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1 7Wi UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM – FACULDADE INTEGRADA DISCIPLINA E INDISCIPLINA E SUAS DIVERSIDADES NAS UNIVERSIDADES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Cheila de Aragão Varella ORIENTADORA: Profª Monica Melo Rio de Janeiro 2011

DISCIPLINA E INDISCIPLINA E SUAS DIVERSIDADES NAS ... fileRESUMO Este trabalho de pesquisa, buscou a análise e a investigação da postura dos professores, diante de um dos seus maiores

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM – FACULDADE INTEGRADA

DISCIPLINA E INDISCIPLINA E SUAS DIVERSIDADES NAS

UNIVERSIDADES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Cheila de Aragão Varella

ORIENTADORA: Profª Monica Melo

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM – FACULDADE INTEGRADA

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Cheila de Aragão Varella.

DISCIPLINA E INDISCIPLINA E SUAS DIVERSIDADES NAS

UNIVERSIDADES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, aos meus filhos e netos, por entenderem e me apoiarem por muitas vezes a minha ausência, em função de inúmeras atividades profissionais.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que a cada dia me dá força e perseverança em acreditar na minha missão como educadora, aos meus pais (in memorium) e aos meus tios (in memorium). O prof. Lindomar, que aprendi a amá-lo por ser um excelente professor, todos os meus professores e a Suzana da secretaria, que de uma maneira ou de outra me ajudaram para que eu chegasse até aqui.

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RESUMO

Este trabalho de pesquisa, buscou a análise e a investigação da

postura dos professores, diante de um dos seus maiores desafios em sala de

aula nas Universidades do Município do Rio de Janeiro,que é a disciplina e a

indisciplina, porém existe a falta de limites também de alguns alunos, na qual

muitas vezes geram situações cada vez mais agravantes dentro de uma sala

de aula no Ensino Superior. Mostrar como os pais de hoje estão preocupados

na educação de seus filhos mesmo sendo adultos e estando numa

universidade. Relacionam a educação a sexo, drogas, violência e agressões

físicas e verbais e para com os professores há a mesma preocupação. O

desrespeito com os professores em sala de aula, tenta de alguma forma

conseguir o objetivo de contribuir para que a indisciplina desapareça do

convívio dos nossos educandos. Os problemas mostrados nesta pesquisa são

de âmbito de instituição pública e privada. A maioria das universidades nem

prestam atenção para a indisciplina, e este é um problema sério.

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METODOLOGIA

Esta pesquisa visa descrever e apresentar a visão de alguns

professores universitários sobre a concepção de disciplina e indisciplina nas

Universidades do Município do Rio de Janeiro.

O presente estudo foi confeccionado baseado em um referencial

teórico com um vasto número de autores que muito contribuíram par ao

enriquecimento do assunto e fortaleceram o embasamento teórico para se

discutir o assunto em questão, ou seja, o assunto proposto.

Calcando-se em conhecimentos prévios são citados alguns autores

e como eles vêem a questão da disciplina e da indisciplina no Ensino Superior:

Damke, Gonçalves. J. P. Silva, Jusviack, Estrela, Salomé, Torres, Oliveira,

Foucalt, Freitas.

Com o propósito deste trabalho, procurou-se a compreensão das

questões disciplina e indisciplina no Ensino Superior e como fazer o controle

desses alunos indisciplinados nas Universidades do Município do Rio de

Janeiro, ou seja, o comportamento desses alunos.

As dificuldades e limites desta pesquisa estão relacionados a certa

dificuldade por parte de algumas pessoas em colaborar ao serem contatados,

com isso muitos apresentam dificuldades de tempo, obstáculos a serem

sujeitos da pesquisa em questão, não conseguindo então que a pesquisa

concluísse todos os objetivos.

Procurou-se descrever o tema proposto, disciplina e indisciplina, na

qual foi feita, por alguns autores já citados anteriormente, por isso é uma

pesquisa de caráter também descritiva.

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Mesmo com muitas dificuldades, foi possível coletar dados

suficientes para a relação da mesma, pois educar não é uma tarefa fácil e

principalmente este tema disciplina e indisciplina no Ensino Superior a ser

pesquisado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

CONCEITUANDO OS TERMOS: INDISCIPLINA E LEIS NO ENSINO

SUPERIOR 12

CAPÍTULO II

CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DA INDISCIPLINA E DAS DISCIPLINAS

NAS UNIVERSIDADES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 21

CAPÍTULO III

A EDUCAÇÃO E A QUESTÃO DA DISCIPLINA E INDISCIPLINA PARA

O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO 30

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 41

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INTRODUÇÃO

Observamos que o aumento do grau de indisciplina nas

Universidades do Município do Rio de Janeiro é constante.

As universidades hoje vivem uma situação de tensão, conflito

permanentes que desvia muitas vezes do seu objetivo final, na qual é a

educação que prepara os indivíduos (alunos) para a vida em sociedade.

Existe no Ensino Superior muitos alunos desinteressados, lentos,

sem raciocínio lógico, com tarefas incompletas, trabalhos em grupos onde eles

que querem que os colegas os coloque no grupo, sem ter participação

nenhuma. É óbvio que para esses alunos não é um problema.

No Ensino Superior ocorrem questões desses tipos, que pra mim é

um aluno indisciplinado na qual só pensa em levar vantagens, pois já ocorreu

isto quando eu estava na Graduação.

Para os educadores, isto gera motivos de preocupações, não só

para os professores universitários, mas também familiar. Como agir frente a

esses alunos desinteressados e indisciplinados. Existe o professor que o aluno

ao levantar a voz autoritário para ele, o mesmo se esquiva, porém existe o

professor que também fala mais alto.

Pude vivenciar o aluno autoritário com o professor na avaliação

semestral, pois não gostou da nota que recebeu ou seja a nota que esperava.

O aluno não entende que a educação vem também de casa e que é

uma preparação para a vida em sociedade.como pode um professor

universitário reprimir um aluno indisciplinado severamente, principalmente nos

dias de hoje, com todas essas explosões que acontecem dia após dia, com

determinados alunos que partem até mesmo com violência para cima do

professor, com ameaças de bilhetes que vai pegá-lo lá fora e coisas assim...

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Hoje é complicado chamar a atenção de um aluno universitário,

mesmo sendo este aluno indisciplinado. Observa-se que tanto os pais quanto

os educadores, estão perdendo a autoridade sobre eles. É preciso estabelecer

limites, porém alguns professores não conseguem recuperar a autoridade

numa sala de aula. Nas universidades de Ensino Superior a disciplina é

essencial à educação.

Faz-se necessário conhecer o verdadeiro conceito de indisciplina e

disciplina, as quais a liberdade se perverte em libertinagem e a autoridade em

autoritarismo.

Por muitas vezes, a universidade peca também pela sua maneira de

administrar e assumir novos modelos de existência social.

Quanto mais se atentar à convivência do aluno, mais receptível será

sua avidez, por limites é função do educador em sala de aula, mas nem

sempre o faz, por medo e por achar antipedagógico, gerando problemas entre

alunos e professores com a falta de disciplina.

Esta pesquisa foi dividida em três capítulos, no primeiro capítulo,

serão enfatizados a conceituação e a importância da disciplina e da

indisciplina, toda sua clareza em questionamentos, como por exemplo, o que é

disciplina e indisciplina; a importância e seu posicionamento quanto aos

professores em sala de aula, a relação, as questões vinculadas a falta de

limites.

No segundo capítulo serão aprofundados os conhecimentos sobre

as causas e conseqüências da indisciplina e sobretudo, serão estudadas as

raízes dos problemas daqueles que são rotulados de indisciplinados.

No terceiro capítulo será vista a questão da educação, como tentar

disciplinar e assim averiguar se a indisciplina e a disciplina estão vinculadas à

falta de que? Procurar mostrar que a instituição de Ensino Superior é um

11

ambiente social como outras instituições de ensino. Cabe mostrar a esses

alunos a autoridade de um educador dentro de uma sala de aula e que ali é um

lugar para garantir sua educação e aprendizagem acima de tudo.

Nos últimos anos, têm-se percebido cada vez mais, um considerável

número de professores angustiados com as relações existentes principalmente

dentro das salas de aula. Desinteresse, falta de motivação, apatia e muitas

vezes, agressividade são queixas constantes de colegas educadores. Ao

mesmo tempo, alunos reclamam de seus professores do autoritarismo,

desmotivação e falta de compreensão dos mesmos em sala de aula.

É de fundamental importância tanto o professor quanto o aluno

manterem uma boa relação sendo esta de respeito, afetividade e

disponibilidade, isso refletirá positivamente nos resultados esperados pelo

professor do aluno e do aluno em relação ao professor, com os resultados

desejáveis de ambas as partes atingidas, esse aluno terá condições favoráveis

de aprendizado.

12

CAPÍTULO I

CONCEITUANDO OS TERMOS: INDISCIPLINA E LEIS

NO ENSINO SUPERIOR

A disciplina é indispensável, para que haja interação entre aluno e

professor, principalmente hoje em dia, pois o ensino escolar passa por um

momento crítico, uma vez que a questão indisciplina vem se agravando nas

Universidades do Município do Rio de Janeiro, progressivamente e

conseqüentemente dificultando a relação professor-aluno, mesmo estando no

ensino superior, prejudicando o ensino e a aprendizagem.

Mas afinal o que é disciplina e indisciplina? Comumente entende-se

por disciplina a palavra definida pelos dicionários como Aurélio Buarque de

Holanda define em seu dicionário:

Regime de ordem imposta ou mesmo consentida: ordem que

convém ao bom funcionamento de uma organização; relações de subordinação

do aluno ao mestre, submissão a um regulamento.

Aparentemente, a questão da disciplina é muito simples para alunos

que já estão na universidade, é preciso que prestem atenção às aulas, porém

muitas das vezes ocorreram conversas paralelas, para que tenham um bom

andamento é preciso que esses alunos entendam que o comportamento em si,

dentro de uma sala de aula é viável, mas não é bem assim.

A disciplina diferencia o bem do mal (indisciplina) e procura manter a

conduta do ser humano no caminho do bem. A questão disciplina é bastante

complexa, uma vez que números de variáveis influencia o processo ensino-

aprendizagem.

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No entanto, apesar dessa complexidade, é verdade que sem a

disciplina, não se pode fazer nenhum trabalho pedagógico significativo, resta

saber o que se entende por disciplinas.

Em uma primeira abordagem, pode-se dizer que disciplinar significa

participar do esforço de civilização de um povo e a instituição de ensino

referida nesta pesquisa é de Ensino Superior, nada mais faria que colaborar

com este esforço:

O professor pode simplesmente se concentrar no ensino dos conteúdos pré-estabelecidos e ignorar a existência da indisciplina. Pode inclusive procurar resolver a situação através da avaliação, lançando ua nota baixa ao aluno indisciplinado. A visão prática sobre a educação pode levar o professor a instituir pequenas punições que podem resultar em rápidas mudanças (TORRES, 2008, p. 651).

Ocorre, no entanto, que esta visão é idealista, uma vez que na

verdade não existe civilização em geral, mas formas históricas de civilização.

Portanto, disciplina corresponde a adaptação, a sociedade existente. O que é

importante é equiparar os filhos como um instrumental de relacionamento

social que lhes permitiam interagir positivamente com o mundo. Que ele

compreendam que, se trabalharem e produzirem, poderão usufruir de suas

benesses; que, por outro lado, se somente esperarem que tudo lhes cheque

pronto às mãos provavelmente, terão poucas chances de conseguir o que

almejam.

Em princípio, é com este processo que a escola é chamada a

colaborar, ou seja, participando do adestramento social as condições de

exploração da lógica capitalista.

Sabe-se que a escola é determinada socialmente, mas dentro de

sua contradição, dentro do seu espaço, de sua autonomia relativa, o que vem

fazendo?

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Para a formação de que tipo de sociedade está colaborando? Se o

professor pensa em simplesmente conseguir o silêncio de seus alunos para

poder falar.

1.1. O que é Indisciplina?

O conceito de indisciplina envolve múltiplas interpretações. Um

aluno indisciplinado é em princípio alguém que possui um comportamento

deviante em relação a uma norma. Corresponde a um ato que contraria alguns

princípios do regulamento interno ou regras básicas estabelecidas pela escola.

A indisciplina é uma resposta a autoridade do professor, o aluno

contesta porque não está de acordo com as normas estabelecidas, o professor

consegue motivá-lo suficientemente. É importante destacar que a disciplina não

é fenômeno que ocorre apenas nas universidades públicas e privadas do país.

Assim, a indisciplina tende a ser definida pela sua negação, privação

ou ainda, pela ordem proveniente da quebra de regras estabelecidas

(ESTRELLA, 2002, p. 17).

Para Danke, Gonçalves e Silva (2008), a indisciplina na educação

superior é, mascarada ou velada, com isso dificulta sua percepção e ameniza a

probabilidade de tais expressões. A indisciplina se insurge contra a disciplina,

ou seja, procedimento contra a disciplina.

Relações de subordinação do aluno ao mestre, observância de

preceitos ou normas sob um regimento. Nas universidades hoje, ou seja, para

a maioria dos educadores, disciplina é entendida como define Aurélio, ou seja,

é entendida como adequação do comportamento do aluno àquilo que o

professor deseja, ou seja, disciplina, pois a indisciplina causa em determinados

alunos agressividade.

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Hoje é complicado chamar atenção desses tipos de alunos, pior

quando são alunos universitários, não querem respeitar o professor. O

educador está perdendo sua autoridade. Se, por um determinado semestre, um

aluno tirar em uma avaliação uma nota que não aceite, faz ameaças, com

bilhetes, e o aluno universitário não é diferente dos demais.

Segundo Jusviack (2008),

O conceito de indisciplina é susceptível de múltiplas interpretações. Um aluno ou professor indisciplinado é, em princípio, alguém que possui um comportamento desviante em relação a uma norma explícita ou implícita sancionada em termos escolares e sociais. Estes desvios, todavia, denominados de forma diferente conforme se trate de alunos ou de professores: os primeiros são chamados de indisciplinados, os segundos de incompetentes (p. 13).

Para esse autor, o professor, na sua competência técnica para a

docência, além do domínio de conteúdos deve conhecer várias metodologias

para tornas as aulas atraentes, o que contribui para o enfrentamento da

indisciplina.

Segundo Damke, Gonçalves e Silva (2009), a indisciplina na

educação superior, às vezes, é mascarada ou velada, o que dificulta a sua

percepção, em conseqüência, diminui a probabilidade de amenizar tais

expressões.

Jusviack (2009) afirma que conversas paralelas durante a

explicação, responder o professor com grosserias, brigas entre colegas de

classe ou escola, bagunça, discussão ou enfrentamento com o professor bem

como o não cumprimento das tarefas escolares, entre outras, são atitudes

relacionadas aos alunos que podem ser compreendidas como indisciplina

(Revista de Educação, Vol. XII, nº 13, ano 2009, pp. 71-90).

Segundo Oliveira (1998) chega às salas de aula, especialmente no

ensino superior, o que tem aumentado a indisciplina, o descompromisso para

com os estudos, acrescido à falta de apoio dos gestores, das instituições vem

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acarretando um desgaste emocionalmente muito grande nos professores. Por

sua vez, mais estreito com as novas tecnologias, no cotidiano da prática

docente, acerra o estresse, pois são demandados, às vezes, conhecimentos de

processos complexos, as quais não foram capacitados, além de acarretarem a

intensificação do seu trabalho.

A indisciplina é um dos fatores que mais desgasta os professores,

pois eles sim que perderam sua autoridade sobre os alunos. Em síntese, a

indisciplina reflete a perda de prestígio e do reconhecimento do professor pela

sociedade e, conseqüentemente, pelos alunos (OLIVEIRA E FREITAS, 2008).

1.2. Disciplina e sua Importância no Ensino Superior

Qual a importância esperada da disciplina nas Universidades do

Município do Rio de Janeiro, tanto pública quanto privada? Considera-se que a

disciplina não poderia ser entendida como se tivesse uma finalidade educativa

em si mesma, não pode ser puramente exterior, regulamentos, leis, princípios

governam quase todas as atividades intelectuais, seja nas ciências, artes ou

humanidades.

A disciplina é de uma grande importância, desde crianças devemos

adaptá-las ao mundo, ensiná-las é preciso para que mais tarde, não venha

acarretar um comportamento inaceitável socialmente, quando já em fase adulta

e chegando a extremos perdendo a noção de respeitar o próximo:

Atualmente quando se fala em disciplina pensa-se num conjunto de regras com a finalidade de estabelecer a ordem, assim como as sanções associadas à violação das mesmas. Esta violação conduz à desordem, que define o conceito de indisciplina (ESTRELLA, 1992, p. 78).

Considerando o fato que muito se fala em disciplina é importante

saber que na vida cotidiana das pessoas, a disciplina é essencial. Procura

mostrar que a disciplina no âmbito escolar implica em regras e normas, na qual

é atribuída uma forma em casa e é praticada de outra forma na sala de aula. A

17

disciplina na escola e da família são diferentes da sociedade em que este aluno

do Ensino Superior faz parte. Existem muitos professores que constantemente

ajudam esses alunos para que no futuro se integrem à sociedade.

1.2.1. Como Lidar com Alunos Indisciplinados na Universidade?

Para que haja disciplina, tem-se que excluir a indisciplina, ou seja,

tirá-la da sala de aula, do convívio familiar.

Propõe-se que a instituição de ensino promova discussões,

concordando, discordando, deixando que determinados alunos se expressem

com liberdade, mas com limites. Mesmo sendo aluno universitário é preciso

cativá-lo para que caminhem juntos: os professores e os alunos universitários.

É fundamental que haja diálogo e amor sempre.

A figura do professor dentro de uma sala de aula é importante e que

o aluno entenda, que é ele a autoridade e em casa deve respeitar também os

membros familiares.

O professor ao ensinar aos alunos, procura conversar para redimi-

los de sua condição animal. Com isso, o educador principalmente universitário,

não pode educar sozinho, é preciso que a família o ajude conseqüentemente a

controlar os impulsos agressivos de seus filhos e alunos na escola, pois sala de

aula é lugar de estudar. É preciso que o professor ensine para humanizar.

O ensino se preocupa com o futuro desses alunos indisciplinados,

para lidar com esse tipo de educação, é preciso que haja disciplina onde cada

ser humano possa controlar seus impulsos.

É fundamental que o aluno se torne passível da convivência com a

sociedade.

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1.2.2. Afeto ou autoritarismo?

Faz-se necessário conhecer o conceito de indisciplina e disciplina,

pois sem as quais a liberdade se perverte em libertinagem e a autoridade em

autoritarismo. Pelo que foi pesquisado, a relação professor-aluno antigamente

era de afeto, porém o professor possui autoridade dentro de uma sala de aula.

Com o passar dos tempos, o aluno mudou muito, assim foi

modificada toda a estrutura da própria visão da instituição escolar também, e

assim os professores foram se distanciando. O afeto, isto é, amor, pois quem

ama respeita os outros e a si próprio.

A disciplina dentro de um curso universitário é essencial, mas a

indisciplina é má vista. O educador precisa expressar-se melhor dentro da sala

de aula, procurar organizar o processo ensino-aprendizagem destacando os

comportamentos, reações ambiente em que esses alunos vivem, porém o

autoritarismo desses alunos é um problema de indisciplina numa universidade.

Hoje é um pouco difícil de acreditar, mas existe.

O afeto que tem o professor, não só por determinados alunos é

evidente que cria motivações neste aluno. O amor pela profissão mostra o

afeto, pelos seus alunos, pois não é fácil ser professor, principalmente

universitário. Sendo o educador nosso mediador e facilitador, tem a

responsabilidade no desenvolvimento integral do educando, sendo elo uma

qualidade de vida, isto é, o caminho com amor e afeto para serem felizes. Com

tudo isto torna-se uma finalidade em cada ser humano.

1.2.3. Estratégias para Colocar Limites

Vive-se um período de mudanças constantes no processo educativo,

ou seja, no Ensino Superior. As regras e os limites tem gerado incertezas

quanto a melhor maneira de conduzir a educação dos alunos indisciplinados.

19

Para alguns educadores não é somente universitários, é em geral,

dizem que a falta de limites tem contribuído e muito para a indisciplina nas

Universidades do Município do Rio de Janeiro

Alunos do Ensino Superior não reconhecem no professor sua

autoridade dentro de sala de aula e na qual os tratam com agressividade e

desrespeito. Vários educadores, principalmente do Ensino Superior, dizem que

a indisciplina já vem de longas datas e alegam que a família vem abrindo mão

de sua responsabilidade de educar; que é da família o papel de uma

socialização e cabe a eles, ou seja, aos pais, criar limites, principalmente no

início da vida.

É preciso estabelecer limites, porém alguns pais e até mesmos

certos professores, não conseguem. Observa-se que tanto os pais como os

“professores” estão perdendo suas autoridades, sobre esses indivíduos.

Recuperar a autoridade numa sala de aula no Ensino Superior é essencial à

educação, com isso todos ganham. Deve-se aplicar um sistema educativo para

pôr limites ao aluno tanto pelas descobertas, pela curiosidade,pela avaliação

semestral, bimestral. Propõe-se que esses limites sejam elaborados e

aplicados, pois observa-se que regras quase sempre partem da instituição de

ensino.

É fundamental que o aluno seja inserido neste contexto de regras e

limites, assim levará o aluno à realidade sócio-cultural a que está inserido.

Limites exigem regulamentos, estabelecem regras. Assim os educadores

formarão cidadãos de bens, e esses alunos, serão mais tarde uma contribuição

na formação de uma sociedade baseada na autonomia. Pode-se discordar de

uma avaliação do professor, mas tem que respeitar suas regras, diante de uma

nota, na qual o aluno acha que não a tirou.

Hoje, certos alunos, por estarem no Ensino Superior acham que

podem abordar um professor com autoridade, porém não é bem assim.

Existem limites para tudo nesta vida, e em sala de aula não pode ser diferente.

20

Aluno que retruca, levanta o dedo para o professor universitário está se

colocando de igual para igual com o educador. Estão cada dia mais rebeldes,

sem respeito algum aos que estão ao seu redor.

A instituição de ensino mesmo deteriorada sem recursos deve se

manter na posição central, pois esses alunos indisciplinares precisam de uma

ajuda e não é só corretivos, pois esses alunos dependem da escola para que

ele seja alguém no futuro e que ele possa, mais tarde ser inserido na

sociedade.

21

CAPÍTULO II

CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DA INDISCIPLINA NAS

UNIVERSIDADES

2.1. Quais as Causas da Indisciplina?

Procurando através de pesquisas como está a indisciplina nas

Universidades do Rio de Janeiro, tanto pública quanto privada e foi visto qual o

diagnóstico que essas Universidades buscam para solucionarem essa

desordem, na qual se chama “indisciplina”.

Até o século XVIII, a indisciplina motivava-se a administração de

castigos físicos. Acredita-se que a indisciplina em sala de aula vem de encontro

com a postura do próprio educador, pois para o aluno o professor é o dono do

saber, figura de autoridade em sala de aula, oriundo muitas vezes de uma

educação repressora; e do outro lado, o aluno muita vezes desinteressado,

descompromissado com as aulas, insistindo sempre em descumprir qualquer

norma existente em sala de aula ou até mesmo dentro da Universidade.

São inúmeras causas da indisciplina o Ensino Superior. Existem

alguns conceitos psicológicos que se referem a disciplina e a indisciplina, neste

contexto explica-se que começaram a se estabelecer as primeiras interações

mãe-filho, pois através da satisfação imediata de seus desejos, aprendem a

adiar as gratificações de um processo adaptativo.

Do ponto de vista sócio-histórico, as Universidades são palco de

confluências dos movimentos históricos, do ponto de vista psicológico, ela é

profundamente afetada pelas alterações na estrutura familiar. É importante

fazer uma análise histórica para compreender a realidade do problema em toda

sua dimensão, pois a indisciplina começa nas séries iniciais onde o problema

parece menor, porém pode ser de fato, mas pode também não ter se

22

manifestado em função da pouca idade, já no Ensino Superior, o problema não

é a idade, mas a falta de educação.

Para entender um pouco da indisciplina no Ensino Superior pode-se

começar os estudos pela infância, pois precisa-se sentir o amor desde o início,

é necessário que o aluno receba proteção, segurança e mais tarde, ou seja,

posteriormente, chegue ao Ensino Superior equilibrado emocionalmente e não

cometa nenhum problema de indisciplina.

Alguns professores têm a indisciplina como uma situação problema,

como se não existisse, para alguns desses educadores, só é preciso tomar

certas atitudes sistematicamente, pois ajudaria bastante o aluno a crescer.

2.1.1. Causas da Indisciplina Internas e Externas

Podem ser caracterizados por grupos essenciais:

§ Causas da indisciplina interna – a influência inclui o ambiente

familiar, escolar, condições de ensino e aprendizagem, as

diversas formas de relacionamentos interpessoais, o perfil dos

alunos universitários e sua capacidade de adaptar-se as

regras da universidade a qual estudará, a própria relação

professor/aluno.

§ Causas da indisciplina externa – a violência social, as causas

mais evidentes são: o ambiente em que vivem e o ambiente

escolar, o meio de comunicação etc.

Portanto, os alunos habitam diversos motivos para a indisciplina e as

formas de intervenção disciplinar que o professor adota para reforçar ou

mesmo gerar modos de disciplina à esses alunos universitários.

23

2.2. Conseqüências da Indisciplina

Ações tomadas pelo professor em sala de aula como conseqüência

da indisciplina no Ensino Superior. O educador reflete sobre a própria postura

em sala de aula, procura fazer mudanças nas práticas pedagógicas, tenta algo

novo, pois está numa sala de aula do Ensino Superior. O educador procura

melhorar a qualidade de suas aulas, toma algumas providências, como:

• Procura alterar a relação professor/aluno universitário.

• Aceita as reivindicações dos alunos sobre a questão da

avaliação.

• Aplica a empatia com técnicas de dinâmicas.

Há outras providências tomadas elos professores universitários:

• Explica a importância desse aluno estar fazendo a faculdade

e que com a indisciplina, mesmo sendo um aluno

universitário, está desperdiçando dinheiro que está gastando

com as mensalidades, pois é informado que no mercado de

trabalho a seleção é dura, isso sem considerar o desperdício

do aprendizado também.

• Cria-se situações em que o aluno se vê obrigado a modificar

seu comportamento demonstrando sua importância no grupo

e valorizando sua presença na sala de aula como um aluno

importante, não só para o seu aprendizado, mas também no

grupo todo.

• Propõe-se aos alunos analisar cada nota de suas avaliações,

pois alguns alunos, mesmo o Ensino Superior, não aceitam

determinada nota.

Procurar encontrar simplesmente um meio, para que não venha ter

conseqüências graves na relação professor/aluno, pois muitos pensam que na

universidade não existe isso, estão meramente enganados, pois existe e muito

24

até mesmo, alunos que partem para cima do professor com violência, criando

uma situação muito complicada, pois esses alunos já vem de longas datas com

esses vícios, porém envolve a formação do caráter desse aluno e sua

consciência, que talvez, para ele, não signifique nada.

Caso o educador não procure organizar-se a partir desse desafio,

que é a indisciplina, as conseqüências virão mais tarde com ações dos alunos

criando situações problema dentro de sala de aula.

Conseqüentemente, o professor universitário precisa estar

preparado para discussões, trocas, reflexões, soluções conjuntas, estimulação,

orientação e procura, a participação de ambos os lados ao processo de

decisão em sala de aula, pois o professor favorece o desenvolvimento da

iniciativa e da autonomia do educando.

As conseqüências desse ato indisciplinar de determinado aluno, leva

a um caminho cheio de atitudes de desrespeito diante do professor. Ensinar

não é fácil, educar é mais difícil ainda.

2.3. As Diferentes Causas que a Indisciplina pode ter

Algumas causas indisciplinares no Ensino Superior destaca-se por

problemas pontuando e enfatizando que esta situação não é responsabilidade

exclusiva da instituição e ensino, na qual o aluno estuda, isto já vem de longas

datas.

Alguns autores citam algumas causas de indisciplina: “Na

indisciplina, os principais atingidos são os professores e os alunos,

prejudicando a aprendizagem dos mesmos:

O conceito de indisciplina é susceptível de múltiplas interpretações. Um aluno ou professor indisciplinado é em princípio alguém que possui um comportamento desviante em

25

relação a uma norma explícita ou implícita sancionada em termos escolares sociais. Estes desvios são, todavia, denominados de forma diferente conforme se trate de alunos ou de professores, os primeiros são chamados de indisciplinados e o segundo de incompetentes (JUSVIACK, 2009, p. 13).

Para esse autor, o professor na sua competência técnica para a

docência além do domínio de conteúdos deve conhecer várias metodologias

para tomar as aulas atraentes, o que contribui para o enfrentamento da

indisciplina.

Para Torres (apud Damke; Gonçalves; Silva, 2008), o esvaziamento

em sala de ala, a inquietação dos alunos, o silêncio, por não existir diálogo com

o professor e a indiferença em produzir o mínimo para a aprovação, são

expressões de indisciplinas que são percebidas pelos professores.

Segundo Jusviack (2009), o aluno apático e descomprometido que

se anula, pode estar manifestando uma forma de reagir as normas ou regras, o

que pode ser considerado uma forma de indisciplina. Por isso, pode se afirmar

que são várias as manifestações de indisciplina que podem ser percebidas pelo

professor no Ensino Superior.

De acordo com Oliveira (2008), os professores vêem na indisciplina

um elemento capaz de alterar o desenvolvimento da aula e de impedir que

sigam lecionando.

Talvez os alunos apresentem dificuldades em entender o significado de determinados conteúdos e assim manifestam a falta de compreensão através da indiferença com o professor e com a aula. Nessa situação provoca atrito nas relações estabelecidas, o que poderia fomentar a indisciplina, pois algumas vezes os professores sentem dificuldades em administrar determinados conflitos, principalmente no Ensino Superior, como a indiferença manifestada pelo aluno (DAMKE; GONÇALVES; SILVA, 2008, p. 4).

“A indisciplina envolve a reflexão e até a disposição para alterar o

currículo. Ainda assim a experiência que o professor vivencia, suas angústias,

26

suas possibilidades de solução, suas relações inter e intrapessoais, entre

outras” (TORRES, 2008, p. 650).

2.4. Indisciplina para o Professor Universitário

Para o professor do Ensino Superior, a indisciplina muitas vezes são

reações inadequadas. O objetivo do educador em sala de aula é, com certeza,

intervir no vínculo com objetivo de transmitir conhecimento para aquele aluno,

porém este não aceita a sua auto-estima está em baixa.

Par ao professor, as atitudes indisciplinares do aluno numa

universidade é uma reação natural, talvez seja as constantes críticas e

repressões dos pais, professores assim quando chegam a universidade, já com

esses vícios de indisciplina, por isso não consegue adaptar-se no meio em que

está vivendo atualmente, que é a sala de aula do Ensino Superior.

Mesmo buscando soluções para a indisciplina, o professor

universitário interroga-se:

Ø O que leva um aluno, já adulto, ou seja, na fase adulta, numa

universidade ser indisciplinado?

Ø Por que um aluno na universidade é indisciplinado?

Ø Será que a indisciplina está relacionada a dificuldade de

alguns alunos por parte de alguns pais?

Essas questões partem de hipóteses, como a indisciplina é

decorrente das questões sociais ou talvez falhas na dinâmica familiar.

Interroga-se nesta pesquisa, a indisciplina para o professor

universitário é questão de que?

27

O ato indisciplinado por parte de um aluno indisciplinado é enfim

uma força de que neste caso a indisciplina precisa ser trabalhada, e que

precisa explicitar a que veio.

Hoje a pergunta deveria ser dessa maneira: Por que os alunos não

respeitam ou obedecem seus professores, será que pensam, que estando na

universidade não precisam respeitá-los, porém não é bem assim. O professor

precisa ser respeitado, porém alguns alunos os respondem com conduta

arrogante:

As reflexões sobre a gênese da indisciplina na educação superior é uma experiência. A gênese do fenômeno sendo situada fora da relação concreta entre professor/aluno (TORRES, 2008, p. 650).

As conseqüências, muitas vezes são, por parte também de certas

universidades, pois elas pecam na maioria das vezes pela incapacidade em

assumir e administrar novos modelos de existência social, existem hoje muitos

recursos, mas preferem que fiquem no escuro. Para muitos é melhor não vê e

isso dificulta a probabilidade de amenizar.

Segundo Salomé, o aluno do ensino noturno é uma frente na era do

conhecimento. Vamos ensinar os alunos mesmo estando, numa universidade a

controlar seus impulsos em sala de aula.

O poder disciplinar se caracteriza pela vigilância de (olhar

hierárquico), pelas sanções e pelo exame (Foucalt). Em sua visão, Foucalt diz

que a indisciplina faz parte da estratégia de poder, é gerada pelos mesmos

mecanismos de controle. Exemplificando temos “a cola” que só faz sentido no

modelo de avaliação, na qual o aluno percebe sua falha no olhar do professor

mesmo estando no Ensino Superior e, neste caso, o professor tem o direito e

talvez o dever de anular aquela avaliação do bimestre ou semestre.

28

Portanto, a indisciplina também vem de uma cola em sala de aula no

Ensino Superior. A indisciplina insurge contra a disciplina, por isso é importante

ressaltar que a indisciplina para o professor universitário não é bem vinda.

2.4.1. Problemas Enfrentados pelos Professores Universitários

com a Indisciplina

Hoje está em evidência o chamado bullying, palavra que vem do

verbo em Inglês, bully, que significa intimidar, tiranizar.

De uma maneira ou outra, isso não é uma agressão perigosa, porém

deixam as pessoas isoladas, porque são agredidas psicologicamente e com a

auto-estima rebaixada.

Basicamente este problema vem do antigo “apelido”, para os

brasileiros, pois isto já vem de longas datas e o professor sempre tentando

conciliar, pois este problema de bullying é uma forma de indisciplina e que

chegou às Universidades do Município do Rio de Janeiro tanto públicas quanto

privadas.

Percebe-se que um dos fatores que contribuem com o aumento dos casos de violência em forma de bullying são os maus tratos, ou seja, maus exemplos dados pela mídia. Os estudantes estão expostos à violência escolar, nos lares e na comunidade. É necessário que seja respeitado os direitos humanos, segurança nos lares, que eles sejam livres da violência e que esses alunos tenham proteção, amor e carinho, enfim, um cotidiano estável, pois não somos obrigados a convivermos com esse tipo de manifestação. Cabe a instituição de ensino pensar na importância da articulação dos professores e pais que algumas vezes nem percebem que seus alunos ou filhos são alvos de algum tipo de bullying (www.foz.unioeste.br acessado em 19/05/2011).

O bullying se concentra na combinação entre a intimidação e a

humilhação das pessoas, ou seja, em sala de aula dos alunos até mesmo

dentro da universidade em que estuda. Este tipo de problema, ou seja, de

29

comportamento é analisado geralmente pelo Conselho Pedagógico da

Instituição de ensino, na qual o aluno estuda.

Outro tipo de problema enfrentado por professores universitários

parecem banais, porém não é bem assim pois existe o comportamento

inapropriado de alunos atrapalhando o andamento da aula com conversas

paralelas, falta de atenção, o desrespeito ao professor quanto ao uso de

celulares ligados e equipamentos eletrônicos em sala de aula, meso no Ensino

Superior.

Existem vários tipos de problemas, como por exemplo, numa

palestra, um professor convidado de outra universidade, não se conseguia

entender o que se pronunciava, pois eram conversas paralelas constantes. O

professor convidado, com certeza, acreditou ser uma falta de educação e

desrespeito para com quem estava ali presente no intuito de assistir seriamente

a palestra:

Estamos presenciando um momento da história em que a violência está cada vez mais presente na nossa sociedade. Vivemos uma época repleta de incertezas, tensões, falta de valores, com a perda da noção de limite entre o bem e o mal. Esses conceitos regem, justamente, o nosso comportamento em âmbito social (ARRIETA, 2000, p. 84)

O Ensino Superior parece ter entrado definitivamente para a fase da

massificação que os ensinos de níveis inferiores há muito mais tempo. O que

faremos agora? O problema é que a indisciplina pode provocar a alteração do

desenvolvimento das aulas. De acordo com Oliveira (apud Jusviack, 2008), os

professores vêem a indisciplina como um elemento capaz de alterar o trabalho

pedagógico que havia planejado a fazer em sala de aula, ou seja, o trabalho

pedagógico que deveria ser realizado.

30

CAPÍTULO III

A EDUCAÇÃO E A QUESTÃO DA DISCIPLINA E

INDISCIPLINA PARA O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

3.1. Eis a Questão: Disciplina e Indisciplina

Devido a grande demanda de educadores, que buscam esclarecer e

compreender a questão da disciplina e da indisciplina no tocante do Ensino

Superior é preciso entender e definir o que é educação, para que todos possam

conseguir chegar a algum lugar, ou seja, interagir até mesmo na comunidade e

não só em sociedade.

As questões disciplinas têm ocupado um espaço cada vez maior no

nosso cotidiano e até mesmo nas instituições de Ensino Superior em nosso

país. Hoje em dia há uma insatisfação muito grande decorrente a essas

questões indisciplinares.

A indisciplina na educação procura mostrar se na escola não é lugar

de aluno indisciplinado, e sim que precisa de um aluno de comportamento

adequado às regras e normas da instituição de ensino, tanto que, quando

ingressamos em uma graduação, assinamos um contrato e nele consta suas

regras e normas na qual a indisciplina não é bem vinda.

Há uma série de questões como abandono, doenças, principalmente

nervosa. Assim é o quadro do magistério, por essas questões e outras, é sem

dúvida uma tarefa muito difícil educar, pois a educação é para toda a vida.

Para alguns, a indisciplina interfere na educação de uma maneira

muito triste e que nos reserva um longo caminho a ser percorrido para que se

consiga a disciplina. A indisciplina refere-se a rebeldia, desobediência,

agressão, desordem, existe outros olhares de forma diferente sobre a

indisciplina, na qual é vista como uma carência no meio ambiente, por

31

exemplo, muitas vezes a parte psíquica do aluno, principalmente, no Ensino

Superior, pois é difícil para tal e que se faz com isso um aluno indisciplinado. A

educação para este aluno não é bem vista, não consegue perceber o quanto é

importante para sua vida. Haja vista que, o aluno indisciplinado não

corresponde às expectativas, leis e normas estabelecidas, mesmo estando em

uma instituição de Ensino Superior.

Para a sociedade em geral é fácil ensinar e educar, porém não é

bem assim, pois a educação vem de berço, ou seja, de casa (família), o

professor só aprimora esta educação.

Tudo isso, a falta de educação, o mal aprendizado e outras

questões, ou seja, outros fatores principalmente dentro de sala de aula já vem

do início da vida em si.

O professor em sala de aula tenta ajudá-lo, porém na Universidade

já fica mais difícil, a mentalidade desses alunos já estão com certos vícios,

tanto que existem alunos disciplinados e alunos indisciplinados. É importante a

disciplina e para tal precisamos da educação como uma questão essencial em

na vida. Sendo assim, o indisciplinado é aquele que insurge contra a disciplina.

3.2. O que é Disciplinar um Aluno no Ensino Superior

Consiste no ato de “sujeitar” ou submeter à disciplina. Existem

outros conceitos como, por exemplo, fazer obedecer, ou ceder, acomodar,

sujeitar, corrigir, procurar disciplinar os instintos selvagens do educando, ou

seja, do aluno, porém para isso é preciso que ambas as partes tenham um bom

convívio principalmente familiar, quanto por parte dos professores o

relacionamento é de diálogo, compreensão, afetividade, é preciso junto a tudo

isso e mais um pouco, só assim haverá uma disciplina entre professor, aluno e

família. Pode ser citado:

32

Art. 19. Disciplinar – Responsabilidade civil e criminal. A aplicação da sanção disciplinar não exime o aluno de responsabilidade civil e criminal. Art. 20. Anulação de actos administrativos – Nos termos da lei, a Universidade da Madeira reserva-se de proceder a anulação de actos administrativos como a emissão de certidões de conclusão de curso, se detectar que tais actos sofrem vício de vontade (Regulamento Disciplinar dos alunos da Universidade da Madeira, alínea ‘c’ do número 2 do artigo 75 da Lei nº 62/2007 de 10/09/2007).

Disciplinar é preciso, porém deve-se fazê-lo enquanto criança, pois

esses ao chegarem na fase adulta será mais difícil, tanto para os pais quanto

aos professores, principalmente aos que chegaram em uma Universidade.

Numa sala de aula tem que haver disciplina, não é viável

indisciplina, mesmo estando no nível superior. Por isso é ainda indisciplinável

aquele aluno que pode ser disciplinado. Ao ensinar os alunos no início e

controlar seus impulsos em sala de aula, quando este aluno chegar em uma

Universidade não haverá problema algum de ambas as partes, pois ensinar é

humanizar. Hoje o ensino preocupa, pois o futuro da humanidade inclui a

educação e que sem ela não se chegará a lugar nenhum.

A educação é prioridade na vida do indivíduo e com isso possa

haver disciplina e não indisciplina, onde cada ser humano possa ser capaz de

controlar seus impulsos agressivos e que se torne um bom cidadão possível à

convivência em uma sociedade ou em uma família. Existe atitudes

indisciplinares do aluno universitário, pois para ele é uma coisa natural.

O psiquiatra Daniel Sampaio (2007) considera a permissividade dos

pais um risco e acredita que é fundamental saber dizer “não”.

A forma de educar mudou por isso o que está faltando na nossa educação e dos nossos alunos? O que falhou ou está a falhar? Os pais de hoje em dia esquecem-se que a disciplina na educação é tão importante como o amor. Não devemos ter autoritarismo, não resulta. Disciplinar é preciso, porém a autoridade é crucial, e deve basear-se numa relação continuada de empatia, sentido do outro e confiança. E não se pode ser tolerante com algumas coisas: tudo o que ponha em

33

risco a segurança dos filhos não deve ser tolerado pelos pais (SAMPAIO, 2007, p. 13).

Portanto, é preciso disciplinar para ter-se uma breve apresentação do conteúdo

do projeto destinado à uma disciplina

(http://pt.wikepedia.org/wiki/ementa_www.pucrs.br/gpt/ementa.php.marcode201

1).

Na verdade, adaptação de um aluno na universidade é lenta e difícil,

pois ele está chegando em uma universidade em ambiente desconhecido, não

conhece o processo de ensino, as leis e regras desta instituição de Ensino

Superior, pois é tudo novo para este aluno. Há uma longa caminhada para ele.

Disciplinar não é tarefa fácil, principalmente em uma Universidade

aonde o indisciplinado já vem com vícios. É preciso que o profissional da

educação mostre explicitando para que veio.

3.3. Relação Professor-Aluno Universitário

A relação professor-aluno é muito importante na educação do nosso

país e conseqüentemente em sala de aula ou até mesmo fora dos horários de

aula. É preciso destacar neste contexto o comportamento desses alunos na

qual são adversos à disciplina.

Há diversas reações tanto num ambiente familiar e nas instituições

de ensino, tanto públicas quanto privadas e também no ambiente de uma

comunidade, sociedade onde quer que este educando viva.

Deve-se procurar minimizar o problema da relação professor e

aluno, principalmente na universidade, pois é importante ambos interagirem,

com isso todos saem ganhando.

É complicado esta relação, pois alguns alunos já chegam com vícios

que, por vezes, são de longas datas. Hoje os alunos estão cada vez mais

34

rebeldes mesmo estando em uma universidade, existem muitos alunos mal

educados, assim como existem alunos educados. Aquele que não respeita um

professor e os colegas de classe, ou mesmo aqueles que estão ao seu redor, é

muito difícil para a sociedade aceitá-los. Existem muitas controvérsias sobre a

indisciplina e a relação professor-aluno que já acumulam-se a décadas. O

professor também precisa acreditar naquilo que se propôs ao fazer seu

juramento quando estava se formando na graduação. Para alguns professores

o caminho é longo, pois este processo é difícil para que possam chegar a seus

objetivos e ter a compreensão de muitos alunos.

Tentar para esta relação o mais apropriado é o diálogo entre o

professor e o aluno, principalmente no Ensino Superior, assim haverá

motivações tanto para o educador como para o educando.

A falta de diálogo entre professores e alunos inibe a formação de

veículos entre eles e isso dificulta o repasse do aprendizado. O entusiasmo e a

motivação são sinônimos interligados ao relacionamento de docentes e

discentes. O aluno universitário acha-se castigado com uma baixa nota e isto

gera discussão entre professor-aluno ou até mesmo com colegas de classe.

A relação professor-aluno mudou muito, assim foi modificada a

própria visão da instituição de Ensino Superior. A indisciplina dentro de uma

sala de aula é um fator visto de maneira diferenciada pelo professor. A

disciplina em sala de aula, principalmente, em uma universidade depende de

um conjunto de regras, na qual permite que o educador se organize em relação

ao processo ensino-aprendizagem.

Deve ser destacado que uma boa relação professor-aluno gera bons

comportamentos, reações, motivações e satisfações no ambiente de trabalho,

ou seja, em um ambiente escolar.

As expectativas do professor, principalmente, na universidade sobre

o desempenho dos alunos podem funcionar como uma “suposição de auto-

35

realização”, isto é, o aluno de quem o professor espera menos é o que realiza

menos, ao passo que aqueles de quem se espera um bom desempenho

acabam, na realidade, por apresentá-lo. Os papéis desempenhados pelo

professor de ensinar, transmitir e dominar; e pelo aluno de aprender, receber

passivamente e obedecer devem ser mudados.

Assim, a instituição de ensino poderá efetivamente atender a sua

mais elevada finalidade: permitir o aluno a chegar ao conhecimento. É possível

que a relação professor-aluno se concretize dia a dia em sala de aula. O

professor é o facilitador do conhecimento, o professor se destaca como um

guia par ao aluno mesmo sendo aluno já em fase adulta e estudando em uma

universidade. O professor faz com que o aluno crie seu próprio raciocínio,

trocando idéias, seja ela consciente e crítica. Sabe-se que o professor interfere

positivamente ou negativamente na vida dos alunos, podendo inclusive

contribuir na forma do aluno ver o mundo, agir e tomar decisões.

A relação professor-aluno. Penso ser de crucial importância, pois é justamente neste encontro entre professor-aluno, que ambos obterão o verdadeiro significado do aprender. Aprender para ser um ser humano melhor e questionar o que é ser melhor, o que é ser ético (Fonte: www.planetanews.com/news/2004/10142 de 14/07/2004 e acessado em 11/05/2011).

A relação entre ambos é fundamental, porém o professor deve ter

cuidado para que não confundam sua relação professor-aluno. Deve-se como

professores universitários ter a responsabilidade para que nada atrapalhe o

desempenho em sala de aula, como foi citado anteriormente, mesmo sendo no

Ensino Superior.

O professor não pode exigir de um aluno universitário o mesmo

comportamento da sala de aula quando encontrá-lo fora dela. É preciso que se

conheçam um pouco e com isso, manter o diálogo sem autoritarismo e consiga

com tudo isto a aprendizagem de seus alunos.

36

CONCLUSÃO

A partir desta longa pesquisa, pude vivenciar quanto é complexo o

tema em questão, ou seja, Disciplina e Indisciplina nas Universidades do

Município do Rio de Janeiro.

Buscamos muitos pesquisadores na qual pude verificar como seus

pensamentos são diferentes, e assim a pesquisa encontrada foi dando ênfase

ao tema em questão, na tentativa de buscar respostas.

Foi percebido que certos vícios já vêm desde a infância e chegando

ao Ensino Superior querer modificá-lo, ou seja, tentar que o aluno mau

educado é muito difícil, pois envolve muitos fatores, principalmente a conduta

do professor até mesmo sua prática pedagógica e talvez a prática da própria

instituição de ensino.

A falta de diálogo entre professor e aluno inibe a formação de

veículos entre eles e isso dificulta o repasse do aprendizado.

Foi percebido que vivemos uma época marcada pela inversão de

papéis de valores sendo assim, que uma educação firmada por uma aliança

entre a família, professor e aluno permeada de valores como o amor, por

exemplo. O professor e o aluno devem ser aliados numa sala de aula, o aluno

por si tem que haver e ter respeito pelo professor, assim é possível possuir um

caminho para a solução da indisciplina no ensino superior.

Podemos refletir que o professor universitário tem uma tendência a

acreditar em melhoras, pois é isso que motiva um professor a continuar

lecionando.

Acreditamos que não seja possível comparar comportamentos

passados com o atual, pois a percepção será que no passado era sempre

melhor que agora? Mas na verdade as mudanças devem ocorrer em todos os

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aspectos principalmente da relação professor-aluno. Vivenciei que a evolução é

forma natural e que nós, seres humanos, vivemos dentro dela.

Apesar de vivermos numa sociedade nova em que o respeito não se

impõe como antigamente, porém devemos tentar pelo menos conquistá-lo. O

aluno não percebe que o mercado de trabalho principalmente nos dias de hoje

exige padrões de comportamentos compatíveis como a moral e a ética.

Podemos observar que a partir do momento que o aluno

universitário toma consciência de seu papel e da importância do seu

comportamento, estudos melhoram o seu aprendizado, ou seja, tudo fica mais

aprazível.

Existem várias formas de fazer com que o aluno acredite nele

mesmo, mostrando a si própria como é importante ter disciplina e assim sua

vida tende a melhorar a cada dia.

É importante que haja disciplina e não indisciplina, a educação deve

e tem que ser valorizada, fica mais fácil, para ambos: professor e aluno. Ser

professor é difícil, pois tem que ter vocação, assim será uma profissão

gratificante.

Através desta pesquisa verifiquei os problemas que o professor

universitário tem com a indisciplina. O professor mesmo experiente, passa, por

certas dificuldades com alunos indisciplinados.

Foi possível descrever alguns casos de indisciplina que vivenciei na

graduação em sala de aula, quando fazia História. Verifiquei como um

professor do ensino superior tenta levantar dados de como solucionar a

indisciplina em sala de aula no ensino superior.

Houve por parte do professor casos de indignação, tristeza, enfim

levantei também as emoções frente a indisciplina dos alunos.

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Esta pesquisa me possibilitou a compreender a visão dos

professores em relação a indisciplina no ensino superior, na qual o que é

importante mesmo é termos disciplina. A falta de educação, de respeito, a

irresponsabilidade do aluno, a desvalorização do professor universitário, o

excesso de liberdade gera um todo, em que as conseqüências vem mais tarde.

Buscou-se compreender que o processo é longo e deve ser trilhado

com tranqüilidade e serenidade, e o professor universitário visar vencer os

desafios encontrados pelos caminhos.

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BIBLIOGRAFIA

DAMKE, A. Gonçalves; SILVA, J. P. Indisciplina na Educação. Análise das

relações Interpessoais. Petrópolis: Vozes, 2008.

ESTRELA, M. T. Relação Pedagógica, Disciplina e Indisciplina na Aula. 3ª

ed., Lisboa: Porto Codex, 1994.

FREITAS, M. V. T. Ensino Superior. Políticas Contemporâneas. São Paulo:

Cortez, 1998.

OLIVEIRA, R. L. G. Dissertação Mestrado em Educação. Curitiba:

Universidade Tuiuti Paraná, 2004.

TORRES, R. Indisciplina na Educação Superior. In: Seminário Indisciplina na

Educação Contemporânea. Curitiba: UTP, 2008.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Disciplina: Construção da Disciplina

Consciente e Interativa em Sala de Aula. São Paulo: Libertad, 1995.

40

WEBGRAFIA

http://www.planetanews.com/news/2004/10142 de 14/07/2004. Acessado em

11/05/2011.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I Conceituando os Termos: Indisciplina e Leis no Ensino Superior 12 1.1. O que é Indisciplina? 14 1.2. Disciplina e sua Importância no Ensino Superior 16 1.2.1. Como Lidar com Alunos Indisciplinados na Universidade? 17 1.2.2. Afeto ou Autoritarismo? 18 1.2.3. Estratégias para Colocar Limites 18 CAPÍTULO II Causas e Conseqüências da Indisciplina nas Universidades 21 2.1. Quais as Causas da Indisciplina? 21 2.1.1. Causas da Indisciplina Internas e Externas 22 2.2. Conseqüências da Indisciplina 23 2.3. As Diferentes Causas que a Indisciplina pode ter 24 2.4. Indisciplina para o Professor Universitário 26 2.4.1. Problemas Enfrentados pelos Professores Universitários com a Indisciplina 28 CAPÍTULO III A Educação e a Questão da Disciplina e Indisciplina para o Professor Universitário 30 3.1. Eis a Questão: Disciplina e Indisciplina 30 3.2. O que é Disciplina. Um Aluno no Ensino Superior 31 3.3. Relação Professor-Aluno Universitário 33 CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 39 WEBGRAFIA 40 ÍNDICE 41