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Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES PARENTAIS E O ESTADO NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES Ângela Bein Piccoli

Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

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1

Dissertação

ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES PARENTAIS

E O ESTADO NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES

Ângela Bein Piccoli

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i

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

Programa de Pós-Graduação em Medicina:

Área de Concentração: Cardiologia e

Ciências da Saúde

ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES PARENTAIS

E O ESTADO NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES

Autora: Ângela Bein Piccoli

Orientadora: Dra. Lúcia Campos Pellanda

Co-orientadores: Dra. Clarisse Pereira Mosmann

Dr. Lucas Neiva-Silva

Dissertação submetida como requisito para

obtenção do grau de mestre ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Área

de Concentração: Cardiologia, da

Fundação Universitária de Cardiologia

/Instituto de Cardiologia do Rio Grande do

Sul.

Porto Alegre

2014

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ii

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Bibliotecária responsável: Marina Miranda Fagundes

CRB 10/2173

P591e Piccoli, Ângela Bein

Estilos parentais, práticas alimentares parentais e o estado

nutricional em adolescentes / Ângela Bein Piccoli ; orientadora Lucia

Campos Pellanda ; co-orientadores Clarisse Pereira Mosmann, Lucas Neiva-

Silva. – Porto Alegre : 2014.

200 f.; il.

Dissertação (Mestrado) – Instituto de Cardiologia do Rio Grande

do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia – Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia, 2014.

1. Estilos parentais. 2. Adolescentes. 3. Práticas alimentares.

4. Obesidade. I. Pellanda, Lucia Campos. II. Mosmann, Clarisse Pereira.

III. Neiva-Silva, Lucas. IV. Título.

CDU: 159.9:616.1

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iv

AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Pós-Graduação da Fundação Universitária de Cardiologia,

professores e funcionários.

À Dra. Lúcia Pellanda, cardiologista pediátrica, orientadora que acreditou no

projeto e que é referência para um modelo de assistência à saúde preventiva,

multidisciplinar e integral além de ser uma referência para quem se aventurar na

pesquisa. Seu coração tem espaços para todos.

À Clarisse Mosmann e Lucas Neiva-Silva, que aceitaram o desafio de me

orientar; os momentos de aprendizado com disposição e amizade são inesquecíveis.

À Unidade de Pesquisa da FUC, em especial à Vânia Naomi Hirakata, pelo

auxílio na análise estatística dos dados.

Às bibliotecárias Marlene Tavares e Marina M. Fagundes pelo carinho na

prontidão de minhas solicitações.

À Elcira Wyrwalska pela revisão do texto e amizade cultivada diariamente.

Aos profissionais que participaram como juízes do processo de validação do

instrumento, por suas valiosas críticas. À nutricionista Vanessa Minossi e psicóloga

Alessandra Endruweit pela disponibilidade e ajuda na coleta dos dados.

Às Escolas que gentilmente abriram suas portas e me receberam. Aos pais dos

adolescentes que confiaram no meu trabalho. Aos adolescentes por sua participação.

Aos meus filhos, por me presentearem com sua compreensão, seguindo seus

caminhos de forma segura, e nunca se queixarem de minhas necessárias ausências.

Aos meus pais, para quem deveria estar mais presente, continuam se revelando

incentivadores de minhas escolhas.

Ao meu marido, por seu amor. Sem ele, não seria possível chegar ao final.

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v

LISTA DE SIGLAS

AFC Análise Fatorial Confirmatória

AFE Análise Fatorial Exploratória

CFPQ Comprehensive Feeding Practice Questionnaire

CFQ Child Feeding Questionnaire

DCV Doenças cardiovasculares

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

HAS Hipertensão arterial sistêmica

IMC Índice de Massa Corporal

IOTF International Obesity Task Force

NCHS National Center for Health Statistics

OMS Organização Mundial de Saúde

PFQ Preschooler Feeding Questionnaire

QAC Questionário de Alimentação da Criança

SUS Sistema Único de Saúde

WHO World Health Organization

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SUMÁRIO

BASE TEÓRICA ......................................................................................................... 1

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2

2 SOBREPESO E OBESIDADE .................................................................. 4

2.1 CENÁRIO .................................................................................................. 4

2.1.1 Epidemiologia da obesidade ................................................................. 7

2.1.2 Definição e diagnóstico ....................................................................... 10

2.1.3. Causas e fatores associados à obesidade .......................................... 14

2.1.4 Implicações para a saúde ................................................................... 23

2.2 ESTILOS PARENTAIS .......................................................................... 27

2.2.1 Família e estilos parentais .................................................................. 27

2.2.2 Escalas de exigência e responsividade ............................................... 38

2.3 ESTILOS PARENTAIS E PRÁTICAS ALIMENTARES PARENTAIS

....................................................................................................................... 40

2.4 VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO ......... 45

3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................. 50

4 OBJETIVOS ............................................................................................. 52

4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................ 52

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................. 52

5 CONCLUSÕES ......................................................................................... 54

5.1 CONCLUSÃO GERAL ........................................................................... 58

6 CONSIDERAÇÕES ................................................................................. 60

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 67

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vii

ARTIGO 1 – PARENTAL STYLES AND WEIGHT STATUS OF

ADOLESCENTS IN PORTO ALEGRE – BRAZIL (Journal of the American

Academy of Child and Adolescent Psychiatry) ....................................................... 86

INTRODUCTION ....................................................................................... 88

METHOD ..................................................................................................... 89

Study Design ................................................................................................. 89

Sample ........................................................................................................... 89

Definition of the Variables .......................................................................... 89

Statistical Analysis ....................................................................................... 91

RESULTS ..................................................................................................... 92

Sample Characteristics ................................................................................ 92

Parental Styles .............................................................................................. 93

Parental Styles and Adolescents Nutritional Status ................................. 94

DISCUSSION ............................................................................................... 94

REFERENCES .......................................................................................... 101

FIGURE ...................................................................................................... 106

TABLES ...................................................................................................... 107

ARTIGO 2 – VALIDITY OF AN INSTRUMENT TO ASSESS THE

PERCEPTION OF ADOLESCENTS ABOUT PARENTAL FEEDING

PRACTICES: THE TEENAGER'S PERCEPTION OF PARENTAL FEEDING

PRACTICES SCALE (TEEN-PFP) (Appetite) ..................................................... 112

INTRODUCTION ..................................................................................... 114

METHODS ................................................................................................. 118

Participants ................................................................................................ 118

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viii

Procedures .................................................................................................. 119

Statistical Analysis ..................................................................................... 123

RESULTS ................................................................................................... 125

Content Validity ......................................................................................... 125

Analysis of Reliability ................................................................................ 126

Construct Validity ..................................................................................... 127

DISCUSSION ............................................................................................. 127

CONCLUSIONS ........................................................................................ 134

REFERENCES .......................................................................................... 135

TABLES ...................................................................................................... 141

APPENDIX ................................................................................................. 143

ARTIGO 3 – PARENTING STYLES, PARENTAL FEEDING PRACTICES

AND ADOLESCENTS' WEIGHT STATUS (JAMA Pediatrics) ....................... 149

INTRODUCTION ..................................................................................... 151

METHODS ................................................................................................. 152

Variables ..................................................................................................... 152

Statistical Analysis ..................................................................................... 154

RESULTS ................................................................................................... 155

DISCUSSION ............................................................................................. 157

REFERENCES .......................................................................................... 162

FIGURE ...................................................................................................... 167

TABLES ...................................................................................................... 168

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ix

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para o processo de

validação ................................................................................................................... 175

APÊNDICE B – Carta aos pais ............................................................................... 176

APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .......................... 177

APÊNDICE D – Formulário de coleta de dados antropométrico dos pais ......... 178

APÊNDICE E - Questionário de dados sócio-demográfico ................................. 179

APENDICE F – Escala de percepção do adolescente sobre práticas alimentares

parentais – Teen-PFP .............................................................................................. 182

APÊNDICE G – Tabelas não demonstradas no artigo: “Validação de um

instrumento para avaliar a percepção de adolescentes sobre práticas alimentares

parentais (Teenager’s perception of parental feeding practices scale) – Teen –

PFP” .......................................................................................................................... 185

APÊNDICE H – Tabelas não demonstradas no artigo “Relações entre estilos

parentais, práticas alimentares e o estado nutricional de adolescentes.” ........... 186

ANEXO A – Escalas de Responsividade e Exigência ........................................... 190

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BASE TEÓRICA

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1 INTRODUÇÃO

As modificações no estilo de vida das pessoas decorrentes do desenvolvimento

sócio-político-econômico e do desenvolvimento tecnológico cada vez mais acelerado

repercutem em diversos aspectos incluindo a saúde do indivíduo e as relações

interpessoais. Hábitos alimentares inadequados, a redução da prática de atividade

física e a crescente obesidade na infância e adolescência, que tende a persistir na vida

adulta constatadas na atualidade são de extrema relevância para o surgimento de

doenças cardiovasculares, principalmente se estiverem acompanhadas de hipertensão

arterial e diabetes mellitus tipo 2, entre outras doenças inclusive psicológicas.

É na família que o indivíduo desenvolve suas primeiras relações com o

alimento e adquire hábitos e referências de saúde. O papel dos pais ou responsáveis na

educação de seus filhos tem sido foco de investigação no desenvolvimento da

obesidade. Estudos salientam sobre as mudanças nas relações pais e filhos decorrentes

das mudanças sociais onde se observa um deslocamento nas relações de autoridade

pais/filhos, de um modelo baseado na imposição e no controle a outro fundamentado

na participação e na negociação. Assim, os estilos de educação dos pais e as práticas

educativas parentais têm sido estudados por serem considerados importantes

preditores para o desenvolvimento infantil.

Este estudo busca, através da percepção de adolescentes sobre os estilos de

educação de seus pais e sobre as práticas alimentares utilizadas, buscar respostas para

a compreensão do desenvolvimento da obesidade no âmbito familiar.

Para tanto, primeiramente apresentamos o cenário da obesidade na atualidade,

epidemiologia, diagnóstico, causas e consequências para a saúde. Posteriormente,

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3

abordamos sobre os estilos de educação parentais e apresentamos a escala para

identificação dos diferentes estilos parentais.

Buscamos esclarecer as diferenças entre os estilos parentais e práticas

parentais, especificamente voltadas ao domínio da alimentação e apontamos para a

necessidade de se desenvolver um instrumento abrangente que avalie a percepção de

adolescentes sobre estas práticas.

Com isto estabelecemos os objetivos do presente estudo o qual será

apresentado em forma de três artigos. O primeiro artigo relaciona os estilos parentais

com o estado nutricional dos adolescentes; o segundo, trata do processo de validação

do instrumento desenvolvido sobre práticas alimentares e que foi adaptado do CFPQ –

Comprehensive Feeding Practices Questionnaire) sendo denominado Teen-PFP

(Teenager’s Perception of Parental Feeding Practices Scale). E o terceiro artigo trata

da associação entre estilos parentais, práticas alimentares parentais e o estado

nutricional. Todos os artigos estão no formato das revistas porém ainda não foram

submetidos.

Finalizamos esta dissertação com algumas considerações a respeito do estudo.

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4

2 SOBREPESO E OBESIDADE

2.1 CENÁRIO

A evolução da tecnologia e o fenômeno reconhecido como globalização

desencadearam mudanças econômicas, sociais, demográficas e sanitárias que afetaram

as relações e o estilo de vida das pessoas. Entre as repercussões, e de acordo com a

Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade tem sido descrita como

importante problema de saúde pública, sendo reconhecida como epidemia do século

XXI1 e como a maior causa prevenível de morbidade e mortalidade.

2

Sua prevalência aumentou nas últimas décadas em todo o mundo, inclusive

nos países em desenvolvimento, como o Brasil3-5

, onde anteriormente predominavam

os problemas relacionados à desnutrição.6 Enquanto a prevalência de excesso de peso

triplicou no Brasil, a prevalência de déficit ponderal reduziu para quase a metade.7

A obesidade é complexa e determinada por múltiplos fatores associados. Além

de ser uma doença, também é um fator de risco para outras, potencialmente fatais, o

que significa um desafio para profissionais de saúde e pacientes.8,9

Paradoxalmente, as

preocupações com o corpo e a aparência física relacionada ao ser magro estão em

evidência. Há a proliferação de instituições especializadas em combater a obesidade e,

neste cenário, evidenciam-se inúmeras possibilidades em busca do corpo perfeito,

incluindo o uso indiscriminado de laxantes e diuréticos, agentes termogênicos, de

drogas que inibem a absorção dos alimentos e até hormônios tireoidianos.10

O impacto ocasionado por esta doença tem sido significativo em diversos

setores da sociedade e evidências têm apontando diminuição na expectativa de vida de

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5

indivíduos que convivem com a obesidade por períodos prolongados. Governos

buscam alternativas para controle da obesidade, através de atendimentos pelos

serviços de saúde, modificações na merenda escolar, programas para o enfrentamento

da obesidade mórbida, obrigatoriedade de rótulos nos produtos alimentícios,

informando seu valor nutricional, entre outros.

O pressuposto de que existem muitos fatores associados à obesidade, quer na

constituição da doença, quer na convivência com a mesma, significa reconhecer que a

obesidade situa-se além do paradigma entre saúde e doença.10,11

A literatura aponta o

papel da família como fundamental no estabelecimento deste fenômeno, pois, para

crescimento e peso adequados das crianças e adolescentes, a cooperação dos pais é

importante; estando conscientes dos riscos que o excesso de peso causa na vida

adulta. O estabelecimento de limites permeia a lista de dificuldades em relação às

causas e relação ao tratamento da obesidade infantil observado através da seleção

descontrolada da alimentação, inadequada e excedente, corroborada por percepções

distorcidas em relação à condição de excesso de peso seja por parte dos pais em

relação ao excesso de peso dos filhos seja dos próprios filhos em relação ao seu corpo

ou mesmo de profissionais da saúde.11

Muitos estudos que investigaram a influência dos pais no estado nutricional

dos filhos relacionaram o excesso de peso com o impacto das práticas alimentares

específicas que são adotadas principalmente durante a infância dos filhos, podendo-se

afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos

pais com a maneira como estas estratégias são adotadas, reconhecida como estilos dos

pais.12,13

Há distinção entre práticas e estilos parentais: as práticas são as estratégias

utilizadas pelos pais para educar e o conceito de estilo parental, vai além das práticas

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6

parentais propriamente ditas. O estilo é, na verdade, o contexto dentro do qual operam

os esforços dos pais para socializar os seus filhos de acordo com suas crenças e

valores. Em outras palavras, o estilo parental pode ser entendido como o clima

emocional que perpassa as atitudes dos pais, cujo efeito é o de alterar a eficácia de

práticas disciplinares específicas, além de influenciar a abertura ou predisposição dos

filhos para a socialização. Os estilos envolvem crenças, valores e hierarquia das

funções familiares, que são expressos no exercício da disciplina e autoridade

presentes nas interações entre pais e filhos através da comunicação, apoio e controle.14

Os estilos são entendidos como mediadores ou como moderadores das práticas15

e são

classificados em autoritários, autoritativos, indulgentes e negligentes, conforme níveis

de exigência e afeto adotados pelos pais.

As investigações voltadas à criança menor buscam a percepção dos pais em

relação às atitudes, de como eles reconhecem suas práticas e estilos na educação de

seus filhos pequenos; são poucos os estudos com foco na percepção dos filhos e em

especial de filhos adolescentes. Como o adolescente já adquiriu maior autonomia em

relação às opções de consumo e estilo de vida, sua percepção sobre a educação

recebida de seus pais em relação a hábitos alimentares e estilo de vida pode

determinar se o estilo parental se associa ao estado nutricional (Índice de Massa

Corporal - IMC).

A adolescência é um dos períodos mais desafiadores do ciclo de vida humana

e entendido como etapa importante do processo de crescimento e desenvolvimento,

cuja marca é a transformação. O excesso de peso nos adolescentes pode estar

relacionado não somente com práticas alimentares e estilo de vida adotado na família,

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7

mas principalmente com a forma como os adolescentes internalizaram estas crenças e

valores expressados nas práticas cotidianas em forma de exigências e de afeto.

Assim, identificar a existência de possíveis associações entre a forma como os

adolescentes percebem a interação dos pais com eles e se esta percepção pode ter

influência no seu estado nutricional é relevante, uma vez que fornecerá indicações de

estratégias de intervenções terapêuticas visando o tratamento e prevenção do excesso

de peso e redução de prováveis ocorrências de morbidade e mortalidade decorrentes.

Dirigir estudos para as relações familiares é buscar no ambiente de maior

vínculo interacional respostas que possam auxiliar na assistência de adolescentes com

excesso de peso.

2.1.1 Epidemiologia da obesidade

A obesidade não é um fenômeno recente. Os achados arqueológicos da Era

Paleolítica – 20.000 até 30.000 anos a.C – de artefatos de pedra representativos de

mulheres corpulentas revelam raízes da história da obesidade. Esculturas pré-

históricas gregas, babilônicas e egípcias demonstram a preferência escultural pelas

mulheres obesas. Uma das primeiras representações da forma humana, nomeada

Vênus de Willendorf, é a estátua de uma mulher extremamente obesa, com grandes

mamas e abdomem.16

Diante da arqueologia dessas deusas na história da humanidade,

não se sabe com certeza se são representações realísticas ou se elas refletem um ideal,

simbolizando um sonho de abundância e fertilidade para um período em que a fome

era uma constante e a expectativa de vida era bem baixa, portanto para dar

continuidade às tribos era necessário procriar-se, a fim de manter a espécie.

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8

Por outro lado, a busca pelo emagrecimento também tem uma história tão

antiga quanto à do próprio homem. Entre os anos de 400 e 300 a.C., Hipócrates já

aconselhava a prática de exercícios físicos e da dieta para a obtenção de um corpo

saudável, considerando a obesidade uma doença, e seu discípulo, Galeno, como

decorrente da falta de disciplina.16

Hipócrates dizia que os homens obesos morriam

mais cedo que os homens não obesos.17,18

A obesidade era considerada uma patologia

que atingia somente os adultos repercutindo nas condições de saúde das populações.

Segundo a Organização Mundial de Saúde6, a obesidade é definida como

doença na qual a gordura tenha se acumulado numa tal quantidade que prejudique a

saúde. É caracterizada como ―doença psicossomática, de caráter crônico, com

determinantes genéticos, neuroendócrinos, metabólicos, dietéticos, ambientais,

sociais, familiares e psicológicos.19

A obesidade representa uma das patologias mais

difíceis de tratar, sendo apontada como o distúrbio nutricional mais frequente em

crianças e adolescentes nos países desenvolvidos.17,20

A prevalência da obesidade vem

crescendo acentuadamente nas últimas décadas atingindo países desenvolvidos e em

desenvolvimento. A situação nutricional vem se alterando e aspectos singulares da

transição nutricional são identificados em virtude da industrialização e urbanização. O

processo denominado transição nutricional é caracterizado por diminuição da

desnutrição, aumento da prevalência de obesidade e incremento de deficiências

nutricionais específicas.21,22

Este quadro reflete os padrões de alteração do hábito

alimentar e de atividade física reduzida estabelecendo o excesso de peso pelo

desequilíbrio energético devido ao maior consumo alimentar e menor gasto em

atividades.23,24

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9

Em 2010, em âmbito mundial, 1 bilhão de adultos estavam com excesso de

peso e, destes, 475 milhões com obesidade. Entre crianças e jovens este valor chega a

250 milhões sendo 50 milhões obesos. Em 30 anos, o excesso de peso entre os

adolescentes no Brasil, aumentou de 3,7% para 21,7% entre meninos e de 7,6% para

19% entre as meninas, equiparando-se aos índices de crescimento da obesidade em

adolescentes americanos.25

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

publicou, em agosto de 2010, os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF

2008–09), indicando que o peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. O

excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% - em 1989 - para 50,1% — ou

seja, metade dos homens adultos já estava acima do peso — e ultrapassou, em 2008–

09, o excesso em mulheres, que foi de 28,7% para 48%. Já o excesso de peso em

crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, teve um aumento de 16,1% - em 1989 -

para 23,4% - 2010 - em meninas e em meninos de 9,2% para 27,6% (Figura 1). Em

fevereiro de 2013, os resultados de um levantamento coordenado pelo Instituto do

Coração (Incor), no município de São Paulo, apontou que 66,3% dos entrevistados

estão acima do peso: 28,9% estão obesos — sendo 19% com obesidade grau 1 (forma

mais leve), 7,2% com grau 2, e 2,7% com o grau 3, conhecido como obesidade

mórbida — e 37,4% com sobrepeso. ―Muito Além do Peso‖, um documentário sobre

obesidade infantil lançado no final de 2012, revela que já há no Brasil uma geração de

crianças condenadas a morrer cedo ou ter problemas de saúde em função de maus

hábitos alimentares. O filme afirma que 56% dos bebês brasileiros com menos de um

ano de idade tomam refrigerantes. Um terço das crianças brasileiras está acima do

peso ou obesa: 33% têm obesidade, sendo que quatro de cada cinco delas deverão

manter-se nessa condição até o fim da vida.26

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10

Estudo mostra que o excesso de peso em crianças e adolescentes no Brasil

aumentou 240% nas últimas duas décadas decorrente das modificações nos hábitos

alimentares e no estilo de vida.19

Outro afirma que 16% dos brasileiros apresentam

algum grau de obesidade e que um terço da população em geral tem peso acima do

que é considerado saudável, ou de outra forma, somando quatro brasileiros acima do

peso de cada dez.27

Estes dados indicam que em 2025, o Brasil será o 5º país com

problemas de obesidade.28

Figura 1 – Mais brasileiros obesos. Fonte: Brasil (2013)

26

2.1.2 Definição e diagnóstico

Para se identificar a presença de sobrepeso ou obesidade, a utilização do

método de avaliação do IMC tem recebido forte aceitação na comunidade cientifica

comprometida com o estudo deste tema, devido a sua fácil aplicação e relação

estatística com a gordura corporal total em populações jovens.

No entanto, o uso de uma ampla variedade de conceitos para definir obesidade

infantil tem dificultado a comparação entre dados de diferentes países não permitindo

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11

assim, coerência no entendimento da exata proporção em que a obesidade se

desenvolve nas populações jovens dos diversos países. Na tentativa de superar esta

barreira, Cole e colaboradores, baseados em valores aceitos internacionalmente para

adultos, elaboraram pontos de corte para identificação de sobrepeso e obesidade em

crianças e adolescentes. Para a construção dessa proposta, foram utilizados dados de

IMC de amostras representativas de crianças e adolescentes de seis diferentes países,

incluindo o Brasil.29

Os valores propostos são recomendados por reconhecidas

instituições que se dedicam ao estudo da obesidade, como é o caso da International

Obesity Task Force (IOTF) e a World Health Organization (WHO) para avaliação do

estado nutricional de crianças e adolescentes30

, sendo amplamente utilizado em

estudos epidemiológicos para o diagnóstico de magreza, sobrepeso e obesidade tanto

em adultos como em crianças.31

Os métodos antropométricos são de fácil manuseio, não invasivos, econômicos

e indicados para a prática diária. Para os adolescentes, o uso do IMC tem sido

validado em muitos estudos, apresentando alta especificidade para diagnóstico da

obesidade.32

De acordo com o Antropometric Standardization Reference Manual33

, o IMC é

obtido pelo quociente MC/EST², sendo MC, a massa corporal expressa em

quilogramas (kg) e EST, a estatura em metros (m). Nos adultos existem valores fixos

para rotular o estado nutricional do indivíduo (Tabela 1).6

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12

Tabela 1 - Classificação do adulto a partir de valores do IMC

Classificação IMC

Magreza <18,5kg/m2

Normal (Eutrófico) 18,5 ≥ 24,9 kg/m2

Sobrepeso 25 ≥ 29,9 kg/m2

Obesidade ≥ 30kg/m2

Fonte: WHO (2004)6

Nas crianças e adolescentes, a classificação do IMC segue as curvas de

crescimento, e os valores são expostos em escore-z e em percentil da mediana da

amostra de referência. A classificação de percentil conforme sexo e idade, até 2007,

era normal (eutrófico): entre o percentil 5 e 85; magreza: abaixo do percentil 5;

sobrepeso era aplicado para crianças ou adolescentes cujo IMC estava entre o

percentil 85 e 95 enquanto o termo obesidade era aplicado quando o IMC excedia o

percentil 95 nos gráficos de crescimento do Centro de Controle de Doenças nos

Estados Unidos (CDC) para crianças da mesma idade e sexo.34

No entanto, em 2007 a

OMS atualizou os dados do National Center for Health Statistics (NCHS) de 1977,

com base na população norte-americana de 5 a 19 anos com nova proposta para o

ponto de corte da obesidade e apresentou novas curvas de IMC por idade. De acordo

com esta proposta a tabela do estado nutricional de crianças e adolescentes com

obesidade seriam caracterizadas pelo IMC acima do percentil 97.35

A tabela 2 mostra

esta nova classificação.31,36,37

Page 23: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

13

Tabela 2 - Classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes (5 a 19

anos), a partir de valores do percentil por idade.

Classificação IMC

Magreza Abaixo de 3º

Normal (Eutrófico) Entre 3º e 85º

Sobrepeso Entre 85º e 97º

Obesidade Acima de 97º

Fonte: Dumith e Farias (2010)31

; Brasil (2007)36

; WHO (2013)37

A terminologia excesso de peso, no Brasil, agrega os conceitos de sobrepeso e

obesidade. A obesidade é reconhecida como o acúmulo excessivo de gordura no

organismo, acima de limites arbitrariamente estabelecidos como normais e que

frequentemente resulta em prejuízo para a saúde atual e futura do indivíduo. Alguns

autores fazem distinção entre a obesidade e o sobrepeso afirmando que a primeira é

definida como um excesso de gordura corporal relacionado à massa magra, e o

segundo como uma proporção relativa de peso maior que a desejável para a altura

causando prejuízo para a saúde.38 Existem classificações quanto a distribuição de

gordura: andróide ou obesidade central (forma de maçã), que é o acúmulo de gordura

na região do tronco; a ginóide ou obesidade periférica (forma de pêra), que o acúmulo

de gordura abaixo da cintura, na região glúteo-femural. A obesidade central ou

abdominal é mais frequente em homens e a obesidade ginóide ou femural em

mulheres.39,40

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14

2.1.3. Causas e fatores associados à obesidade

O aumento do peso corporal e o excesso de adiposidade compreendem um

fenômeno complexo com múltiplos fatores em interação.41

Estes são classificados em

genéticos e ambientais onde os primeiros exercem papel fundamental na etiologia da

obesidade, enquanto os últimos seriam os agravantes. Um estudo concluiu que a

prevalência observada nos últimos 20 anos pode ser explicada por fatores ambientais,

já que não foram demonstradas alterações metabólicas significativas que apontassem

para distúrbio biológico.39

A fisiopatologia da obesidade não está esclarecida e os últimos avanços vêm

ocorrendo no campo da biologia molecular.31

Acredita-se que a obesidade é um

acúmulo excessivo de gorduras nos depósitos do tecido adiposo do organismo, quer

seja por um aumento do número de adipócitos ou por um aumento do seu tamanho, o

que corresponde a um excesso de peso corporal. Há três períodos do desenvolvimento

humano em que este aumento se verifica de maneira fisiológica: último trimestre de

vida intra-uterina, primeiro ano de vida e início da adolescência. Estes períodos se

constituem épocas críticas para o estabelecimento da obesidade.2

Estudos realizados em gêmeos mono e dizigóticos têm permitido uma

separação entre os fatores genéticos e os ambientais. A separação entre obesidade

endógena (provocada por síndromes somáticas dismórficas, lesões do sistema nervoso

central, endocrinopatias) da exógena (ingestão excessiva em relação ao consumo

energético do indivíduo) é fundamental, já que as causas endógenas devem ser

tratadas no sentido da correção do distúrbio de base, com a normalização dos índices

ponderais.42

A obesidade endógena tem causas endócrinas e genéticas. A influência

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15

genética na obesidade decorre de uma desordem poligênica em que vários genes

atuam simultaneamente promovendo uma disposição individual para o excesso de

adiposidade existindo uma grande variabilidade biológica entre os indivíduos em

relação ao armazenamento do excesso de energia ingerida.41

A regulação da ingestão alimentar é bastante complexa e se deve a uma série

de hormônios, neurotransmissores e neuromoduladores de ação central envolvidos

nesse processo.42

Nos últimos anos, a ciência ―redescobriu‖ o tecido adiposo, como o

mais versátil tecido endócrino já conhecido capaz de secretar várias moléculas com

potenciais funções regulatórias.43

Dentre as diversas substâncias sintetizadas pelo

adipócito, destacam-se a adiponectina, a angiotensina e a leptina. A leptina (do grego

leptos = magro) desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no

gasto energético. Os indivíduos obesos apresentam elevados níveis plasmáticos de

leptina em comparação com aqueles encontrados nos magros.44

A hiperleptinemia é

atribuída a alterações no receptor de leptina ou a uma deficiência em seu sistema de

transporte, fenômeno denominado resistência à leptina. Assim, a leptina, inicialmente

tida como a solução para a obesidade, acaba não apresentando os efeitos esperados.

Um hormônio relacionado ao metabolismo é a grelina, produzido nas células

do estômago, e está diretamente envolvida na regulação do balanço energético em

curto prazo. Esse hormônio parece estar envolvido no estímulo para iniciar uma

refeição. Os níveis de grelina são influenciados por mudanças agudas e crônicas no

estado nutricional, encontrando-se elevados em estados de hipoglicemia, durante

jejum prolongado, ou em estado de anorexia nervosa e reduzidos na obesidade, tendo

sua concentração diminuída após a refeição ou administração intravenosa de glicose.44

As causas endócrinas prendem-se essencialmente em situações de hipotireoidismo e

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16

hipercortisolismo (síndrome de Cushing). Outras causas têm sido apontadas como

possíveis responsáveis no desenvolvimento da obesidade conforme demonstrado na

Tabela 3.45

Tabela 3 – Causas da Obesidade Infantil e Juvenil

Causas Patologias

Genéticas

Desordens monogênicas

›› Mutação no receptor Melanocortina-4

›› Deficiência de leptina

›› Mutação em Propiomelanocortina

Síndromes

›› Prader-Willi

›› Bardet-Biedl

›› Cohern

›› Alstrom

›› Frohlich

Neurológicas

Lesão cerebral

Tumor cerebral

Consequências de irradiação craniana

Inflamação hipotalâmica

Endócrinas

Hipotireoidismo

Síndrome de Cushing

Deficiência de hormônio de crescimento

Pseudohipoparatiroidismo

Psicológicas Depressão

Distúrbios alimentares

Consumo de fármacos

Antidepressivos tricíclicos

Contraceptivos orais

Antipsicóticos

Anticonvulsivos

Glicocorticoides

Fonte: Jouret e Tauber (2001)45

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17

Apenas uma pequena porcentagem de obesidade em crianças e adolescentes

esta associada a alterações genéticas ou hormonais. Estima-se que apenas 1 a 5% dos

casos de obesidade sejam motivados por causas endógenas, sendo o restante motivado

por causas exógenas.18,45

Apesar da influência do componente biológico no desenvolvimento da

obesidade, a prevalência observada nos últimos anos é por fatores ambientais32,38,39

como dietas hipercalóricas, atividade física reduzida, tabaco e a ingestão de álcool. É

possível que pressões sociais e culturais e a opinião pública sejam possíveis preditores

deste fenômeno, pois a mesma sociedade que trouxe progresso à vida dos seres

humanos, também trouxe uma reformulação das condições e hábitos no estilo de vida

pessoal, familiar, social, profissional; nas condições de moradia, na alimentação,

industrialização e urbanização. É importante relevar os fatores socioculturais na

compreensão dos estudos da prevalência da obesidade em diferentes culturas.46

Sedentarismo e hábitos alimentares inadequados aliados a determinantes

genéticos endócrinos e metabólicos desempenham papel relevante na patogênese

desta doença47

exigindo uma abordagem de tratamento multidisciplinar.48

O nível de

escolaridade e a renda, por exemplo, têm sido identificados como variáveis que

interferem na forma como a população escolhem seus alimentos, na interpretação das

informações sobre cuidados para a saúde, podendo, portanto, influenciar na magnitude

da prevalência do sobrepeso e da obesidade.49

No Brasil, tem diminuído a associação

positiva entre a obesidade e o nível socioeconômico.50

As escolhas alimentares são

determinadas por influências econômicas, sociais e culturais, familiares, psicológicos

e emocionais, e pelo prazer associado a estes ou aqueles paladares. Na grande parte

dos casos as nossas preferências são adquiridas.51

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18

Evidências sugerem que entre os principais fatores ambientais que têm

contribuído para o aumento do sobrepeso entre crianças e adolescentes, está o número

de horas em frente à televisão, o uso de jogos eletrônicos e computadores17,52,53

, a

redução dos espaços públicos apropriados para a prática de atividades físicas e

recreativas, o aumento da violência que estimula a manter as crianças em casa para

sua segurança e a utilização de veículos automotivos.54

Considera-se, também, como outra evidência paralela, a suspensão ou a

restrição do aleitamento materno, o uso de alimentos formulados na alimentação

infantil, a substituição dos alimentos domésticos pelos industrializados, além de dietas

hipercalóricas e com alto teor de gorduras, principalmente saturadas. A presença

feminina no mercado de trabalho talvez tenha contribuído para as modificações no

preparo de alimentos no ambiente domiciliar, no perfil de compra dos alimentos e no

consumo de refeições fora do domicílio.24,55

As inúmeras tarefas que as pessoas se comprometem para a busca de

reconhecimento social e garantia do bem estar, em um tempo em que a urgência e a

rapidez estão presentes, não propiciam o momento do café da manhã ou da refeição

mais elaborada sendo esta substituída pelo fast food.56,57

Um estudo realizado em dois

municípios da Região Sul do Brasil, verificou que a omissão do café da manhã e a

baixa frequência do consumo de leite se constituíram em práticas específicas signifi-

cativamente associadas à obesidade.56

Outro aspecto relevante está na mídia que

estimula o consumo e confunde o comportamento nutricional das pessoas e, em

especial, dos adolescentes, aumentando o consumo de ácidos graxos saturados,

açucares e refrigerantes e a perda ou a diminuição do consumo de carboidratos

complexos, frutas e hortaliças principalmente em regiões metropolitanas.52

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19

Questiona-se o quanto a ―cultura‖ e o contexto ―social‖ se revelou de forma a

se impor, afetando a sensibilidade do indivíduo na regulação biológica e instintiva das

suas necessidades nutricionais. Outros autores consideram a obesidade como uma

doença de dependência e descontrole; de ingestão excessiva de alimentos, tendo como

consequência os riscos sociais e psicológicos. O sujeito obeso não o é por opção,

apesar de fazer-se muito presente o fator prazer no ato de comer, mas o resultado

desse estado se reverte em novas formas de sofrimento e ansiedade.10

Cataneo menciona Kahtalian (1992) quando refere que é necessário

compreender a fome em seu aspecto psicossocial, sendo esta, juntamente com a sede,

as duas forças motivadoras conhecidas mais prazerosas.58

O comportamento alimentar

é complexo e transcende a ingestão de alimentos; compreende a fome e o apetite. A

fome obedece a uma necessidade fisiológica e o apetite está ligado ao psíquico, é

regido pelo prazer.59

Logo, os aspectos psicológicos devem ser considerados, pois a

obesidade está relacionada à ansiedade, ao controle, a percepção de si e ao

desenvolvimento emocional de crianças e de adolescentes.

Em termos psicológicos, o ato de comer, para os obesos, é tido como

tranquilizador, como uma forma de localizar a ansiedade e a angústia no corpo, sendo

apresentadas dificuldades de lidar com a frustração e com os limites.58,60

Estudos que

busquem entender as características psicológicas ligadas à obesidade são relevantes.

A literatura aponta o papel da família como o mais importante fator de

correlação com a obesidade, identificando-se no tipo de configuração familiar (filho

único/adotado, famílias monoparentais, famílias numerosas), na dinâmica familiar ou

suas alterações na educação e hábitos de alimentação adotados.57,61-63

O modelo de

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20

comportamento familiar que tende à inatividade física e inadequação da dieta familiar

é fator que pode levar à obesidade precoce.64

A família é o grupo social básico do indivíduo, determinante do seu

desenvolvimento, sendo considerada tanto um fator de risco como de proteção aos

seus membros.65

Nos últimos anos tem-se assistido mudanças nas estruturas

familiares, nomeadamente no que se refere aos padrões de educação. A família é

influenciada por diversos fatores (condição econômica, social, política, cultural) que

afetam na educação oferecida aos filhos, observando-se o poder sobre a criança.66

As

alterações sofridas nas relações familiares desde meados do século passado, sejam

pelas diferentes configurações ou pelo impacto nas estruturas de funcionamento entre

os membros, em especial, entre pais e filhos, têm levado a investigações sobre

educação infantil e estilos parentais.67

A tarefa fundamental da família é proporcionar

o desenvolvimento físico e emocional, bem como a independência de seus membros.68

Outro aspecto importante a considerar no contexto das relações familiares e o

excesso de peso são as etapas de desenvolvimento que o indivíduo se encontra. A

infância e a adolescência constituem um período importante onde hábitos e

comportamentos estendem-se à fase adulta. A adolescência se situa entre a infância e

a idade adulta, compreendendo uma série de transformações biológicas, do psiquismo

e de inserção social. Estas transformações são singulares e peculiares de cada época,

de cada cultura e de cada família. A adolescência, neste sentido, teria início na

puberdade, com o surgimento das características sexuais secundárias, e terminaria

com o fim do crescimento. A OMS define adolescente como o indivíduo que se situa

na faixa etária entre 10 e 20 anos incompletos6 e o Estatuto da Criança e do

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21

Adolescente (ECA) considera a adolescência, o indivíduo que se encontra entre 12 e

18 anos.69

Trata-se de um tempo do ciclo vital marcado pela intensidade de sentimentos e

questionamentos, o qual se intersecciona com as modificações decorrentes da

puberdade.70

As modificações de ordem psicológica e emocional que ocorrem nesta

fase foram eram compreendidas como ―Síndrome da Adolescência Normal‖, tendo

como características: busca da identidade, variações do humor, a evolução da

sexualidade, a separação dos pais, a tendência grupal, a vivência temporal, o senso de

indestrutibilidade, o desenvolvimento do pensamento abstrato, a atitude de

reivindicação e manifestações contraditórias de conduta.

Em tempos de globalização e de benefícios tecnológicos, mas também da

existência de um cenário frágil devido à instabilidade, à cultura ao imediato e ao

esvaziamento de ideais compartilhados, são oferecidos ao adolescente modelos

imprecisos, que repercutem em seu processo identitário. A ausência de ritos de

passagem, aliada à complexidade psíquica desta etapa, dificultam na delimitação de

―critérios‖ que pontuam a progressão da adolescência para a adultez. Observa-se uma

redução do período historicamente caracterizado como infância e a expansão do

tempo da adolescência.70

Nesse sentido, a sociedade atual tem experienciado a falta de

critérios definidos que caracterizem as idades da vida, o que impede demarcações, em

termos de subjetividade, das etapas do ciclo vital e, nesse contexto, a família se

desorganiza, e a atenção aos cuidados fica comprometida, afetando na adolescência.71

A complexidade própria desta etapa encontra, no contexto contemporâneo, elementos

que demonstram fragilidade entre o que se evidencia como uma crise da adolescência

e o que se manifesta no campo da psicopatologia.

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22

Embora na adolescência se desenvolva o pensamento conceitual e abstrato e o

raciocínio hipotético, conceitos como tempo futuro e implicações do hoje no amanhã

são compreendidos pelos adolescentes de forma diferente a do adulto. Atitudes

tomadas hoje, para a prevenção de problemas futuros parecem ter menos importância;

a ideia de que ―é importante comer adequadamente hoje para ter boa saúde amanhã‖

é de difícil compreensão para os adolescentes. Diante disso, podem ocorrer

comportamentos inadequados de alimentação, pois acreditam ser a saúde inerente ao

seu próprio ser.

O crescimento relativamente estável da infância é alterado por um aumento em

sua velocidade na adolescência, que resulta em necessidades nutricionais especiais. É

neste período que ocorrem modificações nos hábitos alimentares em decorrência das

mudanças no estilo de vida, sendo que muitas vezes estas modificações não

contribuem para uma adequada ingestão de nutrientes. O excesso de peso na

adolescência contribui para o surgimento precoce de doenças crônicas e, como

agravante, o risco do adolescente tornar-se um adulto obeso.

É neste contexto que a família passa a ser a referência para o comportamento

alimentar das crianças e dos adolescentes. A seleção de alimentos é parte de um

sistema comportamental complexo entre os hábitos alimentares e têm suas bases na

infância e são transmitidos pela família. As experiências iniciais e a interação

contínua com o alimento determinam as preferências alimentares.35,72

Outras

influências incluem o preço do alimento e seu status, influências sociais, preparação e

estocagem do alimento, disponibilidade de tempo e conveniência, bem como as

preferências e intolerâncias pessoais.

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23

Quando a criança nasce em uma família obesa é singular a condição para ela

tornar-se obesa porque além da genética, esta criança cresce em um ambiente

propício73,74

, o que aponta a obesidade dos pais como importante fator de risco para a

obesidade dos filhos, principalmente em relação às mães.75

Os pais representam

modelos e promovem comportamentos que resultam num balanço energético positivo.

Estudos realizados em crianças obesas demonstram que em mais de 50% dos

casos, pelo menos um dos progenitores é obeso. O risco de obesidade na criança é

pequeno quando nenhum dos pais é obeso, mas é quatro vezes superior quando um

dos progenitores é obeso, aumentando o risco para oito quando ambos o são.76

2.1.4 Implicações para a saúde

O excesso de peso atinge todas as faixas etárias, especialmente as crianças e

adolescentes e desde 1980 é apontada como problema de saúde pública.6 Quanto

maior o tempo em que o indivíduo se mantém obeso, maior e mais precocemente

serão as chances de ocorrer determinadas complicações. Logo, obesidade na infância

e na adolescência é preditora de obesidade na vida adulta e é fator de risco

independente para aumento da morbidade e mortalidade em todo o ciclo de vida.3,20

As complicações psicossociais e orgânicas do excesso de peso geram perdas

importantes não só na qualidade como na quantidade de vida.77,78

Muitas doenças

manifestadas na fase adulta do indivíduo que estão associadas ao excesso de peso são

diagnosticadas frequentemente entre crianças e adolescentes, incluindo dislipidemia,

doenças cardiovasculares, complicações da doença do sono, acidente vascular

cerebral, certas formas de câncer e diabetes mellitus tipo II, aumento do colesterol,

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24

alterações dermatológicas e complicações das funções ortopédicas e respiratórias. A

obesidade associa-se a distúrbios endócrinos, sintomas e patologias psicológicas,

aumento do trabalho mecânico do coração dentre vários outros riscos6,77,79,80

inclusive,

verificando-se alterações metabólicas.81

A patogênese mais encontrada nas doenças cardiovasculares (DCV), por

exemplo, é a aterosclerose que se desenvolve na infância sendo observadas lesões

arteriais nas paredes vasculares de crianças obesas.82 Pesquisas revelam que o excesso

da gordura corporal é importante preditor no desenvolvimento de hipertensão arterial

sistêmica (HAS) na infância e adolescência.83

Crianças que apresentam circunferência

da cintura aumentada têm 2,8 vezes mais chances de ter níveis pressóricos elevados

do que as crianças com a medida da circunferência da cintura adequada.84

Dos fatores

de risco para cardiopatias, pelo menos um é desenvolvido em 60% das crianças

obesas e 20% delas desenvolvem dois fatores.20

A tabela 4 mostra um resumo das

complicações mais frequentes da obesidade.28

Tabela 4 - Resumo das complicações mais frequentes da obesidade

Complicações Alterações verificadas mais frequentemente

Psicossociais

− Alteração da qualidade de vida

− Discriminação

− Alteração da imagem e auto-estima

− Consequências dos regimes restritivos

Cardiovasculares

− Patologia coronária

− Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

− Acidente Vascular Cerebral (AVC)

− Trombose venosa profunda, embolia pulmonar

− Insuficiência cardíaca

− Insuficiência respiratória

− Disfunção vegetativa

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Tabela 4 - Resumo das complicações mais frequentes da obesidade (continuação)

Complicações Alterações verificadas mais frequentemente

Respiratórias

− Síndrome da apneia do sono

− Hipoventilação alveolar

− Hipertensão pulmonar

Osteoarticulares − Gonartrose, lombalgias

Digestivas

− Litíase biliar

− Esteatose hepática

− Refluxo gastroesofágico

Neoplasias

− Homem: próstata, colo-rectal, vias biliares

− Mulher: endométrio, vias biliares, colo uterino,

ovários

Metabólicas

− Insulino-resistência; diabetes tipo 2

− Dislipidemia

− Hiperuricemia, gota

Endócrinas

− Infertilidade − Hipogonadismo (no homem, obesidade

massiva)

− Alteração da hemostase: fibrinólise

Renais − Proteinúria

− Glomerulosclerose

Outras

− Hipersudação; linfedema; micose das pregas

− Edema dos membros inferiores

− Hipertensão intra-craniana

− Complicações obstétricas.

− Risco operatório

Fonte: Menegaz-Almeida e Santos (2007)28

Hábitos alimentares indesejáveis como o baixo consumo de frutas, legumes e

verduras, o aumento do consumo de alimentos reconhecidos como fast food e de

refrigerantes, porções super-dimensionados, pular refeições, maior incidência de

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26

comer fora de casa resultam em inadequado consumo de energia incluindo, a falta de

nutrientes essenciais, tais como cálcio, ferro, vitamina C, e a ingestão excessiva de

gordura, açúcar e sódio85

afetam na saúde pelo excesso de peso e por déficits no

desenvolvimento em geral.

Além disso, crianças e adolescentes com excesso de peso enfrentam a

estigmatização social que pode levar à uma imagem negativa do corpo, e distúrbios

alimentares e desenvolvimento psicológico anormal.86

Estudo com crianças verificou que 76,8% apresentavam razões emocionais

importantes, associadas ao surgimento e à evolução da obesidade18

e se revelaram

mais regredidas e infantilizadas; tendo dificuldades de lidar com suas experiências, de

adiar satisfações e obter prazer nas relações sociais; de lidar com a sexualidade, além

de uma baixa autoestima e dependência materna. Foram identificadas características

psicológicas em adultos obesos por hiperfagia definidas como passividade e

submissão, preocupação excessiva com comida, ingestão compulsiva de alimentos e

drogas, dependência e infantilização, não aceitação do esquema corporal, temor de

não ser aceito ou amado, dificuldades de adaptação social e para absorver frustração,

bloqueio da agressividade, desamparo, insegurança, intolerância e culpa.17

Por isso, a

adolescência é entendida como período de grande risco ao excesso de peso, sendo

considerada como crítico ao seu desenvolvimento.87

Diversos segmentos da sociedade recebem o impacto por estas doenças; o

custo financeiro que a obesidade e suas consequências representam para o sistema de

saúde e para a sociedade é elevado. Os custos diretos com hospitalizações no Brasil

indicam que os percentuais despendidos são similares aos de países desenvolvidos88

que está estimado entre de 2% a 8% do gasto total com a saúde. No Brasil, em 2003,

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27

durante o primeiro levantamento sobre os custos da obesidade, mais de um bilhão são

gastos a cada ano com internações hospitalares, consultas médicas e remédios para o

tratamento do excesso de peso e das doenças associadas. Apenas o Sistema Único de

Saúde (SUS) destina o equivalente a 12% do que o governo brasileiro despende

anualmente com todas as outras doenças.89

Por isto que é tão importante identificar e

entender as causas da obesidade.

2.2 ESTILOS PARENTAIS

2.2.1 Família e estilos parentais

A família como grupo social atende a três funções básicas: biológico e

educativo, o econômico, o cultural e o espiritual e são estas funções que determinam o

funcionamento da família, ou seja, a família ser capaz de atender às necessidades

materiais básicas e espirituais de seus membros, agindo como um sistema de apoio. A

concepção de família hoje, do ponto de vista do desenvolvimento das interações e

relações familiares é sistêmica. A necessidade de se adotar uma perspectiva sistêmica

para compreender a família começou a ser amplamente difundida em meados de 1980

e implica em considerar que o sistema familiar é composto por vários subsistemas

(mãe-criança, pai-criança, irmão-irmão) e integrados também, a um sistema maior que

é a sociedade; que as relações desenvolvidas entre eles são únicas, que são

interdependentes e que as transições no desenvolvimento de qualquer membro da

família constituem desafio para o sistema inteiro.

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28

A ligação entre os membros da família é tão estreita que a modificação em um

provoca alterações nos outros e, consequentemente, em toda a família. Por exemplo: a

doença de um familiar altera a vida das outras pessoas da família que têm de mudar a

sua vida para cuidar de um parente doente.

Conceber a família como sistema implica que esta é uma união e a

integralidade, portanto, não pode reduzir-se à soma das características dos seus

membros. A família, assim, não pode ser vista como uma soma de indivíduos, mas

como um conjunto de interações. Esta concepção da família como um sistema

contribui muito em relação à causa de problemas familiares, que têm sido

tradicionalmente visto em uma abordagem linear (causa e efeito), que pode ser

considerada limitada, porque em uma família não existem os algozes ou as vítimas,

culpados e inocentes. Os problemas e os sintomas são devidos precisamente a

deficiências na interação da família, em sistemas familiares disfuncionais. Assim,

funcionamento familiar não pode ser visto como linear, mas circular, isto é, o que faz

pode se tornar efeito ou consequência e vice-versa. A abordagem sistêmica nos

permite substituir a análise de causa e efeito através da análise de padrões de interação

familiar e regras recíprocas, que é o que nos permitirá chegar ao centro de conflito

familiar e, portanto, as causas da disfunção familiar.

Sempre que um sintoma aparece ou uma doença crônica se estabelece, como a

obesidade em uma criança ou adolescente, pode-se entender como um indicador de

disfunção familiar; e o paciente deve ser visto não como um problema, mas como

portador de problemas familiares.

Estudos têm dedicado atenção às formas como os pais se relacionam com seus

filhos principalmente nos aspectos ligados as questões de poder, hierarquia e apoio

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29

emocional, demonstrando a significativa influência no desenvolvimento psicossocial

de crianças e adolescentes, tais como ajustamento social, psicopatologias e

desempenho escolar. Tais estudos têm sido desenvolvidos por meio dos estilos

parentais que tiveram o seu início marcado com os estudos de Diana Baumrind.90-94

A educação caracteriza-se por atividade complexa que inclui muitos

comportamentos específicos que operam individualmente e, em conjunto, para

influenciar no comportamento dos filhos, embora estes comportamentos parentais, tais

como surras ou gritos, têm influência. Analisá-los de forma isolada pode resultar em

compreensões enganosas, sendo mais importante para a previsão de bem-estar infantil

reconhecer o padrão geral da parentalidade. A maioria dos pesquisadores que tentam

descrever a relação pais e filhos de forma mais ampla confiam no conceito proposto

por Baumrind de estilo parental. O construto de estilo parental é usado para capturar

variações normais das tentativas dos pais de controlar e socializar seus filhos.95

Dois pontos são fundamentais para compreender este construto. Primeiro, o

estilo parental serve para descrever variações normais de educação parental; a

tipologia dos estilos parentais desenvolvida por Baumrind não deve ser entendida de

modo a incluir parentalidade desviante, como pode ser observado em lares abusivos

ou negligentes. Segundo, a educação parental normal gira em torno de questões de

controle. Embora os pais possam diferir na forma como eles tentam controlar ou

socializar seus filhos e até que ponto eles fazem isso, supõe-se que o papel primordial

de todos os pais é influenciar, ensinar e controlar os filhos.

Sua abordagem baseou-se na tipologia sociológica das lideranças de grupo que

estabelece três tipos principais - democrática, autoritária e laissez-faire – e suas

consequências sobre o desenvolvimento dos grupos. Assim, a descrição das práticas

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30

parentais em termos de padrões globais e estáveis de comportamento foi feita

tomando os pais como tipos especiais de liderança.96

Os estilos parentais podem ser entendidos como um conjunto de atitudes dos

pais para com os filhos, que define o clima emocional em que se expressam as várias

práticas parentais e englobam três componentes: a relação emocional entre os pais e a

criança, as práticas e comportamentos parentais e os seus sistemas de crenças.14

Portanto, os estilos parentais constituem uma forma de perceber como é que os pais

interagem e influenciam no desenvolvimento de seus filhos.

Os estudos pioneiros de Baumrind indicaram inicialmente, três estilos

parentais (permissivo, autoritário e autoritativo) baseados no controle por parte dos

pais. O primeiro – permissivo – corresponderia às relações entre pais e filhos, os quais

aqueles cobram poucas responsabilidades da criança, permitindo que ela se auto-

regule. Pais permissivos evitam exercer controle sobre os filhos, não representando

um agente ativo na modificação de comportamento dos mesmos94

; buscam apresentar-

se diante dos filhos de maneira receptiva aos seus desejos, como um recurso na

satisfação de suas vontades e não como um modelo.94

O segundo – autoritário – é composto de pais que visam controlar e avaliar o

comportamento dos filhos através de padrões, em geral, absolutos, no sentido de

manter e respeitar as tradições. Há restrições da autonomia da criança e o ponto de

vista dela não é considerado. A relação é unilateral limitando a capacidade dos filhos

de auto-regulação uma vez que não possibilitam que os filhos tenham uma criticidade

sobre as situações e os sentimentos vivenciados e, tampouco, promovam uma reflexão

de possível necessidade de modificação dos comportamentos considerados

socialmente inaceitáveis. Não encorajam o diálogo. Filhos criados em um regime

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31

autoritário, geralmente apresentam bom desempenho escolar e baixo índice de

indisciplina, porém podem manifestar baixa auto-estima e auto-eficácia.97

O estilo autoritativo* é encontrado nos que procuram direcionar as atividades

das crianças, avaliando o ponto de vista dela. Há utilização, principalmente, de

reforço positivo e regras claras e consistentes; o controle é firme, mas de forma

racional. Há um encorajamento da autonomia e da liberdade; os pais reconhecem os

interesses dos filhos e suas competências; há um respeito à individualidade dos

membros da família e abertura ao diálogo. O estilo autoritativo se tornou um modelo

de referência para a criação dos filhos, pelos efeitos benéficos constatados em muitos

estudos.98-100

Por ser de difícil tradução para a língua portuguesa, alguns

pesquisadores mantiveram o termo authoritative como autoritativo101

e, outros,

traduziram como democrático102

, democrático-recíproco103

ou autorizante.104

Em

nosso estudo manteremos o termo autoritativo.

No século XIX, o campo da socialização era polarizado entre o padrão

hierárquico e o coercitivo, mediado por orientações médicas garantindo as

necessidades de sobrevivência da criança. O valor da obediência era fundamental no

processo de socialização. Ao longo do século XX, as necessidades emocionais foram

sendo foco na educação uma vez que estudos da época entendiam que a restrição e

coerção levava a ansiedade infantil. A proposta de Baumrind considera paralelamente

os aspectos emocionais e comportamentais da conduta parental.98

Acredita-se que esta

revisão conceitual foi motivada pelas mudanças sociais ocorridas na época e que

*A terminologia autoritativo é um neologismo criado na tentativa de se encontrar uma tradução para o

termo original autorithative. Embora não conste nos dicionários brasileiros, o termo é bastante

utilizado. Na definição do Webster (1997) ―authoritarian‖ aparece como ―autoridade absoluta,

exigente de obediência‖ enquanto que ―authoritative‖ aparece como ―autoridade com valores

intrínsecos que se faz por merecer‖.

Page 42: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

32

foram fundamentais nas transformações da família: a globalização permitindo maior

acesso a informações e ao conhecimento incrementando maior capacidade crítica nas

relações interpessoais, as mulheres começaram a se inserir no mercado de trabalho

conciliando as atividades domésticas com as profissionais, a busca pela igualdade

social, separações e divórcios dos pais demandando novas configurações na família e

consequentemente nas interações pais-filhos.

Maccoby e Martin105

, a partir da tipologia proposta por Baumrind90

sugeriram

a existência de duas dimensões nas práticas educativas parentais: uma relacionada a

atitudes coercitivas e outra ligada a atitudes afetivas denominadas de exigência

(demandingness) e responsividade (responsiveness), respectivamente. A exigência

inclui todas as atitudes dos pais para controlar o comportamento dos filhos, impondo-

lhes limites e estabelecendo regras e a responsividade refere-se às atitudes

compreensivas e ao afeto transmitido aos filhos em resposta às suas necessidades de

modo consistente e promotor de segurança106

e que visam, através do apoio emocional

e da comunicação estimular o desenvolvimento da autonomia e da auto-afirmação das

crianças e jovens.101

A partir dessas duas dimensões, os estilos parentais se definem em quatro

posições: pais com níveis elevados de responsividade e exigência são os autoritativos;

os que apresentam baixos índices de responsividade e exigência são tidos como

negligentes. Pais muito responsivos, mas pouco exigentes são os indulgentes,

enquanto os muito exigentes e pouco responsivos são tidos como autoritários.105

A principal distinção entre o modelo de Maccoby e Martin para o de Baumrind

é o desmembramento do padrão permissivo em indulgente e negligente. A mudança

está na diferenciação entre pais negligentes daqueles que tinham uma ideologia mais

Page 43: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

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liberal e não restritiva (indulgentes). Os pais caracterizados como indulgentes

apresentam um alto índice de responsividade, mas um baixo nível de exigência. São

tolerantes e compreensivos e os filhos apresentam um elevada auto-estima e

segurança. Porém, em virtude do baixo monitoramento parental, os filhos apresentam

uma frequência elevada de problemas de externalização como hiperatividade,

comportamento agressivo, ingestão de substâncias ilícitas, delinquência.99

O estilo

indulgente é semelhante ao estilo permissivo de Baumrind92,107

, caracterizando-se por

altos níveis de afeto e tolerância e poucas ações restritivas e de controle do filho.

Pais negligentes também apresentam baixo nível de controle e exigência para

com os filhos, mas, contrariamente ao indulgente, não dão assistência emocional aos

seus filhos; são pais pouco envolvidos e pouco interessados nas atividades dos filhos e

em seus sentimentos. São tidos como fracos no seu papel socializador; geralmente

estão centrados em si mesmos e são indisponíveis; o que leva aos filhos a terem auto-

estima baixa, depressão, somatizações e ansiedade.

A tabela 515

, com base nas duas dimensões da tipologia dos estilos parentais

descritas por Maccoby e Martin105

facilita a compreensão da classificação dos estilos

parentais:

Tabela 5 - Classificação dos estilos parentais com base nas dimensões exigência e

responsividade

Responsividade

Exigência Alta Baixa

Alta Autoritativo Autoritário

Baixa Indulgente Negligente

Fonte: Sleddens et al. (2011)15

Page 44: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

34

Alguns estudos referem que, além das diferenças na capacidade de

responsividade e exigência, os estilos parentais também diferem na medida em que

eles são caracterizados por uma terceira dimensão: controle psicológico. O controle

psicológico refere-se as tentativas de influenciar e controlar o desenvolvimento

psicológico e emocional da criança através do uso de práticas como a indução de

culpa, a retirada de amor, ou vergonha. Uma diferença chave entre uma educação

autoritária e autoritativa é na dimensão do controle psicológico. Ambos estilos

colocam exigências de qualidade e esperam que seus filhos se comportem de forma

adequada e obedeçam às regras dos pais. Os pais autoritários, no entanto, também

esperam que seus filhos aceitem seus julgamentos, valores e objetivos, sem

questionar. Em contrapartida, os pais autoritativos são mais abertos a trocas com seus

filhos e fazem um maior uso de explicações.108

Steinberg e cols. (1991)100

elaboraram escalas que mediam estas duas

dimensões separadamente. A escala de responsividade mede o quanto o adolescente

percebe seus pais como amorosos, responsivos e envolvidos. A escala de exigência

mede o quanto os pais monitoram e supervisionam o adolescente. A combinação das

dimensões permite classificar o estilo parental dos pais. Estas duas escalas foram

traduzidas para o português e validadas no Brasil por Costa, Teixeira e Gomes

(2000)101

e em 2004, Teixeira, Bardagi e Gomes propuseram um refinamento desta

escala.96

Como já referenciado, as relações entre pais e filhos vêm se modificando em

decorrência das transformações pelas quais a família vem passando – caracteriza-se

por um processo dinâmico que é influenciado pelo ambiente. Tais transformações

justificam a necessidade de estudos constantes na busca para compreender sobre o

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35

papel dos pais na educação e desenvolvimento de seus filhos, na formação de hábitos

e atitudes e em sua percepção de mundo.

Os pais procuram atender ou adaptarem-se as diversas demandas sociais em

prol do que creem proporcionar uma educação saudável. As relações humanas são

complexas, pois envolvem todos os atores do processo e suas percepções bem como o

contexto e a própria expressão da comunicação. Há dificuldades dos pais e dos filhos

na compreensão do estabelecimento de limites sem comprometimento da

manifestação de afeto. Em consequência, os níveis de tolerância à frustração de

ambos – pais e filhos - são fundamentais à educação. Em um estudo dos estilos

educativos adotados pelos pais comparando as percepções dos pais e seus filhos, foi

possível constatar uma tendência dos pais se perceberem como mais exigentes ou

mais responsivos do que os filhos os percebem.109

Os estilos parentais e seus reflexos no desenvolvimento dos filhos são

importantes preditores para o ajustamento infantil. Uma revisão sistemática constatou

significativa associação entre o consumo de álcool e drogas na adolescência com os

estilos parentais, indicando a necessidade de se investigar no Brasil sobre esta

relação.110

Os estudos no Brasil vêm sendo realizados buscando compreender a

influência dos estilos parentais em diversos aspectos do desenvolvimento e suas

repercussões na adolescência.111-118

Estudo foi conduzido para examinar comportamentos dos pais e o impacto

destes para a obesidade infantil119

e pode-se hipotetizar sobre a existência de

associações entre os diferentes estilos parentais de educação que refletem no estilo de

vida e nos hábitos alimentares. Neste sentido, os questionamentos de que a forma

como os filhos percebem o tipo de interação com seus pais pode ser influenciador no

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36

estado nutricional deles ou que o excesso de peso nos adolescentes pode estar

relacionado com a forma como os mesmos lidam com as dimensões entre exigência e

responsividade percebida na assistência recebida de seus pais são relevantes.

Hughes e colegas120

, foram pioneiros a tentarem conceituar os estilos parentais

no contexto da alimentação. Eles mantiveram o foco nas dimensões exigência e

responsividade para descrever uma tipologia de alimentação semelhante a dos estilos

parentais gerais. A exigência refere-se a quanto o pai incentiva o comer e a

responsividade refere-se a como os pais encorajam seus filhos para a alimentação, ou

seja, de uma maneira responsiva ou não. Igualmente, são atribuídos os quatro estilos

parentais de alimentação com base nestas duas dimensões. Pais autoritários encorajam

os filhos a comer usando comportamentos altamente diretivos (ex: obrigando,

impondo, usando recompensas e punições). Estes pais são extremamente exigentes em

suas práticas de alimentação, com baixa capacidade de atendimento as necessidades

dos seus filhos. Pais com estilo autoritativo incentivam o comer saudável usando

predominantemente comportamentos não-diretivos e de apoio (ou seja, dialogando,

elogiando, e permitindo escolha adequada de alimentos). Estes pais também são

exigentes e encorajam ativamente seus filhos para comer, mas fazem-no de uma

forma sensível. No tipo indulgente, os pais fazem algumas exigências sobre os seus

filhos para comer, mas as exigências que fazem não são diretas e geralmente apoiam

os filhos em suas escolhas. Pais negligentes também atendem algumas demandas de

seus filhos para comer, mas os poucos pedidos que eles fazem, não são apoiados.

As crianças exercem pouco controle sobre o seu ambiente, assim como quanto

à disponibilidade de alimentos de seus lares. Elas podem sofrer forte influência de

seus pais e familiares no hábito alimentar e na prática de atividade física.39,46,57

A

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37

dificuldade em estabelecer o controle de saciedade também é fator de risco para

desenvolver obesidade, tanto na infância como na vida adulta. As atitudes dos pais e

responsáveis, no caso da infância, para obrigar a consumir toda a quantidade de

alimentos que lhe é servida, pode alterar a percepção de saciedade.121

A família retrata o primeiro contexto de socialização e os alimentos são

considerados fundamentais símbolos de união, configurando a cultura alimentar, na

qual a criança é iniciada durante ou após o desmame122

e as normas propostas são

consideradas fortes guias de conduta mesmo na fase adolescente que é característico a

busca de autonomia tanto das regras familiares quanto da sociedade.123

Neste sentido,

é possível que o excesso de peso nos adolescentes possa estar relacionado com a

forma como os mesmos percebem as dimensões entre exigência e responsividade no

cuidado recebido de seus pais. Um estudo aponta a importância da autoridade, do

apoio e carinho parental no controle de ingestão de calorias por parte dos

adolescentes.124

Na busca de estudos associando estilos parentais com estado nutricional há

poucos realizados no Brasil.20

A maioria dos estudos associa o excesso de peso com

as práticas parentais125,126

e, recentemente, estudos internacionais têm associado os

estilos com as práticas.12,15,124,127

Ainda, a maioria dos estudos tem buscado esta

relação a partir da percepção dos pais de crianças; de como eles, os pais, se percebem

na relação com seus filhos. Como seria se a investigação se dirigisse à percepção dos

filhos? O estilo parental internalizado pela criança, agora adolescente, pode ser

determinante em suas ações e sua forma de conduzir-se no mundo principalmente no

seu auto-cuidado e, em especial quando relacionado à sua alimentação.

Page 48: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

38

2.2.2 Escalas de exigência e responsividade

As escalas de exigência e responsividade foram elaboradas e utilizadas por

Lamborn e colaboradores (1991)128

em uma pesquisa que investigou a relação entre

estilos parentais e padrões de competência e ajustamento na adolescência. Estas

escalas são instrumentos, originalmente, com oito e dez itens (para exigência e

responsividade, respectivamente), nos quais os adolescentes avaliam atitudes e

práticas de seus pais para consigo relacionadas às referidas dimensões. Os itens

escolhidos para compor as escalas do estudo norte-americano foram selecionados de

diversas pesquisas que investigaram dimensões de práticas parentais.

No instrumento original, os itens apresentam opções de resposta diferenciadas

(escalas dicotômicas ou Likert de 3, 4 e 7 pontos), sendo que para o cômputo total dos

índices de exigência e responsividade os escores dos itens são ajustados a fim de que

todos contribuam com igual peso para o escore total. Cada adolescente avalia pai e

mãe separadamente. Nenhuma das escalas apresenta itens com sentido oposto ao que

pretende ser avaliado.

Para a primeira versão brasileira, validada por Costa, Teixeira e Gomes

(2000)101

, das escalas de exigência e responsividade, o instrumento apresentava seis e

dez itens, respectivamente, todos avaliados através de um sistema Likert de 3 pontos,

sendo o escore total obtido somando-se os pontos dos itens de cada escala. Cada item

era respondido levando-se em consideração as atitudes de pais e mães separadamente.

Os escores em exigência variavam de 6 a 18, e os de responsividade de 10 a 30. O

critério utilizado para determinar se um escore era alto ou baixo numa dada dimensão,

neste estudo, foi o da mediana da amostra.

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39

Em 2004, Teixeira, Bardagi e Gomes (2004)96

propuseram um refinamento

desta escala, uma vez identificadas algumas limitações do instrumento: o número

reduzido de itens, principalmente na escala de exigência (somente seis) considerando

a necessidade de incluir peculiaridades específicas à nossa cultura, o formato de

resposta aos itens em um sistema Likert de três pontos que possibilitava uma

variabilidade de respostas reduzida. O refinamento do instrumento visava torná-lo

mais abrangente em seu conteúdo e dotá-lo de um sistema de respostas mais simples e

que permitiria uma maior variabilidade nos dados obtidos.96

Assim, partindo de uma versão anterior do instrumento101

, alguns itens foram

acrescidos, outros modificados. O instrumento final ficou constituído por vinte e

quatro itens, doze relacionados à exigência e doze à responsividade em um sistema

Likert de cinco pontos. Ele tem sido utilizado em estudos para investigação de

responsividade e exigência parental percebida e mostrou-se indicado para uso em

pesquisas ou avaliações das interações familiares em outros contextos.

Encontrou-se apenas um recente estudo nacional que utilizou este instrumento

para identificar associações com o estado nutricional, porém adaptado para crianças

até 12 anos.129

Nas escalas de exigência e responsividade para identificação dos

estilos parentais, identifica-se a inexistência de questões específicas relacionadas a

hábitos alimentares que sustentem os estilos parentais como possíveis preditores do

estado nutricional de adolescentes e, assim, optou-se por elaborar um instrumento que

contemplasse tais informações.

A literatura sugere que as práticas educativas parentais em relação aos filhos

podem ser reduzidas às dimensões de exigência e responsividade105

e, assim estudos

que consideram estratégias educacionais parentais associados ao estado nutricional e

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40

controle dos hábitos alimentares são importantes. Entre os vários instrumentos

identificados nos estudos, encontrou-se o Comprehensive Feeding Practice

Questionnaire (CFPQ), dirigido à pais, que norteou a elaboração do instrumento para

os adolescentes.

2.3 ESTILOS PARENTAIS E PRÁTICAS ALIMENTARES PARENTAIS

Investigações sobre as relações familiares tem sido objeto para a identificação

de padrões normativos de educação assim como na busca da etiologia de aspectos

patológicos. Neste sentido, existe uma preocupação em classificar os padrões de

interação entre pais e filhos. A literatura faz uma distinção entre as atitudes parentais,

as práticas educativas parentais e os estilos parentais. As atitudes parentais são

identificadas nas crenças e valores que servem de base para as ações parentais130

, as

práticas educativas parentais são as estratégias utilizadas em diferentes

contextos131,132

e estilo parental é o conjunto de atitudes, práticas e expressões que

caracterizam a natureza das interações pais e filhos nas diversas situações.92,94,133

Os estilos parentais são tendências relativamente estáveis através das quais as

pessoas reagem frente a uma situação pedagógica com uma determinada conduta (ou

prática) específica dirigida à criança. Assim, entendemos que o estilo implica em mais

do que uma conduta: é o conjunto de determinadas condutas. Desta forma, o estilo e a

prática educativa estão normalmente associados, uma vez que o conjunto das práticas

vai formar o estilo parental.134

Outros autores referem que a distinção entre as práticas parentais e os estilos

parentais se dá no sentido de que as primeiras se referem a situações cotidianas

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específicas da interação pais-filhos que revelam as estratégias utilizadas pelos pais na

educação de seus filhos.135

Já os estilos parentais envolvem dimensões da cultura

familiar, como a dinâmica da comunicação familiar, do apoio emocional e de controle

presentes nas interações pais e filhos. Envolve crenças, valores e aspectos relativos à

hierarquia das funções e papéis familiares, expressos no exercício da disciplina,

autoridade e tomada de decisões.133

As práticas educativas parentais têm sido investigadas há décadas e são

consideradas como importantes preditores para o desenvolvimento infantil e vêm

servindo de modelo para os pais interagirem com a sua prole. No estudo das práticas

educativas parentais há dois tipos principais: práticas indutivas e as coercitivas. As

práticas indutivas são as que ―induzem‖ ou levam a criança a fazer algo, a modificar o

comportamento através do diálogo, buscando alertar a criança para as consequências

do seu comportamento. Práticas coercitivas são quando a criança faz alguma coisa por

―obrigação‖, por medo de castigos, ameaças, privação de privilégio. O diálogo é

ausente e na maioria das vezes, o receio e o medo imperam e impede que os filhos

compreendam as proibições feitas. Neste sentido, impede o aprendizado e

consequentemente uma reformulação no comportamento. As práticas são

influenciadas pelas características dos pais (escolaridade, histórico familiar, crenças,

nível socioeconômico, personalidade, entre outras) e pelo contexto. Neste sentido, os

pais podem variar de estratégias podendo usar práticas coercitivas em um momento e,

em outro práticas mais indutivas.136

Os estilos parentais tendem a ser menos variáveis que as práticas educativas e

caracterizam-se pela preponderância de alto ou baixo nível de responsividade e

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exigência, assim como envolvem as atitudes, as práticas e as expressões que

caracterizam a natureza das interações parentais.14

Darling e Steinberg (1993)14

adotaram o conceito de parentalidade geral

como uma constelação de atitudes e crenças que cria um clima emocional, determina

a expressão comportamental entre pai e filho e postularam que o estilo parental

modifica a associação entre práticas parentais e comportamento adolescente,

representado na Figura 2. Os estilos seriam os mediadores das práticas.137

Fonte: Darling e Steinberg (1993)14

; Van Der Horst et al. (2007)137

Figura 2 – Estilo parental como mediador das práticas parentais

Um estudo pioneiro de revisão sobre a influência da educação dos pais sobre a

alimentação das crianças, seus comportamentos, atividades físicas e status de peso

identificou o uso da terminologia parentalidade geral como estilo parental ou

dimensões (de comportamento dos pais) que consideram as características dos pais e

dos filhos. A revisão identificou o uso do conceito parentalidade nos diversos estudos

considerados em dois modos (caminhos) possíveis para repercurtir no comportamento

das crianças e consequentemente no seu estado nutricional. O primeiro, quando o

estilo parental atua como ―moderador‖ quando o estilo parental e as práticas

relacionadas à dieta e (in)atividade física dos filhos estão integrados; no segundo, o

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estilo parental atua como ―mediador‖ onde o estilo exerce influência sobre as práticas

relacionadas a dieta e (in)atividade física. A figura 3 descreve estas duas possíveis

vias de influência dos pais sobre o peso da criança considerando estilos parentais –

estado nutricional da criança – relacionamento.15

Figura 3 – Modelo conceitual para as relações entre pais e filhos e estado nutricional

dos filhos: caminho 1 = moderação; caminho 2 = mediação Fonte: Sleddens et al. (2011)

15

Considerando que as práticas educativas estão direcionadas a atingir uma

meta, em um contexto específico134

entendemos como fundamental considerarmos em

nosso estudo as práticas adotadas pelos pais em relação aos comportamentos e hábitos

alimentares uma vez que as escalas de exigência e responsividade que avaliam o estilo

parental adotado pelos pais não apresentam questões específicas para este fim. Se o

estilo parental é considerado como um mediador ou moderador das práticas, conhecer

as estratégias que os pais utilizam no cotidiano para controle do peso e associá-las

com os estilos e com o estado nutricional promoverá maior compreensão da influência

da educação dos pais no estado nutricional dos filhos. Além disto, a influência do

ambiente (pressões sociais, cultura, etc) nas práticas educacionais em detrimento das

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44

crenças e valores dos pais quanto ao modo de educar seus filhos, pode ser um fator

relevante a ser considerado caso não haja uma associação significativa entre estilos

parentais e obesidade.

Dos diversos instrumentos para avaliar fatores de práticas alimentares, o

CFPQ tem sido utilizado. Este instrumento foi desenvolvido sobre a premissa de que

os hábitos alimentares das crianças, sua nutrição em geral, as preferências por

determinados alimentos e a condição de peso são influenciados em grande parte pelas

atitudes parentais.138

A elaboração do CFPQ teve base em estudos que utilizaram o

Child Feeding Questionnaire (CFQ) e o Preschooler Feeding Questionnaire (PFQ)

que são instrumentos de pesquisa mais amplamente utilizados, que são auto-

aplicáveis.139,140

No Brasil, o CFQ foi traduzido e está sendo utilizado com a

terminologia Questionário de Alimentação da Criança (QAC).87,141

No entanto, tais instrumentos não conseguiram captar a gama de

comportamentos sobre o desenvolvimento de hábitos e atitudes da criança em relação

à alimentação, o que motivou a elaboração do CFPQ, por seus autores, que é um

instrumento de maior abrangência nas possíveis práticas dos pais em relação aos

hábitos alimentares dos filhos. Durante a validação do instrumento nos EUA, os

autores do CFPQ realizaram três estudos e a versão final constou de quarenta e nove

itens distribuídos em doze fatores, considerados mobilizadores das práticas adotadas

pelos pais: controle pela criança, regulação emocional, incentivo à alimentação

equilibrada e variada, ambiente, modelo dos pais, monitoramento, alimento como

recompensa, restrição alimentar para controle do peso, restrição alimentar visando a

saúde, pressão para comer, envolvimento e ensino.

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45

Se estabelecido uma categorização destes doze fatores em coercitivos e

indutivos poderíamos entender as práticas coercitivas como as de monitoramento,

alimento como recompensa, regulação emocional, restrição alimentar para controle do

peso, restrição alimentar visando a saúde, pressão para comer. As indutivas seriam

controle pela criança, incentivo à alimentação equilibrada e variada, ambiente, modelo

dos pais, envolvimento e ensino.

Evidencias sustentam que a função das práticas alimentares dos pais influencia

nos resultados sobre alimentação e peso das crianças46

e o reconhecimento dos fatores

que mobilizam as práticas podem fornecer subsídios para maior compreensão dos

estilos parentais identificados. No entanto, devido aos poucos instrumentos que

investigam práticas alimentares e que sejam dirigidos para a fase adolescente,

considerada crítica para o estabelecimento da obesidade2, entendeu-se como

fundamental criar um instrumento para esta população e que captasse os diversos

comportamentos envolvidos na educação alimentar dos adolescentes. Pela

abrangência de fatores mobilizadores das práticas alimentares, o CFPQ foi o

instrumento identificado e escolhido como referência para ser adaptado ao propósito e

validado.

2.4 VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO

Os questionários oferecem um meio objetivo de se coletar informações sobre o

conhecimento, as crenças, as atitudes e os comportamentos das pessoas. As

investigações na área da saúde usam questionários como padrão para produzir dados

que podem ser comparados entre diversos estudos como por exemplo, conhecimento

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46

dos pacientes sobre uma doença, sobre o tratamento ou qualidade de vida. A validade

desta abordagem depende do tipo e do espectro de possibilidades de respostas

fechadas que representa toda a gama de percepções e sentimentos que as pessoas de

diferentes bases de amostragem pode assegurar. Assim, nas ciências do

comportamento, os estudos se centram em construtos teóricos que não podem ser

observados diretamente. Estes construtos, abstratos, são chamados de variáveis

latentes ou fatores (ex: liderança, motivação, ensino ou controle). O fato de não

poderem ser observados diretamente também não podem ser medidos diretamente.

Então, em pesquisa, estas variáveis latentes são descritas operacionalmente e

traduzidas em comportamentos que as represente.142

No entanto, é importante

ressaltar que o estado de saúde e a qualidade de instrumentos perdem a sua validade

quando utilizados para além do contexto e época no qual foram desenvolvidos.

O estudo proposto busca a mensuração de atitudes que são tomadas pelos pais

na educação alimentar de seus filhos. Neste sentido, a mensuração de atitudes só pode

ser feita por meio de inferências com base nas respostas do indivíduo com relação a

um determinado fenômeno, suas ações e suas afirmações, verbais e não verbais, a

partir de suas crenças e sentimentos, além da disposição para agir em relação ao

contexto ou objeto. Ao conhecer as atitudes é possível comparar indivíduos e grupos,

identificar mudanças que porventura ocorram nestes; verificar possíveis extremos de

atitudes e assim propor novas estratégias que atendam determinada situação.143

Os instrumentos de avaliação de atitudes geralmente são baseados em uma

escala de atitudes. Esta consiste em um número de sentenças, sobre as quais o sujeito

atribui o seu grau de concordância. Escala de atitude é definida como ―um conjunto de

afirmações ou itens que a pessoa responde‖.144

Pelo padrão de suas respostas, podem-

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47

se inferir prováveis atitudes ou posicionamentos em relação ao fenômeno que está

sendo avaliado. O objetivo desse método é ordenar os sujeitos em um contínuo que

vai desde o extremamente desfavorável, passa pela ausência de atitude e vai até o

extremamente favorável145

ou, se considerar como opinião ou posição do respondente,

vai do discordo totalmente, passando pelo não discordo e nem concordo e vai até o

concordo plenamente.

A validação de uma escala estabelece até que ponto o instrumento mede aquilo

que pretende medir e dá credibilidade ao instrumento. A validação é o processo de

examinar a precisão de uma determinada predição ou inferência realizada a partir dos

escores de um teste. Validar, mais do que demonstrar o valor de um instrumento de

medida, é todo um processo de investigação que inicia construção e permanece

durante todo o processo de aplicação, correção e interpretação dos resultados. Para

que um teste seja válido, é importante que, antes, seja fidedigno, já que os resultados

obtidos são usados para a formulação de julgamentos e tomada de decisões que

afetam a vida e o futuro do conhecimento e das pessoas.

A fidedignidade de um instrumento de medida é quando o teste apresenta

resultados consistentes daquilo que pretende medir. É expressa por alguma forma de

coeficiente indicando até que ponto as diferenças nos escores são decorrentes de

variações na característica examinada e não de erros casuais. Ela também se refere à

estabilidade dos resultados de um teste, ou seja, ao grau de consistência e precisão dos

escores. A validade de um teste significa identificar se o teste mede o que se propõe a

medir. Assim, um teste para ser válido precisa ser fidedigno, porém nem sempre um

teste que apresenta fidedignidade apresentará validade. Existem três aspectos da

validade que correspondem aos objetivos de um teste: 1) validade de conteúdo, que

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48

está presente em uma escala quando essa constitui uma amostra representativa de um

universo de componentes e é aplicável quando se pode delimitar um universo de

comportamentos que pretendem cobrir um conteúdo demarcado; 2) validade de

critério, que se refere ao grau de eficácia que ele apresenta na predição de um

desempenho específico de uma pessoa, podendo ser preditiva (quando os dados são

coletados após a construção da escala) ou concorrente (quando a coleta de dados for

mais ou menos simultânea à elaboração ou adaptações do instrumento) e 3) validade

de construto (análise de reprodutibilidade, consistência interna e análise fatorial).146,147

Existem dois tipos de análises fatoriais: a exploratória (AFE) e a confirmatória (AFC).

A AFE é designada para situações onde a relação entre o observado e a variável

latente são desconhecidas ou incertas. Em contraste, a AFC é utilizada quando já há

um prévio conhecimento da teoria subjacente da variável latente. A AFC, então, é

uma técnica multivariada, sendo um caso especial de uma técnica mais ampla,

denominada modelo de equações estruturais. Nela, busca-se descrever os

relacionamentos existentes entre dois tipos de variável: as latentes, definidas como

―um conceito hipotetizado e não observado, do qual se pode aproximar apenas através

de variáveis observáveis ou mensuráveis‖, e as manifestas, também denominadas

―indicadores‖, que consistem em valores observados e que são usados como medida

de um conceito ou construto.148

A AFC está baseada na premissa de que as variáveis

observadas são indicadores imperfeitos de certos construtos latentes.149

Dessa forma,

se mais de um indicador é utilizado para medir um construto específico, a AFC

permite agrupar tais indicadores em maneiras pré-especificadas, a fim de avaliar em

que extensão determinado conjunto de dados aparentemente confirma a estrutura

prevista. Os relacionamentos entre esses dois tipos de variáveis são especificados por

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49

meio de diagramas de caminho, nos quais os construtos latentes são representados por

elipses, e os indicadores, por retângulos. Associados a esses estão setas indicadoras da

presença de erros de mensuração. Isso ocorre porque se deve admitir que os dados

foram coletados e tratados de maneira imperfeita.

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50

3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

O estado nutricional está diretamente relacionado às condições de saúde do

indivíduo. O excesso de peso, além de se caracterizar como doença, é fator de risco

para outras doenças potencialmente fatais. A busca da compreensão dos fatores

ambientais que são promotores desta condição é relevante. Considerando que é no

primeiro contexto de socialização do indivíduo – a família – que se desenvolvem

hábitos alimentares e de estilo de vida, justifica-se o interesse em melhor conhecer a

interação existente entre pais e filhos para verificar se o estado nutricional de

adolescentes é afetado por esta relação.

Além disto, a maioria dos estudos desta natureza focam as práticas dirigidas a

crianças menores. A escolha pelo adolescente se dá por ser esta fase também crítica ao

desenvolvimento da obesidade e para poder melhor compreender como o adolescente

interpreta o estilo de educação recebido de seus pais, de como internalizou o vínculo

estabelecido e se esta percepção pode estar associada ao estado nutricional do

adolescente.

Adicionalmente, a necessidade de um instrumento sobre práticas alimentares

parentais dirigidas para adolescentes para colaborar na compreensão do objetivo do

estudo foi o estímulo que precisávamos para a elaboração de uma escala.

Assim, esta dissertação é composta por três artigos: o primeiro identifica a

percepção dos estilos parentais pelo adolescente e suas associações com o estado

nutricional dos mesmos. O segundo estudo teve como objetivo a elaboração e

descrição das propriedades psicométricas de um instrumento capaz de indicar a forma

como os filhos adolescentes percebem as praticas educativas relacionadas à educação

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51

alimentar adotadas por seus pais. O terceiro estudo associou os estilos parentais

identificados com as práticas parentais alimentares percebidas pelos adolescentes e ao

IMC, utilizando o instrumento descrito no artigo 2.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a associação entre percepção dos adolescentes sobre os diferentes

estilos parentais e as práticas alimentares parentais com o estado nutricional (IMC)

dos adolescentes.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) verificar a prevalência dos estilos parentais percebidos pelos adolescentes;

b) averiguar como se associam as variáveis sóciobiodemográficas do

adolescente (sexo, idade, tipo de escola, instrução dos pais e dos

adolescentes) em relação aos diferentes estilos educativos parentais;

c) descrever e analisar as diferenças entre os estilos parentais adotados pelo

pai e pela mãe, identificados como função paterna e materna

respectivamente;

d) identificar a associação entre percepção dos adolescentes sobre os

diferentes estilos parentais com o estado nutricional (IMC);

e) desenvolver uma escala psicometricamente válida que represente uma

gama mais completa de práticas de educação alimentar adotadas por pais e

reconhecidas por seus filhos adolescentes que podem ser relevantes para o

estado nutricional de adolescentes no Brasil;

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f) averiguar como se associam os diferentes estilos educativos parentais em

relação as diferentes práticas alimentares;

g) averiguar como se associam as diferentes praticas alimentares parentais

em relação ao excesso de peso.

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5 CONCLUSÕES

De acordo com os objetivos estabelecidos no presente projeto, conclui-se que:

1. A percepção da maior parte dos adolescentes, quanto ao relacionamento

estabelecido com os pais e as mães, se revela entre os estilos autoritativo

ou negligente.

2. a) Há diferenças significativas na percepção dos estilos parentais quando

considerado o sexo dos adolescentes. Adolescentes do sexo masculino

percebem suas mães mais negligentes enquanto a percepção das

adolescentes é de que são mais autoritativas. Esta diferença não se

observou em relação aos outros estilos para a mãe nem tampouco em

relação aos estilos paternos.

b) Há diferenças significativas na percepção dos estilos parentais de

acordo com a faixa etária, tanto para o estilo parental materno quanto para

o paterno. Na faixa etária de 12 a 13 anos, os adolescentes percebem seus

pais e mães como autoritativas em relação a faixa etária de 16 a 18 anos,

que percebem seus pais e mães como mais negligentes. Nesta mesma

faixa etária, se observou ainda um percentual significativamente maior de

mães indulgentes.

c) Entre adolescentes que frequentam escolas particulares quando

comparado com os que frequentam escolas públicas há diferenças

significativas na percepção do estilo parental materno e paterno.

Adolescentes de escolas particulares percebem tanto o pai quanto a mãe

com estilos autoritativos, ou seja, exigentes, porém afetivos e

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participativos do que os adolescentes das escolas públicas que percebem

ambos os pais como mais negligentes.

3. Há diferenças entre os estilos parentais adotados pelo pai e pela mãe na

percepção dos adolescentes, identificados como função paterna e materna

respectivamente. No geral, tanto o pai quanto a mãe são percebidos como

autoritativos ou negligentes. No entanto, esta percepção é afetada de

forma significativa pela idade, sexo e tipo de escola dos adolescentes,

como foi referido no item 2. Os meninos percebem as mães mais

negligentes e as meninas as percebem como mais autoritativas. Quanto ao

estilo parental paterno não houve diferença significativa entre a percepção

dos adolescentes do sexo masculino e feminino. Tanto os pais quanto as

mães, no geral, são percebidos como mais autoritativas entre os

adolescentes de 12 a 15 anos e mais negligente entre os adolescentes que

tem idade entre 16 e 18 anos. Adolescentes de escolas particulares

percebem as mães e os pais como mais autoritativos e os de escola

pública, as mães e os pais são mais negligentes.

4. A obesidade caracteriza-se, quanto ao aspecto psicológico, por

inadequado controle e limites. Com base na tipologia dos estilos parentais

descritas no presente projeto, o estilo indulgente apresenta níveis de

exigência baixos em relação aos níveis de responsividade; o excesso de

afeto e atenção dos pais e o baixo nível de exigência em relação a hábitos

alimentares e estilo de vida mais ativo demandaria uma maior prevalência

neste estilo. Já o estilo negligente poderá apresentar igualmente uma

prevalência alta uma vez que os pais apresentam em suas práticas níveis

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baixos de responsividade e exigência resultando na ansiedade dos jovens

pela ausência dos pais em colocar limites, o que pode demandar maus

hábitos alimentares ou uma busca compensatória de atenção e afeto na

ingestão excessiva de alimentos. O estilo autoritário (excesso nos níveis

de exigência) não corresponderia a adequados e efetivos cuidados e

controle da ingestão alimentar e estilo de vida, favorecendo igualmente o

excesso de peso. O estilo autoritativo (ou autorizante) não seria o de

maior prevalência para excesso de peso por ser o estilo onde opera níveis

de responsividade e exigência em equilíbrio, onde a continência, o amor e

o afeto estão presentes tanto quanto a cobrança e a exigência da

responsabilidade e do compromisso o que na obesidade estas

características parecem estar diminuídas. Assim, este possível resultado

corroboraria com a idéia de que jovens tem mais benefícios em relação ao

seu IMC e hábitos alimentares e estilo de vida saudável com o estilo

educativo autorizante e menos benefícios quando os estilos permissivos

ou autoritários são predominantes, Porém, o estudo mostrou que entre os

adolescentes com excesso de peso, o estilo negligente e o autoritativo

apresentaram maior prevalência, indicando que os extremos dos níveis de

exigência e de responsividade (quando ambos são baixos ou quando

ambos são altos) podem ser negativos para o estado nutricional. No

entanto, este resultado não foi significativo para uma conclusão de que

estilos parentais tem um impacto direto sobre o IMC dos adolescentes.

5. A Escala de Percepção do Adolescente sobre as Práticas Alimentares

Parentais – Teen-PFP (Teenager’s Perception of Parental Feeding

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Practices Scale) foi desenvolvida com base no Comprehensive Feeding

Practices Questionnaire - CFPQ , e adaptada para a população

adolescente entre 12 e 18 anos. A Teen-PFP demonstrou fidedignidade e

validade após redução em seus fatores (de 12 para 10). Demonstrou ser

uma ferramenta adequada para medir a percepção dos adolescentes em

relação as práticas alimentares parentais e pode ser um instrumento para

auxiliar o diagnóstico, e tratamento de adolescentes com excesso de peso,

incluindo a família

6. As práticas alimentares relacionadas ao ―monitoramento‖ da alimentação

dos filhos são mais adotadas entre pais com estilo autoritativo

diferenciando-se significativamente às estratégias realizadas por pais com

os demais estilos. Os pais que permitem que os adolescentes tenham

autonomia sobre sua própria alimentação estão mais presentes nos estilos

permissivos (negligente e indulgente) do que no estilo autoritativo. As

ações de ―restrição de alimentos para controle do peso‖ e ―incentivo ao

consumo de alimentos variados e saudáveis‖ estão mais presentes no

estilo autoritativo do que nos estilos mais permissivos. Pais que

transmitem um ―modelo‖ de hábitos alimentares saudáveis através do

próprio exemplo prevalecem no estilo autoritário e se diferenciam do

estilo negligente. ―Restrição de alimentos visando a saúde‖ estão

presentes nos estilos mais exigentes (autoritativo e autoritário) e difere de

forma significativa das práticas adotadas por pais com estilo negligente.

As ações relacionadas ao ―envolvimento‖ do adolescente na escolha e

preparo dos alimentos estão fortemente relacionadas aos estilos

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autoritativo e indulgente diferenciando-se significativamente do estilo

negligente. As atitudes dos pais em disponibilizar alimentos saudáveis

(―ambiente‖), ―pressão para comer‖ ou de ―usar o alimento para regular o

estado emocional‖ não apresentaram diferenças significativas entre os

diversos estilos.

7. Constataram-se diferenças significativas na percepção entre adolescentes

com IMC de baixo peso ou normal com os que se apresentam excesso de

peso sobre três fatores mobilizadores das práticas alimentares parentais.

Entre as diversas estratégias adotadas pelos pais, para os adolescentes com

excesso de peso, é significativamente menor o uso da ―pressão para

comer‖, práticas relacionadas ao ―uso do alimento como regulador de

emoções‖ e maior o uso da ―restrição alimentar para controle do peso‖ .

5.1 CONCLUSÃO GERAL

O estudo não encontrou uma relação direta e significativa entre a percepção do

adolescente sobre os estilos parentais e o estado nutricional. As diferenças se revelam

quando são considerados determinadas estratégias de educação alimentar com o estilo

parental negligente ou autoritativo. No estilo negligente e autoritativo, as práticas

relevantes para o excesso de peso são as de ―pressão para comer‖ e ―restrição

alimentar para controle do peso‖. Adolescentes com excesso de peso percebem um

menor uso por parte dos pais de práticas relacionadas à ―pressão para comer‖ e um

maior uso de práticas de ―restrição alimentar para controle do peso‖. No estilo

autoritativo, acrescenta-se, ainda, o maior uso de práticas de ―monitoramento dos

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pais‖. Os fatores referentes a práticas alimentares que foram associadas positivamente

ao risco de excesso de peso, foram as identificadas como de ―restrição para controle

de peso‖, que aumentam duas vezes o risco de obesidade e, as que foram associadas

negativamente, as práticas de ―pressão para comer‖, quando a cada ponto da escala,

diminui 32% o risco de obesidade.

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6 CONSIDERAÇÕES

Os resultados deste estudo não identificaram uma relação direta pontuando os

estilos de educação parental como preditores para o estado nutricional de adolescentes

de forma independente mas sim quando associado a algumas práticas de educação

alimentar embora em outros estudos há achados controversos. Isto indica que a

associação entre o estilo parental, práticas parentais e status de peso pode interagir

com as características e percepções do adolescente em formas mais complexas. O

hábito alimentar surge na infância e as atitudes em relação à comida são normalmente

aprendidas nessa fase, pois são passadas por pessoas cuja relação afetiva é única, o

que confere ao comportamento um poder sentimental duradouro. Na adolescência, os

aspectos psicossociais influenciam na consolidação da personalidade; na aceitação do

próprio corpo que está se transformando; na identificação com o grupo e também no

desenvolvimento do pensamento abstrato e, consequentemente, vão repercutir nos

processos de nutrição.

Deve-se levar em consideração a independência crescente dos adolescentes,

nas tarefas diárias e na participação na vida social, que influenciam nos hábitos

alimentares. Os adolescentes são, frequentemente, alvos de propagandas, comem

rápido e fora de casa, omitem refeições ou as substituem por lanches de composição

inadequada, compram e preparam sua própria comida. Neste sentido, nosso estudo

apontou diferenças significativas na forma em que adolescentes de diferentes idades,

sexo e tipo de escola percebem os estilos de seus pais. Uma análise estratificada por

idade, por exemplo, seria interessante, mas, não foi possível neste estudo devido ao

tamanho da amostra que com a estratificação seria muito reduzido.

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61

Outro aspecto que não foi possível de ser explorado diz respeito às diferenças

em relação à função materna e paterna na associação dos estilos parentais com as

práticas alimentares em função do alto índice de mães apontadas como responsáveis

sobre a alimentação dos filhos adolescentes impedindo uma comparação.

Os resultados de nosso estudo foram importantes na medida em que apontam

para possíveis caminhos de como entender as influências familiares nos hábitos

alimentares, incluindo aí, não somente as práticas, mas os estilos de educação. O

comportamento relativo à comida é complexo e implica, não somente a uma

identidade pessoal do indivíduo mas a uma identidade social pois, os hábitos

alimentares também são desenvolvido a partir de respostas a pressões sociais e

culturais no qual os indivíduos selecionam, consomem e utilizam porções do conjunto

de alimentos disponíveis.

Há inúmeras razões que envolvem a escolha de alimentos: satisfazer a fome e

nutrir o corpo; iniciar e manter relações pessoais e profissionais; demonstrar a

natureza e extensão das relações sociais; ser foco para atividades comunitárias;

expressar amor e carinho; expressar individualidade; revelar a identidade de um

grupo; demonstrar a pertinências de um grupo; como forma de reduzir o estresse;

mostrar status social; uso como recompensas ou castigos; reforçar a autoestima e

ganhar reconhecimento; exercer poder político e econômico; prevenir, diagnosticar e

tratar enfermidades físicas ou mentais; simbolizar experiências emocionais;

manifestar piedade e devoção; representar segurança; expressar sentimentos morais;

significar riqueza. Das simbologias consideradas acima, apenas uma atende a aspectos

de uso nutricional, ou seja, satisfazer a fome e nutrir o corpo. E, para a escolha dos

alimentos, estão implicados, ao mesmo tempo, mais de um fator até a decisão final.

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62

O presente estudo, por ser de tipo transversal, e ter enfocado apenas a

percepção dos filhos em relação aos estilos dos pais de forma individualizada – ou do

pai ou da mãe, não considerou de forma completa todas as possíveis associações

existentes. Assim, aponta para a necessidade de continuar os estudos, com alternativas

de correlacionar com as percepções parentais, do pai e da mãe. Outra possibilidade no

tratamento às famílias, em especial os pais e responsáveis, pela alimentação dos

filhos, é considerar além de seus estilos e práticas também os aspectos sociais como

influenciadores na educação e no estado nutricional dos filhos. Os estilos parentais

tem uma enorme contribuição na compreensão de como as mensagens sobre hábitos e

preferências alimentares e estilo de vida podem ser incorporadas pelo indivíduo, mas

não se define como causa direta da obesidade.

Os estilos parentais mais prevalentes considerados nas percepções dos

adolescentes foram justamente os que indicam os extremos das dimensões de

exigência e responsividade – autoritativo e negligente. Estudos identificam uma

relação positiva entre estas duas dimensões. Além disto, a dimensão de exigência está

sendo entendida como comportamental e psicológica sendo necessário um

desmembramento. Tal fato pode esclarecer a maior prevalência destes dois estilos.

Além disto, a obesidade, no seu caráter de enfermidade (integra grupo de

doenças crônicas não transmissíveis), atende a preocupações específicas dos pais que

parecem ter uma importante contribuição no modo como educam seus filhos. Neste

sentido, é fundamental uma identificação nas crenças de saúde familiar uma vez que

elas posicionam o indivíduo na família com uma determinada função com vistas a

manter a integridade do funcionamento familiar, caracterizando a relação bi-

direcional e positiva entre pais-filho.

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63

Quanto ao processo de construção e validação do instrumento Teen-PFP, este

foi um desafio importante na medida em que são escassos os instrumentos voltados

para o público adolescente. O instrumento teve uma excelente receptividade pelo

adolescente durante sua aplicação e mais do que um instrumento de coleta de dados,

ele representou durante a aplicação um momento de reflexão para o adolescente sobre

suas práticas alimentares e as de sua família.

Ao término deste trabalho, é importante podermos relacionar todas as lições

que apreendemos durante a realização do mesmo. Sobre conhecimento, as

contribuições ocorreram por diversos caminhos que se cruzaram durante o tempo

empreendido onde cada vivência permitiu um novo avanço. O conhecimento

adquirido sobre os temas da pesquisa: obesidade, estilo parental, práticas alimentares

parentais, funcionamento familiar, adolescência, processo de validação de

instrumentos e protocolos de avaliação foram muito importantes. Embora já se tivesse

um conhecimento prévio e mais geral de todos os temas, aprofundar cada assunto em

particular só mostrou a dimensão infinita dos saberes em questão.

Um dos promotores básicos na busca do conhecimento sobre o tema foi o

interesse, não pela obesidade em si, mas pelos aspectos psicológicos implicados que

podem restringir as intenções de um indivíduo para buscar estar com seu organismo

mais saudável. O interesse pelo tema foi primordial para o engajamento no projeto;

para manter uma postura de curiosidade, constante busca de novos artigos e temas

relacionados.

Entre as importantes contribuições que facilitaram as buscas sobre o tema em

questão foram as aulas sobre Revisão Sistemática e Metanálise (como buscar artigos

científicos) bem como o uso com certo domínio da ferramenta Endnote da Thomson

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Reuters que aperfeiçoou o processo de construção da dissertação e dos artigos. Esta

ferramenta possibilitou realizar a revisão bibliográfica do texto de forma segura e com

constante atualização.

Outros conhecimentos científicos também foram fundamentais. Os

relacionados às disciplinas de epidemiologia, estatística, metodologia cientifica,

escrita científica exigiram uma dedicação maior por não fazer parte do cotidiano

profissional até então estabelecido. Além disto, pertencer ao Programa de Ciências da

Saúde: Cardiologia contribuiu para conviver e trabalhar com profissionais de diversas

áreas: nutrição, medicina, biomedicina, educadores físicos, fisioterapeutas,

odontólogos. Estar em um mesmo espaço de aula, de grupos de discussão foi

enriquecedor. Poder compartilhar nosso conhecimento e aprendizado em um ambiente

de respeito e ética em que todos estão com o mesmo propósito foi uma experiência de

valor inestimável.

A etapa da coleta de dados da pesquisa foi importante. Desde conhecer a

realidade das escolas públicas e privadas, observar o adolescente em seu universo

interagindo com colegas, professores e com a escola foram momentos de confrontar

uma realidade muito dinâmica e tentar introduzir na logística da pesquisa que, até

então estava no papel, delineada e planejada.

Cronogramas tiveram que ser adaptados à realidade das escolas, das turmas e

das disciplinas, ao número de alunos esperados com os que estavam presentes em sala

de aula, às greves escolares. Estes aspectos foram situações desafiadoras e

estimulantes na condução do projeto. Ao mesmo tempo em que se precisou mais

tempo que o planejado, foi oportunizado maior vínculo com estes espaços e pessoas.

O projeto se revelou interessante aos profissionais das escolas que se interessaram em

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conhecer os detalhes. Por ora se viam não somente como professores, mas se

identificavam como responsáveis de seus próprios filhos. Tais atitudes foram

estimulantes e incentivadoras para o projeto. Os adolescentes, ao final da coleta, nos

procuravam fazendo indagações sobre sua alimentação, seu peso e sobre histórias

pessoais da dinâmica familiar denotando o quanto o tema é mobilizador de ansiedades

e de busca de maior conhecimento.

As orientações recebidas foram as mais significativas de todo o processo.

Foram momentos de muito incentivo à produção e na compreensão dos resultados.

Além disto, a relação de amizade construída foi muito importante.

Almejamos que este trabalho traga contribuições para os profissionais de

saúde que tratam da obesidade e, em especial para aqueles que trabalham com as

famílias a fim de ampliar seus conhecimentos sobre estilos parentais no domínio da

alimentação. Tratar a obesidade significa compreender as razões que subsidiam o

modo de funcionamento da dinâmica familiar, compreender a maleabilidade das

interações inter e extrafamiliares e intervir. Para cada família, a intervenção será de

modo distinto respeitando-se a identidade familiar única.

Que este trabalho aponte para novas perspectivas de pesquisa no tema,

entendendo-se que mais pesquisas devam ser feitas com foco no adolescente, pois esta

é uma fase também crítica do desenvolvimento. Este período pode favorecer para a

consolidação de hábitos alimentares mais permanentes e a manutenção de um estado

nutricional mais saudável. O adolescente, embora mais autônomo, ainda se revela

imaturo emocionalmente, o que é um importante aspecto de investigação a ser

considerado no tratamento da obesidade.

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Aprofundar conhecimentos sobre as influências dos estilos parentais no

excesso de peso é buscar no ambiente de maior vínculo, indicações de estratégias de

intervenções terapêuticas, ampliando-se o foco de atenção do paciente para a família,

visando à redução de prováveis ocorrências de morbidade e mortalidade decorrentes

do excesso de peso.

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86

ARTIGO 1

PARENTAL STYLES AND WEIGHT STATUS OF ADOLESCENTS IN

PORTO ALEGRE – BRAZIL

(Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry)

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87

PARENTAL STYLES AND WEIGHT STATUS OF ADOLESCENTS IN

PORTO ALEGRE – BRAZIL

Piccoli AB, Mosmann CP, Neiva-Silva L, Pellanda LC

ABSTRACT

Objectives: Research examining the influence of parents on their children‘s

overweight has expanded in recent years, but is usually targeted at parents of young

children. Adolescence is a critical period for development and the emotional stability

of the family can be instrumental to feeding behavior. The aim of this study was

verify the adolescents‘ view about the parental styles of their genitors, and the

possible association of these styles with the adolescents‘ nutritional status. Methods:

Cross-sectional study with adolescents, students who completed the general parenting

style scales (demandingness and responsiveness), answered a social-bio demographic

questionnaire and underwent anthropometric measurements according to

Anthropometric Standardization Reference Manual. Results: Of the 307 adolescents,

29% were overweight or obese. The neglectful and authoritative styles were more

frequent, both in mothers and fathers. There were significant differences in the

perception of parental styles when considering the age, sex and type of school (public

or private), but not for adolescents‘ nutritional status. Conclusion: Relations between

parents and children are complex and further investigations need to be done to

understand family influences for overweight at this stage.

Index terms: parenting styles, adolescence, obesity

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88

INTRODUCTION

Obesity, considered an epidemic in the 21st century

1 is associated with

negative consequences to health and the decrease in life expectancy.2 In 2010, a

billion adults and 250 million children and adolescents were overweight worldwide.

Childhood obesity is associated with poor feeding habits, sedentary lifestyles and

changes in social and family relationships.3,4

Feeding habits are acquired and the

family is the first social context where foods are historically noticed as symbols of

union and mirror the feeding culture into which the child is being initiated.

In the search for understanding the dynamics of the interaction between

parents and their children, the parental styles have been studied in literature.5-9

Parenting style refers to a global standard characteristics of the interaction of parents

with children in many situations, a group of attitudes that provides an emotional

climate in which practices are express10

Several studies associate parental styles with

children‘s behavior, specially regarding school performance, socialization, abilities

and emotional state, as well as aspects related to health.11,12

The importance of home environment to children‘s development and

nutritional habits is recognized.13

However, the majority of the studies that analyzed

the parents‘ influence on their children‘s nutritional status, have focused on specific

disciplinary and feeding practices,14,15

but giving few attention in how parents and

children interact and establish the bond that characterizes the establishment of their

nutritional experiences.16

Additionally, the investigations focus on the development of

obesity in small children. Investigating about the relationship between parents and

their children concerning parental styles of education is essential in the planning of

obesity, prevention and therapeutics. Therefore, the present study is to evaluate the

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89

relation between the parental styles perceived by the adolescents and their nutritional

status, considering the demandingness and responsiveness levels in terms of the

attention received from their parents.

Based on the parental style typology,7 one of the hypotheses considered is that

the authoritative style must be associated to a healthy nutritional status, within normal

standard and classification , since it is the style where continence, comprehension and

affection are also present in the demandingness and delegation of responsibility and

commitment.

METHOD

Study Design

A cross-sectional study conducted with students enrolled in public and private

schools from Porto Alegre – RS/Brazil.

Sample

307 adolescents between 12 and 18 years old from Elementary and High

Schools. To estimate sample size, a minimum correlation of 0.20 between the scores

of demandingness and responsiveness, and nutritional status was considered with a

significance level of 0.05 and 90% for statistic power (ß=0.10), resulting in 259

participants.17

Definition of the Variables

Parental styles: defined by two dimensions: responsiveness and

demandingness. Responsiveness is the parents‘ capacity of being affective and

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90

continent, as well as attentive to their children‘s needs, in terms of promoting

individuality, auto-regulation and self-affirmation. The demandingness aspect is

linked to control, establishment of limits and rules aimed at the integration and well

being of the family. It implies disciplinary efforts and disposition to face

disobedience. Based on these dimensions, the parental styles have been classified in

four types, as shown in Figure 1, according to the high and low demandingness and

responsiveness levels.18

Nutritional status of the adolescents: the Body Mass Index (BMI) of the

adolescents was calculated by the weight-to-height² ratio, with weight expressed in

kilograms (kg) and height in centimeters (cm), BMI percentiles according to age and

sex of the participants , calculated according to the Anthropometric Standardization

Reference Manual.19

BMI percentiles were considered normal between 3 and 85;

underweight for percentiles under 3; overweight for percentiles between 85 and 97

and obesity percentile over 97 according to the World Health Organization (WHO,

2007) for children and youngsters (from 10 to 19 years old), taking into consideration

the pubertal growth spurt. For this study, these classifications were merged in two

categories: underweight and normal as one category defined ―reference weight‖ and

overweight and obesity as ―excess weight‖.

Data Collection: the study was evaluated and approved by the institutional

Ethics Research Committee (UP 4648/11). The schedule to collect the data was

established by each school according to their curricular agenda. The adolescents were

informed about and invited to join the research. Informed consent was signed by

adolescents and parents or legal guardians. Data was collect by trained psychologists

(scales) and nutritionists (anthropometric measurements). The adolescents answered

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91

the Responsiveness and Demandingness Scale, and a questionnaire about their family

and other sociodemographic data.

The Responsiveness and Demandingness Scales have been validated in Brazil,

in 200020

and revised in 2004.21

The scales are composed of 24 questions (12 related

to demandingness and the other12 to responsiveness) that are self-applicable and

evaluated by the Likert scale of 5 points. The classification of the four parental styles

is obtained through these scales.22

A portable digital scale, with a variation of 0.1 kg was used for the

anthropometric measurements. The adolescents were weighed only once and the

percentile was established by the WHO AnthroPlus Software.23

Height was verified

using an attached metal measuring tape, graduated in millimeters, on a vertical surface

and obtained with the adolescents barefoot, in standing position.

Statistical Analysis

The data was analyzed with the aid of software SPSS, version 19. For the

analysis of parental styles, the study had considered the whole sample of adolescents

who fulfilled the scales of Parental Styles in their integrality for at least one of the

genitors, resulting in one sub-sample of 285 adolescents. The parental styles of fathers

and mothers were analyzed separately. 281 adolescents were obtained for the analysis

of maternal parental styles and 265 for the paternal parental styles.

The scores of demandingness and responsiveness were calculated from the

sum of the scores in each scale. The normality of the demandingness and

responsiveness scores were evaluated by the Shapiro-WILK test, where the variables

were related to the asymmetric scale; and the sample medians were also used. The

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92

indexes below the medians were classified as low level and the indexes with scores

equal to or above the medians were classified as high level.

The parental styles were classified according to the relation between the high

and low levels of demandingness and responsiveness: authoritative, negligent,

indulgent and authoritarian.

The χ² test (chi-squared test) was used to verify the associations between the

scores of demandingness and responsiveness, sociodemographic and biodemographic

variables and the nutritional status. In all analyses, an α p value of 0.05 was

considered.

RESULTS

Sample Characteristics

Five hundred students were screened for inclusion. Of those, 332 parents

signed the consent form, of whom 21 did not show up for data collection on the

scheduled date, and 4 were over 18 years old. Thus, the final number studied was 307

adolescents.

The general characteristics of the sample are presented in table 1: 58% female

adolescents, 63.4% of the adolescents live with both parents. The majority of mothers

and fathers had concluded high school (65.1% and 72.4%, respectively).

As for the nutritional status, 29% of the adolescents presented excess weight

(20.2% with overweight and 8.8% with obesity) and the result showed a higher

percentage among boys (29.5%) than girls (28.7%). Excess weight was observed

among female adolescents (57,3%), between 14 and 15 years old (35.9%), those who

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93

are in public schools (59.6%) and those who live with both parents (68.5%), however,

there are no significant statistical differences (p>0.05).

Parental Styles

The adolescents answered the scales of parental styles evaluating their mother

and father separately. In the adolescents‘ perception, for both demandingness and

responsiveness, the mothers obtained the average and the median slightly higher than

the fathers‘ (Table 2).

Table 3 shows that the perception of the majority of the adolescents,

concerning the relationship established with fathers and mothers, fits the authoritative

(36.2% and 34.2%) or negligent (33.6% and 31.3%) styles. In the analysis of the

differences among the perceptions of parental styles, of fathers and mothers

separately, considering the variable gender, there was a meaningful difference

between male and female adolescents, in terms of maternal perception (p=0.008).

Male adolescents see their mothers as more negligent when compared to female

adolescents.

Regarding age-groups, there are some significant differences in the perception

of parental styles. Between the ages of 12 and 13, parents are seen as authoritative.

But, between the ages 16 to18, fathers are perceived as negligent, and mothers are

perceived as negligent also as indulgent.

Adolescents in private schools recognize the authoritative style in their

parents‘ behavior, while adolescents in public schools see their parents as more

negligent.

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94

Parental Styles and Adolescents Nutritional Status

Table 4 reveals that there was no significant association between the

adolescents‘ nutritional status and maternal (p=0.519) or paternal (p=0.101) parental

styles.

DISCUSSION

The present study aimed to evaluate the association between parental styles

and the nutritional status of adolescents. The prevalence of the overweight and obesity

in adolescents is in accordance with the literature.24

The distribution of parental styles

is similar to the results of other studies, and indicates that the authoritative and

negligent styles are the most perceived by the adolescents for both fathers and

mothers.25-28

This ascertainment indicates that most of the adolescents see their

parents focusing on the extremes of the parental styles‘ classification: they are both

extremely demanding and responsive (authoritative) or less demanding and responsive

(negligent). The prevalence of the authoritative style is a positive factor, since

research conducted in this area has shown that authoritative parents present better

indexes of healthy development for their children.22,29,30

But the highest prevalence of

the negligent style is an alarming factor, since it represents the perception that little

attention given by the parents.

Researchers have understood that the dimensions – demandingness and

responsiveness – are positively correlated, which means, when responsiveness

increases, so does demandingness, and vice-versa. This fact points to the necessity of

improving the theoretical definition of the demandingness dimension.31,32

Demandingness, as a dimension, is a wide concept that implies all types of control

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95

from parents towards their children, so it is impossible to comprehend this dimension

based only on behavior. Demandingness, through the expression of negative feelings

of dissatisfaction has been recognized as a demand of psychological character and it is

part of some actions that theoretically involve the infantilization of children

(depreciation, nonrecognition), ambivalent attitudes, inducement of guilt, withdrawal

of affection, unrealistic expectations, neglect of their children, and also promotion of

personal attacks.31

This new approach to the demandingness dimension may lead to a

better understanding of the reasons that explain why the extremes of the styles of

demandingness and responsiveness are more prevalent.

The study also showed differences in the perception of parental styles

according to the adolescents‘ age-groups. Between 16-18 years old, the prevalence of

the parental style perception as more permissive in relation to the adolescents with 12

and 13 years old, this can be understood through biopsychosocial aspects. It is

expected that children will have more autonomy as they grow up, and authoritative

parents tend to comprehend and accept this condition. This finding points to the

necessity of studies that monitor the growth and pubertal development in children.

The high prevalence of the perception of negligent parents among the 16 to 18

age group can, consequently, be the expression of the conflicts and insecurities of the

adolescents‘ growing process, in which, for some of them, the negligent aspect of

parents can represent the denial of the need of parental support, while to others, who

are more dependent, may feel neglected. The search for autonomy is part of the

adolescent behavior, and this aspect can, in part, justify the perception of the negligent

style where the parents are ―absent‖ in the teenagers‘ daily lives, without having the

same control as when they were younger. On the other hand, the perception of the

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96

authoritative style supports parents who are attentive to the adolescents‘ needs and try

to develop a dialogue with them.

The results have not identified a specific parental style, either maternal or

paternal, which was significantly associated with a particular nutritional status that

represents risk to health among adolescents 12 to 18 years old. This information

supports the study conducted in Belgium (2009)33

with adolescents and their parents

showing that general parental style did not have any significant impact on nutritional

habits and feeding habits are conditions to achieve a healthy nutritional status.

Mellor (2012)34

, when investigating 104 adolescents, also indicated that

parental style and family functioning were not strong predictors of BMI, but revealed

that for adolescents, inconsistent discipline and lack of parental supervision

represented a significant variation on BMI. In these studies, the nutritional practices

are significant for nutritional status and healthy feeding habits.

One recent systematic revision, aimed at parents with children up to eight

years old, has shown a positive relation between indulgent parental style and

overweight.35

In another study revision, the children, when raised in authoritative

homes, ate in a more healthy manner, were more active and had lower BMI levels in

comparison to other children raised in different styles.36

Both studies show positive

association between parental styles and nutritional status different from this study and

others mentioned before. This difference can be attributed to the socioeconomic and

cultural context of samples from the studies as well as the age-group of children in

relation to the adolescents‘, where several aspects of development are involved.

Besides that, it must be considered if there are differences in the parents‘ perception in

relation to the children‘s perception. In the nutritional domain, the parental styles need

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97

to be better understood, since there are differences in the way parents position

themselves in relation to their children‘s nutrition, and this position can be modified

as children grow up or if there are signs of health problems involved (such as

obesity).

The study points out that the majority of adolescents with excess weigh

perceive their parents as authoritative, but this does not represent statistical

significance. This information goes against the hypothesis that the authoritative style

was less frequent in the perception of adolescents with excess weight. Kim (2008)37

mentioned that none of the paternal parental styles or dimensions were significantly

related to the adolescents‘ body fat; however, the maternal authoritative style

associated with some practices involving less control may represent protective

measures against obesity.

However, Rhee (2006)38

concluded that among the four parental styles,

authoritarian fathers were associated with the greatest risk of overweight in children,

while children of authoritarian mothers had their overweight risk increased when

compared to those of authoritative mothers. Children of indulgent and negligent

mothers have twice more possibilities of being overweight in comparison to those of

authoritative mothers. These results go against our study; however it was conducted

with parents of younger children. This data may be comprehended as a stimulus for

studies that monitor the development of children into adolescents.

Although not significant, some of the adolescents with excess weight perceive

their parents as having the indulgent style, which means, they are moderately

demanding but with a high level of commitment and affection. Van der Horst (2007)39

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98

identified that the consumption of sugar-sweetened beverages occurred more among

the adolescents who saw their parents as moderately strict and highly involved.

The majority of studies, which investigate parental styles related to the

nutritional status of children, were conducted based on the perception and

comprehension of parents. These studies identify a positive relation between the less

demanding styles (negligent and indulgent)35,36

and the authoritarian style36

linked to

overweight children. In this aspect, the fact that our study does not investigate the

parents‘ perception, but only that of adolescent children, and since the result is not

statistically expressive between a certain style and the nutritional status, it is possible

to think that there are differences between children‘s perceptions and those of their

parents. This idea is supported by a study conducted among children 9 to 12 and their

parents, where the parents see themselves as more demanding and responsive than

their children do.27

There are some limitations to this study. The majority of the studies

mentioned established a comparison of parental styles classified as ―general‖ linking

them to disciplinary practices that did not use the same scale as our study did, which

we see as a hindrance to establish useful comparisons. Another relevant aspect is if

the demandingness and responsiveness scales used to evaluate parental styles are self-

applicable, and we must consider different interpretations that lead the adolescents to

attribute a response or a response value to each question. Costa (2000)20

who

validated these scales calls attention to the importance of verifying the parental style

that was identified using these scales, in the association of indicators of healthy

development in the adolescence, such as self-confidence, psychological well-being,

good academic performance, deviant behavior, etc.

Page 109: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

99

Understanding how adolescents interpret the representations they are given by

their parents in the different styles is important and undeniable to the complexity of

expressions for questions that involve relationships of affection.

The practices regarding nutritional education have significant influence on the

nutritional status as many studies have shown, and therefore, the non-significance of

results obtained regarding parental styles indicate that it is not how much, but rather

how the parental styles operate as mediators of these practices. To what extent are the

nutritional practices adopted by parents for their children in sync with their beliefs and

values on how to educate children?

In this regard, it is worth questioning how the environment and the emergent

needs influence parents‘ behavior, and the way they act, regardless of their beliefs and

values? These questions can provide answers to pathologies, such as obesity in the

adolescence. The adolescents‘ perception about the styles of education provided by

their parents also suffers the influence of other factors, such as personal

characteristics, maturity, and the established bond between mother and father and by

the present context in which they live and acquire experiences.

It is in the family that children exercise their capacities and develop the sense

of belonging and stability.40

Education is a complex construct that includes specific

attitudes to influence children‘s behavior, such as screams, punishment, spanking and

rewards; analyzing these individually can result in misunderstandings. Therefore, it is

important to children‘s well-being to recognize the general standard of parenthood. As

the object of investigation and intervention, the family is perceived as a context of risk

and protection for its members and, in this aspect, it is seen as a system that can

stimulate obesity in children.41

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100

Attitudes directed towards health and specifically to obtain a normal BMI do

not depend only on the knowledge regarding ways to avoid or prevent overweight, but

also on identifying subjective potentials for this action. The internalization of

experiences is a complex process where parental educational styles have a strong

influence and imply, among several mechanisms, the identification by the children in

terms of expressing themselves through behavior. This fact guided us towards the

study on adolescents so that we can have a better understanding about the

consequences of parental styles on overweight or its prevention.

The study has not found a direct and significant relation between the

nutritional status and specific parental styles. Family interactions are complex and the

difficulty to verify these relations may be in the findings that parents can have

characteristics from several parental styles (parents may be classified as more or less

authoritative or more or less negligent, etc.) operating in various contexts, which

means deepening the comprehension about the dimensions of demandingness and

responsiveness regarding parental styles. Moreover, it is necessary to consider that

children‘s perception is conditional on many variables, including the bond of affection

established with parents.

The result of this study, which points out to the greater prevalence of

authoritative and negligent parental styles in adolescents with excess weight can also

be comprehended through the strength of the social demands (technology, media

advertising for industrialized food, professional success, search for the ideal body,

less time to prepare meals at home, less family gatherings at the table) that get in the

way of family relationships and are strong influences to adopt a lifestyle that may be

affecting the education practices adopted by parents and also the adolescents‘ actions

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101

in relation to their feeding and lifestyles, regardless of the perceived parental style. All

that, reveals the complexity of the individual‘s psychic functioning and the intra and

extra family interactions.

Further studies about the adoption of parental feeding practices associated with

parental styles could better clarify this phenomenon and assist the form of

intervention in the prevention and treatment of excess weight.

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Page 116: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

106

FIGURE

Figure 1. Classification of Parental Styles according to the dimensions of

demandingness and responsiveness.

Page 117: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

107

TABLES

Table 1. Sample Characteristics (N=307)

Variables N (%)

Nutritional Status of Adolescents

Reference

Weight

n= 218

(<p85)

Excess Weight

n= 89

(≥p85)

p*

Genre

Male 129 (42.0) 91 (41.7) 38 (42.7) 0.899

Female 178 (58.0) 127 (58.3) 51 (57.3)

Categorized Age

12 -13 77 (25.1) 51 (23.4) 26 (30.3)

0.552 14-15 114 (37.1) 82 (37.6) 32 (35.9)

16-18 116 (37.8) 85 (39.0) 31 (34.8)

Schools

Public 175 (57.0) 122 (56.0) 53 (59.6) 0.565

Private 132 (43.0) 96 (44.0) 36 (40.4)

Categorized Education

Elementary school 129 (42.0) 92 (42.2) 37 (41.6) 0.919

High school 178 (58.0) 126 (57.8) 52 (58.4)

Family Configuration (n=306)

Live with both parents 194 (63.4) 133 (61.3) 61 (68.5)

0.174 Live with remarried parents 75 (24.5) 53 (24.4) 22 (24.7)

Live with only one of the parents

(separated or death) 37(12.1) 31 (14.3) 6 (6.7)

Father’s Education Level (n= 290)

No schooling and incomplete

elementary school 58 (20.0) 39 (19.0) 19 (22.4)

0.698 Completed Elementary School 43(14.8) 32 (15.6) 11 (12.9)

Completed High School 90 (31.0) 61 (29.8) 29 (34.1)

Completed College Education 99 (34.1) 73 (35.6) 26 (30.6)

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108

Table 1. Sample Characteristics (N=307) (continued).

Variables N (%)

Nutritional Status of Adolescents

Reference Weight

n= 218

(<p85)

Excess Weight

n= 89

(≥p85)

p*

Mother’s Education Level (n=301)

No schooling and incomplete

elementary school 48(15.9) 29 (13.5) 19 (22.1)

0.300 Completed Elementary School 35 (11.6) 27 (12.6) 8 (9.3)

Completed High School 106 (35.2) 77 (35.8) 29 (33.7)

Completed College Education 112 (37.2) 82 (38.1) 30 (34.9)

* Pearson χ² test.

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109

Table 2. Parental Demandingness and Responsiveness

Demandingness Responsiveness

Father Mother Father Mother

N 275 289 277 293

Average 43.49 47.42 45.04 48.96

Median 45 49 47 52

Page 120: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

110

Table 3. Maternal and Paternal Parental Styles x Gender, Age, and Adolescents’ School Type.

Maternal Parental Styles (n = 281) Paternal Parental Styles (n = 265)

Gender Indulgent

n (%)

Negligent

n (%)

Authoritari

an

n (%)

Authoritati

ve

n (%)

Total

n (%) p*

Indulgent

n (%)

Negligent

n (%)

Authorita

rian (%)

Authoritati

ve

n (%)

Total

n (%) p*

Male 22 (17.9) 51 (41.5) + 15 (12.2) 35 (28.5) 123 (100)

0.008

17(14.4) 46 (39.0) 16 (13.6) 39 (33.1) 118 (100)

0.399

Female 28 (17.7) 37 (23.4)- 32 (20.3) 61 (38.6) 158 (100) 22 (15.0) 43 (29.3) 25 (17.0) 57 (38.8) 147 (100)

Total 50 (17,8) 88 (31.3) 47 (16.7) 96 (34.2) 281 (100) 39 (14.7) 89 (33.6) 41 (15.5) 96 (36.2) 265 (100)

Age

0.001

12-13 9 (13.2) 11 (16.2)- 16 (23.5) 32 (47.1)+ 68 (100) 7 (10.4) 12 (17.9)- 10 (14.9) 38 (56.7) + 67 (100)

0.003 14-15 14 (13.2) 35 (33.0) 18 (17.0) 39 (36.8) 106 (100) 13 (13.0) 33 (33.0) 19 (19.0) 35 (35.0) 100 (100)

16-18 27(25.2)+ 42 (39.3) + 13 (12.1) 25 (23.4)- 107(100) 19 (19.4) 44 (44.9) + 12 (12.2) 23 (23.5) - 98 (100)

Total 50 (17.8) 88 (31.3) 47 (16.7) 96 (34.2) 281 (100) 39 (14.7) 89 (33.6) 41 (15.5) 96 (36.2) 265 (100)

School

Private 25 (20) 28(22.4)- 23 (18.4) 49 (39.2) 125 (100) 17 (14.0)- 32 (26.4)- 15 (12.4)- 57 (47.1) 121 (100)

Public 25 (16)- 60 (38.5) 24 (15.4)- 47 (30.1)- 156 (100) 0.039 22 (15.3) 57 (39.6) 26 (18.1) 39 (27.1)- 144 (100) 0,007

Total 50 (17.8) 88 (31.3) 47 (16.7) 96 (34.2) 281 (100) 39 (14.7) 89 (33.6) 41 (15.5) 96 (36.2) 265 (100)

* Pearson χ² test

n (%); the symbols + and – represent, significantly, a standard waste product adjusted more than +1.96 and less than -1.96

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111

Table 4. Parental Style and Nutritional Status of Adolescents.

Parental Styles N (%)

Nutritional Status of Adolescents

Reference Weight

(<p85)

Excess Weight

(≥p85)

p*

Maternal (n=281)

Indulgent 50 (17.8) 33 (16.5) 17 (21.3)

0.519 Negligent 88 (31.3) 66 (32.8) 22 (27.5)

Authoritarian 47 (16.7) 31 (15.4) 16 (20.0)

Authoritative 96 (34.2) 71 (35.3) 25 (31.2)

Paternal (n=265)

Indulgent 39 (14.7) 24 (12.7) 15 (19.7)

0.101 Negligent 89 (33.6) 67 (35.4) 22 (29.0)

Authoritarian 41 (15.5) 34 (18.0) 7 (9.2)

Authoritative 96 (36.2) 64 (33.9) 32 (42.1)

* Pearson χ² test

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112

ARTIGO 2

VALIDITY OF AN INSTRUMENT TO ASSESS THE PERCEPTION OF

ADOLESCENTS ABOUT PARENTAL FEEDING PRACTICES: THE

TEENAGER'S PERCEPTION OF PARENTAL FEEDING PRACTICES

SCALE (TEEN-PFP)

(Appetite)

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113

VALIDITY OF AN INSTRUMENT TO ASSESS THE PERCEPTION OF

ADOLESCENTS ABOUT PARENTAL FEEDING PRACTICES: THE

TEENAGER'S PERCEPTION OF PARENTAL FEEDING PRACTICES

SCALE (TEEN-PFP)

Piccoli AB, Mosmann CP, Neiva-Silva L, Pellanda LC

ABSTRACT

Background: The influence of parental feeding practices on dietary habits and

nutritional status of children and adolescents has become a research focus in recent

years. Most studies have focused their attention on parents' perception about their own

eating practices directed at children, but there are few studies that assess the

perception of their children, especially adolescents. The lack of valid instruments to

quantify parental eating behaviors from the perspective of the children has been a

barrier to this research. Objective: To validate a scale of dietary education practices

adopted by parents as perceived by their teens. Method: The Teenager's Perception of

Parental Feeding Practices Scale - Teen-PFP - was developed based on the

Comprehensive Feeding Practices Questionnaire - CFPQ, and adapted to the

adolescent population between 12 and 18 years. Content validity was done through

the judgment of experts and the application in 23 adolescents. A second application of

the instrument to a sample of 41 students evaluated the reliability of the tool through

test-retest (Intraclass Correlation Coefficient - ICC). A third sample of 307

adolescents assessed the internal consistency (Cronbach's Alpha) and construct

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114

validity (Confirmatory Factor Analysis - CFA). Results: Content validity was

considered by experts and adolescents as appropriate. In the analysis of test-retest

reliability (ICC), 10 of the 12 factors were above 0.7. The factors "teaching about

nutrition" and "food as reward" obtained the values 0.60 and 0.68 respectively. The

values of the Cronbach's Alpha were between [0.52 to 0.85], the factors "teaching

about nutrition" and "food as a reward" had the lowest values (0.52). The total

Cronbach's Alpha of the scale was 0.83. The CFA made with 12 factors and 49 items

resulted in discrepant estimates on the factors with signaling of negative variances not

specified by AMOS software. After removing the two factors "food as reward" and

"teaching about nutrition", the structural model was deemed appropriate, according to

the various fit indices used (CMIN / DF, RMSEA NFI, TLI, IFI, CFI; PNFI;). The

scale was made up of 10 factors with 43 questions. Conclusions: The Teen-PFP

demonstrates validity and reliability being a suitable tool to measure the perceptions

of adolescents regarding parental feeding practices and can be a tool to aid diagnosis,

and treatment of adolescent overweight, based on a systemic view including the

family.

Key Words: adolescence, parental feeding practices, scale development.

INTRODUCTION

It is widely recognized that obesity in childhood and adolescence is a major

public health problem worldwide (World Health Organization, 2000), a result of

changes in lifestyle and eating habits. Obesity can develop at any age. However, three

periods of development constitute as critical times for the establishment of obesity:

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115

the final trimester of inter-uterine life, the first year of life, and adolescence (Cruz,

2009).

The eating habits develop during infancy, with strong familiar influence

(Rochinha & Sousa, 2012) and a tendency to track throughout adult life. The parents

are primarily in charge of the feeding and development of their children through

incentive attitudes, restriction, permission or passivity in the face of certain foods that

affect regular diet of children and adolescents (Melbye, Øgaard, & Øverby, 2011).

Through references or models that are internalized, children tend to develop behaviors

like those of their family members (Savage, Fisher, & Birch, 2007).

The influence of parental feeding practices on dietary habits and weight status

in children and adolescents has become a focus of research in recent years (Alia,

Wilson, George, Schneider, & Kitzman-Ulrich, 2013; Anderson, 2009; Chen &

Escarce, 2010; Musher-Eizenman, de Lauzon-Guillain, Holub, Leporc, & Charles,

2009; Rhee, 2008; Savage et al., 2007; Sleddens, Gerards, Thijs, Vries, & Kremers,

2011). The search for understanding overweight and obesity in children and

adolescents involves very specific aspects of certain parenting practices as, for

example, what foods are offered or made available to the children, how are they

encouraged by their parents, what portions are offered, what is the family

environment like at mealtimes or who prepares the food. Thus, most studies

investigating the relationship between parental education and nutritional status of

children is directed to the investigation of such behaviors.

There are several protocols for analyzing dietary practices related to eating

styles (Hurley, Cross, & Hughes, 2011). Most of these include actions related to

control, restriction and knowledge about food intake and present a set of factors that

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116

are recognized as "dietary style" (Patrick, Nicklas, Hughes, & Morales, 2005). with

categories or subscales referred to as laissez-faire, restrictive, pressure, sensitive ,

monitoring, discipline, control limits and strengthening, among others.

There is a need to increase the knowledge about the influence of parents on the

eating behavior of children (Hart, Bishop, & Truby, 2003) and further research should

focus on the role of parents‘ strategies in shaping the food preferences of children

(Zeinstra, Koelen, Kok, & De Graaf, 2007). However, the lack of valid instruments to

measure eating behaviors of parents and styles has been a barrier, and comparison

between studies has been a challenge (Faith, Storey, Kral, & Pietrobelli, 2008).

One of the instruments used is the Comprehensive Feeding Practices

Questionnaire (CFPQ) which provides a more complete range of feeding practices

than the rest of the tools available and is not restricted only to control or pressure in

food intake. The CFPQ was developed by Musher-Eizenman and Holub (2007) with

questions that addressed parental behavior related to nutrition of children in 12

different aspects (factors): authority of the child, emotional regulation, encouraging

balanced and varied diet, environment, parenting model, parental monitoring, food as

a reward, constraint for weight control, restriction for health, pressure to eat,

involvement and teaching about nutrition. The CFPQ appears to be an appropriate

instrument to measure the various feeding practices of parents, and was designed to

measure parenting practices on feeding young children (2-8 years old). The cognitive

development of the child influences the way parents select strategies to influence the

feeding behavior of their children. Thus, measures of feeding practices developed for

parents of small children are not necessarily valid for parents of teenagers.

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117

The items from these instruments generally approach behaviors that are geared

to the universe of the child, for example, tell the child "eat at least a little food on the

plate" or "milk is good for your health because it will make you strong" or even

"encourage the child to eat by making smiley faces on the pancakes." Such attitudes

do not address the adolescent age group.

On the other hand, parent-child relationships are bidirectional and no

instruments exist to assess the perception of children about what their parents do,

since the practices are generally evaluated from the perspective of parents. In

adolescence, it is possible to see how the attitudes of parents impact the children.

There is a gap in the literature regarding instrument intended to measure about

their parent‘s behavior in relation feeding practices. Two studies were found which

validated instruments of parental feeding practices directed at the teenage universe;

one as extension of CFQ for adolescents with an average age of 15 years (Kaur et al.,

2006) and another as an extension of CFPQ to parents of teens between 10 and 12

years (Melbye et al., 2011). In this first study, parental control factor measured by

CFQ decreased with increasing age of the adolescent, which means strategies for

controlling diet seem to be less used by parents of adolescents. The second study

withdrew two factors (food as a reward and as a mood regulation) from the initial

research with parents who considered these items irrelevant factors.

In order to understand adolescent obesity in the context of parenting practices,

the need to have an instrument to understand how the adolescent perceives the

attention received from their parents is critical. Among the instruments identified, the

CFPQ presented the issues that would adapt to a better fit for helping adolescents and

to be answered by the adolescents themselves. According to the author, the scale

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118

provides flexibility for use in multiple configurations and can be adapted to suit the

needs of a particular project (Musher-Eizenman & Holub, 2007). The CFPQ has been

widely used, being extended to children aged 10 to 12 years (Melbye et al., 2011),

reduced its factors (Haszard, Williams, Dawson, Skidmore, & Taylor, 2013; Melbye

et al., 2011), and passed validation processes in several countries (Doaei, Kalantari,

Gholamalizadeh, & Rashidkhani, 2013; Haszard, Williams, Dawson, Skidmore, &

Taylor, 2013; Melbye et al., 2011; Musher-Eizenman et al., 2009).

This study has the objective to: a) describe the process of adaptation and

validation of an instrument to assess the perception of teens about parenting practices

in relation to food education, with reference to the CFPQ instrument and b) verify its

psychometric properties and discuss the validity of the instrument, named the

Teenager's Perception of Parental Feeding Practices Scale - Teen - PFP

METHODS

Participants

The adaptation and validation of Teenager's Perception of Parental Feeding

Practices Scale - Teen-PFP was done with three samples of adolescents using the

following steps:

Sample 1: Pilot application during the process of adaptation of the instrument,

Participants, 23 adolescents between 13 and 18 years old, with a mean age of 15.4

(1.74), with 60.9% girls and 60% public school students.

Sample 2: For the reproducibility analysis, participants, 41 adolescents

between 12 and 18 years, with a mean age of 14.1 (0.85), with 63% males and 37%

females, from three public schools of Porto Alegre. 148 adolescents were initially

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119

selected, with a mean age of 14.7 (1.02), 52% males and 48% females. They were

chosen randomly from the grades that were made available by the schools to respond

to the instrument; of these, 55 responded to the scale for the second time and 41 were

considered for the completeness of the answers.

Sample 3: For construct validity focused on internal consistency and factor

analysis, the instrument was administered to 307 adolescents between 12 and 18

years, students from four schools, two public and two private, located in different

areas of Porto Alegre - RS / Brazil. Of the 307 adolescents, 58% were female, 74.9%

were between 14 and 18 years, 57% attended public schools, 58% attended high

school, 63.4% were living with both parents, and 79.8% reported the mother as the

main caregiver.

For factor analysis it is suggested to analyze at least five times more

questionnaires than the number of items in the scale (Sander et al., 2004) being

considered, a minimum number of 245 questionnaires for this study, to obtain

appropriate responses.

Procedures

The choice of CFPQ as the basic instrument for the designing of a tool of

parental feeding practices for adolescents came from an analysis of conceptual

equivalence, since the object of investigation was parental feeding practices with a

comprehensive structure of factors. The factors defined in the instrument are focused

on nutritional education of young children. However, reviewing the literature on the

adolescent age group, we found some aspects that initially reinforced the maintenance

of all factors in CFPQ. The adolescent age range is broad assuming that adolescents/

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120

minors between 12 to 15 years are still emotionally and economically dependent on

their parents and need them as role models, mentors, and disciplinarians of dietary

habits. Another aspect considered refers to maturity and emotional balance in this

period, this being of great instability when the teen is more susceptible to external

influences.

Thus, other steps were defined in the search for reliability and validity of the

instrument considering its original structure.

The translation of the instrument from English into Portuguese was done by

three professionals with expert knowledge of English and Portuguese and each sent

their translations separately. These contained no divergent translations regarding the

understanding of the terms used in English as well as in the content of the questions

(conceptual equivalence). The structure of the scale was retained as the original and a

header was introduced before questions that differed from the original. The factor

"authority of the child" was replaced by "authority of the adolescent."

As the questions would be answered by teens about the practices carried out

by parents (or caregivers), it was necessary to make adjustments in the text,

previously translated, to meet the objectives. Thus, we used language appropriate to

this age group and all questions were written from the third person, instead of the first

- instead of the pronoun "I" implicit in the questions that were answered by parents

about their own practices, the pronoun was replaced by she/he in reference to parents.

To exemplify how the adaptation was performed, question no. 15 of CFPQ is cited "I

involve my child in planning family meals" and in the final version, adapted for the

perception of adolescents, was “Este cuidador pede minha opinião no planejamento

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121

das refeições e cardápios da família” ("This caregiver asks my opinion on planning

meals and menus for the family").

More care was taken regarding instructions for completing the scale in which

the adolescent would respond by thinking about the person who is more occupied with

their food (mother or father) and they had the opportunity to appoint someone other

than the biological parents, as this would include all teenagers who were living with

their stepfathers or stepmothers or with their grandparents who could be the people

who effectively adopted their diet-related practices. So this person was treated as the

‗caregiver‘.

After translation and adaptations of language for the adolescent audience, a

content analysis was performed. This analysis is qualitative, involving different expert

judges, who analyze the representativeness of the items in relation to the content and

relevance of the objectives to be measured (Raymundo, 2009). The instrument was

subjected to the opinions of seven judges considered specialists on the matter. The

judges were professionals in the areas of health and education: two physicians (an

adolescent psychiatrist and another specialist in obesity and eating disorders), three

psychologists (with specializations in the area of family, adolescence, and obesity) a

pedagogue, and a nutritionist. All cooperated in the textual aspect of the instrument as

to the relevance of the questions, so that it suited what was proposed.

With the recommended adjustments, a pilot study was undertaken with 23

adolescents (Sample 1). The objective was to identify the ability to understand the

questions, the appropriateness of the language used in the questions and the relevance

of the questions. The adolescents had the freedom to express themselves during the

fulfilling of the questionnaire in case they did not understand a word or question. At

Page 132: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

122

the end, they were asked to report say how the experience in answering the instrument

and if they considered it difficult, tiresome or boring.

The next step was evaluation the reliability. Reliability is defined as the degree

to which the measured result reflects the true outcome, i.e. how a measure is free of

the variance of random errors, by evaluating the reproducibility and consistency of

measurement (Boynton & Greenhalgh, 2004). First, focusing on the reproducibility of

the responses of the instrument over time in the absence of intervention (Sample 2),

we used the method of test / re-test where a group of individuals is assessed at two

different times, to establish the degree to which the instrument can reproduce the

results (Andrade Martins, 2006). It was applied on two occasions, with an interval of

2 to 4 weeks, according to the schedule provided by the three selected schools. On the

test-retest reliability, high consistencies indicate convergence of factors with the total

scores.

The high consistency in the presence of multidimensionality indicates that the

items that compose the different dimensions of a measure are strongly correlated.

Cronbach's Alpha provides an underestimate of the true reliability of the measure, it

assesses the homogeneity of questions (items) aimed at measuring the same construct.

The constructs must be tested empirically to support the theory. If the

observable variables are invalid, the analyses performed can lead to incorrect

inferences and erroneous conclusions and, therefore, the empirical validation of

constructs is important to ensure the quality of the measurement (Forza, 2002). The

construct validity evaluates whether the right concept is being measured, and the lack

of it increases the systematic error (bias). To check the construct validity, the final

step was to apply the instrument to 307 adolescents in public and private schools

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123

(Sample 3). The theoretical basis for the factor analysis is that the variables are

correlated because they share one or more components and can be expressed by

underlying factors.

At all stages, the adolescents were informed about the study and invited to

participate being guaranteed the same right to withdraw from the study at any time.

The "Informed Consent Form – ICF" was sent for parents/guardian to adolescent

participation in the research.

Statistical Analysis

Data was tabulated and analyzed using SPSS, version 19. The distribution of

scores on each factor was assessed by calculating the mean of the items composing

each factor. For the validation of the Teen-PFP, was used the test-retest reliability,

using the intraclass correlation coefficient (ICC) and Cronbach's Alpha (α) to measure

the internal consistency of the scale once its items define a multifactor structure

(Gliem & Gliem, 2003).

For construct validity was used confirmatory factor analysis (CFA) through

the AMOS program, version 16.0, a program for structural equation modeling

techniques, to identify whether the items of each factor were appropriate to the factor

to which they belonged and whether each factor was appropriate in relation to other

factors., We considered a critical alpha of 0.05. Since confirmatory factor analysis

models do not have a single statistical test to assess the strength of the model

constructed, several goodness of fit measures that, when used together, provide

empirical support for the construct validity. The three types of measures of general fit,

useful in the CFA, are represented by measures of absolute, incremental and

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124

parsimonious fit. Measures of absolute fit determine the degree to which the

constructed measurement model is able to predict with the lowest possible error the

variance-covariance matrix or the correlation matrix used in the sample. Among them,

the χ ² (Chi-Square) test which measures the probability of the theoretical model to fit

the data; the Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA), that measures the

discrepancy of the data. The Incremental Fit measures aim to determine if all

indicators are linked to a single latent factor (Costa et al., 2011). Among them is the

Normed Fit Index (NFI), the Comparative Fit Index (CFI) and the Tucker-Lewis

index (TLI) (Garson, 2012). Measures of parsimonious fit relate the fitness of the

model to the number of coefficients required to achieve this level of adjustment. A

model is parsimonious when it contains no unnecessary coefficients, i.e., it is a simple

model, but with great explanatory power. Among these is the Parsimony Normed Fit

Index (PNFI). Thus, several fit indices were used to assess the fitness of the model, as

suggested by the literature: 1) The ratio of chi-square relative to the degrees of

freedom (χ ²/g.l.ou CMIN/DF) having values as indicated, between 1.0 and 3.0 and

less rigorous, accepted upper limit of 5.0; 2) Root Mean Square Error of

Approximation - RMSEA (90% CI) - and is recommended values below 0.08

(AMOS) or below 0.06; 3) The Comparative Fit Index CFI, 4) Normed Fit Index

(NFI), 5) Tucker-Lewis Index (TLI) and 6) Incremental fit Index (IFI) whose general

recommendation points to indexes above 0.90, 7) The Parsimony Normed Fit Index

(PNFI) that for arbitrary convention greater than 0.60 indicates good parsimony,

however, some authors consider the greatest value 0.50 as good (Garson, 2012).

Page 135: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

125

RESULTS

Content Validity

The instrument was analyzed by judges and by adolescents and considered, in

general, appropriate.

A judge considered it necessary, for better understanding in adolescents

between 12 and 18, to use examples in question 3 for "fatty foods", adding the words

"hamburger, snacks, mayonnaise" since not all high calorie and unhealthy food is

recognized by adolescents as fatty foods. None of the judges made comments about

any inadequacy of the questions to the proposed age group.

As for teenagers, suggestions were made regarding the understanding of words

like "restricts" which was replaced by "limits" (question 34) or the emphasis on the

instructions - underlining certain words. The opinion of relevance of the questions

varied according to age where older teenagers considered some questions

inappropriate, such as in question 36: "When I behave badly, he / she does not give

me lunch money." However, no questions were scored as irrelevant for most

adolescents. In this sense, as the Likert scale presents possibilities for adequate

responses to the needs of the oldest (such as "never" or "strongly disagree") and in

order to meet the youngest, questions were retained. We opted to keep the original

structure and the number of questions to establish a basis for comparison in the

analysis of psychometric properties. In general, adolescents considered the tool easy

to understand, taking an average time of 15 minutes for completing the scale when

applied individually and 25 minutes when applied in a group

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126

Analysis of Reliability

Table 1 presents the analysis of reliability as to the reproducibility and internal

consistency (Cronbach’s Alphas and ICC) of the factors. In the analysis of test and re-

test, 10 of the 12 factors were above the value of 0.7, allowing estimates of

reproducibility in most factors except "teaching about nutrition" and "food as a

reward" which obtained the values 0.60 and 0.68 respectively.

The values of the alphas obtained were between [0.52 to 0.85] considering the

factors "teaching about nutrition " and "food as a reward," also obtained lower alpha

values (0.52). The total alpha of the scale was 0.83.

Differences were found in the alpha coefficients in case some item was

removed from the scale, with a specific factor. Two showed a difference considered

significant: item 36 ("When I behave badly, he / she does not give me lunch money")

and 42 ("This person says what I have and what I do not have to eat without much

explanation") that would increase the value of alpha to a high level with a difference

of 0.7 and 0.8 respectively.

A detailed analysis of the designed questions identified strong indications that

the variables were not responding to the factor to which they belonged. For factor

analysis, at least three variables per factor are recommended (Melbye et al., 2014)

and, consequently, how these items relate to the factors "food as reward" and

"teaching about nutrition ", both with only three items, questions remained for the step

of construct analysis in order to support subsequent decisions to remove factors.

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127

Construct Validity

The statistical procedure best known for verifying the relationship between

manifest behavior and latent variables (factors) is factor analysis. Initially, the

structural model was tested with the 12 factors and 49 items in which its discrepant

estimates were found in the factors and signaling negative variances not specified by

AMOS. After removing the two factors "food as reward" and "teaching about

nutrition", the model presented itself as appropriate, according to the results shown in

Table 2 parallel to the recommended values for these indices (Garson, 2012).

DISCUSSION

Although the attitudes of parents regarding the education of children to adjust

as the growth of the children, due to the different needs and demands is understood

that the way parents express themselves facing situations are independent of the age

of the children and relate to beliefs , the values. These aspects influence the actions of

the parents in relation to food education. In addition, the adolescent age range is wide

and those who are much younger still exhibit more infantile characteristics.

Considering the level of maturity and emotional balance of adolescents, this varies

widely and is related to the type of education and life experiences, expressing the

dynamic and bidirectional nature of the interactions between parents and children. An

instrument that identifies the adolescents' perception regarding nutritional education is

important for understanding the nutritional status of adolescents.

The first definition established, in the development of the scale, was trying to

maintain the structure of the original instrument (CFPQ) with its twelve factors,

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128

previously appointed, and 49 pertinent questions. This decision also considered the

importance of keeping the bases for comparing the results of the original instrument

with the findings of this instrument, even if the CFPQ evaluates the perception of

parents about what they themselves do and Teen-PFP evaluates how adolescents

perceive what parents do.

The wording of the questions constituted the initial challenge in building the

instrument to adapt the language used in each question to the age of adolescents.

Added to this, it was necessary to develop each question so that the adolescents

responded thinking of how they perceive the attitudes of parents towards their food

education without mischaracterizing factors to which they belonged. Despite

favorable and positive views of experts and revisions made in preparing the

instrument, a construct is valid if it statistically proves that it has only observable

variables that represent it faithfully (Forza, 2002). As the results were obtained during

the process of reliability and validity analysis, the findings of this study showed

compatible results with those of the original study (Musher-Eizenman & Holub, 2007)

and its related ones (Doaei et al., 2013; Melbye, 2011; Musher-Eizenman et al., 2009).

Regarding stability, only the factors "teaching about nutrition" and "food as

reward" presented rates slightly lower than expected (ICC = 6.0 and 6.8 respectively).

Coefficients above 0.7 are interpreted as significant (Doaei et al., 2013). Other

researchers consider the values observed as = moderate (0.41 to 0.60) and substantial

(0.61 to 0.80) (Mello Alves, Chor, Faerstein, Lopes, & Werneck, 2004).

As for internal consistency, generally speaking, an instrument or test is

classified as having adequate reliability when α is at least 0.70 (Doaei et al., 2013).

However, in some scenarios of research in the social sciences an α of 0.60 is

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129

considered acceptable provided that the results obtained with this instrument are

interpreted with caution (Maroco & Garcia-Marques, 2006).

The high consistency in the presence of multidimensionality indicates that the

items that make up the different dimensions of a measure are strongly correlated,

despite the fact that the dimensions themselves establish a relation inferior to that

observed among the items that compose them. Teen-PFP demonstrated acceptable

reliability for good (α> 0.60) in eight of the twelve factors (67%). The factors with a

value of < 0.60 were: ―food as reward‖, ―involvement‖, ―pressure to eat‖, and

―teaching about nutrition‖. These indices, however were compared with other studies

of validation of CFPQ and indicated, in general, a decrease compared to the original

study (Musher-Eizenman & Holub, 2007) (with children 2-8 years) but, in relation to

the studies for parents of children aged 10 to 12 years (Melbye et al., 2011), the alpha

was higher in factors: ―adolescent control‖, ―environment‖, ―parental modeling‖, and

―teaching about nutrition‖, and showed similarities in the factors ―encouraging

balance and variety‖, ―restrictions for weight control‖, and ―monitoring of parents.‖

We observed that a large part of the factors that showed low alphas were those that

comprised only 3 items. Considering this aspect, the alpha values found were deemed

acceptable.

The focus of research in parental feeding practices for adolescents is a

challenge because, at this age, teens have more autonomy and, regarding the parents,

these become more permissive and stimulate the autonomy of children. One concern

of parents when their children are small is that they develop and grow healthy and this

concern is different when the children are older, with increased focus when these

adolescents have a disability or pathology where food becomes part of the treatment

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130

(obesity, diabetes) or part of the symptoms of the diseases (obesity, eating disorders).

For this reason, the model CFPQ with its comprehensiveness and specificity in terms

of its factors has been a guiding element in the construction of Teen-PFP. This point,

however, can be improved, in the assessment of parental feeding practices, especially

in the factors "restriction for health", "pressure to eat", "encouraging balance and

variety."

The same measure, when administered to a sample of more or less

homogenous subjects, produces scores with different reliabilities. Thus, all features of

the contexts of data collection that are directly or indirectly related to greater

variability observed in the data (either intra or inter) also affect the value of the

Cronbach’s alpha index (Maroco & Garcia-Marques, 2006). Thus, the values of α

should always be interpreted in light of the characteristics of the measure to which it

associates, and the population where the measure was taken.

To improve internal consistency, we identified that some items (7, 17, 22, 36,

42) could be removed. Question 7 (―When you are agitated, tense or irritated, does the

caregiver offer you something to eat or drink?‖) The factor ―food for emotional

regulation‖ was not removed for two reasons: 1) because the general alpha factor

value was adequate (0.77) and the difference was 0.03; and 2) the question belonged

to a factor with only three items which would require the removal of the factor from

the scale. However, we do not exclude the possibility of further analysis of the issue

and factor for this age group. It is understood that the referenced item refers to three

moods in a single question, which may have caused a conflict of responses by the

adolescent or because of greater mood instability in teens, the respondent may not

have recognized himself/herself in these conditions.

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131

Item 17 ("I must eat all the food on my plate") if it was removed, would

increase the value of the alpha factor in 0.04. However, it is an item that deserves

attention, since, besides being linked to the pressure factor for eating (important for

the outcome of the study), it is also common for parents to require their children not to

waste food and, if so, this issue may be competing with another factor related to

guidelines focusing on proper nutrition. This leads to the need of new, exploratory

studies

Factor analysis was a deciding point for the withdrawal of the factors

"teaching about nutrition" and "food as a reward." The statistical procedure best

known for verifying the relationship between manifest behavior and latent variables

(factors) is factor analysis. The theoretical basis for factor analysis is that the variables

are correlated because they share one or more components and can be expressed by

underlying factors. There are two types of analyses: Exploratory Factor Analysis

(EFA) and Confirmatory Factor Analysis (CFA). EFA is designed for situations

where the relationship between the observed and the latent variables are unknown or

uncertain. In contract, CFA is used when there is already previous knowledge of the

underlying theory of the latent variable, and thus the CFA was designed to confirm

the results.

Confirmatory Factor Analysis (CFA) was conducted according to the

suggestions of the scientific literature (Costa et al., 2011; Garson, 2012; Lopes, 2008),

using multiple fit indices to assess model fit. While the two factors - "teaching about

nutrition" and "food as a reward" - were kept in the model, during the analyses, no

suitable indexes were obtained. Moreover, it was not possible to remove only the

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132

items that had problem in the calculation of the alpha (items 36 and 42) since they

belonged to factors with only three items.

The withdrawal of these two factors made the model consistent. Even though

the values of the Teen-PFP are slightly below the values indicated, it is considered a

good model. As Garson (2012) warns, being considered a good model for observed

indices, does not guarantee that all the various aspects of construct analysis (strength

of correlation, proof of causality, strength of the results, estimates for small samples,

the number of factors etc.) are the best. Although there are references to the

acceptance of the adjustment model, we observe that these cutoffs are arbitrary. Also

according to Garson (2012), a more evident criterion can be to simply compare the fit

of a model to the fit of prior models of the same phenomenon. For example, a CFI of

0.82 may represent progress in a field where the best previous model had a lower fit.

Another way to characterize a good model is to consider a fit index of each type of

measure of fit, in other words, three values. Other authors define, more specifically,

some of the measures of fit as a benchmark (Garson, 2012).

The withdrawal of these factors involves a more careful analysis. It was

understood that the questions raised and related to the factors "education" and "food

as a reward," in this instrument, did not adequately accounted for the factor to which

they belonged. Question 42 ("This person says what I have and what I do not have to

eat without much explanation"), the factor "teaching about nutrition" was not suitable

as a teaching strategy on nutrition. The same occurred with question 36 ("When I

behave badly, she/he does not give me lunch money"), where the reward was not

talking about favorite foods but the financial rewards diverging from other factor

questions. They can be better prepared since education is an important factor in

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133

everyday dietary education and possibly the strategies used for this factor are not

conditional on age, but on the way they manifest with age (Raymundo, 2009). In the

original instrument (CFPQ), answered by the parents, it is possible that the factor

"education" made more sense for respondents. However, when completed by the

adolescents, it is possible that items do not adequately represent the same relationship.

An adolescent said that caring for the food required her own care, because she

became a vegan and did not delegate to parents the preparation of her food. In this

case, factors such as "environment", "encouraging the intake of different foods with

balance" or "involvement" may include such behaviors that are incorporated by

adolescents when in search of their identity.

Thus, the final scale is composed of 43 questions divided into 10 factors.

Adaptations of scale need to be respected so that the phenomenon the scale is

supposed to assess is measured correctly and can be applied in the proposed

framework and for the specific population (adolescents) (Kobarg, Vieira, & Vieira,

2010. It is evident the importance of methodological care for purposes of validation,

standardization and adaptation to contexts where the scales and tests are applied

showing that changes are essential (Solano-Flores, Contreras-Nino & Backhoff,

2006).

One limitation of this study is that its findings are based on a cross-sectional

survey with a relatively small sample, comprised of teenagers from a city in southern

Brazil. Studies that investigate evidence of validity in other Brazilian contexts are

essential so the Teen-PFP can have its validation extended throughout the country.

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134

CONCLUSIONS

The psychometric properties of Teenager's Perception of Parental Feeding

Practices Scale - Teen-PFP, adapted from the structural model CFPQ - showed

internal consistency rates slightly lower in relation to the results of the original

instrument, but showed similar results to the version validated for parents of older

kids - 10-12 years. However, the overall internal consistency of the instrument was

satisfactory. Results of confirmatory factor analysis revealed that the Teen-PFP

constitutes a tool with relatively adequate, valid and reliable framework to assess the

adolescents' perception of parental feeding practices. The good response rate (74%)

indicates that the content of Teen-PFP is considered relevant for this population

group.

Special attention should be paid to factors associated with dietary practices

"restriction for health and weight" as possible indicators of associated pathologies.

The factor "pressure to eat" may also be an aspect to be explored, considering the

development and growth disorders, such as eating disorders. The factor "teaching

about nutrition", despite having been removed from the instrument in this study, may

be an aspect to be re-evaluated in future research through a dimension of

"communication between parents and children" instead of teaching strategies. Despite

the qualitative research with the target population (sample 1), it is suggested for future

research to explore different feeding practices through an investigation with parents of

adolescents and young people to expand knowledge about parenting practices to this

age group.

The Teen-PFP indicates a promising tool for future research exploring the

perceptions of adolescents about the educational feeding practices of parents and their

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135

effects on health. Increasingly, the adolescent age group is found to be overweight and

suffers other disorders associated with diet, and the Teen-PFP can be a very important

tool to aid the diagnosis and treatment of adolescent overweight and obesity.

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Page 151: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

141

TABLES

Table 1. Interclass Correlation Coefficient (ICC) and Internal Consistency of

factors

Factors of Feeding Practices (items *)

ICC

N=41

Cronbach’s Alpha

n=307

Adolescent Control (5, 6, 10, 11, 12) 0.91 0.67

Regulation of Emotion (7,8,9) 0.86 0.77

Encouraging balance and variety (13, 24, 26, 38) 0.81 0.66

Environment (14,16,22,37) 0.86 0.64

Involvement (15,20,32) 0.87 0.56

Parental modeling (44, 46, 47, 48) 0.83 0.82

Monitoring (1, 2, 3, 4) 0.79 0.85

Pressure to eat (17,30,39,49) 0.86 0.56

Restrictions for Health (21,28,40,43) 0.81 0.62

Restrictions for Weight Control (18,27,29,33,34,35,41,45) 0.90 0.83

*The numbering of items of each factor is in accordance with the initial scale, considering

the twelve factors.

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142

Table 2. Resulting Indices of Confirmatory Factor Analysis to Perception Scale

for Adolescents about Parental Feeding Practices - Teen-PFPa

Measures of Goodness of Fit Level of Fit

recommended

Value Teen- PFP

Measures of Absolute Fit

CMIN/DF (χ²/df) < 3.0 1.981

RMSEA < 0.06 0.057

Measures of Incremental Fit

NFI (Δ1) > 0.80 0.702

TLI > 0.95

0.792

IFI ≥ 0.90 0.826

CFI > 0.90 0.821

Measures of Parsimonious Fit

PNFI > 0.60 0.605

a Results obtained after the removal of factors "food as reward" and ―education";

bMeasures of Goodness of Fit: CMIN/DF =normal chi-scare; NFI = Normed Fit Index or Delta 1; TLI

= Tucker-Lewis Index; IFI=Incremental Fit Index; CFI = Comparative Fit Index; PNFI= Parsimonious

Normed Fit Index; RMSEA = Root Mean Square Error of Approximation

Page 153: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

143

APPENDIX I

Below, the Teenager's Perception of Parental Feeding Practices Scale - Teen-

PFP, with 10 factors with a brief operating definition and the 43 relevant questions.

The questions are in Portuguese, numbered according to the order of application in the

scale. The questions are subject to a Likert 5-point scale with the response options for

questions 1-13 being "never, almost never, sometimes, often, always" and questions

14-43 use a 5-point scale with different anchors: "I disagree, partly disagree, neither

agree or disagree, partly agree, strongly agree." Items (16 and 32) adopt reverse

counting.

Nomenclature was also maintained in 09 factors and the factor "Child Control"

was replaced by "Adolescent Control." The ten factors include items 3 to 8:

Adolescents Control: Assesses the frequency that parents are more permissive

regarding behavior and food habits of adolescents.

5. Este (a) cuidador (a) permite que você coma o que quiser?

6. Dos alimentos servidos no almoço ou jantar, você pode escolher os

alimentos que quer, deixando de comer o que não gosta, sem que haja interferência do

cuidador (a)?

10. Quando você não gosta do que é servido para comer, é oferecido algo a

mais para você?

11. Este (a) cuidador (a) permite que você coma lanches sempre que tiver

vontade?

12. Esta pessoa permite que você deixe a mesa quando está satisfeito, mesmo

quando as outras pessoas não terminaram de comer?

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144

Regulation of Emotion: measures how adolescents perceive their parents using food

to regulate unsatisfactory mood or emotions.

7. Quando você está agitado (a), tenso ou irritado (a), este (a) cuidador (a)

oferece algo para você comer ou beber?

8. Quando você está com tédio, sem saber o que fazer, esta pessoa oferece algo

para comer ou beber mesmo sabendo que você não está com fome?

9. Quando você está triste, este (a) cuidador (a) lhe oferece algo para comer ou

beber mesmo sabendo que você não está com fome?

Encouraging balance and variety: evaluates how adolescents perceive their parents

as the ones who encourage the intake of various foods with nutritional balance.

13. Você é incentivado a comer mais alimentos saudáveis do que os não

saudáveis?

22. Sou incentivado a experimentar novos alimentos.

23. Esta pessoa me diz que comida saudável é saborosa.

33. Sou encorajado a comer alimentos variados.

Environment: measures the availability of healthy foods at home.

14. A maioria dos alimentos que tem em minha casa é saudável.

16. Em minha casa tem muitos alimentos industrializados (batata frita,

salgadinhos, etc...).R

21. Nas refeições em minha casa, há vários alimentos saudáveis disponíveis

para que eu possa comer.

32. Em minha casa tem muitos alimentos doces (sorvetes, bolos, tortas, doces,

sobremesas, guloseimas).R

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145

Involvement: evaluates in relation to the encouragement given by parents to their

adolescent children to participate in planning and preparing meals.

15. Este (a) cuidador (a) pede minha opinião no planejamento das refeições e

cardápios da família

19. Esta pessoa me permite ajudar no preparo das refeições da família

28. Esta pessoa me incentiva a participar das compras do supermercado.

Parental Modeling: assesses how adolescents perceive their parents as a model or

reference for them in habits of eating healthy foods.

38. Esta pessoa come alimentos saudáveis para me dar exemplo de hábitos

alimentares saudáveis.

40. Mesmo que não seja a comida preferida do (a) cuidador(a), ela/ele

frequentemente come por achar importante que eu tenha o exemplo dela(e)

41. Ela/ele tenta mostrar entusiasmo em relação a alimentos saudáveis.

42. Ela/ele demonstra para mim o quanto aprecia e gosta de comer alimentos

saudáveis.

Monitoring: assesses the adolescents' perception regarding the frequency with which

parents monitor the consumption of unhealthy foods.

1. Com que frequência este (a) cuidador (a) controla a quantidade de doces (ou

sorvetes, bolos, tortas, chocolates, balas) que você come?

2. Com que frequência ela/ele monitora a quantidade de lanches

industrializados (batatas fritas de pacote, salgadinhos, folhados de queijo, etc...) que

você come?

3. Com que frequência este (a) cuidador (a) controla a quantidade de alimentos

gordurosos (hambúrguer, salgadinhos de padaria, maionese, etc..) que você come?

Page 156: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

146

4. Com que frequência ela/ele controla a quantidade de bebidas açucaradas

(refrigerantes, refrescos) que você bebe?

Pressure to eat: measures the perception of adolescents about the pressure that

parents make to increase food intake during meals.

17. Devo comer toda a comida do meu prato.

27. Se eu digo ―Eu não estou com fome‖, ela/ele insiste que eu coma de

qualquer maneira.

34. Se eu como pouco, sou estimulado a comer mais.

43. Quando termino de comer, ela/ele tenta me oferecer mais um pouco.

Restrictions for health: evaluates the perception of teenage children in relation to

parental controls to limit the consumption of less healthy foods or sweets.

20. Eu comeria muito mais das minhas comidas preferidas se não houvesse

controle sobre minha alimentação

25. Eu iria comer muito mais ―porcarias‖ se não houvesse controle sobre a

minha alimentação.

35. Ela/ele me controla para que eu não coma muito das comidas não

saudáveis

37. Esta pessoa controla para que eu não coma muitos doces, lanches ou

salgadinhos

Restrictions for weight control: assesses the adolescents' perception of parental control

over food intake to decrease or maintain their weight.

18. Este (a) cuidador (a) precisa ter certeza de que eu não como comidas

gordurosas.

24. Esta pessoa me encoraja a comer menos para que eu não engorde

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147

26. Esta pessoa ajuda a controlar a quantidade de comida que me sirvo em

cada refeição para controle do meu peso.

29. Se eu como mais do que o normal em uma refeição, esta pessoa diminui a

quantidade de comida na próxima refeição.

30. Este (a) cuidador (a) limita os alimentos que possam me engordar

31. Ela/ele acha que não devo comer determinados alimentos para não

engordar.

36. Sou controlado para não comer fora de hora, para que eu não engorde.

39. Este cuidador (a) me obriga a fazer dieta para controlar o meu peso.

The general instructions of the scale, also in Portuguese, are: “Os pais ou

outros familiares têm diversas preocupações com a alimentação dos filhos e podem ter

diferentes atitudes e comportamentos em relação a isto. Por favor, responda as

questões abaixo pensando no comportamento de seus pais ou de outra pessoa que

cuida da maneira como você se alimenta. Não existem respostas certas ou erradas. Por

favor, tente ser o mais sincero possível nas suas respostas.‖

Ao responder, pense em uma pessoa somente, naquela que mais se

responsabiliza por sua alimentação: ou só a sua mãe, ou só o seu pai ou outra pessoa.

A pessoa que você escolher será referida como cuidador(a).

Eu responderei pensando: ( ) na mãe idade:..............

( ) no pai idade:.............

( ) outra pessoa. Quem?.................... Idade:........

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148

For questions 1-13, the instructions are: ―Responda as perguntas abaixo

assinalando com um X com que frequência você percebe que acontecem as seguintes

situações em relação à pessoa que cuida de tua alimentação. Marque apenas uma

resposta em cada item.‖

For statements 14-43, the instructions are: ―Agora, em relação às afirmações

abaixo, marque com um X o grau de concordância (1, 2, 3, 4, 5) sobre o quanto cada

frase descreve o que acontece realmente em sua casa, sendo o nº 1 quando

DISCORDA TOTALMENTE e o nº 5 quando CONCORDA TOTALMENTE.‖

―Marque apenas uma resposta para cada frase‖

In addition, you can request other identification information regarding the

general instructions, such as date of birth, gender, education, date of application of the

scale, as something optional to the investigator, according to your needs.

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149

ARTIGO 3

PARENTING STYLES, PARENTAL FEEDING PRACTICES AND

ADOLESCENTS' WEIGHT STATUS

(JAMA Pediatrics)

Page 160: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

150

PARENTING STYLES, PARENTAL FEEDING PRACTICES AND

ADOLESCENTS' WEIGHT STATUS

Piccoli AB, Mosmann CP, Neiva-Silva L, Pellanda LC

ABSTRACT

Importance: Obesity in adolescence is a risk to health and is associated with

incorrect eating habits that are developed in the family. Parenting styles are

fundamental for the understanding of the parent-child relationship, but little is known

about them in the field of food. Research addressing nutrition education focusing on

feeding practices and parenting styles are generally performed from the perspective of

parents of younger children. Objective: This study aims investigated the perception

of adolescents about parenting styles and parental feeding practices associated with

body mass index (BMI). Design: A cross-sectional study Setting: In public and

private schools in southern Brazil. Participants: 271 students (12-18 years). They

answered the demandingness and responsiveness scales, the Teenager’s Perception of

Parental Feeding Practices Scale - Teen-PFP, a sociobiodemographic questionnaire,

as well as underwent anthropometric measures. The associations of dietary practices

with parenting styles was analysed for the primary caregiver appointed by the

adolescent-either father or mother. Main outcome measure: weight status. Results:

Twenty-eight percent of adolescents were with excess weight. Most of them perceive

the mother between neglectful and authoritative and their father as authoritative.

There was no significant association of adolescent‘s BMI with parenting styles.

However, dietary practices associated with negligent and authoritative styles

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151

presented significant differences: lower "pressure to eat" and greater "food restriction

for weight control" are significantly association with excess weight in both styles and

greater "monitoring" is significant in the authoritative style. Parental feeding practices

of "food restriction for weight control," increase up to twice their frequency in the

perception of adolescent overweight and practices of "pressure to eat" decrease by up

to 32%. Conclusions and relevance: Adolescence is a critical stage for the

development or aggravation of obesity and further research is necessary about

parenting styles on eating habits at this stage to help in the treatment and management

of obesity.

Key Words: parenting styles, parental feeding practices, weight status, obesity,

adolescence

INTRODUCTION

Obesity is associated to incorrect eating habits and a sedentary lifestyle, which

develop in the family environment. Dietary disciplinary adopted by the parents and

the way the children respond to such practices are in the complex core of this

interaction.1,2

Most studies investigating the influence of parental education on the

weight status of children focus on the association of the impact of those specific

practices.3

Research examining the influence of the parents on children being excess

weight including parental styles has expanded in the past few years.4-7

Literature

shows that behaviors occurring within the context of a positive parental style will

have a different impact on the child when compared with the same behavior in the

context a more negative parental style.4 It is possible that, in the food domain, parental

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152

styles may assume specific characteristics, which suggests that parents vary their style

from one child to the other due to concerns related to specific health or food issues.8

Styles mediate practices and involve beliefs, values, and family hierarchy through

communication, support, and control. Thus, practices operate in the context of

parental styles.

The teenager's perception and interpretation of the practices adopted by the

parents may provide information on whether the parental style, internalized during

childhood is associated to their weight status (BMI) in the adolescence, since most

studies focus on the perception of parents.

METHODS

Cross-sectional study carried out with students at regular public and private

schools in Porto Alegre, south of Brazil. The participants were 271 adolescents from

12 to 18 years-old. The sample calculation considered a correlation of at least 0.20

between demandingness and responsiveness scores, the factors related to parental

feeding practices, and the weight status for a significance level of 0.05 and statistical

power of 90% (ß=0.10).9

Variables

Parental styles: Identified by dimensions: responsiveness and demandingness.

Responsiveness is the capacity of parents to be affectionate and to meet their children

demands. Demandingness is related to control, to establishing limits and rules aiming

at family wellness. From those dimensions, parental styles are defined in positions

according to high or low levels of demandingness and responsiveness in which high

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153

demandingness and responsiveness correspond to the authoritative style and low

demandingness and responsiveness correspond to the negligent style. High

responsiveness and low demandingness characterize the indulgent style and the

opposite reveals the authoritarian style.10,11

Parental Feeding Practices: Consist of the actions of parents in children's

education for the development of feeding habits. They were identified among 10

factors: adolescent's authority, food as emotional regulator, incentive to balanced and

varied eating, environment (healthy foods availability in the house), involvement (in

the planning and preparation), parents as role models for healthy eating habits, parents

monitoring, pressure to eat, food restriction for good health and for weight control.

Weight Status: Indexes established by the World Health Organization (WHO)

– 2007 for youth were used. The Body Mass Index (BMI) is classified as "normal"

when it ranges within the percentage of 3 and 85, "underweight" when it falls below 3

percent, "overweight" when it is between 85 and 97, and "obesity" above the 97

percent. For the analysis, these classifications were reduced to two: underweight and

normal as one category defined ―reference weight‖ and overweight and obesity as

―excess weight‖.

Other socio-bio-demographic variables: sex, age, school type.

Measures: Parental styles were measured by scales: demandingness and

responsiveness. These were validated in Brazil in 200012

and in 2004.13,14

The Teen-

PFP15

scale was used for the teenager‘s perception of parental feeding practices, that

foresees that the teenager points out a caregiver that is considered the main one in

their nutrition education. A portable digital platform-type scale for weight verification

was used for the anthropometric measures. Body Mass Index – BMI was obtained by

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154

the ratio BM/height², and converted to percentage based on participants' age and sex

according to the Anthropometric Standardization Reference Manual.16

Height was

measured by fixing a metallic measurement tape, on a vertical surface and with the

adolescents standing upright and barefoot. BMI was calculated through the WHO

AnthroPlus Software for Personal Computers.17

Procedures: The study was approved by the institutional ethics committee.

The schools were located in different zones of the city, selected for convenience. The

calendar for data collection was defined by the schools. The teenagers were informed

about the research and invited to participate, being warranted to them the right to

withdraw from the study at any given moment, and an envelope containing the

consent forms was delivered to them for parental consent and 307 teenagers were

included. The adolescents answered the Demandingness and Responsiveness Scales,

the Teen-PFP Scale, and a sociobiodemographic questionnaire, with the supervision

of a registered psychologist. Anthropometric measurements were obtained by a

professional nutritionist.

Statistical Analysis

All adolescents who filled out the Demandingness and Responsiveness Scales

completely for at least one of the parents were considered. The medians were

calculated for the analysis of the responsiveness and demandingness dimensions from

the sum of each scale scores. Indexes below the median were categorized as low and

indexes equal or above the median were categorized as high. Parental styles were then

classified according to the relationship between high and low demandingness and

responsiveness levels.

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155

The associations between the feeding practices and parental styles were

analyzed regarding the appointed caregiver by the teenager as the main person

responsible for their eating - the father or the mother.

RESULTS

The final sample with 271 adolescents considered as shown in the flowchart in

Figure 1. The table 1 shows the characteristics of the sample and twenty-eight percent

were excess weight. In the analysis of the variables sociobiodemographic associated

to being excess weight, there were no significant differences.

Among the overweight and obesity, the perceptions about the mother are

divided into negligent (26.3%) and authoritative (25.5%) whereas the father is mostly

seen as authoritative (43.8%); however, in both cases, there were no significant

differences.

Among the ten factors feeding practices, only three showed no significant

differences between parenting styles: the use of food as an emotional regulator,

environment conducive to healthy eating and pressure to eat. Of the other feeding

practices, the authoritative style differs from negligent and indulgent styles

significantly where adolescents perceive that their parents give you less autonomy in

the choice of food, more incentive to varied food and nutritional balance, greater

involvement of sons for planning and preparing meals, seek to have healthy habits for

their children to follow their models, greater monitoring and greater restriction of food

aimed at health and weight control. The authoritative style also differs from

authoritarian style featuring more monitoring (Table 2).

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156

Considering the sociobiodemographic variables, adolescents from 14 to 18

years old report that they have more autonomy over their nutrition (p=0.001) and less

"parent monitoring" (p=0.001) than 12 to 13 year old and, these report having more

"food restriction for good health" (p=0.014) and more "food restriction for weight

control" (p=0.010).

Regarding adolescent's gender, there is a stronger "involvement" by the female

adolescent in the choice and preparation of food (p=0.001) and more "pressure to eat"

from the parents for the male teenagers.

Significant differences were observed regarding comparing in the perception

of adolescents from public schools and the ones from private schools in relation to

various practices adopted by parents and parents whose educational level was

Elementary School compared with the ones who had a Higher Education degree, the

latter reporting more frequently to ―foster the consumption of a variety of food with a

balanced nutritional value"(p=0.020).

There are significant differences between the perceptions of adolescent with

excess weight with those who are not overweight on parental feeding practices.

Among the strategies adopted by the parents of excess weight teenagers, the use of the

"pressure to eat" is significantly lower (p<0.001) and of practices related to the "use

of food as emotion regulator" (p=0.035) and significantly higher the use of "food

restriction for weight control" (p<0.001).

In table 3, parents perceived as more indulgent or authoritarian styles do not

present statistically significant differences in their practices associated to the

nutritional status of teenagers. The differences are noted when the parents have a

negligent or authoritative parental style. In both styles, practices aimed at overweight

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157

and obesity that are different from other practices is low "pressure to eat" and higher

"food restriction for weight control". In authoritative style, than these two practices ,

are still observed, higher parental monitoring .

The Poisson multivariate regression analysis showed that the factors positively

associated to excess weight were the feeding practices identified as "restriction for

weight control", and, negatively, the "pressure to eat" (Table 4).

DISCUSSION

Are few studies that analyze the influence of parents on the nutritional status

of adolescents from the perspective of adolescents themselves. This study sought to

answer these questions.

Authoritative and negligent parental styles were the most prevalent ones

denoting similarity with findings of other studies.18-21

Parental feeding practices

perceived by teenagers presented differences that vary according to sex, age, and

socioeconomic situation of teenagers. Girls still carry the legacy of domestic activities

and are more educated and involved in food preparation and greater "pressure to eat"

in males can be understood to develop a strong and virile body, which strengthen

practices related to pressure to eat. And the youngest need more control in their eating

because they do not have as much autonomy when compared with the older ones.

Practices are conditioned according to the nutritional value and knowledge of

food items and to the economic status of families upon which the availability, amount

and quality of consumed food items depend. It is assumed that adolescents in private

schools live in environments that are more favorable to healthy eating provided that

they have more possibilities for access to varied food items. Among adolescents at

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158

public schools, however, the higher use of practices related to "use of food for

emotion regulation", higher permission for the children to have "authority" upon their

own eating choices, and a lower "monitoring" might be due to a socioeconomic

condition in which parents are more involved with work and have less time and

availability for preparation and monitoring the children's eating. Thus, they purchase

industrialized and ready-to-eat foods (snacks, fast-food) or easy preparation foods

(pasta, cold cuts, and ready-to-eat sauces) and they are not always present at the

children's meals. Studies report that teenagers feel dependent on their parents‘

decisions, but perceive contradictory practices because the type of food available at

home, acquired by the family members is mentioned as a barrier for the adoption of

healthy eating habits.22

Only the authoritative and the negligent styles presented significant

differences regarding the strategies used by the parents in the eating education with

negative effects for the nutritional state of teenagers. Negligent and authoritative style

parents of excess weight teenagers tend to use more "food restriction for weight

control" and less "pressure for the children to eat". Parents seen as negligent have

knowledge and use the resources available to educate their children towards a

healthier eating; however, such attitudes are inefficient in how they are made because

there is little involvement and requirement.23

Parents who are seen as authoritative

also have a higher nutrition "monitoring", which is not found among parents with a

negligent style. Other variables, not only to style, can to be related as the development

phase of the teenager (identity crisis, self-esteem, search for autonomy and resistance

to parental control) as well as environmental (appeal from the media regarding eating

habits, technology in daily activities which makes the teenager have less physical

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activity, family dynamics in which the parents are less present in the daily lives of

their children, etc.) that seem to constitute obstacles for healthier results concerning

their nutritional status. Furthermore, parents can vary their parental style in the eating

education domain due to concerns with specific health or food issues8, and this way it

is possible to think that there are different perceptions of parental styles among

children with excess weight and those who do not have obesity or eating disorders

The higher "monitoring" in eating shown by authoritative parents is confirmed

by a study in which negligent parenting was related to the frequent ingestion of snacks

when compared to the authoritarian and authoritative styles.24

Authoritative mothers

with poor control over their teenage children when associated to body weight,

skinfold thickness, waist size, and body mass index protect them from getting excess

weigth,25

which suggests that parents should refrain from excessive control of their

children‘s eating habits.

Both styles that are more strongly related to predictive practices for

overweight or obesity are the ones characterized on the extreme dimensions of

responsiveness and demandingness - the authoritative and negligent-, which denotes

the complexity of the interaction between parents and children. Some researchers

consider that the dimensions demandingness and responsiveness are positively

correlated, which means that when responsiveness increases there is also an increase

in demandingness and vice-versa26

and point at the need to improve the theoretical

definition of the demandingness dimension.27

Shek (2006)27

suggests splitting the demandingness dimension into two types:

behavioral and psychological. The former is related to what has been defined in this

study and the latter would be through the expression of negative feelings of

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160

dissatisfaction. It includes infantilizing the children, guilt induction, having unreal

expectations and promoting personal attacks. This new glimpse may lead to a better

understanding of the reason why only the styles at the end of the demandingness and

responsiveness dimensions are more prevalent.

A review identified a positive relationship between the indulgent parental style

and excess weigtht.2 The difference in the results may lie in the age range. Indulgent

parents providing what their children want. This characteristic seems not to be

associated for teenagers that denoted needs that are different from the ones of

children.

Parenting styles were not associated with nutritional status and some practices

were found to have influence on the development of obesity. However, some of the

practices are factors associated independently with the nutritional status of

adolescents. Practices "restriction aimed at weight control" doubles the frequency for

excess weight and practices "pressure to eat" decrease 32 % in the prevalence in this

cases. This data confirms previous research which found out that the more the parents

present efforts to control their children's eating, the more likely the children will

become obese25

and eat fruit and vegetables less often.28

Literature related to the

eating style has focused predominantly high demandingness eating habits such as

restriction, monitoring, and pressure to eat. Restriction is the only eating practice that

has been consistently associated to the increase in the ingestion of food and excess

weight in children2,29

, which was confirmed by the teenager's perceptions.

These data indicate that the parents' efforts in restricting foods aiming at

weight control in excess weight teenagers do not have effects in weight loss, just like

pressure to eat is not efficient for weight gain,30

if that is the goal.

Page 171: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

161

However, there is controversy about this issue. A study asserts that control

from fathers and mothers is not associated to the consumption of carbohydrates of

ingested packaged food that is available at home31

and another one says that teenagers

who reported having a high level of maternal control snack less often.32

Another study

says that food restriction is associated to the poor control of hunger and fullness with

consequences for children's weight,33

and that this pattern seems to happen again in

adolescence, as it was seen.

Study with Chinese adolescents and their parents identified that the restriction

of unhealthy food and sedentary behaviors of youth was positive for the weight status

and acquisition of healthy eating habits34

. Whereas practices "aimed at health food

restriction" are different from "food restriction for weight control", only the latter

were perceived by adolescents with excess weight as significant, in that it is assumed

that cultural characteristics may determine the perception these practices.

There are some limitations of this study that merit discussion. The measures

used to identify the relations between childhood obesity and family influences and

domestic environment are heterogeneous, which leads to difficulties in comparing the

studies.35

mainly directed towards the perception of teenagers, which restricts

comparisons related to studies. Relationships with studies done with younger children

were adopted as well.

The cross-sectional design does not allow for the analysis of the possible

changes of perception of teenagers concerning the parental behaviors when they are

younger and older.

Parenting styles were not predictors of overweight and obesity and some

practices have proved to be relevant in the development of obesity. These aspects

Page 172: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

162

show the need to continue investigating parental styles and feeding practices from the

perspective of children, especially in adolescence.

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Page 177: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

167

FIGURE

Figure 1. Flow chart of the research data analysis: parental styles and parental feeding

practices and adolescents' weight status.

Page 178: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

168

TABLES

Table 1. Sample Characterization (N=271)

Variables N (%)

Adolescents' Weight Status:

Reference

Weight

(<p85)

n=195 (72%)

Excess

Weight

(≥p85)

n= 76 (28%)

p*

Sex

Male 115 (42.4) 81 (41.5) 34 (44.7)

0.632

Female 156 (57.6) 114 (58.5) 42 (55.3)

Age

12 - 13 69 (25.5) 46 (23.6) 23 (30.3)

0.525 14 - 15 102 (37.6) 75 (38.5) 27 (35.5)

16 - 18 100 (36.9) 74 (37.9) 26 (34.2)

Schools

Public 147 (54.2) 106 (54.4) 41 (53.9)

0.951

Private 124 (45.8) 89 (45.6) 35 (46.1)

Family configuration (n=270)

Living with both parents 176 (65.2) 124 (63.9) 52 (68.4)

0.202

Living with parents with new

partner

61 (22.6) 42 (21.6) 19 (25)

Living only with one of the

parents (separation or death)

33 (12.2) 28 (14.4) 5 (6.6)

Father's education (n=256)

Elementary school (incomplete) 48 (18.8) 31 (16.9) 17 (23.3)

0.416 Elementary School Completed 39 (15.2) 29 (15.8) 10 (13.7)

High School Education 79 (30.9) 54 (29.5) 25 (34.2)

Page 179: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

169

Table 1. Sample Characterization (N=271) (continued)

Variables N (%)

Adolescents' Weight Status:

Reference

Weight

(<p85)

n=195 (72%)

Excess

Weight

(≥p85)

n= 76 (28%)

p*

Higher Education 90 (35.2) 69 (37.7) 21 (28.8)

Mother's education (n=265)

Elementary school (incomplete) 38 (14.3) 25 (13) 13 (17.8)

0.803

Elementary School (complete) 31 (11.7) 23 (12) 8 (11)

High School Education 94 (35.5) 69 (35.9) 25 (34.2)

College and Higher 102 (38.5) 75 (39.1) 27 (37)

Maternal Parental Style (n=269)

Indulgent 47 (17.5) 31 (16.1) 16 (21.1)

0.442

Negligent 82 (30.5) 62 (32.1) 20 (26.3)

Authoritarian 46 (17.1) 30 (15.5) 16 (21.1)

Authoritative 94 (34.9) 70 (35.9) 24 (31.6)

Father Parental Style (n=253)

Indulgent 37 (14.6) 23 (12.8) 14 (19.2)

0.105

Negligent 81 (32.0) 61 (33.9) 20 (27.4)

Authoritarian 41 (16.2) 34 (18.9) 7 (9.6)

Authoritative 94 (37.2) 62 (34.4) 32 (43.8)

*χ² of Pearson

Page 180: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

170

Table 2. Parental Feeding Practices vs. Main Caregiver's Parental Styles

PARENTAL STYLE

FEEDING PRACTICES

Indulgent

n= 49

(18.1%)

m(sd)

Negligent

n= 71

(26.2%)

m(sd)

Authoritarian

n= 50

(18.5%)

m(sd)

Authoritative

n= 101

(37.3%)

m(sd)

Total

N= 271

(100%)

m(sd)

p*

Adolescent's Authority 3.74ᶜ

(0.76)

3.55ᵇ

(0.80)

3.24

(0.88)

3.17ᵇᶜ

(0.81)

3.38

(0.84) 0.001

Emotional Regulation 1.93

(0.99)

1.83

(0.93)

1.59

(0.77)

1.99

(1.00)

1.86

(0.95) 0.102

Incentive to Balance and

Variety

4.01ᶜ

(0.81)

3.76ᵇ

(0.89)

4.09

(0.74)

4.42ᵇᶜ

(0.59)

4.11

(0.79) 0.001

Environment 3.63

(0.87)

3.54

(0.91)

3.64

(0.79)

3.82

(0.77)

3.68

(0.83) 0.166

Involvement 3.63ᶠ

(0.91)

3.03ᵇᶠ

(0.97)

3.34

(1.03)

3.74ᵇ

(0.95)

3.46

(1.00) 0.001

Model Parents 3.16ᶜ

(1.08)

2.86ᵇᵈ

(1.03)

3.56ᵈ

(1.13)

3.86ᵇᶜ

(1.01)

3.41

(1.12) 0.001

Monitoring 3.15ᶜ

(1.05)

2.78ᵇ

(0.90)

3.21ª

(1.11)

3.71ªᵇᶜ

(0.85)

3.27

(1.02) 0.001

Pressure for eat 2.69

(0.88)

2.83

(0.96)

3.01

(0.81)

3.05

(0.95)

2.92

(0.92) 0.116

Restriction aiming at

Health

2.39

(0.78)

2.59ᵇᵈ

(0.96)

3.08ᵈ

(0.91)

3.12ᵇ

(1.02)

2.90

(0.98) 0.002

Restriction for Weight

Control

2.39ᶜ

(0.78)

2.18ᵇ

(0.79)

2.55

(0.94)

2.86ᵇᶜ

(1.01)

2.54

(0.94) 0.001

* Variance analysis (ANOVA) followed by Tukey test HSD for multiple comparisons

When the significant difference (p<0.05) is between two specific parental styles, each pair of styles will have a letter

that identifies it: (a) Authoritative vs. authoritarian; (b) Authoritative vs. negligent; (c) Authoritative vs. indulgent;

(d) Authoritarian vs. negligent; (e) Authoritarian vs. indulgent; (f) Indulgent vs. negligent

Page 181: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

171

PARENTAL STYLES (MAIN CAREGIVER) AND BMI

n=271

FEEDING PRACTICES

Indulgent

n= 49

Negligent

n=71

Authoritarian

n=50

Authoritative

n= 101

n= 31

<p85

m(sd)

n = 18

≥p85

m(sd)

p

n=54

<p85

m(sd)

n = 17

≥p85

m(sd)

p

n=34

<p85

m(sd)

n = 16

≥p85

m(sd)

p

n = 76

<p85

m(sd)

n=25

≥p85

m(sd)

p

Adolescent's Authority 3.74

(0.72)

2.04

(1.06) 0.999

3.53

(0.79)

3.61

(0.84) 0.726

3.22

(0.90)

3.28

(0.86) 0.830

3.21

(0.78)

3.04

(0.91) 0.373

Emotional Regulation 2.04

(1.06)

1.75

(0.85) 0.340

1.91

(1.00)

1.54

(0.61) 0.157

1.61

(0.82)

1.54

(0.67) 0.751

2.06

(1.00)

1.77

(1.00) 0.215

Incentive to Balance and

Variety

4.11

(0.78)

3.83

(0.84) 0.249

3.84

(0.79)

3.50

(1.13) 0.164

4.07

(0.78)

4.14

(0.67) 0.779

4.37

(0.62)

4.56

(0.43) 0.184

Environment 3.64

(0.83)

3.61

(0.95) 0.905

3.51

(0.76)

3.63

(1.29) 0.652

3.69

(0.87)

3.53

(0.60) 0.492

3.76

(0.78)

4.02

(0.73) 0.156

Involvement 3.81

(0.79)

3.33

(1.03) 0.073

3.12

(0.96)

2.74

(0.96) 0.156

3.38

(1.00)

3.27

(1.14) 0.725

3.76

(0.97)

3.69

(0.90) 0.753

Model Parents 3.29

(1.10)

2.93

(1.04) 0.259

2.97

(0.86)

2.74

(0.96) 0.124

3.71

(1.08)

3.27

(1.20) 0.206

3.76

(1.06)

4.15

(0.77) 0.102

Monitoring 3.12

(1.13)

3.20

(0.91) 0.789

2.75

(0.89)

2.86

(0.97) 0.658

3.16

(1.20)

3.31

(0.90) 0.659

3.59

(0.89)

4.06

(0.65) 0.018

Table 3. Parental Feeding Practices of Parental Styles & Teenagers' Nutritional Status

Page 182: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

172

Table 3. Parental Feeding Practices of Parental Styles & Teenagers' Nutritional Status (continued).

FEEDING PRACTICES

PARENTAL STYLES (MAIN CAREGIVER) AND BMI

n=271

Indulgent

n= 49

Negligent

n=71

Authoritarian

n=50

Authoritative

n= 101

n= 31

<p85

m(sd)

n = 18

≥p85

m(sd)

p

n=54

<p85

m(sd)

n = 17

≥p85

m(sd)

p

n=34

<p85

m(sd)

n = 16

≥p85

m(sd)

p

n = 76

<p85

m(sd)

n=25

≥p85

m(sd)

p

Pressure for eat 2.73

(0.85)

2.62

(0.95) 0.682

3.04

(0.93)

2.19

(0.76) 0.001

3.09

(0.74)

2.82

(0.92) 0.278

3.25

(0.78)

2.41

(1.16) 0.000

Restriction aiming at health 2.68

(0.81)

2.83

(0.92) 0.564

2.56

(0.92)

2.69

(1.11) 0.629

3.00

(0.89)

3.25

(0.97) 0.392

3.09

(1.05)

3.19

(0.94) 0.693

Restriction for weight

control

2.24

(0.80)

2.65

(0.69) 0.078

2.01

(0.61)

2.72

(1.05) 0.001

2.48

(0.92)

2.70

(1.01) 0.448

2.64

(0.98)

3.54

(0.78) 0.000

Student t-Test

Page 183: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

173

Table 4. Factors associated to Excess Weight (n=268)

Variables p PR CI 95%

Parental Style CP - Negligent 0.50 0.83 0.49-1.42

Parental Style CP - Authoritarian 0.13 1.53 0.88-2.67

Parental Style CP - Indulgent 0.10 1.50 0.93-2.44

Parental Style CP - Authoritative 1 .

Male 0.27 1.25 0.84-1.84

Female 1 .

Adolescent's Authority 0.10 1.27 0.95-1.68

Emotional Regulation 0.28 0.88 0.69-1.11

Incentive to balance and variety 0.86 0.97 0.71-1.33

Environment 0.35 1.15 0.86-1.53

Involvement 0.13 0.85 0.69-1.05

Model Parents 0.05 0.81 0.65-1.00

Monitoring 0.80 0.97 0.77-1.23

Pressure for eat <0,001 0.68 0.54-0.86

Restriction aiming at health 0.33 0.89 0.71-1.12

Restriction for weight control <0,001 2.16 1.68-2.77

Age 0.72 0.98 0.85-1.11

Dependent variable: BMI = ≥p85 (excess weigth);

Variables regardless of model: Parental style of Main Caregiver (MC), sex, adolescent's

authority, food as humor regulator, incentive to a balanced and varied eating, teenager's

involvement in the planning and preparation of food, parents as models, parental

monitoring, pressure to eat, food restriction aiming at good health, food restriction aiming

at weight control, age

P = p value of x² test

PR = Prevalence Ratio estimated through multiple Poisson regression;

CI= Confidency Interval of 95%

Page 184: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

174

APÊNDICES

Page 185: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

175

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para o processo de

validação

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título da pesquisa: Estilos, Práticas Alimentares Parentais e o Estado Nutricional

em Adolescentes

Estamos realizando uma pesquisa que aborda as relações pais – filhos e como a

educação e hábitos dos pais podem influenciar no peso dos jovens

Para tanto, gostaríamos que o Sr(a) autorizasse seu filho(a) a participar desta pesquisa

onde ele(a) irá responder a um questionário com questões relacionadas a sua percepção das

prática alimentares. Todos os dados serão rigorosamente sigilosos e as informações serão

utilizadas somente para fins de pesquisa. O Sr(a) ou seu filho terão o direito de recusar-se a

participar deste estudo e em qualquer momento o Sr(a) poderá solicitar esclarecimentos.

Se concordares em permitir que seu filho(a) participe, por favor, preencha o termo de

autorização abaixo:

Eu, _______________________________________, idade _________, portador (a)

do RG_____________________________ dou minha autorização, livre e esclarecido, para

que meu filho (a) __________________________________, de _____anos, nascido (a) em

______/_____/______; RG________________________________ participe como voluntário

(a) do projeto de pesquisa supracitado, sob a responsabilidade da psicóloga Ângela Bein

Piccoli do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Fundação Universitária de

Cardiologia/Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em

meu poder e a outra com o pesquisador (a) responsável.

Porto Alegre, ________ de ___________ de 201__.

__________________________________ _________________________

Assinatura do (a) responsável pelo jovem Assinatura do jovem

Telefone:............................... Nome:.......................................

____________________________________

Assinatura da pesquisadora

Psic. Ângela Bein Piccoli

Fone: (51)3230.3617

Page 186: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

176

APÊNDICE B – Carta aos pais

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA/RS

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

PESQUISA: Estilos, Práticas Alimentares Parentais e o Estado Nutricional em

Adolescentes

Porto Alegre, maio de 2012.

Prezados pais ou cuidadores,

Meu nome é Ângela Bein Piccoli, e sou psicóloga e mestranda do Programa de

Pós-graduação em Ciencias da Saúde da Fundação Universitária de

Cardiologia/Instituto de Cardiologia. Estou realizando uma pesquisa que aborda sobre

as percepções do seu filho sobre as práticas e crenças sobre nutrição e alimentação na

família.

Para tanto, a Escola de seu filho (a) está colaborando e permitindo que esta

pesquisa possa ser realizada com os alunos. Assim, gostaria de receber o apoio de

voces em autorizar a participação de seu filho nesta pesquisa. Neste caso, por favor,

leiam e assinem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e preencham os dados

sobre o peso e altura de voces (pai e mãe) que está em um formulário próprio.

Se tiverem alguma dúvida, por favor, entre em contato.

Obrigado,

Ângela Bein Piccoli

Psicóloga – CRP 07/01828

Fone: 8126.0883

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177

APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título da pesquisa: “Estilos e Práticas Parentais e o Estado Nutricional em

Adolescentes de Porto Alegre/RS/Brasil”

Estamos realizando uma pesquisa que aborda as relações pais – filhos e como esta

pode influenciar no peso dos jovens .

Para tanto, gostaríamos que o Sr(a) autorizasse seu filho(a) a participar desta pesquisa

onde ele(a) irá responder a três questionários com questões relacionadas aos seus dados

pessoais, sobre a percepção do estilo de educação recebida pelos pais, saúde geral e práticas

alimentares. Também gostaríamos que consentisse em que os dados relacionados ao peso e

altura do jovem, do pai e da mãe sejam registros para a presente pesquisa. Todos os dados

serão rigorosamente sigilosos e as informações serão utilizadas somente para fins de pesquisa.

O Sr(a). ou seu filho(a) terão o direito de recusar-se a participar deste estudo e em qualquer

momento o Sr(a) poderá solicitar esclarecimentos.

Se concordares em permitir que seu filho(a) participe, por favor, preencha o termo de

autorização abaixo:

Eu, _______________________________________, idade _________, portador (a)

do RG_____________________________ dou minha autorização, livre e esclarecido, para

que meu filho (a) __________________________________, de _____anos, nascido (a) em

______/_____/______; RG________________________________ participe como voluntário

(a) do projeto de pesquisa supracitado, sob a responsabilidade da psicóloga Ângela Bein

Piccoli do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Fundação Universitária de

Cardiologia/Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em

meu poder e a outra com o pesquisador (a) responsável.

Porto Alegre, ________ de ___________ de 201__.

__________________________________ _________________________

Assinatura do (a) responsável pelo jovem Assinatura do jovem

Telefone:............................... Nome:.......................................

____________________________________

Assinatura da pesquisadora

Psic. Ângela Bein Piccoli

Fone: (51)3230.3617

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178

APÊNDICE D – Formulário de coleta de dados antropométrico dos pais

ESTILOS E PRÁTICAS PARENTAIS E O ESTADO NUTRICIONAL

EM ADOLESCENTES DE PORTO ALEGRE/RS/BRASIL

Código........................

REGISTRO DE PESO E ALTURA DOS PAIS

Senhores pais, os dados abaixo são para uso exclusivo da pesquisa.

Complete os dados abaixo:

Idade da mãe:............... Peso da mãe: ................. Kg Altura da mãe .............cm

Idade do pai:................. Peso do pai: ...Kg Altura do pai .............cm

OBSERVAÇÃO: caso receba dois formulários devido à participação de dois filhos

preencha os dois, pois os códigos são diferentes.

Obrigado, sua participação é muito importante!

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179

APÊNDICE E - Questionário de dados sócio-demográfico

Código: ________ Data do preenchimento do questionário: _____/____/ ____

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

PESQUISA: Estilos e Práticas Parentais e o Estado Nutricional em Adolescentes de Porto

Alegre/RS/Brasil

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Os dados informados abaixo serão de uso exclusivo para pesquisa

I. IDENTIFICAÇÃO

1. Nome: ....................................................... Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

2. Data de Nascimento:........./........../........... Idade:............................... ...

3. Peso............................

4. Altura.....................

5. Escolaridade

5.1. ( ) 7ª série do ensino fundamental

5.2. ( ) 8ª série do ensino fundamental

5.3. ( ) 1º ano do ensino médio (9 anos de estudo)

5.4. ( ) 2º ano do ensino médio (10 anos de estudo)

5.5. ( ) 3º ano do ensino médio (11 anos de estudo)

6. Trabalha? ( ) Não ( ) Sim Atividade:........................................................

7. Faz estágio? ( ) Não ( ) Sim Atividade:........................................................

8. Profissão do pai:...................................................................................... .........

9. Seu pai, hoje está:

9.1 ( ) Empregado

9.2 ( ) Desempregado

9.3 ( ) Aposentado

9.4 ( ) Outro...............................................................................................

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180

10. Escolaridade do pai

10.1 ( ) sem estudo

10.2 ( ) ensino fundamental incompleto

10.3 ( ) ensino fundamental completo

10.4 ( ) ensino médio incompleto

10.5 ( ) ensino médio completo

10.6 ( ) ensino superior incompleto

10.7.( ) ensino superior completo

10.8 ( ) pós-graduação

11. Profissão da mãe:.............................................................................................

12. Sua mãe, hoje está:

12.1 ( ) Empregada

12.2 ( ) Desempregada

12.3 ( ) Aposentada

12.4 ( ) Outro...............................................................................................

13. Escolaridade da mãe

13.1 ( ) sem estudo

13.2 ( ) ensino fundamental incompleto

13.3 ( ) ensino fundamental completo

13.4 ( ) ensino médio incompleto

13.5 ( ) ensino médio completo

13.6 ( ) ensino superior incompleto

13.7.( ) ensino superior completo

13.8 ( ) pós-graduação

14. Meus pais são:

14.1. ( ) casados e/ou moram juntos

14.2. ( ) separados e nenhum dos dois têm um novo companheiro(a)

14.3. ( ) separados e ambos tem novos companheiros ( ou casamentos)

14.4. ( ) separados e a mãe continua sozinha e o pai tem outra companheira/esposa

14.5. ( ) separados e o pai continua sozinho e a mãe tem outro companheiro/esposo

14.6. ( ) um de meus pais já faleceu ou ambos já faleceram

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181

15. Atualmente, eu moro com (assinale todas as pessoas que vivem na mesma casa que você)

15. 1 ( ) meu pai

15.2 ( ) minha mãe

15.3 ( ) meu padrasto

15.4 ( ) minha madrasta

15.5 ( ) meu (s) irmão (s)

Quantos?........................................

15.6 ( ) filho(s) de meu padrasto ou madrasta

Quantos?........................................

15.7 ( ) meu avô

15.8 ( ) minha avó

15.9 ( ) meu tio ou tia

15.10( ) Outros –

Quem?...........................................................................................................

(identifique com o grau de parentesco ou de relacionamento)

16. Pensando em quem cuida de você, diga quem participa mais de sua educação.

16.1.( ) minha mãe e meu pai juntos

16.2 ( ) mais minha mãe

16.3 ( ) mais meu pai

16.4 ( ) meu padrasto ou minha madrasta

16.5 ( ) Meu Avô e/ou avó

16.6 ( ) Meus tios

16.7 ( ) Outros – Quem?...........................................................................................................

(identifique com o grau de parentesco ou de relacionamento)

17. Tem irmãos? ( ) Não ( ) Sim Quantos?............................

18. Qual sua posição de nascimento entre os irmãos? ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( )

Outro:..............

19. Em minha casa nós vivemos com uma renda familiar aproximada de....

19.1. ( ) Até 1 salário mínimo (R$ 700,00)

19.2. ( ) Entre 1 e 3 salários mínimos (entre R$ 700,00 a R$ 2.100,00)

19.3. ( ) Entre 3 e 6 salários mínimos (entre R$ 2.100,00 a R$ 4.200,00)

19.4. ( ) Acima de 6 salários mínimos (acima de R$ 4.200,00)

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182

APENDICE F – Escala de percepção do adolescente sobre práticas alimentares

parentais – Teen-PFP

ESCALA DE PERCEPÇÃO DO ADOLESCENTE SOBRE AS PRÁTICAS ALIMENTARES

PARENTAIS – Teen-PFP

Data da aplicação:___/___/___

Nome:.........................................................Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )

Data de Nascimento:___/___/___ Nome da Escola:................................................................

Os pais ou outros familiares têm diversas preocupações com a alimentação dos filhos e podem ter diferentes

atitudes e comportamentos em relação a isto. Por favor, responda as questões abaixo pensando no

comportamento de seus pais ou de outra pessoa que cuida da maneira como você se alimenta. Não existem

respostas certas ou erradas. Por favor, tente ser o mais sincero possível nas suas respostas.

Ao responder, pense em uma pessoa somente, naquela que mais se responsabiliza por sua alimentação: ou só a

sua mãe, ou só o seu pai ou outra pessoa. A pessoa que você escolher será referida como cuidador(a).

Eu responderei pensando: ( ) na mãe idade:..............

( ) no pai idade:.............

( )em outra pessoa Quem? ............................... Idade:............

Responda as perguntas abaixo assinalando com um X com que frequência

você percebe que acontecem as seguintes situações em relação à pessoa que

cuida de tua alimentação. Marque apenas uma resposta em cada item. Nu

nca

Qu

ase

Nu

nca

Às

veze

s

Qu

ase

Sem

pre

Sem

pre

1. Com que frequência este(a) cuidador(a) controla a quantidade de doces (ou sorvetes,

bolos, tortas, chocolates, balas) que você come? 1 2 3 4 5

2. Com que frequência ela/ele monitora a quantidade de lanches industrializados

(batatas fritas de pacote, salgadinhos, folhados de queijo, etc...) que você come? 1 2 3 4 5

3. Com que frequência este(a) cuidador(a) controla a quantidade de alimentos

gordurosos (hambúrguer, salgadinhos de padaria, maionese, etc..) que você come? 1 2 3 4 5

4. Com que frequência ela/ele controla a quantidade de bebidas açucaradas

(refrigerantes, refrescos) que você bebe? 1 2 3 4 5

5. Este(a) cuidador(a) permite que você coma o que quiser? 1 2 3 4 5

6. Dos alimentos servidos no almoço ou jantar, você pode escolher os alimentos que

quer, deixando de comer o que não gosta, sem que haja interferência do cuidador(a)? 1 2 3 4 5

7. Quando você está agitado(a), tenso ou irritado(a), este(a) cuidador(a) oferece algo

para você comer ou beber? 1 2 3 4 5

8. Quando você está com tédio, sem saber o que fazer, esta pessoa oferece algo para

comer ou beber mesmo sabendo que você não está com fome? 1 2 3 4 5

9. Quando você está triste, este(a) cuidador(a) lhe oferece algo para comer ou beber

mesmo sabendo que você não está com fome? 1 2 3 4 5

10. Quando você não gosta do que é servido para comer, é oferecido algo a mais para

você? 1 2 3 4 5

11. Este (a) cuidador(a) permite que você coma lanches sempre que tiver vontade? 1 2 3 4 5

12. Esta pessoa permite que você deixe a mesa quando está satisfeito, mesmo quando as

outras pessoas não terminaram de comer? 1 2 3 4 5

13. Você é incentivado a comer mais alimentos saudáveis do que os não saudáveis? 1 2 3 4 5

Page 193: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

183

Agora, em relação às afirmações abaixo, marque com um X o grau de

concordância (1, 2, 3, 4, 5) sobre o quanto cada frase descreve o que

acontece realmente em sua casa, sendo o nº 1 quando DISCORDA

TOTALMENTE e o nº 5 quando CONCORDA TOTALMENTE.

Marque apenas uma resposta para cada frase.

Dis

cord

o

tota

lmen

te

Dis

cord

o e

m

pa

rte

o C

on

cord

o e

nem

dis

cord

o

Co

nco

rdo

em

pa

rte

Co

nco

rdo

tota

lmen

te

14. A maioria dos alimentos que tem em minha casa é saudável. 1 2 3 4 5

15. Este (a) cuidador (a) pede minha opinião no planejamento das refeições e

cardápios da família. 1 2 3 4 5

16. Em minha casa tem muitos alimentos industrializados (batata frita,

salgadinhos, etc...). 1 2 3 4 5

17. Devo comer toda a comida do meu prato. 1 2 3 4 5

18. Este (a) cuidador (a) precisa ter certeza de que eu não como comidas

gordurosas. 1 2 3 4 5

20. Esta pessoa me permite ajudar no preparo das refeições da família. 1 2 3 4 5

21. Eu comeria muito mais das minhas comidas preferidas se não houvesse

controle sobre minha alimentação. 1 2 3 4 5

22. Nas refeições em minha casa, há vários alimentos saudáveis disponíveis

para que eu possa comer. 1 2 3 4 5

24. Sou incentivado a experimentar novos alimentos. 1 2 3 4 5

26. Esta pessoa me diz que comida saudável é saborosa. 1 2 3 4 5

27. Esta pessoa me encoraja a comer menos para que eu não engorde. 1 2 3 4 5

28. Eu iria comer muito mais ―porcarias‖ se não houvesse controle sobre a

minha alimentação. 1 2 3 4 5

29. Esta pessoa ajuda a controlar a quantidade de comida que me sirvo em cada

refeição para controle do meu peso. 1 2 3 4 5

30. Se eu digo ―Eu não estou com fome‖, ela/ele insiste que eu coma de

qualquer maneira. 1 2 3 4 5

32. Esta pessoa me incentiva a participar das compras do supermercado. 1 2 3 4 5

33. Se eu como mais do que o normal em uma refeição, esta pessoa diminui a

quantidade de comida na próxima refeição. 1 2 3 4 5

34. Este(a) cuidador(a) limita os alimentos que possam me engordar. 1 2 3 4 5

35. Ela/ele acha que não devo comer determinados alimentos para não engordar. 1 2 3 4 5

37. Em minha casa tem muitos alimentos doces (sorvetes, bolos, tortas, doces,

sobremesas, guloseimas). 1 2 3 4 5

38. Sou encorajado a comer alimentos variados. 1 2 3 4 5

Page 194: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

184

Continue..., em relação às afirmações abaixo, marque com um X o grau de

concordância (1, 2, 3, 4, 5) sobre o quanto cada frase descreve o que

acontece realmente em sua casa, sendo o nº 1 quando DISCORDA

TOTALMENTE e o nº 5 quando CONCORDA TOTALMENTE.

Marque apenas uma resposta para cada frase.

Dis

cord

o

To

talm

ente

D

isco

rdo

em

pa

rte

o C

on

cord

o e

nem

dis

cord

o

Co

nco

rdo

em

pa

rte

Co

nco

rdo

To

talm

ente

39. Se eu como pouco, sou estimulado a comer mais. 1 2 3 4 5

40. Ela/ele me controla para que eu não coma muito das comidas não saudáveis. 1 2 3 4 5

41. Sou controlado para não comer fora de hora, para que eu não engorde. 1 2 3 4 5

43. Esta pessoa controla para que eu não coma muitos doces, lanches ou

salgadinhos. 1 2 3 4 5

44. Esta pessoa come alimentos saudáveis para me dar exemplo de hábitos

alimentares saudáveis. 1 2 3 4 5

45. Este cuidador (a) me obriga a fazer dieta para controlar o meu peso. 1 2 3 4 5

46. Mesmo que não seja a comida preferida do(a) cuidador(a), ela/ele

frequentemente come por achar importante que eu tenha o exemplo dela(e). 1 2 3 4 5

47. Ela/ele tenta mostrar entusiasmo em relação a alimentos saudáveis. 1 2 3 4 5

48. Ela/ele demonstra para mim o quanto aprecia e gosta de comer alimentos

saudáveis. 1 2 3 4 5

49. Quando termino de comer, ela/ele tenta me oferecer mais um pouco. 1 2 3 4 5

Page 195: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

185

APÊNDICE G – Tabelas não demonstradas no artigo: “Validação de um

instrumento para avaliar a percepção de adolescentes sobre práticas alimentares

parentais (Teenager’s perception of parental feeding practices scale) – Teen –

PFP”

Tabela A1. Diferenças de escores médios dos fatores entre teste e re-teste

Fatores m

95% IC da diferença

t df p* Inferior Superior

1 Autoridade do Adolescente 0,112 -0,034 0,258 1,545 40 0,130

2 Regulação Emocional -0,073 -0,340 0,194 -0,552 40 0,584

3 Incentivo ao equilíbrio e a variedade 0,060 -0,152 0,274 0,576 40 0,568

4 Ambiente 0,164 -0,001 0,330 2,003 40 0,052

5 Alimento como recompensa 0,121 -0,191 0,435 0,786 40 0,437

6 Envolvimento -0,089 -0,297 0,118 -0,870 40 0,390

7 Modelo dos Pais -0,042 -0,297 0,211 -0,339 40 0,736

8 Monitoramento 0,018 -0,224 0,261 0,152 40 0,880

9 Pressão para comer 0,201 -0,044 0,446 1,658 40 0,105

10 Restrição para a Saúde 0,036 -0,204 0,277 0,307 40 0,761

11 Restrição para Controle do Peso 0,042 -0,135 0,220 0,486 40 0,630

12 Ensino sobre nutrição -0,008 -0,281 0,265 -0,060 40 0,952

Nota: *Teste t Student. A tabela mostra que não houve diferenças significativas entre a primeira e segunda

aplicação do protocolo Teen-PFP em nenhum dos fatores.

Tabela A2: Matriz de Correlação de Pearson entre os fatores da escala Teen-PFP

AA RE IEV AMB ENV MOD MNT PR RS RCP

Autoridade Adolescente (AA) 1

Regulação Emocional (RE) 0,054 1

Incentivo Equilíb/Varied (IEV) -0,190** 0,118* 1

Ambiente (AMB) -0,266** -0,052 0,524** 1

Envolvimento (ENV) -0,007 0,141* 0,307** 0,211** 1

Pais Modelo (MOD) -0,293** 0,121* 0,576** 0,436** 0,240** 1

Monitoramento (MNT) -0,396** -0,012 0,453** 0,464** 0,130* 0,460** 1

Pressão (PR) -0,122* 0,237** 0,217** 0,085 0,054 0,183** 0,070 1

Restrição para Saúde (RS) -0,276** 0,095 0,340** 0,227** 0,067 0,371** 0,422** 0,193** 1

Restrição Controle Peso (RCP) -0,393** 0,078 0,350** 0,262** 0,157** 0,408** 0,525** 0,034 0,540** 1

Nota: *p<0,05; **p˂ 0,01

Page 196: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

186

APÊNDICE H – Tabelas não demonstradas no artigo “Relações entre estilos

parentais, práticas alimentares e o estado nutricional de adolescentes.”

Tabela A3: Práticas Alimentares Parentais X Configuração Familiar

CONFIGURAÇÃO FAMILIAR

PRÁTICAS

ALIMENTARES

PARENTAIS

Mora com

ambos os

pais

Mora com

pais com

novas

uniões

Mora

somente

com um dos

pais

Total

N= 268

(100)

P*

Controle pelo adolescente 3,43 (0,83) 3,39 (0,81) 3,21 (0,87) 3,39 (0,83) 0,409

Regulação emocional 1,85 (0,93) 1,92 (1,02) 1,85 (0,94) 1,86 (0,95) 0,856

Alimentação equilibrada e

variada 4,14 (0,83) 4,06 (0,71) 4,04 (0,70) 4,11 (0,79) 0,703

Ambiente 3,65 (0,83) 3,72 (0,77) 3,70 (0,95) 3,67 (0,83) 0,864

Envolvimento 3,44 (0,95) 3,51 (1,11) 3,46 (1,11) 3,46 (1,00) 0,913

Pais como modelo 3,42 (1,14) 3,37 (1,06) 3,39 (1,15) 3,41 (1,12) 0,961

Monitoramento 3,32 (1,00) 3,21 (1,06) 3,11 (1,08) 3,27 (1,02) 0,503

Pressão dos pais 2,87 (0,95) 2,96 (0,85) 3,06 (0,89) 2,91 (0,92) 0,514

Restrição para saúde 2,97 (0,98) 2,77 (0,94) 2,76 (1,05) 2,90 (0,98) 0,303

Restrição para controle de

peso 2,57 (0,94) 2,50 (0,95) 2,43 (0,97) 2,54 (0,94) 0,718

Nota: *Teste de Análise de Variância (ANOVA) -

Page 197: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

187

Tabela A4. Perceptions of the Parental Feeding Practices X Socio-bio-demographic Variables

PARENTAL

FEEDING

PRACTICES

AGE¹ SEX ² TYPE OF SCHOOL ² PARENTS' EDUCATIONAL LEVEL ¹

12-13

n =69

m (sd)

14-15

n =102

m (sd)

16-18

n = 100

m(sd)

p

Male

(n=115)

m (sd)

Female

(n=156)

m (sd)

p

Private

(n=124)

m (sd)

Public

(n=147)

m (sd)

p

Elem.

Incomp

n=35

m (sd)

Elem.

Compl.

n=34

m (sd)

High

School

n=96

m (sd)

College

or

Higher

n=103

m (sd)

p

Adolescent's Authority 3.06 ªᵇ

(0.87)

3.43ª

(0.74)

3.56ᵇ

(0.86) 0.001

3.33

(0.84)

3.42

(0.84) 0.372

3.15

(0.77)

3.58

(0.85) 0.001

3.52

(0.77)

3.62

(0.84)

3.36

(0.83)

3.28

(0.85) 0.158

Emotional Regulation 1.95

(0.91)

1.81

(0.92)

1.86

(1.01) 0.637

1.77

(0.86)

1.93

(1.00) 0.187

1.72

(0.84)

1.98

(1.02) 0.029

2.10

(1.00)

1.95

(1.08)

1.72

(0.92)

1.89

(0.90) 0.210

Incentive to balance

and variety

4.20

(0.82)

4.14

(0.79)

4.02

(0.76) 0.291

4.07

(0.77)

4.14

(0.80) 0.470

4.28

(0.68)

3.97

(0.84) 0.001

3.93

(0.85)

3.88ᵈ

(0.76)

4.13

(0.74)

4.28ᵈ

(0.72) 0.020

Environment 3.69

(0.90)

3.73

(0.81)

3.62

(0.82) 0.629

3.66

(0.78)

3.69

(0.87) 0.706

3.85

(0.79)

3.53

(0.85) 0.002

3.58

(0.76)

3.58

(0.81)

3.67

(0.80)

3.77

(0.85) 0.509

Involvement 3.40

(1.04)

3.46

(0.93)

3.51

(1.05) 0.799

3.08

(1.01)

3.75

(0.89) 0.001

3.46

(0.95)

3.47

(1.05) 0.948

3.44

(1.03)

3.32

(0.96)

3.41

(1.11)

3.58

(0.90) 0.528

Model Parents 3.56

(1.16)

3.36

(1.11)

3.36

(1.11) 0.459

3.51

(1.03)

3.33

(1.19) 0.195

3.51

(1.10)

3.33

(1.14) 0.201

3.47

(1.08)

3.30

(1.11)

3.47

(1.03)

3.43

(1.20) 0.892

Monitoring 3.71 ªᵇ

(0.92)

3.24ª

(0.89)

3.00ᵇ

(1.11) 0.001

3.22

(0.99)

3.31

(1.04) 0.515

3.62

(0.94)

2.98

(1.00) 0.001

3.14

(0.93)

3.16

(0.97)

3.31

(1.01)

3.37

(1.04) 0.585

Pressure for eat 3.00

(0.93)

2.85

(0.87)

2.93

(0.97) 0.571

3.08

(0.87)

2.79

(0.95) 0.011

2.89

(0.86)

2.94

(0.97) 0.673

2.95

(1.00)

2.80

(0.88)

2.90

(0.91)

2.97

(0.93) 0.815

Restriction aiming at

health

3.17ᵇ

(0.97)

2.89

(0.97)

2.72ᵇ

(0.96) 0.014

2.81

(0.93)

2.97

(1.01) 0.202

2.98

(0.96)

2.83

(0.99) 0.229

3.07

(1.00)

2.74

(1.00)

3.00

(0.96)

2.85

(0.96) 0.345

Page 198: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

188

Tabela A4. Perceptions of the Parental Feeding Practices X Socio-bio-demographic Variables (continued).

PARENTAL

FEEDING

PRACTICES

AGE¹ SEX ² TYPE OF SCHOOL ² PARENTS' EDUCATIONAL LEVEL ¹

12-13

n =69

m (sd)

14-15

n =102

m (sd)

16-18

n = 100

m(sd)

p

Male

(n=115)

m (dp)

Female

(n=156)

m (sd)

p

Private

(n=124)

m (dp)

Public

(n=147)

m (sd)

p

Elem.

Incomp

n=35

(13.1)

Elem.

Compl.

n=34

(12.7).

High

School

n=96

(35.8)

College

or

Higher

n=103

(38.4)

p

Restriction for weight

control

2.79ᵇ

(0.96)

2.55

(0.93)

2.35ᵇ

(0.91) 0.010

2.46

(0.97)

2.59

(0.92) 0.243

2.59

(0.91)

2.49

(0.96) 0.358

2.70

(0.86)

2.41

(0.77)

2.61

(0.99)

2.47

(0.97) 0.445

(1) Variance analysis (ANOVA) followed by Tukey test for multiple comparisons (2) Student t-test;

When there is a significant difference (p<0.05) between two categories, these will have a letter to identify them: (a) 12-13 years old vs. 14-15 years old vs. 16-18 years old; (d)

Education Elementary School Complete vs. Higher education complete

Page 199: Dissertação ESTILOS PARENTAIS, PRÁTICAS ALIMENTARES ... · afirmar ser recente a preocupação em relacionar as práticas educativas adotadas pelos pais com a maneira como estas

189

Tabela A5. Parental Feeding Practices vs. Teenagers' Weight Status

WEIGHT STATUS

FEEDING PRACTICES

Reference Weight

<p85

N= 195

m(sd)

Excess Weight

≥p85

N=76

m(sd)

p*

Adolescent's Authority 3.38 (0.82) 3.38 (0.90) 0.993

Emotional Regulation 1.94 (0.99) 1.67 (0.82) 0.035

Incentive to balance and variety 4.13 (0.75) 4.05 (0.87) 0.458

Environment 3.66 (0.80) 3.73 (0.92) 0.564

Involvement 3.53 (0.98) 3.30 (1.04) 0.093

Model Parents 3.45 (1.07) 3.30 (1.25) 0.312

Monitoring 3.21 (1.04) 3.43 (0.95) 0.109

Pressure for eat 3.08 (0.84) 2.50 (0.99) <0.001

Restriction aiming at health 2.86 (0.97) 3.00 (0.99) 0.299

Restriction for weight control 2.37 (0.88) 2.96 (0.95) <0.001

* Student t-Test

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190

ANEXO A – Escalas de Responsividade e Exigência

Abaixo há uma série de frases sobre atitudes de pais e mães para você avaliar. Por diversos motivos nem sempre as

pessoas que fazem o papel de pai e de mãe em nossas vidas são os nossos pais biológicos. Você deve responder os

itens a seguir considerando as pessoas que, na sua vida pessoal, cumprem esses papéis de pai e de mãe. Às vezes

pode ser um padrasto ou madrasta, ou mesmo uma outra pessoa (tio ou tia, avô ou avó...). Antes de começar,

indique quem você vai considerar mãe e pai nas suas avaliações: Para mãe: ( ) mãe biológica Para pai: ( ) pai biológico

( ) madrasta ( ) padrasto

( ) outra pessoa (indicar): __________ ( ) outra pessoa (indicar): ___________

Para cada um dos itens abaixo marque, à direita, a resposta que melhor se aproxima à sua opinião de acordo com a

chave de respostas abaixo. Você pode usar os números 1, 2, 3, 4 e 5 dependendo da freqüência ou intensidade com

que ocorrem as situações descritas nas frases (quanto maior o número, mais freqüente ou intensa é a situação). Não

esqueça que você pode usar os números intermediários (2, 3 e 4) para expressar níveis intermediários de freqüência

ou intensidade das situações, e não apenas as opções extremas representadas pelos números 1 e 5. Assinale apenas

uma resposta por frase, e não deixe nenhum item sem resposta.

Quase nunca ou bem pouco 1 2 3 4 5 Geralmente ou bastante

A respeito de teus pais considera as seguintes frases MÃE PAI

1. Sabe aonde vou quando saio de casa. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

2. Controla as minhas notas no colégio. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

3. Exige que eu vá bem na escola. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

4. Impõe limites para as minhas saídas de casa. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

5. Me cobra quando eu faço algo errado. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

6. Tem a última palavra quando discordamos sobre um assunto

importante a meu respeito. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

7. Controla os horários de quando eu estou em casa e na rua. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

8. Faz valer as suas opiniões sem muita discussão. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

9. Exige que eu colabore nas tarefas de casa. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

10. Me cobra que eu seja organizado(a) com as minhas coisas. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

11. É firme quando me impõe alguma coisa. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

12. Me pune de algum modo se desobedeço uma orientação sua. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

13. Posso contar com a sua ajuda caso eu tenha algum tipo de

problema. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

14. Me incentiva a que eu tenha minhas próprias opiniões sobre as

coisas. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

15. Encontra um tempo para estar comigo e fazermos juntos algo

agradável. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

16. Me explica os motivos quando me pede para eu fazer alguma

coisa. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

17. Me encoraja para que eu melhore se não vou bem na escola. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

18. Me incentiva a dar o melhor de mim em qualquer coisa que eu

faça. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

19. Se interessa em saber como eu ando me sentindo. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

20. Ouve o que eu tenho para dizer mesmo quando não concorda. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

21. Demonstra carinho para comigo. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

22. Me dá força quando eu enfrento alguma dificuldade ou decepção. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

23. Mostra interesse pelas coisas que eu faço. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

24. Está atenta(o) às minhas necessidades mesmo que eu não diga

nada. 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

Fonte: Teixeira MAP, Bardagi MP, Gomes WB. Refinamento de um instrumento para avaliar

responsividade e exigência parental percebidas na adolescência. Aval Psicol. 2004;3(1):01-12.