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CURSO CURSO CURSO CURSO GESTÃO EM AUDITORIA E PERICIA AMBIENTAL DISCIPLINA DISCIPLINA DISCIPLINA DISCIPLINA AUDITORIA AMBIENTAL PROFESSOR PROFESSOR PROFESSOR PROFESSORA CLEIVA S. MATIVE

DISCIPLINA - pos.ajes.edu.br · A auditoria ambiental, conforme a NBR ISO 14001 (BOGO, 1998) consiste em processo sistemático de inspeção, análise e avaliação das condições

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GESTÃO EM AUDITORIA E PERICIA

AMBIENTAL

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AUDITORIA AMBIENTAL

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CLEIVA S. MATIVE

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Av. Gabriel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000 www.pos.ajes.edu.br – [email protected]

Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático. De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.

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AUDITORIA AMBIENTAL

Introdução

A partir da conscientização de que os recursos naturais são esgotáveis, o que teve

início ainda na década de 50, o homem passou a preocupar-se com o meio ambiente e

empresas que o degradam tem sido responsabilizadas e cobradas pela sociedade e,

principalmente, pelos governos a obterem um equilíbrio entre as suas atividades

empresariais e o meio ambiente.

Conceito de Meio Ambiente

O meio ambiente, seguindo Milaré (2000) não pode ser confundido simplesmente com o espaço que cerca os indivíduos, mas como a combinação de coisas e fatores externos a estes indivíduos ou a população de indivíduos em questão, ou seja suas relações e alterações. Observe-se que os custos para a obtenção do equilíbrio entre os interesses econômico-

financeiros e a preservação ambiental são consideráveis e, a princípio, constituíram-se

em um obstáculo às ações das empresas para a preservação ambiental e à reparação

dos danos causados ao meio ambiente. Atualmente, estas ações, cobradas pelos

governos e pela sociedade, inclusive pelo mercado internacional são tidas pelas

organizações como um diferencial de competitividade.

As empresas para cumprirem adequadamente com sua responsabilidade em termos

de preservação ambiental, atenderem às legislações, normatizações e certificações

que surgiram em decorrência destes fatores têm implantados os Sistemas de Gestão

Ambiental - SGA, os quais são acompanhados de Auditoria Ambiental.

Conceitos de Auditoria Ambiental

A auditoria ambiental, conforme a NBR ISO 14001 (BOGO, 1998) consiste em processo sistemático de inspeção, análise e avaliação das condições gerais ou especificas de uma determinada empresa em relação a fontes de poluição, eficiência dos sistemas de controle de poluentes, riscos ambientais, legislação ambiental, relacionamento da empresa com a comunidade e órgão de controle, ou ainda do desempenho ambiental da empresa. Para La Rovere (2001, p. 13) a auditoria ambiental pode ser definida como:

um exame e/ou avaliação independente, relacionada a um determinado assunto, realizada por especialista no objeto de exame, que faça uso de julgamento profissional e comunique o resultado aos interessados (clientes). Ela pode ser restrita aos resultados de um dado domínio, ou mais ampla, abrangendo os aspectos operacionais, de decisão e de controle (LA ROVERE et al., 2001, p.13).

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De acordo com a NBR ISO 14010 (ABNT 1996c), auditoria ambiental é o processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para comunicar os resultados deste processo ao cliente.

Observa-se diante dos conceitos citados que a auditoria ambiental diz respeito a um

conjunto de ações sistematicamente organizadas, as quais buscam verificar e avaliar a

relação entre as atividade econômico-financeiras e o meio ambiente e, mediante estes

exames, possibilitar à administração a adoção de medidas corretivas às fragilidades

observadas em relação a problemas ambientais.

Histórico

O surgimento da auditoria ambiental se deu ao final dos anos 70, nos Estados Unidos e tinha como objetivo principal verificar a conformidade com a legislação. Nesta época a auditoria ambiental era vista pelas organizações como uma ferramenta de gestão, que contribuía para minimizar os custos com preservação ambiental e as preparavam para as inspeções da Environmental Protection Agency – EPA, órgão governamental que inicialmente requeria a a implantação de programas de auditoria ambiental a qualquer empresa que causasse danos ao meio ambiente, passando ao papel de incentivador de auditorias voluntárias, fornecendo assistência a programas de auditoria ambiental. Em 1985, na Holanda, as filiais de matrizes norte-americanas passaram a disseminar a prática da auditoria ambiental para outros países da Europa, como Noruega, Suécia e Reino Unido. Neste último, em 1992 surgiu a primeira norma de sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), a qual se baseou na BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, normatizando assim a auditoria ambiental. A seguir, França e Espanha apresentaram também suas normas de sistema de gestão ambiental e de auditoria ambiental. A partir de 10 de abril de 1995 entra em vigor o Regulamento da Comunidade Econômica Européia - CEE no 1.836/93, que trata do sistema de gestão e auditoria ambiental da União Européia (Environmental Management and Auditing Scheme -

Emas).

No Brasil, a legislação sobre a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez no início da década de 90, por meio da publicação dos seguintes diplomas legais sobre o tema: a) Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP; b) Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro; c) Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais; d) Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo; e) Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/ 92; e

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f) Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo. A criação, em 1991, do Strategic Advisory Group on Environment – Sage deu início a discussão internacional da auditoria ambiental sobre base normalizada, alcançando em 1994 o âmbito da ISO com a divulgação dos projetos de norma dentro da série ISO 14000, as quais em 1996 alcançam a categoria de normas internacionais, sendo adotadas pelos países participantes da ISO. Neste mesmo ano a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT apresentou as NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental.

Objetivos da Auditoria Ambiental

A auditoria ambiental tem como objetivo caracterizar a situação da empresa para fornecer um diagnóstico atual no que diz respeito a poluição do ar, águas e resíduos sólidos, favorecendo a definição das ações de controle e de gerenciamento que deverão ser tomadas para proporcionar a sua melhoria ambiental (RODRIGUES, 2007).

A auditoria fornece recomendações de ações emergenciais, de curto, médio e longo prazo que deverão ser tomadas para proporcionar a melhoria ambiental da empresa. De forma sucinta, pode-se dizer que a auditoria ambiental compara resultados com expectativas ambientais (RODRIGUES, 2007).

A Auditoria Ambiental é de fundamental importância para o Sistema de Gestão Ambiental – SGA, sendo realizada periodicamente a partir da implantação do SGA, diante de uma perspectiva de melhoria continua. De acordo com Siqueira (2001) a auditoria ambiental também poderá ser utilizada para detectar as áreas de risco e falta de aderência às normas e legislação ambiental vigente Neste sentido, a auditoria ambiental pode contribuir para a melhoria da performance ambiental.

FORMAS DE AUDITORIAS AMBIENTAIS Segundo Rodrigues (2007) as formas de auditoria ambiental são: • Auditoria dos impactos ambientais: – nesta forma de auditoria é realizada a avaliação dos impactos ambientais no ar, água, solo e comunidade de uma determinada fábrica ou de um determinado processo visando minimizar os impactos ambientais por meio da oferta de subsídios para ações de controle da poluição. • Auditoria dos riscos ambientais: – nesta auditoria faz-se uma avaliação dos riscos ambientais já existentes ou potenciais de uma unidade industrial ou de um processo industrial especifico. • Auditoria da legislação ambiental:

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–é feita uma avaliação da situação ambiental de uma determinada unidade industrial ou organização quanto à conformidade com a legislação vigente. • Auditoria de sistemas de gestão ambiental: – É uma avaliação sistemática para assegurar se o sistema da gestão ambiental e o desempenho ambiental de uma entidade estão de acordo com sua política ambiental, e se o SGA é eficaz para atender aos objetivos ambientais da organização. – A auditoria do SGA é uma ferramenta de gestão, compreendendo uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre como os equipamentos, gestão e organização ambiental estão sendo eficazes e se há o cumprimento dos critérios considerados satisfatórios para o bom desempenho ambiental da organização em um dado momento . É a auditoria ambiental outorga credibilidade ao SGA. As auditorias ambientais em sua maioria são uma combinação de uma e outra forma de auditoria, sendo que o objetivo principal de qualquer auditoria ambiental é realizar um diagnóstico da situação atual a fim de identificar e promover ações futuras que contribuam para um satisfatório desempenho ambiental da organização. As situações para a realização de uma auditoria ambiental, segundo LEPAGE-JESSUA (1992) podem ser visualizadas no quadro 1.

Situações

Especificação

Auditoria de conformidade

Visa o cumprimento da legislação aplicável existente. Este tipo de situação leva a uma auditoria de ambição muito limitada, pois se restringe à legislação existente e de caráter “defensivo”.

Auditoria pós-acidente: Esta auditoria é focada nos problemas de responsabilidade penal ou civil e objetiva a determinação das causas de um acidente. Frequentemente é realizada concomitante a um procedimento jurídico. Pode fornecer elementos à procuradoria, mas também poderá possibilitar à empresa os meios necessários para sua defesa.

Auditoria de risco: Esta auditoria oferece a possibilidade de aplicação tanto em um contrato de seguro como no caso de uma análise de risco, possibilitando, neste último, à empresa o conhecimento preciso a cerca da extensão do risco de um acidente para o meio ambiente suas consequências, como os riscos jurídico, econômico e financeiro.

Auditoria de operações de fusão, absorção ou de aquisição

Este tipo de auditoria ambiental possibilita conhecer a natureza dos riscos ao qual a organização compradora estaria sujeita. Exemplos: 1) uma empresa pretende adquirir outra empresa. 2) venda de terreno no qual são colocados materiais descartados: a) a entidade que vende pode solicitar uma auditoria ambiental para se desembaraçar de responsabilidades futuras no caso de contaminação);b) a empresa compradora pode solicitar uma auditoria para saber em que situação, com relação à qualidade do solo e das águas.

Auditoria de gerenciamento geral:

Objetiva verificar todos os possíveis impactos da empresa sobre o meio ambiente, possibilitando a definição de uma orientação e de uma política da empresa por meio da totalidade dos dados ambientais, sem deixar de considerar as evoluções futuras do contexto jurídico.

Quadro 1. Situações para a realização de uma auditoria ambiental Adaptado de LEPAGE-JESSUA (1992)

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Observa-se que as auditorias ambientais objetivam contribuir para que as empresas possam ter um cuidado maior com seus processos de produção, por meio da identificação das áreas de risco, incentivo a utilização de tecnologias limpas, ao uso responsável dos recursos disponíveis, tratamento do lixo industrial e o encorajamento às melhorias contínuas, para alcançar a harmonização entre desenvolvimento econômico e meio ambiente. Cajazeira (1998) classifica as auditorias ambientais em três grupos: de primeira parte, de segunda parte e de terceira parte. A s auditorias de primeira parte ou auditorias internas são conduzidas pela própria organização para atender a propósitos internos e análise crítica pela direção e outros, podendo tornar-se a base para uma auto declaração de conformidade da organização (ABNT, 2004). A ISO 19011 classifica as auditorias de segunda e terceira parte como auditorias externas, sendo as auditorias de segunda parte realizadas por partes que possuam algum interesse na organização, a exemplo dos clientes, ou por outras pessoas em seu nome. As auditorias de terceira parte são realizadas por organizações de auditoria independente, a exemplo daquelas que fornecem certificados ou registros de conformidade com os requisitos da ISO 9001 ou ISO 14001. Diante do exposto, a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA adquire importância fundamental para a organização que pretende cessar ou minimizar os impactos ambientais de suas atividades produtivas.

Sistema de Gestão Ambiental

A implementação de um SGA certificado, consoante às normas internacionais deverá seguir a Série ISO 14000. Nesse sentido, Donaire (1999, p. 108) afirma: “a maneira mais adequada de estabelecer um sistema de gestão ambiental é obedecer às Normas 14001 e 14004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT”.

Neste sentido, o sistema de gestão ambiental com base na norma ISO 14001 tem o intuito de prover as organizações de elementos de um SGA eficaz os quais possibilitem a integração a outros requisitos da gestão , contribuindo para o alcance dos seus objetivos ambientais e econômicos. A sua finalidade é assegurar o equilíbrio entre a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades socioeconômicas. Verifica-se, portanto, que o objetivo geral da ISO 14001 (ABNT, 1996) é fornecer assistência para as organizações na implantação ou no aprimoramento de um SGA. A norma ISO 14000 (International Organization for Standardization) e suas Subséries contém as orientações básicas para o processo de implementação do SGA.

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FIG. 1 Áreas de Gestão Ambiental de acordo com a ISO 14000 Fonte: http://www.omniaonline.com.br/normas/iso_14001.htm Observa-se na FIG. 1 que a ISO série 14000 pode ser vista em dois grandes blocos: o primeiro está direcionado para a organização e segundo para o processo. A avaliação do desempenho ambiental e da Auditoria Ambiental é coberta pela série tanto no nível do SGA, quanto na Rotulagem Ambiental, a qual se dá por meio da análise do ciclo de vida e aspectos ambientais dos produtos.

A ISO 14001, segundo Maimon (1999, p. 85) define o Sistema de Gestão Ambiental como:

A parte do Sistema de Gestão Global que inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implantação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental (MAIMON, 1999, p.85).

A NBR ISO 14001 está alicerçada na metodologia Plan-Do-Check-Act (PDCA) / Planejar-Executar-Verificar Agir. O PDCA, ou Ciclo PDCA, segundo DEMING (1990) é também conhecido por Ciclo de Shewhart (Walter Shewart), que foi quem o idealizou na década de 1930, e ainda por Ciclo de Deming (W. Edward Deming), seu principal divulgador na década de 1950, na reconstrução do Japão após a 2ª. Guerra. Pode ser brevemente descrito como um método com fundamentos nos conceitos da administração clássica, que pode ser repetido continuamente sobre qualquer processo ou problema, devendo ser implementado de forma sequencial sob quatro princípios: planejar, executar, verificar e agir. Para os propósitos da ISO 14001 adquire os seguintes significados:

• Planejar (plan) – Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados em concordância como a política ambiental da organização.

• Fazer/Executar (do) – Implementar os processos.

• Verificar/Controlar (check) – Monitorar e mensurar os processos em conformidade com a política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados.

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• Agir (act) – Agir, atuar corretivamente para continuamente melhorar o desempenho do sistema de gestão ambiental.

O PDCA é um método para CONTROLE DE PROCESSO, também conhecido como MÉTODO GERENCIAL BÁSICO DA QUALIDADE, sendo que quanto maior o número de vezes o Ciclo PDCA for reiniciados mais poderá contribuir para a melhoria contínua. Importa ressaltar que a adoção de um SGA não é garantia de solução das questões envolvendo a preservação ambiental. Para assegurar a conformidade do SGA com os requisitos da norma é que se utiliza a auditoria ambiental. A estrutura da norma ISO 14001:2004 é a seguinte: introdução; objetivo; referências normativas; termos e definições; requisitos do sistema de gestão ambiental (requisitos gerais, política ambiental, planejamento, implantação e operação, verificação e ação corretiva, e análise crítica pela administração); e orientações para o uso da norma (ISO, 2004). Seus principais elementos são apresentados na FIG. 2 utilizados no processo de implementação do SGA, por meio da especificação dos pressupostos básicos para a formulação de políticas e objetivos, em relação às variáveis controláveis ou com possibilidades de receber influência sob o enfoque de melhoria contínua.

FIG. 2 Espiral do sistema de gestão ambiental. Fonte: ISO 14001(NBR ABNT 2004)

Importa destacar que o ciclo de implementação de um sistema de gestão ambiental inicia-se com a definição da política ambiental da empresa, seguida das etapas de planejamento, implementação e operacionalização, verificação e ação corretiva, finalizando com a análise crítica gerencial. Verifica-se, portanto, que um SGA passa por cinco pontos a considerar: um sistema que seja coerente com a política ambiental, planos de ação para atender a esta política, implementação das ferramentas necessárias à sustentabilidade do sistema, avaliação periódica da conformidade do sistema e, análise crítica visando a melhoria contínua. A auditoria do SGA é integrante da etapa de verificação e ação corretiva, e um dos requisitos constantes na Norma ISO 14001 para a implantação do SGA.

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Em 1996 foram criadas as normas ISO 14010, 14011 e 14012 as quais, respectivamente, determinam os princípios gerais para a execução das auditorias ambientais e os procedimentos para o planejamento e execução de auditorias em um Sistema de Gestão Ambiental, além dos critérios para a qualificação de auditores. As normas que constituem a ISO série 14000 (ABNT, 1996) atualmente são: a) 14001 - SGA - especificações para implantação e guia (NBR desde 02 de dezembro de 1996); b) 14004 - SGA - diretrizes gerais (NBR desde 02 de dezembro de 1996); c) 14010 - guia para auditoria ambiental - Diretrizes gerais (NBR desde 30 de dezembro de 1996); d) 14011 - diretrizes para a auditoria ambiental e procedimentos para auditoria – Parte 1: princípios gerais para a auditoria dos SGAs (NBR desde 30 de dezembro de 1996); e) 14012 - diretrizes para a auditoria ambiental – critérios de qualificação de auditores (NBR desde 30 de dezembro de 1996); Em 2002, por meio da criação da norma ISO 19011, ficaram estabelecidas as diretrizes para auditoria em Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. “DIRETRIZES PARA AUDITORIAS DE SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E/OU AMBIENTAIS” - NBR ISO 19011 A norma NBR ISO 19011 estabelece os princípios orientadores aplicáveis à gestão de programas de auditoria, sobre a realização de auditoria internas ou externas dos Sistemas de Gestão da Qualidade – SGQ e/ou Sistemas de Gestão Ambiental – SGA e apresenta-se estruturada em três grandes temas: definições, requisitos e princípios gerais. Para maior compreensão a NBR ISO 19011 apresenta a definição dos termos comumente usados em auditoria ambiental. Estes termos são elencados no quadro 2. Quadro 2 Definição dos termos usados em auditoria ambiental

Termo Definição

Critérios de auditoria conjunto de políticas, procedimentos os requisitos aos quais são comparadas as evidências da auditoria

Evidências de auditoria

registros ou declarações, apresentação de fatos ou outras informações verificáveis, pertinentes aos critérios de auditoria

Constatações de auditoria

resultados da avaliação comparativa entre a evidência de auditoria coletada e os critérios de auditoria

Conclusão de auditoria resultado de uma auditoria, apresentado pela equipe de auditoria após levar em consideração os objetivos da auditoria e todas as constatações de auditoria, é o julgamento ou parecer

Cliente é o que solicita a auditoria, podendo ser uma organização ou uma pessoa física

Auditado é o que se submete à auditoria

Auditor é a pessoa competente para a realização da auditoria

Equipe de auditoria é o grupo de auditores ou um único auditor que realizam a auditoria e

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quando necessário apoiados por especialistas de outras áreas

Especialista é o que subsidia tecnicamente a auditoria, mas não participa como auditor Programa de auditoria

conjunto de uma ou mais auditorias planejado para um período de tempo

Plano de auditoria descrição das atividades e arranjos para uma auditoria Escopo de auditoria abrangência e limites de uma auditoria Competência atributos pessoais e capacidade demonstrados para aplicar

conhecimentos e habilidades Quadro 2. Definições de termos apresentadas na NBR ISO 19011. Fonte: NBR ISO 19011 Quanto aos requisitos para a realização de uma auditoria ambiental A NBR ISO 19011 recomenda que :

a) sejam claramente definidos e documentados tanto o objeto auditado, quanto os responsáveis por tal objeto; e

b) somente seja realizada a auditoria se houver a convicção do auditor-líder quanto à existência de informações suficientes e apropriadas, de recursos adequados e de apoio ao processo de auditoria, além da cooperação ao auditado. O auditor-líder ambiental é um auditor da equipe de auditoria que foi indicado para a função de ratificar a eficiente e eficaz execução e conclusão da auditoria. Os demais auditores ambientais da equipe executam as atividades de auditoria.

Quanto aos princípios gerais de auditoria ambiental são apresentados no quadro 3.

Princípios gerais de auditoria ambiental Tema Recomendação

Definição dos objetivos Definição dos objetivos Os objetivos da auditoria devem ser definidos pelo cliente e o escopo da auditoria pelo auditor-lider

Objetividade Os membros da equipe de auditoria devem ser livres de preconceitos e conflitos de interesse; independência independentes das atividade por eles auditadas; e devem ter conhecimento, habilidade e experiência e competência para realizar a auditoria.

Profissionalismo As relações auditor/cliente devem ser caracterizadas por confidencialidade e discrição. Salvo quando exigido por lei, é recomendado que informações, documentos e relatório final da auditoria não sejam divulgados sem autorização do cliente e, conforme o caso, sem autorização do auditado.

Procedimentos sistemáticos A realização da auditoria deve seguir diretrizes desenvolvidas para o tipo apropriado de auditoria ambiental. No caso da auditoria de SGA, a norma remete para a NBR ISO 14011.

Critérios, evidências e constatações

Os critérios de auditoria devem ser definidos entre auditor e cliente, com posterior comunicação ao auditado; e evidências devem ser obtidas a partir da coleta, análise, interpretação e documentação de informações; e as evidências obtidas devem permitir que auditores ambientais, trabalhando independentemente entre si, cheguem a constatações similares.

Confiabilidade das constatações e conclusões de auditoria

As constatações e conclusões da auditoria devem possuir nível desejável de confiabilidade, devem ser deixadas claras as limitações/incertezas de evidências coletadas.

Relatório de auditoria O relatório de auditoria deve conter itens como: identificações; objetivos e escopo da auditoria; critérios da auditoria; período e datas; equipe de auditoria; identificação dos entrevistados na

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auditoria; resumo do processo de auditoria, incluindo obstáculos encontrados; conclusões; declaração de confidencialidade; e identificação das pessoas que recebem o relatório. É recomendado que o auditor-líder, em acordo com o cliente, determine quais os itens que constarão do relatório. Em nota, a norma indica que é responsabilidade do cliente ou do auditado a determinação de ações corretivas; entretanto, se previamente acordado com o cliente, o auditor pode apresentar recomendações no relatório.

Fonte: NBR ISO 14010

Diretrizes para Auditoria Ambiental - Procedimentos de Auditoria - Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental” - NBR ISO 14011 Essa norma é específica para a determinação dos procedimentos para a execução de auditorias de Sistema de Gestão Ambiental. Sua estruturada possui quatro temas de destaque: definições; objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do sistema de gestão ambiental; etapas da auditoria de sistema de gestão ambiental; e encerramento da auditoria. A NBR ISO 14011 (ABNT 1996) apresenta definições para três termos, quais sejam: 1) Sistema de gestão ambiental. Já definido neste estudo de acordo com a NBR ISO 14001; 2) Auditoria do sistema de gestão ambiental.3) Critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental. Que são os requisitos da NBR ISO 14001 e, se aplicável, qualquer outro requisito adicional. Em relação aos objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do sistema de gestão ambiental, evidenciados no quadro 4, a NBR ISO 14011 (ABNT 1996) faz recomendações referentes à auditoria em si e às pessoas que participam do processo (auditor-líder, auditor, cliente e auditado), que constituem diretrizes para a auditoria ambiental.

Quadro 4 Objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do SGA.

Tema Recomendação

Auditoria A auditoria deve ter seus objetivos definidos, tais como: − determinar a conformidade ao SGA do auditado aos critérios de auditoria de SGA; − determinar a adequação da implementação e manutenção do SGA; − identificar áreas de potenciais melhorias do SGA; avaliar a capacidade do processo interno de análise crítica; e − avaliar o SGA de uma empresa que vise o estabelecimento de relação contratual com outra empresa.

Auditor-líder O auditor-líder tem como função assegurar a eficiente e eficaz execução e conclusão da auditoria. É de sua responsabilidade: − definir junto ao cliente o escopo da auditoria; − obter informações fundamentais; − determinar se os requisitos necessários para realização de uma auditoria foram atendidos; − formar a equipe de auditoria; − conduzir a auditoria de acordo com as normas NBR ISO 14010 e 14011; − elaborar o plano de auditoria; − comunicar o plano a todos os envolvidos; − coordenar a preparação da documentação de trabalho e instruir a equipe; − solucionar problemas surgidos;

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− reconhecer objetivos inatingíveis e relatar as razões ao cliente e ao auditado; − representar a equipe em discussões; − notificar imediatamente o auditado casos de não-conformidades críticas; − relatar os resultados da auditoria de forma clara, conclusiva e dentro do prazo acordado; e − fazer recomendações para melhoria do SGA, se estiver no escopo da auditoria.

Auditor O auditor deve ser objetivo, eficaz e eficiente para realizar a sua tarefa e tem como responsabilidades: − seguir instruções do auditor-líder; − apoiar o auditor-líder; − coletar e analisar evidências de auditoria relevantes e em quantidade suficiente para chegar às conclusões da auditoria; − preparar documentos de trabalho; − documentar cada constatação da auditoria; − resguardar os documentos da auditoria; e − auxiliar na redação do relatório de auditoria.

Cliente O cliente tem como responsabilidades: − determinar a necessidade da realização de uma auditoria; − contatar o auditado; definir os objetivos da auditoria; − selecionar o auditor-líder ou a organização de auditoria e, se apropriado, avaliar os elementos da equipe de auditoria; − prover recursos para realização da auditoria; − manter entendimento com o auditor-líder para definição do escopo da auditoria; − avaliar os critérios de auditoria e o plano de auditoria; e − receber o relatório de auditoria e definir sua distribuição.

Auditado O auditado deve receber uma cópia do relatório de auditoria, salvo ser for excluído pelo cliente, e tem como responsabilidades: − informar aos funcionários da organização sobre a auditoria; − prover os recursos necessários para a realização da auditoria; − designar funcionários para acompanhar como guias à equipe de auditoria; − prover acesso às instalações, ao pessoal, às informações e aos registros; e − cooperar com a equipe de auditoria para atingir os objetivos propostos.

Fonte: NBR ISO 14011

Existem quatro etapas no processo de auditoria do sistema de gestão ambiental, de acordo com a NBR ISO 14011 (ABNT, 1996): etapa 1 (início da auditoria); etapa 2 (preparação da auditoria); etapa 3 (execução da auditoria); e etapa 4 (elaboração do relatório de auditoria), como apresenta o quadro 5. Quadro 5 – Atividades das etapas 1, 2, 3 e 4 do processo de auditoria do sistema de gestão ambiental – Início, execução e relatório da auditoria.

Etapa Atividade Recomendação

1

Início da auditoria

Definir o escopo − o auditor-líder e o cliente devem definir o escopo da auditoria (descrição da localização física e das atividades da organização); − o auditado deve ser consultado; e − os recursos necessários para atender ao escopo devem ser suficientes.

Realizar e analisar a crítica preliminar da documentação

− a análise deve ser realizada pelo auditor-líder; e − devem ser solicitadas, se necessário, informações suplementares.

− o plano de auditoria deve ser elaborado pelo auditor-líder; − o cliente deve avaliar o plano de auditoria; − o plano deve ser flexível para poder sofrer eventuais alterações;

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13

2

Preparação da auditoria

Elaborar o plano de auditoria

− o plano deve incluir: − objetivos e escopo da auditoria; − critérios de auditoria; − identificação das unidades auditadas; − identificação dos funcionários da unidade que tenham responsabilidade direta com o SGA; − i dentificação dos elementos do SGA prioritários; − procedimentos de auditoria; − identificação de idiomas, dos documentos de referência, da época e da duração previstas, das datas e dos locais e dos membros da equipe de auditoria; − programa de reuniões; − requisitos de confiabilidade; − conteúdo e formato do relatório de auditoria e data prevista de sua emissão; e − requisitos de retenção de documentos.

Atribuir as funções/atividades aos membros da

equipe de auditoria

− a atribuição deve ser feita pelo auditor-líder, em entendimento com os membros da equipe; e − o auditor-líder deve fornecer instruções sobre o procedimento da auditoria.

− os documentos de trabalho podem consistir em formulários para documentar evidências e constatações da auditoria, listas de verificação para avaliar os elementos do SGA e atas de reuniões; − os documentos devem ser arquivados até o encerramento da auditoria; − os documentos com informações confidenciais ou privativas devem ser adequadamente resguardados pela equipe de auditoria.

Realizar a reunião de abertura

− apresentação dos membros da equipe; revisão do escopo, dos objetivos e do plano de auditoria e ratificação do calendário de auditoria; apresentação do método de trabalho e dos procedimentos; estabelecimentos de canais formais de comunicação; confirmação da existência de condições para realização da auditoria; confirmação da data e do horário da reunião de encerramento; promoção da participação efetiva do auditado; e revisão dos procedimentos de emergência e segurança para a equipe de auditoria.

3

Execução da auditoria

Coletar as evidências

as evidências devem ser coletadas por meio de entrevistas, exame de documentos e observação de atividades e situações, em quantidade suficiente para se determinar a conformidade do SGA do auditado em relação aos critérios de auditoria. As não- conformidades devem ser registradas e as informações obtidas por meio de entrevistas devem ser verificadas, executando-se observações, registros e medições, sendo as declarações não-verificáveis identificadas.

Analisar as evidências

− as evidências devem ser analisadas criticamente em comparação aos critérios. O gerente responsável do auditado deve analisar as constatações de não-conformidade. As conformidades podem ser registradas com o devido cuidado para evitar qualquer implicação de garantia absoluta (sic), se estiver incluso no escopo da auditoria.

− essa reunião deve acontecer antes da elaboração do relatório de auditoria. Nela é recomendado que

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14

Reunião de encerramento

participem: auditores, administração do auditado e responsáveis pelas funções auditadas. As constatações devem ser apresentadas e eventuais divergências devem ser resolvidas, sendo as decisões finais de responsabilidade do auditor-líder.

4

Relatório de auditoria

Preparar o relatório de auditoria

− os tópicos abordados no relatório devem ser os mesmos apresentados no plano de auditoria, sendo que qualquer alteração deve ser realizada de comum acordo entre auditor, auditado e cliente. Com referência ao conteúdo do relatório, que deve ser datado e assinado pelo auditor-líder, a norma recomenda que estejam registradas as constatações da auditoria ou um resumo delas, indicando-se as evidências que sustentam cada constatação. Os tópicos que podem constar do relatório são: − identificação da organização auditada e do cliente; − objetivos, escopo e plano de auditoria acordados; − critérios acordados, incluindo uma lista de documentos de referência segundo os quais a auditoria foi conduzida; − período da auditoria e a(s) data(s) em que a auditoria foi conduzida; − identificação dos representantes do auditado que participaram da auditoria; − identificação dos membros da equipe da auditoria; − declaração sobre a natureza confidencial do conteúdo; − lista de distribuição do relatório da auditoria; − sumário do processo de auditoria, incluindo quaisquer obstáculos encontrados; e − conclusões da auditoria, tais como a conformidade do SGA auditado em relação aos critérios de auditoria do SGA; se o SGA está implementado e mantido de forma adequada; e se a análise crítica realizada pela administração é capaz de assegurar a melhoria contínua do SGA.

Distribuir o relatório de auditoria

− o auditor-líder deve enviar o relatório ao cliente; − a relação de interessados que receberão o relatório deve ser definida pelo cliente, tendo sido registrada anteriormente no plano de auditoria; − o auditado deve receber uma cópia do relatório, a não ser que ele seja e cliente; − a distribuição para interessados externos à organização deve ser autorizada pelo auditado; − o caráter confidencial do relatório, que é de propriedade exclusiva do cliente, deve ser respeitado por todos seus destinatários; e − eventuais atrasos na entrega do relatório devem ser comunicados ao cliente e ao auditado, sendo indicada nova data de emissão.

Reter ou descartar os documentos da auditoria (documentação de trabalho, minutas, relatórios, entre outros)

- a retenção ou descarte de documentos deve ser realizada conforme acordado entre cliente, auditor-líder e auditado.

Fonte: NBR ISO 14011

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Do mesmo modo a NBR ISO 19011 (2002) apresenta as etapas no processo de auditoria do sistema de gestão ambiental e os procedimentos para cada uma dessas etapas, conforme demonstrado na FIG. 3.

Figura 3: Fluxograma do processo de auditoria do SGA. Fonte: adaptada da NBR ISO 19011 (2002). Pela análise do fluxograma observa-se que as etapas da Auditoria compreendem a fixação dos objetivos da auditoria. Para tal, a alta direção precisa definir o que espera da auditoria. Após esta definição deverá ocorrer a formação da equipe auditora e o consequente planejamento dos trabalhos, o qual compreenderá as atividades a serem executadas, as áreas a serem verificadas, pessoas envolvidas e pessoas a serem ouvidas. A etapa de planejamento deverá contemplar ainda o cronograma de execução da auditoria.

Início da auditoria _ designar o líder da equipe de auditoria; _ definir objetivos, escopo e critério de auditoria; _ determinar a viabilidade da auditoria; _ selecionar a equipe de auditoria; _ estabelecer contato inicial com o auditado; _ realizar análise crítica preliminar dos documentos pertinentes ao SGA e determinar sua adequação com relação ao critério de auditoria.

Preparação da auditoria _ elaborar o plano de auditoria; _ designar trabalho para a equipe de auditoria; _ preparar os documentos de trabalho.

Execução da auditoria _ conduzir a reunião de abertura; _ coletar e verificar as evidências de auditoria; _ gerar constatações de auditoria; _ preparar conclusões de auditoria; _ realizar a reunião de encerramento

Relatório da auditoria _ preparar o relatório da auditoria; _ aprovar e distribuir o relatório da auditoria;citação.]

Conclusão da auditoria

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A etapa de execução envolve a coleta a revisão de informações já existentes, a legislação aplicável e a preparação do check-list para a inspeção. Na sequencia, realizam-se as visitas às instalações do auditado, solicitam- se informações adicionais e, ato contínuo iniciam-se as analises e conclusões preliminares, as quais serão submetidas à discussão da equipe de auditoria. Por último, procede-se a elaboração do relatório final. A norma ISO 19011 (NBR ABNT 2002) orienta que para que o processo de auditoria transpareça confiança e segurança, a auditoria deverá ser conduzida por profissionais detentores dos seguintes atributos pessoais: ético, mente aberta, diplomático, observador, perceptivo, versátil, tenaz, decisivo e autoconfiante. Quanto à competência técnica os profissionais deverão ser possuidores de capacidade para aplicar conhecimentos e habilidades adquiridos através da educação, treinamento e experiência em auditoria. Os auditores de SGA devem dominar os métodos e técnicas de gestão ambiental, assim como a legislação aplicável à disciplina. Quanto aos níveis de educação, experiência profissional, treinamento e experiência em auditoria a NBR ISO 19011 faz sugestões conforme apresentado no quadro 6: Quadro 6: Exemplo de níveis de educação, experiência profissional, treinamento e experiência em auditoria. Parâmetro Auditor ambiental Auditor-líder ambiental Educação Educação em nível médio O mesmo solicitado para auditor Experiência profissional total

5 anos O mesmo solicitado para auditor

Experiência profissional nos campos de gestão ambiental

No mínimo 2 anos do total de 5 anos

O mesmo solicitado para auditor

Treinamento em auditoria

40 h de treinamento em auditoria O mesmo solicitado para auditor

Experiência em auditoria

Quatro auditorias completas em um total de no mínimo 20 dias de experiência em auditoria como auditor em treinamento sob a direção e orientação de auditor competente como líder de equipe da auditoria. Convém que as auditorias sejam completadas dentro dos três últimos anos sucessivos.

Três auditorias completas em um total de no mínimo 15 dias de experiência em auditoria atuando na função de líder da equipe da auditoria sob a direção e orientação de um auditor competente como líder da equipe da auditoria

Fonte: adaptado da NBR ISO 19011 (ABNT, 2002). Aplicações e Vantagens da Auditoria Ambiental

Resumindo-se as aplicações e vantagens da auditoria ambiental é possível relacionar as principais motivações para a implantação da ISO 14001 com os benefícios que a certificação proporciona, que são (ZENG et al., 2005; FRYXELL; SZETO, 2002):

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• melhoria do controle da poluição nas empresas;

• verificação das condições da empresa em relação à legislação ambiental e resposta à legislação específica de cada país;

• aumento da satisfação dos consumidores;

• substituição parcial do governo na fiscalização ambiental.

• avaliação dos riscos existentes e da vulnerabilidade da empresa, assim como identificação dos riscos antecipadamente.

• priorização de atividades e verbas para o controle ambiental.

• verificação da condição ambiental de unidades a serem adquiridas e avaliação de alternativas de crescimento.

• corte de gastos desnecessários, favorecendo ações econômicas e eficazes, reduzindo desperdícios.

• atendimento à legislação de forma sistemática e consistente, com resposta imediata às novas exigências legais.

• padronização dos procedimentos de gestão ambiental nas operações internas;

• abertura de mercados domésticos e internacionais;

• proteção e melhoria da imagem da empresa junto à comunidade.

• aumento da consciência ambiental na cadeia de suprimentos;

• desenvolvimento de procedimentos de produção limpa;

• atendimento às pressões dos grupos externos; e

• melhoria na performance ambiental e da gestão como um todo.

APLICAÇÃO DOS CONCEITOS E NORMAS ISO – ESTUDO DE CASO Para aplicação dos conceitos e normas ISO deste estudo será realizada uma analise com base na pesquisa de Soares e Pimenta (2010) Modelo de auditoria para um sistema de gestão ambiental: um estudo de caso em uma indústria alimentícia em Natal/RN. Suponha uma empresa franquia que atua na fabricação e comercialização de bebidas carbonatadas não alcoólicas com capacidade média produtiva de 28,58 mil litros por hora, sendo 6 produtos fabricados em 3 linhas de produção – linha de latas, linha de PET (garrafas não retornáveis) e vidro (garrafa retornáveis). Possui 324 funcionários diretos e 55 indiretos, localizada na região nordeste do Brasil, a qual possui relevante contribuição para o desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda para a população local. O modelo de auditoria proposto divide-se em três fases: Planejamento, Aplicação e Conclusão. A partir do modelo aplicado pretende-se realizar uma análise prática e crítica da situação real da empresa, possibilitando levantar pontos fortes e oportunidades de melhoria na gestão da empresa. Importa ressaltar que a empresa possui um Manual de Gestão Integrada que atende ao modelo do Sistema de Gestão Integrada (SGI), onde, integra os sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e gestão de segurança e saúde do trabalhador e segue o padrão de normas internacionais bem como a norma interna do SGI da matriz,

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contudo, a entidade não possui nenhuma certificação de sistema, estando ainda em processo de implementação. Pede-se: avaliar as ações do planejamento do SGA, bem como a implantação da política ambiental, com a finalidade de elaborar um modelo de Auditória Ambiental para ser aplicado, de acordo com a estrutura, especificações e recomendações da ISO 19011 e ISO 14001, com o propósito de identificar de pontos fortes e fracos no SGA, auxiliando a empresa na melhoria continua do desempenho ambiental e adequação ambiental. Para tal, faz-se necessário auditar a Política Ambiental por meio dos requisitos do item 4.2 da ISO 14001; e, auditar a fase do planejamento do SGA por meio dos requisitos do item 4.3 da ISO 14001. Descrição do Modelo de Auditoria O modelo de Auditoria Ambiental proposto para esta organização está estruturado nas especificações e recomendações da ISO 19011 que trata de diretrizes para Auditorias de Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. Busca-se com a implementação do modelo que a que a empresa possa obter o conhecimento da forma como suas atividades da gestão ambiental são desenvolvidas, oportunizando condições para um desempenho adequado dos requisitos legais e outros, proporcionando análise, apreciações, recomendações e comentários objetivos e/ou convenientes acerca das atividades investigadas.

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A FIG. 3 apresenta o formato do modelo, o qual é composto das fases de planejamento, aplicação e conclusão: Figura 3 – Modelo de auditoria proposto. A fase de planejamento da auditoria é composta das subfases de classificação, definição do objetivo, escopo e critérios da auditoria. Identifique cada fase e subfase deste modelo segundo a norma ISO pertinente. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Classificação da auditoria

Definição do objeto

Escopo

Critérios

Equipe

Fontes de informação

Relatório

Planejamento

Aplicação

Conclusão

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O levantamento de dados se dará pelas técnicas de cheque-list, conforme o medolo apresentado no quadro 7 além da observação sistemática. A busca de evidencias de conformidade desses requisitos deverá se efetuada levantamento e analise de documentos e registros, entrevistas com responsáveis, além de observações in loco.

Quadro 7 – Modelo de Check List de Auditoria

Nome do Requisito da NBR ISO 14001

Resultado Evidencias

C NC� NC�

n (descrição dos requisitos da norma)

(lista das evidências encontradas)

Ʃ

O modelo apresenta três possibilidades: conforme (C) – quando foi evidenciado o atendimento dos requisitos da norma, Não-Conformidade MENOR (NC �) – quando não foi possível evidenciar a conformidade do sistema na sua totalidade, necessitando observar ainda alguns elementos ou quando a não conformidade não compromete o sistema e demais componentes e Não-Conformidade MAIOR (NC �)– quando a não conformidade compromete o sistema e demais componentes. APLICAÇÃO DO MODELO O modelo em destaque é relativo a uma auditoria de primeira parte, tendo por escopo uma unidade fabril já descrita na caracterização do estudo de caso. Os critérios da auditoria tem por base os itens 4.2 Política Ambiental e 4.3 Planejamento da ISO 14001. Desta forma, os pontos auditados pelo modelo foram: política ambiental; aspectos ambientais; requisitos legais; e objetivos metas e programas. A auditoria ambiental na empresa em questão, foi realizada com o objetivo de identificar as oportunidades de melhoria no seu sistema de gestão ambiental. Conforme a norma ISO 14004 a fase de planejamento no Sistema de Gestão Ambiental é relevante na formulação de um plano que subsidie o cumprimento os aspectos ambientais, requisitos legais e objetivos, metas e programas da organização.

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Quadro 8 – Auditoria dos Requisitos NBR ISO 14001 item 4.2 Política Ambiental. Nome do Requisito: 4.2 Política

Ambiental Resultado Evidencias

C NC� NC�

1 A empresa tem a sua Política Ambiental documentada, aprovada e mantida pela alta administração?

X Manual do Sistema de Gestão Integrada com aprovação pela alta administração e divulgada em outros meios.

2 O escopo da Política Ambiental é apropriado às atividades, produtos e/ou serviços da empresa?

X Manual do Sistema de Gestão define o escopo sendo todo o Grupo empresarial.

3 Está incluso o comprometimento com a melhoria continua e prevenção a poluição.

X Auto declaração da política no 4° e 5° objetivo.

4 Compromete-se em atender os requisitos legais aplicáveis e outros subscritos pela organização?

X Autodeclaração da política no 2° objetivo.

5 Orienta para o estabelecimento de objetivos e metas?

X Autodeclaração

6 Está comunicada a todos que trabalham na empresa ou que atuem em seu nome?

X Crachá, Lista de presença da Semana do Sistema de Gestão Integrada.

7 Está disponível para o público? X Home Page da empresa.

Ʃ 7 0 0

Legenda: (C) Conformidade; (NC�) Não- conformidade MENOR e (NC�) Não- conformidade MAIOR. Aspectos ambientais As especificações da NBR ISO 14001 orientam para o levantamento dos aspectos ambientais como uma forma através da qual a organização poderá compreender como o meio ambiente pode estar sendo afetado por suas atividades . O SGA deve inserir este processo na fase de planejamento. O levantamento dos aspectos e impactos ambientais significativos possibilita delinear os objetivos, metas e programas, além das rotinas organizacionais e operacionais para o gerenciamento dos aspectos constituindo-se, desse modo, um relevante passo para a consolidação da gestão ambiental na organização. Neste sentido a ISO 14001:2004 destaca que a organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu SGA. O quadro 9 apresenta o check list relativo à auditoria correspondente aos requisitos do item 4.3.1 - Aspectos Ambientais da ISO 14001.

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Por meio deste cheque list foi evidenciado que a empresa em estudo possui procedimentos para identificar os aspectos e impactos ambientais das suas atividades, produtos e serviços. A organização, de acordo com a norma deverá assegurar que este procedimento seja implementado e mantido, este poderá ser evidenciado por uma planilha de avaliação do levantamento dos aspectos e impactos ambientais significativos e o registro de atualizações do mesmo. Quadro 9 – Auditoria dos Requisitos NBR ISO 14001 item 4.3.1 Aspectos Ambientais. Nome do Requisito: 4.3.1 Aspectos Ambientais

Resultado Evidencias

C NC� NC�

1 A organização tem procedimentos para identificar os aspectos e impactos ambientais das suas atividades, produtos e serviços?

X Documento: Levantamento de Aspectos/Perigos e Impactos / Danos.

2 Caso afirmativo no item 1, os procedimentos estão estabelecidos, implementados e mantidos?

X Não há registros do levantamento dos aspectos e Impactos ambientais significativos, porém, sua realização está prevista no Plano de ação.

3 O procedimento de levantamento de aspectos ambientais atende ao escopo do SGA?

X Item 2.0 do procedimento Levantamento de Aspectos/Perigos e Impactos /Danos define escopo. Não há registros da aplicação do procedimento.

4 O procedimento leva em consideração a criação de novos produtos, atividades ou serviços, ou até mesmo, a modificação dos já existentes?

X Item 6.0 do procedimento Levantamento de Aspectos/Perigos e Impactos / Danos.

5 O procedimento é claro na definição de critérios para determinar se os aspectos tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente?

X Procedimento classifica os aspectos: Nível de importância ≥ 6 e/ou Gravidade Alta = 3.

6 A planilha de levantamento de aspectos e impactos ambientais está atualizada?

X Não há registros.

7 Os aspectos e impactos ambientais significativos da empresa estão identificados conforme o procedimento?

X Não há registros.

Ʃ 3 0 4

Legenda: (C) Conformidade; (NC�) Não- conformidade MENOR e (NC�) Não- conformidade MAIOR. A auditoria não evidenciou a implementação de procedimento e registros contendo a avaliação dos Aspectos e Impactos. Assim, observa-se que mesmo obtendo um

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procedimento contendo instruções de como identificar, avaliar e priorizar os aspectos ambientais, este procedimento não foi implementado. Este aspecto motivou o enquadramento como uma não conformidade MAIOR, uma vez que que todo o sistema depende da definição dos aspectos ambientais significativos. Outros requisitos considerados na auditoria foram: se o procedimento atende ao escopo do SGA; se considera a criação de novos produtos, atividades ou serviços, ou até mesmo, a modificação dos já existentes; e se há critérios para determinar a os aspectos e impactos ambientais significativos. Em todos esses pontos houve conformidade, de acordo com as evidências descriminada no Quadro 9, exceto quanto ao atendimento do escopo, pois, não há evidencias de registros da aplicação do procedimento na unidade fabril auditada. O critério de identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais contido no procedimento é satisfatório, uma vez que há uma clareza nos momentos estabelecidos para efetuação da avaliação, além do estabelecimento da significância, conforme produtos, atividades e serviços o procedimento considera que: as planilhas devem ser revisadas ou reavaliadas, quando houver alterações das condições nas quais os Aspectos/Perigos e seus Impactos/Danos forem avaliados. Os Aspectos/Perigos e seus Impactos/Danos são avaliados quando há: alterações em gravidade e probabilidade, novos aspectos/ perigos, exclusão de aspectos/ perigos existentes, novos produtos, novos processos, inclusão e/ou exclusão de áreas, alteração dos controles operacionais, e outros. Quanto aos critérios de significância para aspectos e impactos ambientais o procedimento classifica quando possuírem nível de importância maior ou igual a 6 e/ou Gravidade Alta, conforme metodologia do procedimento. Requisitos legais A organização para estar em conformidade com os requisitos legais aplicados às suas atividades deve desenvolver mecanismos de identificação e criar instrumentos para que todos os seus envolvidos tenham compreensão deles. Além disso, os requisitos legais precisam considerar os aspectos e impactos ambientais identificados pela empresa, devendo esta possuir procedimentos estabelecidos, implementados e mantidos em seu sistema de gestão ambiental. Conforme evidências da auditoria do requisito 4.3.1 Aspectos Ambientais, a empresa não apresentou registros que contivessem a avaliação dos aspectos e impactos ambientais, pelos quais deveria ser considerada para o atendimento aos requisitos legais aplicáveis. Apesar da empresa não ter aplicado este procedimento, observa-se que ela vem considerando os mesmos aspectos e impactos ambientais identificados na avaliação da

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matriz, repassados através de uma listagem. Porém, esta listagem não garante que os mesmo aspectos da matriz sejam todos vislumbrados na filial, podendo haver algumas particularidades. Deste modo evidencia-se uma não conformidade MENOR do sistema, uma vez que não há uma garantia que todos os requisitos legais estejam sendo levantados (Item 3, Quadro 9). Quadro 10 – Auditoria dos Requisitos NBR ISO 14001 item 4.3.2 Requisitos Legais e Outros. Nome do Requisito: 4.3.2 Requisitos Legais e Outros

Resultado Evidencias

C NC� NC�

1 A organização tem procedimentos para identificar e ter acesso aos requisitos legais relacionados aos seus aspectos ambientais?

X Documento Avaliação e Atendimento de Legislações. Software SISLEG NET

2 Caso afirmativo no item 1, os procedimentos estão estabelecidos, implementados e mantidos?

X Aprovação, da alta administração, Lista de presença de treinamento do SISLEG, Relatórios do SISLEG.

3 A organização identificou todos os requisitos legais aplicáveis e outros

X Não há registros de todos os aspectos ambientais da organização, logo não há garantia que todos os requisitos tenham sido levantados.

4 O procedimento determina como os requisitos se aplicam aos seus aspectos ambientais?

X Documento Avaliação e Atendimento de Legislações

5 Há registros que asseguram que a organização leva em consideração os requisitos legais no estabelecimento, implementação e manutenção do seu gerenciamento ambiental?

X Observar se a empresa identificou e leva em consideração os padrões estabelecidos pela legislação nos procedimentos operacionais - emissões atmosféricas, efluentes e resíduos sólidos, etc.

Ʃ 3 2 0

Legenda: (C) Conformidade; (NC�) Não- conformidade MENOR e (NC�) Não- conformidade MAIOR. Diante disso e da inserção da avaliação dos aspectos e impactos ambientais no Plano de Ação Corretivo da empresa, para a auditoria do requisito 4.3.2 Requisitos Legais e Outros, este não atendimento não foi interpretado como uma não conformidade, deste modo, a auditoria foi direcionada aos demais requisitos do item 4.3.2, conforme Quadro 10. Assim, foi evidenciado o procedimento Avaliação e Atendimento de Legislações que tem por objetivo garantir o atendimento dos requisitos legais aplicados aos negócios da empresa. Este procedimento aborda como deve ser realizada a identificação dos

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requisitos legais aplicados a empresa, quem são responsáveis, como avaliar a aplicabilidade, a atualização e o monitoramento das normas e leis, assim como do treinamento aos gestores de como gerenciar o atendimento das legislações. O procedimento definiu o programa SISLEG NET como o instrumento para realizar a identificação dos requisitos legais, trata-se, portanto, de um software contendo uma coletânea de legislações federais, estaduais e municipais que abordam sobre meio ambiente, normas técnicas, dentre outros requisitos ligados as atividades de negócio da empresa. O software realiza mensalmente a atualização da legislação nas três esferas – Federal, Estadual e Municipal, também quanto ao surgimento de novas regulamentações. A responsabilidade dos gestores de cada área da empresa é acompanhar tais atualizações, realizar auditorias internas e manter os registros atualizados. O programa em seus relatórios faz a indicação das ações necessárias para manter-se em conformidade, além de fornecer listas de verificação estabelece os prazos para atendimento aos requisitos, notifica as pendências, os concluídos e programados, fornece relatórios das atividades e relatórios estatísticos. Quanto ao requisito 4 do Quadro 11, foi evidenciado procedimento Avaliação e

Atendimento de Legislações que responsabiliza o gestor de meio ambiente e o setor jurídico da empresa para avaliar e entender a aplicabilidade das legislações ambientais em relação aos aspectos e impactos ambientais decorrentes da atividade da organização, atendendo assim ao requisito. O estabelecimento, implementação e manutenção do procedimento foi evidenciado mediante a aprovação do documento pela alta administração da organização, lista de presença de treinamentos e relatórios do software de gestão dos requisitos legais (SISLEG NET). Por fim, a ISO 14001 exige que a organização assegure que os requisitos legais sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção do seu gerenciamento ambiental. Este requisito foi avaliado como uma não-conformidade MENOR, já que necessita de observação (O), pois é necessário a verificar se a empresa identificou e leva em consideração nas suas ações de gerenciamento ambiental os padrões estabelecidos pela legislação. Este requisito é avaliado através do item 4.5 Verificação da ISO 14001: 2004. Objetivos, metas e programas As organizações, de acordo com a ISO 14001, devem ter programas, objetivos e metas ambientais documentados, nas funções e níveis relevantes. O atendimento deste requisito na auditoria em estudo foi avaliado como uma Não-conformidade MENOR, conforme demonstrado no Quadro 11. Evidências mostram a presença de programas estabelecidos e documentados, porém apesar da empresa mantê-los documentados, alguns não estão devidamente implementados, como também sem metas claramente definidas. Quadro 11 – Auditoria dos Requisitos NBR ISO 14001 item 4.3.3 Objetivos, Metas e Programa(s).

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Nome do Requisito: 4.3.3 Objetivos, Metas e Programa

Resultado Evidencias

C NC� NC�

1 A organização tem estabelecido, implementado e mantêm programas, objetivos e metas ambientais documentados, nas funções e níveis relevantes na organização?

X Documentados no do Sistema de Gestão Integrada; Lista de presença do programa de integração; Objetivos e metas ambientais ainda não implementados.

2 Os objetivos e metas são mensuráveis (quando possível) e coerentes com a política ambiental, consideram os requisitos legais e outros requisitos subscritos e a melhoria continua?

X Carta do gerente regional não mensurou todas as metas para unidade fabril de Macaíba no ano de 2008;

3 A organização considera os aspectos operacionais (opções tecnológicas, requisitos financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas)?

X Procedimentos coorporativos; Relatórios e atas de reuniões.

4 Os programas contemplam responsáveis, meios e prazos para atendimento dos objetivos e metas?

X Programas ainda não implementados.

Ʃ 0 4 0

Legenda: (C) Conformidade; (NC�) Não- conformidade MENOR e (NC�) Não- conformidade MAIOR

Quanto à mensuração e coerência dos objetivos e metas ambientais com a Política Ambiental, a empresa deve ter definido o propósito ambiental geral, o requisito de desempenho detalhado e os prazos para o alcance das metas. No entanto, foi evidenciado através das análises documentais do manual do sistema de gestão integrada, requisitos coorporativos e carta enviada pelo gerente regional à empresa a ausência de metas mensuráveis em alguns dos seus objetivos, classificando o atendimento deste requisito como necessita de observação. O fato de a empresa ter iniciado suas atividades no segundo semestre de 2007, levaram os gestores a decisão pelo estabelecimento das metas ambientais a partir do ano de 2009, justificando a inexistência de um histórico em que pudessem determinar metas coerentes com a realidade da organização. Na Tabela 1 são listados objetivos e metas ambientais da organização. Lembrando que a empresa, objeto de estudo, é uma franqueada, algumas das suas metas são delineadas pela matriz, a exemplo: a quantidade de PET comercializado que é coletado

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para reciclagem, os limites de lançamento de efluentes e a conformidade com os requisitos legais. Outros objetivos listados serão definidos pela empresa após o estudo de um histórico de três semestres de funcionamento. Mensalmente a empresa acompanha desempenho ambiental monitorando todos os aspectos dos programas de gestão ambiental, como requisitos legais, reciclagem e minimização de resíduos sólidos, consumo de água e energia, tratamento de efluentes, emissão atmosférica de gases e requisitos financeiros da reciclagem dos resíduos sólidos através de um instrumento chamado rating ambiental. Tabela 1 – Objetivos e metas ambientais da franquia.

Objetivos Ambientais Metas

Redução do consumo de água e energia Redução de resíduos sólidos Índice de reciclagem Coleta de PET comercializado Tratamento de Efluentes Conformidade com os requisitos legais

- - - 5% do total comercializado > 90% dos limites de lançamento 100%

Quanto o estabelecimento, implementação e manutenção dos programas ambientais, segue sistematizado com o respectivo diagnóstico evidenciado pela auditoria: a) Equipe de eco-eficiência de água – trata de uma equipe formada por colaboradores internos, responsáveis pelo objetivo de redução do consumo de água na empresa. Não foram evidenciados registros de um programa ambiental para redução de água aprovado pela alta administração que seja estabelecido, implementado e documentado. Algumas práticas evidenciadas para a redução do consumo de água foram: água utilizada na assepsia de embalagens retorna para Estação de Tratamento de Águas sendo reutilizada no processo de fabricação do produto e utilização do efluente tratado na irrigação do gramado e jardins da empresa, porém não há nenhum monitoramento da realização e eficácia destas atividades mencionadas; b) Equipe de eco-eficiência de energia - trata de uma equipe formada por colaboradores internos, responsáveis pelo objetivo de redução do consumo de energia elétrica na empresa. Não foram evidenciados registros de um programa ambiental para redução de energia aprovado pela alta administração que esteja estabelecido, implementado e documentado, assim como não há registros de ações realizadas pela equipe nos últimos meses; c) Dia Mundial de Limpeza de Praias – programa estabelecido pela empresa matriz, onde a franquiada anualmente atua na limpeza das praias através com a coleta de lixo e ações de educação ambiental junto à população. O programa está estabelecido, implementado e documentado, porém não foi evidenciada a mensuração de metas; d) Programa de Reciclagem – trata de um programa realizado junto à comunidade externa objetivando a coleta de embalagens dos produtos comercializados pela empresa como PET’s e latas de alumínio. O programa está estabelecido, implementado

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e documentado, e, há a clareza na mensuração das metas e os prazos estabelecidos. A partir de 2007, ano do início de funcionamento da empresa, a matriz estabeleceu metas de coleta de PET para reciclagem, conforme mostrado na Tabela 02. Tabela 2 – Meta para coleta de PET em relação ao total comercializado.

Ano Meta para coleta de PET comercializado

(%)

2007 2008 2009 2010

-3% 5% 7%

10%

A empresa assegura a manutenção dos objetivos, metas e programas da empresa através de um comitê composto por diretores e gerentes corporativos que analisam e os atualizam mensalmente no Plano de Gestão Integrada. Quanto ao item 3 do Quadro 11 a organização deve considerar seus aspectos operacionais ao estabelecer os seus objetivos e metas. Portanto, neste aspecto foi evidenciado conformidade no texto do Programa de Gestão Ambiental, notando o comprometimento ao considerar os aspectos operacionais na definição de seus objetivos e metas, como também na elaboração de programas e instruções operacionais de trabalho. É evidenciado ainda, atas de reuniões com fornecedores, onde havia o estudo e negociação da aplicação das melhores tecnologias que se adéquam as operações da empresa e que sejam viáveis economicamente. Por último, o Manual do SGI e outros documentos coorporativos foram auditados em função do estabelecimento de responsáveis, meios e prazos dos programas ambientais da empresa. Essa definição é indispensável para que o atendimento dos objetivos e metas ambientais da empresa sejam efetivados. Assim, este requisito foi considerado como uma Não-conformidade MENOR mediante a evidência de que alguns dos programas não têm responsáveis deliberados e documentados e ainda possuírem algumas das metas ambientais em status de definição. Portanto, de maneira geral, em relação aos requisitos da ISO 14001 do item 4.3.3 Objetivos, Metas e Programa(s), foram evidenciados conformidades e não conformidades, porém as não conformidades foram classificadas como necessita de observação, devido à empresa estar ciente dos requisitos e está planejando a mensuração de suas metas ambientais. Realize a Conclusão da Auditoria identificando:

1) Os pontos fortes evidenciados na auditoria. a) Quanto à política da empresa os pontos fortes evidenciados foram: b) Quanto aos aspectos ambientais os pontos fortes evidenciados foram: c) Quanto aos requisitos legais, os pontos fortes evidenciados foram:

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d) Quanto aos objetivos, metas e programas ambientais os pontos fortes evidenciados foram:

2) Oportunidades de melhoria evidenciados na auditoria: a) Quanto à política da empresa: b) Quanto aos aspectos ambientais: c) Quanto aos requisitos legais; d) Quanto aos objetivos, metas e programas ambientais: 3) Validação do modelo de auditoria ambiental:

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 19011: diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ______. NBR ISO 14001: sistema de gestão ambiental: especificação e diretrizes para o uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ______. NBR ISO 14001: sistema de gestão ambiental: requisitos com orientação ao uso. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ______. NBR ISO 14004: sistema de gestão ambiental: diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. ______. NBR 19011: diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. BOGO, Janice Mileni. O sistema de gerenciamento ambiental segundo a ISO 14001 como inovação tecnológica na organização. 1998. 153 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1998. DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. São Paulo: Marques Saraiva, 1990. DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. FRYXELL, G. E.; SZETO, A. The influence of motivations for seeking ISO 14001 certification: an empirical study of ISO 14001 certified facilities in Hong Kong. Journal of Environmental Management, v. 65, n. 3, p. 223-238, 2002. LEPAGE-JESSUA, C. Audit D’Environment –legislation, methodologie, politique europeenne. Dunod, Paris, 1992. LA ROVERE, E. Lèbre, (Coord.) et al., Manual de auditoria ambiental. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. MAIMON Dália. ISO 14000 - passo a passo a da implementação nas pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro: QualityMark, 1999. MILARÉ, Édis. Direito do meio ambiente - doutrina, prática, jurisprudência e glossário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

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NETO, Alexandre A. da Conceição. Auditoria ambiental interna: uma ferramenta para a gestão empresarial. 2001. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis) - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, 2001. SOARES, Daniel Carvalho, PIMENTA, Handson Claudio Dias. MODELO DE AUDITORIA PARA UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: um estudo de caso em uma indústria alimentícia em Natal/RN. Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 7, n. 2, p. 063-083, abr. /jun. 2010 RODRIGUES, Willian Costa. Auditoria e Certificação Ambiental: Sistema de gestão ambiental – ISO 14001. 2007 ZENG, S. X. et al. Towards implementation of ISO 14001 environmental management systems in selected industries in China. Journal of Cleaner Production, v. 13, n. 7, p. 645-656, 2005.