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DIREITOS HUMANOS X DIREITOS FUNDAMENTAIS (DIFERENÇAS, REGIME JURIDICO) “No Brasil, a Constituiçao de 1988 assegura que o tribunal popular julgara os crimes dolosos contra a vida, prevendo a possibilidade de que seja sua competência ampliada por lei. +...= A ideia do tribunal popular é a de que os casos importantes sejam julgados por pessoas que formam a comunidade a qual pertence o acusado, tal como o acusado seja parte desta, vale dizer, a noção que se tem do júri popular é a de que o julgamento se de pelos pares do réu. (TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 7ª edição, Editora jusPODIVM, 2012, p. 834 Salvador, BH.) No Brasil, o tribunal do júri foi inicialmente instituído por Lei, em 18 de julho de 1822, com competência restrita para julgar os crimes de impresa. Com a Constituicao Imperial de 1824, o tribunal popular foi reafirmado como órgão com competência para julgar crimes que agetam determinados bens jurídicos, em especial, os crimes contra a vida, passando a ter sede constitucinal. A unicia constituição que não trouxe previsão do tribunal popular foi a Carta outorgada de 1937, inauguradora de um período ditatorial, instaurando=se duvida ate o ano de 1938. Com a constituição do Brasil de 1988, o tribunal do júri foi confirmado como direito e garantia fundamental. Garantia de sujiicao ao tribunal popular, nos crimes de sua competência, para atendimento ao devido processo legal. E direito, conferido de forma ampla, de participar da atividade do judiciário, na condição de jurado (juízes

Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

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Direitos humanos versus direitos fundamentais

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DIREITOS HUMANOS X DIREITOS FUNDAMENTAIS (DIFERENÇAS, REGIME JURIDICO)

“No Brasil, a Constituiçao de 1988 assegura que o tribunal popular julgara os crimes dolosos contra a vida, prevendo a possibilidade de que seja sua competência ampliada por lei.+...= A ideia do tribunal popular é a de que os casos importantes sejam julgados por pessoas que formam a comunidade a qual pertence o acusado, tal como o acusado seja parte desta, vale dizer, a noção que se tem do júri popular é a de que o julgamento se de pelos pares do réu. (TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 7ª edição, Editora jusPODIVM, 2012, p. 834 Salvador, BH.)

No Brasil, o tribunal do júri foi inicialmente instituído por Lei, em 18 de

julho de 1822, com competência restrita para julgar os crimes de impresa. Com

a Constituicao Imperial de 1824, o tribunal popular foi reafirmado como órgão

com competência para julgar crimes que agetam determinados bens jurídicos,

em especial, os crimes contra a vida, passando a ter sede constitucinal. A

unicia constituição que não trouxe previsão do tribunal popular foi a Carta

outorgada de 1937, inauguradora de um período ditatorial, instaurando=se

duvida ate o ano de 1938. Com a constituição do Brasil de 1988, o tribunal do

júri foi confirmado como direito e garantia fundamental. Garantia de sujiicao ao

tribunal popular, nos crimes de sua competência, para atendimento ao devido

processo legal. E direito, conferido de forma ampla, de participar da atividade

do judiciário, na condição de jurado (juízes leigos). (TAVARO, Nestor;

ALECAR, Rosmar Rodrigues. 2012, p. 835).

PRINCIPIOS NORTEADORES

PLENITUDE DA DEFESA: Segundo Antoniio Scarance Fernandes, “quis

o legislador constituinte, alem da ampla defesa geral de todos os acusados,

assegurar ao acusado do júri mais, ou seja, a defesa plena, levando em conta

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principalmente o fato de que, diferentemente das decisões judiciais nos

processos em geal, a decisao dos jurados não e motivada. Pode o juiz, no seu

julgamento, de oficio, admitir em favor do acusado tese não apresentad pela

defesa, mas os jurados não podem.

SIGILO DAS VOTACOES: Segundo esse principio, os jurados dever

proferir seus votos em segredo sendo recolhidos, de acordo com o art. 476 do

CPP, a sala secreta. Também não podem se manifestar sobre o seu

julgamento nem influir na decisão dos outros jrados, sob pena de nulidade

absoluta do julgamento.

SOBERANIA DOS VEREDICTOS: assegura-se que nenhum órgão

jurisdicional possa sobrepor-se as decisos do júri para exercer,

simultaneamente, o judicium rescindens e o judicium rescisorium.

COMPETENCIA PARA O JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS

CONTRA A VIDA: segundo esse principio, a Constituiçao Federal estabeleceu

uma competência mínima, que não pode ser subtraída por nenuma lei

infraconstituciona. Entretando, a competência do tribunal do júri poderá ser

ampliada por lei ordinária.

Procedimento do tribunal do júri

A primeira fase chama-se juízo de admissibilidade, sumario da culpa,

juízo de acusao ou judicium accusatinis.

Sera inaugurada com a denuncia ou queixa subsidiaria, podendo ser

recebida ou rejeitada. E possível ainda que exista um versadeiro litisconsórcio

ativo entre o MP e o querelante, na hipótese de conexão entre um crime doloso

contra a vida e outro de iniciativa privada, no que se chama de ação penal

adesiva.

O órgão da acusao poderá arrolar ate oito testemunhas. O juiz ao

receber a denuncia ou a queixa , ordenara a citação do acusado para

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responder a acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias (art. 406, caput,

CPP). Esse prazo deve ser contado a partir do efetivo cumprimento do

mandado ou do comparecimento em juizo do réu ou de seu defensor quando

invalida a citacao ou realizada esta por edital.

O interrogatório e o ultimo ato da instrução, depois da produção de prova

testemunhal, pericial e demais diligencias, contudo antes dos debates orais

finais. Outrossim, não se fala mais em defesa previa, no prazo de três dias,

mas de resposta previa com teor análogo as alegações finais escritas do

procedimento revogado. O rol de testemunhas de cada acusado, ate o numero

de oito, deve ser apresentado na resposta preliminar escrita.

Caso não seja apresentada a defesa (resposta preliminar escrita), no

prazo legal, o juiz nomeara defensor para oferece-la, em ate dez dias, abrindo-

lhe vista doa autos (art. 408, CPP), já que a preca e de natureza obrigatória.

Depois de apresentada a defesa, o Ministerio Publico ou o querelante será

ouvido sobre as preliminares e os documentos carreados, a teor do art. 409

CPP.

Em seguida o juiz designara audiência de instrução, para que seja

inquiridas testemunhas, e determinara a realização de diligencias requeridas

pelas partes, tendo dez dias para deliberar a respeito. (art. 410, CPP, nova

redação).

Na audiência de intrucao, será tomada, se possível, as declarações do

ofendido, bem como serão inquiridas as testemunhas arroladas pela acusao e

pela defesa nesta ordem. As diligencias e preciias deverão estar concluídas

quando da realização dessa audiência. O momento precusivo para a conclusão

da instrução da primeira fase e a audiência de instrução, que deve concentrar

todos os atos e diligencias pendentes.

Os esclarecimentos dos preitos dependerão de prévio requerimento e de

deferimento do juiz e o seu $$ 2 arremata que “as provas serão produzidas em

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uma so audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes,

impertinentes ou protelatórias”.

O desfecho do judicium accusationis se dava após o oferecimentos das

alegações finais, primeiro pelo Ministerio Publico e depois pela defesa. Com o

advento da Lei n. 11.689|2008, esse momento acontecera após as alegações

orais, apresentadas nos termos do $$ 4º do art. 411, CPP: “as alegações serao

orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, a acusao e a defesa, pelo

prazo de 20(vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez).” Caso haja “mais

de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusao e a defesa de cada um

deles será individual” ($$5º ). A manifestação do assistente de acusao terá

lugar após a do Ministerio Publico, concedendo-se 10 (dez) minutos.

O $$9º, do art. 411, CPP, estatui que encerrados os debates, o juiz

proferira sua decisão imediatamente, ou o fará em dez dias, ordenando, para

tanto, a conclusão dos autos. O procedimento deve ser concluído no prazo

Maximo de noventa dias (art. 412, CPP).

Pode, então, o magistrado adotar as seguintes posturas: pronunciar o

reu; impronuncia-lo; absolve-lo sumariamente; desclassificar a inflacao dolosa

contra a vida. Decidindo por pronuciar o réu, terá cabimento o inicio da

segunda fase, assim que precluso o julgado por ausência de interposição de

recurso ou por confirmação do tribunal ao aprecia-lo. Nas demais hipóteses,

abrevia-se o rito, não havendo inicio do juízo de mérito perante o tribunal

popular, ressalvado o caso de pronuncia de um dos acusados, quando mais de

um figurar no pólo passivo da ação penal.

Sentenca de Prenuncia: o Codigo de Processo Penal, em seu art. 413,

caput e $$ 1º (Lei 11.689|2008), chama de “setença de pronuncia” a decisão a

ser exarada quando o juiz estiver convencido da existência de lastro probatório

necessário para remessa do réu a segunda fase do julgamento. A pronuncia

conterá fundamentação que se limite “a indicação da materialidade do fato e da

existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz

declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as

circunstrancis qualificadors e as cauãs de aumento de pena”.

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A sentença de pronuncia tem a natureza de uma decisão interlocutória

mista não terminativa. E mista porque encerra uma fase sem por fim ao

processo. E não terminativa por não decidir o meritum causae, em extinguir o

fieto sem resolução de mérito (se julgasse o mérito seira definitiva).

Impronucia: a decisao de impronuncia não julga o merito da denuncia,

tendo, pois, conteúdo terminativo. E autentica sentença porque encera o

processo (ou, quando mais de um acusado, pó fim ao processo quanto ao que

foi impronunciado). A impronuncia encerra o judicium accusationis sem

inaugurar a segunda fase.

A impronuncia vem no art. 414 CPP, ao dizer que “não se convencendo

da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou

de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciara o acusado”,

escalarecendo, em seu parágrafo único, que “enquanto não ocorrer a extincao

da punibilidade, poderá ser formulada nova denuncia ou queixa se houver

prova nova”.

Despronuncia: despronúncia e termo cunhado pela doutrina que

equivale a impronuncia de um acusado que, inicialmente, havia sido

pronunciado. A despronúncia pode ser dar pelo juiz de primeiro grau ou pelo

tribunal. Havera despronúncia pelo juiz que prolatou a decisão quando ele se

retratar ao apreciar a admissibilidade do recurso em sentido estrito interposto

(art. 589, CPP), alterando sua decisão de pronuncia para impronuncia. Caso o

juiz não se retrate e resolva sustentar sua decisão, ainda que pelos próprios

fundamentos nela lançados, encaminhara os autos ao tribunal ad quem, que

apreciando o mérito do recurso em sentido estrito pode reconhecer que não foi

correta a pronuncia, despiununciando (os pronunciados) o réu.

Sentenca de absolvição sumaria: a absolvição sumaria do crime contra a

vida julga o mérito da ação penal, em momento antecipado. A denuncia e

julgado improcedente e, por forca da coisa julgada mateial formada, não pode

ser reiniciada demanda penal pelos mesmos fatos narrados na peca

acusatória.

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Hipóteses que passam a admitir a absolvição sumaria (art. 415 CPP):

- Provada a inexistência do fato

- Provado não ser ele autor ou participe do fato

- O fato não constituir infração penal

- Demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

Decisao de desclassificação da infração penal contra a vida:\ o

magistrado, apreciando os fatos, reconhecera que o crime ali descrito e diverso

de quaisquer tipificações de delitos contra a vida. Note-se bem que o juiz não

deve dizer o tipo de entende enquadrada a conduta descrita. A opinio delicti e

do Ministerio Publico. Ele deve apenas afirmar que não se trata de crime contra

a vida e que, por tal razão, não e o júri competente para apreciar o processo. E

uma decisão que assenta a incompetência do júri, ou seja, uma decisão

declinatória.

Rito espeical do júri: judicium causae

A segunda fase do rito do júri, o judicium causae, so será iniciada se

houver pronunica de acusado em delito doloso contra a vida. Alias, a

consumação dda delimitação do thema decidendum para os jurados so

ocorrera coma preclusão da pronunica, isto e, com a certidão de que esta

decisão precluiu para o Minsiterio Publico e paara a defesa, mercê de não ter

sido interposto recusro em sentido estrito, ou caso apresntado, após o seu

julgamento definiditov.

Note-se que se houver mais de um acusado, o prosseguimento do

processo pode ser tornar diferenciado em relação a eles em virtudo de fatores

também distintos, tais como:

O juiz pode pronunicar apenas um acusado e immpronuncia o outro ou

os demais; dois acusados são pronunciasdos, mas so um deles recorre em

sentido estrito; dois acusados são absolvidos sumariamente e, por apelação do

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Ministerio Publico, o tribunal reforma a sentença em relação a um deles; dosia

cusado são pronunciados, ambos recorre, porem um o faz intempestivamente.

Essa advertência e relevante para consagrar que a regra, o ideal, e que

todos os réus de um mesmo fato ou de fatos conexos participem de um

julgamento único: um único júri para todos. A exceção – ou o que deveria ser

exceção – e a realização de um júri para cada acusado.

Com a entrada em vigor da atual redação do art. 420, parágrafo único,

CPP (conferida pela Lei n. 11. 689|2008), não há mais distinção de tratamento

entre acusados por crime afinancavel ou inafiançável. “será intimado por edital

o acusado solto que não for encontrado” independentemente da natureza do

crime doloso contra a vida, evitando a indesejável crise de instacia.

Com a imutabilidade do thema decidendum, haverá possibilidade de

oferecimento de rol de testemunhas pelas partes, ate o numero de cinco para

casa, no mesmo prazo de cinoc dias em que era apresentado o libelo-crime

acusatório anteriormente a alateracao legislativa trazida pela Lei 11.689|2008.

Com a supressão do libelo, a pronuncia passou a ser o único paramento para a

delimitação da acusao, ficando o Ministerio Publico, assistnete ou querelante

livre para sustentar em plenário circunstancias agravantes que antes deveriam

se consignas no libelo-crime acusatorio.

Desaforamento

Desaforamneto e o deslocamento da competência do processo de crime

doloso contra a vida para a comarca mais próxima. A idéia que norteia o

desaforamento e a de que o júri não possa ser realizado o local do

cometimento do delito quando haja risoc para o julgamento, seja no tocante a

parcialidade do júri, seja quanto a segurnaca do acusado. Permeia a

interpretação, aplicação do art. 427 CPP, a atenção para o clamor publico e

para a possível influencia do poder econômico ou político existente no foro

competente.

O desaforamento, via de regra, so pode ocorrer após a preclusão da

pronuncia do acusado. Não existe um termo final para que seja o feito

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desaforado. Presentes os motivos, pode haver o deslocamento do processo

para a comarca mais próxima. O desaforamtneo pode se dar por iniciativa da

parte, do assistente ou do juiz, sempre perante o tribunal de segunda instancia

ao qual esta vinculado o juízo.

o desaforamento poderá ser decretado pelos seguintes motivos: se o

interesse da ordem publica o reclamar; se houver duvida sobre a

imparcialidade do júri ou sobre a segunranca pessoal do réu. Existe ainda um

outro motivo de desaforamtneo que não pode se dar a pedido do magistrado,

mas tão somente das partes (defesa e Ministerio Publico) ou do assissntente,

qual seja: quando o julgamento não se realizar no prazo de seis meses contado

do transito em julgado da decisão de pronuncia. (art. 428, CPP).

Não há recurso acerca da admissibilidade ou não do desaforamento,

admitindo-se a possibilidade da impetração de habeas corpus.

Instalacao da sessão do júri

Estando o processo maduro para o julgamnto pelo tribunal do júri, o juis-

presidente providenciara os preparativos para a sessão. Em comarcas onde

são realizados julgamentos de vários processos de crimes dolosos contra a

vida por períodos sucessivos, tem-se o habito de se dar o nome de sessão a

pauta do júri de determinado mês.

Alistamento dos jurados]antes da organização da pauta, do sorteio e da

convocação dos jurados para a reunião periódica ou extraordinária, será

elaborada a listagem geral de jurados, com a indicação das respectivas

profissões. Os jurados serão alistados com base em informações prestadas ao

jurados por entidade idôneas (publicas e ou privadas), de que de que reúnem

as condições para o exercicico da função. A lista será publicaa ate o dia dez de

outubro de cada ano. De forma a assegurar sua publicidade, serão afixados

editais com o nome dos jurados a porta do Tribunal do Juri.

O numero de jurados para a formação da lista geral conforme o art. 425,

CPP, estabelece que serão listados anualmente para o tribunal do júri de 800

(oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de

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1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas

comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400

(quatrocentos) nas comarcas de menor população.

Organizacao da pauta

Estabelece que ressalvado “motivo relevante que autorize alteração na

ordem dos julgamentos, terão preferência: os acusados presos; dentre os

acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; em

igualdade de cndicoes os precedentemente pronunciados”.

Ainda como providencias para a organizacao da pauta, o art. 430, CPP,

averba que “o assistente somente será admitido se tiver requerido sua

habilitação ate 5 (cinco) dias antes da data da sessão na qual prentenda atuar”.

Sorteio e convocao dos jurados

De acordo com o art. 432 CPP, “em seguida a organizacao da pauta, o

juiz presidente determinara a intimação do Ministerio Publico, da Ordem dos

Advogados do Brasil e da Defensoria Publica para acompanhrem em dia e hora

designados, o sorteio dos jurados que atuarão na reunião periódica”. Esse

sorteio e presidido pelo juiz, e sera feito “a portas abertas”, cabendo-lhe retirar

cédulas ate completar o numero de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunia

período ou extraordinária”.

Função de jurado

O Codigo de Processo Penal traz o regramento da função do jurado,

verberando que “o serviço do júri e obrigatório” e que “o alistamento

compreendera os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória

idoneidade” (art. 436, caput, CPP), não podendo nenhum cidadeao, “ser

excluído dos trabalhos do juri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou

etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau

de instrução” ($$1º ). De outra parte, “ a recusa injustificada ao serviço do juri

acarretara multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do

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juiz, de acordo com a condição econômica do jurado”. Tambem será multado o

jurado que deixar de comparecer no dia marcado.

Sem embargos, algumas pessoas, em razão do exercício de cargo,

função publica, mandato eletivo ou por situações particulares justificais são

isentas do sercio do júri, quais sejam: o Presidente da Republica e os Ministros

de Estado; os Governadores e seus respectivos Secretarios; os membros do

Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Camadas Distrital e

Municipais; os Prefeitos Municipais; os Magistrados e membros do Ministerio

Publico e da Defensoria Publcia , as autoridades e os servidores da policai e da

segurança publica; os militares em serviço ativo; os cidaes maiores de 70

(setenta) anos que requeiram sua dispenas e aquels que o requereem,

demonstrado justo impedimtento.

Reunião e sessões do tribunal do júri

A instalação da sessão de instrução e julgamento do júri – dia do

julgamento de um processo com um ou mais acusados da pratica de crime

doloso contra a vida – e iniciado com a conferenia, pelos juis presidente, das

cédulas com os nomes dos vinte e cinco jurados sorteados dias antes. São

desses vinte e cinco jurados que serão sorteados os sete que farao parte do

conselho de sentença.

Daí que, assim que o juiz onstatar o comparareicmenot de queinze

jurados, com a abertura da sessão (o juiz declarara a abertura dos trabalhos,

ex vi do art. 463 CPP), a parte interessada terá o ônus de alegar a nulidade

que entende ser argüida em seu favor.

A ausência do acusado solto que tenha sido devidamente intimado não

justifica sua condução coercitiva, nem tampouco o adiamento do júri. Já se

estiver preso, sua presença e obrigaotira, ressalvado pedido expresso de

dispensa subscrito pelo réu e por sue advogado. Já a ausência injustificada do

defensor constituído e do membro do Minsiterio Publico, impõe o adiamento

para a data mais próxima.

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o juiz presidente, ate o momento de abertura dos tabalhos da sessão,”decidira

os caos de isenção e dispensa de jurados e o pedido de adiamento de

julgamento, mandando consignar em ata as deiberacoses “ (art. 454).

Caso o ARQUET NÃO COMPARECA, TEM INCIDENCIA O ART. 455: “

O juiz presidente adiara o julgamento para o primeiro dia desimpedido da

mesmsa reunião, cientificadas as partes e as testemunhas”.rdem dos

Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sessão (art. 456).

Conforme o art. 457, “o julgamento não será adiado pelo não

comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do

querelante, que tiver sido regularmente intimado”.

Formacao do conselho de sentença

Comparecendo as partes, as testemunhas e no numero minido de

jurados – estando em ordem a sessao já instalda -, será realizado o sorteio dos

sete jurados que formarão o conselho de sentença, com a obsercao de que

“antes de constituído o Conselho de Senenca, as tetemunhas serão recolhidas

a lugar onde uma não possam ouvir os depoismentos das outras”. (art. 460,

CPP).

Atos instrutorios

Com o conselho de sentença completo, terá lugar a instrucao em

plenario. Ela não mais se inicia com o ato de apregoar e qualificar o réu. Não e

mais o seu interrogatório o priemirio ato instrutorio a ser realizdo. Houve

inversão do rito, para enfatizar o direito a ampla defesa e ao contraditório e,

também na fase do judicium causae, o interogatorio doa cusado que estiver

presente será tomado ao final, porem, antes dos debates orais. Desse modo,

segue-se a tendnecia de acentuar o Carter de meio de defesa do interogatorio.

Será inicada, então a instrução pelanaria no momento em que “ o juiz

presidente, o Ministerio Publico, o assintes, o querelante e o defensor do

acusao tomarão , sucessivas e diretamente, as declaraoes do ofendido, se

possível, e inquirirão as testemunhas arroaldas pela acusao”. (art. 473, caput,

Page 12: Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

CPP). Para a oitiva “das testemunahas arroaldas pela defesa, o defensor doa

cusado formulara as perguntas antes do Ministerio Publico e do assistente,

mantidos no mais a ordem e os critérios estabelicidos nesta artio”. ($$1º ). Já

os jurados so “poderão formular perguntas ao ofendido e as testemunhas, por

intermeido do juiz presidente” ($$2º ).

Veja-se que, havendo testemunhas a serem ouvidas, serao tomados os

respectivos depoismento de modo que uma não ouça o depoimento das outras.

São ouvidas primeito as testemunhas arroaldas pela acusao. Por ultimo,

são ouvidas as indicadas pela defesa. E possível a oitiva de pessoas que não

tenham o dever de dizer a verdade, sendo consignada sua qualidade de

informante.

O interrogatório será o ultimo ato instrutorio, sem prejuízo das

possibilidade de reinquirição dos deposentes durante a sessão plenária.

Debates e poderes do juiz

Depois de concluídos os atos de instrução, serão iniciadas as

sustentações orais, a começar pela da acusao. O promotor de justiça ou o

procuardor da republica – dividndo o tempo como o assistente sd e acusao, se

houver – terá ate uma hora e meia para produzir a acusao, sendo acrescida de

uma hora se mais de uma cusado estiver sendo julgaod.

Na sua sustenacao oral, o Ministerio Publico fará a acusao “nos limites

da pronuncia ou das decisões posteriores que julgaram adminssiveis a acusao,

sustntnado, se for o caso , a exitesncia de circunstancias agravante”.

A defesa segurra com sua sustentancao, pelo prazo de uma hora e

meia. Após sua oratória, poderá haver replica por parte do Ministerio Publico,

querelante e ou assistente, pelo tempo de uma hora, elevando esse tempo ao

dobro se existir mais de um réus.

Page 13: Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

Encerrados os debat4s, o juiz indagara se os jurados estão aptos a

julgar os fatos. Os jurados terão conhecimento nessa altura, dos quesitos a que

deverão responder. Serão eles lidos em plenário.

Formulacao dos qusitos e votação.

Os jurados hojse são indagados primeiramente sobre a existência dos

fatos e sua respectiva autoria e, ao final, há uma questão genérica, que quer

saber se os jurados consideram ou não que o réu deve ser absolvido.

Decerto , os quesito sertão formulados segundo a ordem presita no

Codigo. São eles>

Quesito sobre a materialidade do fato;

Quesito sobre a autoria ou participação;

Respondendo o Conselho de Sentenca afirmativamente a essa questão,

seguira a votação com a pergunta seguinte. Caso contratio, encerra-se o

julgamento com a absolvição do acuado pelo júri.

Próximo quesito – indagara se o acusado deve ser absolvido

Quesito seguinte, se refere a existência de causa de diminuição de pena

alegado pela defesa

Por derradeiro, os jurados são inquiridos sobre a existência das

circunstancias qualificadoreas ou causa de aumento de penha.

Sentença e ata da sessão

Por sua vez, a sentença, não havendo descalasssificao do crime contra

a vida, deve ser lavrada pelo juiz presidente em conformidade com o que

decidido pelos jurados, alusivamente aos fatos. Destarte, a sentença poderá

ser: de absolvição, caso em que o réu devera ser posto em liberdade de plano,

caso esteja preso; de descalassificao do crime doloso contra a vida, quando o

juiz presidente terá a competência para julgar os fatos de forma mais ou menos

Page 14: Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

ampla a depender da forma do quesito cuja resposta ensejou a

desclassificação, haja vista que se o juiz tiver maior liberdade para definir

juridicamente os fatos, a classificação e denominada doutrinariamente de

própria, enquanto se o júri indicar o crime que foi cometido – como se da com o

reconhecimento de culpa no homicídio (homiciido culposo) –, a

desclassificação e imprópria. Caso a descalassificao implique no

reconhecimento que se trata de infração de mnor potencial ofensivo devera o

próprio juiz presidente do júri, proceder a aplicação dos art. 69 e seguintes da

Lei n. 9.099\9

A decisão no júri e subjetivamente complexa, pois cabe ao juiz

presidente elaborar a sentença de acordo com a votação efetuada pelos

jurados, sendo decisão de um órgão colegiado heterogenio. Acabada a

asentenca todos voltarão ao plenário, onde esta será lida pelo jiz, saindo as

partes já intimadas para apresentação de eventual recurso, encerrando-se a

sessão de julgamento. (art. 493, CPP).

Page 15: Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

Referências Bibliográficas

SANTOS, Vauledir Ribeiro. Como se preparar para o EXAME DE ORDEM. 6 Processo Penal. 4ª Edicao. Editora Metodo, 2012. São Paulo – SP.

TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 7ª Edicao. Editora jusPODIVM, 2012. Salvador – BH.