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Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro DISCIPLINA: Segurança e Manutenção das Edificações Victor Esteves victoresteves@poli.ufrj.br www.del.ufrj.br/~victor.esteves

DISCIPLINA: Segurança e Manutenção das Edificações Victor ...victor.esteves/Seguranca2013/Aula_29Mar2012... · largou alargou a furadeira, pôs as mãos no rosto perdeu o equilíbrio

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Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

DISCIPLINA: Segurança e Manutenção das Edificações

Victor Esteves

[email protected]@p j

www.del.ufrj.br/~victor.esteves

SÉRIE DE RISCOSSÉRIE DE RISCOS

TécnicaTécnica QualitativaQualitativaTécnicaTécnica QualitativaQualitativa

Análise “a posteriori”pAnálise “a priori”

INCIDENTEC

RISCO EXPOSIÇÃORISCO EXPOSIÇÃO

CAUSA FATO EFEITOCAUSA FATO EFEITO

ORIGEMHumana

ACIDENTEOU FALHA

DANOSHumanos

Material MateriaisFinanceiros

FATOS concretos ou abstratos masFATOS, concretos ou abstratos, mas reais. eLIGAÇÕES unindo os fatos entre si e queLIGAÇÕES, unindo os fatos entre si, e que nunca são o resultado do acaso.

Partindo dessa hipótese fundamental a metodologia Partindo dessa hipótese fundamental, a metodologia consiste em:

Identificar todos os fatos relativos ao acontecimentoem questão e, estabelecer as ligações entre estes fatos, reconstituindo a realidade.

Riscos Contribuintes

Riscos Inicial Eventos Catastróficos

Pressão EquipamentosPressão

de Operação

Equipamentos

Danificados

Risco Principal

U id d C ãMetal

ANDRuptura Fragmentos

ORPessoal

Umidade CorrosãoDebilitado

ANDdo tanque Projetados

ORlesado

S

Uso de secantespara manter otanque sem

umidade.

Uso de açoinoxidável ouaço carbono

revestivo.

Superdimensionarespessura de modoque, com a corro-são não se atinja

o ponto de colapsodurante a vida

Reduzirpressão à

medida queo tanque

envelhece.

Usardiafragmas querompam antes

do tanque,evitando dano

extensivo e

Prover demalha metálicaenvolvente paraconter possíveis

fragmentos.

Localizaro tanque

afastado doequipamento

suscetívelde dano

Manter opessoal

afastado davizinhançado tanqueIN

IBIÇ

ÕES

durante a vidaesperada

extensivo efragmentação.

de dano

SEQÜÊNCIA DE EVENTOS QUE PODERIAM CAUSAR LESÕES E DANOS POR RUPTURA DE UMTANQUE DE AÇO PRESSURIZADO, E POSSÍVEIS INIBIÇÕES RESPECTIVAS.

Willie Hammer, HANDBOOK OF SYSTEM AND PRODUCT SAFETY, @1972.Traduzido e adaptado por permissão de Prentice-Hall Inc. Englewwood Cliff, New Jersey.

Objetivo: inibir a seqüência de fatos negativosObjetivo: inibir a seqüência de fatos negativos ou sua repetição.

Metodologia: análise de seqüências de eventosMetodologia: análise de seqüências de eventos por relação causa-efeito, incluindo inibições a cada elemento da série.

Benefícios e Resultados: descrição do fenômeno, determinação de um elenco de inibições, determinação de causas remotas ou i i i i d üê iiniciais da seqüência.

INIBIÇÕES: medidas técnicas e/ou administrativas no sentido de corrigir ouadministrativas, no sentido de corrigir ou prevenir o risco identificado.

Fn 1 Fato n Fn+1n-1 Fato n Fn+1

Fn-3

Fn-2

Fn-1

Fato n Fn+1

Fn 1

Fn-1 Fato nFn+1

Fn+2

Fn-3 Fn+1

Fn-2

F 1

Fato nFn+2

n 1

Fn-1 n+2

C12

CC4E

C

Causas Imediatas

C13

C14 C5

C1OUCq1

Causas Básicas

C15

C16

C6

C7 C2E

ERisco

Principal (evento)

E C70 EC16

C17

C8

(evento)

C18

C19

C9

C10 C3

OU

OU

Cq2

C20

C10

C11

C3E

Riscos Iniciais

Riscos Contribuintes

Eventos Catastróficos

Principal: é aquele considerado como o evento diretamente causador dos eventos catastróficos.

Eventos Catastróficos: são eventos com conseqüências indesejáveis em termos de danos a pessoas equipamentos e/ou ambientea pessoas, equipamentos e/ou ambiente.

Contribuinte: é o risco que, direta ou indiretamente, dá seqüência à série, após o risco inicial.

Inicial: aquele que deu início à série.

RECOLHER INFORMAÇÕES.“aquilo que não aconteceu como de costume”.q q

CONSTRUIR A SÉRIE DE RISCOS.ESCOLHER OS OBJETIVOS E FORMULAR ASESCOLHER OS OBJETIVOS E FORMULAR AS POSSÍVEIS AÇÕES DE PREVENÇÃO.DISCUTIR QUAIS SERIAM AS MELHORESDISCUTIR QUAIS SERIAM AS MELHORES SOLUÇÕES DE PREVENÇÃO.

João estava furando um cano Para executar o serviço equilibrava se em cima deJoão estava furando um cano. Para executar o serviço, equilibrava-se em cima de umas caixas em forma de escada. Utilizava uma furadeira elétrica portátil. Ele já havia feito vários furos e a broca estava com o fio gasto; por esta razão João estava forçando a penetração da mesma.

Momentaneamente a sua atenção foi desviada por algumas faíscas que saíam do cabo da extensão, exatamente onde havia um rompimento que deixava a descoberto os fios condutores de eletricidade.

Ao desviar a atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a pressão ela quebrou e, neste mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que acontecia, sendo atingido por um estilhaço da broca em um dos seus olhos. Com um grito, largou a furadeira pôs as mãos no rosto perdeu o equilíbrio e caiulargou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e caiu.

Um acontecimento semelhante, ocorrido há um ano atrás, nesta mesma empresa, determinava o uso de óculos de segurança na execução desta tarefa.ó l d d b d d dOs óculos que João devia ter usado estavam sujos e quebrados, pendurados em um prego.

Segundo o que o supervisor dissera, não ocorrera nenhum acidente nos últimos meses e o pessoal não gostava de usar óculos; por esta razão ele não semeses e o pessoal não gostava de usar óculos; por esta razão, ele não se preocupava em recomendar o uso dos mesmos nestas operações, alegando que tinha coisas mais importantes a fazer.

LARGOU A FURADEIRA

SUPERVISOR NEGLIGENTE

ENÃO USOU VOLUNTA-

FEITO VÁRIOS FUROS

NÃO

NÃO GOSTAVA DE

USAR

RIAMENTEOU

SUJOS E QUEBRADOS

BROCA COM FIO GASTO

NÃO USOU

ÓCULOS

QUEBRA DA BROCA

FRAGMENTOS PROJETADOSE PERDA DE

EQUIL.EOU

FORÇOU A PENETRAÇÃO

INCLINAÇÃO DA BROCA NO

LESÃO OLHOE

VOLTOU O OLHO EQUILIBRAVA-SE

EM CAIXAS E

DA BROCA NO FURO

TORCE O CORPO EM CAIXAS

CAIU

DESVIO DE ATENÇÃO

OUTRAS LESÕES

FAÍSCAS NO FIO CONDUTOR

FIOS DESCOBERTOSDESCOBERTOS

CASO DO JOÃO - UMA POSSÍVEL SOLUÇÃO - Exemplo de Série de Riscos

NEGLIGENTE

NÃO USOU VOLUNTARI

TREINAMENTO IGNORAVAO RISCO

NÃO USOU LARGOU

USO EXCESSIVO

MÁ SUPERVISÃO OU

VOLUNTARIA-MENTE

FALTA DE MANUTENÇ

ÃO

FORA DE CONDIÇÃO

OUNÃO USOU ÓCULOS

LARGOU FURADEIRA

FALTA DE

BROCASEM FIO PRESSÃO

EXCESSIVAE

FALTA DE FALTA DE FAÍSCAS DESVIO DE INCLINAÇÃO

OU

FALTA DE MANUTENÇÃO

QUEBRA NA BROCA

E FRAGMENTOS PROJETADOS

VOLTOU O OLHO

E LESÃOOLHO

E

MÃOS NO PERDA FALTA DEMANUTENÇÃO

FALTA DEISOLAMENTO

FAÍSCASNO FIO

DESVIO DEATENÇÃO

INCLINAÇÃO DA BROCANO FURO

MÃOS NO ROSTO

PERDA EQUILÍBRIO

E

MÁSUPERVISÃO

PLATAFORMA INADEQUADA QUEDAOU

IGNORAVAO RISCO

NÃO HÁ ESCADAS

OUTRASLESÕES

RISCOPRINCIPAL

FRAGMENTOSPROJETADOSOUQUEBRAQUEBRADA BROCA

A ORIGINALIDADE d ét d é lh f tA ORIGINALIDADE do método é: recolher os fatos, interessando-se por tudo aquilo que não aconteceu como de costume.Verificar bem os fatos para recriar a situação exata. Não fazer interpretações nem julgamentos.A SÉRIE DE RISCOS é um PLANO COMPLETO doA SÉRIE DE RISCOS é um PLANO COMPLETO do acidente. E é também um meio de COMUNICAÇÃO.Nunca saberemos tudo sobre um acidente; apesar do método alguns detalhes sempre escaparãodo método, alguns detalhes sempre escaparão.A LÓGICA e a RIQUEZA da SÉRIE DE RISCOS estão intimamente ligadas à qualidade da análise do gacidente.