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7/21/2019 Direitos de Nacionalidade http://slidepdf.com/reader/full/direitos-de-nacionalidade 1/8 DIREITOS DE NACIONALIDADE 1. INTRODUÇÃO Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga o indivíduo a um determinado Estado, tornando-o um componente do povo. É correto afirmar que toda pessoa possui o direito a uma nacionalidade, ninguém dela poderá ser privado arbitrariamente, tampouco se pode negar ao indivíduo o direito de alterá-la. 1.1. Conceitos relacionados à matéria O termo na!"o# designa um agrupamento $umano $omog%neo cujos membros s"o possuidores das mesmas tradi!&es, costumes e ideais coletivos, partil$ando, também, la!os invisíveis, como a consci%ncia coletiva e o sentimento de comunidade. O vocábulo nacionalidade# é semanticamente mais pr'(imo ao termo povo#,  já que este )ltimo representa o conjunto de nacionais que comp&em o elemento $umano de um Estado. O termo popula!"o# representa a totalidade de indivíduos que $abitam determinado territ'rio, ainda que ali se ac$em temporariamente, independentemente da nacionalidade. É um conceito numérico, demograficamente mais amplo que o de povo, englobando n"o s' os nacionais, mas igualmente os estrangeiros e os apátridas, isto é, envolve toda a gente que vive em uma base territorial específica.  * condi!"o de apátridas, também denominados de $eimatlos s"o aqueles desprovidos de pátria. N"o det%m com nen$um Estado o vínculo jurídico-político que os converteria em nacionais, uma ve+ que n"o se enquadram nos critérios de aquisi!"o de nacionalidade de Estado algum. eriva de um conflito negativo de nacionalidade, no qual n"o $á nen$um Estado interessado em proclamar o indivíduo como seu nacional. E(emplo o fenmeno da apatridia pode se originar de circunst/ncia na qual o indivíduo se naturali+a e, em ra+"o disso, perde a nacionalidade de origem, vindo depois a ser cancelada a sua naturali+a!"o. 01olipátridas0 s"o aqueles que, quando do nascimento, se enquadram nos critérios concessivos de nacionalidade originária de mais de um Estado, ocasionando um conflito positivo que normalmente resulta em dupla 2ou mesmo m)ltipla3 nacionalidade.

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DIREITOS DE NACIONALIDADE

1. INTRODUÇÃO

Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga o indivíduo a umdeterminado Estado, tornando-o um componente do povo.

É correto afirmar que toda pessoa possui o direito a uma nacionalidade,ninguém dela poderá ser privado arbitrariamente, tampouco se pode negar aoindivíduo o direito de alterá-la.

1.1. Conceitos relacionados à matéria

O termo na!"o# designa um agrupamento $umano $omog%neo cujosmembros s"o possuidores das mesmas tradi!&es, costumes e ideais coletivos,

partil$ando, também, la!os invisíveis, como a consci%ncia coletiva e o sentimentode comunidade.

O vocábulo nacionalidade# é semanticamente mais pr'(imo ao termo povo#, já que este )ltimo representa o conjunto de nacionais que comp&em o elemento$umano de um Estado.

O termo popula!"o# representa a totalidade de indivíduos que $abitamdeterminado territ'rio, ainda que ali se ac$em temporariamente,independentemente da nacionalidade. É um conceito numérico, demograficamentemais amplo que o de povo, englobando n"o s' os nacionais, mas igualmente osestrangeiros e os apátridas, isto é, envolve toda a gente que vive em uma baseterritorial específica.

 * condi!"o de apátridas, também denominados de $eimatlos s"o aquelesdesprovidos de pátria. N"o det%m com nen$um Estado o vínculo jurídico-políticoque os converteria em nacionais, uma ve+ que n"o se enquadram nos critérios deaquisi!"o de nacionalidade de Estado algum. eriva de um conflito negativo denacionalidade, no qual n"o $á nen$um Estado interessado em proclamar oindivíduo como seu nacional.

E(emplo o fenmeno da apatridia pode se originar de circunst/ncia na qual oindivíduo se naturali+a e, em ra+"o disso, perde a nacionalidade de origem, vindo

depois a ser cancelada a sua naturali+a!"o.01olipátridas0 s"o aqueles que, quando do nascimento, se enquadram nos

critérios concessivos de nacionalidade originária de mais de um Estado,ocasionando um conflito positivo que normalmente resulta em dupla 2ou mesmom)ltipla3 nacionalidade.

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E(emplo a polipatridia pode decorrer, igualmente, do somat'rio denacionalidades primárias e secundárias - quando, por e(emplo, um indivíduo senaturali+a sem perder a nacionalidade originária que anteriormente possuía.

0Estrangeiro0 é o indivíduo que possui vínculo jurídico-político com EstadoNacional diverso da 4ep)blica 5ederativa do 6rasil.

5inalmente, 0cidad"o0 é o nacional 2nato ou naturali+ado3 no go+o dos direitospolíticos e participante da vida do Estado.

2. ESPCIES DE N!CION!"ID!DE

uas espécies de nacionalidade s"o identificadas a primária e a secundária.

 * primária 2ou originária3 é aquela res#ltante de #m $ato nat#ral% &#al se'a% onascimento% (odendo ser esta)elecida (or meio de critérios san*#+neos%territoriais o# mistos ,con'#*a-o dos dois anteriores/.

 * nacionalidade sec#nd0ria ,o# ad&#irida/ é a&#ela res#ltante de #m atool#nt0rio% mani$estado a(s o nascimento.

2.1. Nacionalidade (rim0ria

2.1.1. Critérios de atribuição

Os países empregam livremente os requisitos do jus soli  e do jus sanguinis enquanto e(ig%ncias para a aquisi!"o da nacionalidade. * escol$a do critériosanguíneo interessa, sobretudo, aos Estados em que $á grande emigra!"o,enquanto o critério territorial se amolda mais adequadamente aos países deimigra!"o.

2.1.2. Hipóteses de aquisição

O te(to constitucional prev% ta(ativamente as $ip'teses de aquisi!"o danacionalidade originária.

 * primeira, constante do art. 78, 9, :a:, da ;456<==, é decorrente da aplica!"odo critério territorial ser0 considerado )rasileiro nato o indi+d#o nascido emterritrio nacional% inde(endentemente da nacionalidade de se#sascendentes.

>á, no entanto, uma ressalva n"o será contemplado com a nacionalidadeoriginária aquele que, muito embora ten$a nascido em nosso territ'rio, é fil$o de2ambos3 pais estrangeiros e qualquer um deles 2ou ambos3 estava no 6rasil aservi!o do país de origem.

Nas $ip'teses subsequentes 2art. 78, 9, b e c#, ;456<==3, adota-se ocritério sanguíneo, em nítida mitiga!"o da e(clusividade do critério territorial.

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4essalte-se que, ao contrário do critério territorial, o critério sanguíneo nunca será,so+in$o, suficiente para determinar a aquisi!"o da nacionalidade devendosempre ser conjugado com algum outro.

Nesse sentido, s"o tr%s as possibilidades de aquisi!"o da nacionalidadeprimária pela primária associa!"o do critério sanguíneo a algum outro requisito

 *3 crian-a nascida no estran*eiro% $il3a de (ai o#4e me )rasileiros%sendo &#e &#al&#er deles ,o# am)os% eidentemente/ estaa no e5terior aseri-o da Re(6)lica 7ederatia do 8rasil. 4essalte-se que estar a servi!o dopaís significa desempen$ar uma fun!"o ou prestar um servi!o p)blico de nature+adiplomática, administrativa ou consular, a quaisquer dos 'rg"os da administra!"ocentrali+ada ou descentrali+ada da ?ni"o, dos Estados-membros, dos @unicípiosou do istrito 5ederalA

63 !(esar de nascer no estran*eiro% a crian-a é $il3a de (ai o# me% o#am)os% )rasileiros% e é re*istrada em re(arti-o )rasileira com(etente9

;3 ! crian-a% $il3a de (ai o# me ,o# am)os )rasileiros/% nasce noestran*eiro% mas de(ois em a residir na Re(6)lica 7ederatia do 8rasil eo(ta% a(s atin*ir a maioridade% (ela nacionalidade )rasileira. * efetiva!"o docritério residencial pode acontecer a qualquer tempo. Bá a reali+a!"o da op!"oconfirmativa, por ser ato personalíssimo, s' pode ser feita ap's a maioridade e,segundo entendimento do CD5, muito embora potestativa, n"o é de forma livre $áde ser feita em juí+o, em processo de jurisdi!"o voluntária, que tramita perante aBusti!a 5ederal.

2.2. Nacionalidade sec#nd0ria ,o# ad&#irida/

 * nacionalidade secundária é aquela adquirida pela ocorr%ncia de um atovoluntário 2naturali+a!"o3.

 * naturali+a!"o se divide em duas espécies a naturali+a!"o tácita e ae(pressa.

 *3 * tácita é usualmente adotada em países que possuem um n)mero denacionais menor que o desejado, tendo por intuito promover a povoa!"o doEstado. * ;onstitui!"o da 4ep)blica de 7== n"o prev% a naturali+a!"o tácita,somente a e(pressa.

63 ! nat#rali:a-o e5(ressa (ode se e$etiar (or d#as ias% a ordin0ria e

a e5traordin0ria.673 Nat#rali:a-o ordin0ria pela via ordinária poder"o se naturali+ar

brasileiros

- Os estrangeiros 2ou apátridas3 que cumprirem os requisitos previstos noEstatuto do Estrangeiro 2Fei nG H.=7I<7=J3

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- Os indivíduos originários de países de língua portuguesa desde que,possuidores de capacidade civil, ten$am resid%ncia ininterrupta por umano e idoneidade moralA

O Estatuto do Estrangeiro tra+ duas outras $ip'teses de aquisi!"o danacionalidade brasileira pela via ordinária a radica!"o precoce e a conclus"o de

curso superior.

Kale frisar que n"o se pode falar em direito p)blico subjetivo L obten!"o danaturali+a!"o ordinária.

683 Nat#rali:a-o e5traordin0ria; pela via e(traordinária o indivíduo poderáse naturali+ar se respeitar os seguintes requisitos

- 1ossuir resid%ncia ininterrupta no territ'rio nacional por mais de quin+eanosA

- N"o tiver sido condenado penalmente

- *presentar o requerimento de naturali+a!"o.1or fim, importante destacar que $á direito p)blico subjetivo L obten!"o da

naturali+a!"o e(traordinária, o que significa que se os requisitos foremcorretamente preenc$idos a naturali+a!"o será concedida.

2.<. =#ase nacionalidade ,o# )rasileiros (or e&#i(ara-o/

;onforme preceitua o te(to constitucional, se $ouver reciprocidade em favorde brasileiros residentes em 1ortugal, os portugueses que aqui residam ter"otratamento jurídico similar ao dispensado ao brasileiro naturali+ado, sem

precisarem, para isso, de se submeterem a qualquer procedimento denaturali+a!"o.

;omo a reciprocidade e(iste, os portugueses residentes na 4ep)blica5ederativa do 6rasil em caráter permanente poder"o comparecer ao @inistério daBusti!a, munidos de documento que comprove a nacionalidade portuguesa, acapacidade civil e a admiss"o na 4ep)blica 5ederativa do 6rasil em caráterpermanente, para requerer a quase nacionalidade.

<. DI7ERENÇ!S DE TR!T!>ENTO ENTRE 8R!SI"EIROS N!TOS EN!TUR!"I?!DOS9

O te(to constitucional veda que a lei estabele!a distin!&es entre brasileirosnatos e naturali+ados.

Entretanto, a pr'pria ;onstitui!"o recon$eceu $ip'teses ta(ativas nas quaispoderá $aver tratamento diferenciado entre brasileiros.

Estas se referem aos cargos, L fun!"o, L e(tradi!"o e L propriedade deempresa jornalística e de radiodifus"o sonora de sons e imagens.

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Cobre referidas $ip'teses, diga-se que

 *3 al*#ns car*os estraté*icos so (riatios de )rasileiros natos% o#(or&#e com(@em a lin3a s#cessria ,e de s#)stit#i-o/ (residencial ,art. AB%C7/ o# (or ra:@es de se*#ran-a nacional;

- e 1residente da 4ep)blica,- e Kice-1residente da 4ep)blica,

- e 1residente da ;/mara dos epurados,

- e 1residente do Cenado 5ederal7,

- e @inistro do Cupremo Dribunal 5ederal8,

- a carreira diplomática,

- e oficial das 5or!as *rmadas e

- e @inistro de Estado da efesaM.

63 * ;onstitui!"o reserva seis assentos para brasileiros natos no ;onsel$o da4ep)blica 2'rg"o au(iliar da presid%ncia da 4ep)blica em momentos de criseinstitucional3A

;3 O brasileiro nato n"o pode ser e(traditado, em $ip'tese alguma. Bá o)rasileiro nat#rali:ado (ode ser e5traditado em d#as sit#a-@es;

Pr0tica de #m crime com#m antes da nat#rali:a-o. Ce o crime n"ofor comum, mas sim político ou de opini"o, n"o poderá $aver a e(tradi!"odo brasileiro naturali+ado.

- Na $ip'tese de enolimento com(roado com o tr0$ico il+cito de

entor(ecentes o# dro*as a$ins% antes o# de(ois da nat#rali:a-o.E(tradi!"o é ato através do qual um determinado Estado entrega um indivíduo,

que está sendo acusado de um crime ou já foi condenado pela atividade delituosa,L justi!a de outro Estado, que postula o direito de julgá-lo ou puni-lo.

E(istem duas espécies de e(tradi!"o, a passiva e a ativa. * primeira é aquelana qual um Estado estrangeiro soberano requer a e(tradi!"o ao 6rasil, enquanto asegunda é aquela na qual o 6rasil requisita, a outro Estado, a e(tradi!"o. Kaledestacar que, embora o arrigo I, F9, ;456<==, n"o ten$a feito qualquer distin!"o

7 6rasileiros naturali+ados podem ocupar os cargos de epurado 5ederal eCenador, nunca c$egando, porém, L 1resid%ncia da respectiva ;asa.

8 Os @inistros dos demais Dribunais do 1oder Budiciário n"o precisam serdetentores da nacionalidade primária para ocuparem os respectivos cargos.

M O )nico @inistro de Estado que deve ser brasileiro nato é o da efesa. ;omrela!"o aos outros nada impede que sejam naturali+ados.

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acerca da espécie de e(tradi!"o, a que se veda ao brasileiro nato é a passiva. *final, a 4ep)blica 5ederativa do 6rasil poderá solicitar a outro Estado ae(tradi!"o 2ativa3 do brasileiro nato que lá se encontre para aqui julgá-lo ou puni-lopela prática de um crime praticado em nosso territ'rio.

 * e(tradi!"o é ato distinto da denominada entrega# 2surrender, em ingl%s e

remise, em franc%s3, constante do Estatuto de 4oma - este foi celebrado em 7 de jul$o de 7=, instituiu o Dribunal 1enal 9nternacional e foi incorporadoformalmente ao ordenamento pátrio, com a sua promulga!"o pelo ecreto nGP.M==<8JJ83. ;onforme o Estatuto, os dois institutos se diferenciam na medida emque o segundo refere-se L entrega de uma pessoa por um Estado ao Dribunal1enal 9nternacional, nos termos do Estatuto, enquanto o primeiro 2a e(tradi!"o3,consiste na entrega de uma pessoa por um Estado a outro Estado, conformeprevis"o de tratado, conven!"o ou direito interno.

;abe ainda conceituar outros dois institutos deporta!"o e a e(puls"o.

 * deporta!"o decorre da entrada 2ou mesmo perman%ncia3 irregular doestrangeiro em territ'rio nacional, e consiste na determina!"o de sua saídacompuls'ria para o país de sua nacionalidade 2ou para outro país que se dispon$aa receb%-lo3, caso n"o se retire voluntariamente do territ'rio nacional em pra+opreviamente estipulado. * deporta!"o jamais atingirá um nacional, já que enviarcompulsoriamente um brasileiro ao e(terior configura banimento, penaconstitucionalmente vedada 2art. I, QFK99, 0d0, ;456<==3.

 * e(puls"o é medida compuls'ria que ocasiona a retirada for!ada doestrangeiro do territ'rio nacional e será utili+ada nos casos em que ele atuar deforma nociva ao interesse nacional R como, por e(emplo, quando seus atosatentarem contra a seguran!a nacional, a ordem p)blica ou social, a tranquilidadeou moralidade p)blica e a economia popular, ou se sua perman%ncia tornar-senociva L conveni%ncia e interesses nacionais.

. PERD! DO DIREITO DE N!CION!"ID!DE9

 * perda da nacionalidade brasileira s' poderá ocorrer nas duas $ip'tesesprevistas na ;onstitui!"o da 4ep)blica, a saber

 *3 Na primeira situa!"o, também con$ecida como perda-puni!"o, ser0declarada a (erda da nacionalidade do )rasileiro &#e tier cancelada s#anat#rali:a-o% (or senten-a '#dicial transitada em '#l*ado% em irt#de de

atiidade nocia ao interesse nacional, isto é, atividade que viole a ordemp)blica ou a seguran!a social.

2i3 * a!"o será proposta pelo @inistério 1)blico 5ederal. ;omo estamosfrente L aus%ncia de tipifica!"o penal específica 2n"o $á em lei defini!"ocateg'rica acerca do que seja atividade nociva ao interesse nacional#3,caberá ao 1arquet análise interpretativa da conduta para fins deenquadramento na e(press"o juridicamente indeterminada e oferecimento

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da den)ncia. 1ela mesma ra+"o deverá o jui+ federal designado para ocaso receber ou n"o a den)ncia a partir de sua particular análiseinterpretativa. Ce recebida a den)ncia, tem-se instaurada a a!"o penalAprocedente o pedido, tem-se a decis"o de cancelamento da naturali+a!"o.

2ii3 os e$eitos da senten-a '#dicial so ex nunc , afinal o cancelamento

surtirá efeitos somente a partir da data em que a senten!a que odeterminou transitar em julgadoA

2iii3 a (erda da nacionalidade por parte do antigo brasileiro naturali+adon"o atinge seu cnjuge ou seus fil$os, afinal é (ersonal+ssimaA

2iv3 uma ve+ perdida a nacionalidade, em virtude do cancelamento danaturali+a!"o por senten!a judicial com tr/nsito em julgado, ine(iste apossibilidade de o indivíduo, agora estrangeiro ou apátrida, recuperá-lapor intermédio de novo processo de naturali+a!"o. *final, referidapossibilidade importaria viola!"o oblíqua da coisa julgada conquistada nasenten!a. ! 6nica (ossi)ilidade do retomo à condi-o de )rasileiro éa #tili:a-o do camin3o '#dicial da a-o rescisria.

63 quanto L segunda $ip'tese, intitulada perda-mudan!a, pode-se di+er queocorrerá quando o indivíduo, voluntariamente, ad&#irir o#tra nacionalidade.!(lic0el aos )rasileiros natos e nat#rali:ados.

 * perda se concreti+ará por mero (rocedimento administratio, com tr/miteprocessual no >inistério da #sti-a 2no qual se assegura ampla defesa3 esomente poderá ser confirmada através de Decreto do Presidente% dotado dee$eitos e5 n#nc.

Nesse caso é (oss+el read&#irir a nacionalidade )rasileira. Essa

re&#isi-o no é retroatia.=#al a es(écie de nacionalidade &#e o indi+d#o (oss#ir0 a(s a

rea&#isi-oF

 * doutrina minoritária entende que se o sujeito era brasileiro nato, ao readquirir a nacionalidade recomporia a condi!"o original. O decreto presidencialrestabeleceria, pois, a nacionalidade primáriaA

>a'oritariamente, entretanto, conclui-se de modo diverso, no sentido de que areaquisi!"o da nacionalidade depende da submiss"o ao procedimento denaturali+a!"o, de modo que o indi+d#o ,&#e #m dia $oi )rasileiro nato/

read&#ire o +nc#lo '#r+dico(ol+tico com o Estado )rasileiro% mas a*ora nacondi-o de nat#rali:ado

No entanto, e5istem e5ce-@es à ideia central de &#e a a&#isi-o de noanacionalidade ocasionar0 a (erda da nacionalidade )rasileira, pois umbrasileiro pode adquirir outra nacionalidade sem perd%-la, bastando, para tanto,que referida aquisi!"o importe

- Em recebimento de nacionalidade primária por Estado estrangeiro, ou

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- Ceja fruto de imposi!"o do Estado estrangeiro no qual o brasileiro reside,como condi!"o para que ele possa permanecer no territ'rio ou parae(ercer direitos civis.