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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 nº 345 - ano III DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 Administração Pública Municipal Pág. 19 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 20 MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS >>Atos MPC Pág. 24 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. JOSÉ GOMES DE MELO PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício Administração Pública Estadual Poder Executivo TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA PROCESSO N.: 5.457/2012 ASSUNTO : Pregão eletrônico n. 865/12 UNIDADE : Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (SEFIN) RESPONSÁVEL: Wagner Garcia de Freitas, Secretário-Adjunto de Finanças, responsável pela elaboração do termo de referência Daiana Líbia Oliveira Vieira, pregoeira RELATOR : Conselheiro-plantonista Wilber Carlos dos Santos Coimbra TUTELA ANTECIPADA INIBITÓRIA N. 35/2012/GCWCSC Trata-se de fiscalização de licitação - na espécie, pregão eletrônico n. 865/2012 -, levada a efeito por esta Eg. Corte de Contas, a teor do art. 61 de seu Regimento Interno (RITC). 2. Com efeito, a Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (SEFIN) visa a contratar empresa especializada no que diz com a prestação de serviços de limpeza, higienização e conservação – v. termo de referência, às folhas 7 e segs. -, pelo valor estimado de R$ 740.271,00. 3. A despeito disso, o Ministério Público de Contas logrou descortinar, pontual e minudentemente, que há preceito inserto no instrumento convocatório em debate que tem o condão de mitigar sobremaneira o caráter competitivo do certame. 4. É que se extrai do edital em comento – v. item 20, termo de referência - obrigação imposta aos licitantes no sentido de, sob a égide da [fase de] habilitação, comprovarem a concreção de visita às unidades da SEFIN, a fim conheçam o local onde hão ser os serviços realizados. 5. Daí por que opina o MPC pela suspensão expedita do pregão eletrônico n. 865/2012, forte no princípio da competitividade e, sublinhe-se, em jurisprudência do Tribunal de Contas da União (TCU). DECIDO 6. Faz-se mister asserir que decido, agora, tão só no que concerne à matéria ventilada e discutida pelo MPC. 7. Pois bem. 8. Acolho, sem titubear, a opinião do Ministério Público de Contas. 9. Explico – em motivação apertada, dado o prazo diminuto para decidir, conquanto bastante a justificar medida exponencialmente restritiva à Administração Pública. 10. O preceito combatido pelo MPC de fato investe contra o princípio da competitividade. 11. Só que o princípio da competitividade é pedra de toque das licitações públicas. 12. Pautado no sobredito princípio, reputo que erigir a vistoria como pressuposto para habilitar-se em dada licitação revela-se exigência escorchante e irrazoável, porquanto dificultará - senão inviabilizará - a participação de interessados que não tenham sede no município de Porto Velho/RO. 13. Nessa esteira, a regra é franquear/oportunizar a todos quantos queiram dela – licitação – participar -, dês que possuam qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 22. De todo modo, é de clareza meridiana que a hipótese dos autos – serviços de limpeza, higienização e conservação – não se entretém com

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 nº 345 - ano IIIDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

Administração Pública Municipal Pág. 19

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 20

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS >>Atos MPC Pág. 24

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. JOSÉ GOMES DE MELO PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA

PROCESSO N.: 5.457/2012 ASSUNTO : Pregão eletrônico n. 865/12 UNIDADE : Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (SEFIN)

RESPONSÁVEL: Wagner Garcia de Freitas, Secretário-Adjunto de Finanças, responsável pela elaboração do termo de referência Daiana Líbia Oliveira Vieira, pregoeira RELATOR : Conselheiro-plantonista Wilber Carlos dos Santos Coimbra

TUTELA ANTECIPADA INIBITÓRIA N. 35/2012/GCWCSC

Trata-se de fiscalização de licitação - na espécie, pregão eletrônico n. 865/2012 -, levada a efeito por esta Eg. Corte de Contas, a teor do art. 61 de seu Regimento Interno (RITC).

2. Com efeito, a Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia (SEFIN) visa a contratar empresa especializada no que diz com a prestação de serviços de limpeza, higienização e conservação – v. termo de referência, às folhas 7 e segs. -, pelo valor estimado de R$ 740.271,00.

3. A despeito disso, o Ministério Público de Contas logrou descortinar, pontual e minudentemente, que há preceito inserto no instrumento convocatório em debate que tem o condão de mitigar sobremaneira o caráter competitivo do certame.

4. É que se extrai do edital em comento – v. item 20, termo de referência - obrigação imposta aos licitantes no sentido de, sob a égide da [fase de] habilitação, comprovarem a concreção de visita às unidades da SEFIN, a fim conheçam o local onde hão ser os serviços realizados.

5. Daí por que opina o MPC pela suspensão expedita do pregão eletrônico n. 865/2012, forte no princípio da competitividade e, sublinhe-se, em jurisprudência do Tribunal de Contas da União (TCU).

DECIDO

6. Faz-se mister asserir que decido, agora, tão só no que concerne à matéria ventilada e discutida pelo MPC.

7. Pois bem.

8. Acolho, sem titubear, a opinião do Ministério Público de Contas.

9. Explico – em motivação apertada, dado o prazo diminuto para decidir, conquanto bastante a justificar medida exponencialmente restritiva à Administração Pública.

10. O preceito combatido pelo MPC de fato investe contra o princípio da competitividade.

11. Só que o princípio da competitividade é pedra de toque das licitações públicas.

12. Pautado no sobredito princípio, reputo que erigir a vistoria como pressuposto para habilitar-se em dada licitação revela-se exigência escorchante e irrazoável, porquanto dificultará - senão inviabilizará - a participação de interessados que não tenham sede no município de Porto Velho/RO.

13. Nessa esteira, a regra é franquear/oportunizar a todos quantos queiram dela – licitação – participar -, dês que possuam qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

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2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 345 ano III quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

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14. De outra parte, como bem divisou o MPC, a exigência aqui inquinada não tem assento nas Leis Federais ns. 8.666/93 e 10.520/02.

15. E, pior, não se estriba na pauta axiológica constitucional.

16. A Constituição da República permite se exija do licitante tão somente a qualificação técnica/econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.

17. Trata-se, essa regra, de cânone administrativo-constitucional – ex vi do art. 37, XXI, da Constituição da República (CR).

18. Dessa feita, a vistoria técnica - como requisito à habilitação, na qual se esquadrinha a qualificação do interessado - é indubitavelmente prescindível, despicienda e inconveniente.

19. Nesse caminho, o TCU - acórdão n. 906/2012, Plenário -averbou que a Administração Pública há se abster de inserir em seus instrumentos convocatórios cláusulas impondo a obrigatoriedade de comparecimento ao local das obras quando, por sua limitação de tempo e em face da complexidade e extensão do objeto licitado, pouco acrescente acerca do conhecimento dos concorrentes sobre a obra/serviço, de maneira a preservar o que preceitua o art. 3º, caput, e § 1º, I, da Lei n. 8.666/93, sendo suficiente a declaração do licitante de que conhece as condições locais para a execução do objeto.

20. De outra parte, o TCU, excepcionalmente, tem admitido a exigência de vistoria se - e somente se – a complexidade ou natureza do objeto a justifique, a exemplo do que consagrou no acórdão n. 727/2009.

21. Demais disso, o Supremo Tribunal Federal, no exercício atípico da função administrativa, destaque-se, trouxe à balha o temperamento – excepcionalíssimo – realizado pelo TCU no que diz com a tolerância à vistoria técnica quando estritamente necessária à assunção do objeto – v. pregão eletrônico n. 94/2011 (processo n. 345.567).

22. De todo modo, é de clareza meridiana que a hipótese dos autos – serviços de limpeza, higienização e conservação – não se entretém com exponencial complexidade; não da maneira que fora descrito no edital.

23. E mais.

24. A SEFIN é órgão que desempenha atividades eminentemente administrativas, daí por que é de se prefigurar que a manutenção e conservação dos prédios umbilicalmente a ela atrelados consubstancia serviço irremissivelmente comezinho.

25. À vista do exposto, estribado na probabilidade de consumação de ilícito e em fundado receio de ineficácia do provimento final, decido, inaudita altera pars, em sede de tutela antecipada inibitória, a teor do art. 108-A da Resolução n. 76/2011-TCERO, do art. 273 e, notadamente, do art. 461, § 3º, ambos do Código de Processo Civil:

I – determinar ao Secretário-Adjunto de Finanças do Estado de Rondônia, Wagner Garcia de Freitas, ao Superintendente de Licitações, Márcio Rogério Gabriel, e à Pregoeira Daiana Líbia Oliveira Vieira, que suspendam o pregão eletrônico n. 865/2012, levado a efeito pela Secretaria de Estado de Finanças, a fim contratar empresa especializada no que diz com a prestação de serviços de limpeza, higienização e conservação;

II – estabelecer o prazo de 5 (cinco) dias, contados a partir da notificação, para que os agentes mencionados no item I comprovem a suspensão do pregão em comento;

III – fixar, a título de multa cominatória, o valor de 30.000,00 (trinta mil reais), incidente em caso de descumprimento desta ordem de suspensão, a ser suportada pessoal e solidariamente pelos agentes mencionados no

item I - o que faço com supedâneo nos artigos 287 e 461, § 4º, do CPC e no art. 108-A, § 2º, e art. 186-A do Regimento Interno desta Corte, sem prejuízo das sanções cíveis e criminais a ser apuradas pelos órgãos competentes, no que for de sua alçada;

IV – assinar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação, para que (a) o Secretário-Adjunto de Finanças do Estado de Rondônia, Wagner Garcia de Freitas, responsável pela elaboração do termo de referência que deu azo ao pregão eletrônico, apresente razões de justificativa, a teor do art. 62, III, do RITC, ou, ao seu talante – e fundado na Súmula n. 346 do STF – exclua, de logo, o item 20 do termo de referência, segundo o qual é obrigatória a realização prévia de vistoria como requisito para habilitação, porquanto configura achaque ao princípio da competitividade;

V - alertar os agentes mencionados no item I de que a subsistência das irregularidades detectadas pode ultimar no reconhecimento da ilegalidade do certame, o que poderá culminar na anulação absoluta do pregão eletrônico n. 865/2012;

VI – dar ciência desta decisão aos interessados, informando-lhes que o parecer do Ministério Público de Contas e a decisão estão disponíveis, em inteiro teor, no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

VII – dar ciência desta decisão ao Ministério Público de Contas;

VIII – remeter cópia desta decisão ao Ministério Público estadual;

IX – juntar esta decisão aos autos;

X - publicar na forma regimental.

Sirva esta como mandado.

À Assistência de Gabinete, a fim cumpra.

Porto Velho, 21 de dezembro de 2012.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Plantonista

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA

PROCESSO N. : 5377/2012-TCER. ASSUNTO : Pregão Eletrônico n. 862/2012/SUPEL/RO - Processo Administrativo n. 01.1601.02614-00/2012/SEDUC/RO – para Contração de Empresa para ministrar Curso de Formação Inicial para Professores Indígenas no Estado de Rondônia. UNIDADE : Secretaria de Estado da Educação – SEDUC. RESPONSÁVEIS : Márcio Rogério Gabriel – Superintendente da SUPEL/RO. Isabel de Fátima Luz – Secretária de Estado da Educação. Fabíola Ramos da Silva – Pregoeira da SUPEL/RO. RELATOR : Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA N. 036/2012/GCWCSC

Cuidam os presentes autos sobre análise prévia e formal do Edital de Pregão Eletrônico n. 862/2012/SUPEL/RO - Processo Administrativo n. 01.1601.02614-00/2012/SEDUC/RO –, tipo menor preço global, o qual fora ideado pela Secretária de Estado da Educação – SEDUC - e está a se operar pela Superintendência Estadual de Compras e Licitação - SUPEL.

02. O procedimento em tela tem o escopo de contratar Empresa para ministrar Curso de Formação Inicial para Professores Indígenas no Município de Ouro Preto do Oeste - RO, isto pelo valor estimado de R$

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3 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 345 ano III quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

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1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos).

03. Em análise preambular das peças que compõem os presentes – v. Parecer Técnico de fls. 1392/1399 -, o Corpo Instrutivo concluíra pela legalidade do certame que se cuida. Vejamos fragmentos da conclusão técnica preliminar prefalada, in verbis:

[...]

3 – CONCLUSÃO

Após a análise do Edital de Pregão Eletrônico n° 862/2012/SUPEL, do tipo menor preço, visando à contratação de empresa para ministrar Curso de Formação Inicial para Professores Indígenas, concluímos pela sua legalidade, ante a não constatação de irregularidades, especialmente, aquelas apontadas em análises anteriores pelo Corpo Técnico e Ministério Público de Contas nos Pregões Eletrônicos nº 293/2012/SUPEL e 682/2012/SUPEL, reunindo, dessa forma, condições de prosseguimento. (destaquei)

04. O Ministério Público, por seu turno, por intermédio do Parecer n. 490/2012 de fls. 1403/1405-v, da chancela do douto Procurador Sérgio Ubiratã Marchiori de Moura, entendendo que a estimativa de preço realizada pela Administração se mostra insatisfatória, haja vista que não retrata o preço médio do mercado, bem como revela, por consectário lógico, supostos indícios de sobrepreço, razão pela qual propugna que seja determinado, imediatamente, à SUPEL que se abstenha de adjudicar o objeto do certame ou contratar nos moldes do edital em análise, bem como sejam os responsáveis instados a se manifestarem acerca de tal apontamento. Grafa-se trechos do precitado Parecer Ministerial, ipsis verbis:

[...]

Nesta senda, podemos concluir que a estimativa de preços realizada pela interessada não revela, satisfatoriamente, o preço médio do mercado para o referido serviço, revelando sim fortes indícios de sobrepreço, o que impõe a obrigação da Administração em demonstrar a regularidade dos preços do objeto que visa a contratar.

[...]

Assim, entendo que, diante da aparente fragilidade dos preços cotados para o serviço, impõe-se que seja, imediatamente, determinado à SUPEL que:

Abstenha-se de adjudicar o objeto do certame ou contratar nos moldes deste Edital, até que venha aos autos a comprovação de regularidade do preço do serviço a ser adjudicado, notificando-se os responsáveis e assinando-lhes prazo para apresentarem justificativas e ou documentos, pena de declaração de ilegalidade do certame, com as cominações de estilo.

Após cumprimento das diligências requeridas, com ou sem manifestação dos interessados e, ainda, com nova análise do Corpo Técnico voltem os autos, ao MPC para parecer conclusivo.

É o parecer.

05. Assim, vieram os autos conclusos para deliberação deste Conselheiro, em regime de plantão.

Sintético, é o relatório.

DECIDO

06. Como visto, tratam os autos da análise prévia e formal da legalidade do Edital de Pregão Eletrônico n. 862/2012/SUPEL/RO - Processo

Administrativo n. 01.1601.02614-00/2012/SEDUC/RO –, tipo menor preço global, o qual fora ideado pela Secretária de Estado da Educação – SEDUC - e está a se operar pela Superintendência Estadual de Compras e Licitação - SUPEL, objetivando à contração de Empresa para ministrar Curso de Formação Inicial para Professores Indígenas no Município de Ouro Preto do Oeste - RO, isto pelo valor estimado de R$ 1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos).

07. O Parquet de Contas traz à lume irregularidade que conflita com os regramentos regentes da matéria em análise, e, por consequência, requer determinação cautelar de forma que a Administração abstenha-se de praticar atos censectários do Edital que se cuida, tendentes à adjudicação, homologação, contratação, etc.

08. À sombra do rito técnico-processual do Tribunal, seria o feito agora franqueado à análise de seu Relator originário – Conselheiro José Gomes de Melo -, a fim de que deliberasse acerca do pleito Ministerial; todavia, sob pena de se consumarem ilícitos com a consecução dos atos corolários da licitação tendentes à contratação dos serviços obejto do certame, cuja fase externe fora encetada em 18/12/2012, às 11h00min – horário de Brasília -, a atuação prima facie deste Conselheiro plantonista é medida que se impõe.

09. Faz-se mister asserir que decido agora, em sede de tutela antecipada inibitória, com base nos fatos descortinados a partir do sumário exame que a urgência do caso requer; daí por que a licitação – e seus demais contornos – apenas será totalmente apreciada, alfim, pelo Relator originário – Conselheiro José Gomes de Melo -, sob a roupagem da tutela definitiva.

I - Do cabimento da tutela antecipada inibitória

10. De início, impende alinhar que a tutela inibitória possui viés preventivo por excelência, uma vez que se preordena, de regra, a prevenir a ocorrência do ilícito.

11. De se ver, portanto, que a medida preeminente é cabível em face da concreção de atos administrativos contrários às regras estatuídas pelo ordenamento jurídico e, por isto, os pressupostos a ela atrelados são (a) a probabilidade de consumação de ilícito e (b) o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

12. Nesse passo, a decisão aqui prolatada será vazada com o fito de evitar sejam consumadas as ilicitudes perscrutadas pela análise perfunctória dos autos e, dessarte, de assegurar a eficácia do provimento final a ser promanado no fecho deste processo - a teor da regra inserta no art. 108-A do Regimento Interno desta Corte.

13. Ademais, os fundamentos trazidos pelo Ministério Público de Contas mostram-se relevantes, impondo-se a este Conselheiro-Relator de plantão, por ocasião de recesso de final de ano, o dever de examinar o requerimento da medida acauteladora, visando resguardar o sagrado interesse público, e, por derradeiro, o erário.

14. Assim, como dito alhures, decido agora, em sede de Tutela Antecipada Inibitória, frise-se, com base nos fatos descortinados a partir do exame que a urgência do caso requer, sendo que a licitação – e seus demais atos corolários – apenas será totalmente apreciada, alfim, pelo Relator originário, sob a roupagem da tutela definitiva.

II – Da irregularidade detectada na instrução

II.I – Da insatisfatória pesquisa de preço

15. Malgrado tenha o Corpo Instrutivo opinado pela legalidade do edital em apreço, denota-se do bojo da sua manifestação inaugural (fls. 1392/1399) que a Gerência de Pesquisa e Análise de Preços da SUPEL, após cotação realizada em 03 (três) empresas situadas em Porto Velho – RO (fls.

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395/397), orçara a licitação em R$ 1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos), apesar de serem conhecedores de que proposta selecionada, por ocasião da realização do Pregão Eletrônico n. 682/2012 – edital de licitação anulado, cujo objeto era o mesmo dos presentes autos -, foi no importe de R$ 567.500,00 (quinhentos e sessenta e sete mil, quinhentos reais), bem abaixo do valor estimado do edital em análise.

16. Explico melhor em breve trecho.

17. Urge dizer, por prevalente, que a Secretaria de Estado da Educação, por meio dos editais de Pregão Eletrônico nºs 293/2012/SUPEL e 682/2012/SUPEL, já tentara licitar a contração dos serviços objeto do presente edital, os quais, sublinhe-se, foram anulados pela própria Administração, em razão da constatação, por esta Corte, de diversas irregularidades que conflitavam com as normas regentes da matéria posta à análise.

18. Quando a Administração resolvera anular o Pregão Eletrônico n. 682/2012, já havia sido adjudicada a proposta vencedora, sendo que o valor da proposta selecionada naquela oportunidade, em 15/10/2012 - v. Ata às fls. 549 -, fora no importe de R$ 567.500,00 (quinhentos e sessenta e sete mil, quinhentos reais), ou seja, era menor que 1/3 (um terço) do valor orçado para a presente licitação – R$ 1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos), conforme se extrai da documentação acostada às fls. 550.

19. Por tais razões, o Ministério Público de Contas concluíra que a pesquisa de preço realizada nos presentes autos, não reflete, fidedignamente, o preço médio de mercado para contração dos serviços objeto do edital sub examine, fato que, na ótica Ministerial, constitui fortes indícios de sobrepreço, diante do que sugere seja determinado aos responsáveis que se abestenham de praticar atos tendentes à contração do objeto da presente licitação.

20. Sem mairores digressões, tenho que as razões apresentadas pelo Órgão Ministerial revelam indícios de ilegalidades bastantes a justificar a concessão da medida acauteladora pleiteada pelo MPC, consubstanciada na obstaculização de todos os atos tendentes à contração do objeto versado nos presente autos, vez que a pesquisa de preço ineficiente, pode conduzir a Administração a contratação de serviços com preço acima do praticado no mercado, ocasionado, dessa forma, dano ao erário, bem como frustra os objetivos almejados com a licitação – seleção de proposta mais vantajosa e o princípio da economicidade (art. 3º da Lei n. 8.666/93) -, posto que, em tese, exsurge um abismo entre a proposta selecionado por intermédio do Edital n. Pregão Eletrônico n. 682/2012 (R$ 567.500,00) e o valor estimado da presente contratação (R$ 1.729.476,60).

21. As contratações públicas poderão ser efetivadas somente após a estimativa prévia do respectivo valor, que deve obrigatoriamente ser juntada ao processo de contratação e ao ato convocatório divulgado, posto que o preço estimado é um dos parâmetros de que dispõe a Administração para julgar licitações e efetivar as contratações, de forma a dar efetividade ao postulado de se selecionar a proposta mais vantajosa para a administração (art. 3º da Lei n. 8.666/93), bem assim resguardar, por consequência, o erário, motivo pelo qual deve a pesquisa de preço refletir o preço de mercado, levando em consideração todos os fatores que influenciam na formação dos custos.

22. Neste sentido repousa a remansosa jurisprudência do Tribunal de Contas da União. Vejamos:

Não é admissível que a pesquisa de preços de mercado feita pela entidade seja destituída de juízo crítico acerca da consistência dos valores levantados, maxime quando observados indícios de preços destoantes dos praticados no mercado. Acórdão 1108/2007 Plenário (Sumario)

23. Neste enredo, vislumbro na hipótese impropriedades suficientes para, se não extirpadas agora, terem o condão de ulcerar o edital que se cuida e os demais atos corolários da licitação - cuja fase externa estava prevista

para ser encetada no dia 18/12/2012 às 11h00min pela Administração; assim sendo, tenho presentes a probabilidade de consumação do ilícito, bem como o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

24. À vista do exposto, estribado na probabilidade de consumação de ilícitos e em fundado receio de ineficácia do provimento final, DECIDO, inaudita altera pars, em sede de tutela antecipada inibitória, a teor do art. 108-A da Resolução n. 76/2011-TCERO e do art. 273 do CPC:

I – Determinar ao Senhor Márcio Rogério Gabriel – Superintendente da Superintendência Estadual de Compras e Licitações – Senhoras Isabel de Fátima Luz – Secretária de Estado da Educação - e Fabíola Ramos da Silva – Pregoeira da SUPEL/RO -, ou a quem lhes substitua na forma da lei, que, incontinenti, SUSPENDAM todos os atos administrativos decorrentes do Edital de Pregão Eletrônico n. 862/2012/SUPEL/RO - Processo Administrativo n. 01.1601.02614-00/2012/SEDUC/RO –, tendentes à contração de Empresa para ministrar Curso de Formação Inicial para Professores Indígenas no Município de Ouro Preto do Oeste - RO, isto pelo valor estimado de R$ 1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos), até ulterior deliberação desta Corte de Contas, pelas razões alhures dissertadas;

II – Estabelecer o prazo de 05 (cinco) dias, contados a partir da notificação, para que os agentes mencionados no item I desta Decisão comprovem a suspensão de todos os atos corolários do pregão que se cuida;

III – Fixar, a título de multa cominatória, o valor de 30.000,00 (trinta mil reais), incidente em caso de descumprimento desta ordem de suspensão, a ser suportada pessoal e solidariamente pelos agentes mencionados no item I deste decisum, o que faço com supedâneo no art. 286-A do RITC c/c arts. 287 e 461, § 4º, ambos do CPC e no art. 108-A, § 2º, do Regimento Interno desta Corte;

IV – Assinar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação, para os agentes alinhados no item I deste, para, querendo, apresentarem as razões de justificativas julgadas pertinentes, em homenagem aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, corolários do devido processo legal, acercas do fato reputado como irregular pelo Ministério Público de Contas, a saber:

- Insatisfatória pesquisa de preço realizada nos presentes autos – R$ 1.729.476,60 (um milhão, setecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e setenta e seis reais e sessenta centavos) -, posto que, em tese, não reflete fidedignamente o preço médio de mercado para contração dos serviços objeto do edital sub examine, notadamente quando cotejado com a proposta selecionada no Pregão Eletrônico n. 682/2012 - R$ 567.500,00 (quinhentos e sessenta e sete mil, quinhentos reais) -, cujo objeto, ressalte-se, era o mesmo dos presentes autos, infringindo, a princípio, a norma inserta no art. 3º da Lei n. 8.666/93 (seleção da proposta mais vantajosa), bem como o princípio da economicidade;

V - Alertar aos agentes mencionados no item I desta Decisão de que a subsistência da irregularidade detectadas poderá ultimar no reconhecimento da ilegalidade do certame que se cuida, com a sua consequente anulação, por vício de legalidade;

VI – Dar ciência deste decisum aos responsáveis, remetendo-lhes cópia do inteiro do teor do Parecer Técnico e Ministerial, respectivamente, às fls. 1392/1399 e 1403/1405-v, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório;

VII – Dê-se ciência ao Ministério Público de Contas, na forma legal;

VIII – Juntar esta decisão aos autos em epígrafe;

IX - Publicar este Decisum na forma regimental;

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X - Sirva a presente Decisão como mandado, tendo em vista a urgência que o caso requer.

À Assistência de Gabinete, a fim cumpra, adotando, para tanto, todas as medidas cabíveis.

Porto Velho, 21 de dezembro de 2012.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator-Plantonista

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA

PROCESSO N. : 5.430/2012-TCER ASSUNTO : Edital de Licitação UNIDADE : Coordenadoria Geral de Apoio à Governadoria (CGAG) RESPONSÁVEL : Florisvaldo Alves da Silva, Coordenador-Geral da CGAG RELATOR-ORIGINÁRIO : Conselheiro Francisco Carvalho da Silva RELATOR-PLANTONISTA : Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA N. 038/2012/GCWCSC

Cuida-se de análise prévia de edital de licitação - Pregão Eletrônico n. 869/2012/SUPEL/RO - destinado a atender necessidades da Administração Pública Direta e Indireta do Estado de Rondônia, como ideado pela Coordenadoria-Geral de Apoio à Governadoria (CGAG) e operado pela Superintendência Estadual de Licitação (SUPEL).

02. Assinale-se que o procedimento em tela – cuja abertura da fase externa fora prevista para 27/12/2012, às 9h (horário local) -, tem o escopo de selecionar pessoa jurídica para fornecer serviços atrelados à telecomunicação, estimados em R$ 14.005.607,29 (quatorze milhões cinco mil seiscentos e sete reais e vinte e nove centavos).

03. À sombra do rito técnico-processual ora adotado por este Tribunal, foi o feito franqueado à Unidade Técnica e ao Ministério Público de Contas, os quais se manifestaram pela imediata suspensão de todos os atos tendentes à contratação, em razão da existência no edital de múltiplos indícios de irregularidades aptos a inquiná-la.

Eis o relatório.

DECIDO

1. Da competência deste Conselheiro para atuar no feito

04. Consoante dispõe o art. 64 da Lei Complementar Estadual n. 154/1996, o art. 123, § 2º, do Regimento Interno e o art. 3º da Resolução n. 87/TCE/RO-2012, bem assim foi regulamentado na Portaria n. 1.187/2012, foi programado que este Eg. Tribunal funcionaria em regime de plantão durante o recesso de 20/12/2012 a 06/01/2013.

05. Com vistas a colaborar com o funcionamento das atividades da Corte, este Conselheiro foi designado para atuar como Plantonista – conforme se abstrai da Portaria n. 1.919/2012, confirmando escala de plantão elaborada pelo Conselheiro Corregedor-Geral e aprovada pelo Conselho Superior de Administração.

06. Em acordo com o regramento exposto e em aplicação à regra que serve à determinação da competência mínima de cada juízo (Kompetenzkompetenz), reputo-me in concreto responsável para deliberar na espécie, dando prosseguimento ao feito, sob pena de se consumarem ilícitos em caso de omissão deste órgão de controle

07. Faz-se mister asserir que decido agora, em sede de tutela antecipada inibitória, com base nos fatos descortinados a partir do sumário exame que

a urgência do caso requer; daí por que a licitação – e seus demais contornos – apenas será totalmente apreciada, alfim, sob a roupagem da tutela definitiva.

2. Do cabimento da tutela antecipada inibitória

08. De início, impende alinhar que a tutela inibitória possui viés preventivo por excelência, uma vez que se preordena, de regra, a prevenir a ocorrência de ilícitos de ordem administrativa na seara estadual ou municipal.

09. De se ver, portanto, que a medida preeminente é cabível em face da concreção de atos administrativos contrários às regras estatuídas pelo ordenamento jurídico e, por isto, os pressupostos a ela atrelados são (a) a probabilidade de consumação de ilícito e (b) o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

10. Nesse passo, a decisão aqui prolatada será vazada com o fito de evitar sejam consumadas as ilicitudes perscrutadas nos autos e, dessarte, assegurar a eficácia do provimento final promanado no fecho deste processo - a teor da regra do art. 108-A do Regimento Interno desta Corte -, conforme passo a dissertar.

11. Apontamentos do Corpo Técnico e do Ministério Público de Contas trazem a lume o fato de que a espécie é omissa quanto à possibilidade - ou não - de habilitação e participação de empresas organizadas mediante regime de consórcio, conforme autorização geral e abstrata contida na norma inserta no art. 33 da Lei n. 8.666/1993.

12. Aduziu-se que, inobstante eventual aceitação específica e concreta de empresas consorciadas pender de escolha expressamente praticada pela Administração no uso de competência discricionária, seria imprescindível que a anuência ou a vedação esteja balizada em justificativa razoável (TCU, Ac. 1.678/2006 e Ac. 566/2006).

13. Daí por que concluem que tal omissão deverá ser sanada mediante apresentação de adequada motivação, sob pena de, ao revés, ser frustrada a participação de potenciais interessados e, com isto, ser malogrado o princípio da isonomia e inviabilizada a escolha da proposta mais vantajosa para a Administração – o que é verossímil.

14. O Corpo Técnico bem inferiu ainda, quanto às condições de pagamento, que o edital deveria ser retificado a fim de prever também atualização financeira por eventual atraso no pagamento pela contratante, sob a forma de correção monetária; adotando-se, em todo caso, o índice oficial, cf. art. 40, XIV, da Lei 8.666/1993.

15. Com pertinência aos critérios para o reajuste periódico e ordinário das condições da proposta, o sensato Parquet de Contas asseriu que deveriam as regras do mecanismo adotado – repactuação – estar previstas não apenas no contrato a ser celebrado, mas também no bojo do próprio edital, cf. art. 40, XI, da Lei 8.666/1993.

16. Outrossim, prefigura a Unidade Técnica ao indicar não haver conexão entre o objeto do edital e as exigências correlatas a questões previdenciárias (item 13.10 do Edital e 17.3 do Termo de Referência) - não está claro haver cessão de mão-de-obra que as justifique, conforme art. 31, § 2º, da Lei nº 9.032/1995.

17. Quanto ao prazo para realização do suporte e assistência técnica, o órgão técnico destaca a inexistência de uniformidade na exigência de prestação imediata em um caso e o alargamento para o máximo de 4h noutro. Acertado, assim, haja uma padronização ou então justificação da legalidade e razoabilidade de tais prazos.

18. De sua banda, o MPC acresceu que não consta no edital de licitação qual o prazo e quais os meios deverá a contratada dispor para solucionar/encerrar os eventuais chamados para suporte técnico, bem

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assim quais as sanções que sobre ela incidirão em caso de haver o descumprimento deste prazo – lacunas que devem ser supridas.

19. No que tange à preservação da clareza e da objetividade do edital, são estritamente necessárias as retificações pugnadas pelo órgão técnico e ministerial pertinentes à imediata adequação das informações inconsistentes vislumbradas no item 2.2.2 e no item 5.2 do edital, limando-o das incoerências verificadas.

20. Reside no edital ainda falha gravíssima também atinente à clareza e à objetividade do edital, detectada pela Unidade Técnica e pelo MPC; é ausência de adequada distinção - ao longo do edital e na planilha de preços - entre materiais, equipamentos e serviços, a fim induvidosamente se divise qual o objeto aqui licitado.

21. Ademais, na esteira do MPC, entendo imperiosa a inclusão de precisas especificações sobre a forma pela qual serão fornecidos os equipamentos necessários à execução dos serviços: se serão adquiridos ou cedidos em regime de comodato; e, neste último caso, sejam traçados os parâmetros de substituição dos bens.

22. Agridem ainda a exigência normativa de descrição clara e precisa do objeto a insuficiente disposição respeitante ao curso de treinamento exigido no item 29 do termo de referência, pois omisso qual o quantitativo de servidores a ser capacitados; as fases de tal preparação; e especificação deste serviço na planilha de custos.

23. Há ainda que se esclarecer as dúvidas espraiadas pelo Corpo Técnico com pertinência aos recursos orçamentários – à reserva orçamentária - que irão suportar a despesa em questão – tanto por parte dos Entes beneficiários que integram a Administração Pública Direta quanto a Administração Pública Indireta.

24. Agregando à primorosa análise empreendida pela Unidade Técnica, o órgão ministerial reclama esclarecimentos cruciais sobre a alternatividade, constante no objeto do edital, entre Serviço de Valor Adicionado e Serviço de Telecomunicação IP/VOIP, como se um ou outro, indiscriminadamente, pudessem suprir as necessidades do Ente – aparente contrassenso, por se tratar aqui de serviços distintos.

25. Para além disto, pela ausência de atecnia, o i. Parquet infirmou-se contra os itens 19, 21.19, 21.20 e 21.25 do edital; bem assim contra o item 6.8.3 do certame.

26. Alfim, sufragado por entendimento doutrinário, questiona o MPC a permissão editalícia para subcontratação parcial de qualquer dos serviços previstos no termo de referência (item 26), sem que, paralelamente, estejam estabelecidos no instrumento convocatórios em quais hipóteses e limites pode ocorrer – cláusulas indispensáveis, a teor do art. 72 da Lei n. 8.666/1993.

27. É dos autos, portanto, que o instrumento editalício ora formalizado pela Administração Pública encontra-se inquinado de sem-número de vícios graves o bastante para imediatamente obstar seu prosseguimento, na forma requerida pela Unidade Técnica e pelo MPC, máxime pela insuficiente descrição do objeto e seus corolários e pela presença de cláusulas restritivas à competitividade, como visto.

28. Observo que, quanto ao apensamento requerido pela Unidade Técnica, fica a deliberação acerca da matéria relegada à apreciação do Conselheiro Relator Originário, Franscisco Carvalho da Silva.

29. Assim, à vista do exposto, estribado na probabilidade de consumação de ilícitos e em fundado receio de ineficácia do provimento final, diante da iminente abertura da fase externa da licitação, decido agora, inaudita altera pars, em sede de tutela antecipada inibitória, a teor do art. 108-A da Resolução n. 76/2011-TCERO e do art. 273 do CPC:

I – Determinar ao Superintendente da SUPEL, Senhor Márcio Rogério Gabriel, Pregoeiro, Senhor Rogério Pereira Santana, e ao Coordenador-Geral da Coordenadoria-Geral de Apoio à Governadoria, Senhor Florisvaldo Alves da Silva, que SUSPENDAM todos os atos administrativos tendentes à contratação de que cuida no Edital de Pregão Eletrônico n. 869/2012, até ulterior deliberação desta Corte, a vista das irregularidades versadas neste decisum e lançadas no parecer da Unidade Técnica e do Ministério Público de Contas, os quais adoto como parte integrante da ratio decidendi aqui vertida;

II – Estabelecer o prazo de 05 (cinco) dias, contados a partir da notificação, para que os agentes mencionados no item I comprovem a suspensão do pregão em comento;

III – Fixar, a título de multa cominatória, o valor de 30.000,00 (trinta mil reais), incidente em caso de descumprimento desta ordem de suspensão, a ser suportada pessoal e solidariamente pelos agentes mencionados no item I - o que faço com supedâneo nos arts 287 e 461, § 4º, do CPC e no art. 108-A, § 2º, e art. 186-A do Regimento Interno desta Corte;

IV – Assinar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação, para que o Coordenador-Geral da Coordenadoria-Geral de Apoio à Governadoria, Senhor Florisvaldo Alves da Silva, e o servidor responsável pela elaboração do termo de referência, Senhor Carlos Augusto Malty Júnior, apresentem razões de justificativas acerca das irregularidades versadas neste decisum e lançadas no parecer da Unidade Técnica e do Ministério Público de Contas;

V - Alertar os agentes mencionados nos itens IV de que a subsistência das irregularidades detectadas pode ultimar no reconhecimento da ilegalidade do certame, o que poderá culminar na anulação absoluta do certame;

VI – Dar ciência desta decisão aos interessados, remetendo cópia do inteiro do teor do parecer técnico e do parecer ministerial;

VII – Dar ciência desta decisão ao Ministério Público de Contas;

VIII – Juntar esta decisão aos autos;

IX - Publicar na forma regimental.

Sirva como mandado.

À Assistência de Gabinete, a fim cumpra.

Porto Velho, 27 de dezembro de 2012.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator-Plantonista

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA

PROTOCOLO N.: 14943/2012 ASSUNTO : Representação UNIDADE : Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) RESPONSÁVEIS: Confúcio Aires Moura, Governador do Estado de Rondônia; Isabel de Fátima Luz, Secretária de Estado da Educação; RELATOR : Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA N. 040/GCWCSC/2012

Vistos etc.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia formulara, por intermédio da Douta Procuradora-Geral de Contas Érika

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Patrícia Saldanha de Oliveira, a presente Representação a esta Corte, pretendendo, à luz do direito de regência, a concessão de Tutela Antecipatória Inibitória, inaudita altera pars, para o fim de se determinar ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Rondônia - Confúcio Aires Moura – e a Excelentíssima Senhora Secretária de Estado da Educação – Isabel de Fátima Luz - que suspendam, imediatamente, sob pena de responsabilidade, o Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC, publicado no DOE n. 2101 de 20/11/2012, ou, caso tenha sido selecionada a OSCIP – objeto do precitado edital -, quaisquer medidas tendentes à implementação do termo de parceria, mormente ao que diz respeito à assinatura da avença e a repasses de recursos financeiros.

02. O Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC, publicado no DOE n. 2101 de 20/11/2012, âmago da presente Representação, destina-se à seleção de projetos entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para a celebração de termo de parceria visando a “elaboração e execução do Projeto de Apoio à Educação Profissional e Integral aos Estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino e constituição de seu Corpo Docente”, isto pelo valor mensal estimado de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais), que, ao final do período de 36 (trinta e seis) meses previstos para execução do contrato , atingirá a monta de R$ 61.200.000,00 (sessenta e um milhões e duzentos mil).

03. Em rápida síntese, o MPC divisara, em tópico conclusivo na Representação apresentada, várias irregularidades no Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC que conflitam com as normas regentes da matéria versada, requerendo, em razão disso, a suspensão cautelar do edital precitado ou, caso já tenha sido realizada a escolha da OSCIP, de quaisquer ato tendentes à implementação do termo de parceria, dentre outros pedidos. Grafa-se fragmentos da Representação Ministerial em apreço, in verbis:

[...]

4 - Conclusão

Diante do exposto, considerando-se a possibilidade de consumação de grave irregularidade relativa à seleção de OSCIP nos moldes previstos no Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC, o Ministério Público de Contas requer seja:

I – Concedida Tutela Antecipatória, inaudita altera parte, determinado ao Excelentíssimo Governador do Estado de Rondônia – Senhor Confúcio Aires Moura e à Secretária de Estado da Educação, Senhora Isabel Luz, a suspensão do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC, ou caso tenha sido selecionada OSCIP, de quaisquer medidas tendentes a implementar o termo de parceria;

II – autuada a presente representação para apuração das irregularidades expendidas;

III – Admoestar os gestores envolvidos acerca da possibilidade de aplicação de diversas sansões pelo descumprimento a determinações do Tribunal de Contas, tais como multas, afastamento temporário do responsável do cargo ocupado e inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito das Administrações Públicas estadual e municipais;

IV – fixado o prazo de 3 (três) dias para que o Governo do Estado e a Secretária da SEDUC comprovem a suspensão requerida no item I, sob pena de aplicação das penalidades previstas nos arts. 54 e 55, IV, da Lei Complementar n. 154/96;

V – Chame-se aos autos, para o exercício dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, o Estado de Rondônia, na pessoa do Excelentíssimo Governador, Senhor Confúcio Aires Moura e a Secretária da SEDUC, Senhora Isabel Luz, para que apresentem justificativas relativas às seguintes irregularidades:

a) ausência de previsão legal, no âmbito do Estado de Rondônia, para a qualificação, como OSCIP, de instituições privadas, sem fins lucrativos, em afronta ao princípio da legalidade insculpido no art. 37, caput, da constituição Federal de 1988;

b) ausência de procedimento licitatório para a seleção da OSCIP, com vistas à celebração de termo de parceria, em desrespeito ao art. 37, XXI, da Constituição Federal de 1988;

c) publicação do Edital n. 008/2012 somente no Diário Oficial do Estado, infringindo o princípio da publicidade, insculpido no art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988;

d) pretensão de concessão de subvenção social sem a comprovação de que a prestação da atividade por instituição particular seja mais econômica e eficiente para o Estado, na forma exigida no caput do art. 16 da Lei n. 4.320/64;

e) pretensão de repasse de recursos para entidade privada sem a comprovação da existência de autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em lei específica e de previsão na lei orçamentária do ente político, nos moldes insculpidos no art. 26 da Lei de Responsabilidade Fiscal;

f) injustificada terceirização da atividade-fim do Estado, em possível afronta ao princípio do concurso público para a contratação de servidores (art. 37, II, da Constituição Federal de 1988) e a obrigatoriedade de licitação para a aquisição de bens e a contração de obras e/ou serviços (art. 37, XXI, da Constituição Federal de 1988);

g) amplitude do objeto disposto no Edital nº 008/2012-GAB/SEDUC (Aulas de Educação Profissional; Aulas de Formação Inicial e Continuada; Aulas de Educação Integral; Integração dos docentes; Aulas de Recuperação), demonstrando uma miscigenação das atividades, sem distinguir qual a efetiva participação da OSCIP, deixando grande margem para uma autuação desmedida;

h) Termo de Referência incompleto, pois não houve a descrição de diversos elementos substanciais que deveriam regular/detalhar o objeto pretendido, os critérios objetivos de escolha da instituição, a maneira de execução, etc. (Anexo I);

i) ausência de justificativas relacionadas à necessidade, à viabilidade, à economicidade e à vantajosidade da cooperação pretendida, nem mesmo estudo técnico para avaliar sua eficiência;

j) ausência de menção objetiva em relação ao local que serão ministrados os cursos, inclusive no tocante à responsabilidade pelos custos indiretos (Ex: energia, climatização, reparos, água, etc.);

l) incompatibilidade entre o termo de referência e o Edital em vários itens, principalmente em relação à descrição das cidades e a respectiva modalidade de curso a ser ministrado;

m) descrição incompleta do conteúdo programático das disciplinas pertinentes ao “programa de educação integral da rede estadual” (fls. 91/173), considerando que as expressões utilizadas para definir o conteúdo são genéricas, não possibilitando aferir quais os temas e os assuntos que deverão ser ministrados;

n) inexistência de descrição dos equipamentos mínimos, datas, períodos, horários, números de salas de aula, entre outros;

o) inexistência de definição para o termo “materiais” previsto na alínea “h” do item I da Cláusula Terceiro da Minuta do Termo de Parceria, que impõe à OSCIP a responsabilidade pelos materiais a serem utilizados nas aulas (fl. 7);

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p) não exigência de qualificação mínima para o exercício da atividade de docente, vez que, de acordo com os quadros de cursos do anexo IV do Edital, em diversas disciplinas e cursos o pré-requisito de escolaridade limita-se em exigir “acadêmico 5º período” ou “conhecimento e habilidade na área”, em total dissonância com as determinações legais para exercício da atividade profissional;

q) sem demonstração da forma de compatibilidade do curso regular de nível médio e as demais modalidades de ensino profissional (conteúdo teórico mínimo; horário; turno; dias letivos ou não; etc.);

r) sem qualquer abordagem a respeito da responsabilidade pelo transporte escolar e alimentação dos alunos (estudo integral);

s) nenhuma referência detalhada sobre as “aulas de recuperação”, conforme item 03 do Edital (quando? como? Para que?);

t) ausência de critério objetivo para o julgamento das propostas, pois os itens 06 e 07 do Edital apenas atribuem a uma comissão de (três) membros a responsabilidade para promover a avaliação da Proposta de Gestão, considerando: “A – análise geral do projeto, 1 a 5 pontos (...); B – tempo de experiência em gestão de projetos pedagógicos: 1 a 5 pontos (...); C – tempo de experiência em gestão de projetos de cunho profissionalizante em escolas – 2 a 5 pontos; D – qualidade e economicidade da proposta (...), não havendo qualquer método de parametrização com requisitos objetivos de julgamento. (destaquei)

04. Assim, encaminharam o presente feito conclusos para deliberação deste Conselheiro, em regime de plantão.

É o relatório.

DECIDO

05. Como visto, trata-se de Representação, com pedido de Tutela Antecipatória, formulada pelo Ministério Público de Contas, por meio da qual pleiteia a suspensão cautelar do Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC - Publicado no DOE n. 2101 de 20/11/2012 -, cujo objeto é a seleção de projetos entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para a celebração de termo de parceria visando a “elaboração e execução do Projeto de Apoio à Educação Profissional e Integral aos Estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino e constituição de seu Corpo Docente”, isto pelo valor mensal orçado em R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais), que, ao final do período de 36 (trinta e seis) meses previstos para execução do contrato , chegará à monta de R$ 61.200.000,00 (sessenta e um milhões e duzentos mil).

06. O Parquet de Contas traz à lume irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da matéria posta em análise, e, por consequência, requer determinação cautelar no sentido de que os responsáveis suspendam o Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC, ou, caso já tenha sido selecionada a OSCIP, que abstenham-se de praticar atos consectários do edital precitado, tendentes à implementação do Termo de Parceria, sobretudo referente à assinatura da avença e a repasses de recursos financeiros.

07. À sombra do rito técnico-processual do Tribunal, seria o feito agora franqueado à análise de seu Relator originário – Conselheiro José Gomes de Melo -, a fim de que deliberasse acerca do pleito Ministerial; todavia, sob pena de se consumarem ilícitos evidenciados pelo MPC, com a consecução dos atos corolários do Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC, tendentes à efetivação de seu objeto, a atuação prima facie deste Conselheiro plantonista é medida que se impõe.

08. Faz-se mister asserir que decido agora, em sede de tutela antecipada inibitória, com base nos fatos descortinados a partir do sumário exame que a urgência do caso requer; daí por que a Representação – e seus demais contornos – apenas será totalmente apreciada, alfim, pelo Relator originário – Conselheiro José Gomes de Melo -, sob a roupagem da tutela definitiva.

I - Do cabimento da tutela antecipada inibitória

09. De início, impende alinhar que a tutela inibitória possui viés preventivo por excelência, uma vez que se preordena, de regra, a prevenir a ocorrência do ilícito.

10. De se ver, portanto, que a medida preeminente é cabível em face da concreção de atos administrativos contrários às regras estatuídas pelo ordenamento jurídico e, por isto, os pressupostos a ela atrelados são (a) a probabilidade de consumação de ilícito e (b) o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

11. Neste passo, a decisão aqui prolatada será vazada com o fito de evitar sejam consumadas as ilicitudes perscrutadas pela análise perfunctória da Representação e, dessarte, de assegurar a eficácia do provimento final a ser promanado no fecho deste processo - a teor da regra inserta no art. 108-A do Regimento Interno desta Corte.

12. Ademais, os fundamentos trazidos pelo Ministério Público de Contas mostram-se relevantes, impondo-se a este Conselheiro-Relator de plantão, por ocasião de recesso de final de ano, o dever de examinar o requerimento de medida acauteladora, visando, com isso, resguardar o sagrado interesse público, e, por derradeiro, o erário.

II – Das irregularidades detectadas pelo Ministério Público de Contas no edital n. 008/2012-GAB/SEDUC

II.I – Da inexistência de Lei Estadual regulamentando a qualificação de instituições privadas como OSCIP

13. Aduz o Ministério Público de Contas, em suma, que a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, nas demais esferas estatais alheias à União, necessitam de lei formal do respectivo ente federativo regulamentando a matéria, vez que a Lei n. 9.790/99, por ser norma federal, restringe-se aos serviços públicos federais.

14. Assim, considerando o fato de inexistir norma de âmbito estadual disciplinando a matéria, não seria possível a celebração de termo de parceria, por, sublinhe-se, absoluta falta de previsão legal, motivo pelo qual averbara o Parquet de Contas que a abertura do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC, visando à celebração de termo de parceria com OSCIP, constitui-se supostamente em violação ao princípio da legalidade, encartado no art. 37, caput, da CF/88.

15. Tenho que razão assiste ao Parquet de Contas.

16. A Lei Federal n. 9.790/99, regulamentada pelo Decreto Federal n. 3.100/99, dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP -, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.

17. Abstrai-se, à primeira vista, dos arts. 5º e 6º da Lei Federal n. 9.790/99 que a qualificação das OSCIP é matéria de alcance da Administração Federal, conquanto está estabelecido que ao Ministério da Justiça, com exclusividade, compete essa atribuição. Veja-se:

Art. 5o Cumpridos os requisitos dos arts. 3o e 4o desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificação instituída por esta Lei, deverá formular requerimento escrito ao Ministério da Justiça, instruído com cópias autenticadas dos seguintes documentos:

I - estatuto registrado em cartório;

II - ata de eleição de sua atual diretoria;

III - balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício;

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IV - declaração de isenção do imposto de renda;

V - inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.

Art. 6o Recebido o requerimento previsto no artigo anterior, o Ministério da Justiça decidirá, no prazo de trinta dias, deferindo ou não o pedido.

§ 1o No caso de deferimento, o Ministério da Justiça emitirá, no prazo de quinze dias da decisão, certificado de qualificação da requerente como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

§ 2o Indeferido o pedido, o Ministério da Justiça, no prazo do § 1o, dará ciência da decisão, mediante publicação no Diário Oficial.

§ 3o O pedido de qualificação somente será indeferido quando:

I - a requerente enquadrar-se nas hipóteses previstas no art. 2o desta Lei;

II - a requerente não atender aos requisitos descritos nos arts. 3o e 4o desta Lei;

III - a documentação apresentada estiver incompleta. (destaquei)

18. Admitindo-se a compartimentação da Lei em tela nos moldes supra – argumentando tantum –, a qualificação das OSCIP’s é norma cujo teor refere-se às legislação federal, eis que não poderia obrigar quaisquer outros entes ou órgãos das demais esferas, haja vista que devem os termos de parceria objetivar aquelas atividades afetas ao campo das competências materiais do ente federativo interessado, conforme redação estribada nos arts. 9º e 10 da Lei n. 9.790/99. Vejamos:

Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3o desta Lei.

Art. 10. O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Público e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público discriminará direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias.

§ 1o A celebração do Termo de Parceria será precedida de consulta aos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, nos respectivos níveis de governo. (negritei)

19. Paola Nery Ferrari e Regina Maria Macedo Nery Ferrari prelecionam que:

“Considerando a Federação brasileira, Estado, Municípios e Distrito Federal, também podem criar tanto organizações sociais como organizações da sociedade civil de interesse público, desde que, em seu âmbito de autuação, exista prévia previsão legal. Isto porque a legalidade federal, as Leis n. 9.637/98 e n. 9.790/99, só se aplica à administração pública federal e não serve de suporte para qualificar, como tais, pessoas jurídicas de direito privado, na esfera estadual, municiapl e distrital”. (destaquei)

20. A remansosa jurisprudência pátria é uníssona quanto à necessidade de edição de lei estadual ou municipal, conforme o ente federativo, estabelecendo os requisitos para a qualificação de instituições privadas como OSCIP's.

21. Na esteira deste entendimento, o Eg. Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCE/SP, ao responder à consulta TC-2149/006/02, formulada pelo Prefeito de Patrocínio Paulista (SP), manifestara o entendimento de

que é possível a contratação de Organizações Sociais da Sociedade Civil de Interesse Público para a operacionalização do Programa de Saúde da Família e do Programa Agentes Comunitários de Saúde, desde que precedidas de Lei municipal dispondo sobre a matéria e que fossem observados os respectivos procedimentos de seleção das entidades interessadas em celebrar Contrato de Gestão, Termos de Parceria e Convênios ou Contratos com a Prefeitura local.

22. Na mesma linha, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, ao responder consulta formulada pelo Prefeito do município de Gravatá - PE, TC n. 0301499-0, consignou que:

[...] a Lei Federal n. 9.790/99, por sua ementa, muito embora pareça dispor sobre normas gerais, é de aplicação restrita à União, pois versa sobre matéria de Direito Administrativo, que tem por objetivo os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (destaquei)

23. Corroborando no mesmo sentido, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, por intermédio da Resolução n. 1.258/07, que disciplina os procedimentos concernentes à qualificação de OSCIP’s e a celebração de Termos de Parcerias entre o Poder Público Municipal e essas organizações, dentre outras providências, averbara que a Lei n. 9.790/99 restringe-se aos serviços públicos federais, sendo imprópria sua utilização direta pelos Municípios para fundamentar a celebração de Termos de Parceria com OSCIP’s, bem como que compete aos Municípios editar leis que disponham sobre as entidades que sejam passíveis de qualificação como OSCIP’s. Grafa-se fragmentos da precitada Resolução, in verbis:

RESOLUÇÃO n. 1.258/07

Disciplina os procedimentos concernentes à qualificação de entidades civis sem fins lucrativos como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, OSCIPs, e à celebração de Termos de Parceria entre o Poder Público municipal e essas organizações, e dá outras providências.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 70, parágrafo único, da CRFB; no art. 91, XI, da CEB; no art. 6º, III, da Lei Complementar nº 6, de 06.12.91; nos arts. 9º, I, 10, XI e XII, 11, XI, 12, XI, a, b, c e d, e 17, da Resolução TCM nº 1.120/05, que dispõe sobre a criação e manutenção de Sistemas de Controle Interno nos Municípios, e considerando que:

a) a Lei Federal nº 9.790, de 23 de março de 1999, prevê a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, habilitando-as, mediante a celebração de Termo de Parceria, a colaborar com o Poder Público no atendimento de interesses públicos, desde que em seus objetivos sociais constem, pelo menos, uma das finalidades catalogadas no seu art. 3º;

b) a lei mencionada no item anterior restringe-se, por suas disposições, aos serviços públicos federais, sendo imprópria sua utilização direta pelos Municípios para fundamentar a celebração de Termos de Parceria com OSCIPs;

c) compete aos Municípios editar leis que disponham sobre as entidades que sejam passíveis de qualificação como OSCIPs, sobre as exigências para essa qualificação, inclusive no que tange às disposições estatutárias da pretendente, sobre a instituição e o conteúdo dos Termos de Parceria e demais requisitos necessários, observando-se, subsidiariamente, as regras estabelecidas pelos arts. 2º, 3º e 4º da Lei nº 9.790/99, além dos procedimentos insculpidos em seu art. 5º, no que couber; (destaquei)

24. Como se pode observar, o entendimento da jurisprudência pátria é no sentido de que a Lei n. 9.790/99, é lei federal, diante do que cada ente federativo deve ter sua própria legislação para dispor à respeito da celebração de seus Termos de Parceria com OSCIP, visando, especialmente, atender às peculiaridades de sua realidade local.

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25. Neste Diapasão, o Governo de Rondônia, em tese, não poderia servir-se da Lei n. 9.790/99, como fundamento de validade à celebração de seus termos de parceria com OSCIP, devendo, sim, no usufruto de sua autonomia administrativa, política e normativa concedida pelo art. 1º, c/c o art. 18, da Carta Federal, que reside fundamentalmente na necessidade de dispor sobre os assuntos de interesse local, normatizar a qualificação de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, com vista à celebração de Termos de Parceria no âmbito do Estado, observando os princípios gerais informadores da Administração Pública.

26. Tem-se, assim, como imprescindível que o Estado de Rondônia incorpore a figura do termo de parceria, mediante lei em sentido estrito; tal providência, no nosso entender, em tese, faz-se necessária para que as medidas administrativas referentes aos termos de parceria possam ser consideradas adequadas sob a ótica do princípio da Legalidade insculpido no caput do art. 37 da Constituição Federal, razão por que devem ser os responsáveis instados a se manifestarem acerca de tal impropriedade.

II.II - Da ausência de procedimento licitatório para celebração de termo de parceria

27. Segundo o Ministério Público de Contas, a seleção de OSCIP interessadas em firmar termo de parceria com o Estado demanda a realização de procedimento licitatório, nos moldes insculpidos na Lei n. 8.666/93.

28. Divisou, ainda, o MPC, que a realização de concurso de projetos previsto no Decreto Federal n. 3.100/99, não se aplicaria aos demais entes federativos, tendo em vista que sua abrangência se limita à Administração Federal, de modo que inexiste, na esfera estadual, qualquer regulamentação que possibilite uma seleção isonômica e que atenda a regras comezinhas do regime jurídico administrativo, diante do que propugna pela ilegalidade do edital em comento.

29. Consoante jurisprudência da Corte, tenho que razão assiste ao Parquet Especial.

30. Como é cediço, a Constituição da República estatui em seu art. 37, XXI, que é obrigatória a realização de procedimento licitatório para contratação de obras, serviços, compras e alienações, somente havendo exceção a essa regra nos casos em que configuradas as hipóteses de dispensa (art. 24) ou inexigibilidade (art. 25), as quais estão devidamente previstas pela Lei n. 8.666/93, estatuto geral das licitações.

31. Nesta toada, numa primeira análise, poder-se-ia afirmar que, em não se tratando de quaisquer dos casos previstos pelos arts. 24 ou 25 da Lei de Licitações, a celebração de termo de parceria com OSCIP somente poderia ser efetuada mediante procedimento licitatório, porquanto se trata, em certa medida, de repasse de recursos públicos a entidade privada em contrapartida a atividade que esta prestará.

32. Impende anotar, no entanto, o que dispõem a Lei Federal n. 9.790/99 e o Decreto Federal n. 3.100/99. É que estes instrumentos normativos instituem a possibilidade de o administrador público firmar parceria com OSCIP mediante concurso de projetos, o qual vem delineado pelos arts. 23/31 do precitado decreto federal, onde se estabelecem diretrizes gerais a fim de que a seleção possa efetuar-se por meio de critérios objetivos.

33. Há que se atentar, entretanto, que a pretensa discricionariedade que se deu ao administrador público pelo caput do art. 23 do Decreto n. 3.100/99 e pelo caput do art. 31 do Decreto n. 44.914/08 não foi de, ao seu talante, contratar com qualquer OSCIP, sem que seja realizado um procedimento de seleção prévio. No mínimo, deverá ele, segundo esse dispositivo, realizar concurso de projetos. É conferir o dispositivo citado:

Art. 23. A escolha da organização da sociedade civil de interesse público, para a celebração do termo de parceria, poderá ser feita por meio de publicação de edital de concursos de projetos pelo órgão estatal parceiro para obtenção de bens e serviços e para a realização de atividades, eventos, consultorias, cooperação técnica e assessoria.

Parágrafo único. Instaurado o processo de seleção por concurso, é vedado ao Poder Público celebrar termo de parceria para o mesmo objeto, fora do concurso iniciado. (destaquei)

34. Contudo, mesmo a possibilidade de somente realizar concurso de projetos, como evidenciara a Representação Ministerial, afigura-se, em sede de análise perfunctória, próprias das tutelas antecipadas, inconstitucional, já que sendo a Lei n. 8.666/93 lei geral de licitações não poderia outra norma dispor diferentemente deta ou mesmo inovar seus termos no tocante aos tipos de licitação por ela instituídos — tampouco poderia fazê-lo um decreto, como o fez o Decreto Federal n. 3.100/99 ao instituir a figura do concurso de projetos.

35. Ainda, no que diz respeito à realização de concursos de projetos, em detrimento de procedimento licitatório, para seleção de entidade a firmar termo de parceria, bastaria buscar os princípios constitucionais que regem os procedimentos para celebração de ajustes de qualquer natureza entre a Administração e particulares, notadamente, os princípio da igualdade, moralidade, economicidade, publicidade, dentre outros, para a escolha da entidade celebrante do termo de parceria (a não ser nos casos de dispensa e de inexigibilidade, o que dá azo a processo simplificado).

36. Tal posicionamento, ademais, já foi descortinado em outros tribunais de contas do País, a exemplo da Corte de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, conforme se vê do Parecer n. 20/2007:

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP. Termo de parceria. Execução de serviços de saúde. Programa Saúde da Família. Consulta. Município de São Borja. Licitação prévia. Termo de parceria. Contratações realizadas pelas OSCIPs com dinheiros públicos.

(...)

Relativamente à necessidade de prévia licitação para a celebração dos termos de parceria entre as OSCIPs e a administração pública, entendo que aquelas contratações que envolvem transferência de recursos públicos indispensavelmente estão condicionadas a certos controles públicos sem os quais não se legitimam.

Como refere Egon Bockmann Moreira, “as OSCIPs, assim como as organizações sociais, são ‘submetidas espontaneamente ao influxo (ao menos parcial) de regras do Direito Público’”. (1)

De forma que é bom deixar bem claro que o Poder Público municipal deverá licitar para o atendimento dos serviços que necessita entregar à comunidade e para a escolha da entidade celebrante do termo de parceria, com isto atendendo aos princípios constitucionais da igualdade, moralidade, economicidade, publicidade, dentre outros.(2)

Importa registrar, embora não tenha sido objeto de questionamento, que a OSCIP interessada em firmar termo de parceria com o Poder Público deverá apresentar sua proposta da forma mais detalhada possível, especificando as vias de implementação do objeto, o prazo, os custos, pois com base nestes dados é que os resultados poderão vir a ser controlados e cobrados. (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Parecer n. 20/2007. Relatora: Auditora substituta de Conselheiro Heloísa Tripoli Goulart Piccinini) (destaquei)

37. A propósito, a jurisprudência deste Tribunal, caminha nesse mesmo passo, conforme infere-se do Parecer Prévio n. 07/2009-Pleno, exarado nos autos n. 0818/08, verbis:

PARECER PRÉVIO Nº 07/2009 – PLENO

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, reunido em Sessão Ordinária realizada no dia 16 de abril de 2009, na forma do artigo 1º, inciso XVI, § 2º da Lei Complementar nº. 154/96, combinado com os artigos 84, §§ 1º e 2º, e 85 da Resolução Administrativa nº. 005/96 (Regimento Interno do Tribunal de Contas), conhecendo da Consulta

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formulada pelo Prefeito do Município de Ouro Preto do Oeste, Senhor Braz Resende e pela Senhora Adenise Regina Barcelos, Secretária Municipal de Planejamento e Fazenda, por unanimidade de votos, em consonância com o voto do Relator, Conselheiro ROCHILMER MELLO DA ROCHA.

É DE PARECER que se responda a Consulta nos seguintes termos:

I – Não é possível, à luz do que dispõe o artigo 30, inciso III, e os artigos 131 e 132, todos da Constituição Federal, a celebração de Termo de Parceria entre a Administração Pública e uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com a finalidade de que esta última realize a execução de créditos inscritos na dívida ativa do ente federativo, em razão da impossibilidade de transferência a terceiros dessa atribuição, que é atividade precípua das carreiras da Advocacia Pública, bem como devido à incapacidade postulatória para essas entidades representarem os interesses da fazenda pública em juízo.

II – Levando em conta as disposições do artigo 3º da Lei Federal nº. 9.790/99, não se afigura possível que entidades sem fins lucrativos recebam a qualificação de “OSCIP” na hipótese, em tese, de apresentarem como objetivos sociais as atividades correlatas à execução judicial ou extrajudicial de créditos, oriundos de qualquer natureza (tributários ou não-tributários), inscritos na dívida ativa municipal. Essa atividade não se coaduna com a atuação dessas entidades, as quais devem atuar de modo complementar ou suplementar aos serviços prestados pelo Poder Público, por meio da realização de projetos, programas e planos de ações, das doações de recursos físicos, humanos e financeiros por meio da prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a Órgão do setor público que atuem em áreas afins.

III – A regra geral referente à obrigatoriedade de realizar procedimento licitatório, prevista no artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, deve ser observada na eleição de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pela Administração Pública para executar tarefas correlatas às suas atividades estatutárias. Por certo que as hipóteses de contratação direta de OSCIP por dispensa ou inexigibilidade de licitação deverão atender aos requisitos previstos na Lei Federal nº 8.666/93. (destaquei)

38. Desta forma, a seleção de OSCIP visando à celebração de termo de parceria deve, sempre que não configuradas as hipóteses de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ser precedidas de procedimento licitatório na forma preestabelecida na Lei n. 8.666/93, consoante entendimento firmado no Parecer Prévio n. 07/2009 – Pleno, configurando, por consectário lógico, sua inobservância violação ao postulado constitucional do dever de licitar inserido no art. 37, XXI, da CF/88, motivo pelo qual devem os responsáveis serem instado a se manifestarem acerca de tal impropriedade.

II.III – Da publicidade do edital

39. Pontua o MPC que, caso pudesse ser utilizado o Decreto Federal n. 3.100/99 para fundamentar a celebração de termo de parceria entre o Poder Público Estadual e a OSCIP interessada na avença, ainda, assim, restaria maculado o edital sub examine, dada a desatenção ao princípio da publicidade insculpido no art. 37, caput, da CF/88 e no art. 23, caput, e §1º do prefalado Decreto, vez que a publicação do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC teria ocorrido, tão somente, no Diário Oficial do Estado de Rondônia, desta forma inquinando de vício insanável o edital em apreço.

40. Com razão o Parquet de Contas.

41. O princípio constitucional da publicidade impõe que todos os atos do procedimento sejam previamente levados ao conhecimento público, que a prática de tais atos se faça na presença de qualquer interessado e que o conteúdo do procedimento possa ser conhecido por qualquer um.

42. In casu, o princípio da publicidade não restringe-se ao que fora dissertado no parágrafo anterior, vai mais além, eis que deve ser visto sob o viés de maximizar a disputa concorrêncial, e, por derradeiro, selecionar a proposta mais vantajosa para Administração Pública.

43. Ademais, a norma constante no art. 23, caput, e §1º do Decreto Federal n. 3.100/99, não limitou a publicação de editais da espécie que se cuida aos Diários Oficiais dos Entes federados, e nem poderia por óbice constitucional (art. 37, caput, da CF/88), mas, sim, consignara a necessidade de se publicar tais editais, também, nos sítios oficiais. Vejamos a disposição da norma em análise, ipsis litteris:

Art. 23. A escolha da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, para a celebração do Termo de Parceria, deverá ser feita por meio de publicação de edital de concursos de projetos pelo órgão estatal parceiro para obtenção de bens e serviços e para a realização de atividades, eventos, consultoria, cooperação técnica e assessoria. (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011)

§ 1o Deverá ser dada publicidade ao concurso de projetos, especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão estatal responsável pelo Termo de Parceria, bem como no Portal dos Convênios a que se refere o art. 13 do Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) (grifei)

44. Assim, a publicação do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC somente no Diário Oficial do Estado de Rondônia – v. DOE n. 2101 de 20/11/2012 -, não satisfaz, em tese, plenamente o postulado constitucional da publicidade, devendo, destarte, instar os responsáveis a se manifestarem acerca de tal impropriedade.

II.IV – Da concessão de subvenção social sem previsão legal

45. Aduz o Ministério Público de Contas que inexiste estudo, ou mesmo indicativo, de que o ente governamental não possua condições de prestar os serviços diretamente ou, ainda, de que a celebração de termo de parceria seja mais econômica para o Poder Público.

46. Noticia, ainda, o MPC, que não há previsão do repasse de valores à OSCIP na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – e na Lei Orçamentária Anual – LOA – fato que, segundo o Parquet de Contas, impossibilita eventuais repasses financeiros a OSCIP selecionada, propugnado, em decorrência disso, pela ilegalidade do edital em análise.

47. Razão assiste ao MPC.

48. João Eudes Bezerra Filho , preleciona que as subvenções sociais são concessões que se destinam a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistêncial ou cultural, sem finalidades lucrativas, para a prestação, fundamentalmente, de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, suplementando os recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, conforme art. 12, §3º, e art. 16, ambos da Lei n. 4.320/64. Vejamos os mencionados dispositivos legais:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (Vide Decreto-lei nº 1.805, de 1980)

[...]

§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a êsses objetivos, revelar-se mais econômica.

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49. No entanto, as concessões de subvenções sociais devem ser autorizadas por lei específica, bem como atender às condições estabelecidas na LDO, além de estar prevista na peça orçamentária ou em créditos adicionais, segundo o teor do art. 26 da LRF, o qual trago à colação, verbis:

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

50. Impende dizer, por prevalente, consoante lição de Sérgio Jund , que a concessão de subvenções deve ser vista de forma excepcional, pois a regra seria o ente governamental, caso possua condições e tenha interesse, fazê-lo diretamente, reservando as subvenções para suplementar a iniciativa dos particulares que atuarem nesse mister, diante do que deve a Administração Estadual demonstrar, por meio de estudos técnicos adequados, que não possui condições de prestar os serviços diretamente ou de que a celebração de termo de parceria seja mais econômica para o Estado.

51. Desta forma, a não comprovação de que a prestação dos serviços pela inciativa privada é mais econômica, bem como a ausência de autorização dada por lei específica, que atenda às condições estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no orçamento ou nos seus créditos adicionais, constitui, em tese, transgressão as normas inseridas no art. 16 da Lei n. 4.320/64 e no art. 26 da Lei de Responsabilidade Fiscal, devendo os responsáveis se manifestar sobre tal impropriedade.

II.V – Da burla ao Concurso Público e à obrigação de licitar

52. Extrai-se do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC que por intermédio da OSCIP serão realizadas inúmeras aquisições de materiais sem licitação, diante do que aponta o MPC afronta ao teor do art. 37, XXI, da CF/88.

53. Merece acolhida a razão Ministerial.

54. A matéria encontra-se sedimentada no âmbito da União, posto que de acordo com o art. 1º, §5º do Decreto 5.504/05, as Organizações Sociais e as OSCIPs que receberem repasse de recursos públicos da União deverão conter cláusula que determinem que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por estes entes, sejam contratados mediante processo de licitação pública. Veja-se:

Art. 1o Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de convênios, instrumentos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos ou bens repassados voluntariamente pela União, sejam contratadas mediante processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente.

[...]

§5o Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como Organizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, relativamente aos recursos por elas administrados oriundos de repasses da União, em face dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria. (destaquei)

55. Estabelece, ainda, o §1º do art. 1º do referido Decreto que para a aquisição de bens e serviços comuns será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente na forma eletrônica, devendo ser justificado pelo dirigente ou autoridade competente caso seja inviável a utilização de tal forma de pregão, segundo dicção do §2º do art. 1º do Decreto 5.504/05. Vejamos:

§ 1o Nas licitações realizadas com a utilização de recursos repassados nos termos do caput, para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, nos termos da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução complementar.

§ 2o A inviabilidade da utilização do pregão na forma eletrônica deverá ser devidamente justificada pelo dirigente ou autoridade competente. (grifei)

56. Tem-se, assim, que a celebração de termo de parceria com OSCIP não pode servir de subterfúgio para o desprezo aos princípios e regras do regime jurídico administrativo, sendo que a realização de compras, tomadas de serviços, etc., sem o devido processo licitatório ulcera a norma constante no art. 37, XXI, da CF/88.

57. Não obstante, infere-se, ainda, do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC, que caberá à OSCIP a contratação do Corpo Docente responsável pela implementação do Projeto, que deverá ser regido pela CLT, sendo que a entidade Parceira assumirá a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias destas relações de emprego, conforme item 3.3 do edital precitado.

58. Abstrai-se, ainda, do item 1.3.4 do edital em comento, que caberá à OSCIP o fornecimento de material didático e pedagógico aos docentes e discentes dos cursos de educação profissional técnica de nível médio integrado ao ensino médio e aos docentes e discentes da educação integral, motivo pelo qual apontara o MPC burla ao ingresso no serviço público e, por derradeiro, violação da norma inserida no art. 37, II, da CF/88.

59. Outro não é o melhor entendimento.

60. Extrai-se do edital, de forma aligeirada, que a OSCIP selecionada irá contratar professores para a prestação de serviços educacionais, sem, contudo, realizar Concurso Público, conforme preceito constitucional inserto no art. 37, II, da CF/88.

61. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei. n. 9.394/96) – dispõe em seu art. 67, I, que o ingresso no magistério público se dará exclusivamente por meio de concurso público de provas e títulos. Verbis:

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

62. Assim, a contração de professores, sem o devido concurso público, configura, em tese, transgressão a norma prevista no art. 37, II, da CF/88 c/c art. 67, I, da Lei n. 9.394/96, devendo os responsáveis ser instados a se manifestarem sobre tal irregularidade.

63. Restando evidenciada a suposta burla à exigência constitucional de concurso público para ingresso nas fileiras da Administração Pública, há que se observar o limite constitucional de gastos com pessoal e de aplicação, no caso, na educação.

64. NO caso concreto, é difícil distinguir qual a real pretensão da Administração, pois o item 3. do Edital prevê como conteúdo mínimo do projeto o seguinte:

[...]

a) Programa de trabalho proposto com base na Lei Federal 9.790/1.999, Decreto Federal 3.100/199, e no Anexo I – Termo de referência do presente Edital;

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b) Planos de Ensino anuais e de aulas semanais por escola e municípios:

• Aulas de Educação Profissional – Projeção de oferta de 08 (oito) cursos, em 04 (quatro) municípios, distribuídos em 06 (seis) escolas.

• Aulas de Formação Inicial e Continuada – Projeção de Oferta de 18 cursos, em 04 (quatro) municípios, distribuídos em 04 (quatro) escolas.

• Aulas de Educação Integral – projeção de oferta de cursos nas áreas de ciências, língua portuguesa, biologia, matemática, educação física, música e arte em 13 (treze) municípios.

• Integração dos docentes ao planejamento e reuniões pedagógicas inerentes ao calendário escolar vigente da Unidade Escolar onde estão sendo ofertados os cursos.

• Aulas de recuperação em períodos propostos no calendário escolar, participação em conselhos de classe e reuniões bimestrais de pais e/ou responsáveis.

65. A forma de divisão das atividades supra, bem como a disposição dos cursos constantes no anexo IV do Edital não permitem aferir em quais datas, locais e/ou quantidades os serviços serão realizados pela OSCIP e quais serão prestados diretamente pelo Estado no intuito de cumprir com a obrigação constitucional de ofertar a educação básica obrigatória e gratuita.

66. Registre-se, por prevalente, que dada à amplitude e desconformidade da descrição do objeto pretendido sequer autorizam afirmar se os “cursos” atendem ou não às disciplinas mínimas e obrigatórias para a conclusão do ensino médio, eis que existe uma enorme diferença entre a educação profissional técnica de nível médio e educação integral de nível médio, não sendo adequado, portanto, ofertar tratamento igual a ambas.

67. Como fizera destacar o MPC nesta Representação, a amplitude do objeto disposto no Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC (Aulas de Educação Profissional; Aulas de Formação Inicial e Continuada; Aulas de Educação Integral; Integração dos Docentes; Aulas de Recuperação), demonstram uma miscigenação das atividades, sem distinguir qual a efetiva participação da OSCIP, deixando grande margem para uma atuação desmedida.

68. Desta forma, a possibilidade de terceirização da atividade-fim do Estado, por intermédio de OSCIP, em áreas de conhecimento que integram a educação básica (plano pedagógico obrigatório – regular ou integral), encontram, à primeira vista, neste primeiro momento do vertente processo dialético, óbice nas disposições inseridas nos arts. 208, 211, §3º, 213 e 214, tudo da Constituição Federal; art. 60 do ADCT e da Lei Federal n. 9.394/96, diante do que devem ser instados os responsáveis acerca de tal impropriedade.

III – Outras inconsistências do Edital n. 008/2012-GAB/SEDUC

69. Consignara o MPC, na presente Representação, várias outras irregularidades, sobre as quais passo a dissertar, envolto no caráter de urgência reclamado pela matéria.

70. Percebe-se que o Termo de Referência está incompleto, pois, de forma sumária – 04 (quatro) laudas -, a Administração propõe um modelo de seleção de projetos para celebração de parceria com OSCIP pelo período de 36 (trinta e seis) meses, orçado aproximadamente em R$ 61.200.000,00 (sessenta e um milhão e duzentos mil), sem descrever, contudo, diversos elementos substanciais que deveriam regular/detalhar o objeto pretendido, os critérios objetivos de escolha da instituição, a maneira de execução, etc. (Anexo I).

71. Igualmente, inexiste justificativas relacionadas à necessidade, à viabilidade, à economicidade e à vantajosidade da cooperação pretendida, nem mesmo estudo técnico para avaliar sua eficiência.

72. Da mesma forma, não consta qualquer menção objetiva em relação ao local que serão ministrados os cursos, inclusive no tocante à responsabilidade pelos custos indiretos, v.g. energia, climatização, reparos, água, etc., enfim completa e flagrante ausência da decomposição necessária.

73. Verifica-se a incompatibilidade entre o Termo de Referência e o Edital em vários pontos, especialmente, em relação à descrição das cidades e a respectiva modalidade de cursos a ser ministrados.

74. Observa-se que a descrição do objeto não demonstra com clareza o conteúdo programático das disciplinas pertinentes ao programa de educação integral da rede estadual (fls. 91/173 do edital), tendo em vista que as expressões utilizadas para definir o conteúdo são genéricas, não possibilitando aqulatar quais os temas e os assuntos que deverão ser ministrados.

75. Vale dizer, ainda, que inexiste descrição dos equipamentos mínimos, datas, períodos, horários, números de salas de aula, entre outros.

76. Denota-se, a teor da alínea “h”, do item I, da Cláusula Terceira da Minuta do Termo de Parceria (fls. 07 do edital) a imposição à OSCIP da responsabilidade pelos materiais a serem utilizados nas aulas, sem apresentar qualquer definição para o termo “materiais”, diante do que indaga-se como a Administração irá controlar/fiscalizar a utilização ou não de “materiais”?

77. Dessume-se que inexiste qualificação mínima para o exercício da atividade docente, vez que, de acordo com os quadros de cursos do Anexo IV, do Edital, em diversas disciplinas e cursos, o pré-requisito de escolaridade limita-se a exigir “acadêmico 5º período” ou “conhecimento e habilidades na área”, em total dissonância com as determinações legais para exercício da atividade profissional.

78. Não se vê no edital há demonstração da forma de compatibilidade do curso regular de nível médio e as suas demais modalidades de ensino profissional (conteúdo teórico mínimo; horário; turno; dias letivos ou não; etc.).

79. Inexiste, igualmente, qualquer abordagem a respeito da responsabilidade pelo transporte escolar e da alimentação dos alunos (estudo integral).

80. Da mesma maneira, inexiste qualquer referência sobre as aulas de recuperação (quando? Como? Para quem?).

81. Por fim, constata-se a ausência de critério objetivo para julgamento das propostas, pois os itens 06 e 07 do edital apenas atribuem a uma comissão de (três) membros a responsabilidade para promover a avaliação da Proposta de Gestão, considerando: “A – análise geral do projeto, 1 a 5 pontos (...); b – tempo de experiência em gestão de projetos pedagógicos: 1 a 5 pontos (...); c – tempo de experiência em gestão de projetos de cunho profissionalizante em escolas – 2 a 5 pontos; d – qualidade e economicidade da proposta (...), não havendo qualquer método de parametrização com requisitos objetivos.

82. Considerando as razões aqui vertidas, vislumbro na hipótese impropriedades suficientes para, se não extirpadas, agora, terem o condão de ulcerar o edital – objeto da presente Representação - e seus demais atos corolários; assim sendo, tenho presentes a probabilidade de consumação do ilícito, bem como o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

83. À vista do exposto, estribado na probabilidade de consumação de ilícitos e em fundado receio de ineficácia do provimento final, DECIDO, inaudita altera pars, em sede de tutela antecipada inibitória, acolher, in totum, as razões estribadas na Representação Ministerial, a teor do art. 108-A da Resolução n. 76/2011-TCERO e do art. 273 do CPC, para o fim de:

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I – Determinar ao Excelentíssimo Senhor Confúcio Aires Moura – Governador do Estado de Rondônia – e a Excelentíssima Senhora Isabel de Fátima Luz – Secretária de Estado da Educação -, ou a quem lhes substitua na forma da lei, que, incontinenti, SUSPENDAM o Edital n. 008/2012/GAB/SEDUC, publicado no DOE n. 2101 de 20/11/2012, e/ou todos os atos tendentes à contratação correlata, tendo por objeto a seleção de projetos entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para a celebração de termo de parceria visando a “elaboração e execução do Projeto de Apoio à Educação Profissional e Integral aos Estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino e constituição de seu Corpo Docente”, isto pelo valor mensal estimado em R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais), que, ao final do período de 36 (trinta e seis) meses previstos para execução do contrato , atingirá a monta de R$ 61.200.000,00 (sessenta e um milhões e duzentos mil), até ulterior deliberação desta Corte de Contas, pelas razões alhures dissertadas;

II – Estabelecer o prazo de 03 (três) dias, contados a partir da notificação, para que os agentes mencionados no item I desta Decisão comprovem a suspensão do certame de que se cuida;

III – Fixar, a título de multa cominatória, o valor de 30.000,00 (trinta mil reais), incidente em caso de descumprimento desta ordem de suspensão, a ser suportada pessoal e solidariamente pelos agentes mencionados no item I deste decisum, o que faço com supedâneo no art. 286-A do RITC c/c arts. 287 e 461, § 4º, ambos do CPC e no art. 108-A, § 2º, do Regimento Interno desta Corte;

IV – Assinar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação, para que o Excelentíssimo Senhor Confúcio Aires Moura – Governador do Estado de Rondônia – e a Excelentíssima Senhora Isabel de Fátima Luz – Secretária de Estado da Educação, apresente as razões de justificativas julgadas pertinentes, em homenagem aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, corolários do devido processo legal, acerca dos fatos reputados como irregulares pelo Ministério Público de Contas, a saber:

a) ausência de previsão legal, no âmbito do Estado de Rondônia, para a qualificação, como OSCIP, de instituições privadas, sem fins lucrativos, em afronta ao princípio da legalidade insculpido no art. 37, caput, da constituição Federal de 1988;

b) ausência de procedimento licitatório para a seleção da OSCIP, com vistas à celebração de termo de parceria, em desrespeito ao art. 37, XXI, da Constituição Federal de 1988;

c) publicação do Edital n. 008/2012 somente no Diário Oficial do Estado, infringindo o princípio da publicidade, insculpido no art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988;

d) pretensão de concessão de subvenção social sem a comprovação de que a prestação da atividade por instituição particular seja mais econômica e eficiente para o Estado, na forma exigida no caput do art. 16 da Lei n. 4.320/64;

e) pretensão de repasse de recursos para entidade privada sem a comprovação da existência de autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em lei específica e de previsão na lei orçamentária do ente político, nos moldes insculpidos no art. 26 da Lei de Responsabilidade Fiscal;

f) injustificada terceirização da atividade-fim do Estado, em possível afronta ao princípio do concurso público para a contratação de servidores (art. 37, II, da Constituição Federal de 1988) e a obrigatoriedade de licitação para a aquisição de bens e a contração de obras e/ou serviços (art. 37, XXI, da Constituição Federal de 1988);

g) amplitude do objeto disposto no Edital nº 008/2012-GAB/SEDUC (Aulas de Educação Profissional; Aulas de Formação Inicial e Continuada; Aulas de Educação Integral; Integração dos docentes; Aulas de Recuperação), demonstrando uma miscigenação das atividades, sem distinguir qual a

efetiva participação da OSCIP, deixando grande margem para uma autuação desmedida;

h) Termo de Referência incompleto, pois não houve a descrição de diversos elementos substanciais que deveriam regular/detalhar o objeto pretendido, os critérios objetivos de escolha da instituição, a maneira de execução, etc. (Anexo I);

i) ausência de justificativas relacionadas à necessidade, à viabilidade, à economicidade e à vantajosidade da cooperação pretendida, nem mesmo estudo técnico para avaliar sua eficiência;

j) ausência de menção objetiva em relação ao local que serão ministrados os cursos, inclusive no tocante à responsabilidade pelos custos indiretos (Ex: energia, climatização, reparos, água, etc.);

l) incompatibilidade entre o termo de referência e o Edital em vários itens, principalmente em relação à descrição das cidades e a respectiva modalidade de curso a ser ministrado;

m) descrição incompleta do conteúdo programático das disciplinas pertinentes ao “programa de educação integral da rede estadual” (fls. 91/173), considerando que as expressões utilizadas para definir o conteúdo são genéricas, não possibilitando aferir quais os temas e os assuntos que deverão ser ministrados;

n) inexistência de descrição dos equipamentos mínimos, datas, períodos, horários, números de salas de aula, entre outros;

o) inexistência de definição para o termo “materiais” previsto na alínea “h” do item I da Cláusula Terceiro da Minuta do Termo de Parceria, que impõe à OSCIP a responsabilidade pelos materiais a serem utilizados nas aulas (fl. 7);

p) não exigência de qualificação mínima para o exercício da atividade de docente, vez que, de acordo com os quadros de cursos do anexo IV do Edital, em diversas disciplinas e cursos o pré-requisito de escolaridade limita-se em exigir “acadêmico 5º período” ou “conhecimento e habilidade na área”, em total dissonância com as determinações legais para exercício da atividade profissional;

q) sem demonstração da forma de compatibilidade do curso regular de nível médio e as demais modalidades de ensino profissional (conteúdo teórico mínimo; horário; turno; dias letivos ou não; etc.);

r) sem qualquer abordagem a respeito da responsabilidade pelo transporte escolar e alimentação dos alunos (estudo integral);

s) nenhuma referência detalhada sobre as “aulas de recuperação”, conforme item 03 do Edital (quando? como? Para que?);

t) ausência de critério objetivo para o julgamento das propostas, pois os itens 06 e 07 do Edital apenas atribuem a uma comissão de (três) membros a responsabilidade para promover a avaliação da Proposta de Gestão, considerando: “A – análise geral do projeto, 1 a 5 pontos (...); B – tempo de experiência em gestão de projetos pedagógicos: 1 a 5 pontos (...); C – tempo de experiência em gestão de projetos de cunho profissionalizante em escolas – 2 a 5 pontos; D – qualidade e economicidade da proposta (...), não havendo qualquer método de parametrização com requisitos objetivos de julgamento.

V - Alertar aos agentes mencionados no item I desta Decisão que:

a) a subsistência das irregularidades detectadas poderá ultimar no reconhecimento da ilegalidade do certame que se cuida, com a sua consequente anulação, por vício de legalidade;

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b) O descumprimento de determinação emanada da Corte pode resultar em diversas sanções, a saber: multas, afastamento do responsável do cargo ocupado e inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública.

VI – Dê-se ciência deste decisum:

a) aos responsáveis, remetendo-lhes cópia do inteiro teor da Representação Ministerial, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório;

b) ao Ministério Público do Estado, remetendo-lhe cópia do inteiro teor da Representação Ministerial, para adoção das medidas legais julgadas pertinentes;

c) ao Ministério Público de Contas, na forma da lei de regência.

VII – Autue-se a presente Representação, na forma regimental;

VIII – Junte-se esta decisão aos autos;

IX – Publique-se este Decisum, na forma regimental;

X - Sirva a presente Decisão como mandado, tendo em vista a urgência que o caso requer.

À Assistência de Gabinete, a fim cumpra, adotando, para tanto, todas as medidas legais cabíveis.

Porto Velho, 28 de dezembro de 2012.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator-Plantonista

DECISÃO MONOCRÁTICA

DOCUMENTO Nº : 14931/TCER-2012 INTERESSADO : Secretaria Estadual de Saúde-SESAU Superintendência Estadual de Compras e Licitações-SUPEL ASSUNTO : Edital de Pregão Eletrônico nº 805/2012/SUPEL RELATOR ORIGINÁRIO : Conselheiro Paulo Curi Neto RELATOR PLANTONISTA : Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA N° 03/2012/TCE/RO

EMENTA: LICITAÇÃO. EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 805/2012/SUPEL/RO – Formação de registro de preços. Irregularidades encontradas. Emissão de Tutela Antecipada de Caráter Inibitório. Determinação para suspensão do certame licitatório, até posterior autorização do Conselheiro Relator.

A documentação trata da análise de legalidade do Edital de Licitação, modalidade pregão na forma eletrônica nº 805/2012/Supel/RO, que visa à formação de registro de preços para eventual aquisição de material de consumo (tonner’s de impressora) para atender as necessidades da Sesau, conforme especificações do edital e dos anexos. O valor da contratação foi estimado em R$ 4.633.053,54. (quatro milhões, seiscentos e trinta e três mil, e cinqüenta e três reais e cinqüenta e quatro centavos), de responsabilidade dos Excelentíssimos Senhores Williames Pimentel de Oliveira, Secretário Estadual de Saúde, Márcio Rogério Gabriel, Superintendente da Supel, e Senhor Jeferson Fernando F. Erpen, Pregoeiro da Supel.

O Ministério Público de Contas, no exercício de suas atribuições previstas no art. 43 da Lei Complementar Estadual n. 43/1993 c/c art. 83 da Lei

Complementar Estadual 154/1996, solicitou ao Secretário Estadual de Saúde, Excelentíssimo Senhor Williames Pimentel de Oliveira, cópia do Processo Administrativo n. 01.1712.02099-00/2012 através do ofício n. 628/2012/PGMPC, para apreciação.

No Parecer nº. 0493/2012, o Ministério Público de Contas lançou opinião no sentido de que, em comparativo com os valores obtidos, por diligência perfunctória, empreendida pelo MPC, os valores cotejados - média obtida pela SESAU - estão acima do preço praticado no mercado de suprimentos de informática, mesmo se levadas em consideração despesas adicionais com o frete. Outrossim, no Termo de Referência inexiste a individualização das impressoras através de tombamento e não há descrição do modelo da maior parte das impressoras da fabricante Samsung. Ademais, é patente a ausência de elementos técnicos que justifiquem a quantidade solicitada. Há, ainda, estimativa deficiente e acima das reais necessidades da Secretaria, frustrando as expectativas do fornecedor, impactando no lucro unitário e total calculado para compor sua proposta.

É o relatório.

Preliminarmente, impende aduzir que, em face do recesso instituído por meio da Portaria nº 1.187/2012, este magistrado de contas foi designado para atuar na condição de plantonista durante o período de suspensão das atividades gerais desta Corte.

Regimentalmente, incumbe ao Conselheiro-Substituto, mediante convocação do Presidente do Tribunal ou da Câmara, observado o disposto no art. 114 do Regimento Interno, substituir o Conselheiro Relator em suas ausências e impedimentos, e presidir a instrução dos processos que lhe forem distribuídos com Proposta de Decisão por escrito, a ser votada pelos membros de cada Colegiado.

A designação de Conselheiro-Substituto para o interregno do recesso, além de possibilitar que esta Corte tutele as situações de urgências, previne ainda, nos casos em que se fizerem necessários, a solução de descontinuidade da atuação deste Tribunal.

Feitas essas ponderações, passo ao mérito do feito.

Assiste razão ao Ministério Público de Contas, pois ante à iminência de se realizar o certame, assinalado para ocorrer em 26.12.2012, com grande probabilidade de restarem feridos os princípios da legalidade, economicidade, isonomia entre os licitantes, da eficiência e da moralidade administrativa, e uma vez ultimado o certame, em tese, eivado com vícios insanáveis assinalados, passando a Administração, de conseguinte, à fase de execução do contrato, emerge a possibilidade de que o dano ao erário ora cogitado se torne irreparável – o que justifica, assim, receio de ineficácia da decisão final (periculum in mora).

Diante do exposto, em consonância in totum com o opinativo ministerial, DECIDO:

I – DETERMINAR ao Secretário de Estado da Saúde, Senhor Williames Pimentel de Oliveira, ao Superintendente da SUPEL, Senhor Márcio Rogério Gabriel, e ao Senhor Jeferson Fernando F. Erpen, Pregoeiro da Supel, que SUSPENDAM o Edital de pregão na forma eletrônica nº 805/2012/Supel/RO, que visa à formação de registro de preços para eventual aquisição de material de consumo (tonner’s de impressora) para atender as necessidades da Sesau, conforme especificações do edital e dos anexos, estimado em R$ 4.633.053,54. (quatro milhões, seiscentos e trinta e três mil, e cinqüenta e três reais e cinqüenta e quatro centavos), com abertura designada para o dia 26/12/2012, às 10h, até ulterior pronunciamento deste Tribunal - o que faço com fundamento no art. 108-A, Parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte;

II – fixar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação da presente decisão, para que o Secretário de Estado da Saúde, Senhor Williames Pimentel de Oliveira, o Superintendente da SUPEL, Senhor Márcio Rogério Gabriel, e o Senhor Jeferson Fernando F. Erpen, Pregoeiro da Supel apresentem as justificativas e/ou medidas retificadoras, quanto a ocorrência de sobrepreço, bem como, no que diz respeito a falta de

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estimativa eficiente que retrate a real necessidade da SESAU, conforme mencionado no parecer do parquet de contas;

III – notificar os jurisdicionados responsáveis da presente decisão, encaminhando-lhes cópia; e

IV - publique-se na forma regimental.

Porto Velho, em 26 de dezembro de 2012.

FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA Conselheiro-Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 517/2012 UNIDADE: Secretaria de Estado da Saúde ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos - Contrato de nº. 103/2011/PGE RESPONSÁVEL: Williames Pimentel de Oliveira – Secretário de Estado da Saúde RELATOR ORIGINÁRIO Conselheiro Paulo Curi Neto RELATOR PLANTONISTA Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA N° 06/2012/TCE/RO

EMENTA: Contrato nº 103/PGE/2011. Consultoria para a implementação da gestão compartilhada no âmbito do setor de saúde do Estado. Irregularidade. Emissão de Tutela Antecipada de Caráter Inibitório. Suspensão dos pagamentos, até que seja demonstrada a esta Corte, com provas técnicas idôneas, a execução do objeto contratual.

Cuidam os autos de análise da legalidade do contrato de nº. 103/PGE/2011, firmado entre o Governo do Estado e o Instituto de Estudos e Projetos para a Modernização da Administração Pública – IBMAP, objetivando a contratação de consultoria para a implementação da gestão compartilhada no âmbito do setor de saúde do Estado, compreendendo a contratação de organizações sociais de saúde e a elaboração de plano diretor de reestruturação física funcional, no valor de R$ 1.248.000,00.

O Conselheiro Relator, no despacho nº. 185/2012/GCPCN (fls. 888/889), ante a notícia de indícios de dano ao erário, constante do relatório técnico acostado ao processo de nº. 616/2012, determinou ao Controle Externo o exame do contrato supramencionado.

A Unidade Técnica, após análise dos autos (fls. 1.631/1.638), enuncia, dentre outras irregularidades, várias omissões que denotam a não realização do objeto do contrato pela empresa contratada, nos termos a seguir:

i) ausência de documentos subscritos pela equipe técnica da contratada, a indicar os períodos e os tipos de serviços realizados, bem como o quantitativo de profissionais à disposição da contratante;

ii) “a etapa de análise e diagnóstico dos recursos físico e descrição das atividades foi realizada de forma muito superficial e não abrangeu todas as unidades de saúde”;

iii) falta de levantamento detalhado dos bens, sem constarem, v g., os números de tombamento, as marcas, os modelos e as indicações precisas de sua localização;

iv) Não há qualquer estudo em relação às unidades de saúde Hospital Infantil Cosme e Damião de Porto Velho, Hospital Regional de São Francisco, Hospital Regional de Extrema, Hospital Regional de Buritis;

v) “Não há estudos sobre a adequação das unidades hospitalares relativa aos fluxos definidos atualmente”;

vi) “(...) não há relatório de visita ou outro documento atestado pelo diretor do hospital que comprove a observação in loco da consultoria”; e

vii) Muito embora tenha sido apresentado um quadro com o custeio por unidade, não foi juntada a documentação que deu origem a tal levantamento etc.

Realça, ainda, o Corpo Técnico que a contratada chegou a apresentar, como seu, relatório produzido pela própria SESAU: “O IBMAP apresenta um documento, informando sobre a apresentação do relatório (fl. 1.380), porém, este foi elaborado pela Sesau (fl. 1.394), conforme se pode perceber logo na primeira página”.

Ao final, além de recomendar a glosa de vários valores pagos, propõe que se determine “à atual gestão da Sesau que os pagamentos pendentes referentes às parcelas nº 4, 5 e 6/12 não sejam realizados, em virtude da liquidação indevida dessas etapas, conforme itens 3.4, 3.5 e 3.6 deste relatório.”

É o relato.

Preliminarmente, impende aduzir que, em face do recesso instituído por meio da Portaria nº 1.187/2012, este magistrado de contas foi designado para atuar na condição de plantonista durante o período de suspensão das atividades gerais desta Corte.

Regimentalmente, incumbe ao Conselheiro-Substituto, mediante convocação do Presidente do Tribunal ou da Câmara, observado o disposto no art. 114 do Regimento Interno, substituir o Conselheiro Relator em suas ausências e impedimentos, e presidir a instrução dos processos que lhe forem distribuídos com Proposta de Decisão por escrito, a ser votada pelos membros de cada Colegiado.

A designação de Conselheiro-Substituto para o interregno do recesso, além de possibilitar que esta Corte tutele as situações de urgências, previne ainda, nos casos em que se fizerem necessários, a solução de descontinuidade da atuação deste Tribunal.

Feitas essas ponderações, passo ao mérito do feito.

O contrato em exame, segundo o cronograma físico-financeiro acostado aos autos (fl. 109), possuía um objeto vastíssimo, que contemplava a realização de estudos e levantamentos técnicos junto às unidades de saúde, assim como a elaboração de diretrizes, projetos de normas e minutas de contratos.

A inexecução do objeto desse contrato, como bem aludiu o Corpo Técnico, é por demais evidente. Basta ver que, apesar desse contrato ter como finalidade a implementação da gestão compartilhada, não há nenhum estudo de verificação de viabilidade técnica de repasse das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) para as Organizações Sociais de Saúde (OSS’s).

É fato que, num primeiro momento, a Administração objetivava repassar para o controle da OSS’s apenas as unidades hospitalares já em funcionamento. Tal proposito, todavia, foi alterado, sem que houvesse igual mudança do objeto do referido contrato, para fazer constar a realização de estudos e levantamentos técnicos alusivos a viabilidade ou não de repasse das UPA’s à iniciativa privada sem fins lucrativos.

O extenso rol de ilegalidades da fase de qualificação e da de seleção das entidades sem fins lucrativos (OSS’s), constatado nos processos de nº. 616/2012 e 1572/2012, estão a evidenciar, de forma bastante veemente, que tal avença não atingiu sua finalidade, qual seja, orientar e subsidiar o Governo do Estado na implantação da gestão compartilhada.

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Na fase de qualificação, em síntese, foram constatadas: (i) regulamentação insuficiente da Lei 2.675/11, (ii) irregularidade na publicidade do procedimento de qualificação, (iii) falta de motivação do ato de qualificação, (iv) qualificação e certificação de entidades com motivos inexistentes, (v) não comprovação por parte das entidades qualificadas de que atuavam na área da saúde, e (vi) qualificação de entidades que não preenchiam todos os requisitos legais etc.

No exame do edital de seleção das propostas, constatou-se, em síntese: (i) ausência de planilha detalhada a justificar o valor do contrato de gestão, (ii) previsão de repasse fixo com percentual excessivo, (iii) falta de objetividade na definição de metas e indicadores, (iii) exigência indevida de registro no conselho regional de administração; e (v) previsão indevida de sigilo na análise das propostas etc.

Ademais, constatou a Unidade Técnica que toda a metodologia utilizada pela Administração na elaboração do edital (comunicado de interesse público) tinha como finalidade garantir à entidade selecionada, independentemente de sua produção, o maior percentual fixo possível, o que colide, frontalmente, com os princípios norteadores da gestão compartilhada.

Não é sem razão que passado um ano da aprovação da lei que autorizou a implantação da gestão compartilhada no setor de saúde (Lei 2675, de 21 de dezembro de 2011), a Administração Estadual ainda não tenha conseguindo nenhum êxito em tal empreendimento.

Diante desse quadro, acolhe-se in totum a proposição do Controle Externo, a qual passa a integrar a fundamentação desta decisão. Com efeito, as irregularidades narradas são bastante verossímeis (fumus boni iuris) e maculam irremediavelmente a contratação firmada pela Administração Estadual.

Não obstante tudo esteja a indicar que o pagamento desse contrato encontra-se suspenso, uma vez que o último adimplemento ocorreu em 28.05.12 (fl. 1.194) , ainda assim subsiste o perigo da demora (periculum in mora), pois a não atuação preventiva desta Corte pode possibilitar o pagamento de despesas não liquidadas.

Por fim, impende destacar que as tutelas deferidas em caráter de antecipação constituem espécie das tutelas de urgência, de caráter provisório, podendo ser revogadas a qualquer tempo, de ofício ou mediante contraditório diferido. O gestor, os demais responsáveis e os interessados poderão intervir no presente processo, a qualquer momento, com a finalidade de postular a alteração/revogação da antecipação de tutela, apresentando suas razões de fato e de direito, assim como juntando a documentação que entender pertinente.

Em face do exposto, em sede de cognição sumária, acolhendo a proposição da Unidade Técnica, decido:

I. Com fulcro no artigo 71, IX, da Constituição Federal, no artigo 108-A do Regimento Interno e no artigo 461, §3º, do Código de Processo Civil, determinar ao Secretário de Estado da Saúde, e a quem o substitua, a título de tutela inibitória antecipada, que se abstenha de efetuar o pagamento da quantia de R$ 936.000,00, até que seja demonstrada a esta Corte, com provas técnicas idôneas, a execução do objeto contratual nos moldes pactuados no Contrato nº 103/PGE/2011;

II. Com fulcro no §5º do artigo 461 do Código de Processo Civil, combinado com o artigo 286-A do Regimento Interno, arbitrar multa coercitiva no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser aplicada em caso de descumprimento das ordens acima mencionadas, sem prejuízo da eventual aplicação de outras sanções previstas em lei;

III. Cientificar o Secretário de Estado da Saúde, o Secretário Adjunto de Estado da Saúde, e a contratada (Instituto de Estudos e Projetos para a Modernização da Administração Pública – IBMAP), para que, se quiserem, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação da presente decisão, manifestem-se sobre o relatório técnico;

IV. Oficiar ao Ministério Público do Estado, na pessoa da Promotora de Justiça Emília Oiye - Diretora do Centro de Apoio Operacional da Saúde - CAOP-SÁUDE, encaminhando-lhe cópia do relatório técnico e desta decisão; e

V – Publicar na forma regimental.

Porto Velho, 28 de dezembro de 2012.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro-Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº : 4.012/TCER-2012 INTERESSADO : Secretaria de Estado da Saúde – SESAU Superintendência Estadual de Licitações ASSUNTO : Pregão Eletrônico nº. 563/2012/SIGMA/SUPEL/RO – Registro de preço para aquisição de material penso RELATOR ORIGINÁRIO: Conselheiro Paulo Curi Neto RELATOR PLANTONISTA: Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA N° 04/2012/TCE/RO

EMENTA: LICITAÇÃO. EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 563/2012/SUPEL/RO – Formação de Registro de Preços. Parametrização dos preços dos produtos ofertados. Manutenção da suspensão da adjudicação do objeto, até posterior autorização do Conselheiro Relator.

Cuidam os autos de análise do edital do Pregão Eletrônico de nº. 563/2012, destinado à formação de registro de preço para a eventual aquisição de material penso, com a finalidade de suprir as necessidades das unidades de saúde da SESAU.

O Corpo Instrutivo e o Ministério Público de Contas debateram, nas várias manifestações laçadas aos autos, as mazelas resultantes da falta de estimativa adequada dos quantitativos previstos no edital.

Ao final, porém, diante das correções empreendidas pela Administração, que resultaram na exclusão de alguns produtos previstos de forma concomitante em mais de um certame e na redução dos quantitativos de alguns itens, o MPC e a Unidade Técnica anuíram pelo prosseguimento do certame, sem afastar, porém, a possibilidade de cominação de sanção ao gestor em razão da “inexistência de históricos de consumos das unidades hospitalares relativos aos últimos três exercícios”.

O Corpo Instrutivo, em derradeira análise (fls. 479/480), na pequena amostra analisada, em razão da urgência que o caso requer, constou que 42% dos itens apresentam preços acima do mercado, cujo percentual varia de 380% a 411%.

Diante disso, recomendou que a Administração, em relação aos itens 80, 81 e 82, que figuraram da análise, promova negociação para obtenção de valores consentâneos com os de mercado. Quanto aos demais itens do edital, pronunciou-se pela “revogação da suspensão de adjudicação”.

O MPC, no Parecer nº. 362/2012, aduziu que o Corpo Técnico cotou produtos com especificações diversas das do edital e que os preços obtidos pela Administração, comparativamente aos registrados pela Coordenadoria de Serviços da Saúde de São Paulo (RP nº. 87/2012), estão acima do valor de mercado.

Em síntese, assentou que os itens 80, 81 e 82 (scalp da marca NPH Medical com calibragem de 19, 21, 25 e 27), cujos preços variaram de R$ 0,70 a R$ 0,76, foram, no registro de preços acima referido, ofertados por R$ 0,58.

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Assentou, ainda, que a expressiva diminuição do valor estimado - de R$ 13.451.795,55 para R$ 4.569.725,62 – deve-se à exclusão e à redução de alguns itens, e não, como aludiu o Corpo Instrutivo, a comprovada economia obtida com a realização do certame.

Ao final, condicionou a legalidade do edital e o prosseguimento do certame à realização de “parametrização de preços dos materiais pensos, observando-se a marca descrita na ata de registro de preços”.

Pronunciou-se, por fim, pela aplicação de multa ao Secretário de Estado da Saúde, em razão da inexistência de estimativa adequada de consumo.

É o que se faz necessário relatar.

Preliminarmente, impende aduzir que, em face do recesso instituído por meio da Portaria nº 1.187/2012, este magistrado de contas foi designado para atuar na condição de plantonista durante o período de suspensão das atividades gerais desta Corte.

Regimentalmente, incumbe ao Conselheiro-Substituto, mediante convocação do Presidente do Tribunal ou da Câmara, observado o disposto no art. 114 do Regimento Interno, substituir o Conselheiro Relator em suas ausências e impedimentos, e presidir a instrução dos processos que lhe forem distribuídos com Proposta de Decisão por escrito, a ser votada pelos membros de cada Colegiado.

A designação de Conselheiro-Substituto para o interregno do recesso, além de possibilitar que esta Corte tutele as situações de urgências, previne ainda, nos casos em que se fizerem necessários, a solução de descontinuidade da atuação deste Tribunal.

Feitas essas ponderações, passo ao mérito do feito.

Diante do aludido, fácil ver que a controvérsia dos presentes autos encontra-se circunscrita à compatibilidade ou não dos preços obtidos com os praticados pelo mercado.

Para comprovar a adequação dos preços obtidos com os de mercado, propõe o MPC que se proceda à sua parametrização.

O instituto da parametrização , segundo a doutrina, é uma técnica comparativa de preços que busca obstar que a Administração venha adquirir produtos de uma determinada marca com valores acima da sua média de mercado. Em outros termos, impedir que seja adquirido um produto de qualidade inferior pelo preço de um de qualidade superior.

A parametrização, nos moldes proposta por Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, é por demais trabalhosa, pois objetiva, ainda na fase de pesquisa de preços, definir a média de preços de todas as marcas existentes no mercado ou, pelo menos, daqueles que eventualmente participarão do certame.

Exemplificativamente. Numa licitação composta por 100 (cem) itens de 5 (cinco) marcas diferentes, a obtenção de 3 (três) cotações resultará num total 1.500 preços e em 695 valores médios, a serem considerados quando do julgamento das propostas.

Se, salvo melhor juízo, a parametrização na fase de pesquisa de preços é, a rigor, impraticável, o mesmo não pode ser dito quando se propõe a sua realização ao término do recebimento das propostas.

Nessa fase licitatória, a aplicação da parametrização não suscita, para a Administração, maiores dificuldades, uma vez que a comparação de preços estará adstrita à quantidade de marcas dos itens sagrados vencedores, não mais a um amplo universo de marcas existentes no mercado.

A comparação de preços e marcas após a apresentação das propostas possibilita verificar se o certame obteve, ao seu final, o êxito esperado, vale dizer, se angariou a proposta mais vantajosa. Em outros termos, é a “prova dos nove”.

Se, a rigor, a Administração não pode guiar-se pelas especificações das marcas. O mesmo não pode ser dito quando a marca do produto é conhecida por meio do certame. Assim, após verificação da conformidade das propostas com os requisitos do edital, pode a Administração fazer o cotejamento dos preços registrados com os praticados no mercado, levando-se em conta as marcas dos produtos ofertados.

Tal intelecção encontra esteio no art. 43, IV, da Lei 8.666/93, ao estabelecer que no julgamento da licitação seja verificada a “conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado”.

Há se supor que a comparação de preços, nesse caso, levará em conta a marca dos produtos registrados, já que esta, nessa fase licitatório (após a abertura das propostas), já é conhecida.

No caso em exame, em que 42% da amostra técnica apresentou preços bem acima dos de mercado (380% a 411%), impõe-se, com mais razão, a utilização da parametrização, principalmente em relação àqueles produtos de valor mais expressivo e/ou cujos preços apresentam grande variação no mercado.

Com tais fundamentos, acolho a proposição ministerial para determinar à Administração a realização de parametrização. Relativamente à cominação de sanção ao gestor em razão da inexistência de estimativa técnica de consumo, deixo para apreciar tal questão, de forma mais acurada, quando da emissão de juízo exauriente.

Diante do exposto, em consonância parcial com o Ministério Público de Contas e em divergência com Controle Externo, DECIDO:

I – Manter a suspensão da adjudicação do objeto do presente certame, até manifestação ulterior desta Corte;

II – Determinar aos Senhores Márcio Rogério Gabriel (Superintendente da SUPEL) e Williames Pimentel de Oliveira (Secretário de Estado da Saúde) e à Senhora Nilseia Ketes (Pregoeira da SUPEL) a realização de parametrização dos preços dos produtos ofertados de valores mais expressivos e/ou cujos preços apresentam grandes variações no mercado, observando-se em conta a marca apresentada, desclassificando as propostas que apresentarem preços incompatíveis com o de mercado;

III - Fixar aos Senhores Márcio Rogério Gabriel (Superintendente da SUPEL) e Williames Pimentel de Oliveira (Secretário de Estado da Saúde) e à Senhora Nilseia Ketes (Pregoeira da SUPEL), o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação desta, para apresentar razões de justificativas ou documentos indicativos das medidas adotadas para o saneamento do ilícito elucidado no item II;

IV – Notificar os jurisdicionados responsáveis da presente decisão, encaminhando-lhes cópia; e

V - Publique-se na forma regimental.

Porto Velho, em 27 de dezembro de 2012.

FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA Conselheiro-Substituto

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Administração Pública Municipal

Município de Cerejeiras

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº : 5465/TCER-2012 INTERESSADO : Prefeitura Municipal de Cerejeiras ASSUNTO : Edital de Pregão Presencial nº 65/2012 RELATOR ORIGINÁRIO : Conselheiro Paulo Curi Neto RELATOR PLANTONISTA : Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA N° 05/2012/TCE/RO

EMENTA: LICITAÇÃO. EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 65/2012 – Locação de horas-máquina. Irregularidades encontradas. Emissão de Tutela Antecipada de Caráter Inibitório. Determinação para suspensão do certame licitatório, até posterior autorização do Conselheiro Relator.

A documentação trata da análise de legalidade do Edital de Licitação, modalidade Pregão na forma Presencial nº 65/2012, tipo Menor Preço Global por Lote, que visa à contratação de empresa para prestação de serviços de locação de horas máquinas para atender os produtores do Município de Cerejeiras na construção de tanques de peixes, conforme especificações do edital e dos anexos. O valor da contratação foi estimado em R$ 1.050.000,00. (um milhão e cinquenta mil reais), de responsabilidade dos Excelentíssimos Senhores Kleber Calisto de Souza, Prefeito Municipal, João Soares Borges, Secretário Municipal de Obras, e Leidemar Coelho Ribeiro, Pregoeiro Oficial do Município.

O Órgão de Controle Externo deste Tribunal, no exercício de suas atribuições, solicitou ao Pregoeiro Oficial do Município, ilustríssimo Senhor Leidemar Coelho Ribeiro, cópia do Processo Administrativo n. 3078/2012 – Pregão Presencial n° 065/2012 através do ofício n. 301/2012/SGCE, para apreciação.

No Relatório Técnico, fls. 48/55, o Corpo Instrutivo apurou, em síntese, a ocorrência de preterição injustificada do pregão eletrônico em favor do presencial, ausência de comprovação de publicação do edital, incongruências no Termo de Referência, dentre outras relativamente ao tipo da modalidade licitatória e às cotações de preços realizadas as quais se encontram em desacordo com referido Termo, ainda, descumprimento as disposições da IN nº 25/2009-TCER/RO. Em razão das irregularidades observadas, o Órgão de Controle Externo recomendou a suspensão do certame, para apresentação das devidas justificativas pelos responsáveis.

É o relatório.

Preliminarmente, impende aduzir que, em face do recesso instituído por meio da Portaria nº 1.187/2012, este magistrado de contas foi designado para atuar na condição de plantonista durante o período de suspensão das atividades gerais desta Corte.

Regimentalmente, incumbe ao Conselheiro-Substituto, mediante convocação do Presidente do Tribunal ou da Câmara, observado o disposto no art. 114 do Regimento Interno, substituir o Conselheiro Relator em suas ausências e impedimentos, e presidir a instrução dos processos que lhe forem distribuídos com Proposta de Decisão por escrito, a ser votada pelos membros de cada Colegiado.

A designação de Conselheiro-Substituto para o interregno do recesso, além de possibilitar que esta Corte tutele as situações de urgências, previne ainda, nos casos em que se fizerem necessários, a solução de descontinuidade da atuação deste Tribunal.

Feitas essas ponderações, passo ao mérito do feito.

Com efeito, basta uma breve análise do edital e dos documentos que o acompanham para verificar que assiste razão ao Corpo Técnico, quanto à necessidade de suspensão do certame, tendo em vista a presença das irregularidades apuradas, sobretudo em razão da preterição injustificada do pregão eletrônico em favor do presencial, cujo vício, segundo jurisprudência desta Corte, por si só é suficiente para justificar sua paralisação. Vejamos:

EMENTA: REPRESENTAÇÃO. PREGÃO PRESENCIAL. PODER EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DE COLORADO DO OESTE. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PARA APURAÇÃO DO CÁLCULO DO ÍNDICE DE REPARTIÇÃO DAS RECEITAS DE ICMS AO MUNICÍPIO. PRETERIÇÃO INJUSTIFICADA DO PREGÃO ELETRÔNICO EM FAVOR DO PRESENCIAL. EXIGÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA RESTRITIVAS À COMPETITIVIDADE. FUMAÇA DE DIRECIONAMENTO. VEROSSIMILHANÇA DO PERIGO DE CONSUMAÇÃO DOS ILÍCITOS NOTICIADOS NO PARECER MINISTERIAL. PERIGO DA DEMORA. TUTELA DE URGÊNCIA CABÍVEL. SUSPENSÃO DA CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA E DOS ATOS DE ORDENAÇÃO DA DESPESA.

- É motivo suficiente para a suspensão imediata da contratação administrativa e dos atos de ordenação da despesa a verossimilhança da preterição injustificada do pregão eletrônico em favor do presencial, modalidade licitatória menos competitiva. Jurisprudência do TCE/RO. (Decisão nº 124/2012/GCPCN)

Ademais, à iminência de se realizar o certame, assinalado para ocorrer em 28.12.2012, as 8h30mim, com grande probabilidade de restarem feridos os princípios da legalidade, economicidade, isonomia entre os licitantes, da eficiência e da moralidade administrativa, e uma vez ultimado o certame, em tese, eivado com vícios insanáveis assinalados, passando a Administração, de conseguinte, à fase de execução do contrato, emerge a possibilidade de que o dano ao erário ora cogitado se torne irreparável – o que justifica, assim, receio de ineficácia da decisão final (periculum in mora).

Diante do exposto, em consonância in totum com o Relatório do Corpo Instrutivo, DECIDO:

I – DETERMINAR aos Senhores Kleber Calisto de Souza, Prefeito Municipal, João Soares Borges, Secretário Municipal de Obras, e Leidemar Coelho Ribeiro, Pregoeiro Oficial do Município, que SUSPENDAM o Edital de Pregão na forma Presencial nº 65/2012, tipo Menor Preço Global por Lote, que visa à contratação de empresa para prestação de serviços de locação de horas máquinas para atender os produtores do Município de Cerejeiras na construção de tanques de peixes, conforme especificações do edital e dos anexos, estimado em R$ 1.050.000,00. (um milhão e cinquenta mil reais), com abertura designada para o dia 28/12/2012, às 8h30min, até ulterior pronunciamento deste Tribunal - o que faço com fundamento no art. 108-A, Parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte;

II – fixar o prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação da presente decisão, para que os Senhores Kleber Calisto de Souza, Prefeito Municipal, João Soares Borges, Secretário Municipal de Obras, e Leidemar Coelho Ribeiro, Pregoeiro Oficial do Município apresentem as justificativas e/ou medidas retificadoras, quanto às irregularidades constantes do Relatório Técnico, o qual segue anexo à presente Decisão;

III – notificar os jurisdicionados responsáveis da presente decisão, encaminhando-lhes cópia; e

IV - publique-se na forma regimental.

Porto Velho, em 27 de dezembro de 2012.

FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA Conselheiro-Substituto

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Atos da Presidência

Portarias Portaria n. 1.940, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera, nomeia e lota servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora ANA MARIA GOMES DE ARAÚJO, Agente Administrativo, cadastro n. 219, do cargo em comissão de Coordenadora das Sessões, nível TC/CDS-3, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 500, de 1º.10.2004, publicada no DOE n. 132, de 20.10.2004 e retificada pela Portaria n. 142, de 24.2.2006, publicada no DOE n. 467, de 6.3.2006.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Assessor III, nível TC/CDS-3, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Lotar no Gabinete da Secretaria de Processamento e Julgamento.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.941, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera, nomeia e lota servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora MAYARA BARREIROS CARVALHO, cadastro n. 990605, do cargo em comissão de Assessor III, nível TC/CDS-3, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 1.865, de 27.11.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 327 – ano II, de 28.11.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Assessor III, nível TC/CDS-3, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Lotar no Gabinete da Secretaria de Processamento e Julgamento.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.942, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera, nomeia e lota servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora EMANUELE CRISTINA RAMOS BARROS AFONSO, Auditora de Controle Externo, cadastro n. 401, do cargo em comissão de Assessor Técnico, nível TC/CDS-5, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 249, de 31.1.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 136 – ano II, de 7.2.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Assessor Jurídico, nível TC/CDS-5, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Lotar no Gabinete da Secretaria de Processamento e Julgamento.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.943, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora ALANE KARDIGINA DA ROCHA FÉLIX UGALDE, cadastro n. 990275, do cargo em comissão de Coordenadora das Sessões, nível TC/CDS-3, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 133, de 12.2.2008, publicada no DOE n. 939, de 20.2.2008.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Coordenadora de Uniformização de Jurisprudência e Assuntos Institucionais, nível TC/CDS-3, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.944, de 11 de dezembro de 2012.

Designa servidor.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da

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competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar o servidor LUIZ GONZAGA PEREIRA DE OLIVEIRA, Agente Administrativo, cadastro n. 447, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Estatística, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.945, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora JÚLIA AMARAL DE AGUIAR NYBERG, Auxiliar Administrativo, cadastro n. 207, do cargo em comissão de Secretária do Pleno, nível TC/CDS-5, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 496, de 1º.10.2004, publicada no DOE n. 132, de 20.10.2004.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Diretora do Departamento do Pleno, nível TC/CDS-5, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.946, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora MÁRCIA CARVALHO DOS SANTOS, cadastro n. 990292, do cargo em comissão de Assistente de Cartório, nível TC/CDS-2, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 6, de 9.1.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 116 – ano II, de 9.1.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Subdiretora da Diretoria de Processamento do Departamento do Pleno,

nível TC/CDS-2,da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.947, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera e designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora MARIA DLOURDES MENDONÇA OLIVEIRA SANTANA, Agente Administrativo, cadastro n. 148, do cargo em comissão de Assistente de Cartório, nível TC/CDS-2, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 110, de 9.1.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 116 – ano II, de 9.1.2012.

Art. 2º Designar a servidora para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Processamento do Departamento do Pleno, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.948, de 11 de dezembro de 2012.

Designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar a servidora MÍRIA CORDEIRO DE ARAÚJO, Técnica em Redação, cadastro n. 463, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Revisão Redacional do Pleno, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.949, de 11 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

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O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora IZABELA ALMEIDA DE BARROS, cadastro n. 990336, do cargo em comissão de Assistente de Cartório, nível TC/CDS-2, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 110, de 9.1.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 116 – ano II, de 9.1.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Subdiretora da Diretoria de Processamento da 1ª Câmara, nível TC/CDS-2, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.970, de 13 de dezembro de 2012.

Designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar a servidora KARLLINI PORPHIRIO RODRIGUES DOS SANTOS, Agente Administrativo, cadastro n. 448, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Processamento da 1ª Câmara, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.971, de 13 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora KEILA BREDA SANCHES MODESTO, cadastro n. 990606, do cargo em comissão de Assistente de Gabinete, nível TC/CDS-2, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 1914, de 5.12.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 335 – ano II, de 10.12.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Subdiretora da Diretoria de Coordenação e Julgamento da 1ª Câmara, nível TC/CDS-2, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.972, de 13 de dezembro de 2012.

Designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar a servidora LARISSA GOMES LOURENÇO, Agente Administrativo, cadastro n. 359, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Coordenação e Julgamento da 1ª Câmara, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.973, de 13 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora FRANCISCA DE OLIVEIRA, Agente Administrativo, cadastro n. 215, do cargo em comissão de Secretária da 2ª Câmara, nível TC/CDS-3, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 110, de 6.2.2008, publicada no DOE n. 943, de 26.2.2008.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Diretora do Departamento da 2ª Câmara, nível TC/CDS-4, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Portaria n. 1.974, de 13 de dezembro de 2012.

Designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar a servidora ROSINEI SOARES, Agente Administrativo, cadastro n. 451, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Processamento da 2ª Câmara, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.975, de 13 de dezembro de 2012.

Nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Nomear LAÍS ELENA DOS SANTOS MELO PASTRO, Agente Administrativo, cadastro n. 387, para exercer o cargo em comissão de Subdiretora da Diretoria de Coordenação e Julgamento da 2ª Câmara, nível TC/CDS-2, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.976, de 13 de dezembro de 2012.

Designa servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Designar a servidora SHIRLEY LEITÃO MESQUITA CARDOSO, Técnica em Redação, cadastro n. 464, para exercer a função gratificada de Chefe da Seção de Revisão Redacional da 2ª Câmara, FG-1, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 2.028, de 27 de dezembro de 2012.

Exonera e nomeia servidora.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora MÁRCIA CHRISTIANE SOUZA MEDEIROS SGANDERLA, Agente Administrativo, cadastro n. 244, do cargo em comissão de Secretária da 1ª Câmara, nível TC/CDS-3, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 109, de 6.2.2008, publicada no DOE n. 943, de 26.2.2008.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Diretora do Departamento da 1ª Câmara, nível TC/CDS-4, da Secretaria de Processamento e Julgamento, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 2.030, de 27 de dezembro de 2012. Exonera e nomeia servidora. O VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA, de acordo com o art. 113 do Regimento Interno, usando da competência que lhe confere o artigo 66, incisos I e III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Memorando n. 281/2012/SESE, de 5.12.2012, resolve:

Art. 1º Exonerar a servidora ELINE GOMES DA SILVA, cadastro n. 990555, do cargo em comissão de Secretária das Sessões, nível TC/CDS-6, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 645, de 20.12.2011, para o qual fora nomeada mediante Portaria n. 227, de 30.1.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 132 – ano II, de 1º.2.2012.

Art. 2º Nomear a servidora para exercer o cargo em comissão de Secretária de Processamento e Julgamento, nível TC/CDS-6, do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, criado pela Lei Complementar n. 690, de 3.12.2012.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a 3.12.2012.

Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

Portaria n. 2.031, de 27 de dezembro de 2012.

Inclui servidores na Portaria n.1.919/2012.

O VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA, de acordo com o art.

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113 do Regimento Interno, usando da competência que lhe confere artigo 66, incisos I e III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Processo n. 5005/2012, resolve:

Art. 1º Designar os servidores abaixo relacionados para atuarem como plantonistas durante o recesso do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, nos termos da Portaria n. 1.187, de 31.7.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 250 – ano II, de 31.7.2012:

Secretaria Executiva de Licitações e Contratos

Cadastro Nome Período

990587 IVO DE OLIVEIRA COSTA JÚNIOR 20.12.2012 a

6.1.2013

Gabinete da Presidência

Cadastro Nome Período

990158 SÍLVIA MARA METCHKO 26.12.2012 a

6.1.2013

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

Ministério Público de Contas

Atos MPC TERMO DE VITALICIEDADE

A Procuradora Geral do Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, na forma do art. 128, § 5º, I, “a”, c/c artigo 130 da Constituição Federal de 1988 e, ainda c/c com os artigos 2º da Resolução nº01/10 – PGMPC e 71/ 72 da Lei Complementar nº93/93, ATESTA, para os devidos fins e na melhor forma de direito, que SERGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA, ocupante do cargo de Procurador do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia, aprovado através do Concurso Público nº01/98 foi empossado na data de 02 de Agosto de 2010, com início das funções na mesma data. ATESTA, ainda, que no período relativo ao estágio probatório (02/08/2010 a 02/11/2012) exercitou as funções inerentes ao seu cargo com eficiência, presteza, assiduidade, urbanidade, disciplina e probidade, considerando, para tanto, o número de processos examinadas, a qualidade dos pareceres elaborados, o desempenho em Câmaras e, eventualmente, em Plenário, nada existindo que possa macular a sua habilitação para o exercício do cargo e consequente vitaliciamento na carreira. Publique-se o presente termo para todos os efeitos legais.

Porto Velho, 21 de dezembro de 2012.

ERIKA PATRICIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora Geral do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia.