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DIRETORIA EXECUTIVA 2011-2012...Conselho Editorial: Álvaro Sérgio Weiler Junior, Anna Claudia de Vasconcellos, Carlos Castro, Davi Duarte, Estanislau Luciano de Oliveira, Fernando

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Conselho Editorial: Álvaro Sérgio Weiler Junior, Anna Claudia de Vasconcellos, Carlos Castro, Davi Duarte, EstanislauLuciano de Oliveira, Fernando Abs da Cruz, Isabella Gomes Machado, Jair Mendes, Júlio Greve, Luciano CaixetaAmâncio, Marcelo Dutra Victor e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected].|Projeto gráfico: Eduardo Furasté|Editoração eletrônica: José Roberto VazquezElmo|Capa e contracapa: Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.000 exemplares| Impres-são: Gráfica Pallotti|Periodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituições de ensino ejurídicas.

Maio | 20112

www.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800.601.3020

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA 2011-2012Presidente: Carlos Alberto Regueira de Castro e Silva (Recife)Vice-Presidente: Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)1º Secretário: Luciano Caixeta Amâncio (Brasília)2º Secretário: Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)1º Tesoureiro: Isabella Gomes Machado(Brasília)2º Tesoureiro: Estanislau Luciano de Oliveira (Brasília)Diretor de Articulação e Relacionamento Institucional:

Júlio Vitor Greve (Brasília)[email protected]

Diretor de Comunicação, Relacionamento Interno e Eventos:Roberto Maia (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Honorários Advocatícios:Álvaro Sérgio Weiler Junior (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Negociação Coletiva:Marcelo Dutra Victor (Belo Horizonte)[email protected]

Diretor de Prerrogativas:Pedro Jorge Santana Pereira (Recife)[email protected]

Diretor Jurídico:Fernando da Silva Abs da Cruz (Porto Alegre)[email protected]

Diretor Social:Elenise Peruzzo dos Santos (Porto Alegre)[email protected]

REPRESENTANTES REGIONAISBianco Souza Morelli (Aracaju)|Tânia Maria Trevisan (Bauru)|PatrickRuiz Lima (Belém)|Leandro Clementoni da Cunha (Belo Horizonte)|JúlioVitor Greve (Brasília)|Ricardo Tavares Baraviera (Brasília)|Lya RachelBasseto Vieira (Campinas)|Alfredo de Souza Briltes (Campo Grande)|Daniele Cristina das Neves (Cascavel)|Juel Prudêncio Borges (Cuiabá)|Susan Emily Iancoski Soeiro (Curitiba)|Edson Maciel Monteiro(Florianópolis)|Maria Rosa de Carvalho Leite Neta (Fortaleza)|Ivan SergioPorto Vaz (Goiânia)|Isaac Marques Catão (João Pessoa)|Rodrigo TrezzaBorges (Juiz de Fora)|Altair Rodrigues de Paula (Londrina)|DioclécioCavalcante Neto (Maceió)|Raimundo Anastácio Carvalho Dutra Filho(Manaus)|José Irajá de Almeida (Maringá)|Carlos Roberto de Araujo(Natal)|Daniel Burkle Ward (Niterói)|João Batista Gabbardo (NovoHamburgo)|Pablo Drum (Porto Alegre)|Bruno Ricardo Carvalho de Souza(Porto Velho)|Justiniano Dias da Silva Júnior (Recife)|Sandro EndrigoChiarotti (Ribeirão Preto)|Carlos Eduardo Leite Saboya (Rio deJaneiro)|Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)|Fabio Radin (SantaMaria)|Antonio Carlos Origa Júnior (São José do Rio Preto)|FláviaElisabete Karrer (São José dos Campos)|Virginia Neusa Lima Cardoso(São Luís)|Roland Gomes Pinheiro da Silva (São Paulo)|Edvaldo MartinsViana Júnior (Teresina)|Tiago Neder Barroca (Uberaba)|Luciola PereiraVaconcelos (Uberlândia)|Angelo Ricardo Alves da Rocha (Vitória)|AldirGomes Selles (Volta Redonda)CONSELHO DELIBERATIVOMembros efetivos:Davi Duarte (Porto Alegre), Renato Luiz Harmi Hino(Curitiba), Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia), Juliana Varella Barca deMiranda Porto (Brasília) e Elton Nobre de Oliveira (Rio de Janeiro).Membros suplentes: Antônio Xavier de Moraes Primo (Recife), FábioRomero de Souza Rangel (João Pessoa) e Jayme de Azevedo Lima(Curitiba).CONSELHO FISCALMembros efetivos: Daniele Cristina Alaniz Macedo (São Paulo), RogérioRubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Adonias Melo de Cordeiro(Fortaleza).Membro suplente: Melissa Santos Pinheiro Vassoler Silva (Porto Velho).Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João CarlosSaad | CEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Gerente financeira: Ana NietjaMendes Nunes | Assistentes administrativas: Gleici Kelly e PriscilaChristiane da Silva.

| Editorial

As opiniões publicadas são de responsabilidade de seus autores,não refletindo necessariamente o pensamento da ADVOCEF.

Esta edição da ADVOCEFem Revista assume ares co-memorativos. Um associadoda entidade, também advo-gado de longa carreira e ex-diretor jurídico da CAIXA, as-sume uma vaga, pelo Quin-to Constitucional, no Supe-rior Tribunal de Justiça.

Motivo de incontida sa-tisfação, a nomeação vemsomar o reconhecimentopessoal pela capacidade doprofissional com o orgulhocoletivo pela condição de in-tegrante de uma equipe tec-nicamente preparada paraenfrentar grandes e perma-nentes desafios.

A chegada do Dr. AntonioCarlos àquela corte, apósuma trajetória de crescentesméritos, honra e dignificatodos os seus colegas decarreira.

Declarações de diversosassociados, aliadas à narra-tiva da campanha, fazemdesta edição uma oportuni-dade de homenagear todosos advogados da CAIXA.

Pelas páginas de muitasedições anteriores desfila-ram relatos de muitas per-das de profissionais da CAI-

Uma perda com ganho

Diretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria Executivada ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEF

XA para outras carreiras,sempre com um sentimentode impotência diante de umquadro durante muito tempodeficitário em relação aocrescente volume de deman-das.

Eis que desta feita surgea alegria pela perda de um in-tegrante da área jurídica. Ale-gria que se justifica menospelo afastamento de um téc-nico e administrador diferen-ciado e mais pelo destinodesta saída: integrar a cortesuperior responsável pormuitas e vibrantes decisõesjudiciais do país.

Em outra matéria, damosnotícias sobre o andamentode mais um congresso da ca-tegoria, expectativas de al-guns dos participantes e umapanorâmica do que se espe-ra do grande encontro anualdos advogados, reunidos emtorno de sua Associação Na-cional.

Tenhamos uma boa leitu-ra, repleta de regozijo e de pla-nejamento por dias ainda me-lhores para todos.

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Antonio Carlos, ex-diretor jurídico da CAIXA, é o mais novo membrodo Superior Tribunal de Justiça

| Nomeação

A ADVOCEF tem ministro

O presidente daADVOCEF, Carlos Cas-tro, avalia a indicaçãodo colega AntonioCarlos Ferreira para ocargo de ministro do Su-perior Tribunal de Justi-ça como o reconheci-mento do trabalho dosadvogados da CAIXA.Empenhado na campa-nha para a escolha -confirmada em 18/04/2011 pela presidenteDilma Rousseff e refe-rendada pelo Senadoem 10/05/2011 - ,Castro agradece a to-dos que colaborarampara que a ADVOCEF pu-desse ter o seu primei-ro ministro. "Parabéns por mais essebelo trabalho, que vem comprovar queunidos somos bem mais fortes."

Para o advogado Alfredo AmbrósioNeto, do Jurídico Goiânia/GO, a indica-ção significa, além do aval à capacida-de dos advogados da CAIXA, uma con-quista invejável da ADVOCEF, demons-trando a força que os associados pos-suem quando se propõem a lutar de for-ma orgânica e estruturada. "Oministro Antonio CarlosFerreira representa mais visibi-lidade da ADVOCEF perante ostribunais superiores e o PoderJudiciário brasileiro, o que jávem ocorrendo com as publica-ções da Revista de Direito, as-sim como melhor interlocuçãopara viabilizar a defesa de nos-sos direitos e conquistas."

O consultor jurídico SatiroLazaro da Cunha diz que ter umcolega ministro do STJ é motivode orgulho para todos. "O Dr. An-tonio Carlos Ferreira, ao contrá-rio do que alguns invejosos e

recalcados de plantão andaram aprego-ando por aí, é um grande profissional doDireito, possui um currículo invejável ecom certeza será um excelente minis-tro, principalmente por ser detentor denotável saber jurídico adquirido ao lon-go de seus quase 27 anos como advo-gado da CAIXA."

A advogada Marta Faustino PorfirioNobre, do Jurídico Goiânia/GO, traba-

lhou com AntonioCarlos na Dijur, no perí-odo de 2003 a 2005."Posso destacar que setrata de um excelenteadvogado, um gestorvisionário e estrategis-ta e uma das pessoasque mais tem respeitopelos outros, tanto noaspecto profissionalquanto no aspecto hu-mano, além de ser umapessoa boníssima."

Marcelo DutraVictor, do Jurídico BeloHorizonte/MG, lembra aexcelente receptividadedo nome do colega en-tre os ministros. "É bomlembrar que da lista en-

viada pelo STJ ao governo o seu nomeseguiu em primeiro lugar. Logo, é naturala sua escolha pela presidenta DilmaRousseff." Para Marcelo, a indicaçãomostra que a advocacia pública na CAI-XA credencia seus pares a ocuparemquaisquer cargos jurídicos, nos tribunaisregionais e nos superiores, e também queo trabalho institucional da ADVOCEF deapoio às demandas de seus associados

tem surtido efeito.

Estrela no escudoNessa tarefa, observa o

advogado Altair Rodrigues dePaula, do Jurídico Londrina/PR, a ADVOCEF está afinadacom os desejos da categoria,que se sente valorizada. Quan-do foi presidente da entidade,Altair esteve muitas vezes como diretor jur íd ico AntonioCarlos, "que sempre me rece-beu com cortesia e se mostrouaberto ao diálogo na busca desoluções dos anseios da cate-goria".

Ganhamos todosMarta Faustino Porfirio Nobre, advogada doMarta Faustino Porfirio Nobre, advogada doMarta Faustino Porfirio Nobre, advogada doMarta Faustino Porfirio Nobre, advogada doMarta Faustino Porfirio Nobre, advogada do

Jurídico Goiânia/GOJurídico Goiânia/GOJurídico Goiânia/GOJurídico Goiânia/GOJurídico Goiânia/GO

"Tenho plena convicção deque ganhamos todos. Ganha a so-ciedade com o mecanismo cons-titucional do Quinto, ganha toda aadvocacia e, com certeza, o STJganha um novo ministro com ple-nas condições de prestar contri-buição com seu preparo profissi-onal e humano."

|O presidente da ADVOCEF, Carlos Castro (segundo da esq. para a dir.), com os novosministros do STJ Ricardo Villas Bôas Cueva, Antonio Carlos Ferreira

e Sebastião Alves dos Reis Júnior

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|AlfredoNeto:

a visibilidadeda ADVOCEF

| Nomeação

"A nomeação significa reconheci-mento e distinção", diz o advogado An-tônio Xavier, do Jurídico Recife/PE. "Cha-ma a atenção de todos para o Jurídicoda Caixa Econômica Federal, sua impor-tância e atuação, assim como abre no-vos horizontes e perspectivas para todaa categoria e para a ADVOCEF, a qualcertamente teve refletido o seu méritoenquanto Associação de uma das maio-res categorias jurídicas do país."

Para o advogado Lourenço Neto, doJurídico Salvador/BA, é o coroamentode um trabalho institucional de váriosanos, demonstrando o valor daADVOCEF e de seus associados. "Passa-remos a ter mais respeito e mais peso."

Certo de que o STJ ganhará com apostura equilibrada de Antonio Carlos,Lourenço Neto exalta também a cate-goria jurídica da CAIXA, que foi capaz dese mobil izar e pedir votos. "Se aADVOCEF fosse um time de futebol,diria eu que temos hoje, bordada, nos-sa primeira estrelinha no escudo da ca-misa."

Para Lucas Ventura Carvalho Dias,do Jurídico Recife/PE, a indicação de-monstra o grau de respeitabilidade ad-quirido pelos advogados da CAIXA, sen-do considerados seu saber jurídico e suafunção pública. "O STJ é o Tribunal daCidadania e, portanto, um magistradodaquela corte deve estar sempre aten-to ao papel social do Judiciário."

Lucas salienta ainda que a indica-ção revela a força política da ADVOCEFe o prestígio dos advogados fora da CAI-XA. "Agora, resta esperar que, com maisessa prova da competência do quadrode profissionais do Direito, a Empresa

passe a valorizar seus advogados deforma justa, com remuneração e condi-ções de trabalho dignas da relevânciadas atribuições desenvolvidas."

Política de acordosAntonio Carlos Ferreira trabalhou

durante mais de 30 anos na CAIXA, 27anos como advogado, oito anos comodiretor jurídico. Saiu em agosto de 2010,para concorrer à vaga no STJ. Nessa tra-jetória, Alfredo Ambrósio Neto distingue,especialmente, o trabalho do diretor natransformação do modelo de gestão daárea jurídica, com adoção de nova polí-tica de acordos e redução de acervo comdesistência de recursos aos tribunais su-periores. "Lembro-me quando esteve emRio Quente/GO, no Congresso daADVOCEF de 2003, e lá foi tratada como então ministro do STJ, Castro Filho, adecisão de desistir de cerca de 40 milprocessos, só para citar um exemplo."

Alfredo menciona também a luta deAntonio Carlos, ao lado da ADVOCEF,pela valorização dos advogados da CAI-XA, apesar das limitações enfrentadasno colegiado superior da Empresa. Lem-bra do projeto para adoção de um pisopara a carreira profissional, não aprova-do pelo Conselho Diretor, o que levou àgreve histórica de 2009. "Mas todos re-conhecem o esforço do Dr. AntonioCarlos. Sua nomeação para o STJ é mo-tivo de orgulho para todos os advoga-dos e advogadas da CAIXA."

Alfredo realça igualmente o traba-lho da ADVOCEF, que através do presi-

dente Carlos Castro buscou apoio emtodo o país com os conselheiros fede-rais da OAB e representantes nos con-selhos estaduais de cada Seccional.

Altair Rodrigues de Paula observaque na gestão de Antonio Carlos foramcriadas as CTN (Comissões TemáticasNacionais), foram remodeladas as uni-dades jurídicas, melhorando as condi-ções f ísicas e materiais, e houvecontratação de advogados, entre outrasrealizações, "o que demonstrou a suavisão gerencial, a qual poderá ser degrande valia ao STJ".

Os reflexos do julgadoAltair ressalta a participação de ad-

vogado na composição dos tribunais su-periores, que possibilita "uma visãomultidimensional" do Judiciário. Assim,será valiosa a experiência de AntonioCarlos na CAIXA, contribuindo para que oSTJ tenha uma visão mais ampla do sis-tema jurídico. "A CAIXA tem sofrido nasduas últimas décadas uma avalanche deações decorrentes de planos econômi-cos editados pelo governo federal, quese multiplicaram sobretudo em razão dainexistência de uma decisão imediatados tribunais superiores."

Por outro lado, afirma Altair, o fatode o diretor ter atuado em uma empre-sa do porte da CAIXA, que tem a sua prin-cipal atuação no cumprimento das me-tas sociais do governo, poderá contribuircom uma maior humanização da Justi-ça a favor dos cidadãos brasileiros.

Outro ex-presidente da ADVOCEF,Davi Duarte, diz que "fará muito bem aoSTJ ter entre seus quadros um profissio-nal que conhece, na prática, os reflexos

|MarceloVictor:em primeirolugar na lista

O Jurídico da CAIXAAntônio XaAntônio XaAntônio XaAntônio XaAntônio Xavierviervierviervier, adv, adv, adv, adv, advogado doogado doogado doogado doogado do

Jurídico Recife/PEJurídico Recife/PEJurídico Recife/PEJurídico Recife/PEJurídico Recife/PE"A maior contribuição de Antonio

Carlos para o STJ foi pôr em evidência aimportância do Jurídico da CAIXA, quepassa a ter sobre si novos olhares e in-teresses, e certamente o colegacarreará a experiência de quem atuoucomo advogado militante e poderá con-tribuir para muitas questões relevantesde interesse nacional, elevando com asua atuação toda a categoria de advo-gados da Caixa Econômica Federal eda ADVOCEF."

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que o julgado produz". Considera umahonra para a ADVOCEF ver um profissio-nal de seu quadro, que conhece as difi-culdades da advocacia, assumir funçãotão relevante. "Espera-se que contribua,

decisivamente, para eliminar os mais di-fíceis litígios ainda existentes sobre ainterpretação de leis ou de jurisprudên-cia ainda não firmada." Davi conta tam-bém com a conhecida cortesia de Anto-nio Carlos e sua permanente valoriza-ção dos advogados, com a atribuição dehonorários de acordo com a lei.

Para o advogado Marcos Ulhoa Dani,da Geats, a escolha reflete a leal atua-ção processual dos advogados da CAI-XA perante o Judiciário e a avaliação po-sitiva, pelos três Poderes da República,do trabalho desenvolvido. "De fato, umjurista e gestor que passou pelas difi-culdades e desafios da advocacia daCAIXA, com certeza estará preparadopara enfrentar os desafios ainda maio-res da magistratura em uma corte supe-rior."

Ponto de referênciaAlfredo Neto acredita que a experi-

ência voltada para a redução de litígiospoderá ser a maior contribuição do novo

Suposições, ilações e adjetivaçõesIntitulada "Companheiro de toga",

matéria publicada na revista Época cri-tica a indicação de Antonio CarlosFerreira ao Superior Tribunal de Justi-ça, repassa informações erradas e lan-ça acusações falsas, todas rebatidaspelo presidente da ADVOCEF. Em cartaenviada à redação da revista, CarlosCastro expressa sua "estranheza" como nível da matéria, cujo texto, "eivadode suposições, ilações e adjetivações,não traz nenhum dado concreto quepossa desabonar a reputação do Dr.Antonio Carlos". (Leia a carta na ínte-gra na página 7.)

Ajudando a esclarecer os equívocos,o consultor jurídico da CAIXA SatiroLazaro da Cunha afirma que, "ao con-trário do que afirmou a tendenciosa re-portagem", o ex-diretor Antonio Carlosnão teve qualquer participação na re-novação do contrato com a empresaGtech. "Aliás, impende esclarecer que arenovação daquele contrato, à época,era imprescindível para a continuidadedos serviços de loterias administradospela CAIXA, que não poderiam, eviden-temente, ser interrompidos abrupta-mente, sob pena de causar sérios pre-juízos, não só financeiros, como tam-bém à imagem institucional da CAIXA."

Entre os leitores que se manifestaramno site da revista, está a opinião da juízaIvone de Souza Toniolo do Prado Queiroz,de São Paulo:

"Discordo da conclusão e dos funda-mentos. Conheci Antonio Carlos Ferreirahá 26 anos e com ele trabalhei em duasoportunidades. Na primeira como subordi-nada e na segunda como chefe. Trata-sede homem com inteligência acima do nor-mal, com excelente conhecimento jurídicoe, até onde acompanhei, pessoa honesta.Tenho certeza que será um excelente mi-nistro. Não poderia eu ler esta notícia semdeixar aqui o meu testemunho de ex-cole-ga e juíza de carreira (concursada)."

A maior da América LatinaSem mencionar nenhuma das reali-

zações de Antonio Carlos na CAIXA - que,em última análise, determinaram a suaindicação -, Veja repete a acusação feitaao diretor de punir funcionários que in-gressaram com ações trabalhistas con-tra a instituição. "Eu estabeleci algunspré-requisitos objetivos para promover osfuncionários, entre os quais o de que ocandidato não poderia estar movendoação trabalhista contra a CAIXA. É eviden-te que a ação configuraria um claro con-flito de interesses", justificou AntonioCarlos à Veja, edição de 4 de maio.

Contatado pela revista, o presidenteda ADVOCEF, Carlos Castro, defendeu oassociado. "Mas como é do conhecimentode todos, os editores só publicam o queinteressa a eles e a venda das revistas enão publicaram os esclarecimentos emdefesa do nosso associado", disse Castro.

O presidente declarou à revista, porfim, que a escolha de Antonio Carlos "é,também, um reconhecimento ao traba-lho dos profissionais do Direito da CAIXA,a maior empresa pública federal da Amé-rica Latina, que ao longo dos seus 150anos vem prestando relevantes serviçossociais ao país e ao povo brasileiro".

|Juíza Ivone Queiroz: será um excelente ministro

|Lucas:a força

política daADVOCEF

|Altair: novasperspectivaspara acategoria

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| Nomeação

ministro, na mudança de comportamen-to para a solução dos processos que ain-da emperram a eficiência do STJ.

A CAIXA é uma das campeãs de de-mandas do Judiciário, lembra o advogadoLucas Dias. Assim, ter um ex-advogado daCAIXA no STJ significa qualificar o debateacerca das questões relativas à Empresa."O Dr. Antonio Carlos não estará lá paradefender as posições da Empresa, maspara acrescentar seu extenso conheci-mento sobre a CAIXA e, com isso, ser umponto de referência no Tribunal no julga-mento das matérias que envolvem a nos-sa empregadora." Lucas acredita tam-

Honra aos méritosA presidente da República, Dilma

Rousseff, utilizou basicamente critériostécnicos para a escolha dos três novosministros do Superior Tribunal de Justiça.A observação é do jornalista RodrigoHaidar, em maté-ria para a revistaConsultor Jurídi-co, afirmandoque os advoga-dos AntonioCarlos Ferreira,Sebastião Alvesdos Reis Junior eRicardo VillasBôas Cueva saí-ram vencedoresno confronto comcandidatos queostentavam padrinhos políticos.

"O advogado paulista Antonio CarlosFerreira, por exemplo, foi escolhido ape-sar de Carlos Alberto Menezes, um deseus adversários na lista tríplice encami-nhada pelo STJ à presidente, ter o apoioexplícito do governador de Sergipe, opetista Marcelo Déda, e do diretório da

|Marcus Vinícius (secretário da OAB), RicardoCueva, Ophir Cavalcante, Sebastião Alves dos Reis

e Antonio Carlos

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CUT no Estado", informa Rodrigo. "ParaDilma, contou mais a experiência de Anto-nio Carlos, diretor jurídico da Caixa Econô-mica Federal por oito anos e responsávelpela criação de um programa de concilia-

ção de sucessoe pela cultura denão recorrer deprocessos nosquais as teses jáhaviam sido fixa-das pelos tribu-nais. Suas açõespuseram fim anada menos doque 2,5 milhõesde ações dobanco estatal."

Os três indi-cados para o STJ têm em comum umaatuação forte nos tribunais, o principalrequisito para compor as listas da OAB,afirma o jornalista. "Ao menos nas primei-ras escolhas da presidente Dilma, o re-quisito parece ter sido levado a sério. Aexperiência e conhecimento desequilibra-ram a balança em favor dos candidatos."

A presença do Dr. Antonio CarlosFerreira no STJ, por certo, representaráum marco. A Caixa Econômica Federal,uma das mais importantes empresasbrasileiras, com intensa e extensa atu-ação no Judiciário Federal, passa a verum de seus integrantes decidindo ques-tões vitais ao país. Certamente não jul-gará causas de interesse da CAIXA, aomenos em período inicial, mas farámuito bem ao STJ ter entre seus qua-dros um profissional que conhece, naprática, os reflexos que o julgado pro-duz.

Um profissional que administra ostemas e problemas com muita atenção,cuidado e dedicação. Um profissionalque sabe cuidar dos detalhes, quandoestes fazem a diferença. Uma pessoaque é do bem e do que é correto. E sua

Davi Duarte (*)

Profissional no lugar certomarca, em termos de resultados positi-vos, sem descurar da essência da mis-são, que é fazer justiça, será administrarbem a quantidade de processos queassoberba o STJ.

Para a Associação dos Advogados daCAIXA é uma honra ver um profissionalque integrou seu quadro social - e queconhece as dificuldades da advocacia -assumir tão relevante função pública.Porque o Dr. Antonio Carlos Ferreira co-nhece as esferas da advocacia pública eprivada, espera-se que contribua, decisi-vamente, para eliminar os mais difíceislitígios ainda existentes sobre a interpre-tação de leis ou de jurisprudência aindanão firmada, respeitante aos limites deresponsabilidade e direitos nas causasque venham a ser postas à sua relatoriae julgamento.

Igualmente espera-se, do Dr. Anto-nio Carlos, a fina cortesia e educação,marcas pelas quais sempre primou, notrato com todos que o procuram e, nocaso, especialmente com os advoga-dos, considerando a sua origem, por in-termédio do Quinto Constitucional. A pardisso, a permanente valorização dosprofissionais do Direito, com a atribui-ção de honorários advocatícios em pa-tamares fixados na própria lei.

(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXAem Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.

Ex-presidente da ADVOCEFEx-presidente da ADVOCEFEx-presidente da ADVOCEFEx-presidente da ADVOCEFEx-presidente da ADVOCEFe atual presidente do Conselhoe atual presidente do Conselhoe atual presidente do Conselhoe atual presidente do Conselhoe atual presidente do Conselho

Deliberativo.Deliberativo.Deliberativo.Deliberativo.Deliberativo.

|Davi: farábem ao STJalguém queconhece naprática osreflexos dojulgado

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"Senhor Diretor,A Associação Nacional dos Advogados

da Caixa Econômica Federal - ADVOCEF, namais legítima defesa do seu associado An-tonio Carlos Ferreira, vem, através da pre-sente, manifestar a sua indignação comreferência à matéria "Companheiro deToga", publicada por essa conceituada Re-vista em 21 de abril de 2011. O texto dareferida reportagem, eivado de suposições,ilações e adjetivações, não traz nenhumdado concreto que possa desabonar a re-putação do Dr. Antonio Carlos para exercero cargo a que foi indicado. Vale destacar aestranheza em se deparar com matériasdesse nível nas páginas da Época, que sem-pre se pautou pelo equilíbrio, isenção e res-ponsabilidade das informa-ções levadas à publicação.

A prática do jornalismopanfletário, de apuração frá-gil e conteúdo duvidoso, émais comum de ser encon-trado em outras revistas decirculação nacional que nãose preocupam com a possi-bilidade de cometerem in-justiças contra pessoas to-talmente idôneas. Tenhocerteza que promover ata-ques infundados e sem pro-vas não é atitude comumem veículos de comunicação das Organiza-ções Globo. Diante desses graves fatos, éimportante prestar os seguintes esclareci-mentos:

É sabido que o Doutor Antonio CarlosFerreira jamais foi filiado ao Sindicato dosBancários e tampouco ao Partido dos Tra-balhadores - PT, e, ainda que o fosse, seriano exercício de um direito constitucional-mente previsto. O advogado Antonio Carlosé, sim, filiado à nossa Associação.

Antonio Carlos Ferreira é empregadoconcursado da CAIXA há mais de 30 anos,advogado daquela Empresa Pública Fede-ral há 27 anos e foi seu Diretor Jurídico poroito anos. Durante todo esse período naCAIXA, dedicou-se diuturnamente à empre-sa, produzindo, na condição de profissio-nal do Direito, relevantes e decisivas mani-festações jurídicas em complexas deman-

Carta à revista Épocadas submetidas a seu crivo. Ao longo dosanos em que esteve à frente da DiretoriaJurídica comandou um grupo de mais de 900advogados espalhados por todo o Brasil,além de cuidar pessoalmente das ações emtramitação nos Tribunais Superiores. Implan-tou na empresa uma política de conciliaçãoque culminou em mais de 1 milhão de acor-dos, reduzindo assim a litigiosidade e desa-fogando a Justiça.

Essa dedicação e militância jurídica sãoos atributos essenciais que o recomendama ocupar uma das vagas do Superior Tribu-nal de Justiça - STJ destinadas a advogados.E não foi outra a vontade do legislador aolevar, por meio das vagas destinadas ao Quin-to Constitucional, advogados militantes a

comporem o colegiado dosTribunais Regionais e Supe-riores. Sua indiscutível repu-tação ilibada e o seu notóriosaber jurídico foram confir-mados pelo Conselho Fede-ral da Ordem dos Advoga-dos do Brasil, que o incluiuna lista sêxtupla daquelarespeitável entidade, e pe-los Ministros do STJ, que de-ram ao Dr. Antonio Carlos amaior votação da históriadaquela Egrégia Corte paraum candidato a Ministro, já

que dos 29 Ministros presentes à Sessão,28 sufragaram seu nome.

Quanto aos demais assuntos tambéminfundados e lançados na matéria, ressaltoque, como amplamente divulgado na mídia,todos foram objeto de investigações, sejapelo Ministério Público, Polícia Federal, au-ditoria interna da própria CAIXA ou mesmoem Comissões Parlamentares de Inquérito(CPI). É fundamental ressaltar que em mo-mento algum se cogitou do nome do Dr. An-tonio Carlos Ferreira nas investigações comoenvolvido em possíveis condutas ilícitas. Te-mos convicção de que a sua sensibilidade eespírito profissional vão estimular a reflexãosobre nossas ponderações e evitar novas in-justiças.

Atenciosamente,Carlos CastroPresidente da ADVOCEF"

Para asociedade

Satiro Lazaro da Cunha,Satiro Lazaro da Cunha,Satiro Lazaro da Cunha,Satiro Lazaro da Cunha,Satiro Lazaro da Cunha,consultor jurídico na Dijurconsultor jurídico na Dijurconsultor jurídico na Dijurconsultor jurídico na Dijurconsultor jurídico na Dijur

"A presença do Dr. AntonioCarlos, como ministro no SuperiorTribunal de Justiça, será de grandevalia para toda a sociedade, pois te-nho plena convicção de que, comoé de seu esti-lo, irá julgardesapaixo-nadamente,de modo retoe justo, semprejuízo daimparcialida-de que devenortear aconduta domagistrado."

bém que, "com o seu enorme conheci-mento", o novo ministro contribuirámuito em todas as questões levadasao STJ.

O STJ ganhará uma longa experiên-cia jurídica de advocacia pública na CAI-XA, diz Marcelo Victor, "pois, como ge-rente e diretor jurídico, o Dr. AntonioCarlos sempre esteve diante de gran-des desafios e questionamentos jurídi-cos, tão grandes como é o nosso clien-te, a CAIXA".

Segundo Marta Faustino, o ex-dire-tor levará ao STJ a visão da advocacia,em primeiro plano, e a da advocacia daCAIXA, com vasta experiência em lidarcom grande quantidade de processos.Levará também, complementa aadvogada, a experiência de várias me-didas de redução de processos, que terámuita utilidade para o Tribunal.

A maior contribuição de AntonioCarlos, resume o advogado LourençoNeto, será levar ao STJ a visão do que éser advogado da CAIXA: "Uma vida pro-fissional vivida numa advocaciamarcada por tremendas dificuldades,sempre superadas com a marca dacompetência, da criatividade e de mui-to, muito suor, em demandas que pare-cem infinitas".

|Carlos Castro: apuração frágile conteúdo duvidoso

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| Congresso

Destino, Mato GrossoAdvogados viajam com a missão de debater a situação profissional

"Afinal, como se diz por aí, o primei-ro Congresso da ADVOCEF é inesquecí-vel..." A afirmação é da advogada ElidaFranklin, do Jurídico Teresina/PI, quedesde sua primeira participação tinhavontade de comparecer a outro evento.Três anos depois, resolvidos os proble-mas particulares, Elida estará, firme eforte, no XVII Congresso, em Mato Gros-so, com a missão de discutir os assun-tos profissionais, ao vivo, com os outrosrepresentantes dos advogados da CAI-XA de todo o país.

Com o mesmo propósito, viajaráa advogada Cláudia Magalhães Fon-seca, do Jurídico Salvador/BA, que esteveno evento de Gramado, em 2010, assu-mindo os próprios custos, e depois dissoresolveu estar presente em todos. "Aquelefoi especial, porque nos despedimos dagestão do Dr. Davi Duarte e recebemos ocolega Carlos Castro. Fiquei sinceramenteemocionada com os discursos de ambos."

O advogado Leandro Giorni, do JurídicoBelo Horizonte/MG, lembra do "doce saborda novidade" do seu primeiro Congresso,quando sentiu o "orgulho de pertencer a umacategoria". Recorda também o segundo,marcado pelo início da administração atuale pelas homenagens "ao nosso eterno presi-dente, Dr. Davi Duarte". Mas tem mais: "Ou-tro momento que também parece ter sidoinesquecível, que não presenciei, é o que tevea história de um sapato arremessado, masque não convém entrar em detalhes."

A importância desses eventos é aintegração, a troca de experiências, expres-sa a advogada Fátima Maria Bozz Barbosa,do Jurídico Curitiba/PR. Em nome de seus

colegas, Fátima quer conhecer os melho-res exemplos de arrecadação de honorári-os, assunto que considera a razão da exis-tência da Associação. (É o que também de-seja seu colega de unidade, Marcelo Martins,de partida para seu primeiro Congresso.)Outras questões que interessam a Fátimasão a isonomia e as condições de trabalho,incluindo, no último item, os estagiários.

Unidos e insatisfeitosElida Franklin também considera hono-

rários um assunto necessário e sugere a con-tinuação da campanha de arrecadação, queprovocou um incremento expressivo. Fora dis-so, acredita que o Congresso de Poconé seráfundamental para o crescimento da catego-ria e a discussão de suas aspirações. "Estamosem um momento muito importante, fortaleci-dos pela campanha de valorização desenvol-vida no ano passado." Ela tem consciência deque não foram alcançados os resultados fi-nanceiros almejados, mas o movimento ser-viu "pelo menos para mostrar que existe, sim,

uma categoria uni-da insatisfeita".

A advogadaCláudia Fonsecaespera que sejaposta em discus-são a estrutura sa-larial da carreira e acorreção das distor-ções. "Depois determos tido cora-gem para deflagrar

a greve de 2009, penso que devería-mos manter o espírito combativo e conti-nuar reivindicando uma estrutura salari-al justa", diz Cláudia. "Mas penso na rei-vindicação acompanhada de atitudesconcretas e não apenas como coadju-vantes da Contec na mesa de negocia-ções."

Cláudia diz que também deve sertratada a questão do CTVA e a conveni-ência de novas ações, inspiradas naque teve êxito no Ceará. Como haveráa presença de representantes da Co-missão de Honorários, imagina que otema estará na pauta. "Espero, aliás,

que seja permanente, pois há muitos as-suntos que precisam ser debatidos, princi-palmente para uniformizar a atuação dasComissões de Honorários e divulgar práti-cas que estão dando certo."

A expectativa do estreante RodolfoPrandi Campagnaro, do Jurídico Vitória/ES,é de que as discussões da categoria avan-cem. Entende que deve ser apresentadanos debates "a conveniência da negocia-ção coletiva independente, fora do Sindi-cato dos Bancários, de modo que os plei-tos específicos dos advogados possamchegar aos ouvidos da Administração".

Análises e projeçõesO advogado Leandro Giorni deseja que

haja uma prestação de contas sobre as de-cisões dos Congressos anteriores. Porexemplo, as ações judiciais propostas paraa valorização da carreira, as perspectivassobre a recuperação de crédito no cenáriopolítico atual e a pauta de reivindicaçõespara a negociação coletiva.

Leandro diz que é preciso estabeleceruma interpretação única dos normativossobre arrecadação de honorários, providen-ciando as altera-ções necessáriaspara esclarecerpontos confusos. Oideal é criar uma

Sabor de novidade

"O primeiro Congresso teve o doce sabor danovidade, o orgulho de pertencer a uma catego-ria diferenciada, organizada e batalhadora, oprazer de reencontrar velhos colegas e conhe-cer novos guerreiros num ambiente agradávelem que se procura obter soluções e alternati-vas para nossos problemas e crescimento dacategoria."

Leandro Giorni, advogado do Jurídico Belo Horizonte/MGLeandro Giorni, advogado do Jurídico Belo Horizonte/MGLeandro Giorni, advogado do Jurídico Belo Horizonte/MGLeandro Giorni, advogado do Jurídico Belo Horizonte/MGLeandro Giorni, advogado do Jurídico Belo Horizonte/MG

|Rodolfo: sem oSindicato dos

Bancários

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ferramenta quenão obrigue ad-vogados novos eantigos a recorre-rem aos normati-vos, correndo o

risco de interpretação equivocada, com pre-juízo à categoria.

Segundo Leandro, deve ser encontra-da uma forma de valorizar a carreira e sen-sibilizar a direção da Empresa, pois boaparte dos advogados já está no teto ou pró-xima a ele, sem perspectivas de crescimen-to. "O efeito disso é a acomodação do pro-fissional ou o investimento em outro con-curso ou outra empresa."

O advogado espera ver examinadas pro-postas para um maior desenvolvimento daEmpresa e de seus empregados. Lembraque se vive um momento de mudança nadireção do país e da CAIXA. Vê problemasem programas como Minha Casa, MinhaVida, necessidade de realização de gran-des obras para a Copa e Olimpíadas, altademanda da área de construção civil, per-da de serviços exclusivos da CAIXA paraoutros bancos, dificuldade da instituição emestabelecer concorrência com bancos pri-vados.

Os congressistas devem abordar tam-bém as condições de trabalho, diz Lean-dro. "Embora a expectativa de outros anosfosse a redução do número de processospor advogado, na prática, o que tenho ob-

servado, segundo infor-mações de vários cole-gas, é o contrário."

Críticas esugestões

Elida Franklin elogiaa atuação da ADVOCEF,"cada vez mais atentaaos interesses dos asso-ciados". Em relação aosCongressos, acha que osadvogados precisam ter"mais critério e paciência, para evitar atro-pelo da pauta pré-estabelecida". Nota queàs vezes são levantadas discussões ina-dequadas para o evento, que é um mo-mento raro de mobilização nacional. Nosencontros de que participou, percebeu queum pouco mais de educação e respeito àsopiniões divergentes garantiria maior pro-dutividade. "Precisamos, além de discutirtemas de interesse, chegar a conclusões edefinir estratégias, sem ter que deixar sem-pre para o próximo Congresso."

A advogada Janete Ortolani, do Jurídi-co Brasília, quer que, entre as discussões,surja o resgate dos valores que nortearama criação da ADVOCEF, porque acha que osadvogados se afastaram deles. "Seria aADVOCEF, hoje, uma mera repassadora daverba honorária?", questiona. Ao mesmotempo, pretende que se estude este ano aeventual necessidade de novos mutirõespara cobrança dos honorários.

Cláudia Fonseca critica a realização deeventos fora de cidades-sedes do Jurídico,como ocorreu nos Congressos de Maragogi

Convite ao presidenteO presidente da CAIXA, Jorge Hereda,

foi convidado a participar do XVII Con-gresso da ADVOCEF, a ser realizado nosdias 9 a 12/06/2011, em Poconé/MT.Na reunião com o presidente Carlos Cas-tro, da ADVOCEF, em 05/05/2011,Hereda demonstrou interesse em com-parecer ao evento, ficando na dependên-cia de sua agenda.

Acompanharam o presidente da As-sociação, na visita, os diretores FernandoAbs da Cruz, Álvaro Weiler e Júlio Greve,além do presidente do ConselhoDeliberativo, Davi Duarte. Pela CAIXA, es-tavam presentes o diretor jurídico Jailton

Zanon e os su-per intenden-tes nacionaisL e o n a r d oGrobba (Suaju)e Alberto Braga(Suten).

O encontromarcou o iníciodo relacionamento entre a Associação e anova Presidência da CAIXA, que, segundoCarlos Castro, "será calcado no diálogo, res-peito e sinergia". A Diretoria da ADVOCEFavaliou o encontro como "extremamenteproveitoso e construtivo, porque restou evi-

denciada a comunhão de interesses nadefesa da CAIXA". O presidente JorgeHereda salientou, aos advogados, a im-portância dos quadros das carreiras pro-fissionais da Empresa para que sejamalcançados os melhores resultados.

|Visita: presidente da CAIXA, Jorge Hereda, recebe dirigentes da ADVOCEF

(AL), Gramado (RS) e acontecerá no próxi-mo, em Poconé (MT). Ela diz que a distân-cia dificulta o comparecimento dos cole-gas da região, que poderiam participar dealguns painéis, sem prejuízo das ativida-des na CAIXA, se o evento ficasse concen-trado na cidade-sede.

Leandro Giorni tem críticas aos atra-sos para o início dos trabalhos e à falta deobjetividade nos debates.

Fátima Barbosa acha que a demorana divulgação da pauta dificulta as discus-sões com os colegas.

Cláudia achou oportuna a participaçãode um empregado da antiga Gipro no últi-mo Congresso e pensa que seria produtivoconvocar sempre alguém da área.

Rodolfo Campagnaro sugere que, quan-do se tratar de temas de maior relevânciapara a categoria, o sistema de representa-ção por meio de delegados pode ser subs-tituído, gradativamente, pela votação dire-ta no site da ADVOCEF, deixando para oCongresso o debate e aprovação unica-mente das propostas.

|Fátima: comoarrecadar maishonorários

Ganhar mais espaço

"Precisamos dialogar sobre a nova Pre-sidência da República, sobre a nova Presi-dência da CAIXA, disseminar informaçõese tentar prever o que vem pela frente, paraevitar retrocessos e tentar ganhar mais es-paço e reconhecimento como categoriaprofissional relevante no cenário CAIXA,com reflexos expressivos no cenário naci-onal e quiçá mundial."

Elida FElida FElida FElida FElida Franklin, advranklin, advranklin, advranklin, advranklin, advogada do Jurídico Togada do Jurídico Togada do Jurídico Togada do Jurídico Togada do Jurídico Teresina/PIeresina/PIeresina/PIeresina/PIeresina/PI

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| Congresso

A Comissão Organiza-dora do XVII Congresso daADVOCEF concentra todosos esforços para tornar aparticipação dos colegasprazerosa e produtiva.Queremos que este even-to seja lembrado não sócomo aquele CongressoPantaneiro, mas como re-ferência para os demaisque serão realizados pornossa categoria.

Para tanto, fomos aoencontro de excelentes ar-tistas locais, que anima-rão o evento executando o que há de me-lhor na música mato-grossense e no regi-onalismo dos vários cantos do Brasil. Nos-sa intenção é proporcionar momentos decultura, informação, entretenimento,além de descanso.

É fato que nem só de tra-balho vive o homem, ou,como diriam nossosconterrâneos mineiros, sacovazio não para em pé. As-sim, para saciar a fome, fo-mos em busca da comidaregional para proporcionaraos colegas o momento úni-co de saborear o temperomato-grossense. Podere-mos degustar, por exemplo,o arroz Maria Izabel, paçocade pilão, farofa de banana,ventrecha de pacu, doce defurrundum, entre outros pra-tos.

Os que não gostam de seaventurar no quesitogastronomia podem ficarcalmos, pois pensamos emvocês e teremos a tradicio-nal comida brasileira: fran-go, carne, macarrão, etc.

Para ficar na memóriaEber Saraiva de Souza, Juel Prudêncio Borges e Jorge Amádio Fernandes Lima (*)

Como a CAIXA se encontra em festapelos seus 150 anos, teremos a partici-pação de um representante de nossa Em-presa. Algo que não costumávamos ob-servar nos muitos Congressos que já fo-ram realizados.

Quanto aos debates,deverão ser aquecidosnão só pelo calor mato-grossense, mas tambémpelas questões postasem mesa, tais como uni-ficação e valorização dacarreira, arrecadação dehonorários, ações a se-rem encampadas pelaADVOCEF, dentre outras.

Estamos certos deque nosso trabalho serámuito proveitoso, norte-ando a categoria paranovos passos, para novas

conquistas.Como foi dito na edição passada, as

atividades extra-debates estarão volta-das ao ecoturismo, envolvendo passei-os de barco em que os visitantes pode-rão vislumbrar momentos grandiosos

como a liberdade dos pás-saros e o voo do tucano.Nesse passeio, o visitanteentra no pantanal em pe-quenos barcos a motor,acompanhado de guias queexplanarão sobre a riquezada região, sua fauna e flo-ra.

Os que tiverem espíritoaventureiro poderão fazerum safári ou até focar avida dos animais de hábi-tos noturnos. O safári é umaatividade destinada à ex-ploração da região em car-ro aberto, em que os aven-tureiros descem em pontosdeterminados, para cami-nhar na mata e observar osanimais.

De outro lado, à noite,poderá ser feita a focagem,que vem a ser a atividade

Além da tradicional acolhida mato-grossense, com suas belezasnaturais, haverá muitas surpresas para os participantes do XVII

Congresso da ADVOCEF, que se realizará nos dias 9 a 12 dejunho de 2011, no Hotel Sesc Pantanal, em Poconé/MT, a 140km de Cuiabá. É o que garante a Comissão Organizadora, que

quer realizar um evento inesquecível no Pantanal Mato-Grossense, proporcionando as condições ideais - com muitasatividades extras - para as discussões sobre a valorização da

carreira, arrecadação de honorários, ações a serem encampadaspela ADVOCEF, entre outros temas.

|Comissão organizadora: Eber, Juel e Jorge Amádio

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mais interessante. O grupo sai na escuri-dão absoluta e, com lanternas nas mãos,passa a observar pássaros, jacarés,capivaras, etc. Como nos centros urba-nos, a vida pantaneira também é agita-da à noite.

Por certo, não esquecemos daque-les que não têm espírito aventureiro,como o Dr. Jorge Amádio. Esses queridosconvidados poderão permanecer na pou-sada, onde desfrutarão de uma gamainfindável de atividades, tais como ses-são de cinema, sala de vídeos comvisualização de toda a fauna e florapantaneira, além de sons dos insetos eanimais, borboletário, uma sala onde sepode ver a atividade de um formigueiro.Não esquecendo das atividades espor-tivas (tênis, squash, etc.). Ou podem sim-plesmente ficar à beira da piscina, apre-ciando a natureza.

Atenção para os itens que devemconstar na bagagem. Um que não podeser esquecido é o repelente de insetos,pois no coração do Brasil, em pleno Pan-tanal, eles são os moradores habituais enós os invasores. Outro item indispensá-vel é a máquina fotográfica e seu carre-gador de baterias. Não devem ser esque-cidas roupas adequadas: bonés, calçase camisas/blusas de mangas compridas,meias e meiões e calçados fechados,como tênis ou botas.

Com a proximidade do Congresso, osparticipantes receberão, via e-mail, infor-mações mais detalhadas sobre o que tra-

zer na bagagem. Entretanto, o principalitem que não se pode deixar em casa, edeve estar nos corações dos congressis-tas, é a vontade de trabalhar, pois trabalho

“Os debates deverãoser aquecidos não só

pelo calor mato-grossense, mas

também pelas questõespostas em mesa.” é o que aguarda os colegas - tudo resultan-

do em troca de experiências, confraterni-zação e avanço da nossa categoria.

(*) Advogados do Jurídico(*) Advogados do Jurídico(*) Advogados do Jurídico(*) Advogados do Jurídico(*) Advogados do JurídicoCuiabá/MTCuiabá/MTCuiabá/MTCuiabá/MTCuiabá/MT, int, int, int, int, integrantegrantegrantegrantegrantes da Comis-es da Comis-es da Comis-es da Comis-es da Comis-são Organizadora do XVII Congres-são Organizadora do XVII Congres-são Organizadora do XVII Congres-são Organizadora do XVII Congres-são Organizadora do XVII Congres-

so da ADso da ADso da ADso da ADso da ADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF.....

| Janaina e Silvia, da Comissão Organizadora:pose com o jacaré Pelé

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Maio | 201112

| Solidariedade

A ferramenta é o diálogoUnidade líder no ranking de arrecadação de honorários revela seus métodos

Em primeiro lu-gar no ranking de ar-recadação de hono-rários em 2011, oJurídico Fortaleza/CE credita seu su-cesso ao diálogoaberto entre os pro-fissionais das áreasjurídica e operacio-nais. No texto trans-crito abaixo, a Co-missão de Honorá-rios da unidade ex-plica que o proces-so de comunicaçãobeneficiou a todos,alcançando metascomuns com o aper-feiçoamento de vá-rias rotinas.

Os integrantesda Comissão - for-mada atualmentepelos advogados André Luis MeirelesJusti, Claudiano Vitoriano Monteiro deMoraes e Paulo César Benicio Mariano -deixam claro que os resultados devemser comemorados por todos os profissio-nais que compõem e compuseram o gru-po, "nesse longo processo de aperfeiço-amento, que ainda continua". Desde se-tembro de 2008, fizeram parte das Comis-sões ainda os seguintes advogados: CarlosLeitão, Dheyne Lira, Gouvan Lopes e Thiagode Carvalho (que já saiu da CAIXA).

A divulgação das experiências bemsucedidas - iniciada na edição passadacom o Jurídico São Luís/MA - é ideia daDiretoria de Honorários da ADVOCEF. "Pre-cisamos divulgar as boas práticas, inclusi-ve para estimular os demais Jurídicos", jus-tifica o diretor de Honorários, ÁlvaroWeiler.

"DiálogoDiálogoDiálogoDiálogoDiálogo. Esta é a expressão que de-signa a ferramenta utilizada para amelhoria da arrecadação. Inicialmente,no diálogo entre os advogados, num cons-tante processo de conscientização e in-formação das decisões tomadas pela Co-

missão de Honorários e da Cartilha daADVOCEF, gerando um clima de compro-metimento de toda a equipe. Posterior-mente, na proposta de renovação anualda Comissão de Honorários, seja de for-ma voluntária ou por sorteio, a fim deque todos tivessem a oportunidade departicipar e, além de dar sua contribui-ção, passar a ficar mais por dentro dasrotinas empregadas. E por fim,implementando uma política de aproxi-mação com as áreas gestoras da CAIXA,abrindo um canal permanente e informalde diálogo para um melhor entendimen-to e convergência de metas mútuas.

Nesse sentido, a Comissão de Hono-rários solicitou a intervenção da Gerên-cia, não no intuito de melhorar a arreca-dação, mas de colocar a unidade jurídicacomo um forte aliado para o atingimentodas metas das áreas gestoras, passan-do a fazer, com alguma frequência, oschamados mutirões de acordos na Justi-ça. Por oportuno, a Comissão deixou cla-ros os procedimentos de adequaçãopara recolhimento de custas e honorári-os, a fim de evitar eventuais equívocos

na rotina.Da mesma for-

ma, a Comissão deHonorários provi-denciou reuniãocom o Setor deSetor deSetor deSetor deSetor deRetaguardaRetaguardaRetaguardaRetaguardaRetaguarda (anti-ga Recoc), quandotodos os procedi-mentos para seevitar a perda dearrecadação foramimplementados.Em decorrência, aComissão adotounovo procedimentode busca dos docu-mentos de lança-mento de evento(DLEs) diretamenteà empresa tercei-rizada de arquivos,conseguindo obterresposta a várias

solicitações com sucesso, reduzindo, as-sim, o volume de inconsistência. Alémdisso, passou a monitorar os lançamen-tos na conta de honorários, a fim de an-tecipar a compatibilidade dos dados.

Outro importante fator foi a devidaorientação ao Apoio Jurídico, do entendi-mento e procedimentos da Comissão deHonorários, objetivando compatibilizá-locom as solicitações das agências emface das negociações.

Para que fosse viabilizado um melhoracesso das unidades, foi criada uma cai-cai-cai-cai-cai-xa-postal exclusivaxa-postal exclusivaxa-postal exclusivaxa-postal exclusivaxa-postal exclusiva para a Comissãode Honorários (RSJURFO14), acarretandoum fluxo mais rápido das mensagens euma maior autonomia e identidade da Co-missão frente às unidades gestoras.

Não podemos olvidar que a estraté-gia de internalização de processosinternalização de processosinternalização de processosinternalização de processosinternalização de processos foide fundamental importância no aumentoda arrecadação, porquanto atualmente te-mos um volume maior de acordos na áreade recuperação de créditosrecuperação de créditosrecuperação de créditosrecuperação de créditosrecuperação de créditos, comconsequente repercussão de honorários.

Entendemos que estas e outras boaspráticas podem e devem ser viabilizadas

|Advogados integrantes das últimas Comissões de Honorários do Jurídico Fortaleza (da esq. paraa dir.): Arquimedes Carvalho, Karla Medina, Adonias Cordeiro, Marx Segundo, Paulo CésarMariano, Claudiano de Moraes, André Justi e Maria Rosa Neta (representante licenciada).

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Trabalho integradoGEPAS anuncia ajuste no sistema para adequação do repasse de honorários

Dando seguimento à primeirareunião institucional entre ADVOCEFe área do FGTS na CAIXA (GEPAS),ocorrida em 26/11/2010, foi reali-zado novo encontro, em 29/04/2011, entre a ADVOCEF (represen-tada pelo presidente Carlos Castro,este diretor de Honorários, o diretorjurídico Fernando Abs e o diretor deArticulação Júlio Greve), GERID (re-presentada pelo gerente nacionalAlessandro Maciel e gerente execu-tivo Edson Pereira) e GEPAS (gerentenacional Henrique Santana e gerente exe-cutivo Hélio Mutinelli) para tratar dos hono-rários decorrentes da recuperação de crédi-to nas execuções fiscais de FGTS.

O acordo judicial firmado entre ADVOCEFe CAIXA em 2001 prevê que os honoráriosem execuções fiscais de FGTS correspondemà quarta parte do valor global do encargo le-gal de 10%, ou seja, 2,5%, a ser pago na épo-ca e na forma da recuperação.

Na reunião de novembro/2010 a áreado FGTS havia reconhecido a existência deproblemas no sistema que captura a infor-mação dos valores recolhidos mensalmen-te pelos devedores a título de encargo le-gal (que compõem a base de cálculo dos

Álvaro S. Weiler Jr. (*)

honorários repassados mensalmente àADVOCEF). Informou que demandaria aárea de Tecnologia para que esta ajustas-se o programa que busca os valores deencargos pagos, referente aos créditos ajui-zados, e revisasse todos os recolhimentosdesde janeiro/2005. Para tanto, solicitouum prazo de cinco meses.

Na reunião de abril/2011 o gerente na-cional da GEPAS, Henrique Santana, comuni-cou que foram feitas as correções necessári-as e, no período entre maio e novembro/2011, além dos repasses normais relativosao mês anterior, serão efetuados repassesrelativos às diferenças do período compre-endido entre janeiro/2005 e abril/2011.

Os representantes da GEPAS apro-veitaram para solicitar à GERID amelhoria da consistência das informa-ções constantes no SIJUR para que aárea do FGTS possa melhor avaliar asituação dos créditos ajuizados.

Ressaltamos a necessidade deos Jurídicos reduzirem ao máximo oestoque de ações de recuperação docrédito a ajuizar, inclusive as execu-ções fiscais de FGTS, pois o rápido

ajuizamento (meta D + 15) constitui inte-resse de todos. Além disso, destacamosque o trabalho desenvolvido para aproxi-mar a Associação e o próprio Jurídico daárea gestora do crédito fiscal de FGTS visaatingir o mesmo grau de entrosamento jáexistente entre a Associação e o Jurídicocom as áreas gestoras do crédito comerci-al e imobiliário.

Ao final, houve consenso quanto aosbenefícios decorrentes da maior aproxima-ção e integração causada pela comunhãode interesses entre a ADVOCEF, GERID(DIJUR) e GEPAS (FGTS).

(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honoráriosda ADda ADda ADda ADda ADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF.....

|Reunião na Dijur: benefícios comuns da integração

Maio | 2011 13

nas demais unidades, pois se o Jurídicode Fortaleza, considerado de nível 3 paraa organização e estrutura da Empresa,conseguiu chegar em valores mais expres-sivos, todas as demais também poderãoatingir melhores resultados, sobretudoaquelas consideradas de nível 1 e 2. Emúltima análise, os resultados efetivos sãoproveitosos a todos, principalmente paraa CAIXA, pois se a arrecadação melhorasignifica que a Empresa está conseguin-do bons resultados e que a área jurídicaestá sendo importante nesse processo,fortalecendo ainda mais a categoria.

Por fim, não podemos deixar de re-gistrar o bom trabalho que essa Associa-ção tem desenvolvido, na constanteconscientização dos associados e de-

mais advogados, e na persistente defe-sa dos consagrados e reconhecidos di-reitos dos honorários. Mas, entendendoque não devemos parar por aqui, sugeri-mos que a ADVOCEF analise a possibili-

dade de viabilizar uma comissãoitinerante para apurar as melhores práti-cas e rotinas nas principais unidades oufazendo teleconferências para esta veri-ficação, com o fim de disseminá-las aoaprimoramento de todos.

E sabedores do amplo acesso a estaRevista dos colegas de várias áreas, pre-cisamos fazer o justo e merecido agra-decimento a todos que fizeram partedeste resultado, gestores das áreasmeio, agências, superintendências, quesempre mantiveram a possibilidade des-te salutar diálogodiálogodiálogodiálogodiálogo, em busca do aprimo-ramento e objetivos da CAIXA.

É o que tínhamos a relatar.Comissão de Honorários da RSJUR/

FO."

“Os resultados devem sercomemorados por todos os

profissionais que compõem ecompuseram o grupo, nesse

longo processo deaperfeiçoamento, que ainda

continua.”

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Maio | 201114

| Vale a Pena Saber

Denúncia espontâneaDenúncia espontânea é a exclusão da responsabilidade tribu-

tária pelo pagamento do tributo, de forma espontânea, incluindoos juros de mora e efetuado antes do início de qualquer atividadefiscalizadora da autoridade tributária. Ao Estado importa o recebi-mento do valor relativo ao tributo devido.

A lei prevê sanções que têm o condão de obrigar o devedor apagar os tributos. O não pagamento no momento oportuno permi-te à Administração tributária promover a inscrição na dívida ativa eefetuar a cobrança, via de regra por execução forçada (execuçãofiscal), a qual incluirá o tributo devido, os juros e as multas previs-tas em lei. O sujeito passivo (contribuinte) que espontaneamenteconfessa sua dívida e promove o pagamento, ainda que atrasado(por isso com o acréscimo dos juros de mora), mas antes do iníciode qualquer atividade fiscalizadora, cumpre sua obrigação (paga-mento) e exime-se de qualquer penalidade.

O Código Tributário Nacional dispõe que deve ser pago, se foro caso, o valor do tributo, mais os juros de mora. Quanto ao valor,será o devido, se manifesto, ou o arbitrado, se depender de apura-ção. Arbitrado o valor, deve ser depositado; não sendo arbitrado, odepósito não pode ser exigido.

O termo “se for o caso” usado pelo art. 138 do CTN implicaque não só a obrigação principal (obrigação de dar) admite a de-núncia espontânea. As obrigações acessórias, que são obrigaçõesformais, também são passíveis do benefício. Neste caso, cumpri-da a obrigação acessória antes da fiscalização, ainda que no mo-mento inoportuno, nenhum valor é devido pelo sujeito passivo,não sendo devido o pagamento de “mora”, já que ela está intima-mente ligada ao pagamento (obrigação de dar, logo obrigação prin-cipal).

Além do valor do tributo, o sujeito passivo da obrigação princi-pal deverá pagar, como visto, os juros de mora. Juros de moraconsistem no valor pago pelo atraso no pagamento. Este valor é,

"CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CEF. NÃO ACOLHIMEN-TO DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. MANUTENÇÃO EMCADASTRO DE INADIMPLENTES APÓS TRANFERÊNCIA DATITULARIDADE DA DÍVIDA, ASSIM COMO DA RENEGOCIAÇÃO DA DÍ-VIDA. CONFIGURAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS PARA A RESPONSABI-LIDADE CIVIL. APELAÇÃO PROVIDA. I - A CEF foi a empresa queprotestou o título que deu causa a inclusão do nome do autor emcadastros restritivos de crédito, inquestionável a sua legitimaçãopassiva. II - O instituto da Responsabilidade Civil traz inserto emseu bojo a ideia de reparação do dano, consubstanciada no deverde assumir ações ou omissões que tenham lesado a esfera jurídi-ca de um terceiro, causando-lhe dano, no campo moral ou materi-al. III - A CEF, em virtude de inadimplemento do contrato, incluiu onome do autor em cadastros de proteção ao crédito, em dez/2005. A Caixa Seguradora indenizou a CEF, subrogando-se natitularidade do crédito, em abril/2006, procedendo a repactuação

Decisão Desfavorável

salvo disposição expressa em contrário, de 1% do valor da dívida, aomês (art. 161, §1º, CTN).

Não há se confundir juros de mora com multa de mora. O art. 138,do CTN, refere-se a juros de mora, não fazendo referência a qualquerespécie de multa (penalidade – previsão no art. 134, CTN); sendoassim, a multa de mora não é devida neste caso. Seria devida a multano caso de notificação do devedor, pelo fisco, o que forçosamenteafastaria a hipótese de denúncia espontânea, já que haveria início deatividade fiscalizadora, conforme ensina Mitsuo Narahashi, citado porLuciano Amaro (Direito Tributário Brasileiro. 9º ed. São Paulo: Saraiva,2003. p. 440). Igual é a opinião de Luiz Alberto Gurgel de Faria, ressal-tando que se fosse a intenção do legislador incluir a multa de mora nadenúncia espontânea, teria previsto expressamente esta hipótese (Có-digo Tributário Nacional Comentado – coord. Vladmir Passos de Freitas.2ª ed. São Paulo: RT, 2004. p. 605). Todavia, Hugo de Brito Machadolembra que juros de mora podem vir exigidos com o nome de multa demora, afirmando que o rótulo é de nenhuma importância (Curso deDireito Tributário. 22ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003. p.144).

Quanto à possibilidade de parcelamento, o extinto Tribunal Fede-ral de Recursos já sumulou que “A simples confissão de dívida, acom-panhada de parcelamento, não configura denúncia espontânea”(Súmula 208), levando à conclusão, na época, de que a denúnciadeveria vir acompanhada do pagamento integral. Atualmente o en-tendimento consolidado pela referida súmula parece ainda prevale-cer, não obstante começar a perder força, conforme informa LuizAlberto Gurgel de Faria (in FREITAS, Vladmir Passos de – coord. CódigoTributário Nacional Comentado. 2ª ed. São Paulo: RT, 2004. p. 606).

No que tange à configuração de crime tributário, havendo a de-núncia espontânea e o consequente pagamento do tributo, fica afas-tada a responsabilidade pelo crime tributário que é tipificado pelasupressão ou redução de tributo.

Vale ressaltar que o início da atividade fiscalizadora que resul-ta na descoberta de determinada infração não impede a denúnciaespontânea de atos não incluídos, conforme observa Hugo de BritoMachado Segundo (Processo Tributário. São Paulo: Atlas, 2004.p. 79).

da dívida com o autor-apelado em out/2006. Apenas em abril/2007 a CEF providenciou a exclusão do nome do requerido doscadastros restritivos. IV - 'O que basta para o deslinde do caso é aconstatação irrefutável de que, mesmo não mais existindo obriga-ção alguma da parte demandante em relação à Caixa EconômicaFederal, esta manteve cerca de um ano restrições que, a rigor,eram completamente abusivas, pois divorciadas de qualquer pro-pósito de resguardar direito de crédito' V - A atuação da instituiçãofinanceira, nesse diapasão, caracterizada pela manutenção donome do autor no cadastro de inadimplentes, embasada em con-trato indenizado pela CAIXA SEGURADORA, renegociado e que vi-nha sendo regularmente adimplido, perfaz o requisito do ato ilícitonecessário para a configuração do dever de indenizar. VI - Razoávelque a indenização, no presente caso, seja no valor de R$ 6.000,00(seis mil reais), como mensurado pelo juízo de origem, pois, alémde sancionar o autor do ilícito pelo seu comportamento, não repre-senta enriquecimento sem causa. VIII - Apelação não provida." (TRF5, AC 0001219-39.2007.4.05.8500 SE, Quarta Turma, Rel. Min.Edilson Pereira Nobre Júnior, DJe 31/mar/2011.)

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| Vale a Pena Saber

Maio | 2011 15A coluna Vale a Pena Saber pode ser acessada, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

Alienação fiduciária. Devolução do bem.Possibilidade. TJ PR

"1. É cabível a resilição do contrato de arrendamento mercan-til, mediante a restituição da posse do veículo à arrendadorapor iniciativa do arrendatário diante da impossibilidade de hon-rar o contrato, evitando-se com isso o desnecessário constran-gimento e maiores despesas para ambas as partes, uma vezque, mantendo-se inadimplente e na posse do bem, fatalmen-te incorrerá em mora, sujeitando-se à recuperação forçada dacoisa pela arrendante. 2. Colocado o bem à disposição daarrendante deve ser suspensa a exigibilidade dascontraprestações vincendas do 'leasing' a partir daí, impondo-se compelir a arrendante a não inscrever, ou se for o casoexcluir, o nome do arrendatário em cadastros restritivos decrédito por débito decorrente das parcelas vencidas a partirdessa data, sob pena de multa diária." (TJ PR, AI 0026219-83.2010.8.16.0000, Décima Sétima Câmara Cível, Rel. JuizFrancisco Jorge, DJe 07/abr/2011.)

ELABORAÇÃO: Jefferson Douglas Soares e Giuliano D'Andrea.

Sugestões ou comentários dos colegas podem ser encaminhadospara os endereços: [email protected] e

[email protected].

Execução. Penhora. Nua propriedade. TJ SP. "EMBARGOS DE TERCEIRO - Imóvel gravado com usufruto - Pe-nhora sobre nua propriedade - Possibilidade - Interposição pelousufrutuário - Extinção da ação (art. 267, inciso VI do CPC) -Sentença confirmada - RECURSO NÃO PROVIDO." (TJ SP, AC9072305-14.2009.8.26.0000, Comarca de São Paulo, Séti-ma Câmara de Direito Privado, REl. Des. Elcio Trujillo, julgadoem 23/mar/2011.)

Ação pauliana. Direito potestativo. STJ "3- A ação pauliana tem natureza pessoal, e não real, razão pelaqual não é necessária a citação dos cônjuges do devedor-doa-dor e dos donatários. 4- Necessidade, contudo, de citação docônjuge do devedor que participou do contrato de doação porforça do inciso II do art. 10 do Código de Processo Civil. 5- Acitação extemporânea de litisconsorte necessário unitário, apósdecorrido o prazo de quatro anos para a propositura da ação quevisa à desconstituição de negócio jurídico realizado com fraudea credores, não enseja a decadência do direito do credor. 6- Odireito potestativo, por sua própria natureza, considera-se exer-cido no momento do ajuizamento da ação, quando então cessao curso do prazo de decadência em relação a todos os partícipesdo ato fraudulento." (STJ, REsp 750.135 RS, Terceira Turma, Rel.Min. Paulo de Tarso Sanseverino, DJe 28/abr/2011.)

Alienação fiduciária. Despesas do bem.Responsabilidade do credor. STJ

"1. As despesas decorrentes do depósito do bem alienado empátio privado constituem obrigações propter rem, de maneiraque independem da manifestação expressa ou tácita da von-tade do devedor. 2. O credor fiduciário é o responsável finalpelo pagamento das despesas com a estadia do automóveljunto a pátio privado, pois permanece na propriedade do bemalienado, ao passo que o devedor fiduciante detém apenassua posse direta." (STJ, REsp 1.045.857 SP, Terceira Turma,Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 25/abr/2011.)

SFH. Terceiro arrematante. Citação. Necessidade.TRF 1

"1. O terceiro arrematante é litisconsorte necessário na açãoproposta com a finalidade de anular execução extrajudicial pro-movida com base no Decreto Lei nº 70/66, pois sofrerá os efei-tos da coisa julgada que vier a se operar no âmbito do processo(art. 47, parágrafo único do CPC). 2. O processo deve ser extintosem resolução do mérito, nos termos do art. 267, IV, do CPC, seos autores, apesar de intimados, não promovem a citação doslitisconsortes passivos necessários, conforme determinação ju-dicial, em vista da ausência de pressupostos de constituição edesenvolvimento válido e regular do processo. 3. Apelação aque se nega provimento. Agravo retido prejudicado." (TRF 1, AC2001.34.00.012695-6 DF, Quinta Turma, Rel. Juíza Conv. Ma-ria Maura Martins Moraes Tayer, DJe 29/jan/2011.)

Danos morais. Dívida com garantia. Inexistência.STJ.

"I. A simples existência de garantia da dívida e a possibilidadede o credor satisfazer o crédito com medidas executórias nãosuspendem o vencimento, nem afastam a inadimplência. II.Encontrando-se o devedor em mora, ainda que haja garantiado débito, possível é sua inscrição nos órgãos cadastrais." (STJ,REsp 1.092.765 MT, Quarta Turma, Rel. Min. Aldir PassarinhoJunior, DJe 24/mar/2011.)

Competência no Processo CivilAutor: Daniel Amorim Assumpção Neves.Ed. Forense. 296 páginas. 2ª. Ed. 2011.O autor faz análise minuciosa dos temas relativos à compe-

tência no Processo Civil, na esfera estadual e federal, abordandoos critérios para fixação da competência, as diversas espécies deação e temas como a prorrogação voluntária e a prevenção.

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Maio | 201116

| Cena Jurídica

Em diaNa foto, com Carlos Castro e Júlio Greve, osenador Ciro Nogueira, relator do processo deindicação do advogado Antonio Carlos, vê a últimaedição da ADVOCEF em Revista. Os dirigentes daAssociação, no mesmo dia, 3 de maio, estiveramnos gabinetes dos senadores Romero Jucá (líderdo governo), Armando Monteiro Filho e FranciscoDornelles.

Emgea no XVII CongressoO diretor-presidente da Emgea, JosemirMangueira Assis, aceitou o convite para

participar do XVII Congresso da ADVOCEF, emPoconé/MT. Com o presidente, estará o diretorjurídico da estatal, Carlos Alberto Jordão. Elesfalarão aos congressistas na manhã da sexta-

feira, dia 10 de junho.

Reprovado na OABMais de 26 mil bacharéis em Direito esperam,

para o final de maio, o resultado da segundafase do Exame de Ordem da OAB. Na última

edição, o índice de reprovação chegou a quase90%. "As provas da OAB estão num nível de

dificuldade absolutamente igual às dadefensoria do Ministério Público e, se bobear, da

magistratura", disse o desembargador SylvioCapanema, ex-vice-presidente do Tribunal de

Justiça do Rio de Janeiro, ao site G1. "Posso dizercom absoluta sinceridade que eu, hoje, não

passaria no Exame de Ordem."

Nova fase na JTUma equipe de 44 servidores

da Justiça do Trabalho deuinício, em 2 de maio, ao

desenvolvimento do ProcessoJudicial Eletrônico (PJe) nafase de conhecimento. O

objetivo é padronizar os atosprocessuais de forma

eletrônica, em cumprimento àLei nº 11.419/2006.

Biografias censuradasA deputada Manuela D'Ávila (PC do B-RS) retomou um projeto do hojeministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (PT-SP), que visa agarantir o direito de publicação de imagens e informações biográficasde pessoas com trajetória pública, independentemente de

autorização, sem prejuízo dodireito a indenização caso secomprove dano a essas pessoas. Ainformação é da Folha de S. Paulo,relatando caso do escritor LedoIvo, indignado por não poderpublicar em livro as imagens quepossui de Manuel Bandeira, emrazão de exigências impostas porum sobrinho-neto do poeta.

Gerência de processosPassou despercebida, alerta o desembargador aposentado Vladimir

Passos de Freitas, a Resolução 542, do Tribunal de Justiça de São Paulo,de 24/03/2011, que "estabelece medidas necessárias ao julgamento de

processos anteriores ao ano de 2006, para atendimento das metasprioritárias fixadas pelo Conselho Nacional de Justiça, em especial aMeta 2". O assunto é importante, salienta o desembargador. "Pela

primeira vez na história do Poder Judiciário brasileiro, fixam-se metas derendimento de desembargadores e sanções aos que as descumprirem."

Novo VilogO novo vice-presidente de Logística da CAIXA,advogado Paulo Roberto dos Santos, enviou

mensagem aos colegas agradecendo aconfiança recebida. "Estou muito motivado e

considero que o apoio e o compromisso detodos continuarão a ser fatores essenciais para

que continuemos a fazer com que a CAIXAcumpra a sua missão institucional, amparada

em resultados perenes, sustentáveis ereconhecimento de toda a sociedade

brasileira."

Novo Vilog 2Com 22 anos de CAIXA, o advogado diz que leucom emoção cada mensagem recebida."Lembranças, saudades, amizades, desafios,conquistas, relações pessoais me assaltavam acada uma, mas acima de tudo um sentimentode gratidão pela generosidade dasmanifestações."

|Sylvio Capanema

|Josemir (centro), com Carlos Castro e Júlio Greve

|Manuela D'Ávila

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Maio | 2011 17

| Cena Jurídica

Posse na FenaeO presidente da ADVOCEF, Carlos

Castro, e o diretor de Articulação, JúlioGreve, compareceram à cerimônia de

posse da nova Diretoria Executiva eConselho Fiscal da Fenae, realizadana sede da APCEF em Brasília, em 3de maio. O presidente Pedro Eugênio

Beneduzzi Leite foi reeleito para agestão 2011-2014. Entre os 400convidados presentes na solenidade, estavam o presidente da CAIXA, Jorge

Hereda, e quase todos os vice-presidentes da Empresa.

Vaga de concursoA Segunda Turma do STJ decidiu que é ilegal o ato omissivo da Administraçãodo Estado do Amazonas, que não assegurou a nomeação de candidato

aprovado e classificado até o limite devagas previstas no edital do concurso.Segundo o ministro Mauro Campbell,relator, a jurisprudência do STJ reconheceque a mera expectativa de direito doscandidatos aprovados - antescondicionada à conveniência e àoportunidade da Administração (Súmulan. 15 do STF) - dá lugar ao direito líquido ecerto à nomeação dos candidatosclassificados dentro do número de vagasoferecidas. Resp 1232930. (Fonte: STJ.)

Advogadas-mães "A melhor coisa de ser advogada

autônoma é que você é sua própriachefe. Até ficar grávida. Aí a coisa

complica. Sem benefícios legais damaternidade e uma equipe para

absorver a ausência no trabalho." Assimcomeça a crônica publicada no jornalbritânico The Guardian, traduzida por

Dionísio Birnfeld para o site Espaço Vital(www.espacovital.com.br). A autora

(anônima), bem humorada, conta suasdesventuras e aconselha às colegas:

"Não sintam medo de dizer aos juízes (setrabalharam na corte) ou ao titular do

escritório que vocês têm que ir emborabuscar seu filhinho".

Um ano virtualBalanço de um ano de processoeletrônico no TRF da 4ª Região,completado em abril: mais de 30 milações virtuais distribuídas e 15 miljulgadas; redução de 22,5% no consumode papéis, com economia de mais de ummilhão e 300 mil folhas entre 2009 e2010 (apenas na sede do Tribunal).

JT completa 70 anosA Justiça do Trabalho no Brasil

completou 70 anos. Sua criação foianunciada em 1º de maio de 1941, pelopresidente da República Getúlio Vargas.No dia seguinte, começaram a funcionaras Juntas de Conciliação e Julgamento e

os Conselhos Regionais do Trabalho.Uma série de comemorações vai marcara data, iniciada com uma sessão solene

no TST, em 3 de maio.Azar e sorte no STJ

Pesquisa realizada em março de 2011 revela que 67 processos envolvendo o temaLoterias tramitaram ou tramitam no STJ. "Pé de pato, mangalô três vezes... No

Brasil, é difícil encontrar quem não 'faz uma fezinha' para ganhar na loteria",anuncia matéria publicada no site do Tribunal. "A Justiça tem sido o caminho dos

brasileiros que buscam solucionar impasses que podem significar milhões emprêmios", destaca a reportagem, relacionando casos de erros em apostas,

confusões em bolões, falhas de lotéricas, entre outros casos. Várias dessasdecisões estão publicadas nos volumes da Revista de Direito da ADVOCEF.

Bolsas em Paris e BruxelasO Conselho Federal da OAB, em parceria com o Barreau de Paris e Embaixada daFrança no Brasil, oferece duas bolsas de estudos para cursos na École deFormation du Barreau, que serão realizados em outubro e novembro de 2011, emParis/França e Bruxelas/Bélgica. Os selecionados, advogados até 40 anos,receberão 4.900,00 euros para as despesas, se responsabilizando pelapassagem aérea. Os candidatos devem ter proficiência no idioma francês epassaporte com ao menos oito meses de validade. Inscrições até 25/05/2011.Mais informações: (61) 2193 9624; e-mail [email protected]; site do curso:www.avocatparis.org.

|Ministro Mauro Campbell

|Júlio Greve, Pedro Beneduzzi e Carlos Castro

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Maio | 201118

| Cena Jurídica

Mudança na FuncefCarlos Caser, empregado decarreira da CAIXA, é o novo

presidente da Funcef. Ele exerciao cargo de secretário-geral da

Fundação e já foi seu diretor deBenefícios e de Controladoria.

Segundo o jornal ValorEconômico, tem o apoio do grupoligado ao Sindicato dos Bancáriosde São Paulo, em que se destaca

o deputado Ricardo Berzoini.Guilherme Lacerda deixa a

Funcef, depois de oito anos.

Revista de DireitoNove autores fazem parte da edição nº

12 da Revista de Direito da ADVOCEF,que será lançada e autografada no XVII

Congresso, emPoconé/MT. Em

seu sexto ano,a Revista dosadvogados da

CAIXA está cadavez mais

prestigiada nomeio

acadêmiconacional.

Realidade digitalQuase 90% dos 290 mil processos

em tramitação no STJ são eletrônicos,destaca reportagem da

Coordenadoria de Rádio do Tribunal.Informa a matéria que o sistema

digital permitiu até agora a remessade quase 100 mil processos atribunais de justiça e tribunais

regionais federais.Por um sorrisoCom o slogan "Um sorriso gera gentileza", o Tribunal de Justiça do RS lançou em 27de abril uma campanha de estímulo à cortesia, dirigida a magistrados, advogados,

servidores e cidadãos em geral. De acordo com oconsultor do Plano de Gestão de Qualidade do TJ/RS,Paulo Renato Petry, o objetivo "é fazer com que aspessoas se desarmem e minimizem as tensões nahora do atendimento no balcão - e que estemomento, preferencialmente, seja acompanhado deum sorriso".

DesignaçõesAssumiram na CAIXA os novossuperintendentes nacionais GirlanaGranja Peixoto Moreira (Suaju) e AlbertoCavalcante Braga (Suten). Para asGerências Nacionais foram designadosGisela Ladeira Bizarra Morone (Geten) eAlessandro Maciel (Gerid). Os advogadosCeres de Jesus Silva Araujo e GustavoAnderson Ferreira de Barros são os novosgerentes jurídicos na RSJUR/SL e RSJUR/JP, respectivamente. O anúncio foi feitopelo diretor jurídico Jailton Zanon, em 6de maio.

Lição de vidaBarrado na porta eletrônica, o cliente acionou

o banco na Justiça por danos morais. Perdeu acausa e ganhou um sermão do juiz Luiz

Gustavo Giuntini de Rezende, da Vara dePedregulho/SP. Relata o juiz: "O que o ofendeu

foi o simples fato de ter sido barrado - aindaque por quatro vezes - na porta giratória quevisa dar segurança a todos os consumidores

da agência bancária. Ora, o autor não temcondição de viver em sociedade. Está com a

sensibilidade exagerada. Deveria seenclausurar em casa ou em uma redoma de

vidro, posto que viver sem algunsaborrecimentos é algo impossível."

Lição de vida 2Conclui o juiz Luiz de Rezende, em suasentença: "Ao autor caberá olhar para o ladoe aprender o que é um verdadeirosofrimento, uma dor de verdade [referênciaà execução de crianças em uma escola noRio de Janeiro]. E quanto ao dinheiro, quesiga a velha e tradicional fórmula do trabalhopara consegui-lo".

Advocacia públicaA Anauni (Associação Nacional dos

Advogados da União) solicitou aoMinistério da Justiça a anulação deedital de 13/04/2011 que prevê a

contratação de dois consultoresjurídicos temporários, por oito meses,com remuneração total de R$ 42 mil

para cada profissional. Os consultoresteriam a tarefa de formular estudos

sobre "Anistia e Processo de Reparaçãono Brasil". A Anauni defende autilização de profissionais da

Advocacia-Geral da União, que,segundo a entidade, atendem aos

requisitos acadêmicos exigidos.

Site do STJO Superior Tribunal de Justiça

lançou, em 1º de maio, sua novapágina de pesquisa de

jurisprudência, com ferramentasde busca mais acessíveis. Naseção de Pesquisas, a mais

utilizada pelos usuários, estãoagora as jurisprudências do STJ e

do TRF e as ferramentas especiaisde consulta, além do vocabuláriojurídico. A Revista Eletrônica de

Jurisprudência também estádisponível para consulta dos

acórdãos publicados após 25 desetembro de 2000.

|Carlos Caser

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Maio | 2011 19

| Crônica

Em bom portuguêsArcinélio Caldas (*)

Ao cumprir mandado de citação ex-traído dos autos de interpelação criminaldistribuída pela REJURCM perante a VaraFederal de Campos dos Goytacazes/RJ,contra jornalista que assacou aleivosiascontra a agência da CAIXA no municípiode São Fidélis/RJ, me vi com o oficial dejustiça "ad hoc" Jorge dos Santos no cen-tro de divertida conversa de botequim nacidade Poema.

No Fórum local, fomos comunicadossobre o brutal assassinato do escribacaluniador três dias antes de nossa che-gada e resolvemos ir ao Bar do Gordo, nocoração da cidade, saborear sua especia-lidade, a Moqueca de Lagosta. Entre umchope e outro, iniciou-se longa palestrasobre a inusitada execução doescrevinhador local. Pela generosidadede um dos presentes à mesa do bar, ooficial de justiça recebeu exemplar deJornal da Região, que noticioua morte do jornalista e decre-tou finalizado o serviço.

Intercalando o cho-pe geladinho, rolavaum papo animado,onde o administra-dor de fazendaVevé, morador daroça denominadaPalmital, dono de voca-bulário tosco e chulo, provocava, pelo es-pírito alegre, o riso incontido dos presen-tes.

Integrados ao grupo encontravam-seo mecânico Giorgio Cacciatore e seupatrício Élio Dumovitti. Durante a conver-sa, Vevé esclarece:

- O boi sem nação do meu patrão nãopresta pra nada. Além de fraco, morre àtoa.

Retrucou o Élio:- Seu Vevé, non é boi sem nação que

si parla e si boi de inseminação.O riso foi geral e estimulou o parlatório,

com o Vevé acrescentando:- Quando eu ganhá a minha terrinha

com a ação de usocampeão, vou compráuma bizerrada disso que ocê falou.

O mecânico, por sua vez, querendomostrar conhecimento e erudição, inter-veio:

- É, Vevé, não tem jeito para você, não.Além de permanecer no erro, ainda con-funde a ação que é de usucapião e nãocampeão.

Aí o Vevé não se fez de rogado e asse-verou bem zangado:

- Ocê é mecânico, de terra e de boientendo eu, tá certo?

O mecânico replicou:- Sou mecânico, mas não confundo

tudo como você, que hoje cedo falou queo filho da vizinha é cuspido e escarrado opadeiro do bairro. O certo é dizer que obambino é esculpido em Carrara, mármo-re originário da nossa Itália, entendeu?

Antes que a discussão esquentasse,esclareci que a forma de falar do Vevé

reside na pronúncia, semelhança existen-te no plano prosódico.

Nova rodada de chope foi servida, ins-pirando o italiano Élio a interpretar"Canzone per te", sucesso do repertóriode Roberto Carlos. O Gordo, dono do bar,inadvertidamente, indagou de Vevé sobreuma onda de roubo de bois na região, aoque este respondeu:

- Lá na roça, aca-bou o roubo de boi.Meu patrão deu umoutimato nos caras,e eles sumiram.

Como a afirma-ção ostensiva doeuno meu ouvido, per-guntei ao Vevé:

- Deu o quê?E ele respondeu,

enfático:- Um outimato.

- Explica-me, Vevé, como foi isso?- Ah, seu dotô, meu patrão se armô

bem armado, com uma doze de cano du-plo, ficou com nóis escondido no mato equando os ladrões entraram na fazendade caminhão, com os cavalos selados praapanhá os gados, meu patrão pulô com aarma apontada pra eles e disse: "Ou ocêssome daqui outimato".

Antes que houvesse esclarecimentossobre o significado de ultimatum, saí como oficial de justiça desejando a todos, embom português, "boa noite!"

(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA em(*) Advogado da CAIXA emCampos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.Campos dos Goytacazes/RJ.

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Maio | 2011 I

Suplemento integrante da ADVOCEF em Revista | Ano X | Nº 99 | Maio | 2011

Dano e assédio moral noambiente de trabalho

1.3 Princípios norteadores dodireito do trabalho na proteçãoao trabalhador

Intenciona-se, a partir daqui, explanaracerca dos princípios que repelem o danomoral e o assédio moral na relação traba-lhista, tendo-se como ponto de partida asdefinições dos institutos já largamente sus-citadas anteriormente.

Uma vez reconhecidas às obrigaçõesentre empregado e empregador e delineadaa subordinação decorrente do contrato detrabalho, respeitosamente à práticalaborativa, afirma-se que tal não implicasubmissão de personalidade e dignidade doempregado em face do poder patronal. Ne-nhum objetivo comercial justifica a práticade ilícitos que configurem dano moral e as-sédio moral, porquanto vilipendiam a digni-dade humana e a personalidade.

Para Amauri Mascaro Nascimento,

Os direitos de personalidade, por suavez, são aqueles de naturezaextrapatrimoniais que se referem aosatributos essenciais definidores dapessoa, e dentre todos os direitos sãoaqueles que melhor procuram valo-rizar a dignidade do ser humano. Sãoas prerrogativas de toda pessoa hu-mana pela sua própria condição, re-ferente aos atributos essenciais emsuas emanações e prolongamentos,são direitos absolutos, pois implicamum dever geral de abstenção para asua defesa, sendo indisponíveis,intransmissíveis irrenunciáveis, e dedifícil estimação pecuniária.

O Código Civil (Lei n. 10.406, de 2002),nos seus artigos 11 a 21 dispõe sobre osdireitos de personalidade, declarando, ou-trossim, que são direitos indisponíveis e

Parte final (*)

Bruno Sanchotene PintoGerente Geral da CAIXA em Porto Alegre,no PAB TRT 4ª REGIÃO.

irrenunciáveis. Essa menção é oportuna,porque o Direito Civil, além de se preocu-par com os valores primordiais da pessoahumana, é fonte subsidiária do Direito doTrabalho.

Dessa forma, tem-se que a responsa-bilidade civil será imputada quando confi-gurada a hipótese do art. 927 do novo Có-digo Civil, verbis: Aquele que, por ato ilícito(arts. 186 e 187) causar dano a outrem,fica obrigado a repará-lo.

Dentro do respeito à dignidade do tra-balhador, o legislador constituinte de 1988incluiu a extraordinária garantia constituci-onal à indenização por dano moral confor-me se extrai do exame do artigo 5º, incisosV e X.

A indenização por dano moral, especi-ficamente, decorre da lesão sofrida pelapessoa, em sua esfera de valores eminen-temente ideais, como a dignidade, a hon-ra, a imagem e a intimidade da pessoa,conforme preceitua o art. 5º, X, da Consti-tuição Federal.

Por oportuno, sinale-se que, nas rela-ções de trabalho, a lesão aos direitos dapersonalidade, para ensejar reparação dedanos morais, decorre da conduta patro-nal que coloque o empregado em situaçãovexatória, indigna e com a potencial ofen-sa à honra, a imagem, a dignidade, a priva-cidade.

Destaca-se, ainda, o principio da boa-fé, vez que ele é quem norteia as relaçõesjurídicas, principalmente as relações deemprego, e uma vez caracterizado o atoabusivo a ensejar o dano moral, há umdesrespeito à boa-fé, atentatória, por suavez, à dignidade do trabalhador.

Portanto, ressalva-se perceptível o lia-me da dignidade da pessoa humana com

quaisquer relações, em especial a que en-volve relação de trabalho.

1.3.1 Princípio da Proteção

Refere-se à função precípua do Direitodo Trabalho, que é a de proteger parte maisfraca da relação jurídica o trabalhador,hipossuficiente na relação contratual.

É o princípio orientador do Direito doTrabalho, que ao proteger o trabalhador,busca estabelecer uma situação de mai-or equilíbrio à relação, ao definir-se pelolado mais desamparado na relaçãolaboral desigual. Pode ser desmembradoem: aplicação da norma mais favorávelao trabalhador; aplicação da condiçãomais benéfica ao trabalhador e o in dú-bio pro operário.

No Direito do Trabalho não se aplica ahierarquia das leis e sim a aplicação danorma mais favorável ao trabalhador, emcasos de que hajam mais leis aplicáveisao caso concreto.

Temos como exemplo o art. 620 CLT,que diz “as condições estabelecidas emconvenção, quando mais favoráveis, pre-valecerão sobre as estipuladas em acor-do”.

Na aplicação da condição mais bené-fica ao trabalhador, estas cláusulas nãopodem ser substituídas por outras que con-tenham menos benefícios que as já exis-tentes no contrato, entendidas como direi-to adquirido pelo trabalhador, não poden-

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do ser mudadas por outras com menosvantagens. O direito adquirido fundamen-ta-se no artigo 5º inciso XXXVI, e especifi-camente no artigo 468 da CLT.

De acordo com a Súmula 51 do TST,“as cláusulas regulamentares, que revo-guem ou alterem vantagens deferidasanteriormente, só atingirão os trabalha-dores admitidos após a revogação ou al-teração do regulamente”. Quer dizer que,uma cláusula menos favorável aos traba-lhadores só tem validade em relação aosnovos obreiros admitidos na empresa enão aos antigos, aos quais essa cláusulanão se aplica.

Aplica-se a interpretação que melhoratenda os interesses do Trabalhador noin dubio pro operário, para o caso de ha-ver mais que uma ao mesmo texto legal.Constituindo-se o Direito do Trabalho, emúltima análise, no sistema legal de pro-teção dos economicamente fracos(hipossu-ficientes), em caso de dúvidanum procedimento judicial, a sua inter-pretação deve sempre ser favorável aoempregado.

1.3.2 Princípio da Dignidade doTrabalhador – artigo. 1°, incisoIII, da Constituição Federal de1988

Cumpre salientar que o princípio dadignidade humana é um dos princípiosmais atingidos pela prática do assédiomoral, porquanto revela as peculiarida-des que envolvem a atividade laboral.Para César Luís Pacheco, esse princípio“é a base da humanização do trabalho,que envolve a proteção do homem tra-balhador tanto no seio da empresa comofora dela, compreendendo a família”.Humanização porque considera o traba-lhador como um ser humano e não comomercadoria ou elemento de produção.

Concordando, Carmen Camino lecio-na que “a dignidade da pessoa humana éo valor preponderante. Todos os demaisvalores se irradiam”. Isso quer dizer queos demais valores, tais como, segurança,liberdade, igualdade, justiça, e outros, tam-bém com assento na Constituição Fede-ral, em torno dela gravitam.

A dignidade humana está amparadano direito que tem o trabalhador de sertratado da mesma forma e intensidadeque pretende o empregador ser respeita-do. Ademais, persiste na condição de quemesmo com quaisquer alterações que seintroduza no trabalho seja levada em con-

sideração a dignidade do trabalhador esua subsistência.

Assim, discorre Carmen Camino:

É impostergável a defesa do con-trato mínimo, universal e garanti-dor da sobrevivência digna,consubstan-ciado num conjunto deregras estatais tutelares de direi-tos indisponíveis, simples e objeti-vas, sem a enxurrada legislativa quesomente as inviabiliza, dotadas desanção eficaz, e cujo cumprimentose concretize através da fiscaliza-ção rigorosa, inclusive pela atua-ção sindical.

Nesse contexto, o trabalho, calcadono contrato mínimo de trabalho, caracte-riza-se por ser uma atividade social porexcelência, sua valorização constitui fun-damento de ordem econômica (artigo170 da CF), cujo primado é a base daordem social (artigo 193 da CF) e quemerece a proteção constitucional comomatéria-prima dos direitos sociais (arti-go 6 e 7 da CF).

Assim, os valores sociais do traba-lho estão precisamente na sua funçãode criar riquezas, de prover a sociedadede bens e serviços e, enquanto atividadesocial, fornecer à pessoa humana, basesde sua autonomia e condições de vidadigna. Já os valores do trabalho, portan-to, só se materializam, com o direito àlivre escolha do trabalho pelo trabalha-dor, direitos a condições equitativas(igualdade de tratamento nas relaçõesde trabalho), direito a uma remuneraçãoque assegure ao trabalhador e a sua fa-mília uma existência conforme com adignidade humana do trabalhador e seusfamiliares.

1.3.3 Princípio da Boa-Fé

Embora seja um princípio geral do di-reito, tem ampla aplicação nas relaçõesde trabalho, em virtude do intenso e per-manente relacionamento das partes con-tratantes. Essas partes, seja empregadoe empregador ou seus prepostos, bemcomo as partes envolvidas nas negocia-ções coletivas, devem usar da boa-fé tan-to no momento da celebração do negóciojurídico, no decorrer do contrato jurídico,bem como na fase de extinção do mes-mo, de modo que cumpram com as obri-gações pactuadas e não pactuadas, atu-ando de forma leal e honesta, a fim deassegurar melhor rendimento no trabalhoe evitar prejuízos.

César Pacheco define este princípiocomo sendo “o respeito mútuo entre aspartes para o fiel cumprimento das obri-gações pactuadas, sejam elas tácitas ouexpressas durante a execução do con-trato”.

Américo Plá Rodrigues aufere em re-lação à boa-fé que “pressupõe uma posi-ção de honestidade e honradez no comér-cio jurídico, porque contém implícita a ple-na consciência de não enganar, não pre-judicar, nem causar danos”.

Pode-se dizer, então, que a boa-fégarante direitos e obrigações a ambasas partes, sendo que, de um lado, o tra-balhador deve fidelidade ao patrão, ten-do obrigação moral de empenhar-se aomáximo na realização de suas tarefas.De outro lado, o empregador, tendo defornecer segurança ao trabalhador, deveremunerar os serviços tomados e nãoexigir mais do que o suportável pelo as-salariado.

1.4 Princípio da Irrenunciabili-dade

É por intermédio do princípio dairrenunciabilidade que se discute a vali-dade dos atos praticados pelo empre-gador. Os artigos 9° e 468 da Consoli-dação das Leis do Trabalho contemplamo mesmo grau de nulidade. Dessa for-ma, seriam nulos de pleno iure todos osatos de renúncia a direitos trabalhistas,fossem eles oriundos de lei ou do con-trato.

Nesse sentido é que discorre SérgioPinto Martins ao afirmar que “não se ad-mite, por exemplo, que o trabalhador re-nuncie suas férias. Se tal fato ocorrer, nãoterá qualquer validade o ato do operário,podendo reclamá-las na Justiça do Tra-balho”.

Sem olvidar que o Tribunal Superiordo Trabalho tem entendido que as leis tra-balhistas são, em regra, irrenunciáveis.

Na definição de Sérgio Pinto Martins,o artigo 9°, da CLT, é claro no sentido deque “serão nulos de pleno direito os atospraticados com o objetivo de desvirtuar,impedir ou fraudar a aplicação dos pre-ceitos trabalhistas”.

Mesmo que o trabalhador queira, sin-ceramente, sem qualquer coação real ouinduzimento do empregador, renunciar, oudeixar de exercer determinado direito, seuato é insuscetível de gerar efeitos, por-quanto se presume o querer coagido ouinduzido, eis que o empregado é partehipossufuciente da relação, dependente

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do emprego.A irrenunciabilidade dos direitos tra-

balhistas traduz a ideia da indisponibi-lidade dos bens por eles tutelados, ou seja,irrenunciáveis porque o trabalhador delesnão dispõe. Aqui se evidencia um caráterpublicístico do direito do trabalho, hajavista que a indisponibilidade é uma ga-rantia social que protege toda a classe tra-balhadora.

O estado age por intermédio de leis,cogentes e imperativas, a fim de corrigir adesigualdade econômica, uma vez que ostrabalhadores só poderão dispor livremen-te de seus direitos em situação de igual-dade de forças com o capital. Desse modo,sem dúvida, a irrenunciabilidade implicauma restrição à autonomia da vontade,eis que esta fica paralisada diante do in-teresse social que se antepõe ao eventu-al interesse individual. E é na limitação davontade individual que o Estado encontrao maior remédio para proteger o trabalho,e em consequência, a liberdade e a digni-dade do trabalhador.

ConclusãoNa análise dos temas apresenta-

dos, conclui-se que o assédio moral re-presenta um fenômeno social muitoantigo, que ocorre em variadas relaçõeshumanas e em qualquer ambiente co-letivo. Todavia, é nas relações laboraisque tal violência assume perfis dedramaticidade e de degeneração dasrelações interpessoais.

Os fenômenos do dano e do assédiomoral vem ocorrendo com mais velocida-de, na medida em que a globalização e asnovas técnicas de produção tem redun-dado em diminuição dos postos de traba-lho e desvalorização do trabalho huma-no, o que ocasiona o medo do desempre-go que, por sua vez, avilta os preços damão de obra e da remuneração do traba-lho. Tais consequências acabam por levaro indivíduo a condições de submissão edegradação, ao seu limite extremo desuportabilidade.

O presente estudo foi proposto visan-do esclarecer algumas dúvidas que cer-cam o tema do assédio moral nas rela-ções de trabalho, enfocando aspectos his-tóricos, psicológicos e legais que envol-vem o tema. No seu desenvolvimento,buscou-se conceituar e caracterizar a fi-gura do dano e do assédio moral dentroda sociedade e legislação brasileira, bemcomo estabelecer diferenças entre o que

não se constitui assédio moral, a fimdiferenciá-lo de outras condutas,comumente confundidas.

A prática de condutas constrangedo-ras e vexatórias no ambiente de trabalho,conhecida atualmente pela expressãoassédio moral, vem transformando o lo-cal de trabalho em um palco de conflitos,refletindo, muitas vezes, em situações inu-sitadas ao Direito, com consequências quenão se restringem apenas à vida do traba-lhador, mas a toda a sociedade.

Convém apontar que o assédio moralperfaz-se por meio de incontáveis formas,palavras e gestos, na maior parte das ve-zes dissimulados e circunscritos ao uni-verso do assediante e do assediado. É jus-tamente neste aspecto, da constataçãode que o assédio moral manifesta-se atra-vés de condutas que envolvem diversostipos discriminatórios, que o mesmo pas-sou a ser analisado com maior afinco.

Muito embora se trate de conduta ilí-cita, a prática do assédio moral não en-contra regulamentação própria no Direitodo Trabalho, Civil ou Penal, e conquantotenha apresentado crescimento demasi-ado, os avanços relativos à existência denormas inibidoras de tais condutas é mo-roso.

O projeto de lei, que tramita no Con-gresso Nacional, de alteração do CódigoPenal, tipificando o assédio moral nas re-lações de trabalho, demonstra a relevân-cia do fenômeno, muito embora a propos-ta legislativa seja somente para atacar osefeitos, esquecendo-se das causas.

Por tudo que se demonstrou no de-senrolar do presente estudo, ressalte-seque a prática do assédio moral ofende oprincípio norteador de todo oordenamento pátrio, qual seja, o princípioda dignidade da pessoa humana. Já o danomoral é a consequência de um ato lesivoque atinge os direitos personalíssimos doindivíduo, os bens de foro íntimo da pes-soa, como a honra, a liberdade, a intimi-dade e a imagem.

A conscientização da sociedade, dasempresas e do Estado acerca da impor-tância da adoção de medidas preventivasque possibilitem a formação de um ambi-ente de trabalho sadio e equilibrado vemsendo percebida pelo esforço de todos ossetores, no sentido de coibir as práticasreiteradas das indigitadas condutas.

Notadamente, o Judiciário tem dadocontribuição plena e intensa na proteçãoe solução dos casos de abuso, ainda mais

desde o aumento de demandas nos Tri-bunais da Justiça do Trabalho, após teraumentada sua competência pela ECnº45, para julgar todos os atos atinentesàs relações do contrato de trabalho e deleadvindas.

Por fim, ressalva-se que para sanareste grande problema que vem assolan-do a sociedade e, principalmente, os tra-balhadores de todo o mundo, não basta oressarcimento dos danos morais sofridos,sendo necessário, contudo, que haja anormatização específica em nosso siste-ma jurídico e no ordenamento jurídico in-ternacional.

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Ano X | Nº 99 I Maio I 2011

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(*) A primeira parte deste artigo foi(*) A primeira parte deste artigo foi(*) A primeira parte deste artigo foi(*) A primeira parte deste artigo foi(*) A primeira parte deste artigo foipublicada na edição de abril/20publicada na edição de abril/20publicada na edição de abril/20publicada na edição de abril/20publicada na edição de abril/20111111.1.1.1.1.