisão recorrida.

Decisão do TRT der a uma:

L.E. – ACT – CCT – SN – REG. EMPRESA

De aplicação na área de jurisdição de + de 1 TRT

Interpretação diversa da que lhe foi dada por outro TRT ou por SDI ou Súmula do TST ou Súmula vinculante do STF

Fique ligado!

Lei MUNICIPAL jamais admite a interposição de RR.

Falamos de lei ESTADUAL por causa do Estado de São Paulo, pois a própria norma atinge dois Tribunais: TRT 2ª Região e 15ª (se a interpretação for divergente, cabe RR).

INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO

Esta uniformização já existia na CLT, mas não havia um mecanismo para impor.

A lei nº 13.015/2014 criou o MECANISMO estabelecido no § 4º, 5º e 6º do art. 896 da CLT.

RESUMINDO

Uma TURMA do TRT 5ª Região pensa “x” e a outra TURMA do mesmo TRT pensa “y”.

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Isso dará origem a uma SÚMULA REGIONAL ou TESE PREVALENTE.

Súmula regional = aplicação em TODOS os processos.

Tese prevalente = é só para aquele caso.

Art. 896 § 4º CLT. Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência.

§ 5º A providência a que se refere o § 4º deverá ser determinada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Mi-nistro Relator, mediante decisões irrecorríveis.

§ 6º Após o julgamento do incidente a que se refere o § 3º, unicamente a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabi-lizar o conhecimento do recurso de revista, por divergência.

REGRA da divergência jurisprudencial:

Acordão de um TRT x Acórdão de outro TRT

Lei nº 13.05/2014 – regra atingida

Se houver divergência INTERNA no TRT, OBRIGATORIAMENTE, terá que UNIFORMIZAR o seu entendimento.

A partir da criação da SÚMULA regional ou TESE JURÍDICA PREVALENTE somente elas servirão para viabilizar a divergência no RR.

RESUMINDO

Divergência entre TRTs

1. acórdão TRT (caso não exista súmula ou tese jurídica) x acórdão de OUTRO TRT (caso não exista súmula ou tese jurídica)

2. súmula ou tese jurídica do TST x súmula ou tese jurídica de OUTRO TRT.

3. acórdão TRT (caso não exista súmula ou tese jurídica) x súmula ou tese jurídica de OUTRO TRT.

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X

Juízo a quo = Juízo ad quem =

TRT 1ª Região

ACÓRDÃO EM RO

HE = natureza indenizatória

TRT 1ª Região

ACÓRDÃO EM RO

HE = natureza SALARIAL

Juízo a quo =

Juízo ad quem =

X

RECURSO DE REVISTA

Em suma: O TST decidirá teses contrárias entre TRIBUNAIS enão órgãos fracionados (TURMAS DOS TRT´S).

SÚMULA TRT 1ª REGIÃO

SÚMULA TRT 2ª REGIÃO

TST

Em suma: O TST decidirá teses contrárias entre TRIBUNAIS e não órgãos fracionados (TURMAS DOS TRT´S).

Além da divergência jurisprudencial, o RR será cabível quando a decisão do TRT violar literal disposição de LF ou afrontar diretamente a CF.

Súmula nº 221 do TST

A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado.

Atenção!

Tratando de violação de norma constitucional, o recorrente deverá demonstrar a afronta direta ao comando legal, VEDANDO a ofensa INDIRETA ou REFLEXA da norma constitucional.

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Reflexa é quando, para se chegar à norma CONSTITUCIONAL, tenha que se passar por uma nor-ma INFRACONSTITUCIONAL.

Súmula 636 STF

NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE, QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA.

PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (art. 896 §9º CLT)

Decisão do TRT em RO, contrariar:

→ CF

→ Súmula vinculante do STF

→ Súmula do TST

Fique ligado!

NÃO caberá RR no procedimento SUMARÍSSIMO, quando:

• Violar LF • Houver DIVERGÊNCIA jurisprudencial • Contrariar OJ do TST

Súmula nº 442 do TST

Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrarie-dade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a au-sência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. (art. 896 § 9º da CLT).

EXECUÇÃO (art. 896 §2º da CLT)

Recurso de Revista na execução é só cabe quando ofender a Constituição.

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Súmula 266 do TST. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, in-clusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal.

Fique ligado!

Nas execuções FISCAIS e que envolva Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), caberá Recurso de Revista por violação:

→ CF

→ LF

→ Divergência jurisprudencial

No RR, deverá ser indicado, sob pena de NÃO CONHECIMENTO:

Art. 896 § 1º-A CLT. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:

I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvér-sia objeto do recurso de revista;

O RECURSO DE REVISTA deve preencher TODOS os pressupostos recursais + dois pressupostos específicos:

PRÉ-QUESTIONAMENTO+

TRANSCENDÊNCIA

O PRÉ-QUESTIONAMENTO é pressuposto do RR, assim como dos demais recursos de natureza extraordinária. A matéria estará pré-questionada quando houver sido TRATADA no acórdão im-pugnado. É necessária decisão PRÉVIA (mesmo para matérias de ordem PÚBLICA).

Caso o TRT não se pronuncie quanto à matéria impugnada, deverão ser opostos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO com o objetivo de fazê-lo se manifestar quanto tal matéria, sob pena de preclusão.

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Súmula 297 do TST

I – Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adota-da, explicitamente, tese a respeito.

II – Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclu-são.

III – Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.

OJ 62 SDI I TST

É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta. (MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA).

OJ 119 SDI I TST. PRÉ-QUESTIONAMENTO INEXIGÍVEL. VIOLAÇÃO NASCIDA NA PRÓPRIA DECI-SÃO RECORRIDA. SÚMULA Nº 297 DO TST. INAPLICÁVEL (inserido dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010

É inexigível o prequestionamento quando a violação indicada houver nascido na própria deci-são recorrida. Inaplicável a Súmula nº 297 do TST.

Atenção!

TRANSCENDÊNCIA

Art. 896-A CLT. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.

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RR REPETITIVO

Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos

Obs: Arts. 1.036 a 1.041 CPC/2015

Art. 896-C CLT. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribu-nal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Mi-nistros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal.

Fica a dica!

1. Multiplicidade de recurso;

2. Fundamento em idêntica questão de direito.

RESUMINDO

Procedimento ORDINÁRIO

• # CF

• # Súmula TST / Súmula Vinculante

• # LF

• # OJ

• # Divergência jurisprudencial

Procedimento SUMARÍSSIMO

• # CF

• # Súmula TST / Súmula Vinculante

EXECUÇÃO

• # CF

EXECUÇÃO FISCAL/CNDT

• # LF

• # Divergência jurisprudencial

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EMBARGOS

Os ETST têm aplicação restrita no TST, sendo de duas modalidades:

EMBARGOS INFRINGENTES

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

EMBARGOS DIVERGENTES (art. 894, II, CLT)

Cabem de decisão de TURMA do TST

Questão exclusivamente de direito

+

Hipóteses específicas de cabimento

+

Pré-questionamento

Hipóteses específicas de cabimento:

Decisão de TURMA do TST que:

# contrariar acórdão de outra TURMA do TST

# contrariar acórdão da SDI

# contrariar Súmula do TST / OJ do TST

# Súmula vinculante do STF.

OJ 378 SDI I TST. EMBARGOS. INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. NÃO CABI-MENTO. (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)

Não encontra amparo no art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na redação posterior à Lei nº 11.496, de 22.06.2007, recurso de embargos interposto à decisão monocrática exarada nos moldes dos arts. 557 do CPC e 896, § 5º, da CLT, pois o comando legal restringe seu cabi-mento à pretensão de reforma de decisão colegiada proferida por Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

Atenção!

Embora o RR no procedimento SUMARÍSSIMO não caiba por divergência, os ETST por DIVER-GÊNCIA são cabíveis SIM no SUMARÍSSIMO, mas LIMITADOS:

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Súmula nº 458 do TST

Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação imposta no art. 896, § 6º, da CLT à interposição de recurso de revista, admitem-se os embargos interpostos na vigência da Lei nº 11.496, de 22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada.

Com o advento da Lei nº 13.015/2014, surge mais uma hipótese de cabimento dos embargos no rito sumaríssimo: quando contrariar SÚMULA VINCULANTE do STF.

EXECUÇÃO

Súmula nº 433 do TST

A admissibilidade do recurso de embargos contra acórdão de Turma em Recurso de Revista em fase de execução, publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 26.06.2007, condiciona-se à de-monstração de divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em relação à interpretação de dispositivo constitucional.

Nas EXECUCÇÕES FISCAIS e nas controvérsias que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), caberá RR por violação a LF, por DIVERGÊNCIA jurisprudencial e por ofensa à CF, O que significa que, nesses casos, TAMBÉM caberão os EMBARGOS para a SDI-I.

EMBARGOS INFRINGENTES (art. 894, I, CLT)

Cabem de decisões de turma do TST que julgar, conciliar ou homologar DISSÍDIO COLETIVO que exceda a área de jurisdição de um TRT (ou seja de competência originária).

Embargos serão julgados pela SDC

Único requisito: DECISÃO NÃO UNÂNIME

Nesse caso, a decisão é proferida em 1ª instância pelo TST, surge assim, um duplo grau INTERNO.

Serão “REJULGADOS” pela SDC.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 897 “b” CLT

Finalidade: “DESTRANCAR RECURSO” ou seja, cabe para atacar a decisão que nega seguimento a recurso por ausência de pressupostos de admissibilidade (pressupõe um juízo de admissibili-dade NEGATIVO).

Poderá ser interposto em face das decisões que denegarem segmento ao recurso ordinário, ao recurso de revista, ao recurso extraordinário e ao agravo de petição.

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Fique ligado!

Na hipótese de denegação de seguimento dos ETST (infringentes ou de divergência), o recurso cabível é o AGRAVO REGIMENTAL. (art. 3º, III “c” Lei nº 7.701/88)

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 1.010 CPC/2015. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

(...)

§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.

Se o juízo a quo declinar que apenas PARTE do recurso do recorrente preenche os pressupostos recursais de admissibilidade, o recurso será processado e encaminhado ao Tribunal ad quem, de modo que é INCABÍVEL o agravo de instrumento (Súmula 285 TST).

Súmula nº 285 do TST

RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE PARCIAL PELO JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIO-NAL DO TRABALHO. EFEITO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.20036.

O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto à parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribu-nal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento.

Fica a Dica!

Art. 897 § 2º CLT. O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.

Preparo: 50% de depósito recursal do valor do recurso ao qual foi negado seguimento.

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Art. 899 § 7º CLT. No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal correspon-derá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

Art. 899 § 8º CLT. Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revis-ta que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obriga-toriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.

O juiz receberá o AI, e poderá:

• Se retratar (efeito regressivo)

• Não se retratar – abrirá vista para outra parte apresentar: contra minuta ao AI + contrarra-zões ao recurso trancado.

FORMAÇÃO DO AI (art. 897 §5º I e II CLT)

I – cópia da decisão recorrida, certidão de intimação, procurações.

II – petição inicial, contestação e decisão originária (sentença).

III – comprovantes de depósito e de custas do recurso trancado e do próprio AI.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Competência: próprio juízo que prolatou a decisão embargada.

Não temos o DUPLO juízo de admissibilidade.

Prazo: 5 dias

Estão previstos no artigo 897-A CLT, mas os dispositivos do CPC/2015 (arts.1.022-1.026) terão aplicação subsidiária.

No PT, os Embargos de Declaração representam o meio adequado para impugnar, no prazo de 5 dias, sentença ou acórdão que apresentarem (fundamentação VINCULADA):

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Omissão

Obscuridade

Contradição

Manifesto equívoco na análise dos pressupostos EXTRÍNSECOS do recurso

No último caso, SOMENTE caberão os ED se a decisão for do juízo AD QUEM, Pois a decisão do juízo A QUO que analisa os pressupostos extrínsecos cabe o AI e NÃO os ED. (OJ 377 SDI – I TST)

Atenção!

Art. 897-A § 1º CLT. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qual-quer das partes.

EFEITO MODIFICATIVO DOS EMBARGOS

Em REGRA, os ED não têm a função de ANULAR ou REFORMAR a decisão impugnada, sendo destinados a ESCLARECER ou INTEGRAR o julgado. No entanto, em certas situações os ED pode-rão alterar o julgado.

Súmula 278, TST

A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado.

Na hipótese de efeito modificativo, é OBRIGATÓRIA a vista à parte contrária, SALVO quando opostos contra a SENTENÇA.

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OJ 142 SDI-I TST. I. É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efei-to modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária.

II – Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, o item I não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaração opostos contra sentença.

Art. 897-A § 2º CLT. Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocor-rer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.

A interposição de ED INTERROMPE (zera) o prazo para interposição de outros recursos até que seja proferida a decisão, para as duas partes.

Art. 897-A § 3º CLT. Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.

Com o intuito de evitar um aproveitamento inadequado desse recurso, há previsão para aplica-ção de multa se os embargos forem manifestamente protelatórios (art. 1.026 CPC/2015).

Art. 1.026 § 2º CPC/2015. Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.

§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será ele-vada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recur-so ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.

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§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.

Fique ligado!

ED cabem de toda SENTENÇA OU ACÓRDÃO.

Súmula nº 421 do TST

I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.

II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 1.024 § 2º. CPC/2015. Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.

§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigên-cias do art. 1.021, § 1º

AGRAVO DE PETIÇÃO

No PC, utilizamos a APELAÇÃO tanto na fase de conhecimento como na execução.

O PT divide na instância ORDINÁRIA os recursos, dependendo da FASE em que for prolatada a decisão.

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Fase de CONHECIMENTO = RO

Fase EXECUTIVA = AGRAVO de PETIÇÃO.

Cabe agravo de petição quando a decisão proferida for do processo de EXECUÇÃO.

Art. 897 CLT. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

PRESSUPOSTO ESPECÍFICO

§ 1º O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.

Logo, não se admite a interposição de agravo de petição genérico.

Fica a dica!

A FINALIDADE da DELIMITAÇÃO é tornar DEFINITIVA a parte INCONTROVERSA, ou seja, a parte não impugnada no agravo de petição poderá ser EXECUTADA de forma DEFINITIVA.

Súmula nº 416 do TST

Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de dis-cordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo.

Não se exige a DELIMITAÇÃO dos valores diante de alguma impossibilidade. Ex.: questão exclu-sivamente de DIREITO.

A discussão, no tocante à IMPENHORABILIDADE de um bem = Não há valor, só MATÉRIA!

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Sentença condenatória

Não cumprida voluntariamente

Fase de EXECUÇÃO

Início da EXECUÇÃO

Título líquido

certo

exigível

É uma FASE PREPARATÓRIA da execução trabalhista, de natureza constitutivo-integrativa, que tem por objetivo dar liquidez ao título executivo, trazendo um valor determinado ou uma pres-tação individualizada.

Toda execução pressupõe dois requisitos:

1. inadimplemento do devedor;

2. existência de título executivo judicial ou extrajudicial.

Art. 879 § 1º CLT. Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal.

§1º-A. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas.

Art. 879 CLT. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O NCPC mantém a sistemática da liquidação por ARTIGOS, mas muda o nome dessa liquidação para LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM.

→ Cálculos: meras operações aritméticas.

→ Arbitramento: necessidade de conhecimentos técnicos.

→ Artigos: alegar e provar fatos novos na execução.

Se for por cálculos, quem apresenta?

Partes

Órgãos auxiliares da JT

Perito (na hipótese de cálculos complexos)

Art. 879 § 1º-B CLT. As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente.

A doutrina entende que preferencialmente as partes entregam os cálculos, a critério do juiz.

Na JT, a liquidação por arbitramento não é comum, podemos exemplificar com a hipótese de um “e” que prestava serviços, sem receber salários e que teve o reconhecimento do vínculo empregatício pela JT. Nesse caso, a liquidação de sentença far-se-á necessária para a estipula-ção do salário do “e” com base no que o mercado de trabalho paga em atividades semelhantes.

Na liquidação por artigos o credor precisa alegar e provar fato novo para a determinação do valor da condenação.

Fato novo não significa inovação na fase de liquidação, por observância ao instituto da coisa julgada material.

Ex: o “E” foi condenado ao pagamento de horas extras, porém o juiz não mencionou a quanti-dade de horas que efetivamente foram prestadas. Precisará o “e” alegar e provar o número de horas extras que realmente prestou ao “E”.

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Elaborada a conta e tornada LÍQUIDA, o juiz PODERÁ permitir a manifestação das partes:

• com manifestação

• sem manifestação

OBS.: O CONTRADITÓRIO prévio é mera FACULDADE do juiz.

COM MANIFESTAÇÃO

Apresenta os cálculos

Intima a parte contrária para manifestação no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão

Juiz homologa

COM MANIFESTAÇÃO

O juiz intima as partes para apresentarem os cálculos. Apresentados, o juiz intima a parte con-trária para manifestação no prazo de 10 dias, indicando os itens e valores impugnados.

Em seguida, o juiz homologa a conta.

A impugnação da decisão de homologação se fará no momento dos EMBARGOS À EXECUÇÃO ou da IMPUGNAÇÃO.

SEM MANIFESTAÇÃO

Apresentados os cálculos

↓Juiz homologa

SEM MANIFESTAÇÃO

Apresentados os cálculos pelo “r” ou pelo contador do juízo, o juiz já homologa os cálculos, de-terminando a CITAÇÃO do executado para PAGAR ou NOMEAR bens à penhora.

Nesse caso, a impugnação da decisão homologatória se fará no momento dos EMBARGOS À EXECUÇÃO ou da IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO.

Art. 879 § 3º CLT. Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão.

Daí o juiz profere a SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO (teremos o valor da execução).

A sentença de liquidação é uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (não cabe recurso de imediato).

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Só será uma sentença definitiva se extinguir a execução.

Da sentença de liquidação, vem a cobrança – MANDADO DE CITAÇÃO E PENHORA para que o exe-cutado pague ou garanta o juízo no prazo de 48 horas. Essa citação é feita pelo Oficial de Justiça.

Garantido o juízo, surge, para o executado, a possibilidade de apresentar EMBARGOS À EXECU-ÇÃO no prazo de 5 dias e, para o exequente a que IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO.

Os dois serão julgados na mesma sentença. Essa é uma decisão definitiva da execução, que cabe AGRAVO DE PETIÇÃO.

EMBARGOS À EXECUÇÃO

Art. 884 CLT. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.

Matéria dos Embargos (§1º)

→ Cumprimento da decisão ou do acordo;

→ Quitação ou prescrição da dívida.

PRAZO

Executado (geral) = 5 dias (contados da data da INTIMAÇÃO da penhora que garantiu o juízo).

Fazenda Pública = 30 dias

É possível instrução probatória?

§ 2º Se na defesa tiverem sido arrolada testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso, julgue necessário seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.

§ 3º Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo.

§ 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a impugnação à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário.

A inexigibilidade do título (sentença) também pode ser alegada nos Embargos.

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§ 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados in-constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por in-compatíveis com a Constituição Federal.

COMPETÊNCIA

A competência para o processamento e julgamento dos embargos é do JUÍZO DA EXECUÇÃO.

Se os bens do EXECUTADO não se encontrarem no local da execução, a penhora será feita por meio de CARTA PRECATÓRIA. Nesse caso, o juízo DEPRECANTE expedirá a carta para que o juízo DEPRECADO realize a penhora.

EXECUÇÃO

Art. 889 CLT. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

PROCESSO DE EXECUÇÃO

CLT

LEF (L. 6.830/80)

CPC

PROCESSO DE EXECUÇÃO

Essa ordem NÃO será observada quando a própria norma celetista impuser a norma a ser aplicada.

Art. 882 CLT. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução me-diante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil.

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 655 CPC/1973 → Art. 835 CPC/2015

LEGITIMIDADE

Art. 878 CLT. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.

Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.

“qualquer interessado”

CREDOR

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

ESPÓLIO

HERDEIROS

DEMAIS LEGITIMADOS (art. 778 § 1º CPC/2015

A CLT NÃO prevê a legitimidade PASSIVA na execução trabalhista, por essa razão se aplica o art. 4º da Lei nº 6.830/80.

I – o devedor;

II – o fiador;

III – o espólio;

IV – a massa;

V – o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e

VI – os sucessores a qualquer título.

Art. 779 CPC/2015. A execução pode ser promovida contra:

I – o devedor, reconhecido como tal no título executivo;

II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;

III – o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;

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IV – o fiador do débito constante em título extrajudicial;

V – o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;

VI – o responsável tributário, assim definido em lei.

TÍTULOS EXECUTÁVEIS

Art. 876 CLT. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo.

1. Sentenças transitadas em julgado.

2. Sentença da qual tenha sido interposto recurso, mas esse recurso não teve efeito suspensi-vo, o que, aliás, é a REGRA.

3. Acordos quando não cumpridos.

4. Termos de ajuste de conduta firmados perante o MPT.

5. Termos de conciliação firmados perante a CCP.

6. Multas impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (art. 114, VII, CF).

COMPETÊNCIA

O juiz do trabalho que proferiu a decisão é, em regra, competente para a execução.

Se for uma ação de execução de um título executivo extrajudicial, a competência será do juízo do local da prestação dos serviços (art. 651. CLT).

PROCEDIMENTO

1. Citação para pagamento (art. 880 e 881 CLT);

2. Constrição dos bens – penhora (art. 882 e 883 CLT);

3. Defesa do executado – embargos à execução (art. 884 a 886 CLT);

4. Expropriação de bens (art. 888 CLT).

1ª CITAÇÃO para o pagamento.

Art. 880 CLT. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as co-minações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.

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A citação será feita por OJ. É a chamada citação PESSOAL, que deve ser feita na pessoa do EXE-CUTADO ou de quem tenha PODERES para REPRESENTÁ-LO.

O MCP deverá conter a DECISÃO exequenda ou o TERMO de ACORDO não cumprido.

É possível ainda a citação por EDITAL, desde que preenchidos dois requisitos:

a) o executado for procurado por duas vezes no espaço de 48 horas;

b) o executado não seja encontrado

A citação por EDITAL será publicada no JORNAL OFICIAL ou, na falta deste, afixado na SEDE da vara ou juízo, durante 5 dias.

Realizada a CITAÇÃO no prazo de 48 horas, o EXECUTADO poderá adotar as seguintes alternati-vas:

1. pagar a dívida

2. garantir a execução

3. nomear bens à penhora

4. manter-se inerte (silente)

Nomeação de bens:

Art. 835 CPC/2015. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I – dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II – títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;

III – títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

IV – veículos de via terrestre;

V – bens imóveis;

VI – bens móveis em geral;

VII – semoventes;

VIII – navios e aeronaves;

IX – ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X – percentual do faturamento de empresa devedora;

XI – pedras e metais preciosos;

XII – direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;

XIII – outros direitos.

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2ª Constrição de BENS: oportunidade em que se realiza a penhora de bens, tantos quanto bas-tem para o pagamento do exequente.

Art. 883 CLT. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tan-tos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.

PENHORA ON LINE

Art. 854 CPC/2015. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financei-ra, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do exe-cutado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.

Fique ligado!

No PT, é desnecessário o requerimento do exequente para a realização da penhora on line, uma vez que a execução se processa de ofício.

Na execução definitiva: pressupõe trânsito em julgado, o juiz sempre pode fazer penhora on line, inclusive afastando outro bem já nomeado à penhora pelo executado.

Na execução provisória: pressupõe a pendência de julgamento de recurso. Os recursos no PT têm efeito DEVOLUTIVO (não têm o condão de impedir o início da execução provisória, que vai até a penhora).

Atenção!

Na execução provisória, o juiz não pode fazer a penhora on line quando o executado nomear outros bens à penhora. Nesse caso, se há garantia do juízo, não é possível bloquear dinheiro, pois a execução tem que correr da forma menos gravosa possível para o executado.

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Súmula nº 417 do TST

MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA EM DINHEIRO (alterado o item I, atualizado o item II e cancelado o item III, modulando-se os efeitos da presente redação de forma a atingir unicamente as penhoras em dinheiro em execução provisória efetivadas a partir de 18.03.2016, data de vigência do CPC de 2015) – Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016

I – Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973).

II – Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973).

Art. 833 CPC/2015. São impenhoráveis:

I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executa-do, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de tra-balhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º.;

V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens mó-veis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI – o seguro de vida;

VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;

VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários--mínimos;

XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

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§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias ex-cedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º, e no art. 529, § 3º.

Créditos trabalhistas?

RESUMINDO

1. Se a verba for de natureza ALIMENTAR, independentemente da sua origem, é passível de penhora a RETRIBUIÇÃO pecuniária do devedor;

2. Se o devedor receber + 50 SM mensais, é possível a penhora do que exceder a esse mon-tante, independente da dívida ser ou não de natureza alimentar.

O TST entendeu que essa exceção teve como traço SOMENTE a prestação ALIMENTÍCIA decor-rente da ação de alimentos, o que NÃO engloba os créditos trabalhistas, de modo que o SALÁ-RIO não pode ser penhorado para pagamento de créditos decorrentes da JT.

OJ 153 SDI-II TST

Ofende direito líquido e certo decisão que determina o bloqueio de numerário existente em conta salário, para satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou poupança, visto que o art. 649, IV, do CPC contém norma imperativa que não admite interpretação ampliativa, sendo a exceção prevista no art. 649, § 2º, do CPC espécie e não gênero de crédito de natureza alimentícia, não englobando o crédito trabalhista.

Art. 1º Lei nº 8.009/90. O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorá-vel e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele resi-dam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.

Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciá-ria, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:

I – em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; (Revogado pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

3ª DEFESA do executado (embargos de execução/ impugnação a sentença de liquidação).

4ª EXPROPRIAÇÃO de bens. Momento em que os bens penhorados são alienados para o paga-mento da execução.

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ATOS DE ENCERRAMENTO DA EXECUÇÃO

Se a garantia dada ao juízo for $ – por simples despacho o juiz manda liberar.

Se a garantia for um bem, chega a hora da AVALIAÇÃO do bem e da hasta pública.

1. O juiz nomeia um AVALIADOR, que fará a avaliação em 10 dias (hoje OJAF)

2. Realizada a avalição, o juiz anuncia a HASTA PÚBLICA em edital que deve ser publicado no prazo mínimo de 20 dias em jornal local e afixado na sede do juízo.

3. Designada a hasta pública, ocorrerá a ARREMATAÇÃO que se dará pelo maior lance. O arre-matante deverá dar um sinal de 20% correspondente ao valor da arrematação e, no prazo de 24 horas, retornar para pagar o restante sob pena de perda do sinal em favor da execução.

Art. 888 § 3º CLT. Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens pe-nhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente.

RESUMINDO

Arrematação = transformar o bem em $

Será realizada em HASTA PÚBLICA (gênero), que engloba duas espécies:

• PRAÇA (venda de bens imóveis)

• LEILÃO (venda de bens móveis)

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Chama tudo de LEILÃO (presencial ou on-line)

Prefere a arrematação, a:

4. ADJUDICAÇÃO: ocorre quando o exequente fica com o bem.

Mesmo que tenha havido a arrematação, se, antes da assinatura da carta, o exequente disser que fica com o bem, ele fica.

Cuidado!!! Prefere a arrematação e a adjudicação, a REMIÇÃO.

REMIÇÃO é o pagamento da dívida pelo EXECUTADO pelo valor da condenação devidamente atualizada, mais juros, custas e honorários advocatícios.

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RESUMINDO

Essa é a ordem de PREFERÊNCIA:

1. Remição

2. Adjudicação

3. Arrematação

EXECUÇÃO POR PRESTAÇÕES SUCESSIVAS

Art. 891 CLT. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. Ex: um acordo judicial parcelado.

Art. 892 CLT. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução compre-enderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução. Ex: uma pensão para um “e” que sofreu um acidente de trabalho.

EXECUÇÃO CONTRA FAZENDA PÚBLICA

A execução contra a Fazenda Pública é totalmente DIFERENTE da execução realizada em face das pessoas físicas e jurídicas de direito privado.

1º Os bens públicos são INALIENÁVEIS e, consequentemente, IMPENHORÁVEIS.

2º A Fazenda não é intimada para pagar ou nomear bens à penhora, mas sim opor EMBARGOS.

Obs.: Esse regime diferenciado não se aplica na Empresas Públicas e SEM, por serem pessoas jurídicas de direito privado.

Embora seja empresa pública, presta serviço público essencial, de modo que é beneficiado pelo regime diferenciado de execução.

3º Fixado o valor devido, a Fazenda Pública é intimada para opor embargos, no prazo de 30 dias.

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4º Do julgamento dos embargos, mesmo que desfavoráveis ao ente público, não cabe reexame necessário, sendo cabível o AGRAVO DE PETIÇÃO.

5º Solucionados os embargos, ou não sendo interpostos no prazo legal, o pagamento será rea-lizado de duas formas:

→ Precatório; ou

→ Requisição de pequeno valor.

Fique ligado!

OJ 343 SDI I TST. PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. EXECUÇÃO (DJ 22.06.2004)

É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à sucessão pela União ou por Estado-membro, não podendo a execução prosseguir mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988.