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Direito Processual Penal · 2020-01-25 · 5/90 @Quebrandoquestões Direito Processual Penal (CESPE/PRF/2013) 01) Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar

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Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Conceito, Princípios, Fontes e Disposições Preliminares ...................................................................... 4

Inquérito Policial ................................................................................................................................ 9

Ação Penal ....................................................................................................................................... 17

Ação Civil ......................................................................................................................................... 25

Competência .................................................................................................................................... 28

Nulidades; Citações e Intimações; Sentença e Coisa Julgada; Questões e Processos Incidentes; Medidas Assecuratórias. ................................................................................................................... 34

Das Provas ........................................................................................................................................ 46

Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça .......... 51

Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória ............................................................ 56

Procedimentos: Ordinário, Sumário, Júri, Especial; JECRIM. .............................................................. 69

Recursos Criminais ........................................................................................................................... 77

Meios Autônomos de Impugnação .................................................................................................... 86

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Direito Processual Penal

Olá, campeão (ã)! Tudo tranquilo (a)? Aqui quem fala é o Lucas, um dos criadores do Q2! Queria deixar

meu agradecimento por confiar no nosso trabalho e ter adquirido o nosso E-book de questões de Direito

Processual Penal.

Nosso material tem a finalidade de complementar os estudos de quem já possui uma base na matéria.

Além disso, possui um direcionamento para concursos das áreas Policiais e de Tribunais. Vale destacar que o

Mega Pack Processual Penal está dividido em 02 PDFs: 01 de Questões comentadas que abarca quadros com

resumos, dicas e mnemônicos; 01 de Questões sem comentários, com gabarito no final de cada assunto.

Última Atualização:

• 24/01/2020

Próxima Atualização:

• 05/03/2020

A atualização será reenviada automaticamente para seu e-mail a partir do dia 05/03, caso ocorram

atualizações.

Os comentários das nossas questões foram feitos com base no estudo de vários Livros, Cursos e Sites para concursos como:

• ARAÚJO, Renan. Curso de Direito Processual Penal TJ-AM. 2019. Estratégia Concursos.

• CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10° ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

• NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 2010. Editora Revista dos Tribunais Ltda, São Paulo - SP.

• NOGUEIRA, Paulo. Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1985.

• TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 4 ed. Salvador: JusPODIVM, 2010,

• TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.

• SITE: http://portal.stf.jus.br/

• SITE: https://www.buscadordizerodireito.com.br/ (Autor: CAVALCANTE, Márcio André Lopes).

• SITE: https://www.jusbrasil.com.br/

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Direito Processual Penal

Conceito, Princípios, Fontes e Disposições Preliminares

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Direito Processual Penal

(CESPE/PRF/2013) 01) Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica.

Comentário: No Direito Processual penal é possível a aplicação analógica tanto contra quanto a favor do réu. Já no Direito Penal não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica.

Interpretação e Integração da Lei Processual

- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da legalidade.

- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a outro caso.

- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: * Igual valoração jurídica; * Circunstâncias semelhantes.

OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza material (penal).

OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando as lacunas existentes.

A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos princípios gerais de direito.

Gabarito: Errado.

(CESPE/DEPEN/2013) 02) Aos crimes militares aplicam-se as mesmas disposições do Código de Processo Penal, excluídas as normas de conteúdo penal que tratam de matéria específica diversa do direito penal comum.

Comentário: CPP/41. Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição Política) III - os processos da competência da Justiça Militar (e também eleitoral); IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) Gabarito: Errado.

(CESPE/TRE-MS/2013) 03) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente em legislação anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova.

Comentário: CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei processual) Caso o julgamento ocorra antes da entrada em vigor da lei nova posterior: não será possível a interposição do novo recurso criado após o julgamento, embora o prazo recursal ainda não tenha decorrido no seu total. Caso o julgamento ocorra depois da entrada em vigor da lei nova posterior: não existirá direito ao recurso da lei anterior. Caso o julgamento ocorra na data da entrada em vigor da lei nova posterior: será possível a aplicação do recurso da lei anterior que está sendo revogada.

STJ/REsp 1.046.429-SP

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Direito Processual Penal

O fato de a lei nova ter suprimido o recurso de protesto por novo júri não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o julgamento ocorreu antes da entrada em vigor da Lei n.º 11.689/2008 que, em seu art. 4.º, revogou expressamente o Capítulo IV do Título II do Livro III, do Código de Processo Penal, extinguindo o protesto por novo júri. Incidência do princípio tempus regit actum.

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-AC/2012) 04) Cessadas as circunstâncias que determinaram a sua existência, a lei excepcional deixa de ser aplicada ao fato praticado durante a sua vigência.

Comentário: A lei excepcional não deixa de ser aplicada ao fato praticado durante a sua vigência após ser cessada. Gabarito: Errado.

(CESPE/DPE-PR/2015) 05) Conforme súmula vinculante do STF, o defensor tem direito, no interesse do representado, de ter acesso amplo aos elementos de prova, os quais, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, refiram-se ao exercício do direito de defesa, inclusive com obtenção de cópia dos autos do inquérito policial, ainda que este tramite sob sigilo.

Comentário:

STF/Súmula Vinculante 14

É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Gabarito: Errado.

(VUNESP/TJ-PA/2014) 06) Em matéria processual penal, o duplo grau de jurisdição A) não é previsto expressamente pela Convenção Americana de Direitos Humanos, mas é pela CR/88. B) não é previsto expressamente pela CR/88, mas é pela Convenção Americana de Direitos Humanos C) não é previsto expressamente nem pela CR/88 nem pela Convenção Americana de Direitos Humanos. D) é direito fundamental previsto expressamente tanto pela CR/88 quanto pela Convenção Americana de Direitos Humanos.

Comentário:

Princípio do Duplo Grau de Jurisdição

- Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário.

- Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa Rica.

- Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição.

Pacto de San José de Costa Rica: Artigo 8º - Garantias judiciais 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. Gabarito: Letra B.

(CESPE/PC-BA/2013) 07) A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade.

Comentário:

Princípio da Presunção da inocência ou não culpabilidade

CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

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Direito Processual Penal

CF/88. Art.5. LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; Gabarito: Correto.

(FGV/Senado Federal/2008) 08) O princípio do juiz natural é uma garantia constitucional que somente poderá ser excepcionada mediante decisão da maioria dos integrantes do tribunal ao qual estiver submetido o juiz.

Comentário:

Princípio do Juiz Natural

- CF/88. Art. 5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

- É vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção.

Gabarito: Errado.

(CESPE/STM/2011) 09) Decorrem do princípio do devido processo legal as garantias procedimentais não expressas, tais como as relativas à taxatividade de ritos e à integralidade do procedimento.

Comentário:

Princípio do Devido Processo Legal

- CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

- Corolários do Devido Processo Legal: Contraditório e Ampla defesa.

- CF/88. Art. 5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Taxatividade de ritos está relacionada aos ritos processuais previstos em lei, já a integralidade do procedimento refere-se ao respeito das regras do procedimento processual. Gabarito: Correto.

(FGV/TJ-MS/2008) 10) O princípio da presunção de inocência recomenda que em caso de dúvida o réu seja absolvido.

Comentário:

Princípio da Presunção de não culpabilidade (ou Presunção de inocência)

- Estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

- CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

- Este princípio estabelece que o ônus da prova caiba ao acusador (MP ou Ofendido), sendo o réu, desde o começo, inocente, até que o acusador prove sua culpa.

Princípio do In dúbio pro reo

Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o juiz deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada.

Princípio do In dúbio pro societate

-Quando se tratar do princípio In dúbio pro Societate, o Juiz, embora tenha dúvida da culpa do réu, decide contrariamente a este com fundamento apenas em indícios de autoria e prova de materialidade em prol da sociedade. Porém essa decisão não ocasiona consequências ao réu, mas dá início apenas ao processo para a elucidação dos fatos.

Gabarito: Correto.

(FGV/TJ-MS/2008) 11) O princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja utilizada quando é a única disponível para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo.

Comentário:

Princípio da Vedação às Provas Ilícitas

CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

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Direito Processual Penal

- A doutrina divide as provas ilegais em provas: * Ilícitas: Violam normas de direito material; * Ilegítimas: Violam normas de direito processual.

- A doutrina majoritária admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a única forma de se obter a absolvição do réu.

- As provas lícitas obtidas a partir de outras provas ilícitas, são consideradas provas ilícitas por derivação.

Gabarito: Errado.

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Direito Processual Penal

Inquérito Policial

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Direito Processual Penal

(FCC/DPE-BA/2016) 12) Tendo em vista o caráter administrativo do inquérito policial, o indiciado não poderá requerer perícias complexas durante a tramitação do expediente investigatório.

Comentário:

Requerimento de Diligências pelo Ofendido e Indiciado

- CPP/41, Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

- A Autoridade Policial, em regra, não é obrigada a realizar a diligência, porém, se tratando de exame de corpo delito, a diligência é obrigatória;

- CPP/41, Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 13) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela autoridade policial, após o oferecimento da denúncia, mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a quo.

Comentário:

STJ/ HC 179.951/SP

I. Este Superior Tribunal de Justiça, em reiterados julgados, vem afirmando seu posicionamento no sentido de que caracteriza constrangimento ilegal o formal indiciamento do paciente que já teve contra si oferecida denúncia e até mesmo já foi recebida pelo Juízo a quo. II. Uma vez oferecida a exordial acusatória, encontra-se encerrada a fase investigatória e o indiciamento do réu, neste momento, configura-se coação desnecessária e ilegal. III. Ordem concedida, nos termos do voto do Relator.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 14) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito.

Comentário:

STF/HC 100.042

As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos anônimos. É por essa razão que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração de ´persecutio criminis`. Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o ´crimen falsi` (crimes de falsidades).

Gabarito: Correto.

(CESPE/PC-PE/2016) 15) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a reabertura das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material.

Comentário:

Arquivamento – Coisa Julgada

- Em regra, o arquivamento do inquérito policial não faz coisa julgada material, caso exista o conhecimento de novas provas. Com isso, o MP não pode utilizar os mesmos argumentos para nova ação penal.

- Súmula 524/STF, Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de

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Direito Processual Penal

Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

- Porém, existem casos excepcionais que o arquivamento do inquérito policial enseja coisa julgada material, como decisão de arquivamento baseada em: * Atipicidade; (STJ E STF) * Excludente de ilicitude ou Culpabilidade; (STJ) * Extinção da Punibilidade; (STJ E STF). Fontes: STF. Plenario. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858) / STJ. 6a Turma. RHC 46.666/MS, Rel. Min. Sebastiao Reis Junior, julgado em 05/02/2015.

STF/Súmula 524

Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20

O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.

- Necessidade de homologação judicial para o arquivamento do inquérito policial.

- O Arquivamento será realizado pelo próprio membro do MP. A instância de revisão ministerial fará a homologação, na forma da lei.

Arquivamento realizado por homologação judicial.

O processo de arquivamento passa a ser realizado exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle do poder judiciário em relação ao arquivamento do inquérito.

Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299.

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF,

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Direito Processual Penal

Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 do CPP continua com a participação do poder judiciário. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 16) Não cabe recurso administrativo aos escalões superiores do órgão policial contra decisão de delegado que nega a abertura de inquérito policial, mas o interessado pode recorrer ao Ministério Público.

Comentário: CPP/41, Art. 5º § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 17) Representantes de órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta não podem promover investigação de crime: deverão ser auxiliados pela autoridade policial quando constatarem ilícito penal no exercício de suas funções.

Comentário: CPP/41, Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 18) Estando o indiciado preso, o inquérito policial deverá ser concluído, impreterivelmente, em dez dias, independentemente da complexidade da investigação e das evidências colhidas.

Comentário: A questão não especifica qual norma está sendo apresentada em relação aos prazos para realização de inquérito.

Finalização do Inquérito Policial - Prazos

O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: - Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante; - Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela.

- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

- Se o indiciado estiver preso, o prazo não pode ser prorrogado, sob pena de constrangimento ilegal à liberdade;

- Conforme o STJ, caso o indiciado esteja solto, a violação do limite do prazo não trará nenhum prejuízo para este, uma vez que se trata de prazo impróprio.

STJ, HC n. 304.274/RJ

Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, salvo quando o investigado se encontrar preso cautelarmente, a inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério Público não possui repercussão prática, já que se cuidam de prazos impróprios " (STJ, HC n. 304.274/RJ, Des. Jorge Mussi, j. em 4/11/2014). PEDIDO DE ORDEM DENEGADO.

Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos

Crimes de Competência da Justiça Federal

* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; * Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto;

Crimes da Lei de Drogas

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Direito Processual Penal

* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; * Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias;

Crimes contra a economia popular

* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; * Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto;

Crimes Militares

* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; * Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias;

FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS

PRESO EM

FLAGRANTE PRESO SOLTO

REGRA - CPP 10 30

CRIMES DA J.F 15 + 15 30

CRIME - LEI DE DROGAS

30 + 30 90 + 90

CRIME – ECONOMIA POPULAR

10 10

CRIME MILITAR 20 40 + 20

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-PE/2016) 19) O delegado determinará o arquivamento do inquérito policial quando não houver colhido elementos de prova suficientes para imputar a alguém a autoria do delito.

Comentário: CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. Gabarito: Errado.

(VUNESP/PC-CE/2015) 20) O ato de indiciamento A) vincula o Ministério Público, que não poderá requerer o arquivamento do inquérito. B) é, em regra, atribuição do delegado de polícia; excepcionalmente tal poder poderá ser conferido ao promotor de justiça. C) decorre do fato de a autoridade policial convencer-se da autoria da infração penal, atribuída a determinado(s) indivíduo(s). D) transforma o indivíduo suspeito da prática do delito em acusado. E) é um ato informal eventualmente realizado durante o inquérito policial.

Comentário:

Indiciamento dos Suspeitos

- O indiciamento é competência privativa da autoridade policial, esta tem a função de direcionar a investigação para os autores que forem considerados mais suspeitos.

- Lei 12830/13, Art. 2, § 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

- O inquérito policial não passa a ser aberto a todos após o indiciamento, ou seja, para o povo em geral ele continua sigiloso;

Gabarito: Letra C.

(CESPE/MPE-RO/2013) 21) Determinado o arquivamento do inquérito pelo juiz, após pedido do MP, é vedado à autoridade policial realizar novas pesquisas acerca do objeto do inquérito arquivado, ainda que tome conhecimento de outras provas.

Comentário:

STF/Súmula 524

Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

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Direito Processual Penal

CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação

Entenda o Caso

Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20.

Dia 15/01/20

O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹

Dia 22/01/20

O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades também salvaguardados pela Constituição”.²

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.

- Necessidade de homologação judicial para o arquivamento do inquérito policial.

- O Arquivamento será realizado pelo próprio membro do MP. A instância de revisão ministerial fará a homologação, na forma da lei.

Arquivamento realizado por homologação judicial.

O processo de arquivamento passa a ser realizado exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle do poder judiciário em relação ao arquivamento do inquérito.

Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299.

Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 do CPP continua com a participação do poder judiciário. Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-BA/2013) 22) Considera-se ilegal a coação quando o inquérito policial for manifestamente nulo, sendo possível a concessão de habeas corpus –– hipótese em que a investigação será arquivada até o surgimento de novas provas.

Comentário:

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Direito Processual Penal

O arquivamento ocorre quando não existem provas. A concessão de habeas corpus irá trancar o inquérito policial.

Trancamento do Inquérito Policial

- É a cessação da atividade investigatória quando ocorre abuso na instauração do inquérito ou no processo das investigações. Esse trancamento ocorre por decisão judicial;

Gabarito: Errado.

(FCC/TJ-SE/2009) 23) São características do Inquérito Policial: A) dispensabilidade e legalidade. B) autoridade e oportunidade. C) publicidade e informalidade. D) oficialidade e indisponibilidade. E) coercitividade e autoritariedade.

Comentário:

Inquérito Policial

Conceito e Características

- Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal) para apurar uma infração penal e sua autoria, com a finalidade do titular da ação ingressar em juízo.

- É um procedimento administrativo, trabalhado por órgãos oficiais do estado, e não judicial, sendo iniciado por autoridade policial e considerado um pré-processo, mas não uma fase do processo. Dessa forma, caso exista alguma irregularidade na investigação, não gera nulidade do processo;

- Deve ser formal, ou seja, as produções dos seus atos devem ser registradas por escrito ou reduzidas a termo, caso sejam orais;

- Não é obrigatório uma vez que o titular da ação penal pode ter todos os elementos para o oferecimento da ação.

- É considerado sigiloso para as pessoas em geral, porém para os agentes e pacientes da investigação, este, em regra, não é, ocorrendo exceções em determinadas peças do inquérito quando for necessário para o seu sucesso;

- Não existe o direito ao contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, uma vez que ocorre apenas a investigação para descobrir se houve crime por meio do papel inquisitivo da autoridade policial, que é um papel de natureza pré-processual; (Procedimento Inqusitorial)

- É conduzido pela autoridade policial de maneira livre e espontânea, podendo assim escolher a melhor maneira de conduzir a investigação; (Procedimento Discricionário)

- Poderá ser instaurado de ofício por autoridade policial quando se tratar de ação pública incondicionada, não precisando ocorrer à provocação.

- Função da Polícia Judiciária: Apurar fatos criminosos e reunir provas para provar o crime e quem o praticou;

- A Polícia Militar é uma polícia administrativa, sem função de apurar os fatos, ou seja, investigar, tendo o papel de prevenir os crimes, através do caráter ostensivo.

- CPP/41, Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

O Inquérito Policial é uma Peça Escrita, conforme o CPP Art. 9.

CPP/41. Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

O Inquérito Policial é uma Peça Dispensável, conforme o CPP Art. 39. §5º.

CPP. Art.39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

O inquérito Policial é um Procedimento indisponível, conforme o CPP Art. 17.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

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Direito Processual Penal

Características do IP

* Sigiloso; * Escrito;

* Inquisitorial; * Discricionário;

* Oficioso; * Indisponibilidade;

* Dispensável; * Oficialidade.

Mnemônico: SEI DOIDO

Gabarito: Letra D.

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Direito Processual Penal

Ação Penal

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Direito Processual Penal

(CESPE/PC - PE/2016) 24) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial.

Comentário:

Ação Penal Privada Exclusiva

- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP.

Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios

- Três princípios regem a ação penal privada: * Princípio da Oportunidade; * Princípio da Disponibilidade; * Princípio da Indivisibilidade.

Princípio da Indivisibilidade

O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito.

- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Gabarito: Errado.

(FGV/TJ-RO/2015) 25) Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como privadas, públicas incondicionadas, públicas condicionadas e privadas subsidiária da pública. Os princípios aplicáveis às ações exclusivamente privadas são: A) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade; B) obrigatoriedade, indisponibilidade e indivisibilidade; C) oportunidade, indisponibilidade e divisibilidade; D) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade; E) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade.

Comentário:

Ação Penal Privada Exclusiva

- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP.

Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios

- Três princípios regem a ação penal privada: * Princípio da Oportunidade; * Princípio da Disponibilidade; * Princípio da Indivisibilidade.

Princípio da Oportunidade

- A ação penal privada não é obrigatória ao M.P, competindo ao ofendido ou legitimados a proceder à análise da conveniência do ajuizamento da ação;

Princípio da Disponibilidade

- Enquanto na ação pública o titular da ação não pode desistir do que foi proposto, na ação penal privada é possível desistir;

Princípio da Indivisibilidade

O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito.

- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Gabarito: Letra A.

(FCC/DPE-RR/2015) 26) No tocante à ação penal de iniciativa pública condicionada: A) O direito de representação somente pode ser exercido pessoalmente. B) A representação é irretratável depois de relatado o inquérito policial. C) O prazo de seis meses para o oferecimento da representação é contado, em regra, do dia em que se consumou o delito. D) O direito de representação poderá ser exercido mediante declaração oral feita à autoridade policial. E) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Comentário:

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Direito Processual Penal

Letra A: Errada. CPP/41, Art. 24, § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Letra B: Errada. CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Letra C: Errada. CPP/41, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Letra D: Correta. CPP/41. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. Letra E: Errada. Querelante e não querelado. CPP/41. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Querelante: Polo ativo da ação, o autor, o ofendido. Querelado: Polo passivo da ação, o réu, o ofensor. Gabarito: Letra D.

(FCC/TCE-AM/2015) 27) Nos crimes de ação pública, quando a lei o exigir, esta será promovida pelo Ministério Público, mas dependerá de A) instrução preliminar. B) representação do Ministro da Justiça, do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. C) autorização do Poder Judiciário. D) requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo..

Comentário:

Ação Penal Pública Condicionada – Representação do Ofendido

- É uma condição imprescindível;

- CPP/41, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Ação Penal Pública Condicionada – Requisição do Ministro da Justiça

- Prevista em determinados crimes, como o crime cometido contra a honra do Presidente da República;

Não existirá prazo decadencial para o oferecimento da requisição, sendo oferecido enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade do crime;

- A doutrina majoritária entende que não é cabível retratação de requisição;

- O MP não se vincula à requisição, podendo não ajuizar ação penal;

Gabarito: Letra D.

(CESPE/TJ-DFT/2015) 28) Em uma ação penal privada subsidiária de ação penal pública, o querelante deixou de promover o andamento do processo por mais de trinta dias. Nessa situação, o juiz criminal deverá determinar a extinção da ação penal devido à extinção da punibilidade pela perempção.

Comentário:

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Direito Processual Penal

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública

- A ação penal é pública, sendo o MP titular, porém, sendo o MP inerte no prazo legal de oferecer denúncia, o ofendido pode ajuizar a ação penal privada substituindo a ação penal pública, no prazo de 06 meses após esgotado o prazo do MP de denunciar;

- A legitimidade é concorrente, podendo o MP ajuizar ação penal pública, mesmo após o prazo, e o ofendido, ação penal privada subsidiária.

- CPP/41, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

- O MP atua em todas as ações penais. Sendo ação pública, ele atuará como acusador e fiscal da lei (Custos legis), sendo privada atuará apenas como fiscal da lei;

- Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP pode aditar a queixa, se referindo a qualquer aspecto, diferente da privada em que só adita os elementos formais, mas não os essenciais; O MP pode apresentar denúncia substitutiva repudiando a queixa, alegando que não ficou inerte; O MP pode retomar a ação como parte principal quando o querelante for negligente;

- A decadência é considerada por parte da doutrina como imprópria, ou seja, mesmo após finalizado o prazo de 06 meses da vítima de ajuizar ação, o MP continua podendo ajuizar a ação pública;

- Não é cabível ação penal privada subsidiária da pública quando: * MP requerer a realização de novas diligências; * Inquérito policial for arquivado; * For adotada outras providências.

- Não é possível o perdão do ofendido na ação penal privada subsidiária da pública uma vez que começou sendo ação pública;

Perempção

- É a perda do direito de seguir a ação;

- É exercida na ação penal exclusivamente privada ou personalíssima.

- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-DFT/2015) 29) O MPDFT propôs ação penal contra Adailton. Nessa situação, se houver prova inconteste da prescrição do crime que ensejou a referida ação penal, será cabível habeas corpus perante o TJDFT para trancar a ação penal.

Comentário:

STJ/ RHC 17.690/SP

1. O trancamento da ação penal, pela via do habeas corpus, é medida de exceção, só admissível se emerge dos autos, de forma inequívoca, a ausência de indícios de autoria e prova da materialidade, a atipicidade da conduta ou a extinção da punibilidade. 2. Não se afigura inepta a denúncia que satisfaz todos os requisitos do art. 41 do CPP, sendo mister a deflagração da persecução penal, decorrendo de seus próprios termos a justa causa para a ação penal. 3." Nos crimes societários é dispensável a descrição minuciosa e individualizada da conduta de cada acusado, bastando, para tanto, que a exordial narre a conduta delituosa de forma a possibilitar o exercício da ampla defesa".

Gabarito: Correto.

(FGV/DPE-RO/2015)

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Direito Processual Penal

30) Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, essa representação tradicionalmente é classificada pela doutrina como condição especial para o regular exercício do direito de ação. Sobre a representação e sua relação com as ações públicas condicionadas, é correto afirmar que: Ainda que tenha ocorrido a retratação do direito de representação, o ofendido poderá oferecer nova representação, desde que respeitado o prazo decadencial.

Comentário:

Ação Penal Pública Condicionada – Representação do Ofendido

- É uma condição imprescindível;

- CPP/41, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

- A representação aceita retratação até o oferecimento da denúncia e não até o recebimento.

Retratação da Retratação - Doutrinas

Corrente Majoritária Corrente Minoritária

“não há vedação legal para isso, razão pela qual, dentro dos limites do razoável, sem que se valha a vítima da lei para extorquir o autor da infração penal, enfim, dentro do que se afigura justo, é possível que haja a retratação da retratação.”

“Havendo retratação da representação, poderá o Promotor de Justiça requerer o arquivamento dos autos do inquérito policial ou das peças de informação? A retratação, na hipótese, assemelha-se, em tudo e por tudo, à renúncia, e, assim, devem os autos serem arquivados, em face da ausência de representação, condição a que se subordina, às vezes, o “jus accusationis”. Permitir-se a retratação da retratação é entregar ao ofendido arma poderosa para fins de vingança ou outros inconfessáveis.”

Fonte: NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Processo Penal e Execução Penal, pg. 134. Ed. Saraiva,

Fonte: TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. p. 358. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.

Desta forma, existe a possibilidade, conforme a corrente majoritária, da retratação da retratação nas Ações Penais Públicas Condicionadas à representação do ofendido. No entanto, este meio só é possível dentro do prazo decadencial de seis meses a partir da data que se passa a conhecer a identidade do infrator. Gabarito: Correto.

(FCC/MPE-MA/2013) 31) Na ação penal privada subsidiária da pública, o prazo para o ofendido ou seu representante legal ingressar com a queixa é de A) quinze dias, contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. B) seis meses, contados da sua intimação da remessa do inquérito policial ao juízo competente. C) quinze dias, contados da sua intimação da remessa do inquérito policial ao juízo competente. D) seis meses, contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Comentário: - CPP/41, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. CPP/41, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Gabarito: Letra D.

(FGV/TJ-BA/2015) 32) Constituem elementos autenticativos da denúncia: A) qualificação do acusado; B) data e assinatura do Promotor de Justiça; C) qualificação das partes; D) exposição do fato com todas as circunstâncias; E) classificação do crime.

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Direito Processual Penal

Comentário: CPP/41. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Além dos citados no Art. 41 do CPP/41, a Doutrina apresenta ainda como elementos autenticativos da ação penal, a data e a assinatura do membro do Ministério Público. Gabarito: Letra B.

(FCC/MPE-SE/2013) 33) Caso o querelante deixe de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, será julgada extinta a punibilidade na ação penal de iniciativa privada em razão da ocorrência de A) perempção. B) decadência. C) prescrição. D) renúncia. E) retratação.

Comentário:

Perempção

- É a perda do direito de seguir a ação;

- É exercida na ação penal exclusivamente privada ou personalíssima.

- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

Gabarito: Letra A.

(CESPE/TJ-BA/2019) 34) A inexistência de poderes especiais na procuração outorgada pelo querelante não gerará a nulidade da queixa-crime quando o consequente substabelecimento atender às exigências expressas no art. 44 do CPP.

Comentário:

STJ/RHC 33.790/SP

1. Para a validade da ação penal nos crimes de ação penal privada, é necessário que o instrumento de mandato seja conferido com poderes especiais expressos, além de fazer menção ao fato criminoso, nos termos do art. 44 do Código de Processo Penal. 2. O substabelecimento, enquanto meio de transferência de poderes anteriormente concedidos em procuração, deve obedecer integralmente ao que consta do instrumento do mandato, porquanto é dele totalmente dependente. Ainda que neste instrumento esteja inserida a cláusula ad judicia, há limites objetivos que devem ser observados quando da transmissão desses poderes, visto que o substabelecente lida com direitos de terceiros, e não próprios. 3. Na espécie, como a procuração firmada pela querelante somente conferiu aos advogados os poderes da cláusula ad judicia et extra, apenas estes foram objeto de transferência aos substabelecidos, razão pela qual deve ser tida por inexistente a inclusão de poderes especiais para a propositura de ação penal privada, uma vez que eles não constavam do mandato originário. 4. Nula é a queixa-crime, por vício de representação, se a procuração outorgada para a sua propositura não atende às exigências do art. 44 do Código de Processo Penal. 5. Recurso provido para conceder a ordem de habeas corpus, a fim de declarar a nulidade ab initio da queixa-crime, tendo como consequência a extinção da punibilidade do querelado, nos termos do art. 107, IV, do Código Penal.

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Direito Processual Penal

Gabarito: Errado.

(CONSUPLAN/TJ-MG/2018) 35) Nos crimes de ação penal pública, a queixa deve ser apresentada pelo ofendido perante o Delegado de Polícia, funcionando como causa de suspensão da prescrição.

Comentário:

Queixa-Crime

Meio utilizado nos crimes de ação penal privada por quem foi ofendido ou por meio o represente, expondo o fato criminoso e suas circunstâncias.

Na Ação Penal Pública o correto é denúncia e não queixa.

Queixa-Crime X Denúncia

Ação Penal Privada Queixa-Crime;

Feita exclusivamente ao Juiz; Precisa de advogado.

Ação Penal Pública Denúncia;

Representação, sem precisar de advogado; Pode ser feita ao Delegado ou MP.

Gabarito: Errado.

(VUNESP/HCFMUSP/2015) 36) De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação do ofendido será A) irretratável, a qualquer tempo. B) irretratável, depois de oferecida a denúncia. C) retratável. D) condicionada à apresentação de provas ao Ministério Público. E) condicionada à contratação de advogado para a realização do ato.

Comentário: CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Gabarito: Letra B.

(FCC/SEGEP-MA/2016) 37) Em tema de ação penal privada, correto afirmar que A) o perdão do ofendido independe de aceitação. B) o requerimento de instauração de inquérito policial não interrompe o prazo de oferecimento da queixa. C) importa em renúncia tácita ao direito de queixa o fato de o ofendido receber indenização do dano causado pelo crime. D) admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a sentença condenatória. E) incabível extinção da punibilidade por perempção.

Comentário: Letra A: Errada.

Perdão

- É um ato bilateral;

- CPP/41, Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados (autor do crime) aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

- CPP/41, Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.

Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.

- O perdão apresentado a um dos criminosos se estende a todos;

- O perdão pode ser expresso ou tácito;

- Sendo expresso, deve ser através da manifestação expressa do querelante perdoando o querelado;

- Sendo tácito, ocorre a partir de um ato incompatível de processar o autor do crime;

- O perdão pode ser Judicial (ocorre dentro do processo) ou Extrajudicial (acontece fora do processo);

- O perdão pode ser aceito pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;

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Direito Processual Penal

Letra B: Correta.

STJ/RHC 26.613/SC

O Superior Tribunal de Justiça tem decidido que: (...) DECADÊNCIA. (...) 2. Sob pena de se operar o instituto da decadência, o direito de representação do ofendido deve ser exercido dentro do lapso temporal de 6 (seis) meses, cujo termo inicial é a data em que a vítima ou o seu representante legal toma ciência de quem é o autor do delito, nos termos do disposto no art. 103 do Código Penal e art. 38 do Código de Processo Penal. (STJ. RHC 26.613/SC. Rel. Jorge Mussi. T5. DJe 03.11.2011).

Ainda sobre o prazo decadencial, sua natureza é peremptória (art. 182 CPC), ou seja, é fatal e

improrrogável e não está sujeito a interrupção ou suspensão. Assim, esse lapso temporal não pode ser dilatado (a pedido do ofendido ou do Ministério Público) e não prorroga para dia útil (caso termine em final de semana ou feriado). Ao contrário do prazo prescricional, não há causas interruptivas ou suspensivas na decadência. Fonte: http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/22958497 Letra C: Errada. CP/40. Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.

Renúncia

- É um ato unilateral;

- A renúncia deverá ocorrer antes do ajuizamento, podendo ser expressa ou tácita;

- O STJ entende que na renúncia tácita a não inclusão de um dos infratores (omissão do querelante (ofendido)) deve ter sido voluntária, caso tenha sido involuntária, não se considera renúncia tácita. Assim, o MP deve intimar o querelante para se manifestar com os demais infratores.

- CPP/41, Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.

- Caso o ofendido perdoe um dos querelados, ocorrerá o aproveitamento do perdão a todos;

Letra D: Errada. CP/40. Art. 106. § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. Letra E: Errada. CP/40. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

Perempção

- É a perda do direito de seguir a ação;

- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

Gabarito: Letra B.

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Direito Processual Penal

Ação Civil

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Direito Processual Penal

(VUNESP/Prefeitura de Alumínio - SP/2016) 38) O termo inicial do prazo de prescrição para o ajuizamento da ação de indenização por danos decorrentes de crime (ação civil ex delicto), de ação proposta contra empregador em razão de crime praticado por empregado no exercício do trabalho que lhe competia, é a data A) da prática do ato ilícito. B) da data da lesão. C) do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. D) da data do conhecimento do fato por parte do titular lesado. E) da data do conhecimento do fato por parte do empregador.

Comentário:

Ação de Execução Ex Delicto Ação Civil Ex Delicto

CPP/41. Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.

CPP/41. Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.

CC/02. Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. Gabarito: Letra C.

(CESPE/DPE-DF/2013) 39) Mesmo que tenha sido reconhecida categoricamente a inexistência material do fato pelo juízo criminal, sendo proferida sentença absolutória, poderá ser proposta a ação civil ex delicto, dada a possibilidade de que a mesma prova seja valorada de outra forma no juízo cível.

Comentário: CPP/41. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. Gabarito: Errado.

(TJ-SC/TJ-SC/2019) 40) Acerca da Ação Civil pode-se afirmar: I. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. II. A sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime obsta a propositura da ação civil. III. O despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação não impedirá a propositura da ação civil. IV. A decisão que julgar extinta a punibilidade obsta a propositura da ação civil. A) Somente as proposições I, II e III estão corretas. B) Somente as proposições I e III estão corretas. C) Somente as proposições II e IV estão corretas. D) Somente as proposições II, III e IV estão corretas. E) Todas as proposições estão corretas.

Comentário: Item I: Correto. CPP/41. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. Item II: Errado.

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Direito Processual Penal

CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. Item III: Correto. CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; Item IV: Errado. CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; Gabarito: Letra B.

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Competência

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Direito Processual Penal

(NC-UFPR/TJ-PR/2019) 41) Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.

Comentário:

STF/Súmula 521

O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.

Gabarito: Correto.

(NC-UFPR/TJ-PR/2019) 42) Caso a vítima seja indígena, competirá à Justiça Federal o julgamento de crime de furto.

Comentário:

STF/Súmula 140

Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima.

Gabarito: Errado.

(CESPE/MPU/2018) 43) Havendo a prática de contravenção penal contra bens e serviços da União em conexão probatória com crime de competência da justiça federal, opera-se a separação dos processos, cabendo à justiça estadual processar e julgar a contravenção penal.

Comentário: CF/88, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

STJ/Súmula 38

Compete a Justiça Estadual Comum, na vigência da CF88, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.

Gabarito: Correto.

(VUNESP/MPE-SP/2018) 44) Sobre competência no processo penal, assinale a alternativa correta. A) Havendo crime militar conexo a crime comum, prevalece a competência da justiça castrense, a qual deverá julgar ambos os crimes. B) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro do lugar da infração, ainda quando conhecido o domicílio do réu. C) A competência da Justiça Federal é residual em relação à competência da Justiça Estadual. D) A Justiça Estadual e a Justiça Federal são espécies de jurisdição comum. E) Compete ao foro do local da emissão do cheque processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41. Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;

STJ/Súmula 90

Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele.

Letra B: Errada.

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Direito Processual Penal

CPP/41. Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Letra C: Errada. CPP/41. Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; Letra D: Correta.

Justiça

Comum Especial

Justiça Federal Justiça Estadual

Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho

Justiça Militar

Letra E: Errada.

STJ/Súmula 244

Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.

Gabarito: Letra D.

(CESPE/PF/2018) 45) João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. Caso haja indício de transnacionalidade no crime de contrabando praticado, a competência para apurar e julgar o delito é da justiça federal e, se João estiver preso, a Polícia Federal deverá concluir o inquérito em até dez dias.

Comentário:

STJ/CC 160.748/SP

1. A jurisprudência desta Corte orientava para a competência da Justiça Federal para o julgamento dos crimes de contrabando e descaminho (Súmula 151/STJ), até que julgado (CC n. 149.750/MS, de 26/4/2017), fundado em conflito que debateu crime diverso (violação de direito autoral), modificou a orientação sedimentada, para limitar a competência federal, no caso de contrabando, às hipóteses em que for constatada a existência de indícios de transnacionalidade na conduta do agente. 2. Consolidada a nova compreensão, sobreveio o julgamento do CC n. 159.680/MG (realizado em 8/8/2018), no qual a Terceira Seção entendeu pela competência federal para o julgamento do crime de descaminho, ainda que inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta. 3. Tal orientação, no sentido da desnecessidade de indícios de transnacionalidade, deve prevalecer não só para o crime de descaminho, como também para o delito de contrabando, pois resguarda a segurança jurídica, na medida em que restabelece a jurisprudência tradicional; além do que o crime de contrabando, tal como o delito de descaminho, tutela prioritariamente interesse da União, que é a quem compete privativamente (arts. 21, XXII e 22, VII, ambos da CF) definir os produtos de ingresso proibido no país, além de exercer a fiscalização aduaneira e de fronteira. 4. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 4ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, o suscitante.

Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos

Crimes de Competência da Justiça Federal

* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; * Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto;

Crimes da Lei de Drogas

* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; * Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias;

Crimes contra a economia popular

* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso;

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Direito Processual Penal

* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto;

Crimes Militares

* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; * Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias;

Gabarito: Errado.

(CESPE/PF/2018) 46) O prefeito de determinado município desviou, em proveito próprio, verba federal transferida e incorporada ao patrimônio municipal. Instaurado o competente IP, os autos foram relatados e encaminhados, pela autoridade policial, à justiça estadual. Nessa situação, agiu corretamente a autoridade policial ao encaminhar os autos à justiça comum estadual, a quem compete o processamento e o julgamento de casos como o relatado.

Comentário:

STJ/Súmula 208

Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.

STJ/Súmula 209

Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

Gabarito: Correto.

(CESPE/PF/2018) 47) Compete à justiça estadual o julgamento de crimes relativos à difusão ou aquisição, em determinado estado da Federação, de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes por meio da rede mundial de computadores.

Comentário:

STJ/CC 120.999/CE

1. A competência da Justiça Federal para processar e julgar os delitos praticados por meio da rede mundial de computadores é fixada quando o cometimento do delito por meio eletrônico se refere a infrações previstas em tratados ou convenções internacionais, constatada a internacionalidade do fato praticado (art. 109, V, da CF), ou quando a prática de crime via internet venha a atingir bem, interesse ou serviço da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (art. 109, IV, da CF). 2. No presente caso, há hipótese de atração da competência da Justiça Federal, uma vez que o fato de haver um usuário do Orkut, supostamente praticado delitos de divulgação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes, configura uma das situações previstas no art. 109 da Constituição Federal. 3. Além do mais, o Brasil comprometeu-se perante a comunidade internacional a combater os delitos relacionados á exploração de crianças e adolescentes em espetáculos ou materiais pornográficos, ao incorporar no direito pátrio, por meio do decreto legislativo nº 28 de 14/09/1990, e do Decreto nº 99.710 de 21/12/1990, a Convenção sobre direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. 4. Ressalte-se, ainda, que a divulgação de imagens pornográficas, envolvendo crianças e adolescentes por meio do Orkut, não se restringe a uma comunicação eletrônica entre pessoas residentes no Brasil, uma vez que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, desde que conectada à internet e integrante do dito sítio de relacionamento, poderá acessar a página publicada com tais conteúdos pedófilos-pornográficos, verificando-se, portanto, cumprido o requisito da transnacionalidade exigido para atrair a competência da Justiça Federal. 5. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 16ª Vara de Juazeiro do Norte - SJ/CE, ora suscitado.

Circulação de Material Pornográfico de criança ou adolescente

Competência da Justiça Federal Competência da Justiça Estadual

Divulgação do conteúdo de forma ampla por meio da rede mundial de computadores.

Troca, por e-mail ou mensagens via Whatsapp, do conteúdo. (Ambiente mais restrito).

STF/RE 628624/MG STJ/CC 121215/PR

Gabarito: Errado.

(FCC/Câmara Legislativa do Distrito Federal/2018) 48) Ocorre a chamada conexão objetiva ou teleológica quando

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Direito Processual Penal

A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas ou umas contra as outras. B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e lugar. C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmo agente, mediante uma só ação ou omissão.

Comentário: CPP/41. Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas (Conexão Intersubjetiva por simultaneidade ocasional), ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar (Conexão Intersubjetiva por Concurso), ou por várias pessoas, umas contra as outras (Conexão Intersubjetiva por Reciprocidade); II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar (Conexão Objetiva Teleológica) ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas (Conexão Objetiva Consequencial); III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração (Conexão Instrumental).

Tipos de Conexões

* Conexão Intersubjetiva por simultaneidade ocasional: Duas pessoas diversas cometem infrações diversas no mesmo local, na mesma época, sem possuir nenhum vínculo subjetivo.

* Conexão Intersubjetiva por Concurso: Ocorre quando os agentes com um vínculo subjetivo, uma comunhão de esforços para a prática das infrações penais, não importando o local e o momento da infração.

* Conexão Intersubjetiva por reciprocidade: Infrações praticadas no mesmo tempo e local, um agente contra o outro.

* Conexão Objetiva Teleológica: uma infração é cometida para facilitar a outra.

* Conexão Objetiva Consequencial: Uma infração é cometida para ocultar a outra, ou, para garantir a impunidade do infrator ou a vantagem da outra infração.

* Conexão Instrumental: A prova da ocorrência de uma infração e de sua autoria deve influenciar a caracterização da outra infração.

CPP/41. Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal (hipóteses de concurso formal – CP. Art. 70, 73 e 74).

Tipos de Continência

* Continência por Cumulação Subjetiva: Duas ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração. Existe apenas um fato criminoso, na conexão existem vários.

* Continência por Concurso Formal: Mediante uma única conduta, o agente comete mais de um crime sem a intenção de praticá-los.

Gabarito: Letra D.

(CESPE/PJC-MT/2017) 49) No estado de Mato Grosso, Pedro cometeu crime contra a economia popular; Lucas cometeu crime de caráter transnacional contra animal silvestre ameaçado de extinção; e Raí, um agricultor, cometeu crime comum contra índio, no interior de reserva indígena, motivado por disputa sobre direitos indígenas. Nessa situação hipotética, a justiça comum estadual será competente para processar e julgar A) somente Pedro e Raí. B) somente Lucas e Raí. C) Pedro, Lucas e Raí.

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Direito Processual Penal

D) somente Pedro. E) somente Pedro e Lucas.

Comentário:

Competência para Processar e Julgar

Pedro STF/Súmula 498 Compete à Justiça dos Estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular.

Lucas STF/RE 835.558/SP

Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção, espécimes exóticas, ou protegidos por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

Raí CF/88. Art.109. Compete à Justiça Federal.

Gabarito: Letra D.

(CESPE/PC-PE/2016) 50) Conexão e continência são institutos que autorizam a prorrogação da competência, possibilitando que esta seja definida em desacordo com as regras abstratas baseadas no lugar do crime, domicílio do réu, natureza da infração ou distribuição.

Comentário:

Conexão e Continência

Conexão e a continência são fenômenos que modificam a competência previamente estabelecida. Sendo os processos conexos ou continentes, serão julgados,em regra, pelo mesmo órgão jurisdicional.

STF/HC 96.453/MS

A conexão é o liame que se estabelece entre dois ou mais fatos que, desse modo, se tornam ligados por algum motivo, oportunizando sua reunião no mesmo processo, de modo a permitir que os fatos sejam julgados por um só juiz, com base no mesmo substrato probatório, evitando o surgimento de decisões contraditórias. Desse modo, a conexão provoca a reunião de ações penais num mesmo processo e é causa de modificação da competência (relativa) mediante a prorrogação de competência.

Gabarito: Correto.

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Direito Processual Penal

Nulidades; Citações e Intimações; Sentença e Coisa Julgada;

Questões e Processos Incidentes; Medidas Assecuratórias.

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Direito Processual Penal

(VUNESP/MPE-SP/2018) 51) O princípio da causalidade significa que não se anula o ato se, embora praticado em desacordo com a forma prevista em lei, atingiu o seu fim.

Comentário: A questão traz o conceito do Princípio do Prejuízo.

Princípio do Prejuízo ou Instrumentalidade das Formas

- Estabelece que o ato processual que não observar a sua forma, mas atingir sua finalidade, sem causar prejuízo às partes do processo, não será anulado.

- Pas de Nullité Sans Grief, ou seja, não existe nulidade sem prejuízo.

- CPP/41, Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.

- CPP/41, Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. (Princípio da Irrelevância)

Princípio da Causalidade

- Estabelece que a anulação de um ato acaba ocasionando a invalidação dos atos que dele decorreu;

- CPP/41, Art. 573. § 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.

§ 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.

Gabarito: Errado.

(VUNESP/MPE-SP/2018) 52) A nulidade absoluta é a que decorre da violação de uma determinada forma do ato, que visava à proteção de interesse processual das partes.

Comentário: A nulidade relativa é a que decorre da violação de uma determinada forma do ato, que visava à proteção de interesse processual das partes.

Defeitos dos Atos Processuais

- São atos defeituosos, os: * Atos Inexistentes; * Atos Nulos; * Atos Meramente irregularidades.

Atos Inexistentes

Ocorre quando o defeito é muito grave, não sendo o ato considerado existente. Ex: Sentença Judicial proferida por Servidor Público em vez do Juiz. Nesse caso o Judiciário não considera que o ato foi praticado.

Atos Nulos

A anulação pode ser absoluta, quando o vício no processo afeta o interesse público, como, por exemplo, a falta do defensor do acusado. Mas também pode ser uma anulação relativa, que ocorre quando afeta os interesses das partes. Nesse caso o Judiciário reconhece que o ato existiu, mas o invalida não produzindo seus efeitos.

Atos Meramente irregularidades

São defeitos que causam pouco impacto no processo, pois é um erro não prejudicial ao ato, não gerando consequências processuais.

Gabarito: Errado.

(CESPE/DPE-RR/2013) 53) De acordo com o princípio da causalidade, o reconhecimento dos atos eivados de nulidade implica a automática nulidade de todos os subsequentes, sendo desnecessária a declaração judicial em relação a estes.

Comentário:

Princípio da Causalidade

- Estabelece que a anulação de um ato acaba ocasionando a invalidação dos atos que dele decorreu;

- CPP/41, Art. 573. § 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.

§ 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.

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Direito Processual Penal

Gabarito: Errado.

(MPE-SC/MPE-SC/2019) 54) O Código de Processo Penal estabelece que a nulidade ocorrerá pela ausência da intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação privada.

Comentário:

Nulidades em Espécie

- CPP/41, Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II - por ilegitimidade de parte; III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; (Ação Penal privada subsidiária da pública). – Pode ser sanada conforme Art. 572. e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; – Pode ser sanada conforme Art. 572. f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia; – Pode ser sanada conforme Art. 572. h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; – Pode ser sanada conforme Art. 572. i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento; IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.

Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas.

- CPP/41, Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.

STF/Súmula 706

É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.

Gabarito: Errado.

(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019) 55) Dar-se-á a formação completa do processo quando A) oferecida a denúncia. B) recebida a denúncia. C) apresentada a resposta à acusação. D) citado o acusado. E) intimado o acusado.

Comentário: CPP/41, Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.

Processo - É uma sequência ordenada de atos que se encadeiam numa sucessão lógica e com o fim de possibilitar, ao juiz, o julgamento.¹

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Direito Processual Penal

- É uma série sucessiva de atos coordenados para um fim determinado voltado para a atividade jurisdicional.

- O Processo penal pode ter início pela iniciativa do M.P, nas ações penais públicas ou por iniciativa do ofendido, nas ações penais privadas;

Procedimento - É o rito utilizado no processo.

- É uma atividade administrativa que se desenvolve através de uma série de atos. Fonte¹: TORNAGHI, Hélio. A relação processual penal. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1987, p. 1

Gabarito: Letra D.

(MPE-PR/MPE-PR/2019) 56) Se o acusado, citado por edital ou por hora certa, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.

Comentário:

Citação Ficta

Citação Ficta por Hora Certa Citação Ficta por Edital

Ocorre quando o réu se oculta para não ser citado, ou seja, está fugindo da citação;

Ocorre quando o réu não é encontrado;

Nem o processo e a prescrição são suspensos. Se o acusado não comparecer o processo continua e o juiz nomeia defensor dativo.

O processo e a prescrição são suspensos quando o acusado não comparecer e não constituir advogado.

Mnemônico

Hora Certa = Oculta = Nomeação de defensor dativo

Edital = Não Encontrado = Suspensão do processo e do prazo prescricional

CPP/41, Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. CPP/41, Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Não aplicável nos crimes de lavagem de capitais) Gabarito: Errado.

(FCC/MPE-PE/2018) 57) Acerca do que dispõe o Código de Processo Penal sobre as diversas modalidades de comunicação processual, A) se o réu estiver preso, será citado na pessoa de seu defensor. B) se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. C) estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta precatória. D) a intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por oficial de justiça. E) verificando que o réu se oculta para não ser citado, será citado por edital, com o prazo de 15 dias.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41, Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. Letra B: Correta. CPP/41, Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das

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Direito Processual Penal

provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Não aplicável nos crimes de lavagem de capitais) Letra C: Errada. CPP/41, Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações (embaixadas e consulados) estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória. Letra D: Errada.

Intimações

- Enquanto a citação é o ato único pelo qual o réu passa a fazer parte do processo, as intimações ocorrerão diversas vezes sempre que existir a possibilidade de dar ciência de um ato processual a uma pessoa.

- Para a doutrina, a intimação quando alguém fica informado de um ato que já foi realizado. A notificação é a providência que a pessoa informada deve tomar.

- CPP/41, Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.

§ 1º A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo.

§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1º. (Não precisa de publicação no órgão oficial).

§ 4º A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.

OBS: A intimação pode ser feita por carta precatória, caso a testemunha more fora da comarca.

- STJ/Súmula 273. Intimada à defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.

- O STF entende que a súmula 273 do STJ não se aplica quando o acusado for defendido pela Defensoria Pública, devendo o juiz proceder à intimação da Unidade da Defensoria Pública que funcione na se do Juízo deprecado, dando ciência da data da audiência.

- Se o acusado for citado ou intimado pessoalmente, mas não comparecer sem justo motivo, ou mudar de residência sem comunicação ao juiz, o processo continuará e o acusado não será intimado nos demais atos processuais.

Letra E: Errada. CPP/41, Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. Gabarito: Letra B.

(FCC/DPE-AP/2018) 58) A citação A) por mandado pode ser dispensada se for evidente que o réu sabe que está sendo processado criminalmente. B) será pessoal sempre que o réu estiver preso. C) por edital suspende o processo e o prazo prescricional no momento da sua publicação no diário oficial. D) por carta precatória confere prazo em dobro para a apresentação de resposta escrita à acusação. E) por hora certa é exclusiva do processo civil, pois inexiste citação ficta no processo penal brasileiro.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41, Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:

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Direito Processual Penal

III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; – Pode ser sanada conforme Art. 572. Letra B: Correta. CPP/41, Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. Letra C: Errada. CPP/41, Art. 365. O edital de citação indicará: I - o nome do juiz que a determinar; II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo; III - o fim para que é feita a citação; IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação. CPP/41, Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Não aplicável nos crimes de lavagem de capitais) Letra D: Errada. CPP/41, Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Letra E: Errada. CPP/41, Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Gabarito: Letra B.

(CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/2017) 59) No processo penal, os prazos são contados a partir da data da intimação, e não da data de juntada do mandado ou da carta precatória ou de ordem aos autos.

Comentário:

STF/Súmula 710

No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Prazos

Processo Penal Processo Civil

Contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Considera-se dia do começo do prazo (Art. 231 NCPC): I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

Gabarito: Correto.

(CESPE/DPE-DF/2019) 60) O Estado exerce sua pretensão punitiva a partir do ingresso da ação penal, garantindo-se ao acusado o devido e justo processo legal. Acerca do processo penal, julgue o item a seguir.

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Direito Processual Penal

A sentença proferida em ação de prevenção penal será exclusivamente de absolvição, ainda que aplique especificamente medida de segurança aos inimputáveis que praticarem fato definido como crime ou contravenção penal.

Comentário: Ação de prevenção penal é aquela deflagrada com a finalidade de aplicar exclusivamente ao acusado inimputável, na forma do art. 26 do Código Penal, medida de segurança, na chamada sentença absolutória imprópria.

Sentença – Absolutória Própria X Imprópria

Sentença Absolutória Própria: Ausência de reflexos penais negativos;

Sentença Absolutória Imprópria: Existem reflexos penais negativos, ou seja, o réu é absolvido por ser inimputável à época do fato, mas são tomadas medidas de segurança contra ele;

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2015) 61) Com base no princípio da correlação, mesmo em grau recursal, é possível atribuir-se definição jurídica diversa à descrição do fato contida na denúncia ou queixa, não podendo, porém, ser agravada a pena quando somente o réu houver apelado da sentença.

Comentário:

Princípio da Correlação e Consubstanciação

- Chamado também de princípio da congruência, o princípio da correlação possui seu fundamento direto do princípio da consubstanciação.

- Estabelece que a sentença deve estar em conformidade com o fato descrito na denúncia ou queixa. Com isso, o juiz não pode decidir fora dos limites estabelecidos para ele.

Emendatio Libelli x Mutatio Libelli

Emendatio Libelli

- CPP/41, Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.

§ 1º Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.

§ 2º Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.

Mutatio Libelli

Ocorre alteração na definição jurídica do fato com o surgimento de novas provas, ou seja, o fato narrado é diferente do fato provado.

- CPP/41, Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

§ 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código.

§ 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento.

§ 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo.

§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.

§ 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.

- O STF entende que o mutatio libelli é aplicado apenas na primeira instância, enquanto o emendatio libelli pode ser utilizado em qualquer instância.

STF/Súmula 453

Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.

- O Juiz não pode condenar com base na imputação originária, no caso de mutatio libelli, pois ficará vinculado aos termos do aditamento, salvo quando aditar apenas o elemento especializante.

Gabarito: Correto.

(CESPE/DPU/2016)

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Direito Processual Penal

62) Havendo fundada dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, o juiz deverá absolver o réu, determinando sua soltura, caso esteja preso.

Comentário:

Sentença Penal Absolutória

- É a sentença que absolve o réu, sendo a acusação improcedente.

- CPP/41, Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal; IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Princípio do In dubio pro reo)

Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz: I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; III - aplicará medida de segurança, se cabível.

OBS: Mesmo ocorrendo a sentença absolutória, é possível que a prisão preventiva ainda continue, esta extinta apenas quando o Juiz entende que o requisito que autorizava a sua prisão finaliza.

Gabarito: Correto.

(FCC/TCE-AM/2015) 63) A sentença criminal será publicada A) em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. B) no diário oficial do poder judiciário, após seu registro em livro próprio. C) no átrio do edifício do poder judiciário e em jornal de circulação local. D) na presença das partes, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. E) em jornal de grande circulação onde não houver diário oficial, na presença do réu preso e do advogado.

Comentário: CPP/41, Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. CPP/41, Art. 390. O escrivão, dentro de três dias após a publicação, e sob pena de suspensão de cinco dias, dará conhecimento da sentença ao órgão do Ministério Público. Gabarito: Letra A.

(FGV/TJ-RJ/2014) 64) O juiz, ao proferir sentença condenatória, fará nela constar, EXCETO: A) as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal por ele reconhecidas; B) os nomes das partes ou, quando não for possível, as indicações necessárias para identificá-las; C) o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido e pedido prévio; D) o direito ou não de o acusado apelar em liberdade, condicionando, se for o caso, o conhecimento da apelação à prisão.

Comentário: Letra A: Correta. CPP/41, Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer; Letra B: Correta. CPP/41, Art. 381. A sentença conterá:

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Direito Processual Penal

I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; (Relatório) II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; (Relatório) III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; (Fundamentação) IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; (Fundamentação) V - o dispositivo; (É a decisão tomada pelo Juiz) VI - a data e a assinatura do juiz. (Autenticação) Letra C: Correta. CPP/41, Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Conforme o STJ, tal valor só será fixado se existir pedido do interessado e se o fato for discutido no processo). Letra D: Errada. CPP/41, Art. 387. § 1º O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. Gabarito: Letra D.

(VUNESP/TJ-SP/2018) 65) Contra a decisão que reconhece a existência de questão prejudicial, suspendendo ou não o curso da ação penal, cabe recurso em sentido estrito.

Comentário:

Questão Prejudicial

Questão Prejudicial Obrigatória Questão Prejudicial Facultativa

Refere-se ao estado civil das pessoas. Questão que não se refira ao estado civil das

pessoas.

Suspensão obrigatória, caso a questão seja séria e fundada;

Suspensão facultativa, ou seja, o juiz pode suspender.

Recurso Recurso

Processo Suspenso Processo não

Suspenso Processo Suspenso

Processo não Suspenso

Cabe RESE (CPP/41, Art. 581. XVI.).

Irrecorrível, no entanto a doutrina entende ser

possível Habeas Corpus ou Correição Parcial.

Cabe RESE (CPP/41, Art. 581. XVI.).

Irrecorrível, no entanto a doutrina entende ser

possível Habeas Corpus.

CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-AL/2008) 66) É incabível a oposição de suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito.

Comentário: CPP/41, Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-AL/2008)

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67) A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito, a qualquer momento.

Comentário: CPP/41, Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. § 1 º. Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a declinatória, o feito será remetido ao juízo competente, onde, ratificados os atos anteriores, o processo prosseguirá. § 2 º. Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, fazendo tomar por termo a declinatória, se formulada verbalmente. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-AL/2008) 68) As exceções processuais penais são processadas em autos apartados e sempre suspendem o andamento da ação penal.

Comentário: CPP/41, Art. 111. As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-AL/2008) 69) A arguição de falsidade de documento constante dos autos não precisa ser feita por procurador com poderes especiais.

Comentário: CPP/41, Art. 146. A arguição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-AL/2008) 68) A decisão do juiz criminal acerca da arguição de falsidade documental faz coisa julgada em ulterior processo civil.

Comentário: CPP/41, Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou civil. Gabarito: Errado.

(FCC/DPE-PR/2017) 70) Em relação à insanidade mental do acusado, A) o rito de insanidade mental será processado nos autos principais. B) o juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, sem estabelecer a suspensão do processo, se já iniciada a ação penal. C) o exame não poderá ser ordenado na fase do inquérito policial. D) a suspensão processual continua até que o acusado se restabeleça, se a doença mental sobrevier à infração. E) o exame não durará mais de trinta dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41, Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao processo principal. Letra B: Errada. CPP/41, Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.

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Direito Processual Penal

§ 2 º. O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento. Letra C: Errada. CPP/41, Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. § 1 º. O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. Letra D: Correta. CPP/41, Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149. Letra E: Errada. CPP/41, Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 1 º. O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 2 º. Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame. Gabarito: Letra D.

(CESPE/TJ-DFT/2015) 71) O arresto preventivo de determinado imóvel deverá ser revogado se, em quinze dias da sua determinação, não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.

Comentário: CPP/41, Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal. Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2015) 72) Para a decretação do sequestro de bens, é suficiente a existência de indícios veementes da proveniência ilícita desses bens.

Comentário: CPP/41, Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro. CPP/41, Art. 126. Para a decretação do sequestro, bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens. Gabarito: Correto.

(IBFC/TRF - 2ª REGIÃO/2018) 73) A hipoteca legal sempre haverá de ser requerida pelo ministério público sobre todos os bens do indiciado ou acusado, quando presentes indícios mínimos da autoria, e não se souber quais bens foram exatamente produtos do crime.

Comentário: CPP/41. Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.

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Direito Processual Penal

CPP/41. Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o requerer. CPP/41. Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público poderão requerer no juízo cível, contra o responsável civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137. Gabarito: Errado.

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Direito Processual Penal

Das Provas

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Direito Processual Penal

(CESPE/MPE-PI/2019) 74) No âmbito do processo penal, considera-se prova não repetível A) o processo administrativo sancionador conduzido por autoridade competente e submetido a amplo contraditório. B) a gravação de conversa informal entre indiciado e policial. C) o depoimento de testemunha internada em hospital e em grave risco de morte. D) o depoimento de testemunha prestado no inquérito policial, ainda que esta se recuse a comparecer em juízo. E) o reconhecimento do acusado feito pela vítima na delegacia.

Comentário: CPP/41. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Provas

Provas Cautelares

Provas produzidas imediatamente, pois a demora de sua produção pode acarretar no desaparecimento do objeto da prova. Contraditório postergado; Dependem de autorização judicial. Ex: Interceptação Telefônica.

Provas Não Repetíveis

Provas, que só são produzidas, apenas uma única vez, não sendo possível nova produção. Não dependem de autorização judicial e o contraditório é postergado. Ex: Exame de corpo delito.

Provas Antecipadas

Provas que possuem o contraditório real, sendo realizadas em situação processual diversa (pré-processual) daquela legalmente prevista. Depende de autorização judicial. Ex: testemunha em estado terminal.

Fonte: https://taisailana.jusbrasil.com.br/artigos/325557392/qual-a-diferenca-entre-provas-cautelares-nao-repetiveis-e-antecipadas

Gabarito: Letra A.

(MPE-BA/MPE-BA/2018) 75) É lícita a prova consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo, nem de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova em juízo ou inquérito a favor de quem a gravou.

Comentário:

STF/Súmula 279

A gravação de conversa entre dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento do outro, com a finalidade de documentá-la, futuramente, em caso de negativa, nada tem de ilícita, principalmente quando constitui exercício de defesa.

Gabarito: Correto.

(MPE-BA/MPE-BA/2018) 76) Fala-se em teoria do encontro fortuito de provas quando a prova de uma determinada infração penal é obtida através da busca regularmente autorizada para a investigação de outro crime.

Comentário:

STF/HC 129.678/SP

O “crime achado” (serendipidade), ou seja, a infração penal desconhecida e, portanto, até aquele momento não investigada, sempre deve ser cuidadosamente analisada para que não se relativize em excesso o inciso XII do art. 5º da Constituição Federal. A prova obtida mediante interceptação telefônica, quando referente a infração penal diversa da investigada, deve ser considerada lícita se presentes os requisitos constitucionais e legais.

Gabarito: Correto.

(FCC/DPE-RS/2018) 77) Sobre a teoria geral da prova, considere as assertivas abaixo: A confissão do acusado supre a falta do exame de corpo de delito, ainda que da infração penal tenham resultado vestígios.

Comentário: CPP/41. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto (o perito realiza o exame de corpo delito diretamente sobre o vestígio deixado) ou indireto (o perito realiza

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o exame com base em informações verossímeis fornecidas a ele), não podendo supri-lo a confissão do acusado. Gabarito: Errado.

(FCC/DPE-RS/2018) 78) Sobre a teoria geral da prova, considere as assertivas abaixo: No crime de receptação, efetivada a prisão do agente com a posse do objeto de origem criminosa, opera-se a chamada inversão do ônus da prova no processo penal.

Comentário:

STJ/HC 483.023 SC

A conclusão das instâncias ordinárias está em sintonia com a jurisprudência consolidada desta Corte, segundo a qual, no crime de receptação, se o bem houver sido apreendido em poder do paciente, caberia à defesa apresentar prova acerca da origem lícita do bem ou de sua conduta culposa, nos termos do disposto no art. 156 do Código de Processo Penal, sem que se possa falar em inversão do ônus da prova.

Gabarito: Errado.

(FAPEMS/PC-MS/2017) 79) No Tribunal do Júri, vigora o sistema do livre convencimento motivado do julgador, por isso os jurados podem julgar com base em qualquer elemento de informação exposto ou lido em plenário, sem fundamentar a sua decisão.

Comentário: O Brasil adota, em regra, o Sistema do Livre Convencimento Motivado em que o Juiz, fundamentadamente, atribui o valor que entender mais conveniente para cada prova, não estando vinculado a conferir determinado peso a certo tipo de prova. No entanto, o CPP/41. Adota como exceção o Sistema da Íntima Convicção nos casos de Tribunal do Júri. Tal sistema estabelece que não existe necessidade de fundamentação por parte do julgador, sendo decidido da maneira que a sua sensação de justiça indicar. Gabarito: Errado.

(CESPE/DPU/2017) 80) Embora o ordenamento jurídico brasileiro tenha adotado o sistema da persuasão racional para a apreciação de provas judiciais, o CPP remete ao sistema da prova tarifada, como, por exemplo, quando da necessidade de se provar o estado das pessoas por meio de documentos indicados pela lei civil.

Comentário: O Brasil não adotou como regra o Sistema da prova tarifada que estabelece, diretamente pela lei, determinados pesos que cada prova possui. O Juiz faz a comparação dos pesos das provas a favor e das provas em sentido contrário. Tal sistema o Brasil adota em casos excepcionais. (Art. 62, Art. 92, Art. 155. P.único, Art. 158, Art. 232. P.único, CPP) CPP/41. Art. 155. Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. O Brasil adota, em regra, o Sistema do Livre Convencimento Motivado em que Juiz, fundamentadamente, atribui o valor que entender mais conveniente para cada prova, não estando vinculado a conferir determinado peso a certo tipo de prova.

Sistemas

Sistema do Livre Convencimento Motivado ou Persuasão Racional

Juiz, fundamentadamente, atribui o valor que entender mais conveniente para cada prova, não estando vinculado a conferir determinado peso a certo tipo de prova. Regra.

Sistema da prova tarifada

Estabelece, diretamente pela lei, determinados pesos que cada prova possui. O Juiz faz a comparação dos pesos das provas a favor e das provas em sentido contrário. Brasil adota em casos excepcionais. (Art. 62, Art. 92, Art. 155. P.único, Art. 158, Art. 232. P.único, CPP)

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Direito Processual Penal

Sistema da Íntima Convicção

Estabelece que não existe necessidade de fundamentação por parte do julgador, sendo decidido da maneira que a sua sensação de justiça indicar. Brasil adota em casos excepcionais (Tribunal do Júri).

Gabarito: Correto.

(FMP/MPE-RO/2017) 81) O instituto da serendipidade diz respeito àquela fonte que, por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

Comentário: CPP/41. Art. 157. § 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

STF/HC 129.678/SP

O “crime achado” (serendipidade), ou seja, a infração penal desconhecida e, portanto, até aquele momento não investigada, sempre deve ser cuidadosamente analisada para que não se relativize em excesso o inciso XII do art. 5º da Constituição Federal. A prova obtida mediante interceptação telefônica, quando referente a infração penal diversa da investigada, deve ser considerada lícita se presentes os requisitos constitucionais e legais.

Gabarito: Errado.

(FMP/MPE-RO/2017) 82) De acordo com a Lei n° 9.296/96, cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação telefônica ao juiz, acompanhado de auto circunstanciado contendo o resumo das operações realizadas, e somente realizará a transcrição da comunicação interceptada se houver determinação judicial.

Comentário: Lei 9296/96. Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização. § 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada a sua transcrição. § 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao juiz, acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas. § 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providência do art. 8° , ciente o Ministério Público. Gabarito: Correto.

(TRF - 4ª REGIÃO/TRF - 4ª REGIÃO/2016) 83) A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados.

Comentário:

STF/RE 603.616

A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados.

Gabarito: Correto.

(MPE-SP/MPE-SP/2017) 84) Os meios de prova não precisam estar especificados em lei, e as provas inonimadas, desde que não ilícitas ou ilegítimas, devem ser objeto de apreciação pelo juiz ao fundamentar sua decisão.

Comentário:

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Direito Processual Penal

Os meios de provas nominadas são aqueles que estão previstos expressamente em lei, já os meios inominados são os que não estão previstos expressamente na norma, no entanto, ambos os meios são cabíveis, desde que não sejam ilícitos ou ilegítimos. Gabarito: Correto.

(MPE-SC/MPE-SC/2016) 85) De acordo com o Código de Processo Penal, o interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas; caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo.

Comentário: CPP/41. Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. Gabarito: Correto.

(CESPE/DPE-RN/2015) 86) Conforme o princípio constitucional da razoável duração do processo, não cabem dilações indevidas no processo, sendo que a demora na tramitação do feito deve ser proporcional à complexidade do delito nele veiculado, bem como às diligências e aos meios de prova indispensáveis a seu deslinde.

Comentário:

STF/HC 116.029 MG

A razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e descontextualizada das peculiaridades do caso concreto. Na espécie, não configurado o alegado excesso de prazo, até porque a melhor compreensão do princípio constitucional aponta para processo sem dilações indevidas, em que a demora na tramitação do feito há de guardar proporcionalidade com a complexidade do delito nele veiculado e as diligências e os meios de prova indispensáveis a seu deslinde.

Gabarito: Correto.

(FUNDATEC/DPE-SC/2018) 87) No caso de cumprimento de mandado de busca e apreensão, devidamente autorizado judicialmente, é possível, de acordo com o Código de Processo Penal, proceder-se à apreensão de documento em poder do defensor do acusado, mesmo quando não constitua elemento do corpo de delito.

Comentário: CPP/41. Art. 243. O mandado de busca deverá: I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem; II - mencionar o motivo e os fins da diligência; III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir. § 1º Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca. § 2º Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito. Gabarito: Errado.

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Direito Processual Penal

Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos

Assistentes e Auxiliares da Justiça

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Direito Processual Penal

(CESPE/TJ-DFT/2019) 88) O impedimento ou a suspeição do juiz em decorrência de parentesco por afinidade cessarão com o fim do casamento que lhes tiver dado causa, seja por divórcio, separação judicial, anulação ou morte, salvo se tiverem sido deixados descendentes.

Comentário: CPP/41, Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.

Impedimento e Suspeição no CPP

- Ocorre quando o juiz deixa de ser imparcial nas suas decisões.

Impedimento do Juiz

- O Juiz passa a ter incapacidade absoluta no processo (incapacidade objetiva), devendo declarar seu impedimento, caso não faça, qualquer das parte poderá arguir seu impedimento;

- CPP/41, Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.

- CPP/41, Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (ROL TAXATIVO) I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.

- CPP/41, Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.

Suspeição do Juiz

- Nesse caso o juiz pode ou não se declarar suspeito, possuindo assim uma incapacidade subjetiva.

- A parte, caso entenda que o juiz está prejudicando o processo devido à falta de imparcialidade, poderá arguir suspeição.

- CPP/41, Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

- CPP/41, Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

OBS: Em regra, a suspeição ou o impedimento acabam com a dissolução do casamento, salvo: * Se o casamento resultou em filhos; * Caso não tenha havido filhos, tais institutos permanecem em relação aos sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado.

- Se o juiz suspeito ou impedido continuar atuando no processo ocorrerá vício processual.

- Caso o juiz seja: * Impedido: De acordo com a doutrina será um ato inexistente, porém o STJ já considerou ser uma nulidade absoluta. * Suspeito: Parte da doutrina entende que é uma nulidade absoluta, porém o STJ entende que é uma nulidade relativa.

- CPP/41, Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.

Gabarito: Errado.

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(CESPE/TJ-PR/2019) 89) A nomeação judicial de núcleo de prática jurídica para patrocinar a defesa de réu dispensa procuração outorgada por ele.

Comentário:

STJ/EAREsp 798.496/DF

1. O Núcleo de Prática Jurídica, por não se tratar de entidade de direito público, não se exime da apresentação de instrumento de mandato quando constituído pelo réu hipossuficiente a quem cabe a livre escolha do seu defensor, em consonância com o princípio da confiança. 2. A nomeação judicial do Núcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa do réu, todavia, dispensa a juntada de procuração, por não haver atuação provocada pelo assistido, mas sim exercício do munus público por determinação judicial, sendo, portanto, afastada a incidência da Súmula 115/STJ. Precedentes do STJ. 3. Embargos de divergência acolhidos.

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-PR/2019) 90) As hipóteses de suspeição do juiz estão elencadas taxativamente no Código de Processo Penal, não se admitindo interpretação extensiva dessa lista.

Comentário:

Suspeição Impedimento

Circunstância Subjetiva Circunstância Objetiva

Fato Externo capaz de influenciar a imparcialidade do Juiz

Fato Interno capaz de influenciar a imparcialidade do Juiz

Rol Exemplificativo Rol Taxativo

CPP/41, Art. 254. CPP/41, Art. 252.

CPP/41, Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (ROL TAXATIVO) I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. CPP/41, Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-CE/2018) 91) As pessoas jurídicas, por não praticarem ações físicas intencionais, não podem figurar no polo passivo da relação processual penal.

Comentário:

STJ/RMS 39.173/BA

1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação." (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, acórdão eletrônico DJe-213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome.

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Direito Processual Penal

Precedentes desta Corte. 3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 4. Recurso ordinário a que se nega provimento.

Do Acusado

- É a parte que faz parte do polo passivo do processo criminal.

- Podem ser sujeitos passivos: * As pessoas físicas; * As pessoas jurídicas, nos crimes ambientais; * Doente mental ou quem tem desenvolvimento mental incompleto; Será aplicada medida de segurança. * As pessoas nos casos de embriaguez total decorrente de caso fortuito ou força maior; Será aplicada medida de segurança, mas não no caso de embriaguez comum.

- Existem pessoas que não podem fazer parte do polo passivo do processo criminal, são eles: * Entes que não são considerados sujeitos de direito; Ex: Morto. * Menores de 18 anos; * Quem possui imunidade diplomática; * Quem possui imunidade parlamentar (Existe exceção); Ex: Senadores e Deputados.

- Mesmo não sendo identificado o acusado por seu nome civil, o processo continuará.

- CPP/41, Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.

Gabarito: Errado.

(FCC/DPE-RS/2018) 92) Configurado o abandono de causa pelo único defensor constituído que assistia ao réu, deve o juiz nomear-lhe para assistência o Defensor Público, independentemente de intimação pessoal do acusado.

Comentário:

STJ/AREsp 1.213.085/SP

A escolha de defensor, de fato, é um direito inafastável do réu, principalmente se levar em consideração que a constituição de um defensor estabelece uma relação de confiança entre o investigado/réu e seu patrono, violando o princípio da ampla defesa a nomeação de defensor dativo sem que seja dada a oportunidade ao réu de nomear outro advogado, caso aquele já constituído nos autos permaneça inerte na prática de algum ato processual.

APR 341090 SC

Nula é a determinação que, sem dar a oportunidade de o réu constituir outro causídico, nomeia-lhe um para prosseguir em sua defesa, posto que colide frontalmente com a liberdade processual de escolha do defensor, decorrência dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Gabarito: Errado.

(FCC/POLITEC - AP/2017) 93) No Processo Penal Brasileiro, o intérprete é equiparado A) ao perito. B) somente ao perito oficial. C) ao assistente e ao perito nomeado. D) à testemunha e ao especialista. E) ao colaborador e ao tradutor.

Comentário:

Auxiliares da Justiça

CPP/41. Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.

CPP/41. Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.

CPP/41. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade (Juiz) será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.

Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;

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Direito Processual Penal

b) não comparecer no dia e local designados para o exame; c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.

CPP/41. Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

CPP/41. Art. 279. Não poderão ser peritos: II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. (O Código Civil considera 18 anos)

CPP/41. Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.

CPP/41. Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.

Gabarito: Letra A.

(CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/2017) 94) Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá acerca do oferecimento ou não de denúncia.

Comentário:

STJ/Súmula 234

A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PGE-BA/2014) 95) O assistente de acusação, de acordo com a jurisprudência do STJ, não tem direito a manejar recurso de apelação que objetive o aumento da pena do sentenciado.

Comentário:

STJ/HC 137.339/RS

A legitimidade do assistente de acusação para apelar, quando inexistente recurso do Ministério Público, é ampla, podendo impugnar tanto a sentença absolutória quanto a condenatória, visando ao aumento da pena imposta, já que a sua atuação justifica-se pelo desejo legítimo de buscar justiça, e não apenas eventual reparação cível. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF.

Gabarito: Errado.

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Direito Processual Penal

Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade

Provisória

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(VUNESP/Câmara de Campo Limpo Paulista - SP/2018) 96) Nos expressos e literais termos do artigo 295 do CPP, têm direito à prisão especial – que nada mais é do que o recolhimento em local distinto da prisão comum – entre outros, A) o Vereador, o Magistrado e o Ministro de Confissão Religiosa. B) o Ministro de Estado, o Governador e o Agente Municipal de Trânsito. C) o Prefeito Municipal, o Praça das Forças Armadas e o Ministro do Tribunal de Contas. D) o Agente Fiscal de Posturas Públicas, o membro da Assembleia Legislativa dos Estados e os Delegados de Polícia. E) o Oficial das Forças Armadas, o diplomado por qualquer das faculdades superiores da República e o Agente Fiscal de Rendas.

Comentário: CPP/41. Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: I - os ministros de Estado; II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; VI - os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; VIII - os ministros de confissão religiosa; IX - os ministros do Tribunal de Contas; X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. Gabarito: Letra A.

(VUNESP/TJ-RS/2018) 97) Sobre prisão e medidas cautelares, é correto afirmar: A) por se tratar de medida urgente, a prisão deverá ser efetuada em qualquer lugar e dia e a qualquer hora. B) a falta de exibição do mandado não obsta a prisão se a infração for inafiançável. C) deverão ser aplicadas, observando-se a necessidade, adequação, regulamentação, usos e costumes e os princípios gerais de direito. D) o juiz não pode dispensar a manifestação da parte contrária antes de decidir sobre o pedido de medida cautelar. E) dispensa-se a assinatura no mandado de prisão quando a autoridade judiciária responsável pela sua expedição se fizer presente em seu cumprimento.

Comentário: Letra A: Errada. CF/88. Art. 5º, XI. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Letra B: Correta.

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Direito Processual Penal

Decretação de Medidas Cautelares

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.

CPP/41. Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.

Letra C: Errada. CPP/41. Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. Letra D: Errada.

Decretação de Medidas Cautelares

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional.

A Lei 13.964/2019 trouxe o prazo de 05 (cinco) dias para a parte contrária se manifestar após a intimação.

A Lei 13.964/2019 acrescentou o § 3º do Art. 282, estabelecendo que os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional.

Letra E: Errada. CPP/41. Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. Parágrafo único. O mandado de prisão: a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. Gabarito: Letra B.

(FCC/PC-AP/2017) 98) Sobre o mandado de prisão, é correto afirmar que A) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração. B) dispensa a menção à infração penal em casos de crime hediondo. C) deve ser dirigido à pessoa que será presa.

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Direito Processual Penal

D) prescinde da designação da pessoa que tiver que ser presa, podendo ser complementada após a efetivação da prisão. E) deve ser lavrado pelo Delegado de Polícia.

Comentário: CPP/41. Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. Parágrafo único. O mandado de prisão: a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. Gabarito: Letra A.

(CESPE/Câmara dos Deputados/2012) 99) À luz do CPP e da jurisprudência do STJ, julgue o seguinte item, relativo à prisão, aos recursos, aos atos e aos princípios processuais penais. Quando estiver sujeito a prisão antes de condenação definitiva, o policial militar licenciado a bem da disciplina não perderá o direito de recolhimento a quartel ou prisão especial.

Comentário:

STJ/HC 257679 RJ

1. Os Tribunais Superiores restringiram o uso do habeas corpus e não mais o admitem como substitutivo de recursos, nem sequer para as revisões criminais. 2. A exclusão do paciente dos quadros da Polícia Militar, por licenciamento a bem da disciplina, implica a perda do direito de recolhimento a quartel ou prisão especial, previsto no art. 295 , do CPP . 3. Muito embora o direito à prisão especial esteja fora do alcance do paciente, não se deve descuidar da necessidade de mantê-lo segregado dos demais presos provisórios, por medida de segurança, o que foi devidamente observado pelo Tribunal de origem quando autorizou sua transferência para estabelecimento prisional comum. Constrangimento ilegal não verificado. 4. Habeas corpus não conhecido, mantendo a observação feita pelo Tribunal de origem quanto à necessidade de segregação do paciente dos demais presos provisórios, dada sua condição de ex-policial militar.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-DF/2013) 100) O excesso de prazo da prisão em razão da demora na fixação do foro competente configura constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Comentário:

STF/HC 94247 BA

O excesso de prazo da prisão em razão da demora na fixação do foro competente configura constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Gabarito: Correto.

(CESPE/DPE-DF/2006) 101) O argumento da prevenção da fuga do preso só pode ser invocado para justificar o uso de algemas quando houver fundada suspeita ou justificado receio de que isso possa vir a ocorrer.

Comentário:

STF/Súmula Vinculante 11

Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

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Direito Processual Penal

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-SC/2019) 102) As medidas cautelares podem ser decretadas no curso da investigação criminal, de ofício, pelo magistrado, ou por representação da autoridade policial ou do Ministério Público.

Comentário:

Decretação de Medidas Cautelares

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 282. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.

CPP/41. Art. 282. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.

As medidas cautelares não poderão ser mais decretadas de ofício pelo juiz.

CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional.

A Lei 13.964/2019 trouxe o prazo de 05 (cinco) dias para a parte contrária se manifestar após a intimação.

A Lei 13.964/2019 acrescentou o § 3º do Art. 282, estabelecendo que os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional.

CPP/41. Art. 282. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).

CPP/41. Art. 282. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.

Sendo descumprida qualquer das medidas impostas, o juiz não poderá mais, de ofício, substituir a medida cautelar, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva.

CPP/41. Art. 282. § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

CPP/41. Art. 282. § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

A Lei 13.964/2019 acrescentou o termo “de ofício ou a pedido das partes” quando se tratar de revogação ou substituição da medida cautelar.

CPP/41. Art. 282. § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).

CPP/41. Art. 282. § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.” (NR)

Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-SC/2019) 103) O descumprimento de qualquer das obrigações impostas a título de medida cautelar é causa suficiente para a decretação imediata de prisão preventiva.

Comentário:

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Direito Processual Penal

Decretação de Medidas Cautelares

Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019

CPP/41. Art. 282. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).

CPP/41. Art. 282. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.

Sendo descumprida qualquer das medidas impostas, o juiz não poderá mais, de ofício, substituir a medida cautelar, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva.

Gabarito: Errado.

(NUCEPE/PC-PI/2018) 104) Quanto à prisão em flagrante é correto, de acordo com o Código de Processo Penal, afirmar que qualquer do povo poderá prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Comentário:

Prisão em Flagrante

É uma Modalidade de prisão cautelar;

- É a prática de um fato com aparência de fato típico;

- Possui Natureza Administrativa;

- Não precisa de autorização Judicial;

- Pode ser realizada apenas nas hipóteses previstas em Lei;

- CPP/41, Art. 301. Qualquer do povo poderá (Sujeito Ativo Facultativo) e as autoridades policiais e seus agentes deverão (Sujeito Ativo Obrigatório) prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; (Flagrante Próprio); II - acaba de cometê-la; (Flagrante Próprio); III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (Flagrante Impróprio); IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (Flagrante Presumido);

Gabarito: Correto.

(CESPE/PC-ES/2011) 105) A prisão em flagrante delito não é ato privativo das forças policiais.

Comentário: CPP/41, Art. 301. Qualquer do povo poderá (Sujeito Ativo Facultativo) e as autoridades policiais e seus agentes deverão (Sujeito Ativo Obrigatório) prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 106) O magistrado não poderá determinar de ofício a prorrogação do prazo da prisão temporária, ainda que comprovada pela autoridade judiciária a necessidade da referida medida.

Comentário:

Prisão Temporária

- Não está prevista no CPP/41;

- Tem prazo certo (05 dias + 05 dias), porém, no caso de crimes hediondos ou equiparados o prazo será de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias;

- Determinada apenas durante a investigação policial, mas nunca durante o processo criminal;

- O Juiz não decreta e nem prorroga, de ofício, mas sim mediante representação da autoridade policial ou MP, mesmo que comprovada por tal autoridade a necessidade da prorrogação ou decretação.

- O rol para decretar prisão temporária é taxativo;

- O prazo do Inquérito Policial é somado com o da prisão temporária; (Corrente predominante)

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Direito Processual Penal

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 107) A eventual ilegalidade de decreto que tenha determinado a prisão temporária torna nulas as provas derivadas da segregação.

Comentário:

STJ/HC 96.245 /RJ

Ainda que assim não fosse, é de se ter presente que a eventual ilegalidade no decreto de segregação temporária não teria o condão de anular os demais atos que dele decorreram, mas apenas o de restabelecer a liberdade do paciente, porquanto a prisão só atinge a liberdade ambulatorial, não refletindo nas provas porventura derivadas da segregação.

Gabarito: Errado.

(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019) 108) A prisão em flagrante é uma modalidade de execução provisória da pena.

Comentário:

Prisões Cautelares

- Existem três modalidades de prisão provisória: * Prisão em Flagrante; CPP * Prisão Preventiva; CPP * Prisão Temporária. Lei 7.960/89

Gabarito: Errado.

(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019) 109) A prisão em flagrante só pode ocorrer mediante a expedição de mandado judicial prévio que possibilite a identificação e localização do acusado.

Comentário:

Prisão em Flagrante

É uma Modalidade de prisão cautelar;

- É a prática de um fato com aparência de fato típico;

- Possui Natureza Administrativa;

- Não precisa de autorização Judicial;

- Pode ser realizada apenas nas hipóteses previstas em Lei;

- CPP/41, Art. 301. Qualquer do povo poderá (Sujeito Ativo Facultativo) e as autoridades policiais e seus agentes deverão (Sujeito Ativo Obrigatório) prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Gabarito: Errado.

(INSTITUTO AOCP/PC-ES/2019) 110) Assinale a alternativa correta em relação à prisão temporária. A) A prisão temporária terá prazo de 5 dias improrrogáveis. B) Decretada a prisão temporária e findo o seu prazo, será ela convertida em preventiva necessariamente. C) Caberá prisão temporária nas hipóteses de homicídio culposo e doloso. D) A prisão temporária caberá quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. E) Sempre que possível, os presos temporários ficarão separados dos demais detentos.

Comentário: Letra A: Errada. Lei 7.960/89. Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Letra B: Errada. Não é cabível a conversão da prisão temporária, mas sim sua revogação.

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Direito Processual Penal

Letra C: Errada. Lei Nº 7.960/89, Art. 1° Caberá prisão temporária: III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); Letra D: Correta. Lei Nº 7.960/89, Art. 1° Caberá prisão temporária: II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; Letra E: Errada. Lei 7.960/89. Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. Gabarito: Letra D.

(NC-UFPR/TJ-PR/2019) 111) Sobre a prisão em flagrante, responda: Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

Comentário:

Flagrante Provocado ou Preparado

- O agente infrator é influenciado a cometer o crime pela autoridade policial.

- É considerado crime impossível, ou seja, não é considerado crime;

STF/Súmula 145

Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

- A Doutrina aceita o flagrante preparado quando o agente infrator for pegue por estar cometendo crime diverso.

Gabarito: Correto.

(COPS-UEL/PC-PR/2018) 112) O flagrante delito caracterizado pela situação em que o agente acabou de cometer a infração penal é chamado pela doutrina de flagrante impróprio ou quase flagrante, uma vez que o agente já não está mais praticando o fato delituoso.

Comentário:

Flagrante Próprio

- É a pessoa que está cometendo o fato criminoso ou acaba de cometer;

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la;

Flagrante Impróprio

- É a perseguição do indivíduo em situação que faça presumir ser autor da infração;

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

Flagrante Presumido ou Ficto ou Assimilado

- Mesmas características do Flagrante impróprio, porém sem perseguição.

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-GO/2016)

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Direito Processual Penal

113) A situação em que um indivíduo é preso em flagrante delito por ser surpreendido logo após cometer um homicídio caracteriza um A) flagrante presumido. B) flagrante impróprio. C) flagrante assimilado. D) flagrante próprio. E) quase-flagrante.

Comentário:

Flagrante Próprio

- É a pessoa que está cometendo o fato criminoso ou acaba de cometer;

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la;

Flagrante Impróprio

- É a perseguição do indivíduo em situação que faça presumir ser autor da infração;

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

Flagrante Presumido ou Ficto ou Assimilado

- Mesmas características do Flagrante impróprio, porém sem perseguição.

- CPP/41, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Gabarito: Letra D.

(CESPE/PF/2018) 114) Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime em determinado local. Por determinação da autoridade policial, agentes se dirigiram ao local e aguardaram o desenrolar da ação criminosa, a qual ensejou a prisão em flagrante dos autores do crime quando praticavam um roubo, que não chegou a ser consumado. Foi apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo organizado para a prática de crimes contra o patrimônio. Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou hipótese legal de ação controlada.

Comentário: Na situação hipotética, a polícia teve como objetivo prender o indivíduo antes da consumação do crime, tratando-se não de um Flagrante Diferido ou Retardado (Ação Controlada), mas sim de um Flagrante Esperado.

Modalidades Especiais de Flagrante

* Flagrante Esperado; * Flagrante Diferido ou Retardado; * Flagrante Provocado ou Preparado; * Flagrante Forjado;

Flagrante Esperado

- Ocorre quando o agente vai cometer o delito e a autoridade policial já sabe que irá ocorrer, prendendo em flagrante.

Flagrante Diferido ou Retardado ou Ação Controlada

- Ocorre quando a polícia demora um pouco mais para executar a prisão em flagrante com a finalidade de obter mais informações em relação ao crime.

- Lei 12.850/13, Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público

Flagrante Provocado ou Preparado

- O agente infrator é influenciado a cometer o crime pela autoridade policial.

- É considerado crime impossível, ou seja, não é considerado crime;

STF/Súmula 145

Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

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Direito Processual Penal

- A Doutrina aceita o flagrante preparado quando o agente infrator for pegue por estar cometendo crime diverso.

Flagrante Forjado

- É quando uma pessoa incrimina falsamente outra, não ocorrendo o fato típico, e sim uma simulação;

- É ilegal;

Gabarito: Errado.

(UEG/PC-GO/2018) 115) Impor-se-á prisão em flagrante: A) a Deputado Federal flagrado na prática de crime de estelionato. B) à pessoa que for flagrada transportando, para consumo pessoal, drogas, em desacordo com determinação legal. C) à pessoa que, flagrada na prática de crime de menor potencial ofensivo, tiver termo circunstanciado de ocorrência lavrado e assumir compromisso de comparecer ao juizado especial criminal. D) à pessoa flagrada na prática de crime de furto simples de coisa avaliada em R$ 50,00 (cinquenta reais). E) ao condutor de veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor, que prestar à vítima pronto e integral socorro.

Comentário: Letra A: Errada.

Sujeitos da Prisão em Flagrante

- É dividido em sujeito ativo e passivo.

- O sujeito Ativo pode ser: * Facultativo: Qualquer pessoa pode efetuar a prisão flagrante delito; * Obrigatório: Autoridade Policial e seus agentes devem efetuar a prisão flagrante delito;

Sujeito Passivo – Situações Especiais

- Em regra, o sujeito passivo de uma prisão em flagrante pode ser qualquer pessoa, existindo exceções como: * Menores de 18 anos, sendo que os menores de 12 levados ao Conselho Tutelar e os maiores de 12 e menores de 18 anos apreendidos, mas não presos; * Presidente da República, não pode ser preso em flagrante, sendo preso apenas após a sentença condenatória; * Juízes e membros do MP podem ser presos em flagrante apenas nos crimes inafiançáveis. * Parlamentares (Federais, Estaduais e Distritais) só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável; * Diplomatas Estrangeiros e chefes de Estados Estrangeiros não podem ser presos em flagrante; * Infrator que se apresenta espontaneamente não caracteriza a sua prisão em flagrante; * Autor de infração de menor potencial ofensivo, salvo quando se recusar a cumprir compromisso com a justiça. * Pessoa flagrada utilizando entorpecente para uso próprio.

Letra B: Errada. Lei 11.343/06, Art. 48, § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. Letra C: Errada. Lei 9.099/95. Art. 69. Parágrafo Único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. Letra D: Correta. Letra E: Errada. CTB. Art. 301: Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela. Gabarito: Letra D.

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(PGR/PGR/2017) 116) Sobre a audiência de custódia, é correto afirmar: A autoridade judicial entrevistará a pessoa presa em flagrante devendo, dentre outras coisas, abster-se de formular perguntas com a finalidade de produzir prova para a investigação ou ação penal relativas aos fatos objeto do auto de prisão em flagrante.

Comentário: CNJ. Resolução 213/15. Art. 8º. Na audiência de custódia, a autoridade judicial entrevistará a pessoa presa em flagrante, devendo: VIII – abster-se de formular perguntas com finalidade de produzir prova para a investigação ou ação penal relativas aos fatos objeto do auto de prisão em flagrante;

Audiência de Custódia

- Audiência que ocorre logo após a prisão em flagrante entre o Juiz e o preso, tendo como participantes o defensor do preso e o MP.

- Não estava expressamente prevista no CPP/41, encontrando-se no Pacto de San José da Costa Rica, no entanto, a Lei 13.964/19 inseriu no Art. 310. CPP/41.

CPP/41. Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente...

Gabarito: Correto.

(MPE-MS/MPE-MS/2018) 117) A imposição de qualquer das medidas alternativas à prisão, ainda que mais benéficas, representa um constrangimento à liberdade do individual, exigindo fundamentação concreta e individualizada, com fundamento na Constituição Federal e na lei processual penal.

Comentário:

STJ/HC 231817–SP

Para a imposição das medidas alternativas à prisão, faz-se necessária a fundamentação concreta e individualizada, pois tais medidas, por mais que benéficas, são consideradas um constrangimento à liberdade individual.

Gabarito: Correto.

(FCC/TJ-AL/2015) 118) Nos termos do Código de Processo Penal, há previsão da proibição de ausentar-se do país, apenas nos casos de competência da Justiça Federal.

Comentário: Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: IV - Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; CPP/41. Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Gabarito: Errada.

(FCC/DPE-MA/2018) 119) A fiança A) pode ser arbitrada, pelo juiz, nos crimes de roubo com utilização de faca. B) pode ser arbitrada, pelo juiz, nos crimes de posse de arma de fogo de uso restrito. C) tem como limite temporal de cabimento a prolação da sentença de primeira instância. D) quando do seu quebramento injustificado, importará na perda de todo o seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. E) poderá ser concedida pela autoridade policial, mas limitada aos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a dois anos.

Comentário:

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Letra A: Correta. Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.

Fiança

Concessão pela Autoridade Policial Concessão pelo Juiz

Pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.

Pena superior a 4 anos. Decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.

Letra B: Errada. Lei 8.072. Art. 1º. Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados. Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; II - fiança. Letra C: Errada. CPP/41. Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória. Letra D: Errada. CPP/41. Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. Letra E: Errada. Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Gabarito: Letra A.

(CESPE/TJ-PB/2015) 120) A respeito da disciplina do CPP sobre a fiança, assinale a opção correta. A) É admitida a concessão de fiança em caso de prisão civil ou militar. B) A fiança poderá consistir em pedras, objetos ou metais preciosos. C) O réu afiançado poderá ausentar-se de sua residência sem comunicar a autoridade processante, desde que o faça por período não superior a trinta dias. D) Não há previsão de reforço da fiança no CPP. E) Compete de forma exclusiva à autoridade judicial fixar fiança e decidir pela liberdade provisória.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41. Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: II - em caso de prisão civil ou militar; Letra B: Correta.

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CPP/41. Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. § 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade. § 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus. Letra C: Errada. CPP/41. Art. 330. Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado. Letra D: Errada. CPP/41. Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; III - quando for inovada a classificação do delito. Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada. Letra E: Errada. CPP/41. Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. Gabarito: Letra B.

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Procedimentos: Ordinário, Sumário, Júri, Especial; JECRIM.

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(CESPE/Câmara dos Deputados/2014) 121) O atraso na conclusão da ação penal pode ser justificado pelas peculiaridades do caso concreto, à luz do princípio da razoabilidade, bem como por diversas causas justificantes da dilação da instrução penal reconhecidas pela jurisprudência, tais como a complexidade dos crimes envolvidos, das diligências necessárias à instrução, além da quantidade de réus ou de defensores distintos.

Comentário:

STJ/RHC 39.057 PI

A alegação de ilegalidade na manutenção da prisão cautelar, por excesso de prazo, deve ser analisada atentando-se às peculiaridades do caso concreto, à luz do princípio da razoabilidade, bem como de diversas causas justificantes da dilação da instrução penal, reconhecidas pela jurisprudência, tais como a complexidade dos crimes envolvidos, ou das diligências necessárias à instrução, além da quantidade de réus ou de defensores distintos, ou, ainda, de incidentes processuais.

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 122) As hipóteses de absolvição sumária previstas para o procedimento ordinário e sumário são aplicáveis a todos os processos penais desenvolvidos em primeiro grau de jurisdição, ainda que estes não sejam regulados pelo Código de Processo Penal.

Comentário: CPP/41. Art. 394. § 4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 123) No procedimento comum ordinário, o juiz, logo após o recebimento da denúncia, determinará a citação do réu para comparecer à audiência de instrução do feito.

Comentário: CPP/41. Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 124) O procedimento comum sumário é cabível quando a ação penal tiver por objeto crime cuja pena máxima privativa de liberdade seja igual ou inferior a quatro anos.

Comentário: CPP/41. Art. 394. O procedimento será comum ou especial. § 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; Gabarito: Errado.

(VUNESP/MPE-SP/2018) 125) Sobre absolvição sumária no procedimento comum, segundo o Código de Processo Penal, esta é possível: A) Se a denúncia for inepta ou houver existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato. B) Se o fato narrado evidentemente não constitui crime ou estiver extinta a punibilidade do agente. C) Se existir manifesta causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade penal decorrente de ser o agente menor de dezoito anos, quando deverá o feito ser remetido ao juizado competente. D) Se faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal. E) Se existir duvida sobre a materialidade do fato ou autoria do réu (“in dubio pro reo”).

Comentário: Letra A: Correta.

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CPP/41. Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. CPP/41. Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. Letra B: Errada.

STJ/REsp 1.318.180-DF

O juiz poderá voltar atrás e reconsiderar a decisão que recebeu a peça acusatória, proferindo nova decisão, agora rejeitando a denúncia. Segundo decidiu o STJ, o fato de a denúncia já ter sido recebida não impede o juízo de primeiro grau de, logo após o oferecimento da resposta do acusado (arts. 396 e 396-A), reconsiderar a anterior decisão e rejeitar a peça acusatória, ao constatar a presença de uma das hipóteses elencadas nos incisos do art. 395 do CPP, suscitada pela defesa.

Letra C: Errada. CPP/41. Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; Letra D: Errada. CPP/41. Art. 394. O procedimento será comum ou especial. § 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; Letra E: Errada. CPP/41. Art. 403. § 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. Gabarito: Letra A.

(VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - SP/2018) 126) A denúncia ou queixa, nos termos do art. 395 do Código de Processo Penal, será rejeitada quando A) o acusado for comprovadamente inimputável. B) faltar justa causa para o exercício da ação penal. C) o fato narrado evidentemente não constituir crime. D) o fato tiver sido praticado em legítima defesa, excluindo sua ilicitude. E) existir manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente.

Comentário: CPP/41. Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta; II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. CPP/41. Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

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II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente. Gabarito: Letra B.

(VUNESP/TJ-SP/2015) 127) Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, de acordo com o art. 538 do CPP, o rito adotado será A) o ordinário B) o sumário. C) livremente estabelecido pelo juiz. D) o sumaríssimo. E) o especial.

Comentário: CPP/41. Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. Gabarito: Letra B.

(TJ-GO/TJ-GO/2012) 128) No caso de registro da audiência por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.

Comentário: CPP/41. Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. § 1º. Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. § 2º. No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição. Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-SC/2019) 129) Havendo dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o tribunal poderá determinar o desaforamento do julgado do tribunal do júri para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, devendo, para tanto, ser ouvida a defesa.

Comentário: CPP/41. Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.

STF/Súmula 712

É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do júri sem audiência da defesa.

Gabarito: Correto.

(CESPE/TJ-SC/2019) 130) Em razão do efeito devolutivo amplo e inerente à apelação criminal, o julgamento pelo tribunal não se restringe aos fundamentos invocados no apelo interposto contra decisão do tribunal do júri.

Comentário:

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Direito Processual Penal

STF/Súmula 713

O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.

Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-SC/2019) 131) O princípio da soberania dos veredictos não impede que o tribunal competente, em sede de revisão criminal, desconstitua decisão do tribunal do júri, e, reexaminando a causa, prolate provimento absolutório.

Comentário:

STJ/REsp 1.304.155/MT

Uma vez que o Tribunal de origem admitiu o erro judiciário, não por nulidade no processo, mas em face de contrariedade à prova dos autos e de existência de provas da inocência do réu, não há ofensa à soberania do veredicto do Tribunal do Júri se, em juízo revisional, absolve-se, desde logo, o réu, desconstituindo-se a injusta condenação.

STJ/Tese 09 Edição N. 63

A soberania do veredicto do Tribunal do Júri não impede a desconstituição da decisão por meio de revisão criminal.

Gabarito: Correto.

(FCC/DPE-AM/2018) 132) No procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal do Júri, a intimação da decisão de pronúncia será feita pessoalmente somente ao A) acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público. B) acusado que estiver preso, ao defensor nomeado e ao Ministério Público. C) defensor nomeado ou constituído e ao Ministério Público. D) acusado, ao defensor constituído e ao Ministério Público. E) defensor nomeado e ao Ministério Público.

Comentário: CPP/41. Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste Código. Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. Gabarito: Letra A.

(CESPE/PC-PE/2016) 133) Compete ao tribunal do júri processar e julgar o crime de A) homicídio culposo. B) rixa com resultado morte. C) lesão corporal seguida de morte. D) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. E) latrocínio.

Comentário: Os três primeiros casos estão na modalidade culposa. O Tribunal do Júri possui competência para julgar os crimes dolosos contra a vida. Dentre eles temos: homicídio, infanticídio, participação em suicídio, aborto e os crimes conexos.

STF/Súmula 603

A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do Juiz singular e não do Tribunal do Júri.

Gabarito: Letra D.

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Direito Processual Penal

(FCC/TJ-PI/2010) 134) No julgamento em plenário do júri, A) o tempo inicial destinado à acusação e à defesa será de uma hora para cada. B) durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências à decisão de pronúncia. C) os jurados poderão formular perguntas diretamente ao acusado. D) havendo mais de um acusado, o tempo para acusação e defesa será acrescido de meia hora. E) será permitido o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer em plenário se lhe for imputada a prática de crime equiparado a hediondo.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41. Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. Letra B: Correta. CPP/41. Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo. Letra C: Errada. CPP/41. Art. 473. § 2º Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por intermédio do juiz presidente. Letra D: Errada. CPP/41. Art. 477. § 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo. Letra E: Errada. CPP/41. Art. 474. § 3º Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes. Gabarito: Letra B.

(MPE-SC/MPE-SC/2019) 135) Na proposta de aplicação imediata de pena (art. 76 da Lei n. 9.099/1995) a autor de crime de menor potencial ofensivo praticado com violência doméstica contra mulher, deverão ser incluídas medidas protetivas de urgência (art. 22 da Lei n. 11.340/2006), sempre que a vítima as solicitar.

Comentário:

STJ/Súmula 536

A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

Lei 11.340/06. Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a lei 9099, de 26 de setembro de 1995. Gabarito: Errado.

(CESPE/TJ-PR/2019) 136) Para a concessão da suspensão condicional do processo, é necessário, além do preenchimento dos requisitos objetivos, o atendimento às exigências de ordem subjetiva do acusado.

Comentário:

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Direito Processual Penal

Lei 9.099/95. Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). Gabarito: Correto.

(CESPE/PC-MA/2018) 137) Nos juizados especiais criminais, a composição civil dos danos causados por infrações penais A) terá a eficácia de título executivo judicial a ser executado no juízo civil competente. B) terá a eficácia de título executivo judicial a ser executado no próprio juizado especial criminal. C) conduzirá ao perdão do ofendido, quando se tratar de ação penal privada. D) conduzirá à extinção da punibilidade do autor do fato, no caso de ação penal pública incondicionada. E) conduzirá à decadência, quando se tratar de ação penal pública condicionada a representação.

Comentário: Lei 9.099/95. Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. Gabarito: Letra A.

(FCC/AL-MS/2016) 138) Considere as infrações penais e as penas privativas de liberdade previstas: I. Dano ao patrimônio público − pena de detenção de 3 meses a 3 anos e multa. II. Desacato − pena de detenção de 6 meses a 2 anos de multa. III. Lesão corporal − pena de detenção de 6 meses a 1 ano. IV. Resistência − pena de detenção de 2 meses a 2 anos. A Lei no 9.099/1995 considera infração penal de menor potencial ofensivo o que consta APENAS em A) II, III e IV. B) III. C) I, II e III. D) I e IV. E) I, II e IV.

Comentário: Lei 9.099/95. Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. Gabarito: Letra A.

(CESPE/PC-MA/2018) 139) Assinale a opção correta com relação ao processamento e ao julgamento de crimes de responsabilidade cometidos por funcionário público. No caso de crime inafiançável, a resposta do acusado deve ser apresentada por escrito, no prazo máximo de trinta dias.

Comentário: CPP/41. Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar. Gabarito: Errado.

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Direito Processual Penal

(FCC/DPE-RS/2014) 140) Após o recebimento da denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, e ordenará a citação pessoal do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Comentário: Lei 11.343. Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais. Gabarito: Errada.

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Recursos Criminais

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(UEG/PC-GO/2018) 141) Configura hipótese legal de recurso de ofício (reexame necessário), a absolvição do acusado em processo por crime A) de tortura. B) de genocídio. C) contra a economia popular. D) contra as relações de consumo. E) resultante de preconceito de raça ou de cor.

Comentário: Lei 1.521/51. Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem os acusados em processo por crime contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou quando determinarem o arquivamento dos autos do respectivo inquérito policial.

STF/Súmula 498

Compete à Justiça dos Estados, em ambas as instancias, o processo e julgamento dos crimes contra economia popular.

CPP/41. Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: I - da sentença que conceder habeas corpus; Gabarito: Letra C.

(CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/2017) 142) Na hipótese de divergência entre o acusado e o seu advogado a respeito de interesse recursal manifestado, deve prevalecer o entendimento da defesa técnica, seja no sentido da desistência, seja no sentido da interposição do recurso.

Comentário: CPP/41. Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão.

STF/Súmula 705

A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Gabarito: Errado.

(CESPE/PC-CE/2012) 143) Conforme o princípio da indisponibilidade, o MP não pode desistir de ação penal já instaurada, bem como de qualquer recurso por ele interposto.

Comentário: CPP/41. Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. CPP/41. Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. Gabarito: Correto.

(CESPE/Câmara dos Deputados/2014) 144) Vige no ordenamento jurídico processual pátrio o princípio da unirrecorribilidade, razão pela qual, interpostos dois agravos regimentais pela mesma parte, o segundo não deve ser conhecido, por força da preclusão consumativa.

Comentário:

STJ/REsp 1.363.118 RS

Pelo princípio da unirrecorribilidade, bem como em face da preclusão consumativa, interpostos dois agravos regimentais pelo réu, deve ser conhecido apenas o primeiro deles.

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Direito Processual Penal

Gabarito: Correto.

(FCC/TJ-AP/2014) 145) Em relação aos recursos no processo penal, é correto afirmar: A) É vedada à parte a interposição simultânea ou cumulativa de recursos contra a mesma decisão, salvo nos casos de decisões objetivamente complexas. B) Segundo o princípio da proibição da reformatio in pejus, a parte, salvo hipótese de má-fé, não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. C) Em razão do princípio da obrigatoriedade, o Ministério Público deve recorrer de decisão absolutória e não pode desistir do recurso interposto. D) Cabe recurso em sentido estrito contra a decisão de impronúncia e de incompetência do juízo. E) Cabe apelação da decisão que não receber a denúncia ou a queixa.

Comentário: Letra A: Correta. A alternativa trata do Princípio da Singularidade, Unicidade do Recurso ou Unirrecorribilidade que estabelece que para cada decisão a ser atacada, existe um único recurso próprio e adequado previsto no ordenamento jurídico. Letra B: Errada. Trata-se do princípio da fungibilidade. CPP/41. Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. Letra C: Errada. O MP não está vinculado a recorrer decisão de absolvição. Conforme o princípio da obriatoriedade o MP não pode desistir de recurso que haja interposto. CPP/41. Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. Letra D: Errada. CPP/41. Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. Letra E: Errada. CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; Gabarito: Letra A.

(FCC/TRF - 4ª REGIÃO/2019) 146) Breno está sendo processado por crime de furto cometido contra uma empresa pública federal situada na cidade de Porto Alegre, cujo processo tramita regularmente em uma das varas da Justiça Federal de Porto Alegre. No curso do processo o Magistrado competente julgou extinta a punibilidade de Breno após reconhecer a prescrição da pretensão punitiva estatal. Inconformado, o Ministério Público Federal poderá apresentar ao E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região recurso A) em sentido estrito, no prazo de cinco dias. B) de apelação, no prazo de dez dias. C) em sentido estrito, no prazo de dez dias. D) de apelação, no prazo de cinco dias. E) de apelação, no prazo de quinze dias.

Comentário: CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

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VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; CPP/41. Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias. Gabarito: Letra A.

(CESPE/TJ-DFT/2019) 147) Em relação aos recursos no processo penal, assinale a opção correta. A) No caso de recurso exclusivo da defesa em crime de ação pública, é cabível, em segundo grau de jurisdição, a mutatio libelli, que implicará o aditamento da denúncia. B) A regra da voluntariedade dos recursos não é aplicável aos casos em que couber apelação de sentença condenatória quando o réu tiver sido defendido por defensor dativo no processo. C) Em procedimento de tribunal do júri, caso o Ministério Público não interponha recurso de apelação contra a sentença, o próprio ofendido poderá impugnar a decisão, desde que o faça no prazo legal e esteja devidamente habilitado nos autos como assistente de acusação. D) Interposto recurso da defesa e da acusação contra sentença condenatória, e entendendo o tribunal ad quem pela nulidade do processo desde o seu início por incompetência do juízo que tiver prolatado a sentença, não caberá ao juiz competente impor ao réu uma nova sentença mais gravosa. E) No caso de decisão condenatória cujos fundamentos admitam, simultaneamente, a apelação e o recurso em sentido estrito, a defesa deverá optar por aviar somente a primeira, ainda que seja cabível o segundo em ponto específico da decisão.

Comentário: Letra A: Errada.

STF/Súmula 453

Não se aplicam à segunda instância o art. 384 (Mutatio libelli) e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.

Letra B: Errada.

STJ/HC 153.909 RO

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento no sentido de que a ausência de interposição do recurso cabível pelo advogado do réu, ainda que assistido por defensor público ou dativo, não constitui nulidade por ausência de defesa,ante o princípio da voluntariedade dos recursos.

Letra C: Errada. CPP/41. Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. Letra D: Errada. CPP/41. Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. Letra E: Correta. CPP/41. Art. 593. § 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra. Gabarito: Letra E.

(CESPE/DPE-PE/2018) 148) Assinale a opção que apresenta a medida judicial cabível contra a decisão que, reconhecendo a ilegitimidade do Ministério Público para ajuizar a ação penal, deixa de receber a denúncia e extingue a punibilidade em face da decadência. A) correição parcial B) apelação

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Direito Processual Penal

C) carta testemunhável D) recurso em sentido estrito E) recurso de ofício

Comentário: CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; Gabarito: Letra D.

(VUNESP/DPE-RO/2017) 149) Assinale a alternativa correta. A) Os recursos não terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança. B) O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. C) Caberá recurso em sentido estrito da decisão que receber a denúncia. D) Por conta da última reforma do Código de Processo Penal, não há mais previsão legal do recurso de carta testemunhável. E) Sempre será admissível a reiteração do pedido de revisão criminal.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41. Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581. Letra B: Correta. CPP/41. Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. Letra C: Errada. CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; Letra D: Errada. CPP/41. Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável: I - da decisão que denegar o recurso; II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. Letra E: Errada. CPP/41. Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após. Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas. Gabarito: Letra B.

(FCC/DPE-SC/2017) 150) Sobre os recursos no processo penal: A) A apresentação de razões de apelação pela defesa fora do prazo legal impede o conhecimento do recurso, ainda que tempestivamente interposto. B) O órgão do Ministério Público pode renunciar ao recurso de apelação, a despeito da indisponibilidade da ação penal pública. C) É cabível mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto contra decisão que concede prisão domiciliar à acusada. D) Com o advento do Novo Código de Processo Civil entende-se que não mais existe o juízo de retratação no recurso em sentido estrito.

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E) Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é cabível a interposição de recurso ordinário em habeas corpus em face de acórdão que julga procedente recurso em sentido estrito da acusação.

Comentário: Letra A: Errada.

STJ/HC n. 269.584/DF

A apresentação das razões de apelação fora do prazo constitui mera irregularidade de que não obsta o conhecimento do apelo.

Letra B: Correta. CPP/41. Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

STJ/AgRg no REsp 1276713/SP

De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, o assistente de acusação tem legitimidade para recorrer quando o Ministério Público renunciar ao recurso ou quando sua irresignação for parcial, sendo admitida a interposição de recurso em face de decisão que extinguiu a punibilidade do acusado em virtude da ocorrência da prescrição.

Letra C: Errada.

STJ/AgRg no HC 384.863/SP

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido do descabimento de mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto à decisão que concede liberdade provisória, por ausência de amparo legal e por tal manejo refugir ao escopo precípuo da ação mandamental.

Letra D: Errada. Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado. Letra E: Errada.

STJ/RHC 45.899/SP

É inadequada a interposição de recurso ordinário em habeas corpus contra acórdão que julga o recurso em sentido estrito interposto na origem, tendo em vista que o ordenamento jurídico estabelece via recursal própria para a insurgência manifestada na hipótese, nos termos do artigo 105, inciso III, da Constituição Federal.

Gabarito: Letra B.

(CESPE/PC-ES/2011) 151) Se o MP competente não interpuser recurso de apelação no prazo legal, o assistente da acusação poderá interpor apelação, que, como regra geral, não tem efeito suspensivo. Caso persista a irresignação do assistente após acórdão denegatório da apelação, a jurisprudência do STF veda a interposição de recursos, pela assistência da acusação, perante as instâncias extraordinárias.

Comentário:

STF/Súmula 210

O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do Cód. de Proc. Penal.

Gabarito: Errado.

(CESPE/TRE-MT/2015)

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Direito Processual Penal

152) Considere que, posta em liberdade provisória mediante recolhimento de fiança e cumprimento de obrigações impostas judicialmente, Joana tenha voltado a delinquir, razão por que o juízo competente decidiu ter havido quebra da fiança. Nessa situação hipotética, contra a decisão do juiz cabe a interposição de A) recurso em sentido estrito. B) correição. C) agravo de instrumento. D) apelação. E) reclamação.

Comentário: CPP/41. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; Gabarito: Letra A.

(MPE-PR/MPE-PR/2019) 153) Sobre o recurso de apelação, nos termos da Legislação Processual Penal e Súmulas dos Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta: A) É cabível contra a sentença de impronúncia e absolvição sumária no procedimento nos processos de competência do Tribunal do Júri. B) É cabível da decisão de rejeição de denúncia no procedimento sumaríssimo. C) É cabível ao ofendido, não estando habilitado como assistente, interpô-la contra a decisão do tribunal do júri, após o transcurso do prazo recursal para o Ministério Público. D) É cabível contra decisão do Tribunal do Júri em hipóteses restritas legalmente previstas e o efeito devolutivo é adstrito aos fundamentos da sua interposição. E) É cabível se de parte da sentença definitiva ou com força de definitiva proferida pelo juiz singular não for previsto recurso em sentido estrito.

Comentário: Letra A: Correta. CPP/41. Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. Letra B: Correta. Lei 9.099/95. Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. Letra C: Correta. CPP/41. Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público. Letra D: Correta.

STF/Súmula 713

O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.

Letra E: Errada. A alternativa mistura os dois incisos do Art. 593. Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;

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Direito Processual Penal

II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; Gabarito: Letra E.

/PC-PI/2018) 154) Em relação aos recursos e aos temas relativos ao processo penal, é INCORRETO afirmar: A) Segundo entendimento jurisprudencial, a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. B) Segundo o STF, a apelação despachada pelo juiz no prazo legal não fica prejudicada pela demora da juntada, por culpa do cartório. C) Há jurisprudência do STF, no sentido de que o prazo do recurso ordinário, para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de 8 (oito) dias. D) Há entendimento jurisprudencial de que não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada tardiamente. E) De acordo como o STF é nulo o julgamento da apelação, se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.

Comentário: Letra A: Correta.

STF/Súmula 705

A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Letra B: Correta.

STF/Súmula 320

A apelação despachada pelo juiz no prazo legal não fica prejudicada pela demora da juntada, por culpa do cartório.

Letra C: Errada.

STF/Súmula 319

O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de cinco dias.

Letra D: Correta.

STF/Súmula 428

Não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada tardiamente.

Letra E: Correta.

STF/Súmula 708

É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.

Gabarito: Letra C.

(FUNDEP/MPE-MG/2018) 155) Em obediência ao princípio da dialeticidade, os tribunais superiores vêm pacificamente reconhecendo a nulidade do julgamento de recursos manejados pela defesa em que não tenham sido apresentadas as respectivas razões.

Comentário:

STJ/HC 358.217/RS

Pacificou-se nesta Corte Superior de Justiça e no Supremo Tribunal Federal o entendimento de que a apresentação tardia das razões recursais configura simples irregularidade, que não tem o condão de tornar intempestivo o apelo oportunamente interposto. 2. No caso dos autos, conquanto a defesa tenha interposto o recurso de apelação dentro do prazo legal, verifica-se que o reclamo não foi conhecido pelo Tribunal de origem sob o argumento de que as respectivas

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Direito Processual Penal

razões teriam sido apresentadas extemporaneamente, o que revela a coação ilegal a que está sendo submetido o paciente, cuja insurgência deixou de ser examinada em decorrência de uma mera irregularidade.

Gabarito: Errado.

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Meios Autônomos de Impugnação

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(FCC/TJ-AL/2019) 156) Cabível habeas corpus quando A) o processo for manifestamente nulo, mas não para o reconhecimento de extinção da punibilidade do paciente. B) não houver justa causa para o inquérito policial, mas não quando já extinta a pena privativa de liberdade. C) relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada, mas não quando já proferida decisão condenatória exclusivamente a pena de multa. D) imposta pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. E) não for admitida a prestação de fiança e quando seu objeto consistir em resolução sobre o ônus das custas.

Comentário: Letra A: Errada. CPP/41. Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. CPP/41. Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: VI - quando o processo for manifestamente nulo; VII - quando extinta a punibilidade. Letra B: Correta. CPP/41. Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: I - quando não houver justa causa;

STF/Súmula 695

Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

Letra C: Errada.

STF/Súmula 693

Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Letra D: Errada.

STF/Súmula 694

Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.

Letra E: Errada. CPP/41. Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;

STF/Súmula 395

Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.

Gabarito: Letra B.

(FUNDEP/DPE-MG/2019) 157) O defensor público de uma comarca do interior recebeu uma carta de um condenado que se encontrava encarcerado no estabelecimento prisional local. Na carta, o condenado alegava inocência, dizendo que foi condenado injustamente. Afirmou que no curso do processo entregou para seu então advogado constituído uma relação de testemunhas, as quais não foram arroladas na resposta à acusação. Disse também que quando do seu interrogatório judicial apontou as testemunhas que poderiam comprovar sua inocência, muito embora o juiz não tenha determinado a audição das testemunhas. Junto com a carta, o condenado enviou uma declaração, mediante escritura pública, na qual uma testemunha

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Direito Processual Penal

presencial do delito afirma categoricamente que o condenado não foi o autor do fato. A condenação já transitou em julgado. No processo de conhecimento não foi ouvida nenhuma testemunha presencial do fato. Diante de tal situação, o defensor público, A) considerando que o assistido está encarcerado, deverá propor ação de habeas corpus pretendendo a rescisão da coisa julgada, valendo-se da declaração escrita. B) diante do trânsito em julgado da condenação, deverá propor ação de revisão criminal, com fundamento em prova nova, representada pela declaração escrita. C) por meio do procedimento de produção antecipada de prova previsto no Código de Processo Civil, deverá requerer a audição da testemunha nova apontada pelo assistido em contraditório judicial. D) por não se tratar de testemunha nova, já que era conhecida desde antes da instrução probatório no processo de conhecimento, nada poderá fazer.

Comentário:

Revisão Criminal

Trata-se de uma ação autônoma de impugnação em que a pessoa condenada passa a requerer ao Tribunal a reanalise da sua condenação que transitou em julgado, alegando que ocorreu erro judiciário. A Revisão Criminal é de competência ordinária dos Tribunais ou Turmas Recursais.

STJ/REsp n. 1.720.683/MS

I – De acordo com a jurisprudência há muito consolidada deste Superior Tribunal de Justiça, o pedido de revisão criminal, calcado na existência de prova oral nova, pressupõe a necessidade de sujeição dos novéis elementos probatórios ao eficiente e democrático filtro do contraditório. 2. Referido entendimento foi mantido não obstante a supressão, pelo Novo Código de Processo Civil, do procedimento cautelar de justificação, sendo necessária a produção antecipada de provas (arts. 381 e 382 do referido Estatuto Processual) para ajuizamento de ação revisional fundada na existência de novas provas decorrentes de fonte pessoal.

Gabarito: Letra C.

(CESPE/TJ-CE/2018) 158) O habeas corpus A) abrange, na atualidade, qualquer ato constritivo à liberdade, direta ou indiretamente, mesmo que não envolva a decretação da prisão. B) não pode ser concedido contra decisão do tribunal do júri transitada em julgado. C) não pode analisar questões extremamente complexas, especialmente porque seu procedimento é sumário e de cognição limitada. D) não é cabível nas hipóteses de punição disciplinar aplicada a militar, de acordo com os tribunais superiores. E) é cabível contra qualquer sentença penal condenatória, inclusive aquelas que fixem somente a pena de multa.

Comentário: Letra A: Correta.

STF/Info 888

“Habeas corpus” e medida cautelar de afastamento de cargo publico O “habeas corpus” pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de natureza criminal diversas da prisão. Com base nessa orientação, ao concluir o julgamento conjunto de duas impetrações, a Segunda Turma, por maioria, concedeu a ordem para revogar a suspensão do exercício da função pública de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amapá e demais medidas cautelares pessoais impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Letra B: Errada.

STF/RHC 146327

Recurso ordinário em habeas corpus. 2. Habeas corpus em face de decisão transitada em julgado. Cabimento. Via impugnatória mais célere e benéfica ao condenado. 3. Alegação de reparação em apelação, não avaliada pela Corte Regional. Inexistência de nulidade. Ausência de oposição de embargos de declaração. Fato não comprovado. Tese sem relevância jurídica patente. 4. Negado provimento ao recurso ordinário.

Letra C: Errada.

Page 89: Direito Processual Penal · 2020-01-25 · 5/90 @Quebrandoquestões Direito Processual Penal (CESPE/PRF/2013) 01) Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar

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Direito Processual Penal

STF/HC 101.359

A açao de ‘habeas corpus’ – que possui rito sumaríssimo – não comporta, em função de sua própria natureza processual, maior dilação probatória, eis que, ao impetrante, compete, na realidade – sem prejuízo da complementação instrutória ministrada pelo órgão coator - subsidiar, com elementos documentais pré-constituídos, o conhecimento da causa pelo Poder Judiciário. A utilização adequada do remédio constitucional do ‘habeas corpus’ impõe, em conseqüência, seja o writ instruído, ordinariamente, com documentos suficientes e necessários à análise da pretensão de direito material nele deduzida.

Letra D: Errada.

STF/Súmula 694

Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.

Letra E: Errada.

STF/Súmula 693

Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Gabarito: Letra A.

(CESPE/DPE-PE/2018) 159) Conforme o entendimento do STF, o habeas corpus será incabível contra decisão que aplicar medidas cautelares diversas da prisão, por não haver afronta ao direito de locomoção.

Comentário:

STF/Info 888

“Habeas corpus” e medida cautelar de afastamento de cargo público O “habeas corpus” pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de natureza criminal diversas da prisão. Com base nessa orientação, ao concluir o julgamento conjunto de duas impetrações, a Segunda Turma, por maioria, concedeu a ordem para revogar a suspensão do exercício da função pública de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amapá e demais medidas cautelares pessoais impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Gabarito: Errado.

(FUNCAB/PC-ES/2013) 160) Em relação ao habeas corpus, é INCORRETO afirmar: A) A legitimidade para o ajuizamento do habeas corpus não exige capacidade postulatória. B) Trata-se de uma ação constitucional, de procedimento especial. C) Constitui garantia individual ao direito de locomoção, quando ameaçado por ilegalidade ou abuso de poder. D) Poderá ser impetrado contra decisão condenatória a pena de multa. E) Tem cabimento sempre que alguém se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir.

Comentário:

STF/Súmula 693

Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Gabarito: Letra D.

(MS-CONCURSOS/PC-PA/2012) 161) Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. A coação considerar-se-á ilegal quando: I – houver justa causa. II – alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei. III – não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza. IV – quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo. Diante dessas informações, assinale a alternativa correta: A) Somente as assertivas I e II estão corretas. B) Somente as assertivas II e III estão corretas.

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C) Somente as assertivas I, II e III estão corretas. D) Somente as assertivas II, III e IV estão corretas. E) Todas as assertivas estão corretas.

Comentário:

Situações Ilegais de Privação de Liberdade

* Quando não houver justa causa; * Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; * Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; * Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; * Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; * Quando o processo for manifestamente nulo; * Quando extinta a punibilidade.

Gabarito: Letra D.

(CESPE/PRF/2013) 162) O habeas corpus pode ser impetrado, perante qualquer instância do Poder Judiciário, por qualquer pessoa do povo em favor de outrem, podendo, ainda, a autoridade judicial competente concedê-lo de ofício.

Comentário: CPP/41. Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. § 1º A petição de habeas corpus conterá: a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça; b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor; c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências. § 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. Gabarito: Correto.

(CESPE/DPE-AM/2003) 163) Após envolvimento em infração penal de menor potencial ofensivo, Tício foi encaminhado ao juizado especial criminal, onde o promotor de justiça requereu a abertura de inquérito policial em face da complexidade do caso, o que impediu a formulação imediata da denúncia. Posteriormente, foi oferecida, perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que tramitou pelo rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de acusação recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe deu provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena substituída por prestação pecuniária à vítima. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. Se for impetrado habeas corpus contra a decisão condenatória, a competência para conhecer da ordem será do STJ.

Comentário:

STJ/RHC 33.018/SP

1. Diante do cancelamento do enunciado n.º 690 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, compete ao Tribunal de Justiça do Estado apreciar e julgar ato acoimado de ilegal oriundo de Turma Recursal. 2. Recurso provido para determinar que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprecie o mérito da impetração registrada sob o nº 0302936-42.2011.8.26.0000.

Gabarito: Errado.