19
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DISCIPLINA DE TEMAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Karl Loewenstein Terceira Parte - Capítulo XII Pluralismo Antônio Ricardo Vasconcellos Schmitt 26/11/2002

DIRP82-1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Resumo do Capítulo XII do Livro Teoria da Constituição de Karl Loewenstein

Citation preview

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE DIREITOPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM DIREITODISCIPLINA DE TEMAS DE DIREITO CONSTITUCIONALTeoria da Constiti!"o#ar$ Loe%ensteinTer&eira Parte - Ca'(t$o )IIP$ra$is*oAntnio Ricardo Vasconcellos Schmitt26/11/2002422: Opluralismodegruposoterceirodoscontroleserticais!ueseintercalaentreosdetentoreseosdestinat"riosdopoder#$onstitui%sedamultitude de grupos !ue representamcoletiamente a ariedade dosinteresses dos mem&ros da comunidade# 'oue at !uempretendessee(plicar a hist)ria como o contraponto das *or+as pluralistas ,nota derodap-#42.: Segundo se/a o grau de sua intera+0o no am&iente pol1tico2 os grupospluralistas *uncionam como detentores o*iciosos ou inis1eis do poder#O indi1duo unido com outros em irtude de interesses comuns e(erceuma in*lu3ncia so&re as decis4es pol1ticas# Assim2 os grupos pluralistas s0o&arreiras e *reios *rente ao todo poderoso 5eiat"n#O pluralismo na autocracia#6a atitude do poder estatal*rente 7 estrati*ica+0o pluralista se podeidenti*icar outrocritrioparadistinguir ossistemaspol1ticosdemocr"ticosdos autocr"ticos# 6esses regimes2 os detentores do poder n0o podem tolerarnema *ragmenta+0o do seu monop)lio do e(erc1cio do poder2 nemaoposi+0o# 8odos os impulsos deassocia+0o !ueseprodu9ementre osdestinat"rios do poder ser0o controlados pelo :stado e pelo partido ;nico2tal como se demonstrou na Alemanha nacionalsocialista#424: O pluralismo na democracia constitucionalA ess3ncia da democracia constitucional !ue os grupos pluralistasmaisdiersospodemparticipar ilimitadamentenoprocessoeconmicoepol1tico# As decis4es pol1ticas dos detentores constitucionais do poderrepresentam o compromisso entre as tend3ncias diergentes dos interessespluralistas da sociedade# otencialmente2 !ual!uer grupopluralistaorgani9adotam&mumgrupodepress0o2 maspodee(istir ee(ercer in*lu3nciasemrecorrer aosmtodosutili9adospor umgrupodepress0o2 !ue age in*luindo nos detentores do poder e na opini0o p;&lica# '"casos tam&m de grupos !ue tenha se incorporado de tal *orma no processode poder !ue n0o precise apresentar%se como tal2 pois tem so& controle aspessoas detentoras de poder# :(s: ?gre/a $at)lica na ?rlanda ou em @ue&ec,A-B osmilitares naAlemanha?mperial ounoCap0oantes de1D4=2 as&urocraciasna>r;ssia2 ouaclassedosEandarinsnaEanch;ria# Almdesses2 e(iste ainda o lo&&F2 !ue a tropa de cho!ue do grupo pluralista#426: Os grupos como &ase da sociedade estatal6otas hist)ricas so&re o pluralismoOs grupos pluralistas s0o elementos orgGnicos da &iologia dasociedade estatal# >ertenceram ao poder pol1tico muito antes deEontes!uieu e 8oc!ueille lhes concederemrespeita&ilidade cient1*ica2chamando%os de corps intermdiaires# articipa+0o dos grupos de interesse no processo goernamentalA importGncia dos grupos de interesse na gest0o do :stado moderno re*letida nos :stados democr"ticos constitucionais pela iniciatia do goernoemconsult"%los2 oupelo*atodeser consultadopor ele# Osgrupos deinteresse possuem conhecimento !ue n0o do dom1nio da &urocracia maisespeciali9ada#4.K: :malguns pa1ses2 comoSuciaeSu1+a2 osgrupos deinteresseparticipam na prepara+0o da legisla+0o#:sta pr"tica de contatos entre grupos e detentores do poder resultaem muito da trans*orma+0o do :stado legislatio em :stado Administratio#>elo mesmo motio proli*eraminstGncias administratias comas maisdiersas *un+4es2 algumas go9ando at de potestade normatia ,ag3ncias-PPP4.D: O o&/etio de algumas delas li&erar a administra+0o de certos ramoseconmicos do controle direto do goerno2 dos partidos e do parlamento#O indi1duo na sociedade pluralista#Ao agregar%se a um grupo !ue represente certa gama de interessesseus2 o indi1duo ganha *or+a e seguran+a2 masperde indiidualidade#Assim2 torna%se um ser representado pelos interesses comuns2 um homemmdio# A pertin3nciaao grupoo su&metearegulamenta+4es2 condi+4esenormas e aca&a por coletii9"%lo#441: ara am&as as *iloso*ias pol1ticas2 o e(erc1cio dopoder pol1tico estaa delegado e(clusiamente aos detentores do poder# : asconstitui+4es do sculo M?M consideraram su*iciente !ue o direito li&eraldeassocia+0o inclu1sse tam&m o direito 7 li&erdade de organi9ar%sepoliticamente#Ap)sa?? guerra2 !uando/"n0osepdeignorarpormaistempoaimportGnciadospartidospol1ticosnaidadademocraciaconstitucional2 ota&u *oi!ue&rado e apareceram diersas re*er3ncias aos partidos pol1ticosnas constitui+4es#44=: :ntretanto2 nenhuma constitui+0o re*lete2 nem remotamente ain*lu3ncia dos partidos pol1ticos na dinGmica do processo de poder2 !ue /a9no *ato de !ue s0o eles !ue designam2 mant3m e destroem os detentores dopoder noparlamentoenogoerno,parlamentarismo-#Asconstitui+4es2 7maneira das aestru9es2 tratamas assem&lias legislatias como seestiessemcompostasderepresentantesso&eranosecomlirepoder dedecis0o2 emumaatmos*eradesin*etadadepartidos# Ser"e(pressamenteignoradoo*atode!ueosdeputadosest0odelegadosnasassem&liasatras das listas de candidatos dos partidos2 e !ue segundo o tipogoernamental imperante2 est0osu&metidos 7s instru+4es e7disciplinapartid"ria#Se repetir" 7 saciedade a m1stica esp;ria de !ue o mem&ro doparlamentorepresentaana+0ointeira2 sendooresultadospr"tico!ueoparlamentar posa trocar de partido segundo sua ontade2 sem ter !ue temer!ue seus eleitores lhe pe+am conta disso# O compromisso de um deputadocom seu partido2 segundo o !ual ele dee depor seu mandato ao separar%sedopartido2 *oi declarado n0oo&rigat)rio pelos tri&unais2 por conter ummandato imperatio# A representa+0o proporcional*acilitou mais este a&usoescandaloso da con*ian+a do eleitorado#arlamento ao sedepararemcom!uest4es em!ue n0o s0o especialistas# Almdisso2 atcnicama/orit"riacontradi9oo&/etiodarepresenta+0ocorporatia# =-Agrande diis0o ainda se esta&elece entre capital e tra&alho e arepresenta+0o corporatia *aria surgir umsistema&ipartidarista em!uecertos grupos !ue n0o se encai(em em uma das classes *ariam o papelde*iel da &alan+a# 6- Asociedade teria de se estruturar emassocia+4eso&rigat)rias2 e todo o indi1duo *icaria atado pela camisa de *or+a dacoletii9a+0o# H- Aindaatcnica maisela&orada deumarepresenta+0ocorporatia n0o eliminaria a luta pelo poder e apenas acrescentaria mais umcampo de &atalha aos /" e(istentes#: noamente as som&ras do 5eiat046H: O autor aderte para os perigos do corporatiismo com a cria+0o decorpos intermedi"rios2 de um lado2 e o perigo representado pelo crescentepluralismo de nossa sociedade !ue pode tra9er a destrui+0o da li&erdade eda autodetermina+0o indiidual2 e com isso2 da democracia constitucional#8emdesecriar um"r&itrosupremoentreas*or+aspluralistasemcompeti+0o2 dominadoras do processo de poder2 e os indi1duos !ue est0oamea+adosdeser a*ogadospelosla+ospluralistas# :ste"r&itroestar"encarregadodecriar aordemedemanteroe!uil1&rio2 en0opoder"seroutro !ue n0o o :stado mesmo# A ;nica alternatia *rente ao goerno dosgrupos priados o goerno p;&lico2 isto 2 o goerno pelo :stado#Somente o goerno pol1tico2 !ue tenha alcan+ado o poder por um processodemocr"tico2 lire do controle de grupos de interesse2 pode *uncionar comoo de*ensor do indi1duo *rente a sua coletii9a+0o pelas *or+as pluralistas# Seos ;ltimos alores da democracia pol1tica tem de ser salos2 dee%se regulara democracia pluralista#46D: