DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO€¦ · assunto: exame de legalidade do edital de concurso pÚblico n.137/gdrh/searh/2014 responsÁvel: carla mitsue ito cpf n. 125.541.438-38

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente,

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO terça-feira, 21 de julho de 2015 nº 955 - ano VDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES, EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO, TERMOS DE ALERTA E OUTROS Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 5

Administração Pública Municipal Pág. 7

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Deliberações Superiores Pág. 24

ATOS DA SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO >>Concessão de Diárias Pág. 29

>>Avisos Pág. 29

>>Extratos Pág. 29

SESSÕES >>Pautas Pág. 30

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDILSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares, Editais de Citação, Audiência e Ofício, Termos de Alerta

e Outros

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1249/2014 INTERESSADOS: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE COMPRAS E LICITAÇÕES DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM E TRANSPORTES ASSUNTO: PREGÃO ELETRÔNICO Nº 176/2014/ZETA/SUPEL/RO OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE DESTOPAMENTO E TRANSPORTE DE MADEIRA BRUTA EM TORAS RESPONSÁVEIS: MAYARA GOMES FREIRE DA SILVA CPF: 061.216.989-85 PREGOEIRA/SUPEL UBIRATAN BERNADINO GOMES CPF: 144.054.314-34 RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

DECISÃO Nº 559/2015 – 2ª CÂMARA

EMENTA: LICITAÇÃO: EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 176/2014/ZETA/SUPEL/RO. OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE DESTOPAMENTO E TRANSPORTE DE MADEIRA BRUTA EM TORAS. SUSPENSÃO SINE DIE PELA INTERESSADA. MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO PARA ADEQUAR O PROCEDIMENTO. SANEAMENTO DAS IMPROPRIEDADES. REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO. LEGALIDADE. ARQUIVAMENTO. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Pregão Eletrônico nº 176/2014/ZETA/SUPEL/RO, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I - Considerar legal o Edital de Licitação - Pregão Eletrônico nº 176/2014/ZETA/SUPEL/RO, objetivando a formação de Registro de Preços para futura e eventual contratação de empresa especializada em prestação de serviços de destopamento e transporte de madeira bruta em toras, para atender às necessidades do Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes – DER/RO, pelo período de 12 meses, com valor estimado de R$3.851.280,00 (três milhões, oitocentos e cinquenta e um mil, duzentos e oitenta reais), por estar em conformidade com a Lei Federal nº 8.666/93 e, em especial, com a Lei Federal nº 10.520/02;

II - Determinar ao atual Diretor-Geral do DER que passe a registrar sistematicamente o volume de madeira bruta recebida pelo órgão ao longo dos exercícios, a fim de subsidiar, com critérios técnicos suficientes, as estimativas das futuras contratações desta natureza, bem como ao realizar os dispêndios oriundos da licitação, que as despesas estejam acobertadas pelo programa-atividade adequado ao seu objeto, o que poderá ser verificado em eventual procedimento de fiscalização pelo Tribunal de Contas;

III - Dar ciência desta Decisão aos interessados, com a publicação no Diário Oficial eletrônico desta Corte – D.O.e-TCE/RO, informando-lhes da disponibilidade do relatório e voto, na íntegra, no site: www.tce.ro.gov.br; e

2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 955 ano V terça-feira, 21 de julho de 2015



IV - Arquivar os autos após cumpridas as formalidades legais e administrativas necessárias.

Participaram da Sessão o Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA (Relator); o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, Presidente da Sessão da 2ª Câmara; a Procuradora do Ministério Público de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.

Sala das Sessões, 17 de junho de 2015.

WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Presidente da Sessão da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator ÉRIKA PATRÍCIA S. DE OLIVEIRA Procuradora do Ministério Público de Contas

DECISÃO

PROCESSO Nº: 3193/2014 INTERESSADA: SECRETARIA DE ESTADO DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS – SEAE ASSUNTO: EDITAL DE LICITAÇÃO – RDC ELETRÔNICO nº 007/2014/CPLO/SUPEL/RO. OBJETO: REFORMA E AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE MEDICINA TROPICAL DE RONDÔNIA – CEMETRON, NO VALOR ESTIMADO DE R$8.844.883,01 (OITO MILHÕES, OITOCENTOS E QUARENTA E QUATRO MIL, OITOCENTOS E OITENTA E TRÊS REAIS E UM CENTAVO) RESPONSÁVEIS: GEORGE ALESSANDRO GONÇALVES BRAGA CPF Nº 286.019.202-68 EX-SECRETÁRIO DE ESTADO – SEAE, GESTOR DO PIDISE NORMAN VIRISSIMO DA SILVA CPF Nº 362.185.453-34 PRESIDENTE DA CPLO/SUPEL VALDEIR SOARES DA SILVA CPF Nº 829.458.702-82 ENGENHEIRO SANITARISTA (ART Nº 8207444509), RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE ÁGUAS PLUVIAIS VITOR HUGO RICHETTI CPF Nº 758.155.162-87, TECNÓLOGO EM SISTEMAS ELÉTRICOS (ART Nº 8207443707), SANDRO ROSA CAMPOS CPF Nº 029.848.417-00 TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES E RESPONSÁVEL PELO ORÇAMENTO DA OBRA RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: LICITAÇÃO. EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 007/2014/CPLO/SUPEL/RO. OBJETO: REFORMA E AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE MEDICINA TROPICAL DE RONDÔNIA – CEMETRON. DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 149/GCVCS/TCE/RO. APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVAS. NÃO SANEAMENTO. IRREGULARIDADES: AUSÊNCIA DOS PROJETOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E DOS PROJETOS RELATIVOS ÀS SUBESTAÇÕES JUNTO À ELETROBRÁS/RO; FALTA DA ANÁLISE TÉCNICA DE APROVAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO PELA AGEVISA/RO; DENTRE OUTRAS. DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 184/2014/GCVCS/TCE/RO. MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO. DETERMINAÇÕES. ABERTURA DE PRAZO. REVOGAÇÃO EX OFFICIO. PERDA DO OBJETO. ARQUIVAMENTO SEM ANÁLISE DE MÉRITO. DETERMINAÇÕES. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise de legalidade do Edital de Licitação – RDC, na modalidade Pregão Eletrônico nº 007/2014/CPLO/SUPEL/RO, da Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos, como tudo dos autos consta.


I - Arquivar os autos, sem análise de mérito, com fulcro nos princípios da eficiência, economicidade e celeridade processual, conforme art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, em face da perda do objeto, com a Revogação do Edital de RDC Eletrônico nº 007/2014/CPLO, deflagrado pela Superintendência Estadual de Compras e Licitações –Supel, sob interesse da Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos – SEAE, visando à reforma e à ampliação do Centro de Medicina Tropical de Rondônia – Cemetron;

II - Determinar, via ofício, ao atual Secretário da Seae que oriente os responsáveis pela condução de futura licitação e elaboração de projetos básicos com objeto desta natureza, para que evitem incorrer nas irregularidades apontadas no item II, 1 a 3, da Decisão Monocrática nº 149/2014/GCVCS/TCE/RO e no item II, “a”, da Decisão Monocrática nº 184/2014/GCVCS/TCE/RO, sob pena de multa, na forma do art. 55, IV, da Lei Complementar nº 154/96, adotando, principalmente, as seguintes medidas:

a) elaborem projetos de prevenção e combate a incêndio junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia; referentes às subestações junto à Eletrobrás - Distribuidora Rondônia; e, arquitetônico da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia – AGEVISA/RO, em respeito ao previsto no art. 3º, V, parágrafo único, I II e III, do Decreto nº 18251, de 26 de dezembro de 2013, que regulamentou, em âmbito Estadual, a Lei Federal n. 12.462, de 04 de agosto de 2011; e

b) efetivem pesquisa de preços (mercado), contendo no mínimo 03 (três) cotações, referente às composições unitárias próprias, fundamentando os preços inseridos nas planilhas orçamentárias, e observem o disposto no artigo 8º, §§3º e 4º, da Lei nº 12.462/2011 e artigo 10º, §§ 3º e 4º, do Decreto Estadual nº 18.251/2013.

III - Dar conhecimento desta Decisão ao atual Secretário de Estado da Seae, bem como aos Senhores George Alessandro Gonçalves Braga – Ex-Secretário de Estado da Seae, CPF nº 286.019.202-68; Norman Virissimo da Silva – Presidente da CPLO/SUPEL, CPF nº 362.185.453-34; Valdeir Soares da Silva – Engenheiro Sanitarista (ART Nº 8207444509), responsável pelo Projeto de Águas Pluviais, CPF nº 829.458.702-82; Vitor Hugo Richetti – Tecnólogo em Sistemas Elétricos (ART Nº 8207443707), CPF nº 758.155.162-87; e, Sandro Rosa Campos – Técnico em Edificações e responsável pelo orçamento da obra, CPF nº 029.848.417-00, com a publicação no Diário Oficial eletrônico deste Tribunal – D.O.e-TCE/RO, informando-lhes da disponibilidade do inteiro teor no site: www.tce.ro.gov.br; e

IV - Determinar ao Departamento da 2ª Câmara que adote as medidas legais e administrativas necessárias ao cumprimento desta Decisão, após arquivem-se os autos.







DECISÃO

PROCESSO Nº: 2752/2014 INTERESSADAS: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS – SEARH SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SESAU ASSUNTO: EXAME DE LEGALIDADE DO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N.137/GDRH/SEARH/2014 RESPONSÁVEL: CARLA MITSUE ITO CPF N. 125.541.438-38 SUPERINTENDENTE ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS - SEARH RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. EDITAL N. 137 DEFLAGRADO PELA SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE ASMINISTRAÇÃO E RECURSO HUMANOS-SEARH E SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE-SESAU. SUPOSTAS IRREGULARIDADES ENCONTRADAS. ELEMENTOS INDICIÁRIOS DE DANO AO ERÁRIO. CONVERSÃO DO FEITO EM TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.

1. Evidenciada a prática de atos ilegais, que repercutem de forma danosa em face do erário, torna impositiva a conversão do processo fiscalizatório em Tomada de Contas Especial, com espeque na norma inserta no art. 44 da Lei Complementar n. 154, de 1996, c/c o art. 65 do RITC, para que, após, seja facultada aos responsáveis a apresentação de defesas, em homenagem aos princípios da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LIV, da CF/88), preceitos norteadores do devido processo legal.

2. Processo convertido em Tomada de Contas Especial, com fulcro no preceito normativo inserido no art. 44 da Lei Complementar n. 154, de 1996, c/c art. 65 do RITC. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da ilegalidade do Edital de Concurso Público n. 137/GDRH/SEARH/2014, deflagrado pela Superintendência Estadual de Administração e Recursos Humanos, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – CONVERTER os autos em Tomada de Contas Especial, nos termos do artigo 44 da Lei Complementar n. 154, de 1996, ante os indícios de irregularidades de dano ao erário, nos termos do Relatório Técnico, o Corpo Instrutivo qualificou o suposto dano, definindo-o como sendo da monta de R$ 40.891,28 (quarenta mil, oitocentos e noventa e um reais e vinte e oito centavos), bem como qualificou os supostos responsáveis pela infração administrativa, que teria resultado no prejuízo, cujos indícios foram consubstanciados na Peça Acusatória;

II - DECLARAR a ilegalidade do certame em apreço, sem pronúncia de nulidade, em virtude das irregularidades constantes do objeto da tomada de contas especial que se qualifica como elemento juridicamente possível para reconhecer o não-atendimento dos preceitos formais, previstos no direito legislável aplicável à espécie; e

III – PUBLICAR, na forma regimental.

Participaram da Sessão o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, Presidente da 2ª Câmara; a Procuradora do Ministério Público de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.


VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator ÉRIKA PATRÍCIA S. DE OLIVEIRA Procuradora do Ministério Público de Contas

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 2451/94, Vol. de I à IV (apensos: Recurso de Reconsideração n° 4006/00 e Recurso de Revisão n° 1279/03). UNIDADE: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental - SEDAM RESPONSÁVEIS: Liduíno Cunha – CPF n° 054.872.428-87 (ex-Controlador Geral do Estado) e Renato da Costa Mello – CPF n° 349.873.479-20 (ex-Secretário de Estado do Desenvolvimento Ambiental). ADVOGADOS: David Pinto Castiel, OAB/RO n° 1363 e Paulo Antônio Campolim Luna, OAB/RO n° 1196. ASSUNTO: Contrato n° 076/94-PGE/PLANAFLORO (quitação de multa). RELATOR: Conselheiro Substituto Erivan Oliveira da Silva

DM-GCPCN-TC 00091/15

Análise de contrato. Acórdão proferido. Pela ilegalidade. Responsabilização com imputação de débito e multa. Comprovação do pagamento relativo às multas. Falta de pagamento alusivo ao débito. Constatado o ajuizamento da devida ação de cobrança do débito. Arquivamento temporário.

Retornam os presentes autos, que tratou da análise do contrato n° 76/94-PGE/PLANAFLORO.

Na assentada do dia 15 de junho de 2000, o Plenário deste Tribunal julgou irregular o aludido contrato e aplicou pena pecuniária aos responsáveis, por ter aprovado cálculos indevidos de reajuste (Acórdão n° 132/00, às fls. 1439/1440).

Na decisão desta Corte, imputou-se débito aos senhores Liduíno Cunha e Renato da Costa Mello, solidariamente, no valor histórico de R$ 25.264,58.

Além disso, multou-se, individualmente, os dois responsáveis, na forma do item III da mencionada decisão.

Os responsáveis recorreram da decisão apresentando recursos de reconsideração (Proc. n° 4006/00, Renato da Costa Mello) e recurso de revisão (Proc. n° 1279/03, Liduíno Cunha), os quais foram conhecidos, mas tiveram os provimentos negados, na conformidade da Decisão n° 113/01 (fls. 1.455/1.456) e da Decisão n° 03/2006 (fls. 1.462/1.463), respectivamente.

O Sr. Renato da Costa Mello efetuou o pagamento referente à multa, fazendo prova nos autos, com a juntada do comprovante de depósito à fl. 1.491. Assim, foi gerado o Acórdão n° 13/2011 (fls. 1.503/1.504), dando quitação ao Sr. Renato da multa mencionada.

Já com relação à multa aplicada ao Sr. Liduíno Cunha, verifica-se que, ao final da respectiva ação de execução, o Poder Judiciário do Estado de Rondônia, após constatar que o devedor satisfez a obrigação, com fulcro no inciso I do art. 794 do CPC, considerou extinta a referida ação (documento à fl. 1.545).

Todavia, quadra anotar que, no tocante ao débito imputado, solidariamente, aos senhores Liduíno Cunha e Renato da Costa Mello (item I do Acórdão n° 132/00), verifica-se que a Fazenda Estadual moveu a Ação de Execução n° 0019818-63.2011.8.22.0001, relativa ao Título Executivo n° 54/2010 e respectiva CDA n° 20110200011776.

Outrossim, por força de solicitação da Procuradoria Geral do Estado (fl. 1.535), a aludida CDA sofreu retificação pontual no campo concernente à




“Natureza”, no qual foram acrescentados a data de publicação do Acórdão que imputou o débito, bem como o número do diário oficial que deu publicidade à decisão do Tribunal de Contas e o dia do trânsito em julgado da referida decisão.

Dessa feita, procedeu-se a retificação sugerida (documento de fl. 1.540).

O MPC, no Despacho de fl. 1.527, atesta que, consoante os documentos apresentados pelo órgão jurisdicionado, foi comprovada a promoção da ação executiva reclamada. Assim, remeteu o presente processo a esta relatoria para deliberação quanto ao seu arquivamento temporário, já que pendente o desfecho da execução.

É a história relevante dos autos.

Segundo a prova dos autos, verifica-se que os responsáveis pagaram as multas aplicadas, individualmente, na forma do item III do Acórdão nº 132/00, tanto que foi dada quitação da multa ao senhor Renato da Costa Mello, nos termos do Acórdão n° 13/2011-2ª Câmara (fls. 1503/1504), bem como o Poder Judiciário considerou extinta a ação de execução alusiva à multa aplicada ao senhor Liduíno Cunha, já que devidamente comprovado o cumprimento da obrigação (documento à fl. 1545).

Com relação ao débito consignado no item I do Acórdão nº 132/00, verifica-se o ajuizamento da ação de cobrança (Processo Judicial n° 00198186320118220001). Logo, nada mais resta fazer neste processo, se não declarar a baixa de responsabilidade do Sr. Liduíno Cunha, com relação à multa cominada no item III, do Acórdão n° 132/00, e o arquivamento temporário dos autos, para aguardar o desfecho da ação judicial de execução.

Vale lembrar, ainda, que com relação ao Senhor Renato da Costa Mello já se concedeu a quitação da multa, conforme o Acórdão n° 13/2011-2ª Câmara (fls. 1.503/1.504).

Ao lume do exposto, decido monocraticamente pelo (a):

I – Quitação ao Senhor Liduíno Cunha, em relação à imputação do item III do Acórdão nº 132/00, já que o devedor satisfez a obrigação relativa à multa aplicada no mencionado Acórdão, conforme sentença proferida nos autos de execução fiscal n° 0004871-04.2011.8.22.0001 alusiva ao Título Executivo n° 55/2010 e respectiva CDA n° 20100200031577;

II - Ciência desta decisão, via Diário Oficial, aos advogados David Pinto Castiel, OAB/RO nº 1363 e Paulo Antônio Campolim Luna, OAB/RO nº 1196, regularmente constituídos pelos responsáveis, ficando registrado que o inteiro teor desta decisão está disponível no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III - Cientificação do teor desta decisão ao Ministério Público de Contas;

IV – Arquivamento temporário dos autos, visando aguardar o desfecho da Ação de Execução Fiscal n° 0019818-63.2011.8.22.0001, movida pela Fazenda Pública do Estado de Rondônia contra os senhores Renato da Costa Melo e Liduíno Cunha, já que se encontra pendente a comprovação do cumprimento do item I do Acórdão n° 132/00, que imputou débito aos responsáveis.

Porto Velho, em 20 de julho de 2015.

Erivan Oliveira da Silva Conselheiro-Substituto em substituição regimental

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2209/2015 UNIDADE: Secretaria de Estado da Saúde

ASSUNTO: Fiscalização de Atos: Edital de Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL (Processo Administrativo n. 01.1712.02675-00/2014/SESAU/RO) RESPONSÁVEIS: Williames Pimentel de Oliveira, CPF n. 085.341.442-49 Secretário de Estado da Saúde Carla de Souza Alves Ribeiro, CPF n. 790.432.672-87 Administradora/NC/GAD/SESAU Francisco Carlos Silva de Oliveira, CPF n. 326.285.362-34, Gerente Administrativo/GAD/SESAU Gustavo Soares e Silva, CPF n. 768.517.292-53 Engenheiro Mecânico/SESAU Márcio Rogério Gabriel, CPF n. 302.479.422-00, Superintendente Estadual de Compras e Licitações Jeferson Fernando Furlanetto Erpen, CPF n. 885.151.842-49 Pregoeiro da SUPEL Diego Emiliano de Oliveira Gimenez, CPF n. 708.158.442-04 Administrador Hospitalar NC/GAD/SESAU RELATOR: Conselheiro Benedito Antônio Alves

EMENTA: Fiscalização de Atos. Superintendência Estadual de Compras e Licitações. Edital de Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL. Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva em condicionadores de ar, com fornecimento e reposição de peças, acessórios e componentes eletrônicos, de forma contínua, para atender às unidades da Rede Pública Estadual de Saúde. Falhas detectadas. Pedido de suspensão do certame pela Unidade Técnica. Presença dos requisitos para concessão da Tutela de Urgência. Certame suspenso. Análise dos autos pelo Ministério Público de Contas. Razões de justificativas apresentadas. Falhas parcialmente elididas. Notificação. Fixação de prazo. Determinações. Envio do processo ao Departamento da Primeira Câmara para acompanhamento do feito.

DM-GCBAA-TC 00136/15

Tratam os autos sobre análise de legalidade do Edital de Pregão Eletrônico n. 184/2015, promovido pela Superintendência Estadual de Compras e Licitações visando à contratação de empresa especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva em condicionadores de ar, com fornecimento e reposição de peças, acessórios e componentes eletrônicos, de forma contínua, para atender às unidades da Rede Pública Estadual de Saúde, a saber: Hospital Regional de Extrema – HRE, Hospital Regional de Buritis – HRB, Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP, Hospital e Pronto Socorro João Paulo II – HEPSJP/II, Assistência Médica Intensiva - AMI, Hospital Infantil Cosme e Damião – HICD, Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN, Laboratório de Fronteira – LAFRON, Centro de Medicina Tropical de Rondônia – CEMETRON e Policlínica Osvaldo Cruz – POC, no valor estimado de R$ 3.139.062,55 (três milhões, cento e trinta e nove mil, sessenta e dois reais e cinquenta e cinco centavos), cuja sessão inaugural do certame estava agendada para ocorrer no dia 9.6.2015, às 9 h 00 min (horário de Brasília – DF).

2. Do exame preliminar do referido Edital, a Diretoria de Controle I detectou a presença das seguintes impropriedades (fls. 554/587): a) ausência de estudo técnico que fundamente o agrupamento das unidades de saúde nos lotes dispostos no Anexo II (quadro estimativo de preços); b) inexistência de motivos técnicos que fundamentem a junção da contratação de serviços e aquisição de peças e da confusão quanto à forma de aquisição das peças e o seu reembolso; c) deficitária correlação da quantidade de equipamentos com a periodicidade exposta, carência de justificativa para a previsão da quantidade de peças de reposição, não observância dos diferentes fabricantes de condicionadores; d) da indevida cotação de preços e aferição dos custos da contratação; e) inclusão indevida do instituto da repactuação no subitem 24.16 do Edital e nos subitens 9.1.33 e 16.1 do Termo de Referência, bem como na cláusula vigésima da minuta do contrato.

3. Por esses motivos, o Corpo Instrutivo pugnou pela suspensão da licitação em tela e notificação dos responsáveis por sua condução, a fim de sanearem as inconsistências verificadas.

4. Convergindo integralmente com os apontamentos técnicos, o Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva, no exercício da Relatoria, proferiu a Decisão Monocrática n. 108/2015/GCBAA (fls.




590/595), determinando a suspensão do procedimento licitatório em questão, sem fixação de prazo para remessa de razões de justificativas.

5. Instado a se manifestar, o Ministério Público de Contas, por meio do Parecer n. 147/2015/GPEPSO (fls. 599/622), convergiu parcialmente com as impropriedades detectadas pela Unidade Técnica.

6. Concomitantemente ao dito exame ministerial, compareceram aos autos, por iniciativa própria, o Secretário de Estado da Saúde, Williames Pimentel de Oliveira, a Administradora/NC/GAD/SESAU, Carla de Souza Alves Ribeiro, o Gerente Administrativo/GAD/SESAU, Francisco Carlos Silva de Oliveira, o Engenheiro Mecânico/SESAU, Gustavo Soares e Silva, e o Administrador Hospitalar NC/GAD/SESAU, Diego Emiliano de Oliveira Gimenez encaminhando razões de justificativas acerca das falhas detectadas pela Corte, consignadas na Decisão Monocrática n. 108/2015/GCBAA.

7. Ato contínuo, tais esclarecimentos foram remetidos ao Parquet especial, vez que os autos ainda se encontravam com carga para aquele Órgão Ministerial, todavia, em face de que já havia finalizado o Parecer n. 147/2015/GPEPSO, devolveu o processo para conhecimento e adoção das providências cabíveis.

8. Em resumo, verifica-se que os esclarecimentos apresentados pela SESAU elidiram parcialmente as impropriedades detectadas por este Tribunal. Ademais, vê-se necessário que os jurisdicionados tomem conhecimento da manifestação ministerial, emitida por meio do Parecer n. 147/2015-GPEPSO (fls. 599/622), bem como apresentem justificativas e os documentos complementares descritos abaixo.

9. Ex positis, DECIDO:

I – Revogar a determinação consignada no item I, do dispositivo da Decisão Monocrática n. 108/2015/GCBAA, relacionada à suspensão do procedimento licitatório regido pelo Edital de Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL.

II – Determinar ao Superintendente Estadual de Compras e Licitações, Márcio Rogério Gabriel, e ao Pregoeiro Oficial, Jeferson Fernando Furlanetto Erpen, ou quem lhes substituam legalmente, que adotem as seguintes providências:

2.1 – Retifiquem o Edital de Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL, notadamente, os subitens 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4 do lote I do Anexo II do Edital (Quadro Estimativo de Preços), incluindo a quantidade dos equipamentos, em conformidade com o demonstrativo elaborado pela SESAU (fls. 293/303), bem como promova a respectiva publicação de Adendo Modificador do Instrumento Convocatório.

2.2. – Abstenham-se de adjudicar o objeto licitado por meio do Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL, até posterior autorização desta Corte, em face da fragilidade na estimativa de preços, sob pena de, não o fazendo, ensejar na aplicação da sanção prevista no art. 55, IV, da Lei Complementar Estadual n. 154/96.

III – Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar do encerramento da fase de julgamento das propostas do Pregão Eletrônico n. 184/2015/SUPEL, para que os agentes públicos nominados no item anterior encaminhem à Corte eventuais esclarecimentos e documentos que comprovem a consentaneidade dos preços obtidos com os praticados no mercado, sob pena de suportar possível juízo de ilegalidade do certame, além de multa coercitiva e demais cominações legais cabíveis.

IV – Determinar ao Secretário de Estado da Saúde, Williames Pimentel de Oliveira, a Administradora/NC/GAD/SESAU, Carla de Souza Alves Ribeiro, o Gerente Administrativo/GAD/SESAU, Francisco Carlos Silva de Oliveira, o Engenheiro Mecânico/SESAU, Gustavo Soares e Silva, e o Administrador Hospitalar NC/GAD/SESAU, Diego Emiliano de Oliveira Gimenez, que adotem as seguintes providências:

4.1 – Apresentem nova listagem de equipamentos, especificando claramente quais máquinas estão inseridas em ambientes de baixa complexidade e U.T.I.s/Centros Cirúrgicos (para efeito de manutenções preventivas), de forma que seja possível visualizar facilmente a ordem quantitativa dos equipamentos;

4.2 – Encaminhem à Corte cópias dos documentos que serviram de parâmetro para o levantamento da quantidade estimada na licitação em tela como, por exemplo, notas fiscais;

4.3 – Comprovem, por meio de documentos, que os equipamentos instalados nas Unidades de Saúde, em que pese a diferença de marcas, possuem componentes similares e aceitam peças universais, levando em consideração o disposto no subitem 2.5.4 do Edital, o qual dispõe que as peças a serem empregadas na substituição sejam novas e genuínas;

4.4 – Retifiquem o subitem 24.16 do Edital e os subitens 9.1.33 e 16.1 do Termo de Referência, bem como na cláusula vigésima da minuta do contrato, em conjunto com a SUPEL, no tocante ao instituto de repactuação de preços, como condição de legalidade do certame.

V – Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento desta decisão, para que os agentes públicos da SESAU encaminhem à Corte esclarecimentos e os documentos requisitados no item precedente, sob pena de, não o fazendo, ensejar na aplicação da sanção prevista no art. 55, IV, da Lei Complementar Estadual n. 154/96.

VI - Determinar à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que adote as seguintes providências:

6.1. Publique a Decisão;

6.2. Cientifique o Secretário de Estado da Saúde, Williames Pimentel de Oliveira, a Administradora/NC/GAD/SESAU, Carla de Souza Alves Ribeiro, o Gerente Administrativo/GAD/SESAU, Francisco Carlos Silva de Oliveira, o Engenheiro Mecânico/SESAU, Gustavo Soares e Silva, o Administrador Hospitalar NC/GAD/SESAU, Diego Emiliano de Oliveira Gimenez, o Superintendente Estadual de Compras e Licitações, Márcio Rogério Gabriel, e o Pregoeiro Oficial, Jeferson Fernando Furlanetto Erpen, do teor desta Decisão, a qual servirá como Mandado, enviando cópias do Relatório Técnico (fls. 554/587) e Parecer Ministerial n. 147/2015-GPEPSO (fls. 599/622);

6.3. Após, remeta os autos ao Departamento da 1ª Câmara, visando o acompanhamento quanto ao recebimento ou não da documentação especificada no subitem 2.1 e item IV desta Decisão, com posterior envio do processo à Unidade Técnica, para análise conclusiva.

Porto Velho, 20 de julho de 2015.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1912/2014 UNIDADE: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS – EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N. 062/PMRO/SEARH/2014; RESPONSÁVEL: CARLA MITSUE ITO – CPF/MF N. 125.541.438-38 – SUPERINTENDENTE ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DO ESTADO DE RONDÔNIA RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA





EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO. IMPROPRIEDADES INCONSISTÊNCIAS DETECTADAS NO CURSO DA INSTRUÇÃO. EXPEDIÇÃO DE TUTELA INIBITÓRIA. ELISÃO DAS IRREGULARIDADES EVIDENCIADAS NO EDITAL. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. EDITAL HÍGIDO. DECLARAÇÃO DE LEGALIDADE. CONFIRMAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. NÃO COMPROVAÇÃO DE RECOLHIMENTO DA TAXA DE INSCRIÇÃO NA CONTA DO TESOURO ESTADUAL. DESCUMPRIMENTO SÚMULA N. 214 DO TCU. INDÍCIOS DE DANO AO ERÁRIO. CONVERSÃO EM TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL

1. A elisão das inconsistências que inquinavam de vício de ilegalidade o certame de que se cuida, torna o feito hígido, podendo, por consequência, ser declarada a sua legalidade;

2. Restando comprovado que o Concurso Público realizado atendeu a preceitos legais prescritos na legislação específica, o reconhecimento da legalidade do certame é medida de direito a ser observado;

3. Os valores recebidos a título de inscrição são, conforme o disposto no art. 56 da Lei n. 4.320, de 1964, indubitavelmente, são recursos públicos, uma vez que visam a cobrir uma despesa de caráter eminentemente público, qual seja o concurso público.

4. Ausentes quaisquer justificativas, resta impossível vislumbrar, de forma clara e objetiva, se o recolhimento dos recursos provenientes da arrecadação das taxas de inscrição foi, de fato, efetuado à conta única do Tesouro Estadual, mormente o indício de dano ao erário no importe de R$ 130.979,76 (cento e trinta mil, novecentos e setenta e nove reais e setenta e seis centavos), razão pela qual a imediata conversão do feito em Tomada de Contas Especial é medida que se impõe, em observância aos princípios constitucionais da celeridade e economia processual. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Concurso Público n. 062/PMRO/SEARH/2014, deflagrado pela Superintendência Estadual de Administração e Recursos Humanos do Estado de Rondônia, como tudo dos autos consta.


I – CONSIDERAR LEGAL o Edital de Concurso Público n. 062/PMRO/SEARH/2014, datado de 20.5.2014, deflagrado pela Superintendência Estadual de Administração e Recursos Humanos, visando ao provimento de 216 (duzentos e dezesseis) vagas imediatas para o cargo de Soldado Policial Militar Masculino e 24 (vinte e quatro) vagas imediatas para o cargo de Soldado Policial Militar Feminino, para compor o Quadro de Pessoal da Corporação Militar Estadual, uma vez que as determinações deste Tribunal, consubstanciadas na Tutela Antecipatória Inibitória n. 017/2014/GCWCSC, restaram satisfatoriamente atendidas, ante a exclusão dos requisitos restritivos consubstanciados nas letras “a” e “b”, do subitem 11.4.9.1, do Edital alhures indicado, consoante fundamentos aquilatados no bojo do Voto;

II – CONFIRMAR os efeitos irradiados da Tutela Antecipatória Inibitória n. 017/2014/GCWCSC, às fls. n. 1.067 a 1.076, conforme se extrai da fundamentação precedente, uma vez que a Administração Pública, peremptoriamente, afastou do bojo do Edital do Concurso Público n. 062/PMR/SEARH/2014, todas as cláusulas condicionantes e restritivas, mediante a publicação de Errata no DOE n. 2.506, de 25.7.2014;

III – DETERMINAR à Superintendente Estadual de Administração e Recursos Humanos, a preclara Senhora Carla Mitsue Ito, que em todos os futuros concursos públicos a serem realizados pela Administração Estadual determine o recolhimento das taxas de inscrição à conta do Tesouro Estadual, ante o entendimento consolidado, tanto pela doutrina quanto pela

jurisprudência desta Corte Contas e do Tribunal de Contas da União, de que referidas taxas são consideradas Receitas Públicas, sob pena de ser responsabilizada solidariamente por eventuais prejuízos causados ao erário, a serem apurados em sede de Tomada de Contas Especial;

IV – CONVERTER o presente processo, em observância aos princípios constitucionais da celeridade e economia processual, em Tomada de Contas Especial, com substrato jurídico no disposto no art. 44 da Lei Complementar n. 154, de 1996, c/c art. 65 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, ante os elementos indiciários de dano ao Erário, no importe de R$130.979,76 (cento e trinta mil, novecentos e setenta e nove reais e setenta e seis centavos), conforme restou aquilatado no bojo Voto;

V – ORDENAR ao Departamento da 2ª Câmara que encaminhe os autos ao Departamento de Documentos e Protocolos - DDP, para que proceda à reautuação do presente feito;

VI – ASSENTAR ao Departamento da 2ª Câmara que, em ato contínuo, devolva os autos ao Gabinete do Conselheiro Relator para a Definição de Responsabilidade, nos termos do art. 12, incisos I a III, da Lei Complementar n. 154 de 1996, c/c o art. 19, incisos I a III, do RITCE-RO;

VII – DAR CIÊNCIA desta Decisão, via DOeTCE-RO, à Superintendência Estadual da Administração de Recursos do Estado de Rondônia – SEARH/RO -, na pessoa de sua titular, a Excelentíssima Senhora Carla Mitsue Ito – Superintendente SEARH -, na forma regimental;

VIII – PUBLICAR, na forma regimental; e

IX – SOBRESTAR os autos no Departamento da 2ª Câmara para o cumprimento do ora determinado.

Participaram da Sessão o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA (em substituição ao Conselheiro PAULO CURI NETO); o Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, Presidente da 2ª Câmara; a Procuradora do Ministério Público de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.



DECISÃO

PROCESSO-E Nº: 1419//2015 INTERESSADA: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE TURISMO - SETUR ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2014 RESPONSÁVEIS: JÚLIO OLIVAR BENEDITO CPF N. 927.422.206-82 SUPERINTENDENTE ESTADUAL DE TURISMO, PERÍODO DE 1º.11.2013 – 3.4.2014; E DE 7.7.2014 – 31.12.2014 RODRIGO FLÁVIO DA SILVA CPF N. 830.079.702-53 SUPERINTENDENTE ESTADUAL DE TURISMO INTERINO, PERÍODO DE 7.4.2014 – 30.6.2014 RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA





EMENTA: PRESTAÇÃO DE CONTAS DA SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE TURISMO - SETUR /RO. EXERCÍCIO DE 2014. EXAME QUANTO À APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS CONTÁBEIS QUE COMPÕEM O PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NA FORMA DA IN. N. 13/2004-TCE-RO. EMISSÃO DE QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS. OBEDIÊNCIA À RESOLUÇÃO N. 139/13.

1. Demonstrada a perfeita entrega dos documentos que instruem a prestação de contas, consoante o que preconiza a IN n. 13/2004-TCER.

2. Emissão pela Corte de Contas do termo de quitação do dever de prestar contas ao responsável. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas, exercício de 2014, da Superintendência Estadual de Turismo, como tudo dos autos consta.


I — DAR QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS aos responsáveis, Senhor JÚLIO OLIVAR BENEDITO – Superintendente Estadual de Turismo, período de 1º.11.2013 – 3.4.2014; e de 7.7.2014 – 31.12.2014, CPF/MF N. 927.422.206-82; RODRIGO FLÁVIO DA SILVA – Superintendente Estadual de Turismo interino, período de 7.4.2014 – 30.6.2014, CPF/MF N: 830.079.702-53RO, uma vez que restou consignado que foram atendidos os requisitos listados no art. 14 da IN n. 13/2004-TCER, c/c a Lei Federal n. 4.320/1964 e Lei Complementar n. 154/1996 TCER, caracterizando que as contas foram prestadas em sede de procedimento sumário, ressalvando que, havendo notícias de irregularidade superveniente, esta será apurada em processo Tomada de Contas Especial, nos termos do art. 4º, § 5º, da Resolução n. 139/2013-TCER;

II — DAR CIÊNCIA, via Diário Oficial eletrônico, desta Decisão, à interessada contida no item I, nos termos do art. 22 da LC n. 154/96, com redação dada pela LC n. 749/2013, informando-lhe, ainda, que o Voto, o Acórdão e o Parecer Ministerial estão disponíveis, em seu inteiro teor, no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III – PUBLICAR; e

IV — ARQUIVAR os autos após as providências de praxe.




Administração Pública Municipal

Município de Ariquemes

DECISÃO

PROCESSO Nº: 0615/2014 INTERESSADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE ARIQUEMES ASSUNTO: EDITAL DE LICITAÇÃO - CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/CPL/PMA/14 - CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DA OBRA DO TEATRO MUNICIPAL DE ARIQUEMES - PROC. ADM. 374/SEMOSP/2014 RESPONSÁVEL: LORIVAL RIBEIRO DE AMORIM CPF: 244.231.656-00 PREFEITO MUNICIPAL RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: LICITAÇÃO: EDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/CPL/PMA/14 - OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DA OBRA DO TEATRO MUNICIPAL DE ARIQUEMES - PROC. ADM. N. 374/SEMOSP/2014. REVOGAÇÃO DO CERTAME. PERDA DO OBJETO. ARQUIVAMENTO. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise de legalidade do Edital de Licitação – Concorrência Pública nº 002/CPL/PMA/14, como tudo dos autos consta.


I - Arquivar os autos, os quais versam sobre a análise de legalidade do Edital de Concorrência Pública nº 002/CPL/PMA/14, objetivando a contratação de empresa para execução da obra do teatro municipal de Ariquemes, objeto do Processo Administrativo nº 0374/SEMOSP/2014, para atender à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Púbicos de Ariquemes, com valor estimado de R$ 7.125.623,03 (sete milhões, cento e vinte e cinco mil, seiscentos e vinte e três reais e três centavos), em face de perda do objeto ante a revogação do certame;

II - Dar conhecimento desta Decisão, via Diário Oficial eletrônico do Tribunal de Contas – D.O.e-TCE/RO, aos Senhores LORIVAL RIBEIRO DE AMORIM, Prefeito Municipal, e à Senhora APARECIDA FERREIRA DE ALMEIDA SOARES, Presidente da CPL/PMA, informando-lhes que o inteiro teor do parecer ministerial e voto estão disponíveis no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III - Encaminhar cópia desta Decisão à 3ª Promotoria de Justiça de Ariquemes; e

IV - Após cumpridas as formalidades legais e administrativas necessárias, dê-se cumprimento ao item “I” desta Decisão.




Município de Ariquemes

ACÓRDÃO




PROCESSO Nº: 0584/2010 (APENSO N. 2118/2009) INTERESSADO: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2009 RESPONSÁVEL: SANTOS ESPERANCINI CPF N. 162.036.588-04 DIRETOR PRESIDENTE RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

ACÓRDÃO Nº 62/2015 – 2ª CÂMARA

EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. OBRIGAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS. GESTOR PÚBLICO. FISCALIZAÇÃO. PRESTAÇÃO DE CONTAS. INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES. EXERCÍCIO 2009. AUSÊNCIA DE IMPROPRIEDADES PREJUDICIAIS. MANIFESTAÇÃO TÉCNICA PELA REGULARIDADE. PARECER MINISTERIAL FAVORÁVEL. REGULARIDADE DAS CONTAS. ARQUIVAMENTO DOS AUTOS. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas, exercício de 2009, do Instituto de Previdência do Município de Ariquemes, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, por UNANIMIDADE de votos, em:

I - Julgar regular a Prestação de Contas do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES, referente ao exercício de 2009, de responsabilidade do Senhor SANTOS ESPERANCINI – na qualidade de Diretor Presidente, concedendo-lhe quitação, com fundamento na Lei Complementar n° 154/96, artigo 16, inciso I, combinado com o Regimento Interno do Tribunal de Contas, artigo 23, Parágrafo Único;

II – Determinar, via ofício, aos atuais Gestores do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES, a adoção de medidas com vistas ao encaminhamento a esta e. Corte de Contas, quando das futuras Prestações de Contas, o seguinte:

a) encaminhamento dos registros contábeis a tempo de serem disponibilizados a esta e. Corte de Contas, por meio do SIGAP, em observância aos prazos regulamentares; e

b) exigir do responsável pelo Controle Interno o envio dos relatórios quadrimestrais a esta e. Corte de Contas em consonância com as normas atinentes à matéria, bem como dentro do prazo regulamentar e que esteja acompanhado do pronunciamento do responsável pela Autarquia, atestando que tomou conhecimento do relatório do Controle Interno.

III - Dar conhecimento do inteiro teor deste Acórdão, via Diário Oficial do TCE/RO, ao Senhor SANTOS ESPERANCINI – na qualidade de Diretor Presidente, comunicando-lhe a disponibilidade do Voto e do Parecer Ministerial, na íntegra, no site: www.tce.ro.gov.br;

IV – Encaminhar os autos ao Departamento da 2ª Câmara para que possa adotar providências no sentido de atendimento aos itens II e III deste decisum; e

V – Arquivar os autos após o atendimento das formalidades legais e administrativas pertinentes.




Município de Buritis

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 1019/2010 INTERESSADO: MUNICÍPIO DE BURITIS ASSUNTO: INSPEÇÃO ESPECIAL – POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA FOLHA DE PAGAMENTO E EM CONTRATAÇÕES RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE 2009 (CONVITE Nº 058/2009, PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 582/PMB/2009) RESPONSÁVEIS: ELSON DE SOUZA CPF Nº 162.128.512-04 EX-PREFEITO DE BURITIS OSNI LUIZ DE OLIVEIRA EX-SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA CPF Nº 183.256.372-34); E, RAFAEL VICENTE MARTINS DOS REIS CPF Nº 048.431.869-10 AO TEMPO, CONTROLADOR INTERNO ADVOGADO: JOSÉ GERALDO SCARPATI, OAB/RO nº 609 RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: INSPEÇÃO ESPECIAL. MUNICÍPIO DE BURITIS. ILEGALIDADES. CONCESSÃO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. PERMANÊNCIA DE INFRINGÊNCIA AO ART. 6º, ITEM IX, ALÍNEAS ‘”A”, “B”, “C”, “D” “E” E “F” DA LEI N. 8.666/93, PELA ELABORAÇÃO DE PROJETO BÁSICO SEM OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS E SUFICIENTES PARA DEMONSTRAR O NÍVEL DE PRECISÃO ADEQUADA DO OBJETO A SER EXECUTADO; VIOLAÇÃO AO ART. 23, II, “A”, DA LEI Nº. 8.666/93, POR LICITAR NA MODALIDADE CONVITE EM DETRIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS. SEGURANÇA DAS RELAÇÕES JURÍDICAS, RAZOABILIDADE. PROTEÇÃO DA CONFIANÇA. APLICAÇÃO DO EFEITO EX NUNC. COMINAÇÃO DE MULTA NA FORMA DO ART. 55, II, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 154/96. DETERMINAÇÕES. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Inspeção Especial, exercício de 2009, do Município de Buritis, como tudo dos autos consta.


I - Considerar os atos praticados no Processo Administrativo nº 582/PMB/2009, efetivado pelo município de Buritis, exercício 2009, em desconformidade com a Lei Federal nº 8.666/93, diante das infringências abaixo dispostas, para declarar a ilegalidade, com efeito ex nunc, do edital de Convite nº 058/2009, deflagrado pelo citado município visando à contratação da empresa para locação de Sistemas de Informática, (Contrato n° 69/2009), mantendo a licitação e o contrato supracitados hígidos, em homenagem aos princípios da Segurança das Relações Jurídicas, Razoabilidade e Proteção da Confiança, considerando que os serviços foram executados e as obrigações adimplidas pelas partes. Eis as infringências:

a) DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR OSNI LUIZ DE OLIVEIRA, EX-SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA DE BURITIS (CPF Nº 183.256.372-34):




1. Infringência ao art. 6º, IX, alíneas ‘”a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f”, da Lei nº 8.666/93, em face da elaboração de Projeto Básico sem os elementos necessários e suficientes para demonstrar o nível de precisão adequada dos serviços a serem executados.

b) DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ELSON DE SOUZA MONTES, AO TEMPO, PREFEITO DE BURITIS (CPF Nº 162.128.512-04), JUNTAMENTE COM O SENHOR OSNI LUIZ DE OLIVEIRA – EX-SECRETÁRIO MUNICIPAL DA FAZENDA (CPF Nº 183.256.372-34):

1. Infringência ao art. 37, XXI, da Constituição Federal, c/c art. 23, § 5º, da Lei nº 8.666/1993, pela deflagração da modalidade licitatória Convite em vez da competente Tomada de Preços.

II - Multar, no valor de R$ 1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, II, da Lei Complementar nº 154/96 e art. 103, II, do Regimento Interno, o Senhor Elson de Souza Montes, Ex-Prefeito de Buritis, CPF N. 162.128.512-04, em face da ilegalidade descrita no item I, “b”, 1, deste Acórdão;

III - Multar, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), com fulcro no artigo 55, II, da Lei Complementar nº 154/96 e art. 103, II, do Regimento Interno, o Senhor Osni Luiz de Oliveira, ao tempo, Secretário Municipal de Fazenda de Buritis, CPF Nº 183.256.372-34, em face das ilegalidades descritas no item I, “a”, 1 e “b”, 1, deste Acórdão;

IV - Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação desta Decisão no Diário Oficial eletrônico desta Corte – D.O.e -TCE/RO, para que os responsáveis recolham as importâncias consignadas nos itens II e III, devidamente atualizadas, ao Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – FDI/TC, em conformidade com o art. 3°, III, da Lei Complementar n. 194/97;

V - Autorizar, desde já, a cobrança judicial, depois de transitada em julgado esta Decisão sem o recolhimento das multas dos itens II e III deste Ac´rodão, nos termos do art. 27, II, da lei Complementar nº 154/96, c/c art. 36, II, do Regimento Interno do TCE-RO;

VI - Determinar, via ofício, ao atual Prefeito do Município Buritis, Senhor Oldeir Ferreira Santos, que evite incorrer nas irregularidades descritas no item I deste Acórdão, sob pena de multa na forma do art. 55, IV, da Lei Complementar nº 154/96, para tanto, quando da realização de Projeto Básico para certame com objeto semelhante ao licitado no Convite nº 058/2009, procure orientar-se com base nas diretrizes dispostas pela Unidade Técnica deste Tribunal de Contas transcritas do curso deste Acórdão; e, no que tange à realização de futuras licitações, efetive o devido planejamento para deflagrar a modalidade adequada diante das demandas da Administração municipal, observando o teor da Súmula nº 6-TCE/RO;

VII - Dar ciência, com a publicação no Diário Oficial eletrônico desta Corte - D.O.e-TCE/RO – do teor deste Acórdão aos Senhores Elson de Souza Montes, Ex-Prefeito de Buritis, CPF nº 162.128.512-04; Osni Luiz de Oliveira – Ex-Secretário Municipal de Fazenda, CPF nº 183.256.372-34; Rafael Vicente Martins dos Reis, ao tempo, Controlador Interno, CPF nº 048.431.869-10; bem como ao Advogado, Dr. José Geraldo Scarpati, OAB/RO nº 609, informando-lhes da disponibilidade do inteiro teor no site: www.tce.ro.gov.br;

VIII - Encaminhar os autos ao Departamento da 2ª Câmara, visando dar cumprimento a este Acórdão;

IX - Comprovado o recolhimento das multas descritas nos itens II e III, após a adoção das demais medidas administrativas e legais cabíveis, arquivem-se os autos.




Município de Campo Novo de Rondônia

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1262/2014 (APENSO N. 2964/2014) INTERESSADO: MUNICÍPIO DE CAMPO NOVO DE RONDÔNIA ASSUNTO: EDITAL DE LICITAÇÃO – PREGÃO ELETRÔNICO Nº 005/PMCNR/CPL/2014 – TRANSPORTE ESCOLAR RESPONSÁVEL: OCIMAR APARECIDO FERREIRA CPF: 556.984.769-34 PREFEITO RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: EDITAL DE LICITAÇÃO. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 005/PMCNR/CPL/2014. MUNICÍPIO DE CAMPO NOVO DE RONDÔNIA. OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE ESCOLAR. LEGALIDADE. ARQUIVAMENTO. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Licitação na modalidade Pregão Eletrônico nº 005/PMCNR/CPL/2014, como tudo dos autos consta.


I - Considerar legal o Edital de Licitação - Pregão Eletrônico n. 005/PMCNR/CPL/2014, deflagrado pelo Município de Campo Novo de Rondônia, do tipo menor preço por quilômetro rodado “GLOBAL POR LOTE”, tendo por objeto a contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de Transporte Escolar, para atender a rede de ensino municipal no ano letivo de 2014, ao custo estimado em R$3.712.005,00 (três milhões, setecentos e doze mil e cinco reais), por estar em conformidade com a Lei Federal nº 8.666/93 e, em especial com a Lei Federal nº 10.520/02;

II - Dar ciência desta Decisão ao interessado, com a publicação no Diário Oficial eletrônico desta Corte – D.O.e-TCE/RO, informando-lhes da disponibilidade do relatório e voto, na íntegra, no site: www.tce.ro.gov.br; e

III - Arquivar os autos após cumpridas as formalidades legais e administrativas necessárias.



WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Presidente da Sessão da 2ª Câmara




VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator ÉRIKA PATRÍCIA S. DE OLIVEIRA Procuradora do Ministério Público de Contas

Município de Castanheiras

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1740/2013 INTERESSADO: FUNDO MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE CASTANHEIRAS ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2012 RESPONSÁVEL: ANTÔNIO VAGNO DE SOUZA CPF nº 368.120.721-68 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: PRESTAÇÃO DE CONTAS. FUNDO MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE CASTANHEIRAS. EXERCÍCIO 2012. TEMPESTIVIDADE CONSTATADA. OBSERVÂNCIA À DECISÃO Nº 70/2013-CSA/TCERO. QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS. DETERMINAÇÃO. ARQUIVAMENTO. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas, exercício de 2012, do Fundo Municipal de Agricultura de Castanheiras, como tudo dos autos consta.


I - Dar quitação do dever de prestar contas ao Senhor ANTÔNIO VAGNO DE SOUZA, CPF n. 368.120.721-68, na qualidade de Presidente do FUNDO MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE CASTANHEIRAS, uma vez que restou consignado que foram atendidos os requisitos listados no art. 14 da IN n. 13/2004-TCER, c/c a Lei Federal n. 4.320/64 e Lei Complementar n. 154/96 TCER, caracterizando que as contas referentes ao exercício de 2012 foram prestadas em sede de procedimento sumário, ressalvando que, havendo notícias de irregularidade superveniente, esta será apurada em processo de Tomada de Contas ou Tomada de Contas Especial, nos termos do art. 4º, § 5º, da Resolução n. 139/2013-TCER;

II - Recomendar ao atual Presidente do FUNDO MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE CASTANHEIRAS que promova o aprimoramento do Controle Interno visando possibilitar uma atuação mais efetiva no âmbito do referido Fundo Municipal;

III - Dar ciência desta Decisão, com a publicação no Diário Oficial eletrônico desta Corte – D.O.e – TCE, ao Senhor ANTÔNIO VAGNO DE SOUZA, Ex-Presidente do FUNDO MUNICIPAL DE AGRICULTURA DE CASTANHEIRAS, informando-o da disponibilidade do relatório e voto no site: www.tce.ro.gov.br; e

IV - Arquivar os autos após as providências de praxe.



WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Presidente da Sessão da 2ª Câmara

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator ÉRIKA PATRÍCIA S. DE OLIVEIRA Procuradora do Ministério Público de Contas

Município de Cujubim

DECISÃO

PROCESSO-ELETRÔNICO Nº: 0137/2015 INTERESSADO: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA EXECUÇÃO DE OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CUJUBIM UNIDADE: MUNICÍPIO DE CUJUBIM RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NA EXECUÇÃO DE OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CUJUBIM. RECURSOS FEDERAIS. INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA PARA FISCALIZAR ATOS COM SUPORTE FINANCEIROS PROVENIENTES DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DO TCU "ART. 71, VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL". REMESSA DOS AUTOS AO TCU. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Fiscalização de Atos e Contratos, com vista à apuração da existência de possíveis irregularidades na execução de obras de pavimentação de ruas e avenidas no município de Cujubim, como tudo dos autos consta.


I - Encaminhar a presente documentação ao Tribunal de Contas da União, para adoção das medidas de sua alçada, em decorrência de que o recurso dedicado às despesas contratuais são de origem federal, com fulcro no artigo 39, parágrafo único, da Instrução Normativa n° 013/TCER-2004, e no artigo 71, inciso VI, da Constituição Federal;

II - Dar conhecimento do teor desta decisão, via ofício, à Ouvidoria desta Corte de Contas; e

III – Cumprir a presente Decisão.

Participaram da Sessão o Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA (Relator); os Conselheiros-Substitutos DAVI DANTAS DA SILVA (em substituição ao Conselheiro PAULO CURI NETO) e ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, Presidente da Sessão da 2ª Câmara; a Procuradora do Ministério Público de Contas, YVONETE FONTINELLE DE MELO.

Sala das Sessões, 20 de maio de 2015.

WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Presidente da Sessão da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator YVONETE FONTINELLE DE MELO Procuradora do Ministério Público de Contas




Município de Guajará-Mirim

DECISÃO

PROCESSO-E Nº: 1627/2015 INTERESSADO: FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE GUAJARÁ-MIRIM ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2014 RESPONSÁVEL: ESTER MARIA MARTINAS LOPES CPF N. 239.030.582-20 SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE GUAJARÁ-MIRIM RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE GUAJARÁ-MIRIM. EXERCÍCIO DE 2014. EXAME QUANTO À APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS CONTÁBEIS QUE COMPÕEM O PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NA FORMA DA IN N. 13/TCER-2004. EMISSÃO DE QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS. OBEDIÊNCIA À RESOLUÇÃO N. 139/2013/TCE-RO.

1. A novel modalidade de apreciação das contas, em obediência ao disposto na Resolução n. 139/2013/TCE-RO., tem por escopo a celeridade no exame de autos dessa natureza, cingindo, nesta oportunidade, tão somente, ao exame da entrega dos documentos que instruem a Prestação de Contas, de acordo com os preceptivos da IN n. 13/TCER-2004.

2. Visto que o Fundo Municipal de Assistência Social de Guajará-Mirim, apresentou, em sua Prestação de Contas anual, os documentos estabelecidos pelo art. 14 da IN n. 13/TCER-2004, deve ser emitido por esta Corte de Contas, em favor da gestora daquele Fundo Municipal de Assistência Social, o termo de quitação do dever de prestar contas. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas, exercício de 2014, do Fundo Municipal de Assistência Social de Guajará-Mirim, como tudo dos autos consta.


I – DAR QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS à Senhora Ester Maria Martins Lopes, CPF n. 239.030.582-20, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social e Gestora do Fundo Municipal de Assistência Social de Guajará-Mirim, haja vista que restou consignado que foram atendidos os requisitos listados no art. 14, II, da IN n. 13/TCER-2004, c/c a Lei Federal n. 4.320, de 1964 e com a Lei Complementar Estadual n. 154, de 1996, caracterizando que as contas foram prestadas em fase de procedimento sumário, ficando ressalvado que, em havendo notícias de irregularidades supervenientes, essas serão apuradas em processo de Tomada de Contas ou Tomada de Contas Especial, nos termos do art. 4º, § 5º, da Resolução n. 139/2013/TCE-RO;

II – DAR CIÊNCIA desta Decisão à Senhora Ester Maria Martins Lopes, CPF n. 239.030.582-20, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social e Gestora do Fundo Municipal de Assistência Social de Guajará-Mirim, nos temos do art. 22 da Lei Complementar Estadual n. 154, de 1996, com redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 749, de 2013, via Diário Oficial eletrônico-TCE-RO, informando-lhe que o Voto, o Acórdão e o Parecer Ministerial estão disponíveis, em seus inteiros teores, no sítio eletrônico deste Tribunal de Contas, no endereço www.tce.ro.gov.br;

III – PUBLICAR; e

IV – ARQUIVAR os autos após as providências de praxe.




Município de Itapuã do Oeste

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1547/2015 UNIDADE: FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAPUÃ DO OESTE ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2014 RESPONSÁVEL: ADEILSON FRANCISCO PINTO DA SILVA CPF N. 672.080.702-10 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE E GESTOR DO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAPUÃ DO OESTE RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAPUÃ DO OESTE. EXERCÍCIO DE 2014. EXAME QUANTO À APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS CONTÁBEIS QUE COMPÕEM O PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NA FORMA DA IN N. 13/TCER-2004. EMISSÃO DE QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS. OBEDIÊNCIA À RESOLUÇÃO N. 139/2013/TCE-RO.

1. A novel modalidade de apreciação das contas, em obediência ao disposto na Resolução n. 139/2013/TCE-RO, tem por escopo a celeridade no exame de autos dessa natureza, cingindo, nesta oportunidade, tão somente, ao exame da entrega dos documentos que instruem a Prestação de Contas, de acordo com os preceptivos da IN n. 13/TCER-2004.

2. Visto que o Fundo Municipal de Saúde de Itapuã do Oeste, apresentou, em sua Prestação de Contas anual, os documentos estabelecidos pelo art. 14 da IN n. 13/TCER-2004, deve ser emitido por esta Corte de Contas, em favor do gestor daquele Fundo Municipal de Saúde, o termo de quitação do dever de prestar contas. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas, exercício de 2014, do Fundo Municipal de Saúde de Itapuã do Oeste , como tudo dos autos consta.


I – DAR QUITAÇÃO DO DEVER DE PRESTAR CONTAS, ao Senhor Adeilson Francisco Pinto da Silva, CPF n. 672.080.702-10, Secretário Municipal de Saúde e Gestor do Fundo de Saúde do Município de Itapuã do Oeste, haja vista que restou consignado que foram atendidos os requisitos listados no art. 14, II, da IN n. 13/TCER-2004, c/c a Lei Federal n. 4.320, de 1964 e com a Lei Complementar Estadual n. 154, de 1996, caracterizando que as contas foram prestadas em fase de procedimento sumário, ficando ressalvado que em havendo notícias de irregularidades supervenientes, essas serão apuradas em processo de Tomada de Contas




ou Tomada de Contas Especial, nos termos do art. 4º, § 5º, da Resolução n. 139/2013/TCE-RO;,

II – DAR CIÊNCIA desta Decisão ao Senhor Adeilson Francisco Pinto da Silva, CPF n. 672.080.702-10, Secretário Municipal de Saúde e Gestor do Fundo de Saúde do Município de Itapuã do Oeste-RO., nos temos do art. 22, da Lei Complementar Estadual n. 154, de 1996, com redação dada pela Lei Complementar Estadual n. 749, de 2013, via Diário Oficial Eletrônico, informando-lhe que o Voto, o Acórdão e o Parecer Ministerial estão disponíveis, em seus inteiros teores, no sítio eletrônico deste Tribunal de Contas, no endereço www.tce.ro.gov.br;

III – PUBLICAR; e

IV – ARQUIVAR os autos após as providências de praxe.




Município de Machadinho do Oeste

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 3402/2013 INTERESSADO: MUNICÍPIO DE MACHADINHO DO OESTE ASSUNTO: EDITAL DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL Nº 049/PREF/2013/SRP – OBJETO: FORMAÇÃO DE REGISTRO DE PREÇOS PARA FUTURA E EVENTUAL AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS RESPONSÁVEIS: MÁRIO ALVES DA COSTA CPF: 351.093.002-91 PREFEITO ADMILSON FERREIRA DOS SANTOS CPF: 485.937.612-91 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO – SEMAD ALDA MARIA DE AZEVEDO JANUARIO MIRANDA CPF: 639.084.682-72 CONTROLADORA INTERNA DO MUNICÍPIO RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: EDITAL DE LICITAÇÃO. PREGÃO PRESENCIAL Nº 049/PREF/2013/SRP. MUNICÍPIO DE MACHADINHO DO OESTE. OBJETO: FORMAÇÃO DE REGISTRO DE PREÇOS PARA FUTURA E EVENTUAL AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS. DELIBERAÇÃO PARA A CONTINUIDADE DO CERTAME COM DETERMINAÇÕES PARA ADEQUAÇÃO. ATENDIMENTO PARCIAL. LEGALIDADE. APLICAÇÃO DE MULTA. ARQUIVAMENTO. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam do Edital de Licitação na modalidade Pregão Presencial nº 049/PREF/2013/SRP, deflagrado pela Prefeitura Municipal de Machadinho do Oeste, como tudo dos autos consta.


I - Considerar legal o Edital de Licitação – Pregão Presencial n. 049/PREF/2013/SRP98/2012/SRP, do tipo menor preço por item, deflagrado pela Prefeitura Municipal de Machadinho do Oeste, visando à formação de Ata de Registro de Preços para eventual e futura aquisição de combustíveis, com valor estimado em R$2.966.798,20 (dois milhões, novecentos e sessenta e seis mil, setecentos e noventa e oito reais e vinte centavos), para atender às necessidades da administração municipal, por estar em conformidade com a Lei Federal nº 8.666/93 e Lei Federal nº 10.520/2002;

II – Determinar ao Prefeito Municipal de Machadinho do Oeste, ao Pregoeiro e aos demais responsáveis pelos procedimentos de aquisições e contratações no âmbito da Prefeitura Municipal de Machadinho do Oeste que:

a) utilizem, em regra, a modalidade de pregão eletrônico, sempre que possível, inclusive para fins de aquisição de combustíveis, como já ocorre em municipalidades rondonienses, permitindo, como isso, a participação de fornecedores de praças diversas, os quais, em razão da expressividade econômica da aquisição, podem ter interesse em concorrer, devendo o juízo de conveniência em tomar parte no certame, bem como as avaliações concernentes à relação custo-benefício, ficar ao arbítrio de eventual proponente, de sorte que o edital não contenha cláusula restritiva nesse sentido, sob pena de ferir o princípio da isonomia e, de resto, o da competitividade e o da economicidade;

b) realizem, por apego ao mesmo princípio da economicidade, associado ao da eficiência, o estudo necessário à demonstração da viabilidade ou não de aquisição de combustíveis diretamente dos distribuidores, por meio do devido certame licitatório, tendo em vista a expressividade do volume de combustível a ser adquirido ao longo de cada exercício, visto que inexiste óbice, em princípio, à compra direta; e

c) comprovem, sempre que requisitados, a efetivação de controle específico e apropriado de manutenção e abastecimento de combustíveis, de toda a frota municipal, cujos elementos mínimos de observância encontram-se delineados no Acórdão n. 87/2010-PLENO – Processo n. 3862/2006, já levado à ciência dos responsáveis, ao que consta, além de disponível no site do TCE-RO (http://www.tce.ro.gov.br).

III – Multar, individualmente, os Senhores: MÁRIO ALVES DA COSTA – Prefeito Municipal de Machadinho do Oeste – ADMILSON FERREIRA DOS SANTOS – Secretário de Administração e ALDA MARIA DE AZEVEDO JANUÁRIO MIRANDA – Controladora Interna do Município, em R$1.620,00 (um mil, seiscentos e vinte reais), por não comprovarem por meio de documentação necessária, a adoção de implantação do sistema de controle de combustível, de acordo com as diretrizes básicas estabelecidas no Acórdão nº 87/2010-Pleno, em descumprimento à letra “b” da Decisão nº 223/2013/GCVCS/TCE-RO, com fulcro no artigo 55, inciso IV, da Lei Complementar nº 154/96;

IV - Multar o Senhor MÁRIO ALVES DA COSTA – Prefeito Municipal de Machadinho do Oeste, em R$1.620,00 (mil, seiscentos e vinte reais), por não disponibilizar para averiguação e acompanhamento por parte desta Corte, o controle resultante do sistema de consumo de combustível, da utilização e do custo operacional dos veículos, de acordo com as diretrizes estabelecidas no Acórdão nº 87/2010-Pleno, em descumprimento à letra “c” da Decisão nº 223/2013/GCVCS/TCE-RO, com fulcro no artigo 55, inciso IV, da Lei Complementar nº 154/96;

V – Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a partir da publicação no Diário Oficial eletrônico do TCE-RO, para que os responsabilizados nos itens III e IV comprovem perante esta Corte o recolhimento da referida multa à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas - FDI/TCER; em conformidade com o art. 3º, inciso III, da Lei Complementar nº 194/97, autorizando desde já a cobrança judicial, caso os responsabilizados não recolham a quantia devida;




VI – Determinar à Secretaria-Geral de Controle Externo desta Corte que inclua como ponto de Auditoria, a aferição quanto à implementação do sistema de controle do consumo de combustível, da utilização e do custo operacional dos veículos do município de Machadinho do Oeste, de acordo com as diretrizes básicas estabelecidas no Acórdão nº 87/2010-Pleno;

VII - Dar ciência deste Acórdão, mediante a publicação no Diário Oficial eletrônico do TCE-RO aos interessados, comunicando-lhes da disponibilidade do relatório e voto no site: www.tce.ro.gov.br; e

VIII – Cumprir o presente Acórdão.




Município de Nova Mamoré

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 2898/2013 UNIDADE: PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA MAMORÉ ASSUNTO: AUDITORIA – CUMPRIMENTO DA LEI DA TRANSPARÊNCIA RESPONSÁVEL: LAERTE SILVA DE QUEIROZ CPF N. 156.833.541-53 PREFEITO MUNICIPAL DE NOVA MAMORÉ-RO RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. AUDITORIA. CUMPRIMENTO AO DISPOSTO NA LEI DA TRANSPARÊNCIA. INADEQUAÇÕES. NÃO ATENDIMENTO AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E DA TRANSPARÊNCIA, ANTE A INOBSERVÂNCIA DO ART. 37, “CAPUT”, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DA LEI COMPLEMENTAR N. 131, DE 2009, DA LEI N. 12.527, DE 2011 E DA INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 26/TCE-RO/2010. APLICAÇÃO DE MULTA. DETERMINAÇÕES CORRETIVAS AO JURISDICIONADO. SOBRESTAMENTO.

1. Observado o descumprimento à base normativa para a materialização do princípio constitucional da publicidade por intermédio de utilização de tecnologia da informação, visando ao aperfeiçoamento da gestão pública e transparência dos atos praticados pela Administração Pública, insertos no art. 37, “caput”, da CF/88, c/c a Lei Complementar n. 131, de 2009, Lei n. 12.527, de 2011 e na Instrução Normativa n. 26/2010-TCER, afetos ao Portal da Transparência, impõe que seja declarada a sua inadequação.

2. Constatado o injustificado descumprimento às normas de regência à espécie, bem como a determinação da Corte de Contas, o responsável torna-se incurso nas sanções previstas no art. 55, Inciso II e IV, da Lei Complementar n. 154, de 1996. (Precedente: Processo n. 2.833/2013-TCER, da Relatoria do Eminente Conselheiro Dr. Valdivino Crispim de Souza)

3. Determinações ao saneamento das impropriedades evidenciadas. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da auditoria levada a efeito pela Secretaria-Geral de Controle Externo, na Prefeitura Municipal de Nova Mamoré, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, em:

I – CONSIDERAR INADEQUADO o Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Nova Mamoré, por não atender às exigências afetas ao primado da publicidade insertas no art. 37, caput, da CF/88, c/c a Lei Complementar n. 131, de 2009, Lei n. 12.527, de 2011, e na Instrução Normativa n. 26/2010-TCER, ante a constatação da persistência das seguintes impropriedades:

a) descumprimento ao art. 7º, II, da IN n. 26/TCE-RO/2010, c/c art. 48-A, II, da LC n. 101, de 2000, arts. 7º, VI, e 8º, caput e § 1º, II, da Lei n. 12.527, de 2011, e art. 37, caput, da Constituição Federal (princípio da publicidade), por não disponibilizar adequadamente dados a respeito da receita, apresentando valores globais e não explicitando informações acerca da dívida ativa, conforme item 3.1.2, alínea “c”, do Relatório Técnico, às fls. ns. 116 a 119-v;

b) infringência ao art. 7º, I, alíneas “a” a “f”, da IN n. 26/TCE-RO/2010, c/c art. 48-A, I, da LC n. 101, de 2000, art. 7º, VI, da Lei n. 12.527, de 2011, e art. 37, caput, da Constituição Federal (princípio da publicidade), em razão das impropriedades apontadas no item 3.1.2, alínea “d”, do Relatório Técnico, às 116 a 119-v, pertinentes à inadequada divulgação de informações relativas à despesa, com apresentação de valores globais e não disponibilização de detalhes em todas as despesas apresentadas;

c) infringência aos arts. 3º, incisos I, II e IV, e 8º, caput e inciso III, da Lei n. 12.527, de 2011, c/c arts. 37, caput (princípios da publicidade e moralidade), e 39, § 6º, da Constituição Federal, pela não disponibilização de informações detalhadas sobre recursos humanos, ausência de informações sobre ganhos eventuais e indenizações, não fornecimento do quadro remuneratório de seus agentes e a falta de mais detalhamentos acerca da remuneração dos mesmos, conforme relato no item 3.1.2, alínea “e”, do Relatório Técnico, às fls. ns. 116 a 119-v;

d) infringência ao art. 2º da IN n. 26/TCE-RO/2010 c/c art. 48, Parágrafo Único, II, da LC n. 101, de 2000, art. 5º da Lei n. 12.527, de 2011, e art. 37, caput, da Constituição Federal (princípios da publicidade e da eficiência), em face da impropriedade apontada no item 3.1.2, alínea “f”, do Relatório Técnico, às fls. n. 116 a 119-v, relativo à falta de clareza e detalhamento das informações disponibilizadas, visto que inexiste qualquer ajuda, tutorial ou explicação dos dados fornecidos pelo Portal; e

e) descumprimento dos arts. 7º, VI, e 8º, § 1º, IV, da Lei n. 12.527/2011 e art. 37, caput, da Constituição Federal (princípio da publicidade), em razão da nãodisponibilização do inteiro teor dos contratos firmados, conforme item 3.1.2, alínea “h”, do Relatório Técnico, às fls. n. 116 a 119-v.

II – MULTAR, mediante sanção pecuniária, o Excelentíssimo Prefeito do Município de Nova Mamoré, Senhor Laerte Silva de Queiroz – CPF n. 156.833.541-53, no importe mínimo legal de R$ 1.620,00 (mil, seiscentos e vinte reais), ante a grave violação a norma legal, a teor impropriedades evidenciadas no item anterior, bem como pelo descumprimento à Decisão Monocrática n. 263/2013/GCWCSC, às fls. ns. 57 a 62, com espeque no art. 55, II e IV, da LC n. 154, de 1996, c/c art. 103, II e IV, do RITC;

III – FIXAR O PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, contados a partir da publicação deste Acórdão no DOeTCE-RO, para que o agente alinhado no item anterior proceda ao recolhimento da multa aplicada, à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas — Conta Corrente n. 8358-5 agência n. 2757-X, Banco do Brasil, na forma do art. 3º, III, da Lei Complementar n. 194, de 1997, devendo o jurisdicionado, no mesmo prazo prefixado, comprovar a quitação a este Tribunal, nos termos do art.




25 da Lei Complementar n. 154, de 1996, combinado com o art. 30 do RITCE-RO;

IV - AUTORIZAR, após o trânsito em julgado deste Acórdão, e caso não seja comprovado o devido recolhimento do quantum debeatur fixados no item II deste Decisum pelo responsável, no prazo ali assinalado, a cobrança judicial da multa imputada, conforme preceito normativo inserto no art. 27, II, da Lei Complementar n 154, de 1996, c/c art. 36, II, do RITCE-RO;

V – DETERMINAR, via ofício, ao Excelentíssimo Prefeito do Município de Nova Mamoré, Senhor Laerte Silva de Queiroz, ou a quem lhe esteja substituindo na forma da lei, que adote as providências necessárias à adequação do Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Nova Mamoré, as exigências afetas ao primado da publicidade insertas no art. 37, caput, da CF/88, c/c a Lei Complementar n. 131, de 2009, Lei n. 12.527, de 2011, e a Instrução Normativa n. 26/2010-TCER, especialmente no que tange ao saneamento das inconformidades evidenciadas no item I desta Decisão; para tanto, fixo o prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da notificação do agente precitado, para que comprove a esta Corte a adoção das medidas intentadas, sob pena de multa na forma do 55 da LC n. 154, de 1996, c/c art. 103 do RITC;

VI – PUBLICAR, na forma regimental; e

VII – SOBRESTAR os autos no Departamento da 2ª Câmara, para adoção e acompanhamento das medidas determinadas.




Município de Porto Velho

DECISÃO

PROCESSO Nº: 3786/2014 INTERESSADA: PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS – CONCORRÊNCIA N. 16/2014/CPL-GERAL/SEMAD/PVH – CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVIÇOS DE ENGENHARIA PARA A IMPLANTAÇÃO E INSTALAÇÃO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL EM PORTO VELHO RESPONSÁVEIS: CARLOS GUTTEMBERG DE OLIVEIRA PEREIRA CPF N. 326.258.802-44 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRANSPORTE MÁRIO JORGE DE MEDEIROS CPF N. 420.644.652-00 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO SÁVIO GOMES DE BRITO CPF N. 727.235.562-04 PRESIDENTE-GERAL DA CPL-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. EDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA. VEDAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE CONSÓRCIO. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS ADMINSTRATIVOS. NECESSIDADE DE JUSTIFICATIVA. RISCO À COMPETITIVIDADE DO CERTAME. TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA EXPEDIDA. DECISÃO JUDICIAL LIMINAR SUSPENDENDO OS EFEITOS DA TUTELA DESTE TRIBUNAL. INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS. SOBRESTAMENTO DO FEITO.

1. Em razão do princípio da autonomia das instâncias administrativa, cível e penal, nenhum óbice há para que esta Corte de Contas, no caso concreto, manifeste-se em relação às matérias de sua competência, aplicando, inclusive, as sanções cabíveis, uma vez que a competência deste Tribunal decorre de mandamento constitucional, cujo cumprimento não lhe é dado esquivar-se, por se tratar, na espécie, de processo autônomo de fiscalização, sujeito a rito próprio e independente, amparado pela Constituição Federal, nos termos dos arts. 70 e 71, c/c art. 49 da Constituição do Estado de Rondônia e pela Lei Complementar n. 154, de 1996, cuja atuação independe de outras instâncias administrativas ou judiciais.

2. Verificando-se, porém, no caso específico, que o pronunciamento, de mérito, do Poder Judiciário, poderá interferir na ação fiscalizatória exercida a cargo deste Tribunal de Contas, o sobrestamento dos autos, ad cautelam, como mitigação ao primado das independências das instâncias, cível, penal e administrativa, é medida juridicamente recomendada, a teor do princípio da razoabilidade. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam do Edital de Concorrência Pública n. 16/2014/CPL-GERAL/SEMAD/PVH, o qual visa a fiscalização da contratação de Empresa Especializada em Serviços de Engenharia para implantação e instalação de sinalização compatível com o sistema de hardware e software já implantados no Município de Porto Velho, como tudo dos autos consta.


I – CONHECER A PLELIMINAR vertida na presente QUESTÃO DE ORDEM suscitada, de ofício, para o fim de se SOBRESTAR os autos em testilha, ad cautelam, no Departamento da 2ª Câmara desta Corte, em mitigação ao primado das independências das instâncias cível, criminal e administrativa, a fim de se aguardar o pronunciamento, de mérito, do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, nos autos do MS n. 001207-64.2014.8.22.0000, da Relatoria da Excelentíssima Desembargadora Ivanira Feitosa Borges, tendo em vista que a decisão a ser prolatada no fecho da precitada ação mandamental, terá incidência direta na presente fiscalização desencadeada por esta egrégia Corte de Contas, em homenagem ao princípio da razoabilidade, conforme fundamentos veiculados no bojo do Voto;

II – DAR CIÊNCIA da Decisão, via DOeTCE-RO, na forma do art. 22 da LC n. 154, de 1996, com redação dada pela LC n. 749, de 16 de dezembro de 2013, aos responsáveis:

a) Carlos Guttemberg de Oliveira Pereira - CPF n. 326.258.802-44- Secretário Municipal de Transporte;

b) Mário Jorge de Medeiros – CPF n. 420.644.652-00 - Secretário Municipal de Administração; e

c) Sávio Gomes de Brito - CPF n. 727.235.562-04 - Presidente da Comissão de Licitação Geral/SEMAD/PVH.

III – PUBLICAR, na forma regimental; e

IV – SOBRESTAR os autos no Departamento da 2ª Câmara, para adoção e acompanhamento das medidas determinadas nesta Decisão.







Município de Primavera de Rondônia

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 3541/2008 INTERESSADA: PREFEITURA MUNICIPAL DE PRIMAVERA DE RONDÔNIA ASSUNTO: AUDITORIA REFERENTE AO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2008 – CONVERTIDO EM TOMADA DE CONTAS ESPECIAL RESPONSÁVEL: ELOISA HELENA BERTOLETTI CPF Nº 414.079.979-04 PREFEITA RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA


EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DEVER DE PRESTAR CONTAS. PREFEITURA MUNICIPAL DE PRIMAVERA DE RONDÔNIA. AUDITORIA REALIZADA DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2008. CONVERSÃO EM TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. DECISÃO Nº 512/2009 – 2ª CÂMARA. INCIDÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO. OCORRÊNCIA DE DESOBEDIÊNCIA ÀS NORMAS LEGAIS VIGENTES. IMPUTAÇÃO DE DANO. APLICAÇÃO DE SANÇÃO PECUNIÁRIA. JULGAMENTO IRREGULAR DA TOMADA DE CONTAS. DETERMINAÇÕES. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Tomada de Contas Especial, originária da auditoria realizada no período de janeiro a setembro de 2008, da Prefeitura Municipal de Primavera de Rondônia, como tudo dos autos consta.


I - Julgar irregular a Tomada de Contas Especial, relativa à Auditoria de Gestão no período de janeiro a setembro de 2008, no âmbito da Prefeitura Municipal de Primavera de Rondônia, sob responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI, – na qualidade de Prefeita Municipal, nos termos do art. 25, II e III, da Resolução Administrativa nº 005/TCER-96 (Regimento Interno) e art. 16, III, “b” e “c”, da Lei Complementar nº 154/96, pela ocorrência das irregularidades a seguir elencadas:

I.1 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal:

a) descumprimento da Lei Municipal nº. 445/GP/2007, de 13.9.2008 (Anexo que trata do cargo de Controlador Interno), c/c o artigo 37, “caput” (princípios da legalidade e moralidade), da Constituição Federal, em razão de ter nomeado para exercer o cargo de Controlador Interno, o Senhor

MARCELO TRUIZ, o qual não possui a formação de nível superior exigida para a assunção em tal cargo; e

b) descumprimento dos artigos 85, 94, 95 e 96 da Lei nº. 4.320/64, c/c o artigo 37, “caput” (princípios da legalidade e eficiência), da Constituição Federal, em razão das falhas existentes no controle dos bens móveis, visto que a relação (Inventário) fornecida à equipe de auditoria não apresenta compatibilidade com a existência física, também, não há em tal relação a indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um dos bens, além do que a maioria de tais bens não possui o Termo de Responsabilidade atualizado. Tais fatos sugerem que o Balanço Patrimonial não reflete a realidade dos bens em uso ou em estoque.

I.2 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com o Senhor LUIZ ANTÔNIO FILIPINI – Secretário Municipal de Educação:

a) descumprimento das normas contidas no artigo 4º da Lei Municipal nº. 410/06, c/c artigo 62 da Lei n. 4320/64, pela não comprovação das diárias concedidas ao servidor Luiz Antônio Filipini, por meio do Processo Administrativo nº. 402/08, no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais), ensejando falta de liquidação de despesa e dano ao erário, que atualizado perfaz a importância de R$ 1.135,97 (mil cento e trinta e cinco reais e noventa e sete centavos), devendo referido valor em referência ser devolvido ao erário municipal; e

b) descumprimento do artigo 70 da Lei Federal nº. 9.394/96, c/c o artigo 37, “caput”, da Constituição Federal (princípio da legalidade), por incluir na folha de pagamento dos 10% da educação infantil os servidores Marlene Kruger Holanda e Valdimar de Souza Ferreira, que se encontram em atividades alheias à manutenção e desenvolvimento do ensino.

I.3 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com o Senhor LUIZ ANTÔNIO FILIPINI – Secretário Municipal de Educação, e com os Senhores VANDER BARBOSA MEIRELES, DORALICE VIEIRA DE OLIVEIRA SILVA, LUZIA FERNANDES BEZERRA, WILSON TABORDA RIBAS, NAIR ALMEIDA DA SILVA, MARIA HIRTYS MIRANDA LOPES, CLAUDINEI DA SILVA SANTANA, MARIA INÊS LEITÃO LEOPOLDO, NIURENE LIMA DE SOUZA – Membros do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB:

a) descumprimento das normas contidas na Lei Federal nº. 11.494/07, de 20.6.2007, c/c o art. 37 (princípios da Legalidade e Eficiência), da Constituição Federal, por não acompanhar e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos do FUNDEB.

I.4 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretária Municipal de Administração:

a) descumprimento das normas contidas no “caput” do art. 37 (Princípios da Impessoalidade e Moralidade) e ainda dos incisos II e V, também do artigo 37 da Constituição Federal, em virtude da contratação do servidor Victor Smill Pillaca Quispilaya sem observação ao instituto do concurso; e

b) descumprimento das normas contidas no art. 37 (Princípios da Legalidade, Impessoalidade e Moralidade) e ainda do inciso II, também do artigo 37 da Constituição Federal, pelo pagamento da gratificação de cargo comissionado, no valor de R$ 3.240,00 (três mil, duzentos e quarenta reais), para a servidora Marlene Kruger Holanda, quando a ela efetivamente não exerceu o cargo para o qual foi nomeada, haja vista que foi colocada à disposição da APAE.

I.5 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com o Senhor ANACLETON ALBA BATISTA DOS SANTOS – Chefe do Almoxarifado e Patrimônio:

a) descumprimento das determinações exaradas no inciso IV do artigo 74 da Constituição Federal, tendo em vista que, concluída a análise concernente a adequabilidade dos usos e controles sobre os bens




públicos, constatamos que inexistem os controles de Almoxarifado da Prefeitura Municipal de Primavera de Rondônia, à exceção do controle de estoques de Medicamentos e de Merenda Escolar, que são armazenados nas próprias Unidades Escolares consumidoras sob responsabilidade dos seus Gestores, o que deveria ser providenciado pelos responsáveis mesmo se levarmos em conta o fato de que o almoxarifado encontrava-se em processo de mudança, impossibilitando um planejamento adequado das necessidades e quantidades de compras, bem como a verificação de desperdícios e/ou possíveis desvios dos estoques, caracterizando, portanto, fragilidade nos controles e consequentemente prejuízo à comprovação da legalidade e avaliação dos resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Ademais, prejudicam o desempenho dos trabalhos do controle externo, no exercício de sua missão institucional, em especial:

a.I) os estoques de Medicamentos e Merenda escolar estão armazenados em locais adequados nas próprias Unidades de Consumo. Porém, como o Almoxarifado Central encontra-se em processo de mudança de local, o trabalho da equipe de inspeção se viu prejudicado ante a total ausência de controle, visto que os demais materiais de consumo são adquiridos em pequenas quantidades e entregues diretamente nas Unidades Consumidoras; e

a.II) em relação ao controle de combustíveis, o sistema é frágil diante da ausência, no formulário utilizado para requisição junto aos postos fornecedores, de alguns requisitos básicos de segurança apontados.

b) descumprimento das normas estabelecidas no artigo 94 da Lei Federal nº. 4.320/64, visto que foram constatadas diversas impropriedades, abaixo elencadas, relativamente aos bens patrimoniais com Tombamentos de nº 25, 972, 979, 1129, 1130, 1245, 1281 e 2002, caracterizando a ausência de registros e controles adequados de forma a permitir a perfeita caracterização dos Bens de caráter permanente e dos agentes responsáveis pela sua:

b.I) alguns registros patrimoniais não indicam marca, número de série ou quaisquer outras especificações que pudessem caracterizar individualmente o bem;

b.II) os bens, quando de suas aquisições, são distribuídos mediante Termos de Responsabilidade; porém, constatamos que estes se encontram desatualizados;

b.III) não existe Mapa de Controle de Entrada e Saída de Veículos no âmbito da garagem;

b.IV) não existem procedimentos que disciplinem e estabeleçam regras quanto à requisição de veículos para uso em serviço da Prefeitura; e

b.V) não existe Boletim Anual de Custos de Veículo.

I.6 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal solidariamente com o Senhor JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS – Secretário Municipal de Saúde:

a) descumprimento do art. 166 da Lei Orgânica do Município de Primavera de Rondônia, c/c os Anexos II, III e IV da Portaria nº. 2084/GM, de 28.10.2005, o artigo 2º, § 1º, da Lei Federal nº. 8080/90, o artigo 236, IV, da Constituição Estadual, o artigo 37 (princípios da Legalidade e Eficiência), artigo 196 e art. 200, VI, da Constituição Federal, em razão da falta de Cardápio elaborado por nutricionista habilitado.

I.7 – De responsabilidade da Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretária Municipal de Administração e com o Senhor MARCELO TRUIZ – Controlador Interno:

a) descumprimento do artigo 85, inciso X, da Lei Municipal nº. 445/GP/2007, de 13.9.2007, c/c o art. 62, inciso I, art. 65, inciso XII, da Lei

Municipal nº. 451/GP/2007, o art. 59, §§ 1º e 2º e art. 60 da Lei Complementar nº. 68, de 9.12.1992 e art. 37, “caput” (princípios da Legalidade e Moralidade), da Constituição Federal, em razão do Município de Primavera de Rondônia não realizar o devido controle de frequência de seus servidores (Registro Individual de Ponto) do mês de outubro/2008.

II - Imputar o débito da ordem de R$400,00 (quatrocentos reais), cujo valor atualizado importa em R$1.135,97 (mil cento e trinta e cinco reais e noventa e sete centavos) à Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, solidariamente com o Senhor LUIZ ANTÔNIO FILIPINI – Secretário Municipal de Educação, pela ocorrência de descumprimento das normas contidas no artigo 4º da Lei Municipal nº. 410/06, c/c artigo 62 da Lei n. 4320/64, pela ausência de Prestação de Contas/não comprovação das diárias concedidas ao servidor Luiz Antônio Filipini, por meio do Processo Administrativo nº. 402/08, conforme item I.2, alínea “c”, deste Acórdão;

III - Multar a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – na qualidade de Prefeita Municipal de Primavera de Rondônia, em gradação mínima R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), com fulcro no artigo 55, incisos II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.1, alíneas “a” e “b”, deste Acórdão;

IV - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal e o Senhor LUIZ ANTÔNIO FILIPINI – Secretário Municipal de Educação, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, incisos II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.2, alíneas “a” e “b”, deste Acórdão;

V - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, o Senhor LUIZ ANTÔNIO FILIPINI – Secretário Municipal de Educação e os Senhores VANDER BARBOSA MEIRELES, DORALICE VIEIRA DE OLIVEIRA SILVA, LUZIA FERNANDES BEZERRA, WILSON TABORDA RIBAS, NAIR ALMEIDA DA SILVA, MARIA HIRTYS MIRANDA LOPES, CLAUDINEI DA SILVA SANTANA, MARIA INÊS LEITÃO LEOPOLDO e NIURENE LIMA DE SOUZA – Membros do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, incisos II da Lei Complementar nº 154/96, pela irregularidade constante do item I.3, alínea “a”, deste Acórdão;

VI - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, e a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretária Municipal de Administração, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, incisos II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.4, alíneas “a” e “b”, deste Acórdão;

VII - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, e o Senhor ANACLETON ALBA BATISTA DOS SANTOS – Chefe do Almoxarifado e Patrimônio, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (um mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.5, alíneas “a” e “b”, deste Acórdão;

VIII - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, e o Senhor JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS – Secretário Municipal de Saúde, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (um mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.6, alínea “a”, deste Acórdão;

IX - Multar, individualmente, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – Prefeita Municipal, a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretário Municipal de Administração, e o Senhor MARCELO TRUIZ – Controlador Interno, em gradação mínima no valor de R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, pelas irregularidades constantes do item I.7, alínea “a”, deste Acórdão;




X - Fixar o prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência deste Acórdão, para que a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – na qualidade de Prefeita Municipal de Primavera de Rondônia, LUIZ ANTÔNIO FILIPINI - na qualidade de Secretário Municipal de Educação, e os Senhores VANDER BARBOSA MEIRELES, DORALICE VIEIRA DE OLIVEIRA SILVA, LUZIA FERNANDES BEZERRA, WILSON TABORDA RIBAS, NAIR ALMEIDA DA SILVA, MARIA HIRTYS MIRANDA LOPES, CLAUDINEI DA SILVA SANTANA, MARIA INÊS LEITÃO LEOPOLDO e NIURENE LIMA DE SOUZA – Membros do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB; a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretária Municipal de Administração, ANACLETON ALBA BATISTA DOS SANTOS – Chefe do Almoxarifado e Patrimônio, JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS – Secretário Municipal de Saúde e MARCELO TRUIZ – Controlador Interno, recolham as importâncias indicadas nos itens III a IX à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – FDI-TC em conformidade com o art. 3º, inciso III, da Lei Complementar nº 194/97;

XI - Fixar o prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação deste Acórdão no Diário Oficial do TCE-RO, para que os responsáveis recolham a importância consignada no item II, à conta única do Tesouro Municipal de Primavera de Rondônia;

XII - Autorizar, desde já, a cobrança judicial, depois de transitada em julgado este Acórdão sem o recolhimento dos débitos e das multas, nos termos do art. 27, II, da Lei Complementar nº 154/96, c/c art. 36, II, do Regimento Interno do TCE-RO;

XIII – Determinar, via ofício atual Gestor da Prefeitura Municipal de Primavera de Rondônia, sob pena de multa insculpida ao artigo 55, inciso IV, da Lei Complementar nº 154/96, que:

a) adote medidas para que sejam observados os preceitos contidos no item 2.3 – Objetivos e Metas do Ensino Fundamental – Anexo da Lei Federal nº 10.172 – Plano Nacional da Educação, em todas as escolas da rede municipal;

b) adote medidas para que seja dado cumprimento à Lei n. 9.394/96, concernente à exigência de formação profissional;

c) providencie a edição de norma que regulamente especificamente as concessões e prestações de contas de diárias, prevendo os elementos e dados obrigatórios, bem como as informações que devem conter no relatório das prestações de contas de viagem, contendo as atividades desenvolvidas pelos beneficiários, a indenização de paciente transladado e dos médicos que o encaminharam, acompanhadas de certificação de que os servidores estiveram nos centros de saúde onde entregaram os pacientes;

d) adote medidas no sentido de aperfeiçoar o controle sobre a concessão e a consequente prestação de contas das diárias concedidas aos servidores municipais;

e) adoção de medidas para aperfeiçoamento das rotinas de controles administrativos e de providências objetivando o fortalecimento e eficiência do Controle Interno; e

f) adote medidas eficientes e eficazes na gestão dos medicamentos, observando-se as boas práticas na distribuição e armazenamento de produtos farmacêuticos, bem como as indicações especificadas pelos fabricantes e demais exigências da legislação vigente, atentando-se em relação à armazenagem, para as condições físicas externas, internas, fontes de poluição e contaminação, temperatura de armazenamento, equipe capacitada na manipulação dos estoques, limpeza, adoção de sistema eletrônico de controle dos estoques Hospub ou Horus, isto é, rotinas para que o almoxarifado de medicamentos e de produtos para saúde estejam aptos a cumprir as funções de recebimento, estocagem, guarda, conservação e controle de estoque.

XIV - Dar ciência do teor deste Acórdão, com a publicação no Diário Oficial eletrônico-DOE/TCE-RO, a Senhora ELOISA HELENA BERTOLETTI – na qualidade de Prefeita Municipal de Primavera de Rondônia, LUIZ

ANTÔNIO FILIPINI - na qualidade de Secretário Municipal de Educação, e os Senhores VANDER BARBOSA MEIRELES, DORALICE VIEIRA DE OLIVEIRA SILVA, LUZIA FERNANDES BEZERRA, WILSON TABORDA RIBAS, NAIR ALMEIDA DA SILVA, MARIA HIRTYS MIRANDA LOPES, CLAUDINEI DA SILVA SANTANA, MARIA INÊS LEITÃO LEOPOLDO e NIURENE LIMA DE SOUZA – Membros do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB; a Senhora ZENILDA DAS VIRGENS FRANCINO – Secretária Municipal de Administração, ANACLETON ALBA BATISTA DOS SANTOS – Chefe do Almoxarifado e Patrimônio, JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS – Secretário Municipal de Saúde e MARCELO TRUIZ – Controlador Interno, informando-os da disponibilidade do relatório e voto condutor no site: www.tce.ro.gov.br;

XV - Determinar ao Departamento da 2ª Câmara desta e. Corte de Contas que seja acompanhado o devido cumprimento aos termos do presente Acórdão; e

XVI - Atendidas todas as exigências contidas neste Acórdão, arquivem-se os autos.




Município de Rolim de Moura

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1161/2009 UNIDADE: MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2008 RESPONSÁVEL: MILENI CRISTINA BENETTI MOTA – PREFEITA MUNICIPAL CPF Nº 283.594.292-00 RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

DECISÃO Nº 89/2015 - PLENO

CONSTITUCIONAL. EXERCÍCIO FISCALIZATÓRIO DO TEC/RO. PRESTAÇÃO DE CONTAS. PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA. EXERCÍCIO DE 2008. CONSOLIDAÇÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA. INCIDÊNCIA DE ATOS CONTRÁRIOS À LEGISLAÇÃO LEGAL. EXERCÍCIO DO DIREITO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONSTATAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS LEGAIS. OCORRÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO COMPROVADO. APENSO PROCESSO DE TOMADA DE CONTAS. PARECER PRÉVIO PELA NÃO APROVAÇÃO DAS CONTAS.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de Prestação de Contas do exercício de 2008 da Prefeitura Municipal de Rolim de Moura, de responsabilidade da Senhora Mileni Cristina Benetti Mota, na qualidade de Prefeita Municipal, como tudo dos autos consta.

O egrégio Plenário do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, por unanimidade de votos, decide:




I - Emitir Parecer Prévio pela não aprovação das Contas da Prefeitura Municipal de Rolim de Moura, relativas ao exercício financeiro de 2008, de responsabilidade da Senhora Mileni Cristina Benetti Mota – CPF nº 283.594.292-00, na forma e nos termos do Projeto de Parecer Prévio, consoante dispõe a Constituição Federal, no artigo 31, §§ 1º e 2º, e a Lei Complementar Estadual nº 154/1996, no artigo 1º, III, e no artigo 35, em virtude da profusão de irregularidades praticadas na gestão cujas ocorrências foram apuradas no contexto processual verificado nos Autos do Processo nº 2635/TCER-08 (Tomada de Contas Especial), as quais se encontram relacionadas a seguir:

1 - Infringência ao disposto no artigo 137 c/c o artigo 136 “caput” da Lei Federal nº. 9.503/97 – CTB, por não manter a autorização do Detran/RO, afixada na parte interna do veículo em local visível, contendo o número máximo de passageiros permitidos pelo fabricante, observada nas vistorias realizadas nos veículos identificados no subitem 6.4.5, letra “a”, do voto;

2 - Infringência ao disposto no artigo 136, inciso III, da Lei Federal nº 9.503/97 – CTB, pela ausência de pintura ou adesivo em forma de faixa horizontal, amarela, contínua de 40 centímetros de largura, envolvendo toda a extensão das laterais e traseira do veículo, à meia altura, com a inscrição “ESCOLAR”, verificada nas vistorias realizadas nos veículos identificados no subitem 6.4.5, letra “b”, do voto;

3 - Infringência ao disposto nos itens 24, 19, 25, 26 e 14, do artigo 1º, inciso I, da Resolução nº 14/1998-Contran, por permitir o tráfego de veículos com ausência de alguns equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo Contran, tais como pneus/estepe, triângulo, macaco, chave de roda, luz de placa, verificada nas vistoriais realizadas nos veículos identificados no subitem 6.4.5, letra “c”, do voto;

4 - Infringência ao disposto no artigo 138, inciso II, da Lei Federal n° 9.503/97-CTB, pela contratação de motorista com Carteira Nacional de Habilitação – CNH, inadequada para o transporte escolar, verificada com o condutor do veículo tipo ônibus – M.Benz – Placa: KOE-6326, Senhor Joaquim Rosales dos Santos, - CNH nº 668615274 – Categoria “C”, quando este deveria possuir categoria “D” ou superior;

5 - Infringência ao disposto no subitem 9.3 do Edital do Pregão nº 001/CPL-M/2008, referente ao Processo Administrativo nº 110/2008, por permitir o tráfego de veículo com tempo de uso superior a 20 (vinte) anos, verificada na vistoria realizada no veículo Ônibus – M.Benz – Placa: BTA-5663, considerando que, segundo o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, o ano de fabricação e ano modelo do referido veículo é de 1987, contando, portanto, com 21 (vinte e um) anos de uso (Documentos de fls.1666/1799);

6 - Infringência ao princípio da eficiência disposto no caput do artigo 37 da Carta Magna e às disposições do Código de Trânsito Brasileiro, pela condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante do veículo, constatada em diversos veículos vistoriados in loco pela equipe de auditoria;

7 - Infringência ao disposto no artigo 37, inciso II, c/c a parte final do inciso V da Constituição Federal, pela admissão de 58 (cinquenta e oito) servidores em cargos comissionados para exercer atribuições não relacionadas à direção, chefia e assessoramento, havendo, portanto, burla à exigência de realização de concurso público, conforme identificados no subitem 5.2.1, letra “a” do voto;

8 - Infringência ao disposto no artigo 256 da Constituição do Estado de Rondônia, pela não exigência da Certidão Negativa de Débitos do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, dos servidores Alessandro Tedeschi da Silva – Diretor da Divisão de Esportes, Altima de Moraes Martins – Gerente de Serviços Agropecuários e Aristóteles Félix Quintela – Coordenador de Comunicação Social, por ocasião de suas nomeações aos respectivos cargos em comissão;

9 - Infringência ao disposto no artigo 137 da Lei Complementar Municipal nº 003/2004, visto que os atos de cessão dos servidores municipais a outros órgãos e esferas de governo, a saber: Erodi Antônio Matt, Ester

Celoi da Rosa Caliani, Francisco Melo de Oliveira e Mengalvo Cordeiro de Oliveira, encontram-se com prazo de cedência expirado;

10 - Infringência ao disposto no § 2º do artigo 21 c/c “caput” deste mesmo artigo da Lei Complementar Municipal nº 001/2003, haja vista que os atos de cessão dos servidores municipais da Educação a outros órgãos e esferas de governo, a saber: Emanuel Leite de Caldas, Clélia Itelvina Freitas, Ligianne Rodrigues da Silva e Luciane Serviuc Danas Pereira, encontram-se com prazo de cedência expirado, e particularmente o ato de cessão da servidora Luciane Serviuc Danas Pereira não foi sequer assinado pela autoridade competente;

11 - Infringência ao disposto no artigo 37, inciso II, da Carta Magna c/c os princípios da legalidade e moralidade insculpidos no “caput” do artigo 37 do referido diploma legal, pela ocorrência de burla à exigência de realização de concurso público, ao promover movimentação/remoção de pessoal do quadro efetivo municipal, a título de “permuta” com servidores da Secretaria de Estado da Educação sem amparo legal, uma vez que, por serem de quadros distintos, não haveria tal possibilidade, conforme identificado no quadro constante do subitem 5.2.1, letra “e” do voto;

12 - Infringência ao disposto no artigo 23, inciso I, da Lei Federal nº 11.494/2007 c/c artigo 71, inciso VI, da Lei Federal nº 9.394/1996, pelo pagamento irregular de remuneração à servidora Lúcia Rosa de Jesus – Diretora da Divisão Adm. Jardim Tropical, com a parcela de 40% dos recursos do Fundeb, no valor de R$ 4.461,44 (quatro mil, quatrocentos e sessenta e um reais e quarenta e quatro centavos), durante o período de janeiro a maio de 2008, uma vez que, conforme verificação e comprovação in loco da Equipe de Auditoria, a servidora está em atividade alheia à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública;

13 - Infringência ao disposto no artigo 23, inciso I, da Lei Federal nº 11.494/2007 c/c artigo 71, inciso VI, da Lei Federal nº 9.394/1996, pelo pagamento irregular de remuneração à servidora Valdete de Oliveira Pestana – Coordenadora de Apoio ao Gabinete, com a parcela de 60% dos recursos do Fundeb, no valor de R$ 3.745,28 (três mil, setecentos e quarenta e cinco reais e vinte e oito centavos), durante o período de janeiro a maio de 2008, uma vez que, conforme verificação e comprovação in loco da Equipe de Auditoria, a servidora não está em atuação na educação básica pública, ou seja, encontra-se em exercício de funções que não se caracterizam como funções de magistério;

14 - Infringência ao princípio da economicidade insculpido no artigo 70 e da moralidade previsto no “caput” do artigo 37 da Constituição Federal c/c os artigos 4º e 12, § 1º, ambos da Lei Federal nº 4.320/64, pela realização de despesas impróprias e desnecessárias ao promover a contratação de empresa especializada para elaboração da Prestação de Contas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município de Rolim de Moura, referente ao exercício de 2006, através do Processo Administrativo nº 0944/2008, no valor total de R$ 6.900,00 (seis mil e novecentos reais), quando a municipalidade possui em seu quadro funcional servidores efetivos e em comissão que desempenham atividade contábil, que poderiam e deveriam perfeitamente executar as atividades prestadas pela contratada;

15 - Infringência ao princípio da economicidade insculpido no artigo 70 e da moralidade previsto no “caput” do artigo 37 da Constituição Federal c/c o artigo 4º c/c o artigo 12, § 1º, ambos da Lei Federal nº 4.320/64, pela realização de despesas impróprias e desnecessárias ao promover a contratação de empresa especializada para elaboração da Prestação de Contas do Fundo Municipal de Ação Social do Município de Rolim de Moura, referente ao exercício de 2008, através do Processo Administrativo nº 1409/2008, no valor total de R$ 6.900,00 (seis mil e novecentos reais), quando a municipalidade possui em seu quadro funcional servidores efetivos e em comissão que desempenham atividade contábil, que poderiam e deveriam perfeitamente executar as atividades prestadas pela contratada;

16 - Infringência ao princípio da economicidade insculpido no artigo 70 e da moralidade previsto no “caput” do artigo 37 da Constituição Federal c/c os artigos 4º e 12, § 1º, ambos da Lei Federal nº 4.320/64, pela realização de despesas impróprias e desnecessárias ao promover a contratação de empresa especializada para elaboração de projeto de engenharia civil para captação de recursos nos órgãos federais, estaduais e outras instituições,




através do Processo Administrativo nº 0616/2007, valor de R$ 123.540,00 (cento e vinte e três mil, quinhentos e quarenta reais), durante o período de janeiro a maio de 2008, quando a municipalidade possui em sua estrutura organizacional o Núcleo de Engenharia e Projetos – NEP, composto por profissionais habilitados em Engenharia Civil e Arquitetura, que poderiam e deveriam perfeitamente executar as atividades prestadas pela contratada;

17 - Infringência ao disposto no artigo 62, incisos I e II, da Lei Complementar Federal nº 101/2000 e artigo 4º c/c o artigo 12, § 1º, ambos da Lei Federal nº 4.320/64, pela realização de despesas estranhas à competência municipal, ao adquirir equipamentos para a Polícia Militar, Casa de Detenção e Penitenciária Regional, através do Processo Administrativo nº 3204/2007, no valor total de R$ 22.421,00 (vinte e dois mil, quatrocentos e vinte e um reais), já que cabe ao Estado a manutenção dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública;

18 - Infringência ao disposto no § 4º do artigo 62 da Lei Federal nº 8.666/93, pela ausência de formalização do contrato, relativamente ao Processo Administrativo nº 1409/2008, cujo objeto trata da contratação de empresa especializada para elaboração da Prestação de Contas do Fundo Municipal de Ação Social do Município de Rolim de Moura, referente ao exercício de 2006, considerando que não houve a entrega imediata do serviço;

19 - Infringência ao disposto no artigo 26, incisos II e III, da Lei Federal nº 8.666/93, pela realização de despesas mediante dispensa de licitação, com fulcro no artigo 24, inciso V, da Lei Federal nº 8.666/93, no Processo Administrativo nº 0749/2008, cujo objeto trata da aquisição de passagens terrestres para atender as necessidades dos pacientes encaminhados e/ou agendados pelo Programa SAE, no valor de R$ 28.720,00 (vinte e oito mil, setecentos e vinte reais), sem a demonstração da razão da escolha do fornecedor e justificativa do preço;

20 - Infringência ao princípio da economicidade insculpido no artigo 70 e da moralidade previsto no “caput” do artigo 37 da Constituição Federal c/c os artigos 4º e 12, § 1º, ambos da Lei Federal nº 4.320/64, pela realização de despesas impróprias e desnecessárias ao promover a contratação de empresa de assessoria especializada com vistas a realizar levantamento das informações contábeis, relativas aos contribuintes do Município, através do Processo Administrativo nº 0460/2007, no valor de R$ 36.250,00 (trinta e seis mil, duzentos e cinquenta reais), quando a municipalidade dispõe de corpo técnico da Secretaria Municipal de Fazenda que poderia e deveria perfeitamente executar as atividades prestadas pela contratada, a teor do que dispõe as competências e atribuições do mencionado órgão elencadas no artigo 22 da Lei Complementar Municipal nº 040/2007;

21 - Infringência ao disposto no artigo 26, incisos II e III, da Lei Federal nº 8.666/93, pela realização de despesas mediante dispensa de licitação, com fulcro no artigo 24, inciso XIII da Lei Federal nº 8.666/93, no Processo Administrativo nº 3203/2007, cujo objeto trata da contratação de empresa especializada de assessoria para levantamento e recuperação de valores pagos a maior e indevida a título de contribuição patronal incidente sobre os subsídios dos ocupantes de cargos eletivos, no valor de R$ 88.000,00 (oitenta e oito mil reais), tendo sido pagos durante o período de janeiro a maio de 2008, o montante de R$ 28.965,76 (vinte e oito mil, novecentos e sessenta e cinco reais e setenta e seis centavos), sem a demonstração da razão da escolha do fornecedor e justificativa;

22 - Infringência ao disposto no artigo 62, “caput”, da Lei Federal nº 8.666/93, pela ausência de formalização do contrato, relativamente ao Processo Administrativo nº 3202/2007, cujo objeto trata da contratação de empresa de assessoria especializada para levantamento e recuperação de valores pagos a maior e indevida a título de contribuição patronal incidente sobre os subsídios dos ocupantes de cargos eletivos;

23 - Infringência ao disposto nos artigos 24, inciso X, c/c 26, incisos I a III, da Lei Federal nº 8.666/93, pela realização de despesas mediante dispensa de licitação, com fulcro no artigo 24, inciso X da Lei Federal nº 8.666/93, no Processo Administrativo nº 1133/2008, cujo objeto trata da aquisição de 04 (quatro) hectares de terra localizados na linha 182 – Km 2,5 lado norte, para utilização de extração de “cascalho”, no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), com justificativa de dispensa sem amparo legal, visto que não restou comprovado ser este o único imóvel a

atender as necessidades precípuas da administração, bem como por ter verificado que o preço despendido pela Prefeitura, baseado no documento expedido pela Comissão de avaliação de bens e imóveis, não detalha os elementos levados em consideração para concluir pelo valor de avaliação, é bastante superficial e genérico;

24 - Infringência ao disposto no inciso I, alínea “c”, itens 1 e 2, do Decreto Municipal nº 602/2003, em face da ausência de publicidade em Diário Oficial do Estado e em meio eletrônico, na Internet, do edital do Pregão Presencial nº 001/2008, relativo ao Processo Administrativo nº 0110/2008, cujo objeto trata da contratação de empresa especializada no ramo de transporte escolar, considerando que tal certame excedeu o valor R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);

25 - Infringência ao disposto no inciso VII do artigo 55 da Lei Federal nº 8.666/93, haja vista a descrição imprecisa e insuficiente da cláusula que estabelece os direitos e as responsabilidades das partes no contrato firmado com os licitantes vencedores do Pregão Presencial nº 001/2008, relativo ao Processo Administrativo nº 0110/2008, cujo objeto trata da contratação de empresa especializada no ramo de transporte escolar, pois a descrição não reunia informações suficientes que permitissem identificar as prestações que incumbem a cada parte e todos os deveres, ainda que acessórios;

26 - Infringência ao disposto no artigo 3º, inciso II, c/c artigo 4º, inciso II, da Lei Federal nº 10.520/2002 c/c o artigo 8º, inciso I, do Decreto Municipal nº 602/2003, haja vista a descrição insuficiente do objeto da licitação decorrente do Pregão Presencial nº 035/2008, relativo ao Processo Administrativo nº 1132/2008, cujo objeto trata da contratação de empresa para fornecimento de máquina e caminhão no regime de locação, pois a descrição não reunia informações suficientes que permitissem aos interessados bem identificar o que a Prefeitura pretendia contratar;

27 - Infringência ao disposto no artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal c/c artigo 23 do Decreto Federal nº 3.100/99, em face da não realização de processo licitatório ao contratar a Organização de Promoção da Assistência Social – OPAS, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, relativamente ao Processo Administrativo nº 0091/2008, cujo objeto tratou de cooperação recíproca para realização cultural do carnaval do coração 2008, considerando que a escolha de OSCIP para celebração do Termo de Parceria, nos termos da Lei Federal nº 9.790/99, deveria ter sido feito por meio de concurso de projetos, o que não se constituiu;

28 - Infringência ao disposto no artigo 10, § 1º, do Decreto Federal nº 3.100/99, uma vez que a celebração de Termo de Parceria com Organização de Promoção da Assistência Social – OPAS, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, relativamente ao Processo Administrativo nº 0091/2008, cujo objeto tratou de cooperação recíproca para realização cultural do carnaval do coração 2008, não foi precedida de manifestação do Conselho de Política Pública;

29 - Infringência ao disposto nos incisos IV e VI do § 2º do artigo 10 da Lei Federal nº 9.790/99, em face da não previsão no Termo de Parceria celebrado com Organização de Promoção da Assistência Social – OPAS, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, relativamente ao Processo Administrativo nº 0091/2008, cujo objeto tratou de cooperação recíproca para realização cultural do carnaval do coração 2008, da cláusula de previsão de receitas e despesas a serem realizadas em seu cumprimento, bem como a cláusula de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado ou da União, conforme o alcance das atividades celebradas entre o órgão parceiro e a OSCIP, de extrato do Termo de Parceria e de demonstrativo da sua execução física e financeira;

30 - Infringência ao disposto na Quarta Diretriz da Resolução CNS n° 333/2003, em face da falta de apoio necessário que assegure o pleno funcionamento do Conselho de Municipal de Saúde, visto ter-se constatado a falta de estrutura física, recursos humanos, financeiros e insumos para o desenvolvimento das atividades;

31 - Infringência ao disposto no artigo 12 da Lei Federal nº. 8.689/1993, por deixar de apresentar trimestralmente ao Conselho Municipal de Saúde audiência pública na Câmara de Vereadores, no que tange às ações e




serviços de saúde, relatório detalhado contendo, entre outros, dados sobre o montante e a fonte de recursos aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas no período, bem como sobre a oferta e a produção de serviços na rede assistencial própria, contratada ou conveniada;

32 - Infringência ao disposto no § 10 do artigo 24 da Lei Federal nº. 11.494/2007, em face da falta de apoio necessário que assegure o pleno funcionamento do Conselho de Acompanhamento, Controle Social, Comprovação e Fiscalização dos Recursos do Fundeb, haja vista ter-se constatado a falta de estrutura física, recursos humanos, financeiros e insumos para o desenvolvimento de suas atividades;

33 - Infringência ao artigo 37, inciso II, da Carta Magna c/c os princípios da legalidade e moralidade insculpidos no “caput” do artigo 37 do referido constitucional, uma vez que se detectou que a servidora Elzeli Braun Bautz – Professora Classe A – 40h, se fez substituir por outra pessoa estranha ao serviço público municipal, estadual ou federal, a qual vem percebendo a remuneração em seu lugar, a saber a Senhora Eni Ferreira Duarte, sem amparo legal, ensejando dizer que houve burla à exigência de realização de concurso público;

34 - Infringência aos artigos 94 e 96 da Lei 4.320/64 c/c os princípios da legalidade e eficiência dispostos no caput do artigo 37 da Constituição Federal, por enviar as três máquinas pesadas (Trator Esteira D65 E -Komatsu, tombo nº 27687, Trator Esteira D4 - Komatsu, tombo nº 29558, Motoniveladora 120H - Caterpillar, tombo nº 25257) à empresa RIGON & CIA LTDA localizada no município de Ji-Paraná, sem a devida autorização e Termo de Responsabilidade pela guarda, conservação e manutenção dos bens;

35 - Infringência ao artigo 2º da Lei Federal nº 8.666/93, por contratar serviços da empresa RIGON & CIA LTDA, sem a realização do devido procedimento licitatório para cobertura dos serviços de substituição de peças e manutenção/recuperação das máquinas;

36 - Infringência ao disposto no artigo 37, inciso XVI, da Constituição Federal, pela ocorrência de acumulação remunerada de cargo público, por conseguinte houve pagamento irregular de remuneração aos servidores abaixo arrolados, durante o período de janeiro a maio de 2008, causando prejuízo ao erário municipal, na ordem de R$ 69.764,57 (sessenta e nove mil, setecentos e sessenta e quatro reais e cinquenta e sete centavos);

37 - Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64 c/c artigo 8º da Lei Municipal nº 1.372/2006, em face da ausência de documentos comprobatórios de despesas de diárias, verificada nos Processos Administrativos nº 01325/2008 – José Celso Carneiro – R$ 210,00; 0877/2008 – Joventino Fernandes de Aguiar – R$ 472,50 e 1446/2008 – Emerson William Delben – R$ 630,00, por conseguinte, houve prejuízo ao patrimônio municipal na ordem de R$ 1.312,50 (mil trezentos e doze reais e cinquenta centavos);

38 - Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64 c/c artigo 23, inciso I da Lei Federal nº 11.494/2007 c/c artigo 71, inciso VI, da Lei Federal nº 9.394/1996, pelo pagamento de remuneração à servidora Nilda Maria Silva Machado - Pedagoga, com a parcela dos 60% dos recursos do Fundeb, no valor de R$ 5.126,84 (cinco mil, cento e vinte seis reais e oitenta e quatro centavos), durante o período de janeiro a maio de 2008, sem a devida comprovação da prestação de serviço por parte da servidora com a municipalidade, tudo conforme verificação e confirmação in loco da Equipe de Auditoria;

39 - Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº. 4.320/64 c/c artigo 23, inciso I, da Lei Federal nº. 11.494/2007 c/c artigo 71, inciso VI, da Lei Federal nº. 9.394/1996, pelo pagamento de remuneração a servidora Elzeli Braun Bautz – Professora Classe “A” 40h, com a parcela dos 60% dos recursos do Fundeb, no valor de R$ 6.042,70 (seis mil, quarenta e dois reais e setenta centavos), durante o período de janeiro a maio de 2008, sem a devida comprovação da prestação de serviço por parte da servidora com a municipalidade, tudo conforme verificação e confirmação in loco da Equipe de Auditoria; (Documentos de fls. 2419/2482 dos autos);

40 - Infringência ao disposto nos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64 c/c artigo 23, inciso I da Lei Federal nº 11.494/2007 c/c artigo 71, inciso VI, da Lei Federal nº 9.394/1996, pelo pagamento de remuneração à servidora Adriana Aparecida Pereira – Professora Classe NS-II, com a parcela dos 60% dos recursos do Fundeb, no valor de R$ 4.412,91 (quatro mil, quatrocentos e doze reais e noventa e um centavos), durante o período de janeiro a maio de 2008, sem a devida comprovação da prestação de serviço por parte da servidora com a municipalidade, tudo conforme verificação e confirmação in loco da Equipe de Auditoria;

41 - Infringência aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64 por ter efetuado pagamento no montante de R$ 57.704,24 (cinquenta e sete mil, setecentos e quatro reais e vinte e quatro centavos), por meio do processo nº 2694/2006, referente à aquisição de peças, sem a regular liquidação da despesa, haja vista não ter verificado o devido implemento de condições;

42 - Infringência ao artigo 37 da Constituição Federal (princípio da eficiência) c/c artigo 3º da Lei Federal 8.666/93 (princípio da economicidade), por permitir que as máquinas Trator Esteira D4 (Komatsu), tombo nº 29558, no valor de R$ 129.470,00 e Motoniveladora 120H (Caterpillar), tombo nº 25257, no valor de R$ 143.000,00 permanecessem no pátio da empresa RIGON & CIA LTDA, por período aproximado de dois anos, e que o Trator Esteira D65 E (Komatsu), tombo nº 27687, no valor de R$ 197.000,00 permanecesse também no pátio da referida empresa, sem a devida manutenção, por aproximadamente três anos, conforme informações colhidas, à época, pela equipe de auditoria, demonstrando total ineficiência no trato do patrimônio público.

II – Determinar, via ofício, ao atual Prefeito de Rolim de Moura que aprimore a sistemática de cobrança da dívida ativa, otimizando os procedimentos para promover a cobrança no menor lapso de tempo possível, em cumprimento das determinações expostas no art. 11 da Lei Complementar nº 101/2000 c/c Ato Recomendatório Conjunto, firmado entre o Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público do Estado de Rondônia;

III - Recomendar ao responsável pelo Órgão de Controle Interno quanto à obrigatoriedade de cumprimento da missão constitucional e infraconstitucional atribuída ao Sistema de Controle Interno, nos termos do art. 51 da Constituição Estadual c/c o art. 9º, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, devendo reportar a este Tribunal ao constatar quaisquer irregularidades, sob pena de responsabilização solidária, sem prejuízo da aplicação de sanções previstas na Lei Orgânica desta Corte;

IV - Determinar à Secretaria de Processamento e Julgamento que promova a digitalização dos presentes autos, encaminhando os originais à Câmara Municipal de Rolim de Moura para apreciação e julgamento, expedindo-se, para tanto, o necessário.

V - Dar conhecimento do inteiro teor desta Decisão, via Diário Oficial do TCE/RO, à Senhora Mileni Cristina Benetti Mota – na qualidade de Ex-Prefeita Municipal, bem como ao atual Controlador Interno, comunicando-lhes a disponibilidade do Voto e do Parecer Ministerial, na íntegra, no site: www.tce.ro.gov.br;

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA (Relator), FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, PAULO CURI NETO (declarou-se impedido, nos termos do artigo 134, II, do Código de Processo Civil), WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO; a Procuradora-Geral Substituta do Ministério Público de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.


JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator




ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora-Geral Substituta do Ministério Público de Contas

Município de Rolim de Moura

PARECER PRÉVIO

PROCESSO Nº: 1161/2009 UNIDADE: MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2008 RESPONSÁVEL: MILENI CRISTINA BENETTI MOTA – PREFEITA MUNICIPAL CPF Nº 283.594.292-00 RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

PARECER PRÉVIO Nº 4/2015 - PLENO

CONSTITUCIONAL. EXERCÍCIO FISCALIZATÓRIO DO TEC/RO. PRESTAÇÃO DE CONTAS. PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA. EXERCÍCIO DE 2008. CONSOLIDAÇÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA. INCIDÊNCIA DE ATOS CONTRÁRIOS À LEGISLAÇÃO LEGAL. EXERCÍCIO DO DIREITO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONSTATAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS LEGAIS. OCORRÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO COMPROVADO. APENSO PROCESSO DE TOMADA DE CONTAS. PARECER PRÉVIO PELA NÃO APROVAÇÃO DAS CONTAS.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, reunido em Sessão Ordinária realizada em 11 de junho de 2015, dando cumprimento ao disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 31 da Constituição Federal, c/c o artigo 35 da Lei Complementar nº 154/96, apreciando os autos que compõem a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Rolim de Moura, relativa ao exercício financeiro de 2008, de responsabilidade da Senhora Mileni Cristina Benetti Mota – Prefeita Municipal, por unanimidade, nos termos voto do Relator; Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, e

CONSIDERANDO que as Contas do Poder Executivo relativo ao exercício financeiro de 2008 foram prestadas pela Prefeita Municipal, no prazo previsto na Instrução Normativa nº 013/TCER-2004, no artigo 11, inciso VI;

CONSIDERANDO ainda, a ocorrência de práticas gerenciais ofensivas aos princípios constitucionais e administrativos da boa gestão dos recursos públicos, bem como toda a profusão de irregularidades contidas no processo de fiscalização implementado por esta. Corte de Contas, evidenciado no bojo dos Autos nº 2635/08, tais como: a) ocorrência de irregularidades danosas ao erário; b) burla ao procedimento licitatório; c) prática de atos antieconômicos; d) pagamentos irregulares de despesas com recursos do Fundeb; e) utilização desvirtuada de cargos em comissão, entre outras;

É DE PARECER que as contas da Prefeitura Municipal de Rolim de Moura, relativas ao exercício financeiro de 2008, de responsabilidade de Mileni Cristina Benetti Mota – Prefeita Municipal, NÃO estão em condições de merecer aprovação pela Augusta Câmara Municipal, ressalvando as Contas da Mesa Diretora da Câmara Municipal, dos Convênios e Contratos firmados pelo Executivo Municipal em 2008, além dos atos de ordenação de despesas em fase de instrução e de outros eventualmente praticados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, que serão apreciados e julgados oportunamente em autos apartados.

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA (Relator), FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, PAULO CURI NETO (declarou-se impedido, nos termos do artigo 134, II, do Código de Processo Civil), WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO; a Procuradora-Geral Substituta do Ministério Público de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.


JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Relator FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA Conselheiro-Substituto ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora-Geral Substituta do Ministério Público de Contas

Município de São Francisco do Guaporé

DECISÃO

PROCESSO Nº: 1552/2013 UNIDADE: MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2012 RESPONSÁVEIS: JAIRO BORGES FARIA – CPF Nº 340.698.282-49 PREFEITO MUNICIPAL NO EXERCÍCI DE 2012 GISLAINE CLEMENTE – CPF Nº 711.079.322-20 PREFEITA MUNICIPAL A PARTIR DO EXERCÍCIO DE 2013 FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES – CPF Nº 302.345.904-59 CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO, EXERCÍIO DE 2012 CLEBER DE OLIVEIRA ALVES – CPF Nº 002.415.232-30 CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO A PARTIR DO EXERCÍCIO 2013 ELIANE APARECIDA CASATO – CPF Nº 748.130.132-87 CONTADORA DO MUNICÍPIO – CRC/RO Nº 007148/0-5 RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 117/2015 - PLENO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ-RO. DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO. ALTERAÇÃO EXCESSIVA DO ORÇAMENTO. AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO. CUMPRIMENTO DOS ÍNDICES CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO. CUMPRIMENTO DOS ÍNDICES DE REPASSE PARA O PODER LEGISLATIVO E DESPESA COM PESSOAL. CUMPRIMENTO DAS NORMAS DE FINAL DE MANDATO. DÉFICIT FINANCEIRO. INTEMPESTIVIDADE NA REMESSA DOS BALANCETES MENSAIS. PARECER PRÉVIO DESFAVORÁVEL À APROVAÇÃO DAS CONTAS. DETERMINAÇÕES.

1. A Prestação de Contas anual do Poder Executivo (Estadual ou Municipal) submetida ao crivo técnico do Tribunal de Contas, conforme estabelece o art. 35 da Lei Complementar n. 154, de 1996 c/c o art. 49, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia-RITC-RO, tem por fim precípuo aferir a regular aplicação dos recursos públicos, o equilíbrio orçamentário e financeiro e o cumprimento dos índices constitucionais de aplicação em Educação e Saúde, bem como dos limites de repasses de recursos ao Poder Legislativo, de gastos com pessoal e o cumprimento das regras de final de mandato, quando se aplicar à matéria.

2. In casu, evidenciou-se nas contas do Poder Executivo do Município de São Francisco do Guaporé-RO, no exercício de 2012, além da alteração excessiva do orçamento demonstrando a ausência de planejamento orçamentário, a falha de natureza gravíssima consubstanciada no déficit financeiro de R$ 396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos), em grave violação ao princípio do equilíbrio das contas públicas, previsto art. 1º, § 1º da Lei Complementar n. 101, de 2000.




3. Parecer Prévio pela não aprovação das contas do Município de São Francisco do Guaporé, com fulcro no art. 35, da Lei Complementar n. 154, de 1996, combinado com o art. 4, do Regimento Interno desta Corte-RITC-RO. Precedentes: Processo n. Processo n. 0770/2013/TCER; Processo n. 1530/2013/TCER; Processo n. 1.704/2013/TCER; Processo n. 1.722/2013/TCER; Processo n. 1.038/2014/TCER; Decisão n. 244/2013-Pleno; Decisão n. 313/2013-Pleno; Decisão n. 212/2014-Pleno; Decisão n. 286/2014-Pleno; Decisão n. 352/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 22/2013-Pleno; Parecer Prévio n. 46/2013-Pleno; Parecer Prévio n. 9/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 19/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 40/2014-Pleno.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de Prestação de Contas da Prefeitura do Município de São Francisco do Guaporé, do exercício financeiro de 2012, sob a responsabilidade Senhor Jairo Borges Faria, CPF nº 340.698.282-49, Prefeito Municipal no exercício examinado, como tudo dos autos consta.

O egrégio Plenário do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por unanimidade de votos, decide:

I – Emitir parecer prévio desfavorável à aprovação das contas do Município São Francisco do Guaporé, relativas ao exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Senhor Jairo Borges Faria, CPF nº 340.698.282-49, Prefeito Municipal no exercício de 2012, com fulcro no art. 35 da LC nº 154, de 1996, c/c o art. 49, do Regimento Interno desta Corte, com fundamento no art. 71, I, c/c o art. 31, §§ 1º e 2º, da Constituição Federal, em razão dos seguintes apontamentos:

a) De responsabilidade do Senhor Jairo Borges Faria, CPF nº 340.698.282-49, Prefeito Municipal no exercício de 2012, por:

1 – Infringência ao art. 1º, § 1º da Lei Complementar n. 101, de 2000, em razão do Déficit Financeiro no montante de R$ 396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos);

2 – Irregularidade indiciária de dano ao erário correspondente à ausência de 2.079 (dois mil e setenta e nove) bens no inventário do exercício de 2012, cuja soma total alcança o valor de R$ 444.484,56 (quatrocentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais e cinquenta e seis centavos);

3 – Infringência ao inciso I, do art. 22, da Instrução Normativa nº 22/TCE-RO-2007, pelo não envio ao Tribunal de Contas do demonstrativo gerencial da aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde do mês de agosto de 2012;

4 – Infringência ao art. 53 da Constituição Estadual c/c o art. 5º da Instrução Normativa n. 019/TCE-RO-2006, pela remessa intempestiva, via SIGAP, dos balancetes relativos aos meses de janeiro e novembro de 2012;

b) De responsabilidade da Senhora Eliane Aparecida Casato, CPF n. 748.130.132-87, Contadora do Município de São Francisco do Guaporé, CRC/RO n. 007148/O-5, por:

1 – Infringência à alínea "l", do inciso VI, do art. 11 da Instrução Normativa n. 13/TCER-2004, pela elaboração errônea do Anexo TC 18 – Quadro Demonstrativo das Alterações Orçamentárias;

c) De responsabilidade da Excelentíssima Senhora Gislaine Clemente, CPF n. 711.079.322-20, Prefeita Municipal, a partir do exercício de 2013, por:

1 – Infringência ao inciso I, do art. 22, da Instrução Normativa nº 22/TCE-RO-2007, pelo não envio ao Tribunal de Contas, do demonstrativo gerencial de aplicação mensal e acumulada das receitas resultantes de

impostos e transferências constitucionais em Ações e Serviços Públicos de Saúde, referente ao mês de dezembro de 2012;

II – Determinar à atual Prefeita do Município de São Francisco do Guaporé, Senhora Gislaine Clemente, CPF n. 711.079.322, ou a quem a substitua na forma da Lei, via expedição de ofício, com Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), para que adote as seguintes medidas:

1 – Instaure, imediatamente, se ainda não o fez, a Tomada de Contas Especial no âmbito da Prefeitura do Município de São Francisco do Guaporé, e, incontinenti, dê ciência a esta Corte de Contas, fitando apurar o fato, identificar os responsáveis e quantificar o dano, relativo ao desaparecimento de 2.079 (dois mil e setenta e nove) bens daquele Conselho, cujo valor histórico alcança a cifra de R$ 444.484,56 (quatrocentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais e cinquenta e seis centavos), em cumprimento ao que estabelece o art. 8º da LC nº 154, de 1996, c/c com o art. 14 do RITC-RO, e, após sua conclusão, que os autos da TCE sejam encaminhados a esta Corte de Contas, nos termos que determina o art. 12, da IN n. 21/TCE-RO-2007;

2 – Programe medidas administrativas e judiciais para cobrança da Dívida Ativa do Município;

3 – Aprimore a política orçamentária do Município, planejando com maior exatidão e fidedignidade os recursos orçados, uma vez que o orçamento do exercício de 2012 foi expressivamente alterado, evidenciando deficiência no sistema de planejamento do Município;

4 – Oriente o setor competente para que adote as medidas necessárias a fim de que o encaminhamento dos balancetes mensais enviados por meio do sistema informatizado SIGAP ocorra de forma tempestiva, em atendimento ao disposto no art. 53 da Constituição do Estado de Rondônia e no art. 5º da Instrução Normativa n. 019/TCE-RO-2006;

5 – Busque cumprir, rigorosamente, o princípio do equilíbrio das contas públicas, insculpido no art. 1º, § 1º, da Lei Complementar n. 101, de 2000, evitando o desequilíbrio orçamentário e/ou financeiro;

6 – Adote as medidas visando à correção e prevenção da reincidência das irregularidades apontadas nos Relatórios Técnicos, sob pena de reprovação das futuras contas nos termos do art. 16, § 1º, da LC n. 154, de 1996.

III – Determinar ao atual responsável pelo órgão de Controle Interno do Município, o Senhor Cleber de Oliveira Alves, CPF nº 002.415.232-30, ou a quem o substitua na forma da Lei, via expedição de ofício, com Aviso de Recebimento em Mão Própria (ARMP), para que adote as seguintes medidas:

1 - Cumpra plenamente com as atribuições estabelecidas por força dos atos normativos desta Corte de Contas, de forma especial o art. 9º, III, da LC n. 154, de 1996, c/c o art. 39, do Regimento Interno, desta Corte de Contas, o art. 11, V, “b”, da IN n. 13/TCER-2004 e a Súmula nº 004/TCE-RO;

2 – Em sua atuação cotidiana e, sobretudo, por ocasião da elaboração do Relatório de Controle Interno, do Certificado de Auditoria, Parecer de Auditoria e Prestação de Contas, avalie e emita pronunciamento não apenas sobre os aspectos legais, mas também sobre os atos de gestão envolvendo a eficiência, a eficácia, a economicidade e a efetividade no emprego dos recursos públicos, principalmente quanto ao desempenho na área de Educação e Saúde do Município, verificando o cumprimento das metas, objetivos, e resultados estabelecidos nos instrumentos de Planejamento (PPA, LDO e LOA).

IV – Dar ciência deste Decisum aos interessados listados no item I, alíneas “a”, “b” e “c” e item III deste Dispositivo, nos termos do art. 22 da LC nº 154, de 1996 com redação dada pela LC n. 749, de 2013, via Diário Oficial Eletrônico, informando-lhes que o Voto e o Parecer Ministerial estão disponíveis no sítio eletrônico do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, no endereço www.tce.ro.gov.br;




V – Determinar à Secretaria de Processamento e Julgamento que, após o trânsito em julgado, extraia cópia dos presentes autos para o arquivo desta Corte e encaminhe o processo original à Câmara Municipal de São Francisco do Guaporé para apreciação e julgamento, expedindo-se, para tanto, o necessário.

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros EDILSON DE SOUSA SILVA, VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator), BENEDITO ANTÔNIO ALVES, o Conselheiro Presidente em exercício PAULO CURI NETO; o Procurador-Geral do Ministério Público de Contas ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS.


PAULO CURI NETO Conselheiro Presidente em exercício WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Relator ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS Procurador-Geral do Ministério Público de Contas

Município de São Francisco do Guaporé

PARECER PRÉVIO

PROCESSO Nº: 1552/2013 UNIDADE: MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS – EXERCÍCIO DE 2012 RESPONSÁVEIS: JAIRO BORGES FARIA – CPF Nº 340.698.282-49 PREFEITO MUNICIPAL NO EXERCÍCI DE 2012 GISLAINE CLEMENTE – CPF Nº 711.079.322-20 PREFEITA MUNICIPAL A PARTIR DO EXERCÍCIO DE 2013 FRANCISCO DE ASSIS FERNANDES – CPF Nº 302.345.904-59 CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO, EXERCÍIO DE 2012 CLEBER DE OLIVEIRA ALVES – CPF Nº 002.415.232-30 CONTROLADOR INTERNO DO MUNICÍPIO A PARTIR DO EXERCÍCIO 2013 ELIANE APARECIDA CASATO – CPF Nº 748.130.132-87 CONTADORA DO MUNICÍPIO – CRC/RO Nº 007148/0-5 RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

PARECER PRÉVIO Nº 6/2015 - PLENO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ-RO. DESEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO. ALTERAÇÃO EXCESSIVA DO ORÇAMENTO. AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO. CUMPRIMENTO DOS ÍNDICES CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO. CUMPRIMENTO DOS ÍNDICES DE REPASSE PARA O PODER LEGISLATIVO E DESPESA COM PESSOAL. CUMPRIMENTO DAS NORMAS DE FINAL DE MANDATO. DÉFICIT FINANCEIRO. INTEMPESTIVIDADE NA REMESSA DOS BALANCETES MENSAIS. PARECER PRÉVIO DESFAVORÁVEL À APROVAÇÃO DAS CONTAS. DETERMINAÇÕES.

1. A Prestação de Contas anual do Poder Executivo (Estadual ou Municipal) submetida ao crivo técnico do Tribunal de Contas, conforme estabelece o art. 35 da Lei Complementar n. 154, de 1996 c/c o art. 49, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia-RITC-RO, tem por fim precípuo aferir a regular aplicação dos recursos públicos, o equilíbrio orçamentário e financeiro e o cumprimento dos índices constitucionais de aplicação em Educação e Saúde, bem como dos limites de repasses de recursos ao Poder Legislativo, de gastos com pessoal e o cumprimento das regras de final de mandato, quando se aplicar à matéria.

2. In casu, evidenciou-se nas contas do Poder Executivo do Município de São Francisco do Guaporé-RO, no exercício de 2012, além da alteração excessiva do orçamento demonstrando a ausência de planejamento

orçamentário, a falha de natureza gravíssima consubstanciada no déficit financeiro de R$ 396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos), em grave violação ao princípio do equilíbrio das contas públicas, previsto art. 1º, § 1º da Lei Complementar n. 101, de 2000.

3. Parecer Prévio pela não aprovação das contas do Município de São Francisco do Guaporé-RO., com fulcro no art. 35, da Lei Complementar n. 154, de 1996, combinado com o art. 49, do Regimento Interno desta Corte-RITC-RO. Precedentes: Processo n. Processo n. 0770/2013/TCER; Processo n. 1530/2013/TCER; Processo n. 1.704/2013/TCER; Processo n. 1.722/2013/TCER; Processo n. 1.038/2014/TCER; Decisão n. 244/2013-Pleno; Decisão n. 313/2013-Pleno; Decisão n. 212/2014-Pleno; Decisão n. 286/2014-Pleno; Decisão n. 352/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 22/2013-Pleno; Parecer Prévio n. 46/2013-Pleno; Parecer Prévio n. 9/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 19/2014-Pleno; Parecer Prévio n. 40/2014-Pleno.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, reunido em Sessão Ordinária realizada em 25 de junho de 2015, dando cumprimento ao disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 31 da Constituição Federal, c/c o artigo 35 da Lei Complementar nº 154/96, apreciando os autos que compõem a Prestação de Contas do Município de São Francisco do Guaporé, referente ao exercício de 2012, de responsabilidade do Senhor Jairo Borges Faria, CPF nº 340.698.282-49, Prefeito Municipal no exercício de 2012, por unanimidade, nos termos voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, e

CONSIDERANDO que é da competência privativa da Câmara Municipal, conforme determina o artigo 31, § 2º, da Constituição Federal de 1988, julgar as contas prestadas anualmente pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal;

CONSIDERANDO que a presente Prestação de Contas, consubstanciada nos balanços e demonstrativos contábeis e seus respectivos anexos, reflete a realidade das movimentações orçamentária, financeira e patrimonial;

CONSIDERANDO que o Município de São Francisco do Guaporé, incorreu na intempestividade da remessa dos balancetes mensais; promoveu a alteração excessiva do orçamento, bem como apresentou falhas e má elaboração dos demonstrativos contábeis;

CONSIDERANDO, sobretudo, que o Município de São Francisco do Guaporé, descumpriu o art. 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 101, de 2000, bem como ao princípio do equilíbrio orçamentário, em razão do Déficit Financeiro no montante de R$ 396.877,47 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e sete centavos);

É DE PARECER que as contas do Chefe do Poder Executivo do Município de São Francisco do Guaporé, relativas ao exercício financeiro de 2012, de responsabilidade do Senhor Jairo Borges Faria, CPF nº 340.698.282-49, Prefeito Municipal, não estão aptas a receberem aprovação por parte da Augusta Câmara Municipal de São Francisco do Guaporé.

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros EDILSON DE SOUSA SILVA, VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator), BENEDITO ANTÔNIO ALVES, o Conselheiro Presidente em exercício PAULO CURI NETO; o Procurador-Geral do Ministério Público de Contas ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS.


PAULO CURI NETO Conselheiro Presidente em exercício WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro Relator EDILSON DE SOUSA SILVA Conselheiro




VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Conselheiro ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS Procurador-Geral do Ministério Público de Contas

Município de Vilhena

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 0012/2008 INTERESSADA: PREFEITURA MUNICIPAL DE VILHENA ASSUNTO: INSPEÇÃO ESPECIAL RESPONSÁVEL: MARLON DONADON CPF N. 694.406.202-00 ADVOGADOS: AMANDA IARA TACHINI DE ALMEIDA - OAB/ 3146 NEWTON SCHRAMM DE SOUZA - OAB/RO 2947 VERA LÚCIA PAIXÃO - OAB/RO 206 ANTÔNIO EDUARDO SCRAMM DE SOUZA - OAB/RO 4001 RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA


EMENTA: INSPEÇÃO ESPECIAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE VILHENA. ANÁLISE DE REGULARIDADE DE DOAÇÃO DE IMÓVEIS PÚBLICOS. DECLARAÇÃO DE ILEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. SENTENÇA JUDICIAL RECONHECENDO A IRREGULARIDADE E DETERMINANANDO A REVERSÃO DOS IMÓVEIS AO PATRIMÔNIO DA MUNICIPALIDADE. APLICAÇÃO DE MULTA AO GESTOR RESPONSÁVEL.

1. A Administração Pública, na realização de todos os atos administrativos, deve pautar-se pelas regras previstas no ordenamento jurídico, bem como observar os princípios constitucionais estatuídos no art. 37, “caput”, da Constituição Federal de 1988.

2. In casu, observa-se que a Prefeitura Municipal de Vilhena doou imóveis em desobediência ao que estatui os princípios da impessoalidade e moralidade administrativa, bem como em afronta aos artigos 17, § 4º, da Lei n. 8.666/93 e 37, “caput”, inciso XXI, da Constituição Federal de 1988. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Inspeção Especial efetuada por esta Corte para apurar denúncia de possíveis irregularidades decorrentes das doações de imóveis públicos, levadas a efeito pelo Município de Vilhena, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, em:

I – Declarar a ilegalidade dos atos administrativos que culminaram com a doação de dois imóveis urbanos, lotes 03-A e 4, da Quadra 39, setor 5, beneficiando, injustificadamente, o Senhor Diego Volponi Drewlo Santini, em afronta aos mais elementares princípios constitucionais que vinculam a administração pública, quais sejam, os princípios da impessoalidade e moralidade administrativa, bem como afronta aos artigos 17, § 4º, da Lei n. 8.666 de 1993 e 37, “caput”, inciso XXI, da Constituição Federal de 1988;

II - Aplicar multa ao Senhor Marlon Donadon, Gestor Municipal à época, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), na forma do art. 55, inciso II, da Lei Complementar n. 154 de 1996, uma vez que realizou doação ilegal de bens públicos, em afronta aos artigos 17, § 4º, da Lei Federal n. 8.666 de 1993 e art. 37, “caput” e inciso XXI, da Constituição Federal de 1988;

III - Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação no Diário Oficial eletrônico do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia - DOeTCE-RO, para que o responsável citado no item II proceda ao recolhimento à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas — Conta Corrente n. 8358-5 agência n. 2757-X, Banco do Brasil — da multa consignada nos item II, na forma do art. 3º, III, da Lei Complementar n. 194/1997, cujo valor deve ser atualizado à época do recolhimento, devendo a quitação ser comprovada a este Tribunal, nos termos do art. 25 da Lei Complementar n. 154, de 1996, combinado com o art. 30 do Regimento Interno desta Corte;

IV – Autorizar, caso não seja comprovado o devido recolhimento até o trânsito em julgado do presente Acórdão, a cobrança judicial da multa consignada, nos termos do que estabelece o art. 27, II, da Lei Complementar n. 154, de 1996, c/c art. 36, II, do Regimento Interno desta Corte;

V - Dar conhecimento do teor desta Decisão aos interessados, via DOeTCE-RO., na forma do art. 22 da LC n. 154 de 1996, com redação dada pela LC n. 749, de 16 de dezembro de 2013;

VI – Sobrestar os autos no Departamento da 2ª Câmara para o acompanhamento do feito; e

VII – Publicar.

Participaram da Sessão o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); os Conselheiros-Substitutos DAVI DANTAS DA SILVA (em substituição ao Conselheiro PAULO CURI NETO) e ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, Presidente da 2ª Câmara; a Procuradora do Ministério Público de Contas, YVONETE FONTINELLE DE MELO.

Sala das Sessões, 20 de maio de 2015.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator YVONETE FONTINELLE DE MELO Procuradora do Ministério Público de Contas

Atos da Presidência

Deliberações Superiores

DECISÃO

PROCESSO No: 2631/15 - TCE-RO INTERESSADO: Charles Adriano Schappo ASSUNTO: Pagamento de remuneração referente à substituição

Decisão n. 111/15/GP

ADMINISTRATIVO. SUBSTITUIÇÃO. CARGO EM COMISSÃO. TRINTÍDIO LEGAL. PAGAMENTO. DEFERIMENTO. AUTORIZAÇÃO. 1. O art. 268-A do Regimento Interno preconiza que servidor fará jus à vantagem de substituição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, inferior, igual ou superiores a 30 dias, desde que a acumulação dos lapsos de substituição ultrapasse esse trintídio legal. 2. Tendo o servidor atuado como substituto por 36 dias, faz jus ao pagamento pleiteado, sendo-lhe deferido o pedido. 3. Autorização para a adoção das providências necessárias.

Relatório




Trata-se de requerimento subscrito pelo servidor Charles Adriano Schappo, cadastro n. 258, Auditor de Controle Externo, no qual pleiteia o pagamento de período em que atuou em regime de substituição na Função Gratificada de Subsecretário Regional de Controle Externo de Porto Velho, conforme Portarias n. 391/15 e n. 509/15 (fls. 02/04).

2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Informação n. 183/Segesp – fl. 08), a Assessoria Jurídica manifestou-se por meio do Parecer n. 304/2015-ASSEJUR/GP (fls. 11/12), nos seguintes termos:

Assim, com base nas razões de fato identificadas no conjunto probante angariado aos autos, bem como no substrato legal acima destacado (Artigo 286-A do Regimento Interno TCE/RO), opinamos pelo deferimento do pedido sob exame, para efeito de se determinar o processamento do pagamento da diferença remuneratória em favor do servidor requerente, correspondente ao período de 36 (trinta e seis) dias em que exerceu em regime de substituição o titular da função gratificada de Secretário Regional de Controle Externo de Porto Velho – FG-3, observando os parâmetros da planilha acostada à fl. 07.

É o relatório.

3. Compulsando o requerimento encartado pelo servidor, verifica-se que ele pretende o pagamento dos valores decorrentes da substituição do titular da Função Gratificada de Subsecretário Regional de Controle Externo de Porto Velho – FG-3, nos seguintes períodos:

Data da substituição Dias de substituição Portarias

09 a 29.06.2015 21 Portaria n. 509, de 22.06.2015, publicada

no DOeTCE-RO n. 936, de 24.06.2015

07 a 21.05.2015 15 Portaria n. 391, de 13.05.2015, publicada

no DOeTCE-RO n. 913, de 13.05.2015

4. De fato, art. 54 da Lei Complementar n. 68/92 prescreve que haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em comissão, e que o substituto fará jus à gratificação pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, superiores a 30 dias, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

5. Nesta esteira, o art. 268-A do Regimento Interno desta Corte de Contas, acrescido pela Resolução n. 80/TCE-RO/2011, preconiza:

Art. 268-A. O servidor fará jus à vantagem de substituição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, inferior, igual ou superiores a 30 (trinta) dias, desde que a acumulação dos lapsos de substituição ultrapasse esse trintídio legal.

6. Assim, verifica-se na Instrução n. 183/Segesp (fl. 08), bem como nas Portarias n. 509/15 e n. 391/15 (fls. 03/04), que o servidor atuou como substituto designado por um total de 26 (trinta e seis) dias, fazendo jus ao pagamento pleiteado.

7. Desta feita, ao tempo em que DEFIRO o pedido do servidor, DETERMINO o encaminhamento dos autos à SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO para adoção das seguintes providências:

I – Pagamento ao servidor Charles Adriano Schappo do valor referente a 36 dias de substituição na Função Gratificada de Subsecretário Regional de Controle Externo, conforme a tabela de cálculos de fl. 07 e desde que atestada a disponibilidade orçamentária e financeira;

II – Dê-se ciência ao interessado;

III – Após, arquivem-se os autos.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.


Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

DECISÃO

PROCESSO No: 1827/15 - TCE-RO INTERESSADA: Angelina da Silva Freire ASSUNTO: Requer permanência em estágio de nível superior


ADMINISTRATIVO. ESTÁGIO. PRORROGAÇÃO REPROVAÇÃO EM DISCIPLINAS. INDEFERIMENTO. 1. O art. 18, IV, da Resolução n. 103/TCE-RO/2012 dispõe que somente poderão ser admitidos como estagiários aqueles que não possuírem reprovação no semestre anterior ou corrente ao ingresso nesta Corte de Contas. 2. Em que pese a requerente tenha preenchido os requisitos para admissão, acumula dependência em duas disciplinas. 3. Esse fato não autoriza a prorrogação do seu período de estágio, uma vez que caracteriza um contrassenso em relação ao art. 30, VIII, da referida Resolução, o qual dispõe que a reprovação em qualquer disciplina, após o ingresso neste Tribunal, enseja o desligamento do estagiário. 4. Pedido Indeferido.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito pela estagiária Angelina da Silva Freire, matrícula n. 770416, lotada na Secretaria Estratégica de Tecnologia da Informação e Comunicação – SETIC, objetivando a prorrogação do estágio até o dia 03.11.2015, tendo em vista que não obteve aprovação em duas disciplinas em sua instituição de ensino, tendo que cursá-las até novembro do corrente exercício (fls. 02/04).

2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 123/Segesp – fls. 22/23), a Assessoria Jurídica manifestou-se, por meio do Parecer n. 260/15-ASSEJUR/GP (fls. 25), nos seguintes termos:

Pelo quanto exposto, não opino pela prorrogação de estágio da requerente, uma vez que o art. 30 da Resolução n. 103/2012 preceitua que o estagiário será desligado se houver reprovação em alguma disciplina de sua grade [hipótese dos autos].

De resto, sugiro seja secretaria de gestão de pessoas (SEGESP) orientada a não admitir estagiário que tenha reprovado em qualquer disciplina, e, se admitido, promova o seu desligamento; isto com suporte em uma interpretação sistemática dos arts. 18, IV, e 30 da Resolução n. 103/2012.

3. Posteriormente, foi acostado aos autos o Despacho n. 61/2015 da Assessoria Jurídica (fls. 28) com a finalidade de aperfeiçoar o citado Parecer, no seguinte sentido:

Nessa esteira, sugiro seja a secretaria de gestão de pessoas (SEGESP) orientada a desligar o estagiário que tenha reprovado em alguma disciplina após o seu ingresso; isto com suporte em uma interpretação sistemática dos arts. 18, IV, e 30 da Resolução n. 103/2012.




De resto, destaco que mantenha opinião para que não seja prorrogado o estágio da requerente, uma vez que ela acumulou dependência desde seu ingresso, como apontado no precitado parecer jurídico, o que, por conseguinte, esbarra no que estabelece o art. 18, IV, da Resolução n. 103/2012.

É o relatório.

4. No âmbito desta Corte de Contas, é a Resolução n. 103/TCE-RO/2012 que disciplina o estágio de alunos dos ensinos médio e superior.

5. Nesta esteira, o art. 18, IV, do referido normativo dispõe que só podem ser admitidos os estudantes de nível superior que não tenham reprovado ou ficado em dependência no semestre anterior ou corrente e, ainda, obtido aproveitamento escolar satisfatório, apresentando média de notas igual ou superior a 06 (seis) no último semestre, em todas as disciplinas que tenham cursado em seu estabelecimento de ensino:

Art. 18. Só poderão ser admitidos os estudantes de nível superior que:

(...)

IV – não tenham reprovado ou ficado em dependência no semestre anterior ou corrente e, ainda, obtido aproveitamento escolar satisfatório, apresentando média de notas igual ou superior a 06 (seis) no último semestre, em todas as disciplinas que tenham cursado em seu estabelecimento de ensino; e (...)

6. Assim, o pedido para prorrogação do estágio não comporta acolhimento.

7. Isto porque, conforme se verifica no mesmo Histórico Escolar (fls. 20), a requerente acumula dependência nas disciplinas de Matemática Básica e Programação Web, cursadas, respectivamente, nos 2º e 3º períodos, desde o seu ingresso nesta Corte de Contas.

8. Sabe-se que a reprovação em qualquer disciplina é razão para o desligamento do estagiário, nos termos do art. 30, inciso VIII, in verbis:

Art. 30. O desligamento do estagiário ocorrerá:

[...]

VIII – por reprovação em qualquer das disciplinas constantes da grade curricular;

9. No entanto, conforme o entendimento exposto pela Assessoria Jurídica, no Despacho n. 61/2015 (fl. 28), o desligamento do estagiário ocorrerá desde que “tenha reprovado em alguma disciplina após o seu ingresso; isto com suporte em uma interpretação sistemática dos art. 18, IV, e 30 da Resolução n. 103/2012”. Ademais, a mesma Resolução aceita que sejam admitidos estagiários que possuam dependência, desde que decorrente de outros semestres, e não daquele anterior à admissão.

10. Não obstante, considerando que a reprovação é motivo que enseja o desligamento do estagiário, desde que ocorrida após o seu ingresso neste Tribunal, o fato de a requerente cumular duas dependências, prorrogando sua permanência junto à instituição de ensino, obsta a prorrogação das suas atividades de estágio, uma vez que a situação em comento, além de não prevista em lei, caracterizaria um contrassenso com a hipótese prevista no art. 30, VIII, da Resolução n. 103/2012.

11. Frise-se que o Termo de Compromisso da estagiária foi prorrogado por mais um ano, a partir de 4.11.2014, nos termos da Cláusula Segunda, do Termo Aditivo ao Termo de Compromisso de Estágio de fl. 17. Entretanto, suas atividades perante esta Corte devem cessar em 18.07.2015, data prevista no Calendário Acadêmico (fl. 18) para encerramento do último semestre cursado pela requerente em sua instituição educadora.

12. Finalmente, ratificando o Parecer n. 260/15-ASSEJUR/GP (fls. 25), recomendo “seja a secretaria de gestão de pessoas (SEGESP) orientada a não admitir estagiário que tenha reprovado em qualquer disciplina, e, se admitido, promova o seu desligamento; isto com suporte em uma interpretação sistemática dos arts. 18, IV, e 30 da Resolução n. 103/2012”.

13. Diante do exposto, ao tempo em que INDEFIRO o pedido apresentado pela estagiária Angelina da Silva Freire, DETERMINO o encaminhamento dos autos à SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO para ciência da interessada e, após, arquivamento dos autos.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.


Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em exercício

DECISÃO

PROCESSO No: 1707/15 - TCE-RO INTERESSADOS: Severino Martins da Cruz e outros – Motoristas do TCE-RO ASSUNTO: Requer pagamento da contrapartida pecuniária ao cargo de Motorista referente ao advento da LC n. 799/2014


CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. REQUERIMENTO. MOTORISTAS. DESVIO DE FUNÇÃO. OFENSA. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, MORALIDADE E IMPESSOALIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. ATRIBUIÇÕES PREVISTAS EM LEI. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INDEFERIMENTO. 1. Define-se cargo público como o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um agente público, devendo ser criados, extintos ou transformados somente por lei, em observância ao princípio da legalidade, configurando-se desvio de função o exercício, pelo servidor, de funções relativas a outro cargo, que não o que ocupa efetivamente. 2. Deve a atividade administrativa se pautar, ainda, nos princípios da moralidade e da impessoalidade, empregando-se, para tanto, a ética e a probidade, além de buscar atender ao interesse público. 3. Tendo os motoristas deste Tribunal pleiteado a percepção de contraprestação pecuniária a título de diferença salarial, pois lhe foram atribuídas atividades supostamente dos cargos de Oficiais de Justiça ou Oficiais de Diligências, relacionadas ao cumprimento de mandados e entrega de ofícios, não há que se falar em ofensa aos mencionados princípios constitucionais ou desvio de função se comprovado que o acréscimo de atribuições deu-se por meio de lei, objetivando atender ao interesse público. 4. Frise-se, ainda, que, conforme entendimento consolidado na doutrina e jurisprudência pátrias, inexiste direito adquirido a regime jurídico. 5. Indeferimento do pedido.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito por Samir Araújo Ramos e outros motoristas desta Corte de Contas, por meio do qual pleiteiam o recebimento de diferença salarial decorrente do acréscimo de atribuições ao cargo com o advento da Lei Complementar n. 799/2014, quando passaram a desempenhar atribuições relacionadas ao cumprimento de mandados de citação, audiência, comunicação de diligência, notificação e intimação, argumentando, em síntese, que tais atividades caracterizam desvio de função e afronta aos princípios constitucionais da legalidade, da moralidade da impessoalidade (fls. 02/06).




2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 125/Segesp – fls. 08/10), a Assessoria Jurídica manifestou-se, por meio do Parecer n. 286/ASSEJUR-2015 (fls. 12/14), nos seguintes termos:

Nos termos da fundamentação supra, concluímos que a pretensão sob análise não comporta acolhimento, sendo certo que a tese argumentativa erigida pelos servidores interessados quanto à caracterização de desvio de função padece de completa inconsistência, considerando a expressa previsão legal para as atividades atribuídas aos ocupantes do cargo de motorista junto ao TCE/RO pelo artigo 12, inciso X da LC n. 307/2004, alterado pela LC n. 799/2014.

É o relatório.

3. O pedido em apreço cinge-se ao recebimento de contraprestação pecuniária em decorrência do acréscimo de atribuições ao cargo de motorista desta Corte de Contas, supostamente exclusivas dos cargos de Oficial de Justiça ou Oficial de Diligências.

4. Diante disso, pleiteiam o pagamento, com os devidos reajustes, retroativo à data da edição da LC n. 799/14. Para tanto, indicam o valor de R$ 1.782,00, correspondente à Função Gratificada FG – 1, previsto no Anexo X – B da LC n. 645/2011, por entendê-la “mais compatível ao pleito, visto que a específica da função de Oficial de Diligências, no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), fora excluída com a revogação da LC n. 467/2008” (fls. 06).

5. Nesta esteira, compulsando a exordial subscrita pelos motoristas, vê-se que o mencionado pedido alicerçou-se nas alterações operadas pela Lei Complementar n. 799/2014 na Lei Complementar n. 307/2004. Nesta esteira, previa a redação original da LC n. 307/2004:

Art. 12. São atribuições dos cargos que compõem a Carreira de Apoio Técnico e Administrativo, sem prejuízo do disposto no art. 16 desta Lei Complementar:

X – Motorista: conduzir veículos oficiais leves e pesados, para o transporte de pessoas e materiais; zelar pelas boas condições e manutenção dos veículos que compõem a frota oficial; podendo, se solicitado, conduzir veículos particulares dos membros e servidores no interesse do Tribunal; (...)

6. Posteriormente, adveio a LC n. 679/2012 que, embora tenha alterado outros dispositivos da LC n. 307/2004, manteve as atribuições dos motoristas. Mais tarde, a LC n. 799/2014 acresceu ao cargo outras funções, além daquelas previstas originalmente:

Art. 12. São atribuições dos cargos que compõem a Carreira de Apoio Técnico e Administrativo, sem prejuízo do disposto no art. 16 desta Lei Complementar:

X – Motorista: conduzir veículos oficiais leves e pesados, para o transporte de pessoas e materiais; zelar pelas boas condições e manutenção dos veículos que compõem a frota oficial; cumprir os mandados de citação, audiência, comunicação de diligência, notificação e intimação; entregar ofícios de demais documentos; podendo, se solicitado, conduzir veículos locados pelo Tribunal e bem como os de propriedade dos membros e servidores no interesse do Tribunal;

7. Não bastasse, argumentam os motoristas que suas nomeações se deram sob a égide dos Editais de Concurso Público n. 001/94/TCER e n. 001/2007/TCER, que não previam dentre suas atividades aquelas recentemente acrescidas pela LC n. 799/2014, o que configuraria desvio de função, além de afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade.

8. Todavia, não há como acolher a pretensão apresentada.

9. Cargo Público, conforme dispõe a LC 68/92, em seu art. 4º, “é o conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente

cometida ou cometíveis a servidor público, com denominação própria, quantidade certa, prevista em lei e pagamento pelos cofres públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão”.

10. Sobre o tema, a doutrina de Hely Lopes Meirelles leciona que cargo público é “o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e responsabilidades específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei” (MEIRELLES, Hely Lopes. Curso de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Malheiros, p. 387).

11. Assim, diante dessas definições, verifica-se que as atribuições conferidas àqueles que ocupam cargo público devem ser instituídas por lei, em observância ao princípio da legalidade, que rege a Administração Pública. Acerca do referido princípio, previsto no art. 37 da Constituição, dispõe José dos Santos Carvalho Filho, em seu Manual (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 23ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 21):

O princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração. Significa que toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é ilícita.

12. Não merece prosperar, portanto, o argumento de que houve ofensa ao princípio da legalidade quando lhes foram atribuídas funções de competência de Oficiais de Justiça ou de Oficiais de Diligência. Isto porque, foi a Lei Complementar n. 799/14 que atribuiu aos motoristas deste Tribunal a responsabilidade de cumprir os mandados de citação, audiência, comunicação de diligência, notificação e intimação, dentre outras, conforme se verifica do art. 12, inciso X, da LC n. 307/04, com redação dada pela LC n. 799/14.

13. Neste ponto, impende mencionar que, comprovado que o acréscimo de atribuições não ofendeu ao princípio da legalidade, é de se asseverar que, na hipótese, tendo sido a própria lei que conferiu aos servidores as atribuições discutidas, não há que se falar em desvio de função. Mais uma vez citando José dos Santos Carvalho Filho, o doutrinador discorreu acerca deste instituto (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Idem, p. 662/663):

O cargo, ao ser criado, já pressupõe as funções que lhe são atribuídas. Não pode ser instituído cargo com funções aleatórias ou indefinidas: é a prévia indicação das funções que confere garantia ao servidor e ao Poder Público. Por tal motivo, é ilegítimo o denominado desvio de função, fato habitualmente encontrado nos órgãos administrativos, que consiste no exercício, pelo servidor, de funções relativas a outro cargo, que não o que ocupa efetivamente. Cuida-se de uma corruptela no sistema de cargos e funções que precisa ser coibida, para evitar falsas expectativas do servidor e a instauração de litígios com o escopo de permitir a alteração da titularidade do cargo. Na verdade, o desvio de função não se convalida, a não ser em situações excepcionais autorizadas em lei, mas o servidor deve ser indenizado, quando couber, pelo exercício das funções do outro cargo, e a autoridade administrativa deve ser responsabilizada pela anomalia, inclusive porque retrata improbidade administrativa. (grifei)

14. Assim, em que pese as atribuições consistentes em cumprimento de mandados e entrega de ofícios não fossem, originariamente, de responsabilidade dos motoristas, houve lei que lhes conferiu referidas funções. O Supremo Tribunal Federal possui entendimento no sentido de que o meio apto à reestruturação de cargos públicos, inclusive alteração de suas atribuições, é a lei em sentido formal, conforme se verifica:

CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. PORTARIA N. 286/2007. ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DE CARGO PÚBLICO POR MEIO DE PORTARIA. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. Contraria direito líquido e certo do servidor público a alteração, por meio de portaria, das atribuições do cargo que ocupa. 2. A inexistência de direito adquirido a regime jurídico não autoriza a reestruturação de cargos públicos por outra via que não lei formal. 3. Segurança concedida. (STF - MS: 26955 DF, Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 01/12/2010, Tribunal Pleno, Data de




Publicação: DJe-070 DIVULG 12-04-2011 PUBLIC 13-04-2011 EMENT VOL-02502-01 PP-00010) (grifei).

15. Nesse sentido, também determinou a Suprema Corte:

MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA A PORTARIA 286/2007, DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES DE SEGURANÇA. DIREITO À PERCEPÇÃO DA GRATIFICAÇÃO INSTITUÍDA PELO ART. 15 DA LEI 11.415/2006. 1. Os cargos públicos, que consistem num ?conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor? (art. 3º da Lei 8.112/90), são criados por lei e providos, se em caráter efetivo, após a indispensável realização de concurso público específico. 2. A Portaria PGR/MPU nº 286/2007 operou verdadeira transposição inconstitucional de cargos. Inconstitucional porque: a) a portaria é ?meio juridicamente impróprio para veicular norma definidora das atribuições inerentes a cargo público? (MS 26.955, Rel. Min. Cármen Lúcia); b) houve alteração substancial das atribuições dos cargos titularizados pelos impetrantes. 3. Têm os autores direito à percepção da Gratificação de Atividade de Segurança (GAS), instituída pelo art. 15 da Lei 11.415/2006, pois exercem funções de segurança. 4. Segurança concedida. (STF - MS: 26740 DF , Relator: Min. AYRES BRITTO, Data de Julgamento: 30/08/2011, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-224 DIVULG 24-11-2011 PUBLIC 25-11-2011 EMENT VOL-02633-01 PP-00001) (grifei).

16. Desta feita, conclui-se que as atribuições dos cargos são previstas em lei e somente passíveis de alterações por este meio, como é o caso dos autos, o que afasta a possível alegação de afronta ao princípio da legalidade e descaracteriza o desvio de função.

17. Não bastasse, não há que se falar em ofensa aos princípios da moralidade e da impessoalidade, ambos esculpidos no art. 37, caput, da Constituição Federal.

18. Como bem leciona Dirley da Cunha Júnior, o princípio da moralidade “determina o emprego da ética, da honestidade, da retidão, da probidade, da boa-fé e da lealdade com as instituições administrativas e políticas no exercício da atividade administrativa” (DA CUNHA JÚNIOR, Dirley. Curso de Direito Administrativo. 6ª ed. Salvador: JusPodium, 2007, p. 189), enquanto o princípio da impessoalidade, segundo a doutrina de Hely Lopes Meirelles, é aquele que determina que todos os atos administrativos deverão ter “um objetivo certo e inafastável: o interesse público” (MEIRELLES, Hely Lopes. Idem, p. 85/86).

19. Mais uma vez, não há que se falar em qualquer transgressão da administração no acréscimo de atribuições ao cargo de motorista. A conduta supostamente irregular, em verdade, revestiu-se de moralidade e impessoalidade, buscando atender somente ao interesse público, principalmente no que diz respeito à otimização das atividades fim desta Corte de Contas.

20. Frise-se, ainda, que o entendimento pacificado na doutrina e jurisprudência pátrias é o de que inexiste direito adquirido a regime jurídico, por parte dos servidores ocupantes de cargos públicos. Nas lições de José dos Santos Carvalho Filho, Regime Jurídico “é o conjunto de regras de direito que regulam determinada relação jurídica”, aplicável de acordo com o vínculo jurídico estabelecido entre o servidor e o Estado (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Idem, p. 647).

21. Sobre o assunto, Dirley da Cunha Jr., discorrendo sobre o Regime Estatutário, ensina que este “é o regime aplicável aos servidores públicos titulares de cargos públicos”. Mais adiante, continua, asseverando que o regime “é estabelecido por lei de cada entidade estatal, que fixa as atribuições e responsabilidades, os direitos e deveres do cargo, e que fica sempre sujeito à revisão unilateral por parte do Estado, respeitados apenas os direitos adquiridos pelo servidor no que tange a alguma vantagem ou benefício já incorporado” (DA CUNHA JÚNIOR, Dirley. Idem, p. 189).

22. Nesta esteira, é a jurisprudência pátria:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL DE ASSIDUIDADE. IMPLEMENTAÇÃO DO REQUISITO TEMPORAL DURANTE A VIGÊNCIA DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 141/99. INCIDÊNCIA PROPORCIONAL DOS PERCENTUAIS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. DIREITO INTERTEMPORAL. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME REMUNERATÓRIO. INEXISTÊNCIA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO EVIDENCIADO. 1. O percentual e a forma de cálculo do “adicional de assiduidade” foram, ao longo do tempo, objeto de diversas modificações legislativas, mas o requisito necessário à implementação da vantagem – cumprir o servidor um decênio ininterrupto de efetivo exercício – não sofreu qualquer alteração. 2. Em homenagem ao princípio tempus regit actum, o direito à percepção do “adicional” de assiduidade” somente pode ser concedido com base nos critérios da Lei Complementar Estadual nº 141/99, porquanto era esse o diploma legal vigente à época em que foi implementado o requisito temporal prescrito na legislação que criou a citada vantagem, isto é, a Lei Complementar Estadual nº 46/94. 3. As relações jurídicas havidas entre os servidores públicos e a Administração são de natureza estatutária, e não contratual e, portanto, não há direito adquirido a regime jurídico, nem à forma de cálculo de vantagens. 4. Recurso ordinário em mandado de segurança conhecido, mas desprovido. (STJ – RMS 26.562/ES, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 25/10/2011, Dje 07/11/2011) (grifei).

RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL. CONCURSO PÚBLICO. ENQUADRAMENTO NA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE À ÉPOCA DA NOMEAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. 1. Consoante entendimento pacificado desta Corte, se aplica ao servidor público, para fins de enquadramento na carreira, a lei vigente à época da sua nomeação para o cargo público, e não a lei em vigor ao tempo da realização do concurso público. 2. O servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Precedentes do STF. 3. Recurso ordinário improvido. (STJ - RMS: 21664 MT 2006/0060189-4, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 22/06/2010, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 02/08/2010) (grifei).

23. Diante de todo o exposto, verifica-se que a pretensão em análise não comporta acolhimento, uma vez que não configurado o alegado desvio de função, bem como não há que se falar em afronta aos princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, uma vez que existe expressa previsão legal para as atividades atribuídas aos ocupantes do cargo de motorista do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e que a atuação da Administração, no caso em testilha, pautou-se no interesse público.

24. Assim, não há que se falar em pagamento de contraprestação pecuniária em virtude das referidas atividades, tendo em vista que estas são inerentes ao cargo de motorista deste Tribunal.

25. Desta feita, ao tempo em que INDEFIRO o requerimento dos servidores Severino Martins da Cruz e outros ocupantes do cargo de motorista, DETERMINO o encaminhamento dos autos à SECRETARIA-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO para que dê ciência aos interessados e, após, arquivem-se os autos.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.


Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em exercício

Atos da Secretaria-Geral de Administração e Planejamento




Concessão de Diárias

DIÁRIAS CONCESSÕES DE DIÁRIAS Processo: 2292/2015 Concessão: 151/2015 Nome: LEANDRA BEZERRA PERDIGAO Cargo/Função: BIBLIOTECARIO/BIBLIOTECARIO Atividade a ser desenvolvida: Participar do "XXVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação" Origem: Porto Velho/RO Destino: São Paulo/SP Meio de transporte: Aéreo Período de afastamento: 20/07/2015 - 25/07/2015 Quantidade das diárias: 6

Avisos

TERMO DE RATIFICAÇÃO DE DESPESA

AVISO Processo n° 01867/2015. O Secretário-Geral de Administração e Planejamento do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em face dos poderes a ele conferidos pela Portaria nº 643 de 30.5.2014, publicada no DOE TCE-RO nº 681, ano IV, de 2.6.2014, TORNA SEM EFEITO o procedimento de contratação direta, via inexigibilidade de licitação, com base no art. 25, II, c/c art. 13, inciso VI, ambos do Estatuto Nacional de Licitações, formalizado nos autos do Processo Administrativo nº 01867/2015/TCE-RO, do professor Fabricio Macedo Motta, para palestrar no IV FÓRUM DE DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO APLICADO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS "Avanços constitucionais e o papel dos Tribunais de Contas para a efetividade da Gestão Pública.", ratificada por meio do Termo de Ratificação n° 16/2015/SELICON, publicado no DOeTCE-RO n° 919, de 27 de maio de 2015.


LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Extratos

EXTRATO DE CONTRATO EXTRATO DO CONTRATO Nº 21/2015/TCE-RO

CONTRATANTES – O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA E A EMPRESA MAFOS COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.

OBJETO – Fornecimento de peças para aparelhos condicionadores de ar da marca TOSHIBA (VRF), a fim de atender necessidade do Tribunal de Contas do estado de Rondônia.

VALOR – R$ 35.458,35 (trinta e cinco mil, quatrocentos e cinquenta e oito reais e trinta e cinco centavos), conforme tabela abaixo:

Item Especificação Técnica Marca emodelo

Unid Quant Valor Unitário (R$) Valor Total (R$)

1

Placa motor compressor para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY-MAP 120 IHT7, MCC 1502, conforme todas as condições dispostas no

Termo de Referência – Anexo II do Edital. Toshiba VRF mod.MMY-MAP 120

IHT7 MCC 1502 Und. 6 R$ 2.834,17 R$ 17.005,00

2

Placa motor compressor para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY-MAP 80 IHT7, MCC

1502, conforme todas as condições dispostas no Termo de Referência – Anexo II do Edital.

Toshiba VRF mod.MMY-MAP 80

IHT7 MCC 1502 Und 2 R$ 2.834,17 R$ 5.668,34

3

Placa motor compressor para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY-MAP 60 IHT7, MCC

1502, conforme todas as condições dispostas no Termo de Referência – Anexo II do Edital.


IHT7 MCC 1502 Und 2 R$ 2.834,17 R$ 5.668,34

4

Placa motor ventilador para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY- MAP 120 IHT7, MCC- 896,

conforme todas as condições dispostas no Termo de Referência – Anexo II do Edital.


IHT7 MCC 896 Und 3 R$ 1.423,33 R$ 4.269,99

5

Placa motor ventilador para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY- MAP 80 IHT7, MCC- 896,

conforme todas as condições dispostas no Termo de Referência – Anexo II do Edital.


IHT7 MCC 896 Und 1 R$ 1.423,33 R$ 1.423,33

6

Placa motor ventilador para equipamento TOSHIBA VRF mod. MMY_MAP 60 IHT7, MCC- 896, conforme

todas as condições dispostas no Termo de Referência – Anexo II do Edital.


IHT7 MCC 896 Und 1 R$ 1.423,33 R$ 1.423,33

VALOR TOTAL DA PROPOSTA R$ 35.458,35




DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA – As despesas decorrentes do presente Contrato correrão por conta dos recursos consignados ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, pela Lei Orçamentária Anual do Estado de Rondônia, conforme a seguinte Ação Programática: 01.122.1265.2981 - Gerir as Atividades de Natureza Administrativas, Elemento de Despesa 3.3.90.30 – Material de Consumo, Nota de Empenho n° 01004/2015.

VIGÊNCIA – A vigência do contrato será de sua assinatura até o completo adimplemento das obrigações entre as partes, compreendendo o período de garantia dos equipamentos.

GARANTIA - Os bens objeto do presente contrato deverão possuir garantia de fábrica de no mínimo 12 (doze) meses.

PROCESSO – Nº 0218/2015.

FORO – Comarca de Porto Velho – RO.

ASSINAM – Senhor LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA, Secretário-Geral de Administração e Planejamento do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e a Senhora ANA VITORIA FRESIA SCHORR, representante legal da empresa Mafos Comérciuo e Serviços Ltda.

Porto Velho, 26 de junho de 2015.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento/TCE-RO

Sessões

Pautas

SESSÃO ORDINÁRIA

Tribunal de Contas de Estado de Rondônia Secretaria de Processamento e Julgamento Pauta de Julgamento - Conselho Superior de Administração

Sessão Ordinária - 0006/2015

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no art. 93, inciso X,da Constituição Federal, art. 68, inciso I, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o artigo 225, inciso I, do Regimento Interno, CONVOCA O CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO desta Corte para reunir-se em Sessão Administrativa no dia 24/07/2015, às 10 horas, no Plenário deste Tribunal, a fim de tratar da seguinte ordem de trabalho:

1 - Processo n. 01763/15 Assunto: Projeto de Resolução que regulamenta o termo de ajustamento de gestão - TAG Interessado(s): Tribunal de Contas do Estado de Rondônia - Tce/ro - CNPJ nº 04.801.221/0001-10 Relator: CONSELHEIRO EDILSON DE SOUSA SILVA

Porto Velho, terça-feira, 21 de julho de 2015.

PAULO CURI NETO Conselheiro Presidente em substituição

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO€¦ · assunto: exame de legalidade do edital de concurso pÚblico n.137/gdrh/searh/2014 responsÁvel: carla mitsue ito cpf n. 125.541.438-38