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PUC RIO CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas INTRAEMPREENDEDORES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE RIO BRANCO- AC: PROPOSTA DE PROJETO PEDAGÓGICO Dirlei Terezinha Fachinello Orientador: Nilza Rogéria de Andrade Nunes Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de ESPECIALISTA. Rio de Janeiro, 30 de junho de 2017

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PUC RIO

CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas

INTRAEMPREENDEDORES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE RIO BRANCO-

AC: PROPOSTA DE PROJETO PEDAGÓGICO

Dirlei Terezinha Fachinello

Orientador: Nilza Rogéria de Andrade Nunes

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO

EMPREENDEDORA, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de ESPECIALISTA.

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2017

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Ficha Catalográfica

CDD: 370

Fachinello, Dirlei Terezinha Intraempreendedores nas escolas municipais da cidade de Rio Branco-AC : proposta de projeto pedagógico / Dirlei Terezinha Fachinello ; orientador: Nilza Rogéria de Andrade Nunes. – 2017. 36 f. ; 30 cm Curso em parceria com o Instituto Gênesis (PUC-Rio), através da plataforma do CCEAD (PUC-Rio). Com o patrocínio do Sebrae em parceria com o MEC. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Empreendedora, 2017. Inclui bibliografia 1. Educação – TCC. 2. Empreendedorismo. 3. Intraempreendedorismo. 4. Inovação. 5. Projeto pedagógico de curso. I. Nunes, Nilza Rogéria de Andrade. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Educação. III. Título.

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Dirlei Terezinha Fachinello

Docente de Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Instituto Federal

de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC, no campus Rio Branco.

Bacharel em Administração, com especialização em Metodologia e Didática do

Ensino Superior e Mestre em Administração. Coordenadora do Curso de

Tecnologia em Processos Escolares por três anos. Atua na docência dos cursos

superiores de Tecnologia em Processos Escolares e Tecnologia em Logística, além

de exercer hoje a função de Diretora Sistêmica de Gestão de Pessoas do Instituto

Federal do Acre.

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Agradecimentos

À Deus

À PUC Rio, pela oportunidade,

Ao Sebrae pelo apoio

Aos Professores Raphael Zaremba e

Nilza Rogéria de Andrade Nunes

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Resumo

O trabalho aborda os conceitos de empreendedorismo e Intraempreendedorismo

nas organizações privadas e públicas, principalmente nas instituições de ensino.

Através de uma atividade da disciplina de Práticas Profissionais no curso de

Tecnologia em processos Escolares do IFAC, foi identificado que as escolas do

município apresentavam cenários diferentes onde nitidamente haviam atitudes

empreendedoras e gestão descentralizada e outras onde havia centralização de

decisões e apatia dos servidores. A proposta deste trabalho é desenvolver um

Projeto Pedagógico de um Curso de Intraempreendedorismo para servidores de

escolas municipais do município de Rio Branco - AC

Palavras-chave: empreendedorismo, intraempreendedorismo, inovação; projeto

pedagógico de curso

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Sumário

Sumário

Agradecimentos................................................................................................................... 4

Resumo ................................................................................................................................ 5

Sumário .................................................................................................................................... 6 Introdução ........................................................................................................................... 7

Capítulo I.................................................................................................................................. 8 O Empreendedor ............................................................................................................. 9

Capítulo 3 .......................................................................................................................... 18

Intraempreendedorismo no serviço público .................................................................. 18

Capítulo final .................................................................................................................... 22

Considerações Finais .................................................................................................... 22

Referências bibliográficas ................................................................................................. 23

Anexo I .............................................................................................................................. 24

PROJETO PEDAGOGICO DO CURSO ...................................................................... 25

INTRAEMPREENDEDORISMO PARA SERVIDORES DE ESCOLAS

MUNICIPAIS ................................................................................................................ 25

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Introdução

Empreendedorismo significa capacidade de resolver um problema ou uma

situação delicada. Na área empresarial é muito utilizado, principalmente no que se

refere a criação de novas empresas ou novos produtos originais. O

empreendedorismo é essencial na sociedade globalizada, onde as mudanças

ocorrem de forma muito rápida e o consumidor se torna cada vez mais exigente.

Não há espaço para amadorismo no mundo corporativo e as competências

empreendedoras são fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento.

Da mesma forma as organizações públicas precisam de funcionários com perfil

empreendedor para dinamizar suas atividades, melhorar os processos e identificar

formas legais de otimizar o patrimônio e o dinheiro público, além de conseguir

atingir metas institucionais e responder aos órgãos de controle.

As organizações públicas que trabalham com disseminação do

conhecimento, como escolas e universidades são responsáveis pela disseminação

do ensino do empreendedorismo. No entanto, observa-se que apesar de essa

disciplina estar contida nos currículos, não foi dado a mesma atenção para a

disseminação da cultura empreendedora para seus funcionários.

Em se falando de instituições de ensino, o Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC/campus Rio Branco oferece, dentre outros,

o curso Superior de Tecnologia em Processos Escolares, que em seu currículo

contém seis disciplinas sequenciais (uma em cada período) de Práticas

Profissionais. Nesta disciplina, os alunos visitam escolas de ensino fundamental

ou médio do município, para praticar as teorias aprendidas em sala de aula. Nessas

visitas, guiadas e acompanhadas pelo professor da disciplina, foi possível observar

diferenças de projetos e ações executadas por essas escolas. Enquanto uma escola

de ensino fundamental era lindamente organizada e limpa, com servidores

motivados e felizes, outra escola, também de ensino fundamental se apresentava

mais descuidada, com funcionários apáticos e pouco motivados. Observou-se

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então o comportamento e a forma de gestão de cada uma das escolas. Na primeira,

onde tudo parecia mais fácil, os problemas existiam, mas a gestão era

descentralizada, dando oportunidade para que os servidores buscassem

alternativos e soluções para os problemas que se apresentavam ou para as

dificuldades enfrentadas. Muitas vezes buscando parcerias externas com outras

instituições ou mesmo com pais de aluno e a comunidade, ou seja, observou-se o

comportamento intraempreendedor nesses funcionários. Na escola mais apática, a

gestão era centralizada e não havia liberdade ou oportunidade para que os

servidores pudessem agir ou trabalhar de forma criativa.

Com esse diagnóstico, foi identificada uma oportunidade de o IFAC

cumprir o seu papel social e proporcionar às escolas parceiras, que abrem suas

portas para as atividades práticas dos seus cursos, um retorno com o seu capital

humano. Diante disso, o objetivo deste trabalho é propor um curso de

intraempreededorismo para ser ofertado pelo IFAC às escolas parceiras. A

aplicabilidade do projeto se dá em virtude de o IFAC ter vários professores da área

de Administração com pesquisas em empreendedorismo e Intraempreendedorismo

e o fato de que os docentes precisam desempenhar projetos de extensão para

cumprir suas cargas horárias de trabalho.

Para as escolas participantes, será de grande valia a oportunidade de

proporcionar aos seus servidores o aprendizado sobre empreendedorismo e

Intraempreendedorismo, para seu desenvolvimento e de seus servidores, como

profissionais e como pessoas.

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Capítulo I

O termo empreendedorismo tem sua origem no século XVII quando o

economista Richard Cantillon usou para distinguir o empreendedor (pessoa que

assume riscos) do capitalista (fornecedor de capital). Já o termo empreendedor, de

origem francesa (entrepeneur) significa ―assumir riscos e começar algo novo‖.

Schumpeter (1984), economista austríaco que defendeu o papel do

empreendedorismo sobre a economia, definiu o empreendedor como alguém com

o desejo e potencial de converter uma nova ideia ou invenção bem sucedida, tendo

como principal tarefa a ―destruição criativa‖. Para ele, o empreendedor é capaz de

modificar a economia introduzindo novos produtos ou serviços no mercado, é

alguém capaz de conceder a algo já existente uma nova funcionalidade, buscando

sempre novas oportunidades, sem medo de assumir riscos.

Para Chiavenato (2005), ser empreendedor é ser uma pessoa com

sensibilidade e ―tino‖ financeiro para os negócios; é ser dinâmico e realizador de

propostas; é alguém que inicia e opera um negócio para realização de uma ideia ou

um projeto pessoal, assumindo riscos, responsabilidades e, enfim, inovar em sua

área de atuação. Os empreendedores são indivíduos que têm a capacidade de criar

algo novo, assumindo responsabilidades em função de um sonho, o de obter

sucesso em seu negócio, estas pessoas são ousadas, aprendem com os erros e

encaram seu negócio como um desafio a ser superado; têm facilidade para

resolverem problemas que podem influenciar em seu empreendimento, e mais,

identificam oportunidades que possibilitam melhores resultados; são pessoas

incansáveis na procura de informações interessadas em melhorias para o seu setor

ou ramo de atividade, elevando ao máximo sua gestão.

No Brasil, o empreendedorismo tomou notoriedade nos anos 90, em

consequência da abertura brasileira para a economia. Um dos maiores

empreendedores dos anos 1990 foi Luiz de Queirós, precursor do agronegócio

brasileiro e grande incentivador da pesquisa científica no setor. Criou a Escola

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Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) — a qual atualmente pertence

à USP.

Não dá pra negar a existência do empreendedor nato, ele existe e é muito

importante para o desenvolvimento de novos negócios e oportunidades. No

entanto, cada vez mais acredita-se que o processo empreendedor deve ser

ensinado, entendido e aprendido. O processo de ensino/aprendizagem para ser um

empreendedor inicia-se identificando quais são as características desses indivíduos

que fazem com que sejam inovadores e criativos.

O Empreendedor

O SEBRAE - Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas empresas tem

dedicado muitos estudos e ações voltadas para o desenvolvimento do

empreendedorismo e especificamente, desenvolvimento e auxílio a

empreendedores potenciais. Segundo sua visão, hoje os empreendedores já não

são vistos apenas como provedores de mercadorias desinteressantes e que são

movidos unicamente por lucro a curto prazo. Ao contrário, são energizadores que

assumem riscos necessários em uma economia em crescimento e produtiva. São

eles os geradores de empregos, que introduzem inovações e estimulam o

crescimento econômico.

Segundo o SEBRAE (2016), ser empreendedor não é condição exclusiva

de empresários ou de quem está à frente dos negócios. Tem a ver com atitudes que

determinadas pessoas desenvolvem. Existem comportamentos que representam

características empreendedoras. Um empreendedor bem preparado deve ter

objetivos claros e planos para atingi-los em prazo pré-estabelecido, identificando

oportunidades.

O SEBRAE identifica quatro competências importantes identificadas nos

empreendedores de sucesso: Iniciativa, capacidade de liderança e capacitação

constante1.

1 Para sabe mais, acesse: SEBRAE – Características importantes para o comportamento

empreendedor. Disponível em https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-

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O que diferencia um empreendedor das outras pessoas é a maneira como

percebe o ambiente e as mudanças e lida com as oportunidades.

Marcos Hashimoto, professor de empreendedorismo do Insper2, afirma que

nenhum empreendedor é completo, todos tem falhas e defeitos como qualquer

pessoa. A figura da pessoa que carrega em si todas as virtudes de sucesso não

passa de um mito. Afirma ainda que o que existe são tipos diferentes de

empreendedores, que uma pessoa pode ter um conjunto de características, mas

dificilmente terá todas elas.

Um empreendimento de sucesso conta com vários tipos de empreendedores.

Uma pessoa pode ter mais do que um perfil, mas dificilmente concentra quatro ou

cinco perfis.

Essa conclusão desmistifica não só o mito do

empreendedor-herói, mas também o mito do empreendedor

lobo solitário, que pode se virar sozinho e de forma

independente. Pelo contrário, o empreendedor precisa saber se

aliar a pessoas que complementem suas deficiências.

Empreendedorismo é sempre em equipe. Essa é uma das

características comuns entre todos os empreendedores, a

capacidade de trabalhar de forma integrada e harmoniosa

dentro de um time. (Hashimoto, 2017)

O mesmo autor identifica as principais características dos perfis de

empreendedor existentes: o empreendedor criativo, o empreendedor

administrador, o empreendedor realizador, o empreendedor integrador e o

empreendedor promotor.3

O SEBRAE (2016), por sua vez, define que as habilidades requeridas para um

empreendedor são divididas em habilidades técnicas, gerenciais e pessoais.

caracteristicas-importantes-para-o-comportamento-

empreendedor,638b5d27e8fdd410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em 10/04/2017.

2 Instituição de ensino e pesquisa sem fins lucrativos, que atua nas áreas de Negócios, Economia,

Direito e Engenharia.

3 Informações aprofundadas sobre o tema poderão ser obtidas em HASHIMOTO, Marcos. Qual é

o seu perfil empreendedor? Disponível em

http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI174207-17141,00-

QUAL+E+O+SEU+PERFIL+EMPREENDEDOR.html. Consulta em 10/04/2017.

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Hashimoto (2017) entende que assim como uma pessoa dificilmente reúne

todos os perfis, é possível que mude seu perfil ao longo do tempo, de acordo com

suas vivências e oportunidades surgidas ao longo da vida. O que diferencia um

empreendedor de sucesso é a utilização correta das características individuais e o

aprendizados das competências necessárias. Desta forma qualquer pessoa pode

empreender, desde que saiba buscar conhecimentos para aprimorar suas

habilidades.

Articulando estes conteúdos com a proposta deste trabalho, as escolas

públicas municipais funcionam com o repasse de valores públicos que nem

sempre são suficientes para atender à todas as suas reais necessidades, causando

um certo nível de conformismo com a situação.

O desenvolvimento das competências intraempreendedoras estimula a

colaboração dos servidores com ideias inovadoras, desenvolvimento de lideranças

e evidencia o papel fundamental de cada servidor para o sucesso da escola e o

alcance das metas institucionais com foco nos alunos. Some-se a isso o

desenvolvimento do sentimento de pertencimento e responsabilidade pelas

atividades e projetos.

Considerando que as escolas públicas municipais têm recursos financeiros

e de pessoal limitados, como fazer para desenvolver o comportamento

intraempreendedor?

Importante também destacar que os servidores já vivem em um ambiente

de aprendizagem, então são também potenciais alunos e aprendizes de novas

competências. Essas competências podem ser aprendidas por meio de um curso

ministrado especialmente para eles. Esse curso pode ser o despertar do interesse

para o assunto que levará ao desenvolvimento individual e por consequência

coletiva, refletindo na prestação e serviços ao cidadão.

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Capítulo 2

O Acre é o Estado localizado mais a leste do Brasil, fazendo divisa com os

países Bolívia e Peru e também com os estados do Amazonas e Rondônia. Seu

território inicialmente pertencia à Bolívia não despertando interesse nem do Brasil

nem da Bolívia por ser um lugar distante e de difícil acesso. Somente após os

europeus e americanos se interessarem pelas seringueiras da região, percebeu-se

que a Bolívia lucrava mais, no entanto a força de trabalho era predominantemente

brasileira. Iniciou-se então uma disputa pelo território com a chamada Revolução

Acreana liderada e vencida pelo gaúcho Plácido de Castro. Por este feito, diz-se

que o Acre é o único Estado que lutou para ser brasileiro.

A capital do Estado, Rio Branco, surgiu a partir do seringal fundado em

1882 pelo cearense Neutel Maia que também deu o nome ao Colégio Estadual

Neutel Maia, um dos mais tradicionais da capital acreana.

Com uma população estimada em pouco mais de 377 mil habitantes e

economia baseada em comércio, pesca, extrativismo e serviços, a cidade não

possui grandes indústrias e concentra a maioria dos órgãos públicos do Estado nas

três esferas (federal, estadual e municipal), fazendo que com grande parte da

população seja funcionário público.

Na área educacional Rio Branco oferta cursos superiores em duas

instituições federais de ensino, a Universidade Federal do Acre - UFAC e o

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC, que oferta

também ensino médio, técnico profissionalizante. Na rede privada do ensino

superior são outras 05 instituições de ensino, com cursos nas mais diversas áreas,

desde saúde, negócios, ensino, e ciências exatas e agrárias. Apresenta também

várias opções de ensino à distância para cursos superiores.

O ensino médio é de responsabilidade do governo estadual, atendendo com

o ensino regular, cerca de 55 escolas, distribuídas na zona urbana no Estado.

Destas, 24 escolas estão situadas na capital Rio Branco, atendendo a mais de

18.000 alunos.

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Já o ensino fundamental e pré-escolar é responsabilidade conjunta dos

governos municipal e estadual, atendendo a mais de 50 mil alunos.4

Nesse contexto o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Acre se

apresenta como uma alternativa de educação profissional gratuita.

A instalação de uma instituição pública federal de educação profissional e

tecnológica no Acre foi um sonho almejado por um século. A Rede Federal nasceu

em 1906 com as Escolas de Aprendizes e Artífices, porém apenas no dia 28 de

março de 2008, no auditório do Sebrae, em Rio Branco, aconteceu a

primeira audiência pública que indicou a criação de uma Escola Federal na Capital

e duas Unidades Avançadas, uma em Sena Madureira e outra em Cruzeiro do

Sul. Porém, no dia 29 de dezembro de 2008 foi publicada a Lei 11.892 e a Escola

Técnica que ainda estava no papel se transformou no Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC. E, somente um ano depois, no

dia 17 de dezembro de 2009, é que foi nomeado o primeiro reitor pro tempore do

IFAC.

A posse coletiva dos primeiros servidores aconteceu no Teatro Plácido de

Castro, em Rio Branco, no dia 21 de junho de 2010, passando a ser

simbolicamente a data comemorada como o aniversário do IFAC.

O IFAC iniciou suas atividades com quatro campi (Rio Branco, Sena

Madureira, Cruzeiro do Sul e Xapuri) no final de julho de 2010 ofertando apenas

cursos técnicos nas modalidades presenciais subsequentes (ou pós-médio) e

PROEJA (educação de jovens e adultos integrado ao médio) e superiores em

licenciatura e tecnológicos. Hoje o IFAC possui mais de 3 mil alunos em cursos

técnicos nas modalidades Integrado ao Médio, Integrado Proeja e Subsequente

(presencial e a distância), mais de 1.500 alunos em cursos superiores de

licenciatura, tecnológico e bacharelado, 120 de pós-graduação (especialização) e

até 2015 certificou cerca de 15 mil pessoas em cursos de formação inicial e

continuada de programas nacionais como o Mulheres Mil e o Pronatec.

De quatro campi iniciais, hoje o IFAC possui 6 unidades

presenciais distribuídos em todas as regionais do Estado, 15 polos com a oferta de

cursos a distância. Através de programas especiais, o Instituto alcançou os 22 4

http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=120040&idtema=156&search=acre|rio-

branco|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015

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municípios do Acre com Unidades Remotas onde são ofertados cursos de

formação inicial e continuada, além de comunidades distantes dos centros urbanos

como reservas extrativistas e aldeias. (www.ifac.edu.br)

O IFAC foi a primeira instituição pública a ofertar o curso o Curso

Superior de Tecnologia em Processos Escolares, tendo sua primeira turma

formada no ano de 2015.

O curso pertence ao eixo Desenvolvimento Educacional e Social, cujos

egressos poderão atuar na gestão administrativa e técnico-pedagógica de escolas

de educação básica públicas e privadas, instituições de educação formal e

informal, ONGs e em órgãos públicos dos sistemas de ensino.

Em sua matriz curricular o curso oferece a disciplina de Práticas

Profissionais em todos os seus seis períodos. As escolas são escolhidas

aleatoriamente, a única condicionante é que aquela prática deve ser inédita na

unidade, ou seja, significa que uma mesma escola pode receber até 6 atividades,

uma para cada disciplina do curso. Nestas disciplinas, o aluno entra em contato

com a realidade das escolas da cidade e do seu entorno, onde pode observar a

aplicação (ou não) dos conteúdos estudados em sala de aula. No final de cada

disciplina, o aluno apresenta um relatório que deve iniciar com um histórico da

escola estudada, seus principais feitos e homenagens ou prêmios por ventura

recebidos.

Como coordenadora do curso por um período de três anos e como

professora da disciplina de Práticas Profissionais, foi possível observar, junto com

os alunos, situações diferentes na gestão em escolas que deveriam ser similares.

Algumas se apresentavam mais apáticas, com servidores desmotivados e

gestão altamente centralizadora, enquanto outras se destacavam em projetos,

gestão participativa, alternativas criativas para situações de crise ou de

dificuldades. Foi possível perceber no comportamento e na forma como as equipes

de alunos eram acolhidas por essas escolas características e atitudes

empreendedoras, onde os funcionários sempre que eram convidados a conversar

sobre sua escolha o faziam de forma entusiasta, destacando mais os feitos que os

problemas e apresentando ideias para médio e longo prazo de resolução de

problemas que eles mesmos já haviam identificado.

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Surgiu então o questionamento: Como o IFAC, uma instituição de ensino

que tem compromisso social e que prepara gestores de escolas e instituições de

ensino, poderia colaborar para o despertar do intraempreendedorismo nas escolas

locais? Nesse contexto, a proposta de um ―Curso de Intraempreededorismo para

servidores das escolas municipais da cidade de Rio Branco‖ pode ser o caminho

para que servidores desenvolvam comportamentos e atitudes empreendedoras,

modificando a realidade das instituições às quais pertencem e o seu entorno.

No âmbito educacional, pode-se afirmar que Intraempreendedorismo é o

exercício do empreendedorismo dentro e fora da escola ou de uma instituição

educacional, das competências empreendedoras desenvolvidas pelos funcionários

para o desenvolvimento da instituição para a qual trabalham.

Sobre esse assunto, o módulo do curso Educação Empreendedora da PUC-

RIO explica que o ―intraempreendedor é um empreendedor em um contexto

organizacional‖. Para este trabalho o ambiente organizacional se refere ao

ambiente escolar das instituições participantes.

O curso Intraempreendedorismo para Servidores De Escolas Municipais

irá possibilitar ao servidor/estudante atuar no apoio e desenvolvimento de projetos

educacionais, bem como projetos sociais que contribuam para o aprimoramento

das atividades escolares na busca de alternativas de inovação e melhoria da

qualidade nos processos de trabalho e serviço ao público.

Mantovani (2017) define intraempreendedor como

Um profissional criativo e inovador, que

acredita que é preciso ousar e quebrar

barreiras para conseguir resultados. Tem

muita vontade de aprender – e aprende na

prática. Não sente medo de falhar e,

principalmente, sabe tirar os melhores

ensinamentos dos erros que cometeu. Age

como se fosse dono de parte da empresa, e

contribui para que ela seja bem-sucedida.

Periard (2010) afirma que o intraempreendedor é um profissional que lida

muito bem com a busca pelo novo, sem medo dos riscos que possa gerar uma

ideia nova ou medo de compartilhá-la com seus superiores.

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Independentemente do tamanho da instituição escolar, ela lida com as

atividades e desafios cotidianos, mas também com novos desafios e oportunidades

que lhe são apresentadas ou impostas pela sociedade ou pelos órgãos de controle,

que vão depender de atitudes inovadores para serem superadas.

Periard (2010) define as principais características do intraempreendedor como:

a) Paixão pelo que faz

b) Sempre atento às novas idéias;

c) Simulam erros e riscos;

d) Descobrem oportunidades ocultas;

e) Multi-disciplinaridade;

f) Persistente, dedicado;

g) Autoconfiante, decide por conta própria;

h) Proativo, inovador.

Importante salientar que a grande maioria dos intraempreendedores não tem

interesse em abrir um negócio. Para eles, colaborar com a instituição, ter bons

salários e elevar o seu nome dentro da organização são objetivos tão importantes

quanto ter sua própria empresa (PERIARD, 2010).

No entanto, é necessário que se crie condições para o desenvolvimento de

funcionários intraempreendedores, com modelos de gestão que facilitem a

comunicação e a liberdade, valorização de novas ideias e liderança

descentralizada, mais precisamente uma gestão democrática e participativa.

Para auxiliar os funcionários a se tornar intraempreendedores e as

instituições a desenvolver competências intraempreendedoras nas suas equipes

Periard (2010) sugere o que chamou de ―10 mandamentos do intraempreendedor,

criados por Gifford Pinchot, responsável pela introdução do termo

intraempreendedorismo no Brasil:

1 – Forme sua equipe. Intraempreendedorismo não é uma atividade solitária;

2 – Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas;

3 – Solicite aconselhamento antes de pedir recursos;

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4 – É melhor prometer pouco e realizar em excesso;

5 – Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua

descrição de cargo;

6 – Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão;

7 – Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes,

especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia;

8 – Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido;

9 – Seja leal à suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-las;

10 – Honre e eduque seus patrocinadores.

Conclui-se com isso a importância de valorizar talentos e o espírito

empreendedor dos funcionários das escolas, pois isso trará maior

comprometimento com suas atividades, trazendo benefícios para os alunos e por

extensão, para toda a comunidade.

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Capítulo 3

Intraempreendedorismo no serviço público

Tradicionalmente o empreendedorismo foi mais reservado ao setor privado,

mas atualmente tem despertado o interesse do setor público, como forma de gerir

escassez de recursos, inovar a renovar as organizações públicas (Marques, 2014).

As organizações públicas devem atender com qualidade aos interesses do

cidadão e ao mesmo tempo cumprir suas metas institucionais e sua missão. É

possível notar em algumas instituições um esforço para recuperar o tempo

perdido. Nesse esforço o curso proposto neste trabalho pode fazer a diferença.

Considerando que os conceitos de empreendedorismo e de

Intraempreendedorismo incluem a geração de novas alternativas, evolução

contínua dos processos internos e soluções inovadoras que combinem

necessidades sociais às necessidades econômicas da sociedade, pode-se conceber a

importância do perfil empreendedor nos servidores de qualquer órgão público, que

mesmo em um ambiente hierárquico mais definido, com obrigações legais e

regulatórias, tem espaço para a inovação e novas formas de melhor utilizar o

patrimônio público.

No serviço público, o empreendedorismo representa um papel inovador e

proativo que auxiliam a implementação de políticas públicas aprimoradas para

elevação da qualidade de vida da população (RODRIGUES, 2014).

Segundo os autores Morris e Jones (1999), o

empreendedorismo público é um processo de criação de valor

para os cidadãos, de forma a trazer conjuntamente recursos

públicos e privados para explorar oportunidades sociais, que,

por sua vez, enfrentam dificuldades uma vez que precisam

transpassar procedimentos formais notoriamente elaborados

(MANIMALA; JOSE; THOMAS; 2006, apud Rodrigues,

2014).

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Diante deste conceito, pode-se concluir que o empreendedorismo nas

organizações públicas contribui para a criação de processos mais eficientes para a

concepção e gerenciamento mais eficientes do patrimônio público.

Coelho, (2010) afirma que as forças que regem a inovação não diferem se o

fenômeno do empreendedorismo ocorre numa organização privada ou pública. Os

princípios regedores são os mesmos - não importa que o processo seja conduzido

por uma instituição governamental ou não governamental: basicamente tal força

está situada entre o que funciona e o que não funciona e conclui, citando Drucker

(1986), que ―As instituições do serviço público buscam maximizar e não

otimizar‖.

O autor atribui tal característica a uma maneira, entre outras, de se compensar

a ausência de lucros, qual seja: o empreendedor da organização pública busca

crescer e ampliar sua área de atuação – crescer cada vez mais.

As chamadas organizações públicas ou sociais enfrentam

limites para a atuação empreendedora e pontos de resistência à

ação inovadora que, na maioria das vezes, se impõe de fora

para dentro e por pessoas estranhas ao ambiente organizacional

ou, simplesmente, elas ocorrem em razão de crises ou

catástrofes (DRUCKER, 2008).

Um exemplo claro disso são as escolas públicas, de todos os níveis, onde o

repasse de recursos tem relação direta com o quantitativo de alunos matriculados,

retidos, repetentes e concluintes. Com esta realidade, é necessário que as escolas

se preocupem com programas e ações para evitar a evasão escolar, diminuir a

repetência e desenvolver o interesse dos alunos pela escola.

Tem-se observado a inclusão de disciplinas de empreendedorismo em todos os

níveis de ensino, no entanto, essas iniciativas referem-se somente aos alunos. Não

há ação voltada para o desenvolvimento das competências empreendedoras nos

funcionários.

Para Campelli, Casarotto, Barbejat e Moritz (2011), uma instituição de ensino

empreendedora não é somente aquela que incluiu em seu projeto pedagógico

disciplinas ou cursos de empreendedorismo, mas, sobretudo, aquela que adota,

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como instituição, um novo paradigma educacional, tornando-se, ela mesma, uma

instituição empreendedora. Essa concepção pode ser observada também nas

instituições de ensino fundamental e médio.

Em tempos de crise, inovação e empreendedorismo são os principais

sustentáculos que garantem o crescimento das economias em todo o mundo. A

educação é fundamental para a disseminação desses conceitos. Não há como

ensinar empreendedorismo se os funcionários não praticam o que ensinam. As

escolas devem ser exemplos de atitudes intraempreendedoras para corroborar o

que é ensinado nas disciplinas do currículo.

Com base no exposto até então, o curso Intraempreendedorismo para

Servidores de Escolas Municipais5 foi desenvolvido para aprimorar as

competências empreendedoras e intraempreendedoras dos servidores das escolas

do município de Rio Branco-AC, para atuar, promover e desenvolver suas

atividades, fortalecendo a competência empreendedora, identificando

oportunidades para as demandas da comunidade. O curso ensina conceitos,

características e definições de Empreendedorismo e Intraempreendedorismo, bem

como elementos que motivam o servidor a empreender na instituição. O curso será

distribuído em 3 módulos totalizando 30 horas.

Este tem como objetivo desenvolver competências e habilidades

intraempreendedoras e relacioná-las para as demandas escolares com vistas à

melhoria da atuação do servidor no ambiente de trabalho de uma escola pública

municipal, bem como no desenvolvimento de projetos com vistas à colaboração e

valorização do servidor.

A metodologia que será utilizada para este projeto serão aulas ministradas

de forma que contemplem de forma articulada os/ saberes práticos e acadêmicos

em uma relação de complementaridade, em que o processo de apropriação do

conhecimento por parte dos servidores/estudantes permita o aprimoramento

teórico-prático. Deste modo, serão aulas expositivas e dialogadas, com uso de

recursos audiovisuais, apostilas e materiais de apoio, sempre na perspectiva de

construção do conhecimento, mediante a valorização dos saberes profissionais.

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Faz-se necessário ressaltar que os aportes teóricos trabalhados em aula devem

obrigatoriamente ―fazer sentido‖ na realidade em questão.

O curso Intraempreendedorismo Para Servidores De Escolas Municipais

deverá propiciar condições para que os servidores/estudantes desenvolvam

competências profissionais através de estudos teóricos, discussão de casos,

debates, jogos e vivências, simulações de práticas profissionais, resolução de

problemas, reflexão sobre vídeos, entre outras atividades que requeiram o

envolvimento ativo dos servidores/estudantes e estimulem a crítica, a criatividade

e a tomada de decisões.

Para cada módulo, haverá uma apostila elaborada pelos professores que

irão ministrar as disciplinas. O material deverá contemplar a síntese das teorias e a

referência para buscas bibliográficas aprofundadas, além de trazer exemplos,

estudos de caso e exercícios que propiciem a reflexão sobre a prática profissional.

As apostilas serão distribuídas em meio físico, impressas ou em meio digital.

A avaliação dos estudantes será realizada como parte integrante do

processo educativo, acontecerá ao longo do curso de modo a permitir reflexão-

ação-reflexão da aprendizagem e a apropriação do conhecimento, resgatando suas

dimensões diagnóstica, formativa, processual e somativa.

Durante o processo educativo é conveniente que o professor esteja atento à

participação efetiva do servidor/estudante através da observação da assiduidade,

da pontualidade e do envolvimento nos trabalhos e discussões.

São considerados meios para operacionalização da avaliação:

Trabalho individual e em grupo;

Apresentação dos trabalhos/projetos;

Auto avaliação, entre outros.

Ao final de cada módulo, será feita uma avaliação sobre o andamento do

curso por parte dos servidores/estudantes. A avaliação do curso será feita através

de resposta a formulário que contemple questões de resposta alternativa e questões

de resposta dissertativa. As questões contemplarão a avaliação das aulas em

termos de conteúdo e procedimentos didáticos, dos professores, do material

didático e das instalações físicas, bem como a revisão dos objetivos do curso.

5 No anexo 1 é apresentado o Projeto Pedagógico do Curso na íntegra.

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Capítulo final

Considerações Finais

Empreendedorismo e Intraempreendedorismo são dois conceitos que, quando

vivenciados em sua plenitude fazem com que seus protagonistas se destaquem e

tenham maiores chances de sucesso na concretização de seus objetivos.

Nas organizações públicas, o Intraempreendedorismo pode ser a chave para

grandes conquistas e grandes projetos sociais, principalmente nesta época de

cortes orçamentários, sobretudo nas instituições de ensino que lutam para se

manter com os poucos recursos e grandes desafios.

Este projeto é o início de uma troca, onde o IFAC oferta cursos de

Intraempreendedorismo para as escolas que abrem suas portas para que alunos

possam realizar suas aulas de Práticas Profissionais.

Com a implantação do curso, espera-se promover a disseminação da cultura

empreendedora e intraempreendedora nas escolas municipais. A proposta do curso

é inovadora e pretende fazer interferências autorizadas para o melhor desempenho

das atividades profissionais dos servidores.

A proposta poderá ser ampliada em um segundo momento, como por exemplo,

um estudo do impacto do curso nas instituições que participaram da parceria, um

estudo de caso para avaliar como a disseminação da cultura intraempreendedora

pode influenciar as organizações educacionais.

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Referências bibliográficas

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Ceará – IFCE, 2013. 96 p.; il. ISBN 978-85-63953-36-0 Inclui currículos dos autores. 1.Emp

CAMPELLI, Magali Geovana Ramlow; CASAROTTO, Nelson Filho; BARBEJAT, Myriam

Eugênia Ramalho Prata; MORITZ, Gilberto de Oliveira. Empreendedorismo no Brasil: situação e

tendências. Revista de Ciências da Administração. V. 13, n. 29, p. 112-132, jan/abr 2011.

CARNEIRO, Cristina Aparecida. COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR DE

GESTORES: Estudo de Caso em uma Instituição Pública de Ensino. Dissertação de Mestrado,

2015. Disponível em

file:///C:/Users/Dirlei%20Fachinello/Documents/TCC%20empreendedorismo/dissertacao_cristina_

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CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São

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DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor,

inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e Espírito Empreendedor - prática e princípios. São

Paulo: Cengage Learning, 2008.

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http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI174207-17141,00-

QUAL+E+O+SEU+PERFIL+EMPREENDEDOR.html. Consulta em 10/04/2017.

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http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=120040&idtema=156&search=acre|rio-

branco|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2015

MANTOVANI, Fernando. O empreendedor corporativo. Disponível em

http://exame.abril.com.br/blog/sua-carreira-sua-gestao/o-empreendedor-corporativo/. Acesso em

10/05/2017.

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(Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil).

Recuperado de http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/2967/1/EmpresaJ%C3%BAniorEsp

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PERIARD, Gustavo. Intraempreendedorismo – Guia Completo.

ttp://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo/. Acesso em

15/0502017

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io.br/pluginfile.php/152877/mod_page/content/5/Apostila5_mod_II.pdf

SEBRAE – Características importantes para o comportamento empreendedor. Disponível em

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-caracteristicas-importantes-para-o-

comportamento-empreendedor,638b5d27e8fdd410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em

10/04/2017.

SCHUMPETER, A. Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia. Trad. Sergio Góes de Paula.

Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1984.

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Anexo I

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

ACRE - IFAC

PROJETO PEDAGOGICO DO CURSO

INTRAEMPREENDEDORISMO PARA SERVIDORES DE

ESCOLAS MUNICIPAIS

RIO BRANCO-AC

2017

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Reitora

Professora Dra. Rosana Cavalcante dos Santos

Pró-Reitora de Ensino

Maria Lucilene Belmiro de Melo Acácio

Diretor Geral do Campus Rio Branco

Wemerson Fittipaldi de Oliveira

Equipe de Elaboração do PPC

Dirlei Terezinha Fachinello

Sumário

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ............................................................................. 28

2. APRESENTAÇÃO DO CURSO ................................................................................................. 29

3. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 29

4. OBJETIVOS DO CURSO ........................................................................................................... 29

Objetivo Geral .................................................................................................................................. 29

5. PERFIL DO CURSO.................................................................................................................... 30

6. PÚBLICO-ALVO ........................................................................................................................ 30

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .............................................................................................. 30

7.1 Matriz Curricular ....................................................................................................................... 30

7.2 Conteúdo Programático Sugerido .............................................................................................. 30

8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA .......................................................................................................... 32

9. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 32

9.1 Material Didático / Pedagógico ................................................................................................. 33

10. AVALIAÇÃO .......................................................................................................................... 33

10.1 Avaliação da Aprendizagem .................................................................................................... 33

10.2 Avaliação do Curso .............................................................................................................. 33

11 REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO ................................................................................. 34

12 CERTIFICAÇÃO ..................................................................................................................... 34

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

CNPJ: 10.918.674/0001-23

Razão social: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIËNCIA E

TECNOLOGIA DO ACRE

Nome fantasia: IFAC

Esfera administrativa: FEDERAL

Endereço: Rua Coronel Alexandrino, 301, Bairro Bosque, Rio Branco/AC CEP

69909-730

Telefone: (68) 3224 5481

Site: http://www.ifac.edu.br

CURSO: Intraempreendedorismo para Servidores de Escolas Municipais

Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios

Nível: Cursos Livres

Modalidade: Presencial

Carga Horária: 30 horas

Turno de oferta: Manhã/Tarde/Noite/Finais de Semana

Periodiciosidade da oferta: Conforme calendário firmado com as escolas.

Requisito de Acesso ao Curso: Ensino Médio completo

Local de oferta: Poderá ser ofertado nas escolas selecionadas ou no Campus Rio

Branco

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2. APRESENTAÇÃO DO CURSO

O curso Intraempreendedorismo para Servidores de Escolas Municipais foi

desenvolvido para aprimorar as competências empreendedoras e

intraempreendedoras dos servidores das escolas do município de Rio Branco-AC,

para atuar, promover e desenvolver suas atividades, fortalecendo a competência

empreendedora, identificando oportunidades para as demandas da comunidade. O

curso ensina conceitos, características e definições de Empreendedorismo e

Intraempreendedorismo, bem como elementos que motivam o servidor a

empreender na instituição. O curso será distribuído em 3 módulos totalizando 30

horas.

3. JUSTIFICATIVA

As escolas públicas municipais funcionam com o repasse de valores

públicos que nem sempre são suficientes para atender à todas as suas reais

necessidades, causando um certo nível de conformismo com a situação. O

desenvolvimento das competências intraempreendedoras estimula a colaboração

dos servidores com ideias inovadoras, desenvolvimento de lideranças e evidencia

o papel fundamental de cada servidor para o sucesso da escola e o alcance das

metas institucionais com foco nos alunos. Some-se a isso o desenvolvimento do

sentimento de pertencimento e responsabilidade pelas atividades e projetos.

4. OBJETIVOS DO CURSO

4.1 Objetivo Geral

O curso de Intraempreendedorismo para Servidores de Escolas Municipais

tem por objetivo desenvolver competências e habilidades intraempreendedoras e

relacioná-las para as demandas escolares com vistas à melhoria da atuação do

servidor no ambiente de trabalho de uma escola pública municipal, bem como no

desenvolvimento de projetos com vistas à colaboração e valorização do servidor.

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5. PERFIL DO CURSO

O curso Intraempreendedorismo Para Servidores De Escolas Municipais

possibilita ao servidor/estudante atuar no apoio e desenvolvimento de projetos

educacionais, bem como projetos sociais que contribuam para o aprimoramento

das atividades escolares na busca de alternativas de inovação e melhoria da

qualidade nos processos de trabalho e serviço ao público.

6. PÚBLICO-ALVO

Servidores das escolas municipais do município de Rio Branco - AC.

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O curso livre de Intraempreendedorismo para Servidores de Escolas

Municipais, está organizado em 3 módulos, totalizando 30 horas.

7.1 Matriz Curricular

Semestre/Modu

lo Componentes Curriculares Carga Horária

Módulo I Empreendedorismo e

Intraempreendedorismo

Cultura Organizacional

8 h

Módulo II Liderança e motivação

Ética no Serviço Público

8 h

Módulo III

Elaboração de Projetos educacionais e

sociais;

Fontes de fomento para desenvolvimento

de projetos

12 h

Carga horária total 30

horas

7.2 Conteúdo Programático Sugerido

Componente Curricular: Empreendedorismo e Intraempreendedorismo

Intraempreendedorismo – conceitos. O Espírito intraempreendedor nas

instituições de ensino; características intrempreendedoras; Benefícios do

Intraempreendedorismo;

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Componente Curricular: Cultura Organizacional

Comportamento Organizacional; Valores e Atitudes; Percepção, Decisão e

Criatividade.

Componente Curricular: Liderança e motivação

Liderança – conceitos e importância nas instituições de ensino;

Motivação e Produtividade; Hierarquia das necessidades de Maslow.

Componente Curricular: Ética no Serviço Público

Ética e moral; Ética, princípios e valores; Ética e função pública.

Componente Curricular: Elaboração de Projetos educacionais e sociais;

Introdução à Projetos; Escopo e gerenciamento de riscos; Gerenciamento

de projetos;

Componente Curricular: Fontes de fomento para desenvolvimento de

projetos

Conceitos de fomento. Descrição e informação das principais de fontes de

fomentos para desenvolvimento de projetos.

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8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ARMANI. Domingos. Como elaborar projetos? Gui prático para elaboração e gestão de

projetos sociais. Tomo Editorial. 2000.

BOM SUCESSO, Edina de Paula. Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no

Trabalho. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark, 2003.

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luíza. São Paulo. Editora de Cultura, 1999.

HASHIMOTO, Marcos. Espírito Empreendedor nas Organizações: Aumentando a

competitividade através do intraempreendedorismo. São Paulo: Saraiva, 2006.

IBIE – Instituto Brasileiro de Inovação e Empreendedorismo. Disponível em :

http://www.ibie.com.br/index.php?option=com_cont ent&task=view&id=14&Itemid=28.

Acesso em : 18 de maio de 2017.

INEI – Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação. Disponível em

http://inei.org.br/fontes_de_fomento_e_financiamento_a_inovacao. Acesso em 18 de maio

de 2017.

Lei Nº 1794, de 30 de dezembro de 2009. (Institui o regime Jurídico estatutário dos

servidores municipais do município de Rio Branco)

MAXIMIANO, A.C.A. Administração de Projetos: como transformar ideias em

resultados. São Paulo: Atlas, 3ª. ed., 2009.

NOLAN, Lord. Normas de conduta para a vida pública. Brasília, Cadernos ENAP, nº 12,

1997.

PINCHOT, G. PELLMAN R. Intraempreendedorismo na Prática: um guia de inovação

nos negócios. Tradução Márcia Nascentes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004

ROBBINS, S.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional - teoria e prática no

contexto brasileiro. 14.ed; São Paulo: Pearson, 2011.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de apoio a micro e pequenas empresas. Disponível em

www.sebrae.com.br.

VECCHIO, R. Comportamento Organizacional. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

9. METODOLOGIA

O curso será ministrado em aulas que contemplem de forma articulada os/

saberes práticos e acadêmico em uma relação de complementaridade, em que o

processo de apropriação do conhecimento por parte dos servidores/estudantes

permita o aprimoramento teórico-prático. Deste modo, serão aulas expositivas e

dialogadas, com uso de recursos audiovisuais, apostilas e materiais de apoio,

sempre na perspectiva de construção do conhecimento, mediante a valorização dos

saberes profissionais. Faz-se necessário ressaltar que os aportes teóricos

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trabalhados em aula devem obrigatoriamente ―fazer sentido‖ na realidade em

questão.

O curso Intraempreendedorismo Para Servidores De Escolas Municipais

deverá propiciar condições para que os servidores/estudantes desenvolvam

competências profissionais através de estudos teóricos, discussão de casos,

debates, jogos e vivências, simulações de práticas profissionais, resolução de

problemas, reflexão sobre vídeos, entre outras atividades que requeiram o

envolvimento ativo dos servidores/estudantes e estimulem a crítica, a criatividade

e a tomada de decisões.

9.1 Material Didático / Pedagógico

Para cada módulo, haverá uma apostila elaborada pelos professores que

irão ministrar as disciplinas. O material deverá contemplar a síntese das teorias e a

referência para buscas bibliográficas aprofundadas, além de trazer exemplos,

estudos de caso e exercícios que propiciem a reflexão sobre a prática profissional.

As apostilas serão distribuídas em meio físico, impressas ou em meio digital.

10. AVALIAÇÃO

10.1 Avaliação da Aprendizagem

A avaliação dos estudantes será realizada como parte integrante do

processo educativo, acontecerá ao longo do curso de modo a permitir reflexão-

ação-reflexão da aprendizagem e a apropriação do conhecimento, resgatando suas

dimensões diagnóstica, formativa, processual e somativa.

Durante o processo educativo é conveniente que o professor esteja atento à

participação efetiva do servidor/estudante através da observação da assiduidade,

da pontualidade e do envolvimento nos trabalhos e discussões.

São considerados meios para operacionalização da avaliação:

Trabalho individual e em grupo;

Apresentação dos trabalhos/projetos;

Auto avaliação, entre outros.

10.2 Avaliação do Curso

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Ao final de cada módulo, será feita uma avaliação sobre o andamento do

curso por parte dos servidores/estudantes. A avaliação do curso será feita através

de resposta a formulário que contemple questões de resposta alternativa e questões

de resposta dissertativa. As questões contemplarão a avaliação das aulas em

termos de conteúdo e procedimentos didáticos, dos professores, do material

didático e das instalações físicas, bem como a revisão dos objetivos do curso.

11. REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO

Fará jus ao certificado o servidor/estudante que obtiver frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento).

12. CERTIFICAÇÃO

Após a conclusão do curso, o servidor/estudante receberá o certificado de

participação no curso de Intraempreendedorismo Para Servidores De Escolas

Municipais, com carga horária de 30 horas.

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