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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA MESTRADO PROFISSIONAL DE SISTEMAS DE GESTÃO ANA PAULA FERNANDES MENDES A UTILIZAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO DE BALANCED SCORECARD (BSC) COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A MELHORIA DA EFICÁCIA OPERACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO BÁSICO: ESTUDO DE CASO Niterói 2010

Dissertacao Ana Mendes

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Page 1: Dissertacao Ana Mendes

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

MESTRADO PROFISSIONAL DE SISTEMAS DE GESTÃO

ANA PAULA FERNANDES MENDES

A UTILIZAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO DE BALANCED SCORECARD (BSC)

COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A MELHORIA DA EFICÁCIA

OPERACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO BÁSICO: ESTUDO DE

CASO

Niterói

2010

Page 2: Dissertacao Ana Mendes

ANA PAULA FERNANDES MENDES

A UTILIZAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO DE BALANCED SCORECARD (BSC)

COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A MELHORIA DA EFICÁCIA

OPERACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO BÁSICO: ESTUDO DE

CASO

Dissertação apresentada ao Curso de

Mestrado em Sistemas de Gestão da

Universidade Federal Fluminense como

requisito parcial para obtenção do Grau

de Mestre em Sistemas de Gestão. Área

de Concentração: Sistema de Gestão pela

Qualidade Total.

Orientador

Profº Marco Aurélio Cabral Pinto, D.Sc.

Niterói

2010

Page 3: Dissertacao Ana Mendes

ANA PAULA FERNANDES MENDES

A UTILIZAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO DE BALANCED SCORECARD (BSC)

COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A MELHORIA DA EFICÁCIA

OPERACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO BÁSICO: ESTUDO DE

CASO

Dissertação apresentada ao Curso de

Mestrado em Sistemas de Gestão da

Universidade Federal Fluminense como

requisito parcial para obtenção do Grau

de Mestre em Sistemas de Gestão. Área

de Concentração: Sistema de Gestão pela

Qualidade Total.

Aprovada em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Profº Marco Aurelio Cabral Pinto, D.Sc.

IBEMC

_______________________________________________________

Profº José Rodrigues Farias Filho

Universidade Federal Fluminense

________________________________________________________

Profº. Ubirajara Aluízio de Oliveira Mattos

Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Page 4: Dissertacao Ana Mendes

Dedico este trabalho

Aos meus pais, Carlos Kleber da Costa Mendes e Divalice Fernandes Mendes, que nunca

mediram esforços para que eu pudesse alcançar os meus sonhos e que, com seu exemplo, me

ensinaram a perceber a vida como algo que vale a pena!

Aos meus irmãos, sobrinhos, tios e cunhadas que sempre compreenderam as minhas ausências

e estimularam a minha corrida em busca do conhecimento.

Page 5: Dissertacao Ana Mendes

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, fonte de sabedoria e vida, a oportunidade de crescer a cada dia e de

conviver com pessoas maravilhosas.

Às Irmãs Angélicas, que ao longo da minha vida estiveram presentes e me proporcionaram

crescimento espiritual, cognitivo e profissional, possibilitando a realização deste trabalho.

Aos colegas de Mestrado que, com suas mais diversas experiências, muito acrescentaram a

minha vida pessoal e profissional.

Ao Professor Marco Aurélio Cabral Pinto pela orientação durante a elaboração deste trabalho.

À Professora Rita de Cássia Garcia Allevato e ao Professor Roberto Primo pelo apoio,

incentivo e colaboração, pois sem a participação de vocês, seria impossível!

Ao Professor Aparecido Bertolini, amigo de todas as horas, sempre disponível a me mostrar

com delicadeza e firmeza qual o melhor caminho a seguir.

Aos Professores Antonio Puhl e Leandro Rossa que, pela sabedoria, simplicidade e humildade

me mostraram a importância de se aprimorar a cada dia.

À amiga Bethânia, conselheira de todas as horas, que além de ser uma fonte inesgotável de

conhecimento e sabedoria, acompanhou bem de perto os meus momentos de dúvidas e

incertezas.

À amiga Vanja Nadja Ribeiro Bastos, não só pelo carinho, mas também pelas grandes

orientações que somente uma Bibliotecária pode oferecer.

À amiga Elizabeth Schau, que mesmo distante, em Portugal, nunca deixou de me incentivar.

Page 6: Dissertacao Ana Mendes

Ao amigo Antonio Miguel Kater Filho, grande incentivador dos meus sonhos.

A todos aqueles que colaboraram ao responder os questionários e que me apoiaram durante

esses anos de dedicação.

À minha família, presente de Deus, que com seu jeito peculiar de ser me faz querer a cada dia

que passa ser melhor para realmente merecer estar junto a ela.

Obrigada Kleber, Diva, Marcelo, Fernando, Maurício, Christina, Claudia, Karina, Helena,

Matheus, Gabriel, Felipe, João Victor, Beatriz, Henrique, Dirce, Nicolau, Edyr: é muito bom

estar com vocês! Muito obrigada mesmo!!!

Page 7: Dissertacao Ana Mendes

“Procure aumentar sempre aquilo que você

começou em si mesmo e nos outros, porque o

tamanho da perfeição é infinito” (Santo Antonio

Maria Zaccaria - Fundador da Congregação das

Angélicas de São Paulo).

“Não ser ninguém - além - de - você - mesmo

num mundo que está fazendo de tudo, noite e

dia, para transformar você em outra pessoa -

significa travar a batalha mais difícil que

qualquer ser humano pode travar; e nunca parar

de lutar” (E.E. Cummings).

Page 8: Dissertacao Ana Mendes

RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar um mapa estratégico que permita aos gestores de uma

Instituição de Ensino Básico identificar melhorias nos processos e nos resultados

operacionais. A questão investigativa buscou verificar a possibilidade de implantação de um

modelo de Balanced Scorecard (BSC) neste tipo de Instituição. Partiu-se da hipótese de que

este sistema possa ser instrumento de gestão importante que possibilite melhorar a eficácia

operacional. Foi utilizado como principal referencial teórico o Sistema Gerencial Estratégico

de Kaplan e Norton (2004), que permite que se desenvolva uma avaliação de desempenho

empresarial. A pesquisa é um estudo de caso de característica exploratória, descritiva e

explicativa. Foram aplicados questionários a um universo de 304 indivíduos. Os resultados

correspondem a 76,64% do universo: 233 indivíduos. Os resultados do estudo mostram que

existe a possibilidade de implementação de um mapa estratégico em Instituição de Ensino

Básico Privada. As conclusões indicam que o BSC não deve ser implantado sem o

comprometimento da alta direção e que a definição clara da estratégia e sua divulgação são

fatores fundamentais para sua implantação. Questões pedagógicas não fazem parte deste

estudo.

Palavras-chave: Cenário balanceado. Escola particular. Mapa estratégico. Planejamento

estratégico.

Page 9: Dissertacao Ana Mendes

ABSTRACT

The aim of this paper is to present a strategic map that enables managers of an institution of

Basic Education to identify improvements in processes and results of operations. The

investigative question was to ascertain the possibility of implementing a model of Balanced

Scorecard (BSC) in this type of institution. We started from the hypothesis that this system

may be important management tool that enables improved operational efficiency. Was used as

the main theoretical Management System Strategic Kaplan and Norton (2004) that allows to

develop an assessment of business performance. The research is a case study of characteristic

exploratory, descriptive and explanatory. Questionnaires were applied to a population of 304

individuals. The results correspond to 76.64% of the universe: 233 individuals. The study

results show that there is a possibility of implementing a strategic map in Basic Private

Education Institution. The findings indicate that the BSC should not be deployed without the

commitment of senior management and that clearly defined the strategy and its dissemination

are key factors for its implementation. Pedagogical issues are not part of this study.

Keywords: Balanced Scorecard. Private school. Strategic map. Strategic planning.

Page 10: Dissertacao Ana Mendes

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Matrículas sudeste ................................................................................................ 19

Gráfico 02 - Matrículas CSP .................................................................................................... 51

Gráfico 03 - Empresa tem estratégia – gestores e professores ................................................. 60

Gráfico 04 - Elaboração da estratégia – gestores e professores ............................................... 60

Gráfico 05 - Objetivos de longo prazo – gestores, professores e funcionários ....................... 61

Gráfico 06 - Objetivos em Mapa Estratégico – gestores, professores e funcionários. ........... 62

Gráfico 07 - Diretrizes e posicionamento mercadológicos claros – gestores e professores ..... 63

Gráfico 08 - Indicadores e metas de longo prazo – gestores e professores .............................. 63

Gráfico 09 - Remuneração atrelada à estratégia – gestores, professores e funcionários .......... 64

Gráfico 10 - A empresa comunica a estratégia.gestores, professores e funcionários ............... 65

Gráfico 11 - Consciência dos colaboradores – gestores, professores e funcionários ............... 65

Gráfico 12 - Projetos gerenciados à luz da estratégia - gestores .............................................. 66

Gráfico 13 - Orçamento vinculado à estratégia – gestores ....................................................... 66

Gráfico 14 - Conhecimento da visão e da missão – gestores, professores e funcionários ....... 67

Gráfico 15 - Aprendizado e crescimento – gestores, professores e funcionários ..................... 69

Gráfico 16 - Pontos fortes – professores e funcionários ........................................................... 70

Gráfico 17 - Aspectos de melhoria – professores e funcionários ............................................. 71

Gráfico 18 - Clientes optam pela empresa – gestores, professores e funcionários. ................. 72

Gráfico 19 - Alunos pedem transferência – gestores, professores e funcionários. ................... 73

Gráfico 20. Sexo – alunos ....................................................................................................... 74

Gráfico 21- Segmento escolar do filho .................................................................................... 75

Gráfico 22 - Porque estuda no colégio - alunos........................................................................ 75

Gráfico 23- Motivo da escolha do colégio - pais..................................................................... 76

Gráfico 24 - Classificação do ensino - alunos .......................................................................... 77

Gráfico 25 - Classificação do ensino – pais ............................................................................. 77

Gráfico 26 - Normas disciplinares do colégio – alunos............................................................ 78

Gráfico 27 - Normas estabelecidas pelo colégio - pais ............................................................ 79

Gráfico 28 - Atendimento ......................................................................................................... 79

Gráfico 29 - Qualidade no atendimento ................................................................................... 80

Page 11: Dissertacao Ana Mendes

Gráfico 30 – Atendimento da Coordenação ............................................................................. 81

Gráfico 31 - Comunicação família-escola ................................................................................ 81

Gráfico 32 - Segurança do filho - pais ...................................................................................... 82

Gráfico 33 - Espaço físico - pais .............................................................................................. 83

Gráfico 34 - Atividades de integração família-escola .............................................................. 83

Gráfico 35 - Eventos que atendem a expectativa – alunos ....................................................... 84

Gráfico 36 - Divulgação da programação................................................................................. 85

Gráfico 37 - Divulgação na mídia das atividades do colégio ................................................... 85

Gráfico 38 - Pontos fortes do colégio - alunos ......................................................................... 86

Gráfico 39 - Pontos fortes do colégio - pais ............................................................................. 86

Gráfico 40 - Pontos de melhoria - alunos ................................................................................. 87

Gráfico 41 - Pontos de melhoria ............................................................................................... 87

Gráfico 42 - O que os alunos sentem falta - alunos .................................................................. 88

Gráfico 43 - Motivo de transferência do colégio - alunos ........................................................ 88

Gráfico 44 - Motivo de transferência - pais .............................................................................. 89

Gráfico 45 - Indicação do colégio para amigo – alunos ........................................................... 89

Gráfico 46 - Justificativa para indicação do colégio - alunos................................................... 90

Gráfico 47 - Indicação do colégio - pais................................................................................... 90

Page 12: Dissertacao Ana Mendes

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Estratégia bem-sucedida ....................................................................................... 32

Quadro 02 - Relação Universo e Amostra ................................................................................ 45

Quadro 03 - Organograma Colégio São Paulo ......................................................................... 57

Page 13: Dissertacao Ana Mendes

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Quatro perspectivas do BSC .................................................................................. 36

Figura 02 - Mapa Estratégico ................................................................................................... 38

Figura 03 - Localização das angélicas no Brasil ...................................................................... 47

Figura 04 - As cinco forças de Porter ....................................................................................... 52

Figura 05 - Articulação entre Instrumentos de Gestão ............................................................. 58

Figura 06 - Mapa Estratégico – CSP ........................................................................................ 94

Page 14: Dissertacao Ana Mendes

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evolução da matrícula global da Educação Nacional e do percentual de matrícula

da dependência particular no Ensino Fundamental 15,6% .................................... 17

Tabela 02 - Retração do número de escolas da rede de Ensino Católico ................................. 18

Tabela 03 - Variação percentual do número de escolas de ensino privado e católico...(1996-

1999) ...................................................................................................................... 18

Tabela 04 - Evolução da matrícula – Ensino Básico no Brasil – 2004 - 2007 ......................... 19

Tabela 05 - Movimento de Matrículas - CSP .......................................................................... 54

Tabela 06 - Movimento de Matrículas – CSP .......................................................................... 55

Tabela 07 - Indicadores geopolíticos e sociais ......................................................................... 55

Tabela 08 - Número de alunos matriculados no CSP X rede privada ...................................... 56

Tabela 09 - Número de alunos matriculados CSP X todas as redes ........................................ 56

Tabela 10 - Medidas da perspectiva dos clientes ..................................................................... 92

Tabela 11 - Diálogo entre gestores e clientes da empresa ........................................................ 93

Tabela 12 - Perspectiva dos clientes ......................................................................................... 94

Page 15: Dissertacao Ana Mendes

LISTA DE SIGLAS

ANAMEC Associação Nacional de Mantenedores de Escolas Católicas do Brasil

AEC Associação de Educação Católica

BSC Balanced Scorecard

CERIS Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais

CSP Colégio São Paulo

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

PNQ Prêmio Nacional de Qualidade

PE Planejamento Estratégico

PP Planejamento Participativo

PPP Projeto Político Pedagógico

SPE Setor Provincial de Educação

SWOT Strengths, Weakness, Opportunities, Threats

Page 16: Dissertacao Ana Mendes

SUMÁRIO

1 1NTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ............................................................................... 17

1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 21

1.2.1 Questão Investigativa .................................................................................................... 21

1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 22

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 22

1.3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 22

1.3.3 Questões-chave ............................................................................................................... 23

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ........................................................................................... 23

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................................... 24

1.6 ESTRUTURA DA PESQUISA .......................................................................................... 24

2 FUNDAMENTOS TÉORICOS .......................................................................................... 26

2.1 ENSINO NO BRASIL ....................................................................................................... 26

2.1.1 Instituições de Ensino Particular ................................................................................. 27

2.1.1.1 As Escolas Católicas Brasileiras................................................................................... 27

2.1.2 Educação X Negócio ...................................................................................................... 27

2.2 ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ....................................................................................... 28

2.2.1 Planejamento Estratégico ............................................................................................. 32

2.2.1.1 Planejamento estratégico de instituições de ensino particulares .................................. 32

2.3 FERRAMENTA DE GESTÃO - BALANCED SCORECARD ........................................ 34

2.3.1 As perspectivas do BSC ................................................................................................. 35

2.3.1.1 A perspectiva financeira ............................................................................................... 36

2.3.1.2 A perspectiva do cliente ............................................................................................... 36

2.3.1.3 A perspectiva do processo interno ................................................................................ 37

2.3.1.4 A perspectiva do aprendizado e crescimento ............................................................... 37

2.3.2 Por que implantar o BSC .............................................................................................. 37

2.3.3 Como implantar um BSC ............................................................................................. 39

2.3.4 Dificuldades na implementação do Balanced Scorecard ........................................... 40

Page 17: Dissertacao Ana Mendes

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA ........................................................... 41

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 41

3.2 TIPO, MÉTODOS E ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ................................................ 42

3.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................. 42

3.3.1 Pesquisa bibliográfica.................................................................................................... 43

3.3.2 Pesquisa documental ..................................................................................................... 43

3.3.3 Elaboração do instrumento de coleta de dados .......................................................... 43

3.3.4 Realização da pesquisa .................................................................................................. 44

3.3.5 Tratamento e análise da coleta de dados ..................................................................... 44

3.3.5.1 Descrição e análise dos dados da pesquisa ................................................................... 44

4 ESTUDO DE CASO DA ESCOLA .................................................................................... 46

4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE ESCOLAR ........................................................................... 46

4.1.1 A Congregação ............................................................................................................... 46

4.1.2 A Educação na Província .............................................................................................. 48

4.1.3 A Unidade Teresópolis .................................................................................................. 49

4.1.3.1 Posicionamento e Concorrência ................................................................................... 51

4.1.3.2 Modelo de Gestão ......................................................................................................... 56

5 A PESQUISA ....................................................................................................................... 59

5.1 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA PESQUISA ..................................................................... 59

5.1.1 Questionários respondidos pelos gestores, professores e funcionários ..................... 59

5.1.2 Análise dos questionários respondidos pelos cientes (alunos e pelos pais) ............... 74

5.2 ELABORAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO ................................................................. 90

6 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 95

6.1 RECOMENDAÇÕES ......................................................................................................... 97

6.1.1 Para a organização ........................................................................................................ 97

6.1.2 Para estudos futuros ...................................................................................................... 98

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 100

GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 111

APÊNDICE ........................................................................................................................... 112

ANEXOS ............................................................................................................................... 124

Page 18: Dissertacao Ana Mendes

17

1 1NTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Atualmente convive-se com mudanças muitas vezes traumáticas e cada vez mais

velozes no mundo do trabalho e das organizações. Muitos são os desafios do novo mundo

corporativo nesse início de novo milênio: mudanças nas empresas, nos postos de trabalho, nas

profissões, na dinâmica das relações interpessoais e nas relações dos indivíduos com o

trabalho. Vivemos numa sociedade extraordinariamente dinâmica e instável. A empresa que

ficar esperando para ver o que acontece, poderá correr sérios riscos de perder seu lugar no

mercado.

As mudanças impostas a todas as organizações não poderiam deixar de fora a Escola.

A concorrência em todos os ambientes de negócios se faz cada vez mais presente e de

maneira acirrada. O setor educacional também começa a sentir os efeitos de uma maior

competitividade: menos alunos e mais escolas (ANAMEC/CERIS, 2006, p.26); a perda de

clientes/alunos: um decréscimo de 9,6% nas matrículas nas Escolas Privadas no período entre

2005 e 2006 (segundo dados do INEP, 2006); e de cerca de 13%, entre 2006 e 2007 (INEP,

2007), são alguns dos motivos que têm levado os administradores/gestores em busca de novas

ferramentas e estratégias que possibilitem a escola a atrair e manter seus alunos. Esse também

é o papel da escola: conquistar e manter clientes, pois compete por clientes, sendo uma

entidade com fins lucrativos. (KOTLER; FOX, 1994).

Tabela 01 - Evolução da matrícula global da Educação Nacional e do percentual de matrícula

da dependência particular no Ensino Fundamental

1930 2.107.619 15,6%

1950 4.352.043 12,2%

1980 22.598.254 12,8%

2000 35.717.948 8,9%

Fonte: Adaptada de Anamec/Ceris (2006)

Segundo Anamec/Ceris (2006), instituições não adaptadas ao cenário de

competitividade e mudanças rápidas (estruturas organizacionais e modelos de gestão

Page 19: Dissertacao Ana Mendes

18

anacrônicos e ineficazes e que convivem pacificamente com a incompetência e o desperdício),

tenderão a serem incluídas no rol daquelas ameaçadas de extinção.

A retração apresentada na tabela 02 não se aplica na rede de Ensino Católico apenas

no número médio de alunos por estabelecimento, mas também no número global de

matrículas e no número de Escolas Católicas que encerram suas atividades anualmente, numa

média anual de 3% (ANAMEC/CERIS, 2006).

Tabela 02 - Retração do número de escolas da rede de Ensino Católico

1996 1999 %

Número de Escolas 1.412 1.282 -9,2%

Número de Alunos 1.031.575 907.717 -12,6%

Fonte: Adaptada de Anamec/Ceris (2006)

O fenômeno de retração se acentua quando é considerado o crescimento do número de

novas Escolas Particulares no país ao mesmo tempo em que esse número decresce anualmente

na Escola católica, conforme se pode constatar na tabela 03.

Tabela 03 - Variação percentual do número de escolas de ensino privado e católico

(1996-1999)

Escolas Católicas Escolas Particulares

Ensino Fundamental -8,7% +13,5%

Ensino Médio -6,0% +25,0%

Fonte: Adaptada de Anamec/Anamec (2006)

A tabela 04 apresenta um decréscimo generalizado no número de matrículas em todo o

Ensino Básico no Brasil, sendo que o mesmo é mais concentrado na rede privada de ensino.

Page 20: Dissertacao Ana Mendes

19

Tabela 04 - Evolução da matrícula – Ensino Básico no Brasil – 2004 - 2007

Ano 2004 2005 2006 2007

Total 56.851.090 56.471.804 55.942.047 52.969.456

Estadual 24.351.782 23.571.777 23.175.567 21.914.653

Municipal 24.949.623 25.286.425 25.243.156 24.516.221

Privada 7.371.305 7.431.103 7.346.203 6.358.746 Fonte: Adaptado do Inep (2007)

O gráfico 01 corrobora o resultado da pesquisa realizada pela ANAMEC/CERIS em

2005, que mostra uma queda de matrículas nas escolas católicas.

Gráfico 01 - Matrículas sudeste

Fonte: INEP (2007)

Um setor cujo movimento representa 1,3% do PIB em nosso país (INEP, 2004), com

perspectiva de aumento significativo precisa ser administrado de forma profissional e não

baseado em experiências passadas e sem uma cultura de gestão e de planejamento estratégico

(SILVA, 2009, p.71). Segundo Braga; Monteiro (2005, p.14), “o comportamento dos gestores

educacionais passou a ter um caráter decisivo no posicionamento das instituições e nas suas

condições competitivas”.

Segundo Porter, (1986, p. 13) o contexto mercadológico de incerteza; instabilidade e

imprevisibilidade pressionou as empresas a reverem seus métodos tradicionais de gestão,

levando os gestores a elaborarem estratégias inteligentes, buscando maior adaptabilidade e

competência operacional.

matrículas sudeste - particular

5800000

6000000

6200000

6400000

6600000

6800000

7000000

7200000

7400000

7600000

sudeste

2004

sudeste

2005

sudeste

2006

sudeste

2007

Série1

Page 21: Dissertacao Ana Mendes

20

Para Bezerra e Farias Filho (2006), só através de mudanças mais estruturais dentro de

um processo de Planejamento Estratégico, ações e avaliações constantes, a educação pode

fazer frente às novas exigências da sociedade moderna.

A utilização de ferramentas de gestão possibilita às empresas visualizar e monitorar as

ações estratégicas.

O Sistema BSC é um sistema gerencial estratégico que mensura melhoria nos

processos e resultados e que, pode ser implementado em organizações de diferentes setores,

como: as sem fins lucrativos (GREBIM, 2004), as do setor de saúde (INAMDAR, KAPLAN,

2002; ALLEVATO, 2007), prestadoras de serviços públicos (GODINHO, 2005), empresas

estatais e instituições de ensino (SIMONI, 2002), proporcionando a estas organizações maior

capacidade de traduzir sua missão em objetivos estratégicos, permitindo assim melhoria de

desempenho e melhores resultados operacionais.

O BSC pode ser entendido como um conjunto de indicadores que proporciona aos

gerentes uma visão rápida, embora abrangente, de toda a empresa (NORTON; KAPLAN,

2004).

Ainda segundo Kaplan e Norton (2004), o BSC inclui indicadores financeiros, que

mostram o resultado das ações do passado, e os complementa com indicadores operacionais,

relacionados com a satisfação dos clientes, com processos internos e com a capacidade de

aprendizado e melhoria que a organização possui; atividades que impulsionam o desempenho

financeiro futuro.

Na utilização do BSC, temos a possibilidade de visualizar o desempenho da empresa

em quatro perspectivas e nos remete a quatro questões básicas e fundamentais:

Como os clientes nos percebem? (perspectiva do cliente).

Em que devemos ser melhores/excelentes? (perspectiva interna – processos).

Somos capazes de continuar melhorando e criando valor? (perspectiva de inovação

e aprendizado).

Como os acionistas nos veem? (perspectiva financeira).

A utilização de quatro elementos principais do BSC (Mapa Estratégico, Indicadores,

Metas e Projetos Estratégicos) permite que se traduza a Estratégia em termos operacionais e

que a mesma seja conhecida por todos dentro da empresa. Isso significa que a execução da

estratégia passa a ser tarefa presente no dia a dia de todos na empresa.

Page 22: Dissertacao Ana Mendes

21

Em um cenário cada vez mais competitivo, só terá condições de prosperar no negócio

educacional, a Instituição que se apresentar eficazmente gerida, com um melhor desempenho

operacional.

1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

As instituições de ensino básico têm vivenciado uma fase de mudança devido a uma

considerável diminuição de alunos matriculados em suas dependências (INEP, 2006). Existe

também uma perda na eficácia operacional e uma necessidade de gestão profissional, visando

uma melhoria de desempenho profissional. (ANAMEC/CERIS, 2006).

Mudanças podem gerar inseguranças nas organizações, principalmente quando as

mudanças são de cunho estratégico. O BSC pode ser uma ferramenta eficaz para que haja

melhorias financeiras e no desempenho operacional, permitindo assim, uma maior eficácia na

gestão de uma Escola de Ensino Básico.

A utilização do Mapa Estratégico do BSC pode permitir que estas Instituições tenham

indicadores de suas deficiências e potencialidades a fim de alcançar melhorias nos processos e

nos resultados operacionais.

1.2.1 Questão Investigativa

A questão investigativa desta pesquisa é verificar a possibilidade de elaboração e

implantação de um modelo de Balanced Scorecard (BSC) em uma Instituição de Ensino

Básico Privada.

Page 23: Dissertacao Ana Mendes

22

1.3 OBJETIVOS

O foco principal da pesquisa é elaborar um Mapa Estratégico que permita às

Instituições de Ensino Básico identificar melhorias nos processos e nos resultados

operacionais, partindo do princípio de que a implantação do Sistema de Gestão BSC,

idealizado por Kaplan e Norton (1992), auxilia empresas de diferentes setores da economia a

apresentarem um melhor desempenho operacional. As questões pedagógicas não fazem parte

deste estudo.

1.3.1 Objetivo geral

Esta pesquisa pretende apresentar um mapa estratégico que permita aos gestores de

uma Instituição de Ensino Básico identificar melhorias nos processos e nos resultados

operacionais.

1.3.2 Objetivos específicos

São também apresentados como objetivos:

Identificar os benefícios que a implantação do Sistema BSC pode trazer para a

eficácia da gestão de uma escola privada de ensino básico.

Identificar as principais dificuldades encontradas para a implantação de um BSC

na escola privada de ensino básico.

Identificar os indicadores de desempenho, segundo as quatro perspectivas do BSC

- cliente, processo, aprendizado e crescimento e financeira - visando a uma

melhoria operacional.

Page 24: Dissertacao Ana Mendes

23

Elaborar um Mapa Estratégico que permita aos gestores da Instituição estudada

identificar melhorias nos processos e nos resultados operacionais, apresentando

um Modelo de Implantação de BSC.

1.3.3 Questões-chave

A utilização do BSC pode levar a um melhor resultado financeiro, melhorando o

desempenho operacional e permitindo assim, uma maior eficácia na gestão de uma

escola privada de ensino básico?

Quais seriam os principais desafios encontrados para a implantação de um BSC na

escola privada de ensino básico?

Há uma real possibilidade de elaboração e implantação de um modelo de BSC para

as Instituições de Ensino Básico?

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Embora o sistema BSC possa ser implantado em qualquer tipo de empresa

(INAMDAR, 2002; GREBIM, 2004; GODINHO, 2005; ALLEVATO, 2007), ainda não

existe na região escolhida para o Estudo de Caso a confirmação de que alguma escola já tenha

optado por utilizar o BSC como ferramenta de gestão, sendo pioneira esta proposta de um

modelo de implantação de BSC numa escola de ensino básico da Região Serrana do Estado do

Rio de Janeiro, como também não foi identificada referência bibliográfica em relação a

estudos relacionados à implantação do Sistema BSC em Instituições de Ensino Básico em

nosso país: a maioria dos artigos e dissertações encontrados referia-se a Instituições de Ensino

Superior. Bezerra e Farias Filho (2006) abordam o tema “critérios do Prêmio Nacional da

Qualidade (PNQ) no segmento educação”, com o objetivo de elaborar um instrumento de

avaliação para ser utilizado nas Instituições de Ensino.

Page 25: Dissertacao Ana Mendes

24

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

A princípio, foi pensando em abranger a pesquisa em todas as quatro unidades

escolares que compõem o Setor Provincial de Educação. Porém, devido a estágios de ciclo de

vida diferentes e por se localizarem em diferentes estados brasileiros, com diferentes

peculiaridades; possibilitando uma divergência muito grande e falta de coesão de dados,

chegou-se a conclusão que seria mais adequado realizar o estudo em somente uma das

unidades.

A empresa escolhida para o Estudo de Caso é uma escola privada de ensino básico,

localizada na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro.

A amostra de coleta de dados abrangeu gestores (Diretora, Coordenadores

Pedagógicos, Coordenadores de Área, Administradores, Contadores), Professores dos

diversos segmentos (Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e

Ensino Médio), funcionários da área administrativa, pais (de todos os segmentos) e alunos (do

Ensino Fundamental I - 2º ao 5º ano, Ensino Fundamental II – 6º ao 9º ano e Ensino Médio).

Não faz parte do escopo deste trabalho discussão filosófica e pedagógica do papel da

escola e sim, a possibilidade de utilização de um sistema de gestão que permita ma maior

eficácia operacional.

1.6 ESTRUTURA DA PESQUISA

A presente pesquisa está organizada em seis capítulos, que são apresentados a seguir:

No capítulo 1, o tema é apresentado: contextualização, formulação do problema,

objetivos, delimitação e relevância do estudo.

No capítulo 2, é apresentada a revisão de literatura, onde foram buscados subsídios

para embasar o trabalho: O Ensino no Brasil (educação católica), Estratégia (definição e

implantação), Planejamento Estratégico (ferramenta importante na gestão estratégica) e o

Balanced Scorecard - BSC (histórico, perspectivas, mapas estratégicos e alinhamento).

No capítulo 3, encontram-se a metodologia utilizada, suas etapas e justificativa para

sua aplicação.

Page 26: Dissertacao Ana Mendes

25

No capítulo 4, é apresentado o Estudo de Caso analisado: o ambiente escolar, a

Mantenedora, a Instituição, sua estrutura e posicionamento de mercado.

No capítulo 5, são apresentados os resultados da pesquisa, assim como um modelo de

Mapa Estratégico para a instituição estudada.

No capítulo 6, encontram-se as análises conclusivas, comentários sobre o modelo

proposto e recomendações para a organização e para estudos futuros.

Ao final, são apresentados referências, glossário, apêndice (incluindo os instrumentos

de coleta de dados – questionários - utilizados no Estudo de Caso) e anexos.

Page 27: Dissertacao Ana Mendes

26

2 FUNDAMENTOS TÉORICOS

A fundamentação teórica buscada foi baseada em pesquisa bibliométrica, não

apresentada neste relatório de pesquisa, que possibilitou coleta de dados bibliográficos em

artigos científicos (Qualis A e B), dissertações, teses, livros, endereços eletrônicos da rede

Internet que abordam os temas BSC, Estratégia, Planejamento Estratégico, Gestão Escolar e

Ensino no Brasil.

A pesquisa da referência em artigos científicos; livros; sites e revistas especializadas

foi realizada buscando sempre seus principais pesquisadores e autores, como por exemplo,

Kaplan e Norton.

Quanto à fundamentação da pesquisa em dissertações e teses, utilizou-se como

referência as dissertações e teses de mestrados e doutorados do LATEC.

2.1 ENSINO NO BRASIL

O Ensino no Brasil, de forma pedagógica, começou, segundo Bello (2001), com a

chegada dos jesuítas, que além da moral e dos costumes, trouxeram também as práticas

pedagógicas. Após a expulsão dos jesuítas pelo Marques de Pombal, o sistema educacional no

Brasil entrou em declínio, tendo sua recuperação iniciada com a chegada da família Real

Portuguesa em 1808. (BELLO, 2001)

Até o modelo de práticas pedagógicas que existe atualmente em nosso país, muitas

mudanças aconteceram (BELLO, 2011). O referido autor (2001) apresenta esta evolução em

diferentes períodos:

Período Jesuítico: 1549-1759

Período Pombalino: 1760-1808

Período Joanino: 1808-1821

Período Imperial: 1822-1888

Período da 1ª República: 1889-1929

Período da 2ª República: 1930-1936

Page 28: Dissertacao Ana Mendes

27

Período do Estado Novo: 1937-1945

Período da Nova República: 1946-1963

Período do Regime Militar: 1964-1985

Período da Abertura Política: 1986- 2003

Na maior parte destes períodos, o gestor escolar era visto como um representante

oficial do Estado (SOUZA, 2006).

2.1.1 Instituições de Ensino Particular

2.1.1.1 As Escolas Católicas Brasileiras

A presença da Escola Católica no sistema educacional brasileiro e na formação da

sociedade brasileira é percebida desde o descobrimento do Brasil. (ANAMEC/CERIS, 2006).

Com a Constituição de 1934, que regulamentava a educação no Brasil e tornava o

ensino laico, a Escola Católica passou a “competir” com outros tipos de escolas.

A fundação da Associação de Professores Católicos no Rio de Janeiro em 1932, com a

intenção de agrupar o pensamento católico, buscando uma maior organização e unidade, foi o

marco inicial da fundação da AEC Nacional, em 1945, entidade criada para representar a

nível nacional as outras associações diocesanas existentes. (ROSSA, 2005, p.24-25).

2.1.2 Educação X Negócio

Segundo Souza (2006), a gestão escolar no Brasil na década de 30 é apresentada de

forma bem hierárquica com funções e deveres bem específicos, ficando a função de diretor

sempre a cargo de um professor, pois este representava o pensamento oficial do Estado.

Laval (2004, p.10) afirma que a escola precisa de uma reforma, “mas, reforma para

construir que tipo de escola e uma escola destinada a que tipo de sociedade?” Segundo o

Page 29: Dissertacao Ana Mendes

28

mesmo autor (2004, p.11), a escola neoliberal designa um modelo escolar que considera a

educação como um bem essencialmente privado e cujo valor, é antes de tudo econômico.

Para Costa (2007, p. 56) podemos conceituar gestão estratégica como o processo

sistemático, planejado, gerenciado, executado e acompanhado sob a liderança da alta

administração da instituição, envolvendo e comprometendo todos os gerentes e colaboradores

da organização. Segundo o mesmo autor (2007, p.56) a finalidade da gestão estratégica é

assegurar o crescimento, a continuidade e a sobrevivência da instituição.

Ferreira (1993, p. 123) afirma que Empresa é uma “organização econômica destinada

à produção ou venda de mercadorias ou serviços, tendo como objetivo o lucro e a satisfação

das necessidades do ser humano”.

Ferreira (1993, p.120) estabelece educação como um “processo de desenvolvimento da

capacitação física, intelectual e moral do ser humano” e como escola (1993, p.131),

“estabelecimento público ou privado onde se ministra o ensino coletivo”.

A definição que Campos (1994, p.23) apresenta sobre empresa corrobora o

pensamento de Ferreira (1993, p.123): “empresa é uma organização de seres humanos que

trabalham para facilitar a luta pela sobrevivência de outros seres humanos”.

Segundo Campos (1992, p.2), o ser humano se organiza em escolas para uma única

missão: satisfazer as necessidades do ser humano. Campos (1992, p.3) afirma, ainda, que o

lucro que a empresa obtém é “um prêmio que a sociedade lhe paga pelo bom serviço prestado

e um sinal que deve crescer e continuar a servir bem”.

2.2 ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

O termo estratégia é um conceito militar que significa a aplicação de forças contra

determinado inimigo. O termo vem da palavra grega “strategos”, que significa: a arte do

general, ou a ciência dos movimentos guerreiros fora do campo de visão do general.

(OLIVEIRA, 2004, p.190). Segundo Ferreira (1993, p.18), estratégia é arte militar de planejar

e executar movimento e operações de tropas, para alcançar ou manter posições relativas e

potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas.

Encontra-se na literatura uma vasta definição da palavra estratégia, particularmente

quando relacionada a empresas. Para este estudo, foram selecionados conceitos que estão

relacionados com o estudo de caso.

Page 30: Dissertacao Ana Mendes

29

Kaplan e Norton (2004, p.7), afirmam que a estratégia de uma organização descreve

como a mesma pretende criar valor para seus acionistas, clientes e cidadãos. Mas, para

Gonçalves (2006), na empresa, a estratégia está relacionada à arte de utilizar adequadamente

os recursos para minimizar os problemas e maximizar as oportunidades. Pode, então, ser

percebida como um conjunto de escolhas ou objetivos e caminhos de evolução (visando

questões fundamentais para o sucesso da mesma). Quando faz uma opção por caminhos, a

empresa procura se posicionar no mercado e buscar esforços para a direção estabelecida.

Porter (1986, p. 49) apresenta o conceito de estratégias genéricas, que pode ser assim

explicado:

Liderança pelo custo (PREÇO) – a empresa procura conseguir menores custos de

produção para obter rentabilidade. Pratica preços mais baixos ou semelhantes aos

concorrentes, oferecendo produtos ou serviços de qualidade aceitável.

Liderança pelo produto (DIFERENCIAÇÃO) – a empresa investe em inovação,

atingindo um desempenho superior em alguma área importante de benefício ao

cliente.

Liderança no cliente (FOCO) – a empresa investe no relacionamento com o cliente,

preferindo abordar um ou poucos segmentos menores do mercado ao invés do

mercado como um todo, como objetivo de atender melhor às necessidades destes

segmentos.

Para Lima (2004), a empresa que deseja criar uma vantagem sustentável precisa fixar

as atividades e processos em apenas uma das três lideranças, pois não é possível ser líder em

todas: “não pode ser tudo para todos” (PORTER, 1996).

Ao optar por uma das lideranças estratégicas, a empresa não deve menosprezar as

outras duas alternativas e sim, deve estar atenta para que as apresente em um nível compatível

e comparável à média do mercado.

Segundo Porter (1996), estratégia é “criar uma posição exclusiva e valiosa, que

envolve um diferente conjunto de atividades”.

Uma das maiores dificuldades e preocupações dos gestores é a execução da Estratégia

(KAPLAN; NORTON, 1997, p.199), pois o grande problema encontrado na maioria das

empresas não é de qualidade da estratégia e sim, na qualidade de sua execução. Para Kaplan e

Norton (1997, p.200), a incoerência entre a formulação e implementação da estratégia é

causada por quatro barreiras específicas:

1. Visões e estratégias não executáveis – empresa não consegue traduzir a estratégia

e a missão a todos os colaboradores.

Page 31: Dissertacao Ana Mendes

30

2. Estratégias não associadas às metas de departamentos, equipes e indivíduos.

3. Estratégias não associadas à alocação de recursos em longo e curto prazos.

4. Feedback tático, não estratégico.

Os gestores muitas vezes não se envolvem diretamente nas iniciativas de alto impacto

para a consecução dos objetivos estratégicos e por isso, não garantem a prioridade da sua

execução.

Nas empresas centradas em resultados duradouros, a execução da estratégia deve ser a

principal tarefa da liderança e o desempenho das metas deve ser monitorado periodicamente

como forma de garantir o rápido ajuste às mudanças constantes no ambiente competitivo no

qual ela está inserida, embora executar a estratégia não parece ser uma tarefa simples e natural

para os executivos do mundo atual (KAPLAN; NORTON, 1997, p.298), no qual as mudanças

acontecem de forma muito rápida. Para que isso possa ser atenuado, é necessário e importante

que uma nova forma de gestão permita um constante acompanhamento da evolução da

empresa e de seu contexto competitivo.

Pode-se afirmar que estratégia é uma opção: “o que devemos fazer?” e,

principalmente, “o que não devemos fazer”? (PORTER, 1996, p.61-78), para a priorização em

alocação de recursos.

Medir a criação de valor é uma tarefa possível (NORTON, 2001) e o BSC resolve essa

questão, pois concebida a estratégia e definido o enfoque organizacional para a criação de

valor, o desafio é avaliar a contribuição dos ativos intangíveis, fundamentais na Era do

Conhecimento.

Ainda para Norton (2001), a essência da estratégia é definir os resultados desejados e

identificar os ativos e as atividades necessários para alcançá-los. Os efeitos tangíveis têm

lógica e tempo diferentes dos intangíveis. O valor de um ativo intangível pode ser

determinado no contexto da estratégia que cria valor. Os ativos intangíveis têm valor

potencial, mas esse valor só passa a ser real quando é transformado em valor tangível.

Lima (2004) afirma que gerenciar estrategicamente é encarar o pensamento estratégico

como fator inerente à condução dos negócios.

Mintzberg (2004, p. 34) afirma que as organizações desenvolvem planos para o seu

futuro e também extraem padrões do seu passado. À primeira, o referido autor chama de

“estratégia pretendida ou intencional” e à segunda, de “estratégia realizada”.

Page 32: Dissertacao Ana Mendes

31

O questionamento que Mintzberg (2004, p. 34) faz é: “as estratégias realizadas devem

ter sido sempre pretendidas”? Segundo o mesmo autor (2004, p. 35), na prática, fica evidente

que as estratégias pretendidas nem sempre são realizadas.

Minztberg et al. (2007, p.13-20), apresentam além das dez escolas de planejamento

estratégico, cada uma com sua própria característica e formulação de estratégia (Escola do

Design, Escola do Planejamento, Escola do Posicionamento, Escola Empreendedora, Escola

Cognitiva, Escola de Aprendizado, Escola do Poder, Escola Cultural, Escola Ambiental e

Escola da Configuração); os cinco Ps para a estratégia, que se pode entender como definições

para estratégia, como afirma Gonçalves (2006):

Plano: a estratégia funciona como um guia para lidar com determinada situação.

Padrão: a estratégia mostra a consistência do comportamento ao longo do tempo.

Posição: estratégia é usada como uma maneira de colocar a empresa no ambiente.

Perspectiva: estratégia como maneira fundamental da empresa fazer as coisas.

Pretexto: estratégia é usada como um truque, com a finalidade de enganar o

concorrente.

Para Grebim (2004), a melhor orientação para a formação de estratégia é definida em

termos de comparação entre os pontos fortes e fracos da empresa e suas oportunidades e

riscos em seu meio ambiente.

Porter (1996), ao colocar estratégia de um lado e eficácia operacional de outro (não

que ambas sejam incompatíveis ou interdependentes), mostra a necessidade de uma opção por

um caminho (estratégia) para se chegar a um resultado positivo desejado (eficácia

operacional).

A importância da estratégia é assinalada por Porter (1996), no momento em que a

mesma é uma espécie de combinação de várias atividades que funcionam como uma

“orquestra”, visando a um aumento de produtividade.

Segundo Porter (1987), para sobreviver, as empresas precisam compreender o que é

uma boa estratégia corporativa.

Page 33: Dissertacao Ana Mendes

32

Quadro 01 - Estratégia bem-sucedida

Fonte: Elaborado pela autora

2.2.1 Planejamento Estratégico

Segundo Porter (1986), um contexto de incertezas e imprevisibilidade no início dos

anos 1960, levou às empresas a reverem seus métodos de gestão.

Para Braga e Monteiro (2005, p.16), o desenvolvimento do “Modelo de Harvard de

Análise Estratégica” - SWOT (Strenghts, Weakness, Opportunities and Threats, traduzido

para o português como forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), deu um impulso

significativo na utilização do Planejamento Estratégico (PE) nas empresas.

Drucker (1962) afirma que “o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às

implicações futuras das decisões presentes”.

Sendo assim, podemos afirmar que Planejamento Estratégico é uma atividade

administrativa cujo objetivo é direcionar os rumos da empresa, dando-lhe certa

sustentabilidade, mesmo sob condições de incerteza.

Para Drucker (1984), planejamento estratégico é um processo contínuo, que de forma

sistemática e com muita informação do futuro, toma decisões atuais que envolvem riscos.

2.2.1.1 Planejamento estratégico de instituições de ensino particulares

Braga e Monteiro (2005, p.19) afirmam que na concepção estratégica o planejamento

passa a ser uma função básica de todos os dirigentes e deve responder a três questões

fundamentais:

IMPLEMENTAÇÃO EFETIVA = Metas simples,

consistentes e de longo alcance + entendimento

profundo do ambiente competitivo + avaliação objetiva

dos seus recursos.

Page 34: Dissertacao Ana Mendes

33

1. Onde estamos?

2. Aonde queremos chegar?

3. Como vamos chegar lá?

Para Kaplan (1998), o planejamento deve ser transformado em um processo contínuo,

sendo necessário avaliar constantemente o que se está fazendo, à luz das informações obtidas

sobre a concorrência, a nova tecnologia e os clientes.

Braga e Monteiro (2005, p.25) afirmam que, atualmente, menos de 20% das

Instituições de Ensino Superior (IES) privadas brasileiras elaboram planejamento estratégico,

e apresentam ações que a empresa pode definir através do planejamento estratégico:

1. Conhecer e potencializar seus pontos fortes.

2. Conhecer e eliminar ou modificar seus pontos fracos.

3. Conhecer e aproveitar as oportunidades externas.

4. Conhecer e evitar as ameaças externas.

A competência decisória é a parte essencial da gestão estratégica. Segundo os autores

acima, coletar informações, realizar análises diagnósticas internas e externas são atividades

trabalhosas, mas simples. Sua integração e a tomada de decisões estratégicas é que é uma

tarefa complexa. Porém, nas IES, a de tomada de decisões por parte dos gestores é bastante

comprometida. Essa situação, para os mesmos autores, pode ser explicada pelos seguintes

fatores:

falta de objetivos e meta definidos com clareza;

inexistem sistemas de informação para servir de apoio à decisão;

falta de sinergia entre o acadêmico e o administrativo compromete a efetividade

das decisões;

não há cultura estratégica e as soluções são tomadas para solucionar problemas

imediatos.

Para Tavares (2009, p.87), planejar é conhecer a escola, explorando as positividades e

eliminando ou adaptando as fragilidades. A escola precisa definir com clareza os propósitos

que almeja e deve traçar estratégias para alcançar o êxito de forma mais efetiva.

Page 35: Dissertacao Ana Mendes

34

A utilização da Matriz de SWOT permitirá à escola avaliar a sua missão, pois analisa o

ambiente interno e externo, investigando as oportunidades que poderão ser oferecidas como

ganho à comunidade.

Na escola, a gestão pedagógica deve convergir para uma gestão administrativa, pois

ela tem alguns processos que envolvem o ato de gerir uma organização. Esta convergência

permite ao gestor ter uma visão integrada com o compartilhamento de informações e tomadas

de decisão; com o intuito de produzir melhores resultados. (TAVARES, 2009, p.91).

Segundo o mesmo autor (2009, p.113), a gestão escolar deve ser vista como pedra

fundamental para que a escola ofereça à sua comunidade uma escola que atenda as exigências

do dia-a-dia, necessitando assim da participação de todos os profissionais para que seja

sempre oferecida uma educação libertadora. Nessa gestão, a visão deve se referir aos

objetivos e pode ser definida por algumas perguntas:

Como estará ou será esta escola daqui a cinco anos?

Quais os nossos maiores desafios?

Quais nossas ameaças?

Quais as divergências?

2.3 FERRAMENTA DE GESTÃO - BALANCED SCORECARD

Até o início da década de 90, os gestores utilizaram como meios principais para

obtenção de informações a respeito das empresas as medidas contábil-financeiras. (KAPLAN,

1996).

Atualmente, essas medidas apenas não são suficientes (CORDEIRO, 2002), pois se

está numa época que pode ser considerada a época da gestão estratégica do negócio.

Esse novo momento faz com que as empresas não só definam suas estratégias, como

também as monitorem e as tornem mensuráveis, para que possam verdadeiramente ter uma

gestão estratégica voltada para o futuro.

Uma das maiores dificuldades encontradas pela maioria das empresas é a

implementação da estratégia (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 199). Podem-se citar alguns

fatores que colaboram para esse fato:

Page 36: Dissertacao Ana Mendes

35

poucas pessoas no nível operacional compreendem a estratégia;

são destinados poucos recursos financeiros à estratégia;

os gestores não gastam muito tempo pensando na estratégia.

Para Kaplan e Norton (1997, p.155), estratégia é um conjunto de hipótese sobre os

relacionamentos de causa e efeito entre os objetivos e as ações necessárias para que eles sejam

alcançados e entre os objetivos e as medidas de desempenho obtido no esforço de alcançá-los.

Ainda para Kaplan e Norton (2001, p.21), o BSC materializa a visão e a estratégia da

empresa, através de um mapa (mapa estratégico) com objetivo e indicadores de desempenho,

organizados segundo as quatro perspectivas (financeira, clientes, processos internos e

aprendizagem e crescimento); sendo que estes indicadores devem ser interligados para

comunicar um pequeno número de temas estratégicos amplos, como o crescimento da

empresa, a redução de riscos ou o aumento da produtividade.

No início dos anos 90, Kaplan e Norton realizaram um estudo com o objetivo de

averiguar qual seria o método de medição de desempenho utilizado no ano 2000. Faziam

reuniões de dois em dois meses com diversos representantes de diferentes organizações.

Destes encontros surgiu o BSC - uma nova metodologia que se apresentava baseada na

representação equilibrada das medidas financeiras e operacionais, organizando-se em quatro

perspectivas: financeira: a visão dos acionistas; do cliente: a visão dos clientes; dos processos

internos: onde melhorar e de aprendizado e crescimento: como continuar a melhorar e a criar

valor.

2.3.1 As perspectivas do BSC

A figura 01 mostra a relação entre estas perspectivas.

Page 37: Dissertacao Ana Mendes

36

Figura 01 - Quatro perspectivas do BSC

Fonte: Adaptada de Kaplan; Norton (2004)

2.3.1.1 A perspectiva financeira

Descreve os resultados tangíveis da estratégia em termos financeiros tradicionais,

como retorno sobre investimento (ROI), valor para o acionista, lucratividade, crescimento de

receita e custos unitários mais baixos. Para Kaplan e Norton (2004, p.9), as entidades sem fins

lucrativos e órgãos governamentais devem colocar os clientes e não as considerações

financeiras no alto de seus mapas estratégicos.

2.3.1.2 A perspectiva do cliente

Define os impulsionadores do crescimento da receita. Inclui resultados genéricos de

clientes, como satisfação, aquisição, retenção e crescimento, bem como a proposição de valor

diferenciado que a organização tem a intenção de oferecer para gerar vendas e fidelidade dos

consumidores alvo.

Page 38: Dissertacao Ana Mendes

37

2.3.1.3 A perspectiva do processo interno

Identifica os objetivos operacionais, de gestão de clientes, inovação e processo

normativo e social, para criar e entregar a proposição de valor para o cliente e melhorar a

qualidade e produtividade dos processos operacionais.

2.3.1.4 A perspectiva do aprendizado e crescimento

Identifica os ativos intangíveis que são mais importantes para a estratégia. Os

objetivos nessa perspectiva identificam que trabalhos (capital humano), quais sistemas (o

capital da informação) e que tipo de clima (o capital organizacional) são necessários para dar

suporte aos processos internos de criação de valor.

2.3.2 Por que implantar o BSC

O BSC representa um sistema gerencial estratégico que estimula melhorias nos

processos e resultados por meio do foco estratégico – dando condições para as empresas de

terem um sistema capaz de traduzir a missão em objetivos estratégicos e estes, em um

conjunto específico, e coerente de indicadores de desempenho, permitindo assim a

operacionalização do plano estratégico segundo as quatro perspectivas.

O equilíbrio proporcionado pelo BSC pode ser visualizado na relação de causa e

efeito, pois toda medida selecionada para um BSC faz parte de uma cadeia de relação de

causa e efeito e não é um conjunto de objetivos isolados, desconexos ou conflitantes. Levando

a empresa a ter uma visão organizacional atual e futura, com a definição objetiva do caminho

a ser trilhado.

O BSC possui uma ferramenta que traduz a estratégia em objetivos integrados entre si

e é também um instrumento que mostra as relações de causa e efeito entre os objetivos

estratégicos da empresa - Mapa Estratégico. A figura 02, de acordo com Kaplan e Norton

Page 39: Dissertacao Ana Mendes

38

(2004), mostra que a melhor maneira de se construir mapas estratégicos é de cima para baixo

(topdown).

Figura 02 - Mapa Estratégico

Fonte: Kaplan; Norton (2004)

Para Niven (2007, p.89), os pontos de partida para um BSC eficaz são: a missão,

valores essenciais, visão e estratégia da organização.

Herrero Filho (2005, p.44) mostra que a compreensão de cada um desses pontos é

fundamental para o desenvolvimento dos projetos de BSC.

Missão: porque existimos. Procura explicar a razão de ser de uma organização e

orienta os dirigentes para as diferentes escolhas que compõem o negócio. Segundo o mesmo

autor (2005, p.45), uma declaração de missão bem elaborada deve ser simples, concisa e de

fácil entendimento por todos os colaboradores da organização.

Valores: princípios orientadores. São as crenças que orientam o comportamento, a

maneira de ser e de agir da organização. (NIVEN, 2007, p.96)

Visão: panorama do mundo futuro. A visão serve como referência na criação do mapa

estratégico e desenvolve o senso de destino para os participantes da organização (HERRERO

FILHO, 2005, p.46).

Estratégia: atividades diferenciadoras. Como a organização será diferente para criar

valor. (HERRERO FILHO, 2005, p.47)

A implementação do BSC pode capacitar a empresa a alinhar os processos gerenciais e

concentrar toda a organização na implementação da estratégia de longo prazo. Pode-se

Page 40: Dissertacao Ana Mendes

39

afirmar que ao implantar o BSC a empresa aumenta o foco na estratégia e nos resultados;

melhora o desempenho organizacional através de medição do que realmente interessa;

alinham a estratégia da organização com o trabalho que as pessoas fazem no dia a dia;

colocam o foco sobre o futuro desempenho; melhoram a comunicação da visão e da estratégia

da empresa e prioriza projetos e iniciativas (KAPLAN; NORTON, 2004).

2.3.3 Como implantar um BSC

Para que essa implementação seja eficaz, Kaplan e Norton (2004, p.61-65) sugerem

que seja elaborado um plano de desenvolvimento sistemático cujas etapas são:

Etapa I - Arquitetura do programa de medição:

1. selecionar a unidade organizacional para aplicação do BSC;

2. identificar as relações entre essa unidade e as outras da corporação.

Etapa II - Definição dos objetivos estratégicos:

3. enviar aos altos executivos daquela unidade, material informativo sobre BSC e

realizar reuniões para esclarecimento de dúvidas;

4. sintetizar as entrevistas;

5. realizar o 1º workshop com a alta administração. Apresentação das quatro

perspectivas

Etapa III - Escolha dos indicadores estratégicos:

6. no workshop, dividir os participantes em 4 subgrupos de acordo com as 4

perspectivas;

7. realizar o 2º workshop, envolvendo a alta administração, seus subordinados e o

maior número possível de gerentes.

Etapa IV - Elaboração do plano de implementação:

8. desenvolver o plano de implementação com os líderes dos subgrupos, com

metas de superação;

9. realizar o 3º workshop com a alta administração para validar as metas de

superação;

10. finalizar o plano de implantação, integrando o BSC ao sistema gerencial.

Page 41: Dissertacao Ana Mendes

40

2.3.4 Dificuldades na implementação do Balanced Scorecard

Para Berton (1998), o BSC trouxe para as organizações além de resultados efetivos

desde sua utilização um subproduto importantíssimo: a participação e o grau de

comprometimento de todos ao redor dos objetivos traçados pela organização. Porém, isso não

significa que implementar um BSC seja tarefa fácil. Kaplan e Norton (2000), afirmam que

diversas empresas encontram dificuldades na implementação do BSC e, que desenvolver e

implementar um BSC não é tarefa das mais simples.

Allevato (2007), afirma em sua pesquisa sobre a implantação do BSC em hospitais que

podemos encontrar algumas dificuldades, além daquelas já apresentadas por Kaplan e Norton

(2001): falta de comprometimento da alta administração; envolvimento de poucas pessoas;

estrutura topdown do scorecard; BSC como projeto da área de sistemas; BSC como projeto de

mensuração e através de processos longos; apoio de consultores inexperientes e implantação

com objetivo de remuneração. como: conflito de interesses entre as diferentes partes

interessadas; baixo grau de difusão de métodos de mensuração do desempenho

organizacional; deficiência do sistema de informação; deficiência no modo de utilização do

BSC; não existe modelo preestabelecido de BSC para hospitais de forma a implantá-lo como

“uma receita de bolo”; desafio na implantação de protocolos clínicos e planos de ação que

estão diretamente relacionados à parte operacional, levando à diminuição de custos;

dificuldade em estabelecer consenso com uma equipe multidisciplinar que apresenta

diversidades de opiniões.

Segundo Prieto (2006), um dos problemas mais comuns diz respeito ao envolvimento

do gerente nível sênior, a partir do momento em que os executivos passam a delegar toda a

estratégia do processo de implementação ao nível hierárquico intermediário.

Page 42: Dissertacao Ana Mendes

41

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para Marconi e Lakatos (2009), a pesquisa é um procedimento formal, com método de

pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para

conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.

Segundo Gil (2009), a pesquisa pode ser definida como o procedimento racional e

sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.

Ainda segundo Gil (2009), utiliza-se pesquisa quando não se dispõe de informações

suficientes para responder ao problema ou quando a informação que está disponível não está

ordenada.

Pode-se desenvolver a pesquisa aproveitando os conhecimentos disponíveis e a

utilização de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos. (GIL, 2009).

A classificação das pesquisas também se faz através de critérios e assim, podem ser

classificadas em três grupos (GIL, 2009):

1) pesquisa exploratória: tem como principal objetivo uma maior familiaridade com o

problema, visando torná-lo mais explícito. Para Gil (2009), seu objetivo é o

aprimoramento de ideias e envolvem:

a) levantamento bibliográfico;

b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema

pesquisado;

c) análise de exemplos que auxiliam o maior entendimento da situação-problema.

Tipos: pesquisa bibliográfica, estudo de caso.

2) pesquisa descritiva: tem como principal objetivo a descrição de características de

determinada população ou fenômeno, ou então o estabelecimento de relações entre

variáveis. Tipo: levantamento.

3) pesquisa explicativa: tem como principal objetivo identificar quais são os fatores

que determinam, ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo de

pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão

e o porquê das coisas. Tipos: experimentais e “ex-post facto”.

Page 43: Dissertacao Ana Mendes

42

3.2 TIPO, MÉTODOS E ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Pode-se entender método como o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que,

com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo. (MARCONI; LAKATOS,

2009).

Segundo Yin (2005), o Estudo de Caso é utilizado para contribuir com o conhecimento

que temos de fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos; e, quando o

pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos e é a estratégia preferida para

questões “como” e “porque”.

Ainda segundo Yin (2005), o Estudo de Caso permite uma investigação para se

preservar as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real, entre

eles, processos organizacionais e administrativos; o caso dessa pesquisa.

O presente estudo está documentado através de pesquisa exploratória, utilizando o

Estudo de Caso, levantamento e (questionários) com gestores, coordenadores pedagógicos e

de área, contadores, professores, pais e alunos da escola privada escolhida, que se localiza

numa pequena cidade da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, visando detectar um

possível conhecimento do Sistema BSC, as dificuldades encontradas na sua implantação e a

elaboração de um Mapa Estratégico.

Além da pesquisa através de Estudo de Caso, e da coleta de indicadores geopolíticos e

sociais do setor educacional na Região Sudeste e na Região Serrana do Estado do Rio de

Janeiro, a pesquisa está baseada em coleta de dados bibliográficos através de artigos

científicos, dissertações, teses, livros, sites e revistas especializadas que abordem o tema BSC,

estratégia, planejamento estratégico e gestão escolar.

3.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Segundo Gil (2009), a elaboração de um projeto é feita mediante a consideração das

etapas necessárias ao desenvolvimento da pesquisa, embora a ordem das etapas não seja

rígida.

Page 44: Dissertacao Ana Mendes

43

3.3.1 Pesquisa bibliográfica

Nesta etapa, foi feito o levantamento com base em material já elaborado, realizando

uma pesquisa bibliométrica, buscado em artigos, livros, dissertações, teses, anais, periódicos

de indexação, artigos eletrônicos entre outros relacionados ao Balanced Scorecard, Estratégia,

Planejamento Estratégico e Gestão Escolar.

3.3.2 Pesquisa documental

Por esta pesquisa ser um Estudo de Caso exploratório e descritivo numa Instituição de

Ensino Básico foram utilizados arquivos da própria instituição analisada, como Projeto

Político Pedagógico, planejamentos, relatórios, gráficos etc.

3.3.3 Elaboração do instrumento de coleta de dados

Nos Estudos de Casos, a coleta de dados é mais completa, pois se vale de dados de

gente e de dados de papel (GIL, 2009). Para a coleta de dados nos levantamentos são

utilizadas as técnicas de interrogação: o questionário, a entrevista e o formulário.

Neste trabalho, a opção foi pelo questionário, definido por Gil (2009), como um

conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado. Ainda para Gil (2009),

o questionário constitui o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além de não

exigir treinamento de pessoal e garantir o anonimato.

Para que a direção da instituição pesquisada tivesse conhecimento do teor da pesquisa

foi solicitada uma autorização à Madre Provincial da Congregação (Anexo A).

Foram elaborados 05 questionários específicos para os públicos alvos escolhidos:

gestores, professores, funcionários e alunos que os receberam pessoalmente. Os pais os

receberam em envelope lacrado junto à agenda escolar de seus filhos. Os questionários, com

perguntas abertas e fechadas, estão apresentados no Apêndice A.

Page 45: Dissertacao Ana Mendes

44

A primeira parte dos questionários apresenta informações sobre o objetivo da

pesquisa. Na segunda parte, são apresentadas questões abertas e fechadas para coleta de dados

demográficos e informações relevantes para a construção do Mapa Estratégico de BSC,

elaboradas de acordo com cada público alvo.

As perguntas foram elaboradas abordando aspectos relacionados às quatro

perspectivas do BSC de Kaplan e Norton (2004): estratégia, conhecimento da visão e missão

da empresa; crescimento e aprendizado; satisfação de cliente interno e cliente externo; pontos

fortes e pontos de melhoria.

3.3.4 Realização da pesquisa

A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e novembro de 2009, nas

dependências da Instituição estudada com gestores, coordenadores pedagógicos, professores,

funcionários, pais e alunos; possibilidade aventada porque a pesquisadora trabalha na

Instituição.

3.3.5 Tratamento e análise da coleta de dados

Para Gil (2009), a análise e interpretação de dados são os itens de natureza

metodológica que apresenta maior carência de sistematização, entretanto a análise dos dados

num estudo de caso deve ser predominantemente qualitativa.

3.3.5.1 Descrição e análise dos dados da pesquisa

O universo da pesquisa é composto por 304 indivíduos: os gestores (equipe técnico-

pedagógica, composta por diretora, coordenadora geral, coordenadores de segmentos,

psicóloga, orientadoras educacionais, tesoureira); professores de todos os segmentos

(Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio) e funcionários administrativos

Page 46: Dissertacao Ana Mendes

45

e de apoio (inspetores, recepcionistas, mecanógrafos), sendo que foram respondidos 233

questionários o que corresponde 76,64% do universo, conforme o quadro 02, distribuídos da

seguinte forma:

Gestores: 13 questionários

Professores: 20 questionários

Funcionários: 13 questionários

Alunos: 117 questionários

Pais: 70 questionários

Universo Amostra Porcentagem

304

indivíduos

233

indivíduos

76,64%

Quadro 02 - Relação Universo e Amostra

Fonte: Elaborado pela autora

Após a coleta de dados, os mesmos foram copilados e agregados em planilhas de

Excel (software Windows 1997/2003) que, aplicando fórmulas específicas, traduziu o

resultado em gráficos que foram confrontados e comparados para a obtenção do resultado

final da pesquisa.

Os resultados obtidos foram analisados face ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da

Instituição estudada, que é elaborado e atualizado a cada três anos, de forma participativa por

todos os integrantes da comunidade educativa.

Essa análise elencou indicadores estratégicos que permitiram a elaboração do mapa

estratégico de BSC para a Instituição.

Page 47: Dissertacao Ana Mendes

46

4 ESTUDO DE CASO DA ESCOLA

4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE ESCOLAR

4.1.1 A Congregação

A Congregação das Angélicas de São Paulo foi fundada por Santo Antonio Maria

Zaccaria, na cidade de Milão (Itália), tendo sido o Breve de Aprovação dado pelo Paulo III,

no dia 15 de janeiro de 1535.

Antecipando muito os tempos atuais, Santo Antonio Maria Zaccaria quis suas "filhas"

(Angélicas) não enclausuradas, como era o costume da época, mas colaboradoras dos

Barnabitas, no apostolado direto com o povo de Deus. Porém, colocava como fundamento de

todo o apostolado, a oração. Na vida de união com Deus, recebiam as forças para anunciá-los

aos irmãos. Como Anjos-Contemplativas e Ativas - eram mensageiras do amor de Deus.

"Correr como loucas a Deus e ao próximo" era a palavra de ordem do Santo Fundador.

Quando anunciou a primeira missão, após a fundação, escreveu: "Queridas, filhas,

desfraldai as vossas bandeiras, que dentro em breve o Crucificado vos mandará anunciar a

viveza espiritual e o espírito vivo, por toda parte." (Carta V). Toda essa carta transborda de

alegria, na expectativa de ver suas filhas compartilhando de seu grande sonho: "A renovação

do fervor cristão" (hoje, nova evangelização). Influenciadas pelo espírito do Fundador e

atentas aos apelos da Igreja e dos tempos, atuaram nas diferentes áreas de evangelização.

Teriam continuado admiravelmente, seu apostolado, se o Concílio de Trento não houvesse

imposto clausura papal às Religiosas.

Desde 1919, passaram novamente à vida ativa, tendo o programa espiritual apostólico

permanecido, até hoje, o mesmo traçado pelo Santo Fundador: "levar a vivacidade espiritual e

o Espírito vivo por todo lugar".

Como Angélicas de São Paulo, são chamadas pelo Senhor e pelo Santo Fundador a

serem Anjos na contemplação e na ação. São chamadas, também, a: viver intensamente o

"Crucificado vivo", à maneira de São Paulo; imbuir-se do Espírito de São Paulo; abrir-se à

experiência de Deus e à ação do Espírito Santo, através de intensa e crescente vida espiritual;

colocar-se em espírito de adoração, aprofundando cada vez mais o Ministério Pascal, com o

Page 48: Dissertacao Ana Mendes

47

olhar fixo no Crucificado; ter Maria como mãe e Modelo; viver, comunitariamente, o

seguimento de Jesus Cristo, em espírito de família, segundo suas origens; desfraldar suas

bandeiras, impelidas pelo fervor apostólico de Santo Antonio Maria Zaccaria; anunciar o

espírito vivo e a riqueza espiritual com tamanha vontade de ganhar almas e conduzi-las à

perfeição; seguir os sinais do tempo, entendendo os apelos da Igreja: na educação, no trabalho

promocional, missionário e paroquial; na pastoral vocacional, e em toda missão que a Igreja

lhes confiar.

As Angélicas chegaram ao Brasil no dia 06 de maio de 1922. E, no dia 1º de junho foi

inaugurado o Colégio São Paulo do Rio de Janeiro, em local provisório. Em dezembro do

mesmo ano, foi adquirida pela Congregação a residência em Ipanema, onde até hoje funciona

esse Colégio.

Atualmente, as irmãs se encontram na Europa (Itália, Bélgica, Espanha, Kosovo,

Albânia, Polônia e Portugal), na América do Norte (Estados Unidos), na América do Sul

(Brasil e Chile), na África (Congo e Ruanda) e na Ásia (Filipinas e Indonésia). No Brasil,

estão nos seguintes estados: Pará (Belém e Santa Luiz do Pará), Rio de Janeiro (Rio de

Janeiro e Teresópolis), São Paulo, Rio Grande do Sul (Caseiros e Novo Hamburgo) e Minas

Gerais (Belo Horizonte), conforme a figura 03.

Figura 03 - Localização das angélicas no Brasil

Fonte: www.irmasangelicas.org.br

Page 49: Dissertacao Ana Mendes

48

4.1.2 A Educação na Província

O Setor Provincial de Educação (SPE) foi criado respondendo um anseio de diretoras,

pedagogas e professores dos três Colégios São Paulo, no final dos anos 80 e início dos anos

90 (período de mudanças históricas e políticas em nosso país).

A partir daquele momento, as diretrizes e as práticas pedagógicas deveriam ser

unificadas e respaldadas nos “documentos da Igreja”, buscando sempre a ótica e perspectivas

zaccarianas.

O principal papel do SPE seria o de ser elo entre os colégios, procurando divulgar não

só a pedagogia zaccariana como também as práticas pedagógicas desenvolvidas em cada

colégio, para que, refletindo sobre a “espiritualidade paulina” buscassem a unidade na

diversidade!

Após uma caminhada de duas décadas, o SPE está mais maduro e fortalecido e conta

também com a presença do Colégio São Paulo de Belo Horizonte, que desde 2004, está

novamente sob a administração das Irmãs Angélicas.

O que é o Setor Provincial de Educação (SPE)?

O Setor de Educação da Província Nossa Senhora Mãe da Divina Providência é

constituído por uma equipe de religiosas e leigos, que, fiel ao legado pedagógico espiritual de

Santo Antonio Maria Zaccaria, conta com a aprovação do Conselho Provincial.

A equipe representativa do Setor é formada por religiosas e leigos, integrantes de todas

as Comunidades Educativas da Província. As Religiosas são indicadas pela Superiora

Provincial. Os leigos são eleitos pelo grupo de trabalho que participa da elaboração do Plano

Trienal de Educação da Província.

O Setor quer ser:

elo entre os Colégios, em vista da unidade pedagógica no respeito à diversidade;

espaço de formação continuada e de partilha de saberes e experiências;

instância crítica e avaliativa da problemática educacional brasileira e dos processos

pedagógicos implementados pela Província;

ponte de mão dupla que aproxime e integre os diversos segmentos das

comunidades educativas;

Page 50: Dissertacao Ana Mendes

49

agente de animação do Carisma Zaccariano em vista da vivência criativa e

dinâmica do mesmo.

Um Setor com estas características, certamente contribuirá na construção de uma

sociedade justa, solidária, pacífica e espiritual. Será fruto do esforço e da participação de seus

membros e dos integrantes das diversas comunidades educativas.

Atribuições do Setor Provincial de Educação.

Cabe ao Setor Provincial de Educação:

promover a socialização de ideias e experiências dos diferentes colégios;

acompanhar e avaliar a prática pedagógica dos diferentes colégios;

elaborar instrumentos para avaliação da programação desenvolvida pelo SPE;

zelar para que os PPPs dos colégios sejam iluminados pelo SPE;

propor e incentivar atividades que favoreçam a vivência do Carisma Zaccariano;

planejar e participar das reuniões do SPE;

estimular e favorecer atualização constante do Setor e do corpo docente dos

Colégios;

divulgar, através do site, referências bibliográficas, textos e outros que interessem

a comunidade educativa.

4.1.3 A Unidade Teresópolis

O Colégio São Paulo (CSP) foi fundado em 15 de Outubro de 1927, pelas Irmãs

Angélicas de São Paulo, na Vila Muqui, na Várzea, onde permaneceu por 6 anos. Foi

transferido para o bairro do Alto, em 1934, na Rua Gonçalo de Castro, 393 onde se encontra

até hoje. Teve suas instalações várias vezes ampliadas para melhor atender à demanda

sempre crescente.

O Colégio atravessou, nos primeiros anos de existência, grandes dificuldades. A

situação política do país agitada com a Revolução de 30; os municípios com intervenção

federal e, depois, a 2ª Guerra Mundial.

Page 51: Dissertacao Ana Mendes

50

Por outro lado, com a criação do Ministério da Educação e Saúde no governo Vargas,

o Colégio tornou-se oficializado, orientado e muito fiscalizado. O fato é que a educação foi,

neste período, uma grande preocupação para o desenvolvimento do país.

Pela excelência do clima desta cidade e pela formação educacional das Religiosas

Angélicas, o Colégio era muito procurado para o internato feminino por onde passaram filhas

de nomes ilustres e famílias tradicionais do Rio de Janeiro e de outros Estados do Brasil. O

internato terminou em 1958, e o externato crescia a cada ano. Muitas famílias, que confiaram

ao colégio à formação de seus filhos, continuam aqui numa terceira geração.

Podemos registrar personalidades teresopolitanas que ocuparam ou que ocupam cargos

nos governos municipais e/ou estaduais e tiveram sua formação nesta escola.

Poder-se-ia mencionar um vasto elenco de profissionais: médicos, engenheiros,

advogados, administradores, economistas e artistas que aqui receberam a formação e instrução

básicas para se tornarem os cidadãos de hoje.

O Colégio São Paulo tem, em seu Marco Doutrinal, o objetivo de participar da

construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, a serviço da vida e da esperança.

Quer ser uma comunidade educativa que, vivenciando os ideais de São Paulo Apóstolo, se

insere na realidade sociopolítica, econômica, cultural e ecológica da região. Opta por uma

educação-cristã, que inclui junto com a capacidade técnica, científica, artista, filosófica e

cultural de qualidade, a formação para a solidariedade humana, buscando condições para que

sejamos sujeitos da história.

Desde 1996, o Colégio São Paulo conta com mais um prédio de 3 andares. No térreo,

com pátio interno, atende à Educação Infantil e no 3º andar ao Ensino Médio. No prédio

antigo continuou o Ensino Fundamental, toda a parte administrativa, a Secretaria Geral, os

laboratórios de Ciências e Informática, as salas especiais: Matemática, Estudos Sociais,

Literatura, Música, Artes e Vídeo.

Ao longo desses anos, o Colégio passou por várias direções. Cada diretora, em seu

tempo, procurou melhorias em benefício do ensino de qualidade, colocando o colégio sempre

na vanguarda pedagógica. Foi o pioneiro na formação para o Magistério (Curso Normal), na

inclusão do ensino de informática ao currículo, na diversificação do Ensino Médio através de

áreas, no nivelamento dos alunos para o ensino das línguas estrangeiras, sempre com

acompanhamento direto de uma equipe psicopedagógica.

Dirigido por uma religiosa, indicada pela Madre Provincial o Colégio hoje é

constituído de 100 professores, 15 especialistas na equipe técnico-pedagógica (orientadoras

pedagógicas e educacionais, bibliotecária, psicóloga e fonoaudióloga), 62 funcionários e 1047

Page 52: Dissertacao Ana Mendes

51

alunos, representando cerca de 800 famílias que prestigiam e participam do processo

educativo - uma comunidade educativa voltada para a formação do cidadão consciente,

crítico, fraterno, à luz dos valores evangélicos.

Apesar de ainda não apresentar um quadro de perda de alunos, as matrículas no

colégio ao longo dos anos vem se mantendo estabilizadas, levando a toda a administração a

pensar em elaborar um plano estratégico de Marketing.

Matrículas – Colégio São Paulo Teresópolis - CSP

Gráfico 02 - Matrículas CSP

Fonte: Secretaria CSP (2008)

Na instituição pesquisada não se evidencia de forma categórica este momento de

decréscimo acentuado de matrícula, conforme está evidenciado no gráfico 02, há apenas uma

pequena queda entre o ano de 2006 e 2007, logo recuperado em 2008.

4.1.3.1 Posicionamento e Concorrência

A análise do impacto das tendências na sociedade e das forças competitivas na

performance da empresa é feita através de uma análise ambiental. O entendimento das

ameaças e oportunidades de negócios, através de uma análise competitiva; e a identificação

dos pontos fortes e fracos da organização, através de uma avaliação das alternativas

estratégicas para a empresa (PORTER, 1986).

matrículas csp

970

980

990

1000

1010

1020

1030

1040

1050

1060

csp2005 csp2006 csp2007 csp 2008

Série1

Page 53: Dissertacao Ana Mendes

52

Segundo Porter (1990), as empresas ganham vantagem competitiva contra os

concorrentes devido a pressões e desafios e, algumas inovações quando não percebidas por

outros concorrentes, dão margem à vantagem competitiva.

O gestor deve ter em mente as vantagens competitivas que devem ser preservadas ou

construídas e deve também identificar e selecionar os fatores críticos de sucesso para a

concretização dos projetos estratégicos da organização.

Para Porter (1979), a essência da formulação estratégica é lidar com a competição; e o

estado da competição, esteja a empresa em um segmento industrial ou no setor de serviços,

depende de cinco forças básicas apresentadas na figura 04:

a) poder de barganha dos fornecedores;

b) ameaças de novos entrantes;

c) poder de barganha dos clientes;

d) ameaça de produtos ou serviços substitutos;

e) competição entre os concorrentes.

Figura 04 - As cinco forças de Porter

Fonte: Adaptada de Porter (1979)

Page 54: Dissertacao Ana Mendes

53

Conhecer o ambiente de negócios significa compreender as variáveis externas que

afetam diretamente a empresa e a dinâmica de cada setor e seus principais vetores de

desempenho. Isso implica em compreender os movimentos do mercado, o panorama futuro e

as principais alternativas estratégicas que se apresentam.

Segundo Mendes (2006), existem 28 escolas particulares no Município de Teresópolis

a maioria, pequenas escolas de bairro, que certamente tiram alunos das grandes escolas. A

localização do colégio estudado é um pouco problemática, pois fica não fica num bairro

central, e seu acesso, em horário de pico é complicado, embora seu espaço físico seja o

melhor da cidade (02 quadras poliesportivas, laboratórios de informática, ciências, salas

ambientes, área verde plana, 02 parquinhos e excelente biblioteca).

A procura pela Educação Infantil vem caindo e se entende que seja pela existência de

pequenas escolas nos bairros, o que facilita aos pais o seu acesso. A maioria das famílias

prefere que seus filhos cursem os primeiros anos em uma escola menor para depois

ingressarem no colégio estudado. (MENDES, 2006).

O ingresso no 1º ano do Ensino Médio é alto, pois a grande aprovação no vestibular

para Universidades Públicas e o ótimo resultado no ENEM (1º lugar na cidade e 3º na Região

Serrana, INEP, 2008) colocam o colégio num patamar acima dos concorrentes.

Existe um grande número de filhos de ex-alunos estudando no colégio o que revela um

alto grau de fidelização.

O colégio é líder de mercado, seja no número de alunos, como na lembrança das

pessoas (top of mind) e é considerado por muitos como uma referência educacional na cidade,

recebendo inclusive vários prêmios nacionais e internacionais.

A busca e a necessidade de aumentar o quantitativo de alunos levam as escolas a

aumentarem a rivalidade, procurando fornecer atividades semelhantes ou encontrando novas

soluções como aulas de violino, francês (para Ed. Infantil), natação, espanhol, dança etc.

Como concorrentes indiretos e substitutos podemos afirmar que a perda do poder

aquisitivo leva à família a colocar seus filhos em colégios públicos e a complementar sua

educação através de cursos de idiomas, aulas de tênis, futsal, música etc.

Page 55: Dissertacao Ana Mendes

54

Tabela 05 - Movimento de Matrículas - CSP

ANO MATRÍCULAS NOVAS

2003 105

2004 111

2005 102

2006 98

Fonte: Mendes (2006)

No ano de 2004 houve uma pequena evasão no 3º ano do Ensino Médio em

decorrência da instalação de um curso que permitia um acesso mais rápido à conclusão do

Ensino Médio.

No ano de 2005, a evasão ocorreu na 7ª série e no 1º ano do Ensino Médio devido ao

acúmulo de notas baixas. Os pais transferem seus filhos para que possam passar de ano em

outras escolas. Para atenuar essa perda, foi instalado o sistema de monitoria (alunos e

professores acompanham os alunos que precisam de atendimento especializado). Também foi

implantado o sistema de bolsa de estudos para alunos egressos da 8ª série do Ensino

Fundamental de Escolas Públicas.

Em 2006, no Ensino Médio, houve uma pequena evasão ainda em decorrência do

acúmulo de notas baixas. Em contrapartida, os alunos novos se identificaram tanto com o

colégio, que a propaganda boca a boca trouxe mais de 20 alunos para entrevistas de futuras

matrículas no vindouro. (MENDES, 2006).

A veiculação de notícias na mídia impressa e falada, a organização de eventos abertos

à comunidade são pontos chaves para a fidelização e prospecção de alunos.

A marca, imagem que o colégio tem na cidade é: tradição, qualidade, respeito,

dignidade e também pioneirismo.

A logomarca/ logotipo do colégio traduz a sabedoria na medida exata e exaltação de

estar sempre junto a Deus, expressas em duas frases escritas em latim: “SURSUM CORDA” e

“SCIENTIA JUSTITIA”. A presença das religiosas traz segurança e tranqüilidade, pois os pais

sabem com quem estão deixando os seus filhos.

Por isso, muitas famílias fazem sacrifício para colocarem seus filhos no colégio, pois

além de dar “status”, sabem que terão retorno sobre o investimento.

Page 56: Dissertacao Ana Mendes

55

Tabela 06 - Movimento de Matrículas – CSP

ANO MATRÍCULAS NOVAS

2007 163

2008 156

2009 160

Fonte: Secretaria CSP (2009)

Na instituição pesquisada não se evidencia de forma categórica este momento de

decréscimo acentuado de matrícula, embora em algumas séries tenham apresentado um

pequeno decréscimo em relação aos anos anteriores.

Tabela 07 - Indicadores geopolíticos e sociais

P Indicadores Resultado da pesquisa

Número de escolas particulares da sua

região

28

Proporção entre as escolas particulares na

sua região (comparativo de escolas

públicas x escolas privadas)

Particulares 28

Públicas 90

03 escolas públicas para

01 particular

Taxa de natalidade de sua região Não divulgada –

nasceram 2797 bebês em

2003

Número de escolas particulares no seu

segmento educacional

Educação Infantil – 22

Ensino Fundamental –

10

Ensino Médio – 06

Fonte: Mendes (2006)

Page 57: Dissertacao Ana Mendes

56

O CSP em relação às outras escolas do município – em número de alunos

matriculados: Privada

Tabela 08 - Número de alunos matriculados no CSP X rede privada

TOTAL CSP %

Educação Infantil 758 169 22%

Ensino Fundamental.

I

1315 298 22,5%

Ens. Fundamental II 1071 376 35%

Ensino Médio 613 196 32%

Fonte: Secretaria – CSP (2007)

As tabelas 07, 08 e 09 mostram a realidade da cidade e da instituição pesquisada,

apresentando um resultado positivo e significativo de matrículas na instituição em termos

percentuais, o que corresponde à liderança do mercado.

.

Tabela 09 - Número de alunos matriculados CSP X todas as redes

SEGMENTO TOTAL CSP %

Educação Infantil 2779 169 6%

Ensino

Fundamental. I

15.335 298 2%

Ens. Fundamental

II

11.053 376 3,4%

Ensino Médio 6.859 196 2,9%

Fonte: Secretaria – CSP (2007)

4.1.3.2 Modelo de Gestão

O modelo de gestão, baseado no PPP da Província e no PPP Institucional, estabelece a

estrutura administrativa do CSP Teresópolis e, atualmente, está assim constituída:

a) Direção: uma religiosa, com formação em Pedagogia e especialização em

Administração Escolar, indicada pela Madre Provincial.

Page 58: Dissertacao Ana Mendes

57

b) Coordenação Geral Pedagógica.

c) Coordenação Pedagógica de Segmentos: Educação Infantil, Ensino Fundamental I,

Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

d) Coordenação de Marketing.

e) Secretaria, Tesouraria e Departamento de Pessoal.

f) Serviço de Ensino Religioso.

g) Serviço de Orientação Educacional.

h) Serviços Gerais e de Manutenção.

Organograma – Colégio São Paulo Teresópolis

Quadro 03 - Organograma

Fonte: Secretaria CSP

Todo o funcionamento do CSP Teresópolis está corroborado por um Projeto Político

Pedagógico (PPP), que é elaborado a cada três anos, também chamado Plano Trienal. A

elaboração do PPP Institucional é feita com a participação de professores, funcionários,

religiosas, alunos e pais, constituindo assim um processo participativo, denominado

Planejamento Participativo (PP) e está vinculado diretamente ao PPP da Província, conforme

mostra a figura 05.

Para Gandim (2004), o Planejamento Participativo é a ferramenta ideal para o trabalho

das instituições de ensino que queiram e saibam como contribuir para a imprescindível

existência de uma nova ética universal. Segundo Gandim (2004), enquanto o PP procura

através da missão de contribuir para a construção da sociedade tendo como pensamento a

Direção

Coordenação

Geral

Pedagógica

Coordenação

de Marketing

Tesouraria/

Departamento

Pessoal

Coordenação

de Educação

Infantil

Serviço de

Orientação

Educacional

Serviço de

Ensino

Religioso

Coordenação

de Ensino

Fundamental I

Coordenação

de Ensino

Fundamental

II

Coordenação

de Ensino

Médio

Serviços

Gerais e

Manutenção

Page 59: Dissertacao Ana Mendes

58

cidadania; a justiça; a ética planetária; o Planejamento Estratégico (PE), atua de maneira

antagônica, pois o principal foco é a permanência da empresa no mercado, crescimento e

aumento dos lucros e contribuição para manter o mundo como está.

Figura 05 - Articulação entre Instrumentos de Gestão

Fonte: Adaptada de Silva (2009)

A estrutura do PPP do colégio é a seguinte (CSP 2008/2011):

1 Marco Referencial

1.1 Marco Situacional

1.2 Marco Político

1.2.1 A humanidade que queremos construir

1.2.2 A pessoa que queremos ser

1.3 Marco Pedagógico

1.3.1 A Educação que queremos vivenciar

1.3.2 O Colégio que queremos ser

2 Diagnóstico

3 Programação

3.1 Objetivos Gerais

3.2 Políticas e Estratégias

3.3 Determinações Gerais

3.4 Atividades Permanentes

A Declaração de Missão do colégio está explícita no item 1.3.2. O Colégio que

queremos ser:

Queremos ser uma comunidade evangelizadora, crítica, dialogante, participativa,

solidária, atenta às necessidades da cidade de Teresópolis, comprometida com a

promoção da vida em todas as suas dimensões e estágios, com a excelência da

educação e com a construção do bem e a prática da cidadania, sempre iluminada

pelos ensinamentos e pelo exemplo de Santo Antonio Maria Zaccaria, onde todos se

conhecem, se acolhem fraternalmente, se aceitam nas diferenças, se respeitam e se

valorizam (PPP CSP 2008-2011, p.12).

PPP da Província estabelece

diretrizes a todas as Escolas da

Província

PPP Institucional elabora

estratégias e ações que devem ser

implementadas pelas Escolas

Page 60: Dissertacao Ana Mendes

59

5 A PESQUISA

5.1 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA PESQUISA

Foi convidada a participar da pesquisa toda a comunidade educativa da Instituição

pesquisada.

5.1.1 Questionários respondidos pelos gestores, professores e funcionários

Participaram da pesquisa os gestores (direção, coordenação geral, coordenadores

pedagógicos dos segmentos, orientadores educacionais, tesoureira etc); professores de todos

os segmentos (Ed. Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio) e funcionários de

apoio e administrativo (recepcionistas, mecanógrafos, inspetores etc).

As perguntas foram elaboradas abordando os seguintes aspectos:

a) estratégia;

b) conhecimento de visão e missão da empresa;

c) crescimento e aprendizado;

d) pontos fortes e pontos de melhoria;

e) satisfação de clientes interno e externo;

a) Em relação à estratégia, foram obtidas as seguintes respostas:

A empresa tem estratégia?

Nesta questão, 54% dos gestores afirmaram que a empresa tem estratégia; 46%

afirmaram que não.

Já 65% dos professores afirmaram que a empresa tem estratégia; 25% afirmaram

que sim; e 10% não responderam, como mostra o gráfico 03.

Page 61: Dissertacao Ana Mendes

60

empresa tem estratégia

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não sr

professores

gestores

Gráfico 03 - Empresa tem estratégia – gestores e professores

Fonte: Elaborado pela autora

Como é formulada a estratégia?

Quanto a esta questão, 77% dos gestores afirmaram que não souberam responder;

e 23% disseram que a estratégia é elaborada através do PPP.

Para 77% dos professores, a formulação da estratégia é realizada de diversas

maneiras (valores religiosos, PPP, coordenação geral); e 23% desconhecem a sua

formulação, como mostra o gráfico 04.

como é formulada a estratégia

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

PPP diversos desconheço sr

professores

gestores

Gráfico 04 - Elaboração da estratégia – gestores e professores

Fonte: Elaborado pela autora

Page 62: Dissertacao Ana Mendes

61

A empresa tem objetivos de longo prazo?

Para 69% dos gestores afirmaram que a empresa tem objetivos de longo prazo,

enquanto 31% afirmaram que não.

Já 50% dos professores afirmaram que a empresa tem objetivos de longo prazo;

30% disseram que não; e 20% não souberam responder.

Entre os funcionários, esse percentual sobe, pois para 77%, a empresa tem

objetivos de longo prazo, enquanto que para 23%, a empresa não os possui,

conforme mostra o gráfico 05.

empresa tem objetivos de longo prazo

0%

20%

40%

60%

80%

100%

sim não sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 05 - Objetivos de longo prazo – gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

Esses objetivos são representados em um mapa estratégico?

Em relação à representação desses objetivos em um mapa estratégico, 47% dos

gestores afirmaram que sim, a empresa representa os objetivos de longo prazo em

um mapa estratégico; 38% disseram que a empresa não o faz; e 15% não souberam

responder.

Para os professores, a percepção é um pouco diferente, pois 65% afirmaram que a

empresa não representa os objetivos em mapa estratégico; 20% não souberam

responder; e 15% afirmaram que sim, a empresa representa seus objetivos em

mapa estratégico.

Page 63: Dissertacao Ana Mendes

62

A percepção dos funcionários se assemelha mais à percepção dos gestores, pois

para 70% dos funcionários, a empresa representa seus objetivos em mapa

estratégico; 15% afirmaram que a empresa não representa; e 15% não souberam

responder, conforme se pode perceber no gráfico 06.

objetivos em mapa estratégico

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 06 - Objetivos em Mapa Estratégico – gestores, professores e funcionários.

Fonte: Elaborado pela autora

As diretrizes de longo prazo e o posicionamento mercadológico estão claros para todos

os colaboradores?

Para 77% dos gestores, as diretrizes de longo prazo e o posicionamento

mercadológico não estão claros para todos os colaboradores da empresa, enquanto

que para 23% ambos estão claros.

Os professores não conseguem identificar esse pensamento de forma clara, pois

para 70% as diretrizes não estão claras; 20% afirmam que sim; e 10% não

souberam responder, de acordo com o gráfico 07.

Page 64: Dissertacao Ana Mendes

63

diretrizes e posicionamento mercadológicos claros

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não sr

professores

gestores

Gráfico 07 - Diretrizes e posicionamento mercadológicos claros – gestores e professores

Fonte: Elaborado pela autora

A empresa possui indicadores e metas de longo prazo?

Quando respondem a respeito de indicadores e metas de longo prazo, os gestores

ficam divididos, pois para 46% a empresa não os possui; enquanto para outros 46%, a

empresa os possui; e 8% não souberam responder.

Já 40% dos professores afirmaram que a empresa não possui indicadores e metas de

longo prazo; para 35%, a empresa possui os indicadores; e 25% não souberam

responder

indicadores e metas de longo prazo

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não sr

professores

gestores

Gráfico 08 - Indicadores e metas de longo prazo – gestores e professores

Fonte: Elaborado pela autora

Page 65: Dissertacao Ana Mendes

64

A remuneração dos colaboradores é atrelada à execução da estratégia?

Quanto à remuneração, 69% dos gestores, afirmaram que a mesma não está

atrelada à estratégia; enquanto que para 15% existe uma relação entre estratégia e

remuneração; e 20% não souberam responder.

Para 65% dos professores, a mesma não está atrelada à estratégia; enquanto que

para 15% existe uma relação entre estratégia e remuneração; e 20% não souberam

responder.

O gráfico 09 mostra que, para 54% dos funcionários, a remuneração não está

relacionada à estratégia; enquanto que 38% afirmaram que sim; e 8% não

souberam responder.

.

remuneração atrelada à estratégia

0%

20%

40%

60%

80%

100%

sim não sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 09 - Remuneração atrelada à estratégia – gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

A empresa comunica a estratégia a todos os colaboradores?

A percepção dos gestores (gráfico 10) se assemelha a dos funcionários e

professores, pois para 77%, a empresa não comunica a estratégia; 15% afirmaram

que sim; e 8% não souberam responder.

Para os professores, 60%, a empresa não comunica a estratégia; para 30% a

empresa a comunica; e 10% não souberam responder.

A comunicação da estratégia ficou assim percebida pelos funcionários: 62%

afirmaram que a empresa não comunica a estratégia; e 38% afirmaram que sim.

Page 66: Dissertacao Ana Mendes

65

empresa comunica a estratégia

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 10 - A empresa comunica a estratégia. gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborada pela autora

Os colaboradores têm consciência de seu papel na execução da estratégia?

Para os gestores, 77% afirmaram que não; 15% disseram que sim; e 8% não

souberam responder.

Para os professores, 55% afirmaram que os colaboradores não têm consciência;

30% afirmaram que sim; e 15% não souberam responder.

Os funcionários não têm essa percepção bem clara, pois para 54% deles, os

funcionários não têm consciência do seu papel na execução da estratégia, enquanto

que 46% afirmaram que os mesmos têm consciência do seu papel, conforme

mostra o gráfico 11.

Colaboradores têm consciência do seu papel - gestores

15%

77%

8%

sim

não

sr

Gráfico 11 - Consciência dos colaboradores – gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

Page 67: Dissertacao Ana Mendes

66

Os gestores ainda responderam a duas questões relacionadas à estratégia:

Os projetos são gerenciados à luz da estratégia?

Para 54%, conforme o gráfico 12, os projetos são gerenciados à luz da estratégia,

enquanto que 46% afirmaram que não.

projetos à luz da estratégia

54%

46% sim

não

Gráfico 12 - Projetos gerenciados à luz da estratégia - gestores

Fonte: Elaborado pela autora

O Orçamento está vinculado à estratégia?

Quanto aos gestores, 46% afirmaram que o orçamento não está vinculado à

estratégia; 23% afirmaram que sim; e 31% não souberam responder, de acordo

com o gráfico 13.

Orçamento vinculado à estratégia

23%

46%

31%

sim

não

sr

Gráfico 13 - Orçamento vinculado à estratégia – gestores

Fonte: Elaborado pela autora

Page 68: Dissertacao Ana Mendes

67

b) Em relação ao conhecimento da missão e da visão da empresa, foram obtidas as

respostas a seguir.

Conhece a missão e visão da empresa?

Para os gestores, 59% afirmam conhecer a missão e a visão da empresa; 25% não

conhecem; 8% conhecem a missão; e 8% afirmam conhecer a visão, conforme o

gráfico 14. Ressalte-se que pelas respostas coletadas não tenha sido possível

reconhecer a missão da empresa.

Para os professores, 70% dizem conhecer a missão e a visão da empresa, embora

não haja uma “uniformidade de ideias” para esclarecê-las; 25% afirmaram que não

as conheciam; e 5% não souberam responder.

Já 92% dos funcionários conhecem a missão da empresa, porém mais uma vez não

foi possível identificar claramente quais sejam a missão e a visão da empresa.

conhece a missão e visão da empresa

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não missão sim visão não sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 14 - Conhecimento da visão e da missão – gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

Entre as respostas para a missão da empresa, podem ser citadas:

Gestores: formação dos jovens para a vida e proporcionando uma formação

acadêmica de qualidade; educacional; ciência e justiça (promover,

através do ensino de qualidade para todos, o conhecimento);

evangelizar através da educação; formação, educação acadêmica de

Page 69: Dissertacao Ana Mendes

68

qualidade e formação de valores cristãos através de ações

evangelizadoras; renovar o fervor sempre o carisma deixado por

Antonio Maria. E ter uma mesma unidade dentro da nossa obra que é

evangeliza; evangelizar e educar; educar evangelizando.

Professores: educar em sintonia com os valores cristãos; construir uma humanidade

em que a família vincule a educação escolar às práticas sociais;

educação com qualidade baseado na filosofia de SAMZ; evangelizar;

levar a palavra de Deus, formar cidadãos preparados para a vida

profissional; ensinar através da religiosidade; educar para a vida.

Funcionários: ensinar com qualidade; não só ensinar, mas formar pessoas; educar,

evangelizando; evangelizar utilizando-se da educação; educar com

sentido crítico priorizando a aprendizagem do aluno, visando a um

perfil honesto, responsável, solidário, afetivo, entre outros,

favorecendo o crescimento do aluno; formar cidadãos responsáveis,

numa educação crítica e transformadora; educação e desenvolvimento

religioso; oferecer um ensino de qualidade, manter uma boa relação

entre a empresa e o cliente, tudo isso num ambiente católico onde

muitas vezes precisamos pensar e agir como cristãos; manter sempre

seus funcionários informados e atualizados sobre nossa empresa;

incentiva o aprendizado e o crescimento do aluno e funcionário;

fornecer uma educação que alie princípios e valores morais e cristãos.

A visão da empresa foi assim percebida:

Gestores: tendo em vista nosso compromisso com a evangelização, proporcionar

ambiente acolhedor adequado à aprendizagem, a convivência sadia que

priorize a participação, a coerência na vivência dos valores evangélicos,

favorecendo a estabilidade para a caminhada; estruturar, operar um

ambiente de aprendizagem. Reuniões de planejamento e avaliação com

diferentes equipes; uma educação que visa à formação dentro dos

valores cristãos, estruturada na participação e na partilha de

conhecimentos; visão de futuro. Dar o melhor de si para preparar muito

bem os cidadãos do futuro.

Page 70: Dissertacao Ana Mendes

69

Professores: humanista; educacional; visão de educação qualificada; educar com

qualidade; qualidade de ensino, educar com seriedade.

Funcionários: reconhecimento no âmbito educacional por parte de sua qualidade.

c) Em relação à política de aprendizado e crescimento, foram as seguintes respostas:

Existe uma política de aprendizado e crescimento?

Para 59% dos gestores, conforme o gráfico 15, não há uma política de

aprendizagem e crescimento; enquanto que para 33%, a mesma existe; e 8% não

souberam responder.

Para 75% dos professores, a política acontece às vezes; 15% disseram que

raramente; e somente para 10% ela existe.

A opinião dos funcionários coincide com a dos professores, pois para 62% essa

política aparece à vezes; enquanto que para 15% ela existe e aparece raramente; e

apenas 8% dos funcionários afirmam que não existe política de aprendizado e

crescimento.

existe política de aprendizado e crescimento

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não às vezes raramente sr

funcionários

professores

gestores

Gráfico 15 - Aprendizado e crescimento – gestores, professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

Page 71: Dissertacao Ana Mendes

70

Em relação à empresa: pontos fortes e pontos que precisam de melhoria foram obtidas as

seguintes respostas:

Os pontos fortes da empresa são, de acordo com o gráfico 16:

Para 18% dos professores, o fato de ser católico e ter bom ensino; para 16%,

tradição; para 15%, espaço físico; para 14%, pagar em dia; ter bons funcionários

aparece com 12%; e, com apenas 5%, incentivar o aprendizado e crescimento.

Para os funcionários, os pontos fortes são: ter bom ensino e tradição, 18%; pagar

em dia, com 17%; o fato de ser uma escola católica, 14%; e com 12%, ter bons

funcionários. Ter um bom espaço físico e incentivar o aprendizado e crescimento

aparece com 10%.

pontos fortes

0%

20%

40%

60%

80%

100%

cató

lico

bom

ens

ino

tradiçã

o

bons

func

ioná

rios

paga

r em

dia

paga

r bem

espa

ço fí

sico

ince

ntivar

funcionários

professores

Gráfico 16 - Pontos fortes – professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

Os pontos que precisem de melhoria, conforme o gráfico 17 são:

Para os professores, a questão salarial, com 41% é a que aparece com a maior

porcentagem; depois, com 18%, é a falta de propaganda; e com 14%, o

atendimento. Outros fatores (diálogo com diretoria, qualidade do material) e sem

resposta correspondem a 4% cada.

Para os funcionários, o salário, com 34%, é um aspecto que precisa ser melhorado;

e, com 13%, a falta de propaganda e atendimento. O material de trabalho e espaço

Page 72: Dissertacao Ana Mendes

71

físico também aparecem com 7%, como aspectos que precisam de melhoria. Já

13% não responderam à questão.

pontos de melhoria

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

aten

dimen

to

salário

falta

de

prop

agan

da

mat

erial d

e trab

alho

espa

ço fí

sico

outro

s sr

funcionários

professores

Gráfico 17 - Aspectos de melhoria – professores e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora

d) Em relação aos clientes (alunos e pais), foram obtidas as seguintes respostas:

Os clientes optam pela escola:

Para os gestores, os clientes optam pela empresa devido ao ensino de qualidade

(24%); por ser católico (20%); pela disciplina (18%); e 12% pelo espaço físico e

pelo atendimento.

Para os professores, as razões pelas quais os alunos gostam da empresa são: bom

ensino (28%); espaço físico (25%); são bem tratados (20%); e bons professores

(19%).

Na opinião dos funcionários, os alunos gostam da empresa por causa do ensino

forte (30%); pelo espaço físico (22%); porque são bem tratados (20%); por ser

católico e por causa dos professores (13%).

Pode-se observar no gráfico 18, que os aspectos bom ensino/qualidade,

atendimento/ser bem tratados, espaço físico e ser católico aparecem em quase todas as

avaliações, gerando assim uma coerência de pensamento e percepção em relação ao trabalho

desenvolvido pela empresa.

Page 73: Dissertacao Ana Mendes

72

clientes otam pela escola

0%

20%

40%

60%

80%

100%

bom

ate

ndim

ento

ensino

de

qual

idad

e

espa

ço fí

sico

cató

lico

próx

imo

de cas

a

preç

o

disc

iplin

a

prof

esso

res

bem

trat

ados

outro

s

funcionários

professores

gestores

Gráfico 18 - Clientes optam pela empresa – gestores, professores e funcionários.

Fonte: Elaborado pela autora

Os alunos pedem transferência.

Para os gestores, o motivo de transferência com 38% é mudança de cidade;

preço/problemas financeiros com 32%; fraco desempenho com 21%; e mau

atendimento, 9%.

Para os professores, esses motivos são: 29% mudança de cidade; 24%, os

problemas financeiros; 18% pela rigidez e pelo desempenho fraco; e 9% pelo mau

atendimento.

Na opinião dos funcionários, a transferência ocorre por causa da mudança de

cidade e pelo desempenho fraco (36%); por problemas financeiros (16%); e pela

rigidez (13%).

Page 74: Dissertacao Ana Mendes

alunos pedem transferência

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

ca

tólico

ríg

ido

fra

co

de

se

mp

en

ho

pre

ço

/pro

ble

ma

s

fin

an

ce

iro

s

mu

da

nça

de

cid

ad

e

ma

u

ate

nd

ime

nto

funcionários

professores

gestores

Gráfico 19 - Alunos pedem transferência – gestores, professores e funcionários.

Fonte: Elaborado pela autora

Mais uma vez foram percebidas opiniões semelhantes, onde os aspectos/motivos

mudança de cidade, problemas financeiros, fraco desempenho, rigidez e mau atendimento

aparecem como principais fatores para a transferência de alunos, conforme mostra o gráfico

19.

Alguns desses aspectos são variáveis incontroláveis, levando a empresa a não ter

possibilidade de trabalhá-las ou aprimorá-las, porém, outras, são perfeitamente ajustáveis e

podem ser contempladas dentro de um sistema gerencial como o BSC.

Ao serem analisadas as respostas dos questionários de gestores, professores e

funcionários, ficou evidenciada uma discrepância em relação à estratégia, missão, visão e,

consequentemente, à utilização de indicadores que pudessem permitir a utilização do BSC

como ferramenta para elaboração de um Mapa Estratégico completo para essa Instituição de

Ensino.

Não foi possível, somente pelas respostas encontradas, elaborar indicadores de

desempenho para as três perspectivas: financeira, de aprendizado e de processo interno, pois

não há como se materializar a visão e a estratégia da empresa (KAPLAN; NORTON, 1997) e

assim sendo, ficaria quase impossível a elaboração de um Mapa Estratégico completo, pois as

quatro perspectivas devem estar interligadas por meio de objetivos e ações numa relação de

causa e efeito. Porém, se associando às respostas obtidas com o que está escrito no PPP da

Instituição, pode-se elaborar um Mapa Estratégico.

Para fins de estudo nesta pesquisa, foram analisados os questionários respondidos

pelos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio e pelos responsáveis; e a partir dos

Page 75: Dissertacao Ana Mendes

74

resultados obtidos, elaborou-se então um Mapa Estratégico específico para a Perspectiva

Clientes.

5.1.2 Análise dos questionários respondidos pelos cientes (alunos e pelos pais)

Foram convidados a participar da pesquisa alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º

ano) e do Ensino Médio por já apresentarem maturidade e discernimento suficientes para

responderem as questões relacionadas à satisfação, percepção de valor e apresentarem

sugestões para eventuais problemas que estejam diretamente relacionados ao ensino-

aprendizagem (razão de ser de uma escola). Participaram da pesquisa 117 alunos que

responderam questões relacionadas ao ensino, motivo porque estudam na escola, pontos fortes

e pontos de melhoria e nível de satisfação. O gráfico 20 apresenta, por sexo, o percentual de

alunos que participaram da pesquisa.

sexo- alunos

51%49% Masc

Fem

Gráfico 20 - Sexo – alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Foram enviados para casa cerca de 140 questionários e 50% deles foram devolvidos

respondidos, o que corresponde a 10% das famílias atendidas pela Instituição de Ensino. As

mulheres representaram 86% dos entrevistados e o nível de escolaridade apresentado foi 57%

com nível superior e 20% com pós-graduação. O segmento que mais retornou o questionário

respondido foi Ensino Fundamental II com 39%, seguido do Ensino Fundamental I (23%) e

Page 76: Dissertacao Ana Mendes

75

do Ensino Médio (21%), conforme mostra o gráfico 21. Em alguns itens questionados as

respostas foram tabuladas por segmento e depois, em sua totalidade, permitindo assim uma

visão segmentada e total da percepção que os pais têm da Instituição de Ensino.

segmento escolar filho

11%

23%

40%

21%

5%

eInfantil

efI

efII

emédio

sr

Gráfico 21 - Segmento escolar do filho

Fonte: Elaborado pela autora

Porque estuda no colégio?

Alunos: 41% estudam no colégio por causa do ensino forte; 19% porque gostam;

20%, por desejo dos pais; 6%, porque têm bolsa; e 3%, por serem filhos de ex-

aluno, de acordo com o gráfico 22.

porque estuda no colégio

20%

11%

19%

41%

3%

6%0%

desejo dos pais

perto de casa

gosto

ensino

filho de ex-aluno

bolsa

outros

Gráfico 22 - Porque estuda no colégio - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Page 77: Dissertacao Ana Mendes

76

Os pais relataram que o motivo da escolha dessa Instituição de Ensino para o seu

filho estudar foi:

1. Infantil: 36%; ensino; 15%, por ser religioso; e 14%, por ser ex-aluno e por

indicação.

2. Ensino Fundamental I: 39%, ensino; 14%, por ser religioso, por ser filho ex-

aluno e pelo espaço físico

3. Ensino Fundamental II: 44%, ensino; 14%, por ser ex-aluno e pelo espaço

físico

4. Ensino Médio: 50%, ensino; 14%, por ser ex-aluno; e 9% por ser religioso,

pelo espaço físico e por indicação.

computando todos os resultados, de acordo com o gráfico 23 pode-se perceber que

49% escolheram o colégio pelo ensino; e 14% por ser religioso e pelo espaço

físico.

Para a maioria dos pais, o motivo de escolha para ser a escola do seu(ua) filho(a) é o

ensino. Pode-se perceber, também, que o fato de o colégio ser religioso e ter um espaço físico

se torna componente importante para essa escolha.

escolha colégio - total

6%5%

14%

6%

1%

49%

3%

14%2%

proximidade casa

indicação

religioso

vestibular

preço

ensino

ex-aluno

espaço

outros

Gráfico 23 - Motivo da escolha do colégio - pais.

Fonte: Elaborada pela autora

Page 78: Dissertacao Ana Mendes

77

Quanto à classificação do ensino do colégio.

86% dos alunos consideram o ensino do colégio forte e 12 % o consideram

regular, de acordo com o gráfico 24.

classificação do ensino

86%

12%

0%

1%

1%

forte

regular

fraco

outros

SR

Gráfico 24 - Classificação do ensino - alunos

Fonte: Elaborada pelo autor

Em relação ao ensino, 100% dos pais da Educação Infantil o consideram forte, no

Ensino Fundamental I, há um equilíbrio entre forte (54%) e regular (46%), o mesmo

acontecendo no Ensino Fundamental II, onde 48% afirmam que o ensino é forte e 43% que é

regular. Já no Ensino Médio, os pais percebem o ensino como forte, pois 67% assim o

classificam, enquanto 25% o consideram regular e 8% o classificam como fraco. No total, o

ensino do colégio é considerado forte por 60% dos pais, 35% o consideram regular e apenas

5% o percebem como fraco, como está demonstrado no gráfico 25.

classificação do ensino

60%

35%

0%

5%

forte

regular

fraco

outros

Gráfico 25 - Classificação do ensino – pais

Fonte: Elaborada pelo autor

Page 79: Dissertacao Ana Mendes

78

Essa resposta corrobora a opção apontada como motivo de escolha para ser a escola

do(a) filho(a), demonstrando coerência entre o pensar e o agir.

Quanto às normas do colégio.

Em relação às normas, 49% dos alunos as consideram adequadas; enquanto 41%

dizem que as mesmas são rigorosas; e 8% afirmam que precisam melhorar,

conforme mostra o gráfico 26.

normas do colégio

41%

49%

8%

1%

1%

rigorosas

adequadas

precisam melhorar

outros

sr

Gráfico 26 - Normas disciplinares do colégio – alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Na Educação Infantil, 100% dos pais consideram as normas da escola adequadas,

enquanto na percepção de 79% dos pais do Ensino Fundamental as mesmas são adequadas e

para 21% são rigorosas. Para 15% dos pais do Ensino Fundamental II, as normas precisam

melhorar, 21% as consideram rigorosas e 62% as consideram adequadas. Já os pais dos alunos

do Ensino Médio, percebem as normas da escola como adequadas, com 92% de opiniões que

refletem esse pensamento frente a 8% que acreditam que as mesmas devam melhorar. No

total, a opinião dos pais em relação às normas da escola ficou assim classificada: 76% dos

pais consideram as normas adequadas; 15% como rigorosas; e 9% pensam que as mesmas

devem melhorar, como mostra o gráfico 27.

Page 80: Dissertacao Ana Mendes

79

normas estabelecidas

16%

75%

9%

rigorosas

adequadas

precisam melhorar

Gráfico 27 - Normas estabelecidas pelo colégio - pais

Fonte: Elaborado pelo autora

Atendimento prestado pelo colégio e sua qualidade.

Em relação ao atendimento prestado pelo colégio, 65% dos alunos afirmam que

são prontamente atendidos quando procuram o colégio; 34% afirmam que há

demora no atendimento; e apenas 1% diz que não é atendido, de acordo com o

gráfico 28.

atendimento

65%

34%

1%

atendido logo

demora

não é atendido

Gráfico 28 - Atendimento

Fonte: Elaborado pelo autora

51% dos alunos afirmam que a qualidade desse atendimento é boa; enquanto para

44% é regular; e somente 3% dos alunos alegam que a qualidade no atendimento é

fraca, conforme o gráfico 29.

Page 81: Dissertacao Ana Mendes

80

qualidade no atendimento

51%44%

3%

1%

1%

boa

regular

fraca

outros

sr

Gráfico 29 - Qualidade no atendimento

Fonte: Elaborado pela autora

No atendimento da Coordenação de segmentos às famílias, para 100% dos pais da

Educação Infantil, eles são bem atendidos; no Ensino Fundamental I, 86% dos pais se

consideram bem atendidos pela coordenação, enquanto 7% se dizem atendidos razoavelmente

e 7% afirmam que poderiam ser mais bem atendidos. Os pais do segmento Ensino

Fundamental II afirmam que 68% são bem atendidos, 18% são razoavelmente atendidos e 9%

poderiam ser mais bem atendidos. No Ensino Médio, 77% dos pais aprovam o atendimento da

coordenação, enquanto 15% se dizem razoavelmente atendidos e 8% afirmam que poderiam

ser melhores atendidos.

No total, conforme o gráfico 30 mostra, 79% dos pais dizem que são bem atendidos

quando procuram a Coordenação, 13% afirmam que são razoavelmente atendidos e 6%

afirmam que o atendimento poderia ser melhor.

Page 82: Dissertacao Ana Mendes

81

coordenação

79%

13%

6% 0%0%2%

bem atendido

razoavelmente

poderia ser melhor

mal atendido

não é atendido

não procura

Gráfico 30 – Atendimento da Coordenação

Fonte: Elaborado pelo autor

Comunicação família-escola

O item comunicação família escola apresentou as seguintes percepções: na Educação

Infantil, a maioria dos pais (85%) considera a comunicação eficiente; o Ensino Fundamental I,

71% a consideram eficiente, mas 29% dizem que apresenta falhas. No Ensino Fundamental II,

encontra-se um equilíbrio, pois para 57% dos pais, a comunicação é eficiente, enquanto 43%

dizem que a mesma apresenta falhas. No Ensino Médio, 69% dos pais consideram a

comunicação eficiente e 31% com falhas. No total, 66% dos pais consideram a comunicação

escola família como eficiente e 34% com falhas, conforme o gráfico 31.

comunicação

66%

34%

0%

0%

eficiente

apresenta falhas

inexistente

outros

Gráfico 31 - Comunicação família-escola

Fonte: Elaborado pela autora

Page 83: Dissertacao Ana Mendes

82

O aparecimento de falhas na comunicação entre a escola e os segmentos de alunos

com maior faixa etária pode ser explicado pelo fato da diminuição da participação dos pais na

vida escolar de seus filhos, uma vez que na Educação Infantil, a vistoria das mochilas e,

consequentemente, das agendas se faz mais presente. Mesmo assim, é um item que deve ser

analisado com mais cautela.

Em relação à segurança

No aspecto segurança, 100% dos pais da Educação Infantil consideram a segurança do

(a) filho(a) como boa; fato corroborado por 78% dos pais do Ensino Fundamental I e por 83%

dos pais do Ensino Fundamental II. Para os pais do Ensino Médio, a segurança é considerada

boa por 69% enquanto 31% a consideram falha. No total das respostas, a visão das famílias é

que 80% da segurança aos filhos é boa e 18% apresenta falhas, de acordo com o que mostra o

gráfico 32.

segurança

80%

18%

2%0%

boa

regular

falha

outros

Gráfico 32 - Segurança do filho - pais

Fonte: Elaborado pela autora

Apesar de ter sido considerado como um dos motivos da escolha para ser a escola do

filho(a), o espaço físico da escola para 80% dos pais da Educação Infantil é excelente,

enquanto 20% o consideram como bom. No Ensino Fundamental I, 43% dos pais consideram

o espaço físico como excelente, 36% como bom e 21% como regular. Para os pais do Ensino

Fundamental II, o espaço é excelente para 33%, bom para 38% e regular para 21%. Os pais do

Ensino Médio afirmam que é excelente (46%) e bom, 31%. No total, 41% os pais classificam

o espaço físico como excelente, 36% como bom e 16% como regular (gráfico 33).

Page 84: Dissertacao Ana Mendes

83

espaço físico

41%

36%

16%

7% 0%

excelente

bom

regular

fraco

outros

Gráfico 33 - Espaço físico - pais

Fonte: Elaborado pela autora

Em relação à integração família-escola.

Para 73% dos pais a escola oferece atividades de integração família-escola e 27%

afirmam que a escola não oportuniza esta integração, conforme indica o gráfico 34.

integração família-escola

73%

27%

sim

não

Gráfico 34 - Atividades de integração família-escola

Fonte: Elaborado pela autora

Page 85: Dissertacao Ana Mendes

84

Eventos e sua divulgação

Como atividades/ eventos que mais marcam a vida escolar para os alunos,

encontram-se as excursões com 22% e as atividades esportivas com 18% . A

Mostra de Ciências aparece com 13%, enquanto a Festa Junina aparece com 11%,

conforme o gráfico 35.

eventos

6%5%

5%

13%

18%

6%9%

4%

22%

11%1%

encontros

missas

palestras

mostra de ciências

esportivas

recreativas

inforvest

festival de música

excursões

festa junina

sr

Gráfico 35 - Eventos que atendem a expectativa – alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Em relação à divulgação da programação da escola, os pais da Educação Infantil

afirmam que é boa (80%), enquanto no Ensino Fundamental I esse índice é de 72%. Já para os

pais do Ensino Fundamental II, a divulgação é considerada boa por 53% e para 41% como

regular. No Ensino Médio, 60% dos pais afirmam que a divulgação é boa e 27% a consideram

como regular. No total, 67% dos pais consideram a divulgação como boa, ante 24%, como

regular e 5% como fraca e 2% responderam outros, conforme gráfico 36.

Page 86: Dissertacao Ana Mendes

85

divulgação da programação

68%

24%

5% 3%

boa

regular

fraca

outros

Gráfico 36 - Divulgação da programação

Fonte: Elaborado pela autora

Mais um aspecto que precisa ser analisado com cautela.

Para os pais da Educação Infantil, a divulgação da escola na mídia é boa (50%),

enquanto 33% a consideram como regular. Para 59% dos pais do Ensino Fundamental I, a

divulgação na mídia é boa e 29% a consideram como regular. Os pais do Ensino Fundamental

II já percebem a divulgação como boa (65%) ante 31% como regular. No Ensino Médio, 64%

consideram a divulgação como boa e 36% como regular. No total, 61% dos pais acham a

divulgação boa, 32% como regular e 7% como fraca. (gráfico 37) Outro aspecto que deve ser

levado em consideração pelos gestores da escola.

divulgação na mídia

61%

32%

7% 0%

boa

regular

fraca

outros

Gráfico 37 - Divulgação na mídia das atividades do colégio

Fonte: Elaborado pela autora

Page 87: Dissertacao Ana Mendes

86

Em relação aos pontos fortes

Para os alunos, os pontos fortes do colégio são: 45% o ensino, 10% os professores

e a disiciplina aparece com 8%, conforme mostra o gráfico 38.

pontos fortes

45%

8%

10%

3%

4%

6%

5%

19%ensino

disciplina

professores

olimpíadas

turmas pequenas

organização

qualidade

outros

Gráfico 38 - Pontos fortes do colégio - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Como pontos fortes do colégio, os pais assinalaram: 20% o bom ensino, 14% ser

religioso, 13% espaço físico e 10% disciplina. O índice maior de resposta foi

outros, mas este resultado vem ao encontro do que foi colocado como motivo de

escolha para ser a escola do(a) filho(a), embora se perceba em alguns aspectos a

necessidade de aprimoramento na visão dos pais (gráfico 39).

pontos fortes

20%

14%

10%13%

7%

34%

2%bom ensino

religioso

disciplina

espaço físico

organização

outros

sr

Gráfico 39 - Pontos fortes do colégio - pais

Fonte: Elaborado pela autora

Page 88: Dissertacao Ana Mendes

87

Em relação aos pontos de melhoria

Como pontos de melhoria foram apresentados: 18% a cantina, 14% as excursões,

7% aulões de vestibular, 5% aulas mais dinãmicas, banheiros e rigidez no

uniforme e 25% outros (aulões de vestibular, relacionamento aluno/direção,

rigidez no uniforme, banheiros), de acordo com o gráfico 40.

melhoria

14%

18%

5%

7%5%5%5%

25%

16%

excursões

cantina

rigidez no uniforme

aulões vestibular

banheiro

aulas mais dinâmicas

relação alunos/direção

outros

SR

Gráfico 40 - Pontos de melhoria - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Na opinião dos pais, os pontos de melhoria são: comunicação família-escola (7%),

atualização do site (10%), trânsito (5%) e outros (71%). A observação de melhoria de

comunicação é corroborada pela necessidade de melhoria do site, instrumento importante de

comunicação entre família e escola. E, 7% dos pais não responderam à pergunta. (gráfico 41).

pontos de melhoria

10%

7%

7%

5%

71%

atualização do site

comunicação familia

escola

sr

trânsito

outros

Gráfico 41 - Pontos de melhoria

Fonte: Elaborado pela autora

Page 89: Dissertacao Ana Mendes

88

O que sente falta na escola

O que os alunos sentem mais falta no colégio, de acordo com o gráfico 42, é

49% outros (amigos, cadeiras confortáveis etc), 23% de excursões, 8% de

auditório, 6% de atividades extras e 14% não responderam.

sinto falta

8%

23%

6%49%

14%auditório

excursões

atividades extra

outros

SR

Gráfico 42 - o que os alunos sentem falta - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Motivo de transferência

Para os alunos, seus colegas pedem transferência por desempenho fraco (29%),

por mudança de cidade (24%), por ser rígido (23%) e pelo preço (15%),

representado no gráfico 43.

alunos pedem transferência

2%

23%

29%15%

24%

2%

3%

2%

católico

rígido

desempenho fraco

preço

mudança de cidade

mau atendimento

outros

SR

Gráfico 43 - Motivo de transferência do colégio - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

Page 90: Dissertacao Ana Mendes

89

Na opinião dos pais, os alunos pedem transferência do colégio por causa de

mudança de cidade (28%), desempenho fraco (29%) e pelo preço da mensalidade

(24%), conforme mostra o gráfico 44.

transferência

2% 8%

24%

18%

28%

2%

8%

10%católico

rígido

desempenho

preço

mudança

mau atendimento

outros

sr

Gráfico 44 - Motivo de transferência - pais

Fonte: Elaborado pela autora

O aspecto mudança de cidade é variável incontrolável, portanto os gestores nada

podem fazer para evitar. Porém, os dois outros aspectos apresentados pelos pais, são variáveis

controláveis e que podem ser “administradas” pelos gestores, inclusive através da utilização

do BSC.

Indicaria o colégio e por que

a grande maioria dos alunos, 92%, indicaria o colégio para um amigo e 77%

justificam essa indicação por o considerarem o melhor da cidade, conforme

mostram os gráficos 45 e 46.

indicaria

92%

7% 1%

sim

não

talvez

Gráfico 45 - Indicação do colégio para amigo – alunos

Fonte:

Page 91: Dissertacao Ana Mendes

90

por que

13%

10%

77%

melhor da cidade

qualidade no ensino

outros

Gráfico 46 - Justificativa para indicação do colégio - alunos

Fonte: Elaborado pela autora

O índice de satisfação dos pais em relação ao colégio pode ser medido nos 100% dos

pais que afirmam que indicariam o colégio para algum amigo, como mostra o gráfico 47.

indicaria

100%

0%

sim

não

Gráfico 47 - Indicação do colégio - pais

Fonte: Elaborado pela autora

5.2 ELABORAÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO

O primeiro passo para a implantação do BSC é o desenho do mapa estratégico, que

tem como finalidade decodificar os processos (geralmente complexos) de escolha frente aos

quais os gestores de todos os níveis são expostos diariamente (aqui especificamente: direção,

coordenação, professores e funcionários).

Page 92: Dissertacao Ana Mendes

91

O Mapa Estratégico fornece um novo diferencial, teórico e prático, para a narração da

história da estratégia nas organizações. (HERRERO FILHO, 2005, p. 201).

Através do mapa estratégico a alta administração (direção da Instituição) monitora o

cumprimento da estratégia e é o meio pelo qual se operacionaliza a vinculação do

planejamento estratégico e o planejamento operacional.

O mapa é composto pelos objetivos estratégicos, medidas, metas e ações

(desdobramento da estratégia em ações). Para que não haja confusão por parte da alta direção,

devido a muitas informações, o mapa estratégico deve ser consistente, específico, organizado

por objetivos estratégicos e sucintos.

Kaplan e Norton (2001, p.146), consideram que o sucesso financeiro não é o principal

objetivo da maioria das organizações sem fins lucrativos, sendo, portanto, possível reformular

a arquitetura original do BSC, colocando os clientes no alto da pirâmide.

A perspectiva do cliente procura identificar qual é o valor do cliente para a empresa.

Apesar de ser de difícil mensuração, o valor do cliente pode ser medido segundo Herrero

Filho (2005, p.100) a partir de dois componentes básicos:

o valor vitalício de um cliente (lifetime value), segundo a perspectiva da empresa;

o valor percebido pelo cliente em seu relacionamento com a empresa.

No caso específico da Instituição pesquisada, o valor percebido pelo cliente se traduz

em: ensino forte, ser religioso, ter disciplina e espaço físico.

Conhecer os clientes é fundamental para elaborar uma estratégia organizacional que

vise com um dos seus focos principais a satisfação e retenção de clientes.

Para poder ter uma estrutura de indicadores capaz de representar de forma equilibrada

e adequada essa perspectiva, devem ser seguidas as orientações recomendadas por Kaplan e

Norton (1997, p.71): participação de mercado, retenção de clientes e captação de novos

clientes, satisfação de clientes e lucratividade de clientes, apresentada na tabela 10.

Page 93: Dissertacao Ana Mendes

92

Tabela 10 - Medidas da perspectiva dos clientes

.Participação no

mercado

Medida a proporção do negócio em um determinado mercado (ex: reais,

número de alunos em sala, número total de alunos) que uma empresa

comercializa no mercado.

Aquisição de

clientes

Medida a taxa à qual um negócio ganha ou atrai novos clientes (ex:

número de novos alunos, % de entrevistas realizadas).

Retenção de

clientes

Medida a taxa à qual o negócio retém e mantém relações contínuas (ex:

% de renovação de matrículas totais ou por segmentos)

Satisfação dos

clientes

Medido o nível de satisfação para um critério específico (ex: segurança,

atendimento, ensino).

Rentabilidade de

clientes

Medido o lucro associado com o cliente ou grupo de cliente (alunos por

série/turma)

Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton (1997)

A satisfação dos clientes e a lucratividade da empresa/organização estão diretamente

ligadas à qualidade dos produtos e serviços; e elevar a qualidade dos produtos e serviços deve

ser a prioridade da empresa, mesmo sendo uma empresa sem fins lucrativos, como é o caso da

Instituição pesquisada.

Essa satisfação pode ser percebida pelo alto índice de pais (100%) que indicariam a

empresa a seus amigos.

Porém, esses mesmos pais apresentam alguns pontos que podem ser melhorados. Cabe

à gestão da empresa estabelecer um diálogo para verificar se realmente está atingido às

expectativas de seus clientes. A tabela 11 apresenta hipoteticamente um diálogo entre as duas

partes envolvidas.

Page 94: Dissertacao Ana Mendes

93

Tabela 11 - Diálogo entre gestores e clientes da empresa

Perspectiva do Cliente e do mercado

Objetivos Medidas Metas Iniciativas

Atrair e reter mais

clientes

Número de novos

clientes nos

segmentos

estratégicos

Conquistar 50 novos

clientes por

segmentos

Introduzir programa

de fidelização de

clientes

Fonte: Herrero Filho (2005)

Segundo Costa (2006, p.15), o mapa estratégico deve contar o caminho que será

percorrido para cumprir a estratégia da empresa e deve explicitar as hipóteses que os gestores

levantaram sobre os relacionamentos de causa e efeito entre as ações e estratégias.

Estabelecendo então como causa e efeito as considerações apresentadas nos resultados

da pesquisa com alunos e pais (perspectiva do cliente): motivos que levam os alunos a

pedirem transferência da instituição, é apresentado o seguinte o Mapa Estratégico para a

perspectiva de clientes.

1. Proposta de valor e soluções para os clientes/alunos e pais nos atributos preço e

qualidade de ensino reconhecida, de relacionamento (fidelização/atração de

clientes) e imagem (reconhecimento).

2. Objetivo: atrair e reter mais clientes/alunos; manter a excelência e praticar preços

competitivos.

3. Indicadores e metas: ser reconhecida como a melhor Instituição de Ensino Básico

da Região Serrana, aumentar em 15% o nível de satisfação de alunos e pais em

todos os segmentos, apresentar uma aprovação no vestibular de 80% dos alunos

em universidades públicas e aumentar em 20% o índice de fidelização de alunos

nos segmentos em que esse índice se apresentar em menor percentual.

4. Plano de ação: promover ações de satisfação para os discentes, programa de

capacitação, treinamentos, divulgação de atividades e monitoramento na

distribuição de bolsas de estudo.

Page 95: Dissertacao Ana Mendes

94

Tabela 12 - Perspectiva dos clientes

Perspectiva do

cliente

Objetivos

Estratégicos

Indicadores

Estratégicos

Metas

Satisfação dos

clientes

Fidelização

Inadimplência

Excelência no

ensino

Reconhecimento do

trabalho

Número de rematrículas

Número de mensalidades

recebidas

Aprovação em

Universidades Públicas

↑15%

↑20%

↓ 10%

80%

Fonte: Elaborado pela autora

A utilização da estrutura apresentada na tabela 12 permite a visualização de todos os

objetivos vinculados à perspectiva de clientes, assim como seus indicadores e metas, além de

fornecer aos gestores um acompanhamento das ações planejadas.

CLIENTES Fidelização captação alunos novos

PROCESSO divulgação de atividades qualidade das aulas

APRENDIZADO melhoria na comunicação capacitação/treinamento

FINANCEIRO ↑ rematrículas ↑ nº de alunos novos

Figura 06 - Mapa Estratégico – CSP

Fonte: Elaborado pela autora

Page 96: Dissertacao Ana Mendes

95

6 CONCLUSÕES

A Educação exerce papel fundamental para o desenvolvimento e o crescimento não só

do ser humano, como também de toda uma sociedade.

O papel da escola, como local de aplicação de instrumentos que possibilitem à

consecução da educação, deve ser valorizado e, consequentemente aprimorado.

Entendendo escola como empresa, pois oferece um produto/serviço que serviço visa à

satisfação do cliente (educação com qualidade, em busca da excelência), precisa ter lucro

(para poder reinvestir) e cumprir ser papel na sociedade (formar cidadãos e gerar empregos)

podemos ao final deste estudo apresentar respostas à questão investigativa de verificar a

possibilidade de elaboração e implantação de um modelo de Balanced Scorecard (BSC) em

uma Instituição de Ensino Básico.

Este estudo teve como objetivo mostrar a possibilidade da implementação do BSC em

Instituições de Ensino Básico, pois é um sistema gerencial que capacita à empresa alinhar os

processos gerenciais e concentrar toda a organização na implementação da estratégia de longo

prazo.

Ao final deste estudo, pode-se responder ás questões que se apresentaram como

questões- chave:

a utilização do BSC pode levar a um melhor resultado financeiro, melhorando o

desempenho operacional e permitindo assim, uma maior eficácia na gestão de uma

escola privada de ensino básico?

quais seriam os principais desafios encontrados para a implantação de um BSC na

escola privada de ensino básico?

há uma real possibilidade de elaboração e implantação de um modelo de BSC para

as Instituições de Ensino Básico?

O resultado e a análise da pesquisa, juntamente com o PPP da Instituição permitem e

fornecem aos gestores um referencial central em torno do qual podem formular os

componentes do sistema gerencial da empresa, no caso, a elaboração do Mapa Estratégico.

Sem o Balanced Scorecard, a maioria das organizações não é capaz de alcançar a

mesma compatibilidade entre visão estratégica e ação gerencial, nas tentativas de mudar de

Page 97: Dissertacao Ana Mendes

96

direção e implementar novas estratégias e processos. O BSC fornece o referencial para

gerenciar a implementação da estratégia ao mesmo tempo em que fomenta a evolução da

própria estratégia em respostas às mudanças nos ambientes competitivos, mercadológicos e

tecnológicos da empresa.

A utilização dessa ferramenta na prática não é tão simples, uma vez que sua

implantação exige liderança, esforço e recursos financeiros. Os resultados positivos

decorrentes do uso desta ferramenta pressupõem mudanças fundamentais nas estruturas e

culturas das empresas. Neste ponto é que se pode encontrar maior possibilidade de fracasso na

utilização dessa ferramenta (SILVA, 2009, p. 172).

Espera-se um comprometimento da alta direção, juntamente com os colaboradores

para que, a partir de uma visão de conjunto, aperfeiçoamento contínuo no qual, todos os

funcionários possam desenvolver suas atividades de forma mais autônoma e compartilhada

visando ao cumprimento da missão.

O BSC não deve ser implantado sem a garantia do comprometimento da alta

administração e dos gerentes de linha (no caso específico, da Direção da Instituição e dos

Coordenadores Pedagógicos).

A definição clara da estratégia e sua comunicação são fatores fundamentais para a

implantação do BSC, problema crucial, apresentado nesta Instituição pesquisada.

É importante que a empresa/organização se prepare para a mudança, trabalhando a

liderança e a comunicação. O treinamento é importante porque todos devem entender que é a

estratégia, como a mesma se vincula com os objetivos das áreas, que metas são perseguidas,

como serão calculadas e que medidas informam se os objetivos foram alcançados e, por fim,

que a participação individual e da equipe levarão ao cumprimento da estratégia e,

consequentemente, à sobrevivência da empresa.

Com este presente estudo, não se pretende encerrar a discussão a respeito da

viabilidade da implementação do BSC em Instituições de Ensino Básico.

Também não é objetivo deste estudo pressionar as Instituições de Ensino Básico para

que façam da implementação do BSC a única resposta ou o único caminho para a melhoria da

eficácia operacional de seus processos.

Page 98: Dissertacao Ana Mendes

97

6.1 RECOMENDAÇÕES

6.1.1 Para a organização

Uma Instituição de Ensino é considerada uma prestadora de serviço de seus produtos

(SILVA, 2009, p.27). No caso específico deste estudo com Instituição de Ensino Básico,

podemos entender como produtos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e

sendo assim, seus clientes são os próprios alunos e, estes, são, diferentemente dos de outras

prestadoras de serviço, sua entrada; pois são a razão de ser da organização. (SILVA, 2009,

p.27).

Como empresa preocupada em obter resultados consistentes, e associado ao que a

mesma deseja ser: “... comunidade evangelizadora, crítica, dialogante, participativa....” (PPP

CSP 2008/2011, p.12), o que pode ser recomendado à organização estudada é, após um estudo

deste trabalho:

uma análise mais detalhada de sua realidade (conhecimento do mercado, dos

concorrentes, clientes e suas forças e oportunidades de melhoria), com utilização

de ferramentas de gestão com SWOT, pesquisas de clima e pesquisa com cliente

externo.

elaboração e divulgação de forma clara da Missão e da Visão, pois de acordo com

o resultado da pesquisa, estas não estão sendo percebidas pelos seus funcionários,

embora se possa encontrar em seu PPP pequenos esboços que remetem a sua razão

de existir.

adoção de uma gestão estratégica, que pode ser através do Planejamento

Estratégico, para que, pela formulação de estratégias, a organização possa

realmente atingir seus propósitos traçados em seu PPP e atenue os aspectos

apontados como deficitários neste estudo.

implementação, de forma gradativa, do BSC, envolvendo toda a organização e

comunicando de força eficiente e eficaz a estratégia, até a construção de Mapas

Estratégicos, que permitirão à organização uma gestão integrada de projetos,

visando à execução da estratégia de maneira eficaz.

Page 99: Dissertacao Ana Mendes

98

6.1.2 Para estudos futuros

Nesse universo infinito que é o mundo da gestão, associado ao também apaixonante

universo educacional, é importante refletir a respeito de alguns pontos, pois a gestão escolar

(pedagógica e administrativa) deve ser entendida como a pedra fundamental para que a escola

possa oferecer à comunidade em que estiver inserida um serviço de qualidade que atenda às

suas necessidades e exigências (TAVARES, 2009, p.113).

Pode-se então remeter a alguns questionamentos que, certamente auxiliarão a diminuir

o abismo que infelizmente existe entre a prática administrativa e o pensar pedagógico,

transformando assim a gestão escolar num instrumento “esquizofrênico”, seja, através de

Planejamento Estratégico ou por intermédio de Projetos Políticos Pedagógicos.

Alguns estudos (realizados por gestores e educadores em conjunto, ou de forma

individual), poderiam responder a algumas questões tão prementes atualmente no universo

educacional:

a) Por que é tão difícil associar gestão à prática pedagógica?

b) O que leva pedagogos a não querer praticar gestão?

c) Uma escola de ensino básico pode ser considerada uma empresa e ainda assim

cumprir o seu papel de educar?

O que se propõe após este estudo sobre gestão em Instituições de Ensino Básico é:

a) Um pensar mais estratégico para o “agir” pedagógico.

b) Oportunizar um estudo mais detalhado do “receio” de se estudar as práticas de

gestão nas Instituições de Ensino Básico.

c) Buscar alternativas, através de estudo e pesquisa, para a tão difícil situação da

Educação Brasileira, que, pode sim, perpassar por uma prática de gestão eficaz.

Este estudo não teve a intenção de abortar aspectos e questões pedagógicas. Apenas o

interesse de tentar mostrar que uma prática de gestão aplicada a empresas fora do âmbito

educacional, quando bem orientadas podem e permitem à escola (mesmo não sendo

considerada empresa) obter os mesmos resultados operacionais que a conduzam à consecução

Page 100: Dissertacao Ana Mendes

99

do seu objetivo maior: formação de cidadãos conscientes, capazes de atuar de forma positiva

em prol do desenvolvimento da sociedade.

Segundo Rossa (2007):

o jeito novo de olhar e gerir a escola exige um novo paradigma de formação do

educador, um novo jeito de ser professor e de ser gestor, hoje, capazes de

contribuir, mesmo sabendo do mal por que passa o magistério no mundo atual.

Importante realçar que muitos educadores já há algum tempo perceberam de que na

escola, a excelência pedagógica e a qualidade administrativa caminham juntas.

(grifo do autor)

Page 101: Dissertacao Ana Mendes

100

REFERÊNCIAS

AEC. Gestão escolar, processo em movimento. Revista de Educação. Ano 36, n. 44. jul./set.

2007.

ALDAY, Hernan E. Contreras. O Planejamento Estratégico dentro do conceito de

Administração Estratégica. Revista da FAE, v. 3, n. 2, p. 9-16, mai./ago. 2000.

ALLEVATO, Rita de Cássia Garcia. O BSC Como Modelo de Gestão Estratégica

Integrada: Proposta de uma Metodologia de Utilização em Hospitais com base no Estudo de

Caso do Hospital Monte Sinai de Juiz de Fora. Dissertação (Mestrado Profissional em

Sistemas de Gestão) Latec, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007.

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Page 112: Dissertacao Ana Mendes

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GLOSSÁRIO

Ex-post facto - a partir do passado.

Feedback - retroalimentação, processo que consiste em fornecer informações a uma pessoa

em relação à conduta, desempenho ou resultados que a mesma tenha realizado em alguma

tarefa.

Fidelização - ato ou ação de possibilitar que clientes se tornem fiéis a uma empresa.

Missão - a razão de ser de uma organização, as necessidades sociais a que ela atende e seu

foco fundamental de atividades.

Opportunities – oportunidades.

Pesquisa Bibliométrica - tipo de pesquisa ainda pouco usada no meio científico, que procura

cadastrar o tema escolhido pelo número de citações, autores e referências encontradas.

Produtividade - eficiência na utilização de recursos.

Scientia Justitia - conhecimento na medida exata.

Strenghts – forças.

Sursum Corda - Corações ao alto.

Sustentabilidade - promover o melhor para as pessoas, empresas, e o ambiente tanto para o

dia de hoje como para um futuro indefinido.

Threats – ameaças.

Top down - de cima para baixo.

Top of mind - imagem que vem primeiro à mente, ser o mais lembrado.

Weakness – fraquezas.

Visão - estado que a organização deseja atingir no futuro. A visão tem a intenção de propiciar

o direcionamento dos rumos de uma organização.

Page 113: Dissertacao Ana Mendes

112

APÊNDICE

APÊNDICE A – Questionários 1 a 5

Centro Tecnológico

Escola de Engenharia

Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão

Mestranda: Ana Paula Fernandes Mendes

Pesquisa sobre a utilização do Mapa Estratégico de BSC ( Balanced Scorecard) como

ferramenta de gestão para melhoria da eficácia operacional em Instituições de Ensino

Básico – Estudo de Caso.

O objetivo deste questionário é a obtenção de dados que permitam a elaboração de

Mapa Estratégico de BSC visando à melhoria da eficácia operacional em Instituições de

Ensino Básico.

As respostas serão utilizadas somente para fins acadêmicos e não haverá divulgação de

informações fora do âmbito acadêmico.

Os resultados obtidos após a sua descrição na Dissertação de conclusão de Mestrado

em Sistema de Gestão serão enviados à Instituição participante.

Foram elaborados questionários específicos para os diferentes públicos alvo

envolvidos: direção, equipe técnico-pedagógica, professores, funcionários, pais, alunos e ex-

alunos.

Page 114: Dissertacao Ana Mendes

113

APÊNDICE A - Questionário 1

Prezado(a) Gestor(a),

Este questionário é um instrumento de coleta de dados utilizado por uma pesquisadora,

aluna do Mestrado de Sistema de Gestão do LATEC/UFF, com o objetivo de utilizar o Mapa

Estratégico do BSC (Balanced Scorecard) em Instituições de Ensino Básico. Todas as

informações serão utilizadas somente para fins acadêmicos, o que garante o sigilo das

mesmas. Não é necessário identificação. Obrigada pela sua participação.

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Tempo de trabalho na empresa:

( ) 0 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) mais de 15 anos

Grau de escolaridade:

( ) Ensino Médio incompleto ( ) Ensino Médio

( ) Superior incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós graduado ____________

1. A empresa tem estratégia?

( ) Sim ( ) Não

2. Em caso afirmativo, como é formulada a estratégia de sua empresa?

R:________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3. Você conhece a Missão e a Visão da sua empresa?

( ) Sim ( ) Não

4. Em caso afirmativo, qual é a Missão e qual é a Visão da sua empresa?

R:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. A empresa tem objetivos de longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

6. Em caso afirmativo, esses objetivos são representados em um mapa estratégico?

( ) Sim ( ) Não

7. As diretrizes de longo prazo e o posicionamento mercadológico estão claros para todos os

colaboradores?

( ) Sim ( ) Não

Page 115: Dissertacao Ana Mendes

114

8. A Empresa possui indicadores e metas de longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

9. Qual é processo de escolha e priorização de projetos estratégicos?

R: _________________________________________________________________

10. A remuneração dos colaboradores/funcionários está atrelada à execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

11. A Empresa comunica a estratégia a todos os colaboradores/funcionários?

( ) Sim ( ) Não

12. Os colaboradores/funcionários têm consciência de seu papel na execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

13. Os projetos são gerenciados à luz das prioridades estratégicas?

( ) Sim ( ) Não

14. O orçamento está vinculado à estratégia?

( ) Sim ( ) Não

15. Existe uma política de crescimento e aprendizagem?

( ) Sim ( ) Não

16. Os clientes optam pela empresa:

( ) bom atendimento ( ) ensino de qualidade ( ) espaço físico

( ) por ser católico ( ) proximidade da residência ( ) preço

( ) pela disciplina ( ) outros____________________

17. Os clientes pedem transferência da empresa:

( ) por ser católico ( ) por ser rígido

( ) pelo fraco desempenho escolar ( ) Pelo preço/problemas financeiros

( ) por mudança de cidade ( ) por mau atendimento/insatisfação

18. Os funcionários da empresa:

( ) estão satisfeitos ( ) não estão satisfeitos ( ) estão insatisfeitos

Page 116: Dissertacao Ana Mendes

115

APÊNDICE A - Questionário 2

Prezado(a) Professor(a),

Este questionário é um instrumento de coleta de dados utilizado por uma pesquisadora,

aluna do Mestrado de Sistema de Gestão do LATEC/UFF, com o objetivo de utilizar o Mapa

Estratégico do BSC (Balanced Scorecard) como ferramenta para melhoria da eficácia

operacional em Instituições de Ensino Básico. Todas as informações serão utilizadas somente

para fins acadêmicos, o que garante o sigilo das mesmas. Não é necessário identificação.

Obrigada pela sua participação.

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Tempo de trabalho na empresa:

( ) 0 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) mais de 15 anos

Grau de escolaridade:

( ) Ensino Médio ( ) Superior incompleto

( ) Superior Completo ( ) Pós graduado ___________________

1. Você trabalha nesta empresa porque: (pode assinalar mais de uma opção):

( ) oferece um bom salário ( ) acredita na proposta pedagógica

( ) gosta da equipe com a qual trabalha ( ) pela gratuidade do filho

( ) sente-se valorizado como profissional ( ) outros_______________________

1. A empresa tem estratégia?

( ) Sim ( ) Não

2. Em caso afirmativo, como é formulada a estratégia da sua empresa?

R: ____________________________________________________________________

4. Você conhece a Missão e a Visão da sua empresa?

( ) Sim ( ) Não

5. Em caso afirmativo, qual é a Missão e qual é a Visão da sua empresa?

R:_________________________________________________________________

6. A empresa tem objetivos de longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

7. Em caso afirmativo, esses objetivos são representados em um mapa estratégico?

( ) Sim ( ) Não

8. As diretrizes de longo prazo e o posicionamento mercadológico estão claros para todos os

colaboradores/funcionários?

( ) Sim ( ) Não

9. A Empresa possui indicadores e metas de longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

Page 117: Dissertacao Ana Mendes

116

10. A remuneração dos colaboradores/funcionários está atrelada à execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

11. A Empresa comunica a estratégia a todos os colaboradores/funcionários?

( ) Sim ( ) Não

12. Os colaboradores/funcionários têm consciência de seu papel na execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

13. A empresa oferece meios de crescimento e aprendizado?

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

14. As decisões são tomadas em consenso?

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

15. Os resultados do seu trabalho estão de acordo com o seu desempenho:

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

16. Todos os colaboradores/funcionários são responsáveis pelos resultados positivos ou

negativos conseguidos pela empresa:

( ) Sim ( ) Não

17. Aponte pontos fortes da empresa:

( ) ser uma escola católica ( ) ter um bom ensino ( ) ter tradição

( ) ter bons funcionários ( ) pagar bem ( ) espaço físico

( ) pagar em dia ( ) incentivar aprendizado e crescimento

( ) outros _________________________________________________________

18. Aponte pontos que precisem de melhoria:

( ) atendimento ao aluno/pais ( ) poucos funcionários

( ) muitos funcionários ( ) falta de material de trabalho

( ) falta de propaganda ( ) má qualidade de material de trabalho

( ) salário ( ) outros_____________________________

19. Os alunos gostam da empresa:

( ) por ser católico ( ) pelo bom ensino

( ) por causa dos professores ( ) por serem bem tratados

( ) pelo espaço físico ( ) outros ____________________________

20. Os alunos pedem transferência da empresa:

( ) por ser católico ( ) por ser rígido

( ) pelo fraco desempenho escolar ( ) pelo preço/problemas financeiros

( ) por mudança de cidade ( ) por mau atendimento

( ) outros________________________________________________

Page 118: Dissertacao Ana Mendes

117

APÊNDICE A - Questionário 3

Prezado(a) Funcionário(a),

Este questionário é um instrumento de coleta de dados utilizado por uma pesquisadora,

aluna do Mestrado de Sistema de Gestão do LATEC/UFF, com o objetivo de utilizar o Mapa

Estratégico do BSC (Balanced Scorecard) como ferramenta para melhoria da eficácia

operacional em Instituições de Ensino Básico. Todas as informações serão utilizadas somente

para fins acadêmicos, o que garante o sigilo das mesmas. Não é necessário identificação.

Obrigada pela sua participação.

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Tempo de trabalho na empresa:

( ) 0 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) mais de 15 anos

Grau de escolaridade:

( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Ensino Fundamental completo

( ) Ensino Médio ( ) Superior incompleto

( ) Superior Completo ( ) Pós graduado____________________

1. Você trabalha nesta empresa porque: (pode assinalar mais de uma opção):

( ) oferece um bom salário ( ) acredita na proposta pedagógica

( ) gosta da equipe com a qual trabalha ( ) pela gratuidade do filho

( ) sente-se valorizado como profissional ( ) outros_______________________

2. Você conhece a Missão e a Visão da sua empresa?

( ) Sim ( ) Não

3. Em caso afirmativo, qual é a Missão e qual é a Visão da sua empresa?

R: ___________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4. A empresa tem objetivos de longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

5. Em caso afirmativo, esses objetivos são representados em um mapa estratégico?

( ) Sim ( ) Não

6. A remuneração dos colaboradores/funcionários está atrelada à execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

7. A Empresa comunica a estratégia a todos os colaboradores/funcionários?

( ) Sim ( ) Não

Page 119: Dissertacao Ana Mendes

118

8. Os colaboradores/funcionários têm consciência de seu papel na execução da estratégia?

( ) Sim ( ) Não

9. A empresa oferece meios de crescimento e aprendizado?

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

10. As decisões são tomadas em consenso?

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

11. Os resultados do seu trabalho estão de acordo com o seu desempenho:

( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes ( ) raramente

12. Todos os colaboradores/funcionários são responsáveis pelos resultados positivos ou

negativos conseguidos pela empresa:

( ) Sim ( ) Não

13. Aponte pontos fortes da empresa:

( ) ser uma escola católica ( ) ter um bom ensino ( ) ter tradição

( ) ter bons funcionários ( ) pagar bem ( ) espaço físico

( ) pagar em dia ( ) incentivar aprendizado e crescimento

( ) outros _________________________________________________________

14. Aponte pontos que precisem de melhoria:

( ) atendimento ao aluno/pais ( ) poucos funcionários

( ) muitos funcionários ( ) falta de material de trabalho

( ) falta de propaganda ( ) má qualidade de material de trabalho

( ) salário ( ) outros_____________________________

15. Os alunos gostam da empresa:

( ) por ser católico ( ) pelo bom ensino

( ) por causa dos professores ( ) por serem bem tratados

( ) pelo espaço físico ( ) outros ____________________________

16. Os alunos pedem transferência da empresa:

( ) por ser católico ( ) por ser rígido

( ) pelo fraco desempenho escolar ( ) pelo preço/problemas financeiros

( ) por mudança de cidade ( ) por mau atendimento

( ) outros________________________________________________

Page 120: Dissertacao Ana Mendes

119

APÊNDICE A - Questionário 4

Prezados pais, mães e ou responsáveis,

Este questionário é um instrumento de coleta de dados utilizado por uma pesquisadora,

aluna do Mestrado de Sistema de Gestão do LATEC/UFF, com o objetivo de utilizar o Mapa

Estratégico BSC ( Balanced Scorecard) como ferramenta para melhoria da eficácia

operacional em Instituições de Ensino Básico. Todas as informações serão utilizadas somente

para fins acadêmicos, o que garante o sigilo das mesmas. Não é necessário identificação.

Obrigada pela sua participação.

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Grau de escolaridade:

( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Ensino Fundamental completo

( ) Ensino Médio ( ) Superior incompleto

( ) Superior Completo ( ) Pós graduado ___________________________

1. Segmento: caso possua mais de um filho estudando neste colégio, assinale seus respectivos

segmentos:

Nº de filhos______________________________

Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental I I ( )

Ensino Fundamental I ( ) Ensino Médio ( )

2. Qual o motivo de ter escolhido esse colégio?

1 (proximidade de casa) 2 (indicação de amigo) 3 (formação religiosa)

4 (boa colocação vestibular/ENEM) 5( preço acessível) 6 (bom ensino)

7 (ser ex-aluno) 8 (espaço físico) 9 (outros)

____________

Educação Infantil 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ens. Fundamental I 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ens. Fundamental II 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ensino Médio 1 2 3 4 5 6 7 8 9

3. Como classifica o ensino nesse colégio?

1 (forte) 2 (regular) 3 (fraco) 4 (outra classificação)

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

4. As normas estabelecidas pelo colégio são:

1 (rigorosas) 2 (adequadas) 3 (precisam melhorar)

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

5. Em relação à comunicação Família-Escola:

1 (eficiente) 2 (apresenta falhas) 3 (inexistente) 4 (outros)

Page 121: Dissertacao Ana Mendes

120

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

6. Quando você procura a Coordenação do(s) segmento(s) que seu(s) filho(s) estudam:

1 (é bem atendido) 2 ( atendido razoavelmente) 3 ( poderia ser melhor atendido)

4 (é mal atendido) 5 (não é atendido) 6 ( não procuro a coordenação)

Educação Infantil 1 2 3 4 5 6

Ens. Fundamental I 1 2 3 4 5 6

Ens. Fundamental II 1 2 3 4 5 6

Ensino Médio 1 2 3 4 5 6

7. Você tem facilidade em se comunicar com o colégio pelo telefone?

1 (sim) 2 (não) 3 (outros)

Educação Infantil 1 2 3

Ens. Fundamental I 1 2 3

Ens. Fundamental II 1 2 3

Ensino Médio 1 2 3

8. Em relação à segurança do(a) seu(ua) filho(a)

1 (boa) 2 (regular) 3 (falha) 4 (outros)

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

9. Em relação ao espaço físico (instalações, material utilizado)

1 (excelente) 2 (bom) 3 (regular) 4 (fraco) 5 (outros)

Educação Infantil 1 2 3 4 5

Ens. Fundamental I 1 2 3 4 5

Ens. Fundamental II 1 2 3 4 5

Ensino Médio 1 2 3 4 5

10. Quanto ao site do colégio:

a) Você visita?

( ) Sim ( ) Não

b) Em caso afirmativo, atende as suas expectativas?

( ) Sim ( ) Não

11. Na sua opinião, o colégio oferece atividades para promover a integração família-escola?

( ) Sim ( ) Não

Quais?_______________________________________________________________

12. Em relação á divulgação da programação do colégio (PPP, circulares, CSP News etc):

1 (boa) 2 (regular) 3 (fraca) 4 (outros)

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

Page 122: Dissertacao Ana Mendes

121

13. Em relação à divulgação das atividades/resultados do colégio na mídia:

1 (boa) 2 (regular) 3 (fraca) 4 (outros)

Educação Infantil 1 2 3 4

Ens. Fundamental I 1 2 3 4

Ens. Fundamental II 1 2 3 4

Ensino Médio 1 2 3 4

14. Cite três pontos fortes do colégio:

1.________________________________________________________

2.________________________________________________________

3.________________________________________________________

15. Cite três pontos que precisam de melhoria

1.________________________________________________________

2.________________________________________________________

3.________________________________________________________

16. Os alunos pedem transferência do colégio:

( ) por ser católico ( ) por ser rígido

( ) pelo fraco desempenho escolar ( ) pelo preço/problemas financeiros

( ) por mudança de cidade ( ) por mau atendimento

( ) outros________________________________________________

17. Você indicaria o colégio para um amigo?

( ) Sim ( ) Não

J:____________________________________________________________

Page 123: Dissertacao Ana Mendes

122

APÊNDICE A - Questionário 5

Prezados(as) alunos(as),

Este questionário é um instrumento de coleta de dados utilizado por uma pesquisadora,

aluna do Mestrado de Sistema de Gestão do LATEC/UFF, com o objetivo de utilizar o Mapa

Estratégico do BSC( Balanced Scorecard) como ferramenta para melhoria da eficácia

operacional em Instituições de Ensino Básico. Todas as informações serão utilizadas somente

para fins acadêmicos, o que garante o sigilo das mesmas. Não é necessário identificação.

Obrigada pela sua participação.

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Assinale o segmento em que você estuda:

( ) Ensino Fundamental I ( ) Ensino Fundamental II ( ) Ensino Médio

1. Você estuda nesse colégio porque: (pode assinalar mais de 1 opção):

( ) desejo de meus pais ( ) é perto da minha casa

( ) gosto do colégio ( ) sou filho de ex-aluno

( ) tenho bolsa ( ) o ensino é de qualidade

( ) outros_________________________________________________________

2. Para você o ensino nesse colégio é:

( ) forte ( ) regular ( ) fraco ( ) outros

3. As normas disciplinares estabelecidas nesse colégio são:

( ) rigorosas ( ) adequadas ( ) precisam melhorar ( ) outros

4. Quando você procura o colégio:

( ) é atendido prontamente ( ) demora a ser atendido ( ) não é atendido

5. A qualidade desse atendimento é:

( ) boa ( ) regular ( ) fraca ( ) outros

6. Quanto ao site do colégio:

Você utiliza? ( ) Sim ( ) Não

Atende suas expectativas ( ) Sim ( ) Não

Page 124: Dissertacao Ana Mendes

123

O que você mudaria/ acrescentaria?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

7. Em relação aos eventos proporcionados pelo colégio, assinale aqueles que mais atendem a

sua expectativa:

( ) encontro de jovens ( ) missas e celebrações ( ) palestras

( ) mostra de ciências ( ) Inforvest ( ) festival de música

( ) atividades esportivas (olimpíadas, jogos com outros colégios)

( ) excursões ( ) atividades recreativas (patinação, caminhadas)

( ) festa junina

8. Os três pontos fortes do colégio são:

1. ________________________________________________________

2. ________________________________________________________

3._________________________________________________________

9. Os três pontos que precisam melhorar são:

1. ________________________________________________________

2. ________________________________________________________

3._________________________________________________________

10. O que sinto falta no colégio é:

_______________________________________________________________

11. Os alunos pedem transferência do colégio:

( ) por ser católico ( ) por ser rígido

( ) pelo fraco desempenho escolar ( ) pelo preço/problemas financeiros

( ) por mudança de cidade ( ) por mau atendimento/insatisfação

( ) outros________________________________________________

12. Você indicaria o colégio para algum amigo?

( ) Sim ( ) Não

J:___________________________________________________________________

Page 125: Dissertacao Ana Mendes

124

ANEXOS

ANEXO A – Autorização Madre Provincial da Congregação

Colégio São Paulo.

AUTORIZAÇÃO

AUTORIZO a aluna de Mestrado, Ana Paula Fernandes Mendes, identidade

60383387 IFP/RJ, CPF – 79756131772, Matrícula UFF n L157.107.072 a coletar dados

necessários em nossa Instituição de Ensino Básico ( Colégio São Paulo Teresópolis),

visando à realização de pesquisa/levantamento de campo relativa ao seu Projeto de

Pesquisa: “A UTILIZAÇÂO DO MAPA ESTRATÉGICO DE BALANCED

SCORECARD (BSC) COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A MELHORIA

DA EFICÁCIA OPERACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO BÁSICO:

ESTUDO DE CASO.”

Atenciosamente,

____________________________________

Irmã Therezinha Bravini

Provincial da Congregação das Angélicas de São Paulo

Page 126: Dissertacao Ana Mendes

125

ANEXO B - Matrículas na Educação Básica por unidade da federação e

dependência administrativa

Brasil / Regiões / Matrícula 2007

Ufs Total Federal Estadual Municipal Privada

Brasil 52,969,456 179,836 21,914,653 24,516,221 6,358,746

Sudeste 20,550,441 70,568 9,283,483 8,109,617 3,086,773

Minas Gerais 5,110,537 28,170 2,547,210 1,923,530 611,627

Espírito Santo 930,136 7,802 310,720 489,981 121,633

Rio de Janeiro 3,880,666 30,250 1,348,109 1,826,019 676,288

São Paulo 10,629,102 4,346 5,077,444 3,870,087 1,677,225

Sul 6,901,898 24,827 3,413,568 2,623,483 840,020

Paraná 2,729,363 3,234 1,353,784 1,047,035 325,310

Santa Catarina 1,570,856 7,250 737,697 639,944 185,965

R.G. do Sul 2,601,679 14,343 1,322,087 936,504 328,745

Centro-Oeste 3,675,676 13,473 1,915,308 1,258,807 488,088

M. G. do Sul 690,998 1,034 305,143 306,039 78,782

Mato Grosso 862,835 3,349 439,165 353,738 66,583

Goiás 1,485,387 5,979 669,947 599,030 210,431

Distrito Federal 636,456 3,111 501,053 0 132,292

Fonte: INEP (2007)

Page 127: Dissertacao Ana Mendes

126

ANEXO C - Estabelecimentos de Ensino por UF e Dependência Administrativa

U.F. Total ESTADUAL FEDERAL MUNICIPAL PRIVADA

Brasil 198,502 33,131 235 132,571 32,565

RONDÔNIA 1,782 392 2 1,200 188

ACRE 1,713 675 1 1,002 35

AMAZONAS 5,389 563 5 4,594 227

RORAIMA 722 391 3 312 16

PARÁ 12,363 1,054 9 10,764 536

AMAPÁ 796 428 298 70

TOCANTINS 2,082 548 2 1,359 173

MARANHÃO 13,781 1,232 7 11,724 818

PIAUÍ 7,413 799 5 6,120 489

CEARÁ 11,047 682 7 8,653 1,705

RIO GRANDE DO

NORTE 4,303 790 11 2,876 626

PARAÍBA 6,479 1,069 8 4,830 572

PERNAMBUCO 10,388 1,107 11 7,478 1,792

ALAGOAS 3,408 340 4 2,745 319

SERGIPE 2,499 399 4 1,816 280

BAHIA 21,593 1,681 15 18,200 1,697

MINAS GERAIS 17,804 3,911 31 9,982 3,880

ESPÍRITO SANTO 3,821 605 10 2,700 506

RIO DE JANEIRO 9,630 1,654 35 4,921 3,020

SÃO PAULO 25,880 5,735 8 11,394 8,743

PARANÁ 9,029 2,085 12 5,083 1,849

SANTA CATARINA 6,713 1,418 13 4,231 1,051

RIO GRANDE DO SUL 10,155 2,818 17 5,371 1,949

MATO GROSSO DO

SUL 1,587 367 1 783 436

MATO GROSSO 2,762 661 3 1,765 333

GOIÁS 4,398 1,108 9 2,370 911

DISTRITO FEDERAL 965 619 2 344

Fonte: Inep – censo escolar (2007)..

Page 128: Dissertacao Ana Mendes

127

ANEXO D - Comparação de matrículas no Brasil

COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS

BRASIL

Comparação de Matrículas de Educação Básica, segundo a Etapa e

Modalidade – 2008

Etapas/Modalidades de

Educação Básica

Matrículas / Ano

2007 2008 Diferença

2007-2008

Variação

2007-2008

Educação Básica

53.028.928

53.232.868 203.940 0,4

Educação Infantil 6.509.868 6.719.261 209.393 3,2

Creche 1.579.581 1.751.736 172.155 10,9

Pré-escola 4.930.287 4.967.525 37.238 0,8

Ensino Fundamental 32.122.273 32.086.700 -35.573 -0,1

Ensino Médio 8.369.369 8.366.100 -3.269 0,0

Educação Profissional 693.610 795.459 101.849 14,7

Educação Especial 348.470 319.924 -28.546 -8,2

EJA 4.985.338 4.945.424 -39.914 -0,8

Ensino Fundamental 3.367.032 3.295.240 -71.792 -2,1

Ensino Médio 1.618.306 1.650.184 31.878 2,0

Fonte: MEC/Inep/Deed.

Notas: 1. Não inclui matrículas em turmas de atividade complementar.

2. O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula.

3. Ensino Fundamental: inclui matrículas do turmas do ensino fundamental de 8

e 9 anos.

4. Ensino médio: inclui matrículas no ensino médio integrado à educação

profissional e no ensino médio normal/magistério.

5. Educação Especial: não inclui matrículas em Classes Comuns do Ensino

Regular.

6. Educação profissional: não inclui matrículas de educação profissional

integrada ao ensino médio. Fonte: INEP (2008)

Page 129: Dissertacao Ana Mendes

128

ANEXO E - Número de Matrículas na Educação Básica, por Dependência

Administrativa, segundo a Etapa/Modalidade de Ensino – 2008

MATRÍCULAS

BRASIL

Número de Matrículas na Educação Básica, por Dependência Administrativa,

segundo a Etapa/Modalidade de Ensino – 2008

Etapa/Modalid

ade

Matrículas na Educação Básica

Total

Dependência Administrativa

Feder

al % Estadual %

Municip

al % Privada

Educação

Básica

53.232.8

68

197.53

2

0,4

21.433.4

41

40,

3

24.500.8

52

46,

0

7.101.04

3

13,3

Educação

Infantil

6.719.26

1 2.238 0,0 112.546 1,7

4.878.47

5

72,

6

1.726.00

2

25,7

Creche

1.751.73

6 1.121 0,1 7.365 0,4

1.134.94

4

64,

8 608.306

34,7

Pré-escola

4.967.52

5 1.117 0,0 105.181 2,1

3.743.53

1

75,

4

1.117.69

6

22,5

Ensino

Fundamental

32.086.7

00 25.622 0,1

11.000.9

16

34,

3

17.442.1

58

54,

4

3.618.00

4

11,3

Ensino Médio

8.366.10

0 82.033 1,0

7.177.37

7

85,

8 136.167 1,6 970.523

11,6

Educação

Profissional 795.459 77.074 9,7 257.543

32,

4 29.191 3,7 431.651

54,3

Educação

Especial 319.924 820 0,3 46.795

14,

6 66.834

20,

9 205.475

64,2

EJA

4.945.42

4 9.745 0,2

2.838.26

4

57,

4

1.948.02

7

39,

4 149.388

3,0

Ensino

Fundamental

3.295.24

0 747 0,0

1.361.40

3

41,

3

1.890.17

4

57,

4 42.916

1,3

Ensino

Médio

1.650.18

4 8.998 0,5

1.476.86

1

89,

5 57.853 3,5 106.472

6,5

Fonte: MEC/Inep/Deed.

Notas: 1) Não inclui matrículas em turmas de atividade complementar.

2) O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula.

3) Ensino Fundamental: inclui matrículas do turmas do ensino fundamental de 8 e 9 anos.

4) Ensino médio: inclui matrículas no ensino médio integrado à educação profissional e no

ensino médio normal/magistério.

5) Educação Especial: não inclui matrículas em Classes Comuns do Ensino Regular.

6) Educação profissional: não inclui matrículas de educação profissional integrada ao

ensino médio. Fonte: Inep, 2008

Page 130: Dissertacao Ana Mendes

129

ANEXO F - Estabelecimentos e Matrículas, segundo etapas e modalidades de ensino da

Educação Básica - 2007 e 2008

ESTABELECIMENTOS E MATRÍCULAS

BRASIL

Estabelecimentos e Matrículas, segundo etapas e modalidades de ensino da Educação

Básica - 2007 e 2008

Etapas/Modalidades

de Educação Básica

Estabelecimentos e Matrículas da Educação Básica

2007 2008 Diferença

Absoluta

Variação

Percentual

Escol

as

Matrícu

las

Escol

as

Matric

ulas

Esco

las

Matríc

ulas

Escol

as

Matríc

ulas

Educação Básica

198.3

97

53.028.9

28

199.7

61

53.232.

868

1.36

4

203.94

0 0,7 0,4

Educação Infantil

143.1

07

6.509.86

8

147.6

09

6.719.2

61

4.50

2

209.39

3 3,1 3,2

Creche

38.78

4

1.579.58

1

41.15

1

1.751.7

36

2.36

7

172.15

5 6,1 10,9

Pré-escola

104.3

23

4.930.28

7

106.4

58

4.967.5

25

2.13

5 37.238 2,0 0,8

Ensino Fundamental

154.3

21

32.122.2

73

154.4

14

32.086.

700 93 -35.573 0,1 -0,1

Ensino Médio

24.26

6

8.369.36

9

25.38

9

8.366.1

00

1.12

3 -3.269 4,6 0,0

Educação Profissional 3.754 693.610 3.995

795.45

9 241

101.84

9 6,4 14,7

Educação Especial 6.978 348.470 6.702

319.92

4 -276 -28.546 -4,0 -8,2

EJA

47.96

4

4.985.33

8

47.33

4

4.945.4

24 -630 -39.914 -1,3 -0,8

Ensino Fundamental

39.55

6

3.367.03

2

38.58

1

3.295.2

40 -975 -71.792 -2,5 -2,1

Ensino Médio 8.408

1.618.30

6 8.753

1.650.1

84 345 31.878 4,1 2,0

Fonte: MEC/Inep/Deed

Notas: 1. Não Inclui matrículas em turmas de

atividade complementar

2. Não inclui estabelecimentos que oferecem exclusivamente turmas de

atividade complementar

3. O total de estabelecimentos da Educação Básica não corresponde a soma

das etapas/modalidades.

4. Ensino Fundamental: inclui matrículas das turmas do ensino fundamental de 8 e 9 anos.

5. Ensino médio: inclui matrículas no ensino médio integrado à educação profissional e no

ensino médio normal/magistério.

6. Educação Especial: não inclui matrículas em Classes Comuns do Ensino Regular.

7. Educação profissional: não inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino

médio. Fonte: Inep (2008)