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EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NEOPROTEROZÓICA NA REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS GERAIS Hugo José de Oliveira Polo DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ

Dissertacao Minas

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EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NEOPROTEROZÓICA NA

REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS GERAIS

Hugo José de Oliveira Polo

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UFRJ

EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NA REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS

GERAIS

HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO PROGRAMA DE PÓS

GRADUÇÃO EM GEOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.

AREA DE CONCENTRAÇÃO: SETOR I

ORIENTADOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

APROVADO POR:

__________________________________________ Prof. Dr. Rudolph A. J. Trouw – IGEO-UFRJ

__________________________________________

Prof. Dr. André Ribeiro – IGEO-UFRJ

__________________________________________

Dr. Rodrigo Peternel Machado Nunes – DRM-RJ

__________________________________________

Prof. Dr. José Carlos Sicoli Seoane – IGEO-UFRJ

Rio de Janeiro

Maio de 2009

POLO, Hugo José de Oliveira Polo Evolução Geotectônica Neoproterozóica na Região de Heliodora Sul de Minas Gerais xviii, 130p. 29,7cm Instituto de Geociências – UFRJ. M. Sc., Programa de Pós Graduação em Geologia (2009) Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Realizada no Instituto de Geociências.

1. Zona de interferência 2. Megassequência Andrelândia tectono-metamórfica 3. Nappe Socorro-Guaxupé

I- IGEO/UFRJ II- Titulo (série)

iii

SUMÁRIO

Índice de figuras vi

Índice de fotografias e fotomicrografias x

Índice de tabelas xiv

Dedicatória xv

Agradecimentos xvi

Resumo xvii

Abstract xviii

1 Introdução 1

1.1 Objetivos 1

1.2 Metodologia 2

1.3 Localização e acessos 4

2 Síntese sobre o contexto da interferência entre a s faixas móveis Brasília e Ribeira

6

Faixa Brasília 8

Faixa Ribeira 10

2.1 Embasamento 11

2.2 Rochas supracrustais 12

2.2.1 Megassequência Andrelândia 12

Seqüência Carrancas 14

Sequência Serra do Turvo. 15

2.3 Nappe Socorro Guaxupé (NSG) 16

2.4 Magmatismo Neoproterózoico 17

2.4.1 Magmatismo relacionado a Faixa Brasília 17

Suíte mangerítica-granítica São José do Rio Pardo 17

Granitóides porfiríticos cálcio-alcalinos 18

Plútons Sieníticos 18

Granitos tardi-orogênicos 19

2.4.2 Magmatismo relacionado a Faixa Ribeira 19

iv

Estágio Sin-colisional (595-565 Ma) 19

Estágio Tardi-colisional (565 – 540 Ma) 20

Estágio Pós-colisional (540-520 Ma) 20

2.5 Metamorfismo 21

2.6 Geologia Estrutural 23

3 Unidades de mapeamento 25

3.1 Embasamento 26

3.1.1 Ortognaisse Heliodora 26

3.1.2 Corpo Metaultramáfico do Fundão 32

3.2 Megassequência Andrelândia 35

3.2.1 Unidade São Vicente – Biotita Gnaisse bandado 35

3.2.2 Unidade Arantina - Granada Biotita Muscovita xisto 40

3.2.3 Unidade Santo Antônio – Granada Biotita xisto 42

3.3 Nappe Socorro-Guaxupé 44

3.3.1 Unidade Piranguinhos 44

3.4 Intrusivas sin- a tardi- tectônicas 52

3.4.1 Granito / Granito Gnaisse 52

4 Unidades tectônicas 56

5 Geologia estrutural 59

5.1 Fase deformacional D1 59

5.2 Fase deformacional D2 60

5.3 Fase deformacional D3 64

5.3 Fase deformacional D4 68

6 Metamorfismo 72

6.1 Evento metamórfico M1 72

6.2 Evento metamórfico M2 80

6.3 Retrometamorfismo 80

7 Litogeoquímica 82

7.1 Metodologia 82

v

7.2 Embasamento 90

7.2.1 Ortognaisse Heliodora – Norte 90

7.2.2 Ortognaisse Heliodora – Sul da área 97

7.2.3 Corpo Ultramáfico do Fundão 102

7.3 Rochas supracrustais 104

7.3.1 Rochas máficas – anfibolitos 104

7.3.2 Unidade Piranguinhos 107

7.4 Discussões e resultados dos dados geoquímicos 112

8 Conclusões 114

8.1 Evolução Geotectônica 117

Referências Bibliográficas 121

ANEXOS

ANEXO I – Mapa geológico da folha Heliodora 1:50.000

ANEXO II – Mapa de pontos da folha Heliodora 1:50.000

ANEXO III – Mapa de contornos estruturais da folha Heliodora 1:50.000

ANEXO IV – Tabela de dados de campo da folha Heliodora

vi

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1.1 : Localização no estado de Minas Gerais e articulação da folha Heliodora (em negrito) nas folhas topográficas do IBGE escala 1:50.000, 1975.

4

Figura 1.2 : Mapa de localização da área mapeada (em verde) com rodovias principais e toponímia, no estado de Minas Gerais.

5

Figura 2.1: Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; modificado de Trouw et al (2000) e Heilbron et al. (2004) .Cidades: TP - Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va - Varginha; TC - Três Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti - Tiradentes;Ba - Barbacena; And - Andrelândia; GB - Grupo Bambuí (Neoproterozóico) MSA - Megassequência Andrelândia (Neoproterozóico - autóctone) STL - Sequências Tiradentes e Lenheiro (Mesoproterozóico); SgM - Supergrupo Minas

7

Figura 2.2: Coluna estratigráfica da Megassequência Andrelândia. Extraído de Paciullo (1997)

13

Figura 2.3 : Mapa geológico da zona de interferência entre as faixas móveis Brasília e Ribeira, no sul de Minas Gerais. Unidades do embasamento: I) Greenstone Belts, II) Complexo Mantiqueira, MS) Supergrupo Minas; Intrusões Paleoproterozóicas: GR) granitóides, MG) gabróicas. Sequências Deposicionais Proterozóicas: SDT) Tiradentes, SDL) Lenheiro, SDC) Carandaí, SDA) Andrelândia, Unidades da SDA: A1 e A2)biotita gnaisses bandados, com intercalações de quartzitos, anfibolitos e xistos máficos/ultramáficos, A3) quartzitos com intercalações de muscovita-xistos, A4)filitos/xistos cinzentos com intercalações subordinadas quartzíticas, A5) biotita-xistos, A6) biotita-xistos / gnaisses grossos, com intercalações de anfibolitos, quartzitos, metacherts e rochas calcissilicáticas. Áreas pretas) principais corpos ultramáficos; GA) granitos anatéticos, NG) Nappe de Guaxupé, JTFS) Sistema de empurrões de Juiz de Fora. Cidades: SJR- São João Del Rei, Ti- Tiradentes, Ba- Barbacena, Lv- Lavras, Car- Carrancas, Lu- Luminárias, CC-Carmo da Cachoeira, TC- três Corações, C- Caxambu, AND- Andrelândia, BJM- Bom Jardim de Minas. Extraído de Trouw et al. (2000). Área de estudo marcada pelo polígono vermelho imediatamente a oeste do mapa.

14

Figura 2.4: Mapa Geológico da Nappe Socorro-Guaxupé e do Domínio São Roque (extraído de Heilbron et al, 2004, oriundo de Campos Neto & Caby 2000). 1 – bacias tardi-orogênicas; 2 – bacias pull appart; 3 – suítes charnockíticas e granitóides cálcio-alcalinos; 4 – plútons sieníticos; 5 – intrusões sin-colisionais; 6 – Unidade Migmatítica Superior; 7 – Unidade Diatexítica Intermediária; 8 – Unidade Granulítica Inferior; 9 – Megasseqüência Andrelândia; 10 – megasseqüências São João Del Rei e Carandaí; 11, 12, 13 – embasamento arqueano / paleoproterozóico; 14 a 22 – Domínio São Roque; o retângulo azul mostra a localização da área de mapeamento.

21

Figura 2.5: Mapa metamórfico simplificado da zona de interferência entre as faixas Brasília e Ribeira modificado de Trouw et al, 2000. Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

22

Figura 2.6: Mapa tectônico da região sul de Minas Gerais, modificado de (Trouw et al., 2000). No quadro menor acima separação dos domínios tectônicos, I – autóctone; II e III – alóctone, (extraído de Ribeiro et al., 1990). Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

24

Figura 3.1: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade APPγogh, variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em

27

vii

composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

Figura 3.2: Diagrama de classificação de rochas ultramáficas, mostrando composição Olivina Websterito das rochas metaultramáficas do Fundão a partir de contagem modal em lâmina petrográfica

33

Figura 3.3: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP2γvgp, variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

46

Figura 3.4: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP3γ3gg, com composição monzogranítica. Plotada com base em composição CIPW da amostra analisada quimicamente.

53

Figura 4.1: Mapa tectônico da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, as lineações e as zonas de cisalhamento referentes aos transportes tectônicos relacionados as orogêneses Brasília (L2) e Ribeira (L3/L4). ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras, ZCSR – Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí.

57

Figura 4.2: Seção tectônica AB da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, e as zonas de cisalhamento. ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras. Acima a relação das lineações (estereogramas) e indicadores cinemáticos mostrando respectivamente a direção e o sentido de transporte tectônico das nappes e Zonas de Cisalhamento, da esquerda para a direita: Nappe Guaxupé, ZC Conceição das Pedras, Nappe Lambari, ZC Jesuânia.

58

Figura 5.1 : Estereograma das linhas de maior caimento dos planos S2 na área de estudo. As medidas constituem uma guirlanda devido ao redobramento da fase posterior, D3, com eixo ENE-WSW e plano axial íngreme. N=283

61

Figura 5.2: Estereograma das lineações L2, com maior concentração das medidas em duas modas a SW e NE com máximas de atitudes de 237/02 e 58/03. A lineação L2 é interpretada como indicativo da direção do transporte tectônico das nappes no sentido NE-SW. N=52

62

Figura 5.3: Estereograma das lineações minerais e de estiramento relacionadas a terceira fase de deformação; essas lineações são em sua maioria relacionadas a ZCCP, e representam a movimentação up dip e/ou oblíqua desta zona de cisalhamento. N= 7

66

Figura 5.4: Recorte do extremo nordeste da área mapeada, a esquerda folha Heliodora, a direta folha Cristina (Trouw et al, 2006). A linha mais espessa no centro da figura representa a Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ). A camada de quartzito que ocorre a sul da ZC na folha Heliodora, ocorre a norte da ZC na folha Cristina, mostrando um deslocamento horizontal aparente de cerca de 10-12 km. Legenda das unidades idêntica a do mapa geológico (Anexo 1).

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Figura 5.5 Estereograma das linhas de maior caimento das foliações associadas a ZCJ (subvertical com ora para NNW ora para SSE). N=15 A direita estereograma das lineações na região da ZCJ, mostrando direção de movimento ENE-WSW. N=5

70

Figura 6.1: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações metamórficas registradas em rochas metassedimentares da Megassequência Andrelândia. Em vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados durante M1, e em amarelo o campo de estabilidade durante M2. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito, An -

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viii

anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994)

Figura 6.2: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações metamórficas registradas em rochas metassedimentares da Nappe Guaxupé. Em vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados durante o evento metamórfico M1. Em amarelo o campo de estabilização final em M2 da maioria das rochas na Nappe salvo alguns afloramentos que apresentam relictos de M1. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito, An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994).

79

Figura 6.3: Mapa metamórfico da área de Heliodora 81

Figura 7.1: Mapa geológico da região de Heliodora com a localização das amostras analisadas geoquimicamente. Legenda do mapa geológico idêntico ao apresentado no anexo I.

85

Figura 7.2: Diagrama QAP de Streckeisen (1974), as amostras plotam nos campos de monzogranitos e granodioritos.

92

Figura 7.3: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série cálcio alcalina. Legenda circulo cheio para amostras da área de estudo, circulo vazado para amostras da área de Itajubá (Trouw et al, 2006), adjacente a leste e cruz para área de Varginha adjacente a NE.

92

Figura 7.4: A direita, diagrama A/CNKxA/NK de Shand (1943), as amostras plotam nos campos das metaluminosa e peraluminosa, porem em maior parte no campo das rochas peraluminosas. A esquerda, diagrama TAS de Cox et al. (1979), amostras plotam no campo das rochas subalcalinas ácidas – granitos, as amostras das áreas adjacentes plotam também no campo dos granodioritos e dioritos.

93

Figura 7.5: Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965). Amostras da área plotam no campo dos granitos e trondhjemitos, enquanto as demais também plotam em granodioritos e quartzo monzonitos.

93

Figura 7.6: Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos de elementos menores e elementos traços, mostrando alguma dispersão dos dados, os dados da área mapeada em conjunto com os das áreas adjacentes indicam cristalização fracionada como processo magmático principal.

95

Figura 7.7: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

96

Figura 7.8: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG) granitos intraplaca (WPG).

96

Figura 7.9: A esquerda diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de monzogranitos. A direita, Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965) as amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos.

98

Figura 7.10: A esquerda, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras analisas plotam no campo das rochas graníticas, Subalcalinas da série Toleítica. A direita, diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série Toleítica.

98

Figura 7.11 Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter metaluminoso das amostras analisadas.

99

ix

Figura 7.12: Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos e elementos menores e traços, mostrando uma dispersão dos dados, as correlações negativas para MgO e CaO e K2O sugerem que ocorreu contaminação ou mistura de magmas.

100

Figura 7.13: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

101

Figura 7.14: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG). A amostra da área adjacente plota no campo dos granitos intraplaca.

101

Figura 7.15: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de quartzo gabros ou quartzo dioritos.

102

Figura 7.16: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de quartzo gabros ou quartzo dioritos

103

Figura 7.17: A esquerda, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas de Pearce et al (1977). Indica que a amostra representa uma rocha de dorsal oceânica ou fundo oceânico. A direita diagrama de ambiência tectônica de rochas máficas e ultramáficas de Meschede (1986). Indicando que a amostra pertence ao grupo B – rochas de fundo oceânico com proveniência de pluma mantélica.

103

Figura 7.18: Diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais 1982. O campo Ti/V=100 indica rochas máfias e ultramáficas de ilha oceânica

104

Figura 7.19: Gráficos de classificação TAS (Cox et al, 1979) e AFM (Irvine & Baragar, 1971). As amostras plotam nos campos de basaltos toleíticos, uma delas apresenta baixíssimo teor de álcalis. Nas áreas adjacentes as amostras são basaltos da série toleítica a exceção de uma que plota no campo de basaltos alcalinos.

105

Figura 7.20: Gráfico de classificação de rochas basálticas de IUGS 1973, derivado do tetraedro de rocha basálticas (Yoder & Tilley, 1962). Das amostras na área, uma plota no campo dos toleitos e outra na campo dos olivina toleitos. Os dados das áreas adjacentes indicam em sua maioria toleitos.

106

Figura 7.21: A esquerda, diagrama de ambiência geotectônica para rochas máficas de Pearce et al (1984), as amostras analisadas indicam: A- basaltos de arco de ilha, B- basaltos tipo MORB ou cálcio alcalinos ou de arcos insulares, C- basaltos cálcio alcalinos, D- basaltos de fundo oceânico. A direita, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais 1982. O campo Ti/V=50-100 indica basaltos de ilha oceânica e o campo Ti/V=20-50 indica basaltos de fundo oceânico, das amostras das áreas adjacentes as de cor vermelha estão intercaladas nos metassedimentos da Megassequência Andrelândia e os de cor verde estão intercalados no embasamento.

106

Figura 7.22: A esquerda, diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de monzogranitos e granodiorito. A direita, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras analisas plotam no campo das rochas graníticas, sieníticas e granodioríticas.

108

Figura 7.23: A esquerda diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), rochas plotam no campo da série Cálcio-alcalinas.a direita triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965), Amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos, granitos e granodioritos.

109

x

Figura 7.24: Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter peraluminoso levemente metaluminoso das amostras analisadas.

109

Figura 7.25: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

110

Figura 7.26: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG).

110

Figura 7.27 : Diagramas de Harker (1909), SiO2 x Óxidos e elementos menores e traços, mostrando uma dispersão dos dados, porem algumas amostras, apresenta-se alinhadas em um trend inflexionado, indicando cristalização fracionada.

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ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS E FOTOMICROGRAFIAS

Fotografia 3.1: Seis aspectos do Ortognaisse Heliodora. a) afloramento HH-110, ortognaisse porfirítico com fenocristais de K-feldspato deformados e arredondados. b) afloramento HH-128, ortognaisse porfirítico mais deformado, fenocristais estirados e composição mais máfica. c) afloramento HH-276, ortognaisse bandado, apresenta bandas quartzo feldspáticas e bandas máficas predominantemente biotíticas. d) afloramento HH-315, detalhe do ortognaisse porfirítico, porfiroclastos feldspáticos com formatos sigmoidais assimétricos; este corte não é adequado para definir direção de movimento. e) ortognaisse bandado com raros fenocristais e cortado por pegmatitos f) ortognaisse equigranular grosso.

28

Fotografia 3.2: Afloramento HH-44, aspecto do Ortognaisse Heliodora com estrutura migmatítica estromática dobrada nas proximidades de Careaçu, NW da área.

29

Fotomicrografia 3.3: Aspectos micropetrográficos do Ortognaisse Heliodora; todas as amostras com Nicóis Cruzados e todas as amostras estão milonitizadas em maior ou menor grau. a) Ortoclásio bordejado por sericita. b) biotitas deformadas, paralelas ao plano de foliação principal, extinção ondulante. Pequeno grão isotrópico no centro é granada c) Dois aspectos texturais no ortognaisse Heliodora, acima com matriz quartzo feldspática fina, reduzida pela deformação, abaixo rocha porfirítica com porfiroclasto de K-feldspato. d) Rocha muito rica em biotita, marcando a foliação, porfiroclasto de K-feldspato, circundado pelas micas. e) Porfiroclastos arredondados de K-feldspato.

31

Fotografia 3.4: Aspecto da rocha ultramáfica alterada nas proximidades de Natércia, apresentando fraturas paralelas em duas direções preferenciais.

32

Fotomicrografia 3.5: Aspectos petrográficos do Corpo metaultramáfico do Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm. a) Nicóis cruzados e b) Nicóis paralelos: Composição da rocha ultramáfica, composta de olivina, orotpiroxênio e anfibólio. Clorita e actinolita ocorrem como minerais secundários. c) Nicóis cruzados e d) Nicóis paralelos: cristal de opx fraturado e substituído parcialmente por actinolita, no entorno ocorrem olivinas fraturadas alem de clorita e opacos como minerais secundários.

34

Fotomicrografia 3.6: aspectos petrográficos do corpo metaultramáfico do Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm, todas as fotomicrografias com Nicóis cruzados: a) ortopiroxênio circundada por clorita e borda do grão com

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xi

actinolita, alguns cristais de olivina com cor de interferência alta. b) ortopiroxênio dobrado, na centro, pequenos cristais de hiperstênio e raras olivinas na parte inferior da imagem, opacos e anfibólios como minerais secundários.

Fotografia 3.7: Veios de pegmatito de espessura centimétrica a decimétrica cortando o biotita gnaisse bandado.

37

Fotografia 3.8: Bloco de biotita gnaisse bandado dobrado. Em outro afloramento, veios de pegmatito de espessura decimétrica cortando o biotita gnaisse muito alterado.

37

Fotografia 3.9: Detalhe das camadas de quartzito, onde se observa intercalações de filmes de metapelito entre as camadas decimétricas, ocorrem ainda dobras apertadas com plano axial paralelo à foliação e dobras abertas, mais novas, com plano axial ortogonal.

38

Fotomicrografia 3.10 : Aspectos petrográficos da Unidade São Vicente. As barras em vermelho representam 500 µm, a), b) e d) com Nicóis cruzados e c) com Nicóis paralelos: a) cristal de sillimanita em xisto intercalado nos biotita gnaisses. b) biotita, plagioclásio, e quartzo como mineiras essenciais, granada e opacos ocorrem pontualmente, em biotita gnaisse. c) e d) granada, biotita, plagioclásio e quartzo em biotita granada gnaisse.

39

Fotomicrografia 3.11: Quartzito da unidade São Vicente, a foliação é marcada pelo alinhamento de minerais micaceos. Os contatos entre os grãos de quartzo são localmente poligonizados.

40

Fotomicrografia 3.12: Porfiroblasto de granada com textura poiquilitica. A foliação dada pelos mineiras micaceos esta defletida ao redor da granada. A barra em vermelho marca a escala de 500µm.

41

Fotomicrografia 3.13: Peixes de muscovita marcando uma foliação S-C em xisto milonitizado. Sentido de movimento é sinistral. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

41

Fotomicrografia 3.14: Muscovita marcando uma foliação S-C e C´ em xisto milonitizado; porfiroclastos de feldspato também estão presentes. Sentido de movimento é destral. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

42

Fotografia 3.15: Aspecto de campo do biotita xisto, mostrando os veios de quartzo elongados.

42

Fotomicrografia 3.16: Porfiroblasto de granada com inclusões de quartzo, rutilo, alanita, espinelio e opacos. As biotitas da matriz não definem claramente a foliação, embora estejam levemente defletidas em relação a granada. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

43

Fotomicrografia 3.17: Porfiroblastos de plagioclásio em matriz que inclui quartzo, feldspatos, biotita, rutilo, alanita e opacos. As biotitas não apresentam direção preferencial de crescimento.

44

Fotografia 3.18: Aspectos dos afloramentos da Unidade Piranguinhos: a) rocha ortoderivada dobrada com matriz fina e feldspatos milimetricos. b) rocha ortoderivada muito rica em K-feldspatos, alguns elongados, nas proximidades da zona de cisalhamento. c) intercalação da unidade porfiritica com lentes de anfibolito e rocha ultramáfica todos intensamente deformados na região da zona de cisalhamento. d) rocha pouco afetada pela zona de cisalhamento, apresenta fenocristais de K-feldspato com tamanhos variados em matriz fina; na parte superior ocorre um megacristal e/ou porfiroclasto de K-feldspato de tamanho centimétrico. e) Afloramento da unidade paraderidada intercalada nos ortognaisses, gnaisse muito rico em granada pontualmente, ocorrem leitos com 80% de granada. f) gnaisse paraderivado quartzo feldspático na região da zona

47

xii

de cisalhamento, com textura filonítica.

Fotomicrografia 3.19 Aspectos petrográficos do ortognaisses da Unidade Piranguinhos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicóis paralelos, a esquerda Nicóis cruzados: a) e b) Fenocristal/porfiroclasto de K-feldspato deformado, bordejado por muscovita, em matriz fina recristalizada, lamina orientada mostrando movimento destral, fitas de feldspatos estirados. c) e d) foliação bem marcada pelo alinhamento de cristais micaceos, biotita parcialmente substituída por muscovita. e) e f) porfiroclasto de K-feldspato deformado, mostrando movimento destral, relacionado à zona de cisalhamento, a foliação esta bem marcada por laminas de biotita/muscovita e cristais de quartzo e feldspato estirados na matriz, muito deformada.

50

Fotomicrografia 3.20 : Aspectos petrográficos das rochas paraderivadas intercalada na Unidade Piranquinhos. a) e b) Nicóis paralelos e cruzados respectivamente. Porfiroblasto de feldspato em matriz quartzo feldspática; foliação levemente defletida ao redor do porfiroclasto em quartzito feldspático. c) microporfiroclasto de feldspato em matriz quartzo feldspática. d) granadito, rocha com cerca de 80% de granada e biotitas, opacos e quartzo nos interstícios. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

51

Fotomicrografia 3.21: Aspectos petrográficos das rochas metassedimentares intercalados na Unidade Piranguihos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicóis paralelos, a esquerda Nicóis cruzados: a) e b) matriz quartzo feldspática com biotita, porfiroblastos de granada e ortopiroxênio. c) e d) pórfiroblasto de granada com as bordas substituidas por sericita/muscovita e pórfiroclasto de feldspato com núcleo preservado e manto deformado e recristalizado. Matriz muito fina rica em minerais micaceos.

52

Fotografia 3.22: Aspecto do granito leucocrático pouco deformado intrudido em ortognaisses do embasamento a deformação é heterogenea: por vezes apresenta feldspatos estirados ou textura equigranular.

54

Fotomicrografia 3.23 Aspectos petrográficos do granito Santa Rita do Sapucaí; barra em vermelho indica a escala, 500 µm. Ambas com Nicóis cruzados: a) matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de K-feldspato com geminação em cunha. b) matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de plagioclásio, biotitas e muscovitas alinhadas formado uma foliação mal desenvolvida.

55

Fotomicrografia 5.1: Imagem da esquerda com Nicóis cruzados, imagem da direita com Nicóis paralelos. Barra em vermelho com 500 µm. Foliação S1 (subhorizontal) crenulada por S2 (subvertical) em ortognaisse do embasamento.

60

Fotografia 5.2: Afloramento de quartzito da Unidade São Vicente (ponto HH-30), mostrando estruturas das fases D2 e D3. Em vermelho plano axial de dobra D2, paralelo a foliação principal S2: 165/30, em azul plano axial de dobra D3 redobrando a anterior com atitude 030/75

62

Fotografia 5.3: Dobras fechadas D2 com vergência para NE em ortognaisse da Unidade Piranguinhos, (ponto HH- 471).

63

Fotomicrografia 5.4: Indicadores cinemáticos do tipo mica fish indicando o sentido da movimentação tectônica das nappes, topo para ENE. Barra em vermelho indica a escala 500µm, Nicóis cruzados. a) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari); b) muscovita, granada silimanita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto HH- 428 (Nappe Carmo da Cachoeira); c) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari).

63

Fotografia 5.5 Dobras isoclinais D2 redobradas por dobras muito suaves D3 em quartzitos da Unidade São Vicente (ponto HH-31)

65

xiii

Fotomicrografia 5.6: Muscovitas sin D2 dobradas pela fase D3, em xisto da Unidade Santo Antônio (traço do plano axial D3 em amarelo)

65

Fotomicrografia 5.7: Estruturas microtectônicas de caráter rúptil, em milonitos de protólito ígneo associados a ZCCP. a) cristal de hornblenda fragmentado em estrutura do tipo bookshelf; b) e c) cristais de quartzo e feldspato estirados, praticamente sem recristalização. Essas estruturas também indicam temperatura baixa a media para a formação do milonito.

66

Fotomicrografia 5.8: Estruturas microtectônicas em ultramilonitos de protólito metassedimentar associados a ZCCP, ponto HH-420. a) e b) indicadores cinemáticos do tipo muscovita fish indicando movimentação com topo para E. Os cristais de quartzo apresentam recristalização pelo mecanismo de bulging, o que indica temperatura relativamente baixa; c) indicadores cinemáticos do tipo planos C-C’ indicando movimentação com topo para ENE.

67

Fotografia 5.9: Zona de cisalhamento sinistral, em escala de afloramento no sul da área mapeada, relacionada a terceira fase de deformação, D3. (ponto HH-213)

67

Fotomicrografia 5.10 : quartzito da unidade São Vicente próximo a ZCJ, ponto HH-27. Grãos de quartzo com contatos poligonizados, formados por recristalização dinâmica, indicando temperatura de formação média a alta para milonitos relacionados a ZCJ.

69

Fotomicrografia 5.11: Microestruturas relacionadas a deformação D4. Indicadores cinemáticos destrais, a) e b) Porfiroclastos feldspaticos deformados e apresentando stair stepping. Ortognaisse da Unidade Heliodora, ponto HH-67. barra em vermelho indica escala 500µm.

70

Fotomicrografia 5.12 : Porfiroblasto/clasto de feldspato em quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mineral apresenta sombras de pressão que indicam movimentação destral, relacionada a ZCSR.

71

Fotomicrografia 5.13: Quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mecanismo de recristalização do quartzo por rotação de subgrão e por migração de fronteiras de grãos indica temperaturas medias para a formação destes milonitos.

71

Fotomicrografia 6.1: Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da Megassequência Andrelândia, a esquerda Nicóis cruzados, a direita Nicóis paralelos, a barra em vermelho possui 500 µm. a) e b) biotita granada xisto da Unidade Santo Antônio: granada com inclusões de rutilo e feldspato, bordejada por biotita parcialmente substituída por muscovita, no entorno desta, porfiroblastos de K-fedspato em matriz muito fina quartzo feldspática. c) e d) biotita, muscovita granada feldspato xisto da Unidade Santo Antônio: muscovitas substituindo biotitas pretéritas em matriz muito fina quartzo feldspática, acima porfiroblasto de plagioclásio e abaixo feldspato. e) e f) sillimanita fibrosa em xisto da Unidade Arantina. As granadas com rutilo e muscovita com feldspato indicam condições metamórficas de fácies anfibolito alto em M1 e silimanitas foram formadas em M2, indicando fácies anfibolito médio.

74

Fotografia 6.2: a) Injeções pegmatíticas em biotita gnaisse da Unidade São Vicente; b) injeções pegmatíticas em ortognaisse da Unidade Heliodora. Indicando fusão parcial destas rochas, ocorrida em M1. c) migmatitos em ortognaisses da Unidade Heliodora possivelmente relacionados a processos metamórficos anteriores ao Neoproterozóico.

75

Fotomicrografia 6.3: Porfiroblasto de granada cedo sin-D2, a foliação dada pelas biotitas é levemente defletida no cristal de granada que sofre pequena rotação (ta certo isso?). Biotita granada muscovita xisto da Unidade Arantina. Barra em vermelho possui 500 µm.

75

xiv

Fotomicrografia 6.4: Assembléia metamórfica relacionadas a M1 das rochas ortoderivadas do embasamento, a esquerda Nicóis cruzados, a direita Nicóis paralelos, a barra em vermelho possui 500 µm. a) e b) Plagioclásios, hornblenda e biotita c) e d) Hornblenda, biotita, granada e plagioclásio.

76

Fotomicrografia 6.5 : Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé. a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de granada, ortopiroxênio e biotita indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

78

Fotomicrografia 6.6: Assembléia metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé. a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de granada, ortopiroxênio e biotita indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

78

Fotomicrografia 6.7: Cristal de clinopiroxênio, parcialmente substituído hornblenda e actnolita. Rocha granulítica da Unidade Piranguinhos (ponto HH-104). Barra em vermelho possui 500 µm.

79

Fotomicrografia 6.8: Sillimanita fibrosa em granada muscovita xisto da unidade Santo Antonio (ponto HH-434). Barra em vermelho possui 500 µm.

80

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 7.1: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas. 86

Tabela 7.2: Norma CIPW para as amostras analisadas quimicamente. 87

Tabela 7.3: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006). Continua na próxima página.

88

Tabela 7.3: Continuação: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006).

89

Tabela 7.4: Norma CIPW para as amostras das áreas de Itajubá e Varginha analisadas quimicamente por Trouw et al. (2006).

89

xv

Dedico este trabalho a todos os verdadeiros amigos que fiz ao

longo desta minha breve vida.

xvi

Agradecimentos Agradeço a todos aqueles que me auxiliaram e contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho e foram muitos, não vou citar nomes para não cometer injustiças. Muito obrigado a todos.

xvii

RESUMO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APRESENTADA AO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO

EVOLUÇÃO GEOTECTÔNICA NEOPROTEROZÓICA NA REGIÃO DE HELIODORA SUL DE MINAS GERAIS

HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2009

ORIENTADOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

Na área de Heliodora (700km²), no sul de Minas Gerais afloram rochas que

apresentam registro de quatro fases de deformação neoproterózoica, referente a estruturação das Faixas Móveis Brasília e Ribeira. Nesta área o embasamento, de idade Arqueano–Paleoproterozóico, é constituído de ortognaisses com composição variando de monzogranito a granodiorito, com assinatura geoquímica de arco magmático, e subordinadamente de rochas máficas e ultramáficas. As rochas supracrustais, de idade neoproterozóica, compreendem metassedimentos da Megassequência Andrelândia, granitóides do tipo S e ortognaisses de composição granítica a granodiorítica.

As duas primeiras fases deformacionais foram correlacionas com a estruturação da faixa Brasília. A fase de deformação D1 é observada em escala microscopica e se apresenta como uma clivagem ardosiana crenulada pela fase de deformação posterior. A fase D2 gerou um sistema de nappes com transporte tectônico com topo para ENE e a foliação principal que possui mergulhos suaves a íngremes ora para SE ora para NW. Também gerou dobras fechadas com plano axial paralelo à foliação. As fases posteriores são correlacionadas a faixa Ribeira. A fase D3 é responsável por dobras abertas, com plano axial íngreme mergulhando para SE, e a verticalização dos mergulhos da foliação principal. Também são observadas zonas de cisalhamento: Conceição das Pedras, de caráter transpressivo, apresentando forte componente compressional, com mergulho íngreme para SE e movimentação com topo para NW, alem de pequenas zonas de cisalhamento verticais transcorrentes sinistrais com orientação N-S. A fase D4 gerou duas zonas de cisalhamento, Jesuânia e Santa Rita do Sapucaí, ambas transcorrentes destrais com movimentação no sentido ENE e NE respectivamente. Na primeira foi estimada um deslocamento horizontal da ordem de 10km.

Na área ocorrem três nappes sobrepostas: Carmo da Cachoeira, Lambari e Socorro. Foram identificas associações de minerais metamórficos correlacionados as duas orogenias supracitadas. Relacionada à faixa Brasília, foi identificado nas rochas das nappes Lambari e Carmo da Cachoeira, compostas de rochas do embasamento e da Megassequência Andrelândia, um metamorfismo que atingiu fácies anfibolito alto (granada com inclusões de rutilo, biotita, muscovita e quartzo e anatexia associada); e na Nappe Socorro, composta de ortognaisses, metassedimentos e granulitos, relacionados a um arco magmático (Socorro-Guaxupé) atingiu fácies granulito de pressão intermediaria (plagioclásio, K-feldspato, granada, hornblenda e ortopiroxênio) a alta (clinopiroxênio, granada, plagioclásio e hornblenda). O contato basal da Nappe Socorro marca uma transição brusca entre rochas da fácies granulito sobrepostas a rochas da fácies anfibolito, indicando que a colocação na nappe foi posterior ao evento metamórfico principal. Sobreposto a esse metamorfismo foi identificado nas rochas da Megassequência Andrelândia um metamorfismo na fácies anfibolito médio (sillimanita fibrosa em equilíbrio com muscovita e quartzo) relacionado a orogenia Ribeira. Nos granitóides do tipo S foram observados apenas indícios de um retrometamorfismo na fácies xisto verde que deixou vestigios em todas as unidades, indicando que sua intrusão é posterior ao segundo evento metamórfico.

xviii

ABSTRACT

NEOPROTEROZOIC GEOTECTONIC EVOLUTION OF THE HELIODORA AREA, SOUTHERN MINAS GERAIS STATE

HUGO JOSÉ DE OLIVEIRA POLO

RIO DE JANEIRO, MAY 2009

SUPERVISOR: PROF. DR. RUDOLPH ALLARD JOHANNES TROUW

The rocks that crop out in the Heliodora area (700km²), southern Minas Gerais

State, show the imprint of four Neoproterozoic deformation phases, related to the Brasília and Ribeira mobile or fold belts. In this area, the Archean Paloproterozoic basement is composed of ortogneisses with monzogranitic to granodioritic composition, and geochemical signature of a magmatic arc. Mafic and ultramafic rocks are also present.

Supracrustal rocks, of neoproterozoic age, include metasediments of the Andrelândia Megasequence, S-type granitoids and the Piranguinhos Unit formed by ortogneisses varying composition from granite to granodiorite and metasediments.

The two first deformational phases were correlated with the formation of the Brasilia Belt. The D1 deformation phase is recognized at microscopical scale as a slaty clivage, crenulated by D2. The D2 phase generated a system of nappes with tectonic transport with top to ENE and the main foliation, S2, which shows weak to steep dips to SE or to NW. It also generated tight folds with axial plane parallel to the foliation. The posterior phases are correlated the Ribeira belt.

The D3 phase generated open folds, with axial plane steeply dipping to SE, and the upright position of the main foliation. Two types of shear zones were generated during this phase: the Conceição das Pedras Shear Zone, with transpressive character, presenting a strong compressional component, steeply dipping SE and movement with top to NW, and small vertical transcurrent sinistral shear zones with N-S orientation. The D4 phase generated two transcurrent shear zones, Jesuânia and Santa Rita do Sapucaí, both with dextral movement and a top to ENE and NE component respectively. In the first one, an horizontal displacement of about 10km was inferred.

Three superposed nappes are present in the area: from bottom to top the Carmo da Cachoeira, Lambari and Socorro nappes. Metamorphic mineral associations identified in the rocks of the Lambari and Carmo da Cachoeira nappes, composed of basement and metasediments of the Andrelandia Megasequence, indicate metamorphism that reached high amphibolite facies (garnet with inclusions of rutile, biotite, muscovite and quartz and associated anatexis); and the Socorro Nappe, composed of ortogneisses, metasediments and granulites, related to a magmatic arc (Socorro-Guaxupé), reached granulite facies of medium pressure (plagioclase, K-feldspar, garnet, hornblende, clinopyroxene and orthopyroxene) to relatively high pressure (clinopyroxene, garnet, plagioclase and hornblende). The basal contact of the Socorro Nappe coincides with a sharp metamorphic break, indicating that the emplacement of the nappe was subsequent to peak metamorphic conditions. Superposed on this metamorphism is a middle amphibolite facies one (fibrolitic sillimanite in equilibrium with muscovite and quartz) related to the Ribeira Orogen and identified in the rocks of the Andrelândia Megasequence. In S-type granitoids only indications of a retrometamorphism in greenschist facies were detected, that also left traces in all other units, indicating that the intrusion of these granitoids postdates the peak of the main metamorphic events.

1

1. Introdução

O presente trabalho apresenta um estudo geológico de uma região

localizada no sul do estado de Minas Gerais entre as cidades de Heliodora e

Santa Rita do Sapucaí. Nessa região afloram rochas que apresentam registro

de pelo menos duas fases de deformação neoproterózoica, referente a

estruturação das Faixas Móveis Brasília e Ribeira. A zona de interferência entre

essas duas faixas moveis já vem sendo estudada a décadas por pesquisadores

de universidades no Rio de Janeiro e São Paulo. Este trabalho apresenta

dados geológicos, estruturais e geoquímicos de forma a contribuir para a

construção de um modelo de evolução geotectônica regional no contexto da

zona de interferência entre estas faixas móveis. Na região estudada o

embasamento é constituído de ortognaisses com composição variando de

monzogranito a granodiorito e subordinariamente rochas ultramáficas, estas,

predominantemente talco xisto e peridotitos (olivina websterito), ambos de

idade Arqueano–Paleoproterozóica. As rochas supracrustais, de idade

neoproterozóica, compreendem metassedimentos da Megassequência

Andrelândia e granitóides provenientes de fusão parcial de metassedimentos,

também ocorrem ortognaisses da Nappe Socorro, rochas que compõem a

infraestrutura do arco magmático, desenvolvido no paleocontinente

Paranapanema.

1.1 Objetivos

O objetivo do trabalho é a caracterização da geologia da área e sua

correlação com o contexto geológico regional das faixas móveis

Neoproterozóicas Brasília e Ribeira, e seu embasamento Arqueano

Paleoproterozóico. Para isso foram realizadas as seguintes atividades:

1. Caracterização das unidades de mapeamento e geologia

estrutural da área compreendida pela folha topografia Heliodora

1:50.000 (IBGE)

2. Descrições petrográficas das rochas mapeadas

3. Análises químicas de elementos maiores e traços de amostras

das unidades ortoderivadas, que incluem ortognaisses e rocha

ultramáfica do embasamento, anfibolitos intrudidos no

2

embasamento e na Megassequência Andrelândia, e uma unidade

orotoderivada da Nappe Socorro. Organização e comparação dos

dados geoquímicos levantados com dados obtidos em regiões

adjacentes a área de estudo.

4. Construção de um modelo de evolução geotectônica para a área

em questão, com base nos dados de campo e dados

geoquímicos.

1.2 Metodologia

O trabalho foi realizado em três etapas que foram intercaladas ao longo

da produção da dissertação.

Trabalhos de gabinete: consistiu em análise bibliográfica,

compreendendo o estudo de diversos artigos, teses, dissertações e mapas de

áreas adjacentes ou em escala regional. Destes artigos foram selecionadas

algumas análises químicas representativas das unidades que ocorrem na área

mapeada, para correlação com os dados obtidos neste trabalho.

Trabalhos de campo: incluiu mapeamento geológico na escala de semi-

detalhe (1:50.000), com levantamento de dados estruturais e coleta de

amostras de rocha orientadas ou não para confecção de laminas petrográficas

e análises químicas.

Nos trabalhos de campo foram utilizados os seguintes equipamentos:

• Aparelho de GPS (Global Position System) a marca Garmin modelo

eTrex com datum Córrego Alegre fuso UTM 23S;

• Martelo geológico Eastwing cabo longo e marreta de 4kg e talhadeira;

• Bússola geológica Brunton modelo 5008, os dados estruturais foram

obtidos pela forma dip (direção azimutal)/dip (inclinação);

• Caderneta de campo;

• Mapas topográficos do IBGE na escala 1:50.000 (Folhas Heliodora,

Pouso Alegre, São Gonçalo do Sapucaí, Santa Rita do Sapucaí e

3

Cristina), sendo o trabalho concentrado na área coberta pela folha

Heliodora (1:50.000)

Trabalhos pós campo

As atividades de laboratório incluíram descrições petrográficas e

microestrutural de lâminas delgadas de rocha (foram confeccionadas e

descritas 52 lâminas); análises geoquímicas de rocha total analisando

elementos maiores e menores, realizada nos laboratórios do departamento de

geologia da UFRJ, totalizando 16 amostras analisadas.

A etapa final consistiu no tratamento dos dados, realizado em diferentes

plataformas: o mapa geológico foi vetorizado no programa ArcGIS 9.1, perfis e

seções geológicas, e outras figuras foram produzidas no software CorelDRAW

Versão 14, estereogramas foram produzidos no programa StereoNet 3.01 e

para os gráficos geoquímicos foi utilizando o software GCDkit: Geochemical

Data Toolkit in R, version 2.2 for Windows

Cabe aqui incluir uma proposta metodológica de preparação do mapa

geológico utilizando a ferramenta de geoprocessamento ArcGIS.

Primeiramente foram realizados todos os trabalhos de campo

necessários e o mapa geológico de campo foi produzido de forma tradicional.

Em seguida todos os dados estruturais levantados foram tabelados

utilizando o software Microsoft Excel 2003, (os dados foram organizados com a

configuração da tabela apresentada no ANEXO IV). Os dados estruturais foram

plotados em um mapa topográfico na escala 1:50.000, vetorizado, obtido do

sitio de internet do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Esse

mapa foi então impresso na escala de trabalho (1:50.000), contendo apenas as

informações topográficas e as medidas de estruturas tomadas no campo.

Baseado nas medidas estruturais obtidas no campo e no mapa

geológico de campo produzido, foram redesenhados no mapa impresso os

contatos geológicos, as estruturas planeares mapeáveis (falhas, zonas de

cisalhamento e diques pouco espessos) e as linhas de contorno estruturais. O

mapa redesenhado foi então escaneado.

4

No software ArcMap 9.1, o mapa escaneado foi georreferenciado com

um erro quadrático médio (RMS) inferior a 7m. Todos seus elementos foram

vetorizados tendo como resultado um mapa geológico final com contornos mais

suavizados e precisos e apresentando tanto as informações de campo como

interpretativas.

1.3 Localização e acesso

A área de trabalho compreende a folha topográfica Heliodora 1:50.000

(IBGE) com aproximadamente 700 km². A região de Heliodora esta localizada

no sul do estado de Minas Gerais e abrange os limites territoriais de outros

quatro municípios mineiros, Santa Rita do Sapucaí, Careaçu, Pedralva e

Silvianópolis.

Localizada entre os meridianos 45º15’00” e 45º30’00” oeste e entre os

paralelos 22º00’00” e 22º15’00” sul (Fig. 4.1), possui feições topográfica que

incluem as serras das Águas, de Santa Rita, da Manuela e do Balaio. O que

proporciona uma boa quantidade de bons afloramentos rochosos em

praticamente toda a área.

Figura 1.1 : Localização da área no estado de Minas Gerais e articulação da folha Heliodora (em negrito) nas folhas topográficas do IBGE escala 1:50.000, 1975.

O principal acesso a área é a rodovia BR 381 – Rodovia Fernão Dias, que

corta parte da área diagonalmente de sudoeste para nordeste. Outra opção é a

rodovia BR-267 ate Lambari, e dali para Heliodora, ou ainda a rodovia BR-459

passando por Itajubá e dali para Santa Rita do Sapucaí (Fig. 1.2). A área

possui ainda uma malha rodoviária não pavimentada, interligando todas as

localidades, alem de estradas vicinais não pavimentadas de trafego esporádico

5

±

que apresentam dificuldades de acesso apenas nos períodos chuvosos. De

forma geral, a toda área é facilmente acessada por veiculo motor.

Figura 1.2: Mapa de localização da área mapeada (em verde) com rodovias principais e toponímia.

6

2 Síntese sobre o contexto da interferência entre a s faixas móveis Brasília

e Ribeira

A zona de superposição entre as faixas Brasília e Ribeira (Fig.2.1) (Trouw

et al, 1994) representa o extremo sul da Faixa Brasília, onde suas

características são gradualmente mascaradas pela superposição de eventos

ligados à Faixa Ribeira (Ribeiro et al, 1995; Campos Neto & Caby, 1999,

Peternel, 2005).

A evolução tectônica desta área está relacionada a duas colisões

continentais consecutivas, a primeira, entre o Paleocontinente Paranapanema

(Brito Neves et al., 1999) e a margem passiva ocidental da parte sul do

Paleocontinente São Francisco, formando a região meridional da Faixa Brasília.

A Nappe Socorro-Guaxupé representa um arco magmático instalado na

margem ativa do Paleocontinente Paranapanema (Campos Neto & Caby, 1999,

2000), cuja infra-estrutura encontra-se encoberta pela Bacia de Paraná. A

segunda colisão ocorreu entre o Arco Magmático Rio Negro e a margem

passiva do lado sudeste do Paleocontinente São Francisco, resultando na

Faixa Ribeira. Estas colisões representam parte do processo de aglutinação do

supercontinente Gondwana (Almeida et al., 2000; Trouw et al. 2000; Alkmim et

al., 2001; Heilbron et al. 2004, 2008).

7

CRÁTON DO SÃO FRANCISCO E ANTEPAÍS

FAIXA BRASÍLIA - EXTREMO SULPROVÍNCIA TOCANTINS

FAIXA RIBEIRA - SEGMENTO CENTRALPROVÍNCIA MANTIQUEIRA

Sedimentos CenozóicoRochas Alcalinas Cretáceo/Terciário

Sedimentos Paleozóico / Mesozóico

Sistema de empurrões Juiz de Fora

Arco Magmático Rio Negro

Domínio Costeiro

Klippe Paraiba do Sul

Nappe Passos

Nappe Socorro-Guaxupé

Arco TranspressivosMagmático e Granitoides

Sistema de Luminárias e Liberdadenappes

Domínio Alóctone Externo

Klippe Carrancas

CSF(Linha pontilhada - limite do cráton)

KC

NP

460

47 W0

22 0

20 0

24 S0

44 046 048 0100 km

Rio de Janeiro

Ilha Grande

OCEÂNO ATLÂNTICO

BACIA DOPARANÁ

S ã o P a u l o

NP

GB

STL

SC

SC

MSA

MSA

SgRV

SgM

BACIA TAUBATÉ

SJ

It

Ig

LuVaTC

TPCarrancas

Minduri And

AiuCar

Cax

Ti

Rio de Janeiro

Niterói

Lv Ba

SlSl

Ij

La

Pi

Np

CSF

Terreno São Roque/Açunguí

Terrreno Embu

Área de mapeamento

KC

Figura 2.1: Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; modificado de Trouw et al (2000) e Heilbron et al. (2004). Cidades: TP - Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va - Varginha; TC - Três Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti - Tiradentes;Ba - Barbacena; And - Andrelândia; GB - Grupo Bambuí (Neoproterozóico) MSA - Megassequência Andrelândia (Neoproterozóico - autóctone) STL - Sequências Tiradentes e Lenheiro (Mesoproterozóico); SgM - Supergrupo Minas

8

Faixa Brasília

A Faixa de Dobramentos Brasília situa-se na porção oriental da

Província Tocantins e na borda oeste do Cráton do São Francisco (Almeida,

1977). Com uma extensão de aproximadamente 1.000 km na direção geral N–

S, prolonga-se desde o sul do Estado do Tocantins até a porção sudoeste de

Minas Gerais. Seu limite sul esta situado na Província Mantiqueira onde sofre

interferência da Faixa Ribeira; a oeste é recoberta pelas rochas da Bacia do

Paraná.

Litologicamente esta faixa é formada por rochas sequências de rochas

metassedimentares de margem passiva, fragmentos de ofiolitos, granulitos e

granitos colisionais do tipo S, deformadas em regime progressivo durante os

eventos orogenéticos Neoproterozóicos. Na sua porção ocidental ocorrem

rochas cálcio-alcalinas associadas a processos acrescionários de arcos

magmáticos Neoproterozóicos. (Fonseca et al., 1995, Pimentel et al., 2000,

Klein, 2008).

Esta faixa de dobramentos é dividida em dois segmentos pela mega-

inflexão dos Pirineus: a porção norte com trend NE e cinemática transpressiva

destral (Fonseca et al, 1995) e a parte Sul com trend SE com tectônica

compressiva sinistral (Valeriano et al, 2000). O segmento sul, onde esta

inserida a área de estudo, é dividida em três zonas: interna, externa e cratônica

(Marini et al., 1984; Fuck et al., 1994; Valeriano et al. 2008). Nessa região

ocorrem registros de dois eventos colisionais com idades de 794 Ma (U-Pb em

zircão; Pimentel et al, 1992) e 630-610 Ma (Dardenne, 2000).

O primeiro evento gerou granitogênese sin a tardi-tectônica enquanto o

segundo gerou empurrões para SE, granitogênese e metamorfismo que atingiu

a fácies anfibolito alto e localmente granulito e possui gradiente aumentando de

E para W (Trouw & Oliveira Castro, 1996, Ribeiro et al., 1995).

Costa e Angeiras (1971) Fuck et al. (1994) e Lacerda Filho et al. (1999)

compartimentam a Faixa Brasília em dois domínios principais com base na

intensidade dos processos deformacionais e metamórficos: a Zona Externa e a

9

Zona Interna ( e áreas restritas de exposições do embasamento granito-

gnáissico).

A Zona Externa é constituída por associação de rochas

metassedimentares (Gr. Paranoá e Canastra e Fm. Vazante, Paracatu e Ibiá),

típicas de ambiente de margem passiva, de idades meso e neoproterozóicas.

A Zona Interna compreende o Complexo Granulítico Anápolis– Itauçu e

rochas metassedimentares do Grupo Araxá, tectonicamente imbricadas com

rochas do seu embasamento. Sua estruturação é marcada por forte tectônica

tangencial expressa sob a forma de nappes, materializadas por sistemas de

cavalgamento/dobras e escamas litotectônicas, com vergência dirigida para o

Cráton do São Francisco. Essa zona apresenta evidências de uma melange

ofiolítica (Drake Jr, 1980; Strieder e Nilson, 1992; Fuck et al, 1993; Fuck, 1994).

Peternel et al., (2005) reconheceram na região de Três Corações duas

fases deformacionais relacionadas a Faixa Brasília, denominando-as DB1 e

DB2.

Nessa região as estruturas da fase DB1 estão quase completamente

transpostas pelas da fase DB2, sendo possível distingui-las claramente através

de análise microtectônica. Caracteriza-se por uma foliação dada pela

orientação de minerais metamórficos formados durante o primeiro evento

colisional da faixa (vide item 2.6), posicionados obliquamente a foliação

principal e por vezes dobrados pela fase posterior (Peternel et al., 2005).

Paciullo (1997) relaciona essa fase a formação da Klippe Carrancas e identifica

indicadores cinemáticos de movimentação com topo para ESE.

A fase posterior DB2 foi responsável pela geração de um sistema de

nappes com transporte tectônico para ENE (Peternel et al., 2005) e uma

foliação principal definida pela orientação de minerais elongados, em geral

subparalela ao bandamento composicional ou ocorrendo como uma clivagem

de crenulação, nos locais onde são possíveis o reconhecimento das estruturas

relacionadas a fase DB1. Peternel et al, (2005) também relacionam a esse fase

dobras fechadas a isoclinais, com plano axial subparalelo a foliação principal.

Na região de Carrancas, essa fase causou o dobramento da klippe em um

10

sinformal fechado com eixo variando entre E-W e SE-NW (Peternel et al.,

2005).

Valeriano et al. (2004) através de diversas datações radiométricas

propuseram intervalos de idades para os episódios tectônicos da Faixa Brasília:

o intervalo de sedimentação é marcado por idades de zircões detríticos entre

1,0 e 0,9 Ga, e o pico do metamorfismo de media a alta pressão entre 630-640

Ma, relacionada a subducção para oeste da paleoplaca Saofranciscana e a sua

colisão com o Paleocontinente Paranapanema. O estagio final da atividade

tectonometamórfica é marcado pela idade de resfriamento metamórfico em 605

Ma.

Faixa Ribeira

A Faixa Ribeira possui aproximadamente 1400 km de comprimento se

estende com rumo NE-SW ao longo da costa dos estados São Paulo, Rio de

Janeiro e Espírito Santo. Para nordeste transiciona para a Faixa Araçuaí.

Segundo Heilbron et al. (2008), a historia acrescional da faixa é caracterizada

por colagens diacrônicas de arcos magmáticos Neoproterozóicos e fragmentos

cratônicos mais velhos em quatro episódios tectônicos principais durante o

Neoproterozóico e Cambriano.

Em uma seção NW-SE. Heilbron et al., (2000 e 2008) individualizaram

quatro domínios tectôno-estratigráficos: (a) Terreno Ocidental, composto de

rochas do embasamento retrabalhado e metassedimentos de margem passiva;

(b) Klippe Paraíba do Sul, uma lasca tectônica de fácies granulito, sobreposta a

esta; (c) Terreno Oriental, composto de paragnaisses intrudidos por rochas do

arco magmático Rio Negro (780-620 Ma, Tupinambá et al., 2000); (d) Terreno

Cabo Frio, composto de rochas de rochas metamórficas em sua maioria

paraderivadas.

O primeiro evento corresponde a acreção da Nappe Socorro Guaxupé,

relacionada a evolução da Faixa Brasília entre 640 e 610 Ma (Valeriano et al.,

2008).

11

O segundo evento tectônico, que ocorreu entre 605 e 580 Ma está

registrado nos terrenos Paraíba do Sul e Embu, da Faixa Ribeira, obliterando

as estruturas relacionadas a Faixa Brasília (Heilbron et al., 2008) nesses

terrenos.

O terceiro evento ocorreu entre 580 e 550 Ma e corresponde a colisão

do terreno Oriental, que inclui o Arco Magmático Rio Negro, com o

paleocontinente São Francisco (Heilbron e Machado, 2003 e Heilbron et al.,

2008). Esse evento desenvolvido sob um regime de alta temperatura gerou

dobras, rochas miloníticas e corpos graníticos, de diversas gerações, usados

para posicionar os eventos geocronologicamente (Heilbron et al., 2008).

Referente a esse episódio há registros de duas fases deformacionais contínuas

(DR1 e DR2) e um evento metamórfico (MR1), cedo sin-colisional, de pressão

intermediária (P: 6-7 kbar; T: 7000-7500C; Duarte, 1998), com gradiente inverso

e grau metamórfico aumentando para SE, de fácies xisto verde superior à

fácies anfibolito superior, chegando à fácies granulito.

O quarto evento colisional (530 – 510 Ma) é referido como Orogenia

Búzios (Schmitt et al., 2008), gerou uma foliação de baixo ângulo e uma

assembléia metamórfica composta de K-feldspato, cianita e silimanita,

indicando condições P-T de ~9 kbar e 780º C (Schmitt et al. 2004).

Essa ultima colisão gerou foliação e dobras sobrepostas nos

demais terrenos da Faixa Ribeira (Oriental, Paraíba do Sul – Embu e

Ocidental), além de gerar e reativar zonas de cisalhamento destrais. Um

exemplo destas é a Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul (Campanha, 1981 e

Heilbron et al., 2008)

2.1 Embasamento

Na região sul de Minas Gerais o embasamento de idade Arqueano/

Paleoproterozóica é constituído de gnaisses com composição tonalítica

trondjemítica e granodiorítica em sua maioria ortoderivados, anfibolitos e

rochas ultramáficas de espessuras variadas (Ribeiro et al, 1995), denominado

12

amplamente Grupo ou Complexo Mantiqueira (Barbosa, 1954 e Brandalise et

al, 1991).

Formando o embasamento de idade pré 1,8 Ga também ocorrem duas

seqüências: Greenstone belt Barbacena (Pires, 1978), formado por sucessões

de rochas ultramáficas, máficas e félsicas de origem vulcânica ou subvulcânica

e metassedimentos intercalados e Rio das Velhas (Schrank & Souza Filho,

1998), composto por sucessões vulcano-sedimentares de lavas komatiíticas a

toleíticas intercaladas com sucessões turbidíticas.

Encerrando a história evolutiva do embasamento ocorrem corpos

granitóides intrusivos de composição granítica, tonalítica e trondjemítica

associados a metagabros (Ávila, 1992 e 2000) com idades variando de 2,25 a

2,10 Ga (Cherman, 2004). Peternel (2005) e Schrank & Souza Filho (1998)

obtiveram idade de 2,088 Ga e 2,1 Ga, respectivamente em rochas de

composição granítica a granodiorítica que ocorrem como lascas tectônicas nas

unidades metassedimentares.

Parte desses granitóides pode ser vinculada a fusão parcial do grupo

Mantiqueira e parte deles deve estar associado a pelo menos dois eventos de

acresção crustal por volta de 2,7 e 2,0 Ga (Cordani et al, 1973; Machado et al,

1996). Söllner & Trouw (1997) obtiveram idades de 1872 Ma ±11 Ma em

zircões (U-Pb), reforçando a hipótese de um evento acrescional a ~2,0Ga.

Todo o conjunto foi afetado por um evento tectônico Paleoproterozóico

apresentando metamorfismo até a fácies anfibolito. Parte desse embasamento

também foi afetado pelos eventos tectônico-metamórficos brasilianos.

2.2 Rochas supracrustais

2.2.1 Megassequência Andrelândia (1,0 - 0,6 Ga)

A Megasseqüência Andrelândia (MsA) é uma sucessão

metassedimentar de ate 1,5 km de espessura intercalada com rochas

metamáficas e metaultramáficas com idade estimada entre 1.0 e 0,6 Ga

(Paciullo, 1997; Paciullo et al. 2000). É subdividida nas sequências Carrancas e

13

Serra do Turvo, separadas por uma superfície erosiva gerada durante uma

regressão marinha associada provavelmente com o período glacial do

Ripheano tardio (980-850 Ma) (Paciullo et al., 2000) (Fig. 2.2 e Fig. 2.3).

Geologicamente é limitada a leste pelo Sistema de Nappes de Juiz de

Fora e a oeste pelo Sistema de Nappes Socorro - Guaxupé e pelos sedimentos

e rochas vulcânicas da Bacia do Paraná (Fig. 2.1). A MsA ocorre tanto nos

domínios alóctones como nos domínios autóctones da parte sul da Faixa

Brasília (fig. 2.6), constitui no domínio alóctone o sistema de nappes da referida

faixa. Essas rochas apresentam metamorfismo que varia desde a fácies xisto

verde ate granulito e localmente ocorrem retroeclogitos (Fig. 2.5).

Figura 2.2: Coluna estratigráfica da Megassequência Andrelândia. Extraído de Paciullo (1997)

14

Figura 2.3 : Mapa geológico da zona de interferência entre as faixas móveis Brasília e Ribeira, no sul de Minas Gerais. Unidades do embasamento: I) Greenstone Belts, II) Complexo Mantiqueira, MS) Supergrupo Minas; Intrusões Paleoproterozóicas: GR) granitóides, MG) gabróicas. Sequências Deposicionais Proterozóicas: SDT) Tiradentes, SDL) Lenheiro, SDC) Carandaí, SDA) Andrelândia, Unidades da SDA: A1 e A2)biotita gnaisses bandados, com intercalações de quartzitos, anfibolitos e xistos máficos/ultramáficos, A3) quartzitos com intercalações de muscovita-xistos, A4)filitos/xistos cinzentos com intercalações subordinadas quartzíticas, A5) biotita-xistos, A6) biotita-xistos / gnaisses grossos, com intercalações de anfibolitos, quartzitos, metacherts e rochas calcissilicáticas. Áreas pretas) principais corpos ultramáficos; GA) granitos anatéticos, NG) Nappe de Guaxupé, JTFS) Sistema de empurrões de Juiz de Fora. Cidades: SJR- São João Del Rei, Ti- Tiradentes, Ba- Barbacena, Lv- Lavras, Car- Carrancas, Lu- Luminárias, CC-Carmo da Cachoeira, TC- três Corações, C- Caxambu, AND- Andrelândia, BJM- Bom Jardim de Minas. Extraído de Trouw et al. (2000). Área de estudo marcada pelo polígono vermelho imediatamente a oeste do mapa.

Seqüência Carrancas

A seqüência Carrancas é formada por quatro associações (A1 a A4).

Trouw et al., (2006), agruparam as associações de litofácies propostas por

Paciullo (1997) em três unidades, São Vicente, São Tome das Letras e

Campestre.

Unidade São Vicente (A1+ A2): Constituída principalmente por

biotita gnaisses com estratificação delgada, lateralmente contínua, definida

pela alternância de camadas quartzo-feldspáticas mais ou menos ricas em

biotita com granulometria média a grossa e localmente com grânulos e seixos

15

finos arredondados. No topo da unidade ocorrem intercalações de a) quartzitos,

dispostos em sucessões com espessuras decimétrica a métrica; b) muscovita-

quartzo xistos, intercalados nos quartzitos; c) tremolita xistos, em camadas de

espessura decimétrica e geometria aparentemente tabular; d) escassos xistos

carbonáticos e mármores em camadas maciças, delgadas a médias,

intercaladas nos muscovita-quartzo xistos; e) anfibolitos.

Unidade São Tomé das Letras (A3): Composta por sucessões de

quartzitos em camadas delgadas a espessas (1m), de geometria

aparentemente tabular ou lenticular muito estendida, separadas por laminas

micáceas. Também ocorrem intercalações subordinadas de quartzo-muscovita

xistos em lâminas ou camadas delgadas isoladas ou agrupadas em sucessões

métricas, ocorrem com maior freqüência na base e no topo da unidade.

Unidade Campestre (A4): Composta por sucessões de filitos e xistos

cinzentos, de espessura até decamétrica.

Sequência Serra do Turvo.

Unidade Santo Antônio (A5): Composta exclusivamente por biotita

xistos/gnaisses, finos a médios, homogêneos, formando sucessões, com até

centenas de metros de espessura, geralmente sem estratificação visível. São

encontrados estratos de espessura até métrica, compostos pela alternância de

camadas tabulares delgadas de biotita xistos laminados e maciços.

Localmente, contêm fragmentos detríticos espalhados, de tamanho areia até

seixo fino, de plagioclásio, rochas plutônicas quartzo feldspáticas e quartzo de

veio.

As duas sequências gradam lateralmente e são recobertas pela

associação de Unidade Arantina (A6) que representa a sedimentação distal da

bacia contemporânea às cinco associações de litofácies acima, podendo ser

formada pelo retrabalhamento dessas unidades.

Unidade Arantina: Composta de sucessões de xistos e gnaisses

estratificados de granulometria grossa e espessura até decamétrica, separadas

por intercalações de quartzitos, rochas calcissilicáticas e anfibolitos, com

formas tabulares ou lenticulares estendidas.

16

As interpretações de tais unidades sugerem que a MsA representa a

deposição em uma bacia sedimentar de margem passiva (Ribeiro et al, 1995;

Paciullo, 1997 e Paciullo et al 2000). Paciullo (1997), com base em análises

químicas de anfibolitos toleíticos presentes associações de litofácies A1, A2 e

A6 interpretou uma cronologia de eventos relacionados à abertura da bacia.

Alguns dos anfibolitos presentes nas três unidades apresentam afinidade

química com basaltos continentais enquanto nas unidades A2 e A6 também

ocorrem anfibolitos com quimismo de basaltos tipo P-MORB. O autor

supracitado correlacionou o primeiro grupo a abertura da bacia e injeção de

basaltos em ambiente de rifteamento e o segundo grupo a implantação de uma

crosta proto-oceânica em um segundo momento de evolução da bacia.

2.3 Nappe Socorro Guaxupé (NSG)

A Nappe Socorro Guaxupé (Campos Neto e Caby, 1999, 2000; Campos

Neto, 2004; Peternel, 2005, Trouw et al, 2006) é uma lasca tectônica com 15

km de espessura empurrada sobre os metassedimentos da MsA e o

embasamento. Formada por rochas orto e paraderivadas, representa a raiz de

um arco magmático desenvolvido sobre a paleoplaca Paranapanema durante o

fechamento da bacia Andrelândia entre 670 e 625 Ma. O metamórfismo

alcançou seu auge entre 615 e 612 Ma e em 612 Ma registra-se plutonismo

pós-colisional sienítico (Campos Neto, 2004). A Nappe é separada em dois

lobos sinformais com um antiformal entre eles onde aflora um outro conjunto de

nappes da MsA e embasamento. Ao sul ocorre o lobo Socorro e a norte o lobo

Guaxupé (Fig.2.4).

Campos Neto (2004) subdivide a NSG em três conjuntos distintos todos

associados a crosta continental profunda:

a) Unidade Granulítica Basal (UGB),

b) Unidade Diatexítica Intermediária (UDI) e

c) Unidade Migmatítica Superior(UMS)

A UGB possui 3 km de espessura e é composta por gnaisses

enderbíticos a charno-enderbíticos intercalados em maior ou menor proporção

com gnaisses gabro-noríticos. No topo desta unidade ocorrem hornblenda e

biotita-hornblenda gnaisses tonalíticos a granodioríticos, com lentes de

17

metabasitos e bandas estromáticas de composição leuco-tonalítica a

trondhjemítica (Campos Neto & Caby, 2000).

Sobre a UGB ocorre a UDI, com 6 km de espessura é formada por

granada biotita diatexitos graníticos com intercalações de gnaisses kinzigíticos.

A textura migmatítica é descontínua e no entorno ocorrem corpos graníticos

porfiríticos deformados e leucogranitos de granulometria grossa com biotita-

hornblenda (Campos Neto & Caby, 2000).

A UMS é composta de migmatitos estromáticos paraderivados oriundos

da denudação do arco magmático. As rochas predominantes são gnaisses

bandados com granada-sillimanita-biotita que gradam para mica xistos

peraluminosos intercalados com quartzitos feldspáticos, gnaisses ricos em

quartzo, gnaisses calcissilicáticos, mármores e metaintrusivas máficas.

(Campos Neto & Caby, 2000).

2.4 Magmatismo Neoproterózoico

Regionalmente ocorre uma série de corpos intrusivos cuja gênese esta

ligada a diversos episódios da evolução das Faixas Brasília e Ribeira. Alguns

desses corpos já foram descritos no âmbito da Nappe Socorro Guaxupé, porem

outros mais novos estão intrudidos nas rochas dessa nappe, nas demais

escamas tectônicas Brasilianas e no embasamento.

2.4.1 Magmatismo relacionado a Faixa Brasília

Suíte mangerítica-granítica São José do Rio Pardo

Análises químicas e petrográficas indicam que essas rochas são

provenientes da fusão parcial da Unidade Granulítica Basal da Nappe Socorro

Guaxupé (Janasi e Vlach, 1997). São corpos deformados e metamorfizados de

composição mangerítica com hiperstênio a granítica. Janasi, (1999) e Campos

18

Neto & Caby (2000), subdividiram-nas em duas suítes pelos padrões químicos

e composicionais: Suíte Divinolândia e São Pedro de Caldas.

Na suíte Divinolândia, ocorrem corpos de composição mangerítica,

charnockítica, piroxênio dioritos e quartzo sienitos com raros granitos, sua

química apresenta características próximas a rochas anorogênicas. A suíte São

Pedro de Caldas formada por mangeritos, hornblenda granitos e granitos

hololeococráticos possui características químicas transicionais para rochas da

série cálcio alcalina (Janasi, 1999).

Granitóides porfiríticos cálcio-alcalinos

Formam dois batólitos, Socorro (Töpfner, 1996) e Pinhal-Ipuiúna (Janasi,

1999). Intrudidos na Unidade Superior e apresentando íntima relação com os

migmatitos regionais. São rochas cálcio-alcalinas de alto K, peraluminosas,

com composição monzonítica a monzogranítica e apresentam abundantes

enclaves máficos. (Janasi, 1989). São produto provavelmente da fusão de

rochas metassedimentares e metaígneas num período sin-orogênico (Janasi &

Vasconcellos, 1989; Figueiredo e Campos Neto, 1984).

Basei et al. (1995) e Janasi (1999) dataram zircões e monazitas (U-Pb)

das duas suítes descritas acima e encontraram idades de cristalização entre

632 e 620 Ma e metamorfismo entre 629 e 620 Ma. Os autores sugerem que

esses dois eventos magmáticos formam o arco continental relacionado a

subducção da paleoplaca São Francisco contemporâneo ao ápice metamórfico

principal da NSG .

Plútons Sieníticos

Estão incluídos nessa suíte os batólitos da Pedra Branca (Janasi et al.,

1993; Janasi & Vlach, 1997) e Capituva, encaixados na Nappe Guaxupé com

idades de cristalização entre 613 e 610 Ma (Janasi, 1999; Topfner, 1996). São

constituídos principalmente por álcali feldspato sienitos, de caráter potássico.

19

Sua colocação ocorre após o metamorfismo principal e ascensão das rochas

da Nappe; são rochas provenientes do fracionamento de líquidos básicos

encaixados em níveis crustais inferiores (Janasi, 1999) .

Granitos tardi-orogênicos

Ocorrem em toda a região da NSG, predominantemente associado a

zonas de cisalhamento de direção NNE-SSW. São batólitos com composição

variando de sienogranito a monzogranito, com trend cálcio-alcalino rico em K e

com idades de cristalização entre 590 e 580 Ma, relacionados com a fase final

de soerguimento da NSG (Ebert et al., 1995; Tassinari, 1988 e Janasi, 1986).

2.4.2 Magmatismo relacionado a Faixa Ribeira

Heilbron et al. (2000, 2004) e Heilbron e Machado (2003) identificaram

cinco eventos tectônicos relacionados com a evolução da Faixa Ribeira,

relacionando-os ao alojamento das rochas ígneas intrusivas . Estão descritos

aqui três desses eventos, que estão registrados na zona de interferência com a

Faixa Brasília:

Estágio Sin-colisional (595-565 Ma)

Este estágio provocou uma intensa granitogênese em toda a extensão

da Faixa Ribeira, incluindo a zona de superposição entre as duas faixas

móveis. Os corpos formados são, em sua maioria, granodioritos a leucogranitos

de trend cálcio-alcalino do tipo S peraluminosos e do tipo I metaluminosos,

provenientes do retrabalhamento crustal (Heilbron et al, 2000). Esses corpos

são em geral alongados na direção SW-NE e apresentam foliação e bandas

miloníticas paralela à estruturação principal da Faixa Ribeira.

20

Estágio Tardi-colisional (565 – 540 Ma)

Os granitóides gerados neste estagio apresentam uma foliação

incipiente e descontinua. Também foram gerados pelo retrabalhamento crustal

ocorrendo granitos do tipo I de caráter metaluminoso, com enclaves de rocha

básica, e secundariamente leucogranitos tipo S, peraluminosos com

composição variando de granodiorítica a granítica. O principal corpo desta fase

é o Batólito da Serra dos Órgãos (Heilbron et al., 2000; Heilbron & Machado,

2003).

Estágio Pós-colisional (540-520 Ma)

Tupinambá, (1999) e Almeida, (2000) descrevem relacionados a este

estagio batólitos e stocks de leucogranitos com caráter metaluminoso a

levemente peraluminoso, cálcio-alcalino. Ocorrem na forma de diques e plútons

subverticais relacionados com zonas de cisalhamento, com fraca foliação nas

bordas. Heilbron et al. (2000) e Heilbron & Machado (2003) também relacionam

esses corpos a retrabalhamento crustal de rochas do embasamento e de

sucessões metassedimentares.

21

Figura 2.4 :- Mapa Geológico da Nappe Socorro-Guaxupé e do Domínio São Roque (extraído de Heilbron et al, 2004, oriundo de Campos Neto & Caby 2000). 1 – bacias tardi-orogênicas; 2 – bacias pull appart; 3 – suítes charnockíticas e granitóides cálcio-alcalinos; 4 – plútons sieníticos; 5 – intrusões sin-colisionais; 6 – Unidade Migmatítica Superior; 7 – Unidade Diatexítica Intermediária; 8 – Unidade Granulítica Inferior; 9 – Megasseqüência Andrelândia; 10 – megasseqüências São João Del Rei e Carandaí; 11, 12, 13 – embasamento arqueano / paleoproterozóico; 14 a 22 – Domínio São Roque; o retângulo azul mostra a localização da área de mapeamento. 2.5 Metamorfismo

Trouw et al (2000) e Trouw et al (2003), caracterizam no sul de Minas

Gerais dois eventos metamórficos relacionados aos eventos termo-tectônicos

Brasilianos. O primeiro relacionado à Faixa Brasília (MB) e o segundo

relacionado a Faixa Ribeira (MR) (Fig. 2.5).

O MB apresenta condições de pressão elevada e de temperatura

moderada é um metamorfismo progressivo, do tipo barroviano que aumenta de

norte para sul, desde fácies xisto verde médio à anfibolito alto e granulito e

localmente ocorrem retroeclogitos (Trouw et al.,1980, 1984, 1986; Ribeiro &

Heilbron, 1982 e Heilbron, 1984 e 1985). As idades entre 604 e 611 Ma,

obtidas em metassedimentos da Megassequência Andrelândia e em

metaígneas do embasamento (Trouw & Pankhurst, 1993 e Machado et al.,

1996) foram relacionadas a esse primeiro pulso metamórfico.

22

Na unidade basal da NSG ocorrem associações minerais indicativas de

metamorfismo na fácies granulito de temperatura alta (Campos Neto e Caby,

2000). Janasi (1999) aponta idades entre 629 e 620 Ma, obtidas em granadas,

biotitas e rocha total, como relacionadas a geração dos granulitos basais e

evento contemporaneo ao magmatismo mangerítico-granítico e cálcio-alcalino

na nappe .

O segundo evento, MR, apresenta condições de pressão intermediaria e

temperatura elevada, e atingiu condições de fácies anfibolito na parte sul da

área mostrada na Fig. 2.5. Também está associada a uma intensa

granitogênese em toda área de atuação do metamorfismo. São reconhecidas

duas isógradas metamórficas subparalelas à orientação da Faixa Ribeira que

truncando a isógradas MB (sillimanita-in e cianita-out), definindo uma faixa de

ocorrência em desequilíbrio desses dois minerais (Ribeiro et al., 1990 Trouw &

Pankhurst, 1993; e Machado et al., 1996). Idades entre 584 e 565 Ma (U-Pb em

zircões, monazitas e titanitas) de metassedimentos da MsA e metaígneas do

embasamento (Machado et al., 1996 e Söllner et al., 1991) são relacionadas a

este pulso metamórfico na área de interferência entre as Faixas Móveis

Brasilianas (Fig.2.5).

Figura 2.5 : Mapa metamorfico simplificado da zona de interferencia entre as faixas brasilia e ribeira modificado de Trouw et al, 2000. Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

23

2.6 Geologia Estrutural

Na região sul de Minas Gerais, as rochas precambrianas apresentam

estruturas deformacionais bem diversas relacionadas aos dois eventos termo

tectônicos (ETT) a que foram submetidas no Neoproterozóico (Trouw et al,

1986).

Durante o ETT Brasília ocorreu uma subducção para WSW e posterior

colisão continente-continente, com um considerável espessamento crustal

(Dardenne, 2000). As estruturas deformacionais relacionadas a esse evento

são falhas e zonas de empurrão dúcteis com transporte tectônico de topo para

E (Trouw et al, 2000).

Durante o ETT Ribeira ocorreu subducção para SE e outra colisão

continente-arco de ilhas. Na zona de interferência entre as duas faixas de

dobramento são observadas dobras abertas e fechadas e cisalhamentos

reversos de topo para NW, relacionada a este segundo evento (Trouw et al.,

2000).

Nas nappes, geradas durante a estruturação da Faixa Brasília, são

reconhecidas duas fases deformacionais dúcteis progressivas (DB1 e DB2)

(Ribeiro et al, 1990; Ribeiro et al 1995; Peternel et al., 2005). A fase DB1 foi

responsável pelo deslocamento da Nappe Passos e Klippe Carrancas com topo

para ESE (Pacciulo, 1997). A fase DB2 gerou nappes com transporte tectônico

para ENE e o dobramento da klippe Carrancas em um sinformal fechado

(Ribeiro et al, 1995).

Na região de Três Corações, Trouw et al. (2000) descrevem sete nappes

empilhadas na seguinte ordem: Luminárias, São Tomé das Letras, Carmo da

Cachoeira, Cambuquira, Lambari, Varginha e Socorro-Guaxupé (Fig. 2.6).

Durante a estruturação da Faixa Ribeira, na zona de interferência, as

estruturas geradas anteriormente foram retrabalhadas e reorientadas. A

colisão Ribeira ocorreu na direção NW, portanto, as estruturas relacionadas a

ela são progressivamente menos intensas para NW na zona de interferência

(Trouw et al., 2000).

24

Heilbron et al. (2000 e 2004) subdividem DR em quatro fases

deformacionais (DR1 a DR4). Uma compressão NW-SE esta relacionada às

duas primeiras fases que foram continuas e geraram zonas de cisalhamento

reversas com transporte tectônico com topo para NW alem de dobras abertas.

A fase DR3 foi gerada por uma compressão E-W, e possui caráter dúctil-

rúptil (Heilbron et al., 2000 e 2004). As estruturas relacionadas a esta fase

incluem dobras abertas com eixo N-S e zonas de cisalhamento subverticais

transcorrentes destrais com direção NE-SW. Essas zonas de cisalhamento

hospedam milonitos e cataclasitos com mergulho íngreme para SE,

regionalmente se observam deslocamentos da ordem de 12 a 20 km (Almeida,

1994, Peternel, 2000, Trouw et al, 2003) (fig. 2.6).

A fase DR4 está mais bem representada fora da zona de interferência.

Apresenta dobras abertas com eixos subhorizontais a partir de compressão E –

W (Heilbron et al., 2000).

21°00’S45°45’W

22°40’S

44°00’W

Bt

Bt

Domínio Autóctone (MsA)

Klippe Carrancas

Nappe Luminárias

Nappe São Tomé das Letras

Nappe Carmo da Cachoeira / Andrelândia

Nappe Lambarí/Liberdade

Legenda

Retroeclogitos

Falha ou zona de cisalhamentode baixo ângulo

Falha ou zona decisalhamento transcorrente

Granito

Nappe Varginha & correlatos

Nappe Guaxupé

Lineações

Região de São João Del Rei

Faixa Brasília

Faixa Ribeira

Rochas Alcalinas KT

Figura 2.6: Mapa tectônico da região sul de Minas Gerais, modificado de (Trouw et al 2000). No quadro menor acima separação dos domínios tectônicos, I – autóctone; II e III – alóctone, (extraído de Ribeiro et al., 1990). Área de estudo marcada pelo polígono vermelho.

25

3 Unidades de Mapeamento

Na região de Heliodora (Anexo I - folha topográfica Heliodora 1:50.000 -

SF-23-Y-B-II-2 IBGE, 1971) foram reconhecidas nove unidades geológicas

individualizadas por critérios de campo, petrografia, cronologia e correlações

regionais (Anexo I).

Estas unidades foram nomeadas seguindo sua correlação regional de

acordo com Paciullo (1997), Trouw et al. (2000) e Tavares (2007)

Também foram agrupadas unidades tectono-estratigráficas, separadas

por zonas de cisalhamento brasilianas, que compõem um conjunto de três

nappes individualizadas de acordo com observações de campo e correlações

regionais (esse tema será discutido no capítulo posterior).

Quatro grandes unidades tectônicas compõem a área de estudo:

a) Embasamento arqueano / paleoproterozóico, constituído de ortognaisses e

rochas metamáficas e metaultramáficas, separados em duas unidades de

mapeamento (Heliodora e Corpo Metaultramáfico do Fundão).

b) Megasseqüência Andrelândia, constituído de gnaisses, quartzitos, xistos e

rochas metamáficas e metaultramáficas agrupados em três unidades (São

Vicente, Santo Antônio e Arantina).

c) Nappe Socorro-Guaxupé, composta de ortognaisse, metamáficas e

metassedimentos agrupados em na Unidade Piranguinho,

d) Granitos sin a tardi tectônicos, três corpos, encaixados na MsA, NSG e

embasamento, inclui o Granito Santa Rita do Sapucaí (Tavares, 2007), granito

deformado encaixado em uma zona de cisalhamento correlacionada à fase de

deformação D4 (ver capítulo 5).

Recobrindo parcialmente todas as unidades ocorrem sedimentos

aluvionares cenozóicos, colúvios, coberturas detrito lateríticas e solos. No

mapeamento foram individualizados apenas sedimentos fluviais modernos nas

margens do Rio Sapucaí.

26

3.1 Embasamento

3.1.1 Ortognaisse Heliodora - APPh

Essa unidade ocorre em três regiões na área de estudo (Anexo I). A

primeira a leste e sudeste de Careaçu em um corpo alongado NE-SW; a

segunda, no vale entre a Serra de Santa Catarina e a cidade de Heliodora e a

terceira, a sul da cidade de Natércia. Nessas três regiões a unidade está

limitada por falhas de empurrão. Também ocorre como lascas tectônicas

intercaladas com os metassedimentos da Megassequência Andrelândia a NE

da área de estudo, na Serra das Águas. Em geral os afloramentos são lajedos

ou grandes blocos aproximadamente in situ.

O Ortognaisse Heliodora apresenta uma composição bastante

heterogênea e litotipos diversos. A unidade é formada por biotita hornblenda

ortognaisse localmente com granada. Apresenta três fácies, que não puderam

ser individualizadas no mapa: bandada, equigranular e porfirítica. As três

localmente apresentam-se migmatizadas ou milonitizadas. Comumente

ocorrem intercalações centimétricas a métricas de anfibolitos, e

ocasionalmente ocorrem intercalações de rocha metaultramáfica (tremolita

xisto). A composição dos ortognaisses varia de monzonítica a granodiorítica

(Fig. 3.1).

O ortognaisse porfirítico apresenta fenocristais deformados de K-

feldspato e plagioclásio (até 4cm) além de biotitas em nódulos e bandas (foto.

3.1), a granulometria é bastante variável devido a deformação heterogênea. A

rocha apresenta-se localmente milonitizada, principalmente nas proximidades

do contato com as demais rochas indicando que o contato é tectônico.

Também ocorrem ortognaisses com bandamento composicional centimétrico a

decimétrico, com bandas félsicas predominantemente quartzo-feldspáticas e

bandas máficas ricas em biotita e hornblenda.

27

Localmente o APPh apresenta estrutura migmatítica estromática, com

leucossoma predominantemente quartzo feldspático e melanossoma biotitítico;

o mesossoma é um gnaisse homogêneo fino a médio (Foto. 3.2). Em alguns

pontos ocorrem injeções graníticas obliquas a foliação.

Na região sudeste da área de mapeamento nota-se um forte incremento

de anfibólio e granada na composição das rochas do embasamento. Essa

unidade não foi individualizada no mapa pela falta de possibilidade de

determinar as relações cronológicas e de contato.

A P

Q

quartzolito

rico em quartzogranitoide

alk-

fsp.

gran

it

sieno-granito

monzo-granito

grano-diorito

tonal it

q-alk-fspsienito

quartzo-sienito

quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-dioritoq-gabroq-anortosito

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldspatosienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

o

o

Figura 3.1: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade APPh, variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

28

Fotografia 3.1: Seis aspectos do Ortognaisse Heliodora. a) afloramento HH-110, ortognaisse porfirítico com fenocristais de K-feldspato deformados e arredondados. b) afloramento HH-128, ortognaisse porfirítico mais deformado, fenocristais estirados e composição mais máfica. c) afloramento HH-276, ortognaisse bandado, apresenta bandas quartzo feldspáticas e bandas máficas predominantemente biotíticas. d) afloramento HH-315, detalhe do ortognaisse porfirítico, porfiroclastos feldspáticos com formatos sigmoidais assimétricos; este corte não é adequado para definir direção de movimento. e) ortognaisse bandado com raros fenocristais e cortado por pegmatitos f) ortognaisse equigranular grosso.

a b

d c

e f

29

Fotografia 3.2: Afloramento HH-44, aspecto do Ortognaisse Heliodora com estrutura migmatítica estromática dobrada nas proximidades de Careaçu, NW da área.

PETROGRAFIA

O Ortognaisse Heliodora tem como minerais essenciais quartzo, K-

feldspato, plagioclásio, biotita e pontualmente hornblenda e granada. Entre os

minerais acessórios foram identificados titanita, apatita, zircão, alanita,

turmalina e muscovita. Opacos, clorita e calcita ocorrem como minerais

secundários. As composições variam de monzogranítica a granodiorítica. (Fig.

3.1).

A foliação principal é espaçada, anastomosada, marcada pela

orientação de cristais de biotita e hornblenda, que localmente ocorrem

intercrescidos (Fig. 3.3). Em algumas laminas há crescimento de muscovita nos

planos de foliação. Localmente observa-se matriz fina e porfiroclastos de

feldspatos, em áreas mais deformadas (Fig. 3.3).

O quartzo apresenta extinção ondulante, novos grãos e contatos

interlobulares, por vezes ocorrendo estirado. K-feldspato (microclina) e

plagioclásio (albita/ oligoclásio) apresentam subgrãos e novos grãos, também

ocorrem cristais com zoneamento composicional, geminação em cunha e

mirmequitas.

30

Quando a rocha esta milonitizada esses minerais se apresentam

alongados ou com textura manto núcleo (Passchier & Trouw, 2005).

Os minerais acessórios são em geral idiomórficos, isolados na matriz.

Em algumas lâminas a muscovita ocorre intercrescida estavelmente com biotita

e também em substituição de bordas de minerais (Foto. 3.3). Clorita, opacos,

sericita e calcita ocorrem substituindo outros minerais.

As rochas máficas intercaladas nos ortognaisses são anfibolitos com

mineralogia composta de, plagioclásio hornblenda e quartzo (essenciais) além

de titanita, apatita e opacos. Clorita, muscovita e calcita ocorrem como minerais

secundários.

31

Fotomicrografia 3.3: Aspectos micropetrográficos do Ortognaisse Heliodora; todas as amostras com Nicois Cruzados e todas as amostras estão milonitizadas em maior ou menor grau. a) Ortoclasio bordejado por sericita. b) biotitas deformadas, paralelas ao plano de foliação principal, extinção ondulante. Pequeno grão isotrópico no centro é granada c) Dois aspectos texturais no ortognaisse Heliodora, acima com matriz quartzo feldspática fina, reduzida pela deformação, abaixo rocha porfirítica com porfiroclasto de K-feldspato. d) Rocha muito rica em biotita, marcando a foliação, porfiroclasto de K-feldspato, circundado pelas micas. e) Porfiroclastos arredondados de K-feldspato.

a b

c d

e

32

3.1.2 Corpo Metaultramáfico do Fundão (APPumf)

Ao sul da cidade de Natércia ocorre um corpo com aproximadamente 1

km² de rocha ultramáfica, com granulometria media a grossa, composto quase

exclusivamente de piroxênio. A rocha está em contato com ortognaisse

Heliodora do tipo biotita ortognaisse bandado, localmente migmatítico. Quando

fresca, a rocha apresenta coloração negra e com cristais de brilho metálico,

enquanto que alterada, a rocha apresenta cor ocre esverdeada ou laranja

intenso.

A maioria dos afloramentos desta unidade apresenta-se intensamente

intemperizados e em grande parte deles a rocha está fraturada em duas

direções preferenciais (Foto. 3.4). A rocha está localmente cortada por

pegmatitos, anfibolitos e pequenas zonas de cisalhamento. É provável que

esse fraturamento, mais intenso que o observado nas rochas encaixantes,

ocorra devido ao comportamento reológico diferenciado deste litologia frente às

sucessivas fases deformacionais que ocorreram na área.

Fotografia 3.4: Aspecto da rocha ultramáfica alterada nas proximidades de Natércia, apresentando fraturas paralelas em duas direções preferenciais.

33

OPX CPX

OL

60

90

10 10

Websterito

Lherzolito

Olivina Websterito

Olivina Clinopiroxenito

Olivina Ortopiroxenito

Dunito

Figura 3.2: Diagrama de classificação de rochas ultramáficas, mostrando composição Olivina Websterito das rochas metaultramáficas do Fundão a partir de contagem modal em lâmina petrográfica.

PETROGRAFIA

Essa rocha é formada por olivina, plagioclásio, anfibólios, e clino e

ortopiroxênio como mineralogia essencial, além de clorita, talco, opacos,

anfibólios (tremolita-actinolita) como minerais acessórios (Foto. 3.5). A

composição modal da rocha indica uma composição Olivina Websterito (Fig.

3.2) segundo o diagrama de composição de rochas ultramáficas (Streckeisen,

1974). Porem trabalhos mais detalhados nesse corpo indicam que a

composição pode variar de harzburgitos a olivina piroxenitos, ocorrendo

preservadas apenas localmente estrutura bandada e textura cumulática (Angeli

et al., 2005).

Os cristais de olivina apresentam-se hipdiomórficos muito fraturados

substituídos parcialmente por clorita, talco e opacos, que ocorrem nas bordas e

preenchendo as fraturas desse mineral. Anfibólios de coloração marrom claro

(antofilita) ocorrem com formatos prismáticos curtos ou em seções basais

intercrescidos com os ortopiroxênios (Foto. 3.5).

Ortopiroxênios apresentam-se parcialmente substituídos por actinolita

e/ou clorita e opacos. Clorita preenche uma parcela significativa da rocha, que

34

apresenta alto grau de alteração (Foto. 3.6). A presença de clorita como

mineral secundário pode indicar que esse corpo sofreu um incremento

metassomatico de sílica e alumínio, elementos que originalmente não estavam

presentes em quantidade suficiente para gerar esse mineral.

A foliação não é bem desenvolvida, ocorrendo um fraco alinhamento dos

minerais metamórficos especialmente os anfibólios.

Fotomicrografia 3.5: Aspectos petrográficos do Corpo metaultramáfico do Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm. a) Nicois cruzados e b) Nicois paralelos: Composição da rocha ultramáfica, composta de olivina, orotpiroxênio e anfibólio. Clorita e actinolita ocorrem como minerais secundários. c) Nicois cruzados e d) Nicois paralelos: cristal de opx fraturado e substituído parcialmente por actinolita, no entorno ocorrem olivinas fraturadas além de clorita e opacos como minerais secundários.

a b

c d

35

Fotomicrografia 3.6: Aspectos petrográficos do corpo metaultramáfico do Fundão. As barras em vermelho representam 500 µm, todas as fotomicrografias com Nicois cruzados: a) ortopiroxênio circundada por clorita e borda do grão com actinolita, alguns cristais de olivina com cor de interferência alta. b) ortopiroxênio dobrado, na centro, pequenos cristais de hiperstênio e raras olivinas na parte inferior da imagem, opacos e anfibólios como minerais secundários.

3.2 Megassequência Andrelândia

3.2.1 Unidade São Vicente - Biotita Gnaisse bandado. – NP2asv

Essa unidade ocorre em quatro grandes faixas no mapa. Uma delas no

extremo NW da área, onde se apresenta muito alterada e parcialmente coberta

por sedimentos fluviais recentes, colúvio e solos. Duas faixas ocorrem no norte

da folha, no flanco norte e sul da Serra das Águas; e a última ocorre na parte

central da área de mapeamento, cobrindo parte do vale entre a Serra das

Águas e a Serra de Santa Catarina, e entre esta e a Serra da Manuela e Serra

de Santa Rita.

É composta de biotita granada gnaisse bandado, formada pela

intercalação de bandas milimétricas ricas em biotita e bandas centimetricas

quartzo feldspáticas. Em alguns lugares ocorrem ainda gnaisses homogêneos

finos de espessura métrica.

Intercalações centimétricas a decimétricas de quartzito, muscovita xisto

e anfibolito são freqüentes; rocha ultramáfica ocorre raramente. Ao sul do

município de Natércia, próximo a localidade de Fagundes ocorre uma área com

grande concentração de afloramentos de anfibolito em relação ao gnaisse, em

um trecho da estrada que liga a cidade de Natércia a localidade de Fagundes,

a b

36

na borda leste da área, ocorre cerca de 30% de anfibolitos em relação ao

biotita gnaisse (vide Anexo I).

Comumente o gnaisse é cortado por pegmatitos, ricos em muscovita, em

sua maioria centimétricos a decimetricos (Foto. 3.7) e localmente formando

nódulos. Na região noroeste da área no município de Careaçu, ocorrem

pegmatitos de espessura métrica com turmalina e granada. Localmente

observam-se fraturas preenchidas por epidoto.

Nas proximidades da cidade de Heliodora, o contato do gnaisse com o

quartzito da Serra de Santa Catarina é transicional, mostrando um

enriquecimento em quartzo e empobrecimento em feldspatos e micas nas

proximidades do contato.

Em algumas regiões, predominantemente ao norte do município de

Santa Rita do Sapucaí, ocorre uma grande concentração de lentes e veios

graníticos, pouco ou nada deformados, com contatos irregulares e dimensões

centimetricas até métricas, sugerindo que se trata de fusão parcial in situ da

rocha encaixante. Esses corpos, devido a suas dimensões não foram

mapeados, porém estão indicadas no mapa as ocorrências pontuais destes

granitos (Anexo I).

Inserido nessa unidade ocorrem três faixas quartzíticas com 500m a

1000m de largura, alongadas NEE-SWW. Na parte norte da área, uma delas

sustenta a Serra de Santa Catarina, entre os municípios de Natércia e

Heliodora e uma outra corresponde a pequena elevação no vale entre a Serra

das Águas e a Serra de Santa Catarina. Na parte sul da área a terceira faixa

sustenta a Serra de Santa Rita.

Além de quartzito essas faixas contém intercalações de quartzitos

micáceos, quartzo mica xistos, e xistos com muscovita e silimanita.

Na Serra de Santa Catarina, ocorrem quartzitos micáceos de

granulometria média em camadas decimétricas intercaladas com lâminas e

camadas centimétricas ricas em muscovita. Os muscovita xistos, quartzo xistos

e muscovita quartzo xistos com silimanita finos a grossos ocorrem intercalados

com quartzitos, mais ou menos micáceos, em camadas centimétricas a

37

decimétricas. Localmente ocorrem afloramentos métricos de muscovita xisto,

porém na intercalação predominam quartzitos. Pontualmente ocorrem lentes

decimétricas a métricas de actinolita-tremolita xisto, derivado de rocha

ultramáfica.

Na faixa que ocorre entre a Serra das Águas e a cidade de Heliodora,

em uma elevação alongada NE-SW, ocorrem intercalações decimétricas a

métricas de quartzito com quartzo xisto e quartzo muscovita xisto. Nas

sucessões métricas de quartzitos ocorrem camadas decimétricas de quartzito

intercaladas com lâminas de micáceos (Foto. 3.9). Localmente a granulometria

dessas rochas é muito fina, indicando a presença de zonas de cisalhamento

(ver Cap. 5) cortando-a. Na Serra de Santa Rita a norte do município

homônimo, ocorrem quartzitos intercalados com quartzo xistos e biotita

gnaisses em escala centimétrica (Foto. 3.8).

Fotografia 3.7: Veios de pegmatito de espessura centimétrica a decimétrica cortando o biotita gnaisse bandado.

Fotografia 3.8: Bloco de biotita gnaisse bandado dobrado. Em outro afloramento, veios de pegmatito de espessura decimétrica cortando o biotita gnaisse muito alterado.

38

Fotografia 3.9: Detalhe das camadas de quartzito, onde se observam intercalações de filmes de metapelito entre as camadas decimétricas. Ocorrem ainda dobras apertadas com plano axial paralelo à foliação e dobras abertas, mais novas, com plano axial ortogonal.

PETROGRAFIA

As rochas desta unidade são compostas de quartzo, K-feldspato,

plagioclásio, biotita e granada como minerais essenciais. Anfibólios, alanita,

apatita, titanita, zircão e opacos ocorrem como minerais acessórios ou traços.

Muscovita ocorre como mineral secundário substituindo biotitas e bordejando

feldspatos. Pontualmente ocorre sillimanita, tanto prismática como fibrolitica.

(Foto. 3.10).

A foliação é dada pela orientação de minerais micáceos e sillimanita. Em

algumas amostras se observa a deflexão da foliação ao redor de porfiroblastos

de granada.

39

O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os

feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos; raramente ocorrem estirados.

Apatita, alanita, titanita e zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos,

na matriz. As granadas ocorrem como porfiroblastos com textura poiquilítica,

com inclusões de quartzo, feldspato, opacos e biotita. Clorita, opacos e sericita

ocorrem substituindo outros minerais.

Nas faixas quartzíticas ocorre muscovita como mineral secundário e

raros apatita, alanita, zircão e opacos como minerais acessórios. Em lâmina se

observa uma fraca foliação dada por bandas com granulometria diferente ou

por um alinhamento dos poucos minerais micaceos. Em algumas lâminas se

observa uma foliação oblíqua. O quartzo apresenta extinção ondulante,

subgrãos ou novos grãos, localmente recristalizado, com contatos

poligonizados (Foto. 3. 11).

Fotomicrografia 3.10 : Aspectos petrográficos da Unidade São Vicente. As barras em vermelho representam 500 µm, a), b) e d) com nicois cruzados e c) com nicois paralelos: a) cristal de sillimanita em xisto intercalado nos biotita gnaisses. b) biotita, plagioclásio, e quartzo como mineiras essenciais, granada e opacos ocorrem pontualmente, em biotita gnaisse. c) e d) granada, biotita, plagioclásio e quartzo em biotita granada gnaisse.

a

d c

b

40

Fotomicrografia 3.11: Quartzito da unidade São Vicente, a foliação é marcada pelo alinhamento de minerais micaceos.Os contatos entre os grãos de quartzo são localmente poligonizados.

3.2.2 Unidade Arantina - Granada Biotita Muscovita xisto - NPaar

Esta unidade ocorre na Serra das Águas, ocupando os dois flancos da

serra em uma sinclinal fechada. Engloba muscovita granada xistos e muscovita

biotita granada xisto, com pouco feldspato e com granulometria media a fina.

Localmente dentro desta unidade ocorrem intercalações menores de biotita

gnaisse e quartzito em camadas decimétricas. Nas proximidades dos contatos

tectônicos e da Zona de Cisalhamento Jesuânia (ver Cap. 4) encontra-se

milonitizada.

PETROGRAFIA

Esta unidade contém quartzo, K-feldspato, plagioclásio, muscovita,

biotita e granada como minerais essenciais. Alanita, apatita, titanita, zircão,

opacos e sillimanita fibrolitica ocorrem como minerais acessórios ou traços.

Também ocorre muscovita secundária substituindo biotitas e bordejando

feldspatos.

A foliação é dada pela orientação de minerais micáceos e sillimanita. Em

algumas amostras se observa a deflexão da foliação ao redor de porfiroblastos

41

de granada (Foto. 3.12). Localmente essas rochas estão milonitizadas

ocorrendo muscovita fish com orientação predominantemente destral e

subordinariamente sinistral (Foto. 3.13 e 3.14).

O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os

feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos. Apatita, alanita, titanita e

zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na matriz. As granadas

ocorrem como porfiroblastos com textura poiquilítica, com inclusões de quartzo,

feldspato, opacos e biotita.

Fotomicrografia 3.12: Porfiroblasto de granada com textura poiquilitica. A foliação dada pelos minerais micáceos esta defletida ao redor da granada. A barra em vermelho marca a escala de 500µm.

Fotomicrografia 3.10

Fotomicrografia 3.13: Peixes de muscovita marcando uma foliação S-C em xisto milonitizado. Em alguns pontos o sentido de movimento observado é sinistral. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

42

Fotomicrografia 3.14: Muscovita marcando uma foliação S-C e C´ em xisto milonitizado; porfiroclastos de feldspato também estão presentes. Sentido de movimento é destral. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

3.2.3 Unidade Santo Antônio - Granada Biotita xisto – Npasa

Essa unidade ocorre no flanco sul da Serra das Águas com espessura

aproximadamente de 150m. É constituída de biotita xistos contendo quartzo, K-

feldspato, plagioclásio, biota e granada. As granadas são muito freqüentes e

em geral são milimétricas, raramente maiores que 1cm. A rocha não apresenta

estratificação e localmente ocorrem veios de quartzo lenticulares ou estirados

paralelamente a estruturação regional (Foto. 3.15). A maioria dos afloramentos

ocorre como grandes blocos arredondados ou lagedos abaulados.

Fotografia 3.15: Aspecto de campo do biotita xisto, mostrando os veios de quartzo lenticulares

43

PETROGRAFIA

Esta unidade é composta de quartzo, plagioclásio, biotita e granada

como minerais essenciais. Alanita, apatita, titanita, zircão, espinelio e opacos

ocorrem como minerais acessórios ou traços. Também ocorre muscovita

secundária substituindo biotitas.

A foliação é muito fraca, não sendo observada com clareza mas, em

alguns pontos se observa uma orientação de minerais micáceos e a deflexão

desses minerais ao redor de porfiroblastos de granada (Foto. 3.16 e 3.17).

O quartzo apresenta extinção ondulante, subgrãos e novos grãos. Os

feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos. Apatita, alanita, titanita e

zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na matriz ou como

inclusões em outros minerais. As granadas ocorrem como porfiroblastos com

textura poiquilítica, com inclusões de quartzo, feldspato, opacos, biotita,

espinélio e rutilo.

Fotomicrografia 3.16: Porfiroblasto de granada com inclusões de quartzo, rutilo, alanita, espinelio e opacos. As biotitas da matriz não definem claramente a foliação, embora estejam levemente defletidas em relação a granada. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

44

Fotomicrografia 3.17: Porfiroblastos de plagioclásio em matriz que inclui quartzo, feldspatos, biotita, rutilo, alanita e opacos. As biotitas não apresentam direção preferencial de crescimento.

3.3 Nappe Socorro-Guaxupé

3.3.1 Unidade Piranguinhos – NP2pi e NP2ps

Esta unidade ocorre no sul da área, sobreposta tectonicamente as

demais unidades. Limita-se pelo empurrão basal da Nappe Socorro com o

embasamento e a Megasseqüência Andrelândia. Os afloramentos estudados

estão em cortes de estradas, lajedos e grandes serras que compõem o sul da

área mapeada.

Tavares (2007) identificou esta unidade em área adjacente a sul,

descrevendo rochas que possuem composição charnoenderbíticas a

enderbíticas e gabronoríticas (Opx-ortognaisses e Opx-metabasitos)

intercalados com rochas de assembléias minerais sem ortopiroxênios.

O autor supracitado constatou que estas rochas com ortopiroxênio são

mais freqüentes na base da unidade, e sua ocorrência diminui para o topo, e

considerou todas as rochas desta unidade como pertencentes à fácies

granulito, não individualizando as Unidade Granulítica Basal e Unidade

Diatexítica Intermediaria como proposto por Campos Neto e Caby (2000), para

45

a Nappe Socorro Guaxupé. No presente trabalho será mantido a nomenclatura

proposta por Tavares (2007), devido a continuidade geográfica da unidade,

mesmo tendo-se observado ortopiroxênio em apenas um afloramento.

Essa unidade ocorre como um corpo alongado NE-SW, na região

sudeste da área nas proximidades da localidade de Fagundes, no município de

Santa Rita do Sapucaí. Trata-se de um ortognaisse de matriz fina, com

abundantes fenocristais de K-feldspato hipidiomórficos e alguns idiomórficos,

com tamanhos que variam predominantemente entre 0,3 e 1 cm com raros

exceções de até 5 cm (Foto. 3.18). Em alguns afloramentos, a distribuição de

fenocristais é irregular, havendo faixas muito ricas e faixas muito pobres em

estes cristais. Também ocorrem intercalações de pegmatito e anfibolito e

raramente rocha ultramáfica (Foto 3.18). A composição varia de monzogranito

a granodiorito (Fig. 3.3).

Intercalado aos ortognaisses ocorrem faixas de rochas

metassedimentares, quartzitos micáceos e granaditos (possivelmente

metachert), gnaisses muito ricos em quartzo e granulito. Essas rochas são

raras e estão concentradas nas proximidades de uma zona de cisalhamento

que corta o corpo ígneo (ver Cap.5). Na região mais deformada observa-se

uma rocha paraderivada com textura filonítica (Foto. 3.18). Entre os

metassedimentos intercalados ocorre quartzito feldspático com

aproximadamente 70% de quartzo e 15% de feldspatos. A rocha está

milonitizada e apresenta porfiroclastos de K-feldspato. A sudeste da área nas

proximidades do limite da área de mapeamento ocorre um afloramento de

rocha gnáissica com mineralogia composta de biotita, granada, clinopiroxênio e

anfibólio, como minerais essenciais e com granulometria fina a media (na

fácies granulito), essa rocha ocorre em leitos decimétricos e apresenta

intercalações de anfibolito e pegmatito.

46

A P

Q

quartzolito

granitoiderico em quartzo

alk-

fs.

rani

to

granitograno-diorito

tonalito

q-alk-fspsienito

quartzo- quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-diorito

q-anortosito

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldsparsienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

-p.

g sieno-granito

monzo-

sienitoq-gabro

Figura 3.3: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP2pi, variando entre monzogranito e granodiorito. Plotadas com base em composição CIPW das amostras analisadas quimicamente.

47

Fotografia 3.18: Aspectos dos afloramentos da Unidade Piranguinhos: a) rocha ortoderivada dobrada com matriz fina e feldspatos milimetricos. b) rocha ortoderivbada muito rica em K-feldspatos, alguns elongados, nas proximidades da zona de cisalhamento. c) intercalação da unidade porfiritica com lentes de anfibolito e rocha ultramáfica todos intensamente deformados na região da zona de cisalhamento. d) rocha pouco afetada pela zona de cisalhamento, apresenta fenocristais de K-feldspato com tamanhos variados em matriz fina; na parte superior ocorre um megacristal e/ou porfiroclasto de K-feldspato de tamanho centimétrico. e) Afloramento da unidade paraderidada intercalada nos ortognaisses, gnaisse muito rico em granada pontualmente, ocorrem leitos com 80% de granada. f) gnaisse paraderivado quartzo feldspático na região da zona de cisalhamento, com textura filonítica.

a b

c d

e f

48

PETROGRAFIA

Os ortognaisses da Unidade Piranguinhos são compostos de quartzo, K-

feldspato, plagioclásio e biotita como minerais essenciais; granada ocorre

localmente como mineral essencial, geralmente como acessório. Também

ocorrem opacos, clorita, zircão, alanita e apatita, como minerais acessórios.

Muscovita secundaria ocorre em quase todas as amostras.

A rocha apresenta-se fortemente deformada com uma foliação marcada

pelos minerais micaceos, primários ou secundários (Foto. 3.19); a matriz fina

engloba porfiroclastos de K-feldspato idiomórficos ou hipdiomórficos. O formato

e as dimensões desses fenocristais são variáveis, dependendo da intensidade

da deformação sofrida pela rocha. A rocha apresenta feições de deformação

dúctil, como dobras, e clastos de feldspato estirados e com textura manto

núcleo, mas também apresenta estruturas rúpteis, como falhas em grãos

cortando a matriz da rocha (ver Cap. 5).

Quando visíveis na matriz, os grãos de quartzo apresentam extinção

ondulante e novos grãos. Os feldspatos apresentam subgrãos e novos grãos

ou ocorrem estirados com extinção ondulante (Foto 3.19).

Apatita, alanita e zircão ocorrem como cristais isolados, idiomórficos, na

matriz. Clorita, opacos e sericita ocorrem substituindo outros minerais. Em

praticamente todas as amostras a biotita esta parcialmente substituída por

muscovita, que também ocorre bordejando clastos de feldspato.

Os metassedimentos (NP2ps) intercalados no NP2pi, são quartzitos

micaceos, gnaisses quartzo feldspáticos milloniticos (Foto. 3.20) granaditos

(rocha gnáissica muito rica em granada) com ate 80% de granadas em matriz

quartzo feldspática (Foto. 3.20), possivelmente um metachert. Os afloramentos

de gnaisse encontrados estão nas proximidades da zona de cisalhamento. As

rochas se apresentam ultramiloníticas com raros porfiroclastos de feldspato e

granada. Entre essas rochas ocorre um afloramento de gnaisse com

ortopiroxênio (Foto. 3.21). A partir da ocorrência desse mineral e levando-se

em conta a continuidade da unidade com a mapeada por Tavares (2007),

assumiu-se que essa unidade esta na fácies granulito (ver Cap. 6). O

49

afloramento de granulito descrito no item acima possui características

petrográficas distintas das demais rochas desta unidade. Sua mineralogia é

composta de granada, plagioclásio K-feldspato, anfibólio, clinopiroxênio e

biotita como minerais essenciais, alem de opacos, titanita, sericita, alanita,

clorita, e calcita como minerais acessórios. Os minerais micaceos formam uma

foliação bem marcada e que circunda os porfiroblastos de granada e feldspato.

A associação mineralógica indica fácies metamórfica granulítica, porem não

foram encontrados outros afloramentos desta rocha.

50

Fotomicrografia 3.19 Aspectos petrográficos do ortognaisses da Unidade Piranguinhos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicois paralelos, a esquerda Nicois cruzados: a) e b) Fenocristal/porfiroclasto de K-feldspato deformado, bordejado por muscovita, em matriz fina recristalizada, lamina orientada mostrando movimento destral, fitas de feldspatos estirados. c) e d) foliação bem marcada pelo alinhamento de cristais micaceos, biotita parcialmente substituída por muscovita. e) e f) porfiroclasto de K-feldspato deformado, mostrando movimento destral, relacionado à zona de cisalhamento, a foliação esta bem marcada por laminas de biotita/muscovita e cristais de quartzo e feldspato estirados na matriz, muito deformada.

a b

e f

c d

51

Fotomicrografia 3.20 : Aspectos petrográficos das rochas paraderivadas intercalada na Unidade Piranquinhos. a) e b) Nicois paralelos e cruzados respectivamente. Porfiroblasto de feldspato em matriz quartzo feldspática; foliação levemente defletida ao redor do porfiroclasto em quartzito feldspático. c) microporfiroclasto de feldspato em matriz quartzo feldspática. d) granadito, rocha com cerca de 80% de granada e biotitas, opacos e quartzo nos interstícios. Barra em vermelho marca a escala de 500µm.

d

a

c

b

52

Fotomicrografia 3.21: Aspectos petrográficos das rochas metassedimentares intercalados na Unidade Piranguihos, barra em vermelho indica a escala, 500 µm. A direita Nicois paralelos, a esquerda Nicois cruzados: a) e b) matriz quartzo feldspática com biotita, porfiroblastos de granada e ortopiroxênio. c) e d) pórfiroblasto de granada com as bordas substituidas por sericita/muscovita e pórfiroclasto de feldspato com núcleo preservado e manto deformado e recristalizado, matriz muito fina rica em minerais micaceos.

3.4 Intrusivas sin a tardi tectônicas

3.4.1 Granito / Granito Gnaisse. NP3γγγγ3srs e NP3γγγγ3g

No extremo SW da área ocorre um corpo granítico de aproximadamente

0,5 km de extensão. Está encaixado em uma zona de cisalhamento D4

(Tavares, 2007) (ver capítulo 4), intrusivo nas rochas da Nappe Socorro. Aflora

nas proximidades de Santa Rita do Sapucaí, com excelente exposição de

lagedos nas encostas e no topo dos morros.

a

c d

b

53

Apresenta composição monzogranítica (Fig. 3.4), textura homogênea

equigranular porfirítica com fenocristais de K-feldspato (microclina) de até 2cm

(Foto 3.22). A foliação é marcada principalmente por fenocristais idiomórficos

de K-feldspato entrecortada por bandas de deformação estreitas

anastomosadas. Em alguns pontos esta foliação está obliterada por uma

foliação protomilonítica a ultramilonítica.

Também ocorrem outros dois corpos graníticos/ granito-gnaisse de

dimensões mapeáveis em outros pontos na área, ao sul da cidade de Heliodora

e ao sul da cidade de Natércia. São rochas com características muito parecidas

com o granito Santa Rita do Sapucaí, que por vezes não apresentam

deformação, sendo, portanto interpretados como produtos da fusão parcial das

rochas encaixantes, de idade sin a tardi tectônicas.

A P

Q

quartzolito

granitoiderico em quartzo

alk -

fs.

rani

to

granitograno-diorito

t onalit o

q-alk-fspsienito

quartzo- quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-diorito

q-anortosito

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldsparsienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

-p.

g sieno-granito

monzo-

sienito q-gabro

Figura 3.4: Diagrama de classificação de rochas ígneas plutônicas (Streckeisen, 1974) com a composição das rochas da unidade NP3γ3g, com composição monzogranítica. Plotada com base em composição CIPW da amostra analisada quimicamente.

54

Fotografia 3.22: Aspecto do granito leucocrático pouco deformado intrudido em ortognaisses do embasamento a deformação é heterogenea: por vezes apresenta feldspatos estirados, relacionado a ZCSR (Cap. 5) ou textura equigranular.

PETROGRAFIA

O monzogranito é composto de quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita

e muscovita como minerais essenciais e alanita, zircão, turmalina, titanita e

opacos como acessórios (Foto 3.23). Também ocorrem muscovitas

secundarias substituíndo biotitas e bordejando outros minerais.

Quartzo, K-feldspato e plagioclásio apresentam freqüentemente extinção

ondulante, Biotita ocorre em aglomerados descontínuos, marcando a foliação.

Ocorrem porfiroclastos deformados de K-feldspato e plagioclásio, apresentando

por vezes geminação em cunha.

55

Fotomicrografia 3.23 Aspectos petrográficos do granito Santa Rita do Sapucaí; barra em vermelho indica a escala, 500 µm. Ambas com Nicois cruzados: a) matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de K-feldspato com geminação em cunha. b) matriz quartzo feldspática, porfiroclastos de plagioclásio, biotitas e muscovitas alinhadas formado uma foliação mal desenvolvida.

a b

56

4 Unidades tectônicas

Na região sul de Minas Gerais ocorre uma série de escamas tectônicas

e/ou nappes empilhadas durante a estruturação da faixa de dobramento

Brasília e posteriormente deformadas durante a orogenia Ribeira. Essas

nappes foram estudadas por diversos pesquisadores., No presente trabalho

será apresentado e adotado a classificação e nomenclatura propostas por

Trouw et al. ( 2000, 2006) e Peternel et al.( 2005).

Os autores supracitados identificaram, na região entre Três Corações-

MG, e Varginha, sete nappes, com transporte tectônico para ENE, nomeadas

da base para o topo como: Luminárias, São Tomé das Letras, Carmo da

Cachoeira, Lambari, Varginha e Guaxupé (Fig. 2.6).

Na área de Heliodora, foram mapeadas parte de algumas dessas

nappes, através de critérios de campo e correlação com áreas adjacentes já

mapeadas pelos autores citados acima e por Tavares (2007). Foram

identificadas as seguintes nappes, em ordem de empilhamento estratigráfico:

Carmo da Cachoeira, Lambari e Socorro/Guaxupé (Fig. 4.1). O contato dessas

unidades tectônicas é marcado por falhas de empurrão, em geral com milonitos

associados e lineações de estiramento predominantemente com caimento

suave para SW ou NE indicando a direção de transporte tectônico., Indicadores

cinemáticos em laminas delgadas e em campo mostram o sentido do

movimento com topo para ENE (Fig. 4.2). Na área mapeada essas unidades

são cortadas por três zonas de cisalhamento (Fig. 4.1 e 4.2), Zona de

Cisalhamento Jesuânia e Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí ambas

de caráter dúctil rúptil destrais e Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras

de caráter rúptil dúctil compressiva, todas elas relacionadas a evolução do

orógeno Ribeira (ver cap. 5).

57

ZCJ

ZCCP

ZCSR

0 5.0002.500m

1

7

1

3

10

20

2310

20

12

20

20

20

25

18

40

57

70

15

B

425000

425000

430000

430000

435000

435000

440000

440000

445000

445000

7540

000

7540

000

7545

000

7545

000

7550

000

7550

000

7555

000

7555

000

7560

000

7560

000

7565

000

7565

000

A

LegendaL2

L3/L4

Estruturas

Empilhamento Tectônico das Nappes

Nappe Carmo da Cachoeira

Nappe Socorro-GuaxupéNappe Lambari Falha de Empurrão

Zona de Cisalhamento trascorrente ou compressiva

Figura 4.1: Mapa tectônico da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, as lineações e as zonas de cisalhamento referentes aos transportes tectônicos relacionados as orogêneses Brasília (L2) e Ribeira (L3/L4). ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras, ZCSR – Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí. As Lineações L2 são referentes ao transporte tectônico doa Faixa Brasília e as lineações L3 e L4 referente a faixa Ribeira. A seta maior indica a direção de transporte das Nappes da Faixa Brasília.

58

D2

A - NNW A’ - SSE

1000m

500m

1500mZCJ

ZCCP

Figura 4.2: Seção tectônica AA’ da área de Heliodora, mostrando o empilhamento das nappes, e as zonas de cisalhamento. ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia, ZCCP –Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras. Acima a relação das lineações (estereogramas) e indicadores cinemáticos mostrando respectivamente a direção e o sentido de transporte tectônico das nappes e Zonas de Cisalhamento, da direita para a esquerda: Nappe Socorro- t, ZC Conceição das Pedras, Nappe Lambari, ZC Jesuânia. Escala horizontal igual a escala vertical (sem exagero vertical).

SW NE SW NE SW NE

59

5 Geologia estrutural

Na área estudada é possível reconhecer estruturas relacionadas a

quatro fases de deformação sucessivas D1 a D4, equivalentes com as

estruturas observadas por Peternel (2005) e Tavares (2007) em áreas

adjacentes a leste e a sul respectivamente.

5.1 Fase deformacional D1

Esta fase deformacional foi observada em lâminas petrográficas, na

forma de clivagens crenuladas em rochas do embasamento, parcialmente

transpostas pela foliação principal S2 (Foto 5.1). Em afloramentos essas

estruturas estão quase completamente obliteradas pela fase deformacional

posterior, D2, não sendo observada com clareza. Na área adjacente a leste,

Peternel (2005) observou trilhas de minerais orientadas dentro de granadas

crescidas durante o primeiro evento metamórfico, e constatou que a estrutura

principal S2, foi gerada pelo dobramento da foliação anterior S1.

As estruturas D1 observadas estão associadas ao primeiro evento

acrescional da faixa Brasília (Trouw et al., 2000), que na região de Carrancas

(a nordeste da área mapeada), gerou o transporte para SE de nappes

formadas por rochas da MsA, sobre rochas autóctones da MsA e do

embasamento (Paciullo, 1997; Peternel et al., 2005).

60

Fotomic

Fotomicrografia 5.1: Imagem da esquerda com Nicois cruzados, imagem da direita com Nicois paralelos. Barra em vermelho com 500 µm. Foliação S1 (subhorizontal) crenulada por S2 (subvertical)em ortognaisse do embasamento.

5.2 Fase deformacional D2

Esta fase deformacional gerou a foliação principal, S2, observada na

área. Distingue-se pela orientação preferencial de minerais micaceos

transpondo quase totalmente as estruturas da fase anterior. A foliação S2 é

paralela a anastomosada, bem definida. Sua atitude varia bastante através da

área, mas em geral apresenta mergulhos íngremes ora para NW ora para SE

(Fig. 5.1). Associada a esta fase também se observa dobras fechadas a

isoclinais com plano axial em geral paralelo a S2 variando entre 165/30 e

207/70 e com eixo com caimento suave para ENE (Foto 5.2 e 5.3).

Durante o evento D2 foi desenvolvido um sistema de nappes com

transporte tectônico para ENE. Lineações de estiramento e minerais L2 com

caimento suave para SW, ou NE indicam a direção do movimento enquanto

indicadores cinemáticos observados em laminas delgadas com topo para ENE

indicam o sentido (Fig. 5.2 e Foto 5.3).

Entre os indicadores cinemáticos encontrados destaca-se microestrutura

do tipo mica fish, que ocorrem em diversas lâminas (Foto 5.4); planos S/C e

porfiroclastos de feldspato com estruturas do tipo stair stepping ocorrem com

menor freqüência. A maioria dos indicadores cinemáticos é concordante com o

transporte tectônico das nappes com topo para ENE.

61

Em alguns dos afloramentos de quartzitos da Unidade Santo Antônio na

Serra de Santa Catarina é possível observar a relação entre S2: 184/65 e S0:

325/40.

Estas estruturas estão associadas ao segundo evento acrescional da

parte sul da faixa Brasília (Trouw et al., 2000), que corresponde a colisão entre

os paleocontinentes São Francisco e Paranapanema.

Lower hemisphere - S2N=283 K=100.00 Sigma=2.830 Peak=12.39

1 %

2 %

3 %

4 %

5 %

6 %

7 %

8 %

9 %

10 %

11 %

12 %

Figura 5.1: Estereograma das linhas de maior caimento dos planos S2 na área de estudo. As medidas constituem uma guirlanda devido ao redobramento da fase posterior, D3, com eixo ENE-WSW e plano axial íngreme. N=283

62

Lower hemisphere - L2N=52 K=100.00 Sigma=0.520 Peak=13.34

2 %

4 %

6 %

8 %

10 %

12 %

Figura 5.2: Estereograma das lineações L2, com maior concentração das medidas em duas modas a SW e NE com máximas de atitudes de 237/02 e 58/03. A lineação L2 é interpretada como indicativo da direção do transporte tectônico das nappes no sentido NE-SW. N=52

Fotografia 5.2: Afloramento de quartzito da Unidade São Vicente (ponto HH-30), mostrando estruturas das fases D2 e D3. Em vermelho plano axial de dobra D2, paralelo a foliação principal S2: 165/30, em azul plano axial de dobra D3 redobrando a anterior com atitude 030/75

NE SW

63

Fotografia 5.3: Dobras fechadas D2 em ortognaisse da Unidade Piranguinhos, (ponto HH- 471).

Fotomicrografia 5.4: Indicadores cinemáticos do tipo mica fish indicando o sentido da movimentação tectônica das nappes, topo para ENE. Barra em vermelho indica a escala 500µm, nicois cruzados. a) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari); b) muscovita, granada silimanita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto HH- 428 (Nappe Carmo da Cachoeira); c) muscovita xisto da Unidade Santo Antônio, ponto MH-08 (Nappe Lambari).

SW NE

b

SW NE

a

W E

c

64

5.3 Fase de deformação D3

A deformação D3 gerou grandes dobras abertas, com plano axial

íngreme e normalmente ortogonais a S2 (Foto. 5.2 e 5.5). As dobras são

observadas em escala de afloramento e regional na forma de sinformais e

antiformais abertos em toda a área (Anexo I). Elas são também perceptíveis

através do estereograma das foliações S2 que apresenta uma guirlanda com

eixo de suave caimento ora para NW ora para SE (Fig. 5.1). Em algumas

laminas é possível observar minerais (biotitas, principalmente) formados ou

orientados durante D2, dobrados pelas deformação D3. (Foto 5.6).

Relacionado a fase D3, ocorre uma grande zona de cisalhamento, a

Zona de Cisalhamento Conceição das Pedras (ZCCP – Peternel, 2005), com

extensão de aproximadamente 20 km. Ocorre no sul da área, na região de

Fagundes, município de Santa Rita do Sapucaí.

A ZCCP é uma zona compressional com direção NE-SW como indicado

pelas lineações de estiramento down dip (Fig. 5.3). No campo não foram

observados indícios de movimento relativo horizontal, porém ocorrem

indicadores cinemáticos em lâminas delgadas com indicio de movimentação

destral (Foto 5.8). Trata-se de uma falha reversa com bloco alto a S-SE e com

ângulo de mergulho de 60º em média, podendo chegar a verticalidade. A leste

da área, associado a ZCCP ocorre o Granito Pedra Branca, com idade de 575

Ma (U-Pb em zircão, Peternel, 2005).

A ZCCP possui caráter rúptil dúctil e a ela estão associados milonitos de

temperatura baixa, indicado por estruturas microtectônicas como porfiroclastos

de feldspatos fragmentados por falhas microscópicas (Foto 5.7). O processo

de recristalização do quartzo do tipo bulging (Foto 5.8) também corrobora com

a baixa temperatura de formação (entre 300 e 400º - Passchier & Trouw, 2005)

para essas rochas miloníticas.

Em toda a área, porém mais abundantes no sul, ocorrem pequenas

zonas de cisalhamento subverticais com orientação N-S, em escala de

afloramento com cinemática sinistral (Foto. 5.9). São possivelmente associadas

65

a zonas de cisalhamento maiores com orientação similar e mesma cinemática

que ocorrem em área contígua a leste como por exemplo a Zona de

Cisalhamento Maria da Fé (ZCMF - Peternel, 2005), com idade 587 Ma (U-Pb

em zircão, Zuquim, 2008) .

As datações radiométricas e as semelhanças com estruturas descritas

na literatura referente a estruturação da faixa Ribeira indicam que estas ZC

estão associadas a evolução da faixa Ribeira (Peternel, 2005) na fase de

deformação DR1 de Peternel et al. (2005).

Fotografia 5.5 Dobras isoclinais D2 redobradas em dobras muito suaves D3 em quartzitos da Unidade São Vicente (ponto HH-31)

Fotomicrografia 5.6: Muscovitas sin D2 dobradas pela fase D3, em xisto da Unidade Santo Antônio (traço do plano axial D3 em amarelo)

66

Fotomicrografia 5.7: Estruturas microtectônicas de caráter rúptil, em milonitos de protólito ígneo associados a ZCCP. a) cristal de hornblenda fragmentado em estrutura do tipo bookshelf; b) e c) cristais de quartzo e feldspato estirados, praticamente sem recristalização. Essas estruturas também indicam temperatura baixa a media para a formação do milonito.

Figura 5.3: Estereograma das lineações minerais e de estiramento relacionadas a terceira fase de deformação; essas lineações são em sua maioria relacionadas a ZCCP, e representam a movimentação up dip e/ou obliqua desta zona de cisalhamento. N= 7

a b

c

67

W E

WSW ENE

Fotomicrografia 5.8: Estruturas microtectônicas em ultramilonitos de protólito metassedimentar associados a ZCCP, ponto HH-420. a) e b) indicadores cinemáticos do tipo muscovita fish indicando movimentação com topo para E. Os cristais de quartzo apresentam recristalização pelo mecanismo de bulging, o que indica temperatura relativamente baixa; c) indicadores cinemáticos do tipo planos C-C’ indicando movimentação com topo para ENE.

Fotografia 5.9: Zona de cisalhamento sinistral, em escala de afloramento no sul da área mapeada, relacionada a terceira fase de deformação, D3. (ponto HH-213)

a

c

W E

b

68

5.4 Fase deformacional D4

Associa se a essa fase deformacional a ocorrência de duas zonas de

cisalhamento. A Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ – Peternel, 2005), com

extensão de 27 km na área estuda, ocorre a norte da cidade de Heliodora. A

outra, a Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí (ZCSR, Tavares, 2007),

com extensão de aproximadamente 5 km ocorre na zona urbana da cidade

homônima no sul da área.

A ZCJ é uma zona de cisalhamento de caráter rúptil dúctil, transcorrente

anastomosada destral com direção ENE-WSW e mergulho variando entre 50º e

90º ora para sul ora para norte (Fig. 5.5). Lineações de estiramento e minerais

indicam direção de movimento subhorizontal (ENE-WSW, Fig. 5.5). Em lâminas

delgadas foram observados indicadores cinemáticos destrais (Foto 5.11). Em

escala de mapa observa-se um deslocamento horizontal aparente de

aproximadamente 12 km, observado em camadas de sucessões quartzíticas

intercaladas na unidade São Vicente (Fig. 5.4).

A essa zona de cisalhamento estão associados milonitos de média a alta

temperatura (500-700º, Passchier & Trouw, 2005) compatíveis com a fácies

anfibolito, indicado pelos grãos de quartzo recristalizados por recristalização

dinâmica (Foto. 5.10) (Passchier & Trouw, 2005).

A Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí é uma zona de

cisalhamento transcorrente destral com direção NE-SW e mergulho variando

de 60 e 85 para SE. Indicadores cinemáticos microtectônicos (Foto 5.12),

confirmam a movimentação destral. Essa zona de cisalhamento corta a

Unidade Piranguinhos e afeta mais intensamente uma sucessão quartzítica

intercalada nessa unidade. Além disso, o granito Santa Rita do Sapucaí esta

encaixado nessa ZC. Os milonitos associados foram gerados a temperaturas

médias (400-500º - Passchier & Trouw, 2005) compatíveis com a fácies xisto

verde a anfibolito, indicado pelos mecanismos de recristalização do quartzo por

rotação de subgrãos e por migração de fronteiras de grãos (Foto 5.13)

(Passchier & Trouw, 2005).

69

A gênese dessas zonas de cisalhamento foi interpretada como

relacionada a estruturação da Faixa Ribeira (Peternel, 2005), na fase de

deformação DR4 (Heilbron et al., 2000) ou DR2 de Peternel et al. (2005), pelas

correlações regionais e semelhanças morfológicas dessas estruturas com as

descritas na literatura para o evento supracitado.

Fotomicrografia 5.10 : quartzito da unidade São Vicente próximo a ZCJ, ponto HH-27. Grãos de quartzo com contatos poligonizados, formados por recristalização dinâmica, indicando temperatura de formação média a alta para milonitos relacionados a ZCJ.

Figura 5.4: Recorte do extremo nordeste da área mapeada, a esquerda folha Heliodora, a direta folha Cristina (Trouw et al, 2006). A linha mais espessa no centro da figura representa a Zona de Cisalhamento Jesuânia (ZCJ). A camada de quartzito que ocorre a sul da ZC na folha Heliodora, ocorre a norte da ZC na folha Cristina, mostrando um deslocamento horizontal aparente de cerca de 10-12 km. Legenda das unidades idêntica a do mapa geológico (Anexo 1).

70

Figura 5.5 Estereograma das linhas de maior caimento das foliações associadas a ZCJ (subvertical com ora para NNW ora para SSE). N=15 A direita estereograma das lineações na região da ZCJ, mostrando direção de movimento ENE-WSW. N=5

Fotomicrografia 5.11: Microestruturas relacionadas a deformação D4. Indicadores cinemáticos destrais, a) e b) Porfiroclastos feldspaticos deformados e apresentando stair stepping. Ortognaisse da Unidade Heliodora, ponto HH-67. barra em vermelho indica escala 500µm.

SW NE

a

SW NE

b

71

SW NE SW NE

Fotomicrografia 5.12 : Porfiroblasto/clasto de feldspato em quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mineral apresenta sombras de pressão que indicam movimentação destral, relacionada a ZCSR.

Fotomicrografia 5.13: Quartzito feldspático da Unidade Piranguinhos, ponto HH-06. Escala em vermelho 500µm. O mecanismo de recristalização do quartzo por rotação de subgrão e por migração de fronteiras de grãos indica temperaturas medias para a formação destes milonitos.

a b

a b

c

72

6 Metamorfismo

Foram reconhecidos na área evidencias de dois eventos metamórficos

sobrepostos, M1 e M2, provavelmente relacionadas as orogenias Brasília e

Ribeira Um retrometamorfismo afetou todas as rochas em maior ou menor

grau. A caracterização do metamorfismo foi feito com base nas associações

minerais das rochas, determinadas em lâminas delgadas. No granito Santa Rita

do Sapucaí e demais corpos graníticos intrusivos, não foi possível identificar

uma associação mineral metamórfica, porque estes corpos cristalizaram

tardiamente em relação ao auge do metamorfismo.

6.1 Evento metamórfico M1

Nas rochas metassedimentares das Unidades Santo Antônio e Arantina

foi observada uma associação de minerais metamórficas composta de granada

com inclusões de rutilo, biotita, muscovita e quartzo (Foto 6.1), com início de

anatexia associada (Foto 6.2). Não foi encontrada cianita, porém dados

regionais (Trouw et al., 2006) e outros mapeamentos, que englobaram parte da

área (Peternel, 2005 e Baltazar et al., 1988), apontam a ocorrência desse

mineral na área adjacente a leste.

A muscovita e o quartzo apresentam-se aparentemente em equilíbrio

indicando que não ocorreu a reação metamórfica de formação de feldspato

potássico e aluminossilicato a partir desses minerais. Nos gnaisses e xistos da

Unidade Santo Antônio e São Vicente ocorrem granadas com inclusões que

indicam crescimento mineral cedo sin D2 (Foto 6.3). É interpretado, então que

o metamorfismo M1 é cedo sin-D2.

Nas rochas do embasamento foi identificada uma associação

metamórfica composta por biotita, muscovita, hornblenda, plagioclásio e

granada (Foto 6.3), com anatexia associada (Foto 6.2). Também são

observados ortognaisses com textura migmatítica, possivelmente relacionados

com processos metamórficos anteriores ao Neoproterozóico (Foto 6.2)

73

A associação metamórfica e a ocorrência de fusão parcial nas rochas da

Megassequência Andrelândia e do embasamento são compatíveis com a fácies

anfibolito alto (Fig.6.1), provavelmente de pressão relativamente alta também,

indicada pela coexistência de rutilo com granada rica em almandina.

Em rochas metassedimentares da Nappe Guaxupé ocorrem plagioclásio,

K-feldspato, granada, hornblenda e ortopiroxênio (esse apenas detectado em

um ponto) (Foto 6.4), como minerais metamórficos. Num outro afloramento

ocorre rocha granulítica máfica composta de clinopiroxênio, granada,

plagioclásio e hornblenda (Foto 6.5). Essa associação metamórfica indica

fácies granulito de pressão intermediaria a alta (Fig. 6.1).

Os minerais metamórficos observados nas rochas da Megassequência

Andrelândia e da Nappe Guaxupé foram gerados em condições de P e T

diferentes. O contato basal da nappe marca, portanto, um contraste

metamórfico com rochas da fácies granulito sobrepostas a rachas da fácies

anfibolito (Fig. 6.4) Isto sugere que o pico metamórfico foi anterior a colocação

da nappe.

74

Fotomicrografia 6.1: Associaçãometamórfica das rochas paraderivadas da Megassequência Andrelândia, a esquerda Nicois cruzados, a direita Nicois paralelos;, a barra em vermelho tem meio mm de comprimento. a) e b) biotita granada xisto da Unidade Santo Antônio: granada com inclusões de rutilo e plagioclásio, bordejada por biotita intercrescida com muscovita, no entorno desta, porfiroblastos de em matriz muito fina quartzo feldspática. c) e d) biotita, granada xisto da Unidade Santo Antônio: muscovitas intercrescidas com biotitas em matriz muito fina quartzo feldspática; acima porfiroclasto de plagioclásio e abaixo feldspato.

a b

c d

75

Fotografia 6.2: a) Injeções pegmatíticas em biotita gnaisse da Unidade São Vicente; b) injeções pegmatíticas em ortognaisse da Unidade Heliodora,.indicando fusão parcial destas rochas, ocorrida em M1. c) migmatitos em ortognaisses da Unidade Heliodora possivelmente relacionados a processos metamórficos anteriores ao Neoproterozóico.

Fotomicrografia 6.3: Porfiroblasto de granada pré- ou sin-D2, a foliação S2 dada pelas biotitas é levemente defletida ao redor do cristal de granada. Biotita granada muscovita xisto da Unidade Arantina. Barra em vermelho tem 0,5 mm de comprimento.

a b

c

76

Fotomicrografia 6.4: Associações metamórficas relacionadas a M1 das rochas ortoderivadas do embasamento, a esquerda Nicois cruzados, a direita Nicois paralelos, a barra em vermelho tem 0,5 mm de comprimento. a) e b) Plagioclásios, hornblenda, biotita e microclinac) e d) Hornblenda, biotita, granada e plagioclásio.

77

Figura 6.1: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações metamórficas observadas em rochas metassedimentares da Megassequência Andrelândia. Em vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados durante M1, e em amarelo o campo de estabilidade durante M2. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito, An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994)

78

Fotomicrografia 6.5 : Associação metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé. a) e b) cristal de plagioclásio deformado; c) e d) cristais de granada, ortopiroxênio e biotita indicam fácies granulito de pressão intermediaria.

Fotomicrografia 6.6: Associação metamórfica das rochas paraderivadas da Nappe Guaxupé. granada, anfibólio e plagioclásio associada a clinopiroxênio (Foto 6.7) indicam fácies granulito de pressão alta.

79

Fotomicrografia 6.7: Cristal de clinopiroxênio, parcialmente substituído hornblenda e actnolita. Rocha granulítica da Unidade Piranguinhos (ponto HH-104). Barra em vermelho tem 0,5 mm. µm.

Figura 6.2: Gráfico pressão x temperatura com os campos de estabilidade das associações metamórficas registradas em rochas da Nappe Guaxupé. Em vermelho o campo de estabilidade dos minerais gerados durante o evento metamórfico M1. Em amarelo o campo de estabilização final em M2 da maioria das rochas na Nappe salvo alguns afloramentos que apresentam relictos de M1. Fácies metamórficas: XA - xisto azul, Ec - eclogito, Gr - granulito, An - anfibolito, XV - xisto verde, Co - metamorfismo de contato. Modificado de Yardley (1994).

80

6.2 Metamorfismo M2

Em varias lâminas da Megassequência Andrelândia das mesmas

unidades Santo Antônio e Arantina ocorre sillimanita fibrosa (Foto 6.8), em

aparente equilíbrio com a muscovita e quartzo. Tomando em consideração que

foi reportado cianita na área adjacente, a leste, pode se inferir que os minerais

cianita e sillimanita coexistem nas rochas metassedimentares.

De acordo com a correlação regional (Trouw et al, 2006 e Peternel et al,

2005) a cianita foi gerada em um evento metamórfico relacionado a faixa

Brasília e a silimanita foi gerada durante o metamorfismo relacionado a faixa

Ribeira em condições metamórficas de P e T inferiores, compatível com a

fácies anfibolito médio (Fig. 6.1).

Fotomicrografia 6.8: Sillimanita fibrosa em granada muscovita xisto da unidade Santo Antonio (ponto HH-428). Barra em vermelho corresponde a 0,5 mm

6.1 Retrometamorfismo

Indícios de retrometamorfismo foram observados em todas as rochas,

com exceção das rochas graníticas. Substituição de biotita por clorita e

muscovita, hornblenda por biotita e actinolita e plagioclásios bordejados por

81

muscovita e epidoto, além de calcita crescida em pequenas fraturas, indicam

retrometamorfismo compatível com a fácies xisto verde.

Figura 6.3: Mapa metamórfico da área de Heliodora, com indicação dos afloramentos com os minerais metamórficos indicativos de cada fácies.

82

7 Litoquímica

7.1 Metodologia

Foram selecionadas dezesseis amostras da área de estudo para

análises geoquímicas a partir de sua representatividade dos diferentes litotipos

aflorantes e ausência de alteração. As amostras selecionas foram

primeiramente cortadas extraindo-se um núcleo com menor grau de alteração

possível. Esse núcleo foi então lavado e seco. Em seguida a amostra foi

britada utilizando-se um britador de mandíbula produzindo britas com tamanhos

inferiores a 2cm. Essas britas foram novamente lavadas com água corrente,

em seguida com água destilada e posteriormente secas. Quando necessário, a

amostra foi quarteada para redução da quantidade a ser moída. As britas foram

então moídas em um moinho de panela de tungstênio Siebtechnik por até 5

minutos até a obtenção de um pó com diâmetro inferior a 200 mesh.

As amostras moídas foram encaminhadas ao Laboratório de

Espectrometria por Fluorescência de Raios-X do Departamento de Geologia da

UFRJ, onde foram determinas as concentrações de elementos maiores e

menores na forma de óxidos (Si, Ti, Al, Fe, Mn, Mg, Ca, K, Na, P) e a

concentração de elementos traço (V, Cr, Co, Ni, Zn, Ga, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Ba)

em ppm (partes por milhão).

O método de espectrometria por fluorescência de raio-X se baseia na

excitação atômica dos componentes da amostra através da emissão de um

feixe de raios-X, que gera nos elementos uma gama variada de outros raios-X

com diversos comprimentos de onda (fluorescência). A intensidade da

fluorescência de cada elemento é analisada como uma assinatura espectral

que permite discriminá-los. As limitações do método concentram-se nas

dificuldades para detecção de elementos mais leves que o Na (Z = 11) e os

ETR. Uma síntese sobre o método e suas aplicações pode ser obtida em

Rollinson (1997).

A perda ao fogo foi obtida através da obtenção do peso da amostra

antes e depois da mesma ser aquecida a 950ºC por meia hora. Os elementos

maiores foram detectados a partir da fusão de 1,2 g de pó do material com

83

tetraborato de lítio. Os elementos traços foram determinados em 7g do pó da

amostra, prensada com 1g de aglutinante wax. O equipamento utilizado foi o

Philips PW2400 com tubo de Rh.

Os elementos leves foram dosados com detetor de fluxo, cristal

analisador PET/Ge e potência do tubo 40 kV - 70 mA. Os elementos pesados

foram detectados com detetor selado, cristais analisadores LIF200/LIF220 e

potência do tubo 50 kV - 50 mA. Os erros analíticos estimados com base em

análises padrões são de: Si, Al (<1%), Fe, Mg, Ca (1-2%), Ti, Na, K (3-5%), P e

outros elementos traços (≤ 6%). As curvas de calibração foram obtidas a partir

da análise dos padrões internacionais NIM-P, 521-84n, GBW07112, GIT-IWG,

ANRT, BE-N GIT, PM-S GIT, CRPG BR, AN-G GIT, GBW07104, GBW07110,

GBW07111, AC-E, GS-N, MA-N, CRPG GH.

Os dados geoquímicos foram tratados no software GCDkit e foram

gerados gráficos de composição e discriminação, classificação e ambiência

tectônica para essas rochas.

O conjunto de dados levantados como distribuição, deformação,

petrografia e geoquímica, foram integrados numa tentativa de contribuir para os

modelos de petrogênese do embasamento e da Nappe Socorro-Guaxupé e de

evolução tectônica regional.

As rochas analisadas foram divididas em quatro grupos:

a) Rochas ortoderivadas félsicas a intermediarias do embasamento (7

amostras),

b) Rochas máficas (1 amostra)

c) Rochas ultramáficas do embasamento (2 amostras)

d) Rochas félsicas a intermediarias ortoderivadas da Nappe Socorro-

Guaxupé (5 amostras)

Para comparação com os dados obtidos foram selecionadas outras 19

amostras de áreas adjacentes a leste e a nordeste (Folha Itajubá e Folha

Varginha respectivamente, ambas na escala 1:100.000). Essas amostras foram

84

coletadas a analisadas por Trouw et al., (2006), usando o método ICP-MS e

ICP-ES em laboratórios ACME localizados no Canadá (Tab. 7.3).

Trouw et a. (2006) analisaram 6 amostras de rochas graníticas do

embasamento, três amostras em cada área. Neste trabalho, essas amostras

forma agrupadas em dois grupos, 5 delas formam um trend cálcio alcalino e

uma faz parte da série toleítica. Foram analisadas outras cinco amostras das

unidades ortoderivadas da Nappe Socorro-Guaxupé, sendo três delas na folha

Itajubá e duas na Folha Varginha. Das rochas anfibolíticas foram analisadas

oito amostras de rocha intercalados no embasamento e na Megassequência

Andrelândia, sendo três na folha Itajubá e cinco na folha Varginha.

Esses dados serão apresentados, nos diagramas classificatórios e

discriminantes de ambiente geotectônico em conjunto com os dados obtidos na

área de Heliodora, na tentativa de comparar e complementar as análises

químicas realizadas.

85

Figura 7.1: Mapa geológico da região de Heliodora com a localização das amostras analisadas geoquimicamente. Legenda do mapa geológico idêntico ao apresentado no anexo I.

86

Tabela 7.1: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Heliodora.

Unidade Amostra Total PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO C aO Na2O K2O TiO2 APPh N HH122 100,13 0,67 72,932 14,546 1,617 0,032 0,147 1,298 3,341 5,548 0,163 APPh N HH122B 100,03 0,67 73,498 13,748 1,839 0,03 0,2 1,08 2,902 5,845 0,173 APPh N HH128B 100,6 0,25 73,9 12,76 3,39 0,04 0,11 1,17 2,61 6,03 0,28 APPh N HH138 100,58 0,41 73,554 15,142 1,463 0,026 0,366 1,714 5,408 2,254 0,196 APPh N HH276 100,59 0,49 74,534 14,708 1,149 0,026 0,266 1,763 4,178 3,271 0,196 APPh S HH204 100,03 0,17 69,83 13,02 6,16 0,08 0,3 2,36 2,58 4,7 0,64 APPh S HH213B 99,95 0,33 69,77 12,85 6,28 0,08 0,36 2,37 2,41 4,62 0,69 APPh S HH241 100,08 0 69,17 13,28 6,53 0,08 0,28 2,66 2,49 4,7 0,69 NP2p HH249 100,06 0,75 70,79 14,29 3,01 0,03 0,52 1,65 2,51 5,88 0,47 NP2p HH320 100,08 0,5 72,096 14,378 2,398 0,045 0,499 1,682 3,44 4,656 0,3 NP2p HH376 99,74 0,83 65,632 15,893 4,828 0,075 1,697 3,523 4,104 2,437 0,551 NP2p HH404 99,76 0,67 64,619 15,775 5,394 0,108 0,259 2,272 4,177 5,766 0,569 NP2p HH472 99,59 0,5 69,807 14,506 3,173 0,036 0,589 1,619 2,864 5,741 0,557 Anf HH411A 100,637 2,33 48,538 3,471 14,202 0,165 27,755 3,527 0,133 0,033 0,435 Anf HH415 99,831 1,25 48,049 12,717 9,545 0,159 11,027 11,727 2,23 1,204 1,58 Ultram HH293 100,88 2,74 49,947 14,907 10,185 0,162 7,075 13,642 0,968 0,29 0,889

Unidade Amostra P2O5 V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba APPh N HH122 0,037 51 -18 -7 7 52 19 190 190 50 157 11 58

APPh N HH122B 0,047 48 -34 -6 5 56 18 197 173 56 199 12 49

APPh N HH128B 0,05 -20 322 53 232 153 265 19 573 80 44 19 130

APPh N HH138 0,052 53 -7 -8 6 61 21 72 832 17 168 8 74

APPogh N HH276 0,054 50 -19 -10 5 38 19 112 391 26 141 11 59

APPh S HH204 0,2 -23 460 63 303 116 304 22 325 26 93 13 38

APPh S HH213B 0,19 -23 232 58 280 329 397 21 991 34 42 6 66

APPh S HH241 0,21 -21 423 62 159 352 610 29 1521 33 66 2 81

NP2p HH249 0,15 -20 484 53 151 367 588 28 1819 14 54 -1 95

NP2p HH320 0,088 60 -5 -3 14 55 18 145 357 37 193 11 108

NP2p HH376 0,172 88 16 13 13 74 17 57 893 14 184 10 216

NP2p HH404 0,156 94 -17 17 -3 92 22 82 258 43 665 26 199

NP2p HH472 0,19 91 -14 2 -2 66 17 164 356 42 353 22 204

Anf HH411A 0,047 103 421 47 111 76 16 18 94 36 32 7 363

Anf HH415 0,324 172 649 44 207 71 17 33 385 17 74 21 560 Ultram HH293 0,076 82 583 70 2230 70 13 15 40 8 21 5 230

87

Tabela 7.2: Norma CIPW para as amostras da área de Heliodora analisadas quimicamente.

Amostra Q C Or Ab An Di Hy Ol Il Hm Tn Ru Ap Sum HH-122 29,369 0,773 32,787 28,271 6,198 0 0,366 0 0,068 1,617 0 0,127 0,088 99,663 HH-122B 31,768 0,796 34,542 24,556 5,051 0 0,498 0 0,064 1,839 0 0,139 0,111 99,365 HH-128B 33,151 0 35,635 22,085 5,291 0 0,274 0 0,086 3,39 0,132 0,181 0,118 100,343 HH-138 29,399 0,814 13,32 45,761 8,164 0 0,912 0 0,056 1,463 0 0,167 0,123 100,178 HH-276 33,691 1,218 19,331 35,353 8,394 0 0,663 0 0,056 1,149 0 0,167 0,128 100,148 HH-213B 32,991 0,03 27,303 20,393 10,517 0 0,897 0 0,171 6,28 0 0,6 0,45 99,631 HH241 31,313 0 27,776 21,07 11,177 0 0,697 0 0,171 6,53 0,457 0,414 0,497 100,102 HH-204 31,968 0 27,776 21,831 10,063 0 0,747 0 0,171 6,16 0,238 0,453 0,474 99,882 HH-249 29,798 1,155 34,749 21,239 7,206 0 1,295 0 0,064 3,01 0 0,436 0,355 99,308 HH-472 27,365 1,091 33,928 24,234 6,791 0 1,467 0 0,077 3,173 0 0,517 0,45 99,093 HH-320 30,167 0,831 27,516 29,108 7,77 0 1,243 0 0,096 2,398 0 0,249 0,208 99,587 HH-376 22,84 0,51 14,402 34,727 16,355 0 4,227 0 0,16 4,828 0 0,467 0,407 98,922 HH-404 14,086 0 34,075 35,345 7,264 1,113 0,129 0 0,231 5,394 1,098 0 0,37 99,105 HH-411A 0,653 0 0,195 1,125 8,776 5,874 66,409 0 0,353 14,202 0,612 0 0,111 98,311 HH-415 0 0 7,115 18,87 21,133 23,39 7,798 6,184 0,34 9,545 3,439 0 0,767 98,582 HH-293 10,489 0 1,714 8,191 35,473 22,767 7,068 0 0,347 10,185 1,735 0 0,18 98,148

Observações: lista de litotipos analisados quimicamente

HH-122 ortognaisse fino com bandamento milimétrico com biotita e anfibólio, HH-122B ortognaisse fino com bandamento milimétrico com biotita e anfibólio, HH-128B biotita ortognaisse com porfiroclastos de feldspato estirados HH-138 ortognaisse porfirítico com granada, anfibólio, biotita HH-276 biotita gnaisse bandado HH-213B Ortognaisse porfirítico com anfibólio HH241 Ortognaisse grosso com anfibólio e granada HH-204 Ortognaisse grosso com anfibólio e granada HH-249 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato HH-472 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato (protomilonítico) HH-320 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros (1-3cm) de K-feldspato HH-376 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato estirados HH-404 Ortognaisse matriz fina e rico em porfiros de K-feldspato estirados HH-411A Anfibolito com pequenos cristais de piroxênio HH-415 Anfibolito com cristais centimétricos HH-293 Olivina websterito

88

Tabela 7.3: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006). Continua na próxima página.

Unidade Amostra Total PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 MnO MgO C ão Na2O K2O TiO2 P2O5 Embasamento V1(MR-257) 99,99 0,4 72,68 12,68 3,85 0,04 0,3 1,73 2,6 5,1 0,49 0,11 Embasamento V4(CRV-F-6) 100,12 0,4 64,64 15,07 5,63 0,07 2,09 3,75 3,7 3,66 0,75 0,35 Embasamento I17(RD-89-2) 100,47 0,5 71,09 14,17 3,19 0,02 0,6 1,56 2,74 5,92 0,44 0,09 Embasamento I18(RD-584-2) 99,9 1 59,82 16,04 6,64 0,11 3,82 6,09 4,23 1,33 0,55 0,17 Embasamento I24(PEDRAO-1) 99,8 1,4 70,66 14,87 3,04 0,03 0,67 2,33 5,02 1,43 0,28 0 ,01 Embasamento S V3(MR-138) 99,76 0,6 69,89 12,95 5,68 0,07 0,25 2,62 2,81 4,34 0,45 0,1 Nappe Socorro Guaxupé V7(MR-234) 100 0,4 65,12 16,02 5,13 0,08 1,94 4,63 3,4 2,37 0,67 0,23 Nappe Socorro Guaxupé V8(MR-79) 100,11 0,5 60,28 16,82 7,7 0,12 2,94 6,07 3,17 1,45 0,88 0,17 Nappe Socorro Guaxupé I1(GI-32) 100,19 0,7 71,31 14,37 3,02 0,06 0,82 2,44 3,55 3,42 0,41 0,09 Nappe Socorro Guaxupé I4(RD-1074) 99,92 0,7 65,72 15,15 4,62 0,1 1,12 2,72 3,37 5,17 0,87 0,38 Nappe Socorro Guaxupé I6(RD-288) 99,99 0,4 57,04 16,3 6,77 0,1 3,53 4,77 3,71 5,59 1,18 0,58 Anfibolito V5(CRV-F-19) 100,09 0,8 49,15 15,89 11,27 0,19 5,96 12,56 2,62 0,29 1,14 0,13 Anfibolito V6(MR-218) 100 0,2 45,96 14,58 12,3 0,17 9,35 13,04 1,65 0,34 2,1 0,26 Anfibolito V10(CVR-F-18) 100,02 0,5 50,37 14,02 15,45 0,2 4,58 7,92 2,57 2,02 2,01 0,36 Anfibolito V11(E-2) 99,94 0,4 46,1 14,18 16,49 0,22 4,99 7,84 2,93 2,52 3,24 1,01 Anfibolito V23(CRV-F-28) 100,17 0,7 64,2 15,52 7,29 0,12 3,61 2,14 2,9 2,57 0,89 0,2 Anfibolito I3(RD-142) 99,95 0,8 49,72 13,65 14,32 0,22 6,99 10,55 2,27 0,29 1 0,1 Anfibolito I7(RD-654) 99,69 1 35,69 19,93 19,07 0,19 6,52 12,28 1,74 0,24 2,69 0,31 Anfibolito I8(CTV-455) 99,99 0,6 49,08 14,57 12,54 0,2 7,89 10,92 1,69 0,41 1,82 0,22

Unidade Amostra V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba Embasamento V1(MR-257) 17 1000 26,1 1,5 50 19 131,7 193,5 18 439,4 13 1280,7 Embasamento V4(CRV-F-6) 72 6000 12 14,1 68 20,7 149,3 409,1 29,5 306,2 15,7 892,1 Embasamento I17(RD-89-2) 20 7000 3,2 7 58 21,8 198,2 224,3 15,6 269,3 8,4 1265 Embasamento I18(RD-584-2) 98 23000 20,9 41,3 49 19,1 28,3 672,4 16,7 103,7 5,9 666 Embasamento I24(PEDRAO-1) 18 11000 4,7 12,4 54 19,5 21,9 605,1 3,8 163,6 1,9 498 Embasamento S V3(MR-138) 12 1000 2,6 1,6 114 26 116,6 286,5 146,5 655,1 40,8 1855,2 Nappe Socorro Guaxupé V7(MR-234) 86 5000 12,3 8,9 17 18,9 56,2 389,1 9,1 144,3 7,3 642,4 Nappe Socorro Guaxupé V8(MR-79) 147 7000 38 8,8 14 19 24,5 336,3 14,5 100,9 8,1 390,5 Nappe Socorro Guaxupé I1(GI-32) 36 1000 37,2 4,3 44 15,7 109,1 250,6 20,6 214,8 9,3 763,2 Nappe Socorro Guaxupé I4(RD-1074) 55 1000 22 1,5 54 19,5 169,1 333,3 69,2 703,8 30,4 1342,1 Nappe Socorro Guaxupé I6(RD-288) 114 14000 19,2 17,4 26 20,3 280,5 771,5 22,3 314,8 28 1271,8

89

Tabela 7.3: Continuação: Dados litogeoquímicos das amostras estudadas na área de Varginha e Itajubá por Trouw et al. (2006).

Unidade Amostra V Cr Co Ni Zn Ga Rb Sr Y Zr Nb Ba Anfibolito V5(CRV-F-19) 303 54000 76,1 185,6 24 16,8 1,8 168,2 30,5 50,6 3,3 75,9 Anfibolito V6(MR-218) 247 29000 65,4 15,9 14 16,8 6 505 37,1 116,5 17,9 86,2 Anfibolito V10(CVR-F-18) 243 1000 57,5 43,7 69 22,4 30,3 329 37 212,3 10,9 704,4 Anfibolito V11(E-2) 309 8000 46,1 38,7 81 21,2 66,1 279,6 55,5 277 15,7 421 Anfibolito V23(CRV-F-28) 151 19000 19,4 59,3 76 18,8 75,8 198,9 32,5 181,1 9,5 464,1 Anfibolito I3(RD-142) 310 19000 68,3 45,4 22 15,8 5,2 144,3 23,1 52,3 2,2 33,7 Anfibolito I7(RD-654) 498 17000 60,9 33,3 41 36 4,2 1837,7 40,1 82,6 7,7 25,9 Anfibolito I8(CTV-455) 318 27000 59,2 37,2 11 18,9 9,8 254,2 28 138,4 13,9 106,9

Tabela 7.4: Norma CIPW para as amostras das áreas de Itajubá e Varginha analisadas quimicamente por Trouw et al. (2006).

AMOSTRAS Q C Or Ab An Ne Di Hy Ol Il Hm Tn Pf Ru Ap Sum V1(MR-257) 34,194 0 30,139 22 7,864 0 0 0,747 0 0,086 3,85 0 0 0,445 0,261 99,586 V4(CRVF--6) 19,512 0 21,629 31,308 13,701 0 0,217 5,105 0 0,15 5,63 1,648 0 0 0,829 99,729 I17(RD-89-2) 28,512 0,633 34,985 23,185 7,151 0 0 1,494 0 0,043 3,19 0 0 0,418 0,213 99,825 I18(RD-584-2) 13,642 0 7,86 35,793 20,851 0 5,268 7,073 0 0,235 6,64 1,046 0 0 0,403 98,811 I24(PEDRAO-1) 29,996 0,827 8,451 42,478 11,56 0 0 1,669 0 0,064 3,04 0 0 0,246 0 98,331 V3(MR-138) 31,757 0 25,648 23,777 9,903 0 0,894 0,208 0 0,15 5,68 0,911 0 0 0,237 99,166 V7(MR-234) 24,112 0 14,006 28,77 21,45 0 0 4,832 0 0,171 5,13 0,012 0 0,575 0,545 99,603 V8(MR-79) 19,731 0 8,569 26,824 27,383 0 0 7,323 0 0,257 7,7 1,142 0 0,28 0,403 99,611 I1(GI-32) 31,375 0,607 20,211 30,039 11,517 0 0 2,042 0 0,128 3,02 0 0 0,343 0,213 99,496 I4(RD-1074) 19,92 0 30,553 28,516 10,941 0 0 2,79 0 0,214 4,62 0,05 0 0,737 0,9 99,241 I6(RD-288) 2,068 0 33,035 31,393 11,312 0 3,771 7,044 0 0,214 6,77 2,62 0 0 1,374 99,602 V5(CRV-F-19) 4,002 0 1,714 22,17 30,74 0 21,403 4,923 0 0,406 11,27 2,273 0 0 0,308 99,21 V6(MR-218) 0,742 0 2,009 13,962 31,372 0 19,44 14,277 0 0,364 12,3 4,685 0 0 0,616 99,767 V10(CVR-F-18) 8,403 0 11,938 21,747 20,752 0 7,761 7,81 0 0,428 15,45 4,382 0 0 0,853 99,522 V11(E-2) 1,09 0 14,892 24,793 18,096 0 2,94 11,066 0 0,471 16,49 7,346 0 0 2,392 99,576 V23(CRV-F-28) 28,093 4,555 15,188 24,539 9,31 0 0 8,992 0 0,257 7,29 0 0 0,755 0,474 99,452 I3(RD-142) 8,165 0 1,714 19,208 26,199 0 17,8 9,159 0 0,471 14,32 1,847 0 0 0,237 99,119 I7(RD-654) 0 0 1,418 11,564 45,861 1,711 3,434 0 10,265 0,406 19,07 0 4,216 0 0,734 98,68 I8(CTV-455) 7,842 0 2,423 14,3 30,959 0 12,629 13,798 0 0,428 12,54 3,915 0 0 0,521 99,355

90

7.2 Embasamento

No embasamento ocorrem rochas com composições que variam de

monzogranito a granodiorito. Através do mapeamento geológico, foi possível o

reconhecimento de dois grupos com características mineralógicas e texturais

bem distintas porem, não foi feito a individualização dos corpos ígneos pela

falta de possibilidade de determinar as relações cronológicas e de contato.

Ao analisar os dados químicos, ficaram evidentes as diferenças de

composição química e características discriminantes de ambiência tectônica

para esses dois corpos. Portanto serão analisados individualmente dois

conjuntos de dados de rochas do embasamento, separados aqui em Heliodora

Norte e Heliodora Sul.

7.2.1 Ortognaisse Heliodora – Norte

O primeiro conjunto se concentra na parte norte da área mapeada,

representada pelas amostras (HH-122, 128, 138 e 276). Essa unidade possui

composição mozogranítica a granodiorítica (Fig. 7.2) e mineralogia composta

de quartzo, feldspatos, biotita e hornblenda como minerais essenciais.

Segundo a Norma CIPW das amostras analisadas (Tab.7.2), as rochas

são supersaturadas em sílica (presença de Q normativo e ausência de Ne e

Ol), possuem uma porcentagem de quartzo que varia de 33,7 a 29,4. Apenas

uma amostra não apresentou Coríndon Normativo. As porcentagens de

Ortoclasio são bastante variadas desde 33,6 até 13,3%, Albita e Anortita

também apresentam um range considerável nas amostras analisadas (45,8-

20,4 e 10,6 a 6,1 respectivamente). Todas as amostras possuem pequena

quantidade de Hiperstênio e Ilmenita normativos que não apresentam

variações significativas. Hematita, Rutilo e Apatita também ocorrem em todas

as amostras porém em algumas amostras apresentam valores anômalos (cerca

de cinco vezes a média das demais análises), titanita ocorre em apenas uma

amostra. A mineralogia normativa é compatível com o observado em lâminas

91

petrográficas, exceto o hiperstênio e óxidos de ferro, que representam na

norma os minerais ferro-magnesianos observados em lâmina (Hornblenda e

biotita principalmente). O índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960),

dado pela soma dos minerais normativos, quartzo, ortoclasio, albita e

feldspatóides (ausentes) varia nas amostras entre 88,4 e 90,9 indica rochas

muito evoluídas, porém com baixo fracionamento indicado pela baixa variação

da SiO2.

O conjunto de amostras da área de Heliodora e das áreas adjacentes

formam um trend cálcio-alcalino (Fig. 7.3). A maioria das rochas dos dois

grupos (Heliodora e adjacências) tem caráter peraluminoso, algumas delas

plotam no campo das rochas metaluminosas (Fig. 7.4). Isto indica que os

teores de Al2O3 excedem os de NA2O+K2O+CaO, indicando um excesso desse

óxido, que pode fazer parte da estrutura de muscovita, biotita e granadas, o

caráter peraluminoso pode representar a hornblenda (mineral ferromagnesiano

moderadamente aluminoso), presente em algumas das amostras analisadas.

Segundo a classificação do triângulo de feldspatos de O’Conner (1965), todas

as amostras da área plotam no campo dos granitos exceto uma que possui

composição intermediaria entre granítica e trondhjemítica (Fig. 7.5), nas áreas

adjacentes também ocorrem segundo essa classificação, granodioritos,

trondjemitos e quartzo monzonitos.

92

A P

Q

quartzolito

rico em quartzogranitoide

alk-

fsp.

gran

it

sieno-granito

monzo-granito

grano-diorito

tonalit

q-alk-fspsienito

quartzo-sienito

quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-dioritoq-gabroq-anortosito

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldspatosienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

oo

Figura 7.2: Diagrama QAP de Streckeisen (1974), as amostras plotam nos campos de monzogranitos e granodioritos.

A M

F

Série Toleítica

Série Calcio-alcalina

Figura 7.3: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série cálcio alcalina. Legenda circulo cheio para amostras da área de estudo, circulo vazado para amostras da área de Itajubá, adjacente a leste e cruz para área de varginha adjacente a NE.

93

Figura 7.4: A direita, diagrama A/CNKxA/NK de Shand (1943), as amostras plotam nos campos das metaluminosa e peraluminosa, porem em maior parte no campo das rochas peraluminosas. A esquerda, diagrama TAS de Cox et al. (1979), amostras plotam no campo das rochas subalcalinas ácidas – granitos, as amostras das áreas adjacentes plotam também no campo dos granodioritos e dioritos.

Ab Or

An

Trondhjemito

Granito

Quartzomonzonito

Granodiorito

Tona

li to

Figura 7.5: Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965). Amostras da área plotam no campo dos granitos e trondhjemitos, enquanto as demais também plotam em granodioritos e quartzo monzonitos.

Granito

Quartzodiorito

(granodiorito)

Diorito

Gabro

Sienito

Sieno-diorito

Nefelinasienito

GabroIjolito

Sienito

Alcalina

Subalcalina/Toleítica

Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida

40 50 60 70

05

1015

SiO2

Na 2

O?

K2O

Metaluminosa Peraluminosa

Peralcalina

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0

01

23

45

67

A/CNK

94

As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig. 7.6)

apresentou dispersão para alguns elementos. Ao analisar as amostras da área

de Heliodora, se tornou difícil fazer as interpretações devido a baixa variação

de sílica que concentrou as amostras em apenas um campo nos gráficos. Essa

concentração poderia induzir a interpretações errôneas ou incompletas, em

relação ao formato dos trends a correlação entre as amostras com a

quantidade de SiO2. Ao se adicionar os dados geoquímicos das áreas

adjacentes observou-se que o trend formado pelas amostras possui um

formato curvo e que os elementos Al2O3, CaO, Fe2O3, e MgO possuem

correlação negativa, compatível com o processo por cristalização fracionada. o

que indica um progressivo empobrecimento do líquido magmático nesses

elementos, proveniente da cristalização das fases minerais na segundo a série

de Bowen. A dispersão observada pode ter diversas causas, entre elas alguma

mistura magmática, ou mesmo uma contaminação ou alteração das

características químicas da rocha durante eventos metamórfico/metassomático.

Como essas rochas sofreram ao menos três eventos tectono-metamórficos é

possível que tenha havido dispersão das concentrações medias de

determinados cátions, o que dificulta uma análise imparcial dos dados.

95

60 65 70 7513

.01

4.0

15.0

16.0

Al 2

O3

SiO2

60 65 70 75

01

23

MgO

SiO2

60 65 70 75

12

34

56

CaO

SiO2

60 65 70 75

2.5

3.5

4.5

5.5

Na 2

O

SiO2

60 65 70 752

34

56

K2O

SiO2

60 65 70 75

0.2

0.4

0.6

TiO

2

SiO2

60 65 70 75

0.05

0.1

50.

250

.35

P2O

5

SiO2

60 65 70 75

12

34

56

FeO

t

SiO2

60 65 70 75

050

00

150

00C

r

SiO2

60 65 70 75

05

010

015

02

00

Ni

SiO2

60 65 70 75

501

001

502

00R

b

SiO2

60 65 70 75

204

06

08

0

Y

SiO2

60 65 70 75

100

200

300

400

Zr

SiO2

60 65 70 75

020

06

0010

00

Ba

SiO2

60 65 70 75

0.85

0.95

1.0

5A

CN

K

SiO2

60 65 70 75

0.5

1.0

1.5

2.0

K2O

Na 2

O

SiO2

60 65 70 7520

040

060

08

00S

r

SiO2

60 65 70 75

1020

3040

50

mg

SiO2

Figura 7.6: Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos de elementos menores e elementos traços, mostrando alguma dispersão dos dados, os dados da área mapeada em conjunto com os das áreas adjacentes indicam cristalização fracionada como processo magmático principal.

96

Os diagramas de ambiência tectônica também apresentam alguma

dispersão, mas a maioria das amostras, tanto da área de Heliodora como das

áreas adjacentes plotam no campo de granitos de arco magmático, sin

colisional, porem algumas amostras plotam no campo de granitos intraplaca

(Fig. 7.7 e 7.8).

MantélicosFractionados

Pré-ColisionalPós-

colisional

Tardi-orogênicos

Anorogênico

Sin-colisional

Pós-orogênico

-1000 0 1000 2000 3000 4000

010

00

200

030

00

400

0

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

R2=

6C

a +

2Mg

+ A

l

OrAb

AnSp

Bt

Ph

En

Fs

Di

Fo

Fa

Hd

Ha

Figura 7.7: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

Y+Nb

Rb

110

100

1000

1 10 100 1000

ORGVAG

WPGsyn-COLG

Y

Nb

110

100

1000

1 10 100 1000

ORG

VAG+syn-COLG

WPG

Figura 7.8: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG) granitos intraplaca (WPG).

97

7.2.2 Ortognaisse Heliodora – Sul da área

O segundo conjunto de rochas do embasamento ocorre na região sul da

área de mapeamento, ao sul da Nappe Socorro-Guaxupé. As amostras

analisadas (HH-313, 241, 204) possuem composição monzogranítica (Fig. 7.9),

e no triangulo de feldspatos de O’Conner (Fig. 7.9) apresenta composição

quartzo monzonítica. A mineralogia observada em lamina é composta de

quartzo, feldspatos, granada e hornblenda com pouca biotita. Foi adcionada a

esse conjunto uma amostra proveniente da área de Itajubá, com características

químicas similares as amostras de Heliodora.

Segunda a Norma CIPW das amostras da área (Tab.7.2), as rochas

também são supersaturadas em sílica. A quantidade de quartzo é bem

homogênea (cerca de 30%). Apenas uma amostra apresentou uma pequena

quantidade de Coríndon Normativo. As porcentagens de Ortoclasio (±28%),

Albita (±21%), Anortita (±10%), Hiperstênio (±0,8%), Ilmenita (±0,2%), Hematita

(±6%), Rutilo (±0,5%) e Apatita (±0,5%) apresentaram-se também muito

homogêneas. Apenas a titanita apresenta variações significativas, é inexistente

em uma amostra e nas outras duas apresenta valores de 0,2 e 0,4%. A

mineralogia normativa é compatível com o observado em lâminas

petrográficas, exceto o hiperstênio e óxidos de ferro, que representam na

norma os minerais ferro-magnesianos observados em lâmina (Hornblenda

granada e biotita principalmente).

98

Figura 7.9: A esquerda diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de monzogranitos. A direita, Triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965) as amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos.

Essas rochas fazem parte de um trend Toleítico (Fig. 7.10). Possui

caráter metaluminoso (Fig. 7.11) possivelmente pela maior porcentagem de

hornblenda (mineral ferromagnesiano moderadamente aluminoso) presente

nessas rochas em maior quantidade em relação ao grupo Heliodora Norte.

Figura 7.10: A esquerda, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras analisas plotam no campo das rochas graníticas, Subalcalinas da série Toleítica. A direita, diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), as rochas plotam no campo da série Toleítica.

A P

Q

quartzolito

rico em quartzogranitoide

alk-

fsp.

gran

it

sieno-granito

monzo-granito

grano-diorito

tonalit

q-alk-fspsienito

quartzo-sienito

quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-gabro

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldspatosienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

o

o

monzonito

Ab Or

An

Trondhjemito

Granito

Quartzo

Granodiorito

Tona

lito

A M

F

Série Toleítica

Série Calci-alcalina

Granito

Quartzodiorito

(granodiorito)

Diorito

Gabro

Sienito

Sieno-diorito

Nefelinasienito

GabroIjolito

Sienito

Alcalina

Subalcalina/Toleítica

Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida

40 50 60 70

05

1015

SiO2

Na 2

O?

K2O

99

Metaluminosa Peraluminosa

Peralcalina

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0

01

23

45

67

A/CNK

Figura 7.11 Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter metaluminoso das amostras analisadas.

As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig.7.12)

apresentaram uma alta dispersão, os valores muito similares de sílica e de

outros elementos, alem da baixa quantidade de amostras, torna difícil uma

interpretação razoável do processo magmática. O corpo ígneo é muito

homogêneo quimicamente, talvez represente um membro final da diferenciação

magmática. Nota-se também que a quantidade de MgO e CaO parece

decrescer em relação a SiO2, o que é compatível com cristalização fracionada,

no entanto devido e essa baixa variação das quantidades dos óxidos, a

interpretação do processo magmático principal fica prejudicada.

100

69.0 69.4 69.812

.913

.013

.11

3.2

Al 2

O3

SiO2

69.0 69.4 69.8

0.26

0.30

0.3

4

MgO

SiO2

69.0 69.4 69.8

2.35

2.4

52.

552.

65C

aO

SiO2

69.0 69.4 69.8

2.4

2.5

2.6

2.7

2.8

Na 2

O

SiO2

69.0 69.4 69.84.

354.

454.

554

.65

K2O

SiO2

69.0 69.4 69.8

0.4

50.

550.

65Ti

O2

SiO2

69.0 69.4 69.8

0.10

0.14

0.1

8

P2O

5

SiO2

69.0 69.4 69.8

5.2

5.4

5.6

5.8

FeO

t

SiO2

69.0 69.4 69.8

400

600

800

1000

Cr

SiO2

69.0 69.4 69.8

050

150

250

Ni

SiO2

69.0 69.4 69.8

20

4060

8010

01

20R

b

SiO2

69.0 69.4 69.8

40

60

8012

0Y

SiO2

69.0 69.4 69.8

100

300

500

Zr

SiO2

69.0 69.4 69.8

05

0010

0015

00B

a

SiO2

69.0 69.4 69.8

0.92

0.9

40

.96

AC

NK

SiO2

69.0 69.4 69.8

1.6

1.7

1.8

1.9

K2O

Na 2

O

SiO2

69.0 69.4 69.84

008

0012

00S

r

SiO2

69.0 69.4 69.8

8.0

8.5

9.0

9.5

10.0

mg

SiO2

Figura 7.12: Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos e elementos menores e traços, mostrando uma dispersão dos dados, as correlações negativas para MgO e CaO e K2O sugere que ocorreu contaminação ou mistura de magmas.

101

Os diagramas de ambiência tectônica também apresentam alguma

dispersão, mas a maioria das amostras plotam no campo de granitos de arco

magmático, sin colisional, porem a amostra da área de Itajubá plota no campo

de granitos intraplaca (Fig. 7.13, 7.14).

MantélicosFractionados

Pré-ColisionalPós-

colisional

Tardi-orogênicos

Anorogênico

Sin-colisional

Pós-orogênico

-1000 0 1000 2000 3000 4000

010

00

200

030

00

400

0

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

R2=

6C

a +

2Mg

+ A

l

OrAb

AnSp

Bt

Ph

En

Fs

Di

Fo

Fa

Hd

Ha

Figura 7.13: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

Y+Nb

11

010

010

00

1 10 100 1000

ORGVAG

WPGsyn-COLG

Y

11

010

010

00

1 10 100 1000

ORG

VAG+syn-COLG

WPG

Figura 7.14: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG). A amostra da área adjacente plota no campo dos granitos intraplaca.

102

7.2.3 Corpo Ultramáfico do Fundão

No centro leste da área ocorre um corpo de aproximadamente 1km² de

rocha ultramáfica com composição olivina Websterito, inserido no ortognaisse

Heliodora. Os minerais essenciais desta rocha são olivina, ortopiroxênio,

clinopiroxênio e anfibólio. A análise química desta rocha não foi compatível

com a mineralogia observada.

A norma CIPW indica a presença de cerda de 10% de quartzo, cerca de

2% de K-feldspato e 42% de plagioclásio, 23% de diopsídio e 7% de

hiperstênio, Ilmenita, 0,3% hematita 10% e titanita 2% apatita representa 0,2%.

Quimicamente esta rocha se assemelha a um quartzo gabro ou quartzo diorito

(Fig. 7.15), essa quantidade de quartzo normativo pode ser decorrente algum

evento metassomático, na rocha, provocando um incremento na quantidade de

sílica, que na norma CIPW, é indicado pela presença de quartzo.

A P

Q

quartzolite

quartz-richgranitoid

alk-

fsp.

gran

ite

syeno-granite

monzo-granite

grano-diorite

tonalite

q-alk-fspsyenite

quartz-syenite

quartz-monzonite

q-monzodiorite q-monzogabbro

q-dioriteq-gabbroq-anorthosite

1 syenite monzonite 2 3

1 - alkali-feldsparsyenite

2 - monzodioritemonzogabbro

3 - diorite, gabbro

Figura 7.15: Diagrama QAP (Streckeisen, 1974). Rochas plotam no campo de quartzo gabros ou quartzo dioritos

Seguindo a classificação de rochas ultramáficas no diagrama

Ol:Cpx:Opx trata-se de um websterito sem olivina. Essa amostra apresenta

103

MgO Al2O3

FeOT

1

23

4 5

1 = Spreading Center Island2 = Orogenic3 = Ocean Ridge and Floor4 = Ocean Island5 = Continetal

Zr/4 Y

2 × Nb

AI

AII

B

C

D

características químicas peculiares porem não será descartada, sendo

estudada sua ambiência tectônica e outras características químicas.

A amostra analisa possui filiação com a série toleítica (Fig. 7.16) e

assinatura química de basalto de ilha oceânica com indicação de origem

através de uma pluma mantélica (Fig. 7.17 e 7.18).

A M

F

Tholeiite Series

Calc-alkaline Series

Figura 7.16: Diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971) para a amostra de rocha ultramáfica. Indicando que pertence a série Toleítica.

Figura 7.17: A esquerda, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas de Pearce et al (1977). Indica que a amostra representa uma rocha de dorsal oceânica ou fundo oceânico.a direita diagrama de ambiência tectônica de rochas máficas e ultramáficas de Meschede (1986). Indicando que a amostra pertence ao grupo B – rochas de fundo oceânico com proveniência de pluma mantélica.

104

ARC OFB

Ti/V=10 Ti/V=20

Ti/V=100

Ti/V=50

0 5 10 15 20 25

010

020

030

040

050

060

0

Ti (ppm)/1000

V (

ppm

)

Figura 7.18: Diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais 1982. O campo Ti/V=100 indica rochas máfias e ultramáficas de ilha oceânica

7.3 Rochas Supracrustais

7.3.1 Rochas máficas – anfibolitos

Na área de Heliodora foram analisadas duas amostras de anfibolitos, as

duas amostras foram coletadas nos domínios do embasamento

paleoproterozóico, das áreas adjacentes foram selecionadas outras seis

amostras. Sua idade pode variar desde Paleoproterozóica a Neoproterozóica,

pois podem estar associadas a evolução do embasamento ou relacionadas a

abertura da bacia Andrelândia. Apesar de não haver idades geocronológicas

para as amostras estudadas, é interpretado que devido a freqüente ocorrência

de rochas anfibolíticas intercaladas nas rochas metassedimentares,

possivelmente essas rochas representam a abertura da bacia.

105

Em lâmina delgada observa-se uma rocha predominantemente formada

por hornblenda e plagioclásio, com cerca de 10% de biotita e 5% de outros

minerais incluindo opacos, titanita e calcita.

As análises químicas da área apresentaram padrões distintos. Em

ambas a quantidade de SiO2 fica em torno de 48%, porem Al2O3, Na2O e CaO

são altos em uma delas enquanto na outra os teores de Fe2O3 e MgO são

elevados (Tab. 7.1). Essas características químicas se refletem na norma

CIPW, em uma delas ocorre uma pequena quantidade de quartzo, hiperstênio

e hematita altos, enquanto na outra, não ocorre quartzo, uma pequena

quantidade de olivina e altos valores para albita, anortita e diopsídio (Tab. 7.2).

As duas amostras plotam no campo das rochas basálticas da serie

toleítica (Fig. 7.19), embora uma delas possua teores muito baixos de álcalis

(praticamente zero). Em gráficos de classificação para rochas máficas

basálticas, uma das amostras plota no campo dos toleitos e outro no campo

dos olivina toleitos (Fig. 7.20). As amostras das áreas adjacentes também

fazem parte da série toleítica, e são classificadas como basaltos. Ocorre

apenas uma amostra que plota no campo das rochas alcalinas nos diagramas

TAS e no tetraedro basáltico de Yoder e Tilley (1962).

Figura 7.19: Gráficos de classificação TAS (Cox et al, 1979) e AFM (Irvine & Baragar, 1971). As amostras plotam nos campos de basaltos toleíticos, uma delas apresenta baixíssimo teor de álcalis. Nas áreas adjacentes as amostras são basaltos da série toleítica a exceção de uma que plota no campo de basaltos alcalinos.

A M

F

Série Toleítica

Série Calci-alcalina

Riolito

Dacito

AndesitoBasalto

Traquito

Mugearito

Fonolito

Hawaiito

Nefelinito

Traqui-andesito

And

esi-b

asal

to

BenmoreitoFo

noliti

co

Nefeli

nito

Fonoí

itico

Tefri

to

Basan

ito

tefri

to

Alcalino

Subalcalino/Toleítico

Ultrabásico Básico Intermediario Ácido

40 45 50 55 60 65 70

05

1015

SiO2

Na 2

O?

K2O

106

ARC OFB

Ti/V=10 Ti/V=20

Ti/V=100

Ti/V=50

0 5 10 15 20 25

010

020

030

040

050

060

0

Ti (ppm)/1000

V (

ppm

)

0 50 100 150 200 250

050

0010

000

1500

0

Zr (ppm)

Ti (

ppm

)

A = IATB = MORB, CAB, IATC = CABD = MORB

A

B

C

D

Ne

Ol Hy

Di Q

TOLEITOS

OLIVINA TOLEITOS

BASALTOS ALCALINOS

Figura 7.20: Gráfico de classificação de rochas basálticas de IUGS 1973, derivado do tetraedro de rocha basálticas (Yoder e Tilley, 1962). Das amostras na área, uma plota no campo dos toleitos e outra na campo dos olivina toleitos. Os dados das áreas adjacentes indicam em sua maioria toleitos.

Figura 7.21: A esquerda, diagrama de ambiência geotectônica para rochas máficas de Pearce et al (1984), as amostras analisadas indicam: A- basaltos de arco de ilha, B- basaltos tipo MORB ou cálcio alcalinos ou de arcos insulares, C- basaltos cálcio alcalinos, D- basaltos de fundo oceânico. A direita, diagrama de ambiência tectônica para rochas máficas e ultramáficas de Shervais 1982. O campo Ti/V=50-100 indica basaltos de ilha oceânica e o campo Ti/V=20-50 indica basaltos de fundo oceânico, das amostras das áreas adjacentes as de cor vermelha estão intercaladas nos metassedimentos da Megassequência Andrelândia e os de cor verde estão intercalados no embasamento.

107

Em termos de sua ambiência tectônica as amostras estudadas, tanto da

área de estudo como das áreas adjacentes, podem se dividir em dois grupos:

basaltos de fundo oceânico e basaltos de arco de ilha (Fig. 7. 21). A maioria

das desses anfibolitos esta intercalada nas rochas da Megassequência

Andrelândia e possivelmente as ambiências tectônicas distintas representam

duas gerações de basaltos. A primeira com assinatura de basalto de fundo

oceânico, possivelmente representa basaltos relacionados a abertura da bacia

Andrelândia e a continuidade da expansão do fundo oceânico desta bacia. A

segunda, com assinatura de arco magmático, possivelmente esta relacionada a

um evento posterior, associado ao arco magmático desenvolvido durante o

fechamento da bacia.

7.3.2 Unidade Piranguinhos

Da área de Heliodora, foram analisadas as cinco amostras desta

unidade ( HH-249, 320, 376, 404 e 472) (Fig. 7.1) que aflora no sul da área

mapeada. Outras cinco amostras desta unidade das áreas adjacentes foram

incluídas. Essas rochas possuem composição mozogranítica a granodiorítica

ou sienítica (Fig. 7.22) e mineralogia composta de quartzo, feldspatos, biotita e

hornblenda, como minerais essenciais e raro granada e ortopiroxênio. Segundo

a classificação do triangulo de feldspatos de O’Conner (1965) uma amostra

possui composição intermediaria entre granito e quartzo monzonito (Fig. 7.23).

Segunda a Norma CIPW das amostras da área de Heliodora (Tab. 7.2),

as rochas são supersaturadas em sílica (presença de Q normativo e ausência

de Ne e Ol), possuem uma porcentagem de quartzo que varia de 30 a 14%.

Apenas uma amostra não apresentou Coríndon normativo. As porcentagens de

Ortoclasio variam entre aproximadamente 35 a 14%, Albita e Anortita

apresentam um range variando entre 35 a 21% e 16 a 7% respectivamente.

Todas as amostras possuem pequena quantidade de apatita, hematita e

Ilmenita normativos que não apresentam variações significativas. Em uma

única amostra ocorre diopsídio e titanita e não existe rutilo, destoante das

108

A P

Q

quartzolito

granitoiderico em quartzo

alk-

fs.

rani

to

granitograno-diorito

tonalito

q-alk-fspsienito

quartzo- quartzo-monzonito

q-monzodiorito q-monzogabro

q-diorito

q-anortosito

1 sienito monzonito 2 3

1 - alkali-feldsparsienito

2 - monzodioritomonzogabro

3 - diorito, gabro

-p.

g sieno-granito

monzo-

sienitoq-gabro

demais. Outra amostra apresentou quantidades anômalas de hiperstênio

(cerca de quatro vezes a media das demais análises). A mineralogia normativa

é compatível com o observado em lâminas petrográficas, incluindo a amostra

onde de observou ortopiroxênio, que na norma representa a única amostra com

hiperstênio. O índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960), dado pela

soma dos minerais normativos, quartzo, ortoclasio, albita e feldspatóides

(ausentes) varia nas amostras entre 88,3 e 93 indica rochas muito evoluídas,

porem com baixo fracionamento, em função da baixa variação da SiO2, devem,

portanto representar os membros mais evoluídos do magma pai.

O conjunto das rochas da área e das áreas adjacentes forma um trend

cálcio-alcalino (Fig. 7.23). as amostras da área de Heliodora possuem caráter

peraluminoso a levemente metaluminoso (Fig. 7.24), seus teores de Al2O3

excedem os de NA2O+K2O+CaO, indicando um excesso desse óxido, que pode

fazer parte da estrutura de muscovita, biotita e granadas, o caráter

peraluminoso pode representar a presença em algumas rochas com maiores

teores de hornblenda (mineral ferromagnesiano moderadamente aluminoso).

Porem nas áreas adjacentes quatro das amostras plotam no campo das rochas

melaluminosas.

Figura 7.22: A esquerda, diagrama QAP (Streckeisen, 1974), as rochas plotam no campo de monzogranitos e granodiorito. A direita, diagrama TAS de Cox et al., (1979), as amostras analisas plotam no campo das rochas graníticas, sieníticas e granodioríticas.

Granito

Quartzodiorito

(granodiorito)

Diorito

Gabro

Sienito

Sieno-diorito

Nefelinasienito

GabroIjolito

Sienito

Alcalina

Subalcalina/Toleítica

Ultrabásica Básica Intermediaria Ácida

40 50 60 70

05

10

15

SiO2

Na 2

O?

K2O

109

Figura 7.23: A esquerda diagrama AFM (Irvine & Baragar, 1971), rochas plotam no campo da série Cálcio-alcalinas.a direita triangulo de Feldspatos de O’Conner (1965), Amostras plotam no campo dos quartzo monzonitos, granitos e granodioritos.

Figura 7.24: Diagrama A/CNK x A/NK (Shand, 1943). Mostrando o caráter peraluminoso levemente metaluminoso das amostras analisadas.

Nos diagramas de ambiência tectônica para rochas plutônicas graníticas

(Fig. 7.24 e 7.26), a maioria das amostras da Unidade Piranguinhos na área de

Heliodora plotam no campo das rochas de arco magmático, sin colisionais. Das

áreas adjacentes as amostras também indicam ambiente de arco magmático,

A M

F

Série Toleítica

Série Calci-alcalina

Ab Or

An

Trondhjemito

Granito

Quartzomonzonito

Granodiorito

Tona

lito

Metaluminosa Peraluminosa

Peralcalina

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0

01

23

45

67

A/CNK

110

porem plotam nos campos de rochas pré colisionais ou tardi colisionais. Outras

duas amostras indicam granitos intraplaca.

MantélicosFractionados

Pré-ColisionalPós-

colisional

Tardi-orogênicos

Anorogênico

Sin-colisional

Pós-orogênico

-1000 0 1000 2000 3000 4000

010

00

200

030

00

400

0

R1= 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti)

R2=

6C

a +

2Mg

+ A

l

OrAb

AnSp

Bt

Ph

En

Fs

Di

Fo

Fa

Hd

Ha

Figura 7.25: Diagrama de ambiência tectônica R1-R2 de Batchelor e Bowden (1985), indicando que as rochas graníticas possuem afinidade com granitóides sin-colisionais.

Y+Nb

Rb

110

100

1000

1 10 100 1000

ORGVAG

WPGsyn-COLG

Y

Nb

110

100

1000

1 10 100 1000

ORG

VAG+syn-COLG

WPG

Figura 7.26: Diagramas discriminantes de ambiência tectônica de Meschede (1986) e Pearce e Cann (1973). As amostras plotam nos campos de granitóides de arco magmático (VAG).

As distribuições dos cátions nos diagramas de Harker (1909) (Fig. 7.27)

apresentam correlações negativas de Ca, Mg, Al, Ti, Na e Fe, e correlação

positiva de K, P., Nos elementos traços foram observados correlações

negativas em Sr, Br Y, Zr e Ba. Nas demais amostras os valores apresentam-

se muito homogêneos. Essas características aliadas aos trends levemente

111

inflexionados sugerem que o processo magmático predominante foi

cristalização fracionada.

60 65 70

14.5

15.5

16.5

Al 2O

3

SiO2

60 65 70

0.5

1.5

2.5

3.5

MgO

SiO2

60 65 70

23

45

6

CaO

SiO2

60 65 70

2.5

3.0

3.5

4.0

Na 2

O

SiO2

60 65 70

23

45

6

K2O

SiO2

60 65 70

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

TiO

2

SiO2

60 65 70

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

P2O

5

SiO2

60 65 70

23

45

67

FeO

t

SiO2

60 65 70

040

00

8000

120

00

Cr

SiO2

60 65 70

05

010

01

50

Ni

SiO2

60 65 70

50

100

200

Rb

SiO2

60 65 70

102

030

405

06

070

Y

SiO2

60 65 70

100

300

500

700

Zr

SiO2

60 65 70

200

600

100

0B

a

SiO2

60 65 70

0.80

0.9

01

.00

AC

NK

SiO2

60 65 70

0.5

1.0

1.5

2.0

K2O

Na 2

O

SiO2

60 65 70

500

100

015

00S

r

SiO2

60 65 70

1020

30

40

50

mg

SiO2

Figura 7.27 : Diagramas de Harker (1909), SiO2x Óxidos e elementos menores e traços, mostrando uma dispersão dos dados, porem algumas amostras, apresenta-se alinhadas em um trend inflexionado, indicando cristalização fracionada.

112

7.4 Discussão dos resultados dos dados geoquímicos

As análises químicas dos ortognaisses do embasamento indicam que

ocorrem dois conjuntos bem distintos quimicamente, que não foram

individualizadas no campo, devido a impossibilidade de determinar suas

relações cronológicas. Supondo que essas rochas tenham a mesma idade, é

possível se relacionar suas assinaturas químicas com um processo de

evolução do embasamento.

Como proposto por diversos autores (Cordani et al, 1973; Machado et al,

1996), o embasamento arqueano paleoproterozóico no sul de Minas Gerais é

formado por rochas granitóides relacionadas a acresção crustal de diversos

arcos magmáticos. Essa hipótese é confirmada pelas analises aqui

apresentadas, que em sua maioria, mostra assinatura geoquímica de arco

magmático. Os dois conjuntos de rochas, no entanto, possuem diferentes

características químicas. O primeiro deles localizado no norte da área mapeada

faz parte de um trend Cálcio Alcalino, enquanto o segundo aflorante a sul da

área segue um trend toleítico.

Possivelmente essa distinção química esta relacionada a evolução de

um arco magmático. Em geral, um arco magmático, imaturamente gera rochas

toleíticas de arco ou toleíticas de baixo K e tende a evoluir para magmas cálcio

alcalinos, quando finalmente em um estágio senil produz magmas alcalinos ou

da série shoshonítica.

As variedades entre rochas peraluminosas e metaluminosas são um

indício desta diferenciação das rochas temporal e espacialmente em relação ao

arco magmático, que possivelmente as originou. As rochas toleíticas possuem

caráter metaluminoso enquanto as rochas cálcio alcalinas, formadas

posteriormente e mais distante da zona de subducção, possuem caráter

peraluminosos. Isso reflete a quantidade de alumínio presente nessas rochas,

maior nas rochas cálcio alcalinas.

Associado ao embasamento ainda ocorre um corpo de rocha ultramáfica

(Ultramáfica do Fundão). Este corpo possui características químicas que

indicam que foi formado um cadeia meso oceânica, proveniente de uma pluma

113

mantélica. Possivelmente esse corpo represente um fragmento da crosta

oceânica subductada durante a acresção continental que deu origem as rochas

do embasamento.

As amostras de rochas anfibolíticas estudadas, tanto na área de

Heliodora como nas áreas adjacentes apresentam dois padrões de ambiência

tectônica, um grupo possui assinatura de basalto de fundo oceânico enquanto

o segundo indica rochas relacionadas a um arco magmático. O primeiro

conjunto pode estar relacionadas a evolução da bacia Andrelândia,

representando os basaltos gerados durante a expansão do fundo oceânico

desta bacia. O segundo grupo possivelmente foi gerado durante o fechamento

da bacia, relacionada ao arco magmático formado durante esse evento.

Por fim, as análises químicas das rochas da Unidade Piranguinhos

indicam que são rochas relacionadas a um arco magmático cálcio alcalino, ou

seja já maduro. O processo ígneo predominante indicado pelos diagramas de

Harker (1909) foi a cristalização fracionada. Algumas amostras indicam

granitos intraplaca sin e tardi colisionais e alguns valores nos diagramas de

Harker (1909) são anômalos. Esses valores são interpretados como erros

analíticos ou contaminações da amostra, sejam elas provenientes de

alterações intempéricas ou de outras fontes.

114

8 Conclusões

Na área de Heliodora o embasamento de idade arqueano

paleoproterozóica é formado por rochas de composição granítica a

granodiorítica com assinatura química de arco magmático. Quimicamente

foram diferenciados dois grupos de rochas, o primeiro forma um trend toleítico

metaluminoso e o segundo forma um trend cálcio alcalino peraluminoso. Essa

diferença química possivelmente esta relacionada a evolução geoquímica do

arco magmático que originou essa rochas, sendo as rochas toleíticas as menos

evoluídas e as cálcio alcalinas representando os estágios mais maduros do

arco. Também ocorrem no embasamento rochas ultramáficas, em sua maioria

pequenas lentes de tremolita actinolita xisto, e um corpo com aproximadamente

1 km² de composição olivina websterito. Esta rocha possui assinatura química

de rocha de fundo oceânico com indicação de origem a partir de uma pluma

mantélica. Possivelmente representa um fragmento do fundo oceânico

envolvido no processo de acresção crustal que deu origem ao embasamento.

As rochas Neoproterozóicas são formadas por metassedimentos da

Megassequência Andrelândia, divididos em três unidades: São Vicente, Santo

Antonio e Arantina, e rochas orto e para derivadas da Nappe Socorro-Guaxupé

agupadas na Unidade Piranguinhos.

Na área de estudo, os metassedimentos da Megassequência

Andrelândia provavelmente representam os sedimentos retrabalhados do fundo

oceânico. Os níveis plataformais mais rasos foram descritos por Pacciulo

(1997) e Trouw et al (2000), a leste da área de mapeamento na região de

Carrancas e Andrelândia (MG).

A Unidade Piranguinhos é formada por granada biotita ortognaisse com

abundantes fenocristais de K-feldspato em uma matriz fina localmente com

ortopiroxênio, intercalado com metassedimentos, em sua maioria quartzitos

feldspáticos, mas também gnaisses ricos em quartzo, e granaditos;

pontualmente também ocorre granulito máfico, com mineralogia composta de

clinopiroxênio, granada, anfibólio e plagioclásio. Essas rochas estão

115

associadas ao arco magmático formado na margem continental ativa da

paleoplaca Paranapanema. Na área estudada, estas rochas ígneas são

homogêneas quimicamente e de acordo com as indicações das analises

químicas, possivelmente foram formadas por processo de cristalização

fracionada.

Ocorrem ainda três corpos com composição monzogranítica intrusivos

nas rochas da Megassequência Andrelândia, no embasamento e na Nappe

Socorro. São granitos a duas micas pouco deformados, e sem indício de

metamorfismo, provavelmente oriundos da fusão parcial das rochas

metassedimentares, durante a fase final da Orogenia Ribeira. Entre eles está o

granito Santa Rita do Sapucaí, encaixado na zona de cisalhamento homônima,

intrusivo nas rochas da Nappe Socorro-Guaxupé.

As nappes que ocorrem na área (Carmo da Cachoeira, Lambari e

Socorro-Guaxupé) mostram um sentido do movimento com topo para ENE,

marcado por indicadores cinemáticos em escala de afloramento e de

microscópio.

As estruturas geológicas na área são bastante complexas decorrentes

da interferência de dois eventos orogênicos. Foram identificadas quatro fases

deformacionais (D1 a D4). As duas primeiras são correlacionadas a

estruturação do orôgeno Brasília. A fase deformacional D1 foi observada

apenas em lâminas delgadas, na forma de uma clivagem crenulada pela

deformação posterior. A fase D2 forma a foliação principal na área de estudo,

com atitude bastante variável, em geral apresentando mergulhos íngremes ora

para NW ora para SE, associadas a dobras fechadas a isoclinais com plano

axial em geral paralelo a S2.

As fases deformacionais subseqüentes foram associadas a interferência

da faixa Ribeira na área de estudo. A fase D3 gerou grandes dobras abertas,

com planos axiais íngremes e normalmente ortogonais a S2, e a Zona de

Cisalhamento Conceição das Pedras que possui caráter rúptil dúctil e esta

associada a milonitos de temperatura baixa. Além disso ocorrem pequenas

zonas de cisalhamento subverticais com orientação N-S, em escala de

afloramento, com cinemática sinistral.

116

À fase D4 estão associadas duas zonas de cisalhamento: a Zona de

Cisalhamento Jesuânia (ZCJ) e a Zona de Cisalhamento Santa Rita do

Sapucaí (ZCSR). A ZCJ é uma zona de cisalhamento destral de caráter rúptil

dúctil, associada a milonitos de media a alta temperatura. Em escala de mapa

observa-se um deslocamento horizontal aparente de aproximadamente 12 km,

observado em camadas de sucessões quartzíticas intercaladas na unidade São

Vicente. A Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí é uma zona de

cisalhamento transcorrente destral, onde está encaixado o granito Santa Rita

do Sapucaí. Os milonitos associados foram gerados a temperaturas médias.

Foram reconhecidos na área evidencias de dois eventos metamórficos

sobrepostos, M1 e M2, referentes as orogenias Brasília e Ribeira

respectivamente, e um retrometamorfismo afetando todas as rochas.

Nas rochas das Nappes Carmo da Cachoeira e Lambari o metamorfismo

M1 atingiu a fácies anfibolito alto de pressão intermediaria. Na Nappe Socorro-

Guaxupé este mesmo metamorfismo atingiu a fácies granulito de pressão

intermediaria a alta. O contato basal da nappe marca, portanto, uma transição

metamórfica brusca, o que sugere que o pico metamórfico foi anterior a

colocação da nappe. Nas rochas da Megassequência Andrelândia foi

identificado metamorfismo M2 de fácies anfibolito médio.

De acordo com a correlação regional (Trouw et al, 2006 e Peternel et al,

2005) a cianita foi gerada em um evento metamórfico relacionado a faixa

Brasília e a silimanita foi gerada durante o metamorfismo relacionado a faixa

Ribeira em condições metamórficas de P e T inferiores, compatível com a

fácies anfibolito de pressão média.

Indícios de retrometamorfismo foram observados em todas as rochas,

com exceção das rochas graníticas, que são, portanto, sin a tardi tectônicos,

posteriores ao metamorfismo M2.

117

8.1 Evolução geotectônica da área de Heliodora

A partir dos dados de mapeamento geológico estrutural, análises

petrográficas, análises litoquímicas e correlações com dados da geologia

regional foram delimitadas as etapas da evolução geotectônica da região de

Heliodora.

O embasamento Arqueano-Paleoproterozóico representa, ao menos em

parte, um ou mais arcos magmáticos amalgamados durante a formação do

Cinturão Mineiro (Teixeira et al, 2000). A ocorrência de rochas migmatíticas no

embasamento indica que durante a Orogenia Transamazônica essas rochas

experimentaram condições metamórficas de no mínimo fácies anfibolito alto.

Durante o Neoproterozóico ocorreu a quase completa transposição das

estruturas relacionadas a esta faixa móvel.

Por volta de 1000 Ma (Neoproterozóico I) começou a se desenvolver um

sistema de riftes na borda meridional do paleocontinente São Francisco (Brito

Neves et al., 1999), esse processo prosseguiu até a instalação de uma margem

passiva com o desenvolvimento da bacia Andrelândia (Trouw et al., 2000). Na

área de estudo ocorrem três unidades relacionadas a evolução sedimentar

desta bacia, as Unidades São Vicente, Santo Antônio e Arantina. As unidades

litoestrtigraficas e suas interpretações paleoambientais foram definidas por

Paciullo (1997) na região de Luminárias e Andrelândia, onde ocorre a parte

proximal da Bacia Andrelândia. Na área estudada, a sudoeste de Luminárias,

essas rochas representam a parte mais distal aflorante da Bacia Andrelândia.

Na borda da Bacia Andrelândia, Paciullo (1997), interpretou os biotita

gnaisses como depósitos de planície costeira, e os quartzitos e xistos como

depósitos plataformais. Em regiões mais profundas da bacia essas rochas

possivelmente representam rochas provenientes do retrabalhamento destes

depósitos em ambiente mais profundo. Também ocorrem lentes decimetricas a

métricas de anfibolito intercalado aos metassedimentos. Essas rochas máficas

são interpretadas como derrames ou diques basálticos, relacionados a abertura

da bacia.

118

A Unidade Santo Antônio, é interpretada por Paciullo (1997) como sendo

um deposito relacionado a um período glacial e posglacial, apoiado em

evidencias de campo, não observadas na área de estudo, como acamamento

fino, interpretados como turbiditos, clastos e blocos caídos e diamictitos

interpretados como depósitos glaciais. Na área estudada ocorre apenas biotita

granada xisto maciço, também descrito pelo autor supracitado. As rochas da

Unidade Arantina representam a fácies distal do preenchimento sedimentar da

bacia Andrelândia.

No final do Neoproterozóico (670 Ma, Campos Neto et al, 2005), após

um longo período de aquessência tectônica, tem inicio o fechamento da bacia

Andrelândia a partir de subducção para W (Trouw et al., 2000) formando o arco

magmático Socorro-Guaxupé sobre a margem ativa do paleocontinente

Paranapanema. Na região de Heliodora as rochas do arco são representadas

pela associação de orto e paragnaisses da unidade Piranguinhos.

O inicio da subducção promove introdução de água a partir da crosta

subductada gerando os corpos plutônicos e vulcânicos com assinatura

geoquímica de arco magmático (Campos Neto, 2005). Com a continuidade da

subducção os sedimentos da Megassequência Andrelândia formam uma cunha

acrescional na margem ativa do paleocontinente Paranapanema.

Nesta região a colisão entre os paleocontinentes São Francisco e

Paranapanema ocorreu entre 625 e 610 Ma (Trouw et al., 2000), e representa

a estruturação meridional do Orógeno Brasília.

Nesse ambiente essas rochas foram deformadas e metamorfizadas com

pressão mais elevada que a série barroviana, caracterizado pela presença de

cianita, estável até a fácies granulito, onde coexiste com K-feldspato (Trouw et

al., 2000).

Essas rochas foram em seguida extrudidas para fora da cunha

acrescional com transporte tectônico de topo para ENE, gerando uma

sucessão de nappes e escamas empurradas.

119

Na região de Heliodora essas fases de deformação são representadas

por D1 e D2. O empurrão basal da Nappe Guaxupé representa a sutura dessa

colisão.

O metamorfismo relacionado a Faixa Brasília (M1), é sin-colisional. Nas

rochas do embasamento e Megassequência Andrelândia (Nappes Lambari e

Carmo da Cachoeira) está registrado um metamorfismo na fácies anfibolito alto

e na unidade Piranguinho da Nappe Socorro-Guaxupé, em fácies granulito de

pressão intermediária a alta. A isógrada metamórfica opx-in segue o contato

basal da Nappe Socorro-Guaxupé, indicando que o pico metamórfico foi

anterior à colocação final das nappes.

A partir de 595 Ma, teve início o a Orogênese Ribeira (Heilbron et al.,

2000 e 2004), que na sua porção central representando uma colisão entre a

Microplaca Serra do Mar/Arco Rio Negro com o Craton do São Francisco.

A subducção ocorre de NW para SE gerando arcos magmáticos com

marcante polaridade temporal e composicional: 1) arco primitivo do tipo TTG a

W (Arco Rio Negro – 630-590Ma); 2) arco mais evoluído, do tipo cordilheirano

maturo, mais a E (Arco Serra dos Órgãos – 570-560Ma) e um arco

sincolisional, caracterizado por magmatismo crustal (Arco Rio de Janeiro –

560Ma) (Fonseca, 1998 ). Com a continuidade dessa subducção ouve a colisão

que gerou uma nova trama estrutural na região de interferência

Na área de estudos as fases D3 e D4 foram atribuídas a orogenia

Ribeira. A fase de deformação D3 gerou megadobras da foliação S2 em

escala de mapa da foliação e zonas de cisalhamento transpressivas, com forte

componente compressiva de caráter rúptil dúctil e ZC transcorrentes sinistrais,

a partir de um encurtamento NW-SE.

As condições metamórficas nessa fase foram responsáveis pela geração

de sillimanita nas rochas metassedimentares da Megassequência Andrelândia,

alem de eventos de anatexia que deram origem ao Granito Santa Rita do

Sapucaí e outros na área de estudo, indicando fácies anfibolito de pressão

média.

120

A fase de deformação D4 gerou as Zonas de Cisalhamentos Santa Rita

do Sapucaí e Jesuânia, ambas de orientação NE-SW e movimento

transcorrente destral, a partir de compressão E-W.

121

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ANEXO I

Mapa geológico da folha Heliodora 1:50.000

CRÁTON DO SÃO FRANCISCO E ANTEPAÍS

FAIXA BRASÍLIA - EXTREMO SULPROVÍNCIA TOCANTINS

FAIXA RIBEIRA - SEGMENTO PROVÍNCIA MANTIQUEIRA

CENTRAL

Sedimentos Cenozóico Rochas Alcalinas Cretáceo/TerciárioSedimentos Paleozóico / Mesozóico

Sistema de empurrões Juiz de Fora

Domínio Cabo Frio

Arco Magmático Rio Negro Domínio Costeiro

Klippe Paraiba do Sul Nappe Passos

Nappe Socorro-Guaxupé Arco TranspressivosMagmático e Granitoides

Sistema de Luminárias e Liberdadenappes

Domínio Alóctone ExternoKlippe Carrancas

CSF (Linha pontilhada - limite do cráton)

KC

NP

22 0

20 0

24 S0

44 046 048 0100 km

Rio de Janeiro

Ilha Grande

OCEÂNO ATLÂNTICO

BACIA DOPARANÁ

S ã o P a u l o

NP

GB

STLSC

SC

MSA

MSA

SgRVSgM

BACIA TAUBATÉ

KC

SJ

It IgLuVa

TC

TP

Minduri And

AiuCar

Cax

TiLv Ba

SlSl

Ij

La

Pi

Np

CSF

GB - Grupo Bambuí (Neoproterozóico)MSA - Megassequência Andrelândia (Neoproterozóico - autóctone)

STL - Sequências Tiradentes e Lenheiro (Mesoproterozóico)SgM - Supergrupo Minas

Terreno São Roque/AçunguíTerrreno Embu

Área de mapeamento

Mapa tectônico simplificado da região sudeste do Brasil; modificado de Trouw ( T

aet al

2000).Cidades: P - Três Pontas; Lv - Lavras; It - Itumirim; Va - Varginha; TC - Três Corações; Lu - Luminárias; Ig - Ingaí; SJ - São João Del Rei; Ti - Tiradentes;B - Barbacena; And - Andrelândia;

MAPA GEOLÓGICO DA FOLHA HELIODORAANEXO I DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJAUTOR: Hugo José de Oliveira Polo

ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes TrouwHELIODORA SF23-Y-B-II-2

UFRJUFRJ

Escala Vertical e Horizontal 1:50.000

8

1

1

45

7

2

1

2

3

8

240

36

72

5757

42

43

43

44

70

60

10

15

70

80

45

30

1470

75

1080

50

70

65

80

40

70

8020 30 55

60

80

65

55

89

40

80

70

4040

50

60

50

50

40

75

20

60

70

70

2 10

60

10

50

2055

70

70

55

50

80

60

20

80

50

8075

35

70

40

20

80

85

70

70

60

25

40

55

70

50

55

75

8970

65

80

87

70

52

40

55

85

1055

60

60

75

23

60

15

57

10

80

70 70

50

35

70 45

60

40

30

3030

60

20

80

42

60

89

65

50

60

8030

30

30

20

40

7560

40

35

50

60

70

80

63

70

89

45

78

30

70

60

72

52

89

67

43

72

87

21

47

60

12

85

10

80

15

2540

65

70

70 75

85

80

20

75

44

607620

89

20 78

30

65

80

50

50

65

70

70

85

70

8845

40

80

89

70

7035

30

5060

45

25 50

89

75

45

20

85

80

55

20

70

75

7518 85

80 40

61

30

40

802065

30

80

85

OPX CPX

SILL

SILL

SILL

SILL

SILLSILL

SILL SILL

Santa Rita do Sapucaí

Heliodora

Natércia

Careaçu

NP2asvq

NP2pi

APPh

ENa

NP2asvq

APPh

APPh

APPh

NP2aar

NP2asvq

APPh

NP2asvq

NP2asvq

NP2asvq

ENa

NP2aar

NP2aar

NP2pi

NP2asvq

APPh

NP2asvq

NP2asvq

APPh

NP2asa

NP3y3g

APPh

APPh

NP3y3g

APPh

NP2ps

NP2asvq

NP3y3srs

NP2ps

NP2asvq

NP2asvq APPh425000

425000

430000

430000

435000

435000

440000

440000

445000

445000

7540

000

7540

000

7545

000

7545

000

7550

000

7550

000

7555

000

7555

000

7560

000

7560

000

7565

000

7565

000

45°30'0"W

45°45'0"W

45°45'0"W

22°15'0"S22°15'0"S

A

A'

ZCCP

ZCSR

ZCJ

CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000

Serra de Santa Rita

Serra do Balaio

Serra de Santa Catarina

Serra das Águas

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

GRANITÓIDES SIN- A TARDI TECTÔNICOSGranito Santa Rita do Sapucaí e outros granitos: Granito leococrático com biotita e muscovita com fenocristais de K-feldspato pouco deformado e localmente indeformado

CENOZÓICO (C )

NEOPROTEROZÓICO (NP)

ARQUEANO / PALEOPROTEROZÓICO (APP)

MEGASSEQUÊNCIA ANDRELÂNDIA

NAPPE SOCORROUnidade Piranguinhos:Hornblenda granada biotita ortognaisse com fenocristaisde K-feldspato localmente com ortopiroxênio e localmentemigmatíticos, com intercalações de anfibolitos.

Quartzitos feldspáticos, granaditos, gnaisses ricos em quartzo e granulitos com clinipiroxênio, granada,plagioclásio e hornblenda

Unidade Santo Antônio: Granada Biotita xisto grosso cortados porabundantes veios lenticulares de quartzo Unidade Arantina: Granada Biotita muscovita xisto/gnaisserico em plagioclásio, com sillimanita.

Unidade São Vicente: Biotita paragnaisse bandado com intercalações de quartzito,muscovita-quartzo xisto e anfibolito, localmente migmatítico.

Sucessões decametricas de quartzitos comintercalações de muscovita-quartzo xistos

Unidade Heliodora: (Granada Anfibolio) Biotita Ortognaisses localmente migmatíticos de composição monzo-granítica a tonalítica com intercalações de anfibolitos e rochas ultramáficasCorpo Ultramáfico do Fundão: rochas ultramaficas intercaladas no embasamento: tremolita-actnolita xistos, piroxênio hornblenditos, piroxenitos, olivina websterito

Depósitos aluvionares: Cascalho, areia e lama inconsolidada

UNIDADES GEOLÓGICAS

Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Falha de empurrão ou zona de cisalhamento transpressional - Fase D2

Contato

Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Contato ou zona de cisalhamento encobertos

Foliação da fase D2

Foliação milonítica da fase D3

Foliação milonítica da fase D4Lineação de estiramento/mineral D4ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressional- Fase D3ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral - Fase D4ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -transcorrente destral - Fase D4

Ediacarano

Neop

rotero

zóico

ERA PERÍODO IDADE(Ma)

DOMÍNIO DA NAPPE SOCORRO

DOMÍNIO DO SISTEMA DE NAPPES ANDRELÂNDIA

850

630

10001600

Paleo

proter

ozóico

Corpo Ultramáfico do Fundão

Unidade São Vicente

Unidade Arantina

Megasseqüência Andrelândia

Criogeniano

Toniano

Unidade Piranguinhos

RELAÇÕES TECTÔNO-ESTRATIGRÁFICAS

EstaterianoOrosiriano

Riaciano

Sideriano

18002050

2300

2500

Neoar

quean

o

2800

1000-900 Ma: magmatismo básico, rifteamento e construção de margem passiva

625-610 Ma: Orógeno Brasília Meridional

600-550 Ma: Orógeno Ribeira

Ceno

zóico Neógeno

Paleógeno

ERA PERÍODO IDADE(Ma)

23

65

COBERTURAS SUPERFICIAIS

Depósitos aluvionaresQuaternário

1,75

GRANITÓIDES SIN- À PÓS-COLISIONAIS

Granito Santa Rita do Sapucaíe outros granitos sin tectônicos

542

Nappe Varginha-Guaxupé

Ortognaisse Heliodora

Unidade Santo AntônioOrtognaisses Metassedimentos

Gnaisse Quartzito

NP2asa

NP2aar

NP2asv NP2aarq

NP2pi NP2ps

ENa

NP3y3srs

APPh

APPumf

NP3y3g

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Cidade

Rios e DrenagensEstradas

LambariSão Gonçalodo Sapucaí

Heliodora Cristina

ItajubáSanta Ritado Sapucaí

Conceiçãodos Ouros

Poço Fundo

Pouso Alegre

45°45'46°00' 45°15'21°45' 45°30'

22°00'

22°30'

22°15'

21°45'

22°00'

22°30'

22°15'

45°45'46°00' 45°15'45°30'

48O 42O

16O

20O

0 1.500750m

ARTICULAÇÃO DA FOLHA LOCALIZAÇÃO DA FOLHA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

22°58’57”

NM NG

A declinação magnéticacresce 14`17” anualmenteBase cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Helidora,Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.Projeção Transversa de Mercator, Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S

Sentido do transporte tectônico

0 1.000500m

425000

425000

430000

430000

435000

435000

440000

440000

445000

445000

7540

000

7540

000

7545

000

7545

000

7550

000

7550

000

7555

000

7555

000

7560

000

7560

000

7565

000

7565

000

A

LegendaL2

L3/L4

Estruturas

Empilhamento Tectônico das Nappes

Nappe Carmo da Cachoeira

Nappe SocorroNappe Lambari Falha de Empurrão

Zona de Cisalhamento trascorrente ou compressiva

ZCSR ZCCP

ZCJ

B

Nappe Socorro-Guaxupé Megassequência Andrelânia

Intercalações das seguintes rochas:AnfibolitoGranito a duas micas pouco deformadoQuartzitos e Paragnaisses Unidade PiranguinhosRocha ultramáfica Quartzito

Lineação de estiramento/mineral D3

Lineação de estiramento/mineral D2

CPX - ocorrência de clinopiroxênio OPX - ocorrência de ortopiroxênioSILL - ocorrência de silimanita

D2A - NNW A’ - SSE

1000m 500m

1500mZCJ ZCCP

ANEXO II

Mapa de pontos da folha Heliodora 1:50.000

MAPA DE PONTOS DA FOLHA HELIODORAANEXO II DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJAUTOR: Hugo José de Oliveira Polo

ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes TrouwHELIODORA SF23-Y-B-II-2

UFRJ UFRJ

MHX-7

MH-99

MH-98MH-97

MH-96MH-95

MH-87MH-86

MH-79MH-78MH-77MH-76MH-75MH-74MH-73 MH-72

MH-71MH-70MH-69MH-68

MH-67MH-65

MH-63

MH-62MH-61MH-60MH-59MH-58

MH-56

MH-54MH-53 MH-52

MH-29MH-28MH-27MH-26MH-25

MH-24

HH-98HH-97

HH-96

HH-95

HH-94

HH-93

HH-92

HH-91

HH-90HH-89

HH-87

HH-86

HH-85

HH-84HH-83

HH-82HH-81

HH-80

HH-79HH-77

HH-76HH-74

HH-73

HH-72HH-71HH-69HH-69

HH-68

HH-67

HH-66

HH-65

HH-63HH-62

HH-61

HH-60

HH-59HH-58

HH-57

HH-56

HH-55

HH-53HH-52

HH-51

HH-49HH-48

HH-46HH-45HH-44 HH-43

HH-42HH-41

HH-40

HH-39HH-38

HH-37

HH-36HH-35

HH-34

HH-33

HH-30HH-30

HH-29

HH-28 HH-27HH-26

HH-25

HH-24HH-23

HH-22

HH-20

HH-19

HH-17HH-16HH-15

HH-14HH-13 HH-12HH-10

HH-07

HH-06

HH-04

HH-01

MHX-23

MH-130MH-129MH-128

MH-126MH-125MH-124MH-123

MH-122

MH-113 MH-112MH-111MH-110MH-109

MH-108MH-107

MH-106MH-105

MH-104

MH-103

MH-102MH-101

MH-100

HH-476

HH-475

HH-473

HH-472

HH-471

HH-470

HH-469HH-468

HH-467

HH-466

HH-464HH-463

HH-462HH-461

HH-460

HH-459HH-458HH-457HH-456

HH-454

HH-453

HH-452

HH-451

HH-450HH-449

HH-448HH-447

HH-445HH-444

HH-443

HH-442

HH-441

HH-440

HH-439HH-438

HH-437 HH-436

HH-435

HH-434

HH-433HH-432

HH-431

HH-430

HH-429

HH-428

HH-427HH-426

HH-425HH-424

HH-423HH-422HH-421HH-420

HH-419

HH-418

HH-417

HH-416HH-415

HH-414

HH-413

HH-412HH-411 HH-410 HH-409

HH-408

HH-407

HH-406

HH-405

HH-403HH-402

HH-401HH-400HH-399

HH-398 HH-397HH-395

HH-394

HH-393

HH-392HH-391HH-390HH-389HH-388

HH-387

HH-385HH-383

HH-382

HH-381

HH-379

HH-378HH-377

HH-376HH-375

HH-373HH-372

HH-371

HH-370HH-369

HH-368HH-367

HH-366HH-365

HH-364

HH-363

HH-362HH-361HH-360

HH-359

HH-358HH-357

HH-355HH-354

HH-353

HH-352HH-351

HH-350

HH-349

HH-348

HH-347

HH-346

HH-345

HH-344HH-343

HH-342

HH-341HH-340

HH-339HH-338HH-337

HH-336HH-335HH-334HH-333HH-332

HH-331HH-330

HH-329

HH-328HH-327HH-326HH-325

HH-324

HH-323

HH-322

HH-321

HH-320

HH-319

HH-318HH-317

HH-316

HH-314

HH-313HH-312

HH-311

HH-310HH-309

HH-308HH-307 HH-305

HH-304HH-303

HH-302HH-301

HH-299HH-298

HH-297HH-297

HH-295HH-294

HH-291HH-290

HH-289

HH-287

HH-285HH-284

HH-283HH-282

HH-281

HH-279

HH-278

HH-277

HH-273

HH-272HH-271HH-270

HH-269

HH-268 HH-266HH-265

HH-264HH-263

HH-262

HH-261

HH-260HH-259

HH-258

HH-256

HH-253

HH-252HH-251

HH-249

HH-248HH-247HH-246

HH-245

HH-243

HH-241

HH-240

HH-239HH-238HH-237

HH-236

HH-234

HH-232HH-231

HH-230

HH-229

HH-228HH-227 HH-226

HH-225HH-224

HH-223

HH-222HH-221

HH-220

HH-219HH-218

HH-217HH-216HH-215

HH-214

HH-213HH-211

HH-210HH-209

HH-208

HH-207

HH-205HH-204

HH-203HH-202

HH-200

HH-199HH-198HH-197

HH-196

HH-195HH-193

HH-192HH-191

HH-190HH-189HH-187HH-186

HH-184

HH-183

HH-182HH-181

HH-180

HH-179

HH-178HH-177HH-176HH-174

HH-172HH-171HH-170

HH-169

HH-167

HH-166HH-165HH-164

HH-163HH-162

HH-160HH-159

HH-158

HH-157HH-156HH-155

HH-154

HH-151HH-150HH-149

HH-148HH-147HH-146HH-145HH-144HH-143

HH-142HH-141HH-140

HH-139

HH-138HH-137

HH-136

HH-135HH-134HH-133HH-132HH-131

HH-130HH-129

HH-128HH-127

HH-126HH-125HH-124

HH-123

HH-122HH-121

HH-120HH-119

HH-118HH-117 HH-116

HH-115

HH-114

HH-113

HH-112

HH-110HH-109

HH-107

HH-106

HH-105

HH-104

HH-103

HH-100

HH-***

HH-260B

HH-203B

Santa Rita do Sapucaí

Heliodora

Natércia

Careaçu

HH-472

HH-404HH-460

HH-293

HH-415

HH-138

HH-128

HH-122

HH-376

HH-320

HH-249

HH-213

HH-204

HH-411

HH-276

425000

425000

430000

430000

435000

435000

440000

440000

445000

445000

7540

000

7540

000

7545

000

7545

000

7550

000

7550

000

7555

000

7555

000

7560

000

7560

000

7565

000

7565

000

45°30'0"W

45°30'0"W

45°45'0"W

45°45'0"W22°0'0"S

22°15'0"S22°15'0"S

A

A'

ZCCP

ZCSR

ZCJ

CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000

Serra de Santa Rita

Serra do Balaio

Serra de Santa Catarina

Serra das Águas

Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Falha de empurrão ou zona de cisalhamento contracional - Fase D2

Contato

Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Contato ou zona de cisalhamento encobertos

ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressionalcom forte componente compressional - Fase D3ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral - Fase D4ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -transcorrente destral - Fase D4

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICASCidade

Rios e DrenagensEstradas

LambariSão Gonçalodo Sapucaí

Heliodora Cristina

ItajubáSanta Ritado Sapucaí

Conceiçãodos Ouros

Poço Fundo

Pouso Alegre

45°45'46°00' 45°15'21°45' 45°30'

22°00'

22°30'

22°15'

21°45'

22°00'

22°30'

22°15'

45°45'46°00' 45°15'45°30'

48O 42O

16O

20O

0 1.500750m

ARTICULAÇÃO DA FOLHA LOCALIZAÇÃO DA FOLHA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

22°58’57”

NM NG

A declinação magnéticacresce 14`17” anualmenteBase cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Helidora,Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.Projeção Transversa de Mercator, Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S

ELEMENTOS ESTRUTURAISAfloramentos descritos

Lâminas petrográficas Análises litogeoquímicas

ANEXO III

Mapa de contornos estruturais da folha Heliodora 1:50.000

MAPA DE TRAÇOES ESTRUTURAIS E LINEAMENTOS INTERPRETADOS ANEXO III DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: EVOLUÇÃO GEOTECTONICONA ÁREA DE HELIODORA, SUL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA UFRJAUTOR: Hugo José de Oliveira Polo

ORIENTADOR: Rudolph Allard Johannes TrouwHELIODORA SF23-Y-B-II-2

UFRJUFRJ

8

1

1

45

7

2

1

2

3

8

240

3672

5757

42

43

43

44

70

60

10

15

70

80

45

30

1470

75

1080

50

70

65

80

40

70

8020 30 55

60

80

65

55

89

40

80

70

4040

50

60

50

50

40

75

20

60

70

70

2 10

60

10

50

2055

70

70

55

50

80

60

20

80

50

8075

35

70

40

20

80

85

70

70

60

25

40

55

70

50

55

75

8970

65

80

87

70

52

40

55

85

1055

60

60

75

23

60

15

57

10

80

70 70

50

35

70 45

60

40

30

3030

60

20

80

42

60

89

65

50

60

8030

30

30

20

40

7560

40

35

50

60

70

80

63

70

89

45

78

30

70

60

72

52

89

67

43

72

87

21

47

60

12

85

10

80

15

2540

65

70

70 75

85

80

20

75

44

607620

89

20 78

30

65

80

50

50

65

15

70

70

85

70

8845

40

80

89

70

7035

30

5060

45

25 50

89

75

45

20

85

80

55

20

70

75

75

18 85

80 40

61

30

40

80

65

2065

30

80

85

Santa Rita do Sapucaí

Heliodora

Natércia

Careaçu

425000

425000

430000

430000

435000

435000

440000

440000

445000

445000

7540

000

7540

000

7545

000

7545

000

7550

000

7550

000

7555

000

7555

000

7560

000

7560

000

7565

000

7565

000

45°30'0"W

45°30'0"W

45°45'0"W

22°15'0"S22°15'0"S

A'

ZCCP

ZCSR

ZCJ

CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:50.000

Serra de Santa Rita

Serra do Balaio

Serra de Santa Catarina

Serra das Águas

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Antiforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Falha de empurrão ou zona de cisalhamento contracional - Fase D2

Contato

Sinforme fechado a isoclinal normal da fase D3

Contato ou zona de cisalhamento encobertos

ZCCP - Zona de Cisalhamento Conceição da Pedra - transpressionalcom forte componente compressional - Fase D3ZCJ - Zona de Cisalhamento Jesuânia - trascorrente destral - Fase D4ZCSR - Zona de Cisalhamento Santa Rita do Sapucaí -transcorrente destral - Fase D4

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Cidade

Rios e Drenagens

LambariSão Gonçalodo Sapucaí

Heliodora Cristina

ItajubáSanta Ritado Sapucaí

Conceiçãodos Ouros

Poço Fundo

Pouso Alegre

45°45'46°00' 45°15'21°45' 45°30'

22°00'

22°30'

22°15'

21°45'

22°00'

22°30'

22°15'

45°45'46°00' 45°15'45°30'

48O 42O

16O

20O

0 1.500750m

ARTICULAÇÃO DA FOLHA LOCALIZAÇÃO DA FOLHA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

22°58’57”

NM NG

A declinação magnéticacresce 14`17” anualmente

Base cartográfica extraida da Folha SF-23-B-II-2 Heliodora,Fundação IBGE, 1971. Disponível digitalizada no sítio www.ibge.gov.br.Projeção Transversa de Mercator, Datum Córrego Alegre Fuso UTM 23S Imagem SRTM com resolusão de 90m recalculada para 30m disponivel no sítio www.seamless.usgs.goviluminação artificial com sol posicionado a 315°

Lineamentos interpretados da imagem SRTMTraço Estrutural das Foliações

Foliação principal S2

Lineaçoes de estiramento e mineral L2

Foliação milonítica da fase D3

Foliação milonítica da fase D4

Lineação de estiramento/mineral L3

Lineação de estiramento/mineral L4

Foliação milonítica da fase D3

ANEXO IV

Tabela de dados de campo da folha Heliodora 1:50.000

ALTITUDE UNIDADE DESCRICAO ESTR. DIR MERG ESTR. DIR MERG819 Gran Granito leucocratico com feldspatos idiomorficos localmente aparenta pouca deformacao, afloramento muito intemperizado, tambem ocorrem regioes miloniticasS3 110 89832 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado (fora da area, a oeste) S2 338 78873 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado S2 138 70847 Gran Granito leucocratico com feldspatos idiomorficos localmente aparenta pouca deformacao, afloramento muito intemperizado, tambem ocorrem regioes miloniticasS3 165 72923 Pirang Gnaisse milonitico com bandamento milimetrico e olhos de feldspato e quartzo estirado S2 0 60

1023 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico S2 180 10 L2 252 72936 Gn-andr biotita gnaisse bandado, fraturas preenchidas por epidoto e intercalacao de ultramafica (clorita xisto) S2 173 75 L2 93 2959 Gn-andr gnaisse muito quatzoso pode ser uma transicao para o quartzito, com vermiculita. Bandas quartzosas com mica preta e bandas puramente quartzosas intercaladas milimS2 320 30

1002 Q-andr quartzito micaceo, laminas de mica branca intercaladas com camadas centimetricas de quartzo e mica S2 167 351022 Ultr rocha muito alterada com coloraþao ocre (ultramafica - clorita xisto) 10 m de espessura, cortada por veios de quartzoS2 340 60 L2 260 20993 Pirang gnaisse com abundantes fenocristais de k-feldspato pequensa dobras isoclinais com plano axial paralelo a foliaçãoS2 160 55859 Pirang ortognaisse com porfiros pequenos S2 158 40859 Pirang granda biotita gnaisse fino com veios de pegmatito e quartzo boudinados e anfibolito tambem ocorre granada pirobolio gnaisse (pode ser calciossilictica)S3 120 15 L3 160 8842 Hel-N biotita gnaisse fino e homogeneo S2 345 85839 X-andr muscovita xisto S2 240 30

0 Gn-andr biotita gnaisse fino homogeneo (blocos)0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 220 180 Gn-andr biotita gnaisse fino homogeneo pouco leocossoma S2 340 45

1030 Q-andr xisto com anfibolio em cristais milimetricos paralelos a xistosidade S2 300 801218 Hel-N biotita gnaisse fino com porfiros de ate 7cm S2 340 70

0 Anf anfibolito omogenio quase sem foliação S2 201 44919 X-andr muscovita xisto com turmalinas centimetricas e micas milimetricas pouco feldspato + veio de pegmatito S2 197 40817 Hel-N gnaisse leococratico com cristais de feldspato estirados com 0.5cm alguns cristais hidiomorficos com ate 3cm S2 150 52835 X-andr muscovita xisto com micas de 0.5cm e feldspato S2 333 89877 X-andr muscovita quartzo xisto com granadas milimetricas e icas de 0.5 a 1cm + veio de quartzo rico em turmalina + tremolita xisto (ultramafica)S2 154 80920 Hel-N biotita gnaisse homogeneo com porfiros estirados de feldspato entre 0.5 e2 cm S2 165 70914 Gn-andr biotita gnaisse S2 178 70

0 Q-andr quartzo muscovita xisto S2 193 500 X-andr muscovita quartzo xisto S2 137 55

1035 Q-andr quartzo xisto com muita mica branca de granulação grossa a media em nodulos (possivelmente a nucleacao metamorfica de outro mineral) e silimanitaS2 335 35863 X-andr muscovta xisto com pouco quartzo, micas milimetricas + quartzito fino co m pouca muscovita S2 320 85823 Hel-N gnaisse fino a medio com bandamento milimetricas e bandas centimetricas com feldspatos esverdeados pode ter pirobolioS2 310 89822 Hel-N biotita gnaisse fino bandamento milimetrico com pirobolio S2 310 87843 Hel-N biotita gnaisse bandado com bandas de 0.5cm quartzo fedspaticas e bandas de 0.2cm de biotita com cristais de 0.2 cm de feldspatoS2 298 80903 X-andr muscovita quartzo xisto com muscovitas de 2mm, quase um quartzito S2 325 65913 Q-andr quartizito micaceo com micas milimetricas S2 165 30861 X-andr blocos de quartizito e quartzo xisto886 Gn-andr biotita gnaisse fino bandado intercalado com anfiblito e xisto pegmatito (10m) e rocha ultramafica (1m) S2 303 70927 Hel-N gnaisse migmatitico cortado por diques de anfibolito, gnaisse porfiroblastico com feldspato (1 a 4cm) e gnaisse bandado. Muitas dobrasS2 310 80877 Hel-N gnaisse fino com pequenos cristais de mica e granada com pequenos nodulos de feldspato e veio de pegmatito (muito deformado)S2 350 65

1042 Q-andr ate aqui o xisto varia a coloracao e composicao, diminuindo a quantidade de quartzo S2 350 20910 X-andr muscovita xisto com intercalaþÒo de anfibolito S2 160 80924 Hel-N gnaisse fino com raros nodulos felsicos e bandas felsicas S2 340 50919 X-andr muscovita xisto S2 320 60985 BX-andr muscovita biotita xisto S2 345 20

1000 BX-andr biotita ganada xisto com raros feldspatos S2 325 101018 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 350 20

859 Anf anfibolito S2 355 20869 Hel-N gnaisse medio com foliação bem definida com feldspato e granada (atair) milonitico S2 350 70874 Hel-N gnaisse medio com foliação bem definida com feldspato e granada (atair) milonitico S2 345 89927 Q-andr quartzito com poucas micas S2 130 40

1061 Q-andr quartzito micaceo intercalada com rocha muito alterada de coloraþÒo vermelha com veios centimetricos de quartzoS2 310 55 L2 248 40987 Gn-andr biotita gnaisse medio a fino bandado com quantidada de biotita variavel S2 190 50997 Q-andr quartzito S2 150 85

1100 Q-andr quartzito S2 240 701179 Gn-andr gnaisse ou arcoseo com minerais circuares alinhados tem textura de rocha ignea/metaignea1214 Gn-andr gnaisse ou arcoseo S2 325 8 L2 240 31331 Q-andr quartzito S2 350 151345 Q-andr quartzito S2 340 801364 Q-andr quartzito S2 165 551381 Q-andr quartzito S2 140 351227 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 352 701101 Q-andr intercalþaþÒo decimetrica de quartizito bem cristalixado e xisto medio a grosso com muscovita S2 0 151176 Gn-andr biotita gnaisse S2 353 301101 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 350 401085 Hel-N biotita gnaisse muito felsico S2 355 15848 X-andr quartzito micaceo fino + muscovita granada xisto medio S2 346 60881 Q-andr quartzito com mica S2 331 63907 Q-andr quartzito com mica em camadas decimetricas e laminas peliticas S2 150 5915 Q-andr quartzito + muscovita xisto S2 332 60860 X-andr xisto com lentes decimetricas de quartzito S3 148 89860 X-andr xisto com lentes decimetricas de quartzito S2 342 30906 X-andr xisto S2 325 60935 Q-andr quartzito micaceo medio S2 348 70978 Q-andr quartzito S4 335 75

1128 Q-andr quartzito S2 184 80978 Hel-N biotita gnaisse com cristais de quartzo alongados (blocos + ou - in sito)983 Hel-N biotita gnaisse homogeneo leucratico com raras faixas milimetricas muito rica em biotita994 Hel-N biotita gnaisse fino com mais bandas com biotita S2 350 70967 Hel-N biotita gnaisse leococratico S2 155 45938 Gn-andr biotita gnaisse leocoratico com intercalaþoes de anfibolito S2 180 70945 X-andr muscovita quartzo xisto955 Q-andr quartzito em camadas decimetricas S2 184 80855 Hel-N biotita gnaisse S2 160 40932 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo com pegmatitos decimetricos S2 348 65983 Gn-andr biotita gnaisse homogeneo S2 353 85

1171 Q-andr muscovita granada xisto intercalado com quartzito977 Gn-andr biotita gnaisse bandamento centimetrico + blocos de anfibolito S2 355 70998 X-andr muscovita silimanita xisto grosso + intercalaþÒo de anfibolito S2 355 70

1041 Anf anfibolito + blocos de gnaisse com pegmatito S2 30 701062 Gn-andr biotita gnaisse fino S2 10 901089 X-andr mica xisto grosso cor avermelhada + anfibolito S2 320 251116 Q-andr quartzito micaceo S2 345 501117 X-andr xisto micaceo S2 340 501166 Q-andr Quartizito em camadas decimetricas S2 342 65

1186 Q-andr quartzito micaceo em camadas centimetricas S2 348 501099 Gn-andr biotita gnaisse S2 350 501205 Q-andr quartzito micaceo em camadas centimetricas S2 0 631021 Gn-andr biota gnaisse S2 195 50860 Gn-andr biotita gnaisse + rocha mafica (Clorita xisto) S2 20 60876 Gn-andr biotita gnaisse leococratico homogeneo com pouca biotita S2 185 75989 Pirang ortognaisse matriz fina, rico em porfiros de feldspatos com 0,5 a 1,5cm muito deformado (estirados), leitos decimetricos felsicos, leitos pegmatiticos e diques deS3 205 42

1001 Pirang granito gnaisse com porfiros de feldspatos de ate 1,5cm raros com 3cm cristais estirados +/- hidiomorficos talves tenha pirobolioS2 190 301025 Pirang intercalaþÒo: rochas cinza claro com fenocristais de feldspato de 1cm, pegmatito, rosa cinza escuro com pontos caulinizados (anfibolito alterado), rocha muito escS2 135 401099 Pirang granito gnaisse com porfiros de feldspato xenomorficos menores que 1cm deformados, outro com raros fenocristais matriz fina e planos micaceos cor negra (pequenasS2 168 80 L2 235 201045 Pirang ortognaisse muito deformado, milonito. Cor clara om bandas milimetricas de cor cinza S2 150 701094 Pirang rocha muito fina com planos micaceos cinza escuro (intercalaþÒo de ultramafica) milonito S2 190 751125 Pirang-Sed rocha fina bandada com bandas puramente quartzosas e outras bandadas muito deformada e dobrada S2 186 601171 Gn-andr Biotita gnaisse com banda esverdeada S2 20 891151 Pirang-Sed gnaisse fino homogeneo com minerais de alteraçao dourados localmente com pegmatitos1187 Pirang ortognaisse muito rico em fenocristais de feldspato com ate 1cm idiomorficos S3 165 601101 Pirang ortognaisse porfiritico S2 150 401047 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais estirados1161 Pirang itercalaþÒo entre pegmatito, anfibolito e ortognaisse leococratico S2 120 701134 Pirang rocha clara com bandas milimetricas escuras milonito S2 240 501145 Pirang rocha bandada intercalaþoes de bandas felsicas e bandas com feldspato e quartzo estirados. Muito deformado1152 Pirang gnaisse bandado com bandas leucocraticas e melanocraticas decimetricas a centimetricas. Fenocristais estirados de feldspatos e fitas de quartzoS3 230 30 L3 230 301162 Peg pegmatito1187 Pirang blocos gnaisse bandado (andrelandia) rocha cinza fina bandada milimetricamente (milonito)1134 Pirang ortognaisse com porfiros de medio a grossos S3 275 40907 Gn-andr biotita gnaisse fino com pegmatito e intercalacao de anfibolito (amostra) S2 350 85

1080 Pirang ortognaisse rico em fenocristais de feldspato maiores que 1cm com ate 3cm alguns idiomorficos S3 255 20992 Pirang ortognaisse porfiritico S3 175 30

1067 Pirang ortognaisse porfiritico1137 Pirang ortognaisse porfiritico S2 270 70

0 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio nÒo tem fenocristais1185 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais S2 145 301198 Hel-S ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio nÒo tem fenocristais com pegmatitos sem raiz1057 Pirang ortognaisse porfiritico896 Hel-S ortognaisse grosso com k-fledspato e plagioclasio S2 160 30881 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina e porfiros de no maximo 1cm de felsdpato hipidiomorficos. Localmente ocorrem com memos porfiros e mais fino. Pegmatito comS2 280 20911 Gn-andr biotita gnaisse leococratico S2 165 40919 Hel-S gnaisse bandado com biotita com raros fenocristais de feldspato com no maximo 1cm cortado por pegmatito S3 127 30910 Peg pegmatito encaixado em gnaisse bandado. O pegmatito esta muito fraturado e ocorrem lentes de 0,5m de anfibolito e lentes de 10cm de ultamaficaS2 225 35900 Hel-S gnaisse com porfiros grossos com formato oftalmico S2 240 30

1098 Hel-S gnaisse bandado com raros fenocristais com menos de 1cm alguns com 2-3cm estidados pegmatitos com turmalina. Leitos e lentes maficos centimetricos. Pequenas zonasS3 105 80963 Ter depositos terciarios. Wacks, matriz fina e granulos e seixos dispersos963 Hel-S gnaisse homogenio com raros fenocristais de ate 1cm (pode ter granada) pegmatitos e estruturas tipo mullion S2 155 60981 Peg pegmatito com resquissios de gnaisse bandado982 Hel-S gnaisse bandado S2 148 45

1070 Pirang gnaisse bandado com poucos fenocristais alguns estirados S2 165 601047 Pirang gnaisse bandado com poucos fenocristais S2 155 50906 Gn-andr biotita gnaisse leococratico foliação dobrada em dobras abertas S2 165 89

947 Pirang gnaisse rico em fenocristais estirados de feldspatos alguns com ate 3cm. Niveis mais pobres. Niveis apliticos S2 162 50988 Pirang gnaisse bandado fino. Milonitico S2 155 60

1009 Pirang gnaisse banddo com raros fenocristais de feldspatos. Milonitico S2 120 601028 Pirang gnaisse com intercalaþÒo de pegmatito. Blocos de biotita gnaisse bandado S2 165 85

0 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristais hipidiomorficos menores que 1cm S2 155 601469 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristais hipidiomorficos, alguns estirados menores que 1cm facies rica e facies pobre em fenocristais. Raros piroboliosS2 175 401279 Pirang ortognaisse porfiritico com fenocristis de 1 a 2cm dispersos S2 165 601165 Hel-N rocha leucocratica homogenia com alguns fenocristais de ate 2cm S2 148 401162 Anf anfibolito + blocos de gnaisse fino com poucos fenocristais ? S2 170 551037 Hel-N gnaisse com cor cinza e matriz fina com lentes anateticas dobradas, nÒo parece ter fenocristais mas nodulos anateticos (blocos)888 Gran Granito deformado muito alterado S2 10 60993 Hel-N pegmatito com intercalaþoes de gnaisse bandado com biotita S2 178 80951 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito e anfibolito S2 184 80943 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 163 80

0 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 183 50977 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 186 65

1046 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 195 801054 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito1230 Pirang ortognaisse porfiritico1256 Pirang ortognaisse porfiritico1265 Pirang ortognaisse porfiritico888 Gran granitoide leococratico com muscovita, biotita e turmalina S2 50 80

1112 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais de ate 1cm S2 155 451216 Hel-S gnaisse bandado com granulometria grossa. Veios pegmatiticos1214 Hel-S gnaisse bandado com matriz media a grossa com raros porfiros grossos alem de granda e pirobolio. Cortado por aplito de espessura decimetrica com turmalina e pegmaS2 154 601230 Hel-S granitoide mais mafico e sem fenocristias com leitos de pegmatito1424 Hel-S gnaisse bandado grosso S2 191 30 L2 268 81427 Hel-S gnaisse bandado sem fenocristais com pegmatito S2 125 301388 Hel-S gnaisse bandado raros fenocristais com mais de 3 cm matriz media a grossa S2 153 601328 Hel-S gnaisse bandado sem fenocristais matriz media a grossa S2 143 651197 Pirang ortognaisse porfiritico

0 Hel-N biotita gnaisse fino bandado S2 320 50 L2 265 25804 Gn-andr biotita gnaisse bandado em escala centimetrica dobrado S2 0 62868 X-andr xisto com muscovita e biotita niveis de quartzito e raras granadas S2 346 55917 X-andr muscovita quartzo xisto com intercalaþoes de quartzito, anfibolito e gnaisse S2 330 55953 BX-andr biotita xisto com granadas milimetricas abundantes raros feldspatos rocha bem homogenia, sem estratificaþÒo interna, veios de quartzo868 Q-andr quartzito com dobras abertas granulometria fina S2 345 10941 Gn-andr gnaisse claro com camadas de 3cm de gondido e intercalaþÒo de pegmatito. O gondido esta associado a uma camada de xisto negro com micas douradas (20cm de espessurS2 30 30

0 Hel-N ortognaisse1003 Hel-N gnaisse porfiritio com porfiros de ate 2cm de feldspato S2 325 501086 X-andr muscovita silimanita xisto grosso + intercalaþÒo de anfibolito e quartzito S2 142 30 L2 252 20868 Hel-N gnaisse porfiritio com porfiros de ate 2cm de feldspato S2 325 45

0 X-andr granada muscovita silimanita xisto972 Hel-N ortognaisse843 Q-andr quartzito com niveis micaceos de ate 2mm S2 342 80 L2 248 20849 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito e +/- 10cm de biotitito + mineral vermelho? S2 180 78 L2 260 20880 Gn-andr biotita gnaisse bandado com lentes de quartzito e bandas maficas e micaceas pegmatitos intercalados S2 165 85898 Gn-andr biotita gnaisse bandado com dobras simetricas intercalaþao de anfibolito e pegmatito S2 178 89 L2 268 20

940 Gn-andr biotita gnaisse bandado milimetricamente rico em biotita. Niveis centimetricos de biotitito. Pegmatitos frequentes950 Gn-andr biotita gnaisse bandado com anfibolito S2 185 76912 Peg pegmatito/granito com turmalinas e veios de quartzo com turmalina pouco deformado, porem com foliação S2 153 50900 Gn-andr gnaisse bandado com banda esverdeada e gondido. Ao lado granito S2 183 60890 Gran granito homogeneo fino com foliaþao muito fraca e restrita a alguns pontos da rocha podem ser zonas de cisalhamento tardiasS2 195 60883 Q-andr PERFIL - xisto fino cor rosa com lentes de quartzo metamorfico, intercalado com quartzito muito fino (2 amostras orientadas), pode ser um milonito - zona de cisalS2 350 70858 Hel-N gnaisse bandaddo com intercalação de anfibolito e pegmatito S2 355 30901 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 185 65 L2 105 20908 Hel-N biotita gnaisse bandado com pequena zona de cisalhamento destral S2 110 80908 Hel-N biotita gnaisse bandado com pequena zona de cisalhamento destral S2 144 45925 Hel-N biotita gnaisse intercalado com pegmatito e anfibolito S2 172 60

1002 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 161 65 L3 161 65960 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito parece ser migmatitico S2 165 70906 Hel-N biotita gnaisse co pegmatitos ainda parece migmatitico S2 148 70876 Hel-N biotita gnaisse bandado com anfibolito S2 173 70918 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 146 80 L2 72 40965 Hel-N biotita gnaisse intercalado com pegmatito e anfibolito S2 330 30908 Q-andr quartzito em camas medias a espessas intercalado com laminas xistosas. Dobra aberta S2 8 70975 Ultr rocha ocre esverdeada (ultramafica) parece haver niveis de +/- 60cm intercalados com outro material ou fraturado S2 242 30

1020 Ultr rocha ultramafica piroxenito (?) blocos +/- in sito1132 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito1140 Peg pegmatito 2-3m de espessura blocos de gnaisse bandado1135 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 168 401133 Hel-N biotita gnaisse porfiritico S2 176 61 L2 117 401128 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 166 701091 Hel-N biotita gnaisse bandado com pegmatito S2 176 801086 Hel-N biotita gnaisse porfiritico S2 184 651110 Peg pegmatito mesmo do ponto 283961 Q-andr quartzito / quartzo xisto S2 330 35

1066 Gran granito pode estar associado ao pegmatito sem deforaþÒo1013 Hel-N biotita gnaisse bandado S2 165 70986 Ultr cor alaranjada intenso com blocos de gnaisse (xenolitos?) ou contato S2 240 30985 Ultr blocos +/- in sito rocha ultramafica S2 222 60983 Ultr rocha ultramafica laranja e rocha bandada com pegmatito cor rosada. Contato. Pequenas zonas de cisalhamento e rocha adquire um aspecto filitico. Planos de fratura990 Ultr ultramafica cortada por pegmatito e anfibolito862 Pirang ortognaisse porfiritico com cristais de ate 1cm - dobrado S2 128 60 L2 240 5936 Anf anfibolito e pegmatito possivelmente intercalado no gnaisse muito alterado S2 182 70961 Hel-S gnaisse matriz media com porfiros estirados de feldspatos com ate 3cm S2 186 50876 Q-andr quartzito muito deformado dobras com duas direcoes de PA, rods de quartzo paralelo a o eixo da dobra velha S2 165 30 L2 260 1983 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto S2 193 60989 Anf anfibolito ou calciossilicatica

1023 Gran granito fino com poucos porfiros pequenos. Pouco deformado a foliaþao esta irregular parece um L tectonito. Pegmatitos em varias direþoes e dobras abertasS2 185 70950 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto blocos de gnaisse, pegmatito e anfibolito910 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito887 Hel-S ortognaissse matriz media porfiros medio a grossos963 Anf anfibolito em meio a um coluvio muito vermelho S2 175 80914 Hel-S megablocos de gnaisse porfiriritico com pegmatito e blocos de gnaisse bandado com granada e quartzito904 Q-andr quartzito / muscovita quartzo xisto

987 Col Coluvio850 Q-andr quartizito dobrado como o anterior, rods de quartzo paralelos ao eixo da dobra velha S2 350 40

1059 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados919 Gn-andr biotita gnaisse bandado com pegmatito943 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 197 70957 Q-andr quartzito micaceo grosso S2 183 60829 Hel-N ortognaisse migmatitico com biotita + anfibolito S3 310 80 L3 310 30923 Gran granito medio com pegmatito pouco ou nada deformado com pedaços do ortognaisse do ponto anterior936 Gran granito fino com foliaçao mal desenvolvida910 Gran granito com biotita pouco ou nada deformado cortado por pegmatito922 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados980 X-andr quartzo muscovita xisto S2 315 40

1022 Pirang grosso com fenocristais de 1-3cm, pegmatitos de ate 1m S2 170 70897 Gn-andr ortognaisse com porfiros de 1-3cm, igual ao ponto 315. apresenta faixas miloniticas853 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 160 78911 Gran granito gnaisse claro com fenocristais pequenos, muito alterado S2 160 45

1025 Gran pegmatito homogenio vertical encaixado em gnaisse fino muito alterado S2 170 891086 X-andr muscovita quartzo xisto com turmalina, localmente com quartzo xisto e pegmatito S2 174 701121 X-andr quartzo xisto com muscovita cortado por pegatitos S2 140 701143 Q-andr quartzitos e quartzo xistos cortados por pegmatitos verticais e concordantes

0 Anf anfibolito1017 Q-andr quantzito com pegmatito S2 170 55989 BX-andr granada biotita xisto com muscovita S2 340 75924 Gran muscovita granito gnaisse908 Gn-andr muscovita granito gnaisse, biotita gnaisse e pegmatitos (gnaissinho)942 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 335 45944 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros944 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros e sem porfiros S2 190 80977 Gn-andr biotita gnaisse com porfiros S2 10 70993 Gn-andr gnaisse muitofino com biotita, dobras abertas S2 180 80

1075 Gn-andr biotita gnaisse migmatitico S2 148 891108 Gn-andr biotita gnaisse bandado e pegmatito S2 160 75 L2 232 201214 Gn-andr biotita muscovita gnaisse bandado com pegmatito S2 166 45937 Hel-N biotita gnaisse S2 335 60

0 Gn-andr biotita gnaisse com muscovita fino e pegmatito S2 158 890 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 350 80

994 Anf aproximadamente 15m S2 350 85941 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 165 85930 X-andr muscovita granada xisto S2 170 50

0 X-andr muscovita granada xisto865 Gn-andr biotita gnaisse

0 Ultr biotita gnaisse e rocha ultramafica S2 180 75862 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 10 75856 Q-andr quartzito fino micaceo e quartzo xistocom granada e silimanita S2 344 70987 Gn-andr biotita gnaisse com muscovitas grandes intercaladas com camadas delgadas de ate 10cm de xisto - 50 metros paa o sul : muscovita granda xistoS2 325 50825 Q-andr blocos de quartzito853 Q-andr quartzito medio a fino e gnaisse S2 355 70874 Gn-andr biotita gnaisse intercalado com quartzito e xisto S2 150 70

0 Gn-andr biotita gnaisse migmatitico S2 150 701111 Gran granito muito alterado pouco deformado S2 154 35

0 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 178 700 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito

1224 Gn-andr biotita gnaisse S2 330 631198 Gn-andr biotita gnaisse frenco S2 166 89895 Gn-andr biotita gnaisse muito alterado S2 158 65

1030 Gn-andr gnaisse fino bandado S2 330 50852 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito872 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito880 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito888 Pirang biotita gnaisse com porfiros de 2cm isolados, cor escura e matriz fina, cortado por pegmatitos S2 165 70913 Gran muscovita granito com foliação pouco desenvolvida e biotita gnaisse com pegmatito - zonas de cisalhamento S2 166 70877 Gran granito e biotita gnaisse com pegmatito - transição883 Gran pegmatito com turmalina923 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca870 Q-andr quartzito/ quartzo xisto com pouco feldspato, blocos mais ou menos in situ883 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca

1132 X-andr biotita granada xisto com poucosfeldspatos S2 325 500 Ultr rocha ultramafica

878 Gn-andr gnaisse fino bandado S2 168 40965 Pirang-Sed gnaisse fino homogeneo com minerais de alteraçao dourados localmente com pegmatitos902 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 156 35901 Pirang gnaisse porfiritico porfiros de 1-2cm alguns estirados917 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 171 40

0 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 148 501020 Pirang ortognaisse e rocha mafica S2 150 501106 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato1224 Col coluvio1106 X-andr granada muscovita xisto S2 330 401102 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 195 401038 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 140 70998 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 130 40959 Pirang diversos blocos com matriz escura e fina com porfiros de 1-2 cm, milonitico S2 155 70957 Pirang porfiros arredondados, bom lugar para amostras porem de dificil acesso S2 150 70977 Pirang porfiros de 2-3 cm S2 130 70

1060 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato1034 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato1024 Pirang S3 150 70

0 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato1086 X-andr muscovita xisto S2 320 701084 Hel-S gnaisse com lentes anateticas e porfiros maiores sem orientaþÒo xenomorfico, afloramento mexido1138 Col coluvio1090 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato

0 Anf anfibolito1079 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato1075 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico1044 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico S2 130 20

1028 Hel-S gnaisse grosso com pegmatito1000 Anf anfibolito e pegmatito S2 158 80960 Hel-S gnaisse grosso com pegmatito S2 140 40912 Gn-andr blocos de biotita gnaisse na drenagem933 Hel-S gnaisse grosso com porfiros de 3-5 cm S3 335 89937 Pirang-Sed Quartzito feldspatico milonitico923 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 152 60827 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato

0 Pirang ortognaisse milonitico, matriz fina e porfiros estirados abundantes S2 235 40884 Pirang ortognaisse porfiritico com porfiros alongados milonitio S2 325 80 L2 235 10876 Gn-andr gnaisse quartzo feldspatico muito alterado cor cinza com niveis muito ricos em biotita intercalação de anfibolito S3 160 25 L3 215 15

1013 Gn-andr gnaisse com biotita cortado por pegmatitos e com lentes de fusao in situ (+-20% de pegmatito) S2 170 85950 Gn-andr biotita gnaisse S2 345 80 L2 60 10867 Gn-andr biotita gnaisse com aparencia de xisto S2 160 85 L2 63 12918 X-andr granada muscovita xisto S2 315 85879 Gn-andr biotia gnaisse milonitico cortado por falha ruptil brecha associada S2 35 70874 Anf anfibolito fresco +- 30m de espessura S2 170 20872 Q-andr quartzito micaceo +- 5m S2 0 55 L2 84 20863 Gn-andr biotita gnaisse muito alterado S2 170 60 L2 250 2858 Hel-N ortognaisse grosso com regioes mais finas (veios apliticos) muito deformado S2 350 75 L2 253 7929 Hel-N ortognaise grosso com muscovita S2 337 55 L2 66 5907 Hel-N ortognaisse grosso S2 333 56 L2 56 4919 Q-andr quartzito com intercalaþoes de qtz muscovita granada xisto (gnaissinho) S2 335 50 L2 50 10816 Gn-andr gnaisse migmatitico (paragnaisse) na Fernao Dias proximo a Careaþu S2 330 85 L2 260 18861 Q-andr quartzito e quartzo xisto S2 335 60 L2 56 1870 Gn-andr gnaisse fino com muito leocossoma - 20m para sul: granada xisto S2 350 30932 Pirang ortognaisse grosseiro com zonas brechadas com fragmentos de ultramilonito - 40m para o norte ultramilonito S3 110 57 L3 190 15965 Pirang ortognaisse com enclaves maficos e dobras L-tectonito S2 335 60

1073 Pirang ortognaisse fino com bandas leococraticas dobras isoclinais com plano axial // a foliação, indicadores cinematicos destraisS2 290 40973 Pirang ortognaisse fino um pouco menos deformado com magnetita S2 290 70959 Pirang-Sed gnaisse fino com bandas leococraticas/pegmatito regioes muto ricas em gradada (milonitico) S2 140 60 L2 60 10

1030 Pirang gnaisse fino com cristais milimetricos de feldspato um pouco estirados (milonitico) S2 160 60 L2 240 231048 Pirang ortognaisse com matriz escura e porfiros menores que 1cm S2 335 351110 Pirang ortognaisse com matriz escura e porfiros menores que 1cm (milonitico) L tectonito S2 150 75 L2 75 2959 X-andr muscovita xisto com quartzo e granada, intercalaþoes de gnaisse, quartzo xisto e quartzito, rocha mafica e ultramafica sillimanita nos xistosS2 170 80 L2 90 10934 X-andr sillimanita granada muscovita xisto S2 170 75876 Q-andr quartzo muscovita xisto com granada e silimanita S4 350 60885 X-andr grandes blocos de quartzo de veio888 Gran blocos granito gnaisse foliação muito fraca914 Gn-andr blocos in situ gnaisse laminado a biotita e granito de fusao parcial S2 142 47 L2 232 1929 Gran granito fino muito rico em quartzo com puco de muscovita e biotita S2 334 38

0 Gn-andr barranco muito podre, biotita gnaisse bandado S2 340 21986 X-andr blocos de quartzo muscovita xisto984 Gran blocos de granito912 X-andr aflorameto muito alteradode quartzo muscovita xisto S2 0 70 L2 82 14963 Gn-andr gnaisse muito alterado com pegmatito947 Gn-andr gnaisse migmatitico ou cortado por pegmatito leitos maficos. Blocos mais ou menos in situ817 Hel-N ortognaisse migmatito com leocossoma quartzo feldspatico e melanossoma biotititico S2 310 60

924 Gn-andr gnaisse muito alterado com pegmatito dobrado S2 342 87869 Q-andr quartzito/ quartzo xisto com pouco feldspato, blocos mais ou menos in situ908 Gn-andr biotita gnaisse com pegmatito S2 340 72908 Gn-andr Gnaisse grosso quartzo feldspatico com biotita cortado por pegmatito e com intercalação de quartzito. S2 168 43877 Q-andr blocos grande de quartzito micaceo856 Gn-andr biotia gnaisse fino bandado S2 154 67

0 Gn-andr gnaisse muito alterado940 Gn-andr biotita gnaisse com foliação marcada em bandas centimetricas homogeneas S2 168 89955 Gn-andr blocos de biotita gnaisse885 Hel-N Gnaisse porfiritico com porfiros grossos a muito grossos de feldspatos (ate 4cm) ainda biotita em nodulos e bandas - mais 100m para leste faixa com 2m de gnaisseS2 310 60993 Q-andr quartzito feldspatico com mica blocos mais ou menos in situ897 X-andr blocos in situ. Xisto com muscovita e pegmatito/granito847 Gn-andr biotita gnaisse bandado S2 163 52

0 Gn-andr blocos in situ. Biotita granada gnaisse0 Gn-andr biotita gnaisse com veios de quartzo e cortado por anfibolito

863 Gran granito/pegmatito blocos e afloramentos alterados de gnaisse865 Gran granito grosso/ pegmatito S2 164 63869 Gn-andr blocos in situ. Muito anfibolito, pegmatito, biotita gnaisse864 Gn-andr biotita gnaisse893 Hel-N anfibolito muitoalterado (ocre) intercalado com gnaisse muito alterado com muscovita e muito leocossona / pegmatito sem porfirosS2 260 40832 Gran granitoide grosso914 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina

0 Pirang ortognaisse porfiritico com matriz fina, bandas muito finas sem porfiros (metassedimento) S2 183 441306 Hel-N gnaisse muito alterado, bandado mas com alguns porfiros de k-feldspato, grandas milimetricas1331 Hel-N gnaisse muito alterado, bandado mas com alguns porfiros de k-feldspato, blocos de quartzito S2 158 43952 Gn-andr biota gnaisse, porfiros de feldspato897 Gn-andr biotita gnaisse banddado S2 178 43

1010 Hel-N biotita gnaisse ora homegeneo ora com porfiros de feldspato, com epidoto, alanita e plagioclasio, blocos de ultramafica, pegmatito com turmalinaS2 153 42998 Hel-N gnaisse migmatitico, melanossoma cm anfibolito e biotita S2 168 48865 Hel-N Gnaisse mais leococratico poucas bandas melanocraticas e com pegmatitos S2 0 40

0 Pirang ortognaisse matriz fina e porfiros milimetricos de feldspato S3 192 57 L3 192 570 Pirang porfiritico com matriz fina milonitico0 Pirang porfiritico com matriz fina0 Pirang porfiritico com matriz fina S2 176 72 L2 110 360 Hel-S rocha quartzo feldspatica a biotita cristais centimetricos de cor preta esverdeada (anfibolito?) S2 142 270 Hel-S ortognaisse a biotia porfiritico medio a grosso0 Hel-S ortognaisse migmatitico com granada S3 110 40

822 X-andr muscovita xisto intercalada com lents centimetricas de quartzito S2 310 50820 X-andr granada muscovita xisto840 Gran granito fino a medio porfiritico pouco deformado com muscovita turmalina e k-feldspato com raros de ate 5cm S2 330 70811 X-andr granada muscovita xisto cortado por pegmatitos intercalda com quartzito em camadas centimeticas S2 340 60823 X-andr muscovita quartzo xisto S2 333 40824 X-andr xisto S2 310 50822 Hel-N blocos de gnaisse com textura fina a media alguns com pegmatito, na drenagem subindo para a montanha823 X-andr granada muscovita xisto S2 350 70825 X-andr biotita muscovita xisto com leocossoma S2 330 40828 X-andr xisto muito intemperizado S2 340 40850 Anf rocha muito alterada de coloracao avermelhada e ocre (mafica)

855 X-andr xisto muito alterado cortado por veiso de quartzo discordantes da foliacao S2 120 70839 Q-andr quartzito em camadas centimetricas intercaladas com laminas peliticas S2 340 70835 Q-andr quartzito com mica branca S2 335 70857 Q-andr quartzito mais fino e friavel com interclacao de xisto S2 330 70833 X-andr xisto fino ocre com lentes micaceas cinza e camadas rosas com manchas brancas - possivelmente uma intercalaþÒo de muscovita xisto com rocha mafica (anfibolito)S2 145 80813 Hel-N gnaisse fino rico em biotita e muscovita. Bandas miloniticas ou pseudotaclito S4 355 55 L4 80 10855 Q-andr quartzito micaceo S2 320 85830 Q-andr quartzito micaceo fino e friavel intercalado com xisto medio com mica branca S2 80 35830 Q-andr quartzito micaceo fino e friavel intercalado com xisto medio com mica branca S2 323 80813 Hel-N gnaisse fino milonitico S2 100 70800 Hel-N blocos de gnaisse deformado matriz media a fina porfiros grossos - nÒo milonitico828 Hel-N blocos de gnaisse deformado matriz media a fina porfiros de feldspatos de ate 2cm - pode estar milonitizado830 Hel-N gnaisse porfiritico com fenocristais de ate 1cm de feldspato. Pegmatitos S2 330 85809 Gn-andr gnaisse com intercalacao de anfibolito muito alterado911 Gn-andr gnaisse homogenio com escassos pegmatitos S2 300 40976 Gn-andr gnaisse homogenio com abundantes pegmatitos S2 332 35

1030 Gn-andr gnaisse com pegmatito e nodulos de feldspato possivelmente decorrente de fusao parcial, intercalado com rocha mafica (clorita xisto)S2 325 65810 Gn-andr gnaisse homogenio S2 340 70858 Gn-andr pegmatito com muscovita turmalina e granada869 Gn-andr gnaisse com pegmatitos metricos924 Gn-andr pegmatito com aproximadamente 3m de espessura S2 320 70

1204 Q-andr quartzito intercalado com quartzo xisto com muita mica branca em acamamento delgado S2 5 80 L2 270 201206 Gn-andr gnaisse com veios de pegmatito e ultramafica intercalada900 Gn-andr gnaisse com pegmatito S2 355 89988 Gn-andr gnaisse medio a fino com muitos veios de pegmatito intercalacao de ultramafica S2 5 80878 Gn-andr gnaisse fino cem pegmatitos S2 175 40869 Gn-andr biotita gnaisse S2 50 89923 Gn-andr biotita gnaisse S2 150 45915 Gn-andr biotita gnaisse S2 190 88

1071 Hel-N biotita gnaisse com escassos pegmatitos muito alterado S2 155 701167 Anf anfibolito e pegmatito possivelmente intercalado no gnaisse muito alterado1142 Hel-N gnaisse com anfibolito e pegmatito intercalados1119 Anf anfibolito muito alterado S2 160 751156 Anf anfibolito muito alterado iontercalado com gnaisse e pegmatito S2 162 701141 Anf anfibolito intercalado com gnaisse S2 100 451078 Pirang-Sed gnaisse ultramilonititco, com textura de filito com intercalacao de pegmatito e anfibolito (clorita xisto/filito) S3 170 70 L3 170 70999 Pirang blocos gigantes de gnaisse porfiritico com varios porfiros de k-felspato menor que 1cm idiomorfico mas a maioria ipidiomorfico, raros com mais de 5cm985 Gn-andr rocha muito fina no fenocristais pequenos alguns estirados raros com mais de 2cm S2 170 40773 X-andr muscovita quartzo xisto S2 335 80949 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 340 60817 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 30 35

0 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 400 Gran granitoide grosso

931 Q-andr quartzito micaceo S2 215 40981 Q-andr quartzito micaceo S2 160 80955 Q-andr quartzito micaceo S2 325 65

0 Gran granitoide grosso965 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 340 60

975 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 350 400 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 350 600 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 290 30

934 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 10 750 Q-andr quartzito micaceo S2 325 500 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 150 80

870 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 0 70883 X-andr muscovita quartzo xisto S2 15 70918 Hel-N ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais883 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 70977 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 345 70980 X-andr muscovita quartzo xisto S2 315 65

1068 Hel-N ortognaisse matriz grossa com plagioclasio e pirobolio não tem fenocristais885 Q-andr quartzito micaceo S2 350 50879 Q-andr quartzito micaceo S2 350 40884 Q-andr quartzito micaceo S2 345 40867 X-andr muscovita quartzo xisto S2 345 55864 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 60860 Q-andr quartzito feldspatico com mica blocos mais ou menos in situ951 Gn-andr biotita gnaisse S2 330 80

0 X-andr muscovita quartzo xisto973 X-andr muscovita quartzo xisto S2 270 40997 Gn-andr biotita gnaisse S2 340 50895 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 50885 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 180 45903 Hel-N gnaisse porfiritico com cristais de feldspato oftalmicos 0,2 a 3 cm a maioria pequenos S2 6 50895 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 170 55906 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 145 60945 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 45

1005 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 160 85811 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 354 60872 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 330 25875 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 324 60875 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 360 70906 X-andr muscovita quartzo xisto S2 232 60

0 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados988 X-andr muscovita quartzo xisto S2 182 80

1048 X-andr muscovita quartzo xisto1069 X-andr muscovita quartzo xisto1081 X-andr muscovita quartzo xisto S2 355 651113 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 358 451147 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados

0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 145 801179 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 701068 Gran granito gnaisse homogenio claro com fenocristais pequenos de feldspato S2 200 60914 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 70935 X-andr muscovita quartzo xisto S2 320 85946 X-andr muscovita quartzo xisto S2 345 85

965 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 350 20988 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados S2 355 105

1016 X-andr muscovita quartzo xisto S2 330 601035 X-andr muscovita quartzo xisto S2 328 70

0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 344 701082 Gran granitoide grosso1059 BX-andr biotita granada xisto com veios de quartzo estirados

0 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 400 X-andr muscovita quartzo xisto S2 340 600 X-andr muscovita quartzo xisto S2 350 60

810 Gran granito fino a medio porfiritico pouco deformado com muscovita turmalina e k-feldspato com raros de ate 5cm S2 340 50869 Q-andr quartzito micaceo S2 342 60879 Q-andr quartzito micaceo S2 320 87

0 Q-andr quartzito micaceo S2 340 500 Gn-andr biotita gnaisse S2 201 44