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CMA- Martinho Branco IRC1-Ruan Medeiros Direitos e Cidadania: O direito de todos termos direito (B4) Antecedentes da Constituição de 1822

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CMA- Martinho Branco IRC1-Ruan Medeiros

Direitos e Cidadania: O direito de todos termos direito (B4)

Antecedentes da Constituição de 1822

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Lei fundamental votada pelas Cortes Constituintes reunidas, em Lisboa em 1821, sob o

influxo da chamada revolução de 1820. O texto é de 23 de Setembro de 1822, e foi

jurado pelo rei, D. João VI, em 1 de Outubro seguinte.

A Constituição de 1822 é o mais antigo texto constitucional português e,

tecnicamente, um dos mais bem elaborados. Se bem que não tenha dado origem

propriamente, a uma prática constitucional exerceu uma influência profunda nas

instituições e no direito político, iniciando em Portugal "a organização jurídica da

democracia" (Joaquim de Carvalho).

Antecedentes

Desde 1807 que o rei se encontrava ausente no Brasil, estando Portugal condenado à

situação vexatória de "colónia duma colónia", devastado por três invasões francesas,

empobrecido e entregue a uma regência subserviente perante a Inglaterra. Beresford

agia, como se fosse o próprio rei absoluto. Já em 1817 houvera uma tentativa

frustrada de Gomes Freire de Andrade. A este descontentamento juntaram-se, no ano

de 1820, duas circunstâncias exteriores favoráveis a uma mudança política em

Portugal, o restabelecimento, em Espanha da Constituição de Cádis, que deu em toda

a península Ibérica um impulso extraordinário ao movimento constitucionalista; e o

afastamento temporário de Beresford que fora para o Brasil. No reino, os liberais viam

a necessidade duma constituição que criasse uma nova e racional ordenação jurídica e

política e que limitando o poder do rei, garantisse os direitos individuais. As Cortes que

elaboraram a Constituição de 1822 foram eleitas segundo o sistema prescrito na

Constituição de Cádis, a qual teve os seus defensores apaixonados que chegaram a

querer pô-la em vigor provisoriamente, até que estivesse completamente elaborado o

novo texto constitucional português. As Cortes de 1820, que se consideraram em

Portugal como o início do movimento democrático e constitucionalista moderno,

foram apresentadas pelos liberais como o regresso às antigas Cortes, consagrando a

doutrina da soberania da Nação.

Vigência

A Constituição de 1822 teve apenas dois períodos de vigência: o primeiro vai de 23 de

Setembro de 1822 a 2 de Junho de 1823, data em que as Cortes fazem a declaração da

sua impotência que se seguiu ao golpe de D. Miguel que proclamou em Setembro, a

queda da Constituição (29 de Maio de 1823).

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O segundo período começa com a chamada revolução de Setembro, que, pelo Decreto

de 10 de Setembro de 1836, repôs transitoriamente em vigor a Constituição de 1822,

abolindo a Carta Constitucional até que se elaborasse uma nova Constituição que só

veio a aparecer a 4 de Abril de 1838.

Influências

A fonte principal da Constituição de 1822 foi a Constituição de Cádis de 1812, que

influenciou primeiro e diretamente, o texto das "Bases da Constituição", que foram

juradas pelas Cortes antes de D. João VI regressar ao reino. Depois as Cortes

começaram a discutir o projeto de Constituição, que se inspira nas Bases, tendo sido

aprovada em 23 de Setembro de 1823.

Características

Está dividida em seis títulos, seguindo aproximadamente o esquema da Constituição

de Cádis. O Título I contêm uma autêntica declaração de direitos. No Título II afirma-se

que a soberania reside essencialmente em a Nação. Aparece também consignado o

princípio de separação dos poderes. O Título III que trata do poder legislativo, faz a

consagração do princípio de uma única câmara, eleita bienal mente por sufrágio direto

e universal, com exclusão das mulheres, dos analfabetos e dos frades. O Título IV

dedica um capítulo ao Reino Unido (o Brasil), que haverá uma declaração do poder

executivo, no Brasil. Consagrava-se o principio de larga autonomia política e

administrativa para o Brasil, com o qual se estabelecia uma União Real. O Título V trata

do poder judicial. O Título VI e último ocupa-se do governo administrativo e

económico.

A Constituição de 1822 foi subscrita por 141 deputados, entre os quais se contam os

mais ilustres representantes da chamada ideologia vintista, e acima de todos o

grande Manuel Fernandes Tomás.

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Regime político Vigente

Regime político, na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de

instituições políticas por meio das quais um estado se organiza de maneira

a exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é

válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.

Tais instituições políticas têm por objetivo regular a disputa pelo poder

político e o seu respetivo exercício, inclusive o relacionamento entre

aqueles que detêm o poder político (autoridade) e os demais membros da

sociedade (administrados).

O regime político adotada por um Estado não deve ser confundida com a

sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com o seu sistema de

governo (presidencialismo ou parlamentarismo, dentre outros).

Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter

presente o fato de que é complicado categorizar as formas de governo.

Cada sociedade é única em muitos aspetos e funciona segundo estruturas

de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que

existem tantas formas de governo quanto há sociedades.

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Caraterização Económica e Social da época

A Economia Social constitui a esfera do chamado terceiro setor, sendo o primeiro

setor, o privado capitalista com fins lucrativos; o segundo, o setor público, que visa

satisfazer o interesse social.

Frequentemente, a Economia Social está ligada à economia solidária. Na esfera da

Economia Social, estão o associativismo, o cooperativismo e o mutualismo, como

formas de organização da atividade produtiva.

Ao longo dos últimos 150 anos, a Economia Social vem ganhando expressão e seus

objetivos passam necessariamente pela solidariedade e pelo desenvolvimento

integrado da comunidade e do Homem. Nesta sequência de ideias, a Economia Social

ou Terceiro Sector pode eventualmente substituir a ação do Estado ou ser um

prolongamento deste na implementação de suas políticas sociais.

Basicamente inclui dois tipos de organizações: aquelas que funcionam como empresas,

embora não visem o lucro (liminarmente relacionadas com o movimento cooperativo),

e as organizações privadas mantidas por donativos, quotizações, trabalho voluntário e

recursos públicos, tais como associações e fundações

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Caraterização da Constituição de 1822

A Constituição Política da Monarquia Portuguesa aprovada em 23 de

Setembro de 1822 foi a primeira lei fundamental portuguesa e o mais antigo texto

constitucional português, o qual marcou uma tentativa de pôr fim ao absolutismo e

inaugurar em Portugal uma monarquia constitucional. Apesar de ter estado vigente

apenas durante dois efémeros períodos - o primeiro entre 1822 e 1823, o segundo de

1836 a 1838, - foi um marco fundamental para a História da democracia em Portugal, e

qualquer estudo sobre o constitucionalismo terá que a ter como referência

nuclear. Foi substituída pela Carta Constitucional portuguesa de 1826.

Características do texto constitucional

Definida como sendo bastante progressista para a época, inspirou-se, numa ampla parte, no

modelo da Constituição Espanhola de Cádis, datada de 1812, bem como nas Constituições

Francesas de 1791, 1793 e 1795, sendo marcante pelo seu espírito amplamente liberal, tendo

ab-rogado inúmeros velhos privilégios feudais, característicos do regime absolutista. Estava

dividida em seis títulos e 240 artigos, tendo por princípios fundamentais os seguintes:

A consagração dos direitos e deveres individuais de todos os cidadãos Portugueses

(dando primazia aos direitos humanos, nomeadamente, a garantia da liberdade, da

igualdade perante a lei, da segurança, e da propriedade);

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A consagração da Nação (união de todos os Portugueses) como base

da soberania nacional, a ser exercida pelos representantes da mesma legalmente eleitos -

isto é, pelas Cortes, nas quais reside a soberania de facto e de jure, já que os seus

elementos têm a legitimidade do voto dos cidadãos;

A definição do território da mesma Nação (Continente, Ilhas Adjacentes, Reino

do Brasil e Colónias na África, Ásia e Oceânia);

O não reconhecimento de qualquer prerrogativa ao clero e à nobreza;

A independência dos três poderes políticos separados (legislativo, executivo e judicial),

o que contrariava os princípios básicos do absolutismo que concentrava os três poderes na

figura do rei);

A existência de Cortes eleitas pela Nação, responsáveis pela atividade legislativa do

país;

A supremacia do poder legislativo das Cortes sobre os demais poderes;

A emanação da autoridade régia a partir da Nação;

A existência, como forma de Governo, de uma Monarquia Constitucional com os

poderes do Rei reduzidos;

A União Real com o Reino do Brasil;

A ausência de liberdade religiosa (a Religião Católica era a única religião da Nação

Portuguesa).

A Constituição Francesa como fonte de inspiração para a nossa

constituição- 1791.

A origem e desenvolvimento do princípio da proporcionalidade encontra-se

intrinsecamente ligado à evolução dos direitos e garantias individuais da pessoa humana,

verificada a partir do surgimento do Estado de Direito burguês na Europa.

Desta forma, sua origem remonta aos séculos XII e XVIII, quando na Inglaterra surgiram

as teorias jus naturalistas propugnando ter o homem direitos imanentes a sua natureza e

anteriores ao aparecimento do Estado e, por conseguinte, conclamando ter o soberano o

dever de respeitá-los. Pode-se afirmar que é durante a passagem do Estado Absolutista -

em que o governante tem poderes ilimitados - para o Estado de Direito, que pela primeira

vez emprega-se o princípio da proporcionalidade, visando a limitar o poder de atuação do

monarca face aos súditos20

.

Nesta primeira fase, a doutrina do direito natural buscou garantir os direitos individuais da

classe burguesa através da criação de mecanismos de limitação do poder. Tratava-se,

sobretudo, de consagrar meios capazes de garantir a não-intervenção do Estado nas

esferas em que sua omissão era essencial ao exercício destes direitos. Desde cedo, o juiz

da Common Law pautou-se na comparação entre a situação de fato e a regra do

precedente, tendo por parâmetro a noção do comportamento razoável segundo as

circunstâncias, na elaboração de suas decisões.

Assim, observa-se que o princípio da proporcionalidade nasceu no âmbito do Direito

Administrativo, como princípio geral do direito de polícia22

,e desenvolveu-se como

evolução do princípio da legalidade. Requereu, para tanto, a criação de mecanismos

capazes de controlar o Poder Executivo no exercício das suas funções, de modo a evitar o

arbítrio e o abuso de poder.

A inserção deste princípio no campo constitucional, por sua vez, deveu-se às revoluções

burguesas do século XVIII, norteadas pela doutrina iluminista principalmente no que

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concernia à crença na intangibilidade do homem e na necessidade incondicionalidade de

respeito à sua dignidade.

A Constituição Francesa de 1791 previu expressamente o princípio da legalidade em seu

artigo 3o. A partir daí, a doutrina francesa elaborará instrumentos processuais almejando

sua efetivação, em cujos cernes poder-se-á observar implicitamente delineado o princípio

da proporcionalidade. Cumpre-se destacar o instituto do récours pour excès de

pouvoir, que permitiu postular-se perante o Conselho de Estado recurso visando à reforma

de qualquer ato administrativo, por violação ao princípio da legalidade ou por abuso de

poder. Desta forma tornou-se possível controlar os atos do Poder Executivo, indagando da

proporção entre os fins almejados e os meios utilizados23

.

Coube à Alemanha, após beber na teoria da limitação do poder de polícia do Direito

Administrativo francês, a formulação atual do princípio da proporcionalidade em âmbito

constitucional, notada mente no campo dos direitos fundamentais. Embora já houvessem

sido postos em relevo pela Constituição de Weimar, foi após o fim da Segunda Guerra

Mundial que os tribunais começaram paulatinamente a proferir sentenças nas quais

afirmavam não ter o legislador poder ilimitado para a formulação de leis tendentes a

restringir direitos fundamentais24

.A promulgação da Lei Fundamental de Bonn representa,

assim marco inaugural do princípio da proporcionalidade em âmbito constitucional, ao

colocar o respeito aos direitos fundamentais como núcleo central de toda a ordem jurídica.

Foi, portanto, em consonância com o disposto na Lei Fundamental que o Tribunal

Constitucional alemão iniciou a elaboração de jurisprudência no sentido de reconhecer a

inadaptabilidade do controle da constitucionalidade leis em seus três aspetos básicos:

necessidade, adequação, e proporcionalidade da medida restritiva26

. Paradigmática é a

decisão proferida pelo Tribunal em processo sobre armazenagem de petróleo em 1971.

Assim exprimiu-se: "o meio empregado pelo legislador deve ser adequado e necessário

para alcançar o objetivo procurado"27

. Desde então, este princípio tem sido largamente

utilizado, permitindo-nos afirmar que a trasladação do princípio da proporcionalidade do

Direito Administrativo para o Direito Constitucional tem sido, em última análise, obra dos

tribunais, notada mente da Corte Constitucional alemã28

.

No sistema jurídico pátrio, o princípio da proporcionalidade foi redirecionados a partir da

influência da doutrina portuguesa, a qual havia apreendido seu conceito e conteúdo,

juntamente com os demais países europeus, nas fontes alemães. O artigo 18 da

Constituição portuguesa de 1976 apresenta as limitações a serem seguidas pelos

funcionários públicos no exercício de suas funções, explicitando-se a vinculação de todas

as entidades públicas e privadas no respeito aos direitos fundamentais e o critério da

necessidade como parâmetro in afastável na formulação e aplicação de leis que restrinjam

direitos e garantias constitucionais, delineando indubitavelmente, ainda que de forma

implícita, os requisitos essenciais do princípio da proporcionalidade. Finalmente, no que

tange ao respeito aos direitos fundamentais no Brasil, nossos constituintes seguiram

exemplo austríaco ao adotar o controle concentrado da constitucionalidade das leis para

reprimir eventuais abusos de poder por parte de nossos legisladores

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Antecedentes e regime político

O Presidente da República é o Chefe de Estado (exerce o poder executivo), eleito por

sufrágio universal, com um mandato de 5 anos. Exerce ações de fiscalização sobre o

governo podendo, por um lado, nomear os membros do Governo e o Primeiro-

ministro, e por outro lado, demiti-los. Pode dissolver a Assembleia, e também aprova

ou reprova leis.

A Assembleia da República é eleita para um mandato de quatro anos e neste momento

conta com 230 deputados. Tem a missão de suportar o governo, aprovar o seu

programa e o orçamento de estado e pode derrubá-lo por meio de uma moção de

censura. A Assembleia é também o maior órgão legislador, onde são discutidos os

projetos de lei. Qualquer revisão à Constituição, tem obrigatoriamente de ser

aprovada por dois terços dos deputados.

O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é por regra o líder do partido mais

votado em cada eleição legislativa e é convidado nessa forma pelo Presidente da

República para formar Governo. O Primeiro-Ministro é quem escolhe os ministros, e

em conjunto com estes os Secretários de Estado. As competências do Governo estão

divididas não só pelo Primeiro-Ministro mas também pelos diversos ministérios. O

Governo pode também apresentar projetos de lei à discussão da Assembleia da

República como pode legislar autonomamente, aprovando Decretos-lei no Conselho

de Ministros.

Os Tribunais administram a justiça em nome do povo, defendendo os direitos e

interesses dos cidadãos, impedindo a violação da legalidade democrática e dirimindo

os conflitos de interesses que ocorram entre diversas entidades.

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Causas sociais

Os revolucionários de Abril, porventura bem intencionados, pensaram e fizeram crer à

maior parte do Povo Português, que as pessoas em Portugal podiam ter o nível de vida

dos países nórdicos da Europa, quando no País o nível técnico, cultural e

organizacional era (e ainda é) muito inferior ao dos povos que aí habitam. Mesmo

antes que a expansão de todos os sistemas de ensino desse frutos, aumentando a

rentabilidade na Economia, trataram de distribuir benesses aos seus sequazes em

partido e ideologia, alguns desses sequazes apenas arruaceiros profissionais que mais

não sabem fazer que organizar e andar em manifestações, em comícios, em

campanhas eleitorais e outras. Por outro lado, boa parte dos políticos, não tem outra

profissão que não seja a Política... Assim, ao que se verifica, nem os revolucionários de

Abril nem grande parte dos políticos que se lhes seguiram, pensaram alguma vez que

as leis fundamentais da Economia são tão fatais como a a Lei da gravidade. Seja, por

ex, a Lei que indica que, antes de distribuir, é preciso produzir e que não se pode

distribuir mais do que aquilo que se produz, qualquer que seja a “unidade de conta”

que se use: Euro, Dollar, Libra, ou outra. De tudo isso também resultou que pessoas e

famílias, sem terem emprego seguro, nem habilitações e competência suficientes,

seguindo o exemplo dos governantes, tenham comprado carro, habitação e outras

“comodidades” a prestações com juros altos, situação que na maior parte dos casos se

revelou insustentável, levando essas Famílias a perder tudo e ficar na miséria e no

desespero. Em cada ano não têm sido só muitas centenas ou milhares de pequenas e

médias empresas que têm falido; foram muitas centenas ou milhares de famílias que

faliram e se apresentaram em tribunal nessa situação. Tudo resultante de “Facilitismo”

que os próprios bancos excitaram na mira dos altos lucros. Daí o volume de “crédito

mal parado” dos bancos que tem continuado a crescer todos os anos. Mais uma vez,

falta de bom senso e responsabilidade, perante “liberdades” e publicidade enganosas,

que foram e continuam a ser apanágio de toda a Sociedade Portuguesa, começando

pela própria classe Política, que devia dar exemplo contrário. E note-se: As 1ªs

consequências da insolvência das Famílias é, desde logo, a sua desagregação. Esta

desagregação manifesta-se em múltiplas direções: já não há, no Ocidente, Casamentos

com a inerente Responsabilidade dos cônjuges. Em nome da “Liberdade” “Conjugal”,

há “ajuntamentos” que ora se fazem, ora se desfazem com os consequências

traumáticas que atingem não só os membros do casal, mas sobretudo os filhos, que

são joguete em intermináveis disputas nos tribunais de família. Logicamente que estas

situações têm impacto no rendimento laboral e qualidade do trabalho realizado pelos

litigantes e contribuem para o “entupimento” dos tribunais. A juventude quer e pratica

as máximas liberdades nas práticas sexuais de todos os tipos, mas não quer aceitar a

responsabilidade de ter filhos e educá-los. Daí os muitos milhares de abortos

realizados legalmente, o que também entope as salas de operações e contribui para as

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listas de espera de todos os outros tipos de operações necessárias e, porventura

urgentes. Não terá isto também impacto na Economia do País? Talvez para “

compensar”, estejam a desenvolver-se os “casais” ou parelhas lésbicas, que

pretendem ter filhos e querem e usam os meios públicos da “Procriação Medicamente

Assistida”. Para isso compram no mercado (elas ou os pais), a “peso de ouro”, gâmetas

masculinos de machos famosos (Artistas, Futebolistas, etc.). Não será tudo isto clara

manifestação da decadência da chamada “Civilização Ocidental”? Não consta que tal

aconteça nas China, no Japão, na Índia e na Indochina, que fazem parte das “Potências

Económicas Emergentes”. Só agora, por tanto se falar em “sustentabilidade” do meio

ambiente, se começa a falar também da sustentabilidade da Economia do País e das

Micro economias das Empresas e das Famílias. (E também era bom falar-se de

sustentabilidade das civilizações...). E os paradoxos da nossa Revolução Cultural

aparecem por todo o lado: por causa da Crise diminuiu o consumo de bens de primeira

necessidade e aumentam as vendas de artigos de luxo. Aumenta assustadoramente o

fosso entre ricos e pobres. Um egoísmo feroz capeia por toda a parte e é bem patente

nos condutores “xicos espertos”, em geral, gente jovem, que de todas as formas

passam para a frente dos outros ou obstruem a passagem destes. Egoísmo feroz

também exemplarmente vivo no desprezo com que são tratados os mais idosos,

muitas vezes, Pais e Avós, como já se disse. Jovens “ases do volante” atropelam tudo e

todos nas passadeiras, etc. etc.. Nestes últimos aspetos, a Sociedade Brasileira, que

não passou por nenhuma Revolução Cultural, mas já ultrapassou muitas crises

financeiras, mostra uma evolução no bom sentido, a qual falta de todo em Portugal.

Parte importante da Sociedade Portuguesa ainda hoje acredita nas utopias comunistas

e anarquistas, por força do obscurantismo reinante em todo os sistemas de Ensino no

que diz respeito a matérias que dizem respeito a “Organização Política e

Administrativa de um País” e a “Economia Política”. E ainda por força da pressão dos

meios de Comunicação Social nos quais a maior parte dos articulistas também são

“obscurantistas” em “Economia Política” e matérias correlacionadas como são

“Finanças” e “Moeda e Crédito”. Essas ideologias nunca chegaram sequer a ter

qualquer penetração significativa nas sociedades nórdicas muito mais esclarecidas

nessas matérias. Nelas não há greves nem as crispações tumultuosas que grassam nas

longas campanhas e pré campanhas eleitorais do nosso País, tendo como resultado o

alheamento total da maior parte da juventude em relação à Política e desprezo em

relação aos políticos, o que leva ao predomínio do “abstencionismo” muitas vezes

superior a 50% nos atos eleitorais. Praticamente, os jovens que votam, fazem-no por

orientação dos pais ou do partido onde os meteram.

Causas políticas

Facto consumado. José Sócrates pediu a demissão de primeiro-ministro e o País vai

para eleições num momento em que a situação financeira se agrava a cada dia que

passa. Neste cenário, importa refletir sobre dois pontos essenciais: como se podem

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repartir as culpas desta crise política e as consequências que ela terá para o País.

Comecemos pelas responsabilidades. Ontem, ao falar ao País, o primeiro-ministro apontou o

dedo às oposições e, implicitamente, ao Presidente da República, ao dizer que "esta crise era

evitável, bastava ter havido espírito de diálogo". Esta declaração é, antes do mais, um exercício

de autocrítica. Sendo o pacote de medidas de austeridade apresentado pelo Governo

fundamental e decisivo para "evitar que o País recorra à ajuda externa", não se compreende

que o primeiro-ministro de um governo minoritário o tenha levado a Bruxelas sem dar

conhecimento prévio aos partidos e ao Presidente da República. Ao apresentar à Europa um

programa que não tinha o respaldo político interno, José Sócrates contribuiu de forma decisiva

para comprometer qualquer hipótese de diálogo. Não pode por isso queixar-se, nem do facto

de o líder do PSD não ter condescendido com uma lógica de facto consumado, nem tão pouco

com a ausência de apoio institucional de Cavaco Silva, também ele ignorado pelo primeiro-

ministro. Mas há responsabilidades também quer do Presidente quer do líder da oposição. O

Chefe do Estado, depois do discurso duro e crítico da tomada de posse, não tomou qualquer

atitude para promover diálogos ou entendimentos que evitassem a atual situação. Sendo

coerente com o que disse, não exerceu a magistratura ativa com que se comprometeu,

contribuindo para manter algo fundamental: a estabilidade do País. Já Passos Coelho, para

além de algumas razões que lhe assistem e ao seu partido, também esteve nesta decisão por

pressões internas e de sobrevivência política. Culpas tripartidas, portanto, com maior

responsabilidade para quem lançou o desafio: Sócrates. Quanto ao que aí vem, o Conselho

Europeu que hoje começa - e onde José Sócrates estará na plenitude dos seus poderes, uma

vez que Cavaco Silva só assinará o decreto de demissão depois desta cimeira - não vai trazer

novidades para a salvação financeira do País. A decisão do Conselho Europeu de adiar para

Junho a discussão sobre o fundo de resgate, implica que qualquer ajuda externa efetuado nos

próximos tempos traga a reboque o FMI, à semelhança do que aconteceu na Grécia e na

Irlanda. Com medidas porventura ainda mais duras e gravosas para os portugueses do que as

que que estavam inscritas neste PEC IV ontem chumbado.

A independência

do Brasil

Denomina-se

Independência do Brasil

o processo que culminou

com a emancipação

política desse país do

Reino Unido de Portugal,

Brasil e Algarves, no início do século XIX. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de

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setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a

historiografia clássica do país, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade

de São Paulo), o Príncipe-regente no Brasil, D. Pedro de Alcântara de Bragança,

também príncipe real do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves, bradou perante a

sua comitiva: "Independência ou Morte!". Determinados aspetos dessa versão, no

entanto, são contestados por alguns historiadores em nossos dias. A moderna

historiografia em História do Brasil remete o início do processo de independência à

transferência da corte portuguesa para o Brasil, no contexto da Guerra Peninsular, a

partir de 1808.

A carta constitucional de 1826

A Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa de 1826 foi a segunda Constituição

Portuguesa.[1] Teve o nome de Carta Constitucional por ter sido outorgada pelo rei D.

Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) e não redigida e votada por Cortes Constituintes eleitas

pela Nação, tal como sucedera com a anterior Constituição Política da Monarquia

Portuguesa de 1822. Foi a constituição portuguesa que esteve mais tempo em vigor,

tendo sofrido, ao longo dos seus 72 anos de vigência, 4 revisões constitucionais

designadas por Atos

Adicionais.

Caracterização dos poderes na carta constitucional

A Constituição Política da Monarquia Portuguesa aprovada em 23 de Setembro de

1822 foi a primeira lei fundamental portuguesa e o mais antigo texto constitucional

português, o qual marcou uma tentativa de pôr fim ao absolutismo e inaugurar em

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Portugal uma monarquia constitucional. Apesar de ter estado vigente apenas durante

dois efémeros períodos - o primeiro entre 1822 e 1823, o segundo de 1836 a 1838, -

foi um marco fundamental para a História da democracia em Portugal, e qualquer

estudo sobre o constitucionalismo terá que a ter como referência nuclear. Foi

substituída pela Carta Constitucional portuguesa de 1826.

Caracterí

sticas da

carta

constituc

ional

A Carta

Constitucio

nal

represento

u um

compromis

so entre a

doutrina

da

soberania

nacional,

adotado

sem

restrições

pela

Constituiçã

o de 1822, e o desejo de preservar os direitos régios, o que descontentou os vintistas,

que eram mais radicais, e os absolutistas, bastante mais conservadores. Acabou,

todavia, por ser jurada por todos, incluindo D. Miguel.

Vigência

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CMA- Martinho Branco IRC1-Ruan Medeiros

A Carta vigorou durante três períodos:

o primeiro entre Julho de 1826 e Maio de 1828, data em que D. Miguel convocou os

três Estados do Reino, que o aclamaram rei e decretaram nula a Carta Constitucional;

o segundo iniciou-se em Agosto de 1834, com a vitória do Partido Liberal na Guerra

Civil e a saída do País de D. Miguel, e termina com a revolução de Setembro de 1836,

que proclama de novo a Constituição de 1822 até se elaborar nova Constituição, o que

sucedeu em 1838;

o terceiro período começa com o golpe de Estado de Costa Cabral, em Janeiro de 1842,

e só termina em 1910, com a República. Durante este último período sofreu três

revisões profundas, em 1852, 1885 e 1896.

Influências

Não se sabe ao certo quem foi o seu autor, presumindo-se que tenha sido José

Joaquim Carneiro de Campos. Quem quer que fosse utilizou como fontes a

Constituição do Império do Brasil, a Constituição de 1822 e a Carta Constitucional

outorgada por Luís XVIII de França em 1814. Tiveram ainda influência doutrinal as

ideias de Benjamin Constant.

Características

As suas características mais importantes são as seguintes:

1) A carta é uma concessão régia, que não só não afirma, ao contrário da Constituição

de 1822, o princípio da soberania popular, como concede ao rei um importante papel

na ordenação constitucional;

2) estipula o princípio da separação de poderes que, além dos clássicos três, legislativo,

executivo e judicial, passa a ter mais um, o moderador. O poder legislativo pertence às

Cortes com a sanção do rei e é exercido por duas câmaras: a dos Deputados, eletiva e

temporária e a dos Pares, com membros vitalícios, nomeados pelo rei e sem número

fixo, sendo os lugares hereditários. O poder moderador, o mais importante, pertence

exclusivamente ao rei, que vela pela harmonia dos outros três poderes e não está

sujeito a responsabilidade alguma. O poder executivo também pertence ao rei, que o

exercita através dos seus ministros. O poder judicial é independente e assenta no

sistema de juízes e jurados;

3) a Carta enumera ainda os direitos dos cidadãos, de que os mais importantes são o

direito de liberdade de expressão, oral e escrita, o direito de segurança pelo qual

ninguém pode ser preso sem culpa formada, e o direito de propriedade. Mas não

indica quaisquer deveres, o que é bastante significativo.

Embora liberal, ficou longe do espírito democrático da Constituição de 1822.

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