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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, QUARTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2013 - Nº 7318 - 188 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA MESA DIRETORA THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário GLAUBER COELHO - PR 2º Vice-Presidente JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM – PMDB – Luzia Toledo PT – Claudio Vereza PR – Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT – Da Vitoria PSB – Freitas PRP – Dary Pagung PTN – Jamir Malini PMN – Janete de Sá PV - PTB – José Carlos Elias PP – Cacau Lorenzoni SÉRGIO BORGES (PMDB) Líder do Governo ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES E SOLANGE LUBE. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES, GLAUBER COELHO E JOSÉ ESMERALDO. PSB FREITAS. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI. Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666 e-mail: [email protected] DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, QUARTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2013 - Nº 7318 - 188 PÁGINAS

DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA

MESA DIRETORA

THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente

SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário

LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente

SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário

GLAUBER COELHO - PR 2º Vice-Presidente

JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária

GABINETE DAS LIDERANÇAS

DEM – PMDB – Luzia Toledo PT – Claudio Vereza PR – Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT – Da Vitoria PSB – Freitas PRP – Dary Pagung PTN – Jamir Malini PMN – Janete de Sá PV - PTB – José Carlos Elias PP – Cacau Lorenzoni

SÉRGIO BORGES (PMDB)

Líder do Governo

ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo

REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA

DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES E SOLANGE LUBE. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES, GLAUBER COELHO E JOSÉ ESMERALDO. PSB FREITAS. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI.

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Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666

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DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Elcio Alvares Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Luzia Toledo, José Carlos Elias, Da Vitória, Marcelo Santos e Sandro Locutor. Suplentes: Atayde Armani, Gilsinho Lopes, Lúcia Dornelas, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Janete de Sá.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Gildevan Fernandes Vice-Presidente: Cacau Lorenzoni Efetivos: Jamir Malini, Sandro Locutor e Glauber Coelho. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Marcelo Santos, Genivaldo Lievore e Luzia Toledo. COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Luzia Toledo Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Jamir Malini. Suplentes: Dary Pagung, Da Vitória e Luiz Durão. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Da Vitória Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: José Esmeraldo, Rodrigo Coelho e Marcos Mansur. Suplentes: Atayde Armani, Cacau Lorenzoni, Genivaldo Lievore, Janete de Sá e Euclério Sampaio. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Genivaldo Lievore Vice-Presidente: Efetivos: José Carlos Elias, e Gildevan Fernandes Claudio Vereza. Suplentes: Marcelo Santos, Marcos Mansur, Gilsinho Lopes e Janete de Sá. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hercules Vice-Presidente: Janete de Sá Efetivos: Gildevan Fernandes, Glauber Coelho e Rodrigo Coelho. Suplentes: Luzia Toledo, Genivaldo Lievore, José Esmeraldo e José Carlos Elias. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Rodrigo Coelho Vice-Presidente: Paulo Roberto Efetivos: Aparecida Denadai. Suplentes: Claudio Vereza, Luiz Durão e Doutor Hércules.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Atayde Armani Vice-Presidente: Glauber Coelho Efetivos: Cacau Lorenzoni, Marcos Mansur e Rodrigo Coelho.

Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Sérgio Borges Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Luzia Toledo, José Esmeraldo, Euclério Sampaio, Lúcia Dornelas e Dary Pagung. Suplentes: Jamir Malini, Paulo Roberto, Sandro Locutor, Gilsinho Lopes, Da Vitória, Rodrigo Coelho e Glauber Coelho. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Dary Pagung Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: Doutor Hercules e Aparecida Denadai. Suplentes: Jamir Malini, José Esmeraldo e Sandro Locutor. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Gilsinho Lopes Vice-Presidente: Euclério Sampaio Efetivos: José Esmeraldo, Luiz Durão e Sandro Locutor. Suplentes: Da Vitória, Dary Pagung, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Cacau Lorenzoni. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Lúcia Dornelas Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Paulo Roberto. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Rodrigo Coelho, Marcelo Santos e Cacau Lorenzoni. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: José Carlos Elias Vice-Presidente: Marcelo Santos Efetivos: Paulo Roberto Suplentes: Marcos Mansur, Sandro Locutor e Luzia Toledo. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Marcelo Santos Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Jamir Malini, Gilsinho Lopes e Euclério Sampaio. Suplentes: José Esmeraldo, Genivaldo Lievore, Dary Pagung, Luiz Durão e Sandro Locutor. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Janete de Sá Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Marcos Mansur. Suplentes: Doutor Hercules, Marcelo Santos e Cacau Lorenzoni.

DEPUTADO CORREGEDOR: JOSÉ CARLOS ELIAS

DEPUTADO OUVIDOR: JOSÉ ESMERALDO

LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 0800-2839955 e-mail: [email protected]

Publicação Autorizada pág. 1 a 69 Atos do Presidente pág. 69 Atos Legislativos Atos Administrativos pág. 69 a 75 Atas das Sessões Atas das Reuniões das Comissões Parlamentares pág. 75 a 184 Atas Sucintas das Reuniões das Comissões Parlamentares Suplemento

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 1

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA

PODER LEGISLATIVO

PARECERES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 12/2013 AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Agnaldo da Silva Góes”.

I - RELATÓRIO Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Marcelo Santos, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Agnaldo da Silva Góes.

A proposição que foi protocolizada no dia 02/04/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 03/04/2013.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, I da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR

O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 12/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Agnaldo da Silva Góes.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é natural da cidade de Mesquita, Estado do Rio de Janeiro. Nascido em 1967, veio para o Estado no ano de 1996, com 29 anos de idade, fixando residência no município de Cariacica.

Graduado em faixa preta no ano de 1989, na prática do esporte denominado Jiu-Jitsu, tendo como Mestre Oswaldo Baptista Fadda. Sendo o mais

graduado no esporte no Estado. Atualmente conquistou classificação de faixa preta em 6º grau.

O homenageado é parceiro da equipe que realiza o projeto Construindo Vencedores, direcionado à jovens em situação de risco social.

Instrutor de defesa pessoal no Centro de Operações Especiais nos anos de 2001 a 2004, e de defesa pessoal no Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, dentre outras atuações nessa área.

Estudante do curso de Educação Física da Faculdade Clarentiano, presidente da Federação de Jiu-Jitsu do Espírito Santo e desde 2012 é o representante do Mix Marcial Artes - MMA no nosso Estado.

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o agraciado, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos 56, inciso XXIX, e artigo 61, inciso IV, in verbis:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;”

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2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quanto à iniciativa da matéria em apreço, concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 63, caput, da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante art. 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário.

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004

“Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

Quanto à compatibilidade com o regimento

interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções

apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 05 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual entendemos pelo seu acolhimento.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Agnaldo da Silva Góes.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 158/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 12/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos.

Plenário Rui Barbosa, em 14 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

GILDEVAN FERNANDES JOSÉ CARLOS ELIAS

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 12/2013 AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: “Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Agnaldo da Silva Góes”. I - RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº

12/2013 de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Marcelo Santos o qual concede o título de cidadão espírito-santense ao Sr. Agnaldo da Silva Góes.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 3

A proposição foi protocolizada no dia 02.04.2013 e lida no expediente do dia 03.04.2013. A justificativa foi apresentada às fls. 03/04 dos autos.

O Parecer Técnico da Procuradora da Assembleia legislativa foi pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, fls. 08/14 dos autos. No mesmo sentido seguiu o Parecer nº 158/2013 da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, fls. 24/29 dos autos.

É o relatório. Pois bem. O projeto veio a esta Comissão de

Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, atendendo à norma regimental estabelecida no artigo 52, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

II - PARECER DO RELATOR

O Parecer do Relator da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação é pela aprovação quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2013, cabendo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do mérito. É o que se passa a fazer abaixo.

Com efeito, o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadão, eis que, consoante consta da justificativa do projeto de decreto legislativo, fls. 03/04 dos autos, trata-se de uma personalidade que desempenha relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado, a saber. O homenageado é natural da cidade do Rio de Janeiro - RJ, residente na cidade de Mesquita - RJ. Iniciou a prática do Jiu-Jitsu em 1977, graduando-se em faixa preta no ano de 1989. Sendo o mais graduado nesta arte no estado do Espírito Santo, sendo faixa preta em 6º grau. Desde 1996, o homenageado tem se dedicado aos ensinamentos do Jiu-Jitsu no Município de Cariacica e é parceiro da equipe que realiza o projeto “Construindo Vencedores”, em Santana. Fica claro o papel social desempenhado pelo homenageado, ao fazer parte desse projeto que tem por objetivo resgatar os jovens por meio do esporte, evitando, assim, o envolvimento com o uso de entorpecentes e ingresso no mundo do crime. Como mestre de Jiu-Jitsu, o Sr. Agnaldo da Silva Góes formou diversos alunos que hoje são faixas pretas, tendo mais de trezentos participantes sobre sua influência. Seu exemplo por meio desta prática tem disseminado valores essenciais, como a responsabilidade, o respeito a cidadania e a valorização da família. Resta claro, também, o relevante papel desempenhado no âmbito do Estado. O homenageado atuou como instrutor de defesa pessoal no Centro de Operações Especiais, participou como instrutor de defesa pessoal no Batalhão de Missões Especiais da PMES e ministrou o curso nacional da SENASP.

Cumpre ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo, exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Agnaldo da Silva Góes. Em face do exposto, é possível concluir que o Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2013 deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros desta Comissão o seguinte:

PARECER Nº 74/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2013, de autoria do Deputado Marcelo Santos.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 14/2013 Autor (ª): Mesa Diretora da Assembleia Legislativa Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais”

RELATÓRIO

O presente Projeto de Lei nº 14/2013, de

autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais.”

A matéria foi protocolada no dia 02 de abril de 2013, passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, foi lida na Sessão Ordinária do dia 03 de abril de 2013, vindo o Projeto a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação na forma do art. 41,I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09).

Segundo justificativa, a autora do Projeto assevera que o homenageado, é agricultor, natural do Estado do Ceará, chegando ao Estado do Espírito Santo em 1976, tendo trabalhado inicialmente na Metalosa como torneiro mecânico, logo após, iniciou sua atuação na agricultura, participando da Cooperativa de Aquicultores do Estado do Espírito

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4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Santo - CEAq, no município de São Domingos do Norte.

O currículo do homenageado está inserido na justificativa devidamente assinada pela autora do presente Projeto.

Passo a fundamentar a análise desenvolvida. É o relatório.

PARECER DO RELATOR

Da análise quanto ao aspecto da

legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade e da técnica legislativa.

O presente Projeto de Decreto Legislativo

nº 14/2013, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, tem por objeto o seguinte: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais.”

Sobre o prisma da constitucionalidade, não há qualquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de Lei em epigrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

"Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição ". No que diz respeito à iniciativa da matéria

em exame, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais, com fundamento no art. 63, "caput", da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa legislativa da matéria ora em apreciação, in ver bis:

"Art. 63 - A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição". (negrito nosso)

Neste contexto a espécie normativa

adequada para a propositura é a lei ordinária, conforme dispõe o art. 61, III, da Constituição Estadual, estando o Projeto em sintonia com a Carta Estadual, que diz:

"Art. 61 - O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) III- decreto legislativo".

O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno. O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos arts. 200, I, e 201 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento Interno.

Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

O presente Projeto de Lei não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e legislação específica geral.

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu, nota-se que foi elaborado estudo técnico pela DR às fls. 06, o qual o adoto.

No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in verbis:

“Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.”

In casu, não há que se falar em norma de

grande repercussão, não havendo qualquer ressalva a ser feita no que tange à vigência da lei no tempo.

Portanto, no tocante a juridicidade, constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não encontra óbice que possa impedir a tramitação regular da matéria objeto de exame.

Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2013, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, atende aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em sua tramitação,

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 5

pois não invade a reserva legal do Chefe do Executivo, devendo prosseguir sua tramitação regular, por não conter vícios contrários à sua natureza. Cumpre nos ressaltar que o presente opinamento restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação do mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadania Espírito-santense ao Sr. José Alberto Arrais.

Em conclusão, opinamos pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2013, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Alberto Arrais, devendo desta forma prosperar em sua tramitação regular, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Sendo assim, sugerimos aos demais Membros desta douta comissão à adoção do seguinte:

PARECER N° 213/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela juridicidade, constitucionalidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2013, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais.

Plenário Rui Barbosa, em 11 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente DA VITÓRIA - Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

LUZIA TOLEDO SANDRO LOCUTOR CLAUDIO VEREZA

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° 14/2013 AUTORA: Mesa Diretora EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Alberto Arrais”

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo n. 14/2013, de autoria da Mesa Diretora, visa a conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Alberto Arrais.

A proposição foi protocolizada em 02.04.2013, lida no expediente do dia 03.04.2013,

publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 04.04.2013 e remetida à Diretoria de Redação, que elaborou o estudo de técnica legislativa da fl. 06.

Em seguida, os autos foram encaminhados à Procuradoria para elaboração de parecer jurídico, que se manifestou por sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que, no Parecer nº 213/2013, foi pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto legislativo.

Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

Analisando a justificativa apresentada pela Mesa Diretora, podemos perceber que o Sr. José Alberto Arrais é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes serviços à população deste Estado.

Neste sentido, consta na justificativa que o agraciado nasceu no Estado do Ceará, mas vive no Espírito Santo desde 1976, tendo iniciado sua atividade laborativa na “Metalosa”.

Ademais, o agraciado participa da Cooperativa dos Aquicultores do Espírito Santo, no Município de São Domingos do Norte, contribuindo, assim, para o desenvolvimento econômico deste Estado.

Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2013 atende aos pressupostos de mérito para ser aprovado.

Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 83/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2013, de autoria da Mesa Diretora.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ

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6 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 15/2013 Autora: Deputada Janete de Sá Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Armando Maurício Max”

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013,

de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Armando Maurício Max.

Segundo a justificativa do Projeto, o Senhor Armando Maurício Max, nascido em Assis, Estado de São Paulo em 1962, mas em 2002, com quarenta anos, mudou-se para Vitória, Capital do Espírito Santo.

Consta da justificativa, a trajetória profissional do homenageado, que em 1985 formou-se em Engenharia pela Universidade Federal de Ouro Preto, pós-graduado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral em 1992, em Finanças Empresariais pela Fundação Getúlio Vargas em 1996, MBA em Administração, participou do Programa de Liderança pelo MIT (Massachusets Institute of Tecnology e pela Columbia University - ambos nos Estados Unidos). Empregado de carreira da Vale há vinte e sete anos, possui ampla experiência na área de minério de ferro e pelotas, ocupando posições de comando nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão, nos países de Oman no Oriente Médio, atuando por um ano e realizando “joint ventures” na China pelo período de dois anos. Atualmente, é Diretor de Pelotização da Vale, respondendo pelas usinas de 1 a 7 e pela construção da 8ª usina de pelotização do Complexo da Vale em Tubarão, ocupando também posição de destaque na representação institucional da Vale no Estado do Espírito Santo.

A matéria foi protocolada em 10/04/2013, lida no expediente do dia 15/04/2013 e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 16/04/2013, à página 1, anexa às fls. 09 dos autos.

O projeto veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno deste Poder (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA

O Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013, tem a finalidade de conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Armando Maurício Max. Sob o prisma da constitucionalidade formal, verifica-se que a matéria é de competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente, prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Constituição Federal “Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.” .........................................................................

Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos ao exame do procedimento para a elaboração da norma jurídica em análise.

Constata-se que, a espécie normativa adequada para tratar do tema é o Decreto Legislativo, nos termos do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa. A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.

Constituição Estadual

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros poderes: (...)

XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense”.

Quanto à iniciativa legislativa, a proposta encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa concorrente para legislar, in verbis:

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 7

Quanto ao quórum para aprovação da matéria no Plenário e o respectivo processo de votação são de maioria simples e processo de votação simbólica, conforme o art. 200, I, do RI, e o regime de tramitação da matéria será ordinário, na forma do art. 148, II, do mesmo Regimento Interno.

Após análise do aspecto constitucional formal, resta-nos analisar o aspecto da constitucionalidade material, comparando as regras do projeto com os princípios e normas constitucionais. Assim, constata-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os princípios, direitos e garantias todos previstos nas Constituições, Federal e Estadual, bem como da legislação infraconstitucional pertinente.

Asseveramos que há compatibilidade da proposição e respeito ao princípio da isonomia estabelecido no art. 5º, caput, da Constituição Federal, lembrando que este dispositivo elenca em seus incisos os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.

Podemos ainda asseverar que a propositura não atinge o Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou Coisa Julgada, eis que a novidade normativa ora em análise não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional.

Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal, consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”.

Quanto ao aspecto da juridicidade e legalidade, analisando o ordenamento jurídico pátrio e decisões jurisprudenciais, o Projeto de Decreto Legislativo, não encontra obstáculo em seu conteúdo, eis que atende os requisitos previstos no Art. 1º, caput, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21/07/2008 e nº 9.510, de 31/08/2010), verbis:

Lei Estadual nº 7.832/04 “Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.”

Destarte, o homenageado é merecedor da concessão do referido Título de Cidadão Espírito-Santense, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo ora em análise, os relevantes serviços prestados ao Estado, tendo em vista a sua

atuação profissional na Vale, empresa conceituada mundialmente no ramo de mineração e pelotização. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão. Ressalte-se que o presente parecer se restringe ao aspecto jurídico, pertencendo, exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Armando Maurício Max.

Com relação à técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com alterações apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Cumpre salientar sobre o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação, nos termos do art. 9º, inciso V, do Ato nº 2.517, de 19 de março de 2007, que, conforme constatamos, consta manifestação nos autos (fl. 10), com a qual concordamos plenamente.

Por todo o exposto, opinamos pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013, de autoria da Deputada Estadual Janete de Sá, com fundamento nos arts. 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX (Redação dada pela EC. Nº 62/09), 61, IV, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, em especial, na Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pelas Leis nºs. 8.957/08 e 9.510/10, razão pela qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 178/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013, de autoria da Deputada Estadual Janete de Sá.

Plenário Rui Barbosa, em 28 de maio de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

SANDRO LOCUTOR JOSÉ CARLOS ELIAS

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

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8 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 15/2013 AUTORA: Deputada Janete de Sá EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Armando Maurício Max”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Armando Maurício Max.

A matéria foi protocolada em 10/04/2013, lida no expediente do dia 15/04/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 16/04/2013 à página 01, fl. 09 dos autos.

A propositura recebeu Parecer de nº 178, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Armando Maurício Max.

Conforme justificativa do autor, o Sr. Armando Maurício Max é natural de Assis - São Paulo.

Formou-se pela Universidade de Ouro Preto como Engenheiro de Minas em 1985, pós-graduado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral, em Finanças Empresariais pela Fundação Getúlio Vargas, é MBA EM Administração, participou do Programa de Liderança pelo MIT (Massachusetts Institute of Thecnology e pela Columbia University).

Há vinte e sete anos é empregado de carreira na Vale, possuindo ampla experiência na área de minério de ferro e pelotas, ocupando posições de comando nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão, nos países de Oman no Oriente Médio atuando por um ano e realizando “joint ventures” na China pelo período de dois anos.

Em 2002, mudou-se para Vitória-ES, onde atualmente é Diretor de Pelotização da Vale, respondendo pelas usinas de 1 a 7 e pela construção da 8ª Usina de Pelotização do Complexo da Vale em Tubarão, ocupando também posição de destaque na representação institucional da Vale no Estado do Espírito Santo.

A titulação do Senhor Armando Maurício Max é merecida diante dos trabalhos prestados na área de Engenharia para a população do Estado do

Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo. Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009. Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 72/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2013, de autoria da Deputada Janete de Sá.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente GILDEVAN FERNANDES - Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 020/2013 AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: "Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao 3º Sargento Reformado da Marinha do Brasil o Sr. José Ribamar de Azevedo”

RELATÓRIO

Em atendimento a designação do Senhor Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, coube-me analisar e oferecer parecer acerca do aspecto de constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 020/2013.

A matéria passou, sem restrições, pelo crivo da Mesa Diretora no dia 29/04/2013; foi a Diretoria de Redação, sem correções.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 9

O currículo do homenageado, em forma de justificativa, devidamente assinado pelo autor, dando conta da vida do Sr. José Ribamar de Azevedo, preenche as exigências legais, especialmente informando que o Sr. José Ribamar de Azevedo é natural de Pedro Avelino no Estado do Rio Grande do Norte.

Seguindo seu trâmite regimental, a proposição veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, por força do disposto no art. 41, inciso I, do Regimento Interno.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR.

FUNDAMENTAÇÃO. DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.

Aqui estamos a tratar da concessão de um Título d ecidadão. O Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser um irmão, um conterrâneo, uma pessoa da terra natal. Mesmo que um homenageado não tenha nascido ou não resida no nosso Estado, para que se lhe conceda tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele fez sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais, mas que se diga o que ele (homenageado) fez em defesa do povo do Estado do Espírito Santo desde que um Deputado Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colégiado Legislativo, (Plenário).

O Projeto de Decreto Legislativo n° 020/2013, em análise, tem como finalidade conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Ribamar de Azevedo. A proposição tem como autor o Deputado Estadual José Carlos Elias, atende as exigência do disposto no art. 142 do Regimento Interno.

Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual através do Poder Legislativo, desde que respeitada a competência legislativa remanescente, prevista no art. 25, § 1°, da Constituição Federal da República, in verbis:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem e observados os princípios desta Constituição. § l ° - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”

No que diz respeito à iniciativa da matéria em exame, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais, com fundamento no art. 63, "caput", da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa legislativa concorrente da matéria ora em apreciação.

A espécie normativa adequada para dispor sobre a matéria é o decreto legislativo, conforme dispõem os arts. 56, XXIX e 61, IV, da Constituição Estadual e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis.

Em relação ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que à análise e aprovação da matéria, a princípio, é de competência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação (as comissões permanentes destinam-se a apreciar as proposições apresentadas e emitir pareceres sobre elas, podendo, também, introduzir ou acolher emendas).

Portanto é de se observar o quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação, que é por meio de maioria simples e processo de votação nominal, “ex vi” do art. 67, inciso XI, do Regimento Interno. O regime de tramitação é o ordinário, por se tratar de ato normativo de Projeto de Decreto Legislativo.

Ao ser submetido a votação em Plenário, o processo se dará por votação simbólica, “ex vi” do art. 201, RI.

No que concerne ao aspecto de constitucionalidade material, verifica-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições, Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico e a coisa julgada.

(O artigo 5º inciso XXXVI, da Constituição da República, alberga a garantia de segurança na estabilidade das relações jurídicas, na qual está inserido o ato jurídico perfeito). Prescreve o artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil; “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada”.

Atende, também, o principio da isonomia. (A igualdade atua em duas vertentes: perante a lei e na lei. Por igualdade perante a lei compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto; por sua vez, a igualdade na lei pressupõe que as normas jurídicas não devem conhecer distinções, exceto as constitucionalmente autorizadas).

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em comento. No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1°, caput e

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10 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

parágrafo único, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21.07.2008, e 9.510, de 30.08.2010), posto que o autor, na justificativa em forma de currículo, fornece as informações necessárias, principalmente informando que o homenageado nasceu em 16 de março de 1936 na cidade de Pedro Avelino; reside no distrito de Povoação em Linhares/ES., como se pode verificar no currículo do homenageado, em forma de justificativa, é merecedor da homenagem que propõe do Deputado autor.

Claro, não podemos deixar de ressaltar, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso título de Cidadão Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

"Art. 1° Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao 3º Sargento Reformado da Marinha do Brasil o Sr. José Ribamar de Azevedo. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação”.

A Lei Complementar Federal nº. 95/98,

alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001 recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal.

É necessário observar a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998, que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo.

O prazo da entrada em vigor do Projeto de Decreto Legislativo nº 020/2013 é a partir da publicação no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, obedecendo ao princípio da territorialidade, (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado que a editou, o princípio da territorialidade.), (LICC, arts. 8º e 9º).

Vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em análise, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas

pela Lei Complementar Federal n° 95/98, e posteriores alterações, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n° 20/2013, de autoria do Deputado Estadual José Carlos Elias, sugerindo-se aos demais pares o seguinte:

PARECER Nº 179/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 20/2013, de autoria do Deputado Estadual José Carlos Elias. Plenário Rui Barbosa, em 28 de maio 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

SANDRO LOCUTOR JOSÉ CARLOS ELIAS

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 20/2013 AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Ribamar de Azevedo”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 20/2013, de autoria do Deputado José Carlos Elias, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Ribamar de Azevedo.

A matéria foi protocolada em 24/04/2013, lida no expediente do dia 29/04/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 10/05/2013 às páginas 56 e 57, fls. 23/24 dos autos.

A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria do Deputado José Carlos Elias, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Ribamar de Azevedo.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 11

Conforme justificativa do autor, o Sr. José Ribamar de Azevedo, é nascido no dia 16 de março de 1936, natural da cidade de Pedro Avelino no Estado do Rio Grande do Norte, filho de Almeida Lopes de Azevedo e Edvirges Araújo de Azevedo.

Formado na Companhia Escola - Companhia de Fuzileiros Navais, se especializado no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, adaptação Quartel de Marinheiros e Q.E.S Marinha no Centro de Instrução de C.F. Navais.

O homenageado destacou-se pela sua atuação durante 32 anos de serviço Militar em várias funções de importância na Marinha do Brasil. Em sua história profissional sempre agiu com esmero e dedicação angariando assim o respeito e a admiração de todos.

Veio para o Estado, mais precisamente para o distrito de Povoação em Linhares, depois de 32 anos dedicados aos serviços das Forças Armadas, junto a Marinha do Brasil, em junho de 1984, e acompanhou assim, as grandes transformações físicas, econômicas, politicas e sociais pelas quais a cidade passou. Percebeu e tem desfrutado de toda a síntese que a cidade de Linhares representa para o Estado, nela identificando-se.

A titulação do Senhor José Ribamar Azevedo é merecida diante dos trabalhos prestados como profissional Militar para a população do Estado do Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovado a presente concessão.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo. Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.

Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 73/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 20/2013, de autoria do Deputado José Carlos Elias.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREEZA - Presidente GILDEVAN FERNANDES - Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 22/2013 Autor: Deputado Euclério Sampaio Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor MARCELLO MACIEL MANCILHA”

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2013, de autoria do Deputado Euclério Sampaio, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor MARCELLO MACIEL MANCILHA.

Segundo a justificativa do Projeto, o homenageado Senhor MARCELLO MACIEL MANCILHA, é natural do Rio de Janeiro, graduado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1989, atuou como juiz substituto no TRT-ES, de 1992 a 1994. A partir de 1994, assumiu como juiz titular, atuando na Vara de Mimoso do Sul e, posteriormente, nas 2ª e 13ª Varas de Vitória. No biênio 1999-2000, foi o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do Espírito Santo (Amatra). Atuou como professor de pós-graduação em Direito do Trabalho na Faculdade de Direito de Vitória (FDV), de graduação na Escola da Magistratura do Trabalho (EMATRA/ES) e na Escola Superior de Advocacia/ES. É membro do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho. Atualmente, é Presidente da 2ª Turma e Presidente e Corregedor do TRT-17ª Região, biênio 2013-2015.

A matéria foi protocolada em 26/04/2013, lida no expediente do dia 29/04/2013 e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 02/05/2013, à página 01, fls. 06 dos autos.

O projeto veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para parecer, na forma do art. 41, I do Regimento Interno deste Poder (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.

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12 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2013, tem a finalidade de conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor MARCELLO MACIEL MANCILHA.

Sob o prisma da constitucionalidade formal, verifica-se que a matéria é de competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente, prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Constituição Federal “Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.” ......................................................................... Verificada a competência do Estado para

tratar da matéria, passamos ao exame do procedimento para a elaboração da norma jurídica em análise.

Constata-se que, a espécie normativa adequada para tratar do tema é o Decreto Legislativo, nos termos do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.

Constituição Estadual “Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense”.

Quanto à iniciativa legislativa, a proposta encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa concorrente para legislar, in verbis:

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e

aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.” Quanto ao quórum para aprovação da matéria

no Plenário e o respectivo processo de votação são de maioria simples e processo de votação simbólica, conforme o art. 200, I, do RI, e o regime de tramitação da matéria será ordinário, na forma do art. 148, II, do mesmo Regimento Interno.

Após análise do aspecto constitucional formal, resta-nos analisar o aspecto da constitucionalidade material, comparando as regras do projeto com os princípios e normas constitucionais. Assim, constata-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os princípios, direitos e garantias todos previstos nas Constituições, Federal e Estadual, bem como da legislação infraconstitucional pertinente.

Asseveramos que há compatibilidade da proposição e respeito ao princípio da isonomia estabelecido no art. 5º, caput, da Constituição Federal, lembrando que este dispositivo elenca em seus incisos os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.

Podemos ainda asseverar que a propositura não atinge o Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou Coisa Julgada, eis que a novidade normativa ora em análise não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional. Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal, consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”.

Quanto ao aspecto da juridicidade e legalidade, analisando o ordenamento jurídico pátrio e decisões jurisprudenciais, o Projeto de Decreto Legislativo, não encontra obstáculo em seu conteúdo, eis que atende os requisitos previstos no Art. 1º, caput, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21/07/2008 e nº 9.510, de 31/08/2010), verbis:

Lei Estadual nº 7.832/04 “Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.”

Destarte, o homenageado é merecedor da

concessão do referido Título de Cidadão Espírito-Santense, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo ora em análise, os relevantes serviços prestados ao Estado, com atuação

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 13

profissional na área do Direito do Trabalho como Mestre, Magistrado e, atualmente, Presidente da 2ª Turma e Presidente e Corregedor do TRT-17ª Região, biênio 2013-2015.

No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão.

Ressalte-se que o presente parecer se restringe ao aspecto jurídico, pertencendo, exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Marcello Maciel Mancilha.

Com relação à técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com alterações apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Cumpre salientar sobre o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação, nos termos do art. 9º, inciso V, do Ato nº 2.517, de 19 de março de 2007, que, conforme constatamos, consta manifestação nos autos, com a qual concordamos plenamente.

Ex positis, opinamos pela CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 22/2013, de autoria do Deputado Euclério Sampaio, com fundamento nos arts. 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX (Redação dada pela EC. Nº 62/09), 61, IV, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, em especial, na Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pelas Leis nºs. 8.957/08 e 9.510/10, razão pela qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 193/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2013, de autoria do Deputado Estadual Euclério Sampaio.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente LUZIA TOLEDO - Relatora

JAMIR MALINI CLAUDIO VEREZA

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº: 22/2013 AUTOR (a): Deputado Euclério Sampaio ASSUNTO: Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcello Maciel Mancilha.

I - RELATÓRIO

Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio, que apresenta o seguinte assunto: concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcello Maciel Mancilha.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120 do Regimento Interno - Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.

A proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise e parecer, manifestando-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do referido Projeto de Decreto Legislativo (Parecer 193/2013, às fls. 23/28).

Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, como estabelece o art. 52 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), em obediência ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa Diretora (fl. 02).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 22/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcello Maciel Mancilha.

Nos termos da Justificativa acostada aos autos (fl. 03), o homenageado é natural do Estado do Rio de Janeiro e é graduado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

O homenageado atuou como Juiz Substituto no Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo no interstício de 1992 a 1994. A partir de 1994 assumiu como Juiz Titular atuando na Vara de Mimoso do Sul, e, posteriormente, nas 2a e 13ª Varas de Vitória.

Foi presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do Espírito Santo (Amatra); professor de pós-graduação em Direito do Trabalho na Faculdade de Direito de Vitória (FDV), de graduação na Escola da Magistratura do Trabalho (EMATRA/ES) e na Escola Superior da Advocacia do Estado o Espírito Santo.

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14 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Atualmente é membro do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho e Presidente e Corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (Espírito Santo), correspondente ao biênio 2013/2015.

Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense. Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:

PARECER Nº 84/2013 A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2013, de autoria da Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio.

Sala das Comissões, em 25 de junho de

2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente e Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 24/2013 AUTOR: Deputado Claudio Vereza e Outros EMENTA: “Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Rodrigo Coelho”.

I - RELATÓRIO Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Claudio Vereza e outros, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Rodrigo Coelho.

A proposição que foi protocolizada no dia 29/04/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 06/05/2013 e publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL do dia 07/05/2013, às páginas 03/04, fls. 07/08 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura,

conforme dispõe o dispositivo do art. 41 da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR

O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 24/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Rodrigo Coelho.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é filho primogênito de Wanderlei (1943 - 1989) e Irinéa, nascido em Bom Jesus do Itabapoana - RJ. Morou em Duque de Caxias - RJ, onde permaneceu até os 14 anos, lá estudou até a 7ª série do Ensino Fundamental, no Centro Educacional São José.

Com o falecimento de seu pai, começou a trabalhar muito novo, aos 13 anos de idade, como office-boy de um escritório de contabilidade, contribuindo significativamente para o sustento de sua família. Desde então, não parou mais de trabalhar, tendo uma grande experiência profissional, em ramos diversificados.

Em 15 de dezembro de 1990, com sua mãe e o irmão Roberto, se mudaram para a cidade de Bom Jesus do Norte no Estado do Espírito Santo.

Sua carreira profissional se pautou na formação acadêmica consubstanciada no Curso Técnico em Contabilidade no Colégio Coronel Antônio Honório, em Bom Jesus do Norte - ES, no ano de 1994.

Formou-se como Bacharel em Ciências Contábeis, em 2000, pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Padre Humberto, de Itaperuna - RJ. Fez sua pós-graduação em Gestão Pública, pela Universidade Gama Filho, com aulas presenciais no município de Cachoeiro de Itapemirim - ES, no ano de 2005.

Sua vida política iniciou em 1999, onde se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde concorreu em 2000, as eleições municipais de Bom Jesus do Norte ao cargo de vice-prefeito.

Em 2001, representou contra o município de Bom Jesus do Norte no Ministério Público do Trabalho, solicitando a realização do primeiro concurso público no município que foi realizado a partir de então.

Do ano de 2003 até 2010, esteve ativamente envolvido com a política, em 2009 atuou como Secretário Municipal na Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, onde deixou a pasta em março de 2010 para candidatar-se ao cargo de Deputado Estadual, obtendo 20.109 votos e tornando-se o primeiro suplente da coligação PT - PMDB - PSB.

Em 2013 assumiu mandato de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 15

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o Sr. Rodrigo Coelho, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos 56, inciso XXIX, e artigo 61, inciso IV, in verbis:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;” Quanto à iniciativa da matéria em apreço,

concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 63, caput, da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante art. 200, I, da Resolução nº 2.700/2009

(Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário.

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR) Quanto à compatibilidade com o

regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 05 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

À folha 09 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual entendemos pelo seu acolhimento.

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16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, adstrito exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Rodrigo Coelho.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 195/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 24/2013, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza e Outros.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente LUZIA TOLEDO - Relatora

JAMIR MALINI CLAUDIO VEREZA

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº: 24/2013 AUTOR: Deputado Estadual Cláudio Vereza EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Deputado Estadual Rodrigo Coelho

I - RELATÓRIO

O projeto de decreto legislativo nº 24/2013, de autoria do Deputado Estadual Cláudio Vereza visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Deputado Estadual Rodrigo Coelho.

Em sua justificava o Exmo. Deputado Estadual proponente esclarece que o homenageado é filho primogênito de Wanderlei (1943-1989) e Irinéa, nascido em 10 de outubro de 1976 em Bom Jesus do Itabapoana/RJ. Ainda morou em Duque de Caxias/RJ, onde permaneceu até os 14 anos, sendo que lá estudou até a 7ª série do Ensino Fundamental no Centro Educacional São José.

Ademais, em virtude do falecimento de seu pai, o homenageado teve seu primeiro emprego aos 13 anos, no Escritório de Contabilidade - Porfírio Contabilidade, onde exerceu a função de Office-boy, contribuindo significativamente para o sustento de sua família.

Em 2000, formou-se Bacharel em Ciências Contábeis, pela Faculdade de Ciências Humanas e

Sociais Padre Humberto, de Itaperuna/RJ. No ano de 2005 concluiu o curso de pós-graduação em Gestão Pública pela Universidade Gama Filho com aulas presenciais no município de Cachoeiro de Itapemirim/ES.

Informa o proponente que a vida política do homenageado iniciou com a filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1999, no qual se mantém até hoje e, por meio dele concorreu, no ano 2000, as eleições municipais de Bom Jesus do Norte ao cargo de vice-prefeito, formando chapa com Toninho Gualhano (então no PSB), obtendo 15% dos votos.

Em 2003, tornou-se assessor parlamentar do Deputado Estadual Carlos Casteglione (PT-ES). No ano seguinte, formou nova chapa como candidato a vice-prefeito de Bom Jesus do Norte/ES, desta vez compondo com a candidata a prefeita Daisy Batista (PSDB) e obtiveram 47% dos votos. Coordenou ainda as campanhas de reeleição do Deputado Estadual Carlos Casteglione (PT-ES), em 2006, e em 2008, para prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. Neste pleito obteve uma grande vitória, pois Casteglione foi eleito com 49,6% dos votos do município.

Em janeiro de 2009 atuou como Secretário Municipal, na Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. Dentre outras atividades, coordenou o Orçamento Participativo, reestruturou a Defesa Civil Municipal e implantou o Escritório de Gestão de Projetos Prioritários (EGPP).

No ano de 2010 candidatou-se ao cargo de Deputado Estadual e obteve 20.109 votos, tornando-se o primeiro suplente da coligação (PT-PMDB-PSB), sendo o 23º deputado mais votado do Estado com votos em 71 municípios.

Em janeiro de 2011, assumiu a Secretária de Estado de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, retornado à Assembleia Legislativa em 2013 para reassumir o mandato de Deputado Estadual.

Atualmente atua como Deputado Presidente da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimenta e Nutricional.

A matéria foi protocolada no dia 29/04/2013 (fl. 02), lida no expediente da sessão ordinária do dia 06/05/2013 (fl. 02) e publicada no Diário do Poder Legislativo em 07/05/2013 (fls. 07-08).

A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 09, ofertando sugestões apenas no tocante a redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo. A Procuradoria da Assembleia Legislativa opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do decreto em exame. Seguindo os trâmites regimentais, observando o disposto no artigo 41, I do Regimento Interno, a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, por meio do parecer, concluiu igualmente pelo atendimento dos

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 17

pressupostos de constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa determinando, por conseguinte, a sua regular tramitação. Assim sendo, o presente projeto foi encaminhado para esta Comissão para exame e parecer na forma do disposto no artigo 52 e incisos do Regimento Interno desta Casa. É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

O projeto de decreto legislativo nº 24/2013, de autoria do Deputado Estadual Cláudio Vereza, foi analisado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação quanto à sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa cabendo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do mérito. O homenageado é merecedor da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, conforme consta na justificativa do projeto de decreto legislativo ora em análise, pois, se trata de pessoa pública que contribuiu e contribui para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, em especial para no campo de Assistência Social, Segurança Alimenta e Nutricional. Não obstante, importa salientar que é competência do Plenário valorar os serviços prestados pelo homenageado, aprovando ou não a concessão do Título de Cidadão. Assim, este parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo exclusivamente à discricionariedade parlamentar avaliar a conveniência da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Deputado Estadual Rodrigo Coelho. Ex positis, concluímos que o projeto de decreto legislativo nº 24/2013, de autoria do Deputado Estadual Cláudio Vereza, atende aos pressupostos quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/2009, o qual destaca que compete à Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela qual sugerimos a adoção do seguinte:

PARECER Nº 85/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do projeto de decreto legislativo nº 24/2013, de autoria do Deputado Estadual Cláudio Vereza.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

JOSÉ CARLOS ELIAS - Presidente e Relator CLAUDIO VEREZA

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 25/2013 AUTOR: MESA DIRETORA EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Julio Cesar Bentivoglio”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Mesa Diretora, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Julio Cesar Bentivoglio.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Regimento Interno - Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.

Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 29/04/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 06/04/2013.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, I da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 25/2013 visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Julio Cesar Bentivoglio.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é natural do Estado de São Paulo, tem Doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo, e Mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho - UNESP.

O homenageado atua como professor adjunto de Teoria da História na Universidade Federal do Espírito Santo. É Diretor da Associação Nacional de História - ANPUH, seção ES e Vice-Diretor do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Estado do Espírito Santo, na gestão de 2012 à 2016.

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18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o Sr. Julio Cesar Bentivoglio, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos 56, inciso XXIX, e artigo 61, inciso IV, in verbis:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.

Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;”

Quanto à iniciativa da matéria em apreço,

concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 63, caput, da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica,

consoante art. 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário.

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004

“Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR) Quanto à compatibilidade com o regimento

interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

Às folhas 30 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

Às folhas 34 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual acolhemos.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 19

adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 197/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 25/2013, de autoria da Mesa Diretora.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente LUZIA TOLEDO - Relatora

JAMIR MALINI CLAUDIO VEREZA

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 25/2013 AUTORA: Mesa Diretora EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Julio Cesar Bentivoglio”.

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo n. 25/2013,

de autoria da Mesa Diretora, visa a conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Julio Cesar Bentivoglio.

A proposição foi protocolizada em 29.04.2013, lida no expediente do dia 06.05.2013, publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 07.05.2013 e remetida à Diretoria de Redação, que elaborou o estudo de técnica legislativa da fl. 34.

Em seguida, os autos foram encaminhados à Procuradoria para elaboração de parecer jurídico, que se manifestou por sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que, no Parecer nº 197/2013, foi pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto legislativo.

Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

Analisando a justificativa apresentada pela Mesa Diretora, podemos perceber que o Sr. Julio Cesar Bentivoglio é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes serviços em prol da educação do Estado do Espírito Santo.

Consta na justificativa que o agraciado nasceu no Estado de São Paulo, é doutor em História pela Universidade de São Paulo - USP e é mestre em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP.

No âmbito deste Estado, ele atua como professor adjunto de Teoria da História na Universidade Federal do Espírito Santo, atuando nas áreas de Metodologia da História e de Brasil Império com os seguintes temas: historiografia alemã, francesa e brasileira no século XIX, história das ideias, partidos e cultura política no Brasil do Oitocentos.

Ademais, ele é diretor da Associação Nacional de História, seção do Espírito Santo, e vice-presidente do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo na gestão 2012-2016.

Outrossim, o agraciado é autor de mais de 50 (cinquenta) artigos publicados em revistas especializadas e congressos, além de ser autor, organizador e editor de 35 (trinta e cinco) livros especializados em História.

Cumpre ressaltar que as informações acima referidas contam do seu elogiável currículo inserido no Sistema de Currículos Lattes (fls. 04-29).

É incontestável, portanto, que o Sr. Julio Cesar Bentivoglio presta relevantes serviços em prol da educação do Estado do Espírito Santo, mais precisamente na área de história, motivo pelo qual merece ser homenageado por esta Assembleia Legislativa.

Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 25/2013 atende aos pressupostos de mérito para ser aprovado.

Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 86/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 25/2013, de autoria da Mesa Diretora.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente e Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

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20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 26/2013 AUTOR: Deputado Euclério Sampaio EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer

quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Euclério Sampaio, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

A proposição foi protocolizada no dia 30/04/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 06/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 07 de maio de 2013, à página 05, fl. 06 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, I da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 26/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é natural da cidade de São Cristóvão - Sergipe formou-se em Direito no Rio de janeiro. Juiz Federal, Presidente da 1ª Turma dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado do Espírito Santo e gestor da Coordenadoria das Turmas Recursais.

Foi técnico judiciário e oficial de gabinete da Juíza Federal Virgínia Procópio Oliveira Silva. Iniciou na Magistratura Federal na Seção Judiciária do Distrito Federal e trabalhou nas Seções Judiciárias de: Rondônia, Roraima, Amazonas e Rio de Janeiro, tendo retornado para Vitória-ES em julho de 2011, inicialmente como Juiz Federal titular do 1º Juizado Especial Federal de Vitória.

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o Sr. Boa Ventura João Andrade, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos 56, inciso XXIX, e artigo 61, inciso IV, in verbis:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;”

Quanto à iniciativa da matéria em apreço,

concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 63, caput, da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante art. 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 21

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

Quanto à compatibilidade com o regimento

interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 04 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual acolhemos.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão

do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 192/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 26/2013, de autoria do Deputado Euclério Sampaio.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº: 26/2013 AUTOR (a): Deputado Euclério Sampaio ASSUNTO: Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade

I - RELATÓRIO

Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio, que apresenta o seguinte assunto: concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120 do Regimento Interno - Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.

A proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise e parecer, manifestando-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do referido Projeto de Decreto Legislativo (Parecer 192/2013, às fls. 21/25).

Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, da forma como estabelece o art. 52 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), em obediência ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa Diretora (fl. 02).

É o relatório.

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22 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

II - PARECER DO RELATOR

Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 26/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Boa Ventura João Andrade.

Nos termos da Justificativa acostada aos autos (fl. 03), o homenageado é natural de São Cristóvão, no Estado de Sergipe. Formou-se em Direito no Estado do Rio de Janeiro.

É Juiz Federal, presidente da 1ª Turma dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado do Espírito Santo e gestor da Coordenadoria das Turmas Recursais. Antes de ingressar na magistratura o homenageado foi advogado no Rio de Janeiro/RJ. Exerceu o cargo de técnico judiciário e de oficial de gabinete da Juíza Federal Virgínia Procópio Oliveira Silva. O homenageado possui diversos cursos, dentre eles MBA e Mestrado Profissional em Poder Judiciário da Escola de Direito-Rio da Fundação Getúlio Vargas. Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense. Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:

PARECER Nº 87/2013 A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 26/2013, de autoria da Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente GILDEVAN FERNANDES - Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 32/2013 AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Marcelo Santos, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira.

Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 09/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 13/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 14 de maio de 2013, à página 01, fl. 05 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 32/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 152, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...)

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 23

XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição

deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal.

Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Resolução está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004. O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (Art. 148, II, do Regimento Interno).

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.8321, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

O Capitão de Mar e Guerra dos Portos do Espírito Santo MARCOS ANTÔNIO ISMAEL TROVÃO DE OLIVEIRA tem atuado de forma exemplar no Espírito Santo, contribuindo na orientação, coordenação e controle das atividades relativas à Marinha Mercante e organizações correlatas no que se refere à segurança do trabalho, salvaguarda da vida humana no mar e na prevenção da poluição hídrica, na área sob sua jurisdição. Com uma brilhante carreira na Marinha do Brasil, o Capitão dos Portos é natural do Paraná, formou-se pela Escola Naval em 1989, comandou o Navio Patrulha “GUARUJÁ” e o Navio Patrulha Fluvial “AMAPÁ. Em 2011, ocupou o cargo de Imediato do Navio Escola “Brasil” participando da formação dos novos Oficiais

1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

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24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

da Marinha do Brasil durante a XXV “Viagem de Instrução de Guardas-Marinha”. Com mais de 1.000 dias de mar, possui as medalhas Mérito Militar de Prata, Mérito Tamandaré e Medalha Mérito Marinheiro de 4 âncoras e por merecimento chegou ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra em 2006, e ao cargo de Capitão dos Portos do Espírito Santo em 2011.

Diante das características do Espírito Santo, com forte potencial na área portuária, a atuação da Capitania dos Portos sob o comando do Capitão MARCOS ANTÔNIO ISMAEL TROVÃO DE OLIVEIRA tem primado por serviços de excelência e com alto grau de compatibilidade com as peculiaridades do nosso Estado.

Referente à compatibilidade com o

Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 06 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.

Assim, opinamos pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 32/2013, com fundamento no art. 25, §1º, da Constituição Federal, nos arts. 56, XXIX e 61, IV, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08 e 9.510/10.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 194/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 32/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PARECER DO RELATOR.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 32/2013 AUTOR: Deputado Estadual Marcelo Santos. EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira”

RELATÓRIO

Designado Relator pelo Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para relatar o Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2013, “ex vi” do art. 52 do RI, sobre a análise acerca do mérito, de autoria do Deputado Estadual Marcelo Santos.

O Projeto, em análise na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, recebeu Parecer nº 194/2013, pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa (fls.22/28).

O Projeto de Lei nº 32/2013, foi publicado no Diário do Poder Legislativo, no dia 14 de maio de 2013.

Como se pode verificar na Diretoria de Redação, o Projeto em exame sofreu correções significativas, (fl.06).

A justificativa em forma de currículo, com a devida assinatura, sustenta as razões da homenagem ao cidadão indicado para receber o Título de Cidadão Espírito-Santense.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

O Projeto em exame está diretamente vinculado a Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, já que se trata de concessão de Título de Cidadania. Como se vê está prevista na Constituição Federal e na Carta Estadual.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 25

Baseando-se em um pressuposto de que os Direitos Humanos são figuras normativas que foram pleiteadas pela Constituição Federal 88, e a cidadania um dos valores mais fortes na sociedade brasileira, podemos apontar a relação entre esses dois observando que, no preceito maior dos direitos humanos, o qual está presente o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, este pode ser posto em prática através do exercício da cidadania. Ou seja, a cidadania é um meio de se objetivar, praticar, exteriorizar os Direitos Humanos em meio à coletividade.

São dos doutrinadores os conceitos básicos de Cidadania e dos Direitos Humanos, que são universais e naturais. Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados num determinado ordenamento jurídico. Já os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito humano no Brasil, também deverá sê-lo em qualquer país do mundo, porque eles se referem à pessoa humana na sua universalidade. Por isso são chamados de direitos naturais, porque dizem respeito à dignidade da natureza humana, porque existem antes de qualquer lei, e não precisam estar especificados numa lei, para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e promovidos.

Cabe ressaltar que é oportuno, quando se indica o nome de uma pessoa a receber o Título de Cidadão Espírito-Santense, quando entender que serve a sociedade de maneira despretensiosa com seu trabalho social gratuitamente. Principalmente neste momento em que as instituições passam por uma profunda e violenta crise de valores.

A atual Constituição impõe que o trabalho seja, além de gerador de riquezas para o empregador e para o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os direitos sociais que estão assegurados no art.6º. Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a equalização de situações sociais desiguais, são, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.

O homenageado Capitão Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira à frente da Capitania dos Portos exerce suas atividades, desenvolvidas na faixa litorânea capixaba, garantindo a devida fiscalização e aplicação das leis marítimas brasileiras, o que assegura tranquilidade aos usuários.

Diante estas considerações por achar conveniente, passamos a tratar da matéria que está relacionada a título de homenagem a um cidadão que presta relevantes serviços em prol do Estado do Espírito Santo. Já que a cidadania é exercida pelos cidadãos. Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa

ativamente de todas as questões de uma sociedade organizada.

É necessário que se diga o que ele (homenageado) faz em defesa dos mares de nossa costa capixaba, para que lhe conceda tal cidadania. Neste sentido presta a justificativa do Deputado autor, que faz uma explanação das atividades desempenhada pelo Sr. Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira. Ao nosso sentir preenche os principais requisitos para que mereça tal honraria.

Deve-se observar que o parecer emitido nesta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, restringe-se ao mérito da propositura, ficando a cargo exclusivamente dos parlamentares a avaliação sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao cidadão indicado.

Desta forma, com os argumentos acima expostos e por ser matéria pertinente a esta Comissão de Defesa da Cidadania e Diretos Humanos, somos pela aprovação, e sugerimos aos demais membros a adoção do seguinte:

PARECER Nº 88/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2013, de autoria do Deputado Estadual Marcelo Santos.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor, o qual concede o título de cidadão Espírito-Santense ao senhor Joe Jerffson Almeida Lima. A proposição foi protocolizada no dia 13.05.2013, lida no expediente do dia 15.05.2013 e publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL do dia 16.05.2013, à página 01. A justificativa do projeto foi apresentada à fl. 03 dos autos, inclusive o seu texto engloba o curriculum vitae do agraciado.

Por fim, o projeto de decreto legislativo veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, nos termos do artigo 41, inciso I, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/2009).

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26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

É o relatório.

PARECER DO RELATOR A justificativa da proposição indica que

senhor Joe Jerffson Almeida Lima nasceu na cidade de Nanuque, no leste do Estado de Minas Gerais, no dia 04 de setembro de 1963. Entretanto, passou a maior parte da sua infância no sul da Bahia, retornando apenas na juventude para a sua cidade natal, onde concluiu os estudos de Técnico Contábil e, posteriormente, concluiu a faculdade de Administração de Empresas.

O parlamentar autor informa ainda que o agraciado chegou ao nosso Estado a 18 (dezoito) anos atrás, onde fixou sua residência. Trabalhou no Banco Bradesco durante 15 anos, onde obteve experiência de laborar em diversas cidades do Brasil, e em 1995 foi transferido para a cidade de Cariacica-ES, onde encerrou o ciclo do quadro administrativo deste Banco. Não obstante, o senhor Joe atuou também, por muitos anos, na caixa Econômica Federal, na gestão de terceirizados em retaguarda de trabalho. Prosseguindo, conclui a justificativa:

“Atualmente é gerente de qualificação profissional emprego e renda da Secretaria de Cidadania e Trabalho da Prefeitura de Cariacica do nosso Estado. É Presidente do Esporte Clube Itaquari, em Cariacica, com mais de 50 (cinquenta) anos de fundação, que visa à integração dos jovens através do esporte, contribuindo para a diminuição dos índices de vulnerabilidade social do bairro e adjacências.

Atua também na área cultural, como membro da Diretoria da Escola de Samba Independentes de Boa Vista, onde desempenha seu trabalho como Diretor financeiro, função que ocupa com muita honestidade e dedicação.”

Concluída a narrativa do curriculum vitae

do agraciado, passa-se a fase da análise jurídica da proposição:

- Da Constitucionalidade Formal: i) Da competência legislativa para dispor sobre a matéria: Desta forma, o projeto de decreto legislativo em exame trata de matéria afeta ao Estado do Espírito Santo, uma vez que o título de cidadão espírito-santense é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, no exercício de sua competência legislativa remanescente, cuja previsão está definida no dispositivo endereçado no art. 25, § 1º, da Constituição Federal. Vejamos:

Constituição Federal

“Art. 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”

Por sua vez, sob o âmbito estadual, a matéria passa a ser de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, consoante o previsto no artigo 56, inciso XXIX, da Constituição Estadual. i) Da espécie normativa que deva conter a matéria: O artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual prevê como uma das espécies normativas o decreto legislativo. Nesse mesmo sentido, artigo 141, inciso III, do Regimento Interno.

ii) Da competência para a iniciativa da matéria: Os artigos 151 e 152, inciso I, do Regimento Interno preveem a competência de iniciativa dos parlamentares, fato esse que confere legitimidade para o autor do projeto (Deputado Sandro Locutor). Destarte, sendo certo que não se trata de matéria na qual a Constituição Federal, Constituição Estadual ou o Regimento Interno exigem qualquer iniciativa qualificada.

iii) Do regime de tramitação inicial: Tendo em vista a reforma na Constituição Estadual trazida pela Emenda Constitucional n° 62/09, que introduziu o inciso XXIX, ao artigo 56, o dispositivo previsto no inciso IV, do artigo 276, do Regimento Interno tornou-se obsoleto, uma vez que sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do senhor Governador e nem de lei.

Feita essa consideração, conclui-se que,

como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.

iv) Do quórum para a sua aprovação: Nesse feito, aplica-se o artigo 194 do Regimento Interno, pelo qual se exige maioria simples, desde que presentes a maioria absoluta dos Deputados.

v) Do processo de votação a ser utilizado: Como o Regimento Interno não exige qualquer quórum qualificado para aprovação, conclui-se que o presente projeto deve seguir o processo simbólico, nos termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.

- Da Constitucionalidade Material: Como se trata de matéria atinente às congratulações aos cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 27

previstos, seja na Constituição Federal, seja na Constituição Estadual.

Como oportuno, frisa-se que o objeto normativo desse projeto não se relaciona a problemática de ponderação de Princípios, nem mesmo de restrição a Direitos Fundamentais. Vale dizer que o projeto em tela não atinge o núcleo essencial de nenhuma Cláusula Pétrea. Sendo assim, não se vislumbra qualquer inconstitucionalidade material.

Nessa perspectiva, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada. O referido projeto não pretende qualquer aplicação retroativa. - Da Vigência na Lei no Tempo: Com efeito, o Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013 não visa alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação da lei no tempo.

Ademais, a Lei Complementar nº 95/98 recomenda a previsão expressa da vigência da lei, mutatis mutandis, aplicando-se extensivamente ao decreto legislativo, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação, artigo 8º da Lei Complementar nº 95/98. Requisitos esses que foram observados. - Da Juridicidade e Legalidade: A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno, observado apenas a necessidade de publicação conforme já indicado no relatório do presente parecer.

Quanto ao aspecto de Legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/2004 (alterada pela Lei nº 8.957, de 21.07.2008), no seu artigo 1º, exige que a concessão de Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado. Desse modo, quanto ao mérito, compete ao Plenário desta Assembleia Legislativa o juízo de delibação sobre sua concessão e, para tanto, devendo ser considerado o curriculum vitae do agraciado compreendido, in casu, pelo próprio texto da justificativa.

Em adendo, cabe repisar com propriedade que o teor da justificativa da proposição possui adequada biografia do homenageado, de maneira que demonstra boa subjetividade para avaliar o grau de mérito envolvido quanto ao quesito: prestar relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado do Espírito Santo. Destarte, fica confirmado e reconhecido que os dados biográficos apresentados são suficientes para que se evidencie o mérito do homenageado, nos termos do art. 2º da Lei nº 7.832/2004. Dita tal dispositivo legal:

“Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o mérito do homenageado.”

Outro ponto importante, que certamente

encontra-se sob registro e controle da Secretaria Geral da Mesa desta Assembleia Legislativa, refere-se ao fato do Parlamentar Autor não ter ultrapassado o número máximo de indicação de agraciados para a Sessão Solene que se realizará para a consecução desta respectiva finalidade, nos termos do art. 3º art. da Lei nº 7.832/2004. Vejamos:

“Art. 3° O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) Títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.”

- Da Técnica Legislativa: Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar Federal nº 95/98 (com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001), máxime quanto a sua estruturação, artigo 3º, sua articulação e redação, respectivamente artigos 10 e 11. Não obstante, a técnica legislativa empregada em sua elaboração atende satisfatoriamente, também, os preceitos: da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Complementar Estadual nº 168, de 1º de dezembro de 1999 e da Resolução Estadual n° 2.700/2009 (Regimento Interno desta nobre Assembleia Legislativa).

Por sua vez, vislumbra-se nos autos (fl. 07) o estudo técnico elaborado pela Diretoria de Redação - DR. Em tal estudo, verificam-se pontos pertinentes de adequação da redação do texto do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013, tanto na ementa, quanto no dispositivo endereçado no artigo 2º do projeto. Nota-se, ainda, que a fundamentação apontada pela Diretoria de Redação - DR é adequada e apta para justificar as alterações pretendidas. Outrossim, sugere-se a adoção das correções indicadas pela Diretoria de Redação - DR, quando da promulgação do texto do Decreto Legislativo correspondente, haja vista tratar-se de meros acertos simples de digitalização. Nesses termos, sugerimos aos nossos Ilustres Pares desta douta Comissão permanente a adoção do seguinte:

PARECER Nº 204/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor.

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28 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CALUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PARECER DO RELATOR.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 33/2013 AUTOR: Deputado Estadual - Sandro Locutor. EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Joe Jerffson Almeida Lima”.

RELATÓRIO

Designado Relator pelo Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para relatar o Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013, “ex vi” do art. 52 do RI, sobre a análise acerca do mérito, de autoria do Deputado Sandro Locutor, passo a fazer sustentando as razões que entendo pertinente a matéria em exame.

O Projeto, em análise na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, recebeu Parecer nº 204/2013, pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa (fls.22/27).

O Projeto de Lei nº 33/2013, foi publicado no Diário do Poder Legislativo, no dia 16 de maio de 2013.

Como se pode verificar na Diretoria de Redação, o Projeto em exame sofreu pequena correção, (fl.07).

A justificativa em forma de currículo, com a devida assinatura, sustenta as razões da homenagem ao cidadão indicado para receber o Título de Cidadão Espírito-Santense.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

O Projeto em exame está diretamente vinculado à Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, já que se trata de concessão de Título de Cidadania. Como se vê está prevista na Constituição Federal, na Carta Estadual.

Baseando-se em um pressuposto de que os Direitos Humanos são figuras normativas que foram pleiteadas pela Constituição Federal 88, e a cidadania um dos valores mais fortes na sociedade brasileira, podemos apontar a relação entre esses dois observando que, no preceito maior dos direitos humanos, o qual está presente o Princípio da

Dignidade da Pessoa Humana, este pode ser posto em prática através do exercício da cidadania. Ou seja, a cidadania é um meio de se objetivar, praticar, exteriorizar os Direitos Humanos em meio à coletividade.

São dos doutrinadores os conceitos básicos de Cidadania e dos Direitos Humanos, que são universais e naturais. Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados num determinado ordenamento jurídico. Já os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito humano no Brasil, também deverá sê-lo em qualquer país do mundo, porque eles se referem à pessoa humana na sua universalidade. Por isso são chamados de direitos naturais, porque dizem respeito à dignidade da natureza humana, porque existem antes de qualquer lei, e não precisam estar especificados numa lei, para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e promovidos.

Cabe ressaltar que é oportuno, quando se indica o nome de uma pessoa a receber o Título de Cidadão Espírito-Santense, quando entender que serve a sociedade de maneira despretensiosa com seu trabalho social gratuitamente. Principalmente neste momento em que as instituições passam por uma profunda e violenta crise de valores.

A atual Constituição impõe que o trabalho seja, além de gerador de riquezas para o empregador e para o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os direitos sociais que estão assegurados no art.6º.

O homenageado é um voluntário que presta serviços em benefício da comunidade, doando seu tempo e suas habilidades, e compartilhando conhecimentos na realização de um trabalho que tem o objetivo de ajudar o próximo, com atos de solidariedade, no município de Cariacica, onde é Presidente do Esporte Clube Itaquari, que visa a integração dos jovens através do esporte, contribuindo para a diminuição dos índices de vulnerabilidade social do bairro e adjacências.

Feitas estas considerações por achar conveniente, passamos a tratar da matéria que está relacionada a título de homenagem a um cidadão que presta relevantes serviços em prol do bairro de Itaquari. Já que a cidadania é exercida pelos cidadãos. Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.

É necessário que se diga o que ele (homenageado) fez em defesa do povo do Município de Cariacica, para que lhe conceda tal cidadania. Neste sentido presta a justificativa do Deputado autor, que faz uma explanação das atividades desempenhada pelo Sr. Joe Jerffson

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 29

Almeida Lima. Ao nosso sentir preenche os principais requisitos para que mereça tal honraria.

Deve-se observar que o parecer emitido nesta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, restringe-se ao mérito da propositura, ficando a cargo exclusivamente dos parlamentares a avaliação sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense.

Desta forma, com os argumentos acima expostos e por ser matéria pertinente a esta Comissão de Defesa da Cidadania e Diretos Humanos, somos pela aprovação, e sugerimos aos demais membros a adoção do seguinte:

PARECER Nº 89/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2013, de autoria do Deputado Estadual Sandro Locutor.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente e Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

GILSINHO LOPES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 35/2013 AUTOR: Deputado Sérgio Borges EMENTA: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.

Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 14/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 20/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 21 de maio de 2013, à página 01, fl. 06 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para

efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 35/2013 visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.

Pela descrição do projeto, constatamos que se

trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de

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30 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição

deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa;

Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal.

Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004. O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos,

disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º2, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os serviços relevantes prestados pela pretensa agraciada, in verbis:

Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro, natural de de Pelotas, Rio Grande do Sul, é graduada em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, especialista em Direito do Consumidor pela Universidade de Castilla La-Mancha/ Toledo, Espanha e Mestre em Direito Privado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vive na capital do Estado do Espírito Santo há 07 (sete) anos, onde lecionou na Faculdade de Direito de Vitória - FDV e nas Faculdades Integradas Espírito-santense - FAESA, tendo nesta última, também atuado na Coordenação do Núcleo de Prática Jurídica, orientando e supervisionando os estudantes no atendimento jurídico gratuito à população carente, bem como participado do desenvolvimento de projetos sociais no auxílio jurídico e consumidores superendividados da Grande Vitória. Leciona também em vários cursos preparotórios para concursos na área jurídica e na Escola Superior do Ministério Público do Estado.

Desde o ano de 2010, Michele trabalha como Assessora Jurídica na Superntendência dos Projetos de Polarização Industrial do Estado do Espírito Santo, autarquia ligada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado - Sedes, além de ser advogada atuante no Estado.

2 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 31

Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.

Assim, opinamos pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 35/2013, com fundamento no art. 25, §1º, da Constituição Federal, nos arts. 56, XXIX e 61, IV, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08 e 9.510/10.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 191/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 35/2013, de autoria do Senhor Deputado Sérgio Borges.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 035/2013 AUTOR (ª): Deputado Sérgio Borges EMENTA: “Concede o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo nº

035/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à

Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro. Admitida, a proposição que foi protocolizada

no dia 14/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 20/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 21 de maio de 2013, à página 01, fl. 06 dos autos.

Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 04).

O currículo da homenageada está inserido na justificativa, (fl. 03) do Presente Projeto junto com os serviços relevantes prestados pela agraciada, in verbis:

Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro, natural de de Pelotas, Rio Grande do Sul, é graduada em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, especialista em Direito do Consumidor pela Universidade de Castilla La-Mancha/ Toledo, Espanha e Mestre em Direito Privado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vive na capital do Estado do Espírito Santo há 07 (sete) anos, onde lecionou na Faculdade de Direito de Vitória - FDV e nas Faculdades Integradas Espírito-santense - FAESA, tendo nesta última, também atuado na Coordenação do Núcleo de Prática Jurídica, orientando e supervisionando os estudantes no atendimento jurídico gratuito à população carente, bem como participado do desenvolvimento de projetos sociais no auxílio jurídico e consumidores superendividados da Grande Vitória. Leciona também em vários cursos preparotórios para concursos na área jurídica e na Escola Superior do Ministério Público do Estado.

Desde o ano de 2010, Michele trabalha como Assessora Jurídica na Superntendência dos Projetos de Polarização Industrial do Estado do Espírito Santo, autarquia ligada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado - Sedes, além de ser advogada atuante no Estado.

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32 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do disposto no art. 121 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), recebeu parecer pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo a matéria prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios à sua natureza, bem como analisado pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, recebeu parecer nº 191/2013, pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos somente para análise do mérito, na forma do art. 52 da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno).

É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

PARECER DO RELATOR

O presente Projeto de Decreto Legislativo

035/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.

No que diz respeito à iniciativa para exame

de mérito, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais e regimentais. Ao chegar à Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para ser submetida quanto ao mérito, ao nosso sentir, não existe obstáculos que possam impedir sua aprovação, já que a matéria tem como objetivo maior agraciar uma pessoa nascida fora do nosso Estado, mas que aqui chegando dedicou sua vida profissional e social ao nosso Estado, como bem salientou na justificativa o Deputado autor. Ressalte-se, por fim, que cumpre a Comissão de Cidadania e dos Direitos Humanos e ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso Título de Cidadão Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

“Art. 1º. Fica concedido o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro”.

Exemplo de ser humano fixou raízes em nosso Estado, a homenageada segunda informa a justificativa da presente proposição, vive na Capital do Estado, trabalha como Assessora Jurídica na Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial do Estado do Espírito Santo, autarquia ligada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado - SEDES, lecionou na Faculdade de Direito de Vitória - FDV e nas Faculdades Integradas Espírito-santense - FAESA, tendo atuado na Coordenação do Núcleo de Prática Jurídica, orientando e supervisionando os

estudantes no atendimento jurídico gratuito à população carente, bem como participado do desenvolvimento de projetos sociais no auxílio jurídico a consumidores superendividados da Grande vitória. Nesse contexto, a homenageada faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.

Pelas razões supra, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 035/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sérgio Borges, que "Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro”, devendo, desta forma, prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 90/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DE

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 035/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sérgio Borges, que "Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Michele Costa da Silveira Andrade Pinheiro.”

Sala das Comissões, em 25 em junho de

2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 036/2013 AUTOR: Deputado Sérgio Borges EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer

quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Célio Pitanga Pinto.

A proposição foi protocolizada no dia 14/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 33

Sessão Ordinária do dia 20/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 21 de maio de 2013, à página 02, fl. 06 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, I da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 036/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Célio Pitanga Pinto.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é natural da cidade de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais. Veio para Estado do Espírito Santo em 1992. É produtor rural dos municípios de Serra e São Mateus tornando-se o maior produtor de borracha do nosso Estado.

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o Senhor Célio Pitanga Pinto, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)” Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos, 61, inciso IV e art. 151, § 2º do RI.

Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;”

Quanto à iniciativa da matéria em apreço, concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 56, XXIX da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. O quórum e o processo de votação da

matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante art. 200, I e art. 201, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário. Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004

“Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

Quanto à compatibilidade com o regimento

interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o

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34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 04 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual entendemos pelo seu acolhimento.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Célio Pitanga Pinto.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 208/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 036/2013, de autoria do Senhor Deputado Sérgio Borges.

Plenário Rui Barbosa, em 11 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente JAMIR MALINI - Relatora

CLAUDIO VEREZA LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 036/2013 AUTOR (ª): Deputado Sérgio Borges EMENTA: “Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto”.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo nº

036/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto.

A proposição foi protocolizada no dia 14/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na

Sessão Ordinária do dia 20/05/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 21 de maio de 2013, à página 02, fl. 06 dos autos.

Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 04).

O currículo do homenageado está inserido na justificativa, (fl. 03) do presente Projeto juntamente com os serviços relevantes prestados pelo agraciado, in verbis:

“Célio Pitanga Pinto é natural de

Governador Valadares, Estado de Minas Gerais, entre 1980/2000, executou obras de transmissão e distribuição de energia elétrica nos estado do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para ase respectivas companhias de energia elétrica Leiam-se ESCELSA, CEMIG E LIGTH.”

Adquiruiu as propriedades rurais do grupo

COIMEX nos municípios rurais de Serra e São Mateus; é produtor de borracha no Estado; exerce atividades de cria e recria de gado bovino e produção de eucalipto nos Estado do Espírtio Santo e Minas Gerais, empregando em suas propriedades cerca de 80 famílias.”

Encaminhado à douta Procuradoria para

exame e parecer na forma do disposto no art. 121 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), recebeu parecer pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo a matéria prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios à sua natureza, bem como analisado pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, recebeu parecer nº 208/2013, pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos somente para análise do mérito, na forma do art. 52 da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

PARECER DO RELATOR

O presente Projeto de Decreto Legislativo

036/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Sérgio Borges, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto. Ao chegar à Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para ser submetida quanto ao mérito, ao nosso sentir, não existe obstáculos que possam impedir sua aprovação, já que a matéria tem como objetivo maior agraciar uma pessoa nascida fora do nosso Estado, mas que aqui chegando dedicou sua vida profissional e social

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 35

ao nosso Estado, como bem salientou na justificativa o Deputado autor. Ressalte-se, por fim, que cumpre a Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos e ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso Título de Cidadão Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

“Art. 1º. Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto”.

Exemplo de ser humano, fixou raízes em nosso Estado, o homenageado segundo informa a justificativa da presente proposição, é advogado e pecuarista, fixando residência em Guarapari e Vitória; atualmente é dono do grupo COIMEX, além de pecuarista no ramo de cria e recria de gado é também o maior produtor de borracha em nosso estado; é produtor de eucalipto nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, empregando em suas propriedades cerca de 80 famílias. Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.

Pelas razões supra, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 036/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sérgio Borges, que "Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto”, devendo, desta forma, prosperar em sua tramitação regular, sugerindo aos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 91/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DE

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 036/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sérgio Borges, que "Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Célio Pitanga Pinto.”

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente e Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 38/2013

AUTORA: DEPUTADA LUZIA TOLEDO EMENTA: "Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª Patrícia Krug Viegas”

RELATÓRIO

Em atendimento a designação do Senhor Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, coube-me analisar e oferecer parecer acerca do aspecto de constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 38/2013.

A matéria passou, sem restrições, pelo crivo da Mesa Diretora no dia 20/05/2013; foi a Diretoria de Redação, onde sofreu correções, as quais passo a adotá-las, por entender pertinentes.

O currículo da homenageada, em forma de justificativa, sem devida assinatura da autora, dando conta da vida da Srª Patrícia Krug Viegas, preenche as exigências legais, especialmente informando que a homenageada com o Título de Cidadã Espírito-Santense é natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, tendo escolhido a cidade de Vitória para fixar residência onde tem contribuído com seu trabalho para o desenvolvimento do Espírito Santo.

Seguindo seu trâmite regimental, a proposição veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, por força do disposto no art. 41, inciso I, do Regimento Interno.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR.

FUNDAMENTAÇÃO. DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.

Aqui estamos a tratar da concessão de um Título de Cidadã. O Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser um irmão, um conterrâneo, uma pessoa da nossa terra. Mesmo que um homenageado não tenha nascido ou não resida no nosso Estado, para que se lhe conceda tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele fez sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais, mas que se diga o que ele (homenageado) fez em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo (Plenário).

O Projeto de Decreto Legislativo n° 38/2013, em análise, tem como finalidade conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Patrícia Krug Viegas. A proposição tem como autora a Deputada Estadual Luzia Toledo, que atendeu as exigência do disposto no art. 142 do Regimento Interno.

Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-

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36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

membro, uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual através do Poder Legislativo, desde que respeitada a competência legislativa remanescente, prevista no art. 25, § 1°, da Constituição Federal da República, in verbis:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem e observados os princípios desta Constituição.

§ l ° - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”

No que diz respeito à iniciativa da matéria

em exame, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais, com fundamento nos os art. 56, XXIX, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa legislativa exclusiva da matéria ora em apreciação nesta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação.

A espécie normativa adequada para dispor sobre a matéria é o decreto legislativo, conforme dispõem o art. 61, IV, da Constituição Estadual e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis.

Em relação ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que à análise e aprovação da matéria, a princípio, é de competência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, (as comissões permanentes destinam-se a apreciar as proposições apresentadas e emitir pareceres sobre elas, podendo, também, introduzir ou acolher emendas).

Portanto é de se observar o quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação, que é por meio de maioria simples e processo de votação nominal, “ex vi” do art. 67, inciso XI, do Regimento Interno. O regime de tramitação é o ordinário, por se tratar de ato normativo de Projeto de Decreto Legislativo. Ao ser submetido a votação em Plenário, o processo se dará por votação simbólica, “ex vi” do art. 201, RI.

No que concerne ao aspecto de constitucionalidade material, verifica-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições, Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal., respeitando-se, assim, o princípio da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico e à coisa julgada. (O artigo 5º inciso XXXVI, da Constituição da República, alberga a garantia de segurança na estabilidade das relações jurídicas, na qual está inserido o ato jurídico perfeito). Prescreve o artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil; “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato

jurídico perfeito, o direito adquirido e à coisa julgada”. Atende, também, o principio da isonomia, (a igualdade atua em duas vertentes: perante a lei e na lei. Por igualdade perante a lei compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto; por sua vez, a igualdade na lei pressupõe que as normas jurídicas não devem conhecer distinções, exceto as constitucionalmente autorizadas).

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em comento.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1°, caput e parágrafo único, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21.07.2008, e 9.510, de 30.08.2010), posto que o autor, na justificativa em forma de currículo, fornece as informações necessárias, principalmente informando que a homenageada, tendo escolhido a cidade de Vitória para fixar residência onde tem contribuído com seu trabalho para o desenvolvimento do Espírito Santo, onde passou por várias áreas de trabalho na área de artista plástica, como ficou bem exposto na justificativa pela Deputada autora da proposição.

Claro, não podemos deixar de ressaltar, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso título de Cidadã Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

"Art. 1° Fica concedido o Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª Patrícia Krug Viegas”.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação”.

Quanto à vigência do decreto legislativo, a

Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser feito.

É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir da sua publicação no Diário Oficial do Poder Executivo. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998, que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obedecendo ao princípio da territorialidade, (em razão da soberania estatal, a

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 37

norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado que a editou, o princípio da territorialidade, (LICC, arts. 8º e 9º). Por isso, vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em análise, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal n° 95/98, e posteriores alterações, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n° 38/2013, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo, sugerindo-se aos demais pares o seguinte:

PARECER Nº 188/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 38/2013, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo. Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 38/2013 AUTORA: Deputada Luzia Toledo EMENTA: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Patrícia Krug Viegas”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 38/2013, de autoria da Deputada Luzia Toledo, visa conceder o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Patrícia Krug Viegas.

A matéria foi protocolada em 15/05/2013, lida no expediente do dia 20/05/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 21/05/2013 à página 03, fl. 07 dos autos.

A propositura recebeu Parecer de nº 188, pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de

Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria da Deputada

Luzia Toledo, visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Patrícia Krug Viegas.

Conforme justificativa da autora, a Sra. Patrícia Krug Viegas, é natural de Belo Horizonte - MG, é artista plástica autodidata e tem na pesquisa um grande filão artístico.

É voluntária das Associações Maria Vitória (doenças raras) e da ABRAPES (esclerose sistêmica) e militante da divulgação da Esclerose Sistêmica e das doenças raras.

Como frequentadora de arteterapia, usa a pintura como terapia e as expõe em notas, sempre divulgando doenças raras, com o intuito de promover alerta, sensibilização e conscientização da sociedade em relação a pessoa com diagnóstico de doença rara, tendo como veículo as produções das exposições, a imprensa e o seu Blog “Dor Sentida em Arte”. Já fez exposições em vários locais do Espírito Santo e Minas Gerais.

A titulação da Senhora Patrícia Krug Veigas é merecida diante dos trabalhos prestados como profissional de artes plásticas para a população do Estado do Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovado a presente concessão.

Destarte, a homenageada é merecedora de ser agraciada com a concessão do título de Cidadã, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo.

Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.

Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 92/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto

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38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Legislativo nº 38/2013, de autoria da Deputada Luzia Toledo.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPOES

JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 40/2013 AUTOR: DEPUTADO DARY PAGUNG EMENTA: "Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira”

RELATÓRIO

Em atendimento a designação do Senhor Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, coube-me a relatoria para analisar e oferecer parecer acerca do aspecto de constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2013. A matéria passou, sem restrições, pelo crivo da Mesa Diretora no dia 27/05/2013; foi a Diretoria de Redação, onde sofreu correções, as quais passo a adotá-las, por entender pertinentes. Publicada no Diário do Poder Legislativo de 28 de maio de 2013.

O currículo da homenageada, veio acompanhado da justificativa, devidamente assinada pelo autor da proposição, dando conta da vida do Dr. Júlio César Costa de Oliveira, preenchida as exigências legais, especialmente informando que o homenageado com o Título de Cidadão Espírito-Santense é natural de Município de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, tendo escolhido o Município de Vila Velha para fixar residência, onde tem contribuído com seu trabalho para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, atualmente desempenhando o cargo de Juiz de Direito na Capital.

Seguindo seu trâmite regimental, a proposição veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, por força do disposto no art. 41, inciso I, do Regimento Interno.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR.

FUNDAMENTAÇÃO.

DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E

MATERIAL, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.

Aqui estamos a tratar da concessão de um Título de Cidadão. O Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser tratada como um conterrâneo. Mesmo que um homenageado não tenha nascido ou não resida no nosso Estado, para que se lhe conceda tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele fez sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo (Plenário).

O Projeto de Decreto Legislativo n° 40/2013, em análise, tem como finalidade conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira. A proposição tem como autor o Deputado Estadual Dary Pagung, a proposição atende as exigências do disposto no art. 142 do Regimento Interno.

Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro, uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual através do Poder Legislativo. O Estado do Espírito Santo, é um ente federado que possui autonomia, capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e auto-legislação. Aqui estamos a tratar de Auto-legislação ancorada no artigo 25, §1º, in verbis:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem e observados os princípios desta Constituição.

§ l ° - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”

No que diz respeito à iniciativa da matéria

em exame, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais, com fundamento nos os art. 56, XXIX, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa legislativa exclusiva da matéria ora em apreciação nesta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação.

A espécie normativa adequada para dispor sobre a matéria é o decreto legislativo, conforme dispõem o art. 61, IV, da Constituição Estadual e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis.

Cabe observar que controle político refere-se à fiscalização por órgão que não seja o Judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, pode ser através do Poder Legislativo (Comissão de Constitucionalidade e Justiça). Uma vez que o aspecto da constitucionalidade formal objetiva,

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 39

cumpre-nos evidenciar que à análise e aprovação da matéria, a princípio, é de competência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, (as comissões permanentes destinam-se a apreciar as proposições apresentadas e emitir pareceres sobre elas, podendo, também, introduzir ou acolher emendas).

No que diz respeito ao quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação, é por meio de maioria simples e processo de votação nominal, “ex vi” do art. 67, inciso XI, do Regimento Interno. O regime de tramitação é o ordinário, por se tratar de ato normativo de Projeto de Decreto Legislativo. Ao ser submetido a votação em Plenário, o processo se dará por votação simbólica, “ex vi” do art. 201, RI.

No que concerne ao aspecto de constitucionalidade material, verifica-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições, Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal. (O artigo 5º inciso XXXVI, da Constituição da República, alberga a garantia de segurança na estabilidade das relações jurídicas, na qual está inserido o ato jurídico perfeito). Prescreve o artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil; “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e à coisa julgada”. No mesmo sentido atende o principio da isonomia, (a igualdade atua em duas vertentes: perante a lei e na lei. Por igualdade perante a lei compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto; por sua vez, a igualdade na lei pressupõe que as normas jurídicas não devem conhecer distinções, exceto as constitucionalmente autorizadas).

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não existe nenhum vício que macule a tramitação ordinária no processo do projeto de decreto legislativo em comento.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1°, caput e parágrafo único, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21.07.2008, e 9.510, de 30.08.2010), posto que o autor, na justificativa em forma de currículo, fornece as informações necessárias, principalmente informando que o homenageado, tendo escolhido a cidade de Vila Velha para fixar residência, onde tem contribuído com seu trabalho para o desenvolvimento do Espírito Santo, mormente no Poder Judiciário, onde desempenha com brilhantismo o mister de Juiz de Direito da 3ª Vara de Família, como ficou bem exposto na justificativa e no currículo vitae às fls.4/6, juntadas pelo Deputado autor da proposição.

Claro, não podemos deixar de ressaltar, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso

título de Cidadão Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

"Art. 1° Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira”. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação”.

Quanto à vigência do decreto legislativo, a

Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser feito.

É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir da sua publicação no Diário Oficial do Poder Executivo. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998, que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obedecendo ao princípio da territorialidade, (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado que a editou, (LICC, arts. 8º e 9º), e à vigência da lei no tempo: (a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar).

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em análise, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal n° 95/98, e posteriores alterações, que rege a redação dos atos normativos, o que ao nosso sentir está perfeitamente atendida.

Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n° 40/2013, de autoria do Deputado Estadual Dary Pagung, sugerindo-se aos demais pares o seguinte:

PARECER Nº 189/2013.

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2013, de autoria do Deputado Estadual Dary Pagung.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

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40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 40/2013 AUTOR: Deputado Dary Pagung EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2013, de autoria do Deputado Dary Pagung, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira.

A matéria foi protocolada em 22/05/2013, lida no expediente do dia 27/05/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 28/05/2013 às páginas 01/02, fls. 09/10 dos autos.

A propositura recebeu Parecer de nº 189, pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Dary Pagung, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Júlio César Costa de Oliveira.

Conforme justificativa do autor, o Sr. Júlio César Costa de Oliveira, é natural de Teresópolis - Rio de Janeiro.

Em 16 de dezembro de 1988, formou-se em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Pós-graduado em Direito Civil, Processual Civil, Direito Penal, Processual Penal, Direito de Família e Ciências Jurídicas. Doutorando na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.

Exerceu a advocacia no Estado do Rio de Janeiro, foi curador da Comissão de Ética e Disciplina da OAB/RJ. Em 04 de dezembro de 1991, ingressou na Magistratura do Estado do Espírito Santo, exercendo o cargo de Juiz Substituto. Atuou como Juiz auxiliar da Egrégia Corregedoria Geral da Justiça, Juiz Corregedor da Egrégia Corregedoria Geral de Justiça, Juiz auxiliar e membro do Tribunal Regional Eleitoral e Desembargador Substituto.

É Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM - Seção do Estado do Espírito Santo, é Membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - ADESG, sendo coordenador e diretor da Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo.

Atualmente é Juiz de Direito da Comarca da Capital do Estado do Espírito Santo, atuando na 3ª Vara de Família.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo.

Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.

Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 93/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2013, de autoria do Deputado Dary Pagung.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILSINHO LOPES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 041/2013 AUTOR (ª): Deputado Luiz Durão EMENTA: “Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense a Sr. Sérgio Alves Pereira”

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo

nº 041/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira.

A matéria foi protocolada no dia 22 de maio de 2013, passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, foi lida na Sessão Ordinária do dia 27 de maio de 2013, publicado no DPL de 28 de maio de 2013, às páginas 2 e 3.

O currículo do homenageado está inserido na justificativa devidamente sem a devida assinatura pelo autor do presente Projeto (fls. 3 e 4).

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 41

Aduz a justificativa que o homenageado é natural da cidade de Presidente Soares, Estado de Minas Gerais; atualmente é Promotor de Justiça, do Estado do Espírito Santo; em 1995, formou-se bacharel em direito pela Universidade Federal do Estado do Espírito Santo; em 1988, concluiu o curso de oficial da Polícia Militar, na Academia de Polícia Militar, do Estado de Minas Gerais; é pós-graduado em segurança pública, aperfeiçoamento de oficias - UFES.

Segundo ainda, o justificativa o mesmo é um profissional voltado para a área do direito, segurança pública e defesa social, instrutor de cursos de formação de Oficiais e Praças da PMES, atuando em várias Comarca do Estado do Espírito como Promotor de Justiça, e, em 2013, foi nomeado para desempenhar o cargo de Secretário de Estado da Justiça (SEJUS). Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 09). O presente Projeto foi encaminhado à douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), quanto a sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa. Após, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para exame e parecer, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).

É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

PARECER DO RELATOR

Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade e da técnica legislativa

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo

nº 041/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira.

Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela

exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.

Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).

Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições

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42 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal. Logo, ao ser proposto por parlamentar, o

Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.

O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.

O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos arts. 200, I, 201 e 202 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento Interno.

Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e legislação específica geral.

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu, nota-se que foi elaborado estudo técnico pela DR à fl. 13, o qual o adoto.

No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in verbis:

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.

Desse modo, tem-se por observado o presente

requisito legal.

Portanto, no tocante a juridicidade, constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não encontra óbice que possa impedir sua regular tramitação. À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira.

Sendo assim, sugerimos aos demais Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 2032013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa o Projeto de Decreto Legislativo nº 041/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira, atende aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Plenário Rui Barbosa, em 10 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 41/2013 AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 41/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira.

A matéria foi protocolada em 22/05/2013, lida no expediente do dia 27/05/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 28/05/2013 às páginas 02/03, fls. 11/12 dos autos.

A propositura recebeu Parecer de nº 203, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 43

Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria do Deputado

Luiz Durão, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sérgio Alves Pereira.

Conforme justificativa do autor, o Sr. Sérgio Alves Pereira é natural de Presidente Soares - Minas Gerais.

Formou-se em 1995 em Direito na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, em 1999 concluiu a pós-graduação em segurança pública, aperfeiçoamento de oficiais, também na UFES.

É um profissional voltado para a área do direito, segurança pública e defesa social, atua como instrutor de cursos de formação de Oficiais e Praças da PM-ES; facilitador junto à Escola de Governo da Prefeitura Municipal de Vitória, em capacitação da Guarda Municipal de Vitória; atuação em várias Comarcas do Estado do Espírito Santo, em Promotorias de Justiça; Comando de Unidades Operacionais e Administrativas da PM-ES.

Possui vários cursos adicionais na área de direito, tendo também uma vasta experiência profissional, exercendo o cargo de Promotor de Justiça/MPES entre 2000/2013.

Atualmente, desempenha o cargo de Secretário de Estado da Justiça (SEJUS).

A titulação do Senhor Sérgio Alves Pereira é merecida diante dos trabalhos prestados na área da justiça para a população do Estado do Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do Título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo.

Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.

Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 94/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 41/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 42/2013 AUTOR (ª): Deputado Luiz Durão EMENTA: “Concede o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro”.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo

nº 42/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro”.

A matéria foi protocolada no dia 27 de maio de 2013, passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, foi lida na Sessão Ordinária do dia 29 de maio de 2013, não havendo publicação no DPL.

O currículo do homenageado está inserido na justificativa, devidamente assinado pelo autor da proposição. (fl. 03).

Aduz a justificativa que o homenageado é natural da cidade de Coronel Fabriciano, Estado de Minas Gerais; é formado em Administração, comerciante em Linhares, Espírito Santo, no ramo de produtos de informática, membro e secretário do Concel - Conselho Interativo de Segurança Pública de Linhares, e atualmente exerce o cargo de Secretário de Cidadania e Segurança Pública no Município de Linhares, Espírito Santo. Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 04). O presente Projeto foi encaminhado à douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), quanto a sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa. Após,

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44 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para exame e parecer, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno. (Resolução nº 2.700/2009).

É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

FUNDAMENTAÇÃO

Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade e da técnica legislativa

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo

nº 042/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro.

Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.

(...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição deve

ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal. Logo, ao ser proposto por parlamentar, o

Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 45

O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.

O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos arts. 200, I, 201 e 202 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento Interno.

Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e legislação específica geral.

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu, nota-se que foi elaborado estudo técnico pela DR à fl. 09, o qual o adoto.

No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in verbis:

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão. Desse modo, tem-se por observado o presente

requisito legal. Portanto, no tocante a juridicidade,

constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não encontra óbice que possa impedir sua regular tramitação. À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense Sr. Washington Antônio Monteiro.

Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 042/2013,

de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro, atende aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Sendo assim, sugerimos aos demais Membros desta douta comissão à adoção do seguinte:

PARECER Nº 205/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 042/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, que visa o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro”, devendo prosperar em sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Plenário Rui Barbosa, em 11 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 42/2013 AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 42/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro.

A matéria foi protocolada em 27/05/2013, lida no expediente do dia 29/05/2013.

A propositura recebeu Parecer de nº 205, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Luiz Durão, visa conceder Título de Cidadão

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46 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Espírito-Santense ao Sr. Washington Antônio Monteiro.

Conforme justificativa do autor, o Sr. Washington Antônio Monteiro é natural de Coronel Fabriciano - Minas Gerais, é comerciante em Linhares - Espírito Santo desde 1986.

Comerciante desde 1986 no ramo de produtos de informática. Formou-se em Administração pela Faculdade Unilinhares em 2005.

Desde 1997 é membro da Loja Maçônica Fraternidade Universal nº 8 de Linhares - ES. Entre 1999 e 2003 foi membro e secretário do Consel - Conselho Interativo de Segurança Pública de Linhares. Desempenhou a função de Presidente do Consel entre 2003 e 2007/ 2011 e 2012, Vice-Presidente do Consel entre 2007 e 2011.

Atualmente, desempenha o cargo de Secretário de Cidadania e Segurança Pública do município de Linhares.

A titulação do Senhor Washington Antônio Monteiro é merecida diante dos trabalhos prestados na área de administração para a população do Estado do Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo. Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009. Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 95/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 42/2013, de autoria do Deputado Luiz Durão.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente GILDEVAN FERNANDES - Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 043/2013 AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Roberto Macedo Fontes”.

I - RELATÓRIO

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Luiz Durão, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes.

A proposição foi protocolizada no dia 28/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 29/05/2013.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, I da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 043/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes.

Conforme os termos da justificativa do Projeto, o homenageado é natural da cidade de Viçosa, Estado de Minas Gerais. É Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa (1993). Desempenha atualmente a função de Secretário Municipal de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento de Linhares-ES.

Por tudo o que foi exposto, notadamente pela importância que representa o Senhor José Roberto Macedo Fontes, é que se conclui pela concessão do referido título de Cidadão Espírito-Santense.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 47

“Art.25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição (...)”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com Constituição Estadual, conforme os termos dos artigos, 61, inciso IV e art. 151, § 2º do RI.

Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;” Quanto à iniciativa da matéria em apreço,

concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais, tendo em vista que o artigo 56, XXIX da Constituição Estadual, estabelece a iniciativa legiferante concorrente da matéria em questão:

“Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...)

XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.

O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante art. 200, I e art. 201, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação será o ordinário.

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o do respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua

publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

Em especial, no que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no art. 1º da Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto, os serviços prestados pelo pretenso agraciado, destacando-se por sua conduta de excelente profissional:

Lei Estadual nº 7.832/2004

“Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

Quanto à compatibilidade com o regimento

interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de lei em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 10 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Documentação e Informação deste Poder, informando que não há, até a presente data, normas legais em vigor, arquivadas, similares, vetadas ou correlatas sobre o assunto.

À folha 12 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecidos pela Secretaria Geral da Mesa, o qual entendemos pelo seu acolhimento.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 207/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA

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48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 043/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão.

Plenário Rui Barbosa, em de 11 de junho de

2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 43/2013,

de autoria do senhor Deputado Luiz Durão, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao senhor José Roberto Macedo Fontes. A dita proposição legislativa foi protocolizada em 28 de maio de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária, do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, do dia 29 de maio de 2013, e, ainda, encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, com edição datada do dia 03 de junho de 2013, à página 02.

Nota-se que o projeto de decreto legislativo foi instruído com o curriculum vitae do agraciado (fls. 04 a 08 dos autos), além das cópias dos documentos do mesmo, à fl. 09.

Em sequência, o presente Projeto de Lei foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para fins de análise e parecer, oportunidade em que recebeu parecer (Parecer nº 207/2013), em 11 de junho de 2013, cuja conclusão foi pela sua “constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa”.

Por fim, o projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer, na forma do art. 52 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/2009).

PARECER DO RELATOR

Na Justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, o Deputado autor indica que o senhor José Roberto Macedo Fontes é natural de Viçosa, Minas Gerais. Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa (1993), possui mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal -1995) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal-Melhoramento Genético -1999), também pela Universidade Federal de Viçosa.

Conforme informa a Justificativa, o agraciado é Consultor-Sócio da Germinar - Consultoria e Assessoria LTDA; Diretor Técnico da

Brapex - Associação Brasileira dos Exportadores de Papaya, Consultor SEBRAE (Agronegócio, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar) e professor do ensino superior em Cursos de graduação e pós-Graduação.

É, também, classificador de Mamão qualificado pelo MAPA e SFA. Possui vários serviços prestados, principalmente, na área de Controle e Certificações no Sistema Integrado da Qualidade. É auditor da qualidade em diversos protocolos e normas.

Se não bastasse, o homenageado é membro da Câmara Técnica de Fruticultura, da Comissão da Produção Integrada Brasil-ES e membro do Comitê de Clientes da Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado do Espírito Santo.

Atualmente desempenha a importante função de Secretário Municipal de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Abastecimento do Município de Linhares (ES).

Nota-se, também, que o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe já foi analisado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa empregada em sua feitura, cabendo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do mérito.

Com esse mister, cabe registrar os relevantes serviços prestados pelo agraciado à comunidade do Estado do Espírito Santo, em especial, para o Município de Linhares. Destarte, o homenageado é merecedor do referido Título de Cidadão Espírito-santense.

Não obstante, a seu curriculum vitae é um retrato perfeito da atuação do agraciado em solo capixaba e, em tal documento, fica claro o excepcional legado até agora firmado pelo senhor José Roberto Macedo Fontes.

Por todo o exposto e diante dos documentos acostados aos autos, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 43/2013, de autoria do senhor Deputado Luiz Durão, deve ser aprovado no exame de mérito, o que me leva a sugerir aos demais membros desta Comissão o seguinte:

PARECER Nº 96/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 43/2013, de autoria do senhor Deputado Luiz Durão.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS - Relator

GILDEVAN FERNANDES GILSINHO LOPES

JANETE DE SÁ

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 49

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 44/2013 AUTOR: Deputado Paulo Roberto EMENTA: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Alexandra Priscila Nascimento”.

I - RELATÓRIO Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Paulo Roberto, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Alexandra Priscila Nascimento.

Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 28/05/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 29/05/2013.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 44/2013 visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Alexandra Priscila Nascimento.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e

o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis: Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;

Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:

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50 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

(...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal.

Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004. O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos no na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º3, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os serviços relevantes prestados pela pretensa agraciada, in verbis:

Alexandra Priscila Nascimento, nasceu no dia 16 de setembro de 1981, no município de Limeira em São Paulo, e mudou-se para o Espírito Santo ainda criança. Alexandra Nascimento começou a jogar handebol na Escola Jairo de Mattos, no bairro São Torquato em Vila Velha. É filha do Senhor Suemar Nascimento (In memoriam) ex-jogador da Desportiva e da Senhora Nelza Nascimento que sempre foi sua maior incentivadora, e como irmã do meio serviu de exemplo e incentivo ao irmão caçula, a tomar gosto pelo handebol.

3 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

Alexandra Nascimento como é conhecida é uma atleta do handebol brasileiro. Ela integrou a seleção brasileira dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, (classificando-se em 9º lugar), e dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Desde 2004, joga no clube austríaco Hypo Niederösterreich, que disputa a Champions League. Em 2012, ela foi a primeira atleta (masculino ou feminino) brasileira a ser eleita a “Melhor” jogadora de handebol do mundo pela Federação Internacional de Handebol. Suas principais conquista foram:

Tricampeã dos Jogos Desportivos Pan-Americanos (Santo Domingo/03, Rio de Janeiro/07 e Guadalajara/11)

Bicampeã do Pan-Americano de Seleções Participação nas Olimpíadas de Atenas e

Pequim Quatro participações em mundiais

(Hungria/01, Croácia/03, Rússia/05 e França/07)

Vice-campeã Pan-Americana no Chile 2009 Quinto lugar no Mundial de São Paulo, em

2011 Sexto Lugar nos Jogos Olímpicos de Londres

2012 Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.

À folha 06 dos autos, encontra-se estudo

técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Alexandra Priscila Nascimento.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

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PARECER Nº 209/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2013, de autoria do Senhor Deputado Paulo Roberto.

Plenário Rui Barbosa, em 11 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente LUZIA TOLEDO - Relatora

JAMIR MALINI CLAUDIO VEREZA

JOSÉ CARLOS ELIAS

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2013,

de autoria do senhor Deputado Paulo Roberto, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense a senhora Alexandra Priscila Nascimento. A dita proposição legislativa foi protocolizada em 28 de maio de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária, do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, do dia 29 de maio de 2013, e, ainda, encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, com edição datada do dia 03 de junho de 2013, às páginas 02 e 03.

Em sequência, o presente Projeto de Lei foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para fins de análise e parecer, oportunidade em que recebeu parecer (Parecer nº 209/2013), em 11 de junho de 2013, cuja conclusão foi pela sua “constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa”.

Por fim, o projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer, na forma do art. 52 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/2009).

PARECER DO RELATOR

Na Justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, o Deputado autor indica que a senhora Alexandra Priscila Nascimento nasceu no dia 16 de setembro de 1981, no Município de Limeira, em São Paulo, e mudou-se para o Espírito Santo ainda criança. Alexandra Nascimento começou a jogar handebol na Escola Jairo de Mattos, no bairro São Torquato em Vila Velha. É filha do senhor Suemar

Nascimento (In memoriam) ex jogador da Desportiva e da senhora Nelza Nascimento que, nas palavras do autor do projeto, “(...) sempre foi sua maior incentivadora, e como irmã do meio serviu de exemplo e incentivo ao irmão caçula, a tomar gosto pelo handebol”.

Conforme informa a Justificativa, a agraciada é conhecida como importante atleta do handebol brasileiro. Neste contexto, Alexandra integrou a seleção brasileira dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, (classificando-se em 9º lugar), e dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Desde 2004, joga no clube austríaco Hypo Niederösterreich, que disputa a Champions League. Em 2012, ela foi a primeira atleta (masculino ou feminino) brasileira a ser eleita a “Melhor” jogadora de handebol do mundo pela Federação Internacional de Handebol.

Em seu brilhante curriculum vitae de atleta, tem-se o registro de que conquistou várias premiações, dentre elas pode-se destacar: (I) Tricampeã dos Jogos Desportivos Pan-Americanos (Santo Domingo/03, Rio de Janeiro/07 e Guadalajara/11); (II) Bicampeã do Pan-Americano de Seleções; (III) Participação nas Olimpíadas de Atenas e Pequim; (IV) Quatro participações em mundiais (Hungria/01, Croácia/03, Rússia/05 e França/07); (V) Vice-campeã Pan-Americana no Chile 2009; (VI) Quinto lugar no Mundial de São Paulo, em 2011; (VII) Sexto Lugar nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Com tudo isto, não é de se surpreender ter sido eleita a melhor jogadora de handebol do mundo, Alexandra Nascimento foi homenageada pelos Correios e a Confederação Brasileira de Handebol com sua imagem em arremessos, impressa em selo oficial e também carimbo postal onde um desses momentos ficará eternizado.

Nota-se, também, que o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe já foi analisado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa empregada em sua feitura, cabendo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do mérito.

Com esse mister, cabe registrar os relevantes serviços prestados pela agraciada à comunidade do Estado do Espírito Santo, que representa de forma impar no meio esportivo. Destarte, a homenageada é merecedora do referido Título de Cidadão Espírito-santense.

Por todo o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2013, de autoria do senhor Deputado Paulo Roberto, deve ser aprovado no exame de mérito, o que me leva a sugerir aos demais membros desta Comissão o seguinte:

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52 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

PARECER Nº 97/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2013, de autoria do senhor Deputado Paulo Roberto.

Sala das Comissões, em 25 de junho de 2013.

CLAUDIO VEREZA - Presidente e Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

GILDEVAN FERNANDES JANETE DE SÁ

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 47/2013 AUTOR: Deputado Sandro Locutor EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Francisco de Assis Barbosa”.

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Francisco de Assis Barbosa.

Segundo a justificativa do Projeto, o “Senhor Francisco de Assis Barbosa nasceu na Cidade de Esperança Feliz, no Estado de Minas Gerais. Em 1970, se mudou para o Espírito Santo, onde fixou residência no Distrito de Anutiba, Município de Alegre, até janeiro de 1988, constituiu família e passou a residir em Cariacica, onde permanece atualmente”.

O homenageado, muito dedicado aos estudos, formou-se em Técnico Agrícola, Pedagogia, Direito, Teologia, Licenciatura em Teologia e Ensino Religioso e é pós-graduado em Escatologia Bíblica. Atualmente é Pastor da 1ª Igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério de Castelo Branco - Cariacica-ES e Diretor Financeiro da CADEESO - Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros, desde o ano de 1998.

A matéria foi protocolada em 29/05/2013, lida no expediente do dia 03/06/2013 e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 04/06/2013, à página 02, anexa à fl. 07 dos autos.

O projeto veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno deste Poder (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA. O Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, tem a finalidade de conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Francisco de Assis Barbosa. Sob o prisma da constitucionalidade formal, verifica-se que a matéria é de competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente, prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 53

A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal.

Quanto ao quórum para aprovação da matéria

no Plenário e o respectivo processo de votação são de maioria simples e processo de votação simbólica, conforme o art. 200, I, do RI, e o regime de tramitação da matéria será ordinário, na forma do art. 148, II, do mesmo Regimento Interno. Após análise do aspecto constitucional formal, resta-nos analisar o aspecto da constitucionalidade material, comparando as regras do projeto com os princípios e normas constitucionais. Assim, constata-se que as normas introduzidas no referido projeto encontram compatibilidade com os princípios, direitos e garantias, todos previstos nas Constituições, Federal e Estadual, bem como na legislação infraconstitucional pertinente.

Asseveramos que há compatibilidade da proposição e respeito ao princípio da isonomia estabelecido no art. 5º, caput, da Constituição Federal, lembrando que este dispositivo elenca em

seus incisos os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.

Podemos ainda asseverar que a propositura não atinge o Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou a Coisa Julgada, eis que a novidade normativa, ora em análise, não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional.

Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal, consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula ‘Entra em vigor na data de sua publicação’ para as leis de pequena repercussão”.

Quanto ao aspecto da juridicidade e legalidade, analisando o ordenamento jurídico pátrio e decisões jurisprudenciais, o Projeto de Decreto Legislativo, não encontra obstáculo em seu conteúdo, eis que atende os requisitos previstos no Art. 1º, caput, da Lei Estadual nº 7.832/2004 (alterada pelas Leis nº 8.957, de 21/07/2008 e nº 9.510, de 31/08/2010), verbis:

Lei Estadual nº 7.832/04 “Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.”

Destarte, o agraciado é merecedor da

concessão do referido Título de Cidadão Espírito-Santense, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo ora em análise, na qual constam os relevantes serviços prestados em prol do Estado.

No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovando a presente concessão do Título.

Ressalte-se que o presente parecer se restringe ao aspecto jurídico, pertencendo, exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Francisco de Assis Barbosa.

Com relação à técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com alterações apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Cumpre salientar sobre o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação, nos termos do art. 9º, inciso V, do Ato nº 2.517, de 19 de março de

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54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

2007 que, conforme constatamos, consta manifestação nos autos (fls. 08) e, com a qual concordamos plenamente.

Ex positis, opinamos pela CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 47/2013, de autoria do Deputado Estadual Sandro Locutor, com fundamento nos dispositivos constitucionais supramencionados e na legislação infraconstitucional pertinente, em especial, na Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pelas Leis nºs. 8.957/08 e 9.510/10, razão pela qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 226/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor.

Plenário Rui Barbosa, em 18 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

DA VITÓRIA GILDEVAN FERNANDES

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 47/2013 Autor: Deputado Sandro Locutor Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Francisco de Assis Barbosa”.

RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Francisco de Assis Barbosa.

Segundo a justificativa do Projeto, o “Senhor Francisco de Assis Barbosa nasceu na Cidade de Esperança Feliz, no Estado de Minas Gerais. Em 1970, se mudou para o Espírito Santo, onde fixou residência no Distrito de Anutiba, Município de Alegre, até janeiro de 1988, constituiu família e passou a residir em Cariacica, onde permanece atualmente”.

O homenageado, muito dedicado aos estudos, formou-se em Técnico Agrícola, Pedagogia, Direito, Teologia, Licenciatura em Teologia e Ensino

Religioso e é pós-graduado em Escatologia Bíblica. Atualmente é Pastor da 1ª Igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério de Castelo Branco- Cariacica-ES e Diretor Financeiro da CADEESO - Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros, desde o ano de 1998.

A matéria foi protocolada em 29/05/2013, lida no expediente do dia 03/06/2013 e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 04/06/2013, à página 02, anexa às fls. 07 dos autos.

Em sua tramitação, o Projeto recebeu pareceres da Procuradoria Legislativa e da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. E, posteriormente, veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer quanto ao mérito da propositura, atendendo normas regimentais estabelecidas no Art. 52, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

O Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, tem a finalidade de conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Francisco de Assis Barbosa.

O referido Projeto foi analisado anteriormente pela Procuradoria Legislativa e Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação quanto à sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa recebendo parecer favorável. Nesta oportunidade, cabe a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, tão-somente, a análise de mérito.

Neste aspecto, verifica-se que a matéria se encontra dentre as compêtencias de opinamento da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, conforme o disposto no art. 52, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

A proposta legislativa visa tão somente homenagear o Senhor Francisco de Assis Barbosa que é merecedor desta concessão, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo em análise, na qual discorre os relevantes serviços prestados em prol da comunidade deste Estado, atuando desde 1988 em várias áreas, principalmente, em Pedagogia, Direito e Teologia. Atualmente é Pastor da 1ª Igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério de Castelo Branco- Cariacica-ES e Diretor Financeiro da CADEESO - Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros, desde o ano de 1998.

Portanto, na análise de mérito do Projeto entendemos que a medida imposta pelo legislador estadual é necessária, relevante, oportuna e conveniente, na concessão do referido Título de

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Cidadão Espírito-Santense, devendo ser aprovado nesta Comissão, seguindo sua tramitação normal nesta Casa de Leis. Ex positis, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013 deve ser aprovado por atender aos pressupostos quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 e incisos, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/09, no qual destaca que compete à Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos opinar sobre a matéria proposta, razão pela qual recomendamos a adoção do seguinte:

PARECER Nº 71/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2013, de autoria do Deputado Sandro Locutor.

Sala das Comissões, em 20 de junho de 2013.

GENIVALDO LIEVORE - Presidente e Relator GILDEVAN FERNANDES

JOSÉ CARLOS ELIAS COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 49/2013 AUTOR (ª): Deputado Paulo Roberto EMENTA: “Concede o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos”.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo nº 49/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.

A matéria foi protocolada no dia 29 de maio de 2013, passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições; foi lida na Sessão Ordinária do dia 03 de junho de 2013 e publicada no DPL de 04 de junho de 2013, às páginas 03 e 04.

O currículo da homenageada está inserido na justificativa, devidamente assinado pelo autor da proposição (fl. 03).

Aduz a justificativa que a homenageada é natural da cidade de Manhuaçu, Estado de Minas Gerais; é formada em letras Português Inglês pela UFES, aposentada como Escrevente Juramentada e Cerimonialista pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. Atualmente, desempenha atividade voluntária junto à AFFECC - Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa

Rita de Cássia e na Santa Casa de Misericórdia no Grupo da Nilce Chieppe. Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 04). O presente Projeto foi encaminhado à douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), quanto a sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa. Após, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para exame e parecer, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno. (Resolução nº 2.700/2009).

É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

FUNDAMENTAÇÃO DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA LEGALIDADE, DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE E DA TÉCNICA LEGISLATIVA

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.

Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...)

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56 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:

(...)

IV - decretos legislativos; Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição deve

ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro. Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...)

§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal. Logo, ao ser proposto por parlamentar, o

Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.

O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.

O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos arts. 200, I, 201 e 202 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento Interno.

Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e legislação específica geral.

Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu, nota-se que foi elaborado estudo técnico pela DR à fl. 08, o qual o adoto.

No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in verbis:

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão. Desse modo, tem-se por observado o presente

requisito legal. Portanto, no tocante a juridicidade,

constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não encontra óbice que possa impedir sua

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regular tramitação. À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.

Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira, atende aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Sendo assim, sugerimos aos demais Membros desta douta comissão à adoção do seguinte:

PARECER N° 206/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira, devendo prosperar em sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza.

Plenário Rui Barbosa, em 11 de junho de 2013

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

JAMIR MALINI LUZIA TOLEDO

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 49/2013 AUTOR (ª): Deputado Paulo Roberto EMENTA: “Concede o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos”.

RELATÓRIO

O presente Projeto de Decreto Legislativo nº 49/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.

A matéria foi protocolada no dia 29 de maio de 2013, passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições; foi lida na Sessão Ordinária do dia 03 de

junho de 2013 e publicada no DPL de 04 de junho de 2013, às páginas 03 e 04.

O currículo da homenageada está inserido na justificativa, devidamente assinado pelo autor da proposição (fl. 03).

Aduz a justificativa que a homenageada é natural da cidade de Manhuaçu, Estado de Minas Gerais; é formada em letras Português Inglês pela UFES, aposentada como Escrevente Juramentada e Cerimonialista pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. Atualmente, desempenha atividade voluntária junto à AFFECC - Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia e na Santa Casa de Misericórdia no Grupo da Nilce Chieppe. Segundo informa a Diretoria de Documentação e Informação, não há norma legal análoga em vigor, nem proposições similares arquivadas, retiradas de pauta, rejeitadas ou com expediente da Mesa Diretora (fl. 04).

Encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do disposto no art. 121 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), recebendo parecer pela legalidade, constitucionalidade e juridicidade, devendo a matéria prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios à sua natureza, bem como analisado pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Publico e Redação, recebeu parecer pela sua constitucionalidade e legalidade, constitucionalidade e juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos somente para análise do mérito, na forma do art. 52 da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno).

É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.

PARECER DO RELATOR

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Deputado Paulo Roberto, que visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.

Segundo a justificativa a autora do Projeto assevera é natural da cidade de Manhuaçu, Estado de Minas Gerais; é formada em letras Português Inglês pela UFES, aposentada como Escrevente Juramentada e Cerimonialista pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. Atualmente, desempenha atividade voluntária junto à AFFECC - Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia e na Santa Casa de Misericórdia no Grupo da Nilce Chieppe. No que diz respeito à iniciativa para exame de mérito, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais e regimentais. Ao chegar á Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para ser submetida quanto ao mérito, ao nosso sentir, não

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existe obstáculos que possam impedir sua aprovação, já que a matéria tem como objetivo maior agraciar uma pessoa nascida fora do nosso Estado, mas que aqui chegando dedicou sua vida profissional e social ao nosso Estado, como bem salientou na justificativa o Deputado autor. Ressalte-se, por fim, que cumpre a Comissão de Cidadania e dos Direitos Humanos e ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão do honroso Título de Cidadão Espírito-Santense, que assim se encontra redigido, verbis:

“Art. 1º. Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Fernando Ferreira de Oliveira”.

Cumpre-nos ressaltar que a análise restringe-se, exclusivamente à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense ao senhor Fernando Ferreira de Oliveira.

Pelas razões supra, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Paulo Roberto, que "Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos”, devendo, desta forma, prosperar em sua tramitação regular por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 69/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DE

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 049/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Paulo Roberto, que "Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Leni Ferreira Ramos.”.

Sala das Comissões, em 20 de junho de 2013.

GENIVALDO LIEVORE - Presidente e Relator JANETE DE SÁ

GILDEVAN FERNANDES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 50/2013 AUTORA: Deputada Aparecida Denadai EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Lino Santos Gomes”.

I - RELATÓRIO Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Senhora Deputada Aparecida Denadai, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Lino Santos Gomes.

Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 03/06/2013, seguiu sua regular tramitação, lida na Sessão Ordinária do dia 04/06/2013. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL - edição do dia 05 de junho de 2013, à página 01, fl. 06 dos autos.

Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).

Este é o Relatório.

II - PARECER DO RELATOR O PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 50/2013 visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Lino Santos Gomes.

Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição

Constatada a competência legislativa do

Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art. 61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:

Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 59

(...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.

Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) IV - decretos legislativos;

Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. (...) § 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua economia interna, tais como: (...)

A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:

Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis) títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.

Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010). Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; II - da Mesa; Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas: (...) § 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica ou nominal.

Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com

as Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004. O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria simples em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).

Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.

No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º4, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:

Lino Santos Gomes, natural de Caravelas, Bahia (BA), e residente em, Vitória (ES), desde os (08) oito anos de idade. Foi casado com a Senhora Divalda Campos Gomes, com quem teve (04) quatro filhos, Eliza, Lino, Margarida e Arimateia. Atualmente é casado com a senhora Maria Luizete de Souza Gomes. Nos anos de 1961 a 1962 foi Deputado Estadual do Estado do Espírito Santo, trabalhando para o bem da população Capixaba. Trabalhou durante trinta anos na Empresa, Companhia Vale do Rio Doce, saindo somente após a sua aposentadoria. Em 1961 formou-se Advogado pela faculdade de Direito do Estado do Espírito Santo (OAB-ES) e atualmente advoga em escritório próprio, na Capital Vitória.

4 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)

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60 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01. À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.

Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Lino Santos Gomes.

Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 227/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo n.º 50/2013, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai.

Plenário Rui Barbosa, em 18 de junho de 2013.

ELCIO ALVARES - Presidente CLAUDIO VEREZA - Relator

DA VITÓRIA GILDEVAN FERNANDES

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 50/2013 AUTORA: Deputada Aparecida Denadai EMENTA: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Lino Santos Gomes”.

I - RELATÓRIO

O Projeto de Decreto Legislativo nº 50/2013, de autoria da Deputada Aparecida Denadai, visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Lino Santos Gomes.

A matéria foi protocolada em 03/06/2013, lida no expediente do dia 04/06/2013, e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 05/06/2013 à página 01, fl. 06 dos autos.

A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa

técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).

É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

A iniciativa em tela, de autoria da Deputada

Aparecida Denadai, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Lino Santos Gomes.

Conforme justificativa da autora, o Sr. Lino Santos Gomes é natural de Caravelas - Bahia, reside em Vitória - Espírito Santo desde os oito anos de idade.

Nos anos de 1961 a 1962 exerceu o mandato de Deputado Estadual do Estado do Espírito Santo, onde trabalhou para o bem da população capixaba. Foi funcionário da empresa Companhia Vale do Rio Doce durante trinta anos, saindo somente após a sua aposentadoria.

Formou-se em Direito no ano de 1961, advogando em escritório próprio nessa Capital até os dias de hoje.

A titulação do Senhor Lino Santos Gomes é merecida diante dos trabalhos prestados como Parlamentar e advogado para a população do Estado do Espírito Santo. No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo homenageado, aprovado a presente concessão.

Destarte, o homenageado é merecedor de ser agraciado com a concessão do título de Cidadão, consoante consta da justificativa descrita nos autos, por ser uma personalidade pública, tendo a oportunidade de prestar relevantes serviços ao povo espírito-santense, o que, certamente reverte-se em incontestáveis benefícios à sociedade como um todo. Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009. Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER Nº 70/2013

A COMISSÃO DE DEFESA DA

CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 50/2013, de autoria da Deputada Aparecida Denadai.

Sala das Comissões, em 20 de junho de 2013.

GENIVALDO LIEVORE - Presidente e Relator GILDEVAN FERNANDES

JOSÉ CARLOS ELIAS

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 61

PODER EXECUTIVO

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO GOVERNADOR

Vitória 02 de julho de 2013 MENSAGEM Nº 155/2013 Senhor Presidente:

Comunico a V. Exª que, no uso da competência que me confere os artigos 66, § 2º e 91, IV da Constituição Estadual e, ainda, com base no Parecer da Procuradoria Geral do Estado, que aprovo e adiante transcrevo, decidi vetar parcialmente o Projeto de Lei nº 239/2012, de autoria do Deputado José Esmeraldo, que “Veda o desconto no valor do ticket refeição e/ou alimentação utilizado em restaurantes, lanchonetes, supermercados e estabelecimentos comerciais congêneres”.

O veto parcial incide tão somente sobre o artigo 4º do PL em apreço pelas razões adiante apontadas pela ilustre PGE:

“O Autógrafo de Lei n.º 97/2013 tem por objetivo criar específica proibição no campo das relações comerciais, destinada a implementar direito daquele que se utiliza do meio de pagamento denominado ticket refeição/alimentação.

Inicialmente, é de se afirmar que as

normas lançadas pelo texto normativo sub exame, em face de seu específico conteúdo, dizem respeito à temática consumerista, que se encontra sob o pálio da competência legislativa concorrente, disciplinada no inciso V do art. 24 da CF/88, que possui a seguinte legenda:

CF/88 Art. 24. Compete à União, aos

Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

[...] V - produção e consumo; [...] § 1º - No âmbito da legislação

concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União

para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre

normas gerais, os Estados exercerão a

competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei

federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Como se vê do dispositivo acima

transcrito, a competência legislativa pertencente ao Estado federado para cuidar de matéria afeta à regulação do consumo é do tipo concorrente limitada. Restando-lhe, nesse caso, a denominada competência legislativa suplementar, que consiste na atribuição de complementar as normas gerais expelidas pela União Federal, criando normas específicas, e, no caso de ausência de legislação nacional de cunho geral quanto a um determinado tema, exercer a competência legislativa plena, com uma atuação supletiva em relação à lacuna em questão, em prol de atender as suas peculiaridades regionais.

Bem por isso, pode-se afirmar que, em

se tratando de competência legislativa concorrente limitada, a União Federal não pode invadir o espaço reservado aos Estados para elaborar suas normas específicas (podendo apenas, como é óbvio, estabelecê-las para os órgãos federais), e, por outro lado, o Estado não poderá, prima facie, confeccionar normas gerais sobre o tema objeto desse tipo de competência. O resultado dessa delimitação de poderes legislativos é a inconstitucionalidade das normas editadas fora dos limites desenhados pelos parágrafos do art. 24 da Carta da República5, como ensina FERNANDA DIAS MENEZES DE ALMEIDA:

[...] no campo da competência concorrente cumulativa, em que há definição prévia do campo de atuação legislativa de cada centro de poder em relação a uma mesma matéria, cada um deles, dentro dos limites

5 “A Constituição de 1988 contemplou, em seu artigo 24, a técnica da competência legislativa concorrente entre a União, os Estados-membros e o Distrito Federal, cabendo à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros especificá-las. O descumprimento desse comando constitucional conduz à usurpação de competência, que tanto pode ser da União --- quando extrapola os poderes que lhe foram deferidos para estabelecer preceitos gerais ---, quanto dos Estados-membros --- quando, existindo ato legislativo genérico, editam lei invasora”. (trecho do voto do Ministro Eros Grau no julgamento da ADI 1.245/RS)

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62 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

definidos, deverá exercer sua competência com exclusividade, sem subordinação hierárquica. Com a conseqüência de que a invasão do espaço legislativo de um centro de poder por outro gera a inconstitucionalidade da lei editada pelo invasor. (A repartição das competências na constituição brasileira de 1988. 3. ed., São Paulo: Atlas, 2005, p. 146 – grifo nosso)

Essa assertiva doutrinária é, aliás,

corroborada pelo seguinte julgado do STF:

Ementa AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 2.210/01, DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. OFENSA AOS ARTIGOS 22, I E XII; 25, § 1º; 170, CAPUT , II E IV; 1º; 18 E 5º CAPUT, II E LIV. INEXISTÊNCIA. AFRONTA À COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE DA UNIÃO PARA EDITAR NORMAS GERAIS REFERENTES À PRODUÇÃO E CONSUMO, À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E CONTROLE DA POLUIÇÃO E À PROTEÇÃO E DEFESA DA SAÚDE. ARTIGO 24, V, VI E XII E §§ 1º E 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Não cabe a esta Corte dar a última palavra a respeito das propriedades técnico-científicas do elemento em questão e dos riscos de sua utilização para a saúde da população. Os estudos nesta seara prosseguem e suas conclusões deverão nortear as ações das autoridades sanitárias. Competência do Supremo Tribunal Federal circunscrita à verificação da ocorrência de contraste inadmissível entre a lei em exame e o parâmetro constitucional. Sendo possível a este Supremo Tribunal, pelos fatos narrados na inicial, verificar a ocorrência de agressão a outros dispositivos constitucionais que não os indicados na inicial, verifica-se que ao determinar a proibição de fabricação, ingresso, comercialização e estocagem de amianto ou de produtos à base de amianto, destinados à construção civil, o Estado do Mato Grosso do Sul excedeu a margem de competência concorrente que lhe é

assegurada para legislar sobre produção e consumo (art. 24, V); proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, VI); e proteção e defesa da saúde (art. 24, XII). A Lei nº 9.055/95 dispôs extensamente sobre todos os aspectos que dizem respeito à produção e aproveitamento industrial, transporte e comercialização do amianto crisotila. A legislação impugnada foge, e muito, do que corresponde à legislação suplementar, da qual se espera que preencha vazios ou lacunas deixados pela legislação federal, não que venha a dispor em diametral objeção a esta. Compreensão que o Supremo Tribunal tem manifestado quando se defronta com hipóteses de competência legislativa concorrente. Precedentes: ADI 903/MG-MC e ADI 1.980/PR-MC, ambas de relatoria do eminente Ministro Celso de Mello. Ação direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade do artigo 1º e de seus §§ 1º, 2º e 3º, do art. 2º, do art. 3º e §§ 1º e 2º e do parágrafo único do art. 5º, todos da Lei nº 2.210/01, do Estado do Mato Grosso do Sul. (ADI 2396 / MS - Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Julgamento: 08/05/2003, Órgão Julgador: Tribunal Pleno)

Fincadas tais premissas, conclui-se que a

questão que deve ser desnovelada nesta altura é saber se, in casu, a competência legislativa estadual foi exercida dentro das balizas postas pela Constituição no pormenor. Para tanto, devemos inquirir:

(a) se há legislação nacional disciplinadora do assunto sob análise; (b) se a lei estadual em gênese harmoniza-se, ou não, com a legislação nacional eventualmente existente. Isso porque, repise-se, a competência suplementar reservada aos Estados não afiança a edição de normas jurídicas que contrariem a legislação geral de caráter nacional editada pela União Federal.

Voltando o foco, então, para a

investigação de tais nuanças, constata-se que já existe legislação nacional acerca do tema

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 63

regulação do consumo e proteção do consumidor. Trata-se do Código de Defesa do Consumidor.

Inquirindo o conteúdo da legislação

estadual em conformação, com parâmetro na legislação nacional sobredita, evidencia-se que aquela está em perfeita consonância com esta, de modo que não há qualquer pecha de inconstitucionalidade formal na hipótese sob estudo.

Tal se deve porque o preceito em tela

compatibiliza-se com a vedação lançada no inciso V do Artigo 39 do CDC que veda, na condição de prática abusiva, a exigência do consumidor de vantagem manifestamente excessiva. Confira-se:

CDC Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: [...] V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; [...]

Com efeito, nenhum estabelecimento está obrigado a aceitar esse meio de pagamento. Mas, uma vez aceito o ticket alimentação/refeição, não se pode cobrar deságio, seja porque se tratar de meio de pagamento de reconhecida solvabilidade, seja porque não se está no âmbito do direito civil e de seu instituto cessão de crédito, no qual admite a cobrança de deságio.

Desse modo, fica claro que, nesse ponto,

o autógrafo de lei em tela visa a suplementar a legislação nacional consumerista, a fim de incrementar a vedação de exigência de vantagem manifestamente excessiva. Tudo isso respeitando os âmbitos de incidência espacial e pessoal imanentes à competência legislativa concorrente.

Assim, conclui-se que, regra geral, não

há qualquer vício constitucional a ser inculcado ao texto sob exame, restando, apenas, efetuar a sua análise sob o ponto de vista do interesse público, atividade que deve fica a cargo do Poder Executivo.

A única exceção a tal conclusão de

validez exitosa, configura o disposto no Artigo 4º do texto normativo objeto deste parecer. De fato, tal preceito, ao fixar a obrigatoriedade de o Poder Executivo efetuar a regulamentação da

lei na qual se insere em determinado prazo, é inconstitucional.

Assim já decidiu o Supremo Tribunal Federal no seguinte julgado: INFORMATIVO Nº 462 TÍTULO ADI e Exame Gratuito de DNA - 3 PROCESSO ADI - 3394 ARTIGO No que se refere ao art. 3º da citada lei, que autoriza o Chefe do Poder Executivo a proceder à regulamentação da lei no prazo de sessenta dias a contar de sua publicação, aduziu-se que a autorização para o exercício do poder regulamentar seria despicienda, uma vez que se cuidaria de simples regulamento de execução. Não obstante, reputou-se inconstitucional a determinação de prazo para que o Chefe do Poder Executivo exerça a função regulamentar de sua atribuição, por afronta ao princípio da interdependência e harmonia entre os poderes. Quanto ao parágrafo único desse art. 3º, que credencia um órgão público para o efetivo cumprimento do objeto da lei, por meio de dotação orçamentária governamental, afirmou-se que esse credenciamento de um órgão público indeterminado, apesar de tecnicamente incorreto, não seria inconstitucional. Esclareceu-se, no ponto, que o texto do parágrafo único do art. 3º conforma a regulamentação da lei pelo Executivo, que a desenvolverá de acordo com a conveniência da Administração, no quadro do interesse público. Vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, que também declaravam a inconstitucionalidade do art. 1º, caput, da lei impugnada, ao fundamento de que se estaria criando uma despesa para a administração pública, sem previsão orçamentária prévia. Precedentes citados: ADI 2072 MC/RS (DJU de 19.9.2003); RE 207732/MS (DJU de 2.8.2002); RE 224775/MS (DJU de 24.5.2002); ADI 2393/AL (DJU de 28.3.2003);

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64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

ADI 546/RS (DJU de 14.4.2000). ADI 3394/AM, rel. Min. Eros Grau, 2.4.2007. (ADI-3394)

O porquê dessa invalidez é bem externado

pelo Ministro CARLOS BRITTO, no voto proferido no citado aresto, ao esclarecer que “não se pode obrigar o poder Executivo a regulamentar a lei. É uma competência que ele detém por explícita previsão constitucional, sem que o legislador ordinário possa obrigá-lo a fazer num determinado limite temporal”.

Destarte, o artigo em tela não pode ter sua validade chancelada, porquanto malfere o princípio da separação dos Poderes, estatuído no art. 2º da CF/88”.

Pelas razões bem postas no parecer supra, o

veto se impõe. Atenciosamente

JOSÉ RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO GOVERNADOR

Vitória 08 de julho de 2013. MENSAGEM Nº 156/2013 Senhor Presidente:

Comunico à Mesa Diretora dessa Casa de

Leis que, amparado nos artigos 66, § 2º e 91, IV da Constituição Estadual, vetei totalmente o Projeto de Lei nº 283/2012, de autoria do Deputado Nilton Baiano que, “Dispõe a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas nas entidades que oferecem esses serviços no Estado”.

Após sua aprovação, o PL sob análise foi

transformado no Autógrafo de Lei nº 103/2013 e encaminhado ao Poder Executivo para cumprimento das formalidades constitucionais acima enunciadas.

O veto que aponho ao projeto de lei em exame é em razão do vício de inconstitucionalidade formal de que padece, por se tratar de normas que se situam na competência legislativa dos Municípios (inciso I do artigo 30 da CF/88).

Solicitei o exame da matéria à Procuradoria

Geral do Estado, que se manifestou com o parecer abaixo transcrito, que aprovo e transcrevo:

“O vertente autógrafo padece de

inconstitucionalidade formal. Conclusão que se adota por força de entendimento fixado pelo

Supremo Tribunal Federal no sentido de que é atribuição da municipalidade criar normas que visam à promoção da segurança dos usuários dos estabelecimentos freqüentados pelo público em geral, como é o caso das piscinas de clubes, parques, associações e outras entidades congêneres.

Para atestar tal assertiva, transcrevo os

argumentos jurídicos lançados no parecer por mim confeccionado nos autos do processo administrativo n.º 41118707, que cuidou de questão similar; in verbis:

[...] O vertente caso é daqueles que sugerem duas visões jurídicas distintas de um mesmo fenômeno normativo. Isso se deve porque o substrato fático-jurídico, que corporifica o autógrafo sob análise, pode ser apreendido tanto sob o enfoque do interesse local, nos termos do inc. I do art. 30 da CF/88, quanto sob o enfoque da proteção e defesa da saúde, de acordo com o inc. XXII do art. 24 também da CF/88. Mas, por uma ou outra forma de estudo do tema, conclui-se, sempre, pela inconstitucionalidade formal do texto normativo em gênese. Vejamos: 2.2. Do interesse local.

A primeira noção que vem à mente, ao se deparar com texto normativo com o teor do autógrafo sub examine, é o firme posicionamento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que é da competência exclusiva dos municípios fixar, mediante lei, a obrigatoriedade de determinados estabelecimentos instalarem dispositivos de segurança, entre eles os denominados detectores de metais. Nesse sentido temos os seguintes julgados: RREE 240.406/RS, 245.842/RS e 174.645/SP. Precisas são as considerações apresentadas pelo eminente Ministro Celso de Mello no julgamento do AI 347717/RS, cujo trecho transcreve-se abaixo, por ser oportuno à exata compreensão do assunto; in verbis: “[...] Não vislumbro, no texto da Carta Política, a existência de obstáculo constitucional que possa inibir o exercício, pelo Município, da

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 65

típica atribuição institucional que lhe pertence, fundada em título jurídico específico (CF, art. 30, I), para legislar, por autoridade própria, sobre a instalação de dispositivos de segurança em geral (tais como portas eletrônicas e câmaras filmadoras) destinados a tornar efetiva a proteção dos próprios bancários, dos munícipes, dos frequentadores e demais usuários dos estabelecimentos mantidos pelas instituições financeiras. Na realidade, o Município, ao assim legislar, apóia-se em competência material, que lhe reservou a Constituição da República, cuja prática autoriza essa mesma pessoa política a dispor, em sede legal, sem qualquer conflito com as prerrogativas fiscalizadoras do Banco Central, sobre o tema que reflete assunto de interesse eminentemente local, seja aquele vinculado à segurança da população do próprio município, seja aquele pertinente à regulamentação edilícia, vocacionada a permitir, ao ente municipal, o controle das construções, com a possibilidade de impor, para esse específico efeito, determinados requisitos necessários à obtenção de licença para construir ou para edificar, consoante reconhece o magistério da doutrina [...] e enfatiza, em igual sentido, a jurisprudência dos Tribunais, notadamente a desta Suprema Corte [...]”. Extrai-se, do trecho acima transcrito, que um dos fundamentos capazes de afiançar a competência legislativa dos Municípios no pormenor é a atribuição constitucional destinada a tais entes políticos para promover medidas promotoras da segurança dos freqüentadores/usuários de determinados estabelecimentos, tendo em mira certas peculiaridades a estes imanentes. Em síntese: compete aos Municípios fixar medidas capazes de garantir a segurança dos cidadãos quando do acesso a determinados estabelecimentos ou edifícios. De porte de tal premissa, chega-se à conclusão de que esse raciocínio esposado pelo STF, garantidor da

competência legislativa da municipalidade, é também aplicável à presente hipótese, dada a similitude de pressupostos. Com efeito, a lógica que preside a determinação da competência legislativa dos Municípios para implementar deveres cristalizadores de medidas de segurança para a população é, também, o pano de fundo do dever objeto do Autógrafo de Lei n.º 223/2007. Ora, se cabe ao Município determinar, por lei, que certos estabelecimentos possuam detectores de metais, a fim de garantir a segurança dos seus freqüentadores/usuários, também cabe à Câmara Municipal a competência para dispor legalmente sobre medidas necessárias a garantir a segurança daqueles que, por seu turno, freqüentem estabelecimentos ou edifícios que possuem o aludido aparelho, em razão da periculosidade que tal artefato ocasiona a determinadas pessoas. Resumindo: o dever de avisar acerca do funcionamento de aparelhos detectores de metais se presta a garantir a segurança dos usuários/frequentadores de edifícios ou estabelecimentos que os utilizem por conta própria ou por conta de determinação legal expressa, circunstância que denota a incidência do preceptivo contido no inciso I do art. 30 da Carta da República.

Na verdade, temos aqui verdadeiro caso de superposição de medidas de segurança (para instalar os detectores e para instalar aviso de funcionamento dos detectores já instalados), ambas ligadas à competência legislativa exclusiva do Município.

Assim, podemos afirmar, na esteira do entendimento do STF, que “os Municípios são competentes para legislar sobre questões que respeite a edificações ou construções realizadas no seu território, assim como sobre assuntos relacionados à exigência de equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendimento ao público”. (AI 491.420-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 24/03/06).

Outro pensamento, ou seja, caso fique transferida ao Estado-membro a

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66 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

competência para dispor sobre tal tema, implicará amputação de ingente “parte” da competência legislativa já reconhecida pelo STF aos Municípios. Aliás, tal interpretação vai de encontro às seguintes lições do precitado ministro Celso de Mello, tecidas no RE 251542/SP: “[...] o art. 30, inciso I, da Carta Política não autoriza a utilização de recursos hermenêuticos cujo emprego [...] possa importar em grave vulneração à autonomia constitucional dos Municípios, especialmente se se considerar que a Constituição da República criou, em benefício das pessoas municipais, um espaço mínimo de liberdade decisória que não pode ser afetado, nem comprometido, em seu concreto exercício, por interpretações que culminem por lesar o mínimo essencial inerente ao conjunto (irredutível) das atribuições constitucionalmente deferidas aos Municípios”. Resolvida a grande questão que envolve a competência legislativa exclusiva do Município, descrita no inciso I do art. 30 da CF/88, que é a sua identificação concreta, vez que tal exegese já foi realizada pelo STF, conquanto reflexamente, fica evidente a inconstitucionalidade do autógrafo de lei em disquisição. Isso porque é tese prevalente na doutrina e na jurisprudência que as matérias de predominante interesse local constituem objeto de competência legislativa exclusiva da municipalidade, sendo que lei editada por qualquer outro ente da federação que venha a invadir esse campo será inconstitucional sob o ponto de vista formal. Eis, respectivamente, escólio doutrinário e posicionamento jurisprudencial que atestam o afirmado: Cumpre reiterar, por fim, que no âmbito da sua competência constitucional o Município exerce a função de legislar sem submissão hierárquica, sendo inconstitucionais a lei estadual e a lei federal que, desbordando dos limites das respectivas competências, invadirem

o campo da competência municipal. (ALMEIDA, Fernanda Dias Menezes de. Competências na constituição de 1988. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 119) “Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 2º DO ARTIGO 229 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. TRANSPORTE COLETIVO INTERMUNICIPAL. TRANSPORTE COLETIVO URBANO. ARTIGO 30, V DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. TRANSPORTE GRATUITO. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. POLICIAIS CIVIS. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. 1. Os Estados-membros são competentes para explorar e regulamentar a prestação de serviços de transporte intermunicipal. 2. Servidores públicos não têm direito adquirido a regime jurídico. Precedentes. 3. A prestação de transporte urbano, consubstanciando serviço público de interesse local, é matéria albergada pela competência legislativa dos Municípios, não cabendo aos Estados-membros dispor a seu respeito. 4. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado parcialmente procedente”. (ADI 2349/ES, Relator(a): Min. EROS GRAU, Julgamento: 31/08/2005, Órgão Julgador: Tribunal Pleno) Emerge, portanto, sob o prisma em destaque, a inconstitucionalidade formal do Autógrafo de Lei n.º 223/2007, por violação ao disposto no inciso I do art. 30 da CF/88. 2.3. Da proteção e defesa da saúde. Uma outra interpretação, menos robusta, da norma jurídica a ser criada pelo autógrafo de lei sob exame pode levar a conclusão de que ela se destina a promover a proteção e defesa da saúde dos cidadãos, de modo a tornar aplicável, ao caso, as regras regedoras da competência legislativa concorrente previstas no art. 24 da Constituição, ante a determinação específica de seu inciso XII:

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“CF/88 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; [...] § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário”. Cabe frisar, entretanto, que tal sorte de interpretação não nos convence; até porque o art. 200 da CF/88, que define as competências do Poder Público na área da saúde, não deixa espaço para que se efetue a subsunção do dever contido no texto sob análise ao temário próprio da proteção e defesa desse valor constitucional: “CF/88 Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como

bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”. Mas, de qualquer sorte, também por esse conspecto não resta facultado ao Estado-membro lançar lei que contenha o dever de avisar ora em destaque. Isso em razão das limitações que sofreria a incidência concreta dessa eventual competência legislativa concorrente. Vamos ao porquê de tal constatação: “Apesar de o art. 24 da Constituição (que trata da competência legislativa concorrente) não fazer referência aos Municípios, não se discute que a estes também é permitido legislar sobre as matérias nele elencadas, isso por força do inciso II do art. 30 da CF/88. Eis o ensinamento da doutrina quanto à questão: A leitura do caput do artigo 24 mostra que a competência legislativa concorrente foi distribuída entre a União, os Estados e o Distrito Federal, não se mencionando os Municípios entre os aquinhoados. Isto não significa que estes estejam excluídos da partilha, sendo-lhes dado suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, conforme dispõe o artigo 30, II, da Constituição. Como dissemos antes, trata-se de modalidade de competência legislativa concorrente primária, porque prevista diretamente na Constituição, mas diferente da competência concorrente primária que envolve a União e os Estados. E diferente porque a Constituição não define os casos e as regras de atuação da competência suplementar do Município, que surge delimitada implicitamente pela cláusula genérica do interesse local”. (ALMEIDA, Fernanda Dias Menezes de. Competências na constituição de 1988. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 156)

Ocorre que mesmo na competência legislativa suplementar deve ser

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observado o campo constitucionalmente demarcado como próprio da municipalidade: o interesse local. Vale dizer, na Constituição de 1988, existe para os Municípios uma área de competências privativas não enumeradas, sob a égide do conceito normativo genérico interesse local. Situação que se faz presente, outrossim, na competência legislativa concorrente, de modo que o Município deve suplementar a legislação federal ou estadual a fim de curar desse tipo de interesse. Ao assim agir, o Município exerce competência própria, constitucionalmente assinalada. Posto isso, chega-se a uma outra conclusão: o interesse local que sobreleva na regulação legislativa e/ou administrativa da instalação de dispositivos de segurança em edifícios acaba por atrair para o campo das competências legislativas próprias da municipalidade as medidas normativas que visam a evitar danos à saúde ocasionados pelo uso de tais equipamentos. Em suma: medidas normativas, que visam a tornar seguro para a saúde da população o uso de detectores de metais, refletem matéria de predominante interesse local.

Portanto, cabe ao Município suplementar a legislação geral de saúde, porventura existente, editando normas especialmente voltadas à proteção da saúde dos freqüentadores de recintos que utilizam detectores de metais.

Aliás, não deixa dúvida quanto a isso a legislação geral editada pela União (Lei n.º 8.080/90), que regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. De fato, tal diploma normativo, no inciso XVI de seu art. 15, consigna que cabe ao Município elaborar normas de proteção da saúde no seu âmbito administrativo, ou seja, no âmbito do interesse local: “Lei n. 8.080/90 Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: [...] XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde; [...]”. Destarte, infere-se, também por esse modo de apreensão do assunto em tela, que o Autógrafo de Lei n.º 223/200745 incorre no vício de inconstitucionalidade formal, por invadir o espaço próprio da competência legislativa suplementar dos Municípios (art. 30, II, da CF/88). 2.4. Considerações finais. Fica claro, pelo quanto foi dito, que não compete ao Estado imiscuir-se no tema contido no autógrafo de lei objeto deste parecer. Conclusão que deve ser observada não apenas em respeito às normas de estrutura contidas na Constituição Federal de 1988, mas também para se evitar a existência de antinomias (conflito de normas) no sistema jurídico-normativo pátrio. O certo é que a competência do Município de determinar e/ou regular a instalação de dispositivos de segurança em certos prédios faz com que as leis municipais disciplinem, paralelamente, o dever de avisar o funcionamento de tais aparelhos, estatuindo, inclusive, a forma necessária do aviso e as sanções pecuniárias aplicáveis na hipótese de descumprimento. No caso dos detectores de metais, assim estão dispostas a Lei n.º 13.372/2002 do Município de São Paulo, a Lei n.º 15.224/2005 do Município de Campinas/SP, a Lei n.º 5.710/2004 do Município de Marília/SP, a Lei n.º 4.040/2005 do Município do Rio de Janeiro, entre outras. Diante desse quadro, aceitar que o Estado-membro possa validamente legislar sobre esse aspecto que gravita em torno do dispositivo de segurança detector de metais resultará na existência de inúmeros e complexos conflitos normativos, gerados pela cumulação de regramento quanto a esse pormenor, em flagrante prejuízo aos cidadãos destinatários de tais comandos.

Cumpre dizer que essa mesma ordem de ideias arrimou a conclusão pela inconstitucionalidade do Autógrafo de Lei nº 211/2008, que versava sobre a obrigatoriedade do oferecimento de orientações em espetáculos e eventos que reúnam o público em geral, no bojo do processo administrativo nº 42225876.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 69

Bem por isso, tais considerações, que se aplicam mutatis mutandis à hipótese sob disquisição, são mais que suficientes para que se possa concluir pela inconstitucionalidade formal do texto normativo em causa, em razão da violação da competência legislativa veiculada no inciso I do art. 30 da CF/88”.

Atenciosamente

JOSÉ RENATO CASAGRANDE Governador do Estado

ATOS DO PRESIDENTE

ATO Nº 952

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONSIDERAR LICENCIADO, para tratamento de saúde por 01 (um) dia, a partir de 19.06.2013, o Deputado LUIZ DURÃO, na forma do Art. 305, inciso II do Regimento Interno.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 09 de julho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS DA MESA DIRETORA

ATO Nº 953

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 12/06/2013, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, de ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus CHARLESTON SPERANDIO DE SOUZA, matrícula nº 206545, Supervisor Geral de Gabinete de Representação Parlamentar - SGGRP.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 09 de julho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 954

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais e;

CONSIDERANDO notícias veiculadas na imprensa de que haverá greve geral no dia 11 de julho de 2013 (quinta-feira), inviabilizando o transporte público; CONSIDERANDO a necessidade de garantir segurança e mobilidade aos servidores e demais cidadãos;

RESOLVE:

SUSPENDER o expediente no dia 11 de julho de 2013 (quinta-feira) na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, devendo o dia não trabalhado ser compensado, a partir de 12 de julho de 2013 (sexta-feira), com a extensão do expediente em 01 (uma) hora, cabendo às chefias imediatas o rigoroso cumprimento do horário estabelecido.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de julho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATOS DO DIRETOR-GERAL

PORTARIA Nº 460

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

SUSPENDER, a partir de 08/07/2013, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, transferidas anteriormente conforme Portaria nº 281/2013, do servidor LUCIANO HENRIQUE PEREIRA, matrícula nº 207966, titular do cargo efetivo de Taquígrafo Parlamentar Apanhador, código ETPA, do Quadro Permanente, reservando-lhe o direito de gozar os 10 (dez) dias restantes em época oportuna.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 08 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 461 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

SUSPENDER, a partir de 15.07.2013, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, da servidora LETICIA VARGAS ZARDINI PEIXOTO, matrícula nº 207967, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, reservando-lhe o direito de gozar os 16 (dezesseis) dias restantes em época oportuna.

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70 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 08 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 462 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

CONCEDER, 30 (trinta) dias de recesso regulamentar, à estagiária JULIANA QUINTELA MIRANDA, matricula nº 001771, no período de 30/07 a 28/08/2013, de acordo com o art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788, de 25/09/2008, publicada no DOU em 26/09/2008.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 463 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

CONCEDER, 30 (trinta) dias de recesso regulamentar, ao estagiário JANSEN GUSMAO SALLES, matricula nº 001769, no período de 12/07 a 10/08/2013, de acordo com o art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788, de 25/09/2008, publicada no DOU em 26/09/2008.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 464 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

CONCEDER, 30 (trinta) dias de recesso regulamentar, à estagiária YASMIN LEMKE CONCIGLIERI, matricula nº 001725, no período de 12/07 a 10/08/2013, de acordo com o art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788, de 25/09/2008, publicada no DOU em 26/09/2008.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 465 O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

CONCEDER, 30 (trinta) dias de recesso regulamentar, ao estagiário MARCOS VINICIUS RIBEIRO, matricula nº 001720, no período de 17/07 a 15/08/2013, de acordo com o art. 13, § 2º, da Lei nº 11.788, de 25/09/2008, publicada no DOU em 26/09/2008.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 466

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA

DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, RESOLVE, considerar licenciados, os servidores deste Poder Legislativo, abaixo relacionados, na forma dos Artigos citados pela Lei Complementar nº 46, de 31/01/94, com base nas informações da CGRH,

NOME CARGO DIA ARTIGO A PARTIR

Rosangela Zamprogno

Taquígrafo Parlamentar Apanhador

04 142 04.06.2013

Cleidimar Costa

Adjunto de G. de Rep. Parlamentar 15 129 05.06.2013

Rosa Eponina Salvador Moraes

Técnico Legislativo Sênior

04 142 10.06.2013

Denise Aquino dos Santos

Técnico Legislativo Sênior

01 142 11.06.2013

Bernadete Lopes Monteiro

Técnico Legislativo Sênior

08 129 14.06.2013

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 71

Arnaldo Santos Souza

Assessor Júnior do G. da Presidência

08 129 17.06.2013

Laureny Santos de Oliveira

Analista em Tecnologia da Informação

30 129 17.06.2013

Florsina Boeker Querino

Técnico Legislativo Júnior

30 129 18.06.2013

Kersbyenne M. Magnago Izoton

Analista Legislativo 180 137 19.06.2013

Ruth Cunha Pestana

Técnico Legislativo Júnior

03 129 19.06.2013

Wanderlanio Alves Lorete

Técnico Legislativo Sênior

02 129 19.06.2013

Leonardo Zanon Assi

Assessor Sênior da S. de Eq. e Rev. de Parec. da Procuradoria

02 142 20.06.2013

Angela Cristina A. Vargas Pegoretti

Assessor Júnior da Coord. das Comis. Temporárias

01 129 21.06.2013

Mario Cesar Maia Gama Procurador 15 131 21.06.2013

Neide Aparecida Silva Gomes

Técnico Legislativo Júnior

60 129 22.06.2013

Izilda Lemos dos Santos Franco

Taquígrafo Parlamentar Apanhador

01 129 24.06.2013

Leonardo Binda do Nascimento

Técnico Legislativo Sênior

01 129 24.06.2013

Rosangela Zamprogno

Taquígrafo Parlamentar Apanhador

01 129 24.06.2013

Silvia Helena Altoe Benevides

Assessor Júnior da S. do Arquivo Geral

05 129 24.06.2013

Tiago Peixoto Pontes

Técnico em Tecnologia da Informação

01 129 24.06.2013

Amanda Gama Assessor Sênior da S. da Comis. de Agricultura

04 129 25.06.2013

Geneci Cardoso de Oliveira

Assessor Sênior da Sup. da Comis. de Infraestrutura

04 129 25.06.2013

Hertz Lincoln de Freitas

Especialista em Políticas Públicas

01 129 25.06.2013

Lucia Maria P. Sardenberg de Mattos

Técnico Legislativo Sênior

04 129 25.06.2013

Dasio Roberto Scopel de Amorim

Assessor Sênior do G. da Direção-Geral

01 129 26.06.2013

Josiane Vassoler Favarato

Supervisor de Gabinete da Corregedoria Geral

03 129 26.06.2013

Paula Maroto Gasiglia Schwan

Assessor Sênior do G. da Secretaria Geral da Mesa

03 142 26.06.2013

Fabio Paulino Ribeiro da Silva

Supervisor da Comissão de Justiça

01 129 27.06.2013

Mirian da Penha Dias Grillo

Técnico Legislativo Júnior

01 129 27.06.2013

Monica Medice Paes

Taquígrafo Parlamentar Apanhador

02 129 27.06.2013

Aline Sardinha de Oliveira

Técnico Júnior de G. de Rep. Parlamentar

07 129 28.06.2013

Ana Cristina Oliveira Passos

Assessor Sênior da C. das Comis. Temporárias

01 129 28.06.2013

Sandra Helena Albuquerque da Silva

Assessor Júnior da Coord. das Comis. Temporárias

01 129 28.06.2013

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

RESUMO DE CONTRATO DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL

1. CONTRATANTE: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

2. CONTRATADO: LARRISON PEREIRA DOS SANTOS

3. ESPECIFICAÇÃO: ESTÁGIO EDUCACIONAL – Ensino Superior

4. VIGÊNCIA: 16.07.2013 a 15.07.2014 5. VALOR MENSAL DO CONTRATO:

R$ 729,64 (setecentos e vinte e nove reais e sessenta e quatro centavos).

6. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA:

3.3.90.36.00

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL

Fica rescindido, a partir de 08.07.2013, de

acordo com a cláusula primeira, do Contrato de Complementação Educacional, firmado entre a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo e o estagiário do Ensino Superior, JULIO CEZAR LAGASSE. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 09 de julho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

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72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMAÇÃO - QUARTA-FEIRA - 10.07.13

HORA OBSERVAÇÃO PROGRAMAS TEMA ENTREVISTADOS

07H30

ESPAÇO PARCERIA STJ - STJ 25 ANOS

STJ 25 ANOS

08H00 PANORAMA TELEJORNAL TERÇA-FEIRA

DIVERSOS

08H20

ESPAÇO PARCERIA TSE: BRASIL ELEITOR

DIVERSOS

09H00 AO VIVO

SESSÃO ORDINÁRIA REPERCUSSÃO

TRABALHOS DO LEGISLATIVO ESTADUAL

12H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

RIO BANANAL

12H30

ESPAÇO PARCERIA MPF: INTERESSE PÚBLICO

DIVERSOS

13H00

ASSEMBLEIA DO CAMPO

AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (PALMEIRA JUÇARA)

FABIANA RUAS, COORDENADORA DO PROGRAMA DE PALMÁCEAS E PLANTAS MEDICINAIS DO INCAPER

13H30

OPINIÃO

MARCO CIVIL DA INTERNET

GILBERTO SUDRÉ, CONSULTOR EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMPUTAÇÃO FORENSE

14H00 PANORAMA TELEJORNAL TERÇA-FEIRA

DIVERSOS

14H15

BIOGRAFIA MONSENHOR RÔMULO NEVES BALESTRERO

GILLIARD ZUQUE, JORNALISTA, DIRETOR DA RÁDIO FM LÍDER E AMIGO DO PADRE RÔMULO.

14H30

AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

JAMIR MALINI, DEPUTADO ESTADUAL

15H00 REPRISE (QUARTA)

SESSÃO ORDINÁRIA TRABALHOS DO LEGISLATIVO ESTADUAL

18H00

ES EM DEBATE

O FIM DOS LIXÕES E AS ALTERNATIVAS PARA CATADORES E COOPERATIVAS

DALTON RAMALDES, SUBSECRETÁRIO DE PROGRAMAS URBANOS DA SEDURB DAYSE KELLY, PRESIDENTE DA ASCAMARE

18H30

UM DEDO DE PROSA

PRODUÇÃO LITERÁRIA CAPIXABA

GILBERTO ZAPPA

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 73

19H00

ESPAÇO PARCERIA MPF: INTERESSE PÚBLICO

DIVERSOS

19H30

ASSEMBLEIA DO CAMPO

AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (PALMEIRA JUÇARA)

FABIANA RUAS, COORDENADORA DO PROGRAMA DE PALMÁCEAS E PLANTAS MEDICINAIS DO INCAPER

20H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

RIO BANANAL

20H30

ESPAÇO PARCERIA FIOCRUZ - CIÊNCIA E LETRAS

SAÚDE EM QUESTÃO

21H00 PERSONALIDADES IVAN AGUILAR, ESTILISTA

21H30

ESPAÇO PARCERIA MPT - TRABALHO LEGAL

ESPECIAL COORDINFÂNCIA

22H00 PANORAMA TELEJORNAL QUARTA-FEIRA

DIVERSOS

22H15

ESPAÇO PARCERIA MP COM VOCÊ

SITUAÇÃO DO ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

DRA. ANDREA TEIXEIRA, PROMOTORA DE JUSTIÇA

22H45

OPINIÃO

MARCO CIVIL DA INTERNET

GILBERTO SUDRÉ, CONSULTOR EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMPUTAÇÃO FORENSE

23H15

AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

JAMIR MALINI, DEPUTADO ESTADUAL

23H45

ES EM DEBATE

O FIM DOS LIXÕES E AS ALTERNATIVAS PARA CATADORES E COOPERATIVAS

DALTON RAMALDES, SUBSECRETÁRIO DE PROGRAMAS URBANOS DA SEDURB DAYSE KELLY, PRESIDENTE DA ASCAMARE

00H15

ESPAÇO PARCERIA TV CÂMARA - MEMÓRIA POLÍTICA

JOÃO BAPTISTA RAMOS

PROGRAMAÇÃO - QUINTA-FEIRA - 11.07.13 HORA PROGRAMAS TEMA TEMA ENTREVISTADOS

07H00 ESPAÇO PARCERIA CÂMARA MUNICIPAL DE CARIACICA

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

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74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

09H30 ESPAÇO PARCERIA CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

12H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

SÃO JOSÉ DO CALÇADO

SÃO JOSÉ DO CALÇADO DIVERSOS

12H30 ESPAÇO PARCERIA MPT - TRABALHO LEGAL

CLT, PRINCIPAL CONJUNTO DE LEIS TRABALHISTAS.

CLT, PRINCIPAL CONJUNTO DE LEIS TRABALHISTAS.

DIVERSOS

13H00 ASSEMBLEIA DO CAMPO

100 ANOS DA PROFISSÃO DE TÉCNICO AGRÍCOLA

100 ANOS DA PROFISSÃO DE TÉCNICO AGRÍCOLA

ANTONIO CARLOS BALBINO, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DO ESPÍRITO SANTO.

13H30 OPINIÃO ÉTICA SOCIAL NA ESCOLA

ÉTICA SOCIAL NA ESCOLA

ROMILCE COLOMBO, EDUCADORA

14H00 PANORAMA TELEJORNAL QUARTA-FEIRA

TELEJORNAL QUARTA-FEIRA

DIVERSOS

14H15 BIOGRAFIA DOMINGOS MARTINS

DOMINGOS MARTINS

PROF. GABRIEL BITTENCOURT, HISTORIADOR

14H30 AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

ROBERTO CARLOS, DEPUTADO ESTADUAL

15H00 ESPAÇO PARCERIA TRIBUNAL DE CONTAS DO ES

TRABALHOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ES

TRABALHOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ES

18H00 ES EM DEBATE CRIMES ELETRÔNICOS

CRIMES ELETRÔNICOS JEREMIAS DOS SANTOS, TITULAR DA DELEGACIA DE REPRESSÃO AOS CRIMES ELETRÔNICOS; E ANGELITA SCÁRDUA, PSICÓLOGA.

18H30 UM DEDO DE PROSA

PRODUÇÃO LITERÁRIA CAPIXABA

PRODUÇÃO LITERÁRIA CAPIXABA

LEANDRO REIS, ESCRITOR

19H00 ESPAÇO PARCERIA MPF: INTERESSE PÚBLICO

DIVERSOS DIVERSOS DIVERSOS

19H30 ASSEMBLEIA DO CAMPO

100 ANOS DA PROFISSÃO DE TÉCNICO AGRÍCOLA

100 ANOS DA PROFISSÃO DE TÉCNICO AGRÍCOLA

ANTONIO CARLOS BALBINO, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DO ESPÍRITO SANTO.

20H00 BIOGRAFIA DOMINGOS MARTINS DOMINGOS MARTINS PROF. GABRIEL BITTENCOURT, HISTORIADOR

20H10 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

SÃO JOSÉ DO CALÇADO

SÃO JOSÉ DO CALÇADO DIVERSOS

20H30 ESPAÇO PARCERIA UNIDIVERSIDADE

ESPAÇO MARITIMO ESPAÇO MARITIMO DIVERSOS

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 75

21H00 PERSONALIDADES

IOANNIS ZAVOUDASKIS - O GREGO, ARTISTA PLÁSTICO

IOANNIS ZAVOUDASKIS - O GREGO, ARTISTA PLÁSTICO DIVERSOS

21H30 ESPAÇO PARCERIA MPT - TRABALHO LEGAL

CLT, PRINCIPAL CONJUNTO DE LEIS TRABALHISTAS.

CLT, PRINCIPAL CONJUNTO DE LEIS TRABALHISTAS.

DIVERSOS

22H00 PANORAMA TELEJORNAL QUINTA-FEIRA

TELEJORNAL QUINTA-FEIRA

DIVERSOS

22H15 ESPAÇO PARCERIA MP COM VOCÊ

ATUAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL, O GETEP

ATUAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL, O GETEP

DRA. VIVIANE BARROS PARTELLE, PROMOTORA DE JUSTIÇA

22H45 OPINIÃO ÉTICA SOCIAL NA ESCOLA

ÉTICA SOCIAL NA ESCOLA

ROMILCE COLOMBO, EDUCADORA

23H15 AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

ROBERTO CARLOS, DEPUTADO ESTADUAL

23H45 ES EM DEBATE CRIMES ELETRÔNICOS

CRIMES ELETRÔNICOS JEREMIAS DOS SANTOS, TITULAR DA DELEGACIA DE REPRESSÃO AOS CRIMES ELETRÔNICOS; E ANGELITA SCÁRDUA, PSICÓLOGA.

00H15 ESPAÇO PARCERIA SBC - DE CORAÇÃO

NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

DIVERSOS

ATAS DAS REUNIÕES DAS COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO. DÉCIMA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 28 DE MAIO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido a Senhora secretária a proceder à leitura das atas da décima terceira reunião ordinária, realizada em 14 de maio de 2013, e da quarta reunião extraordinária, realizada em 21 de maio de 2013.

(Pausa)

(A Senhora secretária procede à leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Solicito ao Senhor Secretário que proceder à leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OF. N.º 124/2013 /GDSL - do Exm.º Sr. Deputado Sandro Locutor, justificando ausência na reunião Ordinária, desta Comissão do dia 14 de maio do corrente ano. OF. N.º 179/2013 /GDDVI - do Exm.º Sr. Deputado Da Vitória, justificando ausência na reunião Ordinária, desta Comissão do dia 14 de maio do corrente ano. PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: PROJETO DE LEI - 283/12 - Redação Final

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76 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas, nas entidades que oferecem esses serviços, no âmbito do Estado do Espírito Santo. MENSAGEM DE VETO - 87/13 - Análise do Veto AUTOR: Governador do Estado EMENTA: Encaminha veto total ao Projeto de Lei nº 106/2013, de autoria do Governo do Estado, inclui entidades no anexo V da lei orçamentária n.º 9.979, de 15 de janeiro de 2013, para a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, que denomina Associação Beneficente DORCAS-ABED; Associação da Boa Convivência e Atividades da 3ª Idade do Bairro Hélio Ferraz e Agência Adventista de Desenvolvimento de Recursos Assistenciais - ADRA, do Município de Vitória.

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL - 03/13 - Admissibilidade AUTOR: Deputado Euclério Sampaio EMENTA: Acrescenta parágrafo 3º ao artigo 60 da Constituição Estadual para fixar um prazo de resposta para depoimento de autoridade pública, de dirigente de órgão da administração indireta ou fundacional e de cidadão. PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL - 04/13 - Admissibilidade AUTOR: Deputado Gildevan Fernandes EMENTA: Dispõe sobre a capacitação dos conselheiros representantes da sociedade civil nos Conselhos de Políticas Públicas do Estado. PROJETO DE LEI - 84/13 - Análise Técnica AUTORA: Deputada Luzia Toledo RELATOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Insere mensagem nas faturas dos serviços, conforme especifica. PROJETO DE LEI - 113/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: Altera o artigo 1º da Lei Ordinária 9.172/2009, que instituiu o Dia do Rotariano. PROJETO DE LEI - 121/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Euclério Sampaio

EMENTA: Dispõe sobre a gratuidade dos Serviços Notarias e de Registros (cartórios) aos movimentos comunitários e associações de moradores. PROJETO DE LEI - 126/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Dispõe sobre a obrigatoriedade de reservar vagas em creches, escolas de educação infantil e ou ensino fundamental para crianças em idade compatível, filhas (os) de mulheres vítimas de violência doméstica, de natureza física e/ou sexual. PROJETO DE LEI - 127/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Altera a Lei nº 9.102/2009, que obriga os bares, restaurantes, lanchonetes e similares, situados no Estado do Espírito Santo, a manterem em seus cardápios lista contendo os números telefônicos dos serviços de taxi, na forma que especifica. PROJETO DE LEI - 128/13 - Análise Técnica - Terminativo AUTOR: Mesa Diretora EMENTA: Denomina Luiz Machado, o trecho da Rodovia-ES-475, que liga o município de Castelo a São José de Fruteiras, no Estado do Espírito Santo. PROJETO DE LEI - 132/13 - Análise Técnica AUTORA: Deputada Luzia Toledo EMENTA: Dispõe sobre a proibição da realização da cirurgia de cordectomia e ablação das cordas vocais de cães e gatos no Estado e dá outras providências. PROJETO DE LEI - 134/13 - Despacho Denegatório AUTORA: Deputada Janete de Sá EMENTA: Dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização tátil, sonora e visual nas dependências dos prédios de funcionamento de órgãos públicos estaduais, a fim de possibilitar a acessibilidade aos deficientes visuais e auditivos, e dá outras providências. PROJETO DE LEI - 137/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Doutor Hércules EMENTA: Institui o Dia Estadual de Combate ao Fumo. PROJETO DE LEI - 143/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Sérgio Borges EMENTA: Altera o artigo 1º da Lei 8.383 de

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 77

22.09.2006, que declara de utilidade pública a Associação dos Amigos das Famílias com Câncer de Castelo - AFACA, localizada no Município de Castelo, neste Estado. PROJETO DE LEI - 149/13 - Despacho Denegatório AUTOR: Deputado Marcelo Santos RELATOR: Deputado Josias da Vitória EMENTA: Estabelece direitos e deveres aos alunos e aos educadores no Estado do Espírito Santo.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO - 14/13 - Análise Técnica AUTOR: Mesa Diretora EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO - 18/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Doutor Hércules EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Niucesar Estevam Vieira. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO - 20/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao 3º Sargento Reformado da Marinha do Brasil o Sr. José Ribamar de Azevedo. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO - 21/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Claudio Vereza EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Davi Diniz de Carvalho. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Deputado Claudio Vereza Redação Final ao Projeto de Lei n.º: 283/12. Mensagem de Veto n.º: 87/13. Proposta de Emenda Constitucional n.º: 03/13. Projeto de Lei n.º: 113/13. Deputado Da Vitória Proposta de Emenda Constitucional n.º: 04/13. Projetos de Lei n.º: 127/13 e 149/13. Projeto de Decreto Legislativo n.º: 14/13. Deputado José Carlos Elias Projetos de Lei n.º: 84/13, 121/13 e 134/13.

Deputada Luzia Toledo Projetos de Lei n.º: 126/13 e 128/13. Deputado Marcelo Santos Projetos de Decreto Legislativo n.º: 20/13 e 21/13. Deputado Sandro Locutor Projetos de Lei n.º: 132/13, 137/13 e 143/13. Projeto de Decreto Legislativo n.º: 18/13. PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão as atas. (Pausa) Encerrada. Em votação. (Pausa) Atas aprovadas como lidas Inicialmente temos um projeto de processo

administrativo encaminhando a minuta de projeto de lei com respeito a examinadores de trânsito, feita pelo Sindipúblicos.

Solicito ao Deputado Claudio Vereza que encaminhe a matéria para avaliação no plenário neste momento.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente e Senhores membros da Comissão de Justiça, o Presidente do Sindipúblicos, Senhor Gerson Correia de Jesus, nos encaminha minuta de projeto de lei dos examinadores de trânsito. A competência para legislar sobre órgãos do Governo Estadual, órgãos do Poder Executivo, é de iniciativa do Governador do Estado.

De tal forma que sugerimos aos colegas que encaminhemos ao Governador do Estado uma indicação assinada por todos os membros desta Comissão no sentido da regulamentação da função de examinador de trânsito do Detran. É a proposta que fazemos.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Faremos uma sugestão, sem entrar no mérito do projeto. Encaminhamos o projeto; se for uma indicação parece que estamos chancelando o projeto, que é da competência exclusiva do Executivo. Obviamente, o Sindipúblicos merece toda a atenção.

A proposta do Senhor Deputado Claudio Vereza é inteiramente pertinente de enviarmos ao Governador do Estado. Mas todos os membros desta Comissão encaminharíamos o pedido do Sindipúblicos para que o Governo examinasse sob o aspecto administrativo. Evidentemente, tendo os cuidados da constitucionalidade que devemos apreciar a posteriori, caso o governo venha a encampar o projeto.

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78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Eu recebi esse mesmo documento, como Presidente da Comissão de Infraestrutura e Transportes que inclusive trabalha, depois que o Detran se desvinculou da Secretaria de Segurança e foi vinculado à Secretaria de Transportes, a matéria tramita pela nossa Comissão. Estamos fazendo uma análise da proposta dele e naturalmente trata-se de iniciativa do Poder Executivo. Mas como Comissão de Infraestrutura, a fim de comentar e debater esse tema, naturalmente ser um elo de comunicação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo estamos analisando e depois vamos convidar o Diretor do Detran para que juntos possamos apresentar essa solicitação, observados todos os aspectos que foram mencionados por V. Ex.ª agora, há o órgão Estadual de Trânsito. Queríamos só comunicar isso a V. Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Deputado Marcelo Santos, sem embargo da ação da Comissão de Infraestrutura, que é salutar ao extremo, nós da Comissão de Justiça poderíamos enviar ao Governo e depois a Comissão de Infraestrutura avançando no estudo com audiência com o Diretor de Trânsito e com todos os órgãos envolvidos, teríamos um cabedal maior para apreciar o projeto, caso o Governo entenda que o projeto é cabível. Resolveria o posicionamento da Comissão de Infraestrutura? Independentemente da ação que a Comissão de Infraestrutura terá, encaminharemos o projeto ao Governo, dentro da sugestão do Senhor Deputado Claudio Vereza. A posteriori, se o governo encampar a ideia e recebermos o projeto vindo do Poder Executivo, que é o competente para enviar o projeto, então já teríamos o cabedal do estudo que V. Ex.ª e seus Pares realizarão na Comissão de Infraestrutura. Concorda?

O SR. MARCELO SANTOS - Gostaria de

acrescentar alguma coisa. Como esta Comissão só analisa o aspecto legal e constitucional; e a Comissão de Infraestrutura, o mérito; vamos chamar o Detran, a entidade que nos encaminhou, que foi a mesma, poderíamos inclusive se for o caso de termos esse ambiente, em conjunto a Comissão de Justiça e de Infraestrutura encaminhamos ao Governo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Faríamos o seguinte: mandaríamos o processo administrativo que está em nossas mãos à Comissão de V. Ex.ª e faríamos um estudo mais abrangente; e se entendesse, conforme sugestão do Senhor Deputado Claudio Vereza, o processo iria às mãos do Governador do Estado, depois de passar por todos os exames da Comissão de Infraestrutura. Concorda?

Em votação a proposta. (Pausa) Como votam os Senhores Deputados? O SR. MARCELO SANTOS - Concordo

plenamente. O SR. CLAUDIO VEREZA - Concordo. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Concordo. O SR. SANDRO LOCUTOR - Concordo. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Concordo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Determino que a Secretaria encaminhe o expediente remetido agora à Comissão de Infraestrutura, cujo Presidente é o Senhor Deputado Marcelo Santos.

Passa-se à: Ordem do Dia. Peço certa celeridade nos relatórios e quando

for projeto para conceder título de cidadão, abreviem, por gentileza.

O Senhor Deputado Sandro Locutor estava com a palavra, pois pediu vista ao Projeto de Lei n.° 366/2012, cujo relator é o Senhor Deputado Claudio Vereza.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza para relatar.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, somente para relembrar, o Projeto de Lei n.° 366/2012, de iniciativa do Senhor Deputado Roberto Carlos, já foi relatado há algum tempo e trata-se de matéria que tece normas gerais relativas a concursos públicos no âmbito do Estado do Espírito Santo, instituindo o Estatuto dos candidatos a concursos públicos.

O parecer foi extenso, à época, e foi pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, levando em conta que a matéria trata de candidatos a concursos e com rejeição da emenda modificativa apresentada pelo próprio autor da matéria, que determinava prazo de noventa dias para a matéria entrar em vigor.

Oferecemos inconstitucionalidade da emenda, mas constitucionalidade do protejo no original. Na oportunidade, o Senhor Deputado Sandro Locutor pediu vista.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - V. Ex.ª firmou juízo a respeito da matéria com voto em separado.

O Senhor Deputado Sandro Locutor está devolvendo o projeto e na hora em que S. Ex.ª devolver e o projeto for dado como constitucional pelo Senhor Deputado Claudio Vereza, entraremos em discussão. Agora é preciso completar o pedido de vista do Senhor Deputado Sandro Locutor. O Senhor Deputado Claudio Vereza, que é o relator da matéria, está examinando o projeto.

O SR. CLAUDIO VEREZA - A emenda de

autoria de V. Ex.ª foi analisada e, segundo o parecer da procuradoria, é pela inconstitucionalidade da

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 79

emenda modificativa de V. Ex.ª, Senhor Deputado Sandro Locutor, e acatando a emenda da procuradoria que segue abaixo, nos seguintes termos:

[...] Art. 93 - Essa lei entra em vigor noventa dias após a data de sua publicação. [...]

A emenda aditiva, de autoria de V. Ex.ª,

alterava o Art. 2.°, com seus § 3.º e 4.°, nos quais V. Ex.ª fazia algumas alterações. Segundo análise que obtivemos da procuradoria, o parecer é pela inconstitucionalidade da emenda de V. Ex.ª. Acompanho o parecer da procuradoria.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - Pergunto ao

ilustre relator, qual a finalidade desse estatuto que ora V. Ex. relata?

O SR. CLAUDIO VEREZA - O objetivo da

matéria, que é extensa, pois tem noventa e cinco artigos, é estabelecer normas gerais sobre a realização de concursos públicos de provas ou de provas e títulos no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Senhor Presidente, se os Senhores Deputados acharem melhor, posso fazer o relato outra vez, já que faz bastante tempo que a matéria foi relatada nesta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Como essa matéria suscita dúvida e o texto é longo, transferiremos a matéria para a próxima reunião. O Senhor Deputado Claudio Vereza aquiesce a sugestão. Então esse projeto passará para a próxima sessão e os Senhores Deputados que estiverem interessados na matéria poderão revê-la. Inclusive me comunicaram que a Procuradoria apresenta uma emenda, mas se não tiver o patrocínio de um Deputado, fica difícil. Temos que ver como comporemos. Neste caso, o Senhor Deputado Claudio Vereza examinará a emenda sugerida pela Procuradoria e poderá encampá-la como relator.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor Presidente, encampei a emenda.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Então a emenda da Procuradoria já tem o respaldo técnico necessário para ser examinada

na Comissão. O Projeto de Lei n.º 366/2012 baixa de pauta.

Há uma redação final sob a responsabilidade do Senhor Deputado Claudio Vereza, a quem concedo a palavra.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Trata-se da

redação final do Projeto de Lei n.º 283/2012, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, dispondo sobre a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas, nas entidades que oferecem esses serviços, no âmbito do Estado do Espírito Santo. A matéria recebeu emenda em Plenário, e o parecer é pela aprovação da redação final.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - A Presidência acompanha o relator. Parecer aprovado à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º 95/2013, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que proíbe a entrada ou permanência de pessoas utilizando capacete, qualquer outro tipo de cobertura ou máscara, que oculte o rosto, nos estabelecimentos comerciais, públicos ou abertos ao público no âmbito do Estado. O projeto teve o publique-se da Mesa Diretora.

O caput do artigo 1.º diz:

Art. 1º- Fica proibida a entrada ou permanência de pessoas utilizando capacete, qualquer outro tipo de cobertura ou máscara, que oculte o rosto, nos estabelecimentos comerciais, públicos ou abertos ao público no âmbito do Estado. § 1.º- Os efeitos desta Lei estendem-se aos prédios que funcionem no sistema de condomínio.

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80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

§ 2.º- Nos postos de combustíveis e lojas de conveniência, os motociclistas deverão retirar o capacete antes da faixa de segurança para abastecimento ou antes de entrarem na loja. § 3.º- Bonés, capuzes e gorros são proibidos de serem utilizados nos locais definidos no caput deste artigo, desde que cubram o rosto, com intenção de dificultar a identificação.

Haverá um aviso nos locais dizendo: É

proibida a entrada de pessoa utilizando capacete, qualquer tipo de cobertura ou máscara, que oculte o rosto.

O parecer tem anexadas jurisprudências dos órgãos superiores da Justiça. Senhor Presidente, para resumir o parecer, a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação é pela constitucionalidade formal, material, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa da matéria, mas com algumas pequenas emendas.

Emenda número 01(um). O caput passaria a constar com a seguinte redação:

Art. 1.º - Fica proibida a entrada ou permanência de pessoa utilizando capacete ou qualquer outro tipo de cobertura ou máscara que oculte o rosto nos estabelecimentos comerciais abertos ao público e nos condomínios edilícios, no âmbito do Estado.

§ 1.º A vedação prevista no caput deste artigo não se aplica nas hipóteses em que a utilização de capacete ou de outro equipamento de proteção individual nos estabelecimentos comerciais e nos condomínios edilícios for imposta pela legislação federal, estadual ou municipal.

Quando a lei obrigar o uso de capacete ou

outro equipamento, não haverá proibição.

Emenda n.º 03 ao Projeto de Lei n.º 95/2013: - Acrescenta-se o § 4.º ao art. 1.º do Projeto de Lei n.º 95/2013, de autoria da Exma. Deputada Estadual Luzia Toledo, com a seguinte redação: “§ 4º Exclui-se do âmbito de incidência desta Lei as vias internas dos condomínios edilícios.” Emenda n.º 04 ao Projeto de Lei nº

95/2013: - O caput do art. 2.º do Projeto de Lei n.º 95/2013, de autoria da Exma. Deputada Estadual Luzia Toledo, passa a ter a seguinte redação: “Art. 2.º Os responsáveis pelos estabelecimentos de que trata a presente Lei deverão afixar uma placa indicativa ou cartaz na entrada dos mesmos contendo a seguinte inscrição: “É PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOA UTILIZANDO CAPACETE OU QUALQUER TIPO DE COBERTURA OU MÁSCARA QUE OCULTE O ROSTO”.” Emenda n.º 05 ao Projeto de Lei n.º 95/2013: - O art. 3.º do Projeto de Lei n.º 95/2013, de autoria da Exma. Deputada Estadual Luzia Toledo, passa a ter a seguinte redação: “Art. 3.º Esta Lei entra em vigor no prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da data de sua publicação.” Emenda n.º 06 ao Projeto de Lei n.º 95/2013: - Acrescenta-se ao Projeto de Lei n.º 95/2013, de autoria da Exma. Deputada Estadual Luzia Toledo, o seguinte artigo: “Art. 3.º O descumprimento das disposições da presente Lei acarretará ao infrator responsável multa no valor de 500 (quinhentos) Valores de Referência ao Tesouro Estadual - vrtes, aplicada em dobro em caso de reincidência.”

Este é o relatório, Senhor Presidente. O projeto também recebeu o “Publique-se” da Mesa. O aproveitamento do projeto, com seu aperfeiçoamento.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O nobre relator Claudio Vereza relata o projeto de autoria da Deputada Luzia Toledo favoravelmente, mas acrescenta seis emendas, que foram lidas nesta Comissão. (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor Presidente, cumprimento a Senhora Deputada Luzia Toledo pela brilhante iniciativa, que visa enfrentar a

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 81

violência que este Estado sofre diuturnamente. Matéria similar a esta já foi apresentada em outros estados e municípios brasileiros. Em algumas discussões, foi questionada sobre a competência, mas aprovada e sancionada inclusive, pelo Poder Executivo dos Estados, sob a forma de minimizar os problemas enfrentados nas cidades, principalmente nas cidades nordestinas, onde há incidência de assaltos, sequestros, assassinatos, devido cidadãos utilizarem esse mecanismo: o capacete e a máscara para adentrar em casas lotéricas fingindo ser entregadores, carteiros e tantas outras coisas mais, rendiam as pessoas que lá estavam, as assaltavam, enfim, praticavam ali o seu ato criminoso. A Senhora Deputada Luzia Toledo, antenada como sempre, nossa Deputada, nossa Prefeita, Vereadora, Senadora da República, a quem presto as minhas homenagens. E parabenizo também o nobre relator Claudio Vereza, que fez um relato e acrescentou, inclusive, para aprimorar a medida que V. Ex.ª apresentou agora, mais seis emendas.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A discussão nos leva a uma lembrança. Recordo-me que na ocasião houve uma discussão muito forte: o uso do capacete, principalmente para aqueles que utilizam motocicleta. Quase todo crime podemos ver que há dois cidadãos: um dirigindo a motocicleta, e outro sentado atrás, com capacete. E aí, como é que vai se fazer isso; o cara para dirigir a motocicleta precisa colocar o capacete. E é incrível. A maioria dos homicídios é de elementos que usam motocicleta e capacete.

O SR. MARCELO SANTOS - Pela

facilidade que ela dá ao criminoso para fugir do crime.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Tem a motocicleta, e tem o disfarce. Quer dizer, juntam-se dois pontos que são favoráveis à execução de um crime. Mas acredito que o projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo é abrangente. Obviamente esse assunto será discutido em outro estuário de divisão legal.

Continua em discussão o parecer. O SR. MARCELO SANTOS - Venho só

acrescentar, Senhora Deputada Luzia Toledo, que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que obriga - não me recordo exatamente - que nos capacetes têm que constar uma identificação que vincule o capacete à motocicleta. O capacete tem que ter a placa da motocicleta; passa a ser um acessório daquela motocicleta registrada no Detran, para que se tenha facilidade em identificar. Apenas complementando.

O SR. PRESIDENTE -(ELCIO ALVARES) - Concedo a palavra a Senhora

Deputada Luzia Toledo. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Primeiramente ,

gostaria de agradecer ao Senhor Deputado Marcelo Santos, nosso companheiro, nosso colega, meu companheiro de bancada, pelas observações feitas.

Senhor Presidente Elcio Alvares, quero parabenizar o Senhor Deputado Claudio Vereza, não apenas pelo relato, mas também pelas emendas que foram elaboradas pela nossa digna Procuradoria.

Gostaria de dizer que já havia apresentado esse projeto anteriormente, mas não foi compreendido. Logo em seguida, assassinaram, sob a proteção de um capacete, cinco pessoas, em seguida, logo em seguida. O capacete realmente é uma arma. É uma arma e como bem colocado pelo Senhor Presidente Elcio Alvares, o motociclista usa o capacete, o carona usa capacete, e fica-se completamente sem referência de quem cometeu o assassinato. Às vezes, não se pega a placa da motocicleta e assim sucessivamente.

Senhor Deputado Marcelo Santos contribuiu grandemente, inclusive já alguns estados brasileiros têm essa lei e, portanto, seria da Casa, não um projeto da Deputada Luzia Toledo, mas da Casa, elaborando um projeto que irá impossibilitar que outras vidas sejam ceifadas por meio do motociclista que usa o capacete para disfarce ao cometer crimes.

Portanto, Senhor Presidente Elcio Alvares e demais colegas desta Comissão, ainda não ouvi o acolhimento dos demais membros, mas estou contemplada pelo parecer do nobre vice-presidente Claudio Vereza e com a complementação do Senhor Deputado Marcelo Santos. Acho que é de grande importância esse projeto para a sociedade capixaba e brasileira.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO- Com o relator. O SR. PRESIDENTE - ( ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza.

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82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. CLAUDIO VEREZA - Antes de

prosseguir com o relato, parabenizo a Procuradoria o belo relatório, a bela análise da matéria. Ao invés de simplesmente rejeitá-la, procurou corrigir os vícios de inconstitucionalidade e aperfeiçoou a matéria com as emendas já relatadas, de tal forma, que o parecer está muito caprichado. Faço esse registro, nesta Comissão.

A matéria seguinte é o Projeto de Lei n.º 130/2013.

Dispõe sobre a reserva de espaço destinado à veiculação de fotos, nomes e outras informações relacionadas a crianças e adolescentes desaparecidos nos sites eletrônicos “websites” oficiais de propriedade do Estado do Espírito Santo.

A matéria recebeu despacho denegatório, devolva-se ao autor. O autor recorreu e segundo o nosso parecer, como a matéria trata de websites oficiais de propriedade do Estado do Espírito Santo, invade competência do Poder Executivo para legislar sobre os seus órgãos oficiais.

Portanto, o parecer é pela manutenção do despacho denegatório, embora o conteúdo da matéria seja muito importante.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.a LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - O Projeto de

Resolução n.o 10/2013, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, dá nova redação ao inciso VIII do artigo 40 e ao artigo 49 da Resolução n.o 2.700, de 15/7/2009, Regimento Interno, alterados pela Resolução n.o 2.889, de 23/12/2010.

Trata-se de Projeto com a finalidade de

alterar o Regimento Interno. É matéria de autoria exclusiva de Deputado no exercício da sua competência legislativa.

No que diz respeito à iniciativa da matéria em exame, pode se concluir por sua subjunção aos preceitos constitucionais.

A matéria visa a dar nova redação ao inciso VIII do artigo 40 e ao inciso IV do artigo 49, do Regimento Interno, no que se refere à nomenclatura da Comissão:

Art.40. (....) VIII - Comissão de Ciência, tecnologia, Inovação, Inclusão Digital, Biossegurança, Qualificação Profissional, Energia, Gás Natural e petróleo e seus Derivados.” (...) Art. 49. (....) IV - a politica estadual de ciência, tecnologia, inovação, inclusão digital, biossegurança, qualificação profissional, energia, gás natural, petróleo e seus derivados e organização institucional do setor público.

No que diz respeito ao art. 5.º da Carta

Nacional, não interfere no direito adquirido, a coisa julgada, e o ato jurídico perfeito. Da mesma maneira podemos dizer quanto à isonomia.

Portanto, Senhor Presidente, demais Colegas, o Projeto é compatível com a Lei Complementar Federal nº 95/98 e sucessivas alterações.

O parecer é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Estando regimentalmente impedido de

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 83

presidir a votação por ser autor do projeto, passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Claudio Vereza. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (CLAUDIO

VEREZA) - Assumo a presidência dos trabalhos e passo a relatar o Projeto de Decreto Legislativo n.o 17/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Elcio Alvares, Presidente desta Comissão, que concede Título de Cidadã Espírito-Santense a Senhora Márcia Rangel.

O parecer é pela constitucionalidade e legalidade da matéria, com louvor pela iniciativa do Senhor Deputado Elcio Alvares, Presidente desta Comissão.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (CLAUDIO

VEREZA) - Aprovado o parecer à unanimidade. Devolvo a presidência dos trabalhos ao seu

Presidente, Senhor Deputado Elcio Alvares. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Assumo a presidência dos trabalhos para dar continuidade ao rito da reunião.

O Senhor Deputado Sandro Locutor é o próximo relator. Chamo a atenção que seu primeiro relatório, referente ao Projeto de Lei n.o 94/2013, teve pedido de vista do Senhor Deputado Da Vitória, que não está presente.

Senhor Deputado Sandro Locutor, gostaria de saber o prazo da Comissão e o prazo do relator.

O SR. SANDRO LOCUTOR - O prazo da

Comissão é 14 de maio e o prazo do relator é 07 de maio.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Com todo respeito e vênia ao Senhor Deputado Da Vitória, poderíamos votar esse projeto.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Inclusive já

havia relatado antecipadamente e reitero o parecer, que é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 94/2013, de autoria da Senhora Deputada Janete de Sá.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 454/2012, de autoria do Senhor Deputado José Esmeraldo, que estabelece a fixação de aviso com informações sobre o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores em vias terrestres, DPVAT, em estabelecimentos de saúde pública ou privados, postos militares e funerárias.

Temos um parecer extenso da nossa douta Procuradoria citando inclusive a Lei Complementar Federal n.º 95/98, alterada pela Lei Complementar n.º 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento. Na qualidade de relator, respeitando a divergência, nosso entendimento é que o projeto em comento é constitucional, legal e de boa técnica legislativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 112/2013, de autoria do Senhor Deputado José Esmeraldo, que proíbe a realização de qualquer evento artístico custeado com recursos públicos para

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84 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

inauguração de obras públicas no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Temos também parecer qualificado da douta Procuradoria que diz em seu item 17: Verifica-se que a proposta do legislador estadual interfere na competência privativa do Chefe do Executivo, portanto, clara violação ao art. 63, parágrafo único, III e VI, da Constituição Estadual.

Portanto, nosso parecer é pela manutenção do despacho denegatório.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 115/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, que dispõe sobre a reserva de vagas preferenciais para gestantes em estabelecimentos públicos e privados.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 143 do Regimento Interno, o parecer foi dado quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição. Examinando a constituição, consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição. Cita a Constituição Federal de 1998 que outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo, quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento.

A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva. O parecer da Procuradoria ainda traz citações de vários juristas e nos dá amparo a indicar parecer pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 115/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 117/2013, de autoria da Senhora Deputada Solange Lube, que dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas que forneçam serviços de acesso à internet compensarem por meio de abatimento ou de ressarcimento ao assinante que tiver o serviço interrompido ou receber velocidade abaixo da contratada e dá outras providências.

Nestes termos, não é difícil concluir que o serviço de acesso à internet possibilita a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, razão pela qual se amolda ao conceito de telecomunicações constante do dispositivo supracitado. O parecer da Procuradoria traz vários exemplos de ação direta de inconstitucionalidade. Serviço de telefonia e internet, esse assunto me interessa muito, pois estamos presidindo a CPI da Telefonia e estamos nos deparando cada dia com cada situação que nos deixa estarrecidos.

Portanto, temos várias ações diretas de inconstitucionalidade colocadas pela nossa douta Procuradoria, o que nos dá embasamento para que opinemos pela inconstitucionalidade formal do Projeto de Lei n.º 117/2013, de autoria da Senhora Deputada Solange Lube.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 85

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 137/2013, de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, que institui o Dia Estadual de Combate ao Fumo. Uma campanha meritória. Esperamos apenas que o Governo do Estado encampe essas nossas ideias com ações efetivas, que não fique apenas no nosso aprovar nesta Casa e encaminhar às secretarias. No mérito é uma campanha interessante e o nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 137/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sandro Locutor. O SR. SANDRO LOCUTOR - Projeto de

Lei n.º 143/2013, de autoria do Senhor Deputado Sérgio Borges, que altera o art 1.º da Lei 8.383, de 22/09/2006, que declara de utilidade pública a Associação dos Amigos das Famílias com Câncer de Castelo, Afaca, localizada no Município de Castelo.

Se não me engano, o nobre Deputado apenas adicionou um documento que estava pendente e nosso parecer é pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor Presidente, em mãos o Projeto de Decreto Legislativo n.° 18/2013, de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Niucesar Estevam Vieira, grande merecedor desse título. Conheço-o bem, pois no ano passado, tivemos uma participação importante de S.S.ª na Comissão de Meio Ambiente, apresentando o projeto da despoluição das areias. É uma pessoa bem quista do Estado que tem demonstrado seu projeto em nível nacional e tem logrado êxito.

O nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n° 18/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Devolvo a palavra ao Senhor Deputado

Sandro Locutor.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor Presidente, o referido Projeto de Lei n° 140/2011 é algo simples, mas ainda não temos a solicitação do Senhor Deputado Freitas de retirar a alteração. Houve uma conversa por parte desse relator com o Senhor Deputado Freitas. Se houver a possibilidade de sobrestamento, gostaria de solicitá-la para que possa fazer novamente contato com o mesmo, que S.Ex.ª oficie esta Comissão retirando a sugestão de mudança da data. É somente para que não façamos isso abruptamente, dando tempo para que, até na próxima semana, o Senhor Deputado Freitas possa nos oficiar.

O SR. PRESIDENTE - ( ELCIO

ALVARES) - Qual é o prazo do relator e da Comissão?

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, o prazo já foi concluso. O SR. ELCIO ALVARES - Em votação o

requerimento do Senhor Deputado Sandro Locutor. Como votam os Senhores Deputados? O SR. CLAUDIO VEREZA - Pela

aprovação. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Pela

aprovação.

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86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

também é pela aprovação do requerimento. Fica concedido o prazo. Concedo a palavra ao Senhor Deputado José

Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor

Presidente, em mãos o Projeto de Lei n.° 121/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, que dispõe sobre a gratuidade dos Serviços Notarias e de Registros cartórios aos movimentos comunitários e associações de moradores.

De acordo com o exame da constitucionalidade formal da preposição:

[...] Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição". [...]

Senhor Presidente, há muita coisa no relatório, mas como V. Ex.ª quer que apressemo-nos um pouco irei para a parte final.

O nosso parecer é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei nº 121/2013 de autoria do Deputado Euclério Sampaio.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

José Carlos Elias. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor

Presidente, em mãos o Projeto de Lei n.° 134/2013, de autoria da Senhora Deputada Janete de Sá, que dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização tátil, sonora e visual nas dependências dos prédios de funcionamento de órgãos públicos estaduais, a fim de possibilitar a acessibilidade aos deficientes visuais e auditivos, e dá outras providências. Este projeto teve despacho denegatório pela Mesa Diretora.

O nosso parecer é pela manutenção do despacho denegatório do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora, não devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa de Leis.

O SR. ELCIO ALVARES - Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - ( ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de voto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Apenas

esclareço que não há prejuízo do conteúdo da matéria, uma vez que já é prevista em lei federal e estadual. De tal forma que não houve prejuízo de garantir a acessibilidade dos órgãos públicos das pessoas com deficiência.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Estava

colocado, só não falei porque teria que falar por quase uma hora, o que atrasaria o andamento.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Senhor Deputado José Carlos Elias, agradeço a compreensão de V. Ex.ª, porque nossa pauta está caminhado.

Devolvo a palavra ao Senhor Deputado José Carlos Elias.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor Presidente, o Projeto de Lei n.º 138/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, institui o Dia do Advogado Trabalhista no Estado do Espírito Santo.

O nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 138/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 87

O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o relator. Parecer aprovado à unanimidade.

Tenho em mãos o Projeto de Decreto Legislativo n.º 21/2013, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Davi Diniz de Carvalho. Não há qualquer óbice na concessão desse título.

O nosso parecer é pela constitucionalidade e legalidade do Projeto de Decreto Legislativo n.º 21/2013.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - Parecer

aprovado à unanimidade. O Senhor Deputado Claudio Vereza ainda

tem alguns projetos. Peço a S. Ex.ª que os relate, em regime de redistribuição, por pertencer a outros colegas.

Concedo a palavra o Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Lei n.º 128/2013, que seria relatado pela Senhora Deputada Luzia Toledo, que denomina Luiz Machado o trecho da Rodovia-ES-475, que liga o município de Castelo a São José de Fruteiras, no Município de Vargem Alta, Estado do Espírito Santo.

O nosso parecer é pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 128/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o relator.

Parecer aprovado à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Decreto Legislativo n.º 15/2013, de autoria da Senhora Deputada Janete de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Armando Maurício Max.

O parecer é pela constitucionalidade e legalidade do Projeto de Decreto Legislativo n.º 15/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o relator. Parecer aprovado à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Decreto Legislativo n.º 20/2013, de autoria do Senhor Deputado José Carlos Elias, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao 3.º Sargento Reformado da Marinha do Brasil o Sr. José Ribamar de Azevedo.

O nosso parecer é pela constitucionalidade e legalidade da matéria.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o relator. Parecer aprovado à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Lei Complementar n.º 19/2013, de autoria da Senhora Deputada Lúcia

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88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dornellas, altera a redação do artigo 8.º da Lei Complementar n.º 322/2005, que criou a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - Sesport. A matéria teve o devolva-se da Mesa Diretora. A autora recorreu a esta Comissão. O parecer é pela manutenção do despacho denegatório, já que altera estrutura da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer, coisa que só o Governador pode fazer.

O nosso parecer é pela manutenção do despacho denegatório do Projeto de Lei Complementar n.º 19/2013.

O SR. ELCIO ALVARES - Em discussão o

parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. ELCIO ALVARES - A Presidência

acompanha o relator. Parecer aprovado à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Lei n.º 116/2013, de autoria da Senhora Deputada Solange Lube, dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas que fornecem serviços de TV por assinatura a compensarem por meio de abatimento ou de ressarcimento ao assinante que tiver o serviço interrompido, e dá outras providências.

É o segundo projeto de iniciativa da Senhora Deputada Solange Lube, preocupada com direitos do consumidor. No caso, serviços de TV por assinatura serem compensados por meio de abatimento ou de ressarcimento ao assinante que tiver o serviço interrompido.

Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. SANDRO LOCUTOR - V. Ex.ª

relatou o parecer pela? O SR. CLAUDIO VEREZA - Pela

constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

O SR. SANDRO LOCUTOR - É diferente

do outro, não é? O outro foi pela inconstitucionalidade, com a iniciativa da questão da internet.

É importante esta discussão, porque estivemos em Recife agora, estive no Encontro Nacional da Unale, e nós, em paralelo, tivemos a discussão sobre as CPIs das Telefonias, da internet, que estão acontecendo pelo Brasil. Eram oito, quando aprovamos a nossa aqui; e hoje já chegam a quinze, com a entrada dos Estados de Minas Gerais e do Maranhão, no decorrer da próxima semana. Então, são quinze Estados. E uma discussão interessante, Senhor Deputado Claudio Vereza, é a busca por um novo marco regulatório das comunicações no País. Teremos uma reunião no início do mês de junho com o Senhor Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações, e com o Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Presidente da Câmara dos Deputados, para tratarmos desse assunto. E há um abaixo assinado para percorrer todos os Estados em busca desse marco regulatório.

A preocupação da Senhora Deputada Solange Lube demonstra claramente o que vivenciamos nas comunicações no País. Na CPI da Telefonia esses temas são todos abordados. Hoje ouvimos o Delegado da Defesa do Consumidor e, baseados nas suas informações, observamos que se faz necessária uma campanha maciça para que os consumidores conheçam os seus direitos. Porque na realidade os consumidores preferem questionar pequenas diferenças de perdas financeiras, pequenas perdas financeiras, do que exigir de fato um serviço de qualidade. Vou acompanhar o parecer do relator, mas é importante essa preocupação, estarmos antenado a isso.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Quero também fazer um registro veemente. Lembro-me de que quando assinei a CPI do Senhor Deputado Sandro Locutor, vivi um pesadelo que acho que todos aqueles que são usuários do serviço de telefonia e de televisão, sofrem. Demorei um mês discutindo com a NET a mudança de um aparelho para melhorar o sinal dentro de uma das salas da minha casa. E o sistema de comunicação - isso é doloroso - torna qualquer pessoa neurótica, porque telefonamos, aí remete... E sempre em código: Se não for isso assim e assim, faz o código tal. Fazemos; tudo é mecanizado, e no final não se resolve mesmo. Acabamos na mão de uma atendente muito gentil ou de um atendente muito gentil, que acabam também não resolvendo o problema. Acho isso um abuso. E com alguma experiência de Senador da República registro que hoje é mais disputado o lugar em uma agência do que em um Ministério. As agências são altamente disputadas no Governo Federal. É incrível. Todo mundo quer participar da agência fiscalizadora e reguladora disso ou daquilo, principalmente no setor de Telefonia de Comunicação. Acredito e faço voto.

O SR. SANDRO LOCUTOR -

Complementando a fala de V. Ex.ª, Senhor Presidente, este é um dos principais temas: a

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 89

reclamação do call center, do atendimento do call center, que não soluciona nada. E baseado nas informações - inclusive já ouvimos o Diretor do Procon na CPI da Telefonia - o atendimento do call center dessas empresas é uma das principais reclamações.

E o que mais me surpreendeu: administrativamente, a nossa Anatel, que é a Agência Reguladora e Fiscalizadora, é subordinada ao Rio de Janeiro, administrativamente. E no setor de fiscalização somos subordinados a Brasília. Ou seja, a equipe aqui não tem capacidade gerencial, administrativa e fiscalizadora eficaz para atender as demandas do povo capixaba.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Só quero fazer um aditamento, pois V. Ex.ª está fazendo isso com muito entusiasmo. Saber também qual o volume de multas e como são recebidas, porque é uma multa pesada e as empresas continuam agindo da mesma maneira; não há consequência nenhuma, no meu modo de sentir.

Então, teria uma dúvida sobre a CPI de V. Ex.ª se fosse examinar pelo aspecto da constitucionalidade. Mas acho que V. Ex.ª está prestando um serviço de relevante interesse público.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Essa dúvida,

inclusive, Senhor Presidente, é um tema relevante. Essa dúvida está respaldada no artigo 24 da Constituição Federal que nos permite fazer quando se trata principalmente da questão de defesa do consumidor.

Em relação às multas, noventa e cinco por cento delas, não são pagas. Acionam o Poder Judiciário e conseguem se livrar dessas multas.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Tenho conhecimento dessa realidade.

Todos nós temos uma televisão, que é o sonho de consumo de qualquer pessoa, por mais humilde que seja. Duvido que tenha alguém que não tenha tido um problema na reclamação de um aparelho, ou porque saiu o sinal, ou o sinal de vez em quando sai sem que a empresa dê satisfação; coloca uma plaquinha e depois vem de volta... É incrível, estamos vivendo um período em que a telefonia se expandiu, a televisão nem se fala, mas estamos na era da pedra lascada para conseguir fazer alguma coisa de reclamação a respeito disso.

O SR. SANDRO LOCUTOR - No Brasil, a cada torre de transmissão temos cerca de quatro a cinco mil telefones vinculados, quando a nossa legislação determina que deva ser de seiscentas a mil. Para o Senhor ver como está a nossa transmissão.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Sinto isso, o volume de telefones é muito alto. Há determinadas horas que não conseguimos ligar, pois está saturado o serviço de recepção nas chamadas.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, para o Encontro Nacional das CPIs a ser realizado nesta Casa, só faltando definir a data - segunda quinzena de junho ou primeira quinzena de julho - traremos representantes de todos os quinze Estados que já estão com suas CPIs em andamento, para atualizarmos o diagnóstico no Brasil.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Cumprimento V. Ex.ª. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - O Parecer,

portanto, é pela constitucionalidade e legalidade, embasado no Código de Defesa do Consumidor; está previsto na Constituição Federal.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES ) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Encerramos nossos trabalhos com nenhum

projeto em pauta dependendo de votação, o que é bom.

E apenas para não me tornar enfadonho, pois já estou sendo conhecido como o Deputado da reclamação, nesse momento o Governo realiza a posse do Presidente do Banestes, o Senhor Guilherme Dias, ex-ministro, mas deveria fazer isso na quinta ou sexta-feira, dias em que não há nenhum problema para a Assembleia Legislativa; ou quando tiver algum problema, verificar se na parte da tarde ou da manhã é compatível com a solenidade. Lamentei não poder estar presente.

Cumprimento, em nome de toda a Comissão, o ex-ministro Guilherme Dias.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer.

Está encerrada a reunião. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

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90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO. DÉCIMA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04 DE JUNHO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da reunião anterior. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão a ata. (Pausa) Encerrada. Em votação. (Pausa) Aprovada a ata como lida. Solicito à Senhora Secretária que proceda à

leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OF. N.º 199/2013 /GDDVI - do Senhor Deputado Da Vitória, justificando ausência na reunião ordinária desta Comissão do dia 28 de maio do corrente ano.

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: PROJETO DE LEI 334/12 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Doutor Hércules EMENTA: Declara de Utilidade Pública a Associação dos Deficientes da Grande São Pedro. PROJETO DE LEI 24/13 - Despacho Denegatório AUTOR: Deputado Jamir Malini EMENTA: Cria a semana da consciência e do combate ao assédio moral no trabalho. PROJETO DE LEI 146/13 - Análise Técnica AUTORA: Deputada Lúcia Dornellas EMENTA: Dispõe sobre a divulgação do serviço de disque-denúncia nacional de violência contra a mulher, no âmbito do Estado do Espírito Santo. PROJETO DE LEI 160/13 - Despacho Denegatório AUTOR: Deputado Euclério Sampaio

EMENTA: Torna obrigatória a afixação de quadro de horário no interior dos coletivos e abrigos em vias públicas no âmbito do Estado.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 22/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Euclério Sampaio EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Marcello Maciel Mancilha.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 24/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Claudio Vereza EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Excelentíssimo Deputado Estadual Rodrigo Coelho.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 25/13 - Análise Técnica AUTOR: Mesa Diretora EMENTA: Concede título de cidadão Espírito-Santense ao Senhor Julio Cesar Bentivoglio. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 27/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Elcio Alvares EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense à Senhora Raquel Mamede Miranda. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 28/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Esmeraldo EMENTA: Concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Haidar Kasem Alkadome. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 29/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Albino Lopes Bezerra. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 30/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Carlos Elias EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Eduardo José Brandão. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 31/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado José Esmeraldo EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Rudiney Coelho Souza. PROJETO DE DECRETO

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 91

LEGISLATIVO 32/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Marcelo Santos EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Capitão de Mar e Guerra Marcos Antônio Ismael Trovão de Oliveira. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 33/13 - Análise Técnica AUTOR: Deputado Sandro Locutor EMENTA: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Joe Jeferson Almeida Lima. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: PROJETO DE LEI 140/11 - Análise Técnica AUTORA: Deputada Lúcia Dornellas RELATOR: Deputado Sandro Locutor EMENTA: Instituiu o Dia Estadual da Micro e Pequena Empresa no Estado do Espírito Santo. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O primeiro relator é o Senhor Deputado Claudio Vereza, a quem concedo a palavra.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, temos em mãos o Projeto de Lei n.º 366/2012, de autoria do Senhor Deputado Roberto Carlos, que já relatei. Mas o Senhor Deputado Sandro Locutor nos solicitou mais um prazo para que o relatório fosse analisado, na semana passada. O Senhor Deputado Sandro Locutor não está presente. Poderíamos analisar a possibilidade de ainda adiarmos mais uma vez ou aguardarmos a chegada de S. Ex.ª. O problema é que teremos reunião do Colégio de Líderes às 14h, quando este Deputado terá que comparecer, também a Senhora Deputada Luzia Toledo e outros Senhores Deputados terão que ir, quase todos, também os Senhores Deputados Da Vitória, Gilsinho Lopes, que é líder, de tal forma que a reunião tem prazo de vinte minutos.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Se V. Ex.ª me permite, sugiro aos Eminentes Senhores Deputados que façam uma rápida leitura de suas agendas de ordem do dia. Se houver algum projeto muito importante, que precise ser votado, com atenção aos prazos da Comissão e do relator, aproveitaríamos o tempo.

No caso do Projeto de Lei n.º 366/2012, que o Senhor Deputado Claudio Vereza menciona, já

ultrapassou o prazo do relator e da Comissão. Se mantivermos demorando mais algum tempo, não alteraria. V. Ex.ª tem uma Mensagem de veto a relatar e podemos começar o exame pela Mensagem de Veto n.º 87/2013.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Mensagem de Veto n.º 87/2013. Do Governador do Estado, veto total ao Projeto de Lei 106/2013, de autoria do próprio Governo do Estado que inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária n.º 9979 para a Secretaria de Estado de Assistência.

Como é veto do Projeto de Lei n.º 106/2013, do próprio Governador, com certeza, S. Ex.ª terá motivos mais do que necessários para o veto. Diz o parecer:

(...) Associação Beneficente DORCAS-ABED; Associação da Boa Convivência e Atividades da 3ª Idade do Bairro Hélio Ferraz e Agência Adventista de Desenvolvimento de Recursos Assistenciais - ADRA, do município de Vitória. Solicitada a audiência da Secretaria de Estado do Planejamento, o setor de Orçamento daquela Pasta em contato com a entidade “Agência Adventista de Desenvolvimento de Recursos Assistenciais - ADRA” constatou que o CNPJ informado está em nome de outra entidade que já consta no “ANEXO V - Entidades aptas a Receberem Transferência a Título de Subvenções Sociais, Contribuições Correntes e Auxílios”, da Lei Orçamentária Anual nº 9.979/2013. Eis pois as razões que me levam a apor o veto total ao PL n° 106/13.

Relato pela manutenção do veto total.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator.

O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - Proposta de

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92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Emenda Constitucional n.º 03/2013 de iniciativa do Senhor Deputado Euclério Sampaio:

Acrescenta parágrafo 3º ao artigo 60 da Constituição Estadual para fixar um prazo de resposta para depoimento de autoridade pública, de dirigente de órgão da administração indireta ou fundacional e de cidadão para que possa se manifestar no prazo fixado na solicitação respeitando o limite mínimo de 5 dias.

Senhor Presidente, caso V. Ex.ª e os demais

Senhores Deputados nos permitirem, solicito prazo de mais uma semana para relatar a matéria.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Consulto os nobres colegas, todos estão de acordo e V. Ex.ª terá o prazo solicitado.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Projeto de

Lei 113/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos: Altera o texto do artigo 1º da Lei Ordinária 9.172/2009.

(...)tem como único objetivo instituir o Dia do Rotariano a ser comemorado, anualmente, no dia 23 do mês de fevereiro. (...)A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade, e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 113/2013, de autoria do Deputado Marcelo Santos, com adoção da seguinte emenda aditiva: Fica acrescido o artigo 2º ao Projeto de Lei nº 113/2013, de autoria do Deputado Marcelo Santos, que dispõe sobre alteração do artigo 1º da Lei Ordinária 9.172/2009, que institui o Dia do Rotariano, com a redação abaixo: “Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.” Essa é a emenda.

Relato pela aprovação do Projeto de Lei n.º 113/2013, fica instituído o Dia do rotariano a ser comemorado anualmente, preferencialmente no dia 23 do mês de fevereiro, e esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES ) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da

Vitória. O SR. DA VITÓRIA - Temos em mãos a

Proposta de Emenda Constitucional n.º 04/2013, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes. O prazo do relator é até hoje, dia 4 de junho de 2013.

Solicito a V. Ex.ª, até por um pedido do autor, para relatarmos a proposta na próxima semana.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Estou examinando as datas. O prazo do relator é dia 4 de junho e o prazo da Comissão é dia 11 de junho. Sendo assim, tendo tempo e consultado os demais membros desta Comissão, o prazo está concedido e na próxima sessão V. Ex.ª relatará a proposta de emenda constitucional.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA - Passo a relatar o

Projeto de Lei n.º 149/2013, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos, que estabelece direitos e deveres aos alunos e aos educadores no Estado do Espírito Santo. E, para tanto, dá outras providências.

A relatoria é pela manutenção do despacho denegatório, pois o projeto de lei em apreço infringe o disposto nos incisos III e IV, Parágrafo Único, do art. 63 da Constituição Estadual.

O ponto de divergência jurídica encontra-se no fato de que o projeto é de autoria parlamentar e, ao mesmo tempo, visa instituir procedimentos próprios de órgãos do Poder Executivo. Na verdade, a pretensa normatividade acaba por criar uma nova atribuição para a Administração Pública do Estado do Espírito Santo, para tanto, ter-se-ia que ocorrer, necessariamente, reorganização administrativa e de pessoal da própria administração do Poder Executivo.

Esse quadro demonstra a inconstitucionalidade pela específica circunstância definida no texto da Proposição Legislativa em comento, pois, por ser de autoria de parlamentar, não poderia prever ações que impliquem em organização administrativa/pessoal da administração do Poder Executivo e, tão pouco, em criar atribuição nova para as secretarias e órgãos públicos do Estado do Espírito Santo, em especial

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 93

para a Secretaria de Estado da Educação - SEDU e para a Procuradoria Geral do Estado - PGE.

Nesse contexto, o projeto de lei em apreço viola diretamente a esfera de Iniciativa Legislativa Privativa do Chefe do Poder Executivo.

Nosso parecer é pela manutenção do despacho denegatório.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. GILSINHO LOPES - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Parecer aprovado à unanimidade pela Comissão de Justiça.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Luzia Toledo.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Passo a relatar o

Projeto de Lei n.º 126/2013, de autoria do Senhor Deputado José Carlos Elias, dispõe sobre a prioridade de vagas em creches, escolas de educação infantil e ou ensino fundamental para crianças em idade compatível, filhas (os) de mulheres vítimas de violência doméstica, de natureza física e/ou sexual.

A Mesa Diretora ofereceu parecer pelo despacho denegatório.

Aproveito a oportunidade para parabenizar os procuradores, que fizeram um parecer brilhante, que esbarra na constitucionalidade. Portanto, nosso parecer é pela inconstitucionalidade e ilegalidade do Projeto de Lei n.º 126/2013, mantendo o despacho denegatório.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. DA VITÓRIA - Com a relatora. O SR. GILSINHO LOPES - Com a

relatora. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com a

relatora. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto da

relatora. Parecer aprovado à unanimidade pela

Comissão de Justiça. Tenho a impressão de que ficaram poucos

projetos para serem relatados. Estamos com a pauta rigorosamente em dia. Para dar aos Senhores Deputados um tempo razoável para chegarem ao gabinete do Senhor Presidente, vou encerrar esta reunião agradecendo a presença de todos os Senhores Deputados e principalmente do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que muito nos honra hoje na condição de membro integrante desta Comissão.

O SR. GILSINHO LOPES - Só gostaria de

informar que vim a título de colaboração. Não existe nenhum projeto meu em pauta.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Vou manter este apelo: sempre que o Senhor Deputado Gilsinho Lopes puder, nos honrará muito. É uma presença muito querida para nós e dá o quórum necessário para votarmos.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo:

EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO. DÉCIMA SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 11 DE JUNHO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido o Senhor secretário a proceder à leitura das atas das reuniões anteriores. (Pausa)

(O Senhor secretário procede à leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão as atas. (Pausa) Encerrada. Em votação. (Pausa) Aprovadas as atas como lidas. Passa-se à Ordem do Dia. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Claudio Vereza, para relatar.

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94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente e Senhores membros desta Comissão, a primeira matéria é aquela que o Senhor Deputado Sandro Locutor solicitou vista nas duas últimas reuniões.

Senhor Presidente, sugiro que esta matéria fique para o final da relatoria. E, caso o Senhor Deputado Sandro Locutor chegue, faremos o relato. Caso S. Ex.ª não compareça, faremos o relato também.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concordo, evidentemente com a anuência dos demais membros desta Comissão.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - O Projeto de

Decreto Legislativo n.° 42/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Luiz Durão, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Washington Antonio Monteiro, meu conterrâneo, do Estado de Minas Gerais. A matéria vem acompanhada dos documentos necessários para sua tramitação.

Nosso parecer é pela constitucionalidade e aprovação do Projeto de Decreto Legislativo n.° 42/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - O Projeto de

Decreto Legislativo n.° 49/2013, de iniciativa do Senhor Deputado Paulo Roberto, concede Título de Cidadão Espírito-Santense à Senhora Leni Ferreira Ramos, também do Estado de Minas Gerais, aposentada como escrevente juramentada e cerimonialista do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

O nosso parecer é pela sua constitucionalidade, legalidade, boa técnica legislativa e aprovação.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Claudio Vereza. O SR. CLAUDIO VEREZA - O terceiro

projeto é o que anteriormente solicitei a V. Ex.ª. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Perfeito. Os projetos não estão na pauta. Dessa forma, anunciarei o primeiro projeto: Projeto de Decreto Legislativo n.° 43/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, o Projeto de Decreto Legislativo n.° 43/2013, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes. Para variar, mais um mineiro.

É uma invasão mineira, no bom sentido! Eles pertenceram ao Estado do Espírito Santo nos primórdios, quando da chegada dos portugueses; eram da Capitania do Espírito Santo. Depois os paulistas chegaram por cima, foram levar o ouro das minas, que pertenciam à Capitania do Espírito Santo, desmembraram as minas gerais do Espírito Santo e ficamos com o apito do trem. E agora, a volta dos mineiros, como este Deputado e V. Ex.ª também. E é uma boa chegada. A chegada dos mineiros a este Estado é sempre muito boa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - É uma invasão silenciosa! O SR. CLAUDIO VEREZA - Isso! Senhor

Presidente. O Senhor José Roberto Macedo Fontes realmente merece ser considerado capixaba, espírito-santense.

Nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n.° 43/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 95

O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, V. Ex.ª sabe quem foi que trouxe os mineiros para o nosso Estado? A Rota Imperial da Senhora Deputada Luzia Toledo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - S. Ex.ª é a principal responsável! A SR.ª LUZIA TOLEDO - Agora

aumentará o número de mineiros neste Estado. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Anuncio, neste momento, outro projeto, também fora da pauta, o Projeto de Decreto Legislativo n.° 36/2013, de autoria do Senhor Deputado Sérgio Borges, que concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Célio Pitanga Pinto.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Jamir Malini, para relatar.

O SR. JAMIR MALINI - O Projeto de

Decreto Legislativo n.º 36/2013 foi avaliado pela Comissão e o Senhor Célio Pitanga Pinto encontra-se apto a receber o Título de Cidadão Espírito-Santense. Portanto, relato pela aprovação do referido projeto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O terceiro projeto, também fora da pauta, é o

Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2013, de autoria do Senhor Deputado Paulo Roberto, que concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Alexandra Priscila Nascimento.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo, para relatar.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - O Projeto de

Decreto Legislativo n.º 44/2013, proposto pelo Senhor Deputado Paulo Roberto, concede Título de

Cidadã Espírito-Santense à Senhora Alexandra Priscila Nascimento.

Quero rapidamente dizer das principais conquistas da homenageada com o Título de Cidadã Espírito-Santense:

Tricampeã dos Jogos Desportivos Pan-Americanos (Santo Domingo/03, Rio de Janeiro/07 e Guadalajara/11) Bicampeã do Pan-Americano de Seleções Participação nas Olimpíadas de Atenas e Pequim Quatro participações em mundiais (Hungria/01, Croácia/03, Rússia/05 e França/07) Vice-campeã Pan-Americana no Chile 2009 Quinto lugar no Mundial de São Paulo, em 2011 Sexto Lugar nos Jogos Olímpicos de Londres 2012

Portanto, somos pela constitucionalidade,

legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2013, de autoria do Senhor Deputado Paulo Roberto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com a

relatora. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com a

relatora. O SR. JAMIR MALINI - Com a relatora. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto da relatora.

Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra ao Senhor Deputado José

Carlos Elias, para relatar. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - O Projeto

de Lei n.º 84/2013, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, insere mensagem na fatura do serviço de água, luz e telefone, conforme especifica.

De acordo com a assessoria jurídica desta Comissão e com o parecer redigido, quanto ao exame da constitucionalidade formal da proposição, lerei o relatório que diz o seguinte:

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL, JURIDICIDADE E

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96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

LEGALIDADE DA PROPOSIÇÃO 6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição" 7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. 8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo ofenda a supremacia da Lei Maior. 10. Outra singularidade do sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer (...) O controle da constitucionalidade. (...) Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça. 11.

Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: “(a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição." 13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise decorre da sedimentada jurisprudência do pretório excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina, integralmente, o ato, ou a lei. 14. Em decorrência, sendo constatado a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição 16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 97

examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar. 17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa, o resultado autoriza concluir que a matéria versa sobre tema de interesse peculiar da União, ex vi do artigo 22, IV, da Constituição Federal. “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; (...)” 18. Note-se que o autor da proposição, no próprio texto normativo, indica que a finalidade da proposta é a de inclusão de mensagem alusiva ao combate da violência contra as mulheres nas contas mensais de serviços essenciais - água, luz, e telefone. 19. O Supremo Tribunal Federal em julgamento recente afirmou que o sistema federativo instituído pela Constituição Federal de 1988 torna inequívoco que cabe à União a competência legislativa e administrativa para a disciplina e a prestação dos serviços públicos de telecomunicações e energia elétrica, colaciono abaixo decisão pacificada (...) 20. Reexaminando a matéria ao qual o PL alude verifico a pertinência ainda que o mesmo não venha interferir de forma direta no equilíbrio dos contratos firmados com as concessionarias destes serviços públicos reformo o meu entendimento para acompanhar o STF que reconheceu a competência plena da União sobre a matéria. 21. A análise do conteúdo do projeto não oferece margem a dúvidas. Trata-se de proposição ostensivamente inconstitucional que pretende instituir obrigações dirigidas expressamente às concessionárias de serviços públicos amparadas pela constituição federal conforme

entendimento do STF. Como se nota, a matéria, em que pese o elevado propósito do ilustre Deputada autora, não tem lastro constitucional para converte-se em lei, sob pena de afronta a supremacia da Constituição Federal. Em suma, a substância do tema veiculado na presente proposição não tem respaldo constitucional, em face da evidente usurpação da competência legislativa da União, posto que a Assembleia Legislativa não ostenta competência constitucional para deflagrar o processo legislativo destinado a produzir norma sobre matéria em apreço. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal vislumbro a existência de vício formal que macula a proposição em face da incompetência para exercício da competência legislativa em tema atinente à matéria inserida no projeto. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade, entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a supremacia formal da Lei Maior. Como visto, o vício formal de inconstitucionalidade apontado torna prejudicado considerações adicionais atinentes à constitucionalidade material da proposição. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é formalmente inconstitucional, razão pela qual identifico a existência de óbice intransponível a sua regular tramitação. Sendo assim, sugerimos aos ilustres pares desta douta Comissão a adoção do seguinte: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 084/2013 de autoria da Deputada Luzia Toledo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa)

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Concedo a palavra a Senhora

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98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Deputada Luzia Toledo, nobre autora do projeto. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente e Senhores membros da Comissão de Justiça, parabenizo o Senhor Deputado José Carlos Elias, porque realmente nos deu uma aula nesta Comissão hoje através da Procuradoria desta Casa de Leis, que fez um parecer merecedor do meu respeito e meus cumprimentos. Um parecer completamente embasado nas nossas legislações vigentes.

Mas quando era vereadora, e por isso fiz a apresentação desse projeto, colocamos na conta empresa Telest: Ciclovia - Lei Luzia Toledo. Também deu um bocado de barraco. Mas de qualquer forma vigorou e foi uma forma de a sociedade tomar conhecimento de que tinha uma lei, e por isso que começamos naquela época...

É bom contarmos história. Venho de um momento tão importante vivido no nosso Estado em que o Presidente desta Comissão de Justiça foi figura notável dentro desse evento maravilhoso feito pela Findes trazendo os dez contadores de história do Estado do Espírito Santo.

Gostaria de falar, está marcado, não sei se haverá tempo. Mas quero parabenizar o ex-Governador, o ex-Ministro de Estado da República por duas vezes, o ex-Deputado Federal, amigo dos amigos. Enfim, este homem que está em seu segundo mandato como Deputado Estadual e que tem uma história tão linda e tão rica, assim como os outros nove colegas que receberam, mas o Senhor Deputado Elcio Alvares, amigo Elcio é desta Casa de Leis, é nosso. Então, receba um abraço em nome desta Casa, em nome dos funcionários e em nome da sociedade capixaba, Senhor Deputado Elcio Alvares, pela oportunidade que V. Ex.ª teve de contar a sua história: uma história rica, uma história bonita, uma história com tanto resultado.

Voltando a minha atitude na época como vereadora, fiz com que o próprio Senhor Vitor Buaiz, prefeito à época, fizesse a primeira ciclovia para que pudéssemos não só sancionar a referida lei, como também criando a ciclovia. Fizemos com que a sociedade tomasse conhecimento de que a ciclovia era um direito de todos.

Registro aos meus colegas desta Comissão que farei uma indicação para o Ministro. Acho que os subsídios que me foram dados, ou nos foram dados no parecer pela Procuradoria é enriquecedor. Mandarei esse parecer junto, para mostrar que nossa Assembleia, os nossos Procuradores são competentes, são estudiosos, e vou fazer uma Indicação ao Ministro.

Portanto, parabenizo o Senhor Deputado José Carlos Elias, porque quis fazer uma homenagem a minha pessoa, para ver se tinha algum jeito de me ajudar. Mas ao final S. Ex.ª teve que dar seu parecer pela inconstitucionalidade, e compreendemos isso, porque foi com um embasamento legal, sou legalista. Portanto, só quis fazer essa discussão. Muito

obrigada. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Agradeço as palavras carinhosas à Senhora Deputada Luzia Toledo, sobre o evento hoje da Findes, lançando o livro de autores diversos, inclusive eu, sobre a história do Espírito Santo. (Pausa)

Quero fazer um registro aqui, que é simpático para nós: estão presentes a Senhora Luciana Tozato Da Vitória, e o Bruno Tozato Da Vitória: esposa e filho do Senhor Deputado Da Vitória, que muito honra a nossa Comissão. O Senhor Deputado Da Vitória é uma das figuras mais expressivas do Legislativo capixaba; e na Comissão de Justiça é realmente uma figura exponencial.

Então, quero dizer à Senhora Luciana Tozato Da Vitória, que é nossa conhecida, e ao Bruno Tozato Da Vitória, que hoje está aqui, que muito nos honram com a presença nesta reunião da Comissão de Justiça. Portanto, vou começar a votação exatamente pelo Senhor Deputado Da Vitória, em homenagem à Senhora Luciana Tozato Da Vitória e ao Bruno Tozato Da Vitória.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente,

cumprimento V. Ex.ª, e agradeço a saudação à minha família. Voto com o relator.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Contra o relator,

mas já fiz todos os elogios ao relator. Porque não ficarei contra meu projeto.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator, rendendo as homenagens à Senhora Deputada Luzia Toledo.

Aprovado o parecer, contra um voto. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Sandro Locutor, para relatar os projetos que estão sob sua responsabilidade.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, passo a relatar o Projeto de Lei n.º 132/2013, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que dispõe sobre a proibição da realização da cirurgia de cordectomia e ablação das cordas vocais de cães e gatos no Estado e dá outras providências.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 99

Foi feito o exame da constitucionalidade formal da proposição. A douta Procuradoria desta Casa elenca uma série de situações no decorrer do seu parecer, dentre os quais cita no item 20:

(...) Na hipótese sob exame, dissecando o teor do Projeto, desde a sua ementa, o resultado autoriza concluir que a matéria versa regulamentação de procedimentos de profissão legalmente constituída e regulamentada por Conselho profissional próprio, na conformidade da Lei 5.517 de 23 de outubro de 1968, que dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, esta lei federal em seu art. 5º determina (...) É o regimento da profissão. E também: (...) A autora reafirma que: “Diante de vários protestos de protetores de animais os veterinários estão pedindo que a Associação Americana de Médicos Veterinários-AVMA adote uma nova resolução que realmente proteja os animais, algo como “a cordectomia deve ser realizada por médico veterinário qualificado e licenciado e apenas com a finalidade de tratar doenças físicas, lesões ou para corrigir defeitos congênitos que trazem danos ao animal e não podem ser tratados de outra forma.” Há vários pareceres falando da fiscalização. A citação da temática: (...) Para melhor esclarecer a presente temática transcrevemos abaixo a determinação do art. 7.º, 8.º, 9.º e 10.º, da Lei 5.517 de 23 de outubro de 1968, que dispõe sobre (...)

O relato final, Senhor Presidente, é de acordo com o nosso parecer:

(...) Dado a existência de INCONSTITUCIONALIDADE formal, não existe a necessidade de prosseguir com a análise do referido Projeto, no âmbito material, visto que se encontra prejudicado. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, agride a Constituição Federal em seu art. 22,

I. Sendo assim, o Projeto de Lei ora em análise, acarreta em INCONSTITUCIONALIDADE formal, desta forma sugerimos aos demais membros desta douta Comissão, a adoção do seguinte: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 132/2013, de autoria do Deputada Luzia Toledo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa)

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente e demais colegas desta Comissão, fiz o meu papel enquanto agente político. Fui procurada por várias pessoas, inclusive uma dessas pessoas está doente porque realmente tiraram- falando um português claro, sem falar a palavra técnica - a voz do seu cão. Na verdade, sabemos perfeitamente que vivemos em uma sociedade solitária. Nossa sociedade é uma sociedade solitária!

Não tenho cachorro, pois não tenho tempo para cuidar. Se tivesse tempo, talvez até tivesse. Mas conheço pessoas que estão vivendo, têm alegria de estarem acompanhadas por um cãozinho, pois se torna um membro da família. Tenho vários amigos e várias amigas que têm seus animais.

Então, quero dizer que fiz nesta Comissão o meu papel. Gostei de uns parágrafos do parecer do eminente relator que disse que haverá uma reunião de um dos órgãos para ver se baixam uma nova resolução. Estimulo que façam, porque realmente conheço pessoas que hoje não trabalham fora e têm seu cãozinho, deixam até de tomar remédios pela companhia, vira uma atribuição e ao mesmo tempo uma coisa do coração, um sentimento, porque o cão hoje faz parte praticamente da família.

Portanto, relato dessa forma, Senhor Presidente, pelo menos tem um parágrafo que ampara essas pessoas que realmente estão procurando evitar que isso aconteça. É a mesma coisa um ser humano ficar sem voz. Pensem: se cada um de nós nessa Comissão ficasse sem voz, é a mesma coisa.

Portanto, é como opino.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Quando tive a oportunidade de ler a ementa do parecer da nobre Senhora Deputada Luzia

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100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Toledo, causou-me certa estranheza, porque é tão desumano tirar as cordas vocais de um cachorro, de um gato, que ficamos atônitos.

Tenho a impressão, Senhora Deputada Luzia Toledo, e foi bem explicitado no parecer do Senhor Deputado Sandro Locutor, que a lei de proteção aos animais, essa barbárie- e ai tem uma razão, agora que entendi- isso acontece muito em apartamento, o cachorro incomoda e vão lá e fazem isso. É um negócio que foge um pouco do campo puro e simples do racional.

Acho que a Senhora Deputada Luzia Toledo tocou em um ponto: há animais que se identificam com seus donos, sejam cães ou gatos. Amanhã, uma pessoa idosa, com mais de setenta anos, vê um animal, seja um gato, ou um cachorro sem as cordas vocais ela morre.

Infelizmente, no meu modo de sentir, o parecer está bem lançado, fica a ideia da Senhora Deputada Luzia Toledo que é um gesto de solidariedade, ao qual me comprazo em aderir porque na verdade a gente sente que está diante de uma barbárie. Na hora em que alguém extingue as cordas vocais de um cão ou de um gato, para nos edifícios as pessoas ficarem sem o barulho do latido ou do miado, é uma coisa que foge à natureza humana.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) A SR.ª LUZIA TOLEDO - Gostaria que V.

Ex.ª me concedesse um aparte. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Pois não, Senhora Deputada Luzia Toledo, V. Ex.ª tem a palavra.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Em São Paulo

existe a Lei n.º 11.488, de 10 de outubro de 2003, que proíbe a cirurgia de cordotomia em cães e gatos. Projeto de Lei n.º 687/2002, do Senhor Deputado Eli Corrêa Filho, do PFL, que foi promulgado e diz:.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1.º - Ficam os médicos veterinários proibidos de realizar a cirurgia de cordotomia em cães e gatos. Artigo 2.º - O descumprimento do disposto no artigo 1º desta lei sujeitará os infratores às seguintes sanções: I - multa, no valor de 5000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs; II - exclusão. Artigo 3.º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias

próprias, consignadas no orçamento e suplementadas se necessário, devendo os orçamentos futuros destinar recursos específicos para seu fiel cumprimento. Artigo 4.º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar de sua publicação. Artigo 5.º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 10 de outubro de 2003 GERALDO ALCKMIN Arnaldo Madeira Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 10 de outubro de 2003.

Portanto, são dois pesos e duas medidas. No Estado do Espírito Santo a mesma lei, com o mesmo texto do projeto de São Paulo. Em um Estado que é o pai do País inteiro, outro país dentro do Brasil, que é São Paulo, a lei foi sancionada, proibindo uma prática que considero desumana e que fere todos os princípios de quem ama o mundo porque não amamos só as pessoas, mas os animais e a mãe natureza.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Senhora Deputada Luzia Toledo teve a oportunidade de se pronunciar.

Não sou veterinário e entendo pouco do assunto. A expressão, no Projeto de Lei n.º 132/20113, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, é cordectomia, que deve ser um tipo de cirurgia que retira as cordas vocais dos animais. Na lei de São Paulo o termo técnico é cordotomia. É a mesma coisa?

A SR.ª LUZIA TOLEDO - É a mesma

coisa. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Confesso, sinceramente, que não sou veterinário e nem tenho o conhecimento técnico. V. Ex.ª argumenta e o debate está instaurado. Há um parecer bem lançado do Senhor Deputado Sandro Locutor, a Senhora Deputada Luzia Toledo voltou novamente à colação para o debate e trouxe novos elementos.

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor

Presidente, pela ordem! Pergunto à Senhora Deputada Luzia Toledo se a lei foi sancionada pelo governo paulista ou promulgada pela Assembleia.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Tenho a impressão de que o governador sancionou.

O SR. CLAUDIO VEREZA - O governador

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 101

sancionou. A SR.ª LUZIA TOLEDO - É lei. O projeto

foi encaminhado ao Governo do Estado de São Paulo e foi sancionado.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A pergunta do Senhor Deputado Marcelo Santos é pertinente. Se a lei foi promulgada, foi sancionada a lei.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Já li tudo. O

projeto foi encaminhado pela Assembleia Legislativa por meio de um deputado. A Assembleia votou e foi remitido ao Governo do Estado de São Paulo, que sancionou a lei.

O SR. MARCELO SANTOS - Então, está sancionada a lei.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Então, a Assembleia Legislativa não promulgou. Houve a sanção.

O SR. CLAUDIO VEREZA - O Senhor

Geraldo Alckmin é Governador de Estado, não é deputado.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Eu li o nome de

todo mundo, inclusive o nome do chefe da Casa Civil.

O SR. MARCELO SANTOS - Não estava

atento, por isso fiz a pergunta a V. Exª e quero parabenizá-la. Também tenho um membro da minha família que se chama Sky Santos. É meu cachorro e gosto muito dele.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Eu lhe agradeço

com muito carinho. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. Não havendo mais quem queira discuti-lo,

declaro encerrada a discussão. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Contra o relator. O SR. MARCELO SANTOS - Contra o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Data vênia ao

relator que fez um relatório muito bem elaborado, mas voto contra o relator e em defesa dos animais.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Eu me toquei com a argumentação da Senhora Deputada Luzia Toledo, mas sempre voto procurando ser coerente com o texto legal e o mais técnico possível. Achei bem lançado o parecer do Senhor Deputado Sandro Locutor, rendendo as maiores homenagens à Senhora Deputada Luzia Toledo por esse gesto que percute no nosso coração quando se trata de animais como cão e gato, mas já envolve o exercício da profissão de veterinário. Esse projeto alcançará o veterinário, ou seja, até onde podemos determinar ao médico, ao veterinário qual é a ação profissional dele em determinado caso. Na dúvida, ficaremos com o texto legal.

Acompanho o voto do relator. Aprovado o parecer contra três votos,

infelizmente, derrubando um projeto da alta importância como é esse de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, pela ordem! Queria apenas fazer uma justificativa na questão meritória que eu também tenho em minha casa o meu cachorro e defendo com vigor a ideia. Mas esta Comissão tem que ser pela questão legal.

Baseado nas informações da douta procuradoria votei como relator numa matéria difícil até a forma da votação nesta Comissão. Tenho o meu carinho e respeito pelos animais. A ideia no mérito tem todo o louvor. Mas infelizmente aqui temos que votar, não pelo coração e sim pela razão e pela legalidade. Dou um abraço na Deputada Luzia Toledo dizendo que no mérito também votaria com o meu coração preservando assim a fala, a voz, o grito dos nossos animais. Era essa a nossa justificativa.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Consignado o esclarecimento do Senhor Deputado Sandro Locutor.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, peço a palavra para declarar voto. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, realmente meu voto não foi contra o parecer do relator; foi a favor do projeto porque o parecer do relator foi muito bem elaborado tecnicamente.

Queremos sugerir, nesse sentido, à Senhora Deputada Luzia Toledo a reelaboração da matéria para que ela não adentre na competência do Conselho Nacional de Veterinária e observe apenas o direito do animal. O projeto realmente remete ao Conselho e acaba entrando em competência que não é do Estado do Espírito Santo. Sugerimos a S. Ex.ª que faça uma análise mais detida sobre esse aspecto. Fugir da

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102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

competência dos Conselhos Regionais de legislarem sobre esse tema, mas entrar apenas no conceito geral do direito. Assim como existe a Declaração Universal dos Direitos Humanos, existem também as declarações de direitos dos animais. Então, que S. Ex.ª adentre apenas nesse aspecto, não indo ao detalhe da cirurgia e de quem faz a cirurgia. É isso. Parabéns, Senhor Deputado Sandro Locutor, pela posição firme.

O SR. MARCELO SANTOS - Senhor Presidente, pela ordem! Registramos a presença, nas Galerias da Comissão de Justiça, da esposa do Senhor Deputado Da Vitória, Senhora Luciana Tozato da Vitória, acompanhada do filho Bruno Tozato da Vitória. Muito nos honra a presença da sua esposa e do seu filho acompanhando o trabalho desta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Vejo o Senhor Deputado Da Vitória que a alegria não se circunscreveu apenas ao pronunciamento da presidência. Já toca outros membros como o Senhor Deputado Marcelo Santos.

A Senhora Luciana Tozato da Vitória e seu filho Bruno Tozato da Vitória sabem muito bem que esta Comissão, por meio do Senhor Deputado Da Vitória, uma das figuras mais exponenciais desta Casa de Leis, também se sente altamente feliz em integrá-los em nosso meio porque consideramos todos como uma família. Nada melhor do que a mulher e o filho de um deputado da expressão do Senhor Deputado Da Vitória para nos honrar, hoje, com a presença nesta reunião.

Por sinal, este debate do projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo trouxe um caráter que gostaria de falar também, declarando o voto, afinal porque já votei e foi com o Senhor Deputado Sandro Locutor.

Há dois aspectos. A lei de proteção aos animais e as prerrogativas no Conselho Nacional de Veterinária. Obviamente, não tenho dúvidas, não li o estatuto do Conselho, mas estamos infringindo, no momento em que determinamos. Porque a exemplo do médico, o veterinário, na hora de atender o animal, tem o dom de dizer qual a medida. Se bem que extirpar e aprendi agora o termo, cordectomia, é algo profundamente desumano.

Por outro lado, temos que considerar neste contexto, que a lei de proteção aos animais penalizará alguém que faça uma brutalidade, por menor que seja, contra o animal. Está em curso nos artigos da lei que é muito clara no sentido de penalizar os que fazem maldade, praticam atrocidade ou algo equivalente.

Acho que tivemos uma tarde enriquecida com o debate do projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo, que diga-se de passagem, o resultado de quatro a três é sintomático da beleza do contraditório que se estabeleceu.

O Senhor Deputado Sandro Locutor tem ainda um projeto em mãos.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, tal matéria que se encontra em minhas mãos é de autoria dos Senhores Deputados Claudio Vereza e Lúcia Dornellas. É o Projeto de Lei n.º 140/2011 em que consta uma emenda do Senhor Deputado Freitas. Conversei com S. Ex.ª, e é importante falar, sobre o Dia da Pequena e Microempresas, no calendário oficial.

Simplesmente, Senhor Presidente, dá para ainda sobrestar a referida matéria, porque conversei com o Senhor Deputado Freitas que queria alterar a data comemorativa à micro e pequena empresa no Estado do Espírito Santo proposta no original do projeto.

A data original é dia 27 do mês de novembro e S. Ex.ª propunha que fosse realizado no dia 16 de julho. Alegando que não havia justificativa no projeto dando base legal para que ocorresse neste dia.

No tocante às informações que buscamos, a data proposta no original é alusiva ao marco da micro e pequena empresa. Então, na justificativa não se citou isso.

Conversei com o Senhor Deputado Freitas e S. Ex.ª falou que poderíamos manter o original, porém não retirou a emenda.

Senhor Presidente, estou pedindo sobrestamento para que a Comissão possa me auxiliar, ou eu mesmo com o projeto em mãos, pedir ao referido deputado se S. Ex.ª oficializará a retirada da emenda, prevalecendo assim a data do dia 27 de novembro que tem uma especialidade, um carinho dos microempresários do Estado do Espírito Santo, pois é uma data que marcou alguma atividade mais concreta, o marco de regulação da micro e pequena empresa.

Senhor Presidente, requeiro a V. Ex.ª que o Projeto de Lei n.° 140/2011 seja sobrestado, para que consigamos esse documento com o Senhor Deputado Freitas, para a retirada da emenda.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A partir do pressuposto que todos os nossos Colegas estão de acordo com a sugestão do Senhor Deputado Sandro Locutor, não temos dúvida alguma que o projeto ficará sobrestado, aguardando a orientação superior de V. Ex.ª.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, muito obrigado! O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Agora teremos a satisfação de conceder a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória para relatar.

O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente

Elcio Alvares, encontra-se em minhas mãos a

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 103

Proposta de Emenda Constitucional n.° 04/2013, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

Senhor Presidente, esta proposição dispõe sobre a capacitação dos conselheiros representantes da sociedade civil nos Conselhos de Políticas Púbicas do Estado. Lerei rapidamente a justificativa do Senhor Deputado proponente:

É impossível negar o papel dos Conselhos Estaduais na execução das políticas públicas e principalmente no controle do cumprimento de seus princípios e na promoção da participação da população. Em seu processo de institucionalização no âmbito das políticas públicas, os conselhos, como instâncias paritárias, representam espaços participativos nos quais emerge uma nova cultura política, configurando-se como uma prática em que se fazem presentes o diálogo, a contestação e a negociação em favor da democracia e da cidadania. A sua dinâmica de funcionamento varia em conformidade com as relações que se estabelecem entre usuários, gestores, prestadores e servidores públicos, e suas deliberações são, em geral, resultado de negociações que contemplam a diferença de interesses de cada segmento e representações e que garantem a transparência de relação entre os distintos grupos que o constituem. Essas relações, que têm como pano de fundo questões como a representatividade de seus membros, a visibilidade de suas propostas, a transparência de sua atuação, a permeabilidade e a comunicação com a sociedade, é que vão definir em cada conselho a qualidade de sua ação. É possível observar que o desempenho dos Conselhos Estaduais - espaço de consolidação da cidadania - está relacionado à maneira como seus integrantes se articulam com as bases sociais, como transformam os direitos e as necessidades de seus segmentos em demandas e projetos de interesse público e como participam da deliberação das diversas políticas públicas. Enfim, os benefícios, ora conseguidos por tal ação, impactaram de forma positiva, na

gestão atual, futura, bem como para toda a sociedade, pois as atribuições das autoridades serão cumpridas com louvor. Exposto isto, conto com o apoio de Vossas Excelências para aprovação desta Proposta de Emenda Constitucional.

Senhor Presidente, abrevio nosso relatório,

pois é bem amplo, e justifica, mas defendo no relatório, a eminente Proposta de Emenda Constitucional n.° 04/2013, que:

Não se verifica, outrossim, qualquer inobservância às regras e princípios, direitos e garantias, de caráter material, previstos na Carta Magna, em especial os prescritos em seu art. 5º, dentre os quais se podem destacar o princípio da isonomia e o respeito ao Direito Adquirido, ao Ato Jurídico Perfeito e à Coisa Julgada. Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada na proposta em apreço, fica evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar Federal nº 95/98, que rege a redação dos atos normativos. No que se refere à vigência da lei no tempo, não merece qualquer ressalva o projeto ora analisado, pois, in casu, não se está a tratar de norma que apresente grande repercussão, afigurando-se possível sua vigência imediata, conforme prevê o art. 8º da Lei Complementar Federal n.º 95/98.

Resumindo, concluo o parecer da Comissão

de Justiça, opinando pela constitucionalidade, admissibilidade, e aprovação da Proposta de Emenda Constitucional n.° 04/2013, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O parecer do nobre Deputado Da Vitória conclui pela constitucionalidade e o mais importante, pela admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional n.° 04/2013.

Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, Pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-

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104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Empresta-me

o conteúdo, por favor. Ainda chegará o dia em que teremos no ipad o conteúdo do projeto para checarmos na hora. Já temos isso no Plenário, mas nas Comissões não temos ainda. Isso facilitaria.

A Proposta de Emenda Constitucional, Senhor Presidente e demais Colegas, trata dos Conselhos de Políticas Públicas do Estado, como o Conselho Estadual de Saúde; o Conselho Estadual de Educação; o Conselho Estadual dos Direitos Humanos; o Conselho Estadual de Habitação e Interesse Social, etc. Há outros tipos de Conselhos, que são os Conselhos Administrativos, por exemplo, Conselho Administrativo do Banestes; do Bandes; da Cesan, etc. Nesses Conselhos Administrativos há pagamento do jeton, que tem sido objeto de debate, nesta Casa e na imprensa. No caso da Proposta de Emenda Constitucional n.º 04/2013, não há jeton, ao contrário, as pessoas são totalmente voluntárias; às vezes recebem uma passagem, quando moram no interior, para se deslocarem até as reuniões.

Fui o segundo a assinar a emenda, Senhor Presidente, e considero-a muito positiva, porque propicia a formação, a capacitação, especialmente dos Conselheiros da sociedade civil, que nem sempre estão aptos a debater a política de forma mais ampla. No Conselho Estadual de Cultura só tem bambambã, que eu saiba, mas não é o caso dos outros conselhos.

Essa informação é muito necessária. E o Senhor Deputado Gildevan Fernandes, antenado, porque já foi prefeito, portanto, sabe como funciona, propõe em forma de PEC.

Portanto, Senhor Presidente, podemos aprovar tranquilamente o parecer do relator, pois é muito favorável ao fortalecimento dos Conselhos, que tratam das diversas políticas públicas em nosso Estado.

Parabenizo o Senhor Deputado Da Vitória, pelo parecer.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Tenho a impressão de que pelo relatório do nobre Senhor Deputado Da Vitória, muito claro e objetivo, e agora o adminículo do Senhor Deputado Claudio Vereza jogou luz à matéria.

É uma matéria que está caminhando com uma conformação, até certo ponto saudável, porque o Senhor Deputado Claudio Vereza diz que esse projeto tem efeito de fundo didático e tudo aquilo que se trata de matéria de interesse público, o efeito didático, considero sempre de boa vontade.

O Senhor Deputado Da Vitória entendeu pela constitucionalidade e deu o parecer pela

admissibilidade, que é o fator preponderante, no momento em que estamos votando a Proposta de Emenda Constitucional n.º 04/2013.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. Cumprimento o relator e o Senhor Deputado

Claudio Vereza, que fez uma bela consideração. É um assunto extremamente importante e relevante, porque muitos municípios não estão discutindo. Em muitos municípios os prefeitos ainda não têm sensibilidade bastante para saber o quanto são importantes os Conselhos. Fico feliz de ver um ex-prefeito fazer apresentar uma PEC como essa.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Considero dois pontos positivos: o debate do

projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo e, agora, a aprovação dessa Emenda Constitucional, que teve o relatório favorável pela constitucionalidade e admissibilidade do nobre Senhor Deputado Da Vitória.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA - O Projeto de Lei n.°

127/2013, de autoria do Senhor Deputado José Carlos Elias, altera a Lei n.º 9.102, de 07.01.2009, que obriga os bares, restaurantes, lanchonetes e similares, situados no Estado do Espírito Santo, a manterem em seus cardápios lista contendo os números telefônicos dos serviços de táxi, na forma que especifica.

Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão, com apoio da Procuradoria desta Casa temos amplo relatório que deu subsídio para que relatássemos pela inconstitucionalidade do referido projeto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 105

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Carlos Elias.

O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Senhor

Presidente e Senhores membros da Comissão, respeitando o parecer, é lógico, do Senhor Deputado Da Vitória, tenho a dizer que o Brasil e o Espírito Santo, principalmente, vivem uma nova fase, a fase da tolerância zero, logo, ninguém pode dirigir tendo ingerido qualquer teor alcoólico, nem mesmo o próprio padre que bebe o vinho durante a missa.

Acho que não há, juridicamente, nenhum empecilho constitucional para que meu projeto seja aprovado uma vez que não abrange área fora das fronteiras do Estado do Espírito Santo.

Muitas vezes as pessoas podem necessitar de um transporte, por qualquer urgência, e ter dificuldade de contatar um táxi. Manter uma lista com números telefônicos dos serviços de táxi nos cardápios de restaurante, bares e etc, poderá motivar os serviços de táxi prestados na cidade.

Portanto, voto contrário ao relatório, embora, reconheça os argumentos do relatório, que não foram lidos em sua totalidade, argumentando que o referido projeto de lei é de utilidade pública.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente,

pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente e

Senhores membros da Comissão, não li o relatório todo com intuito de economizar o tempo da Comissão e porque debati amplamente com o autor do projeto, Senhor Deputado José Carlos Elias, e ainda porque tenho um PDL de minha autoria e dois projetos do Senhor Deputado Claudio Vereza para serem relatados.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! Necessito de esclarecimento do relator, por favor. O projeto de autoria do Senhor Deputado José Carlos Elias altera uma lei já em vigor? Esta lei trata do mesmo tema da Lei n.° 9.102?

O SR. DA VITÓRIA - Esta lei trata do

mesmo tema, Senhor Deputado.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Trata de quê? Do funcionamento de bares e restaurantes?

O SR. DA VITÓRIA - Exatamente, que é

prerrogativa do município. Em nosso relatório, infringe a regra, e relatamos pela sua inconstitucionalidade.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, peço vista ao Projeto de Lei n.° 127/2013. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - É regimental. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Da Vitória. O SR. DA VITÓRIA - O Projeto de Decreto

Legislativo n.° 14/2013, de autoria da Mesa Diretora, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor José Alberto Arrais.

Nosso parecer é pela constitucionalidade do referido projeto.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra a Senhora Deputada Luzia

Toledo para relatar. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Projeto de Lei

n.º 160/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, que objetiva estabelecer a obrigatoriedade de afixação de quadro de horários em abrigos, pontos de ônibus e no interior dos coletivos do sistema Transcol, no âmbito do Estado do Espírito Santo e, para tanto, dá outras providências correlatas. Esse projeto já tramitou, agora volta a esta Comissão. O deputado recorreu à Mesa Diretora que, usando de suas atribuições legais, foi pelo despacho denegatório. O presente projeto contraria o art. 63 da Constituição Estadual literalmente, porque a competência desse assunto é de iniciativa legislativa

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106 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

privativa do chefe do Poder Executivo. O nosso parecer é pela manutenção do

despacho denegatório da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - O Projeto de Lei n.º 160/2013 trata de um recurso de despacho denegatório da Presidência feito pelo Senhor Deputado Euclério Sampaio. A Senhora Deputada Luzia Toledo julga as razões de recurso insubsistentes.

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. DA VITÓRIA - Com a relatora. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com a

relatora. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com a

relatora. O SR. CLAUDIO VEREZA - Com a

relatora. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto da relatora.

Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Claudio Vereza para relatar. O SR. CLAUDIO VEREZA - O Projeto de

Lei n.º 366/2012, de iniciativa do Senhor Deputado Roberto Carlos trata do Estatuto dos Candidatos a Concursos Públicos, dando outras providências. Havíamos relatado a matéria pela sua constitucionalidade, de acordo com a emenda apresentada pelo próprio autor, e, inadvertidamente, havia considerado inconstitucional a emenda do Senhor Deputado Sandro Locutor. Mas é constitucional.

O nosso parecer é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto na forma do substitutivo apresentado pelo próprio autor, acolhendo a emenda do Senhor Deputado Sandro Locutor.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Em discussão o parecer. O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sandro Locutor.

O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor

Presidente, sou favorável ao parecer do relator ao Projeto de Lei n.º 366/2012, agradecendo, inclusive, a reanálise da emenda, tornando-a válida numa intensão simples de beneficiar os aprovados em concurso que porventura possam estar inadimplentes com seus conselhos ou órgãos.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. DA VITÓRIA - Com o relator. O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhor

Presidente, pela ordem! Tenho em mãos a Proposta de Emenda constitucional n.º 03/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclerio Sampaio, que não está em pauta, mas na semana passada já iniciei a análise dessa proposta e pedi prazo até hoje. Estou apto a relatar a matéria mesmo não estando em pauta.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Concedo a palavra a V. Ex.ª para relatar.

O SR. CLAUDIO VEREZA - Projeto de

Emenda Constitucional n.º 03/2013, de autoria do Senhor Deputado Euclério Sampaio, que acrescenta parágrafo 3.º ao artigo 60 da Constituição Estadual para fixar um prazo de resposta para depoimento de autoridade pública, de dirigente de órgão da administração indireta ou fundacional e de cidadão.

O prazo que o Senhor Deputado Euclério Sampaio pretende incluir é de cinco dias. A análise do projeto, Senhor Presidente, é de que a matéria não cumpre os preceitos constitucionais de simetria, paralelismo, entre outros princípios.

O nosso parecer pela inconstitucionalidade da Proposta de Emenda Constitucional n.º 03/2013.

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO ALVARES) - Em discussão o parecer.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 107

(Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. JOSÉ CARLOS ELIAS - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor

Presidente, pela ordem! Temos nesta Comissão os Senhores Deputados José Carlos Elias, Sandro Locutor e Claudio Vereza. Não vou deixar de, nesta Comissão de Justiça, presidida pelo Senhor Deputado Elcio Alvares, sobre o qual já fiz um relato sobre a sua vida, de dizer que hoje, vivemos um grande momento neste Estado, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. O Senhor Marcos Guerra, Presidente da Findes e toda a sua estrutura: Cindes, Sindijovem, enfim, todos os “S” e até os “C”, o sistema Findes estão de parabéns pela homenagem a dez figuras importantes do nosso cenário empresarial, político. Pessoas do bem.

Entre as dez pessoas que homenageadas, tivemos o nosso Presidente da Comissão de Justiça, ex-Presidente desta Casa, Deputado Elcio Alvares.

Solicito ao cameraman que focalize o livro Contando histórias que tenho em mãos. (Pausa)

(O cameraman exibe o livro)

O SR. CLAUDIO VEREZA - Senhora Deputada, o lançamento deste livro foi hoje? A SR.ª LUZIA TOLEDO - Sim. O

lançamento deste livro foi, hoje, no Cinemark, na sala 03. Foi exibida a história de todos os dez homenageados, contando aquilo de mais importante feito por cada homenageado. A história de Elcio Alvares se confunde com a história do Estado do Espírito Santo. É comovente ver a história de um jovem advogado brilhante. Quando S. Ex.ª usava a palavra encantava a todos. Foi Fazendo discursos brilhantes que, pela primeira vez, ganhou a eleição para Deputado Federal.

Naquela época as pessoas adoravam votar em quem falasse bem. Os comícios não tinham nenhuma atração. As pessoas participavam de comícios pelo candidato. Assim que começou a sua vida. Passou por toda essa história que vimos e que passamos também e sempre vencendo. Teve uma militância

política muito grande. Posteriormente foi Governador deste Estado; duas vezes Senador da República duas vezes; duas vezes Ministro de Estado e duas vezes Deputado Estadual.

Então, é uma pessoa que tem uma história e ao mesmo tempo não deixa a simplicidade sair de seu coração. Hoje é um colega que nos une, sempre procurando fazer uma corrente nos unindo. Portanto, hoje a Assembleia Legislativa está de parabéns. O livro Contando Histórias foi lançado pela Findes, tendo os nomes: Elcio Alvares, Arthur Carlos Gerhardt Santos, Gerson Camata, Camilo Cola, Helcio Rezende Dias, Cacau Monjardim, José Armando de Figueiredo Campos, Carlos Lindenberg Filho, Chrisógono Cruz e Cecília Milanez Milaneze, figuras importantíssima para o nosso Estado. É a história do nosso Estado que foi hoje lindamente lançada no Cinemark, sala três. Esse livro registra a história de cada um.

Esta página fala do grande advogado que foi Elcio Alvares. Nessa época, S. Ex.ª estava com a corda toda e mais um pouco. Está página retrata a inauguração da Terceira Ponte, que tanto S. Ex.ª trabalhou para que fosse construída; aqui S. Ex.ª sendo convidado para ser líder do Governo Fernando Henrique Cardoso, subindo a rampa do Planalto; passando em revista a tropa dos Dragões da Independência, junto ao Presidente da República. É muita história, não é?

Quero dizer ao nosso querido homenageado que estou contemplada pela sua história política. Que coisa boa! Que coisa boa receber homenagem, assim, inteiro; e todos nós podendo lhe aplaudir; olhar, abraçar e dizer a V. Ex.ª: Parabéns!

O SR. PRESIDENTE - (ELCIO

ALVARES) - Senhora Deputada Luzia Toledo, sou meio desajeitado quando tenho que agradecer palavras tão carinhosas envolvendo minha pessoa. Há um personagem, Rubrecht, que fala com amargura, o que não é o meu caso. Quando me perguntam sobre os fatos, digo que esqueci o personagem que fui. O tempo vai passando e verifico o seguinte: estou vivendo uma fase em que a memória é avivada a todo o momento. Para quem já atingiu oitenta anos como eu, quando chegamos a essa idade e olhamos para trás, essa vista olímpica da vida somada a uma espiritualidade fora do comum, pois o Senhor está me proporcionando um estado de espírito que gostaria que todos tivessem, começamos a compreender que a ambição, a vaidade e o orgulho não representam nada. São sentimentos que não representam. O que representa na verdade, é o calor de palavras amigas como as de V. Ex.ª, Senhora Deputada Luzia Toledo, e não se resume ou se restringe a esta sessão. Lembro-me quando ambos, no grande cenário da República que era Brasília, V. Ex.ª exercendo mandato de Senadora e eu respondendo pela pasta da Defesa do País, V. Ex.ª foi ao meu gabinete, não falou nada e me deu um abraço. Até hoje, Senhora

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108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Deputada Luzia Toledo, sinto o calor do seu afago. As palavras de V. Ex.ª hoje completam aquele momento que vivemos juntos. V. Ex.ª se lembra, não chorei, mas lágrimas espirituais desceram nos meus olhos porque senti o que V. Exª. trazia, e que eu precisava: o carinho. Então, estamos aqui, Senhora Deputada Luzia Toledo, ambos Deputados, convivendo com colegas maravilhosos.

Estou ao lado do Senhor Deputado Claudio Vereza, que tem seis mandatos como Deputado Estadual. É a história desta Casa. E o destino quer, à medida que o tempo vai avançando e vamos sendo solidários com ele. Ninguém segura o tempo! Há um verso poético que diz: o tempo não para!

Confesso hoje que quando gravei esse depoimento não tinha ideia do projeto que a Federação estava ambicionando fazer. Mas não só pelo meu depoimento, mas pelos outros depoimentos, de ex-governadores, figuras gradas da vida pública do Espírito Santo, compreendo que dei uma pequena contribuição à história do meu Estado.

Um dia a gente passa e, como tudo passa na vida, deixamos de existir. Mas ficam gravadas as palavras que falamos e as fotos que demonstram momentos. Há uma foto, Senhora Deputada Luzia Toledo, que hoje me tocou e que me acompanha e que, inclusive, está na capa do meu livro. Eu desci as escadarias do Palácio Anchieta chorando, com o povo chorando ao meu lado. Acho que poucos governadores tiveram uma despedida de mandato como a que eu tive, com o povo empurrando o meu carro até as Cinco Pontes.

Nesses momentos, o que já deixamos no escrínio das coisas que fizeram bem ao coração, é quando sentimos que a vida pública compensa. Compensa quando se trabalha com honestidade e com pureza de espírito. E hoje, nesta Assembleia, nada mais faço do que passar a minha experiência para os colegas, que são partícipes como eu de uma oficina de trabalho, juntamente com os funcionários e os nossos procuradores, semblantes que se repete toda semana. Chego a esta Casa, sento e está configurada a moldura do meu dia a dia.

E agora, quando estamos nos preparando para uma sessão no Plenário, quero dizer a V. Ex.ª, Senhora Deputada Luzia Toledo, aos meus colegas aqui representados pelo Senhor Deputado Claudio Vereza e a todos os funcionários, que a medida que o tempo passa, e o tempo avança, tenho a compreensão exata, confiante no Senhor, de que a vida se resume exatamente nisso: termos humildade e saber receber as coisas que aparentemente são laudatórias de uma vida. Tudo é pequeno quando temos no coração o sentimento maior, o sentimento de amizade e de gratidão.

Serei eternamente grato a V. Ex.ª, desde o nosso abraço na Esplanada de Brasília. Hoje tocaram no meu coração e tenho a impressão de que até o dia em que o Senhor me levar vão tocá-lo algumas vezes, porque agora nada mais vou fazer do que contar

história e rememorar fatos. Muito obrigado, Senhora Deputada Luzia

Toledo. Estou muito agradecido. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária e para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL

COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE MARÇO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos da Comissão de Saúde.

Estão presentes os Senhores Deputados Glauber Coelho e Gildevan Fernandes.

Os Senhores Deputados Glauber Coelho e Rodrigo Coelho pediram para inserir nesta reunião os problemas da Casa de Repouso Santa Isabel, da qual estão presentes dois diretores, Doutor Sérgio Bourbon Cabral e Doutor Sebastião Ventury Baptista. Portanto, em vez de seguirmos o trâmite normal da Comissão, com a leitura da ata e comunicações, iremos suprimir ou inverter a pauta, se for o caso.

O primeiro ponto da pauta seria convidar o Secretário para discutir as questões do Hospital dos Ferroviários, que se encontra fechado; reabriu, e depois tivemos que fechar novamente. Fizemos uma audiência pública na quinta-feira passada e estamos com alguns representantes presentes, o Senhor Hélcio Menezes Couto, Diretor técnico do Hospital dos Ferroviários, e o Senhor Jair Demuner, Diretor-Presidente do Hospital dos Ferroviários.

Temos a presença também do Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Saúde, e também do Senhor Eglif Negreiros Filho, do Hospital dos Ferroviários.

Então, a pauta inicial seria a questão do Hospital dos Ferroviários. Pedimos a gentileza daquele que for representar o hospital neste momento, Senhor Jair Demuner, que possa usar a

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 109

palavra e depois ouviremos outros diretores do hospital. Em seguida Doutor Geraldo Queiroz poderá dar alguma explicação sobre a questão do Hospital dos Ferroviários.

Doutor Geraldo Queiroz, falaremos depois, sobre o Hospital São Judas Tadeu e a Clínica Santa Isabel, localizada no Município de Cachoeiro de Itapemirim.

Concedo a palavra ao Senhor Jair Demuner.

O SR. JAIR DEMUNER - Senhor Deputado Doutor Hércules, gostaria de saber do Estado, por meio do Doutor Geraldo Queiroz, que está presente, quando teremos uma conclusão dessa tomada de contas?

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Jair Demuner, antes de V.S.ª fazer uso da palavra, peço ao Doutor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde, para compor a mesa, assim poderá responder melhor. (Pausa)

(Toma assento à mesa a referida autoridade)

O SR. JAIR DEMUNER - A explanação

que faço é que o Hospital dos Ferroviários teve um gestor desde o ano de 2009, até então os convênios eram feitos normalmente todos os anos. No final de 2012 fui surpreendido com a não renovação do convênio, com a alegação - entre outras - de que existia um gestor e não poderia tê-lo.

Na época fui praticamente obrigado pelo Governo anterior, pelo secretário anterior a colocar um gestor. E até então acreditei que não havia nada de irregular, como transcorria tudo normalmente no Governo anterior e no atual.

Como fui surpreendido, fiz a rescisão e tomei as providências da rescisão com o gestor, rescindi o contrato, procurei, tirei a conta, procurei sanar os outros erros e procurei sanar, inclusive, no que diz respeito a médicos, consultas duplas; tive que tomar as providências. E quanto a algumas providências, estou aguardando a resposta da tomada de contas. Temos que tomar uma posição, se for o caso, talvez até judicialmente, porque se houve dolo procuraremos os responsáveis.

Depois de quatro anos fui surpreendido e tive que receber um hospital depois de quatro anos. Fiquei com o dinheiro referente a novembro e dezembro bloqueado, meus funcionários sem receber desde dezembro, janeiro, fevereiro, médicos em outubro, novembro, dezembro e fiquei sem condições de manter o hospital funcionado; tentei fazê-lo funcionar em janeiro, mas os médicos não quiseram participar, fizeram greve.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Peço desculpas ao Senhor Jair

Demuner por interrompê-lo. Convido o Senhor Tadeu Marino, Secretário

de Estado da Saúde, para compor a Mesa para que S. Ex.ª possa responder a algumas perguntas. (Pausa)

(Toma assento à mesa a referida autoridade)

O SR. JAIR DEMUNER - Continuando, o

que espero do Senhor Tadeu Marino é que faça a sua função de gestor. Houve um erro, houve! Talvez tenha sido induzido ao erro por acreditar que estava tudo certo. Tentei sanar algumas coisas que posso, mas preciso saber o restante dessa tomada de contas, até com certa urgência, porque o funcionário não espera.

Tenho funcionário que está sendo despejado, com água e luz cortada. Arranjei um dinheiro para fazer uma cesta básica para eles. Não quero culpar o Governo anterior ou o Governo atual, quero que entenda a situação de duzentos e cinquenta funcionários. Como diretores, estamos fazendo filantropia. Somos aposentados da Vale e não precisamos daquilo, mas acabamos criando uma raiz, amor, como o Doutor Hélcio Menezes Couto e o Deputado Doutor Hércules sabem muito bem. Gostaria que essa tomada de contas tivesse uma resposta, se haverá ou não esse convênio e se voltaremos a trabalhar para a comunidade. Até estou com o contrato em minhas mãos. Artigo 15, II, da rescisão. Nem foi usado isso. Quando diz no artigo 15, II, que seriam quatro meses. Eles me comunicariam da decisão e me dariam quatro meses para fazer essa tomada de contas. Depois se não tivesse jeito...Fizemos coisas que o convênio não tem condições de fazer. Teria o total de cento e oitenta dias, mas fui surpreendido. Num dia só recebi esse comunicado, rescindi o contrato no outro serviço e está essa espera. Estou como aquela pessoa que perdeu um parente e não sabe se morreu e onde está o corpo. Não posso ficar assim, até porque somos diretores de idade, queremos trabalhar para o Governo. Sei que o Secretário quer que a área da saúde funcione, mas infelizmente houve erro. Como podemos sanar esse erro? O que tenho que fazer? Se for preciso até renuncio ao cargo, mas quero que o hospital funcione. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Antes de passar a palavra para o Senhor Secretário responder, o Senhor Hélcio ou outro Diretor do Hospital quer fazer alguma consideração. O SR. HÉLCIO MENEZES COUTO - Apenas reitero as palavras do Senhor Jair Demuner, uma pessoa simples, um maquinista, que ousou administrar um hospital e até então vinha cumprindo todas as suas obrigações, todas suas metas.

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110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Durante nosso contrato, nosso convênio, várias vezes estivemos na secretaria e todas as metas foram batidas. Se houve erro, irregularidade da administração anterior, que não era nossa, mas de um gestor, que se pula, mas que deixe o hospital funcionar, que se coloque um interventor, mas deixe o hospital funcionar. Nós médicos, Deputado Doutor Hércules, sabemos disso. Precisamos receber pelo trabalho feito, mas muito mais precisamos dar saúde às pessoas que precisam. Entendo que o Estado, hoje, passa por uma dificuldade muito grande. Estamos com dificuldades na classificação, na contratação de médicos. No Hospital dos Ferroviários, os médicos não recebem salários, mas recebem produtividade. Produzem para receber. Essa produção, que é paga pelo Governo não é retirada do pagamento dos funcionários e dos subsídios do hospital. Só paramos o Hospital por falta de condições financeiras. Enquanto pudemos tocá-lo, nós tocamos. Funcionários iam trabalhar apenas pelo vale transporte e pela refeição. Os médicos trabalhavam sem remuneração. Funcionamos até meados de fevereiro, quando, então, houve uma greve e os médicos revezaram, apenas com trinta por cento da produtividade. Isso inviabiliza um hospital funcionar. Um hospital tem capacidade de cento e trinta leitos; quarenta e cinco cirurgias por dia; cirurgias que realmente incomodam às pessoas que trabalham.

Estamos dispostos, nesta Comissão, eu, em nome dos médicos, e o Senhor Jair Demuner, em nome da direção, ajudar no que for preciso para que o hospital volte a funcionar. Obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Mais alguém do Hospital dos Ferroviários quer se Pronunciar? (Pausa) Passemos a palavra ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, para que possa responder às perguntas. O SR. TADEU MARINO - Cumprimento os Senhores Deputados Doutor Hércules, Glauber Coelho, Gildevan Fernandes, Janete de Sá, Luzia Toledo, os companheiros presentes, dois subsecretários da saúde, Doutor Geraldo Queiroz e Doutor Edmar Lorencini dos Anjos. Cumprimento também os companheiros do Hospital dos Ferroviários. O Hospital dos Ferroviários é um hospital filantrópico, que vem sendo contratualizado com a Secretaria Estadual de Saúde desde 2009/ 2010. Todos nós sabemos que existe uma necessidade muito grande de leitos hospitalares no Estado do Espírito Santo, tanto na Grande Vitória quanto na região do interior. O Hospital dos Ferroviários é um hospital com aproximadamente cento e quarenta leitos e presta serviço importante em termo de número de consultas, de cirurgias eletivas e de internações de clínica médica.

Nesse convênio, especificamente, assinado em janeiro de 2012, por meio de denúncias que a Secretaria de Estado da Saúde recebeu e recebe - todas as denúncias que recebemos procuramos saber se têm algum fundo de verdade - há uma Gerência de Monitoramento dentro da Secretaria que monitora todos os nossos contratos filantrópicos e com organizações sociais. Uma gerência que vem se fortalecendo passo a passo diante dos valores que temos contratados com os hospitais filantrópicos. Em 2010, eram cerca de cem milhões de reais. Em 2012, foram cento e cinquenta milhões de reais de recursos próprios do Estado do Espírito Santo para os hospitais filantrópicos. Então é necessário que, cada vez mais, façamos um fortalecimento dessa Gerência de Monitoramento e de controle. Fazemos isso em todos os nossos hospitais. Existe uma demonstração mensal dos resultados dos hospitais na Secretaria, que é aberta, quem quiser pode participar e existe participação do controle social, o Conselho Estadual de Saúde. Dentro dessa auditoria, foram observadas algumas irregularidades no convênio do Hospital dos Ferroviários com a Secretaria de Estado da Saúde. Baseada nisso, a Procuradoria-Geral do Estado - PGE e, principalmente, a Secretaria de Controle e Transparência - Secont, técnicos foram ao hospital, auditaram o convênio e as contas e viram várias irregularidades. Ou seja, situações que eram proibidas no convênio aconteceram. A partir do momento em que aponto uma irregularidade, a única definição legal que a PGE e a Secont falaram foi: suspenda imediatamente os repasses financeiros. Por quê? Senão, é o meu CPF, o do Secretário de Estado da Saúde, que vai pagar a conta depois. Não quero ser chamado de improbo, nem a Secretaria, nem o Governo podem ser acusados de improbidade, por mais que, como disse anteriormente, saibamos da importância de se ter o hospital com cento e quarenta leitos, fazendo as cirurgias eletivas e consultas. A Secont e a PGE pediram que fizéssemos uma tomada de contas, e esta está pronta. Infelizmente, aponta grandes irregularidades no contrato desse convênio que deverão ser sanadas para que possamos contratar de novo com o hospital. Ficamos angustiados, principalmente, pelos funcionários; não só médicos, mas também os que ganham menos e que, de fato, estão sem receber seus salários. Isso nos angustia muito. São as pessoas da limpeza, os técnicos e auxiliares de enfermagem, as pessoas da recepção. Então, agora, teremos que nos reunir com a Associação dos Ferroviários, mostrar essa tomada de contas, apontar as irregularidades e teremos de fazer a correção dessas irregularidades para liberar o recurso que já reservado. Na verdade, o recurso do Hospital dos Ferroviários está reservado e auditado pela Secretaria. É só ter uma permissão para fazer

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 111

esse pagamento. Esse relatório de tomada de contas está comigo. Vamos chamar os senhores, porque ficou pronto na sexta-feira passada. Chamaremos V. S.as. É o mínimo a fazer; chamá-los, mostrar o que foi apontado pela nossa equipe para que possamos, voltamos a dizer, sanar esses problemas e efetivarmos esse pagamento. Essa é a posição da Secretaria de Estado da Saúde. Não queremos tornar públicas essas questões. Podemos, evidentemente, passar para a presidência da Comissão de Saúde esse relatório de tomada de contas, para que tenha acesso ao que foi relatado. São basicamente questões sobre as quais V. Ex.ª tem conhecimento. É apontada justamente a questão financeira, contábil. É um momento bom para que possamos resolver essas pendências e voltar a realizar a contratação junto aos hospitais filantrópicos, para que possam atender à população.

Outra coisa que temos que dizer é que, em nenhum momento, o Hospital dos Ferroviários ficou proibido de atender à população pelo SUS. Se nossos companheiros médicos não querem atender pela tabela do SUS, é outro problema. Isso foi dito há dois ou três meses. O hospital pode continuar atendendo normalmente, mas o pagamento será feito pela tabela do SUS. O contrato que temos com o Hospital dos Ferroviários, no valor de cerca de dezessete milhões de reais por ano, em que a Secretaria de Estado da Saúde põe alguns milhões de reais, é para fazer complementação das tabelas. Na verdade, o contrato complementa o serviço médico. Os médicos não quererem atender porque as tabelas do SUS são aviltantes, pagam mal, é uma questão da relação do hospital com os médicos. Em nenhum momento o hospital está fechado para atender pelo SUS. Se os médicos quiserem operar, podem continuar operando. Se quiserem internar, podem continuar internando. Mas será pelo valor que o Sistema Único de Saúde paga, sem o plus que a Secretaria de Estado de Saúde coloca.

Portanto, os médicos deixaram de atender porque acham que o valor que o SUS remunera é muito pouco. Não querem atender, mas o hospital está aberto para que haja atendimento pela tabela do SUS. Infelizmente, não podemos encaminhar pacientes para o hospital, porque não há médicos que queiram trabalhar pelo valor que o SUS paga. Deixamos bem claro que a Secretaria de Estado da Saúde não fechou nenhum hospital. Pelo contrário, o hospital está aberto. Se a equipe de trabalho do hospital acha que a remuneração é indigna, infelizmente temos que respeitar a decisão dos médicos. Mas o hospital não foi fechado, a Secretaria de Estado da Saúde em nenhum momento fechou o hospital, apenas suspendeu o pagamento da parte que lhe cabe, que é o recurso estadual próprio de complementação, com base nas irregularidades do convênio.

São essas as considerações que temos a fazer,

e nos colocamos à disposição de todos. Nossa equipe está presente a esta reunião, com os Doutores Geraldo Queiroz e Edmar Lorencini dos Anjos. Se quiserem, podem fazer suas complementações após as perguntas.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Pedimos ao Senhor Jair Demuner ou ao Doutor Hélcio Menezes Couto que nos informem se são apenas os médicos que não querem trabalhar ou se os funcionários também não, já que parece que estes também estão sem receber desde dezembro de 2012.

O SR. JAIR DEMUNER - Os médicos, desde a metade de janeiro, resolveram atender apenas os trinta por cento necessários. A bem da verdade, não chegava nem aos trinta por cento. Prometeram atender trinta por cento, porque a lei determina. Funcionamos em janeiro, mês em que tivemos uma receita de cento e oitenta mil reais e um custo de quinhentos e oitenta e quatro mil reais. A dívida que tinham deixado, no valor de dois milhões e trezentos mil reais, passou a ser de dois milhões e novecentos mil reais.

Aproveitando, informamos ao Doutor Tadeu Marino que, considerando que já trabalhamos o mês de janeiro, e nos ajudaria muito se liberasse aqueles duzentos mil reais, ou cento e oitenta mil reais, não tenho certeza.

Não culpo o Governo e as minhas irregularidades podem mostrar - até porque o ladrão, hoje, sou eu, Doutor Tadeu Marino... Para o povo em geral, foi a diretoria que roubou. Quando falam que houve irregularidade, eles consideram roubo. Mas, não é roubo. Houve irregularidade técnica e vamos sanar? Vamos. Estou disposto a sentar... Mas, só peço uma urgência, Doutor Tadeu Marino, porque o povo está lá e eu mesmo falei: vocês não precisam mais trabalhar. Como é que vão trabalhar? Não tem comida para vocês e não tem vale-transporte. Mesmo assim, alguns abnegados vão lá.

O serviço essencial que ficou foi hemodiálise, que não pode parar. E estamos deixando porteiro e tudo o mais para atender esse serviço, que é de alta complexidade. Agora, os funcionários, não houve condições de deixar.

Sei que não há erro. A Secretaria de Estado de Controle e Transparência, Secont, está fazendo a parte dela. Mas, só queria um pouco mais de agilidade. Chamem-nos e diga: tem jeito de sanar? Se não tiver jeito, infelizmente falarei para os funcionários o seguinte: vão procurar outro trabalho e vou ficar devendo; sairei com a cara de devedor a vocês e devedor a todo mundo. Mas, quero ter a certeza se, de fato, há condições de sanar. E o que querem que eu faça? Tudo que for necessário, o hospital, através de sua diretoria, fará.

Pedimos a compreensão de V. Ex.ª para agilizar isso, pagar essa produção de janeiro, porque

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112 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

nos ajudará, pelo menos em algumas coisas, porque logo se cortará a água, a luz e prejudicará até a hemodiálise. Eles não esperam e fecham mesmo.

Estou pagando do meu bolso o porteiro para tomar conta do patrimônio e aquilo ali é um patrimônio que, de certa maneira, pertence a todo mundo. Não é só dos ferroviários. Pertence ao Governo e pertence à população. Queiram ou não, aquilo ali não é só nosso, é de todo mundo e temos que preservar.

Faço o que posso e gostaria da compreensão do Secretário para nos ajudar. Chame-nos imediatamente e diga: Jair, faça isso e vamos acertar! Até porque, Doutor, se houve erro, não preciso ficar inventando, fui induzido ao erro. Acreditei naquele pessoal que fazia aquela auditoria a cada três meses. Acho que tinham detectado há muito tempo e se tivessem me avisado teria rescindido, há dois anos, esse contrato. Quando vocês entraram, se tivessem dito: Jair, tem isso aqui.

Tanto é que tenho um plano operativo feito pelo governo que tem: a Associação Civil Cidadania Brasil, ACCB, o Governo e os Ferroviários. Vocês tinham ciência. Houve erro? Houve, com certeza. Estão alegando e eu acredito. Mas só quero agilidade nisso aí, vamos sanar o que for preciso, porque o povo e os funcionários não merecem pagar pelos erros que estão sendo imputados à diretoria e que, a bem da verdade, não participou disso. Somos obrigados, desde 2008 para 2009, a colocar um gestor dentro da instituição. Desculpem-me, às vezes fico um pouco exaltado, mas estou pedindo pelo amor de Deus. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Secretário Tadeu Marino, quer responder alguma coisa sobre o que S. S.ª questionou? Sobre o que está faltando?

O SR. TADEU MARINO - Acho que as

coisas estão muito claras quanto ao que aconteceu. Fazemos uma avaliação do convênio de 2012 e não fazemos uma avaliação de convênio de 2011, 2010 e 2009.

Falarei apenas um resultado da quantificação do dano.

Diante do exposto, entendemos que o montante total do dano ficará dividido entre valores contábil e financeiro, sem o devido acréscimo de correção monetária e juros de mora, conforme quadros a seguir: Quantificação total do dando, valor contábil, período de janeiro de 2012 a outubro de 2012, são seiscentos e sessenta e sete mil reais. Quantificação total do dano financeiro, no período de janeiro de 2012 a outubro de 2012, são dois

milhões de reais. Temos a identificação dos responsáveis, o

relatório mostra. Existem essas questões que agora teremos de chamar justamente V. S.ªs e a Secretaria de Estado de Controle e Transparência, Secont, para que façamos a correção dessas questões que são graves, gravíssimas. Como, por exemplo, se usar o convênio para se comprar um carro ou para outras finalidades que não sejam de convênio, tais como: pagamento de banco, abrir outra conta bancária que não seja da associação, pois de fato a associação tem uma dívida trabalhista muito grande. Sabemos que a associação corre risco de sequestro das suas contas. Vocês fizeram isso no bom sentido, com certeza, mas são irregularidades do convênio.

O que chamamos de irregularidades, quero deixar bem claro, são irregularidades processuais, administrativas. Ninguém está falando que alguém passou a mão em alguma coisa ou pegou recursos. O que a tomada de contas fechou é justamente o que a Secont já havia observado, com a diferença de que agora há dados, números reais. Portanto, Senhor Deputado Doutor Hércules, acho que a partir de agora podemos ter uma possibilidade de caminhar para uma solução conforme falou V. Ex.ª Vamos sentar e ver como faremos isso e aquilo. Essa é a questão e é essa a vontade política do Estado. Não precisamos ficar aqui repetindo a importância de temos leitos hospitalares e serviços à população. Estamos envolvidos neste mesmo esforço, tanto a Associação dos Ferroviários quanto a Secretaria Estadual de Saúde. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Doutor Tadeu Marino, existe uma data para a qual possam marcar esta audiência? O SR. TADEU MARINO - Como disse, nesta sexta-feira tivemos uma audiência e ainda nesta semana os chamaremos para que tenham acesso à tomada de contas.

O Senhor Edmar Lorencini dos Anjos, Subsecretário de Administração Financeira, está presente. Podemos marcar também com a presença da Secont, para que possamos apontar uma solução. Isso é o que queremos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Secretário, queremos também uma cópia para a Comissão de Saúde poder acompanhar o processo. Naturalmente, peço aos nobres pares que façam interferência. Houve uma reivindicação para conceder a palavra de acordo com a ordem de chegada. Eu cheguei primeiro. O Senhor Deputado Glauber Coelho em segundo, mas quer falar sobre Cachoeiro de Itapemirim; portanto, passo a palavra ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 113

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente; colegas Deputadas e Deputados; Secretário de Estado da Saúde, Doutor José Tadeu Marino; Subsecretários Geraldo Queiroz e Edmar Lorencini dos Anjos; representantes das entidades filantrópicas presentes; demais senhoras e senhores, bom-dia. Inicialmente, quero externar meu sentimento elogiando a iniciativa do Secretário José Tadeu Marino em ligar para a Comissão de Saúde e se colocar à disposição, comparecendo em curto prazo. Foi um ato muito positivo, pois não se trata de uma convocação, e sim de uma visita por convite que foi prontamente atendido. Vejo o que acontece hoje nesta Comissão com muita clareza. Estamos diante de uma situação em que não há má fé de nenhuma das partes, em princípio. Temos um gestor público, secretário estadual, uma pessoa que goza de um conceito, pois é um homem público que exerce sua função com a exata responsabilidade de um gestor público. Naturalmente, suas ações estão pautadas pelo cumprimento da lei, não podendo prevaricar e deixar de agir. Como médico que é, naturalmente tem o mesmo sentimento que todos nós capixabas, de querer que as instituições estejam funcionando e que tenhamos mais hospitais e mais leitos disponíveis à população. Muitas vezes ao enfrentar os problemas criam-se transtornos. Mas, o homem público que não tiver coragem de enfrentar transtornos não está preparado para estar na vida pública. Por outro lado, temos uma entidade conceituada formada por homens íntegros, que por ora recebem o questionamento de irregularidades. Já fui prefeito municipal por oito anos e não conheço nenhum gestor que não tenha, de certa forma, respondido pela acusação de alguma irregularidade. O mais importante de tudo é ter a consciência de que você pode responder pelas irregularidades sem jamais ser o que o nosso presidente, com sua humildade acabou falando. Recebemos isso com sentimento de indignação, a manifestação do seu coração, mas acreditamos na gestão e que todas as irregularidades serão devidamente esclarecidas e é o que queremos.

Naturalmente que o sentimento e a vontade dos Deputados, estão presentes nesta Comissão, é de que o hospital funcione. O Hospital dos Ferroviários sempre prestou relevante serviço ao povo capixaba, ao povo do meu município. Quantos cidadãos Pinheirenses e do Extremo Norte do Estado do Espírito Santo já foram prontamente atendidos no referido hospital? Sou muito grato aos serviços prestados, mas compreendo plenamente que, como membros da Comissão de Saúde e Saneamento, temos que contribuir para que realmente haja agilidade.

Pedimos à Secretaria que haja agilidade, mas

não podemos ser incompreensíveis à responsabilidade dos gestores da Secretaria de Saúde que estão buscando cumprir a lei, caso contrário estarão respondendo por improbidade. Então, acreditamos que a situação é de reflexão, equilíbrio, apesar de todos os transtornos causados aos funcionários, aos médicos e à comunidade de um modo geral. Mas cremos que - com um diálogo equilibrado como esse que estamos iniciando, já dando continuidade a um diálogo nesse nível - chegaremos ao bom termo e enalteço o trabalho dirigido pelo nosso presidente, Doutor Hércules, com a participação dos demais deputados.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Obrigado Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Cumprimento o Presidente desta Comissão, Deputado Doutor Hércules, e parabenizo-o pela diligência nesta Comissão, uma das mais operosas da Casa. Cumprimento nosso Secretário Tadeu Marino, com quem cheguei cumprimento meus colegas na mesa, a Senhor Deputada Janete de Sá, que sendo mulher tenho que falar o nome.

Cumprimento meus colegas Deputados presentes; a diretoria do Hospital dos Ferroviários presente; os nossos companheiros tão solidários; o Doutor Geraldo Queiroz; o Senhor Eglif Negreiros Filho e o Senhor Edmar Lorencini dos Anjos, conhecido como Mazinho. Cumprimento-os com muito prazer.

Quero dizer apenas uma coisa e serei muito rápida, até mesmo porque sou suplente nesta Comissão. Esta Comissão é tão importante e o Senhor Deputado Doutor Hércules trabalha com tanta firmeza junto com os nossos colegas presentes.

Ontem participei da reunião extraordinária e falei: amanhã irei lá, porque já conheço a situação do Hospital dos Ferroviários por meio da Senhora Deputada Janete de Sá, do Senhor Deputado Doutor Hércules e dos demais membros da Comissão de Saúde. Sempre fui considerada a ponte na política e estou muito satisfeita de ter vindo a esta reunião. A reunião de ontem foi muito rápida, a de hoje é praticamente uma audiência pública, e, ao mesmo tempo, será a reunião ordinária. Acredito que o mais importante é o entendimento, porque a sociedade é quem ganha.

Senhor Tadeu Marino, pareceu-me que a fala de V. Ex.ª vai ao encontro daquilo que queremos: realmente sanar esse problema que temos agora, porque precisamos de mais leitos. Trabalho com essa questão e sei da dificuldade. Não é fácil, quanto mais interna um paciente, aparecem dez, quinze, vinte. Nunca vi.

Acredito que a família brasileira, de modo

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114 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

geral, está doente. As crianças parecem que já nascem doentes, porque nunca vi tanta gente doente. Qualquer lugar que vá, qualquer hospital, até mesmo nos particulares está cheio. Outro dia fui a uma clínica particular de ortopedia, quando olhei para a sala, falei que iria embora porque demoraria demais. Deus que me livre! Mas estava completamente lotada de gente em pé.

Então a nossa população está doente. E a saúde esta sofrendo muito com isso, porque realmente não é fácil. Pedimos, Senhor Tadeu Marino, como frequentamos muito sua Secretaria e sou muito bem tratada e recebida, Senhor Doutor Hércules, que haja agilidade, que se coloque esse problema como prioritário, porque é muito ruim saber que um hospital está ocioso por falta de equipamentos, pagamentos, enfim, as coisas mais rudimentares dentro da nossa Saúde.

Essa é minha palavra, pedimos agilidade e cumprimento à diretoria, cumprimentando o Senhor Jair Demuner. O Senhor foi muito sincero, e, ao mesmo tempo, muito corajoso por falar do jeito que falou. Ninguém que faz algo errado por querer. Vem e fala, como o Senhor. Realmente deve ter havido falta de informação, que impera neste País. Não só no Hospital dos Ferroviários, não é Senhor Eglif Negreiros. O que impera neste País é a falta de informação. Ficarei realmente só com essa palavra, Senhor Deputado Doutor Hércules, pedindo que seja a primeira prioridade registrar com um prazer imenso a presença do Senhor Gilson Amaro, nosso ex-prefeito, nosso amigo, ex-deputado estadual, ex-presidente da Amunes - Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo. O Senhor é ex em várias funções, está precisando ser alguma coisa agora, para podermos citar. Está conosco nos dando um prazer imenso. Muito obrigado, Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - O Senhor Gilson Amaro foi também foi Deputado desta Casa. Portanto, se S. Ex.ª quiser sentar-se à Mesa, será um prazer e a valorizará muito mais. Se quiser, será um prazer. Muito obrigado pela presença.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Janete de Sá, Vice-Presidente da nossa Comissão.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Cumprimento

todos os presentes, e, em especial, o nosso Secretário de Saúde, Senhor Tadeu Marino, um companheiro de longa data. Cumprimento também toda a Secretaria de Saúde, por meio do Senhor Geraldo Queiroz, também um companheiro que conhecemos desde o movimento estudantil, pessoa responsável com seu trabalho.

Cumprimento todos os colegas Senhores Deputados dessa Mesa; nosso Presidente, Doutor Hércules, que juntos se mobilizaram para essa reunião. Tive uma reunião mais cedo com o Governo

do Estado, e por isso cheguei mais tarde, mas não poderia me furtar a esse momento.

Cumprimento toda a equipe do Hospital dos Ferroviários, colegas de trabalho, através do Senhor Jair Demuner. Senhor Deputado Hércules, o Senhor Jair é um maquinista. Foi um maquinista na Vale e hoje é aposentado, e é um abnegado nesta causa do Hospital dos Ferroviários, que foi construído por nossos pais. O Senhor Jair - nós, que fomos sócios - edificou aquele patrimônio para poder estar hoje a serviço de toda a sociedade. Cumprimento o corpo clínico, por meio do Doutor Eglif Negreiros, um profissional que conhecemos de muito tempo. Dizemos que a atitude de fiscalizar, acompanhar os contratos da Secretaria de Saúde é louvável e responsável pelo dinheiro público, portanto, tenha a nossa consideração e o nosso respeito.

Dizemos que essa fiscalização deve se dar temporariamente, e não esporadicamente. É preciso haver um acompanhamento sistemático da Secretaria de Saúde, com sua equipe técnica, Senhor Secretário Tadeu Marino e Senhor Subsecretário Geraldo Queiroz, para que os problemas detectados sejam repassados para quem está na gestão, para que possam ser corrigidos. Um prazo deve ser dado para a correção do problema.

Acreditamos que o trabalho da Secretaria precisa ser de orientação, um trabalho educativo, um trabalho que realmente venha a se somar nessa parceria do convênio do Governo Federal, do Estado na área de Saúde com as instituições que prestam serviços nessa área. Nesse sentido, a secretaria não pode ter um foco maior para a parte de polícia, que não é o papel dela, do que para a parte de fiscalização e de orientação, que é o seu papel, mostrando que se há realmente uma irregularidade, ela precisa ser sanada e com prazos para que ela seja sanada.

Outra questão que muito me preocupa, Senhor Secretário Tadeu Marino, é a demora na solução, como disse bem a Senhora Deputada Luzia Toledo. Olha o tempo em que foi destacada uma equipe para fazer essa tomada de contas, o resultado saiu na sexta-feira passada. Houve o fim de semana, a segunda-feira, hoje é terça-feira e o hospital ainda não foi convocado para que as atitudes necessárias sejam tomadas. Esse hospital não foi ainda convocado, ou seja, tem que passar o mais rápido possível porque a população está esperando. Afinal de contas, são cento e trinta leitos e até empresas que na área de Segurança, seus operários tenham sua vida ceifada, é feito um termo de ajuste de conduta pelo Ministério Público. Um hospital é imprescindível a todos, pois cuida da saúde das pessoas, para resgatar a vida daquelas pessoas que estão doentes. Falo isso porque sou da área da Saúde, por vocação, gosto da área de Saúde, fiz porque desejei fazê-la. Sei o quanto o profissional de saúde é importante. É importante o resgate da saúde da população. Então, se para uma empresa que, muitas vezes, mata um trabalhador num ambiente de trabalho há termo de

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 115

ajuste de conduta, como que para um hospital não há um termo de ajuste de conduta? Não há uma fiscalização mais sistemática e não esporádica, para que esse problema não venha a ser visto no final do ano?

Os Senhores Geraldo Correa Queiroz e Tadeu Marino são testemunhas de que houve nesta Casa até sensibilidade quando levamos o problema da hemodiálise que é uma área sensível, uma área imprescindível. Se a pessoa não fizer hemodiálise, ela morrerá porque ela fica intoxicada pelas toxinas que não são filtradas pelos rins. O pagamento da hemodiálise estava também interrompido. Felizmente, houve a sensibilidade dos gestores da Secretaria de Saúde em liberarem recursos, se não estávamos com várias pessoas vindo a óbito por conta de um tratamento, de um serviço essencial para garantir a vida da pessoa, por meio da filtragem de seu sangue para retirar as toxinas.

Senhor Secretário Tadeu Marino, essas questões são determinantes quando se trata da área de Saúde. É por isso que peço uma agilidade na solução do problema. Há problema? Sim. Detectou? Vamos corrigi-los. Tenho certeza, conheço esses companheiros que são da diretoria, que são meus colegas ferroviários, que se aposentaram na Vale do Rio Doce. Se fossem bandidos, não ficavam na Vale do Rio Doce. Estou há trinta e sete anos nessa empresa. A Vale do Rio Doce não dá colher de chá para quem lesa. Se aprendermos a não lesar uma empresa importante como essa, não lesaremos jamais porque nem sabemos os caminhos para lesarmos o dinheiro público. Todos esses companheiros se aposentaram na Vale do Rio Doce, os Senhores Jair Demuner; Ernesto Ferreira dos Santos, e tantos outros que se aposentaram por essa empresa com vinte e cinco, trinta ou trinta e cinco anos de empresa. Se ficaram nessa empresa é porque são bons. Não desmerecendo as outras empresas, mas a Vale é zelosa e investe no profissional.

Confio nessa diretoria, já trabalhei, já fui enfermeira-chefe do Hospital dos Ferroviários. Já trabalhei e sei que eles não recebem nada para fazer esse trabalho, mas acreditam e gostam. Esse hospital foi feito pelos nossos pais, por muitos de nós. Gostam da instituição. Então, o que peço é isso: que tenha celeridade porque, Senhor Secretário Tadeu Marino, não tem como o hospital funcionar quando o funcionário está sem o seu salário em dia, quando o funcionário está com seu salário atrasado desde novembro. São quatro meses! A pessoa tem que sobreviver. São pessoas humildes que moram no entorno, que não têm outra atividade a não ser o hospital. Essas pessoas não têm marido rico, muitas delas não têm casa própria e não conseguem se manter em pé. Como é que vão trabalhar? Como é que o hospital abre? Mesmo querendo, não tem como trabalhar. Essa equipe não tem como trabalhar. Não fechou? Fechou, porque na medida em que o recurso não vem para pagar os salários dos funcionários, não

tem como abrir. Ele automaticamente fecha. As coisas não ficaram piores, não se fez interrupção de trânsito, por um pedido nosso tentando buscar um caminho negociado, tentando buscar um entendimento. Pedimos ao Senhor Jair Demuner inúmeras vezes, juntamente com o Senhor Deputado Doutor Hércules, que retomasse o serviço, mas não aguenta porque o trabalhador precisa pelo menos tomar um café da manhã para ir trabalhar, e não tem o alimento porque seu salário está represado há quatro meses. O que pedimos é que já que foram auditadas as contas nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, por que não liberar o recurso? Foi auditado e nesse recurso não há problema. É salário do empregado. Não é para colocar dinheiro no hospital, não é para nada que não seja pagar o empregado. Esse recurso, como V. Ex.ª bem disse, já está reservado na Secretaria de Estado da Saúde, com rubrica própria. Havendo boa-vontade das partes e entendimento, isso pode ser feito para que voltemos à normalidade. É claro que corrigindo os problemas, tendo uma fiscalização sistemática, com orientação porque, de fato, é dinheiro público e com o qual não pode haver nenhum problema. O povo é que está colocando esse recurso, tendo como retorno a garantia do atendimento à Saúde. Esse recurso precisa ser muito bem aplicado. Estamos nesta Casa para fiscalizar. O Senhor Secretário e sua equipe também têm que fiscalizar, mas tem que haver bom-senso. Deve haver um termo de ajuste de conduta, ou o nome que queiram dar, para que seja buscada uma solução imediata porque a doença não espera. A vida não espera. Muitas vezes, por causa da falta de atendimento, como nesse caso, vamos visitar as pessoas em velório e não em leito hospitalar. Fica o meu registro. Isso é muito maior do que fazer política. Não queremos fazer política com esta questão que é grandiosa, e tenho certeza, Senhor Secretário Tadeu Marino, Senhor Subsecretário Geraldo Queiroz, de que com orientação e com fiscalização, o hospital andará no caminho certo porque este é o propósito dessa direção. Eu era Deputada e, diga-se de passagem, essa direção foi obrigada a contratar uma equipe, sem concordar. Vi a relutância do Senhor Jair Demuner. Mas foi obrigado. Disseram: Ou será feita pela instituição tal, ou não será feita a recontratação. Para salvar o hospital, S. S.ª teve que ceder. Esse Senhor deve ter ficado de seis a oito meses tentando resistir. Não conseguiu, Senhor Secretário. Isso já foi lá atrás, mas em 2012 ainda estava. O SR. TADEU MARINO - Mas é importante dizer quando é que isso ocorreu porque parece que fui eu quem obrigou. A SR.ª JANETE DE SÁ - Não foi na gestão de V. Ex.ª, Senhor Secretário. Mas quem pega o bônus, pega o ônus. É uma sequência na Secretaria de

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116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Estado da Saúde. Não foi na gestão de V. Ex.ª, e tenho certeza de que não forçaria a barra nesse sentido, porque conheço V Ex.ª, mas aconteceu. Tudo é Estado do Espírito Santo, Governo do Estado. Na gestão passada o Senhor Jair Demuner foi obrigado. Ele veio várias vezes à Assembleia Legislativa, tentando sair dessa opressão e não conseguiu. Não citarei nomes, mas posso assegurar a quem nos ouve que não foi na gestão de V. Ex.ª. Pedimos, ainda, a cópia do relatório para termos conhecimento do que foi analisado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Já foi pedida. Informo também que a Comissão de Saúde não participou desse movimento que a Senhora Deputada Janete de Sá mencionou. O Senhor Jair Demuner é testemunha. Não passou por nossa Comissão. A Senhora Deputada Janete de Sá à época não era Deputada, e deixo claro que a Comissão de Saúde não participou dessa imposição que fizeram ao Senhor Jair Demuner e ao hospital, quanto à assinatura desse contrato. Não foi neste Governo, foi no Governo passado. Eu era Presidente da Comissão de Saúde, mas também não participei. Infelizmente, a Assembleia Legislativa é muito pouco lembrada nas ações de Saúde.

A Senhora Deputada Luzia Toledo falou há pouco que as nossas crianças estão nascendo doentes e digo o seguinte: Senhora Deputada Luzia Toledo, quando nascem doentes, está muito bem. Estão nascendo mortas. A verdade é essa. Sabemos o esforço que o Governo Estadual tem feito. Não é o mesmo esforço que o Governo Federal tem feito. Tenho dito isso na Assembleia Legislativa todos os dias que vou ao microfone.

Faremos uma audiência pública e V. Ex.ª está convidado, Senhor Tadeu Marino, na quinta-feira da outra semana, na Câmara Municipal de Guarapari, às 15h. Queremos saber o que o município tem feito para melhorar essa situação, Senhora Deputada Luzia Toledo, principalmente com relação à atenção primária, que é da responsabilidade do município.

Tem alguém do Hospital de Guarapari presente? Muito bem, foram convidados também. Pelo relatório que temos e vimos pessoalmente, eles mandaram o relatório, vieram nesta Casa de Leis, e das nove crianças, sete morreram fora. Assim mostra o relatório. Sete chegaram ao hospital mortas e duas morreram no hospital. Mas, nem o Conselho Regional de Medicina, nem a Secretaria de Saúde e nem o Ministério Público não vão, naturalmente, apoiar essas irregularidades que aconteceram no hospital, de forma alguma. É muito comum às vezes dizer que o médico protege o médico, mas não é por aí não. Não é dessa forma. O Conselho Regional de Medicina estará apurando também esses acontecimentos.

Estamos vendo que o Estado tem feito a sua parte também no Município de Guarapari. Mas queremos saber se o município está fazendo a sua

parte. Parece que os vereadores farão CPI e não sei o quê. Vejamos para trás o que foi feito, o que a Câmara cobrou do município com relação à atenção primária e os pré-natais que são da responsabilidade inicial do município.

Temos em mãos o relatório comentando sobre as nove crianças que dizem que morreram no hospital e por esse laudo, só duas morreram no hospital. O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, pela ordem! Requeiro uma cópia deste relatório e proponho que nessa audiência que faremos sejam ouvidas algumas mães dessas crianças que morreram ou que chegaram mortas no hospital. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Excelência, desde terça-feira da semana passada, este relatório estava à disposição da Comissão, mas não teve quorum, infelizmente, e o único deputado que compareceu foi o Senhor Deputado Glauber Coelho.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho. O SR. RODRIGO COELHO - Senhor Presidente, primeiro, faço dois alertas: a pauta não acabou, não se esgota aqui; e o outro alerta é que não conheço pessoalmente o hospital, então não entrarei no mérito da questão hospitalar. Estarei presente na reunião, Senhor Doutor Jair Demuner.

Relato sobre a estrutura administrativa no Estado, os nossos registros de controle. Muitas vezes colocamos os pesos todos sobre a Secretaria de Estado da Saúde e durante o relato do Senhor Tadeu Marino nesta reunião, todos os instrumentos foram elaborados por outros órgãos do Governo, pela Secretaria de Estado de Controle e Transparência, Secont, e pela Procuradoria. O mesmo controle rígido que é colocado para o ordenamento dos convênios, não traz nenhuma proteção ao ordenador de despesas para que ele seja sensível por ato de sua vontade.

O Senhor Tadeu Marino está presente nesta reunião e desejoso como nós, imagino eu, e pelas suas palavras e pelo que conheço de S. Ex.ª, pelo o que vivi com S. Ex.ª no Governo, pois foi Secretário de Estado de Assistência Social, participei de algumas reuniões e via a angústia de S. Ex.ª em querer fazer as coisas, procurar a proteção legal. É necessário que se tenha, porque daqui a quatro anos estará respondendo no Tribunal de Contas pelas contas da Secretaria de Estado da Saúde, não estando mais no cargo de secretário e sem qualquer proteção legal para que tomasse determinadas decisões. Vimos isso acontecer em outros casos, mas no âmbito do Estado não participamos de nenhuma passagem que envolvesse diretamente algum dos hospitais dos quais estamos falando hoje. Porém, quero testemunhar o compromisso não somente do Secretário José Tadeu Marino, mas também do

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 117

Doutor Geraldo Queiroz e da equipe inteira da Sesa. Precisamos também repensar a proteção para

os ordenadores. Muitas vezes a tomada de decisão não sai na velocidade que desejamos por falta de proteção legal. O ex-prefeito Gilson Amaro sabe disso. Muitas vezes tinha vontade de tomar decisões rápidas, mas a necessidade da proteção legal o impedia de fazê-lo. Precisamos refletir sobre isso para que consigamos chegar a uma formulação que nos permita manter o controle, extremamente necessário, mas que de alguma forma também consigamos proteger os ordenadores de despesa.

É bem verdade que hoje, os ordenadores de despesas já começam errados, sob o julgamento de que algum erro podem cometer. Além da orientação da política de saúde, que nunca vi a Secretaria de Estado da Saúde se furtar a fazer, tem também a questão do controle. É sobre isso que estamos conversando nesta reunião. Em todo o tempo que conversamos, a Secretaria de Estado da Saúde é intermediária - executora da política, mas neste caso tem sido intermediária. A secretaria ordena o pagamento, mas, para ordenar o pagamento, o controle precisar vir anteriormente. É importante que falemos sobre essas questões até para que este exemplo sirva-nos para formular soluções que também permitam aos ordenadores tomarem decisões mais rápidas, pois nos modelos que temos hoje, é difícil para quem está à frente assumir sozinho o ônus da decisão - tomada por conta e risco. Isso precisa ser avaliado.

Todos nós presentes, incluindo o secretário, desejamos uma solução o mais breve possível para a reabertura e pleno funcionamento do Hospital dos Ferroviários. Todos desejamos isso. Dependendo da solução apresentada, o secretário de saúde - pessoa física - passa a ter o ônus, por sua conta e risco, individualmente. Precisamos avaliar também esta proteção, pois senão, faremos uma injusta cobrança sobre apenas uma pessoa. Evidentemente que o secretário, quando se dispõe a ser secretário, assume tarefas, riscos e ônus inerentes à função. Estamos nesta Casa para melhorar a formulação e dar agilidade, sem que precisemos sacrificar pelo ônus uma personalidade como o Secretário José Tadeu Marino. Aproveito para fazer o registro sobre ontem, na reunião extraordinária. Com o nosso Presidente Doutor Hércules, desejoso que esta audiência acontecesse com a presença do Secretário José Tadeu Marino, refletíamos sobre a provável impossibilidade de seu comparecimento, pois o convidáramos na noite anterior; então, o Senhor secretário prontamente nos atendeu, com seu compromisso com a transparência. Precisamos também registrar o compromisso com a população do Estado do Espírito Santo, vindo a esta Comissão e expondo os problemas de maneira clara, tranquila e objetiva, para que pudéssemos chegar a contribuir um pouco para que a solução viesse de maneira mais rápida. Muito

obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A bem da verdade e da justiça, devo relatar que o Senhor Secretário Tadeu Marino, antes da sessão ordinária de ontem, ligou para mim se colocando à disposição para comparecer a esta Comissão. O convite foi feito simplesmente por causa das formalidades legais, mas o secretário já havia se oferecido para prestar esclarecimento. Quero fazer um agradecimento e registrar a presença do nosso Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania, também membro da nossa Comissão de Saúde e Saneamento, participou ontem também da nossa reunião extraordinária e está abrindo mão da reunião da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para poder fazer com que pudéssemos estender mais essa discussão, caso contrário teríamos que terminar antes de 10h.

Senhor Deputado Genivaldo Lievore, agradecemos a V. Ex.ª a gentileza e a presença.

Senhor Tadeu Marino, há mais algum esclarecimento?

O SR. TADEU MARINO - não.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, alguém da secretaria me falou sobre o prazo. Então, é bom colocar um prazo para sabermos quando sairá o resultado da tomada de contas para poder sentar com as pessoas do hospital e vermos uma saída para essa questão. Isso poderia ser externado publicamente.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhora Deputada Janete de Sá, o Secretário Tadeu Marino falou que o levantamento já está feito.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Não, não! Há prazos.

O SR. TADEU MARINO - O Senhor Edmar Lorencini dos Anjos, nosso Subsecretário de Estado da Saúde, está coordenando a equipe da tomada de contas e pode dar um...

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

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118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor

Presidente, comentei agora com a Senhora Deputada Janete de Sá que terminamos sexta-feira a tomada de contas, a parte contábil financeira. Então, de hoje para amanhã, terminando a tomada de contas na parte hospitalar e ambulatorial, acredito que até quinta-feira marcaremos com o Hospital dos Ferroviários para definirmos isso.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Então praticamente até sexta-feira já teremos essa posição.

Concedo a palavra ao Senhor Jair Demuner. O SR. JAIR DEMUNER - Gostaria de

explicar para o Senhor Tadeu Marino, que em nenhum momento estou reclamando da secretaria. Convido também o deputado a conhecer o nosso Hospital dos Ferroviários. Agradeço a todos os deputados.

Senhor Tadeu Marino, só estou pedindo essa agilidade e não é por mim! V. Ex.ª entende a situação. E não pense que acusei. Nunca acusei. Houve erros. Houve erro de gestão, de gestor, de diretoria, de médico, erro de tudo. Só quero acertar isso e perdoe-me por alguns erros. V. Ex.ª falou financeiramente em dois milhões e seiscentos, mas sabe que o hospital não tem isto.

Teremos que fazer um Termo de Ajustamento de Conduta e fiscalizar melhor. Veremos a maneira que podemos pagar isso num valor que não complique mais a situação do hospital. Agradeço ao Senhor Tadeu Marino as explicações. Aguardo com ansiedade essa chamada para acertarmos esse termo. Muito obrigado!

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhor Jair Demuner, Presidente do Hospital dos Ferroviários.

Registramos a presença do Senhor Carlos Frederico Machado. Estive com S. S.ª uma vez no município de Guarapari, depois outra vez na reunião na secretaria com o Doutor Geraldo Queiroz, Subsecretario de Estado da Saúde. Estivemos também com as Senhoras Lélia Coutinho e Daniela Vilar Silveira, e também com o Senhor Roberto Tozzi, que estão na nossa Galeria.

Concedo a palavra ao Senhor Sérgio Bourbon Cabral, Diretor-técnico da Clínica de Repouso Santa Isabel.

O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL -

Muito obrigado pelo convite, Senhores Deputados, Secretários...

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Peço um minutinho, o Senhor Deputado Gildevan Fernandes está sugerindo que os representantes do Hospital dos Ferroviários se

quiserem continuar na nossa reunião, será um prazer. Mas se tiverem algum compromisso, como a questão dos ferroviários já está praticamente solucionada e marcada, se quiserem continuar será um prazer, mas se quiserem sair, fiquem à vontade.

O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL - Tentarei ser o mais breve possível, mas tenho que trazer alguns esclarecimentos. A Clínica de Repouso Santa Isabel existe há quarenta e cinco anos. E nesses quarenta e cinco anos executou mais de cento e vinte mil atendimentos em regime de internação de pacientes.

Evidentemente, a maioria dessas internações é involuntária. É compreensível que sendo as internações involuntárias, famílias sofridas, existam algumas queixas. O número de queixas existentes até é muito pouco com relação ao número de atendimentos prestados no Estado. Também é conhecido que existe uma política nacional do Ministério da Saúde de desativar os hospitais psiquiátricos. Essa política começou há cerca de vinte anos e vem gradativamente fechando os leitos psiquiátricos. Cerca de dois terços dos leitos já foram desativados, o que corresponde a sessenta mil leitos. Estima-se, do jeito que a situação continua, que esse terço restante deva ser desativado nos próximos dois ou três anos. Não há como persistir no atendimento com a diária reduzida que o Ministério da Saúde mantém. No nosso hospital a diária é de apenas trinta e nove reais para dar toda a assistência exigida. Então, ficamos entre esse fogo: o Ministério não nos paga, isso já está dito com todas as palavras aos representantes dos hospitais. O Ministério da Saúde não pretende fazer mudança na tabela do SUS para o Hospital Psiquiátrico e, de outro lado, somos cobrados pelo Ministério Público, Vigilância Sanitária e exigem, principalmente - esse foi o mecanismo criado pelo Ministério da Saúde - o cumprimento de uma portaria que determina um número, um quantitativo de pessoal que é impossível praticar. Tenho em minhas mãos um documento fornecido pela Federação Brasileira de Hospitais dizendo que nenhum hospital conveniado no Brasil cumpre essa portaria, porque, no dia em que cumprir, estará no negativo no dia seguinte. Sendo impossível, então, continuar com o hospital, contando com recursos federais, procuramos o Governo estadual. O Senhor Deputado Genivaldo Lievore até esteve conosco na Secretaria, juntamente com o Prefeito Carlos Casteglioni. Tivemos outros contatos na Secretaria; e, por duas vezes, com o Doutor Geraldo Queiroz. Fomos muito gentilmente atendidos, diga-se de passagem. Ficamos muito esperançosos no contato que tivemos e não contávamos que isso pudesse ter um prosseguimento. Se é impossível continuar, podemos acordar como fazer essa desativação gradativa, de forma que não

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 119

haja um prejuízo para a população carente, que é a população que depende do SUS. Foi esse o teor da nossa conversa e esperávamos que pudesse progredir. Ainda essa semana, encaminhamos mais outro pedido ao Doutor Geraldo Queiroz. É isso que queremos reiterar hoje, nesta Comissão, para que possamos nos sentar e fazer um acordo que atenda às necessidades da Secretaria e que nos adequemos às exigências da portaria, mas, para isso, precisamos de um recurso para fazer cumprir essas cobranças. O que pedimos hoje, nesta Comissão, é que possamos voltar à conversa da continuidade geral, da conversa que realmente foi muito boa. Sentimos da sua parte um entendimento da situação. Gostaríamos de solucionar isso o mais breve possível. Não temos interesse de encerrar abruptamente, mas é impossível continuar dando assistência pelo valor de trinta e nove reais. Queremos fazer um acordo com o Estado, para que isso possa ser feito. Se é para desativar, até que o Estado possa contar com seus recursos, que mantenhamos atendendo aos pacientes que dependam do SUS.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - V. S.ª está falando, naturalmente, de entregar os pacientes, levar para suas residências. Esses pacientes têm memória, têm endereço, têm para onde ir, têm ligação com a família?

O SR. SEBASTIÃO VENTURY BAPTISTA - Falarei sobre isso, Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ok. Obrigado. Doutor Sebastião Ventury Baptista, Diretor da Clínica de Repouso Santa Isabel.

O SR. SEBASTIÃO VENTURY BAPTISTA - Cumprimento o Presidente da Comissão, Senhor Deputado Doutor Hércules, o Senhor Deputado Glauber Coelho, do Município de Cachoeiro de Itapemirim, o Senhor Deputado Rodrigo Coelho e os demais componentes e deputados da Mesa.

O Senhor Secretário Tadeu Marino, numa das vezes que estivemos com V. Ex.ª, nos designou o Senhor Geraldo Correa Queiroz para que prosseguíssemos com as nossas conversas. O Doutor Sérgio Bourbon Cabral já falou com o Senhor Geraldo Correa Queiroz e já lhe agradeceu.

Temos quarenta e cinco anos na área de psiquiatria, como o Doutor Sérgio Bourbon Cabral falou. Existem hospitais do mesmo porte do nosso que têm sofrido intervenções ou que têm fechado. Enfim, Estados que têm muitos hospitais e, às vezes, é possível passar o doente de um hospital para o outro. Esses hospitais, com esse período de tempo, têm, às vezes, oitenta por cento de doentes crônicos.

Ontem, fiquei curioso. Já haviam feito esse levantamento por meio do serviço social e fiz por meio do computador, como os programas internos que temos. Quantos pacientes temos para caracterizar um doente problemático, sem referência familiar, andarilho, boa parte deles? Quantos temos desses pacientes problemáticos? Você tem que arranjar uma saída pra ele. O hospital já esgotou a sua possibilidade terapêutica.

Quantos desses pacientes tivemos em trinta anos? Tivemos trinta doentes. Acho extremamente pouco nessa lida. Quantos pacientes temos acima de um ano? Esses pacientes são os que estão acima de dois anos na clínica. Temos cinquenta e seis pacientes. Então, são trinta pacientes mais cinquenta e seis pacientes. Setenta e nove dos nossos doentes estão acima de seis meses. Então, dos aproximadamente trezentos e setenta e cinco pacientes que temos na clínica, já chegamos a quatrocentos e sessenta e seis pacientes. Esses são doentes que estão numa permanência curta para a psiquiatria. Não é um doente que está na clínica abusivamente.

Há uma média de cinco, seis, sete internações todo dia e a porta de entrada não é a Clínica de Repouso Santa Isabel. Lembro-me de que em épocas passadas não assinamos um termo de ajustamento para diminuição de leitos psiquiátricos, pois a porta de entrada éramos nós. Tínhamos que dizer aos doentes na portaria, não interna. Achávamos que aquilo nos colocava em risco, porque aquele doente que não era internado agredia, era agredido ou se suicidava. Os processos que poderiam surgir vinham todos em cima da clínica.

Há três anos, houve por bem a Secretaria de Saúde tornar o Hospital Psiquiátrico Capaac, do Município de Cachoeiro de Itapemirim, que é estadual, a porta de entrada dos pacientes, tirando de nós esse encargo. Ficou mais fácil para falarmos disso hoje. Foi o que o Doutor Sérgio Bourbon Cabral falou.

Creio que estamos há quarenta e cinco anos nessa área, procurando fazer aquilo que sabemos que é o melhor. Sabemos que o Brasil hoje está carente de psiquiatras, a carência é extremamente grande. Temos tido dificuldades em manter a equipe técnica que o Ministério da Saúde recomenda na sua portaria, mas temos hoje na clínica cento e quarenta empregados. É pouco, dependendo de como podemos pactuar esse número de leitos.

Lembro-me bem que, nas conversas com o Doutor Geraldo Queiroz, S. S.ª entendia, em primeiro lugar, que prescindir totalmente dos leitos psiquiátricos hoje é uma temeridade. Temos no Espírito Santo três milhões e quinhentos mil habitantes. O número de leitos existentes nos outros dois hospitais que internam doentes psiquiátricos é muito reduzido. Fazer uma desospitalização gradativa é possível, porque outros Estados têm feito. Podemos

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120 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

perfeitamente fazê-lo. Entendemos que temos que estar inseridos no Programa Nacional de Saúde Mental, mas esses serviços não se fazem de um dia para o outro. O Estado tem que fazer uma concorrência, uma série de coisas para construí-los. À medida que forem sendo feitos vamos diminuir os leitos e, quando chegar um ponto crucial, pararemos nossa atividade e vamos nos dedicar a outra coisa. Os que vierem após nós se dedicarão a outra coisa, porque não haverá mais doentes psiquiátricos para internar, teremos que ver outra coisa. Talvez cuidemos de usuários crack, porque é um problema atual, um grande problema. Lembro que nós, da Clínica de Repouso Santa Isabel, há alguns anos, internávamos entre três e quatro por cento de pacientes de drogas, exceto álcool, que também é um problema nacional, maior até que todos os outros. Hoje, essa internação está próxima dos vinte por cento. Mesmo não sendo um hospital para usuários de crack, é um hospital para pacientes usuários de crack que estão psiquicamente alterados, com indicação de internação. São doentes difíceis, internados contra a vontade, involuntariamente, que já passaram por cadeias, penitenciárias, sabem como fazer uma corda para descer, para dar para outro fugir, sabem como fazer uma arma. Tenho em minha gaveta, recolhidas periodicamente, uma quantidade enorme de coisas que introduzem no hospital, com a ajuda de familiares, jogando por cima do muro, como facas. Se são fornecidas colheres, cortam-nas e fazem delas estoques, e atacam outros pacientes ou enfermeiros. É uma situação difícil e sabemos que vai diminuir com essa política. Temos visto que está diminuindo. Acreditamos que outros serviços possam substituir a internação em muitos casos. Mas resta, segundo o conhecimento atual, pelo que vejo a ciência fazer, e pelo que vejo acontecer, há um percentual de pacientes que, quer queiram ou não, quer sejam contra ou a favor, quer sejam ou não da luta antimanicomial, ainda necessitam, por períodos, de internação psiquiátrica. Foi o que vimos no Brasil e nos países que visitamos, como França, Espanha, Estados Unidos. Vimos que nos Estados Unidos muitos doentes perambulam pelas ruas, mas há internação. A Universidade de Nova Iorque interna muito. Ainda havia naquela cidade um Hospital/Dia que tinha, à época de nossa visita, cerca de seiscentos pacientes. Outra informação que consta do relatório que enviamos à Secretaria de Estado da Saúde é que, tomando como base o ano de 1994, quando a moeda ficou mais estável, no início do Plano Real, para pagarmos um técnico de enfermagem precisávamos de três a quatro diárias hospitalares do SUS. Hoje, esse mesmo técnico de enfermagem custa, só considerando o que recebe, vinte diárias. Houve uma multiplicação por cinco, e nessa fase, da implantação do Plano Real até hoje, o crescimento da diária foi de cem por cento. Passou de 18,44 para 38,59, que é

hoje. É muito pouco para tudo que subiu acima de cinco, seis ou sete vezes. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhor Doutor Sebastião Venture Baptista.

Ouviremos agora a palavra do Senhor Deputado Glauber Coelho, que inclusive ontem pediu para incluir a Clínica Santa Isabel neste convite, razão pela qual os Doutores Sebastião Venture Baptista e Sérgio Bourbon Cabral estão presentes. Mas fizemos, também, no Município de Cachoeiro de Itapemirim uma audiência pública para discutir sobre os problemas de saúde do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, a Clínica de Repouso Santa Isabel, a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim e também o Hospital Infantil São Francisco de Assis. O SR. GLAUBER COELHO - Senhor Presidente, Deputado Doutor Hércules, saúdo V. Ex.ª e com isso estendo minha saudação a todos os Senhores Deputados presentes. Cumprimento o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado de Saúde, e os Doutores Geraldo Queiroz e Edmar Lorencini dos Anjos, dois Subsecretários de Estado de Saúde. Agradeço a gentileza e rapidez ao qual V. S.ªs aceitaram o convite desta Comissão para estarem presentes hoje nesta reunião discutindo, dialogando e abordando os temas predeterminados. Agradeço a presença aos dois amigos da Clínica de Repouso Santa Isabel, os Doutores Sebastião Venture Baptista e Sérgio Bourbon Cabral. Serei bem rápido, Senhor Presidente, bem sucinto e bem breve. Acho que esta Comissão precisa fazer um apelo ao Senhor Governador Renato Casagrande, para que o Governo, se não colocou ainda, coloque como prioridade, melhorar e ampliar a estrutura organizacional e administrativa das Secretarias onde S. Ex.ªs trabalham. Observamos que a população cresce consideravelmente ao longo dos anos, ao longo dos mandatos, mas a estrutura da Secretaria de Estado da Saúde continua a mesma e muita vezes S. Ex.ªs pagam um preço muito grande por falta de rapidez, agilidade e falta de estrutura organizacional. Esta Casa de Leis tem votado ao longo dos últimos importantes projetos que beneficiam diversas categorias e Secretarias de Estado. Entendo que esta Comissão deve fazer um apelo veemente ao Senhor Governador Renato Casagrande, para que melhore e amplie essa estrutura e, detalhe, não somente com mais mão de obra, mas condição salarial. Se entrarmos em detalhes, se entrarmos no mérito de condição salarial de profissionais que trabalham na Secretaria de Estado de Saúde, confesso a todos os Senhores e as Senhoras, assim publicamente, que fico com vergonha, por causa da tamanha responsabilidade e o tamanho do salário. É claro que uma coisa não justifica a outra, mas precisamos urgentemente, como

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 121

Deputados, pedir, apelar e solicitar ao Governo que olhe a estrutura que vocês trabalham, porque, realmente, do tamanho que é a Secretaria, com o volume de recursos que movimentam, o tamanho e a quantidade de serviço que prestam, com poucos profissionais e de baixos salários. Esta Comissão realizou, há pouco tempo atrás, uma audiência pública no Município de Cachoeiro de Itapemirim, presidida pelo Pastor Delandi Macedo, Vereador daquele Município, onde foi abordada esta pauta. Tivemos a presença de autoridades, de lideranças, da população, de pessoas que são até então atendidas por seus familiares na Clínica de Repouso Santa Isabel. A grande preocupação que ficou e continua ainda, e é justamente por isso que fazemos este apelo, é que carecemos e precisamos de informação. Fechando as portas para o SUS, para onde esses pacientes irão? De que forma esses pacientes irão? De que forma essas famílias poderão ser atendidas?

Portanto, Senhor Secretário José Tadeu Marino, precisamos saber de que forma isso acontecerá, até porque somos muitos cobrados pela sociedade cachoeirense e sul-capixaba. Acontecerá realmente isso que a Clínica de Repouso Santa Isabel acabou de fazer na sua manifestação, uma desativação gradativa? Qual o sentimento? Qual a perspectiva? Qual a visão do Governo do Estado para com esse tema e para com essa pauta? De que forma o Governo pretende e pode avançar nesse assunto com a Clínica de Repouso Santa Isabel? Fecharão as portas para SUS ou não? São informações que precisamos ter, pois somos muitos indagados. Somos muito cobrados. Tenho certeza de que o Governo do Estado tem informações importantes para compartilhar conosco desta forma. Se porventura for feita uma cirurgia, queremos que seja feita com anestesia, para que a dor seja menor.

Inicialmente, Senhor Presidente Doutor Hércules, minhas considerações são estas; naturalmente, ao longo do debate, continuaremos a dar continuidade a nossa fala. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - O Senhor Secretário José Tadeu Marino quer dar alguma resposta sobre isso agora? Não quer. Mais alguém quer se manifestar? Concedo a palavra a Senhora Deputada Janete de Sá. A SR.ª JANETE DE SÁ - Gostaria de falar em cima disso antes que o secretário faça suas considerações. Antes, porém, agradecemos a presença aos Doutores Sebastião Ventury e Sergio Bourbon Cabral. Conhecemos também a história da Clínica de Repouso Santa Isabel. Somente quem tem um paciente na área psiquiátrica sabe a extensão do

problema. Essa política do Governo diminuindo os leitos é louvável, mas não se pode acabar com os leitos psiquiátricos. Posso externar uma dificuldade que tive em família. Uma pessoa foi orientada pelo plano de saúde a procurar um hospital geral, já que o plano de saúde não queria ter convênios com clínicas psiquiátricas por conta desta política do Governo Federal - a ANS não exigia. A conclusão é que o paciente morreu. Os leitos não eram adequados, a equipe não estava treinada para tratar este paciente que, em surto, ficava irreconhecível. Para terem uma ideia, a pessoa morreu eletrocutada, pois ficava sem noção do perigo. Uma pessoa normal já põe a mão em fio desencapado, imaginem um paciente psiquiátrico. Foi embora por um erro clínico, uma pessoa muito querida, de família. Só que tem esse problema sabe a dimensão. Não é falta de amor dos familiares nem falta de cuidado em tratar. Quando entra em surto, muitas vezes não tem medicação que controle. Portanto, tem que ter amor, medicamento e em alguns casos realmente tem que ter a retenção hospitalar. Neste sentido, no meu entendimento, não há como acabar totalmente com as clínicas psiquiátricas. Acreditar que um hospital geral que atende todas as demandas pode ter uma ala para esse tipo de atendimento é um erro. Nessa ala deveria haver grade, pois o paciente psiquiátrico pode sair para outra ala. Este paciente não tem noção de perigo e do que está fazendo. Peço que seja dada uma atenção melhor, pois, senão, perderemos uma clínica importante no sul do Estado, que abriga uma camada de pessoas que necessita deste atendimento. Para quem tem dinheiro é fácil resolver o problema. Aliás, mesmo para quem tem dinheiro há alguma dificuldade. O problema maior é para quem não tem dinheiro.

A Clínica de Repouso Santa Isabel não atende apenas os pacientes do sul do Estado, e sim de todo o Estado. Já vimos pessoas de toda parte do Estado que são abrigadas na clínica e até mesmo pessoas de fora. É preciso dar uma atenção porque senão os serviços ficam precários, não tem como manter os funcionários e acaba tendo que fechar.

Doutores Sebastiao Venture Baptista e Sérgio Bourbon Cabral, posso realmente dizer que os senhores são profissionais abnegados, porque outro profissional nessa situação... os senhores são médicos, sabem fazer bem o que se propuseram e poderiam ir para outra atividade dentro da medicina, no entanto insistem e persistem. E temos que levar em consideração essa persistência, essa abnegação, esse amor que os senhores têm para tratar os pacientes de uma problemática que só nós sabemos.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Agradecemos à Senhora Deputada Janete de Sá.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Genivaldo Lievore.

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122 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SR. GENIVALDO LIEVORE -

Cumprimento o Presidente da Comissão de Saúde, Deputado Doutor Hércules, os Senhores Deputados Glauber Coelho, Rodrigo Coelho e Gildevan Fernandes, que também é da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, e a Senhora Deputada Janete de Sá.

Secretário Tadeu Marino, é uma alegria tê-lo aqui mais uma vez para falar de um tema que, conforme pesquisas, é o mais solicitado pela população quando se fala em saúde.

É incrível que segundo uma pesquisa recente, quem mais critica a saúde pública são aqueles que não a usa. É fácil a agricultura estar em primeiro lugar, não tem demanda, só tem ações positivas. Agora em uma secretaria que é um desafio nacional das políticas públicas, temos que avaliar.

Tenho certeza de que o Secretário Tadeu Marino com a sua equipe tem envidado todos os esforços para dar respostas aos desafios que estão colocados hoje em nosso Estado e nos nossos municípios.

Senhor Gilson Amaro, ex-prefeito, ex-deputado, bom tê-lo acompanhando esse debate. Neste momento seria o horário da reunião ordinária da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, mas saúde é cidadania e direito humano fundamental, então essa contribuição é importante.

Daqui mais alguns minutos teremos uma reunião da Comissão de Política sobre Drogas, presidida pela Senhora Deputada Janete de Sá, que perpassa pelos problemas de saúde. Então, as três comissões poderiam estar interagindo porque os desafios são os mesmos, a questão das doenças psicossociais.

Cumprimento o Doutor Sérgio Bourbon Cabral e o Senhor Sebastião Ventury Baptista. Estive na entidade, no ano de 2011, com o Senhor Carlos Casteglione, Prefeito do município de Cachoeiro de Itapemirim, em uma visita à entidade. Depois marcamos com o Secretário Tadeu Marino e sua equipe para enfrentar esse desafio.

Também acompanho e conheço a Clínica Santa Isabel há muito tempo, desde adolescente, quando meu pai ficou internado nela, devido a problemas de alcoolismo. De Colatina fui referenciado lá, isso tem mais de trinta anos.

E acompanho também no Conselho Estadual de Direitos Humanos, onde também recebemos várias denúncias de não cumprimento do que está nas normas do Ministério da Saúde. Inclusive, há um procedimento que o Ministério Público encaminhou para nós.

Então, os desafios são enormes. Como equalizar os desafios e ter uma alternativa para a sociedade, principalmente como a Senhora Deputada Janete de Sá disse, aqueles que não têm recursos para pagar?

Não basta o Estado transferir a

responsabilidade para terceiros. É um problema do Estado. O Estado precisa atender o cidadão. Estamos diante de um desafio quando fala na Clínica Santa Isabel, que não é de hoje esse assunto na mesa. Senhor Deputado Doutor Hércules e Senhor Tadeu Marino, precisamos construir uma alternativa para esse grande desafio. Há uma experiência positiva e é nova - não só depois da luta antimanicomial - que são os Caps, Centro de Atendimento Psicossocial.

Em minha cidade, Colatina, quando o Senhor Tadeu Marino era secretário lá, o Caps começou e hoje tem mais de seiscentas pessoas que fazem terapia lá. É uma ação muito positiva, que ajuda como trabalhar nos casos graves, como disse anteriormente a Senhora Deputada Janete de Sá. São esses os desafios que precisamos enfrentar. Observando a legislação, precisamos defender os direitos humanos. Senhor Presidente, obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Deputado Genivaldo Lievore, obrigado. Mais uma vez agradecemos a V. Ex.ª a presença e também a cessão do horário da Comissão que preside, que seria de 10 às 11h.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho. O SR. RODRIGO COELHO - Senhor Presidente, mais vez cumprimento V. Ex.ª e também os colegas Deputados, os Doutores Sérgio Bourbon Cabral e Sebastião Ventury Baptista. Sejam bem-vindos à reunião da nossa Comissão. Gostaria de remontar um pouco algumas dificuldades que passamos nestes últimos dois anos no Estado para socializar também que vivemos na pele o que a Clínica de Repouso Santa Isabel está passando neste momento. Há no Estado do Espírito Santo uma internação de pessoas com deficiência mental atacada dia após dia, nesses últimos dois anos, que é o público da Unaed - (Unidade de Atendimento ao Deficiente). Não é o mesmo público que está na Clínica de Repouso Santa Isabel, mas é assemelhado. Tão assemelhado que ficávamos discutindo quais deles iriam para a residência inclusiva, quais iriam para a modalidade de residência terapêutica, que o Estado está encampando. Por que digo isso? Por causa dos ataques relatados, sofridos pelo Estado por conta da Unaed. Muitas e muitas manifestações também foram sofridas pelo Estado, pelos pacientes asilares do Hospital Adauto Botelho, o que deu origem às residências terapêuticas. Temos consciência histórica de que houve uma política de hospitalização muito acentuada no passado, que gerou o debate feito hoje. No momento, há uma política de desospitalização. De acordo com o que foi dito pela Senhora Deputada Janete de Sá, essa política não eliminará todos os leitos psiquiátricos do Estado do Espírito Santo.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 123

Continuaremos tendo pacientes com necessidades de leitos. Acontece que temos uma série de considerações dirigidas pelo Ministério Público. Há um histórico de pactuações, não só com o Ministério Público, como o termo de ajustamento, que o Doutor Sebastião Ventury Baptista já esclareceu porque não assinou, mas também, com a Secretaria de Estado da Saúde, para que conseguíssemos fazer essa migração de modelo. A Clínica de Repouso Santa Isabel tem tantos desafios para enfrentar e contribuir com o Estado do Espírito. Fechá-la é um contrassenso de todos nós. O que podemos fazer é reinventar a maneira de fazer atendimento. Talvez até de mudar alguns públicos nela colocados ou ampliar a absorção de parte do público dirigido à Clínica. Mas o fato é que do mesmo jeito que com o Hospital dos Ferroviários, há de haver uma sensibilização da nossa parte para todo o conjunto de problemas colocados nessa questão. Por um lado, há o problema do financiamento dos pacientes que precisamos avaliar; por outro, há a característica dos pacientes. O Doutor Sebastião Ventury Baptista relatou que temos trinta pacientes aproximadamente com características asilares, como era do Hospital Adauto Botelho. Então, precisamos trabalhar para que encaminhemos para residências terapêuticas esses pacientes e, a partir daí, consigamos intervir nos demais, para que a Clínica de Repouso Santa Isabel seja de fato uma clínica para o Estado inteiro, que acolha as pessoas com dependência química, que queiram e busquem tratamento pelo SUS e de maneira particular. Precisamos fazer esse debate com tranquilidade, não com um balcão no meio, como se houvesse duas partes reivindicando interesses distintos. Na verdade, precisamos reivindicar os mesmos interesses, o interesse da população com atendimento digno, adequado, que sei que é o desejo da Clínica de Repouso Santa Isabel, é o desejo da Secretaria de Saúde, da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos e de todos os militantes. Enfim, esse é o desejo da população. Estamos do mesmo lado. Essa precisa ser a nossa compreensão inicial e, a partir disso, encaminhar os problemas.

A Senhora Deputada Janete de Sá disse, o ex-prefeito Gilson Amaro me cochichou, essa não é uma questão do Município de Cachoeiro de Itapemirim. É uma questão do Estado inteiro e de Estados vizinhos, não é Doutor Sérgio Bourbon Cabral?

Recebemos no Município de Cachoeiro de Itapemirim pacientes de várias localidades, mas que estoura nesse município. Esse problema acaba ficando efervescente no Município de Cachoeiro de Itapemirim. Então, nós, desse município, queremos brevidade na solução, observadas essas questões, nos colocando todos do mesmo lado, na mesma direção, Senhor Deputado Doutor Hércules, para que consigamos a melhor solução.

Esse problema da Clínica de Repouso Santa Isabel não é de hoje e não é um problema da clínica. Vamos mudar um pouco a forma de tratar disso. Esse problema colocado não é de hoje, vem de muito tempo.

Muitos atores se envolveram nessa questão e precisamos achar o encaminhamento que nos monte um cronograma de soluções porque se ficarmos falando que vamos resolver, que precisamos ver como faz a diminuição de leitos ao longo do tempo. Em que cronogramas? De que pacientes? De quais pacientes estamos falando? Quantos estão na clínica que são pacientes psiquiátricos? Quantos hoje já tratam da dependência química? Em que tempo vamos desospitalizar aqueles que deveriam ser desospitalizados?

Então, esse é o cronograma que acredito que precisamos. Senhor Presidente, precisamos trabalhar para conseguir identificar as necessidades da instituição, para que ela não seja fechada, para que ela preste seus serviços, mas na velocidade que a população do Estado do Espírito Santo necessite e que a política nacional, estadual acompanhe.

Vejo a concordância do Senhor Secretário Tadeu Marino e de todos os membros com a política nacional para que consigamos ter os serviços de forma efetiva, conforme tipificados, conforme estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhor Deputado Rodrigo Coelho. Concedo a palavra ao Secretário de Estado da Saúde, Senhor Tadeu Marino. O SR. TADEU MARINO - Tenho uma nota técnica da nossa Secretaria interessante e nos dá um tempo para que possamos fazer, em tempo de cronologia, a nossa relação com a Clínica de Repouso Santa Isabel. Na verdade, o problema dessa clínica é em relação à política nacional do Ministério da Saúde.

Hoje existe uma política nacional do Ministério da Saúde, de saúde mental e essa clínica tem se recusado a participar dessa política nacional. Primeiro, o Ministério da Saúde não preconiza e não quer mais ter hospitais com mais que cento e sessenta leitos psiquiátricos. Um hospital de trezentos, quatrocentos e cinquenta e assim por diante.

Então, a Clínica de Repouso Santa Isabel que tem uma história, de fato, importante na psiquiatria do Estado do Espírito Santo, como disse o Doutor Sebastião Ventury Baptista, antigamente, essa clínica se autorregulava. Fui várias vezes gestor municipal, durante sete anos, no Município de Colatina. As famílias pegavam seus pacientes, davam uma gorjeta ao funcionário da ambulância e levavam diretamente para internar na Clínica de Repouso Santa Isabel. Assim, na segunda-feira seguinte, quando Caps ia ver, levávamos um susto porque um paciente do Caps tinha sido internado porque a família quis.

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124 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Então, isso, de fato, sempre aconteceu como V. Ex.ª falou. Os municípios do interior sempre tiveram essa ligação, essa porta aberta com a Clínica de Repouso Santa Isabel, no Município de Cachoeiro de Itapemirim, mesmo em locais que começaram a implantar a política nacional na questão da luta antimanicomial, como disse o Senhor Deputado Genivaldo Lievore, na questão da política de desospitalização dos pacientes psiquiátricos, e na questão do reconhecimento da importância de se criar uma rede de assistência psicossocial, com consultórios de abordagem e centros de atenção psicossocial, sejam de transtorno mental ou de atenção psicossocial de álcool e drogas. Essa é a política em que o Ministério da Saúde investe, além de estimular a criação de leitos psiquiátricos, seja para dependência química, seja para transtornos mentais, em hospitais gerais. É essa política que o Governo do Estado está implantando, ou seja, nosso paciente psiquiátrico com transtorno, não é só um paciente com transtorno mental. Às vezes tem comorbidades, é diabético, pode ter hepatite b ou c, pode ser portador de HIV, pode ter uma doença clínica, pneumonia. Daí a importância desse paciente estar em hospitais gerais, ou que as clínicas psiquiátricas ou hospitais psiquiátricos se adequem a essa normatização. A Clínica Santa Isabel possui, hoje, quatrocentos e setenta e quatro leitos, sendo que quatrocentos são contratados pelo SUS. Existe um Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares, o PNASH. Quem atua em hospitais sabe disso, há portarias que o definiram. Quando foi instituído o PNASH, quando foram aplicados seus instrumentos há alguns anos, a Clínica Santa Isabel acionou a justiça e ganhou uma liminar do Senhor Sérgio Bizzotto, Desembargador, para que não passasse pelo PNASH, para que ficasse isenta de cumprir as portarias. A recusa da Clínica de Repouso Santa Isabel em ser avaliada, alegando que existia uma revogação do PNASH não se justificava. Em agosto de 2008, a decisão do Pleno do Tribunal de Justiça revogou a liminar. Ou seja, a medida liminar foi deferida, e posteriormente revogada. O que a coordenação do grupo de saúde mental e reestruturação da psiquiatria preconizava à época? Quais foram as recomendações à época da aplicação do PNASH? Entregaremos o relatório a V. S.as posteriormente. O relatório recomenda:

adequação às normas técnicas vigentes, dentre as quais: adequação do quantitativo de recursos humanos conforme Portaria n.° 251/02; melhoria na qualidade de informações do Projeto Terapêutico Individual dos usuários; registro de no mínimo 03 evoluções e 02 prescrições médicas semanais; registro e anotação das evoluções de

outros profissionais de nível superior, no mínimo 01 vez por semana (...)

Como dissemos, são médicos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e nutricionistas, tem que ter uma equipe multidisciplinar. O relatório recomenda ainda:

redução do tempo médio de permanência dos usuários; ampliação e envolvimento dos pacientes nas atividades psicossociais e realização de trabalho em equipe com pacientes familiares para alta hospitalar.

Portanto, o Programa de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Hospitalar, no SUS, foi instituído em 2004, e tem a proposta de substituição progressiva dos leitos psiquiátricos, tendo como meta a redução do número de leitos em hospitais para cento e sessenta leitos psiquiátricos. A Clínica Santa Isabel se recusou a assinar o termo de compromisso e ajustamento, em que devem constar tanto as reduções de leitos da etapa de retificações quanto o ajuste de leitos. Em decorrência da não adesão ao Programa, o valor de sua AIH retorna a vinte e seis reais e vinte e oito centavos. Se os hospitais que hoje têm grande número de leitos não entram na lógica de redução de leitos, todo esse projeto, as AIHs não são valorizadas, ao contrário, elas são desvalorizadas.

Informamos que a Portaria n.º 404, de 2009, reclassificou os hospitais psiquiátricos. No caso do Hospital Santa Isabel, ele passou a ser um hospital:

classe N III, (hospitais de 241 até 400 leitos hospitalares). Essa reclassificação alterou o valor da AIH.

Oportunamente esclarecemos que os valores pagos às AIHs obedecem à classificação acima, ou seja, o aumento do valor das diárias é consequência da adequação dos hospitais aos critérios e recomendações defendidas pela avaliação do PNASH/Psiquiatria. Sem a adequação, caso da referida Clínica em todas as avaliações realizadas, a correção das diárias se dá em percentuais menores.

Isso é uma política nacional, não é a política

do Estado do Espírito Santo. É importante dizer, como o próprio Senhor Doutor Sebastião Ventury Baptista disse nesta reunião, que tivemos várias reuniões entre a Sesa e o prestador de serviços. Inclusive, parte dessas reuniões intermediadas pelos

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 125

Senhores Deputados, tais como os Senhores Deputados Theodorico Ferraço e Glauber Coelho, como foi feito:

Reunião realizada em 04/07/2012, nesta Secretaria Estadual de Saúde onde participaram: o Subsecretário de Regulação e Assistência à Saúde, Doutor Geraldo Queiroz; o Subsecretário de Gestão Hospitalar, Doutor Fábio Benezath; a Coordenadora Estadual de Saúde Mental Álcool e outras Drogas, Senhora Maristela Amorim Coelho; membro da Área Técnica de Saúde Mental, o Doutor Antônio Schirmer; o Ilmo. Senhor Theodorico Ferraço, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo; e os diretores da referida clínica, Administrativo, Doutor Sebastião Ventury Baptista, e Técnico, Doutor Sérgio Bourbon Cabral, respectivamente: 1 - A Clínica de Repouso Santa Isabel enviará a esta secretaria uma proposta que contemple o atendimento às portarias do Ministério da Saúde quanto à adequação à Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, a redução gradativa do número de leitos e a qualificação da oferta dos serviços prestados. Cabe destacar, que não foi estabelecido prazo para a Clínica de Repouso Santa Isabel envie a proposta conforme acordado nesta reunião. 2 - Foi discutida a possibilidade de aporte de recursos financeiros estadual para a complementação das AIHs, desde que a referida Clínica se comprometesse a pactuar o Termo de Compromisso e Ajustamento de acordo com a Portaria n.º 52/2004. 3 - Em reuniões subsequentes, a clínica reitera a solicitação de repasse financeiro em complementação às AIHs. A SESA esclarece que somente seria possível o atendimento de complementação a partir da apresentação das planilhas de custos, receitas e despesas, que comprovassem as dificuldades financeiras referidas pela clínica; e o termo de compromisso assinado visando à redução gradativa dos leitos até 160 leitos como preconizado pelas Portarias n.ºs 52 e

53/2004, fato este que colocaria a referida clínica e o Estado do Espírito Santo, consoantes com a Política Nacional de Saúde Mental e a legislação que a regulamenta. III - Considerações finais. Em 30 de janeiro de 2013 a Clínica de Repouso Santa Isabel LTDA encaminhou ao Superintendente Regional de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim, Senhor José Luiz Leal Darós, e ao Secretário Estadual de Saúde, Dr. José Tadeu Marino, documento, anexo, solicitando o descredenciamento do SUS estabelecendo o prazo 01 de março de 2013 para não mais receber os pacientes do SUS, e o prazo de até 01 de abril de 2013 como prazo final de alta para os pacientes lá internados. Estes prazos foram decididos unilateralmente pela clínica. Diante deste cenário, a SESA e as Coordenações Nacional e Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas decidiram pela realização de um censo na clínica com objetivo de levantar a real situação dos pacientes que lá se encontram internados, estabelecendo diagnóstico situacional a partir do qual será construído um plano de ação de desinstitucionalização gradativa e responsável de forma a proporcionar a continuidade de seu tratamento o mais perto possível de sua procedência conforme preconiza a legislação de saúde mental em vigor. Esta medida tem acontecido em outros Estados, sendo uma ação tripartite, ou seja, realizada em parceria com o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim, sendo acompanhados pelo Ministério Público e instituições de ensino superior. Informamos ainda que se encontram em processo de implantação, leitos especializados em saúde mental nos hospitais gerais e ampliação da rede de atenção psicossocial. Em 1ª de março de 2013, a Sesa recebeu a notificação recomendatória nº 001/2013, do Ministério Público do Estado do

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126 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Espírito Santo, da Segunda Promotoria de Justiça de Cachoeiro de Itapemirim, indicando, após várias considerações, a intervenção na Clínica de Repouso Santa Isabel. O objetivo é impedir a interrupção do tratamento dos internos que lá se encontram, recomendando que o serviço seja prestado sob a gestão da Secretaria Estadual de Saúde, concomitantemente à adoção de medidas necessárias para dar início à construção e ampliação da rede de atendimento de saúde mental. Vitória - ES, 11 de março de 2013.

Esta é a nota técnica da nossa Coordenação

de Saúde Mental. Existe uma equipe que fará o senso de todos os usuários. Temos os nomes dos médicos e universitários deste senso, para que justamente possamos saber o que o Doutor Sebastião Ventury Baptista colocou: Quantos pacientes necessitam de residência terapêutica? Onde estão as famílias desses pacientes? Por que esses pacientes que estão há um ano não voltam para casa? E se têm algum contato.

A Clínica de Repouso Santa Isabel recebe uma diária de trinta e nove reais, existindo um repasse de quatrocentos e noventa mil reais por mês. A proposta que a clínica traz, diante das dificuldades financeiras que vive, seria de cento e trinta reais por diária. Portanto, a Secretaria Estadual de Saúde, para fazer essa complementação, precisaria todo mês depositar um milhão e seiscentos mil reais na Clínica de Repouso Santa Isabel. Seria um depósito da nossa conta, pois jamais o Ministério da Saúde faria esta complementação, já que, pelo que li, a Clínica de Repouso Santa Isabel não se adequa às portarias do Ministério. Tem-se cerca de quatrocentos pacientes. Multiplica-se por cento e poucos reais e teremos esse valor. Se hoje, com a diária de trinta e nove reais somam-se quatrocentos e noventa mil, a cento e trinta equivaleria a quatro vezes mais. Um aporte de um milhão e seiscentos mil reais todo mês para a Clínica de Repouso Santa Isabel é insuportável. A Secretaria de Estado da Saúde não consegue fazer isso, até porque queremos implantar a Política Nacional de Saúde Mental, que é a nossa Rede de Atenção Psicossocial.

Portanto, podemos chegar a uma conclusão. Chegamos a oferecer duas tabelas, ou seja, trinta e nove reais mais trinta e nove reais. O Estado poderia chegar nisto, desde que fizéssemos justamente esta implantação de todas as portarias, dentro das notificações que a Sociedade de Psicologia fez na visita, também dos nutricionistas, do Ministério Público, além de outras adequações que a clínica precisa fazer para participar dessa política. Continuamos abertos à negociação e sabemos da importância de leitos psiquiátricos. Lógico que há pessoas com transtornos que surtam e ninguém vai

tratá-las dentro de um Caps. Essas pessoas precisam de internação hospitalar. Estamos na fase de implantação da Rede Psicossocial do Espírito Santo e acho que temos que discutir justamente esta adequação, vendo se a Clínica de Repouso Santa Isabel concorda com essa Política Nacional de Saúde Mental, que é a política que nosso Estado adota.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Obrigado, Secretário! Ainda ouviremos o Doutor Sérgio Bourbon Cabral, mas a Senhora Deputada Jante de Sá precisa sair porque presidirá a reunião ordinária da Comissão de Política sobre Drogas que deveria ser neste Plenário. Agradeço a S. Ex.ª também porque está cedendo espaço para que possamos continuar essa discussão.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Como disse o Senhor Deputado Doutor Hércules, temos que sair, mas não gostaríamos de interromper a reunião, que está muito produtiva e ainda temos a gerência do Hospital São Judas Tadeu para ser ouvida e faremos a reunião da Comissão de Política sobre Drogas em outro Plenário, para a qual convidamos quem puder participar, pois faz parte dessa problemática da saúde.

Agradeço a presença ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, do Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde, das pessoas que vieram do Hospital dos Ferroviários e da Clínica Santa Isabel.

Recebi um telefonema do município de São Mateus, Senhor Secretário, há pessoas que estão preocupadas com a saúde, que estão assistindo esta Audiência Pública e que também estão com um problema sério com a Casa Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Hospital Maternidade São Mateus, onde os repasses feitos são insuficientes para um atendimento adequado e humanizado. Ele é feito pela abnegação dos profissionais.

Vimos também que o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim está para fechar as portas da Maternidade por conta da questão de recursos na área de maternidade. O município de São Mateus está passando pelo mesmo problema. E não queremos cair na mesma situação que está o Hospital São Judas, que muitas vezes decorre de problemas de recursos para ser mantido. Não sei se é isso, não li o relatório, lerei para não fazer prejulgamento. Mas acabará que é preferível fechar a fazer um atendimento em condições razoáveis e acabar tendo problemas como algumas maternidades têm tido.

Fica aqui o nosso registro para que se olhe com carinho e atenção a questão dos recursos financeiros que são insuficientes para um atendimento adequado e necessário para que as gestantes, parturientes do Hospital Maternidade São Mateus, no caso a Casa Nossa Senhora Aparecida, para a qual peço uma melhoria nos repasses para que

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 127

as parturientes possam ter um atendimento adequado. O SR. TADEU MARINO - Preciso

responder e gostaria que a Senhora Deputada Janete de Sá ouvisse.

Lançamos um projeto chamado Rede Bem Nascer no ano passado e o Estado está investindo doze milhões de reais em vinte e uma maternidades. E essa maternidade do município de São Mateus está recebendo seiscentos mil reais e mais dois milhões de reais da Secretaria Estadual de Saúde para se adequar.

Na verdade, talvez a população não tenha conhecimento e é importante que estejam assistindo à TV Assembleia. Porque nem sempre os hospitais filantrópicos são ajudados por nós. Divulgam as boas coisas que o Estado faz em relação aos hospitais filantrópicos. Pelo contrário, grande parte da nossa mídia negativa é feita pelos hospitais filantrópicos.

Senhora Deputada Janete de Sá, Colocamos cento e cinquenta milhões de reais nos hospitais filantrópicos este ano. O Hospital Evangélico do município de Cachoeiro de Itapemirim recebe mais de quarenta milhões de reais e sua relação não é com o Estado, é com a direção do hospital.

Não contrato médico para o Hospital Evangélico. O Estado não tem recursos para custear, senão vou ter de estatizar todos os hospitais do Estado do Espírito Santo e trazer todos para o Estado. Não adianta! O Estado não tem recursos financeiros.

Estamos nos esquecendo do Ministério da Saúde, a conta cabe lá na mesa do secretário estadual de saúde, todas as contas do Estado. Ninguém vai a Brasília brigar com o ministro e dizer que S. Ex.ª tem que colocar mais recursos financeiros nos hospitais do Estado. Então, essa é uma coisa que tem que ser dita! Os baixos recursos financeiros que temos recebido são da tabela do SUS. E mesmo assim o Estado complementa os hospitais filantrópicos do Estado com muitos recursos e tem investido muito na questão de infraestrutura e equipamentos dos hospitais. Aquele hospital receberá investimentos maciços para se transformar em uma maternidade de fato, porque hoje ele é um hospital geral, não é só maternidade.

Uma obrigação nossa em relação a eles é que se transformasse numa maternidade de fato, parar de ter um hospital geral, porque em São Mateus, durante anos e anos, a saúde ficou sem investimento. Não há um hospital privado nesse município. Todas as pessoas vão para Colatina, Linhares ou Vitória. O único hospital que dá conta de toda aquela região é um hospital estadual, Dr. Roberto Arnizaut Silvares. Agora o Estado está investindo nesse hospital e um grupo privado está fazendo um hospital em São Mateus. Na verdade, o Estado tem essa preocupação. Já contratualiza quinze hospitais filantrópicos do Estado do Espírito Santo, inclusive, pequenos. O Senhor Governador nos pediu para preparar um relatório sobre os HPP’s, que são

pequenos hospitais, para ver quais têm importância para a região, para que o Governador possa fazer a ajuda de custeio. É importante que aproveitemos essa oportunidade de dizer que chegará uma hora em que o Estado não terá mais condições financeiras de arcar sozinho com o custo. Temos um bilhão e seiscentos milhões de reais de orçamento. Um bilhão e cem é dinheiro próprio do Estado; quinhentos milhões é do Ministério da Saúde. Já estamos colocando setenta por cento do custeio da saúde do Estado do Espírito Santo sozinho. Se não houver um aporte financeiro de recursos federais, o que o Doutor Hércules e outros Deputados sempre batalham - a questão da emenda constitucional, chegará uma hora que, infelizmente, é lamentável, os hospitais fecharão. O grande problema da Clínica de Repouso Santa Isabel é de fato a baixa remuneração para manter o hospital. Aproveito esse aparte para dizer que aquele hospital está recebendo investimentos da Rede Bem Nascer, da Rede Cegonha e do Governo do Estado para ampliá-lo, qualificá-lo e adequá-lo às normas da Vigilância Sanitária, o que hoje não acontece. A SR.ª JANETE DE SÁ - Obrigado, Senhor Secretário. Fica nesta Comissão o nosso registro a pedido da comunidade médico-hospitalar e da sociedade de São Mateus que entrou em contato conosco. Concordamos com o Senhor que o problema não é apenas do Estado, mas do Governo Federal. Mas estamos juntos nessa batalha para contribuirmos com a Secretaria e buscarmos recursos do Governo Federal, se necessário for. O problema existe, tanto que foi colocado para que pudéssemos externar nessa reunião com a presença de V. Ex.ª. Infelizmente, preciso me retirar, porque abrirei a reunião da Comissão de Política sobre Drogas. Estamos com diversos convidados presentes, inclusive, com agentes do Governo, Coordenador-Geral de Políticas sobre Drogas, para apresentar à sociedade o programa que será implantado pelo Governo estadual, uma decisão do Senhor Governador Renato Casagrande. Obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - De acordo com o que o Senhor Secretário Tadeu Marino disse, já estava em minhas mãos o abaixo-assinado para mostrar que, infelizmente, as pessoas fazem muito discursos, mas atuação é muito pequena. Este projeto de lei de iniciativa popular não é ideia minha. Saiu da OAB nacional, do Conselho Federal de Medicina e também da Escola de Medicina e do Movimento Nacional de Defesa da Saúde. O abaixo-assinado traz o seguinte:

O presente abaixo-assinado do projeto de lei de iniciativa popular tem por objetivo assegurar o repasse efetivo integral de dez por cento das correntes brutas da União para a

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128 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Saúde Pública Brasileira, alterando, dessa forma, a Lei Complementar n.º 141, de 13 de janeiro de 2012. Entendendo a necessidade da definitiva priorização da saúde pelos governos, O MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA, exige juntamente com o controle social e toda a sociedade, transparência e correta aplicação desses recursos no Sistema Único de Saúde - SUS.

Na verdade, estamos colhendo assinaturas. Em Minas Gerais, já há mais de seiscentas mil. Estamos engatinhando com isso, mas está muito difícil. Desculpem-me falar em primeira pessoa. Fiz uma conferência nacional da saúde no dia 30 de novembro do ano passado, com a participação de Deputados da Paraíba, do Acre, de Brasília, de Rondônia, do Presidente da Assembleia de Minas Gerais e do Presidente da Comissão de Saúde de Minas Gerais e teve pouca participação da sociedade, principalmente da área de saúde. Muito pequena mesmo a participação dos gestores de saúde do nosso Estado. Teve pouca participação dos deputados da nossa Casa de Leis, muito pouca mesmo.

Em qualquer lugar que vamos pedimos a assinatura desse abaixo-assinado. Por exemplo, fomos aos Oitenta anos da OAB no Estado do Espírito Santo. Estava presente com essa lista, não tinha nada a ver com saúde, mas estava no Teatro Carlos Gomes, pedindo as assinaturas. Assinaram o abaixo-assinado o Presidente Nacional da OAB, Senhor Ophir Cavalcante; o Presidente da OAB/ES, Senhor Homero Mafra; e o Presidente da OAB/DF, Senhor Francisco Caputo.

Na verdade, precisamos movimentar mais. Infelizmente, esse movimento no Estado do Espírito Santo está muito tímido. Já no Estado de Minas Gerais está muito adiantado. Temos que fazer esses deputados federais apresentarem esse projeto de lei para destinar dez por cento da receita para a saúde pública.

Não dá para continuar com o Brasil investindo quatrocentos e um dólares per capita na saúde pública, enquanto a Argentina, país vizinho, investe oitocentos e trinta dólares per capita. Não dá! Não dá para alguns países da África investirem 9,6 por cento da receita com a saúde e o Brasil menos de quatro por cento. Não vai fazer uma saúde boa. O que acontece? O município não tem receita e, por isso, ele deixa por conta do estado. O estado, por sua vez, não pode gerenciar todos os hospitais e repassa algumas atividades para as filantrópicas. As filantrópicas ficam de pires nas mãos pedindo esmola ao governo estadual. A verdade é essa. Não estamos buscando culpados, estamos buscando soluções.

O SR. GENIVALDO LIEVORE - Senhor

Presidente, pela ordem! Quero pedir licença a V. Ex.ª, aos demais deputados, ao Senhor Secretário Tadeu Marino e também aos nossos convidados. Preciso me dirigir à reunião da Comissão de Política sobre Drogas para dar quorum. Essa Comissão tem tudo a ver com o que estamos discutindo nessa reunião da Comissão de Saúde, que é o grande desafio da sociedade: a dependência química, drogas lícitas e ilícitas.

Acredito que alguém da saúde deva estar na reunião da Comissão de Política sobre Drogas para se pronunciar, porque se a coordenação do governo sobre drogas não interagir com a saúde, não teremos projeto. Então, Senhor Secretário Tadeu Marino, precisamos dentro do governo, trabalhar essas políticas públicas desafiadoras na integralidade. Peço licença a V. Ex.ª para cumprir minha outra missão. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Muito obrigado. Vivo me esgoelando da tribuna da Assembleia Legislativa contra o que se faz da política de saúde hoje. A Saúde não é prioridade para a maioria dos políticos, só em época de eleição. Faz-se um palácio em cima de uma pedra, na Reta da Penha, que deixou de ser reta, é Curva da Penha, em tempo recorde. Fazem estádios de futebol e para outros esportes em tempo recorde. Estão falando até em trem-bala, enquanto o povo não tem ônibus para andar.

Então, não existem prioridades. É isso o que está acontecendo com a saúde. Foi transferido ao governo, no final de 2011, a PEC n.º 29 com a qual sonhávamos que seria isso. Essa PEC estabeleceu que o Estado é obrigado a gastar doze por cento, o Município quinze por cento e a União nada, a União não tem obrigação nenhuma. Gastará o que gastou no passado mais a correção do índice inflacionário.

Isso é simplesmente uma covardia que se faz com o povo brasileiro. O povo brasileiro tem que aprender a votar. Tem que ver o que está acontecendo com esse pessoal. Poucos falam sobre a saúde, em Brasília, muitos poucos mesmo. Só em época de eleição que se vê discurso sobre a possibilidade de melhorar a saúde.

Concedo a palavra ao Doutor Sérgio Bourbon Cabral.

O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL -

Queríamos dizer ao Senhor Secretário Tadeu Marino que de maneira nenhuma é desejo nosso se opor a política nacional ou estadual.

Queremos colaboração, queremos trabalhar em conjunto. Até usando as palavras do Senhor Deputado Rodrigo Coelho, vamos tirar o balcão do meio. Queríamos pedir, se fosse possível, que façamos uma coisa concreta, que já saiamos dessa reunião com dia e hora para sentarmos juntos. Já sentamos com o Doutor Geraldo Queiroz e foi muito produtivo, pena que não houve sequência. O que

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 129

pedimos encarecidamente é que já saiamos desta reunião com dia e hora, para que possamos nos sentar sem esse balcão e trabalhar juntos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Doutor Tadeu Marino, assim como saímos com dia marcado para tentar solucionar o problema do Hospital dos Ferroviários, gostaríamos de ouvir V. Ex.ª com relação ao posicionamento do Doutor Sérgio Bourbon Cabral. O SR. TADEU MARINO - Quem faz essa avaliação é a área técnica da Secretaria de Estado da Saúde. O Doutor Geraldo Queiroz tem que avaliar. Nesta semana talvez seja difícil. E na próxima semana, Doutor Geraldo Queiroz? O SR. GERALDO QUEIROZ - O censo está marcado para o dia 18. Sem o censo, é muito difícil dizermos qualquer coisa, porque tudo que se perguntou à Mesa, embora o Doutor Sebastião Ventury Baptista tenha apresentado os números da clínica, está além do conhecimento do Estado, que não tem segurança para dizer como vai fazer. O que o Estado tem que fazer, e o fará da forma mais responsável possível, é a desospitalização, na medida do possível, conforme aquilo que a rede comportar. Trabalharemos a residência terapêutica, quatro residências. Quatro residências, com oito pacientes por residência, resultariam em trinta e duas vagas em Cachoeiro de Itapemirim. Isso se fossem todas para Cachoeiro de Itapemirim. Provavelmente não serão todas para aquele município, serão residências terapêuticas espalhadas pelo Estado. São coisas relativamente fáceis de serem conduzidas, mas só podemos ter um diagnóstico após os dias 18, 19 e 20, três dias seguidos, em que cerca de cinquenta pessoas participarão de um senso hospitalar na Clínica Santa Isabel. Iríamos encaminhar correspondência para V. S.as, pedindo que recebessem nosso pessoal. Esse censo é realizado pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal da Saúde, acompanhados pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo. Não é uma experiência que estamos inventando, pois já foi feita em outros Estados, e deu resultados extremamente positivos, permitindo observar e traçar uma linha para o futuro. Conseguiremos dizer em algum tempo, possivelmente até o fim da semana seguinte, como e o que fazer com os pacientes da Clínica Santa Isabel. Tanto quanto a Clínica Santa Isabel, o Estado quer fazer isso da maneira mais responsável, gradual. Sabemos das dificuldades econômicas que a clínica tem nos apresentado verbalmente, mas ainda não encontramos, por se tratar de uma clínica de natureza privada, mecanismos que permitam que o Estado faça aporte extraordinário de recursos diante do quadro que o Senhor Secretário apresentou. Houve uma

insistência em não aderir à Política Nacional de Saúde Mental, e tivemos que nos colocar à margem desse processo. Não podemos aportar recursos novos. Mas não é nada que não seja possível caso a clínica concorde em participar da Política Nacional de Saúde Mental. A Coordenação Nacional do Ministério da Saúde estará presente, e é possível empreendermos conversas na semana que vem. Será uma semana de muitas conversas entre nós, no sentido de identificarmos o que é adequado. Teremos o resultado do censo, e evidentemente V. S.as opinarão, poderão dizer: Concordamos com isso, discordamos daquilo, é assim, não é assim. Dialogaremos muito, a Clínica Santa Isabel, nós da Secretaria de Estado da Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde, o Ministério Público do Estado e o Ministério da Saúde. Teremos muito trabalho na próxima semana, o que nos trará resultados. A partir do dia 18, traçaremos um caminho. O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL - Podemos deixar marcada uma data para um encontro entre nós?

O SR. TADEU MARINO - Depois marca isso aí.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Terá que ser numa segunda, terça ou quarta-feira. Dia 20 é quarta-feira.

O SR. GERALDO QUEIROZ - Dia 25 ou 26, segunda ou terça feira.

O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL -

Dia 26 está bom? O SR. TADEU MARINO - É antes da Semana Santa. Temos que ver, quinta-feira é que dia? É na Semana Santa. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Não, dia 29 é sexta-feira santa.

O SR. TADEU MARINO - Dia 26, deve ser o começo da semana.

O SR. GERALDO QUEIROZ - Vamos

deixar marcado para terça-feira, dia 26, a nossa primeira reunião.

O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL -

Uma reunião no seu gabinete, por volta de que horas? O SR. GERALDO QUEIROZ - Para vocês

de Cachoeiro de Itapemirim, pode ser às 10hs. O SR. SÉRGIO BOURBON CABRAL -

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130 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Está ótimo, perfeito. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Certo, temos uma data definida. Achamos que essa nossa reunião foi muito importante e proveitosa.

Agora falaremos sobre o Hospital São Judas Tadeu. Como até fizemos reunião junto com o Doutor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde, e é S. Ex.ª que está discutindo a questão do Hospital São Judas Tadeu, o Senhor Secretário Tadeu Marino pede para se retirar, porque está com outro compromisso. Assim, pedimos para o Senhor Geraldo Queiroz para assumir o lugar do secretário, porque falaremos agora sobre o Hospital São Judas Tadeu.

Concedo a palavra ao Doutor Carlo Frederico Machado, Diretor Clínico do Hospital São Judas Tadeu. O Senhor Deputado Glauber também tem que se retirar, porque tem que ir para Comissão de Proteção ao Meio Ambiente.

Com a palavra o Doutor Carlo Frederico Machado.

O SR. CARLO FREDERICO MACHADO

- Agradeço o convite ao Senhor Deputado Doutor Hércules. Cumprimento todos os Senhores Deputados. Agradeço ao Doutor Geraldo Queiroz, a atenção com que nos recebeu. Tivemos uma reunião muito produtiva e S. Ex.ª sempre esteve disposto a solucionar os nossos problemas, dentro das possibilidades de Secretaria de Estado da Saúde, na presença do Senhor Doutor Tadeu Marino. Sei que o tempo é muito valioso, mas gostaria muito da sua presença.

Em primeiro lugar, ressalto que o Hospital São Judas está passando por uma série de problemas, que na verdade começaram com uma denúncia de uma mãe que, por infelicidade, teve um parto mal resolvido e o bebê veio a óbito. A partir desse momento levantou-se a questão de vários óbitos atribuídos ao Hospital São Judas; e isso, indevidamente, a imprensa trouxe à tona. Comprovamos junto ao Ministério Público e junto à Comissão de investigação de óbitos que esses óbitos não teriam por que serem atribuídos ao Hospital São Judas, porque, na verdade, a maioria deles chegaram ao hospital com o óbito intra-útero. Isso ficou confirmado. Trouxe até prontuários para o caso de haver algum questionamento sobre isso. Mas isso é uma questão superada. Diante disso e diante do relatório do Ministério da Saúde, um relatório que houve com uma investigação que teve do Ministério da Saúde, enfim, esse relatório foi apresentado ao secretário, na Secretaria de Estado da Saúde, e com todas essas notícias na imprensa, a Secretaria constatou algumas irregularidades no hospital e ele foi interditado.

Com aquela conversa produtiva que tivemos com o Doutor Geraldo Queiroz assinamos um termo

de compromisso de nos adequar às exigências da Vigilância Sanitária, que facilmente o hospital dará conta de se adequar, exceto num ponto, que é a contratação de médicos. A contratação de médicos para cumprir o quadro clínico formal, o quadro clínico da maternidade, é extremamente dispendiosa.

O hospital recebe de rapasse do SUS algo em torno de setenta mil reais por mês, isso incluindo a maternidade e as internações clínicas. Conhecemos a realidade e sabemos que, com setenta mil reais não se consegue contratar médicos para sete dias de plantão, sendo que se deve ter obstetra, pediatra, anestesista e mais um quadro de funcionários. Gostaria de ressaltar que o Hospital São Judas atua em Guarapari há cerca de quarenta anos, ao longo dos quais já foram realizados mais de vinte mil partos. No ano passado, o hospital foi convidado para participar da Rede Cegonha e da Rede Bem Nascer. Aliás, recebemos uma notícia muito agradável de que o Hospital São Judas possui o melhor índice de parto normal por número de cesárias. Esta notícia nos deixou muito contentes, pois é o que o Ministério da Saúde preconiza. Graças a esses dados e também pela sua localização, o hospital foi convidado a receber, como o Senhor Secretário José Tadeu Marino citou, uma ajuda de custo de seiscentos mil reais para compra de equipamentos e reformas, para se adequar às exigências da Vigilância Sanitária. Apesar de termos protocolado o pedido, o hospital não tem interesse em fazer o descredenciamento do SUS. Tentamos por várias vezes um acordo para que houvesse a complementação da tabela do SUS, porque infelizmente não há como manter uma maternidade aberta prestando atendimento ao SUS com o recurso de menos de setenta mil por mês. O hospital tira dinheiro de outros recursos, já que o Hospital São Judas Tadeu não é filantrópico. O Doutor Geraldo Queiroz nos explicou que esse fato é uma barreira à liberação de alguns recursos, mas acho que deve haver alguma maneira de complementação, pelo menos na tabela do SUS, porque da forma que está, o hospital não tem condição de cumprir uma das exigências do termo de compromisso, que é a contratação de médicos. Pergunta-se então: Como vinham funcionando anteriormente? Anteriormente, o hospital pagava um salário de dois mil e quinhentos reais a um profissional médico para fazer um plantão de 24hs. Esse plantonista complementava seu salário com atendimento da demanda que chega de consultas particulares, feito durante seu plantão, que acaba fazendo uma pequena complementação que nem de longe chega a um salário que seria justo e que é pago por outros hospitais. Na verdade, são médicos que já trabalham em Guarapari há muito tempo e que têm interesse em manter um serviço ali. Porém, diante desta situação, houve uma debandada de dois profissionais, que na

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 131

verdade eram responsáveis por quatro dias de plantão - ficamos totalmente descobertos e impossibilitados de contratar. O hospital não tem verba e recursos para contratar novos profissionais.

Então, gostaria de solicitar que estudássemos um meio de complementação da tabela do SUS, para que possamos atender a esta exigência básica para a abertura do hospital, que é um quadro de profissionais médicos.

O hospital era a única maternidade de Guarapari e atendia também à periferia. Anchieta, Alfredo Chaves e outros municípios levavam pacientes para Guarapari. Com relação ao relatório do Ministério da Saúde que apontou algumas irregularidades, estamos fazendo levantamentos para apurar algumas irregularidades que foram colocadas. Se houve cobrança indevida, o hospital se compromete a fazer a devolução. Com relação à questão de partos que foram realizados por enfermeiros, já expliquei ao Doutor Geraldo Queiroz - o Senhor Deputado Doutor Hércules, que é obstetra também sabe em que situação que isso pode ocorrer. Numa maternidade com cinco ou seis gestantes em trabalho de parto ao mesmo tempo, com apenas um profissional médico de plantão, faz-se um parto aqui, outro nascendo ali; neste caso, a enfermeira dá um suporte sim, pois não há como fazer tudo, sendo perfeitamente compreensível. Uma situação eventual. Deixo claro que o Hospital São Judas Tadeu tem todo o interesse em manter o convênio com o SUS, mas precisamos de uma complementação de tabela, porque o recurso da Rede Cegonha é para a compra de equipamentos e obras, ótimo! Mas e para custear o funcionamento do hospital e seu quadro clínico, funcionários, medicações? Infelizmente, o valor de setenta mil, que é o que recebemos, não tem a menor condição de dar sustentabilidade à maternidade. Então se a coisa não caminhar de outra forma, vemos que a maternidade não terá como reabrir suas portas.

Basicamente é isso. Agradeço mais uma vez o convite e a paciência. Procurei ser sucinto. Queria falar bem mais, porque tinha bastante coisa para falar, mas também sei do tardar da hora. Agradeço ao Senhor Tadeu Marino e queria obter uma resposta se há alguma possibilidade de termos alguma complementação de tabela do SUS ou alguma outra forma de um investimento nesse sentido.

Sei que o município também tem o seu papel. O município, a Secretaria Municipal de Saúde, apesar de várias, várias e várias tentativas, nunca colocou um centavo no hospital, nunca ajudou também por dificuldade.

Queríamos então que o munícipio cedesse o médico, o profissional, para poder prestar um plantão, ou algo assim, mas a secretaria municipal não tem interesse. Agora estão com a bomba na mão, esses bebês estão nascendo em ambulâncias, quando consegue chegar já houve um descolamento de

placenta, onde é preciso intervir imediatamente e se não tem como intervir, levam para o Pronto Atendimento, onde não há profissionais habilitados para o procedimento, não tem centro cirúrgico, não tem suporte e o paciente não aguenta ser colocado em uma ambulância e vir até os municípios de Vitória ou Vila Velha.

Então, é interesse da comunidade que o hospital reabra as portas, mas precisamos de algo mais. Muito obrigado! O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito Obrigado! Doutor Carlo Frederico Machado, estive no município de Guarapari, conversei com S. S.ª e também com a Senhora Daniela Vilar Silveira. Estive também com os senhores no gabinete do Doutor Geraldo Queiroz, subsecretário de Estado da Saúde, e gostaria também que a comissão sempre fosse lembrada para participar desses eventos. Quando há qualquer evento da saúde, faço questão de participar.

Na noite de quinta-feira, que saiu pela manhã a notícia no jornal, voltava de uma audiência pública na Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, parei no hospital, era o hospital ao lado. E no dia seguinte, sexta-feira, fui e conversei com os senhores pela manhã e depois da reunião conversei aqui na secretaria também. A Comissão de Saúde e Saneamento é fiscalizadora, apesar de algumas pessoas, inclusive a imprensa, acharem que ela não tem o papel de fiscalizar. Hoje pela manhã no telejornal Bom Dia ES, por exemplo, falaram que a Assembleia Legislativa não está debatendo os temas mais relevantes da população. E isso é uma hipocrisia muito grande da imprensa marrom ao dizer que a Assembleia Legislativa não está discutindo a questão da saúde. Fazemos isso todos os dias! Discutimos isso todos os dias!

Falam para uma plateia e por isso que há alguns canais de televisão, alguns jornais que estão vendendo pouco e também perdendo audiência na televisão porque há alguns canais falando a linguagem que o povo está pedindo.

Vimos na pesquisa que os grandes temas da Assembleia Legislativa e do Estado hoje, são saúde e segurança. E o Governo do Estado por meio da sua assessoria, que está aqui, assessoria maior da secretaria, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública também não tem se furtado. E inclusive, o Senhor André Garcia, Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, mudou o modelo, com todo o respeito ao Doutor Henrique Herkenhoff, mas o secretário atual agora está indo para a rua melhorar a segurança. Na verdade, faço questão, exijo que a secretaria, nossa comissão, faça parte de todos os movimentos. Quero saber se o Senhor Tadeu Marino quer falar ou se o Senhor Geraldo Queiroz falará primeiro. Uma vez que já disse que o Senhor Geraldo

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132 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Queiroz está mais a par, tem acompanhado mais as reuniões do Hospital São Judas Tadeu.

O SR. TADEU MARINO - Falarei, mostrarei a nossa preocupação e pedirei desculpas porque preciso sair. Como o Senhor Geraldo Queiroz está desde o começo fazendo essa interlocução com os senhores, então S. Ex.ª ficará à disposição para esclarecer e tudo mais.

Lamentamos muito quando temos que fazer alguma intervenção em algum hospital. O Brasil, o Estado do Espírito Santo passa por uma crise no hospital e principalmente baseado no que o Senhor Carlo Frederico Machado, que é a crise financeira mesmo. Os procedimentos médicos vêm progressivamente aumentando. São medicamentos, são gastos medicinais, ou seja, os insumos aumentaram muito e se formos ver o que é a remuneração que a famosa tabela coloca, isso é muito aquém. Então, leva a um dos problemas desse caos financeiro dos nossos hospitais. Sabemos que o Hospital de Guarapari faz quase cem por cento dos partos daquela população, que não é pequena. São mais de cem mil habitantes. Como foi dito, além disso, ele faz alguns partos da região do entorno de Guarapari. Quando se desativa uma maternidade, mesmo que temporariamente, é mais um esforço grande que a Secretaria tem para fazer o fluxo funcionar para os pacientes. As mulheres precisam continuar ganhando seus filhos. Então aonde vão? Vão para Anchieta, Vila Velha, para o Himaba - (Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha), para a maternidade de Cariacica. Esses hospitais ficam superlotados e isso aumenta a demanda em outras maternidades. Então, de fato não é bom que isso aconteça. Foi o caso do Hospital dos Ferroviários que estávamos discutindo anteriormente. Como foi falado, fomos demandados pelo Ministério Público Federal, que fez uma auditoria através do Denasus - (Departamento Nacional de Auditoria do SUS). Não foi a Secretaria Estadual de Saúde que foi fazer a auditoria. Foi depois, mas quem nos demandou foi justamente o Ministério Público Federal, através do Denasus, apontando as irregularidades colocadas anteriormente. Tivemos que tomar essa providência e o Doutor Geraldo Queiroz pode depois especificar o que a nossa Vigilância Sanitária fez e quais as prerrogativas para que funcione. Temos um problema que a maternidade é um hospital privado, grande dificultador para fazermos complementação e realizarmos convênio com o setor privado. Não podemos fazer isso. Já propusemos ao novo Prefeito de Guarapari. Iremos até S. Ex.ª para uma conversa. Chamaremos o Prefeito de Guarapari, seu Secretário de Saúde, para discutirmos saúde pública de Guarapari, não só do Hospital São Judas Tadeu. Como o Deputado Doutor Hércules e os

demais presentes disseram, e a própria declaração da Secretaria Estadual de Saúde mostra claramente que quando chegamos a sete natimortos, ou seja, o neném já vem para o hospital, infelizmente perdeu sua vitalidade dentro do útero, foram ou estão sendo mal acompanhados. Estamos observando, de acordo com o que a Senhora Deputada Janete de Sá expôs sobre o fato de que as maternidades, o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, as Utins estão superlotadas. É um fenômeno novo e assustador para nós, tanto que nossa equipe técnica fará um trabalho dentro da Secretaria para vermos quantos bebês nasceram em 2010, em 2011, em 2012. Tenho certeza de que a natalidade está caindo; não está aumentando. Só que, inversamente proporcional, a busca por leitos de terapia intensiva neonatal está sendo assustadora. Está mostrando claramente que há algo errado no pré-natal.

Então, temos que fazer esse trabalho, porque precisamos ter certeza das informações. Sem elas não podemos agir. Faremos isso, porque esse fenômeno está acontecendo em Cachoeiro de Itapemirim, no Himaba, na maternidade do Hospital São José, em Colatina. Eles estão desesperados. As maternidades estão trabalhando com quatro, cinco leitos extras de Utins, sem falar os que compramos das maternidades privadas. Há dias em que não há leitos para vender. Então, de fato temos que urgentemente conversar com a atenção primária desse Estado. Quem acompanha essas mulheres, qualificar esse pré-natal cada vez mais, porque é um fenômeno que, infelizmente, poderia ser sazonal, que acontecera só no mês de janeiro, mas está sendo frequente, ocorre direto. É importante abrirmos essa discussão, principalmente porque é uma das prioridades máximas do nosso Governo, dentro do planejamento estratégico que é a questão materno infantil, tanto é que lançamos o Projeto da Rede Bem Nascer paralelo ao projeto Rede Cegonha da Senhora Presidenta Dilma Rousseff.

Estamos investindo nas maternidades, na qualificação dos trabalhadores das maternidades, humanizando as maternidades para que possamos diminuir a mortalidade materna no Estado do Espírito Santo, diminuir, cada vez mais, a mortalidade infantil, principalmente, neonatal que são os óbitos ocorridos entre zero a vinte oito dias de vida.

Precisamos urgentemente fazer esse enfrentamento e quando somos chamados a discutir isso... queremos parabenizar, Senhor Deputado Doutor Hércules, a Comissão de Saúde. Estamos dispostos a isso, temos que ser parceiros. Não temos o mínimo de interesse, como falei, de manter o hospital fechado. Agora, precisamos, dentro dessa lógica da nossa política, qualificar os hospitais, qualificar os recursos humanos, para que as nossas mães possam ter segurança na hora mais importante de suas vidas que é, justamente, na hora de dar à luz

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um filho e que nosso bebê nasça com bastante segurança.

Esse é o predicado e o pré-requisito que nosso Estado quer. Teremos todo o poder de interdição em qualquer hospital que estiver colocando em risco a vida das pessoas. Não podemos permitir isso porque seríamos negligentes e a Secretaria de Estado da Saúde não pode fazer isso.

Seria essa a mensagem. Contem com a nossa parceria. Se pudermos construir convênios juridicamente perfeitos, via Prefeitura, ou conversaremos junto com a Prefeitura. A secretaria está disposta a fazer isso, até porque, como você colocou, identificamos o hospital que pode ser uma maternidade da Rede Bem Nascer, porque é a única da região.

Peço desculpas, Senhor Deputado Doutor Hércules, pois tenho que me ausentar porque tenho um compromisso meio-dia. Coloco-me à disposição. O Subsecretário de Estado da Saúde, Senhor Geraldo Queiroz, nos representará. S. Ex.ª tem todo o conhecimento desta causa e pode responder a quaisquer perguntas. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Secretário Tadeu Marino, só gostaria de convidar mais uma vez V. Ex.ª, e se não puder ir, que possa mandar um representante ao Município de Guarapari no dia 21 de março de 2013, quinta-feira da outra semana, à Câmara Municipal, onde estaremos discutindo, inclusive, essa questão dos pré-natais e da atenção primária. Parece-me, pelo que vimos, que das nove crianças, sete já chegaram ao hospital com morte intra-útero. Então, queremos discutir essa questão também.

Agradecemos ao Secretário de Estado da Saúde o compromisso, a sua disposição em se oferecer, muito antes de fazermos a convocação, para vir a esta reunião prestar esclarecimentos. Vimos que até agora tivemos soluções importantíssimas, com data marcada e definições, que é o papel tanto do governo como da Assembleia Legislativa fazer esses questionamentos.

Concedo a palavra para o Senhor Deputado Rodrigo Coelho, cachoeirense também, e quer fazer algumas considerações.

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor Tadeu Marino, deixaremos um recado para o Senhor Geraldo Queiroz levar para V. Ex.ª. Falarei rapidamente.

Queremos primeiro dizer, só para chegar ao que lhe cabe, Senhor Tadeu Marino, muitas vezes parece, Senhor Deputado Doutor Hércules, que trabalhamos quando criticamos o governo. Há uma acusação sobre a Casa de que quando trabalhamos em parceria não estamos trabalhando, não é Senhor Deputado Doutor Hércules?

O Senhor Deputado Doutor Hércules tem sido um deputado parceiro nesta Casa e o que V. Ex.ª

evidencia é que estamos abertos para sermos um elo na resolutividade de questões que demandem o apoio e que não coloquem a Secretaria de Estado da Saúde na parede, porque, muitas vezes, cai sobre o secretário todos os problemas da saúde do Estado. Estamos aqui na condição de parceiros, mas nem por isso somos omissos.

Queremos fazer um testemunho à militância do meu colega Senhor Deputado Doutor Hércules, que tem feito de maneira parceira, mas insistente e mantra, em favor da saúde do Estado do Espírito Santo. Não temos a preocupação, Senhor Deputado Doutor Hércules, em discutir omissão na Casa porque não temos isso por prática e não ficaremos dando publicidade a isso. Acreditamos que nós deputados não devemos fazer isso. Devemos contrapor esse argumento com o testemunho do nosso trabalho e V. Ex.ª faz isso muito bem, especificamente, no que diz respeito à saúde.

Senhor Tadeu Marino, V. Ex.ª sabe do carinho que temos por V. Ex.ª, do tempo que fomos colegas no Estado como secretários. A Comissão de Saúde, se o Senhor Deputado Doutor Hércules nos permite, está à disposição V. Ex.ª para que possamos intermediar conflitos, para que possamos ajudar a resolvê-los. Sim, falaremos sempre que for necessário, para o bem e para o mal, porque também há a crítica que ajuda, constrói, elabora. Essa é a nossa missão. Mas não deixaremos de ser parceiro. Testemunhamos tanto o trabalho do Senhor Deputado Doutor Hércules quanto a parceria que S. Ex.ª faz com a Secretaria de Estado de Saúde. Na Assembleia Legislativa trabalhamos com informações. Repercutimos, cobramos, reivindicamos, elogiamos e sugerimos a partir das informações que temos. O maior problema que temos é a desinformação. Estamos nesta Casa para representar uma parcela da população. Todos somados representamos seu conjunto, e precisamos conversar, dialogar, a partir do desejo social. Como você sempre se colocou à disposição, Tadeu - permita-me tratá-lo por você, como em nosso convívio - isso nos ajuda a fazer o trabalho na Assembleia Legislativa. Teremos uma urgência sempre maior, que é a capacidade de atenção do Estado, sozinho. Por isso, são importantes as iniciativas que envolvam municípios. Essa audiência pública em Guarapari tem um significado especial. Tivemos eleições naquele município recentemente, fora do calendário eleitoral convencional, e a pauta mais importante de Guarapari foi a saúde. Há um clamor por uma rede hospitalar efetiva em Guarapari. Muitos dos moradores de Guarapari não compreendem por que têm que mandar seus pacientes para Anchieta. A discussão não ocorre nesses termos? Portanto, essa audiência pública passa a ganhar um contorno ainda mais importante. É claro e evidente que é importante tratar do Hospital São Judas Tadeu de

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Guarapari. Mas é importante tratar da rede de saúde de maneira geral, da atenção primária que o município está concedendo, e como está tratando o Hospital São Judas Tadeu. Esse é o apoio que queremos dar à sociedade capixaba, e temos feito isso reiteradas vezes, sobretudo a partir de uma forte militância do Presidente desta Comissão, que o tem feito com fervor. Estamos Deputado há pouco mais de um mês. Temos percebido bastante efetividade em algumas de nossas ações, mas as pessoas teimam em não reconhecer essa efetividade em nossa atuação. É importante que, cada vez mais, nos coloquemos junto aos hospitais, à sociedade, ao Governo, para que consigamos fazer essa intermediação, dar efetividade. Vivenciamos um pouco o lado do Governo, porque acompanhamos os processos legais, e vivenciamos bastante o lado da sociedade, porque sentimos a dor que a sociedade sente, nos colocando a seu lado, porque isso também faz parte da nossa missão. Pedimos desculpas a todos, mas o Doutor Gilmar Alves Batista, Defensor-Geral do Estado, nos aguarda em nosso gabinete há mais de quarenta minutos. Teremos que nos ausentar da reunião. Pedimos permissão ao Senhor Presidente, que disse que não ficará aborrecido conosco. V. Ex.ª tem meu apoio pessoal na tocada da decisão. Senhor Carlos Frederico Machado, seja bem-vindo. Estamos disposto a contribuir com o Hospital São Judas Tadeu no que for preciso. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra ao Doutor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado de Saúde, para dar explicações, ainda, sobre o Hospital São Judas Tadeu. O SR. GERALDO QUEIROZ - Em primeiro lugar, agradecemos ao Senhor Deputado Doutor Hércules, nosso colega médico. Para esclarecer o que fazemos com relação ao Hospital São Judas Tadeu, fomos surpreendidos, já que o município tinha a prerrogativa de fiscalizar o hospital e ficamos surpresos com alguns fatos acontecidos. A Vigilância Sanitária do Estado do Espírito Santo esteve no hospital e identificou quatro situações que foram consideradas perigos em saúde pública e colocou isso num documento, um termo de obrigações a cumprir, que foi assinada pelo hospital. O hospital não precisa contratar. Pode ter havido qualquer erro da equipe em dizer que o hospital tem que contratar. O hospital tem que ter uma escala declarada. Pessoas que se comprometam a trabalhar. Não necessariamente como empregados do hospital. Isso faz uma diferença grande. Uma equipe que possa fazer caixa único, enfim, a forma de remuneração e de vínculo desses profissionais com o hospital, como remunerará os profissionais e etc., é uma situação que o hospital terá que resolver. Não podemos ingerir

nisso. Sabemos, evidentemente, que é muito mais carro contratar, assinar carteira e etc. Fica quase que inviável, ainda mais se for contratar profissional a profissional. Contratar uma empresa com alguns profissionais pode facilitar um pouco mais, é um pouco mais barato, porque com esse profissional se paga menos imposto - quanto é de empresa. Quando não é de empresa, é vínculo direto e a situação é um pouco mais difícil.

No que tange à saúde pública, foram identificadas quatro situações: uma da alimentação; outra da lavanderia; e outra do Centro de Materiais Esterilizados, CME. Com relação a todas essas situações, o hospital assinou e se compromete a cumprir imediatamente.

Apresenta-se uma dificuldade que é a de ter equipe. Foi o que ouvi agora. Estávamos ávidos por termos recebido de S. S.ªs a documentação toda, a escala de equipe e etc.; para poder abrir o hospital imediatamente. Na ausência de equipe, fica impossível para o Estado concordar que o hospital abra. Um hospital que nem uma equipe médica apta e habilitada o tempo inteiro, vinte e quatro horas para prestar serviços ao hospital, não tem condições de funcionar com uma organização hospitalar de saúde. É preciso que as pessoas compreendam que o Estado não quer ver hospital nenhum fechado. Quer os hospitais abertos. Mas essa é mais uma situação.

A segunda situação, como foi dito pelo Senhor Deputado Rodrigo Coelho, é preciso envolver a parceria do município. O Município de Guarapari precisa ser envolvido nessa discussão, porque o Hospital São Judas Tadeu tem relevantes serviços prestados àquela sociedade e pode, eventualmente, firmar convênio com o município que possa complementar os recursos, hoje, pagos pelo Sistema Único de Saúde, diretamente. É possível esse caminho? Acho que esse caminho é possível. Este é um caminho para o qual o Estado do Espírito Santo poderia ajudar o município, se for o caso de fazer convênio com o município, não vendo dificuldades nenhuma. Em algumas situações, por exemplo, ajudar a melhorar um pouco os recursos na atenção primária, para que eles aportem recursos para o hospital. Não vemos dificuldades para que isso aconteça. O Governo não faz nenhuma objeção em colocar recursos no Município de Guarapari, para que o município faça aporte de recursos para o hospital.

Tenho notícia, não sei se ainda é verdadeira, de que o hospital é de utilidade pública, foi declarado de utilidade pública municipal há muitos anos. Não sei se isso está valendo ainda e se não está, é possível construir essa possibilidade agora, para que o município possa fazer uma entidade de utilidade pública, sem fins lucrativos. Assim, o hospital poderia receber recursos do município, um aporte de recursos municipais. Vejo como uma coisa possível de ser feita e não é sugerir que se faça nenhuma maquiagem. Tem que ser uma coisa clara,

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transparente, comunicada ao Ministério Público local, para que seja claramente acompanhada por todos que estão envolvidos nesta questão.

O Estado do Espírito Santo continua torcendo para que o hospital consiga ter sua equipe e possa voltar a funcionar imediatamente. É esse o desejo da Secretaria de Estado da Saúde.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Doutor Carlo Frederico Machado, V. S.ª quer falar alguma coisa?

O SR. CARLO FREDERICO MACHADO

- Com relação à contratação, estava querendo dizer justamente sobre o comprometimento da equipe médica. Não exatamente contratar e assinar carteira, mas ter a adesão da equipe. O profissional quer trabalhar, mas quer receber. De uma maneira ou de outra, este é um custo com o qual o hospital não tem como arcar.

Agradeço mais uma vez a boa vontade de sempre estar negociando, as ideias que vieram, como a que surgiu de o município se ligar mais diretamente ao hospital e por trás os Estado repassar. Gostaria que estendêssemos isso; como o colega disse, que tirássemos do balcão e pudéssemos ter uma conversa com algumas coisas mais concretas - e não somente ideias -, com a participação dos municípios e da nova secretaria. Acredito que será mais facilitado depois desta reunião que acontecerá agora.

Também ressalto a dedicação desta Comissão, principalmente do Senhor Deputado Doutor Hércules, que realmente esteve comigo assim que soube de todo esse boom. Colocou-se à disposição para resolver qualquer problema, está intermediando esse diálogo e está sempre participando. Confesso que jamais vi um deputado aplicar tão diretamente suas ações, por issso agradeço muito ao Senhor Deputado Doutor Hércules, além do convite.

Doutor Geraldo Queiroz, vamos deixar nossa reunião para depois da reunião que V. S.ª terá com a nova secretaria municipal de saúde e com o prefeito de Guarapari. Marcaremos com a secretaria municipal de saúde para tentarmos viabilizar isso. Fazer quadro clínico agora fica fácil, por um mês ou dois meses; porém, não conseguimos manter. Com essa manutenção é que estamos preocupados. Nestas reuniões que vierem, que possamos estudar alguma maneira de criar algum repasse, de complementação na tabela, que seja uma ajuda do município, contratação de serviço pelo município ou algo assim. Como falei, com setenta mil reais não conseguimos. A matemática não bate. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhor Carlo Frederico Machado.

Estamos com mais de três horas de reunião da Comissão de Saúde. Parece muito, mas não foi,

pois foi muito proveitosa. Talvez tenha sido uma reunião história e mais proveitosa que tivemos. Discutimos e conseguimos algumas soluções, em alguns casos quase de imediato, como o Hospital dos Ferroviários, a Clínica de Repouso Santa Isabel, em Cachoeiro de Itapemirim, e agora, por último, com o Hospital São Judas Tadeu, em Guarapari.

Temos certeza de que teremos êxito nesta luta em favor da população carente, principalmente para aqueles que não têm plano de saúde.

Agradeço a Deus e a todos mais uma vez. Todos os membros suplentes e titulares da Comissão de Saúde estiveram presentes, aos quais agradeço. Agradeço ao Subsecretário Geraldo Queiroz, que ficou aqui até agora, e ao Secretário José Tadeu Marino, que saiu agora há pouco.

Lembramos a todos, mais uma vez, da audiência pública a ser realizada dia 21 de março, quinta-feira, às 15hs, na Câmara Municipal de Guarapari.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 19 DE MARÇO DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido o Senhor secretário a proceder à leitura das atas da segunda reunião ordinária, realizada em 26 de fevereiro de 2013; da terceira reunião ordinária, realizada em 05 de março de 2013; e da quarta reunião ordinária, realizada em 12 de março de 2013. (Pausa)

(O Senhor secretário procede à leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão as atas.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Bom-dia a todos, aos Senhores Deputados e assessores desta Assembleia Legislativa e àqueles que nos

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136 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

assistem. Gostaria de fazer apenas uma retificação. Quando menciono o Secretário Estadual de Saúde, é um convite e não uma convocação, como efetivamente foi feito. Solicito a correção.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Realmente foi um convite, pois a convocação tem que passar pelo Plenário.

Em votação as atas com a devida retificação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GLAUBER COELHO - Pela

aprovação.

O SR. RODRIGO COELHO - Pela aprovação.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Pela

aprovação. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Atas aprovadas como lidas. Solicito ao Senhor secretário que proceda à

leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

OFÍCIO GAB/DJS N.º 023/2013, Da Exma. Deputada Janete de Sá, justificando ausência da reunião do dia 19/02/2013, às 09h00min, por motivo de estar cumprindo agenda legislativa no mesmo horário. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO GDGF N.º 023/2013, do Exmo. Deputado Gildevan Fernandes, com assento nesta Casa de Leis, vem através deste justificar sua ausência na Reunião Ordinária desta Comissão no dia 26 de Fevereiro 2013. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO S/N.º, Do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, Justificando ausência da reunião desta Comissão, designada no dia 05/03/2013, por motivo de agenda externa.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 009/2013, Do Exmo. Senhor Desembargador Carlos Simões Fonseca, cumprimentando o Presidente desta Comissão e agradecendo a gentileza do convite para participar da Audiência Pública sobre a situação da Clínica de Repouso Santa Izabel e dos Hospitais Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim e Evangélico que foi realizada no dia 21/02/2013, informou que não pôde participar do evento, devido a compromisso agendado no egrégio Tribunal. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 56/2013, Da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, comunicando a celebração de Convênio que especifica. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhar cópia à Comissão de Finanças para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 1457/2012, Do Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio n.º 097/2012 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Ponto Belo, objetivando a drenagem e pavimentação do trevo de acesso ao balneário dourado na sede do Município de Ponto de Belo/ES. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhar cópia à Comissão de Finanças para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 0018/2013, Do Presidente do Conselho Comunitário de Vila Velha, Senhor Marcello Rosa da Costa, vem

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 137

respeitosamente solicitar através deste, uma Audiência Pública a realizar-se em especial na Câmara de Vereadores de Vila Velha objetivando discutir com as lideranças Comunitárias a Construção de um Hospital Geral no Município. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 0019/2013, Do Presidente do Conselho Comunitário de Vila Velha, Senhor Marcello Rosa da Costa, vem respeitosamente solicitar através deste, uma Audiência Pública a realizar-se em especial na Câmara de Vereadores de Vila Velha objetivando discutir com as lideranças Comunitárias a implantação 100% de Rede de Esgoto Tratado em nosso Município, prioritariamente na Região 5. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 080/2013, Do Presidente do Tribunal de Contas, Exmo. Senhor Sebastião Carlos Ranna de Macedo, agradecendo o convite para participar da Audiência Pública que debateu a Situação do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, Hospital Infantil São Francisco de Assis, Hospital Evangélico e Clínica de Repouso Santa Isabel, não pôde comparecer devida a participação no Encontro dos Tribunais de Contas do Brasil, ocorrido em Salvador, entre os dias 21 e 22 de Fevereiro. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OFÍCIO N.º 0170/2013, Do Superintendente do Hospital Evangélico, Senhor Wagner Medeiros Junior, informando que a Unidade de Maternidade deste hospital, responsável pelo atendimento às gestantes com gravidez de risco em nossa região, suspenderá os atendimentos a partir do próximo dia 07 de março, por problemas de ordem técnica e financeira e comunica também, que ora aguardam audiência com o Excelentíssimo Governador Renato Casagrande e o Senhor

Secretário de Estado da Saúde Dr. José Tadeu Marino.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Carta Registrada do Doutor Sérgio Bourbon Cabral, Psiquiatra da Clínica de Repouso Santa Isabel Ltda., informando que a partir de 01/04/2013 não mais estará realizando internações pelo SUS e aguarda posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde por meio do seu Secretário sobre como resolver a situação da Clínica.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. Informo, Senhores Deputados Glauber Coelho e Rodrigo Coelho, que está começou ontem um censo na Clínica Santa Isabel para fazer um levantamento desses pacientes, para saber qual destino terão. Alguns não têm parentes, não têm residência, e outros são andarilhos. Já que não têm casa, pois são andarilhos, o que fazer com esses pacientes? Ontem, dia 18, iniciou-se o censo, e hoje continua em andamento. Amanhã será concluído o censo e se decidirá para onde irão os pacientes. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF GAB/DJS N.° 065/2013, Da Exma. Deputada Janete de Sá, justificando a ausência da reunião do dia 05.03.2013, por motivos de estar cumprindo agenda no Palácio Fonte Grande.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF CECP N.° 05/2013, Da Coordenadora Especial das Comissões Permanentes, informando ao Presidente desta Comissão, Deputado Doutor Hércules, que o Exmo. Deputado Claudio Vereza renunciou à sua vaga como membro suplente desta Comissão a partir de 06.03.2013.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF CDCDH N.° 016/2013, Da Presidente da

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138 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Comissão de Política sobre Drogas da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Exma. Deputada Janete de Sá, convidando o Exmo. Presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, Deputado Doutor Hércules, para a primeira Reunião Ordinária, a ser realizada no dia 12 de março de 2013, às 11h, no Auditório Rui Barbosa, com a presença do Coordenador Estadual Sobre Drogas, Sr. Ledir Porto, para apresentação do programa do Governo do Plano Estadual de Políticas Públicas sobre drogas.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF TJES/GDAMRB N.° S/N.°/2013, Do Exmo. Desembargador Álvaro Manoel Rosindo Bourguignon, justificando sua ausência na Audiência Pública realizada no Hospital dos Ferroviários devido ao conflito em data e hora com a sessão ordinária do Tribunal Pleno, no qual compõe seu quórum e com vinculações importantes a serem debatidas em plenário.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

PROCESSO ADMINISTRATIVO N.° 130753/2013, Do Sócio/Diretor da AVP Construções e Incorporações LTDA, Senhor Hélio Henrique Telles Vasconcelos, informando que a Empresa está à disposição desta Douta Comissão para qualquer tipo de esclarecimentos complementares que se fizerem necessários e apresentação de nossa empresa em reunião da Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:

PROJETO DE LEI N.° 263/2012 - Análise de mérito AUTORA: Deputada Aparecida Denadai EMENTA: Dispõe sobre a realização do exame de oximetria de pulso em todos recém-nascidos nos berçários das maternidades particulares e públicas do

Estado.

PROJETO DE LEI N.° 273/2012 - Análise de mérito AUTORA: Deputada Aparecida Denadai EMENTA: Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais terem em seu interior provadores de roupas para pessoas portadoras de necessidades especiais.

PROJETO DE LEI N.° 220/2012 - Análise de mérito AUTORA: Deputada Lúcia Dornellas EMENTA: Dispõe sobre a adição do conservante denominado benzeno (benzoato de sódio) nos produtos que especifica.

PROJETO DE LEI N.° 484/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Luiz Durão EMENTA: Institui o Dia Estadual do Socorrista, Emergencista e Voluntário.

PROJETO DE LEI N.° 488/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Esmael de Almeida EMENTA: Cria o Dia Estadual sem Tabagismo e sem Alcoolismo no Estado do Espírito Santo. PROJETO DE LEI N.° 47/2013 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Doutor Hércules EMENTA: Institui a Semana da Conscientização do Doador de Medula Óssea no Espírito Santo PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: PROJETO DE LEI N.° 419/2011 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Nilton Baiano RELATORA: Deputada Janete de Sá EMENTA: Dispõe sobre a coleta de frascos de medicamentos vazios ou vencidos no âmbito do Estado do Espírito Santo e dá outras providências. Entrada na Comissão: 20/02/2013 Prazo do Relator: 12/03/2013 Prazo da Comissão: 19/03/2013 PROJETO DE LEI N.° 425/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Sandro Locutor RELATORA: Deputada Janete de Sá EMENTA: Institui o Dia Estadual de Combate e Prevenção ao Câncer de Próstata. Entrada na Comissão: 20/02/2013 Prazo do Relator: 12/03/2013 Prazo da Comissão: 19/03/2013

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 139

Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA:

PROJETO DE LEI N.° 403/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Rodney Miranda PROJETO DE LEI N.° 412/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Dary Pagung PROJETO DE LEI N.° 461/2012 - Análise de mérito AUTORA: Deputada Luzia Toledo PROJETO DE LEI N.° 423/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Dary Pagung PROJETO DE LEI N.° 227/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputada Solange Lube PROJETO DE LEI N.° 19/2012 - Análise de mérito AUTOR: Deputado Gilsinho Lopes PROJETO DE LEI N.° 317/2012 - Análise de mérito

AUTOR: Deputado Luciano Pereira O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Passa-se à Ordem do Dia. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho para relatar. O SR. RODRIGO COELHO - Projeto de Lei n.° 95/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, que altera dispositivos da lei n.° 7.812, de 21 de junho de 2004, que dispõe sobre a proibição de pessoas jurídicas de direito público e privado que prestam serviços na área da saúde de exigirem do consumidor, para fins de prestação e/ou garantia de atendimento, cheque caução.

De acordo com o relatório supra, o Projeto de Lei n.º 95/2012 do Senhor Deputado Claudio Vereza tem por objetivo alterar os termos da Lei n.º 7.812/2004. Conforme consta na justificativa do Projeto de Lei sob exame, a exigência de cheque caução como forma de garantia para o atendimento do consumidor na rede pública ou privada de assistência hospitalar é prática que acarreta danos ao usuário do sistema de saúde.

Há de se destacar que, em caso de aprovação do presente Projeto de Lei, este representará uma garantia à preservação da saúde da população. Portanto, nosso parecer é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 95/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GLAUBER COELHO - Com o relator.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Glauber Coelho para relatar. O SR. GLAUBER COELHO - Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 291/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, que proíbe a fabricação e comercialização de incenso que contenha na composição benzeno, formol, tolueno, estireno, acetaldeído e monoxodo, que são considerados substâncias tóxicas. Por inexistir inconstitucionalidade ou vício previsto na forma regimental, a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação admitiu a tramitação da proposição na Casa de Leis. Considerando, também, que a maioria dos incensos é importada, não havendo, portanto, uma regulamentação e nem fiscalização na sua produção e comercialização, entendemos ser o projeto em questão extremamente pertinente e relevante, uma vez que irá suprir a lacuna normativa da matéria. Portanto, relato pela aprovação do Projeto de Lei n.º 291/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o relator.

O SR. RODRIGO COELHO - Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho. O SR. GLAUBER COELHO - Projeto de Lei n.º 174/2012, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, que torna obrigatória a presença de

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140 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

bula magistral em medicamentos manipulados. Trata-se da emissão de parecer no âmbito desta Comissão quanto ao mérito da proposição de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo. Da mesma forma, por inexistir inconstitucionalidade ou vício previsto na Norma Regimental da Mesa Diretora desta Casa de Leis em exercício, foi admitida a tramitação da preposição em questão. Na justificativa, a nobre Deputada enfatiza a importância da informação à sociedade relativa aos medicamentos, em especial quanto às bulas, que devem ser elaboradas com alto padrão de qualidade. Considerando que a matéria apreciada é de absoluto interesse público, propositada e oportuna, relevante e conveniente, sugiro, recomendo aos ilustres pares desta douta Comissão a aprovação do Projeto de Lei n.º 174/2012, de autoria da eminente Senhora Deputada Luzia Toledo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o relator.

O SR. RODRIGO COELHO - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho. O SR. GLAUBER COELHO - Projeto de Lei n.º 373/2012, de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung, trata-se da emissão de parecer no âmbito desta Comissão quanto ao mérito da proposição em questão, cujo conteúdo dispõe sobre a obrigatoriedade das operadoras de planos de saúde a avisar, previamente e individualmente, os consumidores sobre o descredenciamento de hospitais e médicos no âmbito do Estado do Espírito Santo. Da análise quanto ao mérito, temos que a saúde é um direito fundamental do ser humano e deve ser protegida e assegurada em obediência absoluta ao princípio da dignidade da pessoa humana, estabelecida em nossa Carta Magna. Sabemos da existência de julgados que garantem ao cidadão reclamante o atendimento qualificado pelo plano de saúde, conforme muito bem explanado nas folhas 17/24 dos autos. Também sabemos que as operadoras de planos de saúde deixam muito a desejar quanto às informações que devem prestar aos associados, em especial, quanto aos descredenciamentos das redes conveniadas.

Inclusive, Senhor Presidente Doutor Hércules, o Supremo Tribunal de Justiça já decidiu em torno da questão abordada, decidindo que as operadoras de planos de saúde estão obrigadas aos deveres de informação e assentou que a informação adequada deve ser completa, gratuita e útil. Não obstante, observamos que, conforme parecer da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, o Projeto de Lei n.º 373/2012, de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung, atende a todas as normas estabelecidas pela legislação aplicável à espécie. Estando em consonância com o Regimento Interno desta Casa de Leis. Considerando que a matéria apreciada é de absoluto interesse público, que protege direito relevante para o cidadão, que é propositada e oportuna, relevante e conveniente, sugerimos aos ilustres pares desta Comissão a aprovação do Projeto de Lei n.º 737/2012, de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o relator. O SR. RODRIGO COELHO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho. O SR. GLAUBER COELHO - Projeto de Lei n.º 83/2012, de autoria da Senhora Deputado Luzia Toledo, trata-se da emissão de parecer no âmbito desta Comissão quanto ao mérito da proposição em questão, cujo conteúdo dispõe sobre a advertência quanto ao uso excessivo de sal de cozinha no invólucro do produto. Em síntese, obriga os fabricantes e distribuidores de sal de cozinha, cloreto de sódio, a fazerem constar nas referidas embalagens a advertência na cor vermelha, sobre fundo prata ou branco, que o consumo exagerado desse produto pode causar malefícios à saúde. Quanto ao mérito, entendemos que o projeto se reveste de elevado interesse público, uma vez que colabora com a saúde do cidadão, considerando as conhecidas consequências advindas do uso excessivo desse mineral, e ainda, que a população capixaba apresenta um padrão alimentar rico em sal, açúcar e

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 141

gorduras. Segundo um estudo publicado em fevereiro de 2012, na maior revista científica do mundo, The New England Journal of Medicine, mostrou que a redução de seis para cinco gramas por dia de sal, evita dez por cento das mortes por doenças cardiovasculares, sobretudo infarto e derrame. Isso representa, em termos globais, em torno de um milhão de vidas salvas anualmente. Para hipertensos, há um aumento de quatro anos na expectativa de vida. Assim considerando, a proposta é oportuna, relevante e conveniente. Por atender ao interesse público, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a aprovação do Projeto de Lei n.º 83/2012, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o relator. O SR. RODRIGO COELHO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Os outros projetos de lei estavam distribuídos para a Senhora Deputada Janete de Sá, mas com sua ausência redistribuirei dois projetos para o Senhor Deputado Rodrigo Coelho e os outros dois para o Senhor Deputado Gildevan Fernandes. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho para relatar o Projeto de Lei n.º 172/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que dispõe sobre a responsabilidade no fornecimento de bebidas alcóolicas.

O SR. RODRIGO COELHO - O Projeto de Lei n.º 172/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, dispõe sobre a responsabilidade no fornecimento de bebidas alcóolicas. O projeto visa à conscientização e responsabilização do fornecedor de bebidas alcoólicas. No exame do mérito, verifica-se que o Projeto de Lei n.º 172/2012 é relevante e atende ao interesse público, ao passo que busca coibir o uso e comércio imoral de bebidas alcoólicas, visando reduzir o elevado índice de acidentes de trânsito relacionados à referida prática, trazendo ainda ações concretas de combate aos riscos sociais. Portanto, essa relatoria opina pela aprovação do Projeto de Lei n.º 172/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Coelho, para relatar o Projeto de Lei n.º 65/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza. O SR. RODRIGO COELHO - O Projeto de Lei n.º 65/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, altera a Lei n.º 9.665 de 2001, que instituiu o Projeto Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores de Veículos Automotores e dá outras providências. O projeto de lei visa alterar a Lei n.º 9.665 de 2001 para acrescentar o inciso V, no art. 3.º da referida Lei, que passaria a ter a seguinte redação:

Art. 1.º- O artigo terceiro, parágrafo único da Lei 9.665 fica acrescido do inciso V: V - Pessoas com deficiência.

No exame do mérito, verifica-se que a propositura é relevante, ao passo que, não fosse suficiente toda exclusão e dificuldades que as pessoas com deficiência encontram rotineiramente, tais como a própria locomoção, o custo para obtenção de Carteira Nacional de Habilitação para uma pessoa com deficiência gira em torno de dois mil e quatrocentos reais, ou seja, quase o dobro do custo para pessoas sem deficiência.

Portanto, o Projeto de Lei n.º 065/2012 atende ao interesse público, garantido às pessoas com deficiência um acesso mais justo e igualitário na obtenção da primeira Carteira Nacional de Habilitação. Esta relatoria opina pela aprovação do Projeto de Lei n.º 65/2012, de autoria do Deputado Estadual Claudio Vereza.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILDEVAN FERNANDES - Com o

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142 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes para relatar o Projeto de Lei n.º 425/2012, de autoria do Senhor Deputado Sandro Locutor. O SR. GILDEVAN FERNANDES - O Projeto de Lei n.º 425/2012, de autoria do Senhor Deputado Sandro Locutor, institui o Dia Estadual de Combate e Prevenção do Câncer de Próstata. Este projeto já recebeu parecer pela constitucionalidade na Comissão de Justiça e preenche todos os requisitos. No exame de mérito, verifica-se que a propositura é relevante e atende ao interesse público. Opinamos pela aprovação, rendendo elogios ao Senhor Deputado Sandro Locutor pela iniciativa. Normalmente não faço elogios a projetos que instituem dias comemorativos. Muitos na minha avaliação, com todo respeito, não atendem ao verdadeiro interesse público e são desnecessários. Mas, essa campanha de conscientização tendo um dia estadual específico, acho que ajudará, uma vez que muitas pessoas morrem ou ficam em estado prejudicado em sua saúde em função de diagnóstico tardio do câncer de próstata.

É preciso ainda romper o preconceito e estimular mais pessoas a fazerem exames preventivos para diagnosticar essa enfermidade a tempo de obter a cura.

Elogiamos a iniciativa do Senhor Deputado Sandro Locutor e relatamos por sua aprovação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. RODRIGO COELHO - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Projeto de Lei n.º 419/2012, de autoria do

Senhor ex-Deputado Nilton Baiano. Continua com a palavra o Senhor Deputado Gildevan Fernandes para relatar.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - O Senhor Deputado Nilton Baiano, quando esteve nesta Casa de Leis, apresentou o presente projeto e não tenho como falar de sua iniciativa sem falar de S. S.ª.

O Senhor Nilton Baiano saiu desta Casa de Leis por um processo em que o advogado cometeu falha e S.S.ª não pôde se defender corretamente. Na discussão que se trava neste País quanto a ter ou não ter ficha-limpa as pessoas às vezes não têm a devida informação. Tenho convicção de que o ex-Deputado Nilton Baiano é um homem de mãos limpas. Infelizmente, foi condenado e seu advogado não apresentou defesa a tempo. Mas é um homem honrado que sempre prestou relevantes serviços ao povo capixaba e rendemos homenagem porque acreditamos em sua integridade, honestidade, caráter e formação como profissional e homem público.

O Projeto de Lei n.º 419/2011, de autoria do ex-Deputado Nilton Baiano dispõe sobre a coleta de fracos de medicamentos vazios ou vencidos no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art 1º Ficam os estabelecimentos que comercializam medicamentos obrigados a manter um sistema de coleta dos frascos de medicamentos vencidos ou vazios, no âmbito do Estado do Espírito Santo. Parágrafo Único. Os estabelecimentos de que trata o caput deste artigo deverão orientar os consumidores sobre a forma de descarte destes medicamentos. Art 2º Para o recolhimento dos frascos de que trata o artigo anterior, os seus responsáveis deverão manter postos de coleta ou lixeiras especiais em seus pontos de venda. Art 3º Os frascos recolhidos deverão ser devolvidos aos fabricantes ou responsáveis pela distribuição e, em último ao Órgão Público competente do Estado, para reciclagem ou incineração. Art 4º O descumprimento dos dispositivos desta lei acarretará ao infrator a imposição de multa de 5.000 (cinco mil) VRTE-ES (Valor de Referência do Tesouro Estadual). Art 5º Esta lei entrara em vigor na data de sua publicação.

30 de novembro de 2011.

NILTON BAIANO Deputado Estadual - PP

O projeto tramitou na Comissão de Justiça recebendo

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 143

parecer pela sua constitucionalidade e legalidade; preenche os requisitos, atende ao interesse público, por isso apresentamos nosso parecer pela sua aprovação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. RODRIGO COELHO - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Assino em baixo das palavras do Senhor

Deputado Gildevan Fernandes. O Senhor Nilton Baiano, além de grande colega, de vez em quando ligo para S. S.ª às terças-feiras de manhã, principalmente quando não há quorum. Este ano tem havido quorum, felizmente. Ano passado houve deputado que faltou oito reuniões seguidas, ou seja, dois meses, e não podíamos fazer a reunião da Comissão. Este ano felizmente tem havido quorum. De vez em quando ligo para o Senhor Nilton Baiano dizendo que estou com saudades de S. S.ª em nossa Comissão, pois realmente é um grande profissional, um deputado muito responsável que, infelizmente, por erro do advogado ou por não recorrer, perdeu prazo e o mandato também.

Registro, Senhor Deputado Gildevan Fernandes, o apoio de V. Ex.ª sobre o Senhor Nilton Baiano e assino embaixo.

Terminamos nossa pauta. Lembramos aos colegas e ao povo que nos assiste que no dia 21, depois de amanhã, na quinta-feira, às 15h, estaremos na Câmara Municipal de Guarapari fazendo audiência pública sobre as nove crianças que morreram no Hospital São Judas Tadeu, e também sobre o sistema de saúde do Município de Guarapari. Queremos saber o que está acontecendo, principalmente, com os exames pré-natais dessas mães, uma vez que o hospital alega que sete chegaram mortas ao hospital. Já fizemos algum levantamento e temos o relatório. Informamos também aos membros da Comissão de Saúde que queiram tomar conhecimento não só do relatório do hospital, mas também da Vigilância Sanitária, que temos cópias para fornecer a todos. Temos também o relatório do Hospital São Judas Tadeu, a avaliação da Secretaria de Estado da Saúde sobre o hospital conhecido como Clínica Santa Isabel, em Cachoeiro de Itapemirim, e sobre o Hospital dos Ferroviários. Queremos saber o que está acontecendo, pois o Hospital dos Ferroviários continua fechado.

A palavra está franqueada aos Senhores Deputados que dela desejarem fazer uso, pois limpamos a pauta e temos tempo. (Pausa) Não havendo quem queira fazer uso da palavra, agradecemos aos membros da Comissão, a todos os participantes, aos Procuradores, à TV Assembleia, ao Senhor Paulo Fernando Brayner e a nossa querida repórter. Colhemos muitos frutos da audiência que realizamos na semana passada. Fixamos prazos que, até então, não existiam para o Hospital São Judas Tadeu, em Guarapari. Requisitamos reforço policial para a quinta-feira, porque parece que há manifestações, o que é bom.

Senhores Deputados Gildevan Fernandes e Rodrigo Coelho, em todas as audiências públicas que realizamos convidamos e levamos o Ministério Público para acompanhar, porque é muito comum chegarmos a uma cidade e muita gente achar que vamos até lá para fazer discursos políticos. Temos isenção para fazer com que o Ministério Público, o Conselho Estadual ou Municipal de Saúde possa acompanhar. Convidamos o juiz da comarca para acompanhar, para que possamos repassar para o Governo do Estado e para o Senhor Secretário de Estado da Saúde a realidade que encontramos naquele município. Na quinta-feira teremos também a TV de Guarapari acompanhando, e a Rádio FM de Guarapari também já confirmou. Hoje não tivemos café em nossa reunião porque nosso querido servidor ficou preso na enchente. Temos impressão de que nem Noé conseguiu chegar à Assembleia Legislativa hoje, apesar de estar na arca tentando chegar. Por isso, não temos nem nossa água nem nosso cafezinho. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO. SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 02 DE ABRIL DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido o Senhor secretário a proceder à leitura da ata da reunião anterior. (Pausa)

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144 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

(O Senhor secretário procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - Pela aprovação.

O SR. GLAUBER COELHO - Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ata aprovada como lida. Solicito ao Senhor secretário que proceda à leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OF DP-01 n.º 012/2013, Do Diretor da Procuradoria em exercício, Senhor Mário César Maia Gama, justificando ausência da procuradora Sandra Maria Cuzzuol Lóra devido às chuvas torrenciais ocorridas na Grande Vitória, sobretudo em Vila Velha, município onde reside, que resultaram no alagamento das vias de acesso a esta Casa de Leis, tornando-as intransitáveis. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: E-mail recebido, da Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Secretaria de Estado da Saúde - GPDI/SESA solicitando agenda junto à Comissão de Saúde e Saneamento para apresentação do Plano Diretor de Regionalização da Saúde (PDR-ES). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Encaminhar à Secretaria da Comissão.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF SIMES n.º 104/2013, do Presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Otto Fernando

Baptista, convidando o Presidente da Comissão de Saúde para participar da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 25/03(Segunda Feira), às 19h em segunda convocação, com os médicos pediatras do HEINSG, onde serão tratados diversos assuntos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF GDF n.º 047/2013, do Exmo. Deputado Gildevan Fernandes, com assento nesta Casa de Leis, vem através deste justificar ausência na Reunião Ordinária desta Comissão no dia 05 de Março de 2013. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS

SENHORES DEPUTADOS: Projeto de Lei N.º 273/2012 - Análise de mérito Autora: Deputada Aparecida Denadai Relator: Deputado Gildevan Fernandes Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais terem em seu interior provadores de roupas para pessoas portadoras de necessidades especiais. Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013

Projeto de Lei N.º 263/2012 - Análise de mérito Autora: Deputada Aparecida Denadai Relator: Deputado Gildevan Fernandes Ementa: Dispõe sobre a realização do exame de oximetria de pulso em todos os recém-nascidos nos berçários das maternidades particulares e públicas do Estado. . Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013 Projeto de Lei N.º 220/2012 - Análise de mérito Autora: Deputada Lúcia Dornellas

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 145

Relator: Deputado Gildevan Fernandes Ementa: Dispõe sobre a adição do conservante denominado benzeno (benzoato de sódio) nos produtos que especifica. Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013 Projeto de Lei N.º 484/2012 - Análise de mérito Autor: Deputado Luiz Durão Relator: Deputado Rodrigo Coelho Ementa: Institui o Dia Estadual do Socorrista, Emergencista e Voluntário. Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013 Projeto de Lei N.º 488/2012 - Análise de mérito Autor: Deputado Esmael de Almeida Relator: Deputado Rodrigo Coelho Ementa: Cria o Dia Estadual Sem Tabagismo e sem Alcoolismo no Estado do Espírito Santo. Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013 Projeto de Lei N.º 47/2013 - Análise de mérito Autor: Deputado Doutor Hércules Relator: Deputado Glauber Coelho Ementa: Institui a Semana de Conscientização do Doador de Medula Óssea no Espírito Santo. Entrada na Comissão: 26/02/2013 Prazo do Relator: 03/04/2013 Prazo da Comissão: 10/04/2013 PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período. ORDEM DO DIA: O que ocorrer. COMUNICAÇÕES: Não houve no período.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Registramos com satisfação mais uma vez a presença do Senhor Ricardo Eward, Diretor do Hospital Evangélico de Vila Velha e que quase sempre está presente. Agradecemos a V. S.ª a presença.

O SR. GLAUBER COELHO - Senhor Presidente, pela ordem! Solicito a V. Ex.ª que

coloque à apreciação dos membros desta douta Comissão o convite para que representantes do Hospital Infantil do município de Cachoeiro de Itapemirim, bem como do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim pudessem visitar esta douta Comissão para compartilhar conosco a respeito de demandas, investimentos, expectativas, programas e daquilo que o Governo do Estado tem feito em parceria com esses dois nosocômios.

Aproveito o ensejo e submeter a V. Ex.ª e concomitante aos nobres pares, para que pudéssemos aprovar essa solicitação e a data ficaria a cargo da presidência definir com os representantes desses hospitais a vinda dos mesmos a esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Tem o meu apoio, do Senhor Deputado Gildevan Fernandes e da Senhora Deputada Janete de Sá também.

Quero fazer algumas comunicações também, Senhor Deputado Glauber Coelho, sobre a questão de Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Hospital dos Ferroviários e também da Clínica Santa Isabel de Cachoeiro de Itapemirim.

Deliberaremos sobre a proposta de convite ao Secretário Tadeu Marino. Queremos convidar o secretário ou o representante de S. Ex.ª para vir à Comissão para sabermos sobre o andamento das questões que decidimos na reunião que tivemos nesta Casa de Leis. Por exemplo, visitar a Comissão e sobre as últimas providencias sobre o Hospital dos Ferroviários, o Hospital São Judas Tadeu e a Clínica Santa Isabel de Cachoeiro de Itapemirim.

Ficou certo que do dia 18 ao dia 20 de março do mês passado, no município de Cachoeiro de Itapemirim, seria feito um censo para ver o que fazer com os trezentos e setenta e cinco pacientes que estavam praticamente empilhados naquele município. Queremos saber o andamento disso e também do Hospital dos Ferroviários, Senhora Deputada Janete de Sá, fizemos uma audiência pública lá também e saber como andam os preparativos para a reabertura do hospital.

E também já estivemos no Hospital São Judas Tadeu e ainda ontem ligamos para saber sobre a reabertura do hospital. A senhora que trabalha com o Doutor Carlo Frederico Machado informou que a Secretaria de Estado da Saúde estaria liberando cem mil reais para ver se o hospital poderia adaptar o mais rápido possível às exigências feitas pela Vigilância Sanitária.

De qualquer forma, são informações que sabemos, mas que não são oficiais. Gostaríamos que fossem oficiais e fossem feitas pelas autoridades, porque temos esse dever de fiscalizar.

Senhor Deputado Glauber Coelho, gostaria de falar também sobre a visita do Doutor Otávio Guimarães de Freitas Gazir, Promotor do Município de Guarapari, a esta Casa de Leis. O Promotor

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146 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

acompanhou a audiência pública naquele Município, sobre a morte das crianças no Hospital de Guarapari, e também o que está acontecendo com a Saúde, atenção primária, na cidade. O Prefeito acompanhou toda a audiência, prometeu uma melhoria na assistência primária no Município. S. Ex.ª disse que focou a campanha nessa linha da atenção primária e que o Secretário estaria enviando essa verba para o Município de Guarapari melhorar o Sistema de Saúde da atenção primária. Salvo outras informações, a que temos, a que vimos no prontuário, é que, das nove crianças, sete chegaram ao hospital mortas e duas teriam morrido dentro dele. Isso é uma questão de estar sendo fiscalizado pelo Conselho Regional de Medicina, pela Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia e pelo Ministério Público. Temos que verificar um dia para convidarmos o Doutor Otávio Guimarães de Freitas Gazir para vir a esta Casa de Leis falar sobre o andamento da questão do Município de Guarapari. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, pela ordem! Com relação ao Hospital dos Ferroviários, o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, esteve nesta Casa de Leis, na audiência pública dessa Comissão de Saúde, e certificou que, até sexta-feira daquela semana, daria o resultado das análises a serem feitas nas contas do hospital, que motivou o fechamento, a inviabilização da abertura do hospital. Acontece que, até a presente data, o Senhor Secretário não apresentou o relatório e o hospital continua fechado, a despeito de nossa vontade de estar discutindo sua reabertura, do interesse da população e também dos atuais administradores do hospital em estar abrindo as instalações e colocando a serviço da população. Gostaríamos de requerer um pedido de informação, o mais breve possível, ao Senhor Secretário Tadeu Marino, de como se encontra essa questão e por que S. Ex.ª não atendeu o compromisso que fez nesta Comissão de entregar esse relatório, tanto uma cópia para a Comissão de Saúde como também discutir junto aos administradores do hospital. Gostaríamos também de saber se o Secretário de Estado da Saúde passou para V. Ex.ª, como ficou de passar para a nossa Comissão, os dados levantados, porque, até agora, não recebemos nada. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhora Deputada Janete de Sá, até semana passada, acredito que na quarta-feira, dia 27 de março de 2013, uma vez que quinta-feira foi ponto facultativo, entrei em contato com o Secretário de Estado da Saúde para saber o andamento disso. S. Ex.ª falou, naquela ocasião, por telefone, que estava fazendo ainda um levantamento.

O requerimento de V. Ex.ª é pertinente, mas

gostaria de convocar o Secretário de Estado da Saúde, aliás, educadamente convidá-lo - a convocação deveria ser aprovada em Plenário -para vir a esta Casa de Leis, na próxima semana, para dar os esclarecimentos que V. Ex.ª quer e todos nós também. O hospital continua fechado. O povo está sofrendo e os funcionários estão sem receber. Como pode um hospital daquele porte, de qualquer porte, ficar fechado? Fico triste - sempre falo isso da Tribuna da Assembleia Legislativa do Espírito Santo - pois, quando há uma irregularidade em uma prefeitura, como ocorreu no Município de Presidente Kennedy, nomeia-se um interventor. A Prefeitura continuou funcionando, mas, mesmo se ela tivesse parado, não morreria ninguém por isso. Mas no hospital morre! Fizeram uma intervenção até na Igreja Maranata. Não tenho nada a ver com a Igreja Maranata. Sou católico, não tenho nada contra a igreja, mas nomearam um interventor para ela e o hospital é fechado. Se a Igreja Maranata for fechada, ninguém morrerá por isso. No hospital, as pessoas morrem! A saúde já está muito mal com o hospital aberto, imagine com ele fechado. Acho um contrassenso. Por mais esforço que se faça, a minha inteligência é muito medíocre para entender uma coisa dessas. Não dá para entender! O hospital fecha; já está ruim e piora. Senhora Deputada, se V. Ex.ª concordasse, faríamos o convite ao Secretário de Estado da Saúde ou a um representante de S Ex.ª para que esteja na semana que vem, na terça-feira, na reunião da Comissão. A SR.ª JANETE DE SÁ - Concordamos plenamente e acatamos o requerimento de V. Ex.ª no sentido de convidar o Secretário prestar esclarecimentos e nos repassar a documentação solicitada em audiência, que até agora não chegou à Comissão. O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, pela ordem! Gostaríamos de insistir na posição inicial da Senhora Deputada Janete de Sá. Não se trata de uma ação extraoficial, trata-se de uma ação oficial, de um levantamento, de um estudo de análise que estão sendo feitas. Insistimos que deveríamos, inicialmente, solicitar esses documentos para que possamos, em um segundo momento, se necessário for, convidar o secretário ou seu representante para que não estejamos, com todo respeito, banalizando o convite com relação à vinda de um Secretário de Saúde a esta Casa de Leis. Esperamos ser bem compreendidos neste sentido. Em um primeiro momento, faríamos o estudo, e se necessário fosse, convidaríamos o secretário. Não devemos, a nosso ver, diante de todas as demandas que aparecerem, convidarmos o secretário com certa rotina, porque estaremos

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 147

prejudicando até a Comissão e, principalmente, o trabalho do secretário, que também não pode ficar à mercê de convites permanentes desta Comissão de Saúde. Essa é nossa compreensão, salvo quando um problema se aprofunda sem a devida solução. Achamos que podemos insistir, primeiramente, na análise da documentação. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, pela ordem! Discordamos, com todo respeito, do posicionamento do Senhor Deputado Gildevan Fernandes. Insistimos para que peçamos, pois uma coisa não inviabiliza outra. S. Ex.ª não estava presente, mas, nesta Comissão, o secretário assegurou que naquela sexta-feira estaria fazendo o relatório e discutindo com o hospital sua reabertura. Isso não foi feito. Passaram-se duas semanas e o secretário, em desrespeito a esta Comissão que se comprometeu, não tomou atitude. Esse hospital é importante para população no entorno da Grande Vitória, principalmente, dos Municípios de Vila Velha, Cariacica, Viana e Serra que são atendidas, e o interior do Estado, inclusive, Senhor Deputado Gildevan Fernandes, a população do Município de Pinheiros, cidade de V. Ex.ª é muito atendida por aquele hospital. E o hospital continua fechado. Bem disse o Senhor Deputado Doutor Hércules, que quando é em igreja, nomeiam interventor, e para várias situações nomeiam interventor, mas para o hospital não nomearam interventor e, com isso, o hospital fechou. Está parecendo que existe uma pendenga política nessa história, porque o secretário anterior sucedeu o atual em outro Governo e foi quem determinou que o hospital fosse gerido por uma administradora e que hoje está trazendo problemas junto ao Tribunal de Contas. Portanto, insistimos e defendemos que o secretário venha, porque não é banalidade sua presença para prestar os esclarecimentos diante do compromisso que fez com esta Comissão. Queremos os documentos e a sua presença para prestar os esclarecimentos. Insistimos nesta tese. O SR. GILDEVAN FERNANDES - Primeiramente, estávamos presente sim nessa reunião. A nossa observação em nada tem a ver com o mérito e com a importância da instituição do Hospital dos Ferroviários. Temos pleno conhecimento do trabalho desenvolvido e da importância dessa instituição para a saúde pública da população capixaba. Realmente, afirmamos que muitos cidadãos pinheirenses do extremo Norte já foram atendidos no Hospital dos Ferroviários. Certamente, o secretário também não tem a compreensão de que esta instituição não é importante. O que houve foi uma atitude necessária para quem é gestor público, porque o que se questionou foi a questão da contabilidade, da

prestação de contas e dos gastos no que se refere a recursos públicos repassados pelo Estado. Não houve uma determinação do fechamento do hospital e isso ficou muito claro. O que houve foi a suspensão das parcerias com o Governo do Estado. Claro que, em função da suspensão, é difícil trabalhar. Fica economicamente inviável e temos que lutar pela abertura do hospital. A ponderação que fazemos é na forma da Comissão agir. Achamos que não precisamos tencionar para resolver, exceto quando a situação se aprofunda e que não há uma atenção devida. Acredito na responsabilidade do Secretário. Acho que com diálogo, buscando informações e discordando das informações apresentadas, estaremos mais embasados para discutir. Convidaremos S. Ex.ª que trará os documentos, mas não teremos condições de questionar imediatamente. Se solicitarmos os documentos, buscarmos o contraditório junto à diretoria do hospital, estaremos preparados para debater muito mais do que só falar sobre a questão do mérito. Quem neste País tem coragem de dizer que um hospital que está fechado, tem que continuar fechado? Ninguém é insano nesse sentido. Queremos hospitais funcionando, mas precisamos ter responsabilidade para debater. Com todo respeito, precisamos primeiro receber a documentação. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Farei igual a Salomão. Faremos as duas coisas. Senhor Deputado Gildevan Fernandes, com o máximo respeito à opinião de V. Ex.ª, a informação pode demorar mais do que a visita. Precisamos com urgência. Ninguém está duvidando do Secretário, mas é claro que a saúde vai muito mal. Não podemos deixar um hospital fechado. A Comissão de Saúde tem que ter essa responsabilidade de não deixar um hospital fechado e o povo morrendo na rua, enquanto esperamos uma resposta no papel.

Queremos encarar o Secretário nesta Comissão. S. Ex.ª está na Pasta para isso e tem vários subsecretários. Se não puder vir, mandará o subsecretário. Quantas vezes já mandou o subsecretário? Não precisamos da presença do Senhor Tadeu Marino e sim da presença de um representante da Secretaria de Estado da Saúde. Pode ser delegado esse poder a qualquer um dos subsecretários. A Senhora Deputada Janete de Sá insiste que, de preferência, seja o Senhor Tadeu Marino. Achamos que está certa porque S. Ex.ª é o titular da Pasta e deu a sua palavra para esta Comissão. Para nós, não interessa muito se foi o Governo do Estado ou o Secretário de Saúde que fechou o hospital. O que nos importa é que o hospital

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seja aberto. Problema de papel, de contabilidade, de quem subtraiu ou não subtraiu... o povo continuará morrendo? Não. Fazemos o nosso papel nesta Comissão e o Senhor Tadeu Marino faz o dele. Insistimos e somos a favor do requerimento da Senhora Deputada Janete de Sá de convidar o Secretário Tadeu Marino.

Atendendo ao pedido do Senhor Deputado Gildevan Fernandes, faremos o pedido de informação. O SR. GLAUBER COELHO - Senhor Presidente, pela ordem! É importante que esse debate aconteça, até porque é extremamente saudável. Esta comissão existe justamente para isso, para discutir e debater. Seria de bom alvitre que conseguíssemos fazer as duas coisas de forma concomitante. Primeiro, faríamos a solicitação dessa documentação para que nós, parlamentares desta Comissão, tivéssemos mais informação, mais conhecimento. Podemos determinar um prazo para que essa documentação seja entregue: nesta semana ou no mais tardar na próxima semana. Daqui a uma ou duas reuniões, fazemos o convite ao ilustre Secretário para que compareça mais uma vez nesta Comissão para explanar sobre tudo o que foi absorvido pelos auditores e pelos técnicos e automaticamente responda aos questionamentos desta Comissão. Seria extremamente importante que tivéssemos as duas coisas. Gostaríamos que chegasse essa documentação ainda nesta semana.

S. Ex.ª se comprometeu conosco e até o presente momento não cumpriu o prazo. Para nós é fundamental que essa documentação chegue. Fica esta sugestão: estipular o prazo de entrega dessa documentação para até sexta-feira desta semana. Nas duas próximas reuniões ordinárias, teríamos a presença do ilustre Secretário. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Faremos as duas coisas. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, pela ordem! Não abro mão da minha tese. Não estou entendendo o protecionismo ao Secretário. O Secretário descumpriu a palavra. Esteve nesta Comissão e não mandou a documentação. Estamos pedindo documentação de novo. Se querem prazo, entrega até quinta-feira. Se até este dia S. Ex.ª não entregar, na segunda-feira, automaticamente S. Ex.ª estaria convidado. Alguma coisa neste sentido porque daqui a uma ou duas semanas não. Insisto. Posso até perder na votação, mas insisto porque tenho convicção de que meu propósito está correto. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhora Deputada Janete de Sá, esclareço que sugeri que fossem feitas as duas coisas.

O Senhor Deputado Glauber Coelho falou sobre o prazo. Podemos solicitá-lo, não podemos estabelecê-lo. Só se fosse uma convocação feita pelo Plenário e haveria prazo regimental para S. Ex.ª comparecer à Comissão e dar informações.

Na verdade, está acontecendo um desencontro. Insisto na proposição da Senhora Deputada Janete de Sá em fazer o convite para o Secretário de Saúde ou seu representante vir na terça-feira. A Senhora Deputada Janete de Sá insiste que venha o Senhor Tadeu Marino e acho que está certa.

Faremos também o ofício solicitando a informação e pediremos que S. Ex.ª mande até quinta-feira. De qualquer forma, o convite será feito para que terça-feira S. Ex.ª venha a esta Casa de Leis. Concordam? Não concordam Senhores Deputados Gildevan Fernandes e Glauber Coelho?

Na condição de Presidente, desempato apoiando a Senhora Deputada Janete de Sá.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Qual

empate aconteceu? A SR.ª JANETE DE SÁ - Dois a dois. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Convidaremos o Senhor Secretário para estar nesta Casa de Leis na terça-feira. Oficiaremos o Secretário para que, até quinta-feira, S. Ex.ª mande as informações que precisamos acerca da reabertura do Hospital dos Ferroviários.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço desculpas porque nunca me deparei com essa situação, mas normalmente o Plenário vota e o Presidente não vota. Quando há empate, o Presidente desempata. Essa situação talvez seja regimental. Não tenho conhecimento. Para mim, é uma situação atípica porque não conheço nenhum regimento com esta caracterização.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Senhor Deputado Gildevan Fernandes, tenho impressão que só não falei que coloco em discussão e em votação. Discutimos e ficou clara a posição de dois e dois. Mas V. Ex.ª insiste, então colocarei em votação.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª JANETE DE SÁ - Voto com V. Ex.ª

pela proposta de pedirmos informação e o Senhor Secretário mandá-la até quinta-feira. Se não mandar até esta data, na terça-feira estará convocado.

O SR. GLAUBER COELHO - Senhor

Presidente, meu voto é em relação à minha sugestão. Dar prazo ao Senhor Secretário para que S. Ex.ª encaminhe esta documentação ainda esta semana e, nas próximas duas sessões, até duas sessões,

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 149

convidaríamos o ilustre Secretário a estar presente nesta Casa de Leis. Ou seja, apenas uma sessão a mais.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Acompanho a proposição do Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Acompanho o voto da Senhora Deputada Janete de Sá. No caso de empate, desempato porque continuar gente morrendo por duas semanas à porta do Hospital dos Ferroviários e São Judas Tadeu, não concordo de forma alguma.

A Comissão de Saúde já deu tempo demasiado ao Senhor Secretário. Não estamos buscando se S. Ex.ª é o culpado. Há um culpado nesta história. O único que não é culpado é quem está morrendo no chão. Este não é culpado.

Acho que o prazo já foi exaurido. Já discutimos muito isso. É preciso que esta Assembleia Legislativa seja respeitada. Que alguém dê satisfação. Soube ontem, porque liguei para o Município de Guarapari, que o Senhor Secretário teria mandado cem mil reais para ajudar o Município, mas não falam nada à Comissão de Saúde. Simplesmente desconhecem a Comissão de Saúde como se existisse só para ser usada do jeito que o Governo quer. Não é por aí.

Insisto no convite ao Senhor Secretário Tadeu Marino, na terça-feira que vem, e em oficiar de acordo com o pedido da Senhora Deputada Janete de Sá em dar prazo até quinta-feira para que S. Ex.ª mande as informações necessárias.

Outro assunto a deliberar, Senhor Deputado Glauber Coelho, é sobre a vinda a esta Comissão do Doutor Cleto Vinícius Vieira Pedrollo, Promotor de Justiça do município de Cachoeiro de Itapemirim, para falar sobre a Clínica de Repouso Santa Isabel. É um requerimento nosso e que tenho certeza de que V. Ex.ª gostará desse requerimento. E como são muitos requerimentos para serem feitas visitas à Comissão de Saúde, veremos como faremos.

Senhora Deputada Janete de Sá, queremos aprovar hoje e depois veremos como acomodaremos, para que também esteja de acordo com a agenda dos visitantes. Os Senhores Deputados Glauber Coelho, Gildevan Fernandes e Janete de Sá concordam em convidar o Promotor de Justiça de Cachoeiro de Itapemirim para vir falar sobre a Clínica de Repouso Santa Isabel.

E o secretário determinou o prazo de 18 a 20 de março para fazer um censo para decidir para onde iriam aquelas pessoas, aqueles pacientes psiquiátricos, uma vez que há pacientes que estão internados há muitos anos, pacientes que não sabem mais onde a família está e pacientes que são moradores de rua. Precisamos saber para onde está indo esse censo e como ficou.

Agradeço o apoio a todos. E deliberaremos

também sobre a proposta de convite da Doutora Inês Thomé Poldi Taddei, Promotora da área de Saúde do Ministério Público do Município de Vila Velha, para falar sobre a questão do Hospital dos Ferroviários. E se S. Ex.ª puder vir, essa visita poderia ser junto com a visita do Secretário de Estado da Saúde.

O SR.GILDEVAN FERNANDES - Senhor

Presidente, pela ordem! Inicialmente, quero ressaltar que na conclusão do curso de Direito, meu lema foi: do contraditório que nasce a justiça.

As opiniões diferentes servem para que possamos chegar a uma conclusão que represente justiça. O art. 20, em seu parágrafo terceiro diz o seguinte:

§ 3º Em caso de empate de votação simbólica ou nominal, haverá nova votação na sessão seguinte e, persistindo o empate, observar-se-á o disposto no artigo 23, § 2º.

A proposição do Senhor Deputado Glauber Coelho muito sensata e também acredito que seja questão de coerência. Não se muda uma situação que não se conhece, não se propõe mudança daquilo que não se conhece.

Receber a documentação seria uma oportunidade de conhecer e debater. E não tenho nenhum tipo de protecionismo. Se na análise da documentação houver alguma injustiça, alguma falha ou algum erro da Secretaria de Saúde sobre uma entidade que mereça nossa confiança, nosso crédito e até que se prove o contrário sejam pessoas idôneas, pedirei revisão dessa situação. Eu mesmo tomarei essa atitude. Não há questão de protecionismo. Insisto que devemos primeiro conhecer a situação, receber a documentação para que a nossa defesa seja mais eficaz, se assim tivermos que fazer.

E regimentalmente encontramos amparo, porque a decisão hoje não está respaldada no Regimento Interno. Pedimos a documentação, temos a oportunidade de analisar, temos a próxima reunião para poder discutir internamente. E na outra reunião já teríamos a presença do secretário.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em que pese o ilustre causídico, os seus conhecimentos jurídicos, que não menosprezamos, queremos preservar a vida. Talvez por isso que morre muito mais pessoas, por isso que começamos a olhar muito a lei, muito os penduricalhos da lei e as pessoas continuam morrendo. Mais uma semana e quantos morrerão com esse hospital fechado?

Sinto muito e quero que o Senhor Deputado Gildevan Fernandes possa tomar qualquer atitude com relação ao presidente desta Comissão, mas insistirei nisso aqui. Pode me enquadrar no Regimento Interno, V. Ex.ª tem o direito de fazer o

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150 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

que quiser, mas insistirei em chamar o secretário a esta Casa, porque estou lidando com a saúde, com a doença, com a morte, não estou lidando com o papel. Muito bem, V. Ex.ª está certo de acordo com o Regimento Interno, agora quero lutar pela vida e continuarei assim. Fiz Direito e parei de advogar há muito tempo para ser médico. Sei o que é! Senhor Deputado, dá um pulinho no Hospital São Lucas, vá ao corredor e veja o que está acontecendo. E o Hospital está aberto! Vá ao Hospital Antônio Bezerra de Farias, no Município de Vila Velha. Vá ao Hospital Dório Silva e veja o que está acontecendo. Vá à porta do hospital dos Ferroviários, às 06h, para ver quantos pacientes vêm do Interior do Estado do Espírito Santo, muitos até do Munícipio de V. Ex.ª, e voltam, porque não sabem que o hospital está fechado. Por um papel, por uma lei, por um regimento, Senhor Deputado, sinto muito, lamento em insistir que precisamos olhar mais a vida, porque temos isso no Brasil inteiro. No Hospital das Clínicas há cento e vinte leitos desativados. Não podemos cruzar os braços, bater palmas para os Governos Federal e Estadual, para uma situação caótica dessas. Quantas e quantas pessoas continuam morrendo enquanto vamos só observar a lei. Quero insistir com V. Ex.ª. Sinto muito, mas assumirei essa posição. Que eu seja penalizado pelo Regimento Interno, pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, mas assumirei e convidarei o Senhor Secretário. Desculpe-me ser ditador neste momento, mas estou olhando a vida e vejo pessoas morrendo. Não posso continuar assistindo a isso.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, V. Ex.ª falou de saúde e de vida, mas na verdade V. Ex.ª agiu com um sentimento de advogado esperto que, de certa forma, deturpou o meu posicionamento.

V. Ex.ª está diante de um cidadão, de um homem público que tem a exata noção de sua responsabilidade, sentimento e sensibilidade diante da dor das pessoas. Jamais promoveria qualquer tipo de protecionismo que prejudicasse a vida dos cidadãos.

Se V. Ex.ª pegar meu celular verá que, às 2h dessa madrugada, estava dando assistência e buscando ajuda, solução para um problema de saúde de uma criança. Fiz isso durante oito anos em que fui prefeito. Quantas vezes fui ao hospital à noite e de madrugada para tentar atuar diretamente e dar suporte ao Sistema de Saúde.

Invocar a solução rápida das questões administrativas, financeiras, muitas vezes, não é preservar a saúde. Até porque hospital aberto não é garantia de assistência de saúde digna para a população. Muitas vezes hospitais abertos - e não me refiro a esse caso - significa oportunidade de desvios de recursos públicos e, aí sim, temos, realmente, muitas vidas sendo ceifadas, perdidas por falta de

assistência digna, enquanto muita gente fica embolsando o dinheiro da Saúde.

Não há dúvida de que não falta dinheiro para a Saúde no nosso País. É necessário que lutemos por um orçamento mais forte, pela maior participação da Saúde no orçamento público. Mas não há dúvida de que, muitas vezes, e muitas instituições, usam o dinheiro público indevidamente. E defendemos a Saúde de qualidade, o fortalecimento da Saúde Pública e o atendimento à população.

Ninguém irá, de forma inteligente e sábia, querer deturpar a minha posição, meu sentimento e a minha responsabilidade de homem público.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Não se trata de deturpar. Primeiro o desconhecimento total de que há dinheiro para a Saúde Pública. Isso é um desconhecimento total! O Brasil, hoje, investe menos da metade do dinheiro investido em alguns países do Continente Africano. O Brasil, hoje, investe menos de quatro por cento. Não há dinheiro para a Saúde! Se tiver alguém desviando esse dinheiro, é dever do Deputado denunciar. O Deputado tem o dever de denunciar! Porque, caso contrário, estará conivente com o desvio de recurso e de verba. A Saúde do Brasil vai mal, a Saúde no Estado vai mal e nos municípios também. No Brasil, a PEC n.º 29/2000, que destinava dez por cento para o sistema de saúde, infelizmente, foi totalmente deturpada no final de 2011. Sem dinheiro não se faz saúde pública boa. Se tiver alguém protegendo alguma entidade de saúde pública e embolsando dinheiro, é bom que seja claro e que denuncie isso. Tem que denunciar. Não bota a viola no saco não, denuncie quem está roubando dinheiro e para onde está indo esse dinheiro. Porque não sabemos, só sabemos que o Estado paga uma miséria para os hospitais filantrópicos e o Estado ainda acha, Senhor Deputado Glauber Coelho, igual ao Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim que o pai de V. Ex.ª é diretor, que está fazendo um favor muito grande em repassar alguma verba para o Hospital Evangélico e para outros hospitais. A obrigação do Governo é assumir os hospitais, mas não assumem porque não tem competência e não tem capacidade. O Governo do Estado não tem capacidade de assumir a saúde pública e, com isso, bota nas costas das instituições filantrópicas. Por isso que as filantrópicas andam com o peso na mão, e ainda saem falando que repassaram tanto para o Hospital Evangélico, tanto para a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim e tanto para a Pró-Matre, como se estivessem fazendo um grande favor. São uns irresponsáveis, são uns omissos que não assumem o que está na Constituição Federal: A saúde é direito de todos e dever do Estado. Por que o Estado entrega para o Hospital Evangélico? Por que entrega para a Santa Casa de

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 151

Misericórdia? Por que entrega para a Pró-Matre e para outros hospitais? Porque o Governo Estadual não tem competência e não tem vergonha na cara de assumir os erros. Com isso, fecha o hospital, e ninguém está querendo que o hospital abra e que mate pessoas. Não deturpe também, porque não é assim não. A conversa é totalmente diferente. Queremos que abram o hospital sim, e que botem o interventor dentro. Por que fechar o hospital? Por que a vigilância fechou o hospital? A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, externamos nossa tristeza com relação a esse debate. O Senhor Deputado Gildevan Fernandes está se acercando com sua assessoria de tudo que possa haver juridicamente para um debate que é tão caro para a população, para inviabilizar a vinda do secretário que precisa vir, imediatamente, para dar respostas. Não estamos pedindo nada demais, apenas que o secretário venha, pois se comprometeu com esta Comissão em dar respostas naquela semana. Que S. Ex.ª venha nesta Comissão e preste os esclarecimentos que o próprio se comprometeu a dar. Não estamos querendo passar a mão na cabeça de ninguém. Se existem erros, faltou a Secretaria de Estado da Saúde fiscalizar a gestão, estar acompanhando, fazendo um trabalho de fiscalizar o dinheiro público que vai para os hospitais. Portanto, se houve problema, também houve falha da secretaria de não fazer um acompanhamento, e só depois que detectou o problema depois de anos, é que vem declarar que existem problemas no hospital. Essa é a tentativa, Senhor Deputado Gildevan Fernandes, e faço coro ao Senhor Deputado Doutor Hércules. Senhor Deputado Doutor Hércules, se V. Ex.ª tiver que ser penalizado, serei também, porque quero enaltecer sua coragem em tomar essa posição. V. Ex.ª é um homem da saúde, é médico, e sou enfermeira e sabemos como anda a saúde de nosso Estado. Não adianta parlamentar nenhum querer nos expor perante o Governo do Estado, pois será infrutífera sua tentativa. Querendo mostrar, talvez, que é mais governista que os outros companheiros, tendo em vista que aprovamos esse Governo, somos aliados do Governo do Senhor Governador Renato Casagrande e defendemos esse Governo nesta Casa de Leis. O problema que está acontecendo na saúde e no hospital é que para tudo se arruma interventor, e um hospital estar fechado sem respostas, com uma investigação que dura dois meses e não se tem respostas, isso é inadmissível. Senhor Deputado Gildevan Fernandes, não queremos crucificar V. Ex.ª, mas V. Ex.ª, certamente, tem plano de saúde como esta Deputada, e não sabe na pele a dor de uma população pobre, inclusive, do município de V. Ex.ª, onde a maioria esmagadora não

tem plano de saúde. Ajudei muitas pessoas no Hospital dos Ferroviários. Muitas, não foram poucas. Levamos os pacientes para ter assistência e atendimento. Tenho uma proximidade muito grande. O Hospital dos Ferroviários começou a funcionar por iniciativa dos trabalhadores da Vale que se juntaram para construí-lo. Hoje, esse hospital serve toda a população. Certamente a maioria dos munícipes de Pinheiros não tem plano de saúde e precisam da atenção que esse e outros hospitais prestam em termos de saúde pública. Não estamos passando a mão na cabeça de ninguém. Se houverem erros, têm que ser corrigidos. Se houve algum desvio, tem que ser devolvido ao caixa do Governo porque é dinheiro público. É inadmissível manter o hospital fechado. Se existe problema, que haja uma intervenção, tome-se uma atitude junto ao Ministério Público para que o hospital seja aberto e atenda à sociedade com outra roupagem e que pague cada centavo que por ventura tenha sido desviado. Não sabemos. Não temos esses dados. Há duas semanas, prometeram nos entregar. Senhor Deputado Gildevan Fernandes, fica a minha tristeza na insistência de V. Ex.ª em tentar de todos os meios postergar a vinda do Secretário. Não estou entendendo o que isso atrapalha à Comissão e à V. Ex.ª. Por que V. Ex.ª está fazendo isso? Sinceramente, não estou conseguindo entender. Tantas coisas mais importantes para esta Comissão fazer nesta Casa e V. Ex.ª insiste em reverter uma votação sabendo que um hospital está fechado. Francamente, não sei o que está por trás dessa tentativa. Não vejo. Tenho um carinho muito grande por V. Ex.ª. Já fomos parceiros em várias situações. Continuarei tendo carinho, mas realmente não consigo compreender a sua tentativa em postergar a vinda do Secretário. V. Ex.ª quer expor a mim e ao Senhor Deputado Doutor Hércules, que somos da saúde, perante o Secretário? Não conseguirá porque tenho um carinho enorme pelo Secretário, fui sua contemporânea. Acho que S. Ex.ª é um homem brilhante, faz um bom trabalho; mas, nessa questão do Hospital dos Ferroviários, está havendo um pecado da Secretaria de Saúde. Precisa haver celeridade. A minha iniciativa e a do Senhor Deputado Doutor Hércules é dar celeridade à decisão. Inclusive a Procuradora do Município de Vila Velha também pediu respostas para essa questão, porque está sendo cobrada. A população nos cobra. Moramos na Grande Vitória, cujos moradores procuram muito esse serviço. Não sei por que os munícipes de Pinheiros não cobram. Eles também são muito atendidos por esse hospital. Acredito que também cobrem. Gostaria que V. Ex.ª demovesse da sua atitude, porque sinceramente não consigo compreender o porquê da insistência, inclusive pegando instrumentos do Regimento Interno para

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152 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

expor a mim e ao Senhor Deputado Doutor Hércules numa questão simples.

Não tem nada demais o que estamos fazendo. Não estou conseguindo entender, com todo o respeito que V. Ex.ª merece e com todo o carinho que tenho por V. Ex.ª. Sinceramente, chega a irritar a insistência de V. Ex.ª para postergar a vinda do Secretário de Estado da Saúde a esta Comissão para trazer o relatório. Conhecemos os problemas que estão ocorrendo. S. Ex.ª pode nos trazer o relatório e dizer publicamente. Não há nada a esconder. Será até bom porque garantirá uma transparência muito maior. É até bom que S. Ex.ª esclareça publicamente o que está acontecendo, mostrando os levantamentos que foram feitos. Não pode ficar postergando. A população fica desassistida. Há uma junta médica e funcionários naquele hospital, que recebem salário mínimo, e estão há quatro meses sem receber, porque os recursos estão represados. Eles estão passando dificuldades por conta do represamento do repasse, inclusive de serviços que já foram auditados. Não é do que está sendo investigado e sim de questões que já foram auditadas. Para reabrir ou para fechar de vez, pedimos que o Secretário tome uma atitude.

Acredito que há sim condições de reabrir. Pode-se ver a respeito da intervenção. Pode a Secretaria estar à frente disso e continuar as investigações. Se houver culpado, que seja punido nos rigores da lei. Estamos nesta Assembleia Legislativa para defender a lei, afinal de contas, esta é uma Casa de Leis e estamos aqui para defendê-la. Mas não dá para postergar e não entendo a atitude de V. Ex.ª, a insistência em querer postergar a vinda do Senhor Secretário de Saúde a esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Registramos com satisfação a presença do Senhor Deputado Rodrigo Coelho, membro efetivo da nossa Comissão.

Lembramos que às 10h termina nossa reunião. Se o Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania chegar, teremos que ceder o espaço para que S. Ex.ª faça a reunião. Se não chegar, continuaremos a falar.

Antes, lembramos que falamos do Hospital dos Ferroviários e convidaremos a Doutora Inês Taddei para falar também sobre o Hospital dos Ferroviários. São muitas coisas ao mesmo tempo e veremos como acomodaremos esta agenda.

Outro assunto era o convite para o Senhor Secretário Tadeu Marino fazer a prestação de contas do terceiro quadriênio de 2012. S. Ex.ª está devendo esta prestação de contas que deve ser feita de três em três meses. Como no último ano S. Ex.ª fez de dois quadriênios, falta o terceiro de 2012.

Gostaria de deliberar e que os senhores votassem a favor. Depois marcaríamos o melhor dia para que o Senhor Secretário venha ao Plenário desta

Casa de Leis, normalmente numa quinta-feira ou sexta-feira pela manhã, porque o Plenário estará desocupado e a prestação de contas dura cerca de três ou quatro horas.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? A SR.ª JANETE DE SÁ - Voto a favor das

convocações que V. Ex.ª listou. O SR. GLAUBER COELHO - A favor. O SR. GILDEVAN FERNANDES - A

favor. O SR. RODRIGO COELHO - A favor. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Aprovado. Combinaremos com o Senhor Secretário o melhor dia para vir a esta Casa de Leis.

Senhor Deputado Gildevan Fernandes, tínhamos conversado pessoalmente sobre a possibilidade, já que V. Ex.ª marcou audiência pública para o dia 24 de abril, uma quarta-feira, sobre a poluição da Grande Vitória, da Comissão de Saúde participar também, já que o assunto envolve a saúde. V. Ex.ª concorda? Mandei ofício para a Comissão para saber se V. Ex.ª concorda que a Comissão de Saúde participe.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Minha

posição pessoal é de concordância. O ofício será submetido à Comissão hoje.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Muito obrigado. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Gildevan Fernandes. O SR. GILDEVAN FERNANDES -

Senhora Deputada Janete de Sá, quero dizer a V. Ex.ª que se estiver irritada, não estou irritado. O Parlamento é o local do debate. É legítimo o debate do contraditório e, neste debate, não pegará em mim qualquer tentativa de me desqualificar. Não pegará em mim qualquer atitude de quem está agindo de um jeito para transmitir outra coisa.

Se alguém, quer saber o que estou pensando, é só ouvir o que estou falando. Não tenho atitude mascarada de defender algo para me promover, graças a Deus. Sou um homem muito humilde, Senhora Deputada. Não tenho plano de saúde.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Mas tem dinheiro

suficiente para pagar consulta particular, inclusive uma cirurgia.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - A

Senhora está muito enganada e alimentando a crença

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 153

popular de que deputado é rico, de que deputado tem muito dinheiro. Infelizmente V. Ex.ª está embarcando em uma situação na qual todos nós deputados somos vítimas.

Graças a Deus sou um homem público que não vivo em necessidade, mas não sou rico, graças a Deus!

Não adianta tentar me desqualificar nesse sentido. Não tenho protecionismo em relação ao Secretário de Saúde, tenho compromisso com o povo capixaba. Não tenho necessidade de ser mais governista do que ninguém, até porque em diversos momentos já provei que entre os interesses do Governo e os do povo, voto com o povo. Não sou subalterno, não sou menino de recado, tenho exata noção da minha responsabilidade de homem público. E sei que V. Ex.ª também tem, não preciso desqualificá-la para sustentar a minha tese. Não tenho esse interesse, a minha proposta, minha proposição é a proposição do equilíbrio, posso estar errado e V. Ex.ª pode estar certa, mas a minha proposição é do equilíbrio e de uma atitude responsável.

Não funciona um colegiado como este dar demonstração de força, não precisamos disso. Temos que dar demonstração de responsabilidade e compromisso com as questões públicas que debateremos. Por isso que disse, não se muda uma situação que não se conhece, não se pode insistir para um gestor, ou para um secretário de saúde que S. Ex.ª precisa reabrir ou mudar a sua ação correndo e que muitas vezes pode ser de forma irresponsável.

Quem defende isso, não está defendendo o interesse público. Quem defende saúde pública e não quer ser conivente com o desvio de dinheiro público, também tem que compreender as ações do setor público, porque a atitude do secretário foi corajosa.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Deputado Gildevan Fernandes, V. Ex.ª está querendo dizer que os médicos de lá estão roubando? É isso que V. Ex.ª está querendo dizer? É isso que V. Ex.ª está insistindo?

O SR. GILDEVAN FERNANDES - O que digo é que houve indícios de irregularidades que estão sendo apurados. E tenho a responsabilidade de defender que a secretaria atue e se houver desvio, quer seja de medico, quer seja de diretor ou de quem quer que seja, é preciso tomar uma atitude.

E não adianta ficar pressionando! Este Colegiado não existe para ficar pressionando secretário de saúde. Este Colegiado existe para discutir saúde pública, gestão pública, políticas públicas e não para defender interesses de segmentos quaisquer.

Precisamos defender os interesses do povo, abertura de hospital, funcionamento de hospital e boa aplicação dos recursos públicos. Se o secretário de forma corajosa e respeitosa em cumprimento ao seu dever legal, tomou uma atitude, devemos questionar,

mas não pressionar para que tudo seja feito atropelando tudo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhor Deputado Gildevan Fernandes. Gostaria de lembrar que ninguém está defendendo outros interesses senão a saúde.

E outra coisa, V. Ex.ª não foi feliz quando falou com relação ao tempo. Tem muito tempo que o hospital está fechado. Tem muita gente morrendo. E quanto ao fato de quem desviou ou não desviou, não concordamos que o hospital continue fechado. Com o máximo respeito à composição de V. Ex.ª, respeitamos, mas não concordamos com a irregularidade. E quem é que tenha feito, quem tenha subtraído, não concordamos que pague o pobre coitado.

E isso V. Ex.ª também não concorda, sei disso. Então a nossa discussão está sendo inócua. Há seis anos que estou nesta Comissão e pela primeira vez há uma discussão nesse nível de invocar, buscar, mandar assessor buscar penduricalhos de Regimento Interno. Acima do Regimento Interno e de qualquer tipo de lei está a vida do cidadão.

Pelo amor de Deus, não estou entendendo o que estamos discutindo. Sinceramente não estou entendendo! Não concordo de forma alguma que tenha alguma irregularidade no hospital e ele seja fechado. Não concordo! Não concordo! Se uma prefeitura tem uma irregularidade, colocam um interventor, se a Igreja Maranata tem uma irregularidade, colocam um interventor, agora se um hospital tem uma irregularidade, ele é fechado.

Não estou dizendo que foi o Secretário que fechou o hospital, porque foi a lei que fechou. A lei é burra e burro quem fechou o hospital também. Se o secretário fechou, S. Ex.ª fechou, é burro também, se o Governador fechou, S. Ex.ª é burro também!

Não podemos concordar com o hospital fechado, o povo morrendo, funcionários sem receber, isso é um absurdo. Se tiver que ficar na Assembleia Legislativa para assistir isso de braços cruzados, vou embora para casa, não farei isso mais. Lamento esse momento impulsivo, que não é do meu feitio fazer isso, mas não posso assistir a isso.

Peço ao Senhor Deputado, vá ao Hospital São Lucas, vá ao corredor. Defenda isso que quero ver! Vá ver o rascunho do inferno. Quando o Senhor Paulo Roberto Paiva, neurocirurgião, disse que era o rascunho do inferno, a reação para cima de S. S.ª foi horrível. Falou a verdade! Vá ver os pacientes no meio de mosquitos e moscas. Vá ver que coisa horrível. Fui ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) na quinta-feira, dia 28 de março de 2013, ver um parente que estava sendo necropsiado. Vá ver o que é aquilo. Isso é o rascunho do inferno mesmo. E não podemos defender isso! Agradecemos a todos a presença. Mais uma

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154 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

vez peço desculpas aos meus pares, a todos os Senhores, às pessoas que assistem a esta reunião pela TV, aos funcionários. Não é, na verdade, do meu feitio esse desequilíbrio momentâneo, esse impulso nesse momento. Estou há seis anos na Comissão de Saúde e é a primeira vez que acontece isso.

A Saúde vai muito mal, muito mal mesmo, e não podemos deixar de chamar o Senhor Secretário de Estado da Saúde e o Promotor a esta Casa de Leis para dar as explicações necessárias.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer.

Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO. SÉTIMA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 09 DE ABRIL DE 2013. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão. O Presidente informa que dispensará a leitura da ata. (Pausa) A pauta será invertida para que tenhamos tempo de conversar com o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, presente juntamente com o Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado de Saúde. Temos também a presença do Doutor Hélcio Menezes Couto, Diretor-Técnico do Hospital dos Ferroviários; do Senhor Sidnei Coutinho Nascimento, Assistente do Hospital dos Ferroviários; do Senhor Marcos Félix Loureiro, Presidente do Conselho Regional de Administração, representando o Senhor Jair Demuner, Presidente do Hospital dos Ferroviários; e da Senhora Nercedes Canal, representante da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Conforme deliberado na última reunião desta Comissão, pedimos a presença do Senhor Secretário de Estado da Saúde. Agradecemos aos Senhores Tadeu Marino, Geraldo Queiroz, e a toda a sua equipe. Toda vez que os convidamos - não é uma convocação, mas um convite - sempre estiveram prontos para virem a esta Casa prestar esclarecimentos sobre assuntos relacionados à pasta da Saúde. O Senhor Deputado Glauber Coelho me derrubou agora. Estava ao meu lado e, enquanto eu

olhava em outra direção, S. Ex.ª se ausentou. Já justificou a ausência, pois tem uma consulta médica em instantes. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho, pois a Senhora Deputada Janete de Sá, como requerente, falará por mais tempo. O SR. RODRIGO COELHO - Inicialmente cumprimentamos os Senhores Tadeu Marino e Geraldo Queiroz, a Senhora Nercedes Canal e todos os presentes. Estamos presente para contribuir com a reunião. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá. A SR.ª JANETE DE SÁ - Cumprimento o Senhor Deputado Doutor Hércules, Presidente desta Comissão, e o Senhor Deputado Rodrigo Coelho. Cumprimento o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde; o Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado de Saúde; os representantes do Hospital dos Ferroviários; a representante da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Agradeço a presença a todos para que possamos, neste momento, esclarecer as razões pelas quais o Hospital dos Ferroviários continua fechado e quais as expectativas para que possa ser reaberto o mais rápido possível, tendo em vista que, como é de conhecimento desta Casa e, especialmente, da Secretaria de Estado da Saúde, faltam leitos no Estado do Espírito Santo, e são praticamente cento e quarenta leitos que estão fechados por conta de alguns problemas. Precisamos, enquanto entes políticos desta Casa, votados pelo povo que representamos, ter esclarecimento da Secretaria de Estado da Saúde sobre o que, de fato, está acontecendo, e se há possibilidade, perspectiva, de o Hospital ser reaberto o mais depressa possível. O que tem sido feito nesse sentido? Por que a demora na investigação de um problema que é caro para todos nós? Deixo bem claro, antes que os Senhores Secretário e Subsecretário façam uso da palavra, que não estamos nesta Casa para passar a mão na cabeça com relação a nada que esteja incorreto. O que estiver incorreto, que seja seguido os rigores da lei, que seja punido quem cometeu as incorreções, se por ventura elas forem detectadas. Mas o que salientamos e o motivo do pedido de reunião é que a população não pode ser penalizada por possível erro de alguns. É nesse sentido que estamos chamando essa reunião para que, com transparência, a população seja cientificada do que está acontecendo e o que tem sido feito pela Secretaria para solucionar esse problema, resolver essa questão, no sentido de oferecer novamente esses leitos tão importantes para a sociedade.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 155

HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhora Deputada Janete de Sá.

Gostaria de uma informação mais precisa, porque existe uma controvérsia dessa noite e devemos olhar melhor a audiência que fizemos no Município de Guarapari. Assisti novamente a esta audiência pública, que teve duração de quatro horas. Infelizmente, ouvi o Doutor Otávio Guimarães, filho de um grande amigo do Município de Cachoeiro, o Senhor Luiz Claudio Gazi. S. S.ª foi muito enfático e fiquei fã do Doutor Otávio, e não o conhecia, pela veemência com que defende a atenção primária. É uma coisa que não é novidade nenhuma, no Canadá houve uma virada nessa questão da atenção primária e naquele país hoje sobram leitos. No Brasil se constroem leitos, todos os dias abrem UTIs, abre isso e aquilo e continua faltando leitos e parece que estamos enxugando gelo.

Enquanto não houver uma conscientização dos prefeitos, porque as coisas acontecem no município. Nascemos, vivemos e morremos no município. Haja vista qualquer um visitar os prontos-socorros verá que sessenta a setenta por cento daqueles pacientes poderiam ser resolvidos no município e às vezes no bairro do munícipe. Não precisava nem ir ao PA, poderia ser resolvido na unidade sanitária.

Mas, o CRM, com relação à Secretaria de Saúde, tem uma posição com relação a números de leitos. O CRM faz uma conta e a Secretaria faz outra conta. Parece-me que a Secretaria contabiliza cerca de três mil leitos em falta no Estado do Espírito Santo e o CRM, quatro mil leitos. Queria que um dos senhores pudesse esclarecer qual conta está certa e como é que se faz essa conta.

Mais uma vez agradeço a atenção especial ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Saúde, e ao Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Saúde, e a sua equipe. Toda vez que chamamos e às vezes não precisa nem chamar, oferecem-se para vir a esta Casa de Leis para prestar esclarecimentos. É o que registramos.

Concedo a palavra ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde.

O SR. TADEU MARINO - Cumprimento o

Senhor Deputado Doutor Hércules e os Senhores Deputados Rodrigo Coelho e Janete de Sá; a Senhora Nercedes Canal, representante da Santa Casa; o Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Saúde, e os representantes do Hospital dos Ferroviários.

Na questão dos leitos hospitalares, quando fazemos os cálculos dos leitos, temos o total dos leitos e temos os leitos que servem ao SUS; e quando calculamos, geralmente retiramos os trinta ou trinta e cinco por cento das pessoas do Estado do Espírito Santo que têm plano de saúde. Quanto tiver de fazer um cálculo para você organizar, principalmente as gestões do SUS, sabemos que cerca de trinta ou trinta e cinco por cento das pessoas que vivem no Estado

do Espírito Santo têm o que chamamos de medicina complementar, que são os planos de saúde.

O Município de Vitória, inclusive, é muito mais do que isso. O percentual da população que tem plano de saúde ultrapassa esses quarenta por cento. São as seguradoras conhecidas, planos estatais, como bancários, funcionários da Vale do Rio Doce, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, que acabam utilizando medicina complementar. Somente quando tem urgência, emergência, trauma, quando às vezes não dá nem tempo de identificar se tem ou não plano de saúde, essas pessoas são levadas a um dos nossos hospitais de urgência e emergência. Vitória é uma cidade diferenciada, pois tem uma grande população que utiliza medicina complementar.

Trabalhamos com uma média de três leitos por mil habitantes, a média que a ONU trabalha - uma cidade com cem mil habitantes precisaria de trezentos leitos aproximadamente. Três milhões e meio de pessoas no Estado do Espírito Santo, fazendo a divisão, chegaremos à quantidade de leitos hospitalares necessários no Estado, razão por que se fala em dez a doze mil leitos no Estado. Se tirarmos os trinta por cento que utilizam medicina complementar, podemos falar que, na verdade, oitenta por cento da nossa população depende do SUS. É deste jeito que fazemos o cálculo. Existe alguma pequena diferença, e quando vamos fazer nosso cálculo para urgências e emergências, geralmente tiramos esses trinta por cento das pessoas que tem medicina suplementar. Trabalhamos sempre nesta lógica.

Dentro desta nossa lógica, que de fato existe um déficit de cerca de três mil leitos no Espírito Santo. Nos últimos dois anos, esse déficit vem diminuindo com a abertura de leitos em parceria com hospitais filantrópicos, além da abertura de leitos dentro da nossa própria rede, como a inauguração do Hospital Doutor Jayme Santos Neves.

Nestes primeiros dois anos de governo do Senhor Governador Renato Casagrande, colocamos cerca de trezentos novos leitos, depois da abertura do Hospital Doutor Jayme Santos Neves. Esperamos que até o final de 2013, com a entrega de parte dos leitos do Hospital São Lucas, no segundo semestre, serão mais cerca de cento e sessenta leitos, inicialmente - quarenta leitos de UTI e cento e vinte leitos clínicos.

Trabalhamos hoje com cento e sessenta leitos no Hospital Doutor Jayme Santos Neves, mas chegaremos a quatrocentos e vinte e quatro até o final do ano. Portanto, serão mais trezentos leitos. Somente na Grande Vitória entregaremos quase quinhentos novos leitos hospitalares nos hospitais próprios da rede.

Existem algumas ampliações. O Himaba deve abrir vinte e cinco leitos novos de UTI neonatal até o final deste mês de abril. O Hospital Antônio Bezerra de Farias também está entregando leitos novos. Estamos fazendo esta mesma lógica em São Mateus, cujo hospital está apto para entregar trinta

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156 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

novos leitos. Em junho, devemos abrir mais cerca de trinta e cinco leitos no Hospital de São Francisco. Portanto, com certeza, até o final deste ano, setecentos novos leitos hospitalares serão entregues no Espírito Santo. Leitos clínicos, leitos de cuidados de alta dependência e leitos de UTI. Até o final de 2014, com certeza o Senhor Governador deve entregar, finalizando seu primeiro mandato, cerca de mil novos leitos hospitalares no Espírito Santo, juntando recursos de leitos de hospitais próprios, e nessa parceria que fazemos com os hospitais filantrópicos. A Senhora Nercedes Canal pode dizer quantos leitos a Santa Casa tem a possibilidade de estregar ainda neste ano dessa parceria que fazemos com os filantrópicos. De fato como a Senhora Deputada Janete de Sá disse, qualquer déficit de leito faz falta. Isso é absoluto. Ninguém discute essa questão. Só que o Hospital dos Ferroviários tinha um foco muito grande nas internações coletivas, principalmente. Tinha um grande movimento de cirurgias eletivas, que faziam um grande volume por dia. Esses pacientes estão sendo remarcados, redistribuídos dentro de nossa própria rede. A rede está absorvendo temporariamente esses pacientes. Havia também internações clínicas de baixa complexidade. Não eram de alta complexidade, até por causa da estrutura do hospital. Não tinha UTI. Então não se interna um paciente de alta complexidade clínica que de repente precisa de um leito de UTI. Tinha de fato um ambulatório importante. Na verdade, eram muitas internações e atendimentos eletivos. Não são muitas urgências e emergências. A população sente falta; lógico evidente deixamos de contar com alguns leitos de retaguarda, isso é importante, mas felizmente não eram leitos de urgência, emergência que estão sendo absorvidos dentro da própria rede.

A questão do Hospital dos Ferroviários virou até midiática. Está saindo na mídia o tempo todo. Na sessão passada, estive nesta Assembleia Legislativa, na sessão desta Comissão e disse isso. O hospital, na verdade, se autofechou. Primeiro porque tem que ficar bem claro que não é um hospital que tem gestão estadual. É diferente do São Lucas, que é nosso hospital com gestão estadual, assim como o Hospital Infantil Francisco de Assis de Cachoeiro de Itapemirim, o Hospital Antônio Bezerra de Faria. Estamos tratando de um hospital privado, com gestão privada e que tinha uma contratualização assim como tem a Santa Casa, o Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim e vários hospitais filantrópicos que o Estado contratualiza e complementa seus procedimentos, atingindo às vezes cem, cento e cinquenta por cento a mais que uma tabela SUS. É o que o Estado faz.

Isso é um estímulo a se atrair profissionais, lógico e evidente. Um profissional hoje fará uma cirurgia de vesícula para ganhar trinta e cinco,

quarenta reais, infelizmente, é o que a tabela do SUS paga. Então, essa contratualização acaba fazendo com que o hospital privado ou filantrópico faça complementação e isso atrai profissionais para se fazer o hospital funcionar, rodar. A partir do momento que houve a cessação do repasse de recursos, a partir de novembro, por questões já discutidas e que voltaremos a discutir, simplesmente os médicos foram saindo do hospital. Permanecem no hospital o serviço de terapia renal substitutiva, hemodiálise. Inclusive, na segunda-feira, fizemos pagamento de cento e oitenta mil reais por serviços que lá funcionam e os outros serviços foram deixando de ser feitos. Os médicos que faziam cirurgias eletivas não querem mais fazer. Os médicos que faziam internações clínicas não querem mais fazer. O hospital pode continuar funcionando por produção do SUS, ou seja, por faturamento do SUS. Isso é um entendimento que a direção com seu corpo clínico tem que fazer.

Então isso tem que ficar bem claro, porque quando é colocado parece que o Estado fechou o hospital. O Estado suspendeu a contratualização por uma decisão da PGE, da Secont - (Secretaria de Estado de Controle e Transparência) e dos nossos auditores por irregularidades na execução do contrato que existia. Essa é uma questão. O Estado não foi ao Hospital dos Ferroviários, botou uma barra, amarrou uma corda na porta para que ninguém viesse a entrar. Não existe isso.

É bom deixar isso bem claro para a imprensa que ninguém fechou o hospital. É diferente de falar que o Estado foi e fechou o Hospital Dório Silva, aí assim já que é um hospital de gestão própria do Estado. Mas, no Hospital dos Ferroviários, o Estado apenas fez uma cessação do repasse de recursos financeiros do contrato de 2012. Na verdade, o Estado repassou dez meses e parou de repassar recursos em novembro ou dezembro. Então, essa é uma questão que tem que ficar bem clara.

O Estado está absolutamente envolvido em todas as questões internas de discussão para que esse hospital possa corrigir e possa ter uma nova gestão para que possamos voltar a oferecer os serviços que ofereciam. Nosso sonho é inclusive que ofereçam serviços de maior complexidade, que é o que precisamos, na verdade, no Estado, são serviços de maior complexidade como internações clínicas de maior complexidade, essa questão toda.

Tínhamos nessa contratualização com o Hospital dos Ferroviários cerca de seiscentos e quarenta mil reais por mês de recursos próprios do Estado. Tinham os recursos do Fundo Nacional de Saúde, ou seja, os recursos federais que totalizavam, somando os dois recursos em torno de oito milhões e setecentos mil reais. Que isso? Muito mais, não é Senhor Jailton Alves Pedroso? Acho que eram dezessete milhões. Oito milhões só do de recursos estaduais e nove milhões de recursos federais que dariam um total de dezessete milhões de reais por

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 157

ano, juntando os dois recursos federal e estadual. O Estado repassava cerca de oito milhões de reais nessa contratualização.

Como é sabido também, não é de agora que o Hospital dos Ferroviários vive uma crise econômica e uma crise de gestão. O próprio Senhor Deputado Marcelo Santos, na sua fala, disse e isso é relatado pelos próprios diretores desse hospital. O Hospital dos Ferroviários foi praticamente reaberto em 2008 ou 2009 por um movimento do governo, junto com alguns deputados, com suas emendas, para revitalizar esse hospital para então começar a funcionar.

Não é de hoje. Há muitos anos esse hospital, como todos os hospitais filantrópicos, vive crise. Basta fazer um apêndice de que ontem, os senhores sabem disso, houve um movimento nacional de todas as santas casas de misericórdia do Brasil e de hospitais filantrópicos que pararam todas as suas atividades, apenas atenderam urgências e emergências, reivindicando do governo federal cem por cento de aumento na tabela SUS.

Esse foi um movimento nacional, isso foi divulgado ontem e estava na televisão. Na verdade, grande parte da crise econômica financeira dos hospitais filantrópicos e das santas casas é justamente a tabela SUS, algo que já falamos nesta Casa. Essa tabela não é reajustada, não é valorizada e foi um exemplo que demos ontem.

Ontem, o Jornal Nacional estava falando dos hospitais filantrópicos. A Senhora Nercedes Canal pode falar sobre isso. Num hospital filantrópico, ganham-se cento e cinquenta reais por parto, usando suas salas, comida, refeição, roupa de cama. São cento e cinquenta reais por um parto e o médico deve ganhar mais uns cento e cinquenta reais. Um parto não sai por mais de quatrocentos reais no SUS.

Então, na verdade, o que o Estado faz? O Estado complementa isso e põe um recurso e paga quase que o dobro disso com recursos estaduais. Por isso, os hospitais filantrópicos, com todas as suas dificuldades, ainda conseguem nos ajudar bastante no Estado do Espírito Santo com toda essa quantidade de leitos que eles têm.

É uma crise nacional, principalmente, os hospitais filantrópicos vivem essa crise nacional. Os hospitais privados vivem um problema sério também, diante do alto custo que é a saúde. A saúde tem um alto custo. Não é barata. Estamos discutindo essa questão do Hospital dos Ferroviários desde outubro do ano passado e, justamente, como disse anteriormente, o Senhor Geraldo Queiroz pode complementar posteriormente, pois a questão tem relação com a área da regulação, de competência de S. S.ª. A PGE identificou irregularidades na aplicação do convênio, e a Secretaria de Estado da Transparência identificou irregularidades no convênio. Depois, podemos citar quais foram. Tem-se um convênio e deve-se ter uma conta. Então, o

hospital abre outra conta, usa recursos do convênio para fazer pagamentos que não eram relacionados ao convênio. Isso tudo foi apontado e, na obrigação de cuidar com transparência dos recursos públicos, do dinheiro público, fizemos o que tínhamos que fazer, que era justamente a suspenção do repasse desses recursos. Se repasso recurso para um convênio que está sendo aplicado de maneira irregular, quem pratica improbidade sou eu. Quem pratica improbidade é o Governo do Estado, ao colocar um recurso da população que está sendo mal utilizado, sendo utilizado de maneira irregular. Essa é a síntese de por que paramos de repassar o recurso, e sem o recurso o Hospital dos Ferroviários não tem condições financeiras de funcionar. Senhora Deputada Janete de Sá, estamos discutindo no Governo, há mais de um mês, uma solução para o Hospital. Mas não podemos anunciar aquilo que ainda não tem conclusão. Não é que o Governo não tenha pressa, que o Secretário de Estado da Saúde não tenha pressa. Pelo contrário. Não podemos ser irresponsável e falar O Estado vai fazer intervenção no Hospital, ou O Estado vai requisitar o Hospital. Na verdade, estamos esperando e discutindo no Governo uma solução jurídica para o Hospital, o que podemos fazer juridicamente para que o Hospital funcione o mais rápido possível. Essa solução não é fácil, porque o Hospital tem dívidas, dívidas trabalhistas, dívida negociada com o INSS. Temos que lamentar muito, principalmente pelos trabalhadores de baixa renda que trabalham naquele hospital. Essa é uma preocupação muito importante que temos. Recebemos a Comissão de Funcionários do Hospital em nosso gabinete na semana passada e conversamos. De fato, muitos estão sem receber desde o mês de dezembro, e são pessoas humildes, que praticamente vivem com aquele salário. Estão pegando empréstimos e atrasando suas obrigações. Isso nos deixa muito preocupado e o Governo também. Essa solução está sendo discutida, assim como é o caso do Hospital São Judas Tadeu, no Município de Guarapari. No sábado, passamos o dia inteiro em Guarapari visitando aquele hospital, nossa comissão e o Senhor Prefeito, para buscar uma solução. Esse hospital é privado. Estamos com três problemas no Estado de três hospitais privados. Não são hospitais públicos. Um é o hospital no Município de Guarapari, que é totalmente privado. Os outros são o Hospital dos Ferroviários e a Clínica Santa Isabel, que são privados. Ou seja, é como se o Estado fosse obrigado a resolver e solucionar problemas de instituições privadas. É como se fôssemos resolver problemas do Hospital do São Bernardo Saúde, do Hospital Santa Mônica ou do Hospital da Unimed. São hospitais privados que, de repente, caem no colo do Estado, caem em nossa responsabilidade, para que sejamos

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cobrados a resolver esses problemas. Como esses hospitais, de fato, atendem principalmente, quase cem por cento, pacientes do SUS, e o gestor do SUS no Espírito Santo é o Governo do Estado, não podemos abdicar da nossa responsabilidade de procurar uma solução para todos esses problemas, e é o que estamos fazendo. Estivemos, na semana passada, com o companheiro do CRA, que também está tentando encontrar uma solução para o Hospital. Conversamos com S. S.ª e colocamos essas posições muito claramente. O Estado está aumentando, passo a passo, a contratualização dos hospitais filantrópicos, e não nos negaremos a discutir uma solução jurídica correta, para que os recursos do Estado, com muita responsabilidade, possam ser repassados para esses hospitais filantrópicos.

Passo a palavra ao Doutor Geraldo Queiroz para fazer um fala um pouco mais específica, por é S. S.ª que inclusive tem dado entrevistas sobre o Hospital dos Ferroviários e tem visto esta questão dentro da subsecretaria. Gostaria que S. S.ª complementasse essa questão do Hospital dos Ferroviários.

O SR. GERALDO QUEIROZ -

Cumprimento o Senhor Deputado Doutor Hércules, Presidente da Comissão de Saúde; os Senhores Deputados Rodrigo Coelho e Janete Sá.

Acrescentarei algumas coisas muito específicas, mas que chamam muito a atenção. A dimensão do problema que estamos vivendo é extremamente grave. Imagine o seguinte, o Estado do Espírito Santo tem um contrato com a Associação dos Ferroviários, por isso esta associação tem condição de fazer a gestão do Hospital dos Ferroviários. A Associação dos Ferroviários contratou uma organização privada, uma Oscip, e essa passou, na figura de seu presidente, a ser a pessoa que faria a gestão do Hospital dos Ferroviários. Mas estranhamente, e muito estranhamente, a presidência da Associação dos Ferroviários transfere plenos poderes ao mesmo cidadão, presidente da Oscip, por procuração, para fazer todos os atos em nome da Associação. Alguém sentou na cadeira de um lado e do outro. Ele era contratado pela Associação dos Ferroviários e decidia por essa associação. Uma primeira constatação extremamente complicada, uma construção temerária, no mínimo. Uma construção que não conhecia.

Independente disso, o convênio reza que a movimentação financeira dos recursos públicos deve-se fazer na conta do convenente. A instituição convenente deve movimentar os recursos enquanto específica da própria instituição. Isso é óbvio, natural, é o que acontece corriqueiramente nos convênio que o Estado estabelece.

Ocorre que os recursos entregues à Associação dos Ferroviários, em razão da avaliação

de metas que se fazia e em razão do convênio, passaram a ser imediatamente transferidos para outra conta estranha ao convênio, estranha à Associação, uma conta de terceiros, uma conta da Oscip. Além disso, foi se buscar informações e nem todas foram obtidas, é preciso que se diga isso. Ainda há informações a serem colhidas. Mas mesmo assim é possível identificar o que ocorreu em razão das transferências. Houve movimentações financeiras com cheques não nominais, de valores extremamente altos. Essa é uma instituição que tem um convênio, tem que prestar contas, emite cheques não nominais, de valores elevados, a terceiros não identificados. Pelo menos em princípio, não identificados. É possível triar, é possível rastrear. Mas não foram, em princípio, identificados os terceiros que receberam recursos.

Parece que não havia muita preocupação com os trabalhadores da Associação dos Ferroviários. Uma conta bloqueada pela justiça, com um recurso de seiscentos e setenta e poucos mil reais para o pagamento de dívidas trabalhistas, foi zerada. Zerada por vontade de alguém estranho ao Poder Judiciário. Vontade de quem tinha acesso à conta. Zeraram uma conta com valor de seiscentos e setenta e poucos mil reais a serem pagos em razão de dívidas trabalhistas. Essa conta foi zerada.

São alguns exemplos que dou para que se veja a dimensão do problema que estamos vivendo. Não estamos tratando com uma coisa simples, e sim extremamente complicada que afronta inclusive a Justiça do Trabalho. Resolveu-se afrontar a Justiça do Trabalho no momento em que zeraram uma conta que estava com determinação para nela serem mantidos os valores estipulados, corrigidos, que davam em torno de seiscentos e setenta mil reais. Além disso, foi possível identificar a tomada de crédito, empréstimo em banco e em financeira, e isso onera. Os recursos pagos pelo Estado ao terceiro para realizar serviço não são recursos para se pagar dívida bancária. Ninguém pode contrair dívida bancária com lastro em determinado convênio com recursos do Tesouro do Estado. Isso é proibido e foi verificado num montante em torno de duzentos e oitenta mil reais, gerando despesa financeira - o que também é coisa grave. Nada que estou dizendo é algo que apenas li ou que não tenha prova. Tudo isso está no relatório da Secretaria de Controle e Transparência do Estado do Espírito Santo. Tudo consignado com documentos, com provas. Não estou aqui jogando culpa sobre alguém, pois sequer estou nominando alguém. Estas informações que trago constam de um documento oficial do Governo do Estado, em que foi incluída até o pagamento de multa de veículo privado com recursos do convênio. Daí se vê o extremo que se chegou na utilização de recursos públicos. O descuido, nem sei qual o termo apropriado; enfim, o que imaginavam que podiam fazer com recursos públicos.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 159

Para que o Estado, o secretário e toda sua equipe não incorram em improbidade, além do Senhor Governador, o Governo do Estado quer se afastar de qualquer ato de improbidade, e por isso que a solução não está fácil de ser encontrada. É preciso sanar um conjunto de coisas muito grande. Não é uma coisa simples. Já há uma decisão tomada pelo Governo do Estado nas discussões, o Senhor Secretário me permita citar, o Governo decidiu que, para se fazer qualquer coisa, em primeiro lugar tem que ser preservada a liquidação das dívidas trabalhistas com os trabalhadores da Associação dos Ferroviários. O Governo tomou essa decisão que precederá qualquer outra. Qualquer pagamento de outra dívida, qualquer pagamento a terceiros que prestem serviço naquele hospital será antecedida pela quitação dos débitos trabalhistas existentes e de outros que com certeza surgirão. Teremos que levantar esses valores para frente.

Fiz uma panorâmica muito rápida e sucinta do que está no relatório da Secont, visando a dimensionar o problema. Nas discussões, o Governo do Estado, por intermédio do secretário, não tem imposto nenhum limite, assim como o Senhor Governador também não. Temos a liberdade, junto da PGE e Secont, para encontrar um caminho que seja seguro, pois o Governo não pisará em terreno pantanoso. Esta situação é de extrema gravidade. Os elementos que trouxe estão comprovados e estão nos relatórios da auditoria, explicitando a gravidade que estamos vivendo, mas há outros a serem verificados. Esta é minha contribuição. Senhor Secretário, não sei se tem mais alguma colocação. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Registro a presença do Senhor Jailton Pedroso, Diretor do Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim.

Essa medida pune principalmente o paciente, que é o menos culpado, e depois os servidores que também não têm culpa nenhuma. Ficamos tristes com esse penduricalho das leis, que acaba punindo quem não tem culpa: o paciente e o servidor.

Com relação à tabela do SUS, cem por cento, fica faltando duzentos por cento de alguns procedimentos. Sabemos que o Governo Federal há muito tempo não tem tido cuidado com a saúde, haja vista o Hospital das Clínicas ter cento e vinte leitos desativados por falta de recursos, que uma hora é do MEC, outra do Ministério da Saúde. Não é prioridade essa questão da atualização da tabela. Não podemos ficar de braços cruzados diante dessa violência com o povo brasileiro.

Senhor Secretário Tadeu Marino, outra coisa, pode ser até, vamos dizer, uma miragem da minha parte, mas não entra na minha cabeça, não consigo entender se um hospital tem uma irregularidade é fechado, não interessa quem fechou, se foi o Governo do Estado, se foi a PGE, não interessa. Não interessa para o povo isso. O povo paga seus impostos e não

quer saber disso. No HPM fizeram uma intervenção. Os

moldes são diferentes, mas são tratamentos diferenciados. Por que fizeram intervenções no HPM e continuou funcionando e o Hospital São Judas e Hospital dos Ferroviários foram fechados? Tenho certeza de que a resposta de V. Ex.as será a seguinte: os conceitos são diferentes, os tratamentos são diferentes, mas a Constituição deve ser cumprida, quem a fez foram os Deputados federais, os Senadores. A saúde é um direito de todos e dever do Estado.

A cada dia, não só o Estado do Espírito Santo, mas todos os Estados federados se desobrigam mais com a saúde, porque o Governo Federal desobrigou há muito tempo. O Governo Federal com essa tabela colocou as instituições filantrópicas de pires na mão para depender desses governos estaduais. Hoje não só as filantrópicas, mas também os municípios. Vimos na quinta-feira o Senhor Governador e V. Ex.ª assinando um convênio com os municípios de São Mateus, Serra. Até este Deputado saiu em protesto. Virei as costas e saí, porque a Comissão de Saúde e o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa não assinaram pelo menos como testemunha, porque quem aprova esse orçamento é a Assembleia Legislativa. Não é nada com o Secretário. É com o Governador ou com o cerimonial. É um desrespeito com a Assembleia Legislativa. O Presidente da Assembleia presente, o da Comissão de Saúde presente, a Vice-Presidente presente também e não foram nem convidados para assinar como testemunha. Não aceitamos isso, retiramo-nos e fomos embora. Foi uma atitude de protesto. Posso até estar errado, mas continuo com meu pensamento. A Assembleia Legislativa precisa ser valorizada. Não é possível que só serve para votar, para bater palma para o Governo. Não concordo.

Senhor Secretário Tadeu Marino, gostaria de lembrar que até em igreja religiosa faz-se intervenção. Continua funcionando. Na prefeitura de Presidente Kennedy também faz-se intervenção, continua funcionando. Tanto a prefeitura de Presidente Kennedy quanto as igrejas se fecharem não morrerá ninguém. Mas no hospital morre.

Digo o mesmo em Guarapari, se chegar uma paciente com uma eclâmpsia instalada, se chegar uma paciente com DPP, descolamento prematuro de placenta, morrerá, porque não dará tempo de chegar a Vitória ou ao hospital para tirar desse quadro de urgência.

Os erros existem, lógico que existem, e ninguém está querendo acobertar nada. Outra coisa, o secretário tem razão de não repassar os recursos porque V. Ex.ª entrará em improbidade administrativa. Não estamos acusando o secretário ou o governo. Estamos acusando o sistema. O sistema, infelizmente, massacra o povo que não tem plano de saúde e, às vezes, até tem plano de saúde, mas não

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160 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

encontra vagas nos hospitais particulares. Estamos diante de uma situação que está tudo

errado, da cidade de Brasília até os municípios. Tudo errado. Os candidatos a prefeitos fazem campanha falando da saúde. Ganham as eleições e esquecem o que prometeram. Os governos também. A verdade é essa. A obrigação, primeiramente, de todos os governos federal, estadual e municipal era olhar pela saúde.

Votaram isso. Como é que o governo transfere para as filantrópicas aquilo que ele teria que tomar conta? Deixarei essa pergunta no ar. Por que os governos estaduais não assumem seus hospitais? Ficam as filantrópicas, ficam o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, o Hospital Evangélico Cachoeiro de Itapemirim, o Hospital Infantil Francisco de Assis de Cachoeiro de Itapemirim e a Clinica de Repouso Santa Isabel também nesse município, que hoje é um amontoado de pacientes, na situação que estão.

Desculpem-me. Peço desculpas a esse momento de revolta, mas não aguento. Não vim a esta Casa para agradar ninguém. Vim para cobrar e esse é o meu papel e o meu dever. Desculpem-me o meu desabafo.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá. A SR.ª JANETE DE SÁ - Para formar opinião, gostaria de ouvir o pessoal do Hospital dos Ferroviários. Se o Senhor Hélcio Menezes Couto puder fazer uso da palavra, o Senhor Marcos Félix Loureiro também, que está representando o Presidente do Hospital dos Ferroviários, para podermos ouvir o outro lado dessa história.

Muitas vezes, existe no meio público a questão de haver o dolo com intenção de fraudar. Se de fato houve com essas atitudes que, muitas vezes, passaram por cima da burocracia para tentar resolver determinados problemas, como intervenção da própria justiça do trabalho, no sentido de bloquear toda a receita que entrava e o hospital fica impraticável até que se fizesse um acordo para tentar se pagar o passivo trabalhista que, obviamente, tem que ser pago.

Tem que se verificar se realmente houve dolo com intenção de fraudar ou se foram algumas atitudes que foram tomadas no sentido de que esse hospital pudesse exercer sua atividade de internar as pessoas.

No Estado do Espírito Santo, fico me perguntando ai do povo capixaba..., Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário-geral de Saúde, V. Ex.ª conhece a história, por quem tenho enorme respeito. Senhor Tadeu Marino, Secretário de Saúde, quero dizer já que o jornal tentou nos jogar um contra o outro, dizer que meti o pau em V. Ex.ª, não faço isso. V. Ex.ª é um homem respeitado, tem meu carinho, tenho visto o quanto tem feito pela saúde do Estado e merece minha admiração e o meu respeito.

Minha questão era pontual porque sentia que precisávamos arrumar um caminho e quero me colocar como um agente para ajudar na solução desse problema. Mas tenho muito respeito por V. Ex.ª, pelo nosso governador do estado que não tem medido esforços no sentido de solucionar esse problema de saúde que não é apenas dos capixabas, mas é dos brasileiros.

Ai de nós se não tivéssemos os hospitais filantrópicos que vendem o almoço para comprar o jantar. Essa é a verdade. As santas casas de misericórdia estão praticamente em insolvência porque, de fato, a tabela SUS é muito pequena para poder atender a necessidade desses hospitais. Os medicamentos são caros, de custo elevado e tudo o que se é usado na área de saúde, cada vez mais, tem se buscado novas tecnologias, tem um custo muito elevado.

Sabemos disso. Mas ai de nós. Fico imaginando o que seria do povo, do noroeste do Estado do Espírito Santo se não existissem os hospitais filantrópicos. O que seria o pessoal da região serrana, do Município de Domingos Martins, que tem muitos problemas de acidentes na BR 262 se não existisse aquele hospital do Município de Domingos Martins, se não existisse o hospital do Município de Santa Maria de Jequitibá, com todos os problemas que possuem. Todos são filantrópicos, filantrópicos quer dizer que não têm fim lucrativo. Podem ser privados, mas têm o título de filantropia e não têm fim lucrativo nenhum. A rede estadual faz uso desses serviços para não deixar a população desguarnecida, até que possa ter sua rede. Temos que compreender que esse particular não é tão particular como se tenta colocar, porque a população não pode, realmente, ter a ilusão de que é particular o que não é. É filantrópico, não tem fim lucrativo, vive de prestar assistência à saúde da população. É claro que com os benefícios que vêm da contratualização pelo SUS e pelo Governo do Estado. Se não fosse essa contratualização, esse aporte do Governo do Estado, não teria condições de sobreviver. Gostaríamos de ouvir o Doutor Hélcio Menezes Couto, médico do Hospital dos Ferroviários há muito tempo, e o representante do Senhor Jair Demuner, colega nosso de Vale, que era maquinista e está lutando, se queimando. É um homem humilde, Doutor Geraldo Queiroz, tem sua casinha que comprou com recursos obtidos da atividade de maquinista da Vale. Não tem enriquecimento ilícito, conheço a família ferroviária. Certamente, S. S.ª tomou algumas atitudes visando a manter o Hospital aberto. Conheço o Senhor Jair Demuner e já trabalhei naquele hospital. Se o Senhor Deputado Doutor Hércules permite, quero ouvir também o outro lado, o Doutor Hélcio Menezes Couto e o representante do Senhor Jair Demuner.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 161

O SR. HÉLCIO MENEZES COUTO - Agradecemos aos Senhores Secretário e Subsecretário e aos Senhores Deputados a oportunidade de discussão sobre o Hospital dos Ferroviários. Cem por cento dos pacientes do Hospital dos Ferroviários são do SUS há muitos anos, não temos nenhum recurso extra SUS. Dependemos do Governo estadual e federal. A despeito da famigerada tabela, ainda encontramos médicos do Hospital dos Ferroviários que trabalham pela tabela. São abnegados, e estão aguardando essa resolução do Governo do Estado, a bem da verdade cobertos de razão, para continuarem o trabalho. Entendemos que para a suspenção dos pagamentos do contrato há uma razão, Senhor Secretário. Mas, a partir de janeiro último, quando o Hospital começou a funcionar apenas sobre a produtividade, mediante verbas do Governo Federal, sem nenhuma complementação, poderíamos ter recebido a verba, mesmo quando o sindicato fez com que funcionássemos com apenas trinta por cento de nossa capacidade. Isso, Senhores Deputados, inviabilizou nosso funcionamento. Os médicos foram embora. Nosso maior medo, Senhores Deputados, é que esses médicos não voltem. São médicos que recebem por produtividade, não têm custos de carteira assinada, de décimo terceiro salário, de férias, como todo trabalhador deste Estado tem. Mas, mesmo assim, aqueles médicos continuam trabalhando. Houve o fechamento da maternidade, a nosso ver muito bem feito, pois não tínhamos plantonista vinte e quatro horas em pediatria. Ainda há em nosso Estado hospitais que assim funcionam por abnegação dos médicos, por realmente terem uma visão conforme a do juramento hipocrático. E tanto temos essa visão, Senhora Deputada Janete de Sá, que ainda trabalhamos para os hospitais filantrópicos. Deixamos claro também que, independentemente dos erros, se é que houve erros administrativos, o Hospital sempre cumpriu suas metas de trabalho. Poucas, ou quase nenhuma, são as queixas àquele hospital, com um volume grande de cirurgias eletivas. Somos a retaguarda dos PA’s, mesmo com baixa complexidade, pois hoje estão lotados. Não temos nada contra o Governo do Estado ou contra o Senhor Secretário, que está coberto de razão. Em vista de um melhor relacionamento com o Governo do Estado, com a Secretaria de Estado da Saúde, a direção do Hospital dos Ferroviários, em comum acordo com seu Presidente, solicitou ao Senhor Marcos Félix Loureiro, Presidente do CRA, pela sua competência administrativa, que fosse o nosso interlocutor com a Secretaria de Estado da Saúde. Mostrando com isso que os ferroviários têm

plena disponibilidade, quer ajudar na solução desse problema, para que não só os pacientes que precisam do nosso atendimento, mas que nossos funcionários possam voltar. Em cima disso, pediria que a PGE, ou a Procuradoria, quem quer que seja, analise o pagamento do que foi produzido no mês de janeiro. Não estamos discutindo o passado. Estamos discutindo o futuro. Quase todos os médicos que lá trabalham ou trabalhavam estão dispostos a voltar a trabalhar. Mesmo esperando ou esquecendo a dívida do passado, que a Associação dos Ferroviários, por algum motivo, e acho que no houve dolo, deixou de cumprir as suas obrigações. Mas jamais deixou de cumprir as suas obrigações com quem precisa, que são os pacientes. Estamos no hospital na figura não do diretor técnico, como médico, como todos os outros, que dá plantão, que trabalha e opera. Esperando o mais rápido possível o nosso Governo dar uma solução.

Não sei qual é a resposta, se é intervenção, o que seja. Mas como disse o nosso deputado médico, o hospital não pode parar. Estamos no hospital para isso, para servir a população, mas desde que haja uma completa ação.

O Governo do Estado do Espírito Santo também como está procurando aumentar o número de leitos, não despreze os nossos leitos: é cem por cento SUS, sempre foi.

Não há como não atender como médico, e não como administrador, não fui lá. Não há como pagar uma dívida. Se o hospital só vive de produção, a dívida será impagável, se não produzirmos para pagar os erros do passado, se houve erros. Deixe-nos produzir e trabalhar em benefício da população, e que possa voltar ou devolver, assim seja, ao Governo do Estado o que for referente aos danos ali praticados. O SR. MARCOS FÉLIX - Posso dar continuidade?

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra ao Senhor Marcos Félix Loureiro.

O SR. MARCOS FÉLIX LOUREIRO -

Parabenizo a Mesa, presidida pelo Senhor Deputado Doutor Hércules, os Senhores Deputados Rodrigo Coelho e Janete de Sá, o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, e o Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde.

Entramos nesse processo por meio de um convite do Senhor Presidente Jair Demuner por sermos uma autarquia de administração e também imbuído no espirito de colaborar, colaborar com a sociedade. Estivemos presentes com o Secretário, que nos atendeu muito bem e nos atende muito bem. Colaborar com o Estado do Espírito Santo e principalmente com a Associação dos Ferroviários, que há de se respeitar, Senhora Deputada Janete de

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162 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sá, como V. Ex.ª disse, administrado por pessoas simples, pessoas humildes e há muito tempo labutando em prol da sociedade. É importante, Senhor Secretário, que olhemos também a questão da humanidade junto aos trabalhadores e aos médicos que no hospital labutam. Quanto às questões das dívidas, há de se negociar, fazer um projeto, uma gestão para que se possa colocar o hospital em atividade e pagar o que lhe é devido, o que lhe é de direito. Nenhum trabalhador pode ficar sem receber as suas verbas rescisórias, sem receber o seu salário. Mas há de se dizer também, que hoje essa associação depende exclusivamente da contratualização. Ela viveu esse tempo todo da contratualização. Agora, imediatamente, de súbito ser cortado é o caos que está sendo criado. Deveríamos, sim, Senhor Deputado Doutor Hércules, ter feito uma intervenção, porque não há uma intervenção.

Mas a Secont, por meio dos seus auditores, até hoje não apresentou, Senhor Secretário, junto à diretoria, os relatórios, Senhor Doutor Geraldo Queiroz. Quem tem o relatório hoje, só demanda ao Governo do Estado. Não temos ainda, não recebemos. Inclusive não foi dada a defesa também àquela administração para que pudesse fazer as considerações. Por exemplo, o Senhor Geraldo Queiroz falou principalmente do endividamento bancário. Ora, no entendimento que tenho e o que levantei, eles fizeram uma antecipação de receitas junto ao Banestes para pagamento da folha de pessoal. Sabemos que o Estado tem sua parte burocrática e que demora alguns dias para pagar; com isso, para pagar a folha em dia, contratou-se um capital de giro, e com o corte aconteceu de não poder mais pagar.

Para colaborar, Senhores Deputados e secretários, acho que deveríamos sentar e trazer um projeto, um modelo novo - e a associação está pronta para isso -, para que não percamos aquelas instalações que lá estão; toda a demanda de tempo que a associação contribuiu com a sociedade; com seus trabalhadores; com seus médicos; com sua diretoria. Devemos fazer um projeto jovem, Senhor Secretário, já falei isso com V. Ex.ª. Colocamo-nos à disposição para dar tranquilidade ao secretário, pois tem razão na questão da improbidade por responder com os bens dele; porém, dentro da legislação, podemos fazer com que o hospital volte a ter a sua produtividade e o Estado possa ter tranquilidade, pois os recursos são do povo, da sociedade, e não do Governo. Entendo a preocupação.

Acho que poderíamos agilizar o processo com a PGE e com a Secont. Sentar, discutir, ver as exigências e fazermos compromissos inerentes à reabertura do hospital. Isso não poderá demorar muito, pois as instalações vão envelhecendo. Daqui a pouco não poderemos mais ter pacientes dentro do hospital, os senhores médicos conhecem isso. Temos que ser rápidos neste processo. Esta é a preocupação

da diretoria, para que o hospital volte a sua normalidade e que possa contribuir.

Hoje, a diretoria entende que somente as receitas com o SUS, com a contratualização, não são mais suficientes para pagar as despesas do hospital. Terão que buscar outros modelos de negócio, outros recursos, e é isso que buscamos para poder colaborar, conseguindo pagar cem por cento da despesa do hospital. Quero deixar nossa disponibilidade e os trabalhos que podemos fazer. Queremos contribuir, Senhor Secretário, e podemos sim ajuda-lo no que for possível e resolver esse imbróglio, para que realmente possamos ver aquele hospital em plena atividade. É assim que estão querendo, esta é a preocupação da diretoria. Sabemos quantas vezes se colocaram à disposição para negociar. Temos visto a via sacra do Doutor Hélcio Menezes Couto e do Senhor Sidnei Nascimento Coutinho, todos os dias indo à Secretaria de Saúde buscando uma solução. Isso demonstra boa fé, demonstra transparência no processo por estarem colocando a cara na frente, sem se esconder, discutindo o que se pode fazer para este hospital voltar a atender a sociedade, como bem disse o Senhor Deputado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá. A SR.ª JANETE DE SÁ - Primeiramente, gostaria de deixar claro a todos os presentes e àqueles que nos assistem, que de fato esse problema não aconteceu nesta administração. Foi consequência de certa imposição da Secretaria de Saúde na gestão anterior, que fez com que o hospital fosse administrado por uma Oscip. Na ocasião, houve muita resistência por parte da diretoria do hospital, me lembro bem, em passar a administração do hospital a uma Oscip, que por fim causou, que gerou todo esse problema. Reforço que houve uma imposição para que a administração fosse feita por uma Oscip. Em 2011 e 2012 houve a recontratualização, mesmo sabendo que estava à frente uma Oscip. Portanto, esta administração fez esta recontratualização, acredito até observando a importância e a necessidade do hospital.

Mesmo sendo cirurgias eletivas, ou seja, cirurgias que podem ser marcadas, as cirurgias vasculares causam grandes transtornos para quem tem problema vascular. Tínhamos uma rede de cirurgias ortopédicas no Hospital dos Ferroviários que era tida por boa. Também uma rede ambulatorial que estava prestando um bom serviço à sociedade, especialmente ao povo pobre da região norte do nosso estado. Não era nem do entorno de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, era da região norte do nosso estado. Lembro-me de muitas pessoas que vinham de Montanha, Mucurici, Ponto Belo,

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 163

Ecoporanga, Pinheiros e Pedro Canário ser atendidas no Hospital dos Ferroviários por conta da dificuldade que encontravam em buscar esse atendimento em outros hospitais e também pelo atendimento de qualidade dado nas questões de cirurgias vasculares e ortopédicas. Lembro-me bem disso, porque estive nesta Comissão como Deputada e muitas vezes precisamos ajudar nas demandas da saúde, saindo um pouco da nossa atividade de legislar para ajudar a população mais pobre, tendo em vista o fato de cair sobre nossos ombros a questão de que saúde é dever do Estado. As pessoas acabam nos procurando e ficamos de fato sem saída e não dão uma contribuição, tendo em vista a necessidade nessa área da saúde. Gostaríamos de entender então por que houve recontratualização em 2011 e 2012. O Tribunal de Contas já se posicionara ao contrário. Será que tem conhecimento de que houve realmente uma pressão da direção anterior da Secretaria de Saúde para que houvesse essa administração através de uma Oscip? Não foi uma deliberação da Associação dos Ferroviários, mas uma determinação de política de Governo naquela época e só assim pôde ser feita a recontratualização. Outra questão é por que o Estado não poderia fazer um depósito judicial do repasse para pelo menos garantir os salários atrasados dos servidores, dos funcionários que trabalharam nos meses de novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e estão sem receber seus vencimentos há quatro meses? Será que por conta dessa questão e também para não haver o problema da improbidade administrativa que realmente, o Senhor Secretário tem razão nesse aspecto; por muito menos se responde à improbidade administrativa e é a pele dele que está em jogo. Realmente não é outra. Acaba recaindo sobre os ombros do Secretário a improbidade no caso de repassar recursos públicos para uma questão que está irregular, mas não caberia nesse caso ter esse caminho de se fazer o depósito judicial, para que pudessem ser pagos pelo menos os salários dos empregados que exerceram suas atividades, trabalharam. Essas contas foram aditadas nos períodos trabalhados, os quatro últimos meses. Não poderia se pensar nessa saída como também um caminho de se pagar ao pequeno trabalhador que ganha pouco e exerceu suas atividades em benefício da população? Senhor Secretário, são questões que queremos colocar para ver se é possível encontrar alguma solução. Pedimos, também, celeridade na questão, porque hoje há ajuste de conduta para tudo. Para as grandes empresas há termo de ajuste de conduta com a Procuradoria do Trabalho, com o Ministério Público, o Ministério Público do Trabalho, no caso, que são dívidas trabalhistas; termo de ajuste de conduta dando condições à instituição de quitar paulatinamente, com a ajuda do Estado, porque o Estado também precisa dessa rede de filantrópicos.

Imaginem se os hospitais filantrópicos fecharem em Cachoeiro de Itapemirim? Uma população grande no sul do Estado que eles atendem... Imaginem se o hospital de Guaçuí, que atende o pessoal de Caparaó, fechar? Imaginem, com todas as dificuldades se o hospital de Santa Maria de Jetibá fechar? Estive lá no último domingo, num bingo que a população fez. Havia mais de cinquenta mil pessoas na cidade para arrecadar recursos para o hospital, que é filantrópico e atende àquela região. Imaginem se o hospital de Domingos Martins fechar com tantos acidentes na BR 262? Até chegarem a Vitória, já morreram. Pelo menos há os primeiros socorros em Domingos Martins. São questões para as quais não podemos fechar os olhos. Conhecemos o Estado do Espírito Santo. Sabemos que não temos ainda uma rede; que infelizmente no Estado não tivemos condições de fazer ainda, por mais esforços que tenham sido feitos nesse sentido. Não temos ainda. Precisamos contar com os hospitais filantrópicos. Então tem que haver de fato essa ajuda do Governo do Estado para que os hospitais filantrópicos sobrevivam. Precisamos deles para atender à população. Claro que é necessário cumprir as exigências do Governo estadual, do SUS. É claro que tem que cumprir. É essa questão que questionamos. De se buscar celeridade. Há caminhos, sim, caminhos jurídicos de se procurar fazer um depósito judicial, para garantir o repasse, o pagamento dos salários dos empregados que estão atrasados. Identificado o problema, tem como se fazer esse depósito. Só verificar via judicial. Tem como se pedir ao Ministério do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério Público Estadual se buscar um termo de ajuste de conduta, para se achar um caminho. Tem como o hospital e o Estado se juntarem nessa luta para tentarmos ver se resolvemos o problema. É isso que temos colocado em questão, Senhor Secretário Tadeu Marino.

Precisamos ver caminhos jurídicos, mesmo porque V. Ex.ª tem que se resguardar, mas que sejam caminhos mais ágeis. Como sindicalista, quando queria que uma situação fosse resolvida, infelizmente, usava de um recurso fatal, que era a greve. Não é a melhor solução para resolver os problemas. Ainda bato na tecla que a melhor solução é a via negociada.

Muito melhor um bom acordo, até um acordo razoável, do que o acirramento. Quando se queria que algo fosse julgado com rapidez, usava-se a greve porque a empresa não poderia ficar parada. Se ela ficasse parada, teria prejuízos. Por meio da greve, conseguia-se que as coisas fossem julgadas com mais rapidez. É isso que cobramos. Precisamos buscar juntos uma saída que seja mais rápida.

Os equipamentos vão se deteriorando e daqui a pouco o hospital está sendo saqueado pelo entorno, pessoas que estão no entorno, mal feitores, infelizmente, não compreendem a situação e acabam

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164 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

saqueando o maquinário do hospital. Acaba que quando o hospital for, realmente, reaberto não terá condições de funcionar. É isso que cobramos e insistimos no caminho por conta de todas essas questões que consideramos necessárias e que têm jeito sim, buscando-se, por meio da via judicial, mecanismos mais ágeis de darmos uma solução para esse problema também.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Secretário Tadeu Marino, antes de V. Ex.ª responder à Senhora Deputada Janete de Sá, gostaria de consultar o Senhor Deputado Rodrigo Coelho se gostaria de fazer alguma complementação e em seguida V. Ex.ª usa a palavra.

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor Presidente Doutor Hércules, Senhora Deputada Janete de Sá e representantes dos hospitais, estou exercitando a escuta com muita atenção e, muitas vezes, perdemos por pouco escutar. Nessa reunião, foi feita uma indicação de que há que se respeitar o Hospital dos Ferroviários, que não será discutida nem confrontada por ninguém, mas essa afirmação sugere que houve desrespeito, o que não existiu. É a primeira situação de que precisamos tratar.

A segunda é que estamos solicitando uma solução que precisa ser duradoura porque já tem um histórico de que houve o problema, houve uma solução no momento, mas o problema de uma forma direta ou indireta se repete e precisamos de uma solução que, efetivamente, resolva o problema.

Um representante já disse que podem ser modelos novos, um jovem formato de modelo de gestão, e isso foi dito pelo Secretário de Estado da Saúde no começo. O Estado tem procurado desenhar um modelo, uma solução que seja apresentada ao Hospital dos Ferroviários. Foi dito por todos nós que o problema é complexo, principalmente, pelo Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário, que relatou quais são os problemas colocados. As soluções talvez sejam até simples, mas chegar à simplicidade é complexo. Chegar à simplicidade que possa resolvê-lo é complexo.

Então, acredito que precisamos fazer esse exercício da escuta até mais desarmados porque ouço o discurso daqui, e quando conversávamos sobre a Clínica de Repouso Santa Isabel falava que tínhamos que tirar o balcão do meio. O que precisamos ter nessa clínica é uma solução para que o serviço seja feito com qualidade. Se será aumentando recursos humanos, se será mudando a caracterização do serviço, é o que precisamos discutir com responsabilidade e exercitando essa escuta. Não adianta falarmos nesta Comissão e o Governo do Estado negligenciar o que falamos. Mas também não adianta o Governo do Estado falar e negligenciarmos isso. Precisamos dar efetividade a essa solução.

Acredito que precisamos pactuar, Senhor

Presidente Doutor Hércules, e em que tempo é possível ser apresentada essa solução, que não sabemos qual é ainda. Também não dá para simplificarmos a discussão, como se houvesse uma falta de vontade, porque na mesma proporção que dizermos que há irregularidades é chocante para a reputação da gestão do Hospital, também é chocante para a reputação do Governo do Estado afirmarmos que não há vontade, fazermos parecer que não há vontade. Se começarmos a nos digladiar, se quisermos achar um certo e um errado, todos vamos perder. Como já disse a Senhora Deputada Janete de Sá, mais vale um acordo razoável do que o acirramento. Se tentarmos achar o certo e o errado, o justo e o culpado, perderemos com certeza. E isso vale para todas as partes. Tenho sempre percebido do Governo do Estado - e faço um depoimento pessoal, porque fui, como Secretário de Estado de Assistência Social, colega do Senhor Tadeu Marino - um profundo compromisso com a política de saúde, para que seja efetiva. Solidarizo-me com os Senhores Tadeu Marino e Geraldo Queiroz por conta desse compromisso, que já foi mencionado pelo Senhor Deputado Doutor Hércules mais de uma vez, não apenas na presença dos Senhores Tadeu Marino e Geraldo Queiroz, a quem S. Ex.ª elogia bastante. A Senhora Deputada Janete de Sá também já fez muitos elogios a S. Ex.as nesta Casa. É importante, especificamente, que consigamos pactuar possíveis soluções, e há a cobrança de celeridade. Temos uma questão importante para tratar. Estamos aprimorando nossos mecanismos de controle. Ainda não estão todos prontos. Às vezes são muito endurecidos, e às vezes são muito flexíveis, mas precisamos defendê-los. Não dá para desconsiderarmos ou perjurarmos os mecanismos de controle, por que nos darão segurança para acharmos soluções duradouras, efetivas. O que está acontecendo nesta reunião, neste momento, pode apontar para uma solução efetiva, permanente, para a situação do Hospital dos Ferroviários, e é o que esperamos. Sugerimos ao Senhor Presidente, considerando que a Senhora Deputada Janete de Sá cobrou celeridade, que pactuemos o prazo para que tenhamos uma solução apresentada. O Senhor Secretário Tadeu Marino esteve nesta Casa e pactuou conosco algumas soluções, com prazos, para algumas demandas que apresentamos, tanto a do Hospital dos Ferroviários quanto a da Clínica Santa Isabel, que foram os dois principais pontos da última reunião. Esta reunião é um avanço dessa discussão, porque até agora o que foi pactuado foi cumprido em tempo. Que evitemos vulnerabilizar o Governo do Estado, fazendo cobrança de algo que o tempo não permite. Mas, também, que tenhamos segurança de que, em tempo aceitável, pactuado, tenhamos indicativo da solução desse problema de maneira permanente,

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 165

porque tratamos não do Hospital dos Ferroviários isoladamente, mas da política pública da saúde, para que seja realmente acessada por todos os cidadãos, sem precisar do favorecimento dessa ou daquela pessoa, sem precisar da intermediação desse ou daquele agente político. Se pudermos sugerir um encaminhamento, que seja pactuar esse tempo, porque o discurso foi convergente em todos os casos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde. O SR. TADEU MARINO - Queremos também fazer uma proposta importante. Em primeiro lugar, informamos que o Ministério Público tem participado de maneira constante das nossas reuniões e está extremamente preocupado com a situação no Hospital dos Ferroviários. Possui uma visão até muito mais dura do que a da Secretaria de Estado da Saúde. Isso é porque o Ministério Público recebeu muitas denúncias e inclusive passarei às mãos de V. Ex.ªs as denúncias que recebemos da gestão do Hospital dos Ferroviários. Acho, também, que merece uma investigação da própria Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Está comigo e depois passarei às mãos de V. Ex.ªs. O Senhor Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito Santo, recebeu, eu recebi e não sei se receberam, mas estou passando para V. Ex.ªs essas denúncias. Infelizmente não são assinadas, mas são denúncias citando nomes e situações do hospital. O Ministério Público também recebeu essas denúncias. Acho que seria importante, Senhor Deputado Doutor Hércules, que fizéssemos uma reunião da Comissão de Saúde com a PGE, a Secont e a Doutora Inês Taddei, do Ministério Público, para que a Comissão de Saúde tivesse uma posição. Porque retrato o que a PGE tem nos orientado, o que a Secont colocou no relatório e tem nos falado. Mas acho que seria interessante que pudéssemos marcar uma reunião ainda nesta semana com o Doutor Rodrigo Judice, a Doutora Ângela Silvares, o Senhor Pablo Rodnitzky, da Secont e de repente, até chamar a Doutora Inês Taddei, também, na reunião com os Senhores Deputados da Comissão de Saúde. Acho que não tem ninguém mais angustiado do que nós na Secretaria para que aquele hospital volte a funcionar, diante de tudo que foi colocado nesta reunião. São cento e quarenta leitos, são leitos de retaguarda e queremos uma solução, que para nós, teríamos feito essa solução anteontem, ou seja, muito mais rapidamente.

Acho que para termos uma fala bem testemunhal, seria interessante marcarmos uma reunião, com a sua presença, a Senhora Deputada Janete de Sá, os Senhores Deputados Doutor Hércules, Rodrigo Coelho, Glauber Coelho e Gildevan Fernandes. Qual é o tempo nosso? Ou seja,

é 5h30min da tarde, é 6h. Podemos fazer um contato com a Doutora Inês Taddei hoje para saber se S. S.ª pode participar dessa reunião. Aí, sim, colocar a angústia da Comissão de Saúde e aí teremos uma resposta, o que a PGE está pensando. A PGE tem estudado isso aí. Eles passaram uma semana estudando uma solução jurídica para aquele problema e começaram a nos responder mais. Acho que é o ideal. Senão faremos outra reunião de Comissão de Saúde daqui a quinze dias, ou daqui a um mês, ou daqui a uma semana. De repente, quem sabe, dessa reunião possa sair isso que V. Ex.ª propõe. Aí veremos que tipo de acordo, de construção que podemos fazer. Sabe, existe irregularidade? Existe. Foi mal utilizado o convênio? Foi. O que podemos fazer dentro da questão trabalhista, do pagamento dos trabalhadores? Porque começamos a receber na semana passada uma notificação da justiça do trabalho quanto a bloqueio de recursos. Uma de vinte mil reais e outra de quarenta mil reais, para pagar justamente causas trabalhistas, na secretaria do Hospital dos Ferroviários.

Seria interessante isso, até para ter essa coisa mais depurada. Ouvir V. Ex.ªs fazerem questionamentos aos juristas, que estarão presentes na reunião, e teremos uma resposta de repente. Quem sabe daí conseguimos construir essa solução o mais rápido possível.

Se me derem liberdade, marcarei essa reunião. V. Ex.ªs poderia me falar qual dia da semana seria melhor, se é quarta, quinta ou sexta-feira. Faremos essa reunião para debatermos um pouco essa questão. É uma das propostas que coloco. Assim, não esperamos muito. Essa semana mesmo, se der tempo, para que eles coloquem essas posições que às vezes temos que aguardá-los para tomarmos uma solução. Ou seja, não posso tomar uma solução sem a opinião do controle do Estado, que é a Secont e a PGE. Portanto, acho que é interessante para ganharmos também um passo, para ver se conseguimos fazer uma solução. Está é a proposta que coloco, pois assim ficaria uma coisa muito mais clara, mais transparente, para que V. Ex.ªs possam tirar todas essas dúvidas, como o porquê de a PGE ter feito isso, por que a Secont recomenta aquilo. Acho que nesta reunião ficaria muito melhor.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - O Senhor Secretário Tadeu Marino fez uma proposta para que nos reunamos talvez ainda nesta semana. A Senhora Deputada Janete de Sá sugere que faça parte desta reunião algum representante do Hospital dos Ferroviários e também o Presidente do CRA - Conselho Regional de Administração. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, pela ordem! Há questões que no momento da reunião alguém do hospital pode elucidar. Não conheço a história toda, como o porquê de se passar

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166 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

recursos para outra conta. Seria interessante, poderiam até não participar, mas estarem próximos para serem consultados, pois não conheço toda a história, Senhor Secretário. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Concedo a palavra ao Subsecretário, Doutor Geraldo Queiróz. O SR. GERALDO QUEIRÓZ - Acabei de falar, por telefone, com a Doutora Inês Taddei, e ela se dispôs a marcar uma reunião o mais rapidamente possível, ainda nesta semana, talvez ainda hoje, desde que receba os documentos que estamos ultimando para entregar ao Ministério Público. A Doutora Inês Taddei pediu algumas informações, as quais chegando a ela, a reunião será marcada o mais rapidamente possível. A Doutora acha importante se reunir com os deputados, com a PGE e com a Secont para esclarecer e ter uma mesma linha de pensamento, ou que pelo menos entendamos o pensamento do Ministério Público acerca do problema. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Doutor Geraldo Queiroz, a Doutora Inês fala nesta semana? O SR. GERALDO QUEIRÓZ - Sim, Senhor Deputado. Tão logo tenha condições de examinar os documentos, marcará o mais rapidamente possível. Na realidade, a Doutora Inês Taddei quer convocar uma reunião envolvendo nós da Secretaria de Estado da Saúde, PGE e Secont. Os Senhores Deputados provavelmente serão convidados a participar. Seremos convocados para a reunião para dar um norte. O Ministério Público tem uma posição e está apontando um caminho, que é um caminho que estamos estudando. Temos que ouvir o Ministério Público. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Senhora Deputada Janete de Sá está ponderando a possibilidade de ser nesta quinta-feira, uma vez que tem que viajar na sexta-feira; portanto, fica mais ou menos conversado para quinta-feira. O Senhor Deputado Rodrigo Coelho tem alguma objeção? Não tem. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, na quinta-feira tenho um compromisso em São Paulo, para uma discussão de fusão do meu partido com o PPS e tenho que ir. Se marcar para a manhã de quinta-feira poderei ir; à tarde, estou com dificuldade. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Não gostaria de estar nesta reunião e ausente a Senhora Deputada Janete de Sá, uma vez

que S. Ex.ª tem uma história muito antiga no hospital e é muito importante sua presença. Tentemos comandar esse horário. Se puder na quinta-feira de manhã, faremos.

Essa parte do Hospital dos Ferroviários acredito estar esgotada, a não ser que a Senhora Deputada Janete de Sá queira dizer alguma coisa.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Gostaríamos de

dizer apenas que os representantes dos hospitais dos ferroviários não deveriam adentrar na reunião, tendo em vista que a investigação relativa ao procedimento da direção, mas que pudessem estar na sala ao lado para no caso de consulta. Há coisas que não saberemos. Só eles poderão nos tirar as dúvidas. Poderiam estar numa sala ao lado de fora para que possamos consultá-los, ouvindo, assim, os dois lados.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Está certo. Com essa parte do Hospital dos Ferroviários já estamos satisfeitos. Falemos da Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim. Com a palavra a Senhora Nercedes Canal.

A SR.ª NERCEDES CANAL - Senhor

Presidente, nosso conterrâneo, Senhora Deputada Janete de Sá, Senhor Ricardo Ewald, Senhor Tadeu Marino e demais presentes à Mesa, bom-dia. Obrigada pelo convite de estarmos nesta Comissão.

Falar da Santa Casa Cachoeiro de Itapemirim é falar de um hospital de porta aberta vinte e quatro horas para o atendimento de urgência e emergência na região sul, com uma abrangência para vinte e seis municípios. Nossa capacidade instalada hoje é de cento e oitenta leitos, sendo cento e cinquenta e alguns para o SUS, o que representa mais de oitenta por cento de nossa capacidade instalada para o SUS. Se Deus quiser em breve estaremos entre duzentos a duzentos e quinze leitos com a conclusão da reforma do pronto-socorro de que falaremos daqui a pouco.

Nossa maior ocupação dos leitos na região sul, o foco, é acidentes de trânsito, com uma especial ressalva para os acidentes de moto, que é extremamente absurdo. Assistimos todos os dias e principalmente nos fins de semana, no horário noturno, ao grande volume de acidentes de moto. Esses pacientes são grandes em número e gravidade. Ficam no hospital por muito tempo. São de alto custo, de longa permanência. Seu leito custa girar porque são pacientes realmente complicados, politraumatizados.

Sempre temos falado desse alerta e vemos algumas ações efetivas por parte do Governo do Estado. Bato palmas para que emplaquem essa questão da lei federal, da Lei Seca, para ver se as pessoas têm um mínimo de responsabilidade ao pegarem o volante ou sua moto.

Nosso serviço de urgência passa por uma grande reforma na região sul, é do conhecimento de todos. Essa grande reforma passa pelo pronto-socorro

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 167

propriamente dito, pela UTI e por uma unidade de internação que servirá principalmente de retaguarda para o atendimento no pronto-socorro. Essa obra acrescentará em torno de trinta e cinco leitos par nós, sendo dez só em UTI e com capacidade para realização de hemodiálise no CTI. É o que já fazemos, mas ampliaremos os leitos em hemodiálise no CTI. É uma grande demanda na região.

Nossos serviços de hemodiálise atende em três turnos: de manhã, de tarde e à noite e ainda tem paciente na fila de espera. Falando ainda da conclusão dessa obra, já poderíamos estar liberando isso, mas passa por algumas demandas na secretaria que é a liberação do termo aditivo para podermos concluir o que ficou parando. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhora Nercedes Canal, a secretaria está devendo repasse para a Santa Casa para concluir a obra? A SR.ª NERCEDES CANAL - Não. Não é um repasse, é um aditivo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Se der, vamos aproveitar o Senhor Secretário Tadeu Marino presente e cobraremos logo.

A SR.ª NERCEDES CANAL - Os repasses

foram feitos. Vale dizer que o orçamento dessa obra foi feito no ano de 2008. Então, esse orçamento ficou realmente defasado. Essa obra iniciada no ano de 2011 para terminar em 2012. Há de convir que esse orçamento ficou um pouco defasado até porque uma obra de reforma tem as intercorrências que nem sempre a engenharia prevê e isso aconteceu.

Temos um termo aditivo na secretaria que hoje está andando porque a visita técnica que faltava in loco foi realizada há menos de um mês, Senhor Secretário Tadeu Marino. Em função dessa visita técnica, o Núcleo de Engenharia da Secretaria de Estado da Saúde - NEA está trabalhando, provavelmente, em cima desses relatórios e nos solicitaram já o cronograma final da obra. Isso chegou para nós há uma semana, então a nossa engenheira está trabalhando esse cronograma para poder ser entregue ao NEA, provavelmente, ainda essa semana.

Com a entrega desse nosso cronograma, aguardamos o próximo passo do Núcleo de Engenharia do Estado. Também passa pela liberação dessa obra a substituição de uma subestação elétrica, pois a que está no hospital atualmente tem mais de trinta anos de uso e está com a sua capacidade de atender, trabalhando acima do seu limite.

Já levei essa preocupação ao Senhor Secretário Tadeu Marino há menos de um mês e existe um processo com a substituição dessa estação por uma nova, com potencial maior para atender toda essa demanda de hoje e atender demandas futuras

também, para pensarmos daqui a dez ou quinze anos pela frente. É um investimento significativo em uma troca de subestação. Parece simples, mas não é. Então, essa subestação não nos permite, Senhor Secretário Tadeu Marino, instalarmos nenhum leito a mais sequer. A obra sendo concluída, se não tivermos energia, não teremos como liberar os nossos leitos pela insuficiência da energia.

Por fim, a aquisição de alguns mobiliários para essa expansão que, provavelmente, estaremos contando com a secretaria. Já temos também um processo, não sei hoje a posição do processo, mas ele estaria sendo analisado na Secretaria de Estado de Controle e Transparência - Secont e não tive esse retorno.

Esse processo está sendo analisado, há algum tempo o Setor de Convênios até nos solicitou a atualização do orçamento dos equipamentos. Acredito que assim que isso estiver pronto, o Secretário estará nos ajudando a dar celeridade a isso. Os nossos serviços, além do pronto socorro, temos a questão da hemodiálise, que já falei, temos o serviço de maternidade, que também é vinte e quatro horas, a maternidade de risco habitual.

O nosso banco de sangue atende a nossa demanda interna, que é alta, e também atendemos a Santa Casa de Misericórdia do Município de Castelo e o Hospital Infantil por meio de convênios com essas duas instituições. Temos uma boa resolutividade no serviço de hemoterapia. Para finalizar, temos que agradecer o esforço ao Governo do Estado, ao Senhor Renato Casagrande, em apoiar parcerias que visam ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde e ao incentivo aos hospitais filantrópicos. Na região sul, todos prestadores de serviços, com apenas uma exceção, somos filantrópicos. Portanto, sabendo das dificuldades e desafios que o Doutor Tadeu Marino e a Secretaria de Estado da Saúde enfrenta, afirmamos que se não tivéssemos o apoio de S. Ex.ª, se não houvesse esse incentivo à contratualização, tão falada com relação à questão do Hospital dos Ferroviários, se fosse cortado, se não existisse, os hospitais filantrópicos fechariam as portas. Se não houvesse esse incentivo nos últimos quatro anos, provavelmente já teríamos fechado as portas. A fala sobre tabela SUS é geral, de todos. Ouvindo alguns depoimentos em Brasília, vimos que a mobilização de ontem não foi retaliação, foi reivindicação para que o Governo Federal avalie esse subfinanciamento que existe na área da saúde. O Senhor Secretário deu o exemplo do parto normal, trezentos, quatrocentos reais para atender ao médico obstetra, e o Senhor Deputado Doutor Hércules vive isso na pele, pois é parteiro. Em um parto, uma cesariana, com anestesista, pediatra, auxiliar, mais a sala de parto, a parte hospitalar, o Senhor Secretário disse que paga-se em torno de quatrocentos reais. É fazer caridade mesmo. O Governo Federal fez essa mobilização nacional. Quando falamos, neste

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168 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Estado, dessa dificuldade, que a tabela SUS não remunera o custo dos hospitais, falamos uma grande verdade. Quem não conhece o que é a gestão hospitalar acha que o Governo nos dá dinheiro demais, que está sendo benevolente com os hospitais filantrópicos. Vá a um hospital, veja quanto custa um remédio para tratar um paciente. Se o Doutor Geraldo Queiroz me permite, recordarei de um caso. Uma paciente foi internada em janeiro e há alguns dias. O custo da ampola de imunoglobulina é alto, e pedimos socorro na Secretaria de Estado da Saúde. Na conta dessa paciente de UTI, com todas as complicações, o faturamento SUS foi em torno de doze mil reais, e só a imunoglobulina custou vinte e cinco mil reais. Um item da conta custou isso. Quem financia isso? Quem paga? O incentivo que o Governo concede aos hospitais filantrópicos não chega a cobrir tudo. Sabemos que temos que pagar sobreaviso de especialidade e uma série de coisas. Faço esse apanhado, quase um desabafo, Senhor Presidente, mas uma coisa é muito certa: apesar de tudo isso, se o Governo deixar de incentivar a contratualização dos hospitais filantrópicos, deixaremos de prestar serviço com essa condição de valores de tabela SUS. É uma coisa gritante. Os Estados brasileiros precisam se fortalecer nesse sentido. É uma visão que tenho. Não adianta só o Espírito Santo gritar. Como estão os Estados do Acre, do Amazonas, enfim, esses Estados pobres? Aí vocês veem todos os dias as manchetes de quem está morrendo e tal. Mas não falam de quantos foram salvos nesses hospitais todos. É um desabafo que coloco. Agradeço reiteradamente a todos e muito obrigada. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhora Nercedes Canal. S. S.ª entrou ainda menina na Santa Casa, lavando o chão e depois de muita luta, muito estudo e preparação, tornou-se Superintende da Santa Casa. Poucas pessoas conhecem a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim e sistema de administração hospitalar mais do que S. S.ª. Estamos nesta luta do Assine+Saúde e vejo que existe uma timidez muito grande em todos os municípios, é muito parada essa questão. Enquanto não obrigarmos o Governo Federal a investir mais na saúde, continuaremos nessa briga, porque não é prioridade do Governo Federal. Não é só esse Governo, não. É de Governo que vem por aí afora. Lembramos o exemplo da CPMF, que foi criada com a finalidade de financiamento da saúde, mas infelizmente foi usada até para pagar juros de dívida externa.

Na verdade, a saúde não é prioridade para, principalmente, os políticos que têm a caneta na mão e podem decidir. Aí, nós que ficamos perto do povo, que sentimos o calor, como uma panela que sente o

calor do fogo, é que sofremos isso e acabamos virando despachantes de internação, de cirurgia. Sabemos, por exemplo, que o Hospital dos Ferroviários, na fazia urgência, mas quem sabe do incômodo de uma hérnia, é quem tem; quem sabe o incômodo de um cálculo de vesícula, é quem tem. Isso acaba impactando os outros locais, mesmo que não seja uma urgência. A hérnia será uma urgência quando estrangular e a vesícula, também, quando tiver uma crise muito aguda. Tem que ter esse equilíbrio também. Precisamos de uma solução para isso. O Senhor Tadeu Marino quer complementar alguma coisa? O SR. TADEU MARINO - É só reafirmar. Não serei repetitivo nessa questão da avaliação que a Senhora Nercedes Canal faz do tipo de internações que ocupam leitos e oneram hospitais. Temos dito isso, a própria Assembleia Legislativa discutiu muito isso, sobre a questão da violência no trânsito, o custo dos nossos leitos e o quanto isso custa. Acrescento nesta questão os pacientes idosos, que hoje ocupam cada vez mais leitos hospitalares e nossos hospitais. Debati na semana passada com o pessoal da Associação Nacional de Hospitais Privados, Anahp, e eles trouxeram um tema que era justamente o envelhecimento da nossa população. A nossa população envelheceu muito rapidamente. Para vocês verem, é uma associação de hospitais privados, uma das maiores do Brasil, discutiu na semana passada sobre essa questão. O impacto que isso produz dentro dos hospitais privados, planos de saúde. Lógico, não é diferente dentro dos hospitais públicos. Hoje, quem tem pacientes em cuidados paliativos em casa, sejam jovens, ou principalmente os idosos, sabem o quanto custa cuidar de um idoso. São as cuidadores, tem todo um material. Minha sogra vive numa casa dessas de repouso e só a manutenção dela no local custa três mil reais por mês, sem falar de todos os materiais: os medicamentos, consultas, fraldas e assim por diante. Cada vez mais os pacientes chegam aos nossos hospitais e são pacientes, na verdade, que precisam de cuidadores, e são acolhidos. São pacientes que às vezes ficam seis meses no leito. Hoje há casos de pacientes que recebem alta e as famílias entram na justiça pedindo para não levar o paciente para casa, porque não têm condições e os Juízes têm dado liminares, às vezes, para os pacientes continuarem internados, quer sejam com hospitais públicos, quer sejam com planos de saúde. Portanto, esta é outra grande parte das internações hospitalares nos dias de hoje, que muda o perfil completamente, e que nos obriga a começar a entrar na direção de abrir leitos de cuidados paliativos e leitos crônicos, para que possamos tirar esses pacientes dos hospitais de urgência e emergência e dar um leito muito mais digno a esses pacientes. O custo é alto, a permanência é longa e o leito não roda. Isso é um problema.

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 169

Na questão dos hospitais filantrópicos, como a Senhora Nercedes Canal disse, o Estado sabe que mais de sessenta por cento dos leitos hospitalares do Estado do Espírito Santo estão em hospitais filantrópicos. Isso não é diferente no Brasil. Nos hospitais filantrópicos estão grande parte dos leitos que o SUS utiliza.

O Estado tem feito a contratualização, que começou em 2009 e 2010, e temos aumentado. Nos últimos anos, aumentamos em mais de trinta e cinco por cento os repasses aos hospitais filantrópicos. Neste ano, somente de recursos próprios, o Estado deve colocar mais de cento e oitenta milhões de reais para os hospitais filantrópicos. Cito como exemplo a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, que estamos tratando. Somente de recursos do Estado, assinamos em janeiro dezessete milhões, novecentos e vinte e nove mil reais; ou seja, quase dezoito milhões de reais de recursos do Estado para ajudar a gestão e complementação de tabela. Isso dá uma complementação na tabela do SUS de 78,2%, percentual que a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim de fato recebe em termos de complementação - o Hospital Infantil recebe uma complementação da tabela do SUS de 148,6%. O Estado praticamente paga duas tabelas SUS com a contratualização; ou seja, damos uma tabela a mais para que os hospitais possam sobreviver.

Estou falando de custeio. Em termos de investimento, conforme citou a Senhora Nercedes Canal, o Estado tem colocado na Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim cerca de três milhões de reais com reformas de leitos de UTI. Quando o Senhor Governador foi visitar a obra, fez um compromisso de mais três milhões em equipamentos, cujo processo está em andamento da Secretaria de Estado da Saúde.

A Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim é referência para nós na Rede Bem Nascer, que é a rede marteno-infantil do Estado, e por isso também receberá seiscentos mil reais em investimentos da Rede Bem Nascer, para adaptarmos tanto com equipamentos como na rede de estrutura física. Tem a questão do gerador elétrico e essa nova rede elétrica. Portanto, além do custeio, há ainda investimentos em equipamentos e estrutura física. O Estado de fato é um parceiro dos hospitais filantrópicos, pois sabe da importância deles nesta parceria; porém, tudo tem um teto, um limite, daí cobrarmos cada vez mais repasses do Ministério da Saúde, para que possamos diminuir este investimento do Estado.

Tivemos uma boa notícia há quinze dias, quando o Ministro esteve no Estado inaugurando o Hospital Doutor Jayme Santos Neves. Na ocasião, assinou um repasse de cinquenta e sete milhões, que foi publicado na semana passada. O Estado receberá do Ministério da Saúde, neste ano, para média e alta complexidade, cinquenta e sete milhões de reais. Isto é importante porque desonera o Estado para que possa investir cada vez mais na sua rede própria e

filantrópica. Queria reforçar aquilo que o Senhor

Deputado Doutor Hércules falou no começo da reunião, da questão do Doutor Otávio, que é a atenção primaria à saúde. Além de todo investimento que o Estado faz na questão das construções de unidades, capacitação das pessoas e repasses para investimentos, assinamos na última sexta-feira um repasse de quarenta e três milhões de reais aos municípios, para que possam ajudar a bancar o custeio da atenção primária de saúde. Sabemos que se a atenção primária estiver funcionando bem, oitenta a oitenta e cinco por cento dos problemas são resolvidos, diminuindo o fluxo de pacientes nas urgências e emergências de hospitais. Este é mais um reforço que o Estado colocou para os municípios de todo o Espírito Santo. São quarenta e três milhões de reais. Faremos o primeiro repasse trimestral no final de abril, que corresponde a abril, maio e junho. Depois haverá um repasse em setembro e outro em dezembro que complementarão quarenta e três milhões de reais. Agradeço de fato o papel feito pela Santa Casa na região sul do Estado. É um hospital de portas abertas vinte e quatro horas. Atende toda urgência e emergência daquela região, já que não temos um hospital público de média e alta complexidade no sul do Estado. Temos dois hospitais pequenos em Jerônimo Monteiro e São José do Calçado, que não dariam conta. Então, de fato, a Santa Casa e os hospitais de Cachoeiro de Itapemirim têm um papel muito significativo para a saúde pública no sul do Estado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Tem previsão de construção de hospital na região sul?

O SR. TADEU MARINO - Não. O Hospital do Sul, do Ministério da Saúde está em discussão. O Prefeito de Cachoeiro me ligou semana passada. Estamos marcando uma reunião com o Senhor Bartolomeu Martins, com o Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde não quer mais deixar elefante branco parado, quer terminar aquele hospital.

A previsão seria a partir da retomada o hospital ter dois anos mais ou menos de obra; um ano e meio, no máximo dois anos de obra naquele hospital na região de Aquidaban.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Seria um hospital geral ou só infantil, como foi projetado?

O SR. TADEU MARINO - É essa discussão

que retomaremos. A Comissão intergestora da região pediu para que o transformasse em hospital de urgência e emergência. Hoje a discussão está voltando para ser o papel real de ser um hospital materno-infantil. Estamos discutindo justamente isso

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170 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

com o Senhor Prefeito Carlos Casteglioni e o Senhor Bartolomeu Martins, para que retomemos o seu papel inicial.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Senhor Deputado Rodrigo Coelho, deseja falar alguma coisa?

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor

Tadeu Marino, queremos apenas reiterar algo que a Senhora Nercedes Canal e V. Ex.ª disseram sobre a contratualização, do custeio. S. S.ª passou pelo tema aditivo da obra do pronto-socorro. Queremos reforçar porque sei do sofrimento por que V. Ex.ª, Senhor Tadeu Marino, passa para fazer tramitar processos do Governo. Gostaria que V. Ex.ª levasse que foi duramente pressionado para que isso agilizasse, saísse depressa, porque com esse depoimento consegue sensibilizar outros pares em lugares onde V. Ex.ª não tem governabilidade, para que o termo aditivo saia de maneira acelerada. Vemos o empenho o sofrimento. Estive recentemente com o Senhor Dimas Magnago que está fazendo a retaguarda da Senhora Nercedes Canal. Verificamos a angústia de ver aquela obra finalizada e precisamos acelerar para que os serviços sejam efetivamente avaliados como deve ser na sua capacidade plena à disposição da região. Fazemos esse debate no SUS sobre a referência de traumas, que é referência da Santa Casa.

Queremos ver aquele pronto-socorro entregue. Está ficando uma obra muito bonita e obviamente desejamos vê-la em funcionamento o mais rápido possível. Isso ajudará muito no debate sobre a destinação do Hospital de Aquidaban. O Senhor Jailton Alves Pedroso deu uma risada de um canto da orelha no outro. Se o Senhor Tadeu Marino não viu quando falou da discussão que está sendo feita... Seria importante no momento oportuno, não hoje, porque a reunião já se alongou bastante e estamos comprometendo as agendas posteriores, falar sobre essa obra do Hospital de Aquidaban, porque para todos o hospital está pronto, mas ouvimos dizer que ainda faltam dois anos de obra. O que está faltando no hospital, o que aconteceu, porque é nesse discurso fácil que precisamos observar a responsabilidade que se tem e que se precisa ter. Queríamos deixar nesta reunião um convite sem data marcada, mas que posteriormente pudéssemos conversar sobre isso.

O SR. TADEU MARINO - V. Ex.ª

participará dessa reunião quando houver, tenho certeza.

O SR. RODRIGO COELHO - É importante

que não somente este Deputado saiba, mas que todas as pessoas saibam.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - O Senhor Jailton Alves Pedroso

também. A SR.ª NERCEDES CANAL - Senhor

Presidente, para completar minha fala, porque já a havia encerrado, fui injusta não mencionando meu vice-presidente, que está na plateia e chegou atrasado em função do tráfego da ponte, aquele trânsito na ponte. Ele saiu do Município de Cachoeiro de Itapemirim, deixou seus afazeres para acompanhar as discussões de saúde que tanto preza e que faz com tanto zelo e amor. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito obrigada, Senhora Nercedes Canal. Ouviremos, por gentileza, a palavra do Senhor Jailton Alves Pedroso, Diretor do Hospital Infantil Francisco de Assis.

O SR. JAILTON ALVES PEDROSO - Cumprimento a Mesa, os Senhores Deputados Rodrigo Coelho, Doutor Hércules e Senhora Deputada Janete de Sá. Somos muitos gratos aos senhores que já ajudaram o Hospital Infantil no Município de Cachoeiro de Itapemirim. Estamos de portas abertas para receber V. Ex.as

Cumprimento os presentes e, de modo especial, a equipe do Governo, na área da saúde, Senhor Tadeu Marino, que é um ponto de apoio do Hospital Infantil. Não é porque V. Ex.ª é pediatra, mas é pela sensibilidade que V. Ex.ª tem na gestão e pela eficiência de toda a sua equipe. Fico muito feliz, Senhores Deputados Doutor Hércules e Rodrigo Coelho.

Na verdade, não estava preparado para falar e gostaria de fazer, mais uma vez, ecoar pelos cantos desse Estado, a necessidade de rediscutimos a questão do Hospital de Aquidaban no Município de Cachoeiro de Itapemirim. Antes da minha fala, pelo visto já surtiram alguns ecos, frutos também da necessidade do Estado de se organizar.

Farei inicialmente uma fala filosófica sobre as instituições filantrópicas. Cabe às instituições filantrópicas buscar bingo nos finais de semana, buscar trabalhos comunitários para envolver as comunidades porque o dia que uma instituição filantrópica tiver recursos iguais ao do Estado, não precisarão mais existir instituições filantrópicas.

Essas instituições são um apoio ao Estado porque senão ele não conseguiria hoje manter a assistência à saúde. As instituições filantrópicas, Senhor Secretário Tadeu Marino, são importantes nesse aspecto porque também precisam buscar seus cursos e sua eficiência de gestão. Se para tudo que uma instituição filantrópica fizesse, ela buscasse ao Estado, não existiria a necessidade de ter uma instituição filantrópica.

Essas instituições têm que repensar seu papel como instituição filantrópica. Destacamos o trabalho das instituições do Município de Cachoeiro de Itapemirim que fazem a diferença. Os problemas que

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 171

temos nesse município são muito poucos, se comparados aos do Brasil e aos da Capital Vitória que se tem uma eficiência de gestão e busca-se uma captação de recursos complementar.

Então, as instituições precisam buscar esse fim porque no dia que existirem recursos iguais, essas instituições não precisarão existir mais. Não pode o Estado competir com as instituições filantrópicas e isso tem que ser avaliado.

Falarei também do Hospital Infantil Francisco de Assis que é referência na região sul do Estado do Espírito Santo. Esse hospital tem atendido grande número regiões do norte, pode ir a esse hospital hoje e conferir que existem pessoas dos Municípios de Colatina, Linhares. Somos a maior Unidade Intensiva Pediátrica do Estado, com o apoio dos Senhores Tadeu Marino e Geraldo Queiroz.

Estamos na crise da pediatria abrindo mais oito leitos pediátricos intensivos. Isso hoje é um ganho muito significativo, pois abrir uma unidade pediátrica com a falta de pediatra que temos hoje é muito difícil, mas graças ao trabalho que realizamos nesse hospital, estamos conseguindo montar uma equipe, trazendo gente de Vitória também.

Fundamentalmente, nossa fala é de organização do sistema. Não adianta termos esses custos elevados que temos, se não pensarmos no papel do hospital na assistência à saúde da nossa população. Há pouco tempo surgiu no Município de Cachoeiro de Itapemirim a questão de criar no Hospital de Aquidaban, Senhora Deputada Janete de Sá, um hospital de trauma.

Ficamos passando mal durante um mês. Como alguém no século que estamos, com o desenvolvimento que temos hoje, os secretários da região decidem montar um hospital de trauma num hospital que está parado, que foi preparado para ser um hospital materno-infantil. A Senhora Nercedes Canal bem falou. Como a Santa Casa está preparada para ser referência em trauma como o Senhor Deputado Rodrigo Coelho falou.

Pensavam em abrir num hospital que está parado há quinze anos, um hospital de trauma. Como? Com quais médicos? De onde o Estado vai tirar o orçamento para bancar um novo hospital onde já está funcionando outro? Uma aberração! Isso começou a tomar vulto. Clamávamos por isso, falávamos por isso e parece que estão revendo essa situação antes de abrir porque não conseguiria funcionar já que não teria dinheiro. Seria um elefante branco, só que agora mais bem vestido, de terno talvez. Mas parece que as coisas estão tomando um direcionamento melhor. Nossa proposta é essa, a de organizar os sistemas de assistência hospitalar. A população e os Deputados precisam entender mais da área da saúde, para que ao falarem de um hospital no Município de Muqui, por exemplo, saibam do que estão falando. Quando a população falar de hospital nos Municípios de Muqui ou Presidente Kennedy,

que saibam do que estão falando. Quem vai bancar isso, quem vai manter isso? Os locais que estão funcionando precisam buscar ganho de escala, ganho de escopo, a organização do sistema. Um responde por trauma, outro responde pela cardiologia, outro responde pela neurologia e outro responde pela pediatria e pela área materno-infantil. A criança não pode nascer em um hospital e ser direcionada para a UTI de outro hospital. Onde estamos vivendo? Qual nossa responsabilidade como gestores, como deputados, como população? Precisamos repensar. A história está passando, governos estão passando, e nada. Não se toma providência. Poucas pessoas têm gritado por isso. Nós, que cedemos quarenta e quatro lotes, há doze anos, para construir esse hospital, com o objetivo de organizar a assistência médica à mãe e à criança, estamos esquecidos. Mas sabemos que esse eco tem repercutido no Estado. A Comissão de Saúde está trabalhando, e colocamos a questão mais uma vez, porque precisamos repensar. Senhor Deputado Doutor Hércules, há algum tempo nosso hospital era uma mesa escorada com uma lajota. Hoje, o nível de eficiência no hospital é muito grande, graças a Deus, à equipe competente e ao Presidente digno que temos. É isso que faz a diferença. Instituições filantrópicas precisam de pessoas voluntárias para fazer essa diferença, com perfil de humanidade, assistência e honestidade. São exemplos que temos em Cachoeiro de Itapemirim, em todas as três instituições. O Hospital Infantil mostrou sua gestão. Precisa agora, Doutor Geraldo Queiroz, ampliar para esse campo da maternidade, porque sabemos que hoje a região sul tem o maior índice do Estado de mortalidade infantil neonatal precoce, em até sete dias. Para nós, isso é ruim, porque se fala em petróleo, em desenvolvimento da região, e não se pensa nessa estruturação e nessa organização. Ficamos feliz, como colocou o Doutor Tadeu Marino, com a realização desta reunião, pois estamos rediscutindo o assunto. Não é um problema recente, não é um problema do Doutor Tadeu Marino, é um problema que vem se arrastando há muito tempo. Finalizamos agradecendo muito ao Governo do Estado, ao Senhor Secretário, ao Doutor Geraldo Queiroz, o apoio que têm dado ao Hospital Infantil Francisco de Assis. Em breve, inauguraremos mais oito leitos de UTI, um novo serviço de nutrição dietética, uma enfermaria com dezoito leitos, tudo de primeira qualidade, à altura do que a população merece. Quando forem a Cachoeiro de Itapemirim, nos visitem. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhor Jailton Alves Pedroso, discordo de só uma coisa na fala de V. S.ª: os

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172 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

deputados não têm que entender, não são obrigados a entender. Por acaso, eu e a Senhora Deputada Janete de Sá somos da área da saúde. Quem tem que entender são os técnicos da área. Os deputados têm que cobrar, e é o que estamos fazendo. Morei, em 1960, ao lado do Hospital Infantil Francisco de Assis, onde hoje parece que funciona o anfiteatro da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. Então, conheço bem o Hospital Infantil Francisco de Assis. Por acaso, fiz pós-graduação em Administração Hospitalar, e dirigi hospital por vinte anos: por oito anos o Hospital Samuel Libânio, ao lado do Hospital Infantil, que não existe mais, foi anexado à Santa Casa de Misericórdia; por dez anos o Hospital Pedro Fontes, o leprosário de Cariacica; e por dois anos o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória. Por acaso, entendo um pouco sobre hospitais. Mas os deputados não têm obrigação de entender essas questões de saúde, têm obrigação de cobrar dos técnicos, que têm que estar preparados para isso. Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, voltando à questão do Hospital dos Ferroviários, foi sugerida uma reunião, e propomos que essa reunião para que todos os deputados possam participar, porque é interessante que também os deputados do interior do Estado participem. Nas quintas ou sextas-feiras os Senhores Deputados costumam ir para suas bases e terão dificuldades de participar também. Nesse sentido, na nossa próxima reunião, que acontece nas terças-feiras e que os Senhores Deputados estão agendados para ela, que possamos tomar esse espaço, no sentido de fazermos essa reunião maior, nesse mesmo horário. Poderíamos destinar o tempo de 9h às 10h para quem pudesse, podendo se estender até às 11h, na próxima terça feira. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Endosso a proposta da Senhora Deputada Janete de Sá, mas que fizéssemos essa reunião em outro lugar. Poderia ser na Secretaria de Estado da Saúde. S. Ex.ª sugere que seja na PGE. Seria terça-feira, no horário da nossa Sessão.

Em votação a proposta da Senhora Deputada. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. RODRIGO COELHO - A favor. O SR. GLAUBER COELHO - A favor. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Acompanho também. Aprovada. Fica marcado no auditório do Ministério Público. Gostaria de saber se o Senhor Tadeu Marino entraria em contato com a Doutora Inês Taddei, do Ministério

Público. Muito bem. Concedo a palavra ao Senhor Marcos Félix

Loureiro, presidente do CRA-ES. O SR. MARCOS FÉLIX LOUREIRO -

Coloco à disposição também as instalações do CRA. Temos instalações no Conselho que podem contribuir muito com essa reunião. Pediríamos que os Senhores Deputados estivessem presentes, porque é importante. Gostaríamos, também, de termos uma ata dessa reunião, para que pudéssemos acompanhar de perto essas ações. Peço isso nesta reunião. Estaremos presentes nesta próxima reunião para dirimir dúvidas, caso seja necessário. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Obrigado, Senhor Marcos Félix Loureiro. Com a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO - Pedi a

palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules, porque preciso me retirar, por conta da agenda que acumula e acumula. Mas coloco-me parceiro na discussão da destinação do hospital. Todos queremos uma solução, dar escala aos nossos hospitais, fazer com que eles tenham resolubilidade absoluta, porque esse é o nosso compromisso.

Conte conosco, Senhor Secretário Tadeu Marino. Ficaremos muito felizes em ver a superintendência bem instalada em outro lugar. Assim, que possamos entregar aquele hospital em obras para a população o mais breve possível.

Cumprimentos os Senhores Jailton Alves Pedroso, Nercedes Canal, Dimas Magnago, Marcos Félix Loureiro, representando do Hospital dos Ferroviários, Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, Geraldo Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde, e todos os presentes.

Senhor Presidente, peço a permissão para me retirar e aos Senhores Deputados Glauber Coelho e Janete de Sá, por conta das agendas que se avolumam. Mas contem conosco para os debates que sejam necessários na Comissão de Saúde.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Obrigado, Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

Faço novamente um apelo para o Assine+Saúde. Parece que ficamos reclamando e gritando e há poucas pessoas interessadas nisso. Se não fizermos um movimento obrigando o Governo Federal a destinar dez por cento da receita para o financiamento da saúde, continuaremos nesta Casa de Leis, por muito e muitos anos, reclamando da questão da saúde. A saúde não melhorará se não tiver dinheiro. É um Projeto de Lei de inciativa popular, que altera dispositivo da Lei Complementar n.º 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o § 3º, do artigo 198, da Constituição Federal, para dispor sobre

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 173

os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde. Estabelece os critérios e rateio dos recursos e transferência para a saúde, além das normas de fiscalização e controle das despesas com saúde em âmbito federal, estadual e municipal. Seria a PEC 29, com a qual levamos uma rasteira no final de 2011. O que aconteceu? O Governo Federal mandou os deputados federais fixarem doze por cento para os estados no financiamento da saúde, sendo que os estados já gastam mais que isso, e os municípios quinze por cento, que também já gastam mais que isso.

A União não tem obrigação alguma, e hoje não gasta quatro por cento da receita bruta com a saúde, enquanto alguns países da África já gastam 9,6% - mais que o dobro do que o Brasil investe em saúde. Não é gasto, e sim investimento. Saúde não é despesa, é investimento. Todos precisaremos de saúde. Se não precisarmos hoje, precisaremos amanhã.

Aproveito a presença da Senhora Nercedes Canal e dos Senhores Jailton Alves Pedroso e Hélcio Menezes Couto, para levar ao pessoal do Hospital dos Ferroviários, aos atendentes e enfermeiros. Vamos apanhar assinaturas para melhorar isso. Se for eleitor de Cariacica, só pode assinar no local correspondente a eleitores de Cariacica, e assim com eleitores de Serra, de Vitória e de Cachoeiro de Itapemirim, pois, senão, anula todo o abaixo-assinado. Peço auxílio ao Senhor Deputado Glauber Coelho em Cachoeiro de Itapemirim, já falei com V. Ex.ª. Também falei com o Senhor Deputado Rodrigo Coelho, também de Cachoeiro de Itapemirim. Eu também sou de Cachoeiro de Itapemirim. Fazemos este apelo porque não podemos ficar aqui somente falando que o Governo Federal não repassa. O que estamos fazendo? Na verdade estamos fazendo muito pouco por isso no estado. Minas Gerais já tem mais de quinhentas mil assinaturas. Precisamos de um milhão e meio de assinaturas em cinco estados. Só Minas Gerais já tem um terço do necessário. Dia 30 de novembro do ano passado, desculpem-me falar na primeira pessoa, fiz uma conferência nacional nesta Assembleia em que tivemos deputados da Paraíba, Rondônia, Pernambuco, Bahia. De Minas Gerais vieram o presidente da Assembleia e o presidente da Comissão de Saúde; enfim, tivemos deputados de vários estados. Convidamos todos os secretários municipais de saúde, presidentes de câmaras, prefeitos, e muito pouco compareceu, ou quase ninguém.

Portanto, é preciso que paremos um pouco de dizer que o Governo Federal repassa pouco. Temos que trabalhar aqui, nos municípios, principalmente nos hospitais, que atendem tanta gente. Quisera os hospitais se movimentar. A pessoa vai se consultar, peça a ela que assine o Assine+Saúde, pois é para

isso, e temos feito com sacrifício. O pessoal do meu gabinete tem feito e temos somente as assinaturas que o nosso pessoal do gabinete conseguiu.

Para onde vou levo o Assine+Saúde. Num evento da OAB que não tem nada a ver com saúde, estou lá pedindo assinatura dos advogados. O presidente da OAB assinou, tivemos a presença do Ophir Cavalcante, que também apoiou a lista. Isto é uma coisa que não tem dono. A CNBB, o Conselho Federal de Medicina, OAB nacional, estadual, e também o patrocínio da Assembleia, que também encampou esta movimentação. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, pela ordem! Acho que V. Ex.ª deveria passar esse material para todos os membros da Comissão de Saúde, porque me coloco à disposição para ajudar também. Estivemos em Santa Maria no evento em um hospital, e poderíamos trazer bastante assinatura. Não tenho esta documentação, e se V. Ex.ª me passar, eu também posso dar minha contribuição. Acredito que outros membros desta Comissão gostariam de fazer isso. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Senhora Deputada Janete de Sá, esta campanha foi exaustivamente discutida. Tenho me esgoelado da tribuna desta Assembleia falando sobre isso. Todo evento que fazemos nesta Assembleia Legislativa de saúde ou não saúde até...

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, cheguei agora, pode me passar que ajudo. Cheguei em janeiro. S. Ex.ª pode me passar que ajudo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Até no evento que fizemos, V. Ex.ª foi e o povo estava lá fora. V. Ex.ª sabia, pois participou daquela sessão especial sobre drogas. Meu gabinete estava lá e alguns membros da Comissão de Saúde.

Senhor Deputado Glauber Coelho, tenho feito isso em todos os lugares a que vou. Fui à Câmara de Domingos Martins. Não fui tratar de nada relacionado à saúde. Fui a uma reunião com o Presidente. Levei ainda mais. Os painéis que há lá, pago do meu bolso. Agora que a Assembleia Legislativa começou a participar. Tenho feito tudo do meu bolso, com meu carro, com minha gasolina. Vou a Domingos Martins, a Nova Venécia, a São Gabriel da Palha, a Alegre, todo lugar a que vou gasto do meu bolso. No evento dos oitenta anos da OAB, no Teatro Carlos Gomes, nada a ver com saúde, tenho as fotos de Ophir Cavalcante, assinando, Homero Mafra assinando, Setembrino Pelissari, Delegado da OAB, Luiz Cláudio Allemand, também assinando, Caputo, presidente da OAB de Brasília, também assinando. Temos nos virado muito nesse sentido.

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174 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Com a palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. GLAUBER COELHO - Eminente

Presidente Doutor Hércules, em rápidas palavras, inicialmente pedimos minhas escusas até porque não faltei a uma reunião ordinária desta Comissão, mas hoje infelizmente tive dois compromissos inadiáveis e não tive nenhuma condição de desmarcar. Seria de bom alvitre ter participado de toda essa reunião ordinária da Comissão de Saúde. Peço a V. Ex.ª, aos Senhores Deputados Janete de Sá e Rodrigo Coelho e aos demais presentes minhas desculpas por não ter estado presente.

Paralelamente a isso, agradecemos mais uma vez a gentileza, em tão pouco tempo, o Senhor Secretário Tadeu Marino e o Senhor Geraldo Queiroz, subsecretário da Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo, que se dispuseram mais uma vez em participar conosco desta sessão, compartilhando e mostrando informações importantes e automaticamente de interesse da população capixaba. Agradecemos à Senhora Nercedes Canal e ao Senhor Jailton Alves Pedroso, que se deslocaram de Cachoeiro de Itapemirim para participarem dessa Comissão. Fomos o autor da indicação da proposta para que S. S.as pudessem compartilhar conosco um pouquinho das dificuldades e obstáculos que têm enfrentado à frente desses hospitais extremamente importantes e fundamentais não somente para nossa região, mas para todo o Estado do Espírito Santo.

Senhor Presidente Doutor Hércules, gostaríamos de reforçar junto à Secretaria de Estado de Saúde o nosso desejo pessoal em relação ao Hospital Materno-infantil no bairro Aquidaban. Apenas reforçamos isso. Sabemos que estamos no caminho certo. Tenho certeza de que estaremos vencendo essa burocracia com dedicação, diálogo, equilíbrio, conversa. Se Deus quiser ainda este ano teremos ótimas informações, informações motivadoras e animadoras de que aquele hospital que já está com suas portas fechadas em termos de atendimento hospitalar - na verdade suas portas nunca estiveram abertas - onde hoje funciona a Superintendência de Estado de Saúde, seja para aquela região um hospital materno-infantil moderno e atenda não somente as mães, mas também as crianças de nossa região. Obrigado pela presença.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Aproveitamos ainda a oportunidade, já que estão aqui representantes dos filantrópicos e o Senhor Luiz Nivaldo da Silva, que é o Presidente, tem lutado muito também pelos hospitais filantrópicos, segunda-feira próxima, às 19h, faremos uma sessão especial para discutir as questões dos hospitais filantrópicos. Convidamos o Senhor Secretário Tadeu Marino, Geraldo Queiroz, Hélcio Menezes Couto e toda a equipe para participarem, e

também o Presidente do Conselho Regional de Administração. Discutiremos a questão dos filantrópicos que na verdade têm carregado o Estado, os Municípios e a União nas costas. A verdade é essa. O SR. TADEU MARINO - Agradeço a oportunidade, mais uma vez. Já enviamos até para o Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo e para V. Ex.ª um ofício dizendo que nos colocamos à disposição. Basta nos convidar e a secretaria tem toda a boa vontade e a necessidade de, justamente, fazer-se presente nesse debate. Primeiro, porque a saúde é um assunto de relevância pública. É importante que aumentemos cada vez mais o controle social sobre o Sistema Único de Saúde, que necessita disso, seja nessa comissão, no Ministério Público, no Conselho Estadual de Saúde ou nos conselhos populares. É importante para nós, já que somos gestores do Sistema Único de Saúde.

Não nos importamos em vir a esta Casa e não nos provoca nenhum incômodo. Pelo contrário, sentimo-nos muito à vontade de estarmos debatendo. Quanto à questão do Hospital Infantil Francisco de Assis do Município de Cachoeiro, é importante dizer que isso é uma obra federal. O Ministério da Saúde, no ano passado, fez uma dança pelo país. Não quer mais que nenhuma obra financiada pelo Ministério da Saúde fique sem andamento. Então, é importante retomarmos essa discussão. O Ministério da Saúde está esperando essa decisão para que esse órgão, justamente, volte a investir o restante dos recursos que tem necessidade para funcionar.

Quero deixar isso bem claro que a Secretaria Estadual de Saúde nunca colocou nenhum centavo nessa obra. É uma obra, puramente, federal e o terreno, de fato, foi cedido pela comunidade do Município de Cachoeiro de Itapemirim. Estamos fazendo a estimulação e participando dessa discussão nesse Município.

Seriam essas as considerações que gostaria de fazer. Quando marcarmos essa reunião, que a Senhora Deputada Janete de Sá disse, uma reunião que de fato seria mais importante a participação de todos os deputados, daremos um retorno a V. Ex.as. O local ideal seria no auditório do Ministério Público. Há um auditório bom, uma reunião mais fechada, para que possamos nos aprofundar e discutir essas questões. Muito obrigado e um bom dia. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Alguém gostaria de fazer mais alguma consideração? A SR.ª JANETE DE SÁ - Também quero fazer minhas considerações finais. Agradeço a participação do Senhor Tadeu Marino, Secretário de Saúde; o Senhor Geraldo Queiroz, Subsecretário de Saúde; os representantes dos hospitais, do Hospital dos Ferroviários do Município de Vila Velha, da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital Infantil

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 175

Francisco de Assis, que estiveram conosco do Município de Cachoeiro de Itapemirim.

Nosso propósito é buscar soluções na área de saúde. Estamos dando passos nesse sentido e faremos, conforme foi deliberado, uma audiência fechada na próxima terça-feira, exatamente, para discutirmos e vermos os contornos de toda essa questão para que possamos buscar passos mais assertivos. Essa é a questão.

Só quero agradecer a todos a boa vontade, já que nossa reunião duraria uma hora; acabaria às 10h e continuamos em reunião até às 11h38min, porque privilegiamos a discussão e o entendimento. Acredito que todos estão buscando isso nesta reunião da Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Agradeço ao Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde; e o Senhor Geral Queiroz, Subsecretário de Estado da Saúde. Quando fazemos alguma cobrança é porque sentimos, realmente, o calor da população nos cobrando também. Temos sempre ressalvado, apesar dos esforços do Governador Renato Casagrande, do secretário, do subsecretário e de toda a sua equipe, que temos que cobrar porque é o nosso dever.

Agradeço aos presentes. Senhor Secretário Tadeu Marino, em momento nenhum, precisamos nem convocar V. Ex.ª porque a Assembleia Legislativa poderia fazer a convocação, passar pelo Plenário, mas V. Ex.ª se coloca à disposição. Sempre que precisamos, convidamos V. Ex.ª , que vem, assim como os demais também.

Agradeço a presença ao Senhor Jailton Alves Pedroso, à Senhora Mercedes, ao Senhor Sidnei Coutinho do Nascimento, Assistente do Hospital dos Ferroviários; ao Senhor Hélcio Menezes Couto, diretor técnico; ao Senhor Marcos Félix Loureiro, Presidente do Conselho Regional de Administração. Senhor Secretário Tadeu Marino, a Senhora Deputada Janete de Sá está lembrando sobre o documento. Senhora Deputada Janete de Sá, o Senhor Tadeu Marino já está encaminhando o documento. Tivemos um grande avanço hoje. Alguma coisa da questão do Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, ou Maternidade Infantil, já foi alinhavada. Quando à unidade de geração de energia da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, o Senhor Tadeu Marino resolverá rápido. Quanto ao Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, o Senhor Tadeu Marino já está dando atenção especial. Na próxima terça-feira, se Deus quiser, procuraremos um caminho para o Hospital dos Ferroviários, e analisaremos a proposta da Senhora Deputada Janete de Sá, muito interessante. Não podemos punir os trabalhadores do Hospital pela existência de alguma irregularidade. Analisaremos a possibilidade de que seja feito um TAC para pagar aos funcionários, que não têm culpa de nada. São,

juntamente com os pacientes, os menos culpados. Na terça-feira, às 9h, estaremos no auditório da PGE. Peço a todos que compareçam no horário. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO. OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 23 DE ABRIL DE 2013.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Peço licença aos Senhores Deputados Glauber Coelho e Rodrigo Coelho para inverter a pauta e passar direto à Ordem do Dia.

Passa-se à Ordem do Dia. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Rodrigo Coelho para relatar.

O SR. RODRIGO COELHO - O Projeto de Lei n.º 484/2012, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, institui o Dia Estadual do Socorrista, Emergencista e Voluntário.

O projeto de lei de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, pelo prisma da constitucionalidade e legalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados e, portanto, a Comissão de Saúde e Saneamento é pela sua aprovação, na forma do Artigo 276, Inciso V, do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GLAUBER COELHO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO - O Projeto de

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176 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Lei n.º 488/2012, de autoria do Senhor ex-deputado Esmael de Almeida, institui o Dia Estadual Sem Tabagismo e Sem Alcoolismo no Estado do Espírito Santo.

Cuida-se nestes autos da emissão de parecer no âmbito desta Comissão, quanto ao mérito da proposição, que o presente projeto ora apresentado foi analisado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça com parecer pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa. A Comissão de Saúde e Saneamento é pela aprovação do Projeto de Lei nº 488/2012, na forma do art. 276, do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GLAUBER COELHO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO - O Projeto de

Lei n.º 263/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, dispõe sobre a realização do exame de oximetria em todos os recém-nascidos nos berçários nas maternidades particulares e públicas do Estado.

Conforme acima explicitado, o projeto de lei de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Aparecida Denadai visa disciplinar a obrigatoriedade de realização do exame de oximetria em todos os recém-nascidos nos berçários das maternidades particulares e públicas do Estado.

Tal medida tem o condão de detectar o mais breve possível a existência de eventual cardiopatia congênita grave que venha a colocar em risco a vida dos recém-nascidos.

Portanto, a Comissão de Saúde e Saneamento é pela aprovação do Projeto de Lei nº 263/2012, na forma da emenda substitutiva apresentada e aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação.

Como votam os Senhores Deputados? O SR. GLAUBER COELHO - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Apenas gostaria de fazer um esclarecimento para aqueles que nos assistem pela TV Assembleia. Existe um projeto, no Município de Vila Velha, chamado SAHABF, Sociedade dos Amigos do Hospital Antônio Bezerra de Farias. É bom que a população conheça esse projeto, pois é muito importante, uma vez que abrigam as mães das crianças prematuras ou que tenham nascido com alguma dificuldade e que estejam internadas na UTI Neonatal, Utin.

Essas mães recebem toda a assistência do grupo e podem ser da Grande Vitória ou do interior. O projeto possui um bazar na Rua Carolina Leal, no Município de Vila Velha, sua sede está localizada na Rua Domingos Leal, também no Município de Vila Velha e possui uma Casa de Repouso, localizada no Bairro Santa Inês, Município de Vila Velha.

A condição básica para que essas mães sejam assistidas é que sejam internadas pelo SUS. Só são atendidas se forem internadas pelo SUS, podendo ser em hospital particular, quando o Estado compra uma vaga no SUS.

Essas pessoas dão assistência maravilhosa, dão kit para as mães e para as crianças. Acompanham essas crianças e possuem uma casa que tem uma limpeza invejável.

Registramos que são abnegados e verdadeiros missionários que abrigam essas mães cujos filhos estão internados, geralmente, depois do parto. Portanto, fazemos esse registro para que as pessoas possam conhecer esse trabalho maravilhoso da Sociedade Amigos do Hospital Antônio Bezerra de Faria, SAHABF. O Projeto de Lei n.º 220/2012, de autoria da Senhora Deputada Lucia Dornellas, tem como relator o Senhor Deputado Gildevan Fernandes, mas na ausência de S. Ex.ª, redistribuímos o projeto ao Senhor Deputado Glauber Coelho.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Glauber Coelho para relatar.

O SR. GLAUBER COELHO - Projeto de Lei n.º 220/2012, de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, que dispõe sobre a adição do conservante denominado benzeno, Benzoato de Sódio, nos produtos que especifica. A Comissão de Saúde e Saneamento é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 220/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 177

O SR. RODRIGO COELHO - Com o

relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Parabenizamos a Senhora Deputada Lúcia Dornellas pelo projeto. É preciso que tenhamos bastante atenção nessa questão. Em outra ocasião, fomos ao aeroporto receber um médico americano que veio fazer uma palestra no Centro de Convenções de Vitória. Já falamos da tribuna desta Assembleia Legislativa, que quando S. S.ª chegou ao Aeroporto de Vitória, Aeroporto Eurico Salles, perguntou que horas que seria feita a conexão. Respondemos que S.S.ª já estava no Aeroporto de Vitória, e S. S.ª questionou se era mesmo aquele o aeroporto da capital do Estado. Lembramos que S. S.ª fez a palestra e, brincando com a religião, S. S.ª falou das três pessoas da Santíssima Trindade. S. S.ª mostrou o saleiro, o açucareiro e uma manteigueira, que são as três coisas que matam a população. Todos devem tirar da mesa o saleiro, o açucareiro e a gordura, que na palestra S. S.ª colocou como a manteigueira. Essas três coisas matam a população e matam a população jovem. Portanto, parabenizamos a Senhora Deputada Lúcia Dornellas pelo projeto e pela preocupação com o sódio. Continua com a palavra o Senhor Deputado Glauber Coelho para relatar o Projeto de Lei n.º 273/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, que tinha como relator o Senhor Deputado Gildevan Fernandes. O SR. GLAUBER COELHO - Projeto de Lei n.º 273/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais terem em seu interior provadores de roupas para pessoas portadoras de necessidades especiais. Nosso parecer é pela sua aprovação. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. RODRIGO COELHO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho, pois sou autor do próximo

projeto a ser analisado. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e passo a relatar o Projeto de Lei n.º 47/2013, de autoria do /senhor Deputado Doutor Hércules, que institui a Semana da Conscientização do Doador de Medula Óssea no Estado.

O Parecer não é complexo e extenso, e em homenagem ao Senhor Deputado Doutor Hércules, faço questão de fazer a leitura do mesmo.

O que é medula óssea? É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue. (pág. Web - Ministério da Saúde) Não restam dúvidas de que o presente Projeto, É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA EDUCAÇÃO DO CIDADÃO, tendo em vista que a minoria não tem conhecimento de que as chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras - podem chegar a uma em cem mil, sendo necessária a conscientização ampla e efetiva dos cidadãos. Assim, considerando que a matéria aqui apreciada é de absoluto interesse público, que a propositada é oportuna, relevante e conveniente, sugiro, aos Ilustres pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

A Comissão de Saúde é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 47/2013, de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules.

Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

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178 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

COLEHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor

Presidente e Senhores membros da Comissão de Saúde, a propósito, e veio calhar uma feliz coincidência, foi publicada uma matéria muito interessante, no jornal A Gazeta, à página 14, assinada pela jornalista Fiorella Gomes, sobre doação de sangue. Solicito ao Senhor Paulo, cameraman, que focalize a página do jornal. Temos trabalhado, junto ao Hemoes - Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo, sobre a preocupação na captação de sangue. Precisamos hoje de um estoque de pelo menos cento e vinte doadores/dia. Temos hoje, cerca de quarenta a cinquenta doadores de sangue.

A doação de medula óssea é um pouco diferente. Como é colhido esse sangue? É feito uma pequena incisão na bacia, na parte posterior, e com um instrumento próprio, como se fosse uma broca, tiramos um pouquinho da medula. São necessárias cem mil amostras para um doador compatível.

Portanto, costumo fazer a seguinte comparação: a população do Município de Vila Velha, que hoje tem quatrocentos e vinte mil habitantes, caso precise de um transplante de medula óssea, teria apenas quatro pessoas compatíveis para doar.

É importante que a população entenda sobre transplante de medula óssea, por isso criamos esse Dia, para que a população se conscientize da importância de doar sangue.

O doador de sangue, às vezes, é mais beneficiado do que quem receberá o sangue, devido à bateria de exames que terá que se submeter.

Lembro-me de uma vez que fizemos em nossa Associação uma brincadeira, onde sorteávamos no final do dia um brinde. Teve um determinado dia que disse que sortearia um brinde surpresa. O que era o brinde surpresa? O ganhador seria obrigado a doar sangue. Eram três pessoas sorteadas e quase todas tinham problemas no sangue, como, glicose alta, colesterol alto, enfim, vários problemas. Foi um benefício tão grande para as pessoas que fizeram os exames, que além de doar sangue, agradeceram por esta ação. Foi uma brincadeira que acabou sendo algo muito sério. Além disso, é um ato de amor doar sangue, salvar vida. Uma bolsa de sangue pode ser doada a quatro pessoas, pelo menos. E o doador tem condição de tratar da saúde se tiver alguma doença. Agradecemos aos pares o parecer favorável.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. RODRIGO COELHO - Com o

relator. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Aprovado o parecer à unanimidade.

Devolvo a presidência dos trabalhos ao seu presidente, Senhor Deputado Doutor Hércules e peço licença para me ausentar, porque tenho reunião da CPI da Telefonia nesta Casa de Leis. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Assumo a presidência dos trabalhos. Antes de voltarmos ao início da pauta,

informamos ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho que nos comunicamos com o Secretário de Estado da Saúde sobre a possibilidade de S. Ex.ª vir prestar conta no dia 9 ou 10 de maio.

S. Ex.ª tem que prestar conta do último quadrimestre de 2012. Já entramos em contato e aguardamos a confirmação. Se esta for efetivada, Senhor Deputado Rodrigo Coelho, seria quinta-feira ou sexta-feira pela manhã. Por que tem que ser de manhã? Por causa do Plenário. Por que não pode ser segunda-feira que o Plenário está desocupado? Por que às vezes a prestação de contas demora mais do que quatro horas e pode encontrar com o horário da sessão ordinária.

Então, S. Ex.ª está convidado. Não é convocação, é um convite, apesar de a lei determinar isso, para o dia 9 ou 10, dependendo da agenda de S. Ex.ª.

Voltaremos à pauta inicial. Convido o Senhor secretário a proceder à leitura das duas atas das reuniões anteriores. (Pausa)

O SR. RODRIGO COELHO - Senhor

Presidente, pela ordem! Solicito a supressão da leitura da ata, uma vez que não há quórum para votação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - De acordo. Solicito ao Senhor secretário que proceda à

leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OF. GDGC n.º 76/2013, do Exmo. Deputado Glauber Coelho, membro efetivo desta Douta Comissão solicitando que sejam convidados em diferentes datas, o Diretor do Hospital São Francisco de Assis, o Senhor Jailton Pedroso e a Provedora da Santa Casa de Misericórdia, a Senhora Nercedes Canal, para

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 179

comparecerem a esta Comissão com o intuito de discutir programas de investimentos, as perspectivas de crescimento, a existência de parceria com o Governo do Estado, e especialmente, onde esta Comissão pode contribuir para o crescimento das entidades. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhe à Secretaria da Comissão.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: E-mail recebido com o OFÍCIO N.º 01/2013 - CIRCULAR, em 02 de abril de 2013 às 17h33min, do Conselho Gestor do Hospital Estadual Dr. Dório Silva convidando para a reunião ordinária de interesse de toda sociedade em torno do Hospital Dr. Dório Silva onde serão discutidas as seguintes pautas: tentativa do fechamento da pediatria do hospital; definição da situação e escala de trabalho dos pediatras; elaboração de propostas sobre o funcionamento do hospital para encaminhamento ao Governo do Estado; encaminhamento definitivo com relação à estruturação e sala do CGHDS avaliação com definição de atitude com relação ao comportamento e atitude de conselheiros e, avaliar resultado da reunião com a Promotora Dra. Maria Clara ocorrida no dia 18/01/2013. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: Revista Folha do ES de Cachoeiro de Itapemirim, com a Matéria “Vergonha na Saúde, Morte Anunciadas - da Vergonha Na Saúde Pública de Cachoeiro - ES”. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF GDJS n.º 082/2013 - Justificando ausência da Exma. Deputada Janete de Sá, Vice-Presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da reunião ordinária do dia 19 de março de 2013 devido as fortes chuvas ocorridas no Município de Vila Velha, onde reside. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF SEDURB n.º 328/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio n.º 001/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Colatina, objetivando a pavimentação asfáltica em vias urbanas a base de CBUQ no município de Colatina/ES. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhar cópia à secretaria da Comissão de Finanças para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF SEDURB n.° 324/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio n.° 002/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Vila Velha, objetivando a pavimentação asfáltica em vias urbanas a base de CBUQ no município de Vila Velha/ES. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhar cópia à secretaria da Comissão de Finanças para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF/SESA/GS n.° 238/13, encaminhando informações acerca das providências adotadas em relação á reabertura do Hospital dos Ferroviários de Vila Velha/ES. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. Encaminhar cópia à secretaria da Comissão de Finanças para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê: OF/SESA/GS n.° 236/13, confirmando a presença do Secretário de Estado da Saúde, Dr. José Tadeu Marino na 7.ª Reunião Ordinária da Comissão de Saúde e Saneamento objetivando prestar informações

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180 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

acerca da situação dos Hospitais Infantil São Francisco de Assis de Cachoeiro de Itapemirim, Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim e Clínica de Repouso Santa Isabel de Cachoeiro de Itapemirim. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF/GDGF n.º 051/2013, do Exmo. Deputado Gildevan Fernandes, com assento nesta Casa de Leis, vem através deste justificar ausência na Reunião Ordinária desta Comissão no dia 09 de Abril de 2013. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF/CIRCULAR - GP n.º 88/2013, do Exmo. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, Deputado Theodorico Ferraço, informando que conforme deliberado em reunião do Colégio de Líderes solicita/consulta os membros dessa Comissão acerca da quantidade ideal de titulares e suplentes para regular o funcionamento de seus trabalhos. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF/CIRC n.º 005/2013, do Exmo. Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Deputado Pedro Westphalen, informando que a Assembleia daquele Estado firmou, no dia 20 de março, um termo de cooperação com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, que tem por objetivo a união de esforços para a realização de discussões em prol da melhoria do Sistema Único de Saúde, em consonância com as atividades das Comissões e Frentes Parlamentares que tratam deste tema e, convidando o Presidente desta Comissão juntamente com seus pares, a aderir ao pleito apresentado e vale da oportunidade para

reiterar elevados votos de respeito e consideração. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF/SESA/GS n.º 229/2013, do Exmo. Secretário de Estado da Saúde, Senhor José Tadeu Marino, informando que ao longo de sua gestão a frente da pasta da Saúde, sempre procurou manter um franco canal de diálogo com esta Casa de Leis, seja nas Audiências, eventos e também por força das injunções legais que requerem prestação de contas quadrimestrais de nosso trabalho ao Legislativo Estadual e, desse modo reitera convite para fortalecer esses laços de harmonia e interdependência estre os Poderes de Estado e se coloca a disposição desta Casa de Leis. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF n.° 206/2013, do Presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente, Exmo. Deputado Gildevan Fernandes, informando ao Presidente desta Comissão que, conforme deliberação realizada na 4.ª Reunião Ordinária da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente no dia 16 de Abril do corrente ano, foi aprovado, pela unanimidade de seus membros presentes, que a Audiência Pública sobre o tema “Qualidade do ar e seus mecanismos de controle”, marcada para o Dia 24 de Abril de 2013, seja realizada conjuntamente pela Comissão de Proteção e Meio Ambiente e pela Comissão de Saúde e Saneamento. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF n.° 2234/2012, da Caixa Econômica Federal, informando a celebração de Contrato de Repasse que especifica. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 181

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF n.° 2293/2012, da Caixa Econômica Federal, informando a celebração de Contrato de Repasse que especifica. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF GDJS n.° 085/2013, da Exma. Deputada Janete de Sá, justificando ausência na Reunião Ordinária desta Comissão realizada no dia 16/04/2013, devido equívoco no entendimento da informação de manutenção da Reunião Ordinária da Comissão de Saúde, que segundo deliberação da última reunião, seria substituída para a mesma data, pela audiência entre seus membros, Secretário Estadual de Saúde e Ministério Público de Vila Velha, para discutir o resultado da tomada de contas da Secretaria de Estado de Saúde e viabilidade para reabertura do Hospital dos Ferroviários. Certa da compreensão do Presidente desta Comissão, agradece a acolhida desta justificativa. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF s/n.°, do Gabinete do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, justificando ausência da Reunião Ordinária desta Comissão por motivos de força maior. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF s/nº, do Gabinete do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, justificando ausência da Reunião Ordinária desta Comissão por

motivos de força maior. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À secretaria da Comissão para as devidas providências.

Antes de continuarmos a leitura do Expediente, a Presidência registra a presença, nas galerias desta Casa, de quarenta e cinco alunos da Escola Catharina Chequer, do Município de Vila Velha, acompanhados do Senhor Carlos Augusto Costa e das Senhoras Maria Antonieta e Marcele. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:

Projeto de Lei n.º 74/2012 - Análise de mérito Autora: Deputada Solange Lube Ementa: Dispõe sobre a obrigação dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços a disporem as etiquetas, preços, informações e demais referências aos produtos de forma visível, com letras compatíveis com a fácil leitura, inclusive por idosos e deficientes visuais. Projeto de Lei n.º 343/2012 - Análise de mérito Autor: Deputado Luiz Durão Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de os organizadores manterem Unidade de Tratamento Intensivo Móvel nos eventos privados em que haja grande concentração de pessoas humanas, âmbito do Estado do Espírito Santo.

Projeto de Lei n.º 183/2012 - Análise de mérito Autor: Deputado Dary Pagung Ementa: Proíbe os profissionais da área de saúde que atuam no âmbito do Estado do Espírito de utilizarem equipamentos de proteção individual com os quais trabalham fora do seu ambiente de atuação e dá outras providências. Projeto de Lei n.º 358/2012 - Análise de mérito Autor: Deputado Doutor Hércules Ementa: Dispõe sobre a identificação dos produtos que contém glúten no cardápio dos estabelecimentos, com a finalidade de prevenir as causas provenientes de doença celíaca ou síndrome celíaca. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS

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182 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE

PAUTA: Não houve no período.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ainda falta deliberar com os demais pares da Comissão acerca da quantidade de titulares e já conversamos sobre isso. O número ideal seria de cinco deputados, sendo que três já daria o quorum. Os Senhores Deputados estão de acordo? A SR.ª JANETE DE SÁ - De acordo.

O SR. RODRIGO COELHO - De acordo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha.

Aprovado. A palavra está franqueada aos Senhores

Deputados que dela desejarem fazer uso. A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor

Presidente, gostaríamos de saber se há alguma posição de como está a situação da reabertura do Hospital dos Ferroviários, tendo em vista que fizemos várias audiências e ainda não temos, particularmente, o retorno sobre essa questão.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Informamos a V. Ex.ª, que não pôde ir à reunião e justificou a ausência, além de ter nos telefonado, que o Ministério Público trocou o horário e V. Ex.ª tinha outro compromisso e estava viajando para Brasília, e não pôde comparecer. O Ministério Público só podia nos atender à tarde, e assim foi feito.

Reunimo-nos no Ministério Público de Vila Velha com a Doutora Inês Thomé Poldi Taddei, Promotora de Justiça de Vila Velha; uma Procuradora da Procuradoria Geral de Justiça; com o Senhor José Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde; e dois Subsecretários de Estado da Saúde, os Senhores Edmar dos Anjos e Geraldo Queiroz.

Nessa ocasião, Senhora Deputada Janete de Sá, tomamos conhecimento de que o hospital não seria reaberto tão rapidamente. Infelizmente, o povo continua sofrendo por causa de determinações da lei. O Senhor Secretário também tem seus motivos, porque o Governo tem o dinheiro, que é para a reabertura do hospital, e o

Senhor Governador Renato Casagrande faz questão que seja reaberto o mais rápido possível. O Senhor Secretário também, e toda equipe de S. Ex.ª. Todos têm o desejo de que ele seja reaberto. Porém, existem alguns impedimentos legais. Se o Senhor Secretário repassar esse dinheiro, S. Ex.ª será processado por improbidade administrativa já que existem pendências no hospital. Com isso, sugerimos que fosse indenizado o empregado, porque o empregado não está empregado e nem desempregado. Como não foi dada baixa na carteira, continua empregado, mas sem receber. Se for dada baixa na carteira do empregado, é uma coisa muito ruim, porém se for dado baixa em sua carteira, ou receberá o seguro desemprego ou trabalhará em outro lugar. Nesse meio tempo o que fará o Estado? Conversamos com a Doutora Inês Thomé Poldi Taddei e S. S.ª sugerirá ao juiz que dê uma decisão para que o Estado possa repassar o dinheiro para indenização dos funcionários e depois o Estado ficará com um crédito no hospital. Por exemplo, parte do hospital ficará sendo do Estado, ou algo parecido. O fato é que, depois disso, estudaremos uma forma de. Ou o Hospital será administrado diretamente pelo Governo, coisa que não acredito muito, pois não só este Governo, o Governo... Até o Governo Federal que insistia na questão de privatizações, que agora inventaram outro termo, que é concessão. É tudo a mesma coisa.

Na verdade o Governo não tem que ter empresa, o Governo tem que dar é saúde, educação e segurança para o povo. O Governo não tem que ter empresa! O Governo não deve ter prejuízo, mas também não deve ter lucro. Com uma decisão do juiz para pagar os funcionários, Senhora Deputa Janete de Sá, será feito outro arranjo, no bom sentido, para que o hospital seja reaberto. Ou pelo Governo, pela administração direta, ou por uma organização social, que poderá tomar conta do hospital. O fato é que não pode continuar esse jogo de empurra em que os funcionários vêm sofrendo e os pacientes muito mais. Há funcionários que só tem esse emprego. Não é o caso dos médicos, que têm outros empregos e podem se virar de outra forma. Os funcionários só têm esse emprego, e não têm dinheiro para pagar aluguel; comida; passagem, enfim, têm muita dificuldade.

Essa é a saída mais própria que conseguimos até o momento.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor

Presidente, a minha preocupação também é em relação aos trabalhadores daquela Instituição, que como V. Ex.ª disse, não podem ter a baixa de suas

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Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 183

carteiras e não podem ingressar em outro emprego pelo fato de já estarem com as carteiras de trabalho assinadas. E os mesmos não recebem seus salários.

Temos que analisar o que pode ser feito junto ao Ministério do Trabalho, no sentido de fazer um acordo na justiça, para que sejam liberados os valores referentes aos salários dos empregados e dar por resolvida à situação dos empregados, tendo em vista que, infelizmente, no meu entendimento, Senhor Presidente, falta um pouco de sensibilidade para que se resolva a situação do Hospital dos Ferroviários.

Volto a dizer, sei que V. Ex.ª prima pelas coisas corretas, que se há algum problema, que seja resolvido. Se há algum delito, que as pessoas sejam punidas.

Mas, o Hospital dos Ferroviários continua fechado e volto a insistir que seja tomada uma atitude mais rápida.

É possível que se faça acordo com o Ministério Público no sentido de reabrir as instalações, pois quanto mais o tempo passa e o hospital continua fechado, as coisas vão sucateando e daqui a pouco o espaço importante, que temos de prestação de saúde para a sociedade, acabará em um estado tão precário, tão ruim, e sendo depredado, porque a pouca vigilância, que ainda temos no hospital, daqui um tempo acabará, porque sem dinheiro as pessoas não têm como trabalhar e exercer uma atividade laboral. E aí o hospital vai sucatear e quem perderá com essa história é a população.

Registro o meu sentimento de que pudéssemos verificar, junto a Secretaria, uma forma de discutir essa questão com o Ministério do Trabalho.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Gostaria que V. Ex.ª esclarecesse melhor de onde está partindo a falta de sensibilidade, para que os nossos telespectadores não pensem que é falta de sensibilidade da nossa Comissão, pois temos lutado. É bom que seja feito um esclarecimento para a população saber quem não está tendo sensibilidade, neste momento, com o hospital e com os servidores. A SR.ª JANETE DE SÁ - É lógico que não é a Comissão, Senhor Deputado. Temos visto e acompanhado o empenho e o esforço, especialmente de V. Ex.ª, conosco, no sentido de buscarmos solução para o problema.

Infelizmente, nem eu nem os outros deputados pudemos ir, no dia marcado, a esta reunião em conjunto com a Secretaria de Saúde pelo Ministério do Trabalho. Pelo Ministério Público, de fato precisei ir à Brasília. Tínhamos marcado terça-feira pela manhã, mas o Ministério

Público não pôde ir e marcou à tarde, no horário de sessão ordinária.

V. Ex.ª, inclusive, deve ter querido contribuir e se sacrificado em largar o Plenário e ir a uma audiência que conflitava com o horário do Plenário onde ocorrem sessões ordinárias previamente marcadas, e marca-se em cima. Ficamos triste com uma situação dessas porque poderia ter sido marcado em tantos horários. Marcamos com antecedência de uma semana e, na última hora, marcam em horário que, realmente, inviabilizou minha presença, pois tinha compromisso próximo àquele horário, e a presença dos demais deputados, que também tinham interesse em acompanhar.

Claro que a insensibilidade não é de V. Ex.ª nem dos membros desta Comissão. Observamos que a parte executiva da Secretaria, com a parte jurídica, poderia ver um caminho mais ágil para discutirmos este assunto com o Ministério do Trabalho como forma de resolver o problema do pagamento atrasado de quatro meses dos funcionários que trabalharam e não podem ter suas vidas resolvidas devido a algo que não foram responsáveis.

Ficam com a carteira assinada sem poder exercer outra atividade laboral, só se for à clandestinidade, o que deve estar acontecendo, mas o País não pode se prestar a este tipo de coisa, que o trabalhador, para sobreviver a uma situação dessas de impasse, tenha que usar da clandestinidade para exercer uma atividade laboral, pois está com a carteira assinada sem ter dado baixa e não pode exercer outra atividade laboral, pois não pode assinar a carteira que já está assinada, e não recebe nem trabalha.

É uma situação de sobrevivência que a Secretaria de Saúde, como diz o nome, tem que ter a sensibilidade, com a área jurídica, para resolver o problema. É o que estamos falando. Não é nada a respeito da Comissão de Saúde. Esta tem se empenhado, trabalhado no sentido de ajudar na solução. Mas não temos a caneta na mão. A caneta está com o Secretário de Saúde e com sua equipe jurídica que precisa de uma solução. Por isso somos gestores públicos. Quem está à frente do comando precisa ter atitude e uma saída para este problema, especialmente no que se refere aos empregados.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhora Deputada. É bom esclarecer que nós da Comissão de Saúde temos feito o possível para que não só esse hospital, mas o Hospital São Judas Tadeu, onde estive várias vezes no Município de Guarapari, e foi fechado.

Temos falado também sobre o Hospital

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184 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 10 de julho de 2013

Evangélico do Município de Cachoeiro de Itapemirim, sobre a Santa Casa do Município de Cachoeiro de Itapemirim, sobre o Hospital Infantil Francisco de Assis do Município de Cachoeiro de Itapemirim e sobre a Clínica Santa Isabel, na qual estamos enviando ofício ao Secretário de Estado da Saúde para dar explicação de como anda o censo que foi decidido com o Doutor Sérgio Bourbon e com o Doutor Sebastião Ventura, proprietários da Clínica Santa Isabel, e o que está sendo feito com trezentos e setenta e cinco pacientes que estavam amontoados na clínica no Município de Cachoeiro de Itapemirim.

Estamos encaminhando ofício ao Secretário para também explicar o andamento deste censo em que entregarão os pacientes. Entregarão não sei onde. Há pessoas que não sabem nem onde estão. Estão desorientados no tempo e no espaço. Não sabem nem seus nomes. Há pessoas que perderam o elo com as famílias, outras são moradoras de rua. Queremos ver pra onde essas pessoas irão.

Na verdade, não é possível que o Governo Federal continue a fazer uma brincadeira com a saúde pública de pagar uma diária, em um hospital desses, de trinta e oito reais e cinquenta e nove centavos para dar medicamentos, assistência técnica em enfermagem, pagar energia elétrica, enfim, todas as despesas que tem em hospital.

Senhora Deputada Janete de Sá, V. Ex.ª compareceu um pouco à sessão especial, em que eu falava ontem para discutir a questão do Hospital Dr. Pedro Fontes, que está totalmente abandonado pelas autoridades. O hospital está totalmente abandonado.

Acredita-se que não consegui até agora que seja solicitada a contratação de uma assistente social no Hospital Dr. Pedro Fontes. Um hospital que tem o maior índice de pessoas com problemas de rejeição da família, dos amigos e da sociedade. É uma marca e um preconceito tão grande que o povo tem com relação à lepra. É preciso que se fale esse nome, pois inventaram o nome hanseníase para amenizar um pouco o sofrimento da população.

O hospital possui setenta e dois ou setenta e três anos, mas, infelizmente, até hoje, apenas um Governador, o Francisco Lacerda de Aguiar do Estado foi até ele. Ontem, foi dito por um médico que um outro Governador foi recentemente ao Hospital Dr. Pedro Fontes, porém isso foi antes da eleição. S. Ex.ª não foi enquanto Governador ou Vice-Governador, foi antes de ser eleito para pedir voto, mas depois da eleição não retornou. Isso foi falado ontem na sessão especial. Não fui eu quem falei.

É assim o discurso dos políticos em relação à Saúde. Fazem muitos discursos sobre Saúde antes da eleição e após ser eleito viram as costas

para o povo, principalmente, aquele que precisa do SUS. Portanto, ainda temos essas pendências e tenho batido nessa tecla.

O Município de Presidente Kennedy teve problema, havendo a intervenção da Prefeitura. Se a Prefeitura fechasse não morreria ninguém por ter fechado. Houve um problema no Hospital HPM, mas não o fecharam por quê? Por que não fecharam o Hospital HPM, mas fecharam o Hospital de São Torquato, o Hospital dos Ferroviários e o Hospital de São Judas Tadeu? Por que se tem medo de mexer com polícia e justiça?

Conforme falei ontem e repito, quando chega um projeto de lei para a Justiça, para PGE, MP ou Tribunal de Contas, muitos Senhores Deputados puxam saco, defendendo, pedindo urgência, calando a boca da gente e com isso não podemos nem falar. Porém, quando chega, por exemplo - já falei isso anteriormente -, os 11,98% dos funcionários desta Casa de Leis é passado pelo esquecimento. Já se passaram vários Senhores Presidentes, mas me parece que esse assunto vai virar uma brincadeira.

Tenho que fazer esse registro, o qual será visto pelos Senhores Deputados e pela Justiça, mas não há problema, uma vez que já falei isso da Tribuna, falei ontem, falei na semana passada e repito toda vez que for necessário. Não dá para entender por que se faz um palacete em cima de uma pedra, gastando meio bilhão de reais em tempo recorde, também se faz estádio para a Copa do Mundo e para jogos e o Hospital das Clínicas continua com os cento e vinte leitos parados e desativados por falta de pessoal de apoio.

Por que não fizeram intervenção no Hospital de Guarapari e no Hospital dos Ferroviários? É o que pergunto e quero ver quem pode me responder. Por que é feita intervenção na Prefeitura, no Hospital HPM e não fazem intervenção no Hospital dos Ferroviários e no Hospital de São Judas Tadeu? Quem pode responder a essa pergunta?

Há políticos que tem que tomar vergonha na cara e na hora da eleição não pedir voto usando a Saúde. Desculpem-me o desabafo, mas não tenho outro termo para usar que não seja esse.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer. Está encerrada a reunião.

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HORÁRIO E LOCAL DE FUNCIONAMENTO DAS COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E

REDAÇÃO Dia: terça-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS

Dia: segunda-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE

DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA

E DE LOGÍSTICA Dia: segunda-feira Horário: 9h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Dia: segunda-feira Horário: 10h30m Local: Plenário “Dirceu Cardoso”.

COMISSÃO DE CULTURA E DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Dia: segunda-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Dia: segunda-feira Horário: 13h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Dia: terça-feira Horário: 9h Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA

E DOS DIREITOS HUMANOS Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Dia: terça-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E

PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA

Dia: terça-feira Horário: 13h30 Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Estado do Espírito Santo

SECRETARIA GERAL

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral

CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa

JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral

MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social

RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral

PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral

DIRETORIAS LEGISLATIVAS

MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares

MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo

RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA

Diretor de Redação

JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretor de Taquigrafia Parlamentar

JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR

Diretor de Tecnologia da Informação

ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretor de Documentação e Informação

JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA

Diretor da Consultoria Temática

WILSON TEIXEIRA GAMA Diretor de Infraestrutura e Logística

LUIS CARLOS GIUBERTI

Diretor de Segurança Legislativa

JANAINA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças