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1 1 Introdução A capacidade do homem de gerar tecnologia e de transformá-la em seu próprio benefício favorece gerações e mais gerações e as discussões sobre o avanço científico e tecnológico vem ganhando força, considerando o crescente desenvolvimento que se processa em todas as áreas do conhecimento. Desde os primórdios a saúde tem sido uma busca constante, e a luta contra a doença e a morte tornou-se uma das principais preocupações do homem. Atualmente, as pressões advindas de uma consciência social, cada vez maior, aliadas aos novos conhecimentos científicos fazem nascer uma ideologia que busca a criação de um serviço de saúde destinado a responder às crescentes e imperiosas carências da população. Na história do cuidado das pessoas que adoeciam há registros de que tais pessoas eram isoladas em locais sombrios, úmidos, sem luz natural, sem cuidados higiênicos e dietéticos, destacando-se os sanatórios para hansenianos da Idade Média. Sem ênfase no patológico, o ambiente era insalubre, sem ventilação, iluminação insuficiente, leitos coletivos e higiene inadequada, representando um risco potencial à saúde o que ocasionou a difusão de diversas iatrogenias. A Revolução Científica, ocorrida no período do Renascimento trouxe novos paradigmas à humanidade. Era o período em que a razão sobrepunha ao misticismo. Juntamente com a Revolução Industrial, foi observado um aumento populacional em centros industriais, que aliada às condições insalubres de moradia, trabalho com jornadas de até 16 h/diárias, baixos salários, foram motivos que repercutiram diretamente na saúde desses trabalhadores acarretando outros agravos na rede hospitalar, já precária (Fernandes et al., 2000). Todavia, as transformações no século XVIII possibilitaram que os hospitais exercessem uma ação terapêutica mais efetiva. Assim, surge o início das práticas de controle de transmissão das doenças contagiosas, período que ocorre a mudança do hospital de um local onde as pessoas eram internadas para morrerem, para um local de cura e medicalização. Mas a situação de

Dissertação Final Juliana - teses.usp.br · O hospital contemporâneo, no fim do século XX, apresenta-se como uma instituição social nuclear no sistema de saúde voltada para

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1 Introdução

A capacidade do homem de gerar tecnologia e de transformá-la em seu

próprio benefício favorece gerações e mais gerações e as discussões sobre o

avanço científico e tecnológico vem ganhando força, considerando o crescente

desenvolvimento que se processa em todas as áreas do conhecimento.

Desde os primórdios a saúde tem sido uma busca constante, e a luta contra

a doença e a morte tornou-se uma das principais preocupações do homem.

Atualmente, as pressões advindas de uma consciência social, cada vez maior,

aliadas aos novos conhecimentos científicos fazem nascer uma ideologia que

busca a criação de um serviço de saúde destinado a responder às crescentes e

imperiosas carências da população.

Na história do cuidado das pessoas que adoeciam há registros de que tais

pessoas eram isoladas em locais sombrios, úmidos, sem luz natural, sem

cuidados higiênicos e dietéticos, destacando-se os sanatórios para hansenianos

da Idade Média. Sem ênfase no patológico, o ambiente era insalubre, sem

ventilação, iluminação insuficiente, leitos coletivos e higiene inadequada,

representando um risco potencial à saúde o que ocasionou a difusão de diversas

iatrogenias.

A Revolução Científica, ocorrida no período do Renascimento trouxe novos

paradigmas à humanidade. Era o período em que a razão sobrepunha ao

misticismo. Juntamente com a Revolução Industrial, foi observado um aumento

populacional em centros industriais, que aliada às condições insalubres de

moradia, trabalho com jornadas de até 16 h/diárias, baixos salários, foram motivos

que repercutiram diretamente na saúde desses trabalhadores acarretando outros

agravos na rede hospitalar, já precária (Fernandes et al., 2000).

Todavia, as transformações no século XVIII possibilitaram que os hospitais

exercessem uma ação terapêutica mais efetiva. Assim, surge o início das práticas

de controle de transmissão das doenças contagiosas, período que ocorre a

mudança do hospital de um local onde as pessoas eram internadas para

morrerem, para um local de cura e medicalização. Mas a situação de

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insalubridade dentro dos hospitais persistiu até a metade do século XIX, quando

esse cenário começa a se modificar com o estabelecimento da bacteriologia por

Pasteur e os conceitos de anti-sepsia de Lister (Rodrigues et al.,1997).

Dentre as problemáticas de saúde historiadas no século XIX tem-se a febre

puerperal caracterizada como uma forma de sepsis que se inicia após 24 horas ou

até o 11o dia pós-parto e de significativa incidência.

Daí, um importante momento no controle das infecções é marcado pela

atuação de Ignaz Philliph Semmelweis (1818-1865) que por meio da investigação

clínica e patológica esboçou o processo de transmissão de material infectado aos

tecidos o que possibilitou a implantação de medidas de controle da infecção

contraída, especialmente, no pós-parto. Assim, Semmelweis tornou compulsória a

lavagem de mãos com água clorada, para toda a equipe de saúde (médicos,

estudante e pessoal de enfermagem), reduzindo a mortalidade materna por febre

puerperal de um hospital de Viena (Áustria) de 12,2% para aproximadamente

2,4%, logo no primeiro mês de intervenção (Thorwald,1970).

Cabe lembrar que a preocupação com o meio ambiente hospitalar também

tem sido contínua e diligente, desde a atuação de Florence Nightingale em 1863.

Ela, já enfatizava as conveniências dos pacientes e as condições ambientais,

como, limpeza, iluminação natural, ventilação, odores, calor, ruídos, e sistema de

esgoto. Preconizava o isolamento, a individualização do cuidado, a dieta

adequada, a redução do número de leitos por enfermaria e a diminuição da

circulação de pessoas estranhas ao serviço como forma de reduzir os efeitos

negativos do meio hospitalar sobre o paciente (Nightingale,1989).

Na sucessão dos tempos é possível evidenciar as transformações

científicas e tecnológicas no atendimento à saúde, entretanto, tais mudanças

representam um processo lento e complexo marcado por alguns princípios

fundamentados, outros questionáveis ou controversos.

Ao iniciar o século XX, as contínuas descobertas nas diferentes áreas do

conhecimento, a exemplo, a microbiologia médica tornou possível à explicação

das prováveis causas, bem como, a elucidação dos mecanismos de transmissão

de grande parte das doenças infecciosas.

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O hospital contemporâneo, no fim do século XX, apresenta-se como uma

instituição social nuclear no sistema de saúde voltada para a promoção,

recuperação e a reabilitação da saúde do indivíduo, família e da comunidade. Para

tal, se faz necessário envolver diferentes profissionais com saberes e práticas

específicos com vistas a proporcionar um cuidado individualizado, a elucidação do

diagnóstico e a adequação da terapêutica (Ribas,1999).

Em contrapartida, temos que enfrentar a realidade dos hospitais,

caracterizada, como a era da medicina extremamente técnica e do uso clínico dos

antibióticos e quimioterápicos. Desde a introdução do mais antigo (Penicilina G)

até o mais recente, vem se registrando uma pressão seletiva dos microrganismos

causada pelo uso abusivo e indiscriminado dos mesmos, resultando em seleção

de espécies resistentes não só à droga administrada, mas, simultaneamente, a

outras drogas, gerando expectativas sombrias para o futuro, se medidas urgentes

não forem tomadas.

Neste contexto, é preciso concluir que, no ambiente hospitalar, se

estabelecem relações que podem desencadear procedimentos terapêuticos ou

iatrogênicos dependendo da instrumentalização e, de como são encaminhadas as

ações. Em sentido mais amplo, numa época de grandes mudanças em todos os

níveis, surge a doença iatrogênica, doença esta, que engloba todas as condições

clínicas das quais, o ambiente, os materiais, os equipamentos, os medicamentos,

e os recursos humanos são consideradas agentes patogênicos (Illich, 1975;

Lacerda et al., 1992).

Cabe ressaltar que temáticas relacionadas a iatrogenia hospitalar tem

levado os pesquisadores a buscar a segurança biológica de sua clientela por meio

da utilização de procedimentos antimicrobianos como a limpeza,

descontaminação, anti-sepsia, desinfecção, esterilização, antibioticoterapia, dentre

outras.

Neste particular, as práticas recomendadas para o controle das infecções

valorizavam claramente os fatores relacionados ao ambiente e aos procedimentos

de assepsia em geral.

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Vale pontuar que os avanços sucessivos da limpeza hospitalar, da

desinfecção e da esterilização, se constituem elementos fundamentais e eficazes

na medida de prevenção e controle para romper a cadeia epidemiológica das

infecções, entretanto, as recomendações estão rebuscadas de controvérsias e

orientações normativas questionáveis.

Em seu estudo, Peterson (1973) afirma que enquanto as pessoas são

fontes de infecções primárias, o meio ambiente é um reservatório e via de

transmissão de microrganismos. O assunto seria simplificado, caso se pudesse

estabelecer definitivamente a relação entre os níveis de contaminação do

ambiente e os índices de infecção. Na falta dessa relação o autor diz: “eu voto por

um ambiente tão limpo quanto possível”. De uma maneira geral, o ambiente

inanimado não está implicado com as infecções nosocomiais desde que

adequadamente limpo, ou com carga microbiana em nível tolerável, ou caso a

situação exija isenção total de microrganismos ou com qualquer outra forma de

contaminação microbiana.

Por outro lado, Oliveira (1982) levanta a questão de que a alta tecnologia

representada pelos equipamentos, aparelhagens e dispositivos vem

proporcionando aos profissionais de saúde maior descuido, falta de atuação na

observância dos princípios higiênicos básicos, além do uso excessivo de

medicamentos antimicrobianos, anti-sépticos e desinfetantes.

É notório que a comunidade médica científica considere o ambiente

inanimado de menor importância para a incidência das infecções hospitalares,

mas alguns profissionais têm confundido menor importância com irrelevância. O

ambiente inanimado não pode ser encarado como tal, e, além disso, seu papel é

de menor importância somente após a instalação de medidas básicas de controle

de contaminação ambiental, ou seja, onde normas de limpeza e desinfecção são

cumpridas (Fernandes et al., 2000; Lacerda et al., 2003).

Como já mencionamos a rotina de avaliação microbiológica do ambiente

inanimado tem demonstrado resultados polêmicos e contraditórios. Alguns autores

mencionam a reduzida participação do ambiente quando comparado com as

demais fontes, apontando essa variável como responsável por aproximadamente

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em torno de 15% dos casos de infecção hospitalar (Siqueira, 2000; Lacerda et al.,

2003).

Dessa forma o hospital por reunirem enfermos com doenças variadas,

torna-se um ambiente onde se concentram diferentes tipos de microrganismos, e,

o paciente esperançoso da cura, é exposto freqüentemente a sérios agravos à

saúde. Na medida em que a população tem acesso às instituições hospitalares, na

busca de recursos diagnósticos e terapêuticos, nota-se um aumento significativo

dos riscos à saúde. Dentre os principais riscos à saúde menciona-se a infecção

(Andrade, 1998).

Lamentavelmente, a comunidade científica reconhece as inúmeras

dificuldades de se apontar com segurança a causa da infecção contraída nos

hospitais considerando os múltiplos fatores associados, ou seja, estes fatores

extrapolam a condição clínica do paciente envolvendo a complexidade do

ambiente externo. Por esta razão, nas últimas décadas o tema Infecção Hospitalar

(IH) tem sido abordado de forma mais científica e pesquisado como um importante

problema de saúde pública, econômico e social.

Em termos gerais, as infecções hospitalares não somente elevam as taxas

de morbi-mortalidade, como também, ampliam o tempo de permanência dos

pacientes no hospital adicionando-se em média 10 dias além do previsto, com o

conseqüente aumento do custo do tratamento estimado em 2.500 dólares

(CDC,1986a).

Quando abordamos a temática infecção hospitalar, não se pode ocultar as

outras repercussões, as quais extrapolam os custos devido ao aumento do

período de internação com o tratamento adicional, assim como, a possibilidade de

ações legais requeridas contra o hospital e profissionais, se o paciente julgar-se

prejudicado em sua saúde devido às intervenções hospitalares iatrogênicas. Tal

situação contrapõe-se ao atual momento onde as instituições de saúde estão em

uma busca árdua pela acreditação hospitalar, requerendo as certificações de

qualidade e buscando ser referência na prestação de um serviço de saúde de

qualidade (Rodrigues et al., 1997).

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Particularmente, no Brasil a problemática infecção hospitalar parece ter

sensibilizado os profissionais da saúde por volta da década de 50, o que pode ser

constatado por meio dos primeiros estudos publicados. Estes estudos enfatizavam

a limpeza, desinfecção, esterilização, o uso de antimicrobianos, a resistência

microbiana, dentre outras temáticas.

Nos anos 80 a temática Infecção hospitalar foi além da internalidade das

instituições de saúde o que desencadeou o aumento das demandas da população

por políticas governamentais para seu controle.

A primeira intervenção governamental efetiva para o controle das Infecções

Hospitalares aconteceu com a normatização da Portaria 196 de 24 de junho de

1983, pelo Ministério da Saúde: “todos os hospitais do país deverão instituir e

manter ativamente a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

independentemente da natureza da entidade mantenedora” (Brasil,1985).

Segundo levantamento do Ministério da Saúde estima-se que 30% das

infecções nos hospitais brasileiros são previníveis pelas ações de controle de

infecção hospitalar (CIH). As demais dependem das condições intrínsecas do

paciente (APECIH, 1995).

Na década de 90 outras Portarias foram elaboradas e aprovadas pelo

Ministério da Saúde como a MS 930/92 que regulamenta o Programa de Controle

de Infecção Hospitalar e a Portaria 2616/98 em substituição à anterior. Essa

portaria define: “Infecção Hospitalar é aquela adquirida após a admissão do

paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder

ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Em

complementação, a legislação nacional estabelece que “os critérios para

diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas da:

evidência clínica, da observação direta do paciente ou da análise de seu

prontuário, de resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames

microbiológicos, a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização, e

evidências de estudos com métodos de imagem (endoscopia, biópsia e outros)”

(Brasil,1998).

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Embora, as principais causas de Infecção Hospitalar estejam relacionadas

com o doente suscetível à infecção e com os métodos diagnósticos e terapêuticos

utilizados, não se pode deixar de considerar a parcela de responsabilidade

relacionada ao meio ambiente hospitalar.

Neste sentido, para a manutenção de um ambiente hospitalar

biologicamente seguro faz-se necessário que o profissional de saúde tenha

conhecimento e conscientização acerca da cadeia de infecção. É oportuno

ressaltar que nas últimas décadas, a avaliação de qualidade de uma instituição de

saúde envolve várias questões dentre elas: recursos materiais, instalação física,

serviço de hotelaria, nível de capacitação técnica do corpo clínico e de

enfermagem.

Especificamente, em relação ao serviço de enfermagem é oportuno

considerar a participação ativa de seus integrantes no sentido de sistematizar o

seu conhecimento teórico-prático, e conseqüentemente proporcionar um

desempenho de qualidade, isto é, isento de riscos à saúde. Vale citar as técnicas

de enfermagem como sendo exemplo da primeira expressão desse conhecimento.

As técnicas de enfermagem conceitualmente representam uma descrição

detalhada de cada procedimento com a finalidade de fornecer segurança às

pessoas envolvidas, racionalizar trabalho, economizar tempo e movimento,

aumentar a produção, e diminuir os gastos (Almeida, 1984).

Ainda, alguns autores destacam que a enfermagem tornou-se a pioneira

das técnicas assépticas, e, é sem dúvida dentro da equipe de saúde a mais

envolvida com as atividades de prevenção e controle das Infecções Hospitalares,

principalmente, considerando que sua presença é imprescindível perfazendo 24

horas em sistema de rodízio de plantões e desempenhando o maior volume de

atividades de cuidado direto ao paciente. Em suma, o enfermeiro representa um

dos profissionais que mais se responsabiliza pela organização do ambiente

terapêutico, a partir da competência que tem para introduzir técnicas que

assegurem, de todas as formas, a redução de agressões, especialmente as

microbianas. Sua participação, também é expressiva em publicações voltadas

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para o cuidado com o cliente, o ambiente, incluindo o processamento de artigos

médico-hospitalares (Almeida & Cavalcante,1985).

O reconhecimento dos riscos biológicos presentes no ambiente hospitalar

tem levado os estudiosos em âmbito mundial e em todas as épocas a uma

preocupação e análise de maneira criteriosa e profunda. A exemplo, menciona-se

a classificação dos riscos de acordo com a possibilidade de transmissibilidade.

Assim, áreas e artigos médico-hospitalares foram categorizados em três classes:

críticos, semicríticos e não críticos. Essa categorização foi elaborada por Earl H.

Spaulding em 1929 e utilizada pelo Ministério da Saúde com a finalidade de

auxiliar de maneira racional e lógica a escolha do procedimento de assepsia para

cada material, superfície, equipamento, inclusive das áreas hospitalares.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde, conforme BRASIL (1994) utiliza os

conceitos estão descritos a seguir:

♦áreas não críticas- aquelas não ocupadas por pacientes (escritórios,

depósitos, dentre outras);

♦áreas semicríticas- são todas as áreas ocupadas por pacientes com

doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doença não infecciosa

(enfermarias e ambulatórios);

♦áreas críticas - são aquelas onde existe o risco aumentado de

transmissão de infecção, locais que realizam procedimentos de risco ou

albergam pacientes com o sistema imunológico deprimido (salas cirúrgicas, sala de parto, unidades de tratamento intensivo, sala de

hemodiálise, berçário de alto risco, laboratório de análises clínicas, banco

de sangue, cozinha, lactário e lavanderia).

É oportuno ressaltar que, a classificação supracitada não é apenas didática,

mas permite efetuar importantes relações entre contaminação, suscetibilidade e

transmissibilidade, e conseqüentemente, prover elementos teóricos relevantes que

auxiliam os profissionais da saúde no estabelecimento de medidas de prevenção e

controle das infecções respeitando-se as especificidades de cada área ou

situação.

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1.1 Ambiente cirúrgico e o risco biológico: o que nos preocupa nos dias atuais?

Desde os primórdios da humanidade, o homem realiza procedimentos

invasivos e/ou cirúrgicos buscando a solução de seus problemas de saúde.

Por conceito, centro cirúrgico é a unidade hospitalar onde se realizam as

intervenções cirúrgicas. É classificado como uma área crítica uma vez que neste

local existe o risco aumentado de transmissão de infecção, considerando a

execução de procedimentos invasivos e com alta complexidade.

Assim sendo, deve ser considerado como uma área restrita que necessita

seguir rigorosamente as normas técnicas, legislações específicas fundamentadas

por instituições nacionais e internacionais, como a Agência Nacional de Vigilância

Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA), o Committee on Operating Room

Environment of the American College of Surgeons, dentre outras.

Nos hospitais modernos, o centro cirúrgico representa uma das áreas que

demanda maior atenção e planejamento. O seu dimensionamento é variável, e

alguns aspectos devem ser considerados, tais como: número de leitos,

especialidades médicas, número de cirurgias diárias, horário de funcionamento,

número de equipes cirúrgicas, complexidade das cirurgias e tipo de hospital.

Sendo assim, em termos de planta física e estrutura deve comportar várias salas,

equipamentos e materiais necessários para o sucesso do ato cirúrgico. E, com

relação a recursos humanos deve contar com uma equipe cirúrgica e pessoal de

apoio responsável pelos serviços auxiliares.

Quanto à localização, o centro cirúrgico deverá situar-se próximo às

unidades que recebam casos cirúrgicos; localizar-se de preferência em andares

elevados, ao abrigo da poluição aérea, sonora e fora do tráfego hospitalar.

No centro cirúrgico, três zonas são consideradas distintas: de proteção

(área irrestrita), limpa (semi-restrita) e estéril (área restrita). A zona de proteção

faz o elo entre o sistema hospitalar e a zona limpa sendo representada pelos

vestiários masculino e feminino, secretaria e corredor de entrada. A zona limpa é

composta pelos grupamentos do centro cirúrgico, tais como, sala de

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equipamentos, sala de recuperação pós-anestésica, enquanto são consideradas

zonas estéreis ou restritas as salas de cirurgia (Lacerda et al., 2003).

Embora, haja variabilidade entre os hospitais em termos de estrutura física

do centro cirúrgico, contudo, a maioria comporta: vestiários, sala de recepção de

pacientes, corredores, lavabos, sala de cirurgia, sala auxiliar, depósito de material,

sala de equipamentos, sala de recuperação pós-anestésica, sala de conforto,

serviços auxiliares e administração.

Os vestiários deverão possuir armários individuais com chaves, sanitários

completos, incluindo local para banho. Neles estarão dispostos uniformes próprios

do centro cirúrgico, que deverão ser utilizados por qualquer pessoa que adentrar

ao centro cirúrgico.

A sala de recepção receberá e manterá os pacientes até o horário da

cirurgia; neste ambiente deverá ser mantido os cuidados pré-operatórios, podendo

incluir a administração de pré-anestésico.

Os serviços auxiliares do centro cirúrgico inclui: a sala de pré anestesia, o

laboratório, o banco de sangue, a recuperação pós-operatória.

Os corredores devem receber atenção especial, por contribuir na

disseminação de infecção. Deverá existir na área central, um corredor considerado

limpo, através do qual trafegam as equipes de trabalho, pacientes, equipamentos

limpos e/ou esterilizados e roupas, e de um corredor periférico, por meio do qual

escoam todos os artigos utilizados na sala de cirurgia.

Os lavabos ou pias servem para que os integrantes da equipe cirúrgica

escovem as mãos e antebraços antes da entrada na sala de cirurgia, devendo, por

conseguinte situar-se fora da sala de cirurgia, porém, anexa à mesma. Devem

dispor de torneiras de braços longos, fechadas por movimentos do cotovelo, ou

sistemas de abertura e fechamento pelos pés, e mais modernamente por meio de

células fotoelétricas.

O número de salas cirúrgicas deve corresponder a 5% do total de leitos

cirúrgicos, ou uma sala cirúrgica para cada 50 leitos de um hospital geral. O

tamanho ideal da sala cirúrgica vai depender da especialidade a que se destina,

entretanto, recomenda-se ao redor de 35 m2, podendo ser pouco menor para

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oftalmologia e otorrinolaringologia, e pouco maior para ortopedia, cirurgia cardíaca

e neurocirurgia (Brasil, 2002).

A sala de cirurgia onde efetivamente se consuma o ato cirúrgico deve

dispor de: uma mesa de operação com comandos de posições na cabeceira, ou

mesa própria para a especialidade a que se destina, mesas auxiliares para o

instrumental, mesa para o anestesista e seus medicamentos, aparelhos de

anestesia e respiradores, foco de luz, mesa para a enfermeira, prateleiras para a

guarda de fios, campos, instrumentais; e equipamentos de climatização do ar.

A transformação da cirurgia em uma das mais respeitadas e poderosas

especialidades da Medicina ocorreu quando se conseguiu minimizar os maiores

obstáculos aos procedimentos cirúrgicos: a dor, o sangramento e a infecção.

Especificamente, em relação de infecção contraída no pós-operatório é mister

avaliar sistematicamente aspectos relacionados ao ato cirúrgico e ao hospedeiro.

De acordo com a Portaria nº 930 do Ministério da Saúde (Brasil, 1992) as

cirurgias podem ser classificadas segundo o risco de contrair infecção como:

♦cirurgia limpa: eletiva, primeiramente fechada, sem a presença de dreno, não

traumática, são aquelas realizadas em tecido com ausência de processo

infeccioso e inflamatório, com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem.

Além disso, ausência de quebra da técnica asséptica e de penetração em tratos

digestivo, respiratório ou urinário;

♦cirurgia potencialmente contaminada: aquela realizada em tecidos colonizados

por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na

ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no

trans-operatório;

♦cirurgia limpa com drenagem sempre que houver penetração no trato respiratório

e/ou digestivo em condições controladas e sem contaminação significativa não

usuais, apendicectomia, penetração de orofaringe ou vagina, ou de trato biliar ou

geniturinário na ausência de infecção;

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♦cirurgia contaminada: são aquelas realizadas em tecidos traumatizados

recentemente e abertos, colonizados por microrganismos, cuja descontaminação

seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas

técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Presença de inflamação

aguda na incisão e cicatrização por segunda intenção, grande contaminação a

partir do tubo digestivo, obstrução biliar ou urinária;

♦cirurgia infectada: envolve qualquer tecido ou órgão, em presença de processo

infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de

origem suja.

Embora a classificação da ferida operatória seja importante na avaliação do

risco de infecção, cabe esclarecer que esse dado, isoladamente, tem pouco

significado. Urge a necessidade de incorporar outras variáveis como: a condição

clínica do paciente, o tempo de cirurgia, dentre outras.

Assim sendo, Garner (1986) evidencia que, aproximadamente 1 a 5% das

feridas limpas desenvolverão ISC, feridas potencialmente contaminada de 3 a

11%, ferida contaminada de 10 a 17% e ferida suja ou infectada mais de17%.

Como mencionado a condição clínica do paciente representa um importante

fator para o risco de contrair infecção. Frente ao exposto se conclui que é de

extrema importância a avaliação pré-operatória dessa condição. Segundo Rabhae

(2000) menciona que American Society of Anesthesiologist (ASA) elaborou uma

classificação da condição clínica do paciente cirúrgico em:

♦Classe I - indivíduos saudáveis;

♦Classe II- indivíduos com doença sistêmica moderada;

♦Classe III- indivíduos com doença sistêmica severa não incapacitante;

♦Classe IV- indivíduos com doença sistêmica com risco de vida;

♦Classe V- indivíduos com expectativa de vida de 24 horas ou menos

Em uma primeira análise é possível considerar que a situação clínica do

paciente cirúrgico é um indicador relevante que permite sistematizar

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precocemente intervenções específicas com vistas a minimizar o risco de infecção

pós-cirúrgica.

De acordo com o estudo de Pittet & Ducell (1994), 47% de todos os

pacientes admitidos em um hospital nos Estados Unidos da América (EUA) que

fizeram cirurgia, representando aproximadamente 16 milhões de pacientes, destes

325.000 apresentaram Infecção de Sitio Cirúrgico (ISC). O risco de aquisição de

uma ISC variou de acordo com o tipo de procedimento.

Em geral, a ocorrência de ISC está atrelada a fatores complexos de difícil

apontamento, principalmente, nos casos em que a condição clínica do paciente

está plenamente satisfatória para a realização da cirurgia proposta.

Alguns autores mencionam a preparação do paciente, da equipe, da sala,

do instrumental e do equipamento cirúrgico como importantes fatores de risco de

infecções. Essa preparação deve ser sistematicamente planejada, executada e

criteriosamente inspecionada com vistas a manter a qualidade do cuidado,

detectar e sanar as falhas. Assim, esboçar medidas de prevenção e controle da

Infecção adquirida no pós-operatório envolve a análise e o planejamento

sistemático de todas as ações diretas ou indiretas ao ato cirúrgico (Couto et

al.,1997; Rodrigues et al., 1997; Fernandes et al., 2000; Lacerda, et al., 2003).

Neste sentido, vale realizar breves considerações acerca da difícil tarefa ou

do desafio quando se almeja manter o ambiente cirúrgico biologicamente seguro.

No início da era Bacteriológica, muitos investimentos foram efetuados na

busca insana pela assepsia, entre os quais, destaca-se os de Joseph Lister em

1865 que preocupado com a possibilidade de infecção nas suas cirurgias utilizava

um dispositivo para pulverizar ácido fênico no ar das salas cirúrgicas por acreditar

que as infecções eram devidas a microrganismos em suspensão no ar e que se

depositava nas superfícies. Esta medida trazia conseqüências ao paciente e a

equipe de saúde considerando que a solução pulverizada era tóxica e causava

irritações (Rodrigues et al., 1997; Fernandes et al., 2000).

Por muitos anos a técnica de limpeza após as cirurgias contaminadas

caracterizava-se por um ritual complexo. Em nosso meio, estudiosos afirmam que

no geral a limpeza da sala contaminada constitui um mito, com rotinas complexas

14

e procedimentos ultrapassados, ineficientes ou sem fundamentação científica

(Lacerda, 2000; Lacerda et al., 2003).

No computo geral é complicado afirmar com segurança a participação do

ambiente ou dos objetos inanimados nos casos de infecção pós-operatória. Não

obstante, há algumas situações bem documentadas decorrendo da quebra de

regras básicas como: a anti-sepsia das mãos da equipe cirúrgica, a preparação da

área cirúrgica, a paramentação da equipe, as condições dos instrumentais e dos

campos cirúrgicos, a antibioticoprofilaxia, o número de profissionais na sala de

operações, a técnica cirúrgica, o tempo de cirurgia, o estresse cirúrgico, o controle do sistema de climatização do ar da sala cirúrgica, dentre outras.

1.2 Climatização artificial das salas cirúrgicas: princípios, peculiaridades e controle biológico.

Mister se faz antes de explorarmos as peculiaridades, os princípios, e o

controle biológico do ar das salas cirúrgicas efetuarmos breves considerações

acerca de ambiente fechado climatizado artificialmente, bem como, descrever a

estrutura e o funcionamento do aparelho de ar condicionado.

Os problemas relacionados com o desconforto e a saúde de ocupantes de

ambientes fechados climatizados artificialmente têm surgido com freqüência

crescente e vem sendo objeto de atenção da imprensa e de pesquisadores em

saúde pública.

Curiosamente, vale relembrar que, na nossa realidade a busca por medidas

adequadas de controle e vigilância em prol da qualidade do ar de ambiente

fechado climatizado artificialmente foi impulsionada desde o falecimento, em 1998,

do ex-ministro das comunicações, Sérgio Mota, por pneumonia fúngica adquirida

através do ar, do sistema de condicionador de ar de parede, de seu gabinete

ministerial.

De acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde, mais da

metade de locais fechados como empresas, escolas, cinemas, residências e até

hospitais tem ar de má qualidade. Esse baixo padrão de qualidade é causado,

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principalmente, pela má higienização dos aparelhos de ar condicionado e pela

falta de controle periódico sobre as possíveis fontes de contaminação

(WHO,1998). Acredita-se que a constante exposição à ambientes insalubres pode gerar

supressão do sistema imunológico, processos alérgicos, sintomas variados

(cefaléia, dor articular, irritação ocular e nas vias respiratórias, tosse seca,

dermatite, fadiga, sonolência, dificuldade de concentração, sensibilidade a odores)

e outras doenças (Quadro 1).

Quadro 1 - Demonstração das principais doenças relacionadas a edificações e os

principais microrganismos envolvidos.

Doença Tipo de edificação

Fonte em ambiente interno Agente ou exposição

Infecciosas, doença dos

Legionários e Febre de Pontiac

Grandes edifícios

(escritórios, hospitais, hotéis

e etc.)

Torre de refrigeração, ar condicionado ou umidificador, água

potável

Legionella pneumophila

Doenças semelhantes à

gripe ou resfriado comum

Edifícios comerciais,

quartéis militares e etc.

Fonte humana Vírus respiratório

Imunológicas e pneumonite

hipersensível

Edifícios comerciais e

fábricas

Umidificador, ar condicionado, unidade

de ventilação

Diversas bactérias, fungos, Actinomicetes, Aspergillus,

Penicillium e diversos organismos

Alérgicas, dermatite, rinite e

asma

Edifícios comerciais e

fábricas

Poeira superficial, carpetes, roupas,

umidificador

Ácaros, produtos para plantas, agentes alergênicos,

animais e fungos Rinite, urticária de contato e edema

da laringe Edifícios

comerciais Papéis de cópia sem

carbono Resina alquifenol e novolac

Dermatite, irritação do trato

respiratório superior e inferior

Edifícios comerciais

Placas de teto, fumaça de tabaco, descarga de veículos, qualquer

processo de combustão

Fibras de vidro, productos da combustão (monóxido de

carbono e dióxido de nitrogênio)

Tuberculose Edifícios comerciais Fonte Humana Mycobacterium tuberculosis

Fonte: CAASI (2003)

16

Sterling & Collet (1991) alertam para as situações em que 20% dos

ocupantes de ambientes climatizados artificialmente tenham queixas clínicas

comuns e explicam a possibilidade de estar ocorrendo a Síndrome dos Edifícios

Doentes. As causas da Síndrome dos Edifícios Doentes podem ser explicadas

pela insuficiência do ar exterior, má distribuição do ar, controle deficiente de

temperatura, projeto inadequado, modificações inadequadas após construção,

falta de manutenção adequada do sistema de climatização.

Em virtude da crescente preocupação com a qualidade do ar de ambientes

fechados climatizados artificialmente o Ministério da Saúde aprovou a portaria no

3.523, em 28 de agosto de 1998 que tem como objetivo minimizar o risco potencial

à saúde dos usuários, bem como, controlar e reduzir a população microbiana do

ambiente em face da permanência prolongada. Essa portaria regulamenta a

definição de parâmetros físicos, químicos e biológicos, suas tolerâncias, métodos

de controle, e pré-requisitos de projetos de instalação e de execução de sistemas

de climatização (Brasil, 1998). Posteriormente, a Anvisa define padrão de

qualidade de ar para prédio de uso coletivo em 26/10/2000, assim, a partir de

então, as vigilâncias municipais e estaduais passam a ter parâmetros para avaliar

se o ar que circula em edifícios com sistema de ar condicionado está prejudicando

ou não a saúde de quem trabalha ou transita por esses locais.

A Associação Americana de Pneumologia relata uma perda anual de US$

100 bilhões, em função do absenteísmo, redução da produtividade e intervenções

médicas das pessoas que freqüentam assiduamente lugares com ar condicionado

(Junqueira, 1999).

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e Controle

de Qualidade do Ar de Interiores revelou que nos 2 mil locais estudados de nove

cidades brasileiras, 20% apresentava ar impróprio à saúde. A análise foi realizada

com o ar interior de prédios públicos e comerciais (70% escritórios) que utilizam

sistema de ar condicionado. Acredita-se que há um elevado risco de uma pessoa

adquirir doenças respiratórias diante da exposição constante em ambientes

insalubres. Segundo a Associação Nacional de Saúde Americana, um terço dos

17

casos relatados de pacientes com problemas respiratórios infecciosos ou alérgicos

tem estreita ligação com a poluição de ambientes interiores (Junqueira,1999).

Nos EUA, no período de 1991 e 1995, houve um aumento do número de

processos trabalhistas relacionados à má qualidade do ar levando as empresas a

adotarem programas permanentes de limpeza e desinfecção de ductos de ar. Este

país tem um gasto de US$ 10 bilhões por ano com pessoas que se afastam do

trabalho para realizar tratamento de saúde (Gomes, 2001).

Alguns pesquisadores têm apontado o sistema de climatização artificial

como um importante reservatório e fonte exógena de microrganismos,

considerando a produção de bioaerossois, ou seja, veiculação de matéria

particulada por filtros, em geral, insatisfatórios (Ayliffe, 1991; Eickhort, 1994).

Ao mesmo tempo a climatização artificial representa um processo de

tratamento do ar com o objetivo de controlar simultaneamente, a temperatura,

umidade relativa, pureza, distribuição e velocidade do ar. Sua aplicabilidade é

reconhecida, especialmente por transmitir aos seus ocupantes um ambiente

climatizado confortável com uma sensação térmica de frescor. A instalação da

climatização (IC) artificial deve proporcionar um micro-clima nos quesitos de

temperatura, umidade, velocidade, distribuição e pureza do ar.

Contudo, é necessário que todos os aspectos relacionados ao

funcionamento adequado do ar condicionado tenha controle para que o ambiente

não se torne insalubre à saúde humana, bem como, uma ameaça na qualidade do

fluxo de produção e à produtividade.

Conseqüentemente deve ser avaliado a dispersão biológica no ar de

bactérias, fungos, protozoários, vírus, algas uma vez que representam possíveis

fontes de contaminação. Entre os contaminantes bacterianos mais comumente

isolados no ar de ambiente fechado climatizado artificialmente estão:

Staphylococcus spp e Micrococcus spp; entre os fungos destacam-se: Aspergillus

spp, Penicillium spp e Cladosporium spp (Tabela 1).

18

Tabela 1 - Possíveis fontes de poluentes biológicos no sistema de climatização

artificial e principais medidas de intervenções correlatas.

Agentes biológicos

Principais fontes em ambientes interiores

Principais medidas de correção em ambientes interiores

Bactérias Reservatórios com água estagnada, torres de resfriamento, bandejas de condensado, desumificadores, umificadores, serpentinas de condicionadores de ar e superfícies úmidas e quentes.

Realizar a limpeza e a conservação das torres de resfriamento: higienizar os reservatórios e bandejas de condensado ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes: eliminar as infiltrações; higienizar as superfícies.

Fungos Ambientes úmidos e demais fontes de multiplicação fúngica, como materiais porosos, orgânicos úmidos, forros, paredes e isolamentos úmidos: ar externo, interior de condicionadores e ductos sem manutenção, vasos de terra com plantas.

Corrigir a umidade ambiental: manter sob controle rígido vazamentos, infiltrações e condensação de água; higienizar os ambientes e componentes do sistema de climatização ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes: eliminar materiais porosos contaminados; eliminar ou restringir vasos de plantas com cultivo em terra, ou substituir pelo cultivo em água (hidroponia); utilizar filtros G-1 na renovação do ar externo.

Protozoários Reservatórios de água contaminada, bandejas e umidificadores de condicionadores sem manutenção.

Higienizar o reservatório ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes.

Vírus Hospedeiro humano. Adequar o número de ocupantes por m2 de área com aumento da renovação de ar; evitar a presença de pessoas infectadas nos ambientes climatizados

Algas Torres de resfriamento e bandejas de condensado.

Higienizar os reservatórios e bandejas de condensado ou manter tratamento contínuo para eliminar as fontes.

Pólen Ar externo. Manter filtragem de acordo com NBR-6401 da ABNT

Atrópodes Poeira caseira. Higienizar as superfícies fixas e mobiliário, especialmente os revestidos com tecidos e tapetes: restringir ou eliminar o uso desses revestimentos.

Animais Roedores, morcegos e aves. Restringir o acesso, controlar os roedores, os morcegos, ninhos de aves e respectivos excrementos.

Fonte: Brasil (2003)

19

Os microrganismos podem alojar nas estruturas do sistema de ventilação,

tais como, reservatórios com água estagnada, torres de resfriamento, bandejas de

condensado, desumidificadores, umidificadores, serpentinas. Ainda, relativo a

bandeja de condensados dos aparelhos de ar condicionado é mencionado que por

acumular água, servirá como reservatório para multiplicação microbiana,

promovendo a instalação de um complexo ecossistema, formando o biofilme.

Essas máquinas por funcionarem por pressão negativa, insuflam ao ambiente a

carga microbiana desenvolvida no sistema hídrico das bandejas de condensados.

Esse mecanismo, aliado ao fenômeno acumulativo de 90% de recirculação de ar

promove aumento do número de microrganismos no ambiente de 1000 a 100000

vezes maior em comparação ao ambiente externo (Siqueira, 2000). O referido autor, também, ressalta que a disseminação de microrganismos

por meio da água ocorre na passagem do ar pela água da bandeja. E, no

processo de renovação do ar o seu contato direto com os ductos; o mecanismo de

distribuição e o volume são fatores que devem ser considerados. Daí, um dos

requisitos mais importantes para assegurar eficiência de um sistema de ar

condicionado corresponde ao mecanismo de filtragem, pois por meio dele que se

obtém a pureza do ar (Tabela 2).

Tabela 2 - Classificação dos tipos de filtros e sua eficiência de filtração.

Classe de Filtro Eficiência % G0 30-59

G1 60-74

G2 75-84 Grossos

G3 85 e acima

F1 40-69

F2 70-89 Finos

F3 Acima de 90

A1 85-94,9

A2 95 – 99,96 Absolutos

A3 99,97 e acima

Fonte: ASHRAE (1992)

20

A portaria do Ministério da Saúde exige que um sistema de ar condicionado

para ambientes considerados limpos ou restritos deva utilizar no mínimo, um filtro

da classe G1, classificado como grosso, e com eficiência de 60-74%., em conjunto

com outro sistema adotando a utilização de filtros absolutos HEPA (High Efficiency

Particulate Air), que apresentam 99,97% de eficiência. No entanto, este sistema

acarreta quedas de pressão mais intensas no sistema, em função de maior

interferência no fluxo de ar. No Brasil, os ambientes dotados destes filtros já foram

regulamentados por meio da NBR 13.700, de junho de 1996, que é baseada na

US Federal Standard 209E de 1992 (Brasil, 1998).

No geral, três tipos de sistema de ar condicionado podem ser observados:

♦ar condicionado comum, sem filtros de alta eficiência ou controle de trocas de ar;

♦convencional plenum mixing, com filtros HEPA (High-Efficiency Particulate Air),

realizando 16 a 20 trocas de ar/hora, com pressão positiva de entrada de ar,

regulagem de temperatura e de umidade. A contagem de bactérias no ar está

entre 50 ufc/m3 a 150 ufc/m3 ou mais devido ao número de pessoas e suas

atividades físicas;

♦ar ultra limpo ou fluxo laminar, que re-circula volumes excessivos de ar estéril

através de filtros HEPA, promovendo 400 a 500 trocas de ar/hora. Mantendo um

ambiente com contagem de bactérias menor que 10 ufc/m3 (Lacerda et al.,

2003).

A Resolução 176 do Ministério da Saúde sugere os métodos analíticos para

mensuração da qualidade do ar, a fim de facilitar o trabalho de laboratórios, e as

recomendações para controle caso o ar esteja em condições insatisfatórias, além

de recomendar medidas de correção. Entre elas estão a limpeza e a conservação

das torres de resfriamento do sistema de ar condicionado, higienização dos

reservatórios e bandejas e correção de infiltrações. Sendo assim, a correção da

umidade do ambiente e o controle de vazamentos e infiltrações também são

21

medidas sugeridas e alta relevância. Em agosto de 1998, o Ministério da Saúde

publicou a Portaria n.º 3.523, determinando que os sistemas de ar condicionado

dos prédios de uso coletivo fossem limpos (Brasil, 1998). Considerando a problemática em questão, o Ministério da Saúde, por meio

da Resolução – RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003, em substituição a anterior

Resolução 176, de 24 de outubro de 2000, publicou um manual de orientação

sobre Padrão Referencial de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados

artificialmente de uso público e coletivo. O documento traz informações que

auxiliam a avaliação da qualidade do ar de edifícios com climatização artificial

indicando os índices máximos de poluentes de contaminação biológica e química,

bem como, os parâmetros físicos do ar (Brasil, 2003).

Em ambiente fechado climatizado artificialmente de uso público e coletivo a

Portaria 9 do Ministério da Saúde estabelece que a contaminação microbiológica

refere-se a presença de fungos no ar como marcador epidemiológico, tendo como

valor máximo recomendável 750 ufc/m² (unidades formadoras de colônia por

metro quadrado). Na mensuração dos valores de contaminação química são

levados em conta a quantidade de gás carbônico no ar, no máximo 1.000ppm

(parte por milhão) de dióxido de carbono, e o nível de poeira, que não pode passar

de 80µg/m³ (micrograma por metro cúbico). A resolução estabelece ainda como

parâmetros físicos a temperatura, a umidade e a velocidade do ar de interiores.

Todos os parâmetros foram definidos de acordo com métodos internacionais de

medição e pesquisas realizadas no país (Kulcsar Neto & Siqueira,1999; Brasil,

2003).

Entretanto, cabe explicar que para os ambientes climatizados de uso restrito,

com exigências de filtros absolutos ou instalações especiais, tais como os que

atendem a processos produtivos, instalações de serviços a saúde como os

hospitais e outros devem cumprir as normas e regulamentos específicos:

♦Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto – Parâmetros Básicos de

Projeto (ABNT/NBR, 1980);

♦ Tratamento de Ar em Unidades Médico-Assistenciais (ABNT/NBR,1982);

22

♦ Recomendação Normativa 004,1995 da SBCC – Classificação de Filtros de Ar

para Utilização em Ambientes Climatizados (SBCC, 1995);

♦Sistema de refrigeração, condicionamento de ar e ventilação-manutenção

programada (ABNT/NBR, 1996);

♦ Portaria do Ministério da Saúde/GM nº 3523 - Regras de limpeza de ductos de

ar e manutenção de ar condicionado (Brasil, 1998);

♦RE nº 176, Periodicidade, parâmetros técnicos e limites aceitáveis (Brasil, 2000).

Com relação a prevenção de microrganismos nos diferentes setores

hospitalares, cabe ressaltar que a Resolução RDC 50 do Ministério da Saúde

alterada pela Resolução RDC 189, especifica que a construção de um

Estabelecimento de Assistência a Saúde (EAS) é resultado de um estudo

arquitetônico, visando atender à segurança do EAS e, particularmente, prevenir e

controlar os contatos de pacientes com doenças infecciosas, bem como a

dispersão de microrganismos quando da setorização do sistema de ar

condicionado (Brasil, 2002; Brasil, 2003 b)

O Center for Disease Control and Prevention (CDC) aponta freqüentes

pneumonias hospitalares, causadas principalmente por Aspergillus sp que foram

isolados do ar não filtrado, na poeira em suspensão devido a reforma e construção

de prédios, no sistema de ventilação e superfícies horizontais, causando danos à

pacientes imunodeprimidos e transtornos as equipes de controle de infecção

hospitalar (CDC, 1986b).

Cornet et al. (1999) compararam a superfície do ambiente contaminado por

Aspergillus em 3 unidades do Departamento de Hematologia durante três

períodos: antes, durante e após a reforma de um hospital. O resultado da

contaminação por Aspergillus definiu uma amostra positiva significante durante o

período de reforma. Revelaram que nas unidades protegidas por filtros HEPA

durante a reforma havia 24,7ufc/m3 contra 41,8ufc/m3. Assim, sugeriram que

durante uma reforma faz-se necessário à utilização de medidas profiláticas como a

redução do tráfego de pessoas e o fechamento de janelas. Estas medidas

reduzem o risco a exposição fúngica, principalmente, aos pacientes

imunodeprimidos.

23

Acresce-se o alerta da APECIH (1995), “a inalação de aerossóis de água

contaminada com Legionella sp consiste no mecanismo primário de aquisição da

IH. Em vários surtos de infecções hospitalares, os pacientes foram considerados

infectados pela exposição aos aerossóis contaminados que eram gerados pelas

torres de resfriamento, chuveiros, torneiras, equipamento de terapia respiratória e

umidificadores do ar ambiente”.

Em 1994 foi oficializada a medida que orienta os critérios para projetos

arquitetônicos, os designados estabelecimentos assistencias de saúde (EAS),

deveriam oficialmente funcionar tangente a: sistemas de transportes de materiais,

facilidades de limpeza das superfícies e materiais, sistemas de renovação e

controle das correntes de ar, entre outros (Brasil, 1995).

Ainda, a publicação acima descreve que o papel da arquitetura dos

estabelecimentos assistenciais de saúde na prevenção das infecções hospitalares

pode ser entendido em seus aspectos de barreiras, proteções, meios, e recursos

físicos, funcionais e operacionais, relacionados a pessoas, ambientes, circulações,

práticas, equipamentos. Uma das cláusulas do Projeto Executivo referente às

condições ambientais de controle de infecções hospitalares ainda nesta mesma

publicação menciona: “Renovação de Ar em Áreas Críticas: todas as entradas de

ar externo devem ser localizadas o mais alto possível, em relação ao nível do piso,

e tem de ficar afastadas das saídas de ar, dos incineradores e das chaminés das

caldeiras; as saídas devem situar-se junto ao chão. Todas as aberturas para

entrada e saída de ar devem possuir filtros de grande eficiência”.

Por outro lado, os setores com climatização artificial do ar nos serviços de

saúde para fins de conforto, como salas administrativas, quartos de internação,

etc., devem ser atendidos pelos parâmetros básicos de projetos definidos na

norma da ABNT/NBR 6401 (Instalações Centrais de ar condicionado para conforto

- Parâmetros básicos de projeto) (ABNT/NBR, 1980).

Nos hospitais, em áreas restritas que requerem ventilação especial, devem

ser utilizados filtros absolutos capazes de reter os microrganismos. Neste sentido,

vale explicar que a obtenção de ar ultralimpo, implica custos mais altos com

energia, uma vez que exige a utilização de pré-filtros, com uma eficiência em torno

24

de 20-40%, anterior à passagem do ar em filtros absolutos. Este sistema de

climatização têm eficiência acima de 90% quando instalado nas condições

exigidas segundo a normatização, apresentando eficiência de quase 100% na

remoção de partículas de 1-5µm de diâmetro (Lacerda et al., 2003).

A Tabela 3 apresenta as características do sistema de ventilação especial

em diferentes áreas hospitalares e salas de cirurgias:

Tabela 3 - Sumário das diferentes áreas hospitalares com ventilação especial e

respectivas exigências para manutenção da qualidade do ar, segundo

Streifel (1996).

Características Isolamento Doenças

infecciosas

Ventilação para pacientes

imunocomprometidosSala de cirurgia

Pressão do ar Negativa Positiva Positiva

Trocas de ar na sala >/ 6 renovações > 15 renovações 15 ou 25

renovações

Lacradas1 Sim Sim Sim

Direção do fluxo de ar

Limpo para sujo (profissional limpo)

Limpo para sujo (paciente limpo)

Substituição no sítio cirúrgico é

crítico

Filtração 90% 99.97 %2 90%

Recirculação Não Sim Sim

Fonte: Gontijo Filho et al. (2000)

No que se reporta ao conjunto de ações necessárias para implementar um

procedimento cirúrgico seguro tem-se mencionado, uma diversidade de condutas,

dentre elas: o cumprimento da orientação técnica segundo o padrão referencial de

qualidade do ar do interior de ambientes climatizados artificialmente estabelecidos

por órgãos competentes vinculados ao Ministério da Saúde. O interesse desses

órgãos é avaliar os níveis de contaminação biológica, química e física.

1 Infiltração minimizada pelo controle da ventilação. 2 HEPA 99,97 % das partículas de 0,3 um.

25

Cabe resgatar que o aparecimento de sépsis de Staphylococcus aureus em

sala de operações teve origem em 1950 quando um sistema de ventilação por

extração, que retirava o ar contaminado destas salas insuflava ar contaminado

para locais adjacentes. Nesta situação a incidência de infecção foi reduzida pela

introdução de ar filtrado por pressão positiva dentro das salas cirúrgicas

(Ayliffe,1991).

Um estudo realizado na cidade de Uberlândia, as contagens nas salas

cirúrgicas foram de 7,8x101ufc/ml em salas limpas e 2,3x102ufc/ml em salas sujas

de um hospital público, com ar ultralimpo, e 1,2x101 ufc/ml em salas limpas e

8,4x101ufc/ml em salas sujas nos hospitais privados, com ar refrigerado. Essas

diferenças podem ser atribuídas a fatores como: proporções de cirurgias limpas

(20% no hospital público universitário versus 87% nos hospitais privados) e

eletivas (12% no hospital público universitário versus 94% nos hospitais privados),

maior número de profissionais no ato cirúrgico e menor disciplina nas práticas de

limpeza e desinfecção das salas no hospital público. Não foram determinados

níveis que possam ser considerados seguros para a contaminação ambiental do

ar de salas cirúrgicas para os diferentes procedimentos cirúrgicos (Silva et al.,

2002).

O controle do ar das salas cirúrgicas é realizado durante as cirurgias pela

ventilação, filtração e troca do ar com o objetivo de remover os microrganismos do

ambiente, bem como, prevenir a entrada dos mesmos pelos corredores. O referido

controle do ar ambiental refere-se a uma série de instalações e procedimentos que

visam eliminar ou reduzir a presença de microrganismos a níveis satisfatórios.

Especificamente em relação às características da climatização artificial das

salas cirúrgicas estão pautadas a capacidade de administrar grandes volumes de

ar filtrados através de filtros de alta eficiência. A ventilação deve ser introduzida

por entradas localizadas no teto das salas, com força que permita a sua difusão,

obtendo-se assim uma área ventilada em torno do sítio cirúrgico, que é

constantemente limpo pelo fluxo de ar ultralimpo. O projeto de instalação do

sistema de refrigeração deve ser desenvolvido de tal forma que o ar filtrado

remova as partículas infecciosas produzidas pela equipe cirúrgica, em direção às

26

margens da sala, onde elas retornam aos ductos, sem que possam recircular na

área próxima ao campo cirúrgico. Quanto maior a quantidade de objetos, tais

como mesas e armários que interrompam esse fluxo aéreo, maior a turbulência e

a possibilidade de altos níveis de contaminação (Friberg et al., 2001).

Um outro fato a ser considerado se refere à paramentação ou a utilização

de Equipamento de Proteção Individual (EPI) pela equipe cirúrgica o que requer a

diminuição da temperatura da sala proporcionando conforto a essa equipe,

entretanto, conduz a incerteza de contribuir para predisposição de infecção no

pós-operatório devido à diminuição da umidade relativa do ar. A inadequação da

climatização artificial do ar parece permitir a sobrevivência e reprodução de certos

microrganismos, bem como, expõe o paciente a hipotermia e a redução de sua

resistência (Fernandes et al., 2000).

Nas salas cirúrgicas o sistema de distribuição de ar indica que o

insuflamento de ar do forro deva ser descendente, sendo retirado pela parte

inferior, é provavelmente mais efetivo padrão de movimento do ar mantendo a

concentração de contaminantes a um nível aceitável. As salas limpas são

classificadas pela pureza de seu ar.

O método mais facilmente conhecido e universalmente aplicado é sugerido

pela Federal Standard 209 em que o número de partículas igual ou maior que 0,5

mm é medida em um pé cúbico para a contagem de partículas. Atualmente

substituída pela norma internacional ISO 14644 –1, que classifica as salas limpas

em função do número de partículas por metro cúbico de ar (Federal Standard 209 E, 1992).

Streifel (1996) avaliou a amostra de ar ambiental hospitalar com a taxa de

infecção em uma instituição de saúde com estrutura física antiga e outra nova.

Observou que, embora, o número de microrganismos sobre as superfícies e no ar

da sala cirúrgica do hospital novo fosse inicialmente baixo, não registrou uma

diferença significante na taxa de infecção. O número de trocas de ar do novo

hospital era de 25 trocas/h e do antigo de 16 trocas/h.

Ayliffe (1991) ressalta a importância quanto à manutenção de tais níveis de

temperatura e umidade e informa a necessidade do monitoramento diário, bem

27

como, estar ciente quanto às queixas de desconforto ao paciente e equipe. Relata,

também, que devido à arquitetura hospitalar moderna ter abolido janelas nos

centros cirúrgicos, a alternativa para circulação, renovação do ar e a exaustão dos

gases anestésicos encontra-se nesse sistema de ventilação artificial.

Muitos são os estudos que reconhecem o ar do ambiente cirúrgico como

importante fonte de propagação de microrganismos. Entretanto, o ar, por si não é

responsável pela infecção hospitalar. Um dos focos de proliferação de bactérias

está relacionado à água retida dentro dos aparelhos de ar condicionado. O frio e a

baixa umidade do ambiente climatizado reduz a resistência dos mecanismos de

proteção das vias respiratórias facilitando o desenvolvimento de microrganismos.

Lacerda (1995) também menciona que as estruturas do sistema de

ventilação das salas cirúrgicas, como, reservatórios com água estagnada, torres

de resfriamento, bandejas de condensado, desumidificadores, umidificadores,

serpentinas de condicionadores de ar e superfícies úmidas e quentes podem

albergar possíveis fontes de poluentes biológicos, destacam-se bactérias, fungos,

algas, protozoários, esporos, vírus, e pólen.

Ainda, a Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar

orienta com relação ao ambiente das salas cirúrgicas, que a turbulência de ar

deve ser evitada, sendo contra indicado o uso de ar condicionado de parede e

ventilador de teto (APECIH,1995).

Para Roy (1997) a distribuição e quantidade do microrganismos está

relacionada com o número de pessoas em sala cirúrgica, a atividade

desempenhada e sua condição física. As infecções hospitalares veiculadas pelo ar

parece incluir matéria particulada (poeira), aerossóis de sujeira, provenientes do

chão, móveis, sistema de ar condicionado, umidificadores, aspiradores,

instrumentais cirúrgicos, dentre outros.

Nichols (1998) relata que 20% da troca de ar/hora deve ser realizada por ar

fresco e não recirculado, mantendo temperatura entre 18-24ºC e umidade de 50 a

55%. E, ressalta que a sala cirúrgica deve estar sob pressão positiva com relação

aos corredores minimizando a entrada de ar para o interior da sala quando houver

necessidade de abrir a porta da mesma.

28

Friberg (1999) avaliou a contaminação de superfícies e contagem de

partículas aéreas e bactérias aeróbias de sala de cirurgia com ventilação

turbulenta. Verificou que a taxa de contaminação aérea de incisão cirúrgica está

relacionada com o tipo de ventilação, instrumental e paramentação cirúrgica. A

equipe cirúrgica foi considerada como maior fonte de contaminação bacteriana. O

estudo demonstrou a importância de minimizar o número de pessoas e aumentar

a distância entre o campo cirúrgico e a mesa com instrumental da sala cirúrgica

com a ventilação por turbulência. Como a mesa de instrumental, muitas vezes,

ocupa uma grande área para sedimentação de bactérias, maior que a área de

incisão é importante reduzir a carga microbiana de ar ambiental sobre o

instrumental, o que traduz em uma medida significante para a prevenção de ISC.

Nos Estados Unidos da América a maioria das salas cirúrgicas é ventilada

com 20 a 30 trocas/hora de ar filtrado com sistema HEPA (High Efficiency

Particulate Air) removendo, satisfatoriamente, a maioria das bactérias. O ar

ambiente fica praticamente livre de bactérias ou partículas menores de 5 nm

quando da ausência de pessoas em sala, acredita-se que 1% das bactérias

transportadas pelo ar das salas cirúrgicas são S. aureus, sendo que 30% da

equipe de funcionários dessas salas albergam este microrganismo (Fernandes et

al., 2000).

O portador nasal de Staphylococcus aureus (coco Gram-positivo, imóvel,

geralmente não capsulado e anaeróbio facultativo) representa um desafio para as

instituições de saúde. Salienta, a autora, que a atividade do pessoal na sala

cirúrgica é a principal fonte de microrganismo. Assim, vale o alerta de que o

número de bactérias no ar dependerá do número de pessoas no local e suas

atividades, bem como, da aplicação do conhecimento acerca das práticas de

controle de infecção (Oliveira-Santos, 1996).

Dahran & Pittet (2002) sugerem que as salas cirúrgicas modernas são

virtualmente livres de partículas (incluindo bactérias) menores que 0,5 nm

utilizando o sistema de ventilação convencional com filtros que apresentam

eficiência de 80-95% na remoção de partículas no ar.

29

Embora, existam controvérsias quanto ao número ideal de trocas de ar em

salas cirúrgicas que possua sistema de ventilação controlada, o CDC e a

American Hospital Association recomendam 25 trocas de ar/hora, com 5 de ar

fresco ou 15 trocas de ar/hora com 100% de ar fresco. A entrada de ar na sala

cirúrgica deve estar localizada em posição mais alta possível e longe do local de

exaustão, que deve estar localizado em região da parede mais próxima ao chão,

para manutenção do fluxo unidirecional. O ar liberado deve ter uma temperatura

de 18 a 24ºC com 50 a 55% de umidade. Além disso, a sala cirúrgica deve ser

mantida com pressão positiva em relação ao corredor, o que minimiza a entrada

de ar do corredor quando a porta é aberta. É importante observar que para

perfeito funcionamento do sistema de ventilação, há necessidade de

planejamento, instalação adequada e manutenção periódica dos ductos, torre de

refrigeração, bandeja de umidificação e filtros (APECIH, 1995).

É possível observar que, os estudos abordados concordam com a

necessidade de se analisar e controlar a contaminação microbiana do ar da sala

cirúrgica , e esse controle não se refere a apenas um aspecto, mas a associação

de todas as fontes que possam contribuir na contaminação do ar, especialmente

considerando as diferentes especialidades médicas.

1.2.1 Quais são as considerações do controle biológico do ar nas salas cirúrgicas ortopédicas?

Atualmente, discute-se a necessidade de um sistema de ventilação

específico, principalmente, em algumas especialidades cirúrgicas como a

ortopedia, considerando o elevado potencial para infecções. Vale ressaltar, ainda,

que tais cirurgias utilizam aparelhos giratórios/rotatórios, colocando em suspensão

aerossóis de microrganismos contaminando o ambiente das salas cirúrgicas.

Um recurso específico e adicional para redução de microrganismos em

ambientes que necessitam ser, virtualmente, isentos destes contaminantes

ambientais encontra como alternativa ao fluxo de ar laminar, que fornece ar livre

de partículas com mais de 0,3µm de diâmetro, sendo um sistema de ar

30

unidirecional que produz ar ultralimpo. O seu uso é controverso, indicado para uso

em salas onde se realizam implantes de próteses ortopédicas. Além da falta de

dados conclusivos sobre a sua utilidade na prevenção de infecções,

especialmente ISC, o seu custo é um fator limitante.

Em adição Fernandes et al. (2000) ressaltam que: “a principal característica

do sistema de fluxo de ar laminar é à entrada de ar sobre uma dada parede

(horizontal) ou do teto para baixo (vertical) e suficiente para prevenir qualquer

movimento retrógrado do ar”. O sistema associa, também, a utilização de filtros

HEPA observando, assim, uma eficiência na remoção de partículas do ar de

99,97% com capacidade de reter partículas menores que 0,3 nm.

Dahran & Pittet (2002) afirmam que ambos os sistemas (fluxo de ar laminar

horizontal e vertical) apresentam inconvenientes, pois o fluxo de ar unidirecional

pode ser interrompido. O sistema de fluxo laminar vertical, apesar de produzir

menor turbulência do ar e mostrar redução de bactérias no sítio cirúrgico, não é

suficiente para a manutenção da temperatura da sala, principalmente, devido ao

calor produzido pelo foco de luz cirúrgico. Para superar este problema foi

desenvolvido o fluxo de ar laminar horizontal. A combinação de ambos, fluxo de ar

laminar vertical e horizontal tem representado a solução deste problema.

Ainda, destaca que a utilização desse sistema de ar permitiu a redução

significativa da taxa de infecção em cirurgias de implantes ortopédicos,

demonstrando uma incidência mais baixa de sepse pós-operatória.

Cabe explicar que o risco à infecção em cirurgias ortopédicas parece ter

relação a vários fatores dentre os quais a própria deficiência de irrigação

sangüínea no tecido envolvido e ao implante de materiais que podem causar

infecção local e, conseqüentemente, rejeição.

Torbjörn (1995) relata em estudo com pacientes submetidos a artroplastia

total de quadril e joelho a importância da ventilação adequada de uma sala

cirúrgica aliado com o vestuário da equipe. O estudo relacionou a ventilação por

fluxo laminar horizontal e a utilização de roupas convencionais (calça e camisa de

algodão) por todos os membros da equipe; fluxo laminar horizontal e vestuário

oclusivo, bem como, a ventilação convencional e roupas oclusivas. Concluiu que a

31

amostra do ar volumétrico apresentou número baixo de unidades formadoras de

colônias (< 10 ufc/m3) na proximidade da incisão nos três grupos. Em comparação

à contaminação do ar, a sala com fluxo laminar, independente do uso de roupas

oclusivas pela equipe cirúrgica resultou em menor contaminação aérea se

comparado à ventilação convencional. Durante a artroplastia de joelho o uso de

roupas oclusivas e ventilação laminar favoreceu a redução do número de

partículas de bactéria transportadas pelo ar para 1 ufc/m3, esta redução não foi

encontrada durante a artroplastia de quadril.

Whyte et al. (1983) mostraram que o ar condicionado projeta bactérias para

o instrumental cirúrgico sendo uma das mais importantes causas de contaminação

da incisão cirúrgica do que a deposição direta do ar sobre a mesma.

Em consonância com esta evidência, Chosky et al. (1996) relatam a

redução da taxa de infecção após cirurgia de joelho com o uso do ar ultralimpo

nas salas cirúrgicas, assim como, o controle da contaminação do instrumental. O

estudo pautou-se na comparação do preparo da mesa de instrumental cirúrgico

em sala com ventilação convencional e com ar ultralimpo associado à cobertura

do material após a montagem da mesa. Concluíram que houve uma redução no

total de partículas de bactérias de quatro vezes contra 28 vezes com a utilização

do ar ultralimpo.

Entretanto, em nosso meio, faz-se necessário a realização de estudos

multidisciplinares, integrando pesquisadores da área física, clínicos e

epidemiologistas vislumbrando a relação de custo e eficácia da climatização do ar

nas diversas situações (como especialidade médica, diferentes filtros ou sistema

de ar condicionado). Estes estudos possibilitarão, também, o estabelecimento de

limites de exposição para os usuários e o desenvolvimento de novos métodos de

medida desses contaminantes e poluentes, bem como a identificação de

estratégias para a incorporação do monitoramento adequado do ambiente de

interior.

32

1.3 Justificativa e relevância do estudo

A seguir, estão pontuados alguns aspectos relacionados ao controle

biológico da qualidade do ar de ambientes fechados climatizados artificialmente

que justificam a realização do presente estudo. Assim é possível considerar que:

► os ambientes climatizados artificialmente podem causar agravos à saúde de

seus ocupantes, especialmente, ao paciente que se encontra em situação

potencialmente de risco (Brasil, 2003);

► a estrutura interna dos aparelhos de ar condicionado oferece condições

excelentes para o desenvolvimento de importantes contaminantes biológicos caso

não haja manutenção e controle (APECIH, 1995; ABNT, 1996; Brasil, 2002);

► existe a possibilidade dos aparelhos de ar condicionado projetar o fluxo de ar

para instrumentais e equipamentos cirúrgicos; acarretando na decantação de

partículas, e conseqüentemente ocasionar contaminação desses artigos,

equipamentos e superfícies (Whyte et al., 1983; Chosky et al., 1996);

► o nível de contaminação biológica do ar admissível nos diferentes

procedimentos cirúrgicos, bem como, nas várias especialidades médicas ainda

não está devidamente esclarecido (Brasil, 2003);

► os procedimentos cirúrgicos relacionados à ortopedia exigem um conjunto de

instrumentais e atividades que parece aumentar, significativamente, o número de

partículas do ar (Dahran & Pittet, 2002);

► a legislação nacional do Ministério da Saúde exige que o ambiente de interior

climatizado de uso restrito, como as salas cirúrgicas, realize o monitoramento e

controle de aerodispersóides totais, mantendo a qualidade dos parâmetros físicos,

33

biológicos e químicos do ar, todavia, faltam orientações específicas e recursos.

(BRASIL, 2003);

► a literatura nacional e internacional poderá fornecer importantes informações

técnicas acerca do Monitoramento Biológico Rotineiro da Qualidade do Ar de salas

cirúrgicas, visando controle qualitativo e quantitativo e o estabelecimento de

indicadores de qualidade do ar ambiente interno.

► os recursos utilizados para monitoramento e controle da qualidade do ar em

ambientes climatizados artificialmente são complexos, de alto custo, e

conseqüentemente, de difícil realização para a maioria das instituições

hospitalares nacionais.

Diante do exposto, um importante questionamento tem sido motivo de

inquietação entre os profissionais preocupados com a manutenção da segurança

biológica em centro cirúrgico, especificamente em relação à qualidade do ar do

interior das salas cirúrgicas.

Qual é a carga microbiana em termos de quantidade e qualidade admissível

no ar das salas cirúrgicas?

O monitoramento biológico rotineiro do ar das salas cirúrgicas visando o

estabelecimento de indicadores de qualidade do ar de ambiente interno encontra

justificativa técnica e científica?

Assim, várias opções de estudo apresentam-se como possíveis temáticas

de investigação, dentre elas:

► estudo das condições microbiológicas do ar das salas cirúrgicas considerando

que a climatização artificial pode representar um agravo a saúde se não houver

manutenção adequada e monitorização periódica.

Assim sendo sentimos num primeiro momento motivadas a investigar a

qualidade do ar das salas cirúrgicas, optando-se neste momento em avaliar a

produção científica nacional e internacional acerca da temática: climatização do

ambiente cirúrgico e controle biológico da qualidade do ar. Também é nosso

interesse avaliar um método de monitoramento de controle da qualidade do ar

34

ambiente cirúrgico que seja seguro e atenda o binômio custo/ benefício. O tema é

atual, e vem desafiando profissionais de diversas áreas a procurar soluções para a

problemática.

35

2 Objetivos Objetivo geral

► Investigar a temática aeromicrobiota do ambiente hospitalar enfocando a

contaminação biológica por conseqüência da climatização artificial.

Objetivos específicos

► Avaliar a produção do conhecimento científico nacional e internacional

relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar de maneira a: quantificar

e categorizar a finalidade da investigação, o design do estudo; a área ou

especialidade médica, os tipos de microrganismos detectados.

► Listar, a partir das publicações pesquisadas, os principais resultados e

recomendações relacionados à manutenção e o controle microbiológico do ar

climatizado artificialmente, em especial do ambiente cirúrgico.

► Testar um método de avaliação do ar de ambiente cirúrgico considerando os

parâmetros biológicos da legislação nacional, destinados a ambientes

fechados climatizados artificialmente.

36

3 Material e método

Este estudo tem sua trajetória metodológica delineada em duas fases:

► Avaliação da produção do conhecimento científico nacional e internacional

relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar.

► Avaliação microbiológica do ar do ambiente cirúrgico.

3.1 Avaliação da produção científica nacional e internacional relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar

Para atender o objetivo relacionado a avaliação da produção do

conhecimento científico nacional e internacional foi realizado um levantamento da

literatura nos bancos de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe

em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature on Line). O Medline

compreendeu o período de 1975 a 2003 e o Lilacs 1981 a 2003. Vale ressaltar que

a indexação de tais bancos de dados são datados a partir de 1965 e 1981,

respectivamente.

Consultou-se os respectivos bancos de dados nos idiomas português,

espanhol e inglês com as palavras chaves: air microbiology, cross infection

(MEDLINE); Ar, Risco Biológico, Hospital (LILACS).

Após a identificação das publicações indexadas foi realizada a busca em

Bibliotecas pertencentes ao Sistema de Comutação Bibliográfica (COMUT) e em

acervos particulares de pesquisadores da área.

3.1.1 Coleta de dados referente ao levantamento bibliográfico

O referido levantamento bibliográfico foi integralizado no segundo semestre

de 2003, comportando a realização da listagem bibliográfica, a aquisição de

37

cópias dos artigos, leitura, interpretação, análise e categorizações, bem como, o

preenchimento do instrumento de coleta dos dados bibliográficos.

Considerando as dificuldades de se obter todas as publicações na íntegra,

optou-se por analisar, também, os resumos. De posse dos artigos na íntegra e dos

resumos, procedeu-se à leitura, análise e categorizações. Buscou-se os seguintes

aspectos: finalidade da investigação, natureza do estudo (design), principais

resultados e recomendações.

3.1.2 Procedimento de análise bibliográfica

Em nossa pesquisa, as publicações foram analisadas conforme os dados

que se seguem:

1. dados de identificação do artigo (autor, título do artigo, periódico,

volume, número, página inicial e final, ano de publicação);

2. objetivos ou finalidade do estudo;

3. metodologia e design utilizado

4. material e técnicas utilizadas;

5. principais resultados e conclusões;

6. principais recomendações ou conclusões.

É oportuno esclarecer que com relação a classificação das publicações

segundo natureza ou design optou-se pelas definições que seguem:

1) Estudos não experimentais

Descritivos ou exploratórios são usados na obtenção de informações

detalhadas sobre determinadas situações, sobre como se explica sua ocorrência e

usam os dados para justificar e avaliar condições e práticas. O seu propósito é o

de observar, descrever e explorar aspectos de uma situação. Nesses estudos não

existe manipulação de variáveis.

Este design inclui identificação de um fenômeno, desenvolvimento de

definições das variáveis. Assim, ilustra-se no diagrama abaixo:

Fenômeno ⇒ Descrição⇒ Identificação e Interpretação das Variáveis.

38

O Survey também classificado como um delineamento de pesquisa

descritiva permite a obtenção de informações, distribuição e inter-relações de

variáveis, no âmbito de uma população. Em um survey não ocorre intervenção,

uma vez que ele é inerentemente não experimental. Freqüentemente é utilizado os

questionários, entrevistas ou outros recursos que permitam obter informações de

uma determinada população (Polit & Hungler, 1995).

Ainda as autoras mencionam os estudos epidemiológicos retrospectivos e

prospectivos. Os estudos epidemiológicos retrospectivos são investigações ex

post facto cuja tradução literal é a partir do fato passado, ou seja, em que a

manifestação de algum fenômeno, no presente está ligada a outros fenômenos

que ocorreram no passado. Isto é o pesquisador está interessado em algum

resultado, e tenta esclarecer fatores antecedentes que o tenham causado. Muitos

estudos epidemiológicos são retrospectivos.

Estudos epidemiológicos prospectivos, diferentemente, iniciam com um

exame de uma provável causa e, posteriormente, seguem no tempo, na busca de

um efeito presumível.

O estudo descritivo comparativo examina e descreve diferenças nas

variáveis em dois ou mais grupos que ocorrem naturalmente. Este tipo de estudo

está especificado no diagrama descrito por Burns & Grove (1997):

39

Grupo I descrever

(variáveis mensuráveis)

comparação de dois grupos

nas variáveis selecionadas Grupo II descrever

(variáveis mensuráveis)

Interpretação de resultados

Desenvolvimento de hipóteses

2) Estudos quase-experimentais

Os estudos quase-experimentais têm por objetivo examinar causalidade em

situações não conduzíveis para controles experimentais. Assim como um

experimento envolve a manipulação de uma variável independente, entretanto,

carece do aspecto de distribuição aleatória ou grupo controle que caracteriza os

experimentos reais.

3) Estudos experimentais

Estudo experimental é aquele onde um grupo é submetido a um tratamento

e é feito a comparação dos resultados pré e pós-teste (Burns & Grove, 1997).

Grupo Experimental Pré-teste Tratamento Pós-teste

Os estudos experimentais permitem a obtenção de resultados seguros na

avaliação de causalidade. Os critérios são explícitos e rigidamente conduzidos, as

variáveis independentes são cuidadosamente operacionalizadas e a situação

40

controlada para que o mesmo não sofra interferências de fatores em geral (Burns

& Grove, 1997).

As autoras ressaltam que no estudo experimental balanceado fatorial, duas

ou mais características diferentes, tratamentos ou eventos são,

independentemente, variados durante o estudo é utilizado para examinar múltiplas

causalidades. Estudos dessa natureza tem grupo controle pós-teste, o tratamento

está sob o controle do pesquisador. Os grupos são escolhidos randomicamente e

existe uma análise de comparação feita entre os grupos após o tratamento.

Vale explicar e alertar no sentido de não categorizar todas as pesquisas

conduzidas em laboratório como sempre experimentais. Algumas podem,

considerando a especificidade dos experimentos de laboratório ser caracterizada

como experimental se houver conjuntamente a manipulação, a distribuição

aleatória e a utilização de grupo controle. Entretanto, a pesquisa laboratorial

poderá não apresentar as condições inerentes da pesquisa experimental. Frente

ao exposto, o design denominado como experimento/laboratorial corresponde ao

tipo de pesquisa realizada em laboratório na qual o pesquisador controla o evento

investigado, sem contudo utilizar distribuição aleatória ou grupo controle.

3.1.3 Formulário de coleta dos dados bibliográficos

O instrumento utilizado foi adaptado do estudo de Fernandes (2000) após

permissão das autoras. O Apêndice A representa a descrição do instrumento de

coleta dos dados bibliográficos utilizado para documentação após a leitura e

análise das publicações.

3.2 Avaliação microbiológica do ar de ambiente cirúrgico

Considerando a proposta de implementar uma técnica de controle da carga

microbiana (aeromicrobiota) do ar do ambiente cirúrgico estabeleceu-se:

41

3.2.1 Local de estudo

O presente estudo foi desenvolvido no centro cirúrgico, do Hospital das

Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São

Paulo (HCFMRP-USP). O hospital enquadra-se como de grande porte, fundado

em 1956, onde são realizadas atividades direcionadas à assistência, ao ensino e à

pesquisa. É considerado um hospital de referência para a região de Ribeirão

Preto-SP, compreendendo o atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS),

convênios e particulares nas várias especialidades médicas. O HC é uma

autarquia associada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade

de São Paulo, para fins de ensino, pesquisa e prestação de serviços médicos-

hospitalares à comunidade.

O hospital possui uma estrutura acadêmica com vistas a proporcionar o

ensino e o treinamento de estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação

da Faculdade de Medicina e Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Conta,

também, com suporte para os demais profissionais da saúde envolvidos com a

assistência médico-hospitalar, convênios para estágio de outras instituições,

estágios voluntários para estudantes de outras áreas profissionais relacionadas ou

não à saúde.

O respectivo hospital funciona em dois prédios distintos: um situado no

Campus Universitário (HC - Campus), onde mantém o ambulatório médico e as

unidades de internação e outro, situado na região central da cidade, para

atendimentos de casos de urgências, denominado “Unidade de Emergência” (UE).

Dotado de 809 leitos, sendo 576 no Campus e 157 na UE, além de 20 leitos no

Hospital- Dia e 56 em retaguarda. Conta com um quadro provido de 4284

servidores, divididos entre as diversas áreas de atuação do complexo (Resuto,

2001).

Vale ressaltar, que o hospital conta com 3 Centros Cirúrgicos, sendo 2 na

unidade Campus (Centro Cirúrgico Central e Centro Cirúrgico Ambulatorial) e 1

Centro Cirúrgico na UE.

42

Centro cirúrgico do HCFMRP-USP (campus)

O centro cirúrgico do HCFMRP-USP (Campus) atende as diferentes

especialidades cirúrgicas, totalizando 16 salas. Tem alta rotatividade de pacientes,

destacando que no período de julho de 2002 a junho de 2003 foram realizadas um

total de 10.728 cirurgias com média mensal de 894 (Tabela 4).

O Anexo A representa a planta física do respectivo centro cirúrgico, local de

nosso estudo.

Tabela 4 - Distribuição das cirurgias realizadas no HCFMRP-USP (Campus) no

período de junho de 2002 a junho de 2003 (Ribeirão Preto, 2003).

2002 2003 Período

jul. ago. set. out. nov. dez. jan. fev. mar. abr. mai. jun. Total

No de

cirurgias 992 1032 994 1058 882 749 533 956 852 917 975 788 10728

Frente as diferentes especialidades médicas e as dificuldades operacionais

de se contextualizar todas optou-se nesse estudo pela ortopedia. Assim, optou-se

neste estudo por avaliar apenas salas destinadas a cirurgias ortopédicas

considerando que tais procedimentos cirúrgicos utilizam um conjunto de

instrumentais ou aparelhos giratórios/rotatórios que aumentam, significativamente,

o número de partículas no ar. Isto é produzem/geram aerossóis colocando em

suspensão quantidades significativas de microrganismos no ar ambiente.

Ao todo o centro cirúrgico tem 3 salas destinadas a ortopedia, sendo as

salas no 1, 2 e 14. O maior fluxo de cirurgias é no período da manhã. A Tabela 5

apresenta o fluxograma de cirurgias ortopédicas.

43

Tabela 5 - Distribuição das diferentes cirurgias ortopédicas realizadas no

HCFMRP-USP (Campus) no período de junho de 2002 a junho de

2003.

2002 2003 Cirurgias

Ortopédicas jul. ago. set. out. nov. dez. jan. fev. mar. abr. mai. jun. Total

Coluna 16 14 17 13 12 7 4 21 15 22 18 9 168

Joelho 29 22 23 28 22 18 14 24 19 23 23 29 274

Microcirurgia

de MMSS 44 40 57 45 41 38 26 43 38 37 41 35 485

Pediátrica 23 31 27 37 24 24 12 27 25 42 34 23 329

Quadril 11 11 15 11 11 9 7 9 8 7 17 8 124

Oncológica 4 8 6 11 6 6 1 8 5 1 13 6 75

Total 127 126 145 145 116 102 64 132 110 132 146 110 1455

Descrição do sistema de ar condicionado do centro cirúrgico do HCFMRP-USP

(campus)

Todas as salas de cirurgia do Centro Cirúrgico do HCFMRP-USP têm o seu

sistema de ar condicionado independente, ou seja, um sistema por sala.

Cada sala, possui, individualmente, Fan-coil (unidade de refrigeração), pré-

filtros em fibra sintética prensada, filtros absolutos, ductos galvanizados,

atenuador de ruído, exaustor, dampers e difusores.

Os dois pré-filtros (G3) em fibra sintética prensada têm eficiência de até

92% situam-se na caixa de filtragem do 1º estágio (entre o Fan-coil e a tomada de

ar externo). Após o Fan-coil (onde esta localizada a serpentina de água gelada e o

ventilador centrífugo) existe o atenuador de ruído e, a seguir o 2º estágio de

44

filtragem onde há mais 2 pré-filtros (F3) em fibra sintética prensada tipo bolsa

(eficiência de até 92%) e a seguir 2 filtros absolutos HEPA de 99,99% (A3).

O ar é insuflado na sala por meio de um difusor linear, existente no forro, e

aspirado por um exaustor, através de uma grelha existente na parte inferior da

parede oposta a de insuflamento, retornando a caixa do 1º estágio, repetindo-se o

ciclo. O sistema de ventilação e refrigeração da referido centro cirúrgico é

semelhante ao esquema das figuras 1 e 2, e anexos B e C.

Fonte: Ribeiro Jr. (2001)

Figura 1- Esboço do sistema de climatização artificial de uma sala cirúrgica.

45

Fonte: Ribeiro Jr. (2001)

Figura 2 – Diagrama do sistema de climatização artificial de uma sala cirúrgica.

A manutenção é feita periodicamente (entre 45 e 60 dias), quando os pré

filtros são substituídos. Na oportunidade, é feita a leitura do manômetro dos filtros

absolutos. Em média, os filtros absolutos, têm duração entre 1 ano e meio a 2

anos, quando são substituídos. Outras manutenções são feitas, no Fan-coil,

envolvendo área mecânica (rolamentos, mancais, correias, etc) sempre que

necessário.

3.2.2 Atividades preliminares

Mediante a proposta do estudo, efetuamos um primeiro contato com a

Prof.a Dra. Izabel Y. ITO responsável pelo Laboratório de Microbiologia da

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São

Paulo junto ao Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e

46

Bromatológicas para verificar a viabilidade de execução da etapa laboratorial.

Confirmada a permissão de uso do laboratório enviamos o projeto de pesquisa ao

Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP para avaliação.

3.2.3 Procedimentos éticos em pesquisa

O projeto foi encaminhado e aprovado junto ao Comitê de Ética em

Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-

USP, conforme as Normas de Pesquisa em Saúde do Conselho Nacional de

Pesquisa em Saúde (CONEP) resolução 196/96, BRASIL (1996). Mediante a

aprovação pelo referido Comitê (Anexo B), foi iniciado o plano piloto e a coleta das

amostras.

3.2.4 Material utilizado para a colheita dos espécimes

Para a colheita dos espécimes do ar ambiente da sala cirúrgica foi utilizada

placas Petrifilm TM AC Aerobic Count (3M, St Paul, MN, USA) as quais têm sido

utilizadas em muitos estudos para avaliar a contaminação microbiana de

superfícies, água, alimentos e ar.

A placa Petrifilm TM AC é um sistema pronto de meio. Esta placa é

constituída de uma plataforma de papel (celulose) quadriculado, com a face

externa impermeabilizada, com meio de cultura que contêm os nutrientes do ágar

Padrão de Contagem, um agente solidificante solúvel em água fria e um indicador

do potencial de óxido-redução, o cloreto de trifeniltetrazólio (TTC), e recoberta

com filme/película transparente (Figura 3).

47

Figura 3- Vista panorâmica da Placa Petrifilm.

3.2.5 Preparação das placas Petrifilm

Para a hidratação das placas Petrifilm, conforme as recomendações do

fabricante, a película superior da placa era levantada e 1,0 mL de água destilada

esterilizada aplicada com pipeta automática, vagarosamente no centro do filme

inferior. O filme superior era deixado cair sobre a água evitando o aprisionamento

de bolhas de ar. A seguir, a água era distribuída pressionando o “difusor” de

plástico durante cerca de 10 segundos (Figura 4).

48

Figura 4 – Vista Panorâmica da técnica de semeadura, do método Petrifilm,

de acordo com o fabricante (3M, St Paul, MN, USA).

Estas placas eram mantidas em repouso por cerca de 1 minuto. As mesmas

eram acondicionadas em contêiner de plástico tipo tupperware para evitar a

desidratação e utilizadas no período de 60 minutos, tempo necessário para ocorrer

a transferência do meio do filme inferior para o superior

3.2.6 Colheita das amostras

O estudo foi submetido ao teste piloto com vistas a calibrar o pesquisador

quanto a estratégia de coleta das amostras, bem como para realização das

técnicas microbiológicas em laboratório.

Para a colheita das amostras, a película superior da placa Petrifilm com

meio de cultura (meio transferido) era fixada em um dispositivo.

Nas salas cirúrgicas o dispositivo desenvolvido para esta finalidade

específica de coleta, era constituído de haste de madeira envernizada medindo

3,10m fixada na extremidade final a uma base quadrada de papelão para a

49

finalidade de apoio à placa Petrifilm. Assim, nas entradas e saídas de ar as placas

eram apoiadas neste dispositivos e expostas por 15 minutos, sendo feitas duas

coletas simultâneas.

Com relação ao sistema de exaustão, a Placa era fixada com fita adesiva,

verticalmente, sobre a parede oposta a entrada do ar, localizada a 30 cm do piso,

também, exposto durante 15 minutos.

Findo o período de exposição da placa, as mesmas eram cuidadosamente

retiradas da base sendo protegidas pela película superior abaixada, codificadas e

registradas em planilha controle (Apêndice B), colocadas em contêiner de plástico

e iniciada novamente o mesmo processo nas demais salas das cirurgias

ortopédicas. Esse procedimento era realizado em vários momentos de uma

mesma cirurgia até que a mesma chegasse ao seu término.

Após a coleta, as placas Petrifilm eram acondicionadas em contêiner de

plástico em pilhas de até 20 placas e transportadas ao Laboratório de

Microbiologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP,

onde foram colocadas uma mexa de algodão embebida em água com o intuito de

obtenção de câmara úmida e incubada a 35ºC por 48 horas.

Com vistas a efetuar futuras relações alguns dados foram observados no

transcorrer da coleta das espécimes do ar como: tipo de cirurgia, número de

pessoas por sala, tempo de duração da cirurgia, estrutura das salas e demais

intercorrências.

Transcorrido o tempo de incubação foi efetuada a contagem de ufc com

auxílio de microscópio estereoscópico (Nikon JP) sob luz refletida. Assim, ficou

estabelecido após leitura das placas:

• + (indica desenvolvimento microbiano).

• - (indica não crescimento microbiano).

3.2.7 Isolamento e identificação

Para isolamento das bactérias a película superior da placa Petrifilm era

levantada e a colônia era repicada com agulha e suspensa em solução fisiológica.

50

Após a dispersão pela agitação mecânica. Logo a seguir alíquotas eram

semeadas pela técnica de esgotamento em duplicata em meios de cultura: As,

ágar sangue; Ni, ágar salgado; Mc, ágar, MacConkey; Ms, ágar Mitis Salivarius;

MH, ágar Mueller Hinton.

Decorrido o período de incubação de 24 horas a 10 dias a 35 e 32o C as

colônias eram repicadas em tubos com ágar Mh, e também submetidas à

coloração de Gram. A identificação nível de gênero foi efetuada segundo

Koneman et al., (2001).

51

4 Resultados e discussão

Para exposição, análise e discussão dos resultados optou-se por tabelas,

quadros e figuras de maneira a contemplar os objetivos estabelecidos no estudo.

4.1 Avaliação da produção científica nacional e internacional relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar

O levantamento bibliográfico deste estudo foi constituído pelas publicações

em periódicos indexados nos bancos de dados Medline e Lilacs.

O Medline compreendeu o período de 1975 a 2003 e totalizou 162

publicações relativas a temática (Apêndice C). No levantamento do Lilacs no

período de 1981 a 2003 foram indexados 42 artigos (Apêndice D). Vale ressaltar

que a indexação de tais bancos de dados são datados a partir de 1965 e 1981,

respectivamente.

Diante do exposto, o universo total foi de 204 publicações sendo que

obtivemos 132 (64,7%) na íntegra, e as demais 72 (35,3%) apenas os resumos.

Considerando as dificuldades de se obter todas as publicações e a necessidade

de abranger o maior volume de informação sobre a temática optou-se analisar e

categorizar todos os artigos (na íntegra ou não).

Assim, extraiu-se das publicações informações relativas a: finalidade da

investigação, natureza do estudo (design), tipos de microrganismos mais

investigados, principais resultados e recomendações acerca da manutenção da

segurança biológica do ar de ambiente climatizado artificialmente

Assim, inicialmente questionou-se:

Qual é o objetivo do(s) autor(es) nas publicações indexadas relacionadas a

aeromicrobiota do ambiente hospitalar?

52

Tabela 6 - Produção científica nos bancos de dados MEDLINE e LILACS

relacionada a aeromicrobiota hospitalar segundo o objetivo das

investigações.

Medline Lilacs Total Categorização No % No % No %

Avaliar a microbiota com vistas a monitorar a aerocontaminação biológica: 90 55,5 15 35,7 105 51,5

Ar ambiente 50 30,8 10 23,8 60 29,4

Ar climatizado artificialmente (ar condicionado) 40 24,7 5 11,9 45 22,0

Avaliar prevalência, ocorrências de surtos, epidemias, e endemias associadas a patógenos veiculados pelo ar.

22 13,5 6 14,2 28 13,7

Identificar ou relacionar os fatores de risco a patógenos veiculados pelo ar 20 12,3 9 21,4 29 14,2

Estabelecer as medidas de prevenção e controle de patógenos veiculados pelo ar 13 8,0 3 7,1 16 7,8

Saúde ocupacional e portador são 2 1,2 2 4,7 4 1,9

Estudos relacionados a Odontologia 4 2,4 3 7,1 7 3,4

Outros (não relacionados) 11 6,7 4 9,5 15 7,3

Total 162 100 42 100 204 100

Há de se considerar que por muitos anos a atenção no controle da infecção

hospitalar vem se consistindo em programas de mensuração e redução da carga

microbiana presente no ambiente hospitalar.

Atualmente, o monitoramento microbiológico do ar tem sido cada vez mais

valorizado em função do largo uso de sistema de climatização artificial e das

ocorrências de problemas clínicos dos ocupantes desses ambientes.

Isso explica, segundo resultados da Tabela 6, o elevado número de

publicações 105 (51,5%) relacionadas a avaliação da microbiota do ar com vistas

53

a monitorar aerocontaminação biológica. Destas publicações 45 (22,0%) estão

relacionadas a aeromicrobiota de ambiente fechado climatizado artificialmente por

meio do ar condicionado.

Especificamente em relação as publicações sobre ar condicionado

observou-se dentre outras finalidades: avaliar a eficiência e eficácia do sistema de

ventilação e do filtro de ar, apontar focos de contaminação, relacionar resultados

de amostras do ar com outras de ambientes não climatizados (Babb et al., 1995;

Uduman et al., 2002; Dahran & Pittet, 2002; dentre outras).

Outras publicações estruturadas metodologicamente em técnicas

microbiológicas específicas apontaram elevada contaminação biológica do ar

durante procedimentos de construção ou reformas internas ou externas. E daí

recomendam cuidados especiais (limpeza ambiental rigorosa, medidas de controle

da dispersão de partículas por meio da manutenção do ambiente fechado e em

unidade críticas fazer uso de sistema de climatização com filtro HEPA (Cornet et

al., 1999; Srinivasan et al., 2002).

Mediante a monitorização microbiológica do ar é possível apontar com

segurança o relacionamento do ar com a infecção, bem como, detectar se há

falhas no procedimento de manutenção dos filtros e de limpeza dos ductos.

Por outro lado a monitorização da qualidade do ar de ambiente climatizado

artificialmente esbarra na dificuldade de aquisição de recursos confiáveis e

específicos para tal finalidade.

Dahran & Pittet (2002) alertam sobre a necessidade de implementar um

consenso sobre o método de avaliação da qualidade do ar e diferenciar o

desenvolvimento tecnológico de limpeza da sala para indústria com os de uso em

hospitais.

Outro tema de investigação freqüente neste levantamento bibliográfico 28

(13,7) se refere a prevalência, incidência, ocorrências de surtos, epidemias, e

endemias associadas a patógenos veiculados pelo ar. Cabe destacar que a

literatura é vasta em dados que apontam o envolvimento do ar em diversos

processos infecciosos. Dentre as publicações mencionadas foi freqüente aquelas

54

relacionadas a surtos por Legionella, Acinetobacter, Aspergillus, dentre outros

microrganismos.

De acordo com Jones et al. (2003) afirmação a disseminação aérea pode

ser um importante fator em expansão de espécies epidêmicas de P. aeruginosa

em casos recentes de surto de infecção cruzada paciente / paciente em unidades

de internação para adultos.

No computo geral a meta das publicações analisadas é traçar e

implementar medidas eficazes de prevenção e controle dos agravos a saúde

relacionados a contaminação biológica do ar com ênfase na climatização artificial.

A tabela 7 que se segue permite a visualização da distribuição da produção

nacional e internacional investigadas nos bancos de dados MEDLINE e LILACS

quanto a natureza do estudo ou design.

Tabela 7- Distribuição numérica da produção nacional e internacional encontradas

nos bancos de dados MEDLINE e LILACS quanto a natureza de estudo.

Medline Lilacs Total Natureza do estudo N° % N° % N° % Experimento/Laboratorial 92 56,7 17 40,4 109 53,4

Epidemiológico: investigações de surtos, incidência e prevalência (retrospectivo, prospectivo)

38 23,4 15 35,7 53 25,9

Descritivo: survey, correlacionais, etc 18 11,1 6 14,2 24 11,7

Quase-experimental 5 3,0 1 2,3 6 2,9

Experimental (Manipulação, Randomização e grupo controle)

2 1,2 0 0,0 2 0,9

Outros (estudo de caso, relato de experiência, etc) 7 4,3 3 7,1 10 4,9

Total 162 100 42 100 204 100

55

Conforme dados relacionados na tabela 7, 109 (53,4%) publicações estão

estruturadas metodologicamente em experimentos laboratoriais em ambos os

bancos de dados.

Outra categoria que merece destaque corresponde a investigação de

surtos, incidências, prevalências, fatores de risco, temas estes considerados de

natureza epidemiológica.

É válida a premissa de que a escolha da natureza do estudo vem atrelada

com a formulação da pergunta que o pesquisador almeja responder. Neste

sentido, há coerência nas freqüências dos diferentes designs verificados nos

artigos analisados, especialmente, quando se depara com o reduzido índice de

pesquisas ditas “ experimentais”.

Considerações adicionais sobre o método experimental é oportuno,

principalmente, lembrando as restrições do ensaio clínico randomizado que,

apesar de prover informações precisas sobre o tema estudado envolve

dificuldades práticas e éticas que fazem com que seja relativamente pouco usado.

A Tabela 8 que se segue demonstra os tipos e a freqüência dos

microrganismos investigados nas publicações analisadas.

56

Tabela 8- Distribuição dos microrganismos relatados nas publicações relacionadas

a aeromicrobiota do ambiente hospitalar nos bancos de dados

MEDLINE e LILACS

Microorganismos Medline Lilacs Total Bactérias Gram (+) 58 15 73 Staphylococcus 25 7 32 Staphylococcus coagulase negativo 10 3 13 Staphylococcus aureus 8 4 12 Staphylococcus resistente a meticilina 7 0 7 Micrococcus 1 0 1 Streptococcus 3 0 3 Bacillus, Clostridium, Corynebacterium, Nocardia 4 1 5

Bactérias Gram (-) 44 10 54 Pseudomonas 15 3 18 Legionella 7 0 7 Acinetobacter 7 1 8 Klebsiella 5 3 8 Escherichia 3 1 4 Serratia 2 0 2 Flavobacterium, Enterobacter, Neisseria, Salmonella, Bordetella 5 2 7

Bactéria sem Gram 11 1 12 Mycobacterium 11 1 12 Fungos 53 10 63 Aspergillus 41 6 43 Cândida 5 0 5 Fusarium 3 2 4 Penicillium 1 2 3 Rhyzomucor 1 0 Zygomicetes 1 0 Phycomycetes 1 0 Vírus 13 2 15 Varicella-zoster 5 0 5 Influenza, Adenovirus, Poliovirus 2 0 2 Hepatite B 6 2 8

O total de publicações não é equivalente a soma das freqüências dos microrganismos considerando que os mesmos ocorrem em mais de uma publicação.

57

58

44

11

54

13

15

10

1

10

2

Bactérias Gram (+)

Bactérias Gram (-)

Mycobacterium

Fungos

Vírus

Lilacs

Medline

Figura 5- Representação gráfica dos dados da Tabela 8.

A Tabela 8 demonstra uma distribuição diversificada dos tipos de

microrganismos relatados nas publicações relativas a microbiota do ar em termos

de gêneros e espécies. E, o grupo mais encontrado foi bactérias Gram (+)

especificamente o gênero Staphylococcus.

Dentre os microrganismos de maior importância nas infecções hospitalares

encontra-se o gênero Staphylococcus, sendo observadas 64 publicações

conforme levantamento bibliográfico (Tabela 8). Neste sentido, o Staphylococcus

representa o patógeno mais freqüente, remetendo-nos a tecer oportunas

considerações.

São encontrados amplamente na natureza e fazem parte da microbiota

normal da pele e mucosas do homem. Atualmente, o gênero compreende 27

espécies, sendo que algumas são freqüentemente associadas a uma ampla

variedade de infecções de caráter oportunistas nos seres humanos. As espécies

que mais se destacam são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermitidis,

Staphylococcus saprophyticus e Staphylococcus haemolyticus.

58

A divisão em termos Gram (+) e (-) é baseada na capacidade de coagular o

plasma característica considerada como importante marcador de patogenicidade

dos estafilococos.

O S.aureus coagulase negativa estão presentes na maioria das infecções

humanas tanto hospitalar quanto comunitária, entretanto, o Staphylococcus aureus

coagulase-negativa, é um importante agente causal de infecções nosocomiais,

principalmente, em pacientes imunodeprimidos ou portadores de dispositivos,

como próteses, enxertos sintéticos e cateteres (Trabulsi, 2002).

Sabe-se que S.epidermitidis habita normalmente a pele e mucosas, tendo

grande prevalência na pele humana, sendo encontrado entre 104 e 106 bactérias

por cm2. O gênero Staphylococcus está, normalmente, associado à maioria das

infecções de sítio cirúrgico (ISC) estando, também, a espécie S.aureus presente

em 70% da cavidade nasal dos profissionais da saúde (Bauer et al., 1990; Bitkover

et al., 2000 e outros).

No geral o estafilococos é suscetível à ação de várias drogas ativas contra

bactérias Gram-positivas, embora seja, conhecido pela sua elevada capacidade

de desenvolver resistência as drogas o que exige a realização de antibiograma

para o emprego correto e adequado dos antimicrobianos. O S.aureus pode ser

encontrado no ar do ambiente cirúrgico, sendo 0,03 unidades formadoras de

colônias (ufc) por m3 (Babb et al., 1995; Dahran & Pittet, 2002).

Em consonância com os dados do levantamento bibliográfico, outro

microrganismo freqüente nas publicações analisadas refere-se a Pseudomonas,

importante cepa no cenário da infecção hospitalar, são bacilos Gram-negativos

(Tabela 8) e o gênero apresenta grande número de espécie. Estes

microrganismos são tipicamente oportunistas e contaminam até os desinfetantes,

água, alimentos e respiradores, apresentando importância microbiológica devido a

resistência intrínseca a vários antibióticos .

A Pseudomonas aeruginosa é a espécie de maior freqüência,

representando 70% dos casos de infecção por este microrganismo, é encontrada

na natureza, bem como, na pele, nas fezes e na garganta de até 5% de indivíduos

saudáveis. Em pacientes hospitalizados, a taxa de portadores pode ser elevada

59

podendo ser responsável por 15% dos casos de bacteriemia causada por Gram-

negativos, com mortalidade de 50% (Trabulsi, 2002).

As infecções localizadas ocasionadas por P. aeruginosa, após processos

cirúrgicos ou queimaduras podem resultar em bacteriemias severas. Infecções

urinárias, associadas ao uso de cateteres e portadores de fibrose cística podem

apresentar bacteriemias. Pneumonias graves podem ocorrer devido a

contaminação de respiradores. Estes microrganismos apresentam resistências a

vários antibióticos e anti-sépticos, recomenda-se a realização de antibiogramas

para um tratamento adequado.

Alguns estudos relatam a transmissão de Pseudomonas aeruginosa por

meio do ar ambiental em consonância com Wenzel (1976) que relatou um surto de

Pseudomonas stuartii ocorrido em unidade de queimados.

Acredita-se que a biologia molecular poderá auxiliar no processo de

elucidação da complexa cadeia de infecção, bem como, os mecanismos de

transmissão de microrganismos.

Quanto à importância que o ambiente hospitalar exerce sobre as infecções

nosocomiais, os fungos, também, têm papel de destaque conforme pode ser

evidenciado nas publicações analisadas, especificamente, Aspergillus (Tabela 8).

O ar é o principal vinculador dos conídios aspergilares que podem se depositar

sobre a pele, ferimentos ou materiais para curativos. Depositados na pele, podem

ser introduzidos nos tecidos por ato cirúrgico, contaminando curativos, podem,

também, invadir tecidos, como pulmões e ocasionar pneumonias e nos seios da

face levando a sinusite dentre outras afecções.

O estudo de Mahieu et al., (2000) permitiu a avaliação da relação entre

contaminação do ar por fungos, especialmente, Aspergillus spp na unidade de

cuidados intensivo neonatal com áreas que fazem uso de filtros HEPA e

concluíram que o uso de HEPA ocasionou uma redução significativamente de

Aspergillus spp. Os esporos de Aspergillus podem sobreviver por longo período no

ar, sendo que a aspergilose dificilmente ocorre como doença primária em

indivíduos sadios. Este fungo coloniza o trato respiratório trazendo riscos de

infecção a pacientes imunocomprometidos, debilitados, transplantados, e em uso

60

de drogas imunossupressoras. Os fatores ambientais como ventilação e reformas

hospitalares tem sido fatores de importância epidemiológica para a aspergilose

invasiva.

Nos ambientes fechados sem filtração de ar ou com sistema de filtração

inadequado ficou caracterizado o risco de veiculação expressiva de esporos

fúngicos.

O custo com a aquisição do HEPA justifica-se plenamente pela segurança

que a filtração oferece e de grande significado para a coletividade envolvida

(pacientes e equipe de saúde).

As infecções oportunistas geralmente são causadas por Blastomycetes,

Candida spp, Hyphomycetes e especialmente por Aspergillus spp, bem como,

Aspergillus niger, Aspergillus flavus, Aspergillus fumigatus são espécies

comumente encontrada nos hospitais (Panagopoulou et al., 2002).

Cabe destacar que estes microrganismos têm predileção por locais úmidos.

No ambiente hospitalar proliferam em equipamentos respiratórios, soluções de

limpeza, ductos e bandejas de condensado do ar condicionado, pias, pano de

chão, etc.

A Tabela 9 apresenta a distribuição das publicações relacionadas ao

controle microbiológico do ar no âmbito hospitalar por área ou especialidade

médica.

61

Tabela 9- Distribuição das publicações nacionais e internacionais (Medline e

Lilacs) relacionadas ao risco biológico do ar segundo a área ou

especialidade médica.

Medline Lilacs Total Banco de dados Especialidade médica N° % N° % N° %

Centro Cirúrgico/Sala Cirúrgica 39 24,7 6 14.2 45 22.0

Hospital (sem especificação do local) 19 16,2 15 35,7 34 16,6

Unidade de Hematologia 19 16,2 0 0 19 9,3

Unidade Terapia Intensiva/UTI 15 12,8 2 4,7 17 8,3

Unidade de Nefrologia (Hemodiálise, Diálise, Transplante Renal)

14 8,6 0 0 14 6,8

Unidade de Isolamento de Moléstias Infecto-Contagiosa

13 8,0 0 0 13 6,3

Unidade de Pediatria/Neonatologia 11 6,8 2 4,7 13 6,3

Unidade de Queimados 11 6,8 0 0 11 5,3

Unidade Odontológica 11 6,8 3 7,1 14 6,8

Outras áreas (Cardiologia, Radiologia, Laboratório, Unidade móvel)

10 6,1 14 33,3 24 11,7

Total 162 100 42 100 204 100

Numa primeira análise da tabela 9, observa-se que a preocupação com a

qualidade do ar nas diferentes especialidades médicas é mais expressiva com a

área cirúrgica que corresponde a 45 (22,0%) publicações.

Realmente, o centro cirúrgico é um local que merece um rígido controle da

contaminação ambiental sendo considerado como uma área crítica apresentando

alta concentração de procedimentos invasivos, bem como, podendo ter pacientes

graves. Devido à complexidade do local, há constantes preocupações com o

controle de infecções neste ambiente e desde o século XVIII, Pasteur

fundamentava práticas que subseqüentemente nortearia o controle de infecções

nas salas cirúrgicas (Ayliffe, 1991).

62

O setor, portanto, engloba a vigilância de vários procedimentos para o

controle das infecções, tais como: a limpeza da sala e dos equipamentos, piso,

mobiliários, paredes e portas, o controle do trânsito e número de pessoas, a

abertura das portas, o sistema de ventilação e refrigeração, a paramentação da

equipe cirúrgica, dentre outros (Nobre et al., 2001).

A Figura 6 que se segue permite visualizar a participação de diferentes

microrganismos na disseminação de infecção em sala cirúrgica.

Endógenos Exógenos (infecção própria) (infecção cruzada)

Fonte Paciente equipe cirúrgica e staff equipamentos da sala de cirurgia materiais

ambiente

pele gastrointestinal pele

Local da fonte nariz nariz

Patógenos mais S.aureus Enterobactérias S.aureus Klebsiella

freqüentes S.epidermitidis Bacteroides sp S.epidermitidis Pseudomonas sp Clostridium sp S.aureus S.faecalis Enterobactérias Aspergillus sp Formas de contato de locais Ar (escamas da pele) Ar ambiental Disseminação colonizados ou infectados Contato

Contaminação do ar do Centro Cirúrgico Figura 6 - Modelo de disseminação de infecção em sala cirúrgica (Ayliffe, 1991)

63

4.2 Avaliação microbiológica de amostras do ar de salas cirúrgicas

Considerando o propósito de avaliar a carga microbiana do ar das 3 salas

cirúrgicas destinadas a especialidade de ortopedia foram obtidas 64 amostras,

assim, totalizamos na entrada do ar 33 placas e na saída 31 (Tabela 10).

Tabela 10 - Distribuição de 64 amostras, 33 obtidas na entrada e 31 na saída, nas

três salas cirúrgicas e em três ocasiões. Local sala

1ª coleta 2ª Coleta 3ª Coleta Total de Amostras

Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída

1 4 2 4 3 5 4 13 9

2 3 4 3 3 4 5 10 12

14 2 2 4 4 4 4 10 10

Total 9 8 11 10 13 13 33 31

Tabela 11- Distribuição da freqüência e porcentagem de cultura positiva, na

entrada e saída, em três salas cirúrgicas nas três ocasiões.

Local Sala Entrada Saída Total

Total coleta Positiva Nº (%) Total coleta Positiva

Nº (%) Total coleta Positiva Nº (%)

1 13 0 (0,0) 9 5 (55,5) 22 5 (22,7)

2 10 4 (40,0) 12 10 (83,3) 22 14 (63,6)

14 10 2 (20,0) 10 6 (60,0) 20 8 (40,0)

Total 33 6 (18,2) 31 21 (67,7) 64 27 (42,2)

64

Observando a Tabela 11, nota-se que das 64 amostras coletadas 27

(42,2%) estavam contaminadas, sendo a sala 2 a mais poluída/contaminada com

63,6%, seguida de número 14 com 40,0%. Acresce-se a estes resultados que as

coletas de amostras do ar na entrada, em relação às três salas, apresentam

menor índice de positividade das placas na entrada que na saída: sala 1, 0,0% na

entrada e 55,6% na saída; sala 2 , 40 e 83,3% e na 14 de 20,0 e 60,0%,

respectivamente.

No que diz respeito ao método da coleta das amostras com o emprego de

Placas Petrifilm está baseado no impacto do ar propelido pelo ducto contra a

superfície da placa numa área restrita de 20,0 cm2 tanto na entrada quanto na

saída e não simplesmente o efeito da decantação. Desse modo, se o bocal da

entrada for de 300cm2 o número total de microrganismos lançados nas três salas

seria de 92,9 ufc em 15 minutos.

Tabela 12- Número médio de unidades formadoras de colônias (ufc) de

microrganismos aeróbios obtidos pelo método Petrifilm TM AC.

Local Entrada Saída Total

Sala Total Positivo

Nº médio ufc

Total Positivo

Nº médio ufc

Total Positivo

Nº médio ufc

1 0 0 5 1,0 5 1,0

2 4 1,3 10 14,4 14 10,6

14 2 1,0 6 1,8 8 1,6

Total 6 1,2 21 7,6 27 6,2

Quanto a carga microbiana aeróbia em termos de ufc obtida pelo método

Petrifilm TM AC, a sala 2 apresentou a maior contagem com número médio de

10,6% ufc. Ainda nesta sala era insuflado o ar mais contaminado.

No tocante a fluxo de ar da saída era a maior com número médio de 7,6%

decorrente da elevada contaminação do ar da sala 2.

Quanto a espécie de microrganismo encontrado a maioria era do gênero

Bacillus sp, bacilo gram-positivo aeróbio esporulado, seguida do gênero

65

Micrococcus sp cocos gram-positivo. Em uma das amostras da sala número 2, na

saída, foram isolados os gêneros Actinomyces sp, Bacillus e Micrococcus.

Os três gêneros de bactérias isoladas são microrganismos aeróbios e

facultativos componentes da microbiota do ambiente, da natureza, mas que

podem agir como patogênicos em indivíduos debilitados.

Frente ao exposto questiona-se: de onde veio o Actinomyces?

Actinomyces é um bacilo gram-positivo comumente encontrado no solo,

portanto em ambiente e em todos os seres. Vale explicar que os homens

funcionam como fonte de infecção e não como reservatório.

Como já referido estes microrganismos foram isolados do ar da saída

coletada após o início da cirurgia em diferentes tempos. Um fato importante que

merece ser destacado é que na amostra de ar coletada, na saída, no fim da

cirurgia foi isolada Actinomyces, Bacillus e Micrococcus em um total de 113 ufc.

Enquanto que, na amostra obtida mais ou menos no meio da cirurgia foi isolada

Actinomyces e Bacillus, apenas 15 ufc.

Essa contaminação aérea pode ser oriunda de fômites, paciente e

profissionais da saúde. Além disso, com o passar do tempo ocorreu o aumento do

nível de contaminação de 15 para 113 ufc. A contaminação do zero (entrada) para

15 e até 113 deve ser em decorrência da movimentação dos seres presentes na

sala e/ou do paciente submetido ao processo cirúrgico, incluindo aparelhos,

instrumentos giratórios/rotatórios, formadores de aerossóis, ou seja, de

aeromicrobiota.

De acordo com o resumo da revisão da literatura realizada neste estudo

especificamente em relação à freqüência dos microrganismos (Tabela 8), o

Actinomyces não foi citado, no entanto, a Nocardia que é um bacilo gram-positivo

aeróbio muito semelhante tanto microscópica quanto fisiologicamente foi

mencionada.

Acresce-se aos resultados supracitados que não foi detectado a presença

de fungos em nenhuma das amostras do ar tanto na entrada quanto na saída.

Com base nos dados obtidos neste estudo é possível considerar que o ar

das salas investigadas é limpo, especialmente, considerando que na entrada do ar

66

nas respectivas salas não houve crescimento microbiano. Na saída do ar

considerando todos os aspectos que envolvem um ato cirúrgico (número de

pessoas em sala, movimentação da equipe, arsenal cirúrgico, tempo e tipo de

cirurgia, condições clínicas do paciente, manutenção do sistema de climatização,

dentre outros) é obvio que haja crescimento microbiano.

Isso nos remete a uma lacuna do conhecimento ou uma inquietação

extrema importância que merece ser elucidada: qual é a carga microbiana

tolerável (ufc), ou seja, que não ocasione agravos à saúde dos ocupantes de

ambiente cirúrgico climatizado artificialmente considerando as diferentes

especialidades médicas?

67

5 Conclusão

Este estudo teve como finalidade investigar a temática aeromicrobiota do

ambiente hospitalar com vistas a enfocar contaminação biológica por

conseqüência da climatização artificial. Na trajetória metodológica utilizou-se o

levantamento bibliográfico e técnicas microbiológicas específicas o que

possibilitou elaborarmos as conclusões em duas etapas.

Avaliação da produção científica nacional e internacional relacionada a

aeromicrobiota do ambiente hospitalar

♦ O universo total foi de 204 publicações sendo que 162 no banco de dados

Medline e 42 no Lilacs.

♦ Desse total 105 (51,5%) publicações avaliaram a microbiota do ar com vistas a

monitorar a aerocontaminação biológica. É oportuno considerar que 45 (22%)

estão relacionadas ao ar condicionado.

♦ No computo geral, as 109 (53,4) publicações estão estruturadas

metodologicamente em experimentos microbiológicos/laboratoriais.

♦ Com relação aos microrganismos mais freqüentes nas publicações observou-se

uma distribuição diversificada. No entanto, os mais freqüentes foram:

Staphylococcus sp, Acinetobacter sp, Pseudomonas sp, Mycobacterium sp,

Legionella sp.

.

♦ Observa-se que a preocupação com a qualidade do ar nas diferentes

especialidades médicas é mais expressiva com a área cirúrgica que correspondeu

45 (22,0%) ♦analisadas.

♦ Foi possível identificar na literatura analisada que há indícios de que diversas

doenças aero-transmissíveis possam estar correlacionadas com os índices de

68

infecção hospitalar, ou seja, a correlação entre a redução da contaminação do ar e

índices de infecção hospitalar ainda está sendo estudada.

Com relação a avaliação microbiológica de amostras ar de salas cirúrgicas

evidenciou-se que:

♦ No que diz respeito ao método da coleta das amostras com o emprego de

Placas Petrifilm está baseado no impacto do ar propelido pelo ducto contra a

superfície da placa numa área restrita de 20,0 cm2 tanto na entrada quanto na

saída e não simplesmente o efeito da decantação. Desse modo, se o bocal da

entrada for de 300cm2 o número total de microrganismos lançados nas três salas

seria de 92,9 ufc em 15 minutos.

♦ Das 64 amostras coletadas 27 (42,2%) estavam contaminadas, sendo a sala 2 a

mais poluída/contaminada com 63,3%, seguida de número 14 com 40,0%. As

coletas de amostras do ar na entrada, em relação às três salas, apresentam todas

as amostras positivas foram menores na entrada que na saída: sala1, 0,0% na

entrada e 55,6% na saída; sala 2 , 40 e 83,3% e na 14 de 20,0 e 60,0%,

respectivamente.

♦ Em uma das amostras da sala número 2, na saída, foram isolados os gêneros

Actinomyces sp, Bacillus e Micrococcus.

♦ Além disso, com o passar do tempo ocorreu o aumento do nível de

contaminação de 15 para 113 ufc. A contaminação do zero para 15 e até 113 deve

ser em decorrência da movimentação dos seres presentes na sala e/ou do

paciente submetido ao processo cirúrgico, incluindo aparelhos, instrumentos

giratórios/rotatórios, formadores de aerossóis, ou seja, de aeromicrobiota.

♦ É possível considerar que o ar das salas investigadas é limpo uma vez que na

entrada do ar das salas avaliadas não houve crescimento microbiano, e, na saída

69

do ar como era esperado, houve crescimento microbiano. Esse crescimento

microbiano na saída do ar da sala cirúrgica é explicado em função de todas ações

que envolve o ato cirúrgico. Entretanto, vale ressaltar que, ainda não se tem

estabelecido o nível de carga microbiana tolerável, ou que não representa .risco a

saúde de seus ocupantes.

Isso nos remete a um questionamento ainda sem resposta: qual é a carga

microbiana tolerável (ufc) que não ocasione agravos a saúde dos ocupantes de

ambiente cirúrgico climatizado artificialmente considerando as diferentes

especialidades cirúrgicas?

♦Como recomendações gerais:

Um ambiente climatizado artificialmente por meio do sistema de ar

condicionado sem as devidas condições de otimização do funcionamento e

monitorização microbiológica pode ser considerado uma fonte importante de

distribuição de microrganismos no ar ambiente.

A contaminação desses ambientes pode estar relacionada a vários

aspectos, dentre eles: falta de provisão de filtros, dos ductos de saída de ar.

Especialmente, nas salas de cirurgia, sempre que existir o ar condicionado

central, deverá ser adotado a filtragem absoluta com filtros HEPA, instalados junto

a grelha de insuflamento. No caso do uso de aparelhos de janela, fazer a

higienização dos filtros e bandejas de condensados diariamente ou após cirurgia

contaminada.

Nos sistemas centralizados, dedicar atenção especial as áreas úmidas das

casas de máquinas, para evitar a formação de biofilme nas bandejas e cuidar da

qualidade da água nas torres de resfriamento. Não armazenar produtos químicos

ou de limpeza nas casas de máquinas e verificar a localização das tomadas de ar

externo para evitar contaminação do sistema, também é muito importante.

A própria necessidade de se fazer a desinfecção de ductos é bastante

discutível, por outro lado, mantê-los limpos (remoção de sujidade) é fundamental

para evitar efeitos nocivos, como reações alérgicas e, possivelmente, a

disseminação de doenças ou síndromes, incluindo as infecciosas, entre pacientes

70

e funcionários. Além da limpeza dos ductos, que geralmente é um procedimento

bastante dificultado pelas próprias condições da instalação, que não provêem

acesso ao seu interior, é importante que se previna a entrada de contaminantes,

poeiras e até mesmo insetos no interior das instalações, com o uso de filtragem

adequada na captação de ar externo e no ar de retorno (recirculante) o que evita a

necessidade de constantes e dispendiosas limpezas no ducto de insuflamento.

A portaria do Ministério da Saúde exige a elaboração do Plano de

Manutenção, Operação e Controle (PMOC), e a indicação de um responsável

técnico pela sua implantação. A fiscalização do cumprimento da portaria se dará

através das vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, mas no estado de São

Paulo essa fiscalização ainda enfrenta dificuldades operacionais e não ocorre

extensivamente, embora os estabelecimentos hospitalares sejam prioritários.

Todavia, a monitorização microbiológica da qualidade do ar de ambiente

climatizado artificialmente esbarra na dificuldade de aquisição de recursos

confiáveis e específicos para tal finalidade. Frente ao exposto é notório a relevância do processo de limpeza e

monitorização dos filtros como procedimentos de manutenção preventiva na

remoção de sujidades e microrganismos nos componentes do sistema de

climatização, para evitar a dispersão no ambiente interno.

Todas as conclusões emanadas, a nosso ver, ressaltam o importante papel

desempenhado pelas pesquisas científicas, no sentido de desenvolverem nos

profissionais uma consciência crítica em relação a aplicação dessas evidências.

Entendemos que outras pesquisas multidisciplinares acerca da

aeromicrobiota de ambiente cirúrgico climatizado artificialmente são necessárias

no sentido de elucidar alguns questionamentos ainda sem respostas, auxiliar a

tomada de decisões frente as controvérsias, apoiar a implementação de

tecnologias e a produção do conhecimento numa relação custo e benefício. Assim,

possibilitarão esses estudos o estabelecimento de limites de exposição para os

usuários e o desenvolvimento de novos métodos de medida desses

contaminantes e poluentes, bem como a incorporação do monitoramento

adequado do ambiente de interior.

71

De todo modo, seja qual for a perspectiva da qual se examine o problema,

as definições sempre voltam aquelas já mencionadas: os saberes e as práticas, ou

melhor, a forma de aquisição do saber e a forma de aquisição das práticas.

Vale complementar que parece permanecer um hiato entre o conhecimento

e a prática, que se estendem desde as deficiências na formação profissional, na

adoção de medidas a nível institucional incluindo aquelas pessoais relacionadas a

própria conduta.

Portanto, um outro questionamento nos parece oportuno: Você profissional

e/ou usuário de ambiente fechado o que sabe sobre o funcionamento ideal desse

sistema e seus agravos à saúde?

72

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87

7 Apêndice

Apêndice A: Formulário para coleta de dados bibliográficos

Formulário para coleta de dados bibliográficos

1. Dados referentes a publicação:. 1.1. Autores: 1.1.1. Título do trabalho: 1.1.2. Periódico:

Ano: Vol. Nº pág. Inicial: pág. Final:

2. Index / Veículo de divulgação ( ) Medline ( ) Lilacs

3. Localização do estudo: ( ) Biblioteca da USP ( ) Acervos particulares ( )COMUT ( ) Internet

4. Finalidade:

5. Identificação da população / amostra:

6. Tipo de estudo / metodologia Não experimental: ( ) descritivo ( )survey (levantamento) ( )inquérito ( ) retrospectivo ( )Prospectivo Quase experimental ( ) Experimental ( ) Laboratorial ( ) Trabalhos teóricos ( ) relato de experiência ( ) revisão bibliográfica ( ) difusão de inovação tecnológica ( ) guia / protocolo ( ) outros _______________________

7. Material e técnica utilizada:

8. Principais resultados / conclusões / limitações:

88

Apêndice B: Planilha para documentação dos resultados obtidos na coleta do ar do ambiente das salas cirúrgicas da especialidade ortopedia.

Placa Numero Data

coleta Entrada do

ar Saída do

ar Sala

número Tipo de cirurgia

Número pessoas em sala

Observações

89

Apêndice C: Apresentação das publicações indexadas no banco de dados Medline # AUTORES TÍTULO REVISTA

1 Gerner-Smidt P. Endemic occurrence of Acinetobacter

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Efficacy of prevention by high-efficiency particulate air filtration or laminar airflow against Aspergillus airborne contamination during hospital renovation.

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8 Anexos

Anexo A: Mapa do centro cirúrgico.

109

Anexo B: Planta do sistema de climatização de uma sala cirúrgica (insuflamento).

110

Anexo C: Planta do sistema de climatização de uma sala cirúrgica (retorno).

111

Anexo D: Ofício do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos.

112

SUMÁRIO

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Lista de Quadros

Resumo

Abstract

Resumen

1 Introdução....................................................................................................... 1

1.1 Ambiente cirúrgico e o risco biológico: o que nos preocupa nos dias atuais? ................................................................................................................ 9

1.2 Climatização artificial das salas cirúrgicas: princípios, peculiaridades e controle biológico............................................................... 14

1.2.1 Quais são as considerações do controle biológico do ar nas salas

cirúrgicas ortopédicas? .................................................................................. 29

1.3 Justificativa e relevância do estudo.................................................... 32

2 Objetivos....................................................................................................... 35

3 Material e método......................................................................................... 36

3.1 Avaliação da produção científica nacional e internacional relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar ................................. 36

3.1.1 Coleta de dados referente ao levantamento bibliográfico ................ 36

3.1.2 Procedimento de análise bibliográfica ............................................. 37

3.1.3 Formulário de coleta dos dados bibliográficos................................. 40

3.2 Avaliação microbiológica do ar de ambiente cirúrgico ..................... 40

3.2.1 Local de estudo................................................................................ 41

3.2.2 Atividades preliminares.................................................................... 45

3.2.3 Procedimentos éticos em pesquisa ................................................. 46

3.2.4 Material utilizado para a colheita dos espécimes............................. 46

3.2.5 Preparação das placas Petrifilm ...................................................... 47

113

3.2.6 Colheita das amostras ..................................................................... 48

3.2.7 Isolamento e identificação ............................................................... 49

4 Resultados e discussão .............................................................................. 51

4.1 Avaliação da produção científica nacional e internacional relacionada a aeromicrobiota do ambiente hospitalar ................................. 51

4.2 Avaliação microbiológica de amostras do ar de salas cirúrgicas.... 63

5 Conclusão..................................................................................................... 67

6 Referências Bibliográficas ......................................................................... 72

7 Apêndice ....................................................................................................... 87

Apêndice A: Formulário para coleta de dados bibliográficos ..................... 87

Apêndice B: Planilha para documentação dos resultados obtidos na coleta do ar do ambiente das salas cirúrgicas da especialidade ortopedia. ......... 88

Apêndice C: Apresentação das publicações indexadas no banco de dados Medline ............................................................................................................. 89

Apêndice D: Apresentação das publicações indexadas no banco de dados Lilacs .............................................................................................................. 103

8 Anexos ........................................................................................................ 108

Anexo A: Mapa do centro cirúrgico. ............................................................ 108

Anexo B: Planta do sistema de climatização de uma sala cirúrgica (insuflamento). ............................................................................................... 109

Anexo C: Planta do sistema de climatização de uma sala cirúrgica (retorno).......................................................................................................... 110

Anexo D: Ofício do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos......................................................................................................... 111

114

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Possíveis fontes de poluentes biológicos no sistema de climatização

artificial e principais medidas de intervenções correlatas. ................... 18

Tabela 2 - Classificação dos tipos de filtros e sua eficiência de filtração. ............. 19

Tabela 3 - Sumário das diferentes áreas hospitalares com ventilação especial e

respectivas exigências para manutenção da qualidade do ar, segundo

Streifel (1996). ..................................................................................... 24

Tabela 4 - Distribuição das cirurgias realizadas no HCFMRP-USP (Campus) no

período de junho de 2002 a junho de 2003 (Ribeirão Preto, 2003). .... 42

Tabela 5 - Distribuição das diferentes cirurgias ortopédicas realizadas no

HCFMRP-USP (Campus) no período de junho de 2002 a junho de

2003. .................................................................................................... 43

Tabela 6 - Produção científica nos bancos de dados MEDLINE e LILACS

relacionada a aeromicrobiota hospitalar segundo o objetivo das

investigações. ...................................................................................... 52

Tabela 7- Distribuição numérica da produção nacional e internacional encontradas

nos bancos de dados MEDLINE e LILACS quanto a natureza de

estudo. ................................................................................................. 54

Tabela 8- Distribuição dos microrganismos relatados nas publicações relacionadas

a aeromicrobiota do ambiente hospitalar nos bancos de dados

MEDLINE e LILACS............................................................................. 56

Tabela 9- Distribuição das publicações nacionais e internacionais (Medline e

Lilacs) relacionadas ao risco biológico do ar segundo a área ou

especialidade médica........................................................................... 61

Tabela 10 - Distribuição de 64 amostras, 33 obtidas na entrada e 31 na saída, nas

três salas cirúrgicas e em três ocasiões. ............................................. 63

Tabela 11- Distribuição da freqüência e porcentagem de cultura positiva, na

entrada e saída, em três salas cirúrgicas nas três ocasiões................ 63

Tabela 12- Número médio de unidades formadoras de colônias (ufc) de

microrganismos aeróbios obtidos pelo método Petrifilm TM AC............ 64

115

LISTA DE FIGURAS Figura 1- Esboço do sistema de climatização artificial de uma sala cirúrgica. ...... 44

Figura 2 – Diagrama do sistema de climatização artificial de uma sala cirúrgica.. 45

Figura 3- Vista panorâmica da Placa Petrifilm....................................................... 47

Figura 4 – Vista Panorâmica da técnica de semeadura, do método Petrifilm, de

acordo com o fabricante (3M, St Paul, MN, USA). ................................ 48

Figura 5- Representação gráfica dos dados da Tabela 8...................................... 57

Figura 6 - Modelo de disseminação de infecção em sala cirúrgica (Ayliffe, 1991) 62

116

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Demonstração das principais doenças relacionadas a edificações e os

principais microrganismos envolvidos................................................15