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DIRETRIZES E AÇÕES EM PROL DE UMA
SILVICULTURA SUSTENTÁVEL
I Encontro Brasileiro de Silvicultura
10 a 12 de novembro de 2008
Prof. José Leonardo de Moraes Gonçalves
Esalq/USP
SumSumSumSumááááriorioriorio
• Novos paradigmas
• Impactos ambientais da silvicultura convencional
• Boas práticas silviculturais
• Como medir e monitorar a sustentabilidade florestal?
• Considerações finais
VERACELVERACELVERACEL
O que tornaria essa plantação florestal insustentável?
Quais impactos ambientais são mais prejudiciais ao ecossistema?
Cenibra
Que práticas silviculturais são pertinentes ao
Bom Manejo Florestal?
Como avaliar se a plantação florestal está ou
será sustentável?
AntecedentesAntecedentesAntecedentesAntecedentes
– Conceito de desenvolvimento sustentável
• Lançado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no
chamado Relatório Brundtland, em 1987;
• Herdeiro de um conceito anterior lançado por Ignacy Sachs na década de 70: o
ecodesenvolvimento.
• Questionava os estilos ocidentais de desenvolvimento;
• Ecodesenvolvimento:
� Propõe estratégias adaptadas a cada ecorregião (adaptação ao meio)
� resiste às soluções universalistas, propõe soluções específicas de seus
problemas particulares
� valoriza as necessidades das populações locais e a sua diversidade cultural.
– O Relatório Brundtland lançou o pano de fundo sob o qual se daria a discussão
da ECO-92, já em tempos de globalização.
– Um dos marcos do desenvolvimento do século XX, claramente expresso na
Agenda 21, foi o reconhecimento da importância da biodiversidade e do valor da
qualidade ambiental como componentes da qualidade de vida humana.
– Uma vez reconhecido que o modelo de silvicultura pode comprometer esses
valores e colocar em risco a própria conservação dos recursos naturais, torna-se
necessária a adoção de novos paradigmas.
Conceito de sustentabilidadeConceito de sustentabilidadeConceito de sustentabilidadeConceito de sustentabilidade
– Em termos silviculturais, desde o início do século, o conceito de sustentabilidade
significa assegurar e, em certos casos, até aumentar a produtividade da floresta.
�Princípio básico: a colheita não pode exceder à capacidade produtiva do
sítio.
– Tanto as definições de sustentabilidade, quanto de desenvolvimento sustentável
estão baseadas em relações multidimensionais (econômico, social, ecológico e
cultural).
– Ocorre, ao mesmo tempo, em diferentes escalas, em ordem crescente: � unidade de manejo florestal
� fazenda ou horto florestal
� microbacia
� região
� país
� biosfera
Pasto
APP degradada
Eucalipto
APP Restaurada
Essa pastagem conseguiria um selo verdeselo verdeselo verdeselo verde internacional
se fosse exigido?
Pasto
APP degradada
Eucalipto
APP Restaurada
• As florestas plantadas:
� Constituem-se em uma forma apropriada do uso do solo e são menos
impactantes do que qualquer outra cultura intensiva.
� Precisam estar em harmonia com as prioridades ecológicas e sociais da
região.
� Ecologicamente, são áreas de sucessão secundária, controlada e dirigida
pelo silvicultor e mantida sempre na fase juvenil de elevada produtividade.
Impactos ambientais da silvicultura convencional
1. Rápida e drástica mudança de uso da terra
(de floresta nativa para plantação homogênea e monoespecífica)
• Implica em grandes mudanças nas funções do ecossistema:
� diminuição da biodiversidade (interações interespecíficas)
� ciclagem de nutrientes
� absorção de água
– Efeitos da silviculturaEfeitos da silviculturaEfeitos da silviculturaEfeitos da silvicultura
�modifica a paisagem e a estrutura organizacional e funcional dos
ecossistemas naturais
�dependente de insumos exógenos (adubos e agrotóxicos)
Impactos ambientais da silvicultura convencional
2. Degradação da estrutura do solo
�diminuição da permeabilidade do solo
3. Perda de nutrientes
� erosão, volatilização, lixiviação
� fazer periodicamente o balanço nutricional
Eucalyptus
Biomassa antes da queima: 20-45 t ha-1
pós-queima: - 85-90%
N: 200-310 kg ha-1
85-90% menos
P: 25-35 kg ha-1
- 35-60%
PrPrPrPrááááticas agressivas e ticas agressivas e ticas agressivas e ticas agressivas e
desnecessdesnecessdesnecessdesnecessááááriasriasriasrias
Estação Experimental de Ci. Florestais de Itatinga
Esalq/USP
Após 50 anos de cultivo(1944-1997)
Cerrado
2,99 Kg C m-2
0,21 Kg N m-2
0-30 cm
Eucalipto
3,86 Kg C m-2
0,22 Kg N m-2
0-30 cm
Maguere et al. (2008)
0.353.6DMS
(P = 0.05)
1.012.07.0
1.414.62.2
1.110.70.8
1.012.00.5
1.114.00.1Reforma florestal(1)
0.172.5DMS
(P = 0.05)
1.917.47.0
1.716.62.2
1.313.20.8
1.416.40.5
1.918.30.1Eucaliptoem pé
______ g kg-1 ______
NCTempo após
colheitaano
Tratamento
Superfície do solo (0-5cm)
18.3 g C kg-1 14 g C kg-1
36.6 t C kg-1 28 t C kg-1
- 8.6 t ha-1 (28%)
(1) Todos resíduos removidos(serapilheira e sobras da colheita)
Compactação/Adensamento do Solo
Por que a Matéria Orgânica é tão importante para a sustentabilidade
do solo e do ecossistema?
Horizonte A
Não-adensado
Estrutura forte grumosa
e, ou,
Estrutura forte em blocos
Horizonte A
Adensado
Estrutura moderada ou fraca granular
(grânulos simples, grãos simples)
e, ou,
Estrutura moderada ou fraca em blocos
• Pressão aplicada maior que
Processo de degradação da estrutura do solo
Taxa de decomposiçãomaior que taxa de deaporte
Desmatamento
Pequenas adições de MO devido à:
queima, remoçãoe, ou, baixa produção de
resíduos vegetais
Desestabilização da estrutura:• Redução de complexos organominerais• Aproximação de partículas e agregados
• Maior concentração relativa de partículas minerais
Aumento da densidadedo solo
matéria orgânica
Revolvimento intensivodo solo
ação antrópica
Horizonte A
Não-adensado
Estrutura forte grumosa
e, ou,
Estrutura forte em blocos
Horizonte A
Adensado
Estrutura moderada ou fraca granular
(grânulos simples, grãos simples)
e, ou,
Estrutura moderada ou fraca em blocos
Horizonte A
Compactado
Estrutura fraca laminar
Taxa de decomposiçãomaior que taxa de deaporte
Desmatamento
Pequenas adições de MO devido à:
queima, remoçãoe, ou, baixa produção de
resíduos vegetais
Desestabilização da estrutura:• Redução de complexos organominerais• Aproximação de partículas e agregados
• Maior concentração relativa de partículas minerais
Aumento da densidadedo solo
Trânsito de veículo• Pressão aplicada maior quecapacidade suporte do solo
(pressão crítica)Ocasiona
• Fusão de microagregados• Diminuição da espessura de
macroporos
matéria orgânica
Revolvimento intensivodo solo
Processo de degradação da estrutura do solo
• A MO é essencial para o desenvolvimento estrutural, que determina
a permeabilidade do solo (porosidade, infiltração);
• Também é responsável por cerca de 70% da CTC do solo
(carga negativa do solo).
LVd
ds = 1,0 kg dm-3
Microgregados
100 µµµµ
Microgregados
ds = 1,2 kg dm-3
Microagregados fundidos (poucos macroporos)
100 µµµµ
Machado, 1976
148
119
91
17
7
Mata nativa
Campo virgem
4 anos de lavoura
8 anos de lavoura
14 anos de lavoura
VE
LO
CID
AD
E D
E IN
FIL
TR
AÇ
ÃO
(m
m h
)-1
10
50
100
150
Efeitos sistêmicos das práticas conservacionistas
Objetivos fundamentaisObjetivos fundamentaisObjetivos fundamentaisObjetivos fundamentais do conjunto dessas práticas:
� instaurar um processo de progressiva restauração da biodiversidade vegetal e animal
� melhorar as condições de desenvolvimento vegetal
� reduzir a exposição do solo às intempéries climáticas
EfeitosEfeitosEfeitosEfeitos
� Maior aporte de matéria orgânica no solo
� Intensificação da atividade biológica do solo
� Recuperação de propriedades básicas do solo (permeabilidade, retenção de água e nutrientes)
ConseqConseqConseqConseqüüüüênciasênciasênciasências
� Preservação e restauração de processos ecológicos básicos para a sustentabilidade
a) Manutenção da regularidade dos processosregularidade dos processosregularidade dos processosregularidade dos processos hídricos (infiltração,
regime de vazão e qualidade da água);
b) Manutenção do estoque de nutrientesestoque de nutrientesestoque de nutrientesestoque de nutrientes, por meio da ciclagem de
nutrientes e do equilíbrio entre entradas e saídas de nutrientes;
c) Manutenção das interainterainterainteraçççções interespecões interespecões interespecões interespecííííficasficasficasficas entre os organismos
(flora e fauna), por meio da biodiversidade.
� Fununununççççõesõesõesões: dispersão de sementes, polinização, predação, competição, mutualismo, simbiose e herbivoria na área de efetivo plantio e de preservação ambiental.
Fatores Ecológicos que Garantem a Sustentabilidade Florestal
na Bacia Hidrográfica
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
1. Planejamento adequado do uso da terra
• O melhor planejamento é aquele que concebe ações sistêmicas baseadas nos
recursos florísticos, hídricos, edáficos, econômicos e técnicos disponíveis na
bacia hidrográfica;
• Considera-a parte interdependente de uma totalidade integrada e indissolúvel
em longo prazo.
O que planejar?
• delimitações das áreas de efetivo plantio
• recuperação das áreas de preservação permanente e de reserva legal
• locação da rede viária
• escolha de material genético adequado para cada condição ambiental
• técnicas de preparo de solo
• as adubações de base e de cobertura
• espaçamento de plantio
• técnicas de plantio
• tratos culturais (p.ex., controle de plantas daninhas, pragas e doenças)
• sistema de colheita da madeira
• Deve ser feito antecipadamente, geralmente, alguns meses antes do início das
atividades (não improvisado).
Subsídios essenciais
• Caracterização do meio físico:
�condições climáticas, topográficas e edáficas
950
900
850
950
850
1050
1000
950
900
850
900 850
900
MICROPLANEJAMENTO DO PREPARO DE SOLO EM ÁREAS SOB CULTIVO MÍNIMO NA CENIBRA, MG
Coveamento manual
Coveamento mecânico
Subsolagem
Recuperação ambiental
Vegetação Nativa
Fatores Considerados
• Declividade
• Rede de drenagem
• Tipo de solo
• Peculiaridades locais
Neossolo Litólico
Solos Jovens
• Não devem ser usados para produção florestal(corte raso, ciclos curtos);
• Comumente, ocorrem em áreas mais acidentadas(15-30% do total);
•Devem ser mantidos como APP ou RL(boa drenagem lateral; áreas de captação hídrica)
Princípios FSC
• Princípio 7 - Plano de Manejo:
A empresa ou comunidade deve ter um plano de manejo que considere as
exigências do órgão ambiental e dos padrões FSC, considerando os impactos
e as medidas para minimizá-los.
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
Problemas mais graves causados pela má locação da rede viária
• Captação, condução e deságüe concentrado de enxurrada em
determinados pontos do terreno.
ConseqConseqConseqConseqüüüüênciasênciasênciasências
�Erosão laminar e/ou em sulcos na própria estrada e em talhões adjacentes
�Queda de produtividade
�Assoreamento de cursos d´água
�Perda de valores estéticos e paisagísticos
PrPrPrPrááááticas corretivasticas corretivasticas corretivasticas corretivas
�caras e nem sempre muito efetivas
A locação da rede viária deve respeitar a fisiografia do terreno e a rede de drenagem da bacia hidrográfica.
Figura 21
Estrada em linha reta, passando sobre cabeceira de nascente
Cabeceira de nascente
Má locação da estrada
Vale do Rio DoceCenibraBoletim do IPEF (Jul 2008)
Estrada principal
Estrada de fundo de vale
baldeio
Densidade mínima de estradas
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia
hidrográfica
Maria Jose Brito Zakia
[email protected] Seiva Ambiental
Maria Jose Brito Zakia
[email protected] Seiva AmbientalMOSAICOS HORIZONTAISMOSAICOS HORIZONTAIS
As áreas de preservação ambiental funcionam com
áreas de proteção florestal
• reduzem os riscos da clonagem (pragas, doenças)
ExperimentoExperimentoExperimentoExperimento
Monitoramento de Predadores e de Pragas
Plantações de Eucalipto ao lado de Mata Nativa (Atlântica)
Aracruz
FonteFonteFonteFonte: Bragança, Zanuncio, Picanço, Laranjeiro (1998)
Insetos Local
Nativa Borda 200m 400m 600m
HymenopteraHymenopteraHymenopteraHymenoptera
Predadores 557 506 245 190 140
Parasitóides fase larva 383 797 168 145 117
Parasitóides fase ovo 1111 1563 286 361 252
Total 2051 2866 699 696 509
LepidopteraLepidopteraLepidopteraLepidoptera
Praga primária 31 31 70 130 1111
Praga secundária 6 10 27 23 25
Não-praga 20 629 555 902 772
Princípios do FSC
Princípio 10 – Plantações
As plantações florestais devem ser planejadas de acordo com os princípios 1 a 9,
o Princípio 10 e seus critérios. Considerando que as plantações podem proporcionar
um leque de benefícios sociais e econômicos e contribuir para satisfazer as necessidades
globais por produtos florestais, elas devem completar o manejo, reduzir as pressões e
promover a restaurapromover a restaurapromover a restaurapromover a restauraçççção e conservaão e conservaão e conservaão e conservaçççção das florestas naturaisão das florestas naturaisão das florestas naturaisão das florestas naturais.
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia hidrográfica
4. Adequação genótipo-ambiente
ESPÉCIES RESISTENTES A GEADASESPÉCIES RESISTENTES A GEADAS
E. viminalisE. viminalis
E. globulusE. globulus
Foto: Teotônio F. Assis
O povoamento de E. globulus não era
sustentável (inadequação genótipo-ambiente).
A sustentabilidade também é uma questão de conhecimento
e planejamento.
H3911 H3925
Maio / 2004 (3 anos):
top dieback desfolhamento causado por Cylindrocladium
Maio / 2004 (3 anos):
top dieback desfolhamento causado por Cylindrocladium
Junho / 2005 (4 anos)Junho / 2005 (4 anos)
H3911 H3925
Foto: Teotônio F. Assis
Áreas de demonstração
O desenvolvimento tecnológico eleva
os níveis potenciais de sustentabilidade.
O uso de genótipos adequadossítio-específicos otimiza o aproveitamentodos recursos naturais (luz, espaço, água, nutrientes)
FotoFotoFotoFoto: Carlos Giovani TonetV&M Florestal
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia hidrográfica
4. Adequação genótipo-ambiente
5. Cultivo mínimo
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia
hidrográfica
4. Adequação genótipo-ambiente
5. Cultivo mínimo
6. Reposição de nutrientes via adubação mineral e/ou orgânica
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia
hidrográfica
4. Adequação genótipo-ambiente
5. Cultivo mínimo
6. Reposição de nutrientes via adubação mineral e/ou orgânica
7. Uso de sistemas de colheita de impacto restrito sobre o solo
7. Uso de sistemas de colheita de impacto restrito sobre o solo
A fertilidade dos solos e as propriedades físicas do solo podem ser preservadas
ou até melhoradas por meio de práticas de colheita florestal que prevejam:
• O aumento da eficiência de utilização dos nutrientes (ciclos mais longos);
• A redução da exportação de nutrientes;
• Manejo adequado de equipamentos florestais, de tal forma a evitar danos físicos
aos solos.
�uso de equipamentos florestais que exercem menor ação compressiva
sobre os solos
�planejamento da movimentação das máquinas sobre o terreno
(deslocamento sobre resíduos, trilhas de baldeio preferenciais)
Principais práticas conservacionistas que predispõem à produção sustentável:
1. Planejamento adequado do uso da terra
2. Locação adequada da rede viária
3. Conservação ou aumento da diversidade biológica dentro da bacia
hidrográfica
4. Adequação genótipo-ambiente
5. Cultivo mínimo
6. Reposição de nutrientes via adubação mineral e/ou orgânica
7. Uso de sistemas de colheita de impacto restrito sobre o solo
8. Manejo integrado de pragas
Monitoramento Ambiental
ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos
• Os dados, devidamente armazenados e organizados, fornecerão evidências da evolução
do comportamento do ecossistema como um todo e de seus componentes
(seres vivos e não vivos);
• Possibilitarão a detecção de pontos críticos de funcionamento do ecossistema florestal;
• Fornecerão informações para explicar relações de causa e efeito de diferentes
eventos e para a definição de hipóteses que devem embasar novas pesquisas;
• Atestado de controle de qualidade ambiental
� Avaliação da eficiência do manejo florestal
FotoFotoFotoFoto:Vale do Rio DoceCenibraBoletim do IPEF (Jul 2008)
10m x 50m
Relevo e solo os mais representativos
Parcelas pareadas (área de efetivo plantio e de preservação ambiental)
Pelo menos 5 repetições nas principais unidades de solo
Periodicidade de medição: 6-8 anos
Registrar histórico- Espécie- Manejo- Condições climáticas
Parcelas permanentes de monitoramento ambiental
• Particular atenção deve ser dada ao registro de certos fenômenos:
�ocorrência de geadas ou de períodos de estresse hídrico
�importante para a caracterização e adaptação ecológica
das espécies florestais
O que monitorar?
Principais indicadores
�Crescimento das árvores em altura, diâmetro e acúmulo de fitomassa
�Características da copa (área foliar, formato)
�Concentração e acúmulo de nutrientes na biomassa
�Produção de serapilheira e sua velocidade de decomposição
�Ataques de pragas e doenças
�Diversidade da vegetação do sub-bosque
A
ABBA
Bt
O que monitorar?
�Fertilidade do solo:
MO, pH, P disponível, bases trocáveis, Al trocável, CTC
�Permeabilidade do solo:
macro e microporos, taxa de infiltração de água
Princípios FSC
Princípio 8 - Monitoramento e avaliação:
A empresa ou comunidade deve assegurar o acompanhamento dos
impactos ambientais e sociais ocasionados em função das atividades de manejo,
além de ter medidas para garantir a minimização de cada um destes impactos.
Princípio da precaução
– Proposto formalmente na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento
�realizada em 1992, no Rio de Janeiro
– Definição
� É a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do
conhecimento, não podem ser ainda identificados.
� Afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de
dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever
este dano.
� Em outras palavras, está implícito no ditado: "melhor prevenir do que remediar".
– O Principio da Precaução está presente também em duas convenções
internacionais ratificadas e promulgadas pelo Brasil:
� A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (9.05.92)
� A Convenção da Diversidade Biológica (5.06.92)
– Esse Princípio não deve ser encarado como um obstáculo às atividades de P&D.
� Ao contrário, é uma proposta atual e necessária como forma de resguardar os
legítimos interesses da sociedade, por exemplo, o uso racional e sustentável dos
recursos naturais.
– É dentro desse escopo que se apresenta o estabelecimento de uma política
ambiental preventiva para a silvicultura brasileira, baseada em diretrizes e práticas
conservacionistas que prevejam a produção sustentável de produtos florestais e de
serviços ambientais.