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Discípulos Catequistas Como fazer uma catequese capaz de suscitar de discípulo/as de Jesus

DISCÍPULOS CATEQUISTAS

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Discípulos Catequistas

Como fazer uma catequese capaz de suscitar de discípulo/as

de Jesus

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A catequese foi sempre considerada pela Igreja como uma das tarefas primordiais (At 18,25; 21,25; Rm 2,18; 1Cor 14,19; Gl 6,6 e Lc 1,4), porque Cristo antes de voltar para o Pai, deu aos discípulos uma última ordem: “Ide, e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).

Isso levou a Igreja a empreender diversas iniciativas e, assim, se chamou “catequese” (kata-ekeo) ao conjunto dos esforços para fazer discípulos.

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Em “Catechesi Tradendae” J. Paulo II diz que “a catequese é tão antiga quanto a Igreja” (cap. 2) e que esta “é convidada a consagrar à catequese seus melhores recursos de pessoal e de energia, sem poupar esforços, trabalhos e meios materiais” (CT nº 16).

Diz o papa Bento XVI que, a questão dos católicos que abandonam a vida eclesial “parece se dever à falta de uma evangelização em que Cristo e a Igreja estejam no centro de toda proclamação”.

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E a fé não é mais transmitida por herança ou tradição e sim por opção (ou atração!). Cada um escolhe a religião (ou configuração religiosa) de

acordo com seus interesses e o mercado oferece a religião como mercadoria ao gosto do freguês.

E isso nos questiona: será que nossa catequese e ação pastoral são capazes de oferecer ocasiões para o encontro com Cristo e fazer discípulos dele? Pois “devemos dar a razão da nossa esperança a quem pede” (cf. 1Pd 3,15).

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BATE-PAPO: Que eventos significativos notamos na vida de nossa Igreja nos últimos tempos?

Para enfrentar estes novos desafios, o DAp 169-170.172, apela para a necessidade de uma “conversão” que leva a uma “ação pastoral orgânica, renovada e vigorosa” que, ocorrerá com “uma ação renovadora das paróquias” que sejam verdadeiros “espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé”, e para isso, é necessário “reformular as estruturas”.

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A VONTADE DE JESUS SOBRE SUA IGREJA

O que Jesus quer é a Igreja faça discípulos. Discípulos de Jesus Cristo: eis a questão! (Mt 28,19-20).

Essa passagem nos ajuda a entender a missão do catequista dentro da missão e ação evangelizadora da Igreja. Neste trecho, a missão dos doze é sintetizada com o verbo mateteúsate (= fazei discípulos), explícito nos dois particípios: batizando (baptizantes) e ensinando (didascontes)

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A adesão pessoal (sequela Christi = seguimento) é consequência desse processo!

A missão do catequista-discípulo é conduzir (favorecer) as pessoas ao seguimento de Jesus, mais que à aceitação de doutrinas.

A ação do catequista-discípulo deve seguir o método de Jesus: chamado, instrução e envio!

BATE-PAPO: Como Jesus

despertava para o seu seguimento?

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Daí, a importância da catequese como educação da fé que confirma e faz crescer a adesão à pessoa e mensagem de Jesus. A generalização do batismo de crianças nos fez perder de vista esta primeira finalidade da evangelização, tornando a catequese “refém” da simples “recepção” dos sacramentos, perdendo sua função mistagógica.

Isso fez (e faz) dos pais os primeiros catequistas de seus filhos, cuja missão de educar na fé não é diferente da missão da Igreja: fazer discípulos!

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Para indicar a prioridade de “discipular” sobre as outras atividades, podemos citar Paulo (1Cor 1,14.17). A nossa ação pastoral deve ser conduzida e iluminada por esta vontade-missão que Jesus confiou à sua Igreja: FAZER DISCÍPULOS!

1.2. A CENTRALIDADE DA ISSÃO NA AÇÃO EVANGELIZADORA

Fazemos batizados, comungantes, crismados, casados... Mas, não discípulos e, muito menos, missionários! Um detalhe interessante que chama a atenção é que, quando um católico nos deixa, declara com ênfase que “encontrou Jesus” e “descobriu a Palavra”. Por que não conseguimos suscitar essa paixão por Jesus e por sua palavra? A nossa catequese não fala de Jesus? A nossa catequese não é bíblica? O que falta?

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É preciso fazer discípulos - gente apaixonada por Jesus - que aposta nele, fazendo por sua vez, outros discípulos e missionários! Mas o ser ou tornar-se discípulo é fruto de um encontro: encontro com a pessoa de Jesus! A catequese deve oferecer meios para que este encontro aconteça! É importante notar que se, os apóstolos não são mais enviados de dois em dois, o trabalho agora é comunitário e visa formar a comunidade dos discípulos que aprenderam a viver como Jesus viveu (Fl 2,5).

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2. A CATEQUESE NO CONJUNTODA AÇÃO EVANGELIZADORA

A catequese é tarefa eclesial e daí surge o ministério do catequista, em vista da evangelização, pois, a missão da Igreja é “fazer discípulos” para, seguindo Jesus, apreender o caminho que leva ao Pai (Jo 14,6). Essa ação basilar da Igreja se faz através da catequese e, por isso, o catequista é chamado a colaborar.

Fazer discípulos é necessário para a Igreja “comunidade de discípulos”. E, assim, surgem os ministérios e serviços em que os batizados são convocados a cooperar, conduzindo à maturidade da fé, como discípulo perfeito e “preparado para toda boa obra” (cf. 2Tm 3,17).

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Ser catequista não é o primeiro chamado que nos é feito, mas um passo a mais na missão de testemunhar o seguimento de Jesus Cristo, no sentido de suscitar e cultivar a vida de fé da comunidade.

Para despertar e descobrir o chamado, o catequista deve: escutar o que Deus tem a dizer (1Sm 3,3); sentir da maneira que Deus sente (Ex 3,7-10; Fl 2,5); ver a necessidade da Igreja (At 2,42-47) e responder assumindo a missão (Is 6,8; Mc 3,3). O catequista de despertou – que fez a experiência do encantamento – é aquele que educa os outros para esta mesma experiência, através de seu testemunho (Jo 1,41.45).

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A catequese não é um ato isolado ou independente da ação evangelizadora da Igreja. Por isso, se faz necessária uma pastoral de conjunto, tanto no nível da catequese, quanto das demais pastorais.

A missão da Igreja é anunciar o Evangelho para “fazer discípulos”. Esse ministério se estrutura em três momentos interdependentes:

a) primeiro anúncio ou kerigma (cf. At 2,14-36; 10,36-43; 13,16-41; 17,22-31), portanto, é missão de todo batizado anunciar Jesus Cristo, evangelizar;

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b) educação da fé ou catequese (kat + éckein = fazer ecoar, ressoar, repercutir, ouvir de novo): para se ter conhecimento do dom da fé, precisamos aprofundar o conteúdo do anúncio, pois, só se ama aquilo que se conhece. Catequese é, pois, fazer ecoar o primeiro anúncio, desenvolver o conteúdo apreendido para entender o que é proposto pelo Evangelho.

A catequese é imprescindível por dois motivos: 1) para propiciar o crescimento (maturidade) da fé, dando as convicções e firmando o ensinamento recebido e 2) para capacitar que o discípulo possa anunciar aos outros o Evangelho (cf. Mt 28,19; Mc 16,15).

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Essa tarefa se concretiza na Crisma. A catequese visa ao crescimento na fé comunitária, para que, a comunidade

evangelizadora seja evangelizadora. Daí, sem catequese, dificilmente seria

possível o discipulado!c) ação missionária ou pastoral: é o momento da formação continuada (permanente) para aprofundar o seguimento de Jesus (discipulado) e o compromisso missionário. É engajamento!

Se a catequese não chegar a essa meta, se deve rever o processo, pois, a fé precisa ser revigorada sempre e cada cristão tem que dar a razão de sua esperança (1Pd 3,15).

Por isso, a paróquia precisa renovar sua ação catequética “pós-sacramental”, saindo do consumismo e ativismo religioso.

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O ministério da catequese ocupa um lugar de relevo no conjunto dos ministérios da Igreja particular (DNC 232), por isso, a Igreja se edifica a partir do anúncio do evangelho, da catequese e liturgia, tendo como centro a celebração eucarística (DNC 233).

Sendo a catequese uma introdução progressiva às riquezas do mistério de Cristo, é inestimável a

colaboração dos catequistas a esta tarefa! Afinal, NÃO EXISTE CATEQUESE SEM CATEQUISTA!

Há, por acaso outra forma de transmitir o evangelho senão através da experiência de fé, do testemunho?

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Sendo a catequese um processo educativo, ela deve conduzir o

catequizando a descobrir sua vocação dentro da Igreja, principalmente na etapa da Crisma. Toda a catequese deve ajudar a

descoberta da vocação nos níveis existencial, universal e específico. A descoberta da própria vocação deve

conduzir ao compromisso da fé e transformar a vida do catecúmeno

(catequizando), tornando-0 testemunha diante do mundo da boa-nova do encontro

com Cristo (cf. Lc 24,33-35; Jo 4,39-42).

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O ressuscitado antes de voltar ao Pai deu uma ordem aos seus (Mt 28,19). Ele havia formado um grupo de discípulos para que ficassem com ele e depois, enviá-los em missão (Mc 3,13). Jesus não era o único mestre, mas seu jeito de chamar era totalmente diferente.

QUEM É O

DISCÍPULO?

Em primeiro lugar, ele mesmo escolhia os discípulos (Mc 3,13; Jo 15,16; Jo 13,18) e os escolheu para servi-los (Mt 20,28) e para serem servos de todos!

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O discípulo está em relação ao mestre, como o filho em relação ao pai: um inexiste sem o outro! O discipulado é aprendizado, pois o discípulo se faz a partir do ensinamento e exemplo de vida do mestre (Jo 13,35). Ser discípulo – seguidor de Jesus – é fundamental a quem crê (Mt 10,37.39). Por isso, Jesus se apresenta como o caminho (Jo 14,6), pois quem o segue deve se configurar a ele e ter os mesmos sentimentos e assumir o mesmo destino dele (Fl 2,5; Jo 12,26).

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O discípulo surge da própria vontade de Cristo (Mt 28,19), do encontro vital com ele que ocorre:

• Pelo acolhimento e meditação da Palavra de Deus (cf. Jo 5,56; 6,68; Mt 17,5; 16,16);

• Pela pertença à comunidade eclesial (Jo 13,35; 15,4; Mt 18,19-20);

• Pela oração pessoal e comunitária intensa, levando ao coração da Trindade (Jo 14,7.15-16);

• Pela atenção especial aos pobres e excluídos (Mt 25,31-46), sem cair numa filantropia egoísta.

COMO NASCE O DISCÍPULO?

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O discípulo de Jesus deve superar a mediocridade, o medo e “avançar para águas mais profundas” (Lc 5,4), num dinamismo sempre novo de fé e amor. Esse modo de ser não admite recuos, por isso:

a) O discípulo de Jesus é aquele que imita o mestre: tem o jeito do mestre; encanta-se e apaixona-se por ele; assume sua missão e o segue; é capaz de renunciar a tudo por amor a ele (Mt 13,44-46); cria meios para se encontrar com ele (Lc 19,1-10) e não se preocupa com a opinião alheia (episódio do paralítico na maca)!

SINAIS QUE IDENTIFICAM O DISCÍPULO DE JESUS CRISTO

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b) O discípulo vive em comunhão eclesial: responde a um chamado pessoal para servir Jesus na Igreja, pois o “Evangelho lhe foi anunciado não para ser guardado, mas transmitido!” O discípulo é chamado à comunhão eclesial. Não há discipulado sem comunhão! Ele tem sua fonte e força no modo de ser e agir de Jesus; Age em nome de Cristo e da Igreja: ele não se isola, nem se limita ao seu grupo ou pastoral, mas está aberto às necessidades da Igreja como um corpo orgânico, em comunhão fraterna, agindo pelo bem de todos/as (1Cor 12,7; Gl 5,13) e sabe que pertence a uma comunidade que tem a presença do Ressuscitado (Mt 18,20; 28,20) e do seu Espírito (Jo 14,16).

SINAIS QUE IDENTIFICAM O DISCÍPULO DE JESUS CRISTO

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 c) O discípulo é convocado para a missão: a

vocação do discípulo é ser missionário (Mc 3,14), por isso, ele é consciente de ser enviado, sendo seu modelo de missionário, o próprio Jesus que se doou por inteiro como “prova de amor”, para que o discípulo possa testemunhar com sua vida a experiência de seguir o Senhor (Gl 2,20) e, assim, ele anuncia e propõe a boa-nova do Evangelho, pois, alguém que encontrou algo bom, dificilmente continuará indiferente (Mt 13,44-46; 1Cor 9,16).

SINAIS QUE IDENTIFICAM O DISCÍPULO DE JESUS CRISTO

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 d) A oração do discípulo: o caminho do discípulo se caracteriza pelo “seguimento”, ou seja, algo contínuo que só se dá pelo dom da perseverança. Por isso, o discípulo precisa pedir: Senhor que eu – veja (Lc 18,35-43), escute para falar (Mc 7,31-37) e ande (Jo 5,9).

SINAIS QUE IDENTIFICAM O DISCÍPULO DE JESUS CRISTO

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4. A VOCAÇÃO E MISSÃO DO CATEQUISTA

O catequista tem sua vocação como realização da vocação batismal. Com a Confirmação, ele recebe o serviço catequético pelo qual sabe que é Igreja e atua em nome da Igreja. Portanto, o catequista é chamado a ser meio de instrução, formação e transformação. Por isso dizia J. Paulo II: “A Igreja precisa de vocês!”, lembrando que a tarefa dos catequistas é vital, pois, o que está em jogo é a maturidade da fé e a identidade cristã (Rm 10,11-17), pois a fé é adesão pessoal da pessoa toda ao Deus que se revela (Hb 11,1; Jo 1,14).

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O cuidado com a formação do “ser” do catequista se dá pela importância deste ministério para a Igreja e do anúncio do Evangelho, pois desse ministério dependem:A iniciação à fé e a educação da fé que forma discípulos;A imagem de Deus, de Jesus e da Igreja (comunidade) que

o catequista revela ;A profundidade e a firmeza da fé do batizado e a formação

cristã integral (maturidade eclesial);O conhecimento da doutrina que a Igreja ensina;A adesão do catecúmeno à pessoa e proposta de Cristo;A integração e o sentido de pertença do catecúmeno à sua

comunidade de fé;

O PRIMADO DO SER SOBRE O FAZER DO

CATEQUISTA

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O catequista é vocação e isso não ato voluntário ou empírico; Ele é servidor da Palavra (a ela está subordinado e a ela deve obediência!), jamais será ele capaz de “formar” (ou educar a fé de) outros como autênticos seguidores da Palavra, se dela não se alimentar ou viver!

O (CATEQUISTA) EDUCADOR DA FÉ

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O catequista é “educador” ou pedagogo (= paidós + aguein) que conduz os membros da comunidade e é mensageiro de Cristo, pois deve anunciar o mistério de Cristo aos irmãos e educá-los estes a tentar encontrar o Cristo às apalpadelas, em cada situação concreta. Isso implica em atenção toda especial à dimensão espiritual da vida do catequista! Em síntese, primeiro vem a pessoa, depois o método. Primeiro vem o ser, depois o fazer do catequista!

O (CATEQUISTA) EDUCADOR DA FÉ

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A ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

Como dito, o testemunho pessoal está na base da catequese e a melhor catequese é a própria vida do catequista. A espiritualidade do catequista faz parte do “ser” do catequista. Quem não tem paixão por Jesus nunca será capaz de despertá-la nos outros e, dificilmente poderá introduzir ou conduzir outros no essencial da fé, se antes não tiver descoberto os aspectos essenciais do mistério cristão.

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A ESPIRITUALIDADEDO CATEQUISTA

A espiritualidade do catequista deve ser vista desde sua missão de servidor da Palavra e educador da fé, uma espiritualidade voltada ao serviço e para o serviço e vivida com humildade (2Cor 4,7; Eclo 1,9-25) e confiança (Jr 1,6-8; Ex 3,10-12; Lc 5,4-11; Lc 1,37; Fl 4,13). Como Maria, o catequista pode dizer: “O Senhor olhou para a humildade de sua serva” e com espanto e admiração: “Ele fez por mim maravilhas!” (Lc 1,46-49).

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

CRISTOCÊNTRICA: cristão vem de Cristo (At 11,26). O cristão recebe a missão de Jesus, o Cristo, do qual assume o nome e, sem viver essa missão, estará usurpando o nome recebido. A catequese deve conduzir ao núcleo central do Evangelho: conversão, seguimento e opção por Jesus e sua missão. Sempre, no início deve estar presente o encontro a pessoa de Jesus (= coração da catequese!). Cristo veio para revelar Deus como Pai, Filho e Espírito Santo. Ele é o caminho que conduz ao seio da Trindade Santa.

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

TRINITÁRIA: Jesus revela a originalidade da nosso Deus: Deus-comunhão, Deus-Família, Deus Amor. A Trindade é o ponto de chegada da fé, da catequese e da vida cristã. LITÚRGICO-SACRAMENTAL: O Ressuscitado se faz presente em nosso meio através de sinais, os sacramentos. A vida sacramental é essencial para o catequista crescer na intimidade com Jesus e no ideal de santidade. Somente quem tem intimidade com Jesus pode comunicar o seu mistério.

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

Essa dimensão se liga à vida de oração que, é fundamental para o catequista que recebeu da Igreja a tarefa de educar na fé o catequizando e fazer dele um discípulo de Jesus. Toda a vida e práxis de Jesus se nutriu da oração (Lc 4,1.42; 6,12; 9,18.28-29; 10,21-22; 11,1ss; 22,17-19.41-46; 23,23-34.46; Mt 11,25; 26,39.42; 27,46; Mc 14,32.36.39; 15,34; Jo 11,41; 12,27-28; 17,6.20). assim teremos as qualidades da oração: atenta (Mt 6,6; Ef 6,18; Jo 4,3); confiante (Mt 21,22; Mc 11,22) e perseverante (Lc 18,1; 1Ts 5,17).

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

O catequista deve ser apto também para educar à oração e aos diversos modos de rezar!

Pausa: FALANDO NISSO, COMO ANDA MINHA VIDA DE ORAÇÃO E SACRAMENTAL?

BÍBLICA: O catequista é servidor da Palavra. Por isso, a Bíblia é o livro por excelência do catequista. O primeiro conhecimento vem da Palavra (2Tm 3,14-17). Aquele que educa a fé pela Palavra, dela se nutre! Mais do que qualquer outro agentes pastoral, o catequese deve ter familiaridade com a Palavra de Deus e despertar o “apetite, amor e interesse” por ela.

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

ECLESIAL: A espiritualidade do catequista comporta a dimensão eclesial. O catequista é chamado por Deus, constituído ministro da Palavra pelo Espírito e enviado pela comunidade, pois é em nome dela que fala e atua. Essa dimensão requer o assumir o plano de pastoral comunitário/paroquial, participação da vida comunitária, integração com outros catequistas (o grupo de catequistas, onde se reza, estuda, planeja e avalia a caminhada), com as outras pastorais e sintonia (comunhão) com o pároco – animador de toda a comunidade – e (primeiro) catequista (dentro da comunidade paroquial) por excelência!

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

MARIANA: Maria é o exemplo humano mais acabado para quem acolhe a Palavra e acredita nela (Lc 1,45), sabendo que nem sempre a missão será fácil (Lc 2,19-25; Jo 19,25).

Maria é modelo, pois, segundo S. Agostinho, “Ela foi Mãe e ao mesmo tempo discípula” (cf. At 1,14). Mas, a devoção a Maria deve apontar para Jesus (Jo 2,5).

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DIMENSÕES DA ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA

SOLIDÁRIA: Evangelizar é anunciar a salvação integral da pessoa (Lc 4,18-20). A catequese deve despertar para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Pelo exemplo e testemunho de vida que o catequista dá, a doutrina que ele ensina se faz vida!

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6. A FORMAÇÃO DO CATEQUISTA: O PAPEL DO PÁROCO NA FORMAÇÃO, A

IDENTIDADE E ALEGRIA DE SER CATEQUISTA

Nunca se insistiu tanto em formação como em nossos dias, caracterizados não somente como época de mudança, mas também como mudança de época. Vivemos numa “época de mudanças vertiginosas” e a formação de tornou essencial. Sabe-se que hoje, a qualificação é dimensão necessária na profissão e nos negócios.

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• Por isso, o principal agente e responsável da formação catequética é o pároco. Ainda que o bispo seja o primeiro catequista (cf. CD 14; CT 64; DNC 227), o animador da catequese comunitária e paroquial é o pároco que, deve dedicar seus maiores esforços à formação e animação espiritual dos catequistas (DNC 245; CDC 519), pois ele é o “catequista dos catequistas”.

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FORMAÇÃO BÁSICA • Constituído o grupo dos

catequistas, deve-se fazer um planejamento da formação, começando pelo básico da catequese, o CIC, com suas 4 partes: Creio, Mandamentos, Sacramentos e Pai Nosso. Usar o CIC tem a vantagem de uma formação sistemática e orgânica. Outro momento deve ser a formação bíblica. A Bíblia deve ser o livro por excelência e não mero subsídio.

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FORMAÇÃO BÁSICA • Neste nível, se deve conhecer

elementos de psicologia das idades, da pedagogia e da mensagem cristã (DNC 291). Devido à rotatividade de catequistas, essa formação básica deve ser retomada com frequência para acolher os catequistas novos. Não se deve esquecer as três dimensões: o “ser”, o “saber” e o “saber fazer” do catequista (DNC 261ss).

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FORMAÇÃO PERMANENTE• É próprio desta fase o

aprofundamento do estudo e uma experiência maior da Palavra de Deus, da dimensão social do evangelho e da relação catequese-liturgia. Diz o DCG 234 que, “qualquer atividade que não conte com pessoas realmente preparadas, para a sua realização, coloca e risco sua qualidade!” Essa formação permite ao catequista “avançar para águas mais profundas” (Lc 5,4).

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FORMAÇÃO PERMANENTEDeus coloca nas mãos dos catequistas o destino de sua palavra e a fé dos catequizandos, preparando assim, o futuro da Igreja. Tempos novos exigem catequistas novos e tempos desafiadores exigem catequistas preparados

Pausa para uma parábola SOBRE MUDANÇAS E NOVAS ATITUDES

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Sobre mudanças e novas atitudesUma mulher fazia aos domingos um prato de peixe para o

jantar da família. Sempre cortava o peixe em pedaços bem pequenos. O marido, que trazia peixes grandes do mercado, perguntava por que fazia isso e ela respondia: Aprendi com minha mãe, que era uma excelente cozinheira. Ela sempre cortava o peixe assim.

Um dia, a mãe veio visitá-la. Entrou na cozinha e viu como ela preparava o peixe. E perguntou: Um peixe tão grande e tão bonito!... Por que você não faz pedaços maiores? Ela, espantada, explicou que sempre vira a mãe fazer daquele jeito.

Então a mãe esclareceu: Filha, eu só fazia isso porque a minha frigideira era pequena e a gente naquele tempo não tinha como conseguir outra maior...

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O PAPEL DO PÁROCO NO PROCESSO DE

FORMAÇÃO DO CATEQUISTA

É necessário que os párocos cuidem também da vida espiritual dos catequistas, alimentando-a pela oração, leitura e meditação da Palavra e estimulando a vivência sacramental e comunitária. Não podendo faltar o retiro espiritual específico para catequistas.

O pároco deve cuidar para que os catequistas participem da vida comunitária, por causa de seu ministério de “educador da fé”. Não podendo ser admitido como catequista, pessoas que só aparece para ministra suas “aulas” de catequese.

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ATENÇÃO À PESSOA DO CATEQUISTA

Não existe catequista perfeito, mas este se faz ao longo do processo de formação e da catequese. Este é o catequista ideal. Por isso, se deve cuidar para que o catequista tenha a preocupação de crescer na fé, na espiritualidade e na formação. Educar na fé significa conduzir as pessoas a fazer a experiência do amor pessoal de Deus, como resultado de um encontro pessoal, lembrando que o coração da catequese é Jesus Cristo.

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A ALEGRIA DE SER CATEQUISTA

O que se quer de nós catequistas? Uma sólida vida espiritual que se alimenta da oração constante, da leitura e meditação continuada da Palavra, da participação frequente à Eucaristia, ao sacramento da Reconciliação, da vida ativa na comunidade paroquial.Lembre-se: para o catequizando, a vida e o testemunho do catequista são mais importantes que o livro de catequese. O “ser” do catequista é mais importante que o seu “fazer”.

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A ALEGRIA DE SER CATEQUISTA

A tarefa de educar a fé é de toda a comunidade, mas ela escolhe algumas pessoas para que façam isso com mais atenção e propriedade: você é um destes escolhidos/as, mas saiba que esta é uma tarefa que a Igreja lhe confiou! Você não é dono deste ministério, mas servidor!

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A ALEGRIA DE SER CATEQUISTA

Não esqueça que o catequista é uma pessoa de esperança, positiva, equilibrada e “companheiro de viagem” de seus catequizandos, para se abrirem aos dons do Espírito, aprofundando sua adesão ao Ressuscitado e serem suas testemunhas no mundo.Ser catequista hoje é uma aventura espiritualÉ uma missão eclesial e também uma alegria profunda

De testemunhar a alegria que está em nós!

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Por sua atenção, obrigado!

Irineu Castro da Silva Filho [email protected] (92) 3248-7104 / 3184-0677

9231-8296 / 9999-9158