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E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N A C Â M A R A M U N I C I P A L D E F L O R I A N Ó P O L I S P R E S I D Ê N C I A LEI COMPLEMENTAR Nº 349/2009, de 27 de janeiro de 2009. Procedência: Poder Executivo Natureza: Projeto de Lei Complementar nº 1001/2009 DOE nº 18535 de 27.01.2009 Fonte: CMF/Gerência de Documentação e Reprografia DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE FLORIANÓPOLIS E ADOTA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O Povo de Florianópolis, por seus representantes, aprova e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: TÍTULO I DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO, DAS DIRETRIZES E DOS CONCEITOS Art. 1º O Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Município de Florianópolis RPPS/Florianópolis, de caráter contributivo e solidário, é organizado nos termos desta Lei Complementar. Art. 2° A organização e o funcionamento do RPPS/Florianópolis, observadas as peculiaridades dos Fundos Financeiro e Previdenciário, são baseados nas seguintes diretrizes: Art. 2º A organização e o funcionamento do RPPS/Florianópolis são baseados nas seguintes diretrizes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017) I - garantia da totalidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial das operações, mediante recursos provenientes das contribuições previdenciárias dos segurados, dos beneficiários e dos poderes e órgãos; II - realização de avaliação atuarial em cada balanço anual para a organização e revisão do Plano de Custeio e do Plano de Benefícios; Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SC Fone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br [email protected]

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LEI COMPLEMENTAR Nº 349/2009, de 27 de janeiro de 2009.

Procedência: Poder ExecutivoNatureza: Projeto de Lei Complementar nº 1001/2009DOE nº 18535 de 27.01.2009Fonte: CMF/Gerência de Documentação e Reprografia

DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE FLORIANÓPOLIS E ADOTA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Povo de Florianópolis, por seus representantes, aprova e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO IDO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES

CAPÍTULO IDA ORGANIZAÇÃO, DAS DIRETRIZES E DOS CONCEITOS

Art. 1º O Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Município de Florianópolis RPPS/Florianópolis, de caráter contributivo e solidário, é organizado nos termos desta Lei Complementar.

Art. 2° A organização e o funcionamento do RPPS/Florianópolis, observadas as peculiaridades dos Fundos Financeiro e Previdenciário, são baseados nas seguintes diretrizes:

Art. 2º A organização e o funcionamento do RPPS/Florianópolis são baseados nas seguintes diretrizes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

I - garantia da totalidade dos riscos cobertos no plano de benefícios, preservando o equilíbrio atuarial das operações, mediante recursos provenientes das contribuições previdenciárias dos segurados, dos beneficiários e dos poderes e órgãos;

II - realização de avaliação atuarial em cada balanço anual para a organização e revisão do Plano de Custeio e do Plano de Benefícios;

III - cobertura exclusiva aos segurados e a seus respectivos dependentes, vedado o pagamento de benefícios mediante convênio ou consórcio;

IV - pleno acesso dos segurados e dos beneficiários às informações relativas à gestão do RPPS/Florianópolis;

V - participação de representantes dos servidores públicos titulares de cargo efetivo, ativos e inativos, e dos pensionistas nos colegiados e nas instâncias de decisão em que os seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação;

VI - registros individualizados das contribuições de cada segurado, beneficiário, poder e órgão;VII - Identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as

despesas fixas e variáveis com inativos e pensionistas, bem como dos encargos incidentes sobre os proventos e as pensões por morte pagas;

VIII - sujeição a inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo;

IX - regime de previdência de caráter contributivo e filiação automática e obrigatória;Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SC

Fone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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X - proibição de instituição, majoração ou extensão de qualquer benefício sem a correspondente fonte de custeio total, de forma a preservar o seu equilíbrio financeiro-atuarial;

XI - vedação à instituição ou concessão de benefícios especiais ou diferenciados daqueles oferecidos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), salvo disposição em contrário da Constituição Federal;

XII - caráter participativo e paritário da gestão administrativa, com representantes do Poder Público Municipal, dos segurados e dos pensionistas;

XIII - organização baseada em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS/Florianópolis;

XIV - aplicação de recursos conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, resoluções do Banco Central e legislação federal aplicável; e

XV - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas as despesas fixas e variáveis do RPPS/Florianópolis.

Art. 3° Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se:

I - acidente em serviço: evento fortuito que provoque lesão corporal ou perturbação funcional no servidor, no local de trabalho ou onde se encontrar a serviço ou a agressão física sofrida, e não provocada por motivos pessoais ou abuso de autoridade, por servidor no exercício de suas funções ou em razão delas;

II - beneficiário: o segurado ou o seu dependente, em gozo de benefício especificado nesta Lei Complementar;

III - cargo efetivo: o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades específicas, definidas na legislação municipal, cometidas a servidor aprovado por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos;

IV - carreira: o conjunto de cargos, do menor para o maior nível de classe, de maneira ascendente, pertencentes ao quadro único dos servidores públicos da administração direta, das autarquias e das fundações municipais;

V - dependência econômica: situação em que determinada pessoa vive às expensas do segurado, em razão da inexistência ou da insuficiência de recursos para o sustento próprio, a ser comprovada de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS);

VI - dependente: o elegível pelo segurado aos benefícios previdenciários, segundo as condições previstas nesta Lei Complementar;

VII - doença incapacitante: a considerada grave, contagiosa ou incurável, prevista nesta Lei Complementar;

VIII - ente federativo: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;IX - equilíbrio atuarial: a garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas

estimadas e as obrigações projetadas em longo prazo, apurada de forma atuarial;X - equilíbrio financeiro: a garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do

RPPS/Florianópolis;XI - insuficiência de recursos: a renda familiar bruta mensal igual ou inferior ao valor do salário

mínimo;XII - moléstia profissional: a decorrente das condições próprias do trabalho ou do seu meio

restrito, e expressamente caracterizada como tal por junta médica oficial especializada;XIII - pensão por morte: o benefício previdenciário pago aos dependentes após a morte do

segurado;XIV - pensionista: o dependente do segurado em gozo do benefício de pensão por morte;XV - plano de benefícios: o conjunto de regras definidoras dos benefícios de natureza

previdenciária do RPPS/Florianópolis;

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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XVI - plano de custeio: o documento elaborado por atuário, com período de vigência previsto, que fixa a magnitude e a periodicidade das contribuições necessárias ao financiamento dos benefícios, visando a sua solvência e o equilíbrio atuarial do RPPS/Florianópolis, de acordo com o regime financeiro e o método de financiamento adotados;

XVII - proventos: o valor pecuniário devido ao segurado inativo;XVIII - recursos previdenciários: as contribuições e quaisquer valores, bens, direitos e ativos

vinculados ao RPPS/Florianópolis e seus rendimentos;XIX - regime de capitalização: aquele no qual as contribuições previdenciárias são arrecadadas ao

longo do período laborativo para custear o pagamento de benefícios previdenciários futuros, com cobertura de eventuais déficits pelo Tesouro do Município;

XX - regime de repartição simples: aquele no qual as contribuições previdenciárias arrecadadas em cada competência são destinadas ao custeio dos benefícios previdenciários devidos no mesmo período;

XXI - regime Próprio de Previdência dos Servidores do Município de Florianópolis: o sistema de previdência estabelecido no âmbito do Município, que assegure, por lei, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por morte previstos na Constituição Federal;

XXII - remuneração: o valor constituído pelo vencimento do cargo e pelas vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, incluídos os adicionais de caráter individual e as vantagens pessoais permanentes;

XXIII - reserva matemática: o montante de recursos necessários ao custeio da totalidade dos compromissos líquidos projetados, do plano para com seus segurados;

XXIV - salário de contribuição: o valor sobre o qual incidem as alíquotas das contribuições previdenciárias;

XXV - segurado: o servidor ocupante de cargo efetivo e o inativo, participantes do RPPS/Florianópolis;

XXVI - subsídio: o estipêndio fixado em parcela única, ao qual é vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória;

XXVII - taxa de administração: o percentual destinado ao custeio das despesas correntes e de capital necessárias à organização e gestão do RPPS/Florianópolis; e

XXVIII - tempo de efetivo exercício no serviço público: o tempo de exercício de cargo, função ou emprego público, ainda que descontínuo, na administração direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos entes federativos.

CAPÍTULO IIDOS SEGURADOS

Art. 4° Os segurados definidos no art. 3º, inciso XXV, desta Lei Complementar, são obrigatoriamente filiados ao RPPS/Florianópolis, quando integrantes:

I - do Poder Executivo, neste incluídas suas autarquias e fundações; eII - do Poder Legislativo.

§ 1° A filiação ao RPPS/Florianópolis se dá automaticamente a partir da investidura em cargo público efetivo no âmbito do município de Florianópolis.

§ 2° Na hipótese de acumulação lícita, prevista na Constituição Federal, o servidor será segurado obrigatório em relação a cada um dos cargos ocupados.

§ 3° Permanece filiado ao RPPS/Florianópolis, mediante contribuição previdenciária para o Regime Próprio de Previdência que trata esta Lei Complementar, o segurado que estiver afastado de suas funções, quando:

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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I - cedido ou à disposição para outro órgão ou entidade da administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;

II - afastado ou licenciado, temporariamente, do cargo e de suas funções; ouIII - no exercício de mandato eletivo, nas condições previstas em lei.

§ 4° Para manter a qualidade de segurado do RPPS/Florianópolis nos casos de afastamento ou de licenciamento dos cargos ou das funções exercidos sem remuneração ou subsídio, o segurado deverá obrigatoriamente efetuar o recolhimento mensal das suas contribuições previdenciárias e da parte patronal, estabelecidas no art. 12 desta Lei Complementar.

Art. 5° A perda da condição de segurado do RPPS/Florianópolis ocorrerá nas seguintes hipóteses:

I - morte;II - ausência ou morte presumida, desde que declarada por sentença transitada em julgado; ouIII - exoneração ou demissão.

CAPÍTULO IIIDOS DEPENDENTES

Art. 6° São considerados dependentes:

§ 1º - São dependentes vitalícios beneficiários da pensão por morte:

I - o cônjuge;II - a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão

alimentícia;III - o companheiro ou a companheira designado que comprove união estável como entidade

familiar;IV - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; eV - a pessoa designada, maior de sessenta anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob

a dependência econômica do servidor.

§ 2º São dependentes temporários beneficiários da pensão por morte:

I - os filhos e enteados, até vinte e um anos de idade, estendendo-se até vinte e quatro anos, quando o beneficiário frequentar curso universitário, desde que, comprovadamente não exerça atividade remunerada, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;

II - o menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de idade, estendendo-se até vinte e quatro anos, quanto beneficiário freqüentar curso universitário, desde que, comprovadamente não exerça atividade remunerada;

III - o irmão solteiro, até vinte e um anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprove dependência econômica do segurado, ou que viva sobre a sua tutela;

IV - a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até vinte e um anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

§ 3º Não faz jús à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do agente público.

§ 4º Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N AC Â M A R A M U N I C I P A L D E F L O R I A N Ó P O L I SP R E S I D Ê N C I A

I - declaração de ausência pela autoridade judiciária competente;II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizando como

em serviço;III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.

§ 5º A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorrido cinco anos de sua vigência, ressalvando o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

§ 6º Acarreta perda da qualidade de beneficiário:

I - o seu falecimento;II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos vinte e um anos de idade,

estendendo-se até vinte e quatro anos, quando o beneficiário freqüentar curso universitário, desde que, comprovadamente não exerça atividade remunerada; e

V - a renúncia expressa.

§ 7º Considera-se companheiro a pessoa que mantém união estável com o segurado, nos termos da lei civil, para tal considerado, também, a que mantém relação homoafetiva.

CAPÍTULO IVDA CONSTITUIÇÃO DOS FUNDOS

CAPÍTULO IVDO FUNDO PREVIDENCIÁRIO ÚNICO

(Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

Art. 7° Ficam criados no âmbito do RPPS/Florianópolis os seguintes fundos especiais, constituindo unidades orçamentárias de sua unidade gestora:

Art. 7º Fica criado no âmbito do RPPS/Florianópolis, constituindo unidade orçamentária de sua unidade gestora, o Fundo Previdenciário Único, destinado ao pagamento de benefícios previdenciários aos segurados e respectivos dependentes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

I - Fundo Financeiro: destinado ao pagamento de benefícios previdenciários aos segurados que tenham ingressado no serviço público e aos que já os recebiam anteriormente à data da publicação desta Lei Complementar, e aos respectivos dependentes; e

II - Fundo Previdenciário: destinado ao pagamento de benefícios previdenciários aos segurados que tenham ingressado no serviço público a partir da data da publicação desta Lei Complementar, e aos respectivos dependentes.

§ 1° O Fundo Financeiro é composto:

I - pelas contribuições estabelecidas no art. 12 desta Lei Complementar, em relação aos beneficiários previstos no inciso I do caput;

II - dos aportes financeiros extraordinários do Município;

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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III - dos bens, recursos e direitos que lhes forem destinados e incorporados, desde que aceitos pelo Conselho de Administração do RPPS/Florianópolis;

IV - do produto de aplicações e de investimentos realizados com os respectivos recursos e da alienação de bens mencionados no inciso III deste artigo; e

V - dos aluguéis e de outros rendimentos derivados dos seus bens; VI - do valor correspondente a cinco por cento dos royalties que o Município venha a ter direito à

percepção a partir da data de publicação desta Lei Complementar, passíveis de utilização por regime próprio de previdência social.

VII – das receitas oriundas da compensação financeira entre os regimes previdenciários, em relação aos benefícios previstos no inciso I do caput. (acrescido pela Lei Complementar nº 378/2010 – DOM Edição nº 155 de 15/01/2010)

(Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)§ 1º O Fundo Previdenciário Único é composto:

I - pelas contribuições estabelecidas no art. 12 desta Lei Complementar, em relação aos beneficiários previstos no inciso I do caput;

II - das receitas oriundas da compensação financeira entre regimes previdenciários, em relação aos beneficiários previstos no inciso I do caput;

III - das contribuições previdenciárias em atraso, em relação aos beneficiários previstos no inciso I do caput;

IV - dos juros, da atualização monetária e das multas por mora no pagamento de quantias devidas à previdência municipal, em relação aos beneficiários previstos no inciso I do caput;

V - dos aportes financeiros extraordinários do município de Florianópolis; VI - dos bens, recursos e direitos que lhes forem destinados e incorporados, desde que aceitos pelo

Conselho de Administração do RPPS/Florianópolis; VII – do produto de aplicações e de investimentos realizados com os respectivos recursos, e da

alienação de bens mencionados nos incisos VI e XII; VIII - dos aluguéis e de outros rendimentos derivados dos seus bens; IX – do valor correspondente a vinte e cinco por cento dos royalties que o município de

Florianópolis venha a ter direito à percepção a partir da data de publicação desta Lei Complementar, passíveis de utilização por regime próprio de previdência social;

X – das receitas decorrentes de cobranças sobre consignações facultativas incidentes na folha de pagamento dos servidores públicos civis, ativos e inativos;

XI – de outros recursos que lhe venham a ser destinados; e XII – de bens imóveis e direitos de propriedade da unidade gestora do RPPS/Florianópolis.

(Parágrafo REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 2° O Fundo Previdenciário é composto:I - pelas contribuições estabelecidas no art. 12 desta Lei Complementar, em relação aos

beneficiários previstos no inciso II do caput;II - de bens móveis, imóveis e direitos de propriedade da unidade gestora do RPPS/Florianópolis;III - das receitas oriundas da compensação financeira entre regimes previdenciários, em relação

aos beneficiários previstos no inciso I e II do caput; III - das receitas oriundas da compensação financeira entre os regimes previdenciários, em relação

aos benefícios previstos no inciso II do caput. (Lei Complementar nº 378/2010 – DOM Edição nº 155 de 15/01/2010)

IV - dos aluguéis e de outros rendimentos derivados dos seus bens;

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N AC Â M A R A M U N I C I P A L D E F L O R I A N Ó P O L I SP R E S I D Ê N C I A

V - das contribuições previdenciárias em atraso, em relação aos beneficiários previstos no inciso I e II do caput;

VI - dos juros, da atualização monetária e das multas por mora no pagamento de quantias devidas à previdência estadual, em relação aos beneficiários previstos no inciso I e II do caput;

VII - dos aportes financeiros extraordinários do Município;VIII - dos demais bens e recursos que a ele forem destinados e incorporados, desde que aceitos

pelo Conselho de Administração do RPPS/Florianópolis;IX - do produto de aplicações e investimentos realizados com os respectivos recursos e da

alienação de bens mencionados nos incisos II e VIII deste parágrafo; eX - do valor correspondente a vinte por cento dos royalties que o Município venha a ter direito à

percepção a partir da data de publicação desta Lei Complementar, passíveis de utilização por regime próprio de previdência social.

§ 3° Fica vedada a transferência de recursos entre os Fundos Financeiro e Previdenciário, bem como a destinação para fins diversos dos previstos nesta Lei Complementar. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 4° O Tesouro do Município é responsável por eventual insuficiência financeira dos Fundos criados pelo presente artigo.

§ 5º A Secretaria Municipal de Administração e Previdência é a unidade gestora do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos Municipais, como tal lhe cabendo a gestão e operacionalização dos Fundos Previdenciário e Financeiro. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

Art. 8° O Fundo Financeiro fica estruturado em regime de repartição simples e o Fundo Previdenciário, em regime de capitalização.

Art. 8º O Fundo Previdenciário Único fica estruturado em regime de repartição simples. (Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 1° Os benefícios administrados pelo Fundo Financeiro serão custeados pelos recursos previstos no art. 7º, § 1º, desta Lei Complementar, sendo a complementação dos valores para o pagamento de benefícios garantida de acordo com o que estabelece o art. 18 desta Lei Complementar. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 2° Os benefícios administrados pelo Fundo Previdenciário serão custeados exclusivamente pelos recursos previstos no art. 7º, §§ 2° e 4°, desta Lei Complementar. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

Parágrafo único. Os benefícios administrados pelo Fundo Previdenciário Único serão custeados pelos recursos previstos no art. 7º, § 1º, desta Lei Complementar, sendo a complementação dos valores para o pagamento de benefícios garantida de acordo com o que estabelece o art. 18 desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

CAPÍTULO VDA UNIDADE GESTORA

Art. 9° A unidade gestora do RPPS/Florianópolis é Secretaria Municipal de Administração e Previdência, mantida na forma jurídica de Fundo Municipal de Previdência, com sede no Município de Florianópolis e foro na Comarca da Capital do Estado de Santa Catarina.

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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§ 1° Ficam criados três cargos de provimento em comissão: (REVOGADO - Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

a) Diretor de Previdência Social, padrão DASU-1, subordinado ao Secretário de Administração e Previdência; REVOGADO (Lei Complementar nº 360/2009 - DOM nº 121/02 de 24/11/2009)

b) Gerente Financeiro, padrão DASU-2, subordinado ao Diretor de Previdência Social; ec) Gerente de Benefícios, padrão DASU-2, subordinados ao Diretor de Previdência Social.

§ 2° Ficam criadas duas funções gratificadas a serem preenchidas por servidor ocupante de cargo de provimento efetivo:

a) Contador do Fundo de Previdência, padrão DASU-1, subordinado ao Gerente de Finanças;b) Chefe de Departamento de Compensação Previdenciária, padrão FG-1, subordinados ao

Gerente Financeiro.

§ 3° Ficam criadas duas as funções gratificadas a serem preenchidas por servidor ocupante de cargo de provimento efetivo:

a) Chefe de Departamento de Análise de Benefícios, padrão FG-1, subordinado ao Gerente Administrativo; e

b) Chefe de Departamento de Manutenção de Cadastro e Averbação, padrão FG-1, subordinados ao Gerente Administrativo. (REVOGADO - Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

CAPÍTULO VIDO PATRIMÔNIO

Art. 10. A aquisição, a alienação ou a oneração de bens destinados ao RPPS/Florianópolis ou a construção de bens imóveis pelo Regime Próprio de Previdência deverá ser precedida de autorização do Conselho de Administração do RPPS/Florianópolis, vedada a destinação para fins diversos dos previstos nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO VIIDO CUSTEIO

Art. 11. Constituem fontes de custeio do RPPS/Florianópolis:

I - contribuições previdenciárias dos segurados;II - contribuições previdenciárias dos pensionistas;III - contribuições previdenciárias patronais do Poder Executivo, incluindo suas autarquias e

fundações e do Poder Legislativo;IV - receitas oriundas da compensação financeira entre regimes previdenciários; V - créditos, em regime de parcelamento, decorrentes de contribuições previdenciárias;VI - receitas patrimoniais, incluídas as provenientes de aplicações financeiras e aluguéis;VII - bens móveis, imóveis e direitos, de propriedade do RPPS/Florianópolis;VIII - bens, direitos e ativos transferidos pelo Município e doações efetuadas por terceiros,

observado o disposto no art. 11 desta Lei Complementar;IX - aportes financeiros extraordinários do Município;X - juros e multas por mora no pagamento de quantias devidas à previdência estadual;XI - valores decorrentes da alienação de bens móveis e imóveis e de direitos;

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Page 9: DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME …sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/2009/LCPMF/LEICOM... · Web viewArt. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação

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XII - atualizações monetárias e demais receitas; eXIII - insuficiência financeira a que se refere o art. 18 desta Lei Complementar.

CAPÍTULO VIIIDAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Art. 12. A contribuição previdenciária será devida ao RPPS/Florianópolis pelos:

I - segurados e pensionistas, com alíquota de onze por cento calculada sobre o salário de contribuição destinada ao fundo a que estiverem vinculados; e

II - Poder Executivo, incluídas suas autarquias e fundações e Poder Legislativo, com alíquota patronal de quatorze por cento calculada sobre o salário de contribuição dos segurados ativos destinada ao fundo a que estiverem vinculados.

§ 1° A contribuição previdenciária de que trata o caput deverá ser repassada integralmente ao Regime Próprio de Previdência, com a respectiva Guia de Informações Previdenciárias, conforme definido em Decreto pelo Chefe do Poder Executivo.

§ 2° A contribuição previdenciária dos inativos e dos pensionistas será calculada conforme estabelecido no Art. 40 da Constituição Federal.

§ 3° Para fins do limite de que trata o § 2º deverá ser considerado o valor do benefício de pensão por morte antes de sua divisão em cotas, observado o disposto no art. 55 desta Lei Complementar.

§ 4° O valor da contribuição previdenciária será rateado entre os pensionistas, na proporção de sua cota-parte.

§ 5° Nas ações judiciais, ainda que o RPPS/Florianópolis e/ou o Município de Florianópolis não seja parte no feito, a contribuição previdenciária, quando devida, deverá ter sua retenção determinada pelo Juízo, para imediato repasse ao RPPS/Florianópolis, independentemente de sua solicitação.

§ 6° A contribuição previdenciária incide sobre a gratificação natalina.

Art. 13. A alíquota da contribuição previdenciária dos segurados e pensionistas somente poderá ser majorada quando a alíquota da contribuição patronal atingir o seu dobro. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

Art. 14. No caso de cessão de segurado para órgão ou entidade da administração direta ou indireta da União, dos Estados ou Municípios, o desconto e o recolhimento das contribuições previdenciárias, do segurado e patronal, previstas no art. 12 desta Lei Complementar, serão de responsabilidade:

I - do órgão de origem, caso o pagamento da remuneração ou subsídio do segurado continuar a ser feito na origem; e

II - do órgão cessionário, caso a remuneração do segurado ocorrer à conta daquele.

§ 1° No termo ou ato de cessão do segurado com ônus para o órgão cessionário será prevista a responsabilidade deste pelo desconto e recolhimento das contribuições previdenciárias ao RPPS/Florianópolis de Florianópolis, conforme previsto no art. 12 desta Lei Complementar.

§ 2° O Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Florianópolis encaminhará ao Diretor de Previdência Social, no prazo de quinze dias, cópia do termo ou ato de cessão do segurado.

§ 3° Caso o cessionário não efetue o repasse das contribuições ao RPPS/Florianópolis de Florinópolis no prazo legal, caberá ao cedente efetuá-lo, cobrando do cessionário o reembolso de tais valores.

§ 4° No caso de afastamento do segurado para exercer mandato eletivo, o desconto e o recolhimento das contribuições previdenciárias, do segurado e patronal, observado o disposto no art. 32

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Page 10: DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME …sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/2009/LCPMF/LEICOM... · Web viewArt. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação

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da Lei Orgânica do Município, será de responsabilidade do Poder no qual o segurado exercer o mandato eletivo.

Art. 15. Nas hipóteses de cessão ou afastamento do segurado, de que trata o art. 4º, § 3°, desta Lei Complementar, o cálculo da contribuição será feito de acordo com o salário de contribuição do cargo de que o segurado seja titular.

§ 1° Nos casos de que trata o caput, o vencimento das contribuições previdenciárias será no dia cinco do mês seguinte àquele a que se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário.

§ 2° Na hipótese de alteração na remuneração ou no subsídio, a complementação do recolhimento da contribuição de que trata o caput ocorrerá no mês subseqüente.

Art. 16. O servidor pertencente a outro ente da Federação, quando cedido a poder ou órgão do Município de Florianópolis, com ou sem ônus, permanecerá vinculado a seu regime de origem.

Art. 17. O desconto e o recolhimento das contribuições previdenciárias são de responsabilidade do poder ou órgão que efetuar o pagamento de suas respectivas folhas de pagamento.

§ 1° O recolhimento das contribuições previdenciárias previstas nesta Lei Complementar deverá ser efetuado até a data em que ocorrer o crédito correspondente aos segurados.

§ 1º O recolhimento das contribuições previdenciárias previstas nesta Lei Complementar deverá ser efetuado até o dia vinte do mês subsequente ao da competência. (Lei Complementar nº 378/2010 – DOM Edição nº 155 de 15/01/2010)

§ 2° As quantias recolhidas em atraso referentes a contribuições previdenciárias e demais débitos serão acrescidas de juros de um por cento ao mês e multa de dois por cento do valor do débito, além de atualização monetária de acordo com a variação do INPC ou pelo índice que vier a substituí-lo, ressalvada a hipótese de atraso na entrega do duodécimo.

§ 2º As quantias recolhidas em atraso referentes às contribuições previdenciárias e demais débitos serão acrescidos de juros de um por cento ao mês, além de atualização monetária de acordo com a variação do INPC ou pelo índice que vier a substituí-lo, ressalvada a hipótese de atraso na entrega do duodécimo. (Lei Complementar nº 378/2010 – DOM Edição nº 155 de 15/01/2010)

§ 3° O RPPS/Florianópolis notificará o poder ou órgão quando do não-recolhimento das contribuições previdenciárias previstas nesta Lei Complementar.

§ 4° O disposto nos §§ 2° e 3°,deste artigo, aplica-se aos poderes e órgãos mencionados no art. 4º, desta Lei Complementar, aos segurados e aos beneficiários.

§ 5° É vedada a restituição de contribuições previdenciárias sem a anuência do RPPS/Florianópolis.

Art. 18. A insuficiência financeira dos poderes e órgãos, relativa ao Fundo Financeiro, será o resultado da diferença entre o montante das contribuições previdenciárias dos segurados, dos pensionistas e patronais, e as respectivas despesas com pagamento de benefícios previdenciários.

Parágrafo único. A insuficiência financeira decorrente da aplicação desta Lei Complementar, em cada exercício, terá tratamento específico na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que poderá prever transferências financeiras adicionais a cargo do Tesouro do Município.

(todo Art. 18: Redação dada pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

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Art. 18 A insuficiência financeira dos Poderes e Órgãos, relativa ao Fundo Previdenciário Único, será o resultado da diferença entre o montante das contribuições previdenciárias dos segurados, dos pensionistas e patronais, e as respectivas despesas com pagamento de benefícios previdenciários.

§1º Ocorrida a hipótese descrita no caput o IPREF deverá adotar as seguintes medidas:

I - notificar o Poder ou Órgão de origem; II - comunicar ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal do RPPS/Florianópolis; III - representar ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público, se necessário; e IV - suportar a insuficiência financeira, sem prejuízo de posterior ação de regresso em face do

Poder ou Órgão de origem.

§2º A insuficiência financeira de que trata o caput será repassada pelos Poderes e Órgãos ao IPREF, até o dia do efetivo pagamento dos benefícios previdenciários.

§3º A insuficiência financeira decorrente da aplicação desta Lei Complementar, em cada exercício, terá tratamento específico na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que poderá prever transferências financeiras adicionais a cargo do Tesouro do Poder ou Órgão de origem.”(NR)

Art. 19. A falta de recolhimento das contribuições previdenciárias ou do repasse da insuficiência financeira estabelecidos nesta Lei Complementar implicarão em responsabilidade funcional, devendo o RPPS/Florianópolis comunicá-la ao Conselho de Administração e, quando for o caso, representar ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público, incluindo as providências cabíveis previstas na Lei federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000, ressalvada a hipótese de atraso de entrega do duodécimo.

Parágrafo único. As disposições contidas no caput estendem-se ao RPPS/Florianópolis, no caso do não-pagamento dos benefícios previdenciários previstos nesta Lei Complementar, ressalvada a hipótese de ausência de repasse das contribuições previdenciárias e da insuficiência financeira.

Art. 20. Não efetuado o depósito de que trata o art. 18, § único desta Lei Complementar, a insuficiência financeira será suportada pelo Tesouro do Município, cabendo-lhe adotar as medidas legais cabíveis contra o poder ou órgão responsável.

CAPÍTULO IXDO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

Art. 21. Entende-se como base do salário de contribuição o subsídio do cargo efetivo, em parcela única, o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, dos adicionais de caráter individual e das vantagens pessoais permanentes, os proventos e as pensões, excluídas:

I - as diárias para viagens;II - a ajuda de custo;III - a indenização de transporte;IV - o salário-família;V - o auxílio-alimentação;VI - o auxílio-creche;VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência do local de trabalho;VIII - o abono de permanência de que trata o art. 73 desta Lei Complementar; eIX - as demais verbas de natureza indenizatória, não-incorporáveis, previstas em lei.

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§ 1° Fica vedada a incorporação aos proventos de aposentadoria e pensão, verbas remuneratórias que não tenham integrado o salário de contribuição.

CAPÍTULO XDA DESPESA E DA CONTABILIDADE

Art. 22. Fica o RPPS/Florianópolis autorizado a realizar as seguintes despesas:

I - pagamento dos benefícios previdenciários previstos nesta Lei Complementar;II - manutenção e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do RPPS/Florianópolis;III - investimentos; eIV - seguro de bens permanentes para proteção do patrimônio do RPPS/Florianópolis.

Parágrafo único. Os recursos necessários ao pagamento das despesas de que trata este artigo integrarão a dotação orçamentária do RPPS/Florianópolis.

Art. 23. O pagamento de valores de ações judiciais de cunho previdenciário decorrentes de precatórios constituídos contra o RPPS/Florianópolis serão custeados pelo Tesouro, à exceção dos originados de benefícios de competência do Fundo Previdenciário, que os suportará.

Art. 24. A taxa de administração não poderá exceder a dois por cento do valor total das remunerações, dos subsídios, dos proventos e das pensões dos segurados vinculados ao RPPS/Florianópolis.

§ 1° O valor da taxa de administração será suportado pela receita das contribuições previdenciárias referidas no art. 12, I e II desta Lei Complementar, respeitada a proporcionalidade entre os fundos financeiro e previdenciário.

§ 2° O RPPS/Florianópolis, após a aprovação do Conselho de Administração, indicará o percentual da taxa de administração, que será fixado anualmente por ato do Chefe do Poder Executivo, até o envio da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

§ 3° A taxa de administração será apurada relativamente ao exercício financeiro anterior, destinando-se exclusivamente ao custeio das despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao funcionamento do órgão gestor do RPPS/Florianópolis, inclusive para a conservação do seu patrimônio.

§ 4° Na verificação do limite definido no caput deste artigo não serão computadas as despesas decorrentes das aplicações de recursos em ativos financeiros efetuadas conforme o estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.

§ 5° O RPPS/Florianópolis constituirá reserva com as eventuais sobras do custeio das despesas do exercício cujos valores serão utilizados para os fins a que se destina a taxa de administração.

§ 6° Para utilizar-se da faculdade prevista no § 5°, deste artigo, o percentual da taxa de administração deverá ser definido expressamente em texto legal.

§ 7° O descumprimento dos critérios fixados neste artigo para a taxa de administração do RPPS/Florianópolis representará utilização indevida de recursos previdenciários.

Art. 25. A contabilidade do RPPS/Florianópolis será executada na forma da legislação aplicável, observados os seguintes prazos e procedimentos:

I - após deliberação do Conselho de Administração do RPPS/Florianópolis será divulgado pelo RPPS/Florianópolis o resumo do balancete do mês anterior, demonstrando a receita realizada, os pagamentos efetuados, o saldo disponível e as aplicações das reservas;

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II - até o dia 1º de março de cada exercício será divulgado o resumo do balanço anual do RPPS/Florianópolis, contendo o demonstrativo de todos os valores referentes ao exercício anterior, devidamente consolidados e totalizados; e

III - a avaliação de bens, direitos e ativos de qualquer natureza, em conformidade com a Lei Federal n. 4.320, de 17 de março de 1964, e alterações posteriores.

Art. 26. O RPPS/Florianópolis, para permitir pleno controle financeiro e contábil das receitas do RPPS/Florianópolis, no prazo de até cento e oitenta dias após a publicação desta Lei Complementar:

I - depositará as disponibilidades de caixa do Regime em contas separadas das demais disponibilidades do Município; e

II - registrará contábil e individualmente as contribuições por fundo e por poder ou órgão; eIII - promoverá escrituração contábil distinta da mantida pelo Tesouro Municipal, inclusive

quanto às rubricas destacadas no orçamento para pagamento de benefícios.

Parágrafo único. Ao segurado serão colocadas à disposição as informações constantes de seu registro individualizado.

CAPÍTULO XIDA AVALIAÇÃO ATUARIAL

Art. 27. O RPPS/Florianópolis, por meio de avaliação atuarial anual, indicará a alíquota de contribuição, com vistas à transformação de capitais cumulativos em valores de benefício e à determinação de reservas matemáticas, dentre outras, na forma estabelecida na legislação federal.

Parágrafo único. A avaliação atuarial será realizada entre os meses de janeiro e junho de cada ano.

Art. 28. A avaliação atuarial do plano anual de custeio servirá de base para a revisão das alíquotas previstas no art. 12 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Constatada a existência de déficit ou superávit técnico-atuarial que leve ao desequilíbrio financeiro do RPPS/Florianópolis, após a aprovação do Conselho de Administração, o RPPS/Florianópolis comunicará o fato ao Chefe do Poder Executivo, autoridade competente para, se for o caso, remeter ao Poder Legislativo projeto de lei complementar alterando as alíquotas de contribuição previdenciária.

CAPÍTULO XIIDA FISCALIZAÇÃO E DA AUDITORIA

Art. 29. O RPPS/Florianópolis procederá auditoria previdenciária permanente nos poderes e órgãos, ficando os responsáveis obrigados a prestar os esclarecimentos e as informações que lhes forem solicitadas.

Art. 30. Os procedimentos de auditoria previdenciária compreendem:

I - fiscalização quanto ao cumprimento da legislação previdenciária, no âmbito da sua competência, cabendo-lhe representar ao órgão competente na hipótese de constatação de irregularidade;

II - controle da arrecadação previdenciária;III - fiscalização da cobrança de débitos lançados; eIV - análise dos dados do sistema informatizado dos contribuintes do sistema previdenciário; e

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V - acompanhamento e supervisão periódica das contribuições previdenciárias dos segurados e pensionistas.

CAPÍTULO XIIIDOS CONSELHOS

Art. 31. Ficam criados o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, no âmbito do RPPS/Florianópolis.

Seção IDo Conselho de Administração

Art. 32. O Conselho de Administração é o órgão de deliberação e orientação superior do RPPS/Florianópolis.

Art. 33. O Conselho de Administração será composto por oito membros, dois dos quais livremente escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, dois indicados pela Câmara Municipal de Vereadores e quatro mediante processo eleitoral pelos segurados do RPPS/Florianópolis, ressalvando que todos deverão ser nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. Preside o Conselho de Administração quem para tanto for designado pelo Chefe do Poder Executivo, a quem é conferido o direito de voto comum e de qualidade, nas decisões do Colegiado.

Art. 34. Compete privativamente ao Conselho de Administração:

I - instituir, aprovar e alterar o seu regimento interno;II - aprovar a política de investimentos dos recursos do RPPS/Florianópolis;III - avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos do RPPS/Florianópolis;IV - apreciar o parecer exarado pelo Conselho Fiscal sobre a prestação de contas anual do

RPPS/Florianópolis, e o seu posterior encaminhamento ao Tribunal de Contas do Estado;V - autorizar a contratação, na forma de lei, de instituição financeira para a gestão dos recursos

garantidores das reservas técnicas e dos demais serviços correlatos à custódia de valores;VI - autorizar a aquisição, a alienação, a oneração, a permuta, a troca, a venda ou a construção de

bens imóveis do RPPS/Florianópolis, bem como a aceitação de doações com ou sem encargo;VII - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos, decorrentes de gestão, que

comprometam o desempenho e o cumprimento das finalidades do RPPS/Florianópolis;VIII - solicitar a elaboração de estudos e pareceres técnicos relativos a aspectos atuariais,

jurídicos, financeiros e organizacionais, referentes a assuntos de sua competência;IX - dirimir dúvidas quanto à aplicação de normas regulamentares relativas ao

RPPS/Florianópolis, nas matérias de sua competência;X - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao RPPS/Florianópolis;XI - manifestar-se em acordos de composição de débitos previdenciários do Município com o

RPPS/Florianópolis; XII - aprovar a proposta de orçamento do RPPS/Florianópolis; XIII - aprovar a indicação da taxa de administração, para fins do disposto no art. 24, § 2° desta

Lei Complementar; eXIV - outras competências previstas no regimento interno.

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Art. 32. O Conselho de Administração é o órgão de deliberação e orientação superior do RPPS/Florianópolis. (Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

(todo artigo 33: Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

Art. 33. O Conselho de Administração será composto por nove membros e suplentes em igual número, com mandato de quatro anos, dois dos quais livremente escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, dois indicados pelo Presidente da Câmara Municipal, um indicado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, e quatro mediante processo eleitoral pelos segurados do RPPS/Florianópolis, ressalvando que todos deverão ser nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.

§1° Excepcionalmente, na primeira composição do Conselho de Administração, após a publicação desta Lei, terão mandato de dois anos: (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

I – um membro indicado pelo Poder Executivo; (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

II – um membro indicado pelo Poder Legislativo; e (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

III – os dois servidores eleitos com o maior número de votos. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§2º O conselheiro suplente somente substituirá o conselheiro titular no caso deste solicitar afastamento ou comunicar desistência do cargo ou ainda se estiver de licença por um período superior a sessenta dias, ficando então até a conclusão do mandato;

§3º Os conselheiros terão direito a jetom por participarem das reuniões ordinárias e extraordinárias, equivalente ao piso salarial mínimo da Prefeitura, na forma de seu Regimento Interno.

(todo artigo 34: Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

Art. 34. Compete privativamente ao Conselho de Administração:

I – eleger o seu Presidente e o Secretário para um mandato de dois anos, admitida uma reeleição;II- instituir, aprovar e alterar o seu Regimento Interno;III - aprovar a política de investimentos dos recursos do RPPS/Florianópolis;IV - avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos do RPPS/Florianópolis;V - apreciar o parecer exarado pelo Conselho Fiscal sobre a prestação de contas anual do

RPPS/Florianópolis e o seu posterior encaminhamento ao Tribunal de Contas do Estado;VI - autorizar a contratação, na forma de lei, de instituição financeira para a gestão dos recursos

garantidores das reservas técnicas e dos demais serviços correlatos à custódia de valores;VII - autorizar a aquisição, a alienação, a oneração, a permuta, a troca, a venda ou a construção de

bens imóveis do RPPS/Florianópolis, bem como a aceitação de doações com ou sem encargo;VIII - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos decorrentes de gestão, que

comprometam o desempenho e o cumprimento das finalidades do RPPS/Florianópolis;IX - solicitar a elaboração de estudos e pareceres técnicos relativos a aspectos atuariais, jurídicos,

financeiros e organizacionais, referentes a assuntos de sua competência;X - dirimir dúvidas quanto à aplicação de normas regulamentares relativas ao RPPS/Florianópolis,

nas matérias de sua competência;XI - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao RPPS/Florianópolis;

Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SCFone (048) 3027-5700 – FAX (048) 3027-5772 – www.cmf.sc.gov.br – [email protected]

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XII - manifestar-se em acordos de composição de débitos previdenciários do Município com o RPPS/Florianópolis;

XIII - aprovar a proposta de orçamento do RPPS/Florianópolis; XIV - aprovar a indicação da taxa de administração; eXV - outras competências previstas no Regimento Interno.

Seção IIDo Conselho Fiscal

Art. 35. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da gestão financeira do RPPS/Florianópolis.

Art. 36. O Conselho Fiscal será composto por cinco membros efetivos e seus respectivos suplentes, nomeados por ato do Chefe do Poder Executivo, sendo:

I – um membro titular, sendo este o Presidente, com direito a voto de qualidade, e seu respectivo suplente, representantes do Poder Executivo, indicado pelo Chefe do Poder Executivo;

II – um membro titular e seu respectivo suplente, representantes do Poder Legislativo, indicados pela Mesa; e

III - três representantes titulares e seus respectivos suplentes, eleitos dentre, segurados ativos, inativos e pensionistas do RPPS/Florianópolis.

Art. 37. Compete ao Conselho Fiscal:

I - elaborar, aprovar e alterar o seu regimento interno;II - examinar os balancetes e balanços do RPPS/Florianópolis, bem como as contas e os demais

aspectos econômico-financeiros;III - examinar livros e documentos;IV - emitir parecer sobre os negócios ou as atividades do RPPS/Florianópolis;V - fiscalizar o cumprimento da legislação e das normas vigentes;VI - solicitar, caso necessário, a contratação de assessoria técnica;VII - lavrar atas de suas reuniões, dos pareceres e das inspeções e vistorias procedidas;VIII - remeter ao Conselho de Administração, anualmente, parecer sobre as contas e os balancetes

do RPPS/Florianópolis;IX - sugerir medidas para sanar irregularidades encontradas; eX - solicitar esclarecimento à Diretoria do RPPS/Florianópolis sobre assuntos relacionados à

gestão fiscal da instituição.

Art. 38. Os mandatos dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal:

I - duram por dois exercícios fiscais consecutivos, admitida uma recondução;II - serão considerandos como relevantes serviços prestado ao Município.

Parágrafo único. Vencidos os respectivos mandatos, os conselheiros permanecem no exercício de suas funções até a posse dos seus sucessores.

Art. 35. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da gestão financeira do RPPS/Florianópolis. (Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

(todo artigo 36: Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

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Page 17: DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME …sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/2009/LCPMF/LEICOM... · Web viewArt. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação

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Art. 36. O Conselho Fiscal será composto por seis membros efetivos e seus respectivos suplentes, com mandato de quatro anos, nomeados por ato do Chefe do Poder Executivo, sendo:

I – um membro titular e seu respectivo suplente, representantes do Poder Executivo, indicado pelo Chefe do Poder Executivo;

II – um membro titular e seu respectivo suplente, representantes do Poder Legislativo, indicados pela Mesa;

III – um membro titular e seu respectivo suplente, indicados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais; e

IV - três representantes titulares e seus respectivos suplentes, eleitos dentre segurados ativos, inativos e pensionistas do RPPS/Florianópolis.

Parágrafo único. Aplica-se ao Conselho Fiscal o disposto no § 3° do art.33 desta Lei Complementar.

(todo artigo 37: Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

Art. 37. Compete ao Conselho Fiscal:

I – eleger seu Presidente, tendo este voto de qualidade, e Secretário;II - elaborar, aprovar e alterar o seu Regimento Interno;III - examinar os balancetes e balanços do RPPS/Florianópolis, bem como as contas e os demais

aspectos econômico-financeiros;IV - examinar livros e documentos;V - emitir parecer sobre os negócios ou as atividades do RPPS/Florianópolis;VI - fiscalizar o cumprimento da legislação e das normas vigentes;VII - solicitar, caso necessário, a contratação de assessoria técnica;VIII - lavrar atas de suas reuniões, dos pareceres e das inspeções e vistorias procedidas;IX - remeter ao Conselho de Administração, anualmente, parecer sobre as contas e os balancetes

do RPPS/Florianópolis;X - sugerir medidas para sanar irregularidades encontradas; eXI - solicitar esclarecimento à Diretoria do RPPS/Florianópolis sobre assuntos relacionados à

gestão fiscal da instituição.

Art. 38. Vencidos os mandatos dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, os conselheiros permanecem no exercício de suas funções até a posse dos seus sucessores. (Redação dada pela Lei Complementar nº 468/2013 – DOEM Edição nº 1000 de 02/07/2013)

TÍTULO IIDOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 39. A concessão, a fixação de proventos, o pagamento e a manutenção dos benefícios previdenciários obedecerão às normas previstas nesta Lei Complementar e na Constituição Federal.

§ 1° Para o cumprimento do disposto neste artigo serão resumidamente publicados em diário oficial os atos de concessão de benefícios previdenciários exarados pelo Secretário Municipal e Administração e Previdência

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§ 2° O ato de concessão de benefícios previdenciários será remetido ao Tribunal de Contas para exame e registro.

§ 3° O ato que conceder o benefício indicará, dentre outros dados que se mostrem necessários, as regras constitucionais permanentes ou de transição aplicadas, o percentual em relação ao tempo de contribuição, no caso de benefício proporcional, e o regime a que ficará sujeita a revisão ou atualização dos proventos e das pensões por morte.

§ 4° O RPPS/Florianópolis prestará, quando solicitado, as informações necessárias à concessão do benefício a que alude o § 5° deste artigo.

Art. 40. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes de cargos acumuláveis, na forma da Constituição Federal, é vedada a percepção de mais de um benefício de aposentadoria à conta do RPPS/Florianópolis.

Art. 41. É vedada a percepção cumulativa de pensão por morte, concedida pelo RPPS/Florianópolis, com mais de uma pensão previdenciária percebida no âmbito de regime de previdência pública diverso, garantido o direito de opção.

Parágrafo único. Também é vedada a percepção cumulativa:

I - de mais de duas pensões previdenciárias do regime estabelecido por esta Lei Complementar; eII - de pensão previdenciária com pensão concedida graciosamente em virtude de lei municipal.

Art. 42. Aplica-se aos benefícios previdenciários previstos nesta Lei Complementar, ainda que legalmente acumulados, o limite máximo estabelecido no art. 37, XI, da Constituição Federal.

Parágrafo único. Os proventos de aposentadoria e as pensões previdenciárias, por ocasião de suas concessões, não poderão exceder à remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão por morte.

Art. 43. Os proventos de aposentadoria não poderão ser fixados em valor inferior ao salário mínimo nacional.

Art. 44. Aos inativos e pensionistas será paga gratificação natalina equivalente ao valor dos proventos ou da pensão por morte, referentes ao mês de dezembro de cada ano.

Art. 45. O titular do benefício previdenciário deverá comunicar quaisquer eventos que importem em seu cancelamento, no prazo de dez dias a contar da data da sua ocorrência.

§ 1° Em caso de óbito do titular a comunicação deverá ser efetuada por seus sucessores no prazo estipulado no caput.

Art. 46. O recebimento indevido de benefícios previdenciários importa na obrigação de devolução do total auferido ao RPPS/Florianópolis, devidamente atualizado, em parcelas mensais não excedentes à décima parte dos proventos ou da pensão por morte, mediante prévia notificação ao beneficiário, respeitados o contraditório e a ampla defesa antes do efetivo desconto.

§ 1° A atualização monetária aplicável às devoluções ao RPPS/Florianópolis observará o previsto nos §§ 2° e 3° do art. 17 desta Lei Complementar.

§ 2° Os casos de fraude, dolo ou má-fé, devidamente comprovados, implicarão na devolução, em parcela única, do valor auferido, devidamente atualizado na forma do § 1°, deste artigo, sem prejuízo da ação penal cabível.

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§ 3° Na falta das devoluções previstas neste artigo os valores devidos serão inscritos em dívida ativa.

Art. 47. Poderão ser descontados dos benefícios previdenciários:

I - as contribuições e valores devidos ao RPPS/Florianópolis pelos beneficiários;II - as restituições de valores de benefícios recebidos a maior, observado o caput do art. 46, salvo

autorização expressa do beneficiário;III - o imposto de renda retido na fonte, ressalvadas as disposições legais;IV - a pensão de alimentos decretada por decisão judicial;V - as mensalidades de associações e demais entidades legalmente reconhecidas, desde que

autorizadas pelo beneficiário e pelo RPPS/Florianópolis; eVI - outras consignações legalmente previstas.

Parágrafo único. Os débitos previdenciários não quitados pelo segurado serão devidos ao RPPS/Florianópolis pelos beneficiários da pensão por morte.

Art. 48. Os direitos e benefícios decorrentes da presente Lei Complementar poderão ser requeridos a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de cinco anos.

Art. 49. O direito da previdência municipal de apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 dez anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; ouII - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a

constituição de crédito anteriormente efetuada.

Parágrafo único. O direito da previdência municipal de cobrar os seus créditos constituídos na forma do art. 48 desta Lei Complementar prescreve em cinco anos.

Art. 50. A habilitação ao benefício previdenciário e o recadastramento anual serão realizados diretamente pelo beneficiário, salvo em caso de justificada ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, hipóteses em que será representado por procurador constituído por instrumento público ou por advogado legalmente constituído. (*ver Resolução nº 004/2016 – DOEM Edição nº 1843 de 14/12/2016)

§ 1° O beneficiário incapaz, para fins de habilitação e recebimento do benefício previdenciário, deverá ser representado por seus pais, pelo tutor ou pelo curador.

§ 2° O procurador do beneficiário deverá firmar, perante o RPPS/Florianópolis, termo de responsabilidade, por meio do qual se comprometerá a comunicar o óbito do outorgante ou qualquer evento que possa extinguir o mandato ou determinar a perda do direito ao benefício previdenciário, sob pena de incorrer nas sanções penais cabíveis, aplicando-se-lhe o disposto no art. 46 desta Lei Complementar.

Art. 51. O beneficiário do RPPS/Florianópolis deverá efetuar, obrigatoriamente, o seu recadastramento periódico no mês de seu respectivo aniversário, sob pena de suspensão de pagamento do benefício previdenciário. (*ver Resolução nº 004/2016 – DOEM Edição nº 1843 de 14/12/2016)

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Art. 52. Os procedimentos relativos à concessão dos benefícios previdenciários previstos nesta Lei Complementar poderão ser disciplinados em regulamento a ser expedido pelo Gestor do RPPS/Florianópolis, vigente após aprovação do Conselho de Administração.

CAPÍTULO IIDO PLANO DE BENEFÍCIOS

Art. 53. O RPPS/Florianópolis tem por objetivo assegurar os seguintes benefícios previdenciários:

I - quanto ao segurado:

a) aposentadoria por invalidez;b) aposentadoria compulsória; ouc) aposentadoria voluntária;

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte; oub) auxílio-reclusão.

Seção IDa Aposentadoria por Invalidez

Art. 54. O segurado será aposentado por invalidez permanente:I - com proventos proporcionais ao tempo de contribuição previdenciária, observado o disposto no

art. 60 desta Lei Complementar; ouII - com proventos correspondentes ao valor apurado na forma do art. 60, caput e §§ 1° a 5° desta

Lei Complementar, quando a aposentadoria decorrer de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, referidas no § 8º deste artigo.

§ 1° A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde e dependerá de laudo médico-pericial circunstanciado emitido por perícia própria do RPPS/Florianópolis ou por este designada, no qual constará o número da doença, conforme Classificação Internacional de Doenças (CID), e a declaração de incapacidade permanente para o trabalho, observado o seguinte:

I - a licença para tratamento de saúde será concedida por até dois anos;II - expirado o período máximo de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de

ser readaptado, o segurado considerado inválido para o serviço público em geral será aposentado por invalidez; e

III - o período compreendido entre o término da licença para tratamento de saúde e a publicação do ato de aposentadoria por invalidez será considerado como de prorrogação da licença.

§ 2° O segurado aposentado por invalidez será submetido à avaliação médica periódica para atestar a permanência das condições que lhe causaram a incapacidade laboral, conforme definido em regulamento.

§ 3° Verificada a insubsistência dos motivos geradores da incapacidade, cessar-se-á o benefício de aposentadoria por invalidez, sendo o segurado revertido ao serviço público ou posto em disponibilidade, nos termos do Estatuto dos Servidores do Município de Florianópolis.

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§ 4° Em caso de doença que impuser afastamento compulsório, com base em laudo conclusivo da perícia própria do RPPS/Florianópolis ou por este designada, a aposentadoria por invalidez independerá de licença para tratamento de saúde.

§ 5° A doença grave, contagiosa ou incurável, preexistente ao ingresso no serviço público municipal, da qual decorra a incapacidade laboral do segurado, ensejará aposentadoria por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 6° Considera-se acidente em serviço, para os efeitos desta Lei Complementar:

I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a perda da capacidade para o trabalho do segurado;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho;III - a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercício do cargo ou da

função.

§ 7° Equipara-se a acidente em serviço, o sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de serviço, quando:

I - na realização de serviço relacionado ao cargo ou função;II - na prestação espontânea de serviço ao Município para lhe evitar prejuízo ou proporcionar

proveito;III - em viagem a serviço, inclusive para estudo, quando financiada pelo Município,

independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; eIV - no percurso da residência para o local de trabalho ou dele para aquela, qualquer que seja o

meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

§ 8° Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se doença incapacitante, as doenças graves, contagiosas ou incuráveis, relacionadas abaixo:

I - alienação mental;II - cardiopatia grave;III - cegueira bilateral; IV - contaminação por radiação;V - doença de Alzheimer; VI - doença de Parkinson;VII - espondiloartrose anquilosante;VIII - estado avançado da doença de Paget - osteíte deformante;IX - hanseníase, com seqüelas graves e incapacitantes;X - hepatopatia grave;XI - nefropatia grave;XII - neoplasia maligna;XIII - paralisia irreversível e incapacitante;XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida; eXV - tuberculose, com seqüelas graves e incapacitantes.

§ 9° O pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de alienação mental somente será feito ao curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de curatela.

§ 10. A aposentadoria por invalidez será concedida com base na legislação vigente na data definida em laudo médico-pericial como de início da incapacidade total e definitiva para o trabalho ou, na impossibilidade de tal definição, na data de sua expedição.

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§ 11. O RPPS/Florianópolis, quando, de qualquer forma, tiver conhecimento que o segurado inativo, aposentado por invalidez permanente, exerce qualquer atividade laboral, determinará a instauração de processo administrativo competente para apuração dos fatos, observado o contraditório e a ampla defesa.

§ 12. No caso previsto no § 11 poderá o RPPS/Florianópolis determinar que o segurado inativo seja submetido imediatamente à nova avaliação médico-pericial.

§ 13. Em havendo recusa do segurado em se submeter à perícia será determinada a imediata suspensão do pagamento dos proventos.

Art. 55. A contribuição previdenciária prevista no art. 12 desta Lei Complementar incidirá apenas sobre a parcela de proventos que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, quando o beneficiário for portador de doença incapacitante.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos aposentados e aos pensionistas em gozo de benefício previdenciário que, após a sua concessão, tenham adquirido doença incapacitante.

Seção IIDa Aposentadoria Compulsória

Art. 56. O segurado será compulsoriamente aposentado aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma do art. 60 desta Lei Complementar.

Seção IIIDa Aposentadoria Voluntária

Art. 57. Aposentadoria voluntária por tempo de contribuição e idade, com proventos calculados na forma prevista no art. 60 desta Lei Complementar, será devida ao segurado que conte com, no mínimo, dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher.

Parágrafo único. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no caput, para o professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício de funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, em sala de aula, na forma da legislação federal.

Art. 58. Aposentadoria voluntária por idade será devida ao segurado desde que, cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, conte com sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma prevista no art. 60 desta Lei Complementar.

Seção IVDas Regras de Transição

Art. 59. O segurado poderá ainda aposentar-se voluntariamente pelas regras de transição vigentes na forma da Constituição Federal, desde que cumpridas as exigências legais.

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Seção VDo Cálculo dos Proventos e do Reajuste dos Benefícios

Art. 60. No cálculo dos proventos das aposentadorias referidas nos arts. 54, 56 e 57 desta Lei Complementar será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações ou subsídios, utilizados como base de cálculo para as contribuições do segurado aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo desde a competência relativa ao mês de julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

§ 1° As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários de contribuição considerada no cálculo dos benefícios do RGPS.

§ 2° Nas competências a partir de julho de 1994, em que não haja ocorrido contribuição para regime próprio, a base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo, inclusive no período em que houve isenção de contribuição.

§ 3° Os valores das remunerações a serem utilizados no cálculo de que trata este artigo serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e pelas entidades gestoras dos regimes de previdência a que o servidor esteve vinculado, ou por outro documento público, na forma do regulamento.

§ 4° Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da aposentadoria, atualizadas na forma do § 1°, não poderão ser:

I - inferiores ao valor do salário-mínimo nacional; ouII - superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o servidor

esteve vinculado ao RGPS.

§ 5° Os proventos, calculados de acordo com o caput, por ocasião de sua concessão não poderão exceder à remuneração do respectivo segurado no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

§ 6° Para o cálculo dos proventos proporcionais ao tempo de contribuição será utilizada fração cujo numerador será o seu tempo total e o denominador, o tempo necessário à respectiva aposentadoria voluntária com proventos integrais, observando-se, quanto à aposentadoria por invalidez, o disposto no § 9º deste artigo.

§ 7° A fração de que trata o § 6° deste artigo será aplicada sobre o valor dos proventos calculados nos termos do caput, observando-se, previamente, a aplicação do limite de remuneração do cargo efetivo de que trata o § 5° deste artigo.

§ 8° Os períodos de tempo utilizados no cálculo previsto no § 6° deste artigo serão considerados em número de dias.

§ 9° Nos casos de aposentadoria compulsória ou por invalidez, se atendidos os requisitos para aposentadoria voluntária cujos cálculos ou critérios de reajustamento dos proventos sejam mais vantajosos será garantido direito de opção ao segurado.

Art. 61. Os benefícios de aposentadoria e de pensão por morte, de que tratam os arts. 54, 56, 57, 58 e 63 desta Lei Complementar, serão reajustados para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, na mesma alíquota e data em que se der o reajuste dos benefícios do RGPS.

Art. 62. Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de aposentadoria dos segurados do RPPS/Florianópolis e as pensões de seus dependentes, em fruição em 31 de dezembro de 2003, bem como os proventos de aposentadoria dos segurados e as pensões dos dependentes abrangidos pelo art. 59, desta Lei Complementar, serão revistos na mesma proporção e na

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E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N AC Â M A R A M U N I C I P A L D E F L O R I A N Ó P O L I SP R E S I D Ê N C I A

mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos segurados em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos segurados em atividade, na forma da lei, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão por morte.

Seção VIDa Pensão por Morte

Art. 63. Aos dependentes do segurado será concedida pensão por morte, que corresponderá à:

I - totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de setenta por cento da parcela excedente a esse limite; ou

II - totalidade da remuneração do segurado, definida no art. 3°, XXII, desta Lei Complementar, no cargo efetivo, na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de setenta por cento da parcela excedente a esse limite, se o falecimento ocorrer quando o segurado estiver em atividade.

Art. 64. A pensão por morte será devida aos dependentes a contar:

I - da data do óbito do segurado;II - da data do requerimento, quando houver concorrência pelo benefício; ouIII - da data do ajuizamento da ação declaratória, reconhecida por sentença judicial transitada em

julgado, da morte presumida ou ausência do segurado.

§ 1° O valor da pensão por morte será pago aos dependentes habilitados e rateado em cotas-partes iguais.

§ 2° Sempre que se extinguir uma cota-parte proceder-se-á a novo rateio do respectivo benefício dentre os dependentes remanescentes.

§ 3° A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de possível dependente, e qualquer posterior inclusão ou exclusão de dependente somente produzirá efeitos a partir da data de habilitação.

§ 4° A alteração da condição do dependente previsto no art. 6°, §2º, I, desta Lei Complementar, em gozo de benefício de pensão por morte, por evento de invalidez, dará direito à continuidade do benefício para além da idade estabelecida naquele dispositivo, desde que a invalidez tenha sido caracterizada anteriormente aos vinte e um anos.

Art. 65. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, ou o companheiro que, por decisão judicial, receba pensão de alimentos, fará jus à pensão por morte, no mesmo percentual daquela, limitada ao valor da sua cota-parte de rateio com os demais dependentes.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput ao divórcio e à separação realizados na forma do art. 1.124-A, da Lei Federal n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, em que tenha sido estipulada pensão alimentícia.

Art. 66. A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido, se a invalidez for atestada antes da perda da qualidade de dependente e confirmada por perícia própria do RPPS/Florianópolis.

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Page 25: DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME …sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/2009/LCPMF/LEICOM... · Web viewArt. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação

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Parágrafo único. O pensionista inválido deverá submeter-se, periodicamente, à perícia própria do RPPS/Florianópolis ou por este designada, sob pena de suspensão do benefício, nos termos do regulamento.

Art. 67. A parte individual da pensão extingue-se:

I - pela morte do pensionista;II - para o pensionista menor, pela emancipação ou ao completar vinte e um anos de idade, até

vinte e quatro anos, quando o beneficiário freqüentar curso universitário, desde que, comprovadamente não exerça atividade remunerada salvo se inválido;

III - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez; ouIV - pelo casamento, pela união estável ou concubinato do pensionista.

Parágrafo único. Extingue-se a pensão por morte quando extinta a cota-parte devida ao último pensionista.

Art. 68. Não faz jus à pensão por morte o dependente que houver sido autor, co-autor ou partícipe de homicídio doloso contra a pessoa do segurado, ainda que na forma tentada, desde o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Art. 69. A condição legal de dependente, para fins de pensão por morte, é aquela verificada na data do óbito do segurado, observados os critérios de comprovação da dependência, salvo o estabelecido no art. 64, § 4° desta Lei Complementar.

Seção VIIDo Auxílio-Reclusão

Art. 70. O auxílio-reclusão será concedido ao conjunto de dependentes habilitados, do segurado-detento ou recluso.

§ 1° O auxílio-reclusão será rateado em cotas-partes iguais entre os dependentes do segurado-detento ou recluso.

§ 2° As parcelas individuais do auxílio-reclusão extinguem-se pela ocorrência da perda da qualidade do dependente, procedendo-se a novo rateio do benefício dentre os dependentes remanescentes.

§ 3° O auxílio-reclusão será devido a contar da data em que o segurado-detento ou recluso deixar de perceber dos cofres públicos.

§ 4° Para a instrução do processo de concessão do benefício de auxílio-reclusão, além da documentação comprobatória da condição de segurado e da de dependente, prevista em regulamento, serão exigidos:

I - documento que certifique o não-pagamento pelos cofres públicos do subsídio ou da remuneração ao segurado-detento ou recluso, em razão da detenção ou prisão; e

II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado à detenção ou prisão e o respectivo regime de cumprimento da pena, devendo ser tal documento renovado trimestralmente.

§ 5° Caso o segurado venha a ser ressarcido pelo Município, com o pagamento da remuneração correspondente ao período em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxílio-reclusão, o valor referente ao período de gozo do benefício deverá ser restituído ao RPPS/Florianópolis pelo

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Page 26: DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO REGIME …sistemas.sc.gov.br/cmf/pesquisa/docs/2009/LCPMF/LEICOM... · Web viewArt. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação

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segurado ou por seus dependentes, corrigido de acordo com a variação integral do INPC ou pelo índice que o vier a substituir.

§ 6° Aplicar-se-ão ao auxílio-reclusão, no que couberem, as disposições atinentes à pensão por morte, inclusive no que se referem ao cálculo do valor do benefício.

§ 7° Se o segurado-detento ou preso vier a falecer na prisão o benefício será transformado em pensão por morte.

§ 8° Os pagamentos do benefício de auxílio-reclusão serão suspensos:

I - no caso de fuga do segurado-detento ou recluso;II - se o dependente deixar de apresentar, trimestralmente, a certidão a que se refere o § 4°, II,

deste artigo; ouIII - quando o segurado progredir penalmente para livramento condicional ou por cumprimento da

pena em regime aberto.

CAPÍTULO IIIDO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Art. 71. O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as seguintes normas:

I - é vedada a contagem de tempo fictício ou em condições especiais, ressalvado o previsto na Constituição Federal;

II - é vedada a contagem de tempo de contribuição concomitante no mesmo ou em outro regime de previdência social, salvo nos casos de acumulação lícita.

Art. 72. O tempo de contribuição será averbado mediante certidão expedida pelo órgão gestor do regime de previdência a que o segurado esteve filiado.

§ 1° Continuam válidas as certidões de tempo de serviço e de contribuição emitidas pelos órgãos da administração pública da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações ou unidades gestoras de regimes de previdência social, relativamente ao tempo de serviço e ao de contribuição para o respectivo regime em data anterior à publicação desta Lei Complementar.

§ 2° No âmbito do RPPS/Florianópolis somente o RPPS/Florianópolis poderá emitir certidão de tempo de contribuição de seus segurados.

CAPÍTULO IVDO ABONO DE PERMANÊNCIA

Art. 73. O segurado ativo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas nos arts. 57 e 59 desta Lei Complementar, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria compulsória, contidas no art. 56 desta Lei Complementar. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 1° O pagamento do abono de permanência é de responsabilidade do poder ou órgão em que o segurado estiver lotado e será devido, desde que o servidor mantenha seus registros de averbação de tempo de serviços atualizados, a partir do cumprimento dos requisitos para obtenção de aposentadoria mediante opção expressa pela permanência em atividade no serviços público municipal. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

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E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N AC Â M A R A M U N I C I P A L D E F L O R I A N Ó P O L I SP R E S I D Ê N C I A

§ 2° O recebimento do abono de permanência pelo servidor que cumpriu a todos os requisitos para a obtenção de aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, não constitui impedimento à concessão de aposentadoria de acordo com outra regra vigente, desde que cumpridos os requisitos legais. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

§ 3° É vedada a concessão de abono de permanência em hipótese diversa das contempladas em disposições constitucionais. (REVOGADO pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

TÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 74. É vedado ao RPPS/Florianópolis celebrar convênio, consórcio ou outra forma de associação, com a União, os Estados ou Municípios, para a concessão de benefícios previdenciários.

Art. 75. O RPPS/Florianópolis estabelecerá os instrumentos para a atuação, o controle e a supervisão do RPPS/Florianópolis, nos campos administrativo, técnico e econômico-financeiro.

Art. 76. O não-cumprimento do disposto nesta Lei Complementar implicará nas sanções cabíveis previstas na Lei Federal n. 9.983, de 14 de julho de 2000.

Art. 77. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 78. Ficam revogadas as seguintes normas legais:

I – Lei n. 5.494, de 06 de julho de 1999;II – parágrafo único do art. 142 da Lei Complementar CMF n. 063, de 23 de setembro de 2003.

Art. 79. As alterações ocorridas por meio de Emendas à Constituição Federal deverão ser incorporadas a esta Lei Complementar de per si. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017)

Florianópolis, aos 27 de janeiro de 2009.

Dário Elias BergerPrefeito Municipal

* Resolução nº 004/2016 – DOEM Edição nº 1843 de 14/12/2016, regula os arts. 50 e 51.

* Lei Complementar nº 599/2017 – DOEM Edição nº 1871 de 27/01/2017): dispõe que todos os recursos depositados nos atuais Fundo Financeiro e Fundo Previdenciário, serão transferidos para o Fundo Previdenciário Único.

- Ver Resolução nº 003/2017(DOEM Edição nº 1981 de 11/07/2017 – pgs 4 e 5): dispõe sobre a aplicação do recadastramento obrigatório dos inativos e pensionistas do IPREF e regulamenta os art. 50 e 51 da presente Lei Complemenatr.

OBS.: O texto original da Lei está em preto. A consolidação está em vermelho e tem caráter Centro Legislativo Municipal de Florianópolis – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro – CP 166 – CEP 88010-500 - Florianópolis – SC

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meramente informativo, não substituindo as publicações dos Diários Oficiais.

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