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1 DIRETRIZES DE CARGA URBANA PARA EFICIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS COM BASE NA CONCEPÇÃO CITY LOGISTICS Antônio Carlos Sá de Gusmão e Paulo Cezar Martins Ribeiro PET/COPPE/UFRJ RESUMO A movimentação de carga em áreas urbanas e suas adjacências não são recentes. As políticas atuais praticadas, no âmbito do planejamento urbano, ainda são carentes de diretrizes apropriadas que possibilitem uma melhoria acentuada da atuação da logística de carga urbana. Assim, este artigo pretende contribuir com a apresentação de diretrizes de carga urbana para eficiência da distribuição de mercadorias nos centros urbanos das principais cidades brasileiras, tomando por base a adoção da concepção City Logistics. ABSTRACT Cargo handling in urban areas and their surroundings is not new. Current urban planning policies still lack proper guidelines to foster urban logistics. Thus, this article aims to contribute to the presentation of guidelines for urban load efficiency of goods distribution in urban centers of major Brazilian cities, with a basis of City Logistics concept. PALAVRAS-CHAVE: Diretrizes de carga urbana, distribuição urbana de mercadorias, city logistics. 1. INTRODUÇÃO O transporte urbano de cargas tem sido altamente relevante, no papel de suprir as cidades com o fluxo de bens e mercadorias para o desenvolvimento de suas atividades sócio econômicas, e assim tem se tornado um assunto da maior importância nos estudos e pesquisas no que tange a necessidade de um sistema de transporte urbano apropriado as condições das cidades (GUSMÃO e RIBEIRO, 2014). Entre os diferentes pontos identificados nesse contexto, encontram-se, principalmente: a) O fluxo e o congestionamento do tráfego; b) As regulamentações de transporte diferenciadas e as características de cada cidade; c) Os diferentes tipos de veículos utilizados na entrega e distribuição de mercadorias; d) Impactos decorrentes, por exemplo, função do tipo de veículo e da qualidade do combustível utilizado, entre outros. Esses pontos e outros correlatos levam a inferir que, no planejamento do transporte urbano, os fatores e as variáveis associadas a ele não vem sendo considerados devidamente (GUSMÃO et al., 2013).

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DIRETRIZES DE CARGA URBANA PARA EFICIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DE

MERCADORIAS NOS CENTROS URBANOS BRASILEIROS COM BASE NA

CONCEPÇÃO CITY LOGISTICS

Antônio Carlos Sá de Gusmão e Paulo Cezar Martins Ribeiro

PET/COPPE/UFRJ

RESUMO

A movimentação de carga em áreas urbanas e suas adjacências não são recentes. As políticas atuais praticadas,

no âmbito do planejamento urbano, ainda são carentes de diretrizes apropriadas que possibilitem uma melhoria

acentuada da atuação da logística de carga urbana. Assim, este artigo pretende contribuir com a apresentação de

diretrizes de carga urbana para eficiência da distribuição de mercadorias nos centros urbanos das principais

cidades brasileiras, tomando por base a adoção da concepção City Logistics.

ABSTRACT

Cargo handling in urban areas and their surroundings is not new. Current urban planning policies still lack

proper guidelines to foster urban logistics. Thus, this article aims to contribute to the presentation of guidelines

for urban load efficiency of goods distribution in urban centers of major Brazilian cities, with a basis of City

Logistics concept.

PALAVRAS-CHAVE:

Diretrizes de carga urbana, distribuição urbana de mercadorias, city logistics.

1. INTRODUÇÃO

O transporte urbano de cargas tem sido altamente relevante, no papel de suprir as cidades com

o fluxo de bens e mercadorias para o desenvolvimento de suas atividades sócio econômicas, e

assim tem se tornado um assunto da maior importância nos estudos e pesquisas no que tange a

necessidade de um sistema de transporte urbano apropriado as condições das cidades

(GUSMÃO e RIBEIRO, 2014). Entre os diferentes pontos identificados nesse contexto,

encontram-se, principalmente:

a) O fluxo e o congestionamento do tráfego;

b) As regulamentações de transporte diferenciadas e as características de cada cidade;

c) Os diferentes tipos de veículos utilizados na entrega e distribuição de mercadorias;

d) Impactos decorrentes, por exemplo, função do tipo de veículo e da qualidade do

combustível utilizado, entre outros.

Esses pontos e outros correlatos levam a inferir que, no planejamento do transporte urbano, os

fatores e as variáveis associadas a ele não vem sendo considerados devidamente (GUSMÃO

et al., 2013).

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Assim, este artigo pretende contribuir com a apresentação de diretrizes de carga urbana para

eficiência da distribuição de mercadorias nos centros urbanos das principais cidades

brasileiras, que fazem parte do eixo de ligação do transporte rodoviário de carga, tomando por

base a adoção da concepção City Logistics.

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE

CARGA NAS CIDADES

Os impactos causados pelo transporte rodoviário na distribuição urbana de mercadorias sobre

o sistema viário e de transportes em área urbana bem como as interferências sobre suas

adjacências merecem uma análise mais apropriada, já que a operação logística de carga

urbana deve ser considerada uma questão de relevância no planejamento urbano das cidades.

2.1 Metodologia utilizada para o estudo

A pesquisa utilizada para o estudo desse artigo foi desenvolvida tendo como foco apresentar

diretrizes propostas de carga urbana a serem adotadas para eficiência da distribuição de

mercadorias nos centros urbanos das principais cidades brasileiras de grande e médio porte. A

presente pesquisa concentrou-se na problemática da logística de carga urbana, que atualmente

tem afetado o planejamento urbano, e como consequência, nos impactos negativos gerados

nas cidades. Além disso, é apresentada a concepção City Logistics, em que as suas práticas

adotada em várias cidades do mundo, tem trazido resultados positivos e de sucesso quanto a

distribuição urbana de mercadorias, sendo considerada a nova área de planejamento de

transportes responsável em equilibrar o uso do sistema viário, com a presença de veículos de

carga, com os custos sociais envolvidos.

A Figura 1 contempla as etapas realizadas do estudo quanto às informações aqui apresentadas

nos itens que se seguem.

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Figura 1: Estrutura do método utilizado no estudo

Revisão da Literatura

Distribuição de Mercadoria nos Centros Urbanos /

Impactos Negativos Gerados / Principais Problemas

da Logística de Carga Urbana

Modelo no Contexto da Distribuição Urbana de

Mercadorias

Apresentação da Concepção City Logistics

Estabelecimento das Diretrizes de Carga Urbana para

Eficiência da Distribuição de Mercadorias nos Centros

Urbanos

Definição das Diretrizes de Carga Urbana, segundo a

Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável -

PNMUS

Contribuição do artigo apresentado

Introdução

Objetivo e

Caracterização do

Problema

Apresentação das Diretrizes Propostas

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2.2 A distribuição de mercadorias nos centros urbanos

Embora a distribuição de mercadorias nos centros urbanos seja tão necessária para a

manutenção das atividades econômicas das cidades e consequentemente para a qualidade de

vida da população, elas vêm apresentando, ao longo dos anos, perdas econômicas

significativas, tendo chegado ao final da década de 90 com aproximadamente 500 milhões de

reais anuais. De acordo com estudo do IPEA (2010), essa situação se agravou ao longo da

primeira década de 2000, já que no final de 2010 essas perdas já chegavam a valores

superiores a um bilhão de reais.

Assim, os principais problemas verificados no sistema de transportes dos centros urbanos

brasileiros mais importantes, referem-se não somente ao crescimento acelerado da frota de

veículos automotores que circulam nas cidades, como também a frota de veículos de

transporte de carga para a distribuição de mercadorias nessas localidades, que sobremaneira

influenciam e impactam o sistema de transporte urbano (GUSMÃO e PEREIRA, 2011).

A distribuição urbana de mercadorias ocorre em áreas que são caracterizadas pela

concentração de residências e atividades comerciais, assumindo grande importância no

sistema de transporte por representar um relevante componente no desenvolvimento da

economia (OLIVEIRA, 2007).

Existe, contudo, uma necessidade fundamental de abastecimento das mercadorias nos centros

urbanos das cidades, de forma a garantir a sobrevivência da sociedade local. Dentro do

planejamento urbano, portanto, é importante que o transporte de cargas seja considerado um

componente relevante, já que ele é essencial para o sucesso do desenvolvimento econômico

sustentável das cidades (OLIVEIRA et al., 2012).

É desejável, portanto, que se faça uma análise mais detalhada sobre a questão de como

melhorar a operação logística de carga urbana, visando a eficiência da distribuição de

mercadorias nos principais centros urbanos no Brasil, buscando como resultado contribuir

para um adequado planejamento das atividades da movimentação de carga nas cidades

brasileiras.

2.3 Impactos negativos gerados pela distribuição urbana de mercadorias

O plano para o transporte rodoviário de carga nas principais cidades brasileiras é constituído

do zoneamento de uma parte da cidade por áreas e corredores determinados, de acordo com a

capacidade viária para a circulação e o estacionamento dos veículos rodoviários de carga, e

para atender as necessidades específicas de cada área (GUSMÃO e PEREIRA, 2011).

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Logo, o problema de regulamentar o fluxo de veículos de carga urbana é de grande relevância

para a obtenção de estratégias que possam mitigar os impactos nas condições de mobilidade

urbana (DUTRA e PEREIRA NETO, 2014).

De acordo com Ogden (1992) alguns dos principais problemas relacionados à movimentação

de carga urbana são:

utilização de veículos de carga de grande dimensão, que possuem baixos desempenho,

velocidade e capacidade de aceleração;

deficiências na malha viária, como a existência de vias estreitas, falta de manutenção

do pavimento, intersecções com características geométricas incompatíveis à circulação

de veículos de maior porte, além da localização inadequada de elementos do

mobiliário urbano (ex: postes, placas de sinalização, pórticos, cabeamento aéreo e

arvores), e

operação de carga e descarga e estacionamento na via, que provocam transtornos à

circulação do tráfego geral, elevando os custos operacionais e potencializando a

ocorrência de acidentes.

É desejável, portanto, desenvolver um sistema de distribuição de mercadorias que atenda o

presente sem comprometer as necessidades futuras, garantindo o crescimento e o

desenvolvimento das cidades com uma maior mobilidade urbana.

Por outro lado, de acordo com Costa (2009) devido aos impactos do transporte de cargas no

ambiente urbano, os governos locais estão conscientes de que devem controlar esta atividade,

mas a maioria não sabe como. Qualquer que seja a regulamentação imposta para organizar o

tráfego de veículos de entrega, a carga vai chegar ao destinatário no local e no tempo, como

resultado do processo decisório logístico. Seria necessária a implantação de restrições de

acesso, estritamente rigorosas para que os transportadores reorganizassem as suas entregas.

No entanto, tais restrições, em certa medida, podem ser contrárias aos princípios

constitucionais de liberdade de circulação e do comércio.

Assim, segundo Oliveira et al. (2012) é fundamental desenvolver um sistema de distribuição

de mercadorias que atenda às necessidades do presente sem comprometer as necessidades das

gerações futuras, envolvendo decisões numa escala geográfica variável (local, regional,

nacional e internacional e global), com seus respectivos impactos econômicos, ambientais e

sociais.

O Quadro 1 apresenta os tipos de impactos e os problemas gerados com a distribuição urbana

de mercadorias.

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Quadro 1: Tipos de impactos e problemas gerados com a distribuição urbana de mercadorias Tipo de impacto Problema Gerado

Impactos Econômicos Congestionamento;

Ineficiência do transporte;

Desperdício de recursos.

Impactos Ambientais Emissão de poluentes;

Uso de combustíveis não renováveis;

Descarte inadequado de produtos como pneus, óleo e outros

materiais;

Destruição do habitat natural de espécies animais e

vegetais.

Impactos Sociais Consequências físicas da emissão dos poluentes para a

saúde pública;

Prejuízos e mortes resultantes de acidentes;

Ruído;

Poluição visual;

Dificuldade de realizar viagens com carro ou transporte

público; Outras questões referente.

Fonte: Taniguchi et al. (2007 ).

O Quadro 1 apresenta o congestionamento como um dos problemas gerados com a

distribuição urbana de mercadorias e que leva aos impactos econômicos. É desejável,

portanto, que se possa trazer uma nova contribuição para tornar eficiente a complexa operação

de carga/descarga nos centros urbanos, procurando estabelecer condições que permita reduzir

os congestionamentos causados por esse tipo de operação.

Uma variedade de impactos sociais, ambientais e econômicos negativos do transporte urbano

de mercadorias pode ser alvo de decisões políticas. Estas incluem o congestionamento do

tráfego, a poluição do ar local, as emissões de gases do efeito estufa, da poluição sonora e

segurança. Na tentativa de reduzir de escala esses impactos negativos, as decisões políticas

podem implementar uma série de iniciativas que se destinam a alterar as operações de

transporte urbano. Algumas dessas iniciativas só irá abordar um único impacto, enquanto

outras vão abordar diversos impactos ao mesmo tempo (BROWNE et al., 2012).

A Figura 2 apresenta as características das operações de transporte de carga urbana

relacionadas com os impactos negativos gerados por essas operações.

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Características de operações de transporte de carga urbana

Impactos negativos das operações de transporte de carga urbana

Níveis de ruído causados por cada transporte de carga

Emissões de poluentes do ar por km rodado

Consumo de combustíveis fósseis por km

Total de quilômetros por veículo / viagens realizadas

Risco de acidente por km rodado de viagem

Poluição sonora na via e nos locais de entrega

Poluição do ar local Emissões de gases de efeito estufa

Congestionamento do tráfego

Acidentes relacionados a fatalidades e lesões

Figura 2: Relação entre características de operações e impactos negativos do transporte de

carga urbana

Fonte: Browne et al. (2012).

Assim, identificam-se vários componentes que justificam a necessidade de estudos e

pesquisas que proporcionem uma abordagem mais ampla e profunda sobre o tema, de forma a

trazer maiores contribuições para a elaboração de políticas públicas que tragam resultados

positivos no que diz respeito à logística de carga urbana, com uma melhor eficiência do

sistema de transporte das cidades, tendo ainda como consequência um adequado planejamento

urbano (GUSMÃO e RIBEIRO, 2014).

2.3 Principais problemas da logística de carga urbana

A movimentação de carga em área urbana, em especial nos principais centros urbanos, é

realizada basicamente por veículos rodoviários devido à sua facilidade de implantação e à

infraestrutura já existente. Tal fato é constatado pela impossibilidade de atendimento por

outros modos de transporte, de forma direta produtor-consumidor, além de ser o único modo

considerado porta a porta (GUSMÃO e RIBEIRO, 2013).

De acordo com o Ministério das Cidades (2006), o centro urbano das cidades é definido como

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o local economicamente viável para abrigar regiões comerciais, fornecendo uma grande

variedade de empregos, de tipos de negócios e acessos a uma larga escala de bens e serviços.

Observa-se um crescimento bastante significativo de circulação de veículos de carga para

abastecer adequadamente esses centros, elevando ainda mais as taxas de tempo de viagem do

transporte rodoviário de carga, o que pode levar a um maior congestionamento do tráfego nas

cidades, em vista das dimensões dos veículos de carga utilizados para o abastecimento,

especialmente, quando se usa caminhões com mais de dois eixos (SANCHES JUNIOR,

2008).

O Quadro 2 apresenta uma relação de problemas típicos quanto a logística urbana, na visão de

Lima (2011).

Quadro 2: Relação de problemas típicos quanto a logística urbana Mercadoria Uso do Solo Locais de

Carga/Descarga

Rede Viária Veículos Movimento de

Veículos

Poder Público

Mercadoria Dependendo do

caso, a

mercadoria

pode ser de

difícil

manuseio,

perigosa,

apresentar peso e

volume elevado.

Geração de

movimentos de

mercadorias.

Estruturação dos

locais de

carga/descarga e

terminais em

função do tipo

de mercadoria

transportada ,de

modo a agilizar

o processo.

Trajeto de

mercadorias

pela rede, com

adoção de

restrições de

movimentos em

função de peso

e

periculosidade.

Acondiciona

mento de

acordo com o tipo

de

mercadoria:

obediência

ao peso e volume

máximos.

Dificuldade de

tráfego

(curvas

agudas,

obstáculos)

podem

ocasionar

danos às

cargas.

Controlar a

circulação de

produtos

perigosos ou

danosos à rede

viária (excesso

de peso),

visando a

eficiência do

sistema.

Uso do

Solo

Desconsiderar

ação da

geração de

movimentos de

carga

Definição em

plano diretor da

localização de

áreas comerciais

e terminais.

Compatibilidad

e da rede com o

uso do solo

com a

legislação.

Compatibilidade

entre o

uso do solo e os

veículos.

Geração de

viagens de

veículos de

carga

conforme uso

do solo.

Realizar projetos

de ocupação,

para controle da

geração de

viagens e da

geração de

cargas.

Locais de

Carga

/Des carga

Problemas com

operações no

período noturno,

limitação de

horas , lentidão

na emissão de

notas fiscais.

Vias de acesso

junto aos locais

de carga e

descarga e

terminais;

Locais

apropriados

junto ao meio-

fio.

Implantação de

baias de

carga/descarga

adequadas aos

veículos.

Dificuldades

de acesso aos

locais

destinados à

carga e

descarga.

Criação de locais

para

carga/descarga

no meio-fio,

definição

de horários,

evitar conflitos

com o

estacionamento

de autos.

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Rede

Viária

Problemas de

conservação,

capacitação em

função da

demanda de

tráfego,

despreparo

para grandes

veículos.

Características

geométricas das

vias

adequadas

aos tipos de

veículos e em

circulação.

Controle de

circulação

de veículos em

função de

peso e volume

máximos.

Manutenção,

conservação,

controle do fluxo

de carga,

ampliação da

rede.

Veículos Má conservação

dos

veículos,

ocasionando

problemas

de poluição, ruído

elevado, acidentes.

Oferta por

parte da

indústria de

uma

quantidade

adequada

de veículos

em função da

demanda.

Controle do

estado dos

veículos em

circulação;

Promoção da

segurança.

Movimento

de

Veículos

Dificuldades

de

circulação por

inadequação

das vias e

faixas.

Controle/

movimento de

veículos

grandes, ou

transportadores

de mercadorias

perigosas.

Fonte: Lima (2011).

De acordo com o Quadro 2, se pode constatar que existe uma complexidade quanto à solução

aos problemas apresentados. Isso pode ser mais bem constatado, já que cada um dos

elementos envolvidos (o morador, o comerciante, o político e o operador logístico) buscam

atender às suas necessidades, procurando obter resultados individuais, e nesse sentido, não se

busca uma solução global que permita alcançar o resultado desejado, afirma Lima (2011).

Em função da caracterização do problema com base nas etapas realizadas na revisão da

literatura que permitiu trazer as informações aqui apresentadas quanto a complexidade da

distribuição de mercadorias nos centros urbanos é apresentada a seguir a metodologia City

Logistics, conhecida no Brasil, como Logística Urbana, que tem se tornado uma ferramenta

muito utilizada em diversas cidades no exterior, com sucesso, no que se refere a complexa

operação da logística de carga urbana.

3. A CONCEPÇÃO CITY LOGISTICS

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No final da década de 90, percebeu-se a urgência por iniciativas de Logística Urbana (City

Logistics), através de uma nova área de planejamento de transporte que equilibrasse a

eficiência necessária pela distribuição urbana e os custos sociais envolvidos, que utilizaria

novas tecnologias e aplicações tecnológicas e incentivaria a busca por diferentes formas de se

realizar a atividade nos centros urbanos (OLIVEIRA et al., 2012).

Assim, Logística Urbana surge como uma nova ferramenta no mercado, essencial para o

aperfeiçoamento da distribuição urbana de mercadorias, que venha trazer um benefício direto

nas operações de logística de carga urbana nos principais centros urbanos das cidades,

melhorando o planejamento urbano.

3.1 Pilares da logística urbana

Taniguchi et al. (2003) e Taniguchi (2011) apresentam uma estrutura para a visão conceitual

de City Logistics. A Figura 2 apresenta essa visão conceitual.

Figura 2: Pilares da logística urbana

Fonte: Taniguchi et al. (2003) e Taniguchi (2011).

De acordo com a Figura 2 a sustentabilidade está voltada para a minimização dos impactos

ambientais e do consumo de energia. A mobilidade atende aos requisitos básicos para o

transporte de mercadorias, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida atende os requisitos

de segurança viária e um ambiente melhor para a comunidade.

3.2 Agentes-chave na aplicação da logística urbana (City Logistics)

Sustentabilidade Mobilidade

Qualidade de Vida

Competitividade global

Eficiência

Redução de congestionamentos

Cordialidade ambiental

Conservação de energia

Segurança

Confiabilidade

Força da mão de obra

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A Figura 3 apresenta uma visão da atuação dos agentes-chave na distribuição urbana de

mercadorias. Essa representação estabelece uma relação de colaboração e parceria com os

principais agentes-chave dentro de uma estrutura de mercado em que as atividades

econômicas são os elementos responsáveis pela sua sustentação.

Figura 3: Agentes chave (key-stakeholders) na aplicação da concepção City Logístics

Fonte: Taniguchi et al. (2007).

Cada um dos seus elementos tem a seguinte função segundo a visão de Oliveira et al. (2012):

a) Os embarcadores são os responsáveis pelas funções de embarque de mercadorias e

eles buscam maximizar seu nível de serviço, minimizando custos, tempo de

coleta/entrega e manter a confiabilidade de transporte;

b) Os transportadores são os responsáveis pela distribuição e seu objetivo é minimizar os

custos associados com a coleta e distribuição de produtos para maximizar os lucros,

existindo grande pressão para fornecer alto nível de serviço com baixos custos;

c) A população é composta pelas pessoas que vivem, trabalham e compram nos centros

urbanos;

d) O poder público engloba os administradores municipais, estaduais e federais, sendo

responsável pela garantia do desenvolvimento econômico das cidades, pelas

oportunidades de empregos e pela redução dos níveis de congestionamento,

melhorando o ambiente e garantindo a segurança viária para a cidade.

4. DIRETRIZES DE CARGA URBANA PARA EFICIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO

DE MERCADORIAS NOS CENTROS URBANOS

Com a Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável - PNMUS (BRASIL, 2004)

estabelecida pelo Governo Federal, o Ministério das Cidades promulgou as diretrizes

Embarcadores (produtores,

atacadistas e

varejistas)

População

(consumidores)

Transportadores

de Carga (transportadores e

empresas de

armazenamento)

Poder Público

(nível federal,

estadual e

municipal)

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estratégicas para o planejamento urbano, de forma que os Planos Diretores de Transporte e

Mobilidade Urbana, a serem elaborados ou em processo de elaboração pelas cidades,

pudessem conter o novo conceito de planejamento da mobilidade urbana. Essas diretrizes são

apresentadas a seguir:

a) Diminuir a necessidade de viagens motorizadas, posicionando melhor os equipamentos

sociais;

b) Repensar o desenho urbano, planejando o sistema viário como suporte da política de

mobilidade, com prioridade para a segurança e a qualidade de vida dos moradores em

detrimento da fluidez do trafego de veículos de passagem;

c) Repensar a circulação de veículos, priorizando os meios não motorizados e de transporte

coletivo nos planos e projetos, considerando que a maioria das pessoas utiliza esses modos

para seus deslocamentos;

d) Desenvolver os meios não motorizados de transporte, valorizando a bicicleta como um

meio de transporte importante, integrando-a com o modo de transporte coletivo;

e) Reconhecer a importância do deslocamento dos pedestres, valorizando o caminhar como

um meio de transporte, incorporando a calçada como parte da via pública;

f) Reduzir os impactos ambientais da mobilidade urbana, uma vez que as viagens motorizadas

produzem poluição, e estimular o uso de transporte não-motorizado, a pé e por bicicleta, e de

combustíveis renováveis menos poluentes;

g) Propiciar mobilidade às pessoas com deficiência e restrição da mobilidade, permitindo o

acesso dessas pessoas à cidade e aos serviços urbanos;

h) Priorizar o transporte coletivo no sistema viário;

i) Estruturar a gestão local, fortalecendo o papel do órgão público gestor dos serviços de

transporte e trânsito.

Nas diretrizes estratégicas apresentadas no PNMUS (BRASIL, 2004) não foram consideradas

diretrizes específicas relacionadas ao transporte rodoviário de carga nas cidades, ou melhor,

diretrizes de carga urbana. A falta dessas diretrizes deve ser considerada hoje pelos

planejadores, quando da elaboração do Plano Diretor das Cidades.

4.1 Diretrizes de carga urbana no Brasil

No Brasil verifica-se que são poucos os projetos e experiências com o uso da concepção City

Logistics, e que pouco avanço foi feito, com a utilização dessa metodologia, a partir da

pesquisa de Sanches Junior (2008) sobre a realidade brasileira da logística de carga urbana.

Cabe destacar, portanto, que em função da pesquisa realizada é oportuna e procedente como

contribuição desse artigo a apresentação de diretrizes para carga urbana, no momento atual

em que as cidades brasileiras necessitam tornar-se eficiente na distribuição de mercadorias,

por meio de uma movimentação adequada de carga nos centros urbanos brasileiros,

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procurando atender os propósitos da mobilidade urbana estabelecidas na Lei Federal nº

12.587/2012 (BRASIL, 2012), e assim proporcionar um planejamento de transporte adequado

que possa permitir estabelecer melhores condições de vida para a sociedade.

4.2 Diretrizes propostas

As diretrizes propostas para a eficiência desejada da distribuição urbana de mercadorias e seu

detalhamento são apresentados a seguir:

a) Investir em pesquisas em logística de carga urbana;

b) Desenvolver regulamentações apropriadas para os veículos urbanos de carga;

c) Integrar as atividades da logística urbana no Plano Diretor das cidades;

d) Incentivar parcerias público-privada para desenvolver ações para logística urbana;

e) Implementar padronização de conhecimento em logística de carga urbana;

f) Incentivar a elaboração de planejamento integrado do sistema de transporte das cidades.

- Investir em pesquisas em logística de carga urbana

Devido à falta de conhecimento, de uma forma geral, do que é carga urbana, e ainda mais do

que é logística de carga urbana, conforme pesquisa realizada, a nível nacional, por Sanches

Junior (2008), é sugerida como diretriz investir em pesquisas em logística de carga urbana, de

modo que se tenha efetivamente, por todos aqueles que trabalham com carga urbana no poder

público ou privado, conhecimento do que é, efetivamente, logística de carga urbana. Tal fato,

permitirá saber da importância dessa logística para a eficiência da distribuição urbana de

mercadorias.

- Desenvolver regulamentações apropriadas para os veículos urbanos de carga

Visto que os veículos urbanos de carga (VUC’s) são os veículos responsáveis pelo

fornecimento e distribuição de carga nas cidades é necessário desenvolver regulamentações

apropriadas para esses tipos de veículos, já que nos centros urbanos brasileiros existem vários

tipos de veículos que circulam pelas cidades nessa função. Isso permitirá se ter uma

padronização desses veículos, principalmente, aos caminhões com mais de dois eixos que

circulam nas principais cidades brasileiras. - Integrar as atividades da logística urbana no Plano Diretor das Cidades

Em função do que estabelece a Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável -

PNMUS (BRASIL, 2004) e a Lei Federal nº 12.587/2012 (BRASIL, 2012) que instituiu as

diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, é de fundamental importância, para

aquelas cidades que ainda estão desenvolvendo seu Plano Diretor, que se insiram diretrizes de

carga urbana dentro do planejamento urbano do Plano Diretor. Essas diretrizes permitirão

contribuir efetivamente para que se tenha a eficiência desejada na distribuição de mercadorias.

- Incentivar parcerias público privada para desenvolver ações para logística urbana

A formação de parcerias público-privada envolvendo todos os agentes participantes do

processo em City Logistics traria resultado desejado quanto a logística de carga urbana, já que

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para se atingir o objetivo almejado da eficiência da distribuição urbana de mercadorias não se

pode entender o processo com elementos isolados e função separada de cada um deles, sem

haver uma integração na sua realização. A integração entre esses elementos (embarcadores,

transportadores de carga, população e poder público) representa a efetiva função da

concepção City Logistics, na busca do sucesso da distribuição de mercadorias nos centros

urbanos.

- Implementar padronização de conhecimento em logística de carga urbana

Os indivíduos que trabalham com carga urbana, sejam eles integrantes de instituições do

poder público nos diversos estados do País, bem como aqueles que trabalham com o

fornecimento e distribuição da carga no setor privado possuem um alto desconhecimento do

que vem a ser carga urbana. Essa falta de conhecimento do que é carga urbana é também

verificada na população das cidades, conforme relatado por Sanches Junior (2008). É

fundamental, portanto, que como diretriz se tenha uma uniformização do conhecimento sobre

o que é carga urbana e mais ainda sobre logística de carga urbana. Uma padronização de

conhecimento sobre carga urbana, permitirá uma maior compreensão do que é a distribuição

urbana de mercadorias e a sua importância para as cidades.

- Incentivar a elaboração de planejamento integrado do sistema de transporte das cidades

Dada a importância da carga urbana nas cidades, como elemento fundamental para o

desenvolvimento e crescimento das suas atividades econômicas, é de vital importância para a

sobrevivência e manutenção dessas localidades o fornecimento e a distribuição de

mercadorias. Eles sustentam os diversos empreendimentos comerciais, industriais e de

serviços aí existentes, proporcionando uma melhor condição de vida da população. Essa

diretriz permitirá uma melhor condição de tráfego e trânsito nas cidades, como também uma

redução dos efeitos negativos que afetam a qualidade de vida local ao se ter um planejamento

integrado do sistema de transporte urbano.

4. CONCLUSÕES

O crescimento regional cada vez maior tem apresentado um aumento das diferenças existentes

em nosso País, em que as áreas urbanas e metropolitanas vêm sofrendo impactos relevantes

em seus sistemas viários e, em especial, o transporte urbano, influenciado pelo transporte de

mercadorias que precisam ser deslocadas para abastecer diferentes localidades.

Por outro lado, verifica-se que a situação atual da carga urbana nas cidades brasileiras está

muito distante das exigências estratégicas para a implementação efetiva do conceito de City

Logisitcs. As cidades brasileiras se encontram às voltas em resolver as externalidades

negativas geradas pelas escolhas do passado: a ênfase no transporte individual.

Portanto, somente com a adoção de políticas apropriadas de transporte que contemplem

diretrizes adequadas quanto a logística de carga urbana, é que poderá se chegar a eficiência

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desejada da distribuição urbana de mercadorias e como consequência a um planejamento

urbano apropriado nas principais cidades brasileiras, que beneficie a sociedade como um todo

em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais.

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