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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓSPROGRAMA DE PÓS
PERPÉTUA ANGÉLICA DE
ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
PERPÉTUA ANGÉLICA DE MOURA SANTO
NUTRICIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DA ESF E INTERVENÇÃO
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
TERESINA 2011
1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
GRADUAÇÃO GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
OS
E INTERVENÇÃO
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
2
PERPÉTUA ANGÉLICA DE MOURA SANTOS
ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DA ESF E INTE RVENÇÃO
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
Orientadora: Profª.Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo
TERESINA
2011
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Alimentos e
Nutrição da UFPI, como requisito para
obtenção do grau de Mestre em
Alimentos e Nutrição.
Área de Concentração: Alimentos e
Nutrição
Linha de Pesquisa: Nutrição e Saúde
3
PERPÉTUA ANGÉLICA DE MOURA SANTOS
ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DA ESF E INTE RVENÇÃO
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
Colaboradores:
Profª. Dra. Regina Ferraz Mendes - DO/UFPI
MSc.: Marcos Antônio Mota Araújo - FMS/TE-PI
TERESINA 2011
4
ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DA ESF E INTE RVENÇÃO
EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS FUNCIONAIS
PERPÉTUA ANGÉLICA DE MOURA SANTOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós - graduação em Alimentos e Nutrição
da UFPI, como requisito para obtenção do grau de Mestre em Alimentos e Nutrição.
Aprovado em: ____/____/_____ Banca examinadora:
Profª. Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo (Presidente-Orientadora)
DN/PPGAN/UFPI
Profª. Dra. Sônia Tucunduva Philippi (DN/FSP/USP) - 1ª Examinadora
Profª. Dra. Regina Ferraz Mendes (DO/UFPI) - 2ª Examinadora
5
A DEUS, pelas bênçãos, presença
subjetiva constante e generosa força
para execução desta pesquisa.
6
Aos meus pais, esposo e filhos pelo
exemplo, amor, dedicação e
compreensão pelas horas omissas.
7
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora Professora Pós-Doc. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo
por sua dedicação, pelas orientações valiosas e disposição para realização deste
trabalho, muito obrigada.
Aos meus irmãos, tios e sobrinhos (as), pela torcida, e por terem sido solidários nos
momentos difíceis.
Ao MSc. Marcos Antônio Mota Araújo, pela dedicação ao analisar os dados
estatísticos, e paciência impagável.
À Renata Bandeira, pelo apoio e pela oportunidade que me proporcionou.
A todos os colegas da turma do mestrado pelos momentos de convívio e amizade.
Às nutricionistas Lilia, Mercês e Luiza Marly pelas trocas de experiências, pela
amizade e companheirismo.
Ao Mário Sérgio, meu esposo, pela relação afetuosa, exemplo, dedicação e torcida
pelo meu crescimento profissional.
Às colaboradoras Maria Tereza, Maria da Cruz, Luana, Nara Vanessa, Kelly,
Lucelma e Natércia, alunas do curso de Nutrição da UFPI e Faculdade Santo
Agostinho, pela ajuda na coleta de dados.
Aos médicos e amigos Professor Dr. Maurício Paes Landim e Dr. Francisco Luís
Lima pelo apoio e exemplo.
Às amigas e colaboradoras Maria da Cruz e Nara Vanessa, pelo apoio e ajuda.
Aos professores e funcionários da Faculdade CEUT, pela amizade e compreensão.
À diretora financeira do HGV, nutricionista Cássia Barradas e todos os funcionários
pela torcida e apoio voluntário.
Ao Departamento de Nutrição da UFPI, docentes, alunos e funcionários pelo imenso
apoio.
À banca examinadora, pela valiosa participação.
À Clarice, minha filha e melhor amiga, pela compreensão e por fazer parte desta
conquista.
Ao Marinho, meu filho pelo apoio, paciência e exemplo de perseverança e
dedicação.
À Secretaria Municipal de Teresina e aos Agentes Comunitários de Saúde, pelo
apoio voluntário.
8
Aos idosos de Estratégia de Saúde da Família de Teresina que aceitaram participar
desta pesquisa.
A todos os amigos e familiares que não citei por torcerem e acreditarem em meu
trabalho.
9
Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto.
Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.
Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.
Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.
Salmo 100
10
RESUMO
SANTOS, P. A. M.“Estado Nutricional de Idosos Usuários da ESF e Int ervenção
Educativa Sobre Alimentos Funcionais” . 2011. 94p. Dissertação (Mestrado em
Alimentos e Nutrição) Universidade Federal do Piauí, Orientadora: Profª. Drª. Regilda
Saraiva dos Reis Moreira-Araújo. Teresina, 2011.
A população de idosos apresenta uma curva ascendente de crescimento, e assim a demanda de estudos sobre o envelhecimento saudável cresce na mesma proporção. O presente estudo objetivou avaliar o risco nutricional, avaliar o consumo alimentar e fazer intervenção educativa sobre alimentos funcionais com idosos com idade igual ou superior a 60 anos, assistidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF), em Teresina-PI. Foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva, analítica, transversal e interventiva, em 345 idosos. O cálculo amostral foi efetuado por meio de sorteios aleatórios das Equipes das Regionais Leste/Sudeste, Norte e Sul, de forma que foram selecionadas três equipes da ESF de cada regional na zona urbana, e uma na zona rural. Para avaliação do risco nutricional e consumo alimentar, aplicou-se a Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA), validado no presente estudo. Para realizar a intervenção educativa aplicou-se um Questionário de Conhecimento sobre Alimentos Funcionais (QCFA) e diagnosticou-se os aspectos vulneráveis para o planejamento da intervenção educativa. Dos 345 idosos pesquisados, a maioria (67,8%) encontrava-se entre 60 e 75 anos, com predominância do sexo feminino, 52,2% não frequentaram a escola, e possuíam renda mensal de 1 e 2 salários mínimos. Os valores antropométricos mostraram que a média de peso geral foi de 61,1 kg (+ 2,3) e a altura média de 1,50 cm (+1,0). Observou-se que 55,4% dos entrevistados apresentaram risco de desnutrição, enquanto 44,6% estavam bem nutridos, com diferença estatisticamente significativa. Os alimentos mais consumidos diariamente com frequência superior a 50% pertenciam ao grupo dos cereais (arroz, pães e biscoitos) e leguminosas (feijão). Observou-se baixo consumo de ovos, peixes, frutas, legumes e verduras. Antes da intervenção, 94,9% não tinham conhecimento prévio sobre alimentos funcionais e, após, apenas 6,5% não absorveram as informações fornecidas. Concluiu-se, portanto, que a maioria dos idosos encontrava-se em risco nutricional, o que é justificado pela monotonia alimentar na dieta, e que houve melhora significativa nos seus conhecimentos no tocante a alimentos funcionais. Palavras-Chave: Idosos; Estado Nutricional; Consumo Alimentar; Alimentos Funcionais; Intervenção Educativa.
11
ABSTRACT
SANTOS, P. A. M. “Nutritional Status of Elderly Users of Family Heal th Strategy
and Educational Intervention About Functional Foods ” . 2011. 94p. Dissertation
(Master in Food and Nutrition) Universidade Federal do Piauí, Coordinator: Profª.
Drª. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo. Teresina, 2011.
The elderly population presents an upward curve of growth, and thus the demand for studies on healthy aging grows in proportion. This study aimed to assess the nutritional risk, assessing the food intake and make educational intervention on functional foods in elderly aged over 60 years, assisted by the Family Health Strategy (FHS) in Teresina-PI.This was a descriptive, analytical, cross-section and interventive study included 345 old people. The sample size calculation was determined by means of random drawings of Regional Teams from East / Southeast, North and South, so we selected three teams from each regional ESF in the urban area and one in ruralarea. To assess the nutritional risk and dietary intake, the Mini Nutritional Assessment (MNA) and Frequency Food Consumption Questionnaire (FFCQ) were used, which were validated in this study. A Knowledge about Functional Foods Questionnaire (KFFQ) was used for the educational intervention and the shortcomings of the planning of such an intervention were diagnosed. Of the 345 elderly people of the sample, the majority (67.8%) were between 60 and 75 years and predominantly female; 52.2% did not attend school, and had a monthly income of 1 and 2 minimum wages. The anthropometric values the overall mean weight was 61.1 kg (+ 2.3) and the mean height was 1.50 cm (+ 1.0). It was observed that 55.4% of respondents were at risk of malnutrition, while 44.6% were well nourished, with a statistically significant difference. The foods that were most frequently consumed on a daily basis (more than 50%) were cereals (rice, breads and crackers) and legumes (beans). There was low consumption of eggs, fish, fruits and vegetables. Before the intervention, 94.9% had no prior knowledge about functional foods, and after, only 6.5% did not absorb the information provided. Therefore, it was concluded that most elderly people are at nutritional risk, which is justified by the monotony of the foods of the diet, and that there was a significant improvement in their knowledge regarding functional foods.
Keywords: Elderly; Nutritional Status; Food Consumption; Functional Foods; Educational Intervention.
12
LISTA DE TABELAS 1 a - Principais componentes funcionais e seus benefícios............................ 28
1 b - Principais componentes funcionais e seus benefícios........................... 29
2- Renda familiar dos idosos da ESF em relação ao sexo. Teresina - PI...... 46
3 - Frequência de peso e estatura em relação ao sexo de idosos da ESF
Teresina- PI, 2011....................................................................................
47
4 - Definição de Alimentos Funcionais antes e após a intervenção
educativa, pelos idosos da ESF de Teresina-PI, 2011............................
51
5 - Alimentos considerados Funcionais pelos idosos da ESF, antes e após
a intervenção educativa em Teresina-PI, 2011.......................................
52
6 - Benefícios dos Alimentos Funcionais, antes e após a intervenção
educativa, em idosos da ESF de Teresina-PI, 2011...............................
53
13
LISTA DE FIGURAS 1- Frequência de sexo em relação à idade de idosos da ESF. Teresina-PI,
2011...............................................................................................................
45
2 - Nível de escolaridade de idosos da ESF. Teresina - PI, 2011..................... 46
3 - Situação nutricional de idosos que residem em locais atendidos pela
ESF.Teresina - PI, 2011..............................................................................
47
4 - Situação nutricional dos idosos da ESF, segundo o local de residência
Teresina - PI, 2011......................................................................................
48
5 - Consumo de alimentos dos grupos das carnes, ovos, leite e leguminosas
dos idosos atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011..............................
49
6 - Consumo de alimentos do grupo de cereais e massas dos idosos atendidos
pela ESF. Teresina - Piauí, 2011..................................................................
49
7 - Consumo de alimentos dos grupos das frutas e hortaliças dos idosos
atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011...............................................
50
8 - Consumo de alimentos dos grupos dos óleos e gorduras, açúcares e doces
dos idosos da ESF. Teresina - PI, 2011.......................................................
51
14
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ADA American Dietetic Association
AGS
ANI
Agente Comunitário de Saúde
Associação Nacional de Instrução
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APS
AR
Assistência Primária à Saúde
Amido Resistente
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
DOU Diário Oficial da União
DCNT Doenças Crônicas Não- Transmissíveis
EPI INFO Programa Estatístico de Computação
ESF Estratégia Saúde da Família
et al E colaboradores
FOSHU Foods for Specified Health Use
IBGE
IMC
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Índice de Massa Corpórea
LDL Low Density Lipoprotein
MAN Mini Avaliação Nutricional
MNA Mini Nutritional Assessment
MS Ministério da Saúde
POF Pesquisa de Orçamentos Familiares
QCAF Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos Funcionais
QFCA Questionário de Frequência de Consumo Alimentar
R24h Recordatório de 24 horas
SPPS Statistical Package for the Social Sciencis
SUS
TCLE
Sistema Único de Saúde
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFPI Universidade Federal do Piauí
15
SUMÁRIO
RESUMO ...............................................................................................................
ABSTRACT ...........................................................................................................
10
11
LISTA DE TABELAS ............................................................................................ 12
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... 13
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ................................................................. 14
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 18
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 21
2.1 Aspectos Gerais – Transição Demográfica..................................................... 21
2.2 Estratégia Saúde da Família (ESF)................................................................ 22
2.3 Avaliação do Estado Nutricional..................................................................... 23
2.3.1 Mini Avaliação Nutricional (MAN)................................................................. 23
2.4 Alimentos Funcionais...................................................................................... 25
2.4.1 Histórico e Definição.................................................................................... 25
2.4.2 Classificação e Benefícios........................................................................... 27
2.4.2.1 Ácidos Graxos W-3................................................................................... 29
2.4.2.2 Amido Resistente (AR).............................................................................. 30
2.4.2.3 Carotenóides, Vitamina C e Vitamina E.................................................... 31
2.4.2.4 Compostos Fenólicos................................................................................ 32
2.4.2.5 Fibras........................................................................................................ 32
2.4.2.6 Isoflavonas................................................................................................ 33
2.4.2.7 Prebióticos e Probióticos........................................................................... 34
2.4.3 Legislação.................................................................................................... 35
2.5 Consumo Alimentar......................................................................................... 36
2.6 Intervenção Educativa.................................................................................... 37
3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 38
3.1 Geral............................................................................................................... 38
3.2 Específicos..................................................................................................... 38
4 METODOLOGIA................................................................................................ 39
4.1 Delineamento do Estudo................................................................................. 39
4.2 Local do Estudo...............................................................................................
4.3 População e Amostra......................................................................................
39
40
16
4.4 Critérios Éticos................................................................................................ 41
4.4.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................................. 41
4.5 Critérios de Inclusão e Exclusão.................................................................. 41
4.6 Estudo Piloto....................................................................................................
4.7 Caracterização da Amostra.............................................................................
41
42
4.8 Risco Nutricional............................................................................................. 42
4.9 Consumo Alimentar......................................................................................... 42
4.10 Diagnóstico sobre o Grau de Conhecimento de Alimentos Funcionais......... 43
4.11 Intervenção Educativa.................................................................................... 43
4.12 Análise dos Dados.......................................................................................... 44
5 RESULTADOS ................................................................................................... 45
6 DISCUSSÃO....................................................................................................... 54
6.1 O Tema Pesquisado........................................................................................ 54
6.2 Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) e Questionário
de Consumo de Alimentos Funcionais (QFCAF)............................................
55
6.3 Local e Período do Estudo.............................................................................. 55
6.4 Caracerização da População........................................................................... 55
6.5 Situação Nutricional dos Idosos...................................................................... 56
6.5.1 Situação Nutricional segundo local de residência........................................ 57
6.6 Consumo Alimentar......................................................................................... 58
6.7 Grau de Conhecimento sobre Alimentos Funcionais e Intervenção Educativa 61
7 CONCLUSÕES................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 65
ANEXOS................................................................................................................. 80
A - Carta de Aprovação ......................................................................................... 81
B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................................................. 82
C - Mini - avaliação Nutricional............................................................................... 85
D - Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos Funcionais......................... 86
APÊNDICES........................................................................................................... 87
1 - Recordatório de 24 horas................................................................................. 88
2 - Ficha do Idoso.................................................................................................. 89
3a - Freqüência de Consumo Alimentar................................................................. 90
3b - Freqüência de Consumo Alimentar................................................................. 91
17
4 - Material educativo utilizado na intervenção realizada......................................
5 - Ilustração das atividades desenvolvidas.........................................................
92
93
18
1- INTRODUÇÃO
A população de idosos apresenta uma curva ascendente de crescimento.
O Brasil possui mais de 20 milhões de idosos acima de 60 anos de idade,
representando 10,8% do total da população (IBGE, 2010). Estima-se que até o ano
de 2025, essa população terá um incremento de 16 vezes, em relação à população
de 1950. Por outro lado, o total da população crescerá apenas cinco vezes
(CAMARGOS; PERPETUO; MACHADO, 2005; MANETTA et al.,1998). Esses
resultados se devem à melhoria da qualidade de vida, representada pela queda dos
indicadores de mortalidade, aumento do acesso e da cobertura de serviços de
saúde, redução da taxa de fertilidade entre as mulheres, diminuição da mortalidade
infantil e ao aumento da expectativa de vida (COSTA e SILVA, 2005). Ainda assim, a
morbimortalidade em idosos é um assunto bastante preocupante, haja vista a
multiplicidade de patologias nesta população, com o acúmulo de várias doenças
crônicas: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, diminuição da acuidade visual e
auditiva, problemas mentais e problemas orais, dentre outras (RITTER;
FONTANIVE; WARMLING, 2004).
No Brasil, o desafio para o século XXI é proporcionar suporte de
qualidade de vida para uma população com mais de 32 milhões de idosos, na sua
maioria de nível socioeconômico e educacional baixo e com alta prevalência de
doenças crônicas e incapacitantes (RAMOS, 2003). Contudo, para atenção
adequada ao idoso, juntamente com a magnitude e a severidade dos seus
problemas funcionais, é imprescindível o desenvolvimento de políticas sociais e de
saúde factíveis e condizentes com as reais necessidades das pessoas nessa fase
da vida (MARTINS et al., 2007) . Em Teresina, os idosos com 60 anos ou mais
correspondem cerca de 8,5% da população (IBGE, 2010).
O envelhecimento populacional acelerado terá reflexos no aumento do
número de idosos, os quais, por alterações metabólicas, fisiológicas, anatômicas e
psicossociais inerentes à idade, são considerados vulneráveis do ponto de vista
nutricional. O desequilíbrio nutricional no idoso está reconhecidamente relacionado
ao aumento da mortalidade, à susceptibilidade a infecções e à redução da qualidade
de vida. Na senescência é comum a co-existência de doenças crônicas não
transmissíveis, como as cardiovasculares, pulmonares, o diabetes mellitus, além do
19
uso prolongado de medicamentos que interferem no apetite, no consumo e na
absorção de nutrientes (FÉLIX, 2009).
A avaliação nutricional pode detectar precocemente a desnutrição em
pacientes idosos, o que atualmente representa uma crescente preocupação
nutricional. Caso não seja diagnosticada, a mesma pode resultar na deterioração da
saúde podendo levar até mesmo à morte prematura. Para a avaliação nutricional em
geriatria necessita-se de métodos que determinem o estado nutricional de maneira
precisa, uma vez que muitas variáveis utilizadas são afetadas pela doença aguda
(SCDIELL; VISSCHER, 2000; FURMAN, 2006; BAUER, 2006; POULSEN, 2006).
A inadequação do estado nutricional afeta o bem-estar dos idosos,
podendo levar ao declínio e/ou incapacidade funcional para realização de atividades
cotidianas. Dessa forma, o principal desafio que os idosos enfrentam no alcance da
longevidade é a manutenção da qualidade de vida (SOUSA et al., 2009).
Neste sentido, o uso de um instrumento prático, não invasivo é de grande
valia, por permitir uma avaliação clínica rápida do estado nutricional. Essa avaliação
pode ser obtida pela Mini Nutritional Assessment/Mini Avaliação Nutricional
(MNA/MAN), que consiste de um questionário para avaliar o risco de desnutrição de
pessoas idosas, possibilitando uma intervenção preventiva, antes da manifestação
das alterações clínicas, bem como dos índices normalmente utilizados para o
diagnóstico de desnutrição (GUIGOZ et al.,1994).
A educação nutricional tem sido destaque em distintos trabalhos
epidemiológicos, especialmente aqueles nos quais os resultados apontam para a
correlação entre comportamento alimentar e doenças (CERVATO et al., 2005).
Desenvolvida através de uma perspectiva problematizadora ou
participativa, a educação nutricional é um estímulo à transformação do educando.
Ele passa de uma situação na qual sua conduta alimentar é determinada pelo
condicionamento e pelo hábito repetido mecanicamente, para outra, na qual ele,
compreendendo seu próprio corpo e aprendendo a ouvi-lo e observá-lo, torna-se
sujeito de sua conduta alimentar (BOOG, 1996).
As pesquisas científicas na atualidade mostram a importante relação
entre os alimentos e o surgimento de enfermidades, o que nos permite supor que a
saúde pode ser controlada pela alimentação (MOREIRA-ARAÚJO; ARAÚJO;
ARÊAS, 2008). Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de
alimento lançada pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo
20
que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que
envelhecia e destacava-se pela sua grande expectativa de vida (COLLI, 1998).
A Estratégia Saúde da Família foi criada na década de 1990, quando
ocorreu a reformulação do Sistema Único de Saúde (SUS), que ampliou a
concepção de atenção básica com as seguintes prioridades: ações de prevenção,
promoção e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua
(FONTINELI JÚNIOR, 2003). Atualmente, é a principal estratégia de Atenção
Primária à Saúde - APS no Brasil, e ao promover a saúde da população por ações
básica evita que as pessoas fiquem doentes (RONZANI; STRALEN, 2003; BRASIL,
2000; GEUS et al., 2011).
Nesse contexto, foi desenvolvida uma pesquisa visando avaliar o risco
nutricional, conhecer o consumo alimentar e realizar uma intervenção educativa
abordando, os benefícios da ingestão dos alimentos funcionais em idosos de 60
anos ou mais, da Estratégia Saúde da Família em Teresina-Pi. Pretende-se assim
contribuir para a implementação de ações e políticas públicas, que visem: a atenção
à saúde nutricional do idoso; a definição de intervenção prioritária e planejamento de
políticas públicas; auxiliar com informações que poderão embasar novos estudos e
agregar mais conhecimentos, reflexões e discussões.
21
2- REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 - Aspectos Gerais – Transição Demográfica
Em meados dos anos 40 e 60, o Brasil experimentou um declínio
significativo da mortalidade infantil e eliminação de um grande número de doenças
infecciosas, mantendo-se a fecundidade em níveis bastante altos, produzindo assim
uma população jovem e com rápido crescimento (BARROS, 1984; CARVALHO;
GARCIA, 2003). A partir do final da década de 60, a queda da fecundidade
desencadeou o processo de transição da estrutura etária, o que levou a uma nova
população envelhecida e com ritmo de crescimento baixíssimo. Assim, o Brasil
deixou de ser um “país de jovens” e o envelhecimento tornou-se questão
fundamental para as políticas públicas (BRASIL, 2003; CARVALHO; RODRÍGUEZ-
WONG, 2008; IMHOF, 1985).
Dessa forma, os brasileiros com mais de 60 anos passaram a representar
8,6% da população. Esta proporção chegará a 14% em 2025 (32 milhões de idosos),
com um aumento cada vez maior da expectativa de vida ao nascer. O que era antes
o privilégio de poucos, chegarem à velhice, hoje passa a ser norma, mesmo nos
países mais pobres (LIMA-COSTA; FIRMO; UCHOA, 2004).
Essa transformação implica a redução em termos relativos e, às vezes
absoluto, da população jovem; enquanto os grupos mais velhos aumentaram sua
participação. Esse padrão de crescimento diferenciado por idade, baixo ou negativo,
no segmento jovem; médio ou baixo, para a população em idade ativa, até 2025, e
praticamente nulo no restante do período; muito alto no contingente de idosos, que
caracterizará a transição da estrutura etária brasileira durante a primeira metade do
século XXI, (MOREIRA, 1997; IBGE, 2008).
Em 1950 o Brasil era o 16o país em numero absoluto de idosos, já as
perspectivas para 2020 será o 6o país com a maior população idosa, significando
16% da população brasileira, sendo que a pirâmide etária brasileira terá nova
configuração. Enquanto a população humana total, em média, apresenta o
crescimento anual de 1,7%, a faixa etária de 60 anos e mais é a que mais aumenta
em termos proporcionais, por volta de 2,5% ao ano, sendo que este acréscimo é três
vezes maior nos países em desenvolvimento. No período referente a 1970 e 2000, o
numero de idosos aumentou de tal maneira que o formato, até então extremamente
piramidal, da estrutura etária começou de sua base, a desaparecer, anunciando um
22
rápido processo de envelhecimento e uma distribuição praticamente retangular, no
futuro (JUNG, 2008).
De 3,1%, em 1970, as pessoas com 60 anos ou mais de idade deverão
corresponder, em 2050, a aproximadamente 19% da população brasileira.
Entretanto, o Estado ainda não foi capaz de aplicar estratégias para a efetiva
prevenção e tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis e suas
complicações. Em um contexto de importantes desigualdades regionais e sociais,
idosos não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e previdência,
acumulam seqüelas daquelas doenças, desenvolvem incapacidades e perdem
autonomia e qualidade de vida (CHAIMOWICZ, 1997).
Assim sendo, vale ressaltar que o envelhecer é o processo natural que
sofre influência de muitos fatores, como o ambiente, a genética, o estilo de vida,
entre outros, que não acontece da mesma maneira, forma ou ritmo. A velhice, não é
definível por simples cronologia, e sim pelas condições físicas, funcionais, mentais e
de saúde das pessoas (SACHS et al., 2005).
2.2 - Estratégia Saúde da Família (ESF)
A ESF foi criada como a principal iniciativa de reorientação do modelo
assistencial no SUS, ao mesmo tempo em que a população brasileira envelhecia. As
equipes da Saúde Família (SF) estão lidando com a atenção à saúde deste
contingente populacional sob a influência de aspectos técnicos, institucionais e
culturais adversos como a sua frágil capacitação, a não interligação da rede, e o
escasso valor social dado ao idoso na sociedade (MOTTA, 2008). Constitui-se em
um espaço privilegiado para atenção integral à saúde dessa parcela da população,
porque sua proximidade com a comunidade e atenção em nível domiciliar possibilita
atuar de forma contextualizada na realidade vivenciada pelo idoso, no seu ambiente
familiar (OLIVEIRA; TAVARES, 2010).
Esta estratégia objetiva o atendimento integral do individuo dentro do seu
contexto, abordando as modificações físicas consideradas normais, realizando a
identificação precoce das alterações patológicas e com foco na promoção de saúde
(SILVESTRE; COSTA NETO, 2003; SILVA, 2008).
23
2.3 - Avaliação do Estado Nutricional
O envelhecimento mundial das populações gera maior necessidade em
estudar o papel da nutrição na promoção e manutenção da independência e
autonomia dos idosos (RAMOS, 1987; SAMPAIO, 2005).
As principais atividades que o Nutricionista desempenha nesse contexto
são: a identificação de indivíduos em risco para desenvolver doenças crônicas não-
transmissíveis e a intervenção alimentar para a prevenção e controle dessas
enfermidades (GARIBALLA, 1998).
O estado nutricional expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas
por nutrientes estão sendo alcançadas, para manter a composição e funções
adequadas do organismo, resultando do equilíbrio entre ingestão e necessidade de
nutrientes. As alterações do estado nutricional contribuem para aumento da morbi-
mortalidade. Sendo assim, a desnutrição predispõe a uma série de complicações
graves, incluindo tendência à infecção, deficiência de cicatrização de feridas,
falência respiratória, insuficiência cardíaca, diminuição da síntese de proteínas a
nível hepático com produção de metabólitos anormais, diminuição da filtração
glomerular e da produção de suco gástrico (ACUÑA; CRUZ, 2004).
A determinação do diagnóstico nutricional e a identificação dos fatores
que contribuem para tal diagnóstico no indivíduo idoso, são processos fundamentais,
mas complexos. A complexidade se deve à ocorrência de várias alterações
fisiológicas, patológicas além de modificações de aspectos econômicos e de estilo
de vida, entre outros, com o avançar da idade (GARIBALLA, 1998; PERISSINOTTO
et al., 2002; SAMPAIO, 2005 ; SAMPAIO, 2005)
2.3.1- Mini Avaliação Nutricional (MAN)
A Mini-Avaliação Nutricional (MAN) é um questionário que foi elaborado
para avaliar risco nutricional de idosos (GUIGOZ; VELLAS; GARRY,1994) (ANEXO
C).
A MAN compreende 18 itens agrupados em 4 categorias: antropometria
(peso, altura e perda de peso), cuidados gerais (estilo de vida, uso de medicação e
mobilidade), dieta (número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos, autonomia
para comer sozinho) e auto avaliação (percepção da saúde e do estado nutricional).
24
As primeiras seis perguntas compreendem a triagem nutricional. Cada resposta
recebe um valor. Idosos que apresentam escore de pelo menos 12 pontos devem ter
a avaliação interrompida. As próximas 12 perguntas compreendem a avaliação
global. Um escore total maior ou igual a 24 indica um bom estado nutricional, de 17
a 23,5 indica risco de desnutrição e abaixo de 17, desnutrição. A circunferência do
braço deve ser medida no ponto médio entre o acrômio e o olécrano e a
circunferência da panturrilha, deve ser mensurada com o idoso sentado com pés
ligeiramente afastados e a perna direita em ângulo de 45o, sendo a fita colocada na
circunferência máxima da panturrilha (HUDGENS; LANGKAMP-HENKEN, 2004;
EMED; KRONBAUER; MAGNONI, 2006).
A MAN permite não somente avaliar o estado nutricional, como também a
identificação das causas da desnutrição e os indivíduos que precisam receber
intervenção precoce, sendo utilizada por várias instituições do mundo e já foi
traduzido para varias línguas. Na França, em Toulouse, foram realizados estudos
para o teste e a validação da MAN com idosos saudáveis e frágeis, a avaliação da
MAN demonstrou acurácia de 92% a 98%, comparando-se, respectivamente, com a
avaliação clinica e nutricional completa, com antropometria, exames bioquímicos e
dietéticos, sendo estas técnicas consideradas padrão-ouro para classificar os idosos
diretamente como desnutridos ou não-desnutridos, utilizando apenas a MAN, sem a
necessidade da realização da avaliação bioquímica (GUIGOZ et al., 1994).
A sensibilidade da MAN é de 96%, a especificidade de 98% e o valor de
prognóstico para a desnutrição é de 97%, considerando o estado clínico como
referência (GUIGOZ et al., 2002). Barrone et al.(2003) verificou a eficácia do
método, quanto a avaliação do risco de desnutrição, antes das manifestações de
mudança de peso ou níveis de albumina nos idosos avaliados, encontrando
resultados positivos. A MAN tem sido muito utilizada na abordagem do estado
nutricional de idosos do mundo todo, como na Europa e no Chile, porém são
limitados e recentes os relatos com os idosos brasileiros (FERREIRA, 2005).
A MAN é um bom instrumento de triagem para risco de desnutrição nos
idosos brasileiros e de grande interesse, tendo como vantagens não necessitar de
testes bioquímicos e de ser aplicado num curto espaço de tempo, como também
pelo fato de que há evidencias que os fatores de risco detectáveis de desnutrição
precedam a perda de peso e a queda dos níveis de albumina. No entanto, o referido
instrumento pode ter limitações, como categorizar alguns indivíduos saudáveis como
25
em risco de desnutrição e vice-versa, porém é considerada de utilidade na prática
clínica a sua habilidade de selecionar precocemente idosos em risco de desnutrição
(DALACORTE, 2002).
Portanto observa-se, que nenhum dos métodos existentes para avaliação
do estado nutricional pode seguramente diferenciar entre mudanças causadas por
deficiência nutricional daquelas causadas pelo próprio processo fisiológico de
envelhecimento, o qual por si só, implica em algumas mudanças nas necessidades
nutricionais dos idosos (COSTA e SILVA, 2005).
2.4 - Alimentos Funcionais
2.4.1- Histórico e Definição
Os alimentos funcionais surgiram na esteira de um movimento que
poderíamos denominar consciência saudável : consumidores desejosos de
melhorar a qualidade de vida. Essa iniciativa surgiu no Japão, país no qual a
longevidade da população apresenta-se como uma marca dessa sociedade milenar.
Nesse sentido, abre-se a perspectiva de agregar um elemento novo à longevidade: a
qualidade de vida (CARVALHO; SOUSA; MOREIRA-ARAÚJO, 2009).
O Japão foi pioneiro na formulação do processo de regulamentação
específica para os alimentos funcionais. Conhecidos como Alimentos para Uso
Específico de Saúde – Foods for Specified Health Use (FOSHU), estes alimentos
trazem um selo de aprovação do Ministério da Saúde e Bem - Estar japonês. O
princípio foi rapidamente adotado mundialmente (STRINGHETA et al., 2007).
O termo “alimentos funcionais” refere-se aos alimentos processados,
similares em aparência aos alimentos convencionais, usados como parte de uma
dieta normal e que demonstraram benefícios fisiológicos e, ou, reduziram o risco de
doenças crônicas, além de suas funções básicas nutricionais. Foi inicialmente
introduzido pelo governo japonês na década de 80, como resultado de esforços para
desenvolver alimentos saudáveis com propriedades medicinais que possibilitassem
a redução dos gastos com saúde pública, considerando a elevada expectativa de
vida de sua população (ARAYA; LUTZ, 2003).
Alimentos funcionais são semelhantes em aparência ao alimento
convencional, consumidos como parte da dieta usual, capazes de produzir
26
demonstrados efeitos metabólicos ou fisiológicos úteis na manutenção de boa saúde
física e mental, podendo auxiliar na redução do risco de doenças crônico não-
transmissíveis, além de suas funções nutricionais básicas (BRASIL, 1999;
RODRIGUES; GIOIELLI; ANTON, 2003).
Dentre os fatores que vêm estimulando o desenvolvimento de alimentos
funcionais ao longo dos últimos anos, destacam-se: o aumento da expectativa de
vida em países desenvolvidos (cujas populações necessitarão de cuidados
hospitalares por maior período de tempo), o elevado custo dos serviços de saúde, os
avanços na tecnologia de alimentos e ingredientes, a necessidade que as
instituições públicas de pesquisa têm em divulgarem os resultados de suas
pesquisas e a maior cobertura dos diferentes tipos de mídia dada a essas
descobertas e às questões de saúde (ARVANITOYANNIS; HOUWELINGEN-
KOUKALIAROGLOU, 2005).
O reconhecimento da relação nutrição – saúde - doença e, posteriormente
o avanço da indústria alimentícia com a viabilidade de utilização dos compostos
bioativos no enriquecimento de alimentos normalmente consumidos pela população,
deram origem ao desenvolvimento de alimentos funcionais (FAGUNDES; COSTA,
2003). Atualmente vários produtos estão sendo comercializados em diversos países
do mundo, como bebidas fortificadas, alimentos à base de cereais, iogurtes e outros.
(SOUSA; SOUZA NETO; MAIA, 2003)
A legislação brasileira não define alimentos funcionais, mas alegações de
propriedades funcionais e de saúde de alimentos e de ingredientes para consumo
humano, permitidas para serem veiculadas nos rótulos e propagandas de produtos
elaborados, embalados e comercializados, prontos para oferta ao consumidor.
(ANVISA,1999b;1999c).
Alimento funcional é definido como “Um alimento ou ingrediente alimentar
que pode prover efeitos benéficos à saúde, além dos nutrientes tradicionais que eles
contêm, ou mais usualmente definidos como aqueles derivados de substâncias que
ocorrem naturalmente, as quais são consumidas como parte da dieta diária e tem
um benefício fisiológico particular” (SOUSA; SOUZA NETO; MAIA, 2003).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a
resolução nº 18, de 30 de abril de 1999, alega que propriedade funcional é aquela
relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no
crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções normais do
27
organismo humano. Esse mesmo órgão descreve como alegação de propriedade de
saúde aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento
ou ingrediente e a doença ou condição relacionada à saúde (LAMERÃO; FIALHO,
2009).
Os compostos bioativos encontrados nos alimentos podem agir de
diferentes formas, tanto no que se refere aos alvos fisiológicos como aos seus
mecanismos de ação. A ação antioxidante, comum nesses compostos, por exemplo,
deve-se ao potencial de óxido-redução de determinadas moléculas, à capacidade
dessas moléculas em competir por sítios ativos e receptores nas diversas estruturas
celulares ou, ainda, à modulação da expressão de genes que codificam proteínas
envolvidas em mecanismos intracelulares de defesa contra processos oxidativos
degenerativos de estruturas celulares (BASTOS; ROGERO; ARÊAS, 2009).
2.4.2 - Classificação e Benefícios
Conforme definição proposta pela ANVISA, Castro (2003) atribui 3 (três)
critérios para que um alimento seja classificado como funcional: a) deve ser um
derivado de ingredientes de ocorrência natural, ou seja, não ser apresentado em
cápsulas, comprimidos ou suplementos; b) ser consumido como parte da dieta
diária; e c) apresentar uma função particular após sua ingestão, servindo para
regular um processo metabólico específico, como: aumento dos mecanismos de
defesa biológica, prevenção de doenças, aumento da resistência, controle das
condições físicas naturais ou envelhecimento e outros.
As Tabelas 1a e 1b mostram os principais componentes funcionais
presentes nos alimentos e seus benefícios.
28
Tabela 1a - Principais componentes funcionais e seus benefícios
FLAVONÓIDES
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Antocianinas Frutas Combatem os radicais
livres e reduzem o risco de câncer
Catequinas Chá verde Flavanonas Frutas cítricas Flavonas Frutas e vegetais
PROBIÓTICOS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Frutooligossacarídeos Pó de cebola Contribuem para
melhorar a função gastrointestinal e sistema imune
Lactobacilos Iogurte e derivados
FITOESTRÓGENOS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Isoflavonas Soja e derivados Auxiliam na redução dos
sintomas da menopausa Lignanas Vegetais Possuem efeitos
protetores contra câncer de mama, ovário e útero
SAPONINAS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Saponinas Soja e derivados Auxiliam na redução do
colesterol TANINOS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Proantocianinas Chocolate, cereja
Auxiliam na redução de doenças cardiovasculares e do trato urinário
Fonte: Adaptado de CRAVEIRO; CRAVEIRO, 2003
29
Tabela 1b- Principais componentes funcionais e seus benefícios
CAROTENÓIDES
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Alfa-caroteno Cenoura Combatem os radicais
livres
Beta-caroteno Frutas e vegetais variados
Luteína Vegetais verdes Promovem a saúde da visão
Zeastaxantina Ovos e milho
Licopeno Tomates e derivados Reduzem risco de câncer de próstata
FIBRAS DIETÉTICAS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Fibra insolúvel Trigo Contribui para reduzir o
risco de câncer de cólon e mama
Beta glucana Aveia Reduzem o risco de doenças cardiovasculares
Fibra solúvel Psyllium Fibra solúvel Quitosana
ÁCIDOS GRAXOS
CLASSE/COMPONENTE FONTE BENEFÍCIO Ômega 3 Peixes, óleos marinhos Reduzem o risco de
doenças cardiovasculares, melhora as funções visuais e mentais
Ácido linoléico Queijo e carne Reduzem o risco de alguns tipos de câncer
Fonte: Adaptado CRAVEIRO; CRAVEIRO, 2003
2.4.2.1- Ácidos Graxos w-3
Ácidos graxos de cadeia longa ômega-3 derivam-se do ácido alfa-
linolênico e são caracterizados pela presença de dupla ligação no terceiro carbono,
a partir da porção metil-terminal do ácido graxo (SOUSA; SOUZA NETO; MAIA,
2003). Os principais ácidos graxos da família ômega-3, são: alfa-linolênico,
eicosapentaenóico – EPA e o docohexaenóico – DHA (RODRIGUEZ; MÉGIAS;
BAENA, 2003)
Além do seu papel nutricional na dieta, os ácidos graxos ômega-3 podem
ajudar a prevenir ou tratar uma variedade de doenças, incluindo doenças do
30
coração, câncer, artrite, depressão e mal de Alzheimer, entre outras
(MORAES;COLLA, 2006). Estão, também, associados à redução dos níveis de
triacilgliceróis e do colesterol sanguíneos, redução da agregação das plaquetas,
aumentando a fluidez sanguínea e reduzindo a pressão arterial e a incidência de
câncer (FAGUNDES; COSTA, 2003).
2.4.2.2 - Amido Resistente (AR)
O amido resistente (AR) é definido, fisiologicamente, como a soma do
amido e dos produtos da sua degradação que não são digeridos e absorvidos no
intestino delgado de indivíduos sadios. É um componente natural da dieta. O
consumo atual é de cerca de 3 g/pessoa/dia (LOBO; LEMOS SILVA, 2003). É
encontrado em alimentos cozidos, resfriados e processados, está presente também
in natura em batata crua e banana verde, dentre outras fontes e contribui para
alterações na concentração e na sensibilidade à insulina (FREITAS, 2002).
O amido é constituído de dois polímeros, a amilose e a amilopectina, que
somente podem ser evidenciados após solubilização dos grânulos e separação.
Dentre as propriedades mais importantes com influência no seu valor nutricional
destacam-se a taxa e a extensão da digestão ao longo do trato gastrointestinal e o
metabolismo dos monômeros absorvidos (LOBO; LEMOS SILVA, 2003).
O AR compõem-se de três tipos de amido: o tipo 1, representa o grânulo
de amido fisicamente inacessível na matriz do alimento, por causa das paredes
celulares e proteínas, pertencendo a este grupo grãos inteiros ou parcialmente
moídos de cereais, leguminosas e outros materiais contendo amido nos quais o
tamanho ou a sua composição impede ou retarda a ação das enzimas digestivas; o
tipo 2 refere-se aos grânulos de amido nativo, encontrados no interior da célula
vegetal, apresentando lenta digestibilidade devido às características intrínsecas da
estrutura cristalina dos seus grânulos; e o tipo 3 consiste em polímeros de amido
retrogradado (principalmente de amilose), produzidos quando o amido é resfriado
após a gelatinização encontrados os tipos 1 e 2. Os três tipos de AR podem coexistir
em um mesmo alimento. Assim, uma refeição contendo feijão (Phaseolus vulgaris L.)
apresenta os tipos 1 e 3, e em bananas verdes são encontrados os tipos 1 e 2
(ENGLYST; KINGMAN; CUMMINGS, 1992; LOBO, LEMOS SILVA, 2003).
31
Estudos clínicos demonstraram que os AR têm propriedades semelhantes
a fibras, mostram benefícios fisiológicos em humanos e que podem prevenir
doenças. Por ser um alimento fermentado no intestino grosso, principalmente pelas
bifidobactérias, o AR é um alimento prebiótico. Durante a fermentação ocorre a
produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), principalmente o butirato, que
contribui muito para a saúde do cólon, pois inibe o crescimento de células
cancerígenas devido à redução do pH no intestino grosso. (PEREIRA, 2007).
2.4.2.3 - Carotenóides, Vitamina C e Vitamina E
Os carotenóides, vitaminas C e E são as substâncias mais pesquisadas
como agentes quimiopreventivos, atuando como antioxidantes em sistemas
biológicos. Considerando-se como principais fontes de carotenóides, as cenouras e
abóboras (alfa e beta carotenos), tomates e derivados como extrato, polpa e molhos
(licopeno), e espinafre (luteína) (SHAMI; MOREIRA, 2004). O interesse pelo licopeno
e no seu potencial efeito protetor contra carcinogênese inicia com as pesquisas de
Giovannucci et al., (1995), que mostrou relação inversa entre ingestão de licopeno e
incidência de câncer de próstata.
Existem evidências de que o licopeno apresenta uma potente ação
protetora das membranas celulares contra as lesões causadas pelo radical dióxido
de nitrogênio (presente no fumo) e pela ação oxidativa sobre as moléculas de LDL,
diminuindo o risco de câncer de pulmão e doenças cardiovasculares,
respectivamente (SHAMI; MOREIRA, 2004; SLATERRY et al., 2000).
A vitamina C (ácido ascórbico) é um potente antioxidante e exerce um
papel importante na proteção contra danos oxidativos, prevenindo o aparecimento
de certos tipos de câncer, envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares. A
baixa ingestão de vitamina C parece ser um fator de risco para o aparecimento de
câncer no esôfago, cavidade oral, estômago, cólon e pulmão (CRAVEIRO;
CRAVEIRO, 2003).
A vitamina E protege os lipídios da peroxidação, e sua ingestão pode
reduzir o risco de doenças cardiovasculares, melhorar a função imune e modular
condições degenerativas importantes associadas com envelhecimento (SOUSA;
SOUSA NETO; MAIA, 2003).
32
2.4.2.4 - Compostos Fenólicos
Os flavonóides compõem uma ampla classe de substâncias de origem
natural, cuja síntese não ocorre na espécie humana. Entretanto, tais compostos
possuem uma série de propriedades farmacológicas que os fazem atuarem sobre os
sistemas biológicos (MORAES; COLLA, 2006), por exemplo, como antioxidantes.
Entre os compostos fenólicos estão: as isoflavonas e os ácidos fenólicos
na soja; os polifenóis e as catequinas no chá; os ácidos clorogênicos no café; as
antocianinas no vinho; e os ácidos carnósico e rosmarínico no alecrim e outras
especiarias. Nesses compostos também se incluem os bioflavonoides nos frutos
cítricos; a quercetina e o campferol no alho e os ácidos fenólicos nas frutas e em
outros vegetais (MIRANDA, 1997).
Os flavonóides englobam uma classe importante de pigmentos naturais
encontrados com frequência na natureza, somente em vegetais. Os verdadeiros
flavonóides são as antocianinas (pigmentos azul-púrpura), as antoxantinas
(amarelas), as catequinas e as leucoantocianinas que são incolores, mas que
podem facilmente transformarem-se em pigmentos pardos. (RIBEIRO; SERAVELLI,
2004).
Os antioxidantes fenólicos atuam como quelantes de metais agindo tanto
na etapa de iniciação como na propagação do processo oxidativo. Os produtos
intermediários, formados pela ação destes antioxidantes, são relativamente estáveis
por causa da ressonância do anel aromático apresentada por estas substâncias
(SOARES, 2002).
2.4.2.5 - Fibras
As fibras são componentes da parede vegetal não digeridas por enzimas
de mamíferos, classificadas por sua solubilidade em água. As fibras solúveis em
geral são viscosas e altamente fermentadas pela microbiota intestinal. Como
principais representantes, incluem-se pectina (presente em frutas), gomas (aveia,
cevada e leguminosas como soja e feijão) e mucilagens (LEITE; ROSA, 2010).
As fibras são recomendadas na prevenção e tratamento da obesidade
devido a um dos possíveis mecanismos de ação: seqüestram água e se distendem,
ocupando parte do intestino delgado, aumentando a saciedade e prolongando o
33
intervalo entre as refeições, contribuindo para a redução do volume alimentar. As
fibras podem também atuar reduzindo a secreção de insulina e aumentando a
saciedade, principalmente através da mastigação, pois as fibras distendem o
estômago e a gastrina transmite mensagem neuroendócrina ao hipotálamo que
libera neurohormônios, induzindo a síntese de hormônios como a secretina e o
glucagon, os quais inibem a secreção de gastrina e insulina (CRAVEIRO;
CRAVEIRO, 2003).
As fibras ajudam na formação do bolo fecal e, em associação com a
quantidade de água ingerida e atividade física são responsáveis pela estimulação da
atividade muscular intestinal (MS, 2005).
Estudo realizado com farelo de aveia, psílio, goma guar e pectina
confirmou o efeito hipocolesterolêmico de fibras solúveis. Os resultados indicaram
que a ingestão de 10 a 15g/dia reduz em cerca de 15% a 20% o colesterol LDL
(BAZZANO et al., 2002). Assim, as fibras solúveis fazem parte do tratamento
alimentar de dislipidemias preconizado tanto pela Sociedade Americana quanto pela
Sociedade Brasileira de Cardiologia em seus respectivos consensos (LEITE; ROSA,
2010).
2.4.2.6 - Isoflavonas
As principais isoflavonas da soja (genisteína e daidzeína) são
responsáveis pela promoção do efeito protetor das isoflavonas na osteoporose, pois
previnem ou atenuam a perda óssea, devido à sua ação estrogênica, podendo
ajudar a deposição de cálcio na matriz óssea. Isso porque elas inibem a reabsorção
óssea por meio da supressão dos osteoclastos, células responsáveis por esta ação,
e promovem um balanço adequado de cálcio, prevenindo a perda óssea
(TRINDADE, 2001; ALVARENGA, 2001). Estudos de Alekel et al. (2001) com
mulheres pós-menopausadas tratadas com 80mg de isoflavona isolada de soja/dia,
observaram que houve diminuição significativa da perda óssea lombar.
Nos últimos anos, os fitoestrógenos (isoflavonas) têm recebido atenção
da comunidade científica. Acredita-se que o consumo de alimentos ricos em
fitoestrógenos, teria efeitos benéficos para a saúde humana, desde o combate aos
sintomas da menopausa, bem como doenças cardiovasculares, hiperlipidemia,
34
osteoporose, câncer e as doenças renais crônicas (RANICH; BHATHENA;
VELASQUEZ, 2001).
2.4.2.7 - Prebióticos e Probióticos
A Anvisa (2002) define probióticos como microrganismos vivos capazes
de melhorar o equilíbrio microbiano do intestino, resultando em efeitos benéficos
para a saúde das pessoas.
Os benefícios à saúde do hospedeiro atribuídos à ingestão de culturas
probióticas que mais se destacam são: controle da microbiota intestinal;
estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos; promoção da
resistência gastrintestinal à colonização por patógenos; diminuição da população de
patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de
outros compostos antimicrobianos; promoção da digestão da lactose em indivíduos
intolerantes à lactose; estimulação do sistema imune; alívio da constipação;
aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas. São sugeridos, também,
a diminuição das concentrações plasmáticas de colesterol, efeitos anti-hipertensivos,
redução da atividade ulcerativa de Helicobacter pylori, controle da colite induzida por
rotavírus e por Clostridium difficile, prevenção de infecções urogenitais, além de
efeitos inibitórios sobre a mutagenicidade (SHAH, LANKAPUTHRA, 1997;
CHARTERIS et al., 1998; JELEN, LUTZ, 1998; KLAENHAMMER, 2001; KAUR,
CHOPRA, SAINI, 2002; TUOHY et al., 2003).
As bactérias láticas e as leveduras são os grupos microbianos que,
através de estudos experimentais e clínicos são consideradas probióticas e são
comercializadas (KOMATISU et al., 2008). Destacam-se os Lactobacilos acidófilos,
casei, bulgáricos, lactis, platarum, Estreptococo térmofilo, Enterococus faecium e
faecalis, Bifidobactéria bifidus, longus e infantis (SAAD, 2006).
Os prebióticos são definidos como componentes alimentares não
digeríveis que afetam positivamente o hospedeiro, porque estimulam seletivamente
a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. Além
disso, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios
adicionais à saúde do hospedeiro (ROBERFROID, 2007).
Saad, (2006) mostrou em humanos que a fermentação de carboidratos
(prebióticos) estimula a motilidade do cólon. Os prebióticos pesquisados em
35
humanos constituem-se dos frutanos e dos galactanos (CUMMINGNS;
MACFARLANE, 2002). Os dados predominantes na literatura científica sobre efeitos
prebióticos estão relacionados aos fruto-oligossacarídeos e à inulina (PUUPPONEN-
PIMIÄ et al., 2002).
As principais fontes de inulina e oligofrutose empregadas na indústria de
alimentos são a chicória (Cichorium intybus) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus
tuberosus) (CARABIN, FLAMM, 1999; KAUR, GUPTA, 2002).
2.4.3 - Legislação
A ANVISA regulamentou os Alimentos Funcionais e Novos Alimentos, por
meio de Resoluções publicadas no DOU em 03/5/99, que se resumem em:
• Resolução nº16/99: Procedimentos para registro de alimentos e/ou novos
ingredientes;
• Resolução nº17/99: Diretrizes básicas para avaliação do risco e segurança
dos alimentos;
• Resolução nº18/99: Diretrizes básicas para análise e comprovação de
alegação de propriedade funcional e/ou de saúde alegadas em rotulagem de
alimentos;
• Resolução nº19/99: Procedimentos para registro de alimento com alegação
de propriedades funcionais e/ou de saúde em sua rotulagem.
A partir do ano de 2008 os registros, petições e avaliações de alegações
de alimentos foram analisados com objetivo de padronizar as alegações a fim de
melhorar o entendimento dos consumidores quanto às informações e propriedades
veiculadas nos rótulos destes alimentos. O registro de alimentos com alegações e a
avaliação de novas alegações foram então realizadas mediante a comprovação
científica da eficácia das mesmas, atendendo aos critérios estabelecidos nas
Resoluções nº18/99 e 19/99. As alegações aprovadas relacionam a propriedade
funcional e/ou de saúde a um nutriente ou não nutriente do alimento conforme a
Resolução nº18/99. No entanto, a eficácia da alegação no alimento a partir de 2008
deve ser avaliada caso a caso, tendo em vista que podem ocorrer variações na ação
do nutriente em função da matriz ou formulação do produto (ANVISA, 2008).
36
2.5 - Consumo Alimentar
Estudos epidemiológicos têm fornecido evidências populacionais sobre a
importância da dieta na detecção de fatores de risco para doenças cardiovasculares,
cerebrovasculares, diabetes mellitus e diversos tipos de neoplasias malignas. Vários
alimentos e nutrientes têm sido associados à ocorrência, ou prevenção de doenças
crônicas em distintas populações (TOMITA; CARDOSO, 2002; ABNET et al., 2005;
BASTOS; ROGERO; ARÊAS, 2009).
Conhecer os hábitos alimentares de uma população torna-se o passo
inicial para se estudar a incidência de doenças crônicas não transmissíveis, sendo
também importante para a realização de outras pesquisas (BARBOSA; BRESSAN,
2006).
Segundo Lustosa (2000) e Trigo (1993), no século XIX, a maioria dos
estudos de consumo alimentar de populações tinha a finalidade de estabelecer
padrões dietéticos que, em sua maior parte, eram levantamentos dietéticos que
serviram de base para recomendações de nutrientes e energia.
No século seguinte, os estudos sobre consumo alimentar passaram a ser
realizados, em muitos países, por organismos oficiais, com o objetivo de estabelecer
recomendações de energia e demais nutrientes e orientar as políticas
governamentais na área de Saúde Pública, sobretudo nos programas de
fortificações de alimentos, suplementação alimentar e educação nutricional para as
populações (CAVALCANTE et al., 2004).
O questionário de freqüência de consumo alimentar consiste em um
checklist de um número de alimentos, que podem variar conforme os objetivos do
estudo. Ele foi desenvolvido por Wiehl, em 1960, e é frequentemente utilizado em
estudos epidemiológicos (FERRO-LUZZI, 2002; MCPERSON et al., 2000), que
relacionam a dieta com a ocorrência de doenças crônicas (WILLET, 1994;
SAMPSON, 1985).
São elencados os alimentos mais frequentemente consumidos ou que
formam o padrão alimentar da região, no qual se registra a frequência habitual de
consumo (nunca, diária, semanal, etc) (BERTIN et al., 2006). A análise do consumo
alimentar fornece subsídios para avaliação das necessidades nutricionais e para
promoção de programas de educação nutricional (CERVATO; VIEIRA, 2003).
37
A incidência de doenças crônicas é alta nos indivíduos idosos e o risco de
desenvolvê-las ou de torná-las mais graves, levando a incapacidades, deve ser
identificado precocemente (SAMPAIO, 2004). Isso é possível a partir da avaliação
adequada do estado nutricional que deve considerar as particularidades de cada
indivíduo idoso, uma vez que pertence a um grupo bastante heterogêneo (NAJAS,
SACHS, 1996; SAMPAIO, 2004).
Nesse contexto, torna-se importante a avaliação de consumo de
alimentos funcionais neste grupo populacional, para conhecer os hábitos alimentares
dos idosos e para realização de trabalhos educativos, a fim de que a população
possa consumir alimentos com o intuito de atender as necessidades biológicas e
garantir a manutenção da saúde, bem estar e a redução do risco de doenças.
2.6 - Intervenção Educativa
Para Aranceta-Bartrina (1995) educação nutricional é “parte da nutrição
aplicada que orienta seus recursos em direção à aprendizagem, adequação e
aceitação de hábitos alimentares saudáveis”.
A opção pelo auto-cuidado como estratégia educativa reúne atividades
para a promoção da saúde, para a modificação do estilo de vida prejudicial à saúde,
para a redução dos fatores de risco e prevenção específica de doenças, para a
manutenção e recuperação da saúde e finalmente, para a reabilitação. (QUINTERO,
2009).
O contexto desafiador de educação nutricional exige o desenvolvimento
de abordagens educativas que permitam identificar os problemas alimentares de
modo mais amplo, por intermédio de estratégias que superem a mera transmissão
de informações (BOOG et al.,1999). O conhecimento do consumo alimentar da
população estudada, permitiu a adoção e abordagem adequada na intervenção
educativa, com ênfase nos alimentos funcionais.
Neste contexto, destaca-se a importância de identificar os alimentos
funcionais consumidos por esse grupo populacional, bem como a freqüência desse
consumo, para se constatar os possíveis benefícios da intervenção educativa no
sentido de colaborar para um envelhecer saudável e qualidade de vida.
38
3 - OBJETIVOS 3.1- Geral
� Avaliar o estado nutricional de idosos e realizar intervenção educativa
3.2 - Específicos
1. Realizar a Mini Avaliação Nutricional (MAN).
2. Determinar o consumo alimentar.
3. Verificar o grau de conhecimento dos idosos sobre alimentos funcionais antes
e após a intervenção educativa.
4. Intervir, por meio, de orientação nutricional abordando os alimentos
funcionais.
39
4 - METODOLOGIA
Esta pesquisa faz parte de um Projeto Temático da orientadora com uma
professora do Departamento de Odontologia /UFPI, que deu origem a duas
Dissertações, essa e outra do mestrado em Ciências e Saúde.
4.1- Delineamento do estudo
Foi realizada uma pesquisa de campo do tipo descritiva, analítica,
transversal e interventiva, em idosos residentes em áreas cobertas pela Estratégia
Saúde da Família no município de Teresina-PI.
4.2 - Local do Estudo
Este é o primeiro estudo realizado em Teresina que registra dados sobre
risco nutricional, consumo alimentar e conhecimentos sobre Alimentos Funcionais
em idosos da Estratégia Saúde da Família.
O Piauí possui uma população total de 3.118.360 habitantes dos quais
331. 880 são idosos, que representa 10,6% do número total de piauienses. A
população atual da cidade de Teresina é de 814.959, que representa 26,2% da
população residente no estado. O número atual de idosos é de 69.122 que equivale
a 20,8% da população idosa do Piauí.
As ESF´s estudadas estão localizadas na cidade de Teresina. O
Município de Teresina é dividido em três Regionais de Saúde. De cada Regional,
foram pesquisadas três ESF da zona urbana e uma da zona rural. Estudou-se,
portanto, na Regional Leste/Sudeste, nos bairros Planalto Uruguai, Satélite e Santa
Bárbara (urbanos) e no bairro Coroatá (rural); na Regional Norte nos bairros
Primavera, Mocambinho e Matadouro (urbanos) e no bairro Dois Irmãos (rural) e na
Região Sul nos bairros Vermelha, Monte Castelo e Macaúba (urbanos) e no bairro
Chapadinha (rural). Existem diferenças nestas zonas que podem influenciar no
estado nutricional dos idosos, como saneamento básico, nível de escolaridade e
renda.
40
4.3 - População e Amostra
A população do estudo incluiu indivíduos com idade superior ou igual a 60
anos, de ambos os sexos, e que residiam em áreas cobertas por equipes da ESF,
no município de Teresina-PI.
Para representar a população estudada foram pesquisados 345 idosos
para o diagnóstico. Considerou-se para o cálculo amostral a população de pessoas
com 60 anos e mais de idade na cidade de Teresina, a partir de dados da Fundação
Municipal de Saúde, em torno de 67.362 indivíduos, no período de abril de 2010.
Este tamanho de amostra permitiu estimativas com margem de erro de ± 5,54% e
intervalo de confiança de 95% ou amostragem casual simples, onde 1,96 foi o
escore da curva normal para o intervalo de 95%; 0,0554 foi o erro amostral máximo
e 0,50 é o valor do parâmetro que permite uma variância máxima.
Tratou-se de uma amostragem probabilística em duas fases. Na primeira
sessão, foram selecionadas por meio de sorteio aleatório, de cada Regional de
Saúde do Município, três ESF da zona urbana e uma ESF da zona rural, de tal forma
a se obter três equipes da Regional Leste/Sudeste zona urbana, três equipes da
Regional Norte zona urbana, três equipes da Regional Sul zona urbana e três
equipes da zona rural (uma equipe de cada regional). O sorteio das equipes foi
realizado por meio do uso de uma tabela de números aleatórios onde escolheu-se a
1º e a 2º coluna para se selecionar cinco números entre 01 e 24 na direção da 1ª à
última linha da tabela.
Na segunda fase, sorteou-se 15% dos idosos das equipes que foram
selecionadas na primeira fase. Uma lista com os nomes dos idosos por ordem
alfabética foi elaborada a partir do cadastro dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS). A escolha do idoso deu-se por amostragem sistemática, sendo o primeiro
escolhido ao acaso entre os nomes que ocupam a 1ª e a 6ª posição na listagem, e
assim a cada seis idosos listados, um foi pesquisado. O intervalo de escolha foi
determinado pela relação entre o número de idosos e o tamanho da amostra (15%)
calculada para a equipe.
41
4.4 - Critérios Éticos
4.4.1- Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCL E)
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) -
(ANEXO A) da Universidade Federal do Piauí. Os sujeitos aptos à pesquisa foram
convidados a participarem por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) (ANEXO B).
4.5 - Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos no estudo os idosos com 60 anos ou mais de idade, que
tinham condições cognitivas para compreender as questões dos formulários de
pesquisa, domiciliados em áreas cobertas pela ESF, do município de Teresina-PI e
que aceitaram e assinaram o termo de consentimento para participar do estudo.
Para constatação das suas condições cognitivas, o idoso era questionado sobre
algum dado repassado pelo ACS, após trinta minutos era interrogado novamente
sobre o mesmo item, de acordo com Freitas; Philippi; Ribeiro (2011).
Excluiu-se do estudo os idosos que tinham membros amputados, tendo
em vista que na utilização da MAN, era necessário aferir as medidas da
circunferência do braço e da circunferência da panturrilha.
4.6 - Estudo Piloto
Realizou-se um estudo piloto com 10% da amostra, que foi realizada após
o sorteio de uma Equipe de Saúde da Família da zona urbana de Teresina.
Inicialmente aplicou-se um questionário validado de MAN, para
determinar a freqüência de risco de desnutrição, em seguida, foi aplicado o
Recordatório de 24h em três momentos (dois dias na semana e um no final de
semana) (APÊNDICE 1), para elaboração e validação de um Questionário de
Frequência de Consumo Alimentar (QFCA), onde foram elencados os alimentos
mais consumidos. Para a validação utilizou-se o coeficiente de correlação,
considerando-se um coeficiente aceitável para o estudo, de acordo com Willet
(1990).
42
Aplicou-se também um Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos
Funcionais (QCAF) (ANEXO D).
4.7 - Caracterização da Amostra
Para caracterização dos pesquisados, foram utilizados os dados sócio-
econômicos, tais como: renda, escolaridade, sexo, idade e profissão, informados
pelos mesmos na abordagem inicial, e foram registrados na ficha dos idosos
(APÊNDICE 2).
4.8 - Risco Nutricional
Aplicou-se a MAN (ANEXO C), a qual consiste de: avaliação
antropométrica, avaliação global, avaliação dietética, auto-avaliação e avaliação
final. Os critérios antropométricos utilizados na avaliação do risco nutricional foram o
Índice de Massa Corpórea (IMC) e as circunferências da panturrilha e do meio
braço, de acordo com WHO, (1995). O peso foi obtido por meio de uma balança
portátil calibrada do tipo G.TEC /M=150 kg;D=100g) e as medidas de altura,
circunferência da panturrilha e circunferência do meio braço foram obtidas por meio
de fita métrica não extensível..
4.9 - Consumo Alimentar
A avaliação do Consumo Alimentar foi feita por meio da aplicação de um
Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) (APÊNDICE 3), validado
no estudo piloto, onde foram elencados os alimentos mais consumidos.
Para fins didáticos os resultados de Frequência do Consumo Alimentar
dos Idosos foram apresentados por grupos de alimentos, baseado na pirâmide
alimentar (PHILIPPI; LATTERZA; CRUZ; RIBEIRO, 1999).
Para a aplicação dos questionários, contou-se com a colaboração de
estudantes de graduação do curso de Nutrição, que foram treinados para este fim.
43
4.10 - Diagnóstico sobre o grau de conhecimento a r espeito de Alimentos
Funcionais
A avaliação do conhecimento sobre alimentos funcionais foi realizada em
dois momentos: 1) aplicou-se um Questionário de Conhecimento sobre Alimentos
Funcionais (QCAF) e seus benefícios, validado por CAMPOS, 2010 (ANEXO D),
uma lista contendo alimentos para identificação dos alimentos funcionais e não
funcionais; 2) após o período de intervenção educativa aplicou-se novamente o
QCAF com os idosos para avaliar o impacto da intervenção educativa.
4.11 - Intervenção educativa
Foi realizada intervenção educativa com 300 indivíduos, porque 45
convocados não compareceram e/ou devido a perdas. Porém, essa quantidade não
comprometeu a representatividade da amostra por esta ser homogênea. A
intervenção foi realizada durante uma hora, uma vez por semana, nos dias úteis, no
período de fevereiro a julho de 2011. A abordagem para a intervenção educativa foi
por meio de orientação sobre os benefícios da ingestão de alimentos funcionais,
utilizando os seguintes recursos educativos: folders (APÊNDICE 4), aula expositiva
com data show, oficinas e dinâmicas (APÊNDICE 5).
A referida intervenção foi realizada em igrejas e postos de saúde em cada
região. Os idosos participavam de uma sessão educativa de 60 minutos por semana,
totalizando 24 encontros, com grupos de 20 a 25 por sessão. Iniciava-se com
preleção dialogada, em seguida realizava-se uma dinâmica e no final servia-se um
lanche saudável, trazido pelos pesquisadores ou preparados pelos idosos. Durante
as reuniões eram feitas oficinas onde se orientava a técnicas de preparo de lanches
saudáveis, que eram elaborados pelos idosos no domicílio e degustados na semana
seguinte.
Além da orientação sobre os benefícios, foram explicadas as técnicas de
preparo adequadas para o melhor aproveitamento das substâncias bioativas dos
alimentos e distribuído folder que abordava os alimentos funcionais e seus
benefícios.
44
4.12 - Análise de Dados
A análise de dados foi realizada pelo Programa Statistical Package for the
Social Sciences – SPPS, versão 17.0, (SPSS, 2006) e Epi-Info, versão 6.04b,
(DEAN,1994). Os resultados foram apresentados em forma de tabelas de
frequências simples e cruzadas. Os testes estatísticos utilizados foram: para variável
normal, o χ2 (qui-quadrado) e o teste t de student para verificar diferença entre duas
médias, o teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para verificar diferença entre risco
nutricional e local de residência. O nível de significância adotado foi de 5% (0,05).
45
5 - RESULTADOS
Dos 345 indivíduos pesquisados, 32,2% (n=111) pertenciam ao sexo
masculino com uma idade média de 72 anos, e as mulheres representavam 67,8%
(n=234) apresentando uma idade média de 71 anos. O Teste t de student não
mostrou diferença estatisticamente significativa (p = 0,255) entre idade e sexo.
O Bartlett's Test (p=0,543), apontou homogeneidade da população
pesquisada. A Pirâmide da população apresentada na Figura 1 demonstra a
frequência do sexo em relação à idade, e verificou-se que a maioria dos indivíduos
encontrava-se entre as idades de 60 a 75 anos, destacando-se um idoso com 101.
Figura 1 : Frequência de sexo em relação à idade de idosos da ESF. Teresina-PI,
2011.
A maioria da população estudada (52,2%) não freqüentou escola,
correspondendo a 180 indivíduos. O ensino fundamental foi o que apresentou a
maior porcentagem 35,9% (n=124) entre os participantes, que referiram algum tipo de
frequência à escola, (Figura 2).
MASCULINOFEMININO
SEXO
100
95
90
85
80
75
70
65
60
IDA
DE
100
95
90
85
80
75
70
65
60
IDA
DE
25 20 15 10 5 0 2520151050
46
Figura 2 – Nível de escolaridade de idosos da ESF. Teresina - PI, 2011.
No tocante à renda familiar, em ambos os sexos, observou-se que o
estrato entre 1 e 2 salários mínimos, foi o que apresentou as maiores porcentagens
para homens e mulheres, 77,5% e 80,8%, respectivamente e não houve associação
estatisticamente significativa, (Tabela 2).
Tabela 2 - Renda familiar dos idosos da ESF em relação ao sexo. Teresina - PI,
2011.
Renda (salários Mínimos)
Sexo Total
Masculino Feminino
Nº % Nº % Nº %
< 1 18 16,2 26 11,1 44 12,8
1 – 2 86 77,5 189 80,8 275 79,7
> 2 07 6,3 19 8,1 26 7,5
Total 111 100,0 234 100,0 345 100,0 χ2 = 1,96 p = 0,373
Os valores antropométricos ressaltam que a média de peso geral foi de
61,1 kg (+ 2,3), (Tabela 3). O sexo masculino apresentou uma média de 63,2 kg (+
3,4), enquanto o feminino apresentou média de 59,1 kg (+ 2,2), com diferença
significativa (p<0,05) entre o sexo e peso dos participantes.
Com relação à altura, a média entre os homens foi de 1,55 cm (± 2,1), e as
mulheres apresentaram média de 1,45 cm (±1,9). A altura média dos idosos ficou em
torno de 1,50 cm, (±1,0), com diferença significativa (p<0,05) entre sexo e altura.
52,2
35,9
9,9
20
10
20
30
40
50
60
Sem escolaridade Ensino Fundamental
Ensino Médio Universitário
%
Tabela 3 – Frequência de peso e estatura em relação ao sexo de idosos da ESF.
Teresina - PI, 2011.
Antropometria Peso (Kg)
Masculino Feminino
Média Estatística Altura (cm)
Masculino Feminino
Média Estatística
Com relação
entrevistados apresentaram risco de desnutrição, enquanto 44,6
bem nutridos, (Figura 3
proporções de risco e bem nutrido.
Figura 3 - Situação nutricional de idosos que residem em locais atendidos pela
ESF. Teresina
Analisou - se os idosos de acordo com o local de residência e verificou
que a maior porcentagem de idosos em risco de desnutrição, 61,4% (n=83), foi dos
residentes na zona Norte. É importante destacar também que, 52,8% (n=57) dos
idosos da Zona Leste/S
0
10
20
30
40
50
60
Risco Nutricional
55,4
%
Frequência de peso e estatura em relação ao sexo de idosos da ESF.
PI, 2011.
Média
63,2 59,1 61,1
t = 6,83 p = 0,007
1,55 1,45 1,50
t = 9,41 p = 0,001
relação à situação nutricional, observou-se que 55,4% (n=191) dos
entrevistados apresentaram risco de desnutrição, enquanto 44,6
Figura 3). Verificou-se diferença significativa (p = 0,004), entre as
proporções de risco e bem nutrido.
Situação nutricional de idosos que residem em locais atendidos pela
. Teresina - PI. 2011.
se os idosos de acordo com o local de residência e verificou
que a maior porcentagem de idosos em risco de desnutrição, 61,4% (n=83), foi dos
residentes na zona Norte. É importante destacar também que, 52,8% (n=57) dos
idosos da Zona Leste/Sudeste e 50,0% (n=51) da Sul, apresentaram risco de
Risco Nutricional Bem Nutrido
55,4
44,6
47
Frequência de peso e estatura em relação ao sexo de idosos da ESF.
DP
3,4 2,2 2,3
2,1 1,9 1,0
se que 55,4% (n=191) dos
entrevistados apresentaram risco de desnutrição, enquanto 44,6% (n=154) estavam
se diferença significativa (p = 0,004), entre as
Situação nutricional de idosos que residem em locais atendidos pela
se os idosos de acordo com o local de residência e verificou-se
que a maior porcentagem de idosos em risco de desnutrição, 61,4% (n=83), foi dos
residentes na zona Norte. É importante destacar também que, 52,8% (n=57) dos
udeste e 50,0% (n=51) da Sul, apresentaram risco de
48
desnutrição, de acordo com a Figura 4. O teste de Kruskal - Wallis mostrou diferença
estatisticamente significativa entre o local de residência e a situação nutricional.
Figura 4 - Situação nutricional dos idosos da ESF, segundo o local de residência.
Teresina - PI, 2011.
Com relação ao consumo alimentar dos idosos, os alimentos mais
consumidos diariamente com frequência superior que 50% foram: arroz (92,2%),
café (79,4%) e feijão (58,9%). E os alimentos consumidos semanalmente com
freqüência maior que 50% foram: frango (52,5%) e abóbora (59,1%). E dos
alimentos que eles não consumiam, os mais frequentes eram achocolatado (78,7%),
mingaus (72,8%), doce de caju (63,5%) e quiabo (61,5%), como demonstrado no
APÊNDICE 3a.
Dentre os alimentos protéicos, o feijão apresentou maior consumo diário
(58,9%). O leite foi o segundo alimento mais consumido neste grupo (39,7%). O
alimento menos consumido diariamente foi o peixe (0,6%), conforme demonstrado
na Figura 5.
61,450 52,8
38,650 47,2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Norte Sul Leste/Sudeste
% d
e Id
oso
Local de Residência
Risco de desnutrição Bem Nutrido
Figura 5 – Consumo de alimen
dos idosos atendidos pela ESF. Teresina
Figura 6 – Consumo d
atendidos pela E
Quanto ao consumo alimentar diário do grupo dos cereais, os três itens
mais consumidos foram pão, biscoito (doce e salgado), representando 95,5% do
total e o arroz (92,2%). O menos consumido foi o macarrão (3,5%), como mostra a
Figura 6.
Feijão
Soja
Ovo
Peixe
Frango
Carne suina
Carne bovina
Leite
5,9
3,2
0,6
11,6
0
27
39,7
3,9
12,2
28,7
9,3
3,9
15,9
9,7
Farinha de Milho e derivados
Pão,biscoito doce e salgado
Cuscuz e beiju
Macarrão
Arroz
13,6
7,8
3,5
9,7
22,9
Consumo de alimentos do grupo das carnes, ovos, leite
idosos atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011.
Consumo de alimentos do grupo de cereais e massas dos
atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011.
Quanto ao consumo alimentar diário do grupo dos cereais, os três itens
mais consumidos foram pão, biscoito (doce e salgado), representando 95,5% do
total e o arroz (92,2%). O menos consumido foi o macarrão (3,5%), como mostra a
58,9
39,7
16,9
52,5
36,8
37,1
10,1
17,4
31,9
19,4
15,9
18,6
12,8
9,7
22,9
25,5
19,4
76,6
44,3
55,4
95,5
92,2
37,5
22,9
19,4
8,2
30,2
13,3
5,6
24,9
16,2
68,7
18,5
49
ovos, leite e leguminosas
Piauí, 2011.
e massas dos idosos
Quanto ao consumo alimentar diário do grupo dos cereais, os três itens
mais consumidos foram pão, biscoito (doce e salgado), representando 95,5% do
total e o arroz (92,2%). O menos consumido foi o macarrão (3,5%), como mostra a
10,1
12,8
7,3
11,9
6,6
5,3
6,8
13,3
4,6
11
5,1
Diariamente
Semanalmente
QuinzenalmenteMensalmente
4,5
7,8
16,2
18,5Diariamente
SemanalmenteQuinzenalmente
No tocante ao consumo alimentar de frutas as mais consumidas diariamente
foram o mamão, melão e a melancia, representando 35,8% do total, e dentre as
hortaliças as mais consumidas semanalmente
alface (41,9%), conforme Figura 7.
Figura 7 – Consumo de a
atendidos pela ESF
No grupo dos óleos e
apresentando um consumo diário e semanal de 11 e 27,8%, respectivamente. No
grupo dos açúcares e doces, o refrigerante teve um consumo diário de 7,2% e
semana de 21,5%, de acordo com a Figura 8.
Laranja
Mamão,melão,melancia
Tomate,alface
Couve
Cenoura
Repolho
Banana
Quiabo
11,3
1,7
2
2
11,9
No tocante ao consumo alimentar de frutas as mais consumidas diariamente
foram o mamão, melão e a melancia, representando 35,8% do total, e dentre as
consumidas semanalmente foram a cenoura (47%), tomate e
alface (41,9%), conforme Figura 7.
Consumo de alimentos dos grupos das frutas e hortaliças dos idosos
atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011.
No grupo dos óleos e gorduras, o maior consumo foi de margarina
apresentando um consumo diário e semanal de 11 e 27,8%, respectivamente. No
grupo dos açúcares e doces, o refrigerante teve um consumo diário de 7,2% e
semana de 21,5%, de acordo com a Figura 8.
11,3
35,8
17,6
20,8
25,6
44,4
31,3
41,9
11,9
47
13,9
37,8
11,9
15,9
15,5
15,6
21,2
16,5
16,8
19,6
11,3
20,6
6,9
21,7
20,3
13,3
43,5
47
61,5
50
No tocante ao consumo alimentar de frutas as mais consumidas diariamente
foram o mamão, melão e a melancia, representando 35,8% do total, e dentre as
foram a cenoura (47%), tomate e
limentos dos grupos das frutas e hortaliças dos idosos
o maior consumo foi de margarina
apresentando um consumo diário e semanal de 11 e 27,8%, respectivamente. No
grupo dos açúcares e doces, o refrigerante teve um consumo diário de 7,2% e
20,6
11,9
6,7
15,8
7,8
5,5
18
9
1,2
Diariamente
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Não Consome
Figura 8 – Consumo de a
doces dos idosos atendidos pela ESF
Nas Tabelas
conhecimento sobre alimentos funcionais da população estudada.
Na Tabela 4
sobre o que são alimentos funcionais. Antes da intervenção 94,9% não sabiam o
que era alimentos funcionais e depois apenas 6,5%,
são esses alimentos.
Tabela 4 - Definição de Alimentos F
pelos idosos da ESF.
Definição de Alimentos Funcionais
São alimentos que oferecem energia, força para o corpo
São Remédios
São alimentos que ajudam na redução do risco de doenças
Não Sei
A Tabela 5 apresenta os dados sobre os alimentos considerados
funcionais pelos idosos assistidos pela ESF, antes e após a intervenção educativa.
No tocante a indicação de qual alimento a população pesquisada considera
funcional, ficou constatado que após a intervenção educativa os idosos absorveram
bem as informações fornecidas, mostrando uma melhora significativa nos seus
Refrigerante
Doce
Mel
achocolatado
Margarina
7,2
0
0,6
0,9
11
21,5
6,7
6,3
6,8
27,8
10,7
15,4
6,1
19,1
7,5
de alimentos dos grupos dos óleos e gorduras, açúcares e
dos idosos atendidos pela ESF. Teresina - Piauí, 2011.
abelas 4, 5 e 6, estão as respostas do questionário de
conhecimento sobre alimentos funcionais da população estudada.
, destaca-se uma melhoria significativa do entendimento
alimentos funcionais. Antes da intervenção 94,9% não sabiam o
que era alimentos funcionais e depois apenas 6,5%, continuava
Definição de Alimentos Funcionais antes e após a intervenção educativa,
pelos idosos da ESF. Teresina - PI, 2011.
Definição de Alimentos Funcionais
São alimentos que oferecem energia, força para o corpo
São alimentos que ajudam na redução do risco de doenças
A Tabela 5 apresenta os dados sobre os alimentos considerados
funcionais pelos idosos assistidos pela ESF, antes e após a intervenção educativa.
No tocante a indicação de qual alimento a população pesquisada considera
funcional, ficou constatado que após a intervenção educativa os idosos absorveram
bem as informações fornecidas, mostrando uma melhora significativa nos seus
27,8
22,9
25,5
21,2
19,1
21,2
15,1
27,2
63,5
56,5
78,7
20,6
Diariamente
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Não Consome
51
óleos e gorduras, açúcares e
Piauí, 2011.
estão as respostas do questionário de
conhecimento sobre alimentos funcionais da população estudada.
melhoria significativa do entendimento
alimentos funcionais. Antes da intervenção 94,9% não sabiam o
sem entender o que
uncionais antes e após a intervenção educativa,
Intervenção (%)
Antes Após - 16,4
5,1 7,9
- 69,2
94,9 6,5
A Tabela 5 apresenta os dados sobre os alimentos considerados
funcionais pelos idosos assistidos pela ESF, antes e após a intervenção educativa.
No tocante a indicação de qual alimento a população pesquisada considera
funcional, ficou constatado que após a intervenção educativa os idosos absorveram
bem as informações fornecidas, mostrando uma melhora significativa nos seus
Diariamente
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Não Consome
52
conhecimentos. Após a intervenção, o tomate (96,6%), a cenoura (94,9%), o feijão
(94,3%), a couve (93,8%), a laranja (93,5%) e o peixe (92,4%), foram os mais
citados, conforme Tabela 5.
Tabela 5 - Alimentos considerados Funcionais pelos idosos da ESF, antes e após a
intervenção educativa. Teresina - PI, 2011.
Alimentos Respostas (%) antes e depois da
Intervenção Antes Após
Acerola 3,1 84,1 Alho 11,0 85,3 Alimentos Industrializados 15,6 4,8 Arroz Branco 26,9 10,5 Arroz Integral 15,3 83,9 Aveia 26,3 21,8 Beterraba 10,2 88,7 Carne Vermelha 3,1 78,8 Carne de Soja 8,2 87,0 Cebola 9,1 90,1 Cenoura 5,4 94,9 Couve 3,7 93,8 Doce 3,4 - Ervilha 2,0 84,1 Feijão 24,4 94,3 Laranja 20,1 93,5 Melancia 10,2 87,3 Ovo 2,3 80,5 Peixe 4,0 92,4 Refrigerante 8,2 1,7 Repolho 8,8 83,9 Sorvete 4,2 - Tomate 8,8 96,6 Outros - -
A Tabela 6, demonstra que a maioria dos idosos estudados tinha pouco
conhecimento prévio sobre os benefícios dos alimentos funcionais para a saúde,
visto que 80,1% considerou estes alimentos importantes, porém não sabiam o
porquê; 36,9% relacionou o consumo de alimentos funcionais ao envelhecimento
saudável e, somente, 0,3% associou à redução do risco de câncer.
53
Tabela 6 - Benefícios dos Alimentos Funcionais, antes e após a intervenção
educativa, em idosos da ESF. Teresina - PI, 2011.
Benefícios dos Alimentos Funcionais Respostas (%)
antes e depois da Intervenção
Antes Após Combatem as doenças do coração 2,0 24,6 Ajudam a envelhecer de forma saudável 36,9 82,6 Reduzem o risco de osteoporose 2,0 30,4 São saborosos 2,3 12,2 Reduzem o risco de câncer 0,3 26,9 Eles não são importantes 13,3 2,8 Eles são importantes, mas não sei o porquê 80,1 3,1
Após a intervenção educativa, 81,9% consideraram que os alimentos
funcionais exercem algum tipo de prevenção sobre as doenças referidas e, apenas,
2,8% (8,4 pessoas) permaneceu com a idéia que os alimentos não são importantes,
porque provavelmente não foram suficientemente atenciosos durante as sessões
e/ou devido ao baixo nível de escolaridade, haja vista que 52,2% dos idosos nunca
frequentaram a escola.
54
6 - DISCUSSÃO
6.1- O tema pesquisado
Devido ao crescimento acelerado da população de idosos no mundo,
inclusive no Brasil, muitos pesquisadores estão investigando para conhecê-la,
entender a longevidade e buscar soluções para melhorar a qualidade de vida.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, mostra as
características do padrão alimentar em todas as regiões do Brasil. A aquisição
média anual per capita caiu 40,5% para o arroz polido (de 24,5 kg para 14,6 kg),
feijão, queda de 26,4% (de 12,4 kg para 9,1 kg) e açúcar refinado, de 48,3% (de 6,1
kg para 3,2 kg). Enquanto cresceu a proporção de comidas industrializadas, como
pães (de 5,7% para 6,4%), embutidos (de 1,78% para 2,2%), biscoitos (de 3,1%
para 3,4%), refrigerantes (de 1,5% para 1,8%) e refeições prontas (de 3,3% para
4,6%) (IBGE, 2010). Demonstrando que a população, dentre eles os idosos, está
consumindo mais lanches e “fast foods”, em detrimento do consumo de alimentos
naturais e da “comida caseira”, o que pode contribuir para o comprometimento do
estado nutricional, colocando os idosos em risco nutricional.
O estado nutricional do idoso depende das condições sociais sendo
influenciado pelo efeito prolongado de doenças crônicas e da ingestão de alimentos,
que podem impedir a absorção de alguns nutrientes. Fatores como classe social,
renda, nível educacional, disponibilidade de transporte e acesso à informação
modificam a maneira como os idosos têm acesso aos alimentos. Além desses
fatores, a ingestão de alimentos, além de suprir a necessidade fisiológica,
proporciona uma sensação de bem-estar e satisfação (MUNDIT et al., 2009;
QUANDIT et al., 2009).
Além disso, a perda de apetite que acomete este grupo populacional pode
resultar do declínio dos receptores sensoriais periféricos, causado pela degeneração
das papilas gustativas na língua, e dos receptores olfativos. Ocorre também o
declínio dos centros do apetite, do paladar e do olfato, redução da acuidade visual e
auditiva e lenta renovação das papilas gustativas. Portanto, todos esses fatores
citados interferem desde o estímulo do apetite até sua seleção e modo de preparo
(CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000).
55
O questionário de freqüência alimentar (QFA) é um método comumente
utilizado para avaliação do consumo alimentar habitual (VASCONCELOS, 2008) por
ser um método prático, rápido e que possibilita a obtenção de dados retrospectivos
por períodos longos, meses ou anos (LIMA; FISBERG; SLATER, 2003). Entretanto,
para minimizar as variações e erros de medida são necessários estudos de
validação do instrumento (LOPES et al., 2003; SLATER et al., 2003).
6.2 - Questionário de Frequência de Consumo Aliment ar (QFCA) e Questionário
de Consumo de Alimentos Funcionais (QFCAF)
O QFCA e QCAF foram adotados no sentido de conhecer a situação
nutricional e os hábitos alimentares dos idosos para nortear a construção da
metodologia da Intervenção Educativa e também divulgar para a população a
importância dos Alimentos Funcionais e fornecer informações sobre os benefícios
dos principais compostos bioativos presentes nesses alimentos.
6.3 - Local e Período do Estudo
A pesquisa foi realizada na zona urbana e zona rural de Teresina com
idosos da Estratégia Saúde da Família (ESF), no período de outubro/2010 a Julho
de 2011.
6.4 - Caracterização da População
Do total de idosos estudados houve predominância de mulheres, dado
concordante com os registrados na maioria das pesquisas realizadas no Brasil que
mostram a feminização do envelhecimento (ALVES et al., 2007; ARAÚJO; CEOLIM,
2007; CHAIMOWICS; GRECO, 1999; FRANK,1996; GIACOMIN et al., 2008;
GORGOZONI; PIRES, 2006; LEBRÃO; LAURENTI, 2005; LOPES et al.,2007;
MARUCCI, 1992; MENEZES, 2000; MENEZES; MARUCCI, 2006; NAKATANI et al.,
2003; PASKULIN; VIANNA, 2007; SILVA et al., 2006; TAVARES; ANJOS, 1999;
TAVARES et al., 2007; TRINDADE; BÉRIA, 2006; FREITAS; PHILIPPI; RIBEIRO,
2011).
56
A idade média encontrada no grupo das mulheres foi de 71 anos e no
grupo pertencente ao sexo masculino 72 anos. A grande maioria dos idosos
pesquisados estavam entre as idades de 60 a 75 anos. Este resultado apresenta
dados inferiores aos obtidos no estudo de Maciel e Guerra (2007), que objetivando
analisar o estado de saúde dos idosos residentes na zona urbana da cidade de
Santa Cruz, Rio Grande do Norte, mediante o estudo da capacidade funcional
revelou que dos 310 idosos, 77,4% encontravam-se com mais de 75 anos.
Conforme Alvarenga et al. (2010), a escolaridade é um indicador preciso
do nível socioeconômico de uma população, relacionado ao acesso a empregos e
renda, à utilização dos serviços de saúde e à receptividade aos programas
educacionais e sanitários. Dessa forma, na amostra em estudo, mais da metade de
idosos eram analfabetos, quadro semelhante à situação nacional, onde em 2003, a
proporção dos idosos brasileiros que não sabiam ler ou escrever era de
aproximadamente quatro milhões, ou seja, 1/3 do total de idosos no país
(CAMARANO, 2005).
6.5 - Situação Nutricional dos Idosos
A partir da MAN se diagnosticou, entre os idosos do estudo, que a maioria
dos entrevistados apresentaram risco de desnutrição, em concordância com o
estudo transversal de, Kuzuya et al. (2005) que aplicaram a MAN em 226 idosos
japoneses com média de idade de 78 anos. Para tanto, foram realizadas medidas
antropométricas e marcadores bioquímicos para verificar a validade da MAN como
ferramenta de triagem nutricional. Os resultados mostraram que 19,9% dos idosos
estavam desnutridos, 58% em risco de desnutrição e 22,1% eutróficos. Foram
observadas relação estatisticamente significativa entre os resultados da pontuação
do questionário com os parâmetros antropométricos e bioquímicos.
Em estudo com 126 idosos venezuelanos, dos quais 70 eram mulheres e
56 homens provenientes de diferentes centros geriátricos, com idade entre 60 a 96
anos. Verificou-se que 5,6% dos idosos estavam desnutridos, 48,4% em risco de
desenvolver desnutrição e 46% eram eutróficos. De acordo com a faixa etária, os
resultados indicaram que idosos com mais de 80 anos apresentaram maior
deterioração do estado nutricional do que idosos com idades entre 60 e 79 anos
(RODRIGUEZ et al., 2005).
57
Em idosos, sabe-se que o estado nutricional apresenta alta relação com a
morbi-mortalidade. Para Coelho e Amorim (2007), a população idosa é propensa a
riscos nutricionais, devido a fatores relacionados com as alterações fisiológicas,
sociais, ocorrência de doenças crônicas, uso de múltiplos medicamentos, problemas
relacionados com a alimentação (comprometimento da mastigação e deglutição, por
causa de próteses mal adaptadas, por exemplo) e alterações da mobilidade com
dependência funcional.
Pereira (2004) realizou um estudo utilizando a MAN, com 344 idosos no
município do Rio de Janeiro. Além da MAN, foram medidos a circunferência do
braço, da panturrilha e calculado o IMC para avaliar o estado nutricional dos idosos.
Houve boa correlação entre os parâmetros antropométricos utilizados e a MAN.
Segundo o questionário, 8,3% dos idosos estavam desnutridos, 55,6% dos idosos se
encontravam em risco de desnutrição e 36,1% estavam eutróficos. A referida
pesquisadora considerou o questionário como uma ferramenta adequada para
diagnosticar o risco de desnutrição em idosos.
O estudo de Matos (2005) avaliou o estado nutricional de 98 idosos
provenientes da zona urbana de São Paulo, utilizando a MAN. Os resultados
indicaram 11,3% de idosos desnutridos, 37,7% em risco de desnutrição e 51,1% de
idosos bem nutridos, dado discordante com os obtidos na presente estudo. Conclui-
se que a MAN é um método viável e de fácil aplicabilidade em idosos que vivem na
comunidade, pois os resultados do estudo demonstraram que a proporção de idosos
em risco de desnutrição foi semelhante à de outros estudos realizados com idosos
de comunidades.
6.5.1- Situação Nutricional segundo local de residê ncia
A Região Norte apresentou a maior porcentagem em relação ao risco de
desnutrição (61,4%), a zona Leste ficou em segundo lugar com 52,8% e a sul
apresentou melhor resultado (50%).
A maioria dos idosos domiciliados na região sul do município de Teresina
são melhores assistidos, o que pode ser devido ao fato de que nessa região existe
uma Entidade Filantrópica mantida pela Associação Nacional de Instrução (ANI),
funcionando em um posto de saúde, que é freqüentada pelos idosos pesquisados.
Nesse local são oferecidos duas ou mais aulas por semana de atividade física, nas
58
modalidades de capoeira e ioga. Além de contarem com o trabalho de dois
educadores físicos, existe uma assistente social que desenvolve muitas atividades
como: recreação, aulas de música, festividades, celebração de missas, bem como,
palestras educativas ministradas por diversos profissionais, inclusive nutricionista.
As atividades desenvolvidas com os idosos são patrocinadas por uma
escola particular de Teresina pertencente a uma congregação de padres, que fazem
um trabalho de responsabilidade social.
6.6 - Consumo Alimentar
A avaliação do consumo alimentar em pesquisas destinadas a conhecer
o consumo habitual de certos alimentos e a estabelecer condições de saúde é
importante, pois permite, identificar o hábito alimentar, o nível de risco e a
vulnerabilidade da população às deficiências nutricionais , assim como adequar ou
propor medidas de intervenção que promovam a saúde, especialmente no segmento
da população de idosos, idade na qual a dieta contribui para melhorar a qualidade
de vida e aumentar a longevidade (CARDOSO, 2010).
Nesta pesquisa, a coleta do consumo de alimentos funcionais pelos
idosos foi realizada utilizando-se um questionário de freqüência de consumo
alimentar (QFCA), pois, para a caracterização do consumo habitual de indivíduos,
são necessários instrumentos que avaliem de forma fácil e com baixo custo o hábito
alimentar, sendo os QFCA ‘s particularmente úteis em estudos populacionais sobre
dietas (BEATON; BUREMA; RITENBAUGH,1997). Para incrementar a acurácia na
mensuração do consumo dos alimentos funcionais em questão, classificou-se a
frequência de consumo como diário, semanal, quinzenal e mensal, considerando-se
a sazonalidade de alguns alimentos pesquisados. Foram classificados também os
alimentos não consumidos para se conhecer melhor o comportamento alimentar dos
idosos.
Sobre o consumo dos alimentos protéicos entre os idosos entrevistados,
observou-se que o feijão foi a leguminosa mais consumida diariamente, e o item
menos consumido foi o peixe, como mostra Figura 5.
Verificou-se que o consumo de pescados, como o peixe, e ovos foi baixo
entre os idosos pesquisados, sendo a carne bovina e o frango os mais consumidos
nesse grupo populacional. Não foi demonstrado pelos idosos do estudo o hábito de
59
consumo de pescados e a maioria referiu associar o ovo como rico em colesterol,
sendo um dos motivos da rejeição desse alimento.
Quanto ao consumo alimentar diário do grupo dos cereais, os três itens
mais consumidos foram o pão, biscoito (doce e salgado), representando 95,5% do
total e o arroz (92,2%). O menos consumido foi o macarrão (3,5%), conforme Figura
6.
Resultados semelhantes a esta pesquisa foram obtidos por Marques et
al., (2005), em estudo realizado em Recife-PE sobre a frequência de consumo
alimentar em 100 mulheres idosas, incluindo os dez alimentos mais citados e suas
frequências diária, semanal e mensal por grupo alimentar. Os autores verificaram
que o arroz e o pão estavam entre os alimentos mais referidos em termos de
consumo diário no grupo dos energéticos. Em relação à frequência semanal, o
feijão, o bolo, e a farinha de mandioca foram os mais referidos. O leite desnatado e o
leite integral ocuparam as duas primeiras posições no grupo dos alimentos
construtores, e as carnes de frango e bovina foram mais citadas em termos de
frequência semanal. O grupo dos alimentos reguladores foi o grupo com maior grau
de comprometimento, com reduzido consumo de frutas e vegetais. Dados
concordantes com a POF, 2008-2009.
No estudo de Freitas; Philippi; Ribeiro, (2011) foram avaliados 100 indi-
víduos acima de 60 anos, frequentadores de um centro de referência na zona leste
da cidade de São Paulo. Para elaboração das listas de alimentos consumidos foram
aplicados dois recordatórios de 24h em duas estações diferentes do ano. O arroz
branco e o feijão carioca ocuparam lugares de destaque (2º e 3º lugares) na
alimentação dos idosos, figurando entre os dez alimentos mais consumidos. Esses
são os alimentos básicos da alimentação brasileira, além disso, são considerados,
por alguns estudos, protetores contra algumas doenças como câncer (Marchioni et
al, 2007).
Ao se avaliar dados provenientes da POF 2008-2009 observa-se uma
tendência à diminuição do consumo desses alimentos pela população em geral,
particularmente nas regiões metropolitanas. O arroz polido teve redução de 60% na
quantidade anual per capita adquirida de 1975 (31,6 kg) a 2009 (12,6 kg). A redução
foi mais intensa entre as POFs 1995-1996 e 2008-2009 (53%). O feijão também teve
sua aquisição para consumo no domicílio reduzida em 49%, sendo que, de 1996 a
2003, o ritmo da queda foi mais suave (10%) (IBGE, 2010).
60
Pode-se verificar, dessa forma, que os idosos desta pesquisa mantêm o
hábito de consumir o arroz e o feijão diariamente, diferentemente do que constatou a
POF 2008/2009 em relação às outras faixas etárias.
Entre as leguminosas, o feijão constitui importante fonte de proteínas (23
a 25% em média) e carboidratos, destacando-se pelo alto teor de fibras alimentares,
vitaminas e minerais, além de possuir baixa quantidade de lipídios que, em média, é
de 2% (FROTA; SOARES; ARÊAS, 2008). Além disso, segundo Silva et al. (2002), é
rico em lisina e outros aminoácidos essenciais, porém, pobre nos aminoácidos
sulfurados, metionina e cisteína. Constitui-se, ainda, numa excelente fonte de
tiamina e niacina e, também, contém razoáveis quantidades de outras vitaminas
hidrossolúveis, como riboflavina, piridoxina e folacina, e minerais, como ferro, zinco e
fósforo. O arroz e o feijão destacaram-se como alimentos mais consumidos o que
pode ser atribuído ao fato de não ter sido verificado nenhum desnutrido entre os
pesquisados.
O consumo de produtos industrializados e de fácil preparo, como doces,
massas, biscoitos, bolachas, entre outros, é frequente em circunstâncias domésticas
desfavoráveis, como isolamento e solidão, situações comuns na velhice, e entre os
idosos que apresentam algum comprometimento funcional, incluindo os cuidados
com a alimentação, interferindo na nutrição (BION, 2003).
No tocante ao consumo alimentar diário de leite e derivados, hortaliças e
frutas os mais consumidos foram leite integral (39,7%), conforme Figura 5. As frutas,
mamão, melão e melancia (35,8%) e a cenoura, representando 20,8% do total
(Figura 7).
Mattos e Martins (2000) obtiveram resultados que apontam a existência
de práticas alimentares que levam a baixo consumo de fibras.
Em uma revisão de literatura, Marques et al. (2007) verificaram um
aumento no consumo de carnes, leite, gorduras saturadas, açúcares e refrigerantes,
em regiões metropolitanas, e redução na ingestão de cereais, frutas, verduras e
legumes. São múltiplos os fatores intervenientes no consumo alimentar, dentre os
quais os fisiológicos, sociais, culturais, econômicos e os relacionados às condições
de saúde. Para os idosos, a maior ocorrência de enfermidades representa um fator
adicional de importância considerável na elaboração de estratégias de orientação
nutricional direcionadas ao segmento dessa população.
61
No Brasil, a insuficiência financeira da grande maioria da população
idosa, dependente de aposentadorias e/ou pensões, por vezes comprometidas com
a aquisição de medicamentos, favorece a monotonia alimentar e a aquisição de
alimentos de menor custo, ficando em segundo plano o valor nutricional (MARQUES
et al., 2007).
A alimentação quando adequada e variada previne as deficiências
nutricionais e protege contra as doenças infecciosas, pois é rica em nutrientes que
podem melhorar a função imunológica. Pessoas bem alimentadas são mais
resistentes a infecções. Uma alimentação saudável contribui também para prevenir
as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e potencialmente fatais, como
diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral, doenças cardíacas e alguns tipos
de câncer, que estão entre as principais causas de incapacidade e morte no Brasil e
em vários outros países (BRASIL, 2005).
6.7 - Grau de conhecimento sobre Alimentos Funciona is e Intervenção
Educativa
No processo de envelhecimento a importância da alimentação é
comprovada por estudos epidemiológicos, clínicos e de intervenção, entre outros,
que têm demonstrado ligação consistente entre o tipo de dieta e o surgimento de
doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as doenças cardíacas coronarianas,
doenças cérebro-vasculares, vários tipos de cânceres, diabetes mellitus, cálculos
biliares, cáries dentárias, distúrbios gastrointestinais e várias doenças ósseas e de
articulações (CERVATO et al., 2005).
Nesta perspectiva, a educação nutricional tem sido destaque em
diferentes estudos epidemiológicos, especialmente aqueles nos quais os resultados
apontam para a correlação entre comportamento alimentar e doenças (CERVATO et
al., 2005).
A educação nutricional é um processo que visa levar às pessoas a ciência
da nutrição, através do qual se obtém mudanças de atitudes e práticas alimentares e
de conhecimentos nutricionais com garantia da saúde do homem. O nutricionista é
capaz de traduzir a ciência da nutrição para a linguagem de seu público, orientando
o comportamento alimentar dos indivíduos (GOUVEIA, 1999; CAMARNEIRO
JORGE; ALMEIDA PERES, 2004).
62
O poder aquisitivo, a falta de saneamento básico e a disponibilidade de
alimentos por si só não geram problemas de saúde por desvios alimentares, mas
sim, a associação destes fatores à falta de conhecimento que as pessoas têm sobre
a alimentação correta, influências sócio-culturais e hábitos alimentares inadequados
que também incidirão para o mau uso dos recursos alimentares disponíveis
(CAMARNEIRO JORGE; ALMEIDA PERES, 2004). Nesse sentido, a mídia tem um
papel fundamental na veiculação das informações sobre uma alimentação
adequada, pois, segundo Campos (2010), algumas informações que são veiculadas
erroneamente pela mídia sobre nutrição e saúde podem direcionar as escolhas
inadequadas.
Ainda, segundo Jimenez et al. (2010), os estudos referentes
a comportamentos, atitudes, conhecimentos e percepções dos consumidores, no
que diz respeito à alimentação, além de serem benéficos para orientar e diversificar
o consumo alimentar da população, representam uma linha de base com
informações para pesquisadores e a indústria alimentar, para a tomada de decisões
no desenvolvimento de novos produtos.
Em estudo desenvolvido por Jimenez et al. (2010), com o objetivo de
avaliar a influência de intervenções educativas no conhecimento e percepção dos
alimentos funcionais em estudantes universitários, docentes e pessoal de apoio,
observou-se diferença estatisticamente significativa com relação às respostas
obtidas sobre o conhecimento e funções dos alimentos funcionais, antes e depois de
intervenções educativas com estratégias diferenciadas. Os autores evidenciaram
mudanças positivas, com o aumento do porcentual de indivíduos que sabiam o
conceito correto, funções e benefícios dos alimentos funcionais, além de um
aumento na intenção de compra dos referidos alimentos.
No presente estudo, verificou-se que, antes da intervenção educativa, a
maioria dos idosos não sabia o que era um alimento funcional (94,9%), enquanto
que nenhum idoso reportou o conceito correto, que são alimentos que ajudam na
redução do risco de doenças. Após a intervenção, apenas 6,5% dos idosos referiram
não saber o que eram os alimentos funcionais, e mais da metade dos idosos
(69,2%) consideraram que os alimentos funcionais ajudam na redução do risco de
doenças.
Não foi verificado na literatura científica consultada estudos relacionando
intervenções educativas sobre alimentos funcionais na população de indivíduos
63
idosos. Contudo, a partir de informações obtidas sobre os estudos de consumo
alimentar de idosos, nota-se um baixo consumo dos alimentos funcionais, refletindo
a necessidade de ações educativas para essa população.
64
7 - CONCLUSÕES
Nas condições que foram realizadas este estudo, os dados obtidos nos
permitem concluir que:
o Mais da metade dos idosos pesquisados encontrava-se em risco de
desnutrição.
o Os alimentos mais consumidos pelos idosos diariamente pertenciam ao
grupo dos cereais e massas e ao das leguminosas, destacando-se o arroz,
o café, o feijão, o pão, o biscoito doce e o biscoito salgado.
o Verificou-se monotonia na dieta dos idosos em estudo, com baixo
consumo de alimentos do grupo das carnes e ovos, destacando-se o
peixe, e do grupo das hortaliças, couve, quiabo e repolho.
o Antes da intervenção educativa a maioria dos idosos não tinha
conhecimento prévio sobre alimentos funcionais e após, verificou-se que
os idosos adquiriram conhecimento sobre o tema, demonstrando a eficácia
da intervenção realizada.
o Serão necessários outros estudos para verificar a eficácia desta
intervenção sobre as mudanças de hábitos alimentares.
65
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80
ANEXOS
81
ANEXO A - Carta de Aprovação
ANEXO B
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS
PROGRAMA DE PÓS
TERMO DE
Título do projeto: Estado Nutricional de Idosos e Intervenção Educativa Sobre
Alimentos Funcionais.
Pesquisador responsável:
Instituição/Departamento:
Telefone para contato (inclusive a cobrar):
Pesquisadores participantes:
Telefones para contato:
Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a), em uma
pesquisa. Você precisa decidir se quer participar ou não. Por favor, não se apresse
em tomar a decisão. Leia cuidadosamente o que se segue e pergunte ao
responsável pelo estudo qualquer dúvida que você tiver. Após ser
sobre as informações a seguir, no caso de ace
final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma
alguma.
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o estado nu
intervenção educativa em indivíduos com idade superior ou igual a 60 anos da
estratégia da saúde da família em Teresina
responder algumas perguntas e nos permitir realizar algumas medidas (peso, altura,
circunferência da batata da perna e do braço). Isto será feito na sua própria casa,
sem necessidade de deslocamento.
Pedimos a sua participação num mini curso sobre alimentos funcionais a ser
ministrado no Posto de Saúde mais próximo de sua residência.
O estudo não trará nenhum risco ou prejuízo. Assim como não serão gerados
formas de indenização e/ou ressarcimento de despesas. No entanto,você será
ANEXO B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Estado Nutricional de Idosos e Intervenção Educativa Sobre
Pesquisador responsável: Profa. Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira
Instituição/Departamento: Centro de Ciências da Saúde / Depto.
Telefone para contato (inclusive a cobrar): (86) 9960-6673
Pesquisadores participantes: Perpétua Angélica de Moura
Telefones para contato: (86) 9929-5968
Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a), em uma
decidir se quer participar ou não. Por favor, não se apresse
em tomar a decisão. Leia cuidadosamente o que se segue e pergunte ao
responsável pelo estudo qualquer dúvida que você tiver. Após ser
sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao
final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o estado nu
intervenção educativa em indivíduos com idade superior ou igual a 60 anos da
estratégia da saúde da família em Teresina-PI. Para isso, o senhor (a) deve
responder algumas perguntas e nos permitir realizar algumas medidas (peso, altura,
circunferência da batata da perna e do braço). Isto será feito na sua própria casa,
sem necessidade de deslocamento.
Pedimos a sua participação num mini curso sobre alimentos funcionais a ser
ministrado no Posto de Saúde mais próximo de sua residência.
estudo não trará nenhum risco ou prejuízo. Assim como não serão gerados
formas de indenização e/ou ressarcimento de despesas. No entanto,você será
82
sclarecido
ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
ESCLARECIDO
Estado Nutricional de Idosos e Intervenção Educativa Sobre
Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo
to. de Nutrição
Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a), em uma
decidir se quer participar ou não. Por favor, não se apresse
em tomar a decisão. Leia cuidadosamente o que se segue e pergunte ao
responsável pelo estudo qualquer dúvida que você tiver. Após ser esclarecido (a)
itar fazer parte do estudo, assine ao
final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o estado nutricional e realizar
intervenção educativa em indivíduos com idade superior ou igual a 60 anos da
PI. Para isso, o senhor (a) deve
responder algumas perguntas e nos permitir realizar algumas medidas (peso, altura,
circunferência da batata da perna e do braço). Isto será feito na sua própria casa,
Pedimos a sua participação num mini curso sobre alimentos funcionais a ser
estudo não trará nenhum risco ou prejuízo. Assim como não serão gerados
formas de indenização e/ou ressarcimento de despesas. No entanto,você será
83
beneficiado ao participar do mini curso sobre alimentos funcionais porque aprenderá
sobre os alimentos que previnem doenças e promovem a saúde.
Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A principal
investigadora é a Profª Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo, que pode ser
encontrada no telefone (86) 9960- 6673 ou pela nutricionista Perpétua Angélica de
Moura, no telefone (86) 9929-5968.
Se o senhor (a) concordar em participar do estudo, você pode experimentar
constrangimento ao responder às perguntas, porém o questionário é anônimo: sua
identidade será resguardada. Assim, seu nome e identidade serão mantidos em
sigilo. A menos que requerido por lei ou por sua solicitação, somente o pesquisador,
a equipe do estudo, representantes do Comitê de Ética independente e inspetores
de agências regulamentadoras do governo terão acesso a suas informações para
verificar as informações do estudo.
Você poderá retirar o consentimento a qualquer momento apenas procurando
um membro da equipe de pesquisa.
Consentimento da participação da pessoa como sujeit o Eu,__________________________________________________________,RG____
______________, CPF_________________,abaixo assinado, concordo em
Local: Data:
___________________________________________________________________
Nome e Assinatura do sujeito ou responsável:
___________________________________________________________________
Presenciamos a solicitação de consentimento, esclar ecimentos sobre a
pesquisa e aceite do sujeito em participar
Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):
Nome:______________________________________________________________
RG:_____________________________
Assinatura:__________________________________________________________
Nome:______________________________________________________________
84
RG_________________________________
Assinatura: __________________________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e
Esclarecido deste sujeito de pesquisa ou representante legal para a participação
neste estudo.
Teresina-PI, ____ de ______ de _____. --------------------------------------------------------------------
Assinatura do pesquisador
Observações complementares
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em
contato:
Comitê de Ética em Pesquisa – UFPI - Campus Universitário Ministro Petrônio
Portella - Bairro Ininga
Centro de Convivência L09 e 10 - CEP: 64.049-550 - Teresina - PI
tel.: (86) 3215-5734 - email: [email protected] web: www.ufpi.br/cep
ANEXO C
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS
PROGRAMADE PÓS
Nº DE IDENTIFICAÇÃO: _______UNIDADE:: ________________DATA: ___/_____/______ Peso: __________ Kg Altura: ____________cm Altura do Joelho: __________cm
1.Índice de massa corporal (IMC) - Kg / Altura -IMC < 19 = 0 pontos -IMC 21 - < 23 = 2 pontos-IMC 19 - < 21 =1 ponto -IMC ≥ 23 = 3 pontos
2. Circunferência do Braço (CB) em cm CB < 21 = 0 ponto CB 21 ≤ 22 = 0.5 ponto CB > 22 = 1 ponto
5. Vive sozinho (não em casas de repouso ou hospitais).
Não = 0 ponto Sim = 1 ponto
6. Ingere mais de três medicamentos por diaSim = 0 pontos Não = 1 ponto 7. Sofreu stress psicológico ou doença aguda, em
3 meses anteriores?Sim = 0 pontos Não = 1 ponto 8. Mobilidade Cama ou cadeira de roda = 0 pontos É capaz de sair da cama/ cadeira mas não o faz = 1 ponto Deambula = 2 pontos 9. Problemas neurológicos Demência severa ou depressão = 0 pontosDemência média = 1 ponto Sem problemas psicológicos = 2 pontos 10.Marcas de pressão ou escaras a . Sim = 0 pontos b. Não = 1 ponto 11. Quantas refeições o paciente faz por dia?Uma refeição = 0 pontos Duas refeições = 1 ponto Três refeições = 2 pontos Avaliação Total ( Máximo de 30 pontos) Escore de Indicação de Desnutrição: ≥ a 24 pontos_____ Bem Nutrido 17 < que 17 pontos ______ Desnutrido
ANEXO C - Mini-Avaliação Nutricional
INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
Nº DE IDENTIFICAÇÃO: _______UNIDADE:: ________________DATA: ___/_____/______
Peso: __________ Kg Altura: ____________cm Altura do Joelho: __________cm
Kg / Altura 2 23 = 2 pontos
23 = 3 pontos
Pontos
3. Circunferência da panturrilha (CP) em cma. CP < 31 = 0 ponto b. CP ≥ 31 = 1 ponto
4. Perda de Peso durante os últimos 3 meses
Perda > 3 K= 0 pontos Não sabe = 1 pontoPerda de 1 e 3 Kg = 2 pontos Não teve perda de peso= 3
pontos
TRIAGEM AVALIAÇÃO GLOBAL
5. Vive sozinho (não em casas de repouso ou 12. Ingestão proteica: - 1 porção de produto lácteo (leite, queijo, iogurte) por dia? Sim
Não - 2 ou mais porções de legumes ou ovos por dia? Sim Não- Ingere carne, peixe ou aves diariamente? Sim NãoSe 0 ou 1 sim = 0.0 pontos Se 2 sim = 0.5 ponto Se 3 sim = 1
ponto 6. Ingere mais de três medicamentos por dia
13. Consome 2 ou mais porções de frutas por dia?Sim = 1 pontos Não = 0 ponto
7. Sofreu stress psicológico ou doença aguda, em 3 meses anteriores?
14. A ingestão declinou (últimos 3 meses) devido perda de apetite,problemas digestivos, dificuldade de mastigação ou deglutição?Severa perda de apetite = 0 pontos Moderada perda de apetite = 1 ponto Sem perda de apetite= 2 pontos
É capaz de sair da cama/ cadeira mas não o faz =
15. Qual a quantidade de líquido (água, suco, café, chá, leite...)consumido por dia? (1 copo = 240 ml ) Menos de 3 copos = 0.0 pontos De 3 à 5 copos = 0.5 pontoMais de 5 copos = 1 ponto
Demência severa ou depressão = 0 pontos 16. Forma de alimentação
a . Incapaz de comer sem assistência = 0 pontosb. Dificuldade em se alimentar sozinho = 1 pontoc . Come sozinho sem problemas = 2 pontos
17. O paciente se vê com problemas nutricionais?Desnutrição grave = 0 pontos Não sabe ou desnutrição moderada = 1 pontoSem problemas nutricionais = 2 pontos
11. Quantas refeições o paciente faz por dia? 18. Em comparação com outras pessoas da mesma idade, como opaciente considera sua saúde? Não tão boa = 0.0 pontos Não sabe = 0.5 pontoBoa = 1.0 ponto Melhor = 2.0 pontos
a 24 pontos_____ Bem Nutrido 17 à 23.5 pontos _____ Risco de Desnutriçãoque 17 pontos ______ Desnutrido
85
OS E NUTRIÇÃO
Nº DE IDENTIFICAÇÃO: _______UNIDADE:: ________________DATA: ___/_____/______
3. Circunferência da panturrilha (CP) em cm
4. Perda de Peso durante os últimos 3 meses Perda > 3 K= 0 pontos Não sabe = 1 ponto Perda de 1 e 3 Kg = 2 pontos Não teve perda de peso= 3
1 porção de produto lácteo (leite, queijo, iogurte) por dia? Sim
2 ou mais porções de legumes ou ovos por dia? Sim Não Ingere carne, peixe ou aves diariamente? Sim Não
ou 1 sim = 0.0 pontos Se 2 sim = 0.5 ponto Se 3 sim = 1
13. Consome 2 ou mais porções de frutas por dia?
14. A ingestão declinou (últimos 3 meses) devido perda de apetite, problemas digestivos, dificuldade de mastigação ou deglutição?
(água, suco, café, chá, leite...)
Menos de 3 copos = 0.0 pontos De 3 à 5 copos = 0.5 ponto
a . Incapaz de comer sem assistência = 0 pontos b. Dificuldade em se alimentar sozinho = 1 ponto c . Come sozinho sem problemas = 2 pontos
17. O paciente se vê com problemas nutricionais?
Não sabe ou desnutrição moderada = 1 ponto
18. Em comparação com outras pessoas da mesma idade, como o
Não tão boa = 0.0 pontos Não sabe = 0.5 ponto
à 23.5 pontos _____ Risco de Desnutrição
ANEXO D – Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos Funcionais MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITURIA DE PESQUISA E PÓS
PROGRAMADE PÓS
Profissão: Sexo: Idade: Renda: ( ) < 1 SM ( ) 1 a 2 SM ( ) 2 a 3 SM ( ) >1. O que você entende por Alimentos Funcionais?( ) São Alimentos que oferecem energia, força para o corpo.( ) São Remédios. ( ) São alimentos que ajudam na redução do risco de doenças.( ) Não sei 2. Dos alimentos abaixo listados, Funcional.
Acerola
Alho
Alimentos Industrializados
Arroz Branco
Arroz Integral
Aveia
Beterraba
Carne Vermelha
*Quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________ Os alimentos funcionais são importantes por( ) Combatem as doenças ( ) Ajudam a envelhecer de forma saudável( ) Reduzem o risco de osteoporose.( ) São saborosos. ( ) Reduzem o risco de câncer.( ) Eles não são importantes.
( ) Eles são importantes, mais
Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos Funcionais
INISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITURIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
Grau de instrução: Renda: ( ) < 1 SM ( ) 1 a 2 SM ( ) 2 a 3 SM ( ) >3 SM 1. O que você entende por Alimentos Funcionais? ( ) São Alimentos que oferecem energia, força para o corpo.
( ) São alimentos que ajudam na redução do risco de doenças.
Dos alimentos abaixo listados, assinale àquele que você considera como Alimento
Carne de soja Melancia
Cebola Ovo
Alimentos Industrializados Cenoura Peixe
Couve Refrigerante
Doce Repolho
Ervilha Sorvete
Feijão Tomate
Laranja Outros*
*Quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________
Os alimentos funcionais são importantes por quê? ( ) Combatem as doenças do coração. ( ) Ajudam a envelhecer de forma saudável ( ) Reduzem o risco de osteoporose.
( ) Reduzem o risco de câncer. ( ) Eles não são importantes.
( ) Eles são importantes, mais não sei o porquê.
86
Questionário de Conhecimentos sobre Alimentos Funcionais
GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
( ) São alimentos que ajudam na redução do risco de doenças.
assinale àquele que você considera como Alimento
Melancia
Ovo
Peixe
Refrigerante
Repolho
Sorvete
Tomate
Outros*
*Quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________
87
APÊNDICES
APÊNDICE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITURIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
PROGRAMADE PÓS
Nome:______________________________________________________________
Data ______/________/_________
Refeições
Desjejum
Lanche
Almoço
Lanche
Jantar
Ceia
APÊNDICE 1 – Recordatório de 24 horas.
STÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITURIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO PROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
Nome:______________________________________________________________
Data ______/________/_________
Alimentos
88
GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
Nome:______________________________________________________________
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITURIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
PROGRAMADE PÓS
Nome Idade : Sexo: Grau de Instrução: Renda: ( ) < 1 SM ( ) 1 a 2 SM ( ) 2 a 3 SM
APÊNDICE 2- Ficha do idoso
STÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
REITURIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃOPROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
Sexo:
Renda: ( ) < 1 SM ( ) 1 a 2 SM ( ) 2 a 3 SM
89
REITURIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO
90
APÊNDICE 3a - Frequência de consumo alimentar de idosos da ESF. Teresina-PI, 2011.
Alimentos Diariamente Semanalmente Quinzenalmente Mensal Não Consome
Café 79,4 7,0 3,2 4,3 6,1 Arroz 92,2 5,5 1,2 - 1,1 Leite Integral 39,7 37,1 12,8 5,8 4,6 Feijão 61,7 19,7 9,9 6,4 2,3 Frango 11,6 52,5 19,4 11,9 4,6 Banana 10,1 38,9 24,9 16,8 9,3 Carne 27,0 36,8 18,6 6,6 11,0 Salada 6,7 45,5 19,7 11,9 16,2 Cuscuz 13,6 37,5 19,4 13,3 16,2 Biscoito salgado 15,7 42,9 18,0 9,9 13,5 Pão 15,4 48,1 17,7 8,7 10,1 Manga 3,8 7,0 13,8 41,2 34,2 Macarrão 3,5 22,9 30,2 24,9 18,5 Mamão 7,2 17,2 33,0 23,5 19,1 Beiju 1,7 22,9 22,1 24,6 28,7 Bolo salgado 5,2 18,6 30,1 24,1 22,0 Margarina 11,0 27,8 25,5 15,1 20,6 Peixe 0,6 28,7 31,9 25,5 13,3 Bolo de goma 4,6 19,7 27,5 29,9 18,3 Maçã 2,2 29,4 31,9 17,4 19,1 Melancia 3,5 23,2 24,1 21,4 27,8 Pão integral 18,0 15,1 11,9 13,3 41,7 Suco de laranja 7,2 43,3 20,6 10,1 18,8 Outros tipos de suco 15,4 26,7 31,6 14,2 12,1 Arroz integral 2,6 9,0 9,0 25,5 53,9 Fava 2,3 7,2 12,5 28,1 49,9 Laranja 11,3 44,4 15,9 20,6 7,8 Melão 2,6 12,7 12,5 20,9 51,3 Queijo 8,7 24,6 33,9 15,7 17,1 Refrigerante 7,2 21,5 22,9 21,2 27,2 Água de coco 0,9 4,9 8,7 23,2 62,3 Carne de porco - 9,3 15,9 19,4 55,4 Carne de sol 0,6 19,4 17,7 31,9 30,4 Doce de caju - 6,7 10,7 19,1 63,5 Iogurte 3,5 18,2 29,3 19,7 29,3 Mel 0,6 6,3 15,4 21,2 56,5 Mingau de aveia 1,7 9,7 21,7 19,4 47,5 Outros tipos de mingau 0,6 5,2 10,1 11,3 72,8 Achocolatado 0,9 6,8 6,1 7,5 78,7 Ovo 3,2 12,2 17,4 22,9 44,3 Peta 2,3 17,1 23,5 31,9 25,2 Sopa de verdura 2,6 11,3 25,5 26,1 34,5 Outros tipos de sopa 1,2 9,0 32,2 16,2 41,4 Torrada 7,8 17,1 35,1 21,2 18,8
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APÊNDICE 3b - Frequência de consumo alimentar de idosos da ESF. Teresina - PI, 2011.
Alimentos Diariamente Semanalmente Quinzenalmente Mensal Não Consome
Verdura 30,7 33,6 20,6 6,1 9,0 Quais verduras Cheiro verde 17,4 25,5 22,0 12,5 22,6 Pimentão 20,3 47,2 16,5 7,0 9,0 Cebola 24,9 48,4 14,2 1,5 9,0 Tomate 45,2 35,1 9,3 1,7 8,7 Beterraba 3,5 12,8 15,9 10,7 57,1 Chuchu 20,6 22,3 28,7 12,7 15,7 Cenoura 20,8 47,0 16,5 6,7 9,0 Abobora 14,8 59,1 14,8 2,3 9,0 Batata Inglesa 16,2 45,5 19,7 9,6 9,0 Couve 1,7 11,9 21,2 21,7 43,5 Repolho 2,0 13,9 16,8 20,3 47,0 Alface 24,1 35,9 17,4 13,6 9,0 Berinjela 2,0 10,2 18,3 25,2 44,3 Abobrinha 8,4 13,4 34,5 16,5 27,2 Pepino 6,1 25,8 20,3 20,0 27,8 Maxixe 4,9 28,4 18,3 12,5 35,9 Quiabo 2,0 11,9 11,3 13,3 61,5
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APÊNDICE 4 - Material educativo utilizado na intervenção realizada
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APÊNDICE 5 – Ilustração das atividades desenvolvidas na pesquisa.
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Foto 1: Dinâmica: eleição dos alimentos Foto 2 e 3: Oficina e dinâmica
Foto 4: Aula expositiva
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Foto 5: Intervenção educativa: dinâmica
Foto 6: Oficina e degustação