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DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO Papel da ultrassonografia do canal medular PEDROSA, J.P.; FILGUEIRAS, M.F.T.F.; CERQUEIRA, C.C.; COSTA, L.D.; CARVALHO, N. AUTORES

DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

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Page 1: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

Papel da ultrassonografia do canal medular

PEDROSA, J.P.; FILGUEIRAS, M.F.T.F.; CERQUEIRA, C.C.; COSTA, L.D.; CARVALHO, N.

AUTORES

Page 2: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

Apresentar um caso de disrafismo espinhal oculto diagnosticado pela ultrassonografia.

OBJETIVO

Page 3: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

JSC 7 meses, sexo feminino, hígida, foi encaminhada para avaliação ultrassonográfica por apresentar

malformação capilar cutânea na região lombar com diminuto orifício no centro da lesão de pele.

DESCRIÇÃO DO CASO

Page 4: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

À ultrassonografia, foi observado um trajeto entre o orifício e o saco dural no nível de L5/S1.

DESCRIÇÃO DO CASO

Page 5: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

O cone medular estava posicionado no nível de L2. O filamento terminal era retificado, semsinais de tumoração.

DESCRIÇÃO DO CASO

FILUM TERMINALE FILUM TERMINALE

Page 6: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

O canal central da medula estava dilatado, formando uma cavidade na altura de T11 até L1.

Legenda: linhas vermelhas = limites do canal central da medula; linhas azuis = limites posterior e anterior da medula

DESCRIÇÃO DO CASO

T11T12 L1 T11

T12 L1

Page 7: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

DIAGNÓSTICO

Os achados ultrassonográficos foram compatíveis com seio

dérmico dorsal comunicando com o saco dural e presença

de siringomielia na transição toracolombar. A criança foi

submetida a neurocirurgia, com ressecção do seio dérmico

e liberação da medula que estava presa.

Brandel et al. 2016 Ref. 1

Page 8: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

A incidência de todos os tipos de disrafismo espinhal (abertos e fechados) é de 0.5 a 8 casos para cada

1.000 nascidos vivos.(1) Recém-nascidos e lactentes apresentando seio dérmico dorsal na linha média,

associado a lesão cutânea tem alto risco de apresentar disrafismo espinhal oculto.(2)

A ultrassonografia do canal medular é um método de diagnóstico excelente para a avaliação do saco

dural, do cone medular, das meninges e também para detectar anomalias espinhais, especialmente

em recém-nascidos e lactentes.(3)

DISCUSSÃO

Page 9: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

Estudos mostram que o achado isolado de fosseta sacral em recém-nascidos apresenta risco

baixíssimo de disrafismo espinhal oculto (4).

No entanto, o risco aumenta expressivamente quando a região lombossacra apresenta lesões como

malformação capilar cutânea, hemangioma, lipoma ou tufo de pelos .

Crianças com 2 ou mais lesões cutâneas na linha média tem entre 61% a 67% de risco de apresentar

disrafismo espinhal oculto. (1)

DISCUSSÃO

Page 10: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

As consequências da medula presa podem ser drásticas, devido a alterações sensoriais e motoras

progressivas, incluindo bexiga neurogênica, atrofia muscular, anormalidades na marcha, deformidades

ortopédicas do pé e escoliose(5).

DISCUSSÃO

Page 11: DISRAFISMO ESPINHAL OCULTO

A ultrassonografia é o método ideal na abordagem de casos suspeitos de disrafismo espinhal

oculto, possibilitando o diagnóstico precoce e definindo os casos com indicação neurocirúrgica,

etapa fundamental na prevenção das complicações da medula presa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1. Holmes LC, Li V. Occult spinal dysraphism. Pediatrics in Review. 2019;40(12):650–2.

2. Ausili E, Maresca G, Massimi L, Morgante L, Romagnoli C, Rendeli C. Occult spinal dysraphisms in newborns withskin markers: role of ultrasonography and magnetic resonance imaging. Child’s Nervous System. 2018;34(2):285–91.

3. Nair N, Sreenivas M, Gupta AK, Kandasamy D, Jana M. Neonatal and infantile spinal sonography: A usefulinvestigation often underutilized. Indian Journal of Radiology and Imaging. 2016;26(4):493–501.

4. Wilson P, Hayes E, Barber A, Lohr J. Screening for Spinal Dysraphisms in Newborns with Sacral Dimples. ClinicalPediatrics. 2016;55(11):1064–70.

5. Dias M, Partington M. Congenital brain and spinal cord malformations and their associated cutaneous markers.Pediatrics. 2015;136(4):e1105–19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS