179
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dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 1: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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!

BC,/5!DEFG

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!

! i!!

Resumo!

A!indústria!da!construção!potencia!não!só!o!desenvolvimento!económico!dos!países,!mas!também!leva!a!um!elevado!consumo!de!matériasMprimas.!Da!mesma!forma,!a!quantidade!de!resíduos!provenientes!das!actividades!de!construção!e!demolição!e!o!destino!a!darMlhes!constituem!um!sério!problema!ambiental.!

Surge,! desta! forma,! a! necessidade! de! encontrar! uma! alternativa! ao! depósito! em! aterro! deste! crescente!volume!de!resíduos!produzidos.!A!definição!de!políticas!de!gestão!de!resíduos,!com!vista!à!reciclagem!e!a!outras!formas!de!valorização,!é!um!caminho!a!seguir!para!a!diminuição!da!utilização!de!recursos!naturais.!

É!na!sequência!desta!carência!que!surge!o!desenvolvimento!desta!dissertação,!numa!área!em!crescente!desenvolvimento,!a!construção!sustentável.!O!objectivo!da!presente!investigação!foi!avaliar!a!viabilidade!da!aplicação!de!resíduos!provenientes!da!trituração!de!loiça!sanitária!como!agregados,!em!argamassas!de!revestimento,!em!substituição!de!areia,!estudandoMse!uma!alternativa!ao!seu!depósito!em!aterro.!

Com! o! intuito! de! avaliar! o! comportamento! de! argamassas! com! incorporação! destes! resíduos,! foi!desenvolvida!uma!vasta!campanha!experimental,!avaliandoMse!diversas!propriedades!destas!argamassas!modificadas.! Foram! então! produzidas! argamassas,! ao! traço! volumétrico! 1:4,! em! que! a! areia! foi!substituída!nas!percentagens!de!20,!50!e!100%!por!resíduos!finos!de!loiça!sanitária,!e!uma!argamassa!convencional.!A!curva!granulométrica!da!areia! foi!mantida!no!processo!de!substituição,!de!modo!a!ter!como!única!variável!o!tipo!de!agregado.!RealizouMse!uma!série!de!ensaios!que!visou!a!caracterização!das!argamassas! formuladas,! sempre! em! relação! à! argamassa! de! referência,! a! nível! físicoMmecânico! e!comportamental,!sendo!realizado!um!total!de!18!ensaios!diferentes.

Os!resultados!alcançados!foram!bastante!positivos!nos!vários!ensaios!realizados.!VerificouMse!em!muitas!das! propriedades! estudadas! que! as! argamassas! modificadas! apresentaram! um! comportamento!semelhante!ao!da!argamassa!convencional,!demonstrando!até!melhoria!de!algumas!características,!das!quais!se!destaca!o!comportamento!mecânico!e!a!permeabilidade!ao!vapor!de!água.!Além!destes!aspectos!positivos,! é! ainda! necessário! considerar! a! grande! componente! de! reciclagem! que! estas! argamassas!acrescentam,!associado!à!diminuição!da!utilização!de!recursos!naturais!como!a!areia.!

!

!

!

!

!

!

!

PalavrasIchave:!Resíduos! finos!de! loiça! sanitária,! agregados! reciclados,! argamassas!de! revestimento,!desempenho.!

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!

!ii!

Abstract!!!!!

The!construction! industry!not!only!contributes! to!countries’!economic!development!but!also! leads! to!a!high!consumption! of!natural! resources.! Similarly,! the! amount! of! nonMusable! waste! from! construction!and!demolition!activities!and! the! respective!destination!of! the!corresponding!waste!become!a! serious!environmental!problem.!

Therefore,! the!need! to! find!an!alternative! to! landfill!of! this!growing!volume!of!produced!waste!arises.!The!definition!of!waste!management!policies,!in!order!to!recycle!and!other!forms!of!recovery,!is!a!way!to!follow!to!contribute!to!the!reduction!of!natural!resources.!

It! was! based! on! these! propositions! that! the! dissertation! was! written,! within! the! area! of! growing!development!and!sustainable!construction.!The!aim!of!this!study!was!to!investigate!the!feasibility!of!the!application!of!sanitary!ware!waste!as!fine!aggregates,!in!coating!mortars,!as!an!alternative!to!its!landfill.!

In! order! to! evaluate! the! mortars’! behaviour! with! the! incorporation! of! waste,! a! wide! experimental!campaign!was!developed,!evaluating!several!properties!of!these!modified!mortars.!For!this!propose,!the!mortars!were!produced!with!a!volumetric!ratio!of!1:4!(cement!:!sand),!where!the!sand!was!replaced!in!percentages!of!20%,!50%!and!100%!by!fine!sanitary!ware!waste!and!a!conventional!mortar.!The!sand’s!grading!curve!remained!constant! in! this!replacement!process,!so! that! the!recycled!aggregates!was! the!single!factor!under!analysis.!A!series!of!tests!was!made!in!order!to!characterize!the!mortars!produced,!in!relation! to! the! reference!mortar,! at! the! physicalMmechanical! and!performance! level,! 18! different! tests!were!performed.!!

The!results!were!very!positive!in!these!several!tests.!It!was!observed!that,!in!many!studied!properties,!the!modified!mortars!had!a!similar!performance!to!the!conventional!one,!showing!even!improvements!in!the!mechanical!strength!and!permeability!to!water!vapour.!Besides!these!positive!aspects,! the! large!recycling!component!of!these!types!of!mortars,!associated!with!the!decrease!of!using!natural!resources!such!as!sand,!must!also!be!considered.!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Keywords:!Fine!Waste!sanitary!ware,!recycled!aggregates,!mortar!coating,!performance.!

!

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!

! iii!!

Agradecimentos!

A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com!o!apoio!e!incentivo!de!algumas!pessoas.!Quero,!por!isso,!expressarMlhes!o!meu!agradecimento.!!

Ao! Professor! Doutor! Jorge! Manuel! Caliço! Lopes! de! Brito,! orientador! científico! desta! dissertação,!expresso! o! meu! profundo! agradecimento! pela! exigência,! a! enorme! disponibilidade,! capacidade! de!resposta! e! conhecimento! científico.! Ao! Professor! gostaria! também! de! agradecer! o! rigor! das! suas!opiniões,!que!valorizaram!este!trabalho.!!

À! Doutora! Engenheira! Maria! do! Rosário! Veiga! gostaria! também! de! expressar! o! meu! profundo!agradecimento! pela! orientação,! disponibilidade! demonstrada! para! esclarecimento! de! dúvidas! no!decorrer!da!campanha!experimental!e!ajuda!na!interpretação!dos!resultados.!Agradeço!também!o!rigor!e!excelente!revisão!de!todos!os!capítulos,!assim!como!a!disponibilização!das!instalações!no!Laboratório!Nacional!Engenharia!Civil.!

À!Catarina!Brazão!Farinha,!por!todo!o!apoio!e!amizade!demostrados!que!permitiram!superar!os!diversos!obstáculos!encontrados!muito!para!além!da!realização!deste!extenso!trabalho.!Agradeço,!em!especial,!o!incentivo,!análise!crítica!e!companheirismo!demonstrados.!!

Ao!Laboratório!da!Unidade!de!Revestimentos!de!Paredes!(URPa)!do!LNEC,!em!especial!aos!técnicos!Ana!Maria! Duarte,! Bento! Sabala! e! Acácio! Monteiro! pelo! apoio! prestado! na! fase! experimental.! Aos!Engenheiros! Rita! Santos,! Dora! Santos! e! Sandro! Botas! pelo! apoio! e! disponibilidade! demonstrados!durante!a!fase!de!ensaios.!

Ao! Laboratório! de! Unidade! de! Isolamentos! Térmicos! (UIT)! do! LNEC,! nomeadamente! ao! Engenheiro!Carlos!Pina!dos!Santos.!

À! professora! Inês! FloresMColen! pela! disponibilidade! das! instalações! do! Laboratório! de! Construção! do!Departamento!de!Engenharia!Civil,!Arquitectura!e!Georecursos!do!Instituto!Superior!Técnico.!

Ao!Laboratório!de!Minas!do!Departamento!de!Engenharia!Civil,!Arquitectura!e!Georecursos!do!Instituto!Superior!Técnico,!nomeadamente!ao!técnico!Paulo!Costa.!

À!empresa!ROCA,!pela!cedência!da!loiça!sanitária,!utilizada!na!fase!experimental!desta!dissertação.!!

À!minha!família,!em!especial!aos!meus!pais!e!avó,!pelo!apoio!incondicional!não!só!para!a!realização!desta!dissertação,!mas! ao! longo! de! toda! a!minha! vida.! Aos!meus! pais! agradeço! também!por! sempre! terem!acreditado!em!mim!e!pela!motivação!dada!para!enfrentar!os!obstáculos!encontrados. Um!agradecimento!bastante!especial!à!Isabel!Aires,!minha!madrinha,!pelo!apoio!nos!momentos!certos,!que!levaram!a!que!todo!este!percurso!fosse!possível.

Ao! Tiago,! pelo! carinho,! compreensão! e! motivação! que! permitiram! ultrapassar! os! momentos! mais!difíceis.! Agradeço,! especialmente,! por! sempre! ter! estado! presente! e! acreditar! que! seria! possível!concretizar!esta!etapa!importante.!!

A!toda!a!minha!restante!família!e!amigos.!!

!

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!

!iv!

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!

! v!!

Índice!geral!

Resumo!..............................................................................................................................................................................!i!

Abstract!............................................................................................................................................................................!ii!

Agradecimentos!...........................................................................................................................................................!iii!

Índice!geral!.....................................................................................................................................................................!v!

Índice!de!figuras!...........................................................................................................................................................!ix!

Índice!de!tabelas!.........................................................................................................................................................!xv!

1.!Introdução!..................................................................................................................................................................!1!

1.1.!Considerações!iniciais!..........................................................................................................................................................!1!

1.2.!Objectivos!da!dissertação!...................................................................................................................................................!2!

1.3.!Metodologia!e!organização!da!dissertação!..................................................................................................................!3!

2.!Estado!da!arte!............................................................................................................................................................!5!

2.1.!Introdução!.................................................................................................................................................................................!5!

2.2.!A!construção!e!o!problema!dos!resíduos!.....................................................................................................................!5!

2.3.!A!indústria!cerâmica!de!sanitários!.................................................................................................................................!6!

2.4.!Argamassas!de!revestimento!............................................................................................................................................!8!

2.4.1.!Componentes!...................................................................................................................................................................!8!

2.4.1.1.!Água!.................................................................................................................................................................................!8!

2.4.1.2.!Agregados!......................................................................................................................................................................!8!

2.4.2.!Exigências!funcionais!das!argamassas!de!revestimento!..............................................................................!9!

2.4.2.1.!Estado!fresco!.............................................................................................................................................................!10!

2.4.2.1.1.!Trabalhabilidade!.................................................................................................................................................!10!

2.4.2.1.2.!Retenção!de!água!.................................................................................................................................................!10!

2.4.2.1.3.!Teor!de!ar!incorporado!.....................................................................................................................................!10!

2.4.2.2.!Estado!endurecido!..................................................................................................................................................!11!

2.4.2.2.1.!Compatibilidade!com!o!suporte!....................................................................................................................!11!

2.4.2.2.2.!Absorção!de!água!por!capilaridade!.............................................................................................................!11!

2.4.2.2.3.!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!................................................................................................................!12!

2.4.2.2.4.!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!............................................................................................................!12!

2.4.2.2.5.!Capacidade!de!impermeabilização!em!zona!não!fendilhada!............................................................!12!

2.4.2.2.6.!Módulo!de!elasticidade!.....................................................................................................................................!13!

2.4.2.2.7.!Resistência!mecânica!.........................................................................................................................................!13!

2.4.2.2.8.!Resistência!à!fendilhação!.................................................................................................................................!14!

2.4.2.2.9.!Aderência!ao!suporte!.........................................................................................................................................!15!

2.4.2.2.10.!Variação!dimensional!.....................................................................................................................................!16!

2.4.2.2.11.!Aspecto!estético!................................................................................................................................................!16!

2.4.2.2.12.!Durabilidade!.......................................................................................................................................................!16!

2.5.!Argamassas!com!incorporação!de!resíduos!.............................................................................................................!17!

2.5.1.!Descrição!geral!das!campanhas!experimentais!.............................................................................................!17!

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!

!vi!

2.5.2.!Propriedades!afectadas!pela!integração!de!RCD!...........................................................................................!22!

2.5.2.1.!Análise!granulométrica!........................................................................................................................................!22!

2.5.2.2.!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!.............................................................................................................!23!

2.5.2.3.!Exigências!de!água!/!consistência!por!espalhamento!.............................................................................!24!

2.5.2.4.!Massa!volúmica!em!estado!fresco!....................................................................................................................!26!

2.5.2.5.!Retenção!de!água!....................................................................................................................................................!27!

2.5.2.6.!Teor!de!ar!incorporado!........................................................................................................................................!28!

2.5.2.7.!Massa!volúmica!aparente!em!estado!endurecido!.....................................................................................!28!

2.5.2.8.!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!....................................................................................................................!30!

2.5.2.9.!Resistência!à!tracção!por!flexão!.......................................................................................................................!31!

2.5.2.10.!Resistência!à!compressão!.................................................................................................................................!33!

2.5.2.11.!Absorção!de!água!por!capilaridade!..............................................................................................................!37!

2.5.2.12.!Secagem!....................................................................................................................................................................!39!

2.5.2.13.!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.................................................................................................................!39!

2.5.2.14.!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!.............................................................................................................!40!

2.5.2.15.!Susceptibilidade!à!fendilhação!........................................................................................................................!41!

2.5.2.16.!Variação!dimensional!.........................................................................................................................................!41!

2.5.2.17.!Aderência!ao!suporte!..........................................................................................................................................!41!

2.6.!Conclusões!do!estado!da!arte!.........................................................................................................................................!43!

3.!Campanha!experimental!....................................................................................................................................!45!

3.1.!Introdução!..............................................................................................................................................................................!45!

3.2.!Planificação!da!campanha!experimental!...................................................................................................................!45!

3.2.1.!Ensaios!aos!constituintes!........................................................................................................................................!45!

3.2.2.!Primeira!fase!da!campanha!experimental!.......................................................................................................!45!

3.2.3.!Segunda!fase!da!campanha!experimental!........................................................................................................!46!

3.3.!Constituintes!das!argamassas!........................................................................................................................................!46!

3.3.1.!Cimento!...........................................................................................................................................................................!46!

3.3.2.!Água!..................................................................................................................................................................................!47!

3.3.3.!Areia!.................................................................................................................................................................................!47!

3.3.4.!RCD!M!Resíduos!de!loiça!sanitária!........................................................................................................................!47!

3.3.4.1.!Preparação!dos!resíduos!para!aplicação!na!campanha!experimental!.............................................!47!

3.4.!Definições!das!formulações!............................................................................................................................................!48!

3.4.1.!Argamassas!formuladas!...........................................................................................................................................!49!

3.5.!Produção!e!preparação!de!provetes!............................................................................................................................!49!

3.5.1.!Amassadura!...................................................................................................................................................................!49!

3.5.2.!Moldagem!de!provetes!.............................................................................................................................................!50!

3.5.2.1.!Prismas!........................................................................................................................................................................!50!

3.5.2.2.!Aplicação!em!tijolo!.................................................................................................................................................!51!

3.6.!Condições!ambientais!de!cura!.......................................................................................................................................!52!

3.7.!Ensaios!aos!constituintes!.................................................................................................................................................!52!

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!

! vii!!

3.7.1.!Análise!granulométrica!............................................................................................................................................!52!

3.7.2.!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!................................................................................................................!53!

3.8.!Ensaios!às!argamassas!no!estado!fresco!...................................................................................................................!55!

3.8.1.!Consistência!por!espalhamento!...........................................................................................................................!55!

3.8.2.!Massa!volúmica!da!argamassa!em!pasta!..........................................................................................................!56!

3.8.3.!Teor!de!ar!incorporado!............................................................................................................................................!57!

3.8.4.!Retenção!de!água!........................................................................................................................................................!59!

3.9.!Ensaios!às!argamassas!no!estado!endurecido!........................................................................................................!62!

3.9.1.!Massa!volúmica!aparente!no!estado!endurecido!..........................................................................................!62!

3.9.2.!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!por!frequência!de!ressonância!........................................................!63!

3.9.3.!Resistência!à!flexão!e!à!compressão!...................................................................................................................!64!

3.9.4.!Absorção!de!água!por!capilaridade!.....................................................................................................................!67!

3.9.5.!Ensaio!de!secagem!.....................................................................................................................................................!68!

3.9.6.!Porosidade!aberta!......................................................................................................................................................!69!

3.9.7.!Susceptibilidade!à!fendilhação!M!aplicação!em!tijolo!...................................................................................!71!

3.9.8.!Variação!dimensional!................................................................................................................................................!72!

3.9.9.!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.......................................................................................................................!73!

3.9.10.!UltraMsons!....................................................................................................................................................................!74!

3.9.11.!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!.................................................................................................................!76!

3.9.12.!Aderência!ao!suporte!.............................................................................................................................................!77!

3.9.13.!Envelhecimento!acelerado!...................................................................................................................................!79!

3.9.14.!Observação!com!lupa!binocular!........................................................................................................................!81!

4.!Apresentação!e!análise!de!resultados!............................................................................................................!83!

4.1.!Introdução!..............................................................................................................................................................................!83!

4.2.!Ensaios!aos!constituintes!.................................................................................................................................................!83!

4.2.1.!Análise!granulométrica!............................................................................................................................................!83!

4.2.2.!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!................................................................................................................!84!

4.3.!Ensaios!às!argamassas!......................................................................................................................................................!85!

4.3.1.!Primeira!fase!.................................................................................................................................................................!85!

4.3.1.1.!Exigências!de!água!/!consistência!por!espalhamento!.............................................................................!85!

4.3.1.2.!Massa!volúmica!no!estado!fresco!.....................................................................................................................!87!

4.3.1.3.!Massa!volúmica!aparente!no!estado!endurecido!......................................................................................!88!

4.3.1.4.!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!....................................................................................................................!90!

4.3.1.5.!Determinação!da!velocidade!das!ondas!ultra!sónicas!............................................................................!91!

4.3.1.6.!Resistências!mecânicas!........................................................................................................................................!93!

4.3.1.7.!Absorção!de!água!por!capilaridade!.................................................................................................................!97!

4.3.1.8.!Secagem!.......................................................................................................................................................................!99!

4.3.1.9.!Porosidade!aberta!...................................................................................................................................................!99!

4.3.1.10.!Susceptibilidade!à!fendilhação!M!aplicação!em!tijolo!..........................................................................!100!

Page 10: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!viii!

4.3.1.11.!Observação!à!lupa!binocular!........................................................................................................................!101!

4.3.1.12.!Escolha!para!a!fase!seguinte!.........................................................................................................................!102!

4.3.2.!Segunda!fase!..............................................................................................................................................................!103!

4.3.2.1.!Teor!de!ar!incorporado!.....................................................................................................................................!103!

4.3.2.2.!Retenção!de!água!.................................................................................................................................................!104!

4.3.2.3.!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.................................................................................................................!105!

4.3.2.4.!Variação!dimensional!.........................................................................................................................................!106!

4.3.2.5.!Envelhecimento!artificial!acelerado!............................................................................................................!107!

4.3.2.6.!UltraMsons!................................................................................................................................................................!108!

4.3.2.7.!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!.............................................................................................................!109!

4.3.2.8.!Aderência!ao!suporte!.........................................................................................................................................!110!

4.3.3.!Considerações!sobre!a!segunda!fase!de!ensaios!........................................................................................!112!

4.4.!Conclusões!do!capítulo!...................................................................................................................................................!113!

5.!Conclusões!e!desenvolvimentos!futuros!.....................................................................................................!115!

5.1.!Considerações!finais!........................................................................................................................................................!115!

5.2.!Conclusões!gerais!.............................................................................................................................................................!115!

5.3.!Propostas!de!desenvolvimentos!futuros!................................................................................................................!119!

Referências!bibliográficas!....................................................................................................................................!121!

Anexos!M!Resultados!individuais!da!campanha!experimental!......................................................................................................!I!

Anexo!A!M!Tipo!e!número!de!provetes!.....................................................................................................................................................!I!

Anexo!B!M!Composição!das!argamassas!..................................................................................................................................................!I!

Anexo!C!M!Análise!granulométrica!...........................................................................................................................................................!II!

Anexo!D!M!Baridade!dos!constituintes!...................................................................................................................................................!II!

Anexo!E!M!Consistência!por!espalhamento!/!exigências!de!água!..............................................................................................!IV!

Anexo!F!M!Massa!volúmica!das!argamassas!em!estado!fresco!...................................................................................................!IV!

Anexo!G!M!Massa!volúmica!aparente!das!argamassas!em!estado!endurecido!.....................................................................!V!

Anexo!H!M!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!.....................................................................................................................................!VI!

Anexo!I!M!Velocidade!de!propagação!das!onda!ultraMsónicas!...................................................................................................!VII!

Anexo!J!M!Resistência!à!tracção!por!flexão!..........................................................................................................................................!IX!

Anexo!L!M!Resistência!à!compressão!.......................................................................................................................................................!X!

Anexo!M!M!Absorção!de!água!por!capilaridade!.................................................................................................................................!XI!

Anexo!N!M!Secagem!......................................................................................................................................................................................!XV!

Anexo!O!M!Porosidade!aberta!..............................................................................................................................................................!XXIV!

Anexo!P!M!Teor!de!ar!...............................................................................................................................................................................!XXIV!

Anexo!Q!M!Retenção!de!água!...............................................................................................................................................................!XXIV!

Anexo!R!M!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.................................................................................................................................!XXV!

Anexo!S!M!Variação!dimensional!.......................................................................................................................................................!XXVI!

Anexo!T!M!Velocidade!de!propagação!das!ondas!ultraMsónicas!.........................................................................................!XXVIII!

Anexo!U!M!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!........................................................................................................................!XXXIII!

Anexo!V!M!Aderência!ao!suporte!.....................................................................................................................................................!XXXIV!

Page 11: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! ix!!

Índice!de!figuras!Figura!1.1!M!Total!dos!resíduos!produzidos!na!União!Europeia!segundo!as!actividades!económicas!...............!1!!

Figura!2.1!M!Fluxo!de!massa!no!fabrico!de!loiça!sanitária!......................................................................................................!7!Figura!2.2!M!Humedecimento!de!um!reboco!poroso!devido!à!chuva:!penetração!de!água!...................................!13!Figura!2.3!M!Secagem!de!um!reboco!poroso!devido!à!acção!do!sol:!evaporação!da!água!......................................!13!Figura!2.4!M!Mecanismos!de!aderência!mecânica!de!um!revestimento!........................................................................!15!Figura!2.5!M!Curva!granulométrica!................................................................................................................................................!22!Figura!2.6!M!Curva!granulométrica!................................................................................................................................................!23!Figura!2.7! M!Massa!volúmica!no!estado! fresco,!de!argamassas!com! incorporação!de! resíduo!de! tijolo,!de!Silva!et!al.!(2010),!de!resíduos!de!betão,!de!Neno!et!al.!(2014),!e!com!resíduos!de!vidro,!de!Penacho!et!al.!(2014).!.......................................................................................................................................................................................................!26!Figura!2.8!M!Massa!volúmica!em!estado!fresco,!da!campanha!de!Alves!et!al.!(2014)!.............................................!26!Figura!2.9!M!Retenção!de!água,!aos!28!dias,!de!Silva!et!al.!(2010),!com!resíduos!de!barro!vermelho!e!Neno!et!al.!(2014),!com!resíduos!de!betão!....................................................................................................................................................!27!Figura!2.10!M!Teor!de!ar!incorporado!..........................................................................................................................................!28!Figura!2.11! M!Massa!volúmica!no!estado!endurecido,! aos!28!dias,!de!argamassas! com! incorporação!de!resíduo!de!tijolo,!de!Silva!et!al.!(2010),!de!resíduos!de!betão,!de!Neno!et!al.!(2014),!e!resíduos!de!vidro,!de!Penacho!et!al.!(2014)!....................................................................................................................................................................!28!Figura!2.12!M!Massa!volúmica!em!estado!endurecido,!aos!28!dias!de!idade!..............................................................!29!Figura!2.13!M!Massa!volúmica!em!estado!endurecido!aos!28!dias!..................................................................................!29!Figura!2.14!M!Módulo!de!elasticidade!dinâmico,!de!Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014).!..............................!30!Figura!2.15!M!Módulo!de!elasticidade!dinâmico,!aos!28!e!90!dias!de!idade!................................................................!30!Figura! 2.16! M!Módulo!de! elasticidade! relativo!dos!betões! com! incorporação!de! agregados! finos!de! loiça!sanitária!....................................................................................................................................................................................................!31!Figura!2.17!M!Resistência!à!flexão!de!Silva!et!al.!(2010),!Neno!et!al.!(2014)!e!Penacho!et!al.!!(2014)!...............!31!Figura!2.18!M!Resistência!à!flexão!aos!1,!7!e!28!dias!de!idade!...........................................................................................!32!Figura!2.19!M!Resistência!à!flexão,!aos!28!dias!de!idade!......................................................................................................!33!Figura!2.20!M!Resistência!à!compressão!relativa!dos!betões!com!incorporação!de!agregados!finos!de!loiça!sanitária!....................................................................................................................................................................................................!33!Figura!2.21!M!Resistência!à!compressão!Silva!et!al.!(2010),!Neno!et!al.!(2014)!e!Penacho!et!al.!(2014)!.........!34!Figura!2.22!M!Resistência!à!compressão!aos!28!dias!das!argamassas!contendo!resíduos!cerâmicos!..............!35!Figura!2.23!M!Imagens!SEM!da!microestrutura!da!argamassa!M50CDW0FA!.............................................................!35!Figura!2.24!M!Resistência!à!compressão!das!argamassas!da!série!1!..............................................................................!35!Figura!2.25!M!Resistência!à!compressão!das!argamassas!da!série!2!..............................................................................!36!Figura!2.26!M!Resistência!à!compressão!das!argamassas!da!série!3!..............................................................................!36!Figura! 2.27! M! Resistência! à! compressão!das! argamassas! da! campanha! experimental! de!Martínez!et.!al!(2013)!.......................................................................................................................................................................................................!37!Figura!2.28! M!Resistência!à!compressão!relativa!dos!betões!com! incorporação!de!agregados! finos!de! loiça!sanitária!....................................................................................................................................................................................................!37!

Page 12: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!x!

Figura!2.29!M!Coeficiente!de!absorção!de!água!por!capilaridade,!aos!28!dias,!de!Silva!et!al.!(2010),!Neno!et!al.!(2014)!e!Penacho!et!al.!(2014)!.................................................................................................................................................!38!

Figura!2.30!M!Absorção!de!água!por!capilaridade!...................................................................................................................!38!Figura!2.31!M!Água!evaporada!por!unidade!de!área!..............................................................................................................!39!Figura! 2.32! M! Permeabilidade! à! água! sob! pressão,! após! 48! horas,! antes! e! após! envelhecimento! artificial!acelerado!..................................................................................................................................................................................................!40!Figura!2.33!M!Tensão!de!aderência!antes!e!após!envelhecimento!artificial!acelerado!...........................................!42!Figura!2.34!M!Valores!de!aderência!ao!suporte!das!argamassas!da!campanha!de!Martínez!et!al.!(2013).!....!43!!

Figura!3.1!M!Britadeira!de!maxilas!.................................................................................................................................................!48!Figura!3.2!M!Moinho!de!rolos!...........................................................................................................................................................!48!Figura!3.3!M!Dimensões!iniciais!do!material,!antes!da!passagem!pela!britadeira!de!maxilas!.............................!48!Figura!3.4!M!Dimensões!do!material!depois!de!alguns!ciclos!completos!......................................................................!48!Figura!3.5!M!Representação!esquemática!das!argamassas!formuladas!.........................................................................!49!Figura!3.6!M!Colocação!de!água!.......................................................................................................................................................!50!Figura!3.7!M!Mistura!manual!............................................................................................................................................................!50!Figura!3.8!M!Amassadura!...................................................................................................................................................................!50!Figura!3.9!M!Argamassa!no!molde!..................................................................................................................................................!51!Figura!3.10!M!Compactação!da!camada!.......................................................................................................................................!51!Figura!3.11!M!Alisamento!da!superfície!.......................................................................................................................................!51!Figura!3.12!M!Montagem!do!molde,!com!os!grampos!metálicos!.......................................................................................!51!Figura!3.13!M!Humedecimento!do!suporte!...................................................................................................................................!51!Figura!3.14!M!Aplicação!da!argamassa!no!suporte!.................................................................................................................!51!Figura!3.15!M!Regularização!das!extremidades!..........................................................................................................................!52!Figura!3.16!M!Alisamento!da!superfície!.......................................................................................................................................!52!Figura!3.17!M!Provete!final!................................................................................................................................................................!52!Figura!3.18!M!Equipamento!para!realização!do!ensaio!.........................................................................................................!54!Figura!3.19!M!Abertura!do!molde!para!saída!do!material!....................................................................................................!54!Figura!3.20!M!Recipiente!preenchido!com!material!...............................................................................................................!54!Figura!3.21!M!Colocação!da!argamassa!no!molde!....................................................................................................................!56!Figura!3.22!M!Execução!das!15!pancadas!na!mesa!de!espalhamento!.............................................................................!56!Figura!3.23!M!Medição!do!espalhamento!....................................................................................................................................!56!Figura!3.24!M!Compactação!da!argamassa!com!o!pilão!........................................................................................................!58!Figura!3.25!M!Limpeza!do!bordo!do!recipiente!........................................................................................................................!58!Figura!3.26!M!Fixação!da!tampa!com!os!grampos!metálicos!..............................................................................................!58!Figura!3.27!M!Introdução!de!água!pela!válvula!A!....................................................................................................................!58!Figura!3.28!M!Abertura!da!válvula!de!ar!e!acerto!do!ponteiro!do!medidor!de!pressão!..........................................!58!Figura!3.29!M!Estabilização!do!medidor!de!pressão!..............................................................................................................!58!Figura!3.30!–!Representação!esquemática!do!equipamento!para!medição!do!teor!de!ar!incorporado!.........!59!Figura!3.31!M!Colocação!da!argamassa!no!molde!....................................................................................................................!60!Figura!3.32!M!Alisamento!da!superfície!.......................................................................................................................................!60!

Page 13: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! xi!!

Figura!3.33!M!Gaze!.................................................................................................................................................................................!60!Figura!3.34!M!Conjunto!invertido!...................................................................................................................................................!60!Figura!3.35!M!Papel!vegetal!após!o!ensaio!..................................................................................................................................!60!Figura!3.36!M!Pesagem!do!molde!com!argamassa!..................................................................................................................!60!Figura!3.37!M!Representação!esquemática!do!método!utilizado!para!determinação!da!retenção!de!água!da!argamassa!..........................................................................................................................................................................................!61!Figura!3.38!M!Medição!da!espessura!do!provete!.....................................................................................................................!62!Figura!3.39!M!Medição!do!comprimento!do!provete!..............................................................................................................!62!Figura!3.40!M!Pesagem!do!provete!................................................................................................................................................!62!Figura!3.41!M!Marcação!do!centro!do!provete!..........................................................................................................................!64!Figura!3.42!M!Equipamento!de!medição!da!frequência!........................................................................................................!64!Figura!3.43!M!Equipamento!de!ensaios!de!resistências!mecânicas!.................................................................................!65!Figura!3.44!M!Célula!de!carga!para!ensaio!à!flexão!.................................................................................................................!65!Figura!3.45!M!Célula!de!carga!para!ensaio!à!compressão!....................................................................................................!65!Figura!3.46!M!Máquina!de!ensaios,!com!a!respectiva!célula!de!carga!para!ensaio!à!flexão!..................................!65!Figura!3.47!M!Posicionamento!do!prisma!...................................................................................................................................!65!Figura!3.48!M!SemiMprismas!para!ensaio!à!compressão!.......................................................................................................!66!Figura!3.49!M!Posicionamento!do!provete!.................................................................................................................................!66!Figura!3.50!M!Medição!do!provete!.................................................................................................................................................!68!Figura!3.51!M!Selagem!dos!semiMprismas!...................................................................................................................................!68!Figura!3.52!M!Pesagem!do!semiMprisma!......................................................................................................................................!68!Figura!3.53!M!Provetes!na!tina!com!água,!sobre!as!tiras!de!vidro!....................................................................................!68!Figura!3.54!M!Passagem!do!provete!pelo!papel!absorvente!...............................................................................................!68!Figura!3.55!M!SemiMprismas!sobre!as!tiras!de!vidro!...............................................................................................................!69!Figura!3.56!M!Pesagem!do!semiMprisma!......................................................................................................................................!69!Figura!3.57!M!Amostras!no!exsicador.!..........................................................................................................................................!70!Figura!3.58!M!Introdução!lenta!da!água!no!exsicador!...........................................................................................................!70!Figura!3.59!M!Amostras!totalmente!imersas!.............................................................................................................................!70!Figura!3.60!M!Pesagem!hidrostática!..............................................................................................................................................!71!Figura!3.61!M!Pormenor!da!amostra!na!pesagem!hidrostática!.........................................................................................!71!Figura!3.62!M!Colocação!do!provete!no!instrumento!de!medição!....................................................................................!72!Figura!3.63!M!Introdução!do!disco!na!taça!metálica!..............................................................................................................!74!Figura!3.64!M!Conjunto!isolado!com!parafina!...........................................................................................................................!74!Figura!3.65!M!Colocação!da!parafina!.............................................................................................................................................!74!Figura!3.66!M!Câmara!climática!com!os!provetes!....................................................................................................................!74!Figura!3.67!M!Introdução!do!conjunto!na!balança!..................................................................................................................!74!Figura!3.68!M!Pesagem!do!conjunto!(taça!metálica!e!disco)!...............................................................................................!74!Figura!3.70!M!Execução!do!ensaio!de!ultraMsons!.........................................................................................................................!75!Figura!3.71!M!Realização!do!ensaio!em!tijolo!............................................................................................................................!75!

Page 14: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!xii!

Figura!3.72!M!Posicionamento!dos!transdutores!.....................................................................................................................!75!Figura!3.73!M!Equipamento!para!determinação!da!água!sob!pressão!...........................................................................!76!Figura!3.74!M!Equipamento!utilizado!para!realização!do!ensaio!.....................................................................................!77!Figura!3.75!M!Vista!geral!do!ensaio!...............................................................................................................................................!77!Figura!3.76!M!Entalhes!realizados!com!a!caroteadora!..........................................................................................................!78!Figura!3.77!M!Posicionamento!do!acessório!de!arrancamento!.........................................................................................!78!Figura!3.78!M!Aplicação!da!força!de!tracção!..............................................................................................................................!78!Figura!3.80!M!Rotura!coesiva!pela!argamassa!..........................................................................................................................!79!Figura!3.81!M!Rotura!coesiva!pelo!suporte!................................................................................................................................!79!Figura!3.82!M!Provetes!na!câmara!de!envelhecimento!artificial!acelerado!com!chuva!(20!±!1!°C)!..................!81!Figura!3.83!M!Provetes!na!câmara!para!ciclo!de!gelo!(M15!±!1°C)!....................................................................................!81!Figura!3.84! M!Provetes!na!câmara!de!envelhecimento!artificial!acelerado!no!ciclo!de!aquecimento!com!radiação!infravermelha!(60!±!2!°C)!..............................................................................................................................................!81!Figura!3.85!M!Esquema!da!metodologia!utilizada!para!o!ensaio!de!envelhecimento!artificial!acelerado!......!81!Figura!3.86!M!Lupa!binocular!e!respectivo!software!..............................................................................................................!82!!

Figura!4.1!M!Curva!granulométrica!da!areia!e!dos!resíduos!finos!de!loiça!sanitária!...............................................!84!Figura!4.2!M!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!dos!agregados!e!do!ligante!.........................................................!84!Figura!4.3!–!Relação!entre!a!quantidade!de!água!necessária!para!amassadura!e!a!taxa!de!substituição!dos!agregados!reciclados!..........................................................................................................................................................................!86!Figura!4.4!M!Comparação!das!quantidades!de!água!relativas!necessárias!obtidos!por!Lucas!(2015)![resíduos!de! loiça! sanitária],!Penacho!et!al.! (2014)! [resíduos!de!vidro],!Neno!et!al.! ! (2014)! [resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!........................................................................................................................................!87!Figura!4.5!M!Resultados!obtidos!no!ensaio!de!massa!volúmica!no!estado!fresco!.....................................................!88!Figura! 4.6! M! Comparação! dos! resultados! da!massa! volúmica! relativa! em! estado! fresco! obtidos! por! Lucas!(2015)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Alves! et.! al! (2014)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Penacho! et! al.!(2014)! [resíduos! de! vidro],! Neno! et! al.! (2010)! [resíduos! de! betão]! e! Silva! et! al.! (2010)! [resíduos! de!tijolos]!.......................................................................................................................................................................................................!88!Figura!4.7!M!Massa!volúmica!aparente!(valores!médios)!aos!28!e!90!dias!de!idade!...............................................!89!Figura!4.8!M!Comparação!dos!resultados!do!ensaio!para!determinação!da!massa!volúmica!aparente!relativa!em! estado! endurecido! obtidos! por! Lucas! (2015)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Penacho! et! al.! ! (2014)![resíduos!de!vidro],!Torkitikul!e!Chaipanich!(2010)![resíduos!cerâmicos],!Neno!et!al.!(2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!.....................................................................................................................!89!Figura!4.9!M!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!(valores!médios)!aos!28!e!90!dias!de!idade!................................!90!Figura! 4.10! M! Comparação! dos! resultados! do!módulo! de! elasticidade! dinâmico! relativo! obtidos! por! Lucas!(2015)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Alves! et! al.! (2014)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Penacho! et! al.!(2014)! [resíduos! de! vidro],! Neno! et! al.! (2014)! [resíduos! de! betão]! e! Silva! et! al.! (2010)! [resíduos! de!tijolos]!.......................................................................................................................................................................................................!91!Figura!4.11!M!Velocidade!das!ondas!ultraMsónicas!na!argamassa!com!0%!de!incorporação!de!agregados!finos!de!loiça!sanitária!.......................................................................................................................................................................!92!Figura!4.12!M!Velocidade!das!ondas!ultraMsónicas!na!argamassa!com!20%!de!incorporação!de!agregados!finos! de! loiça! sanitáriaFigura! 4.13! M! Velocidade! das! ondas! ultraMsónicas! na! argamassa! com! 50%! de!incorporação!de!agregados!finos!de!loiça!sanitária!..............................................................................................................!92!Figura!4.14!M!Velocidade!das!ondas!ultraMsónicas!na!argamassa!com!100%!de!incorporação!de!agregados!finos!de!loiça!sanitária!.......................................................................................................................................................................!93!

Page 15: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! xiii!!

Figura!4.15!M!Resultados!do!ensaio!de!resistência!à!flexão!por!tracção!(valores!médios)!aos!28!e!90!dias!de!idade!....................................................................................................................................................................................................!93!Figura! 4.16! M! Comparação! dos! resultados! da! resistência! à! tracção! por! flexão! relativa! obtidos! por! Lucas!(2015)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Penacho! et! al.! (2014)! [resíduos! de! vidro],! Neno! et! al.! (2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!..........................................................................................!95!Figura!4.17!M!Resultados!do!ensaio!de!resistência!à!compressão!(valores!médios)!aos!28,!90!e!120!dias!de!idade!....................................................................................................................................................................................................!95!Figura!4.18! M! Comparação!dos! resultados!da! resistência! à! compressão! relativa!obtidos!por! Lucas! (2015)![resíduos!de!loiça!sanitária],!Penacho!et!al.!(2014)![resíduos!de!vidro],!Neno!et!al.!(2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!.....................................................................................................................!96!Figura!4.19!M!Evolução!da!absorção!de!água!por!capilaridade!ao!longo!do!tempo,!provetes!com!28!dias!de!idade!..........................................................................................................................................................................................................!97!Figura!4.20!M!Coeficiente!de!absorção!de!água!por!capilaridade,!aos!28!dias!de!idade!(valores!médios)!.....!98!Figura! 4.21! M! Comparação! dos! coeficientes! de! absorção! de! água! por! capilaridade! relativos! com! os!obtidos!por!Lucas!(2015)![resíduos!de!loiça!sanitária],!Penacho!et!al.!(2014)![resíduos!de!vidro],!Neno!et!al.!(2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!................................................................................!98!Figura!4.22!M!Resultados!do!ensaio!de!secagem!.....................................................................................................................!99!Figura!4.23!M!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!..................................................................!101!Figura!4.24!M!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!...............................................................!101!Figura!4.25!M!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!...............................................................!101!Figura!4.26!M!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!...............................................................!101!Figura!4.27!M!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!............................................................!101!Figura!4.28!M!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!700%!............................................................!101!Figura!4.29!M!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!...............................................................!101!Figura!4.30!M!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!...............................................................!101!Figura!4.31!M!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!............................................................!101!Figura!4.32!M!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!............................................................!101!Figura!4.33!M!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!..........................................................!101!Figura!4.34!M!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!............................................................!101!Figura!4.35!M!Resultados!do!ensaio!para!determinação!do!teor!de!ar!incorporado!.............................................!103!Figura!4.36!M!Resultados!do!ensaio!de!retenção!de!água!.................................................................................................!104!Figura!4.37!M!Comparação!dos!resultados!do!ensaio!de!retenção!de!água!relativa,!obtidos!por!Lucas!(2015)![resíduos!de!loiça!sanitária],!Penacho!et!al.!(2014)![resíduos!de!vidro],!Neno!et!al.!(2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!....................................................................................................................................!105!Figura!4.38!M!Resultados!do!ensaio!de!variação!dimensional!........................................................................................!106!Figura!4.39! M!Comparação!da!variação!dimensional! relativa!dos!provetes! de!Lucas! (2015)! [resíduos!de!loiça!sanitária],!Penacho!et!al.!(2014)![resíduos!de!vidro],!Neno!et!al.!(2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!............................................................................................................................................................!107!Figura!4.40!M!Resultados!do!ensaio!de!ultraMsons,!antes!e!depois!do!envelhecimento!artificial!acelerado!(E.A.)!.......................................................................................................................................................................................................!108!Figura!4.41!M!Permeabilidade!à!água!sob!pressão,!após!48!horas,!antes!e!após!envelhecimento!artificial!acelerado!(E.A.)!..................................................................................................................................................................................!109!Figura!4.42! M!Comparação!dos! resultados!do!ensaio!de!permeabilidade!à!água! sob!pressão! relativa!de!Lucas! (2015)! [resíduos! de! loiça! sanitária],! Penacho! et! al.! (2014)! [resíduos! de! vidro],! Neno! et! al.! (2014)![resíduos!de!betão]!e!Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!.............................................................................................!110!

Page 16: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!xiv!

Figura!4.43!M!Aderência!ao!suporte,!antes!e!depois!de!submeter!os!provetes!ao!envelhecimento!artificial!acelerado.!..............................................................................................................................................................................................!111!Figura! 4.44! M! Comparação! da! tensão! de! aderência! relativa,! obtidos! por! Lucas! (2015)! [resíduos! de! loiça!sanitária],! Penacho!et!al.! (2014)! [resíduos!de! vidro],!Neno!et!al.! (2014)! [resíduos!de! betão]! e! Silva!et!al.!(2010)![resíduos!de!tijolos]!............................................................................................................................................................!112!!

Page 17: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! xv!!

Índice!de!tabelas!!Tabela!2.1!M!Principais!matérias!primas!utilizadas!na!industria!cerâmica!de!loiça!sanitária!...................................!6!Tabela!2.2!M!Identificação!dos!agregados!e!respectivas!características!físicas,!na!campanha!de!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009)!....................................................................................................................................................................................!17!Tabela!2.3!M!Composição!das!argamassas!produzidas!por!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009)!.....................................!18!Tabela!2.4!M!Argamassas!produzidas!na!campanha!experimental!de!Torkittikul!e!Chaipanich!(2010)!............!18!Tabela!2.5!M!Propriedades!dos!agregados!da!campanha!de!Stenthamarai!et!al.!(2011)!...........................................!18!Tabela!2.6!M!Composições!dos!betões!produzidos!na!campanha!de!Stenthamarai!et!al.!(2011)!...........................!18!Tabela!2.7!M!Propriedades!dos!agregados!finos!utilizados!na!campanha!de!Higashiyama!et!al.!(2012)!............!19!Tabela!2.8!M!Composição!das!argamassas!na!campanha!de!Higashiyama!et!al.!(2012)!............................................!19!Tabela!2.9!M!!Tipos!de!agregados!reciclados!utilizados!na!campanha!de!Martínez!et!al.,!(2013)!..........................!20!Tabela!2.10!M!!Composição!das!argamassas!com!agregados!naturais!...............................................................................!20!Tabela!2.11!M!Composição!das!argamassas!com!agregados!reciclados!.............................................................................!21!Tabela!2.12!M!Composição!do!betão!de!referência,!campanha!de!Alves!et!al.!(2014)!................................................!21!Tabela!2.13!M!Propriedades!dos!agregados!naturais!e!reciclados!utilizados!na!campanha!de!Alves!et!al.!(2014)!...........................................................................................................................................................................................................!22!Tabela!2.14!M!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!dos!agregados!e!cimento!.............................................................!23!Tabela!2.15!M!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!dos!agregados!e!cimento!.............................................................!23!Tabela!2.16!M!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!dos!agregados!e!cimento!.............................................................!24!Tabela!2.17!M!Exigências!de!água,!da!campanha!de!Silva!et!al.!(2010)!.............................................................................!24!Tabela!2.18!M!Exigências!de!água,!das!campanhas!de!Neno!et!al.!(2014)!e!Penacho!et!al.!(2014)!.......................!24!Tabela!2.19!M!Espalhamentos!obtidos!nas!argamassas!com!agregados!naturais!e!reciclados!...............................!25!Tabela!2.20!M!Razão!água!/!cimento!das!composições!da!campanha!de!Alves!et!al.!(2014).!..................................!25!Tabela!2.21!M!Massa!volúmica!em!estado!fresco!.........................................................................................................................!26!Tabela!2.22!M!Valores!obtidos!no!ensaio!de!retenção!de!água!..............................................................................................!27!Tabela!2.23!M!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.........................................................................................................................!39!Tabela!2.24!M!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!.........................................................................................................................!39!Tabela!2.25!M!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!.....................................................................................................................!40!Tabela!2.26!M!Tensão!de!aderência!...................................................................................................................................................!42!Tabela!2.27M!Tensão!de!aderência!....................................................................................................................................................!42!!

Tabela!3.1!M!Ensaios!a!realizar!na!1ª!fase!da!campanha!experimental!.............................................................................!45!Tabela!3.2!M!Ensaios!a!realizar!na!2ª!fase!da!campanha!experimental!.............................................................................!46!Tabela!3.3!M!Ensaios!a!realizar!na!3ª!fase!da!campanha!experimental!.............................................................................!46!Tabela!3.4!M!Composição!do!cimento!CEM!II/BML,!percentagem!em!massa,!de!acordo!com!a!NP!EN!197M1!....!46!Tabela!3.5!M!Características!mecânicas!do!cimento!CEM!II/BML!..........................................................................................!47!Tabela!3.6!M!Composição!química!de!CEM!II/BML!.......................................................................................................................!47!Tabela!3.7!M!Identificação!utilizada!para!as!argamassas!produzidas!.................................................................................!48!Tabela!3.8!M!Exemplo!do!cálculo!das!quantidades!para!formulação!das!argamassas!................................................!49!

Page 18: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!xvi!

Tabela!3.9!M!Geometria!dos!provetes!para!os!diversos!ensaios.!..........................................................................................!50!Tabela!3.10!M!Abertura!dos!peneiros!utilizados!para!análise!granulométrica!..............................................................!53!!

Tabela!4.1!M!Distribuição!granulométrica!parcial!da!areia!e!dos!resíduos!de!loiça!sanitária!.................................!83!Tabela!4.2!M!Resultados!obtidos!no!ensaio!de!consistência!por!espalhamento!............................................................!86!Tabela!4.3!M!Velocidade!média!de!propagação!das!ondas!ultraMsónicas!(método!indirecto)!.................................!91!Tabela!4.4!M!Resultados!do!ensaio!de!porosidade!aberta!aos!120!dias!de!idade!.......................................................!100!Tabela!4.5!M!Tabela!síntese!dos!resultados!da!primeira!fase!de!ensaios!.......................................................................!102!Tabela!4.6!M!Resultados!do!ensaio!de!permeabilidade!ao!vapor!de!água!.....................................................................!105!Tabela!4.7!M!Tensão!de!aderência!antes!do!envelhecimento!artificial!acelerado!......................................................!110!Tabela!4.8!M!Tensão!de!aderência!depois!do!envelhecimento!artificial!acelerado!...................................................!111!Tabela!4.9!M!Tabela!síntese!dos!resultados!da!segunda!fase!de!ensaios!(dados!em!relação!à!argamassa!de!referência).!...............................................................................................................................................................................................!112!!

Tabela!5.1!M!Desempenho!das!argamassas!modificas!nos!ensaios!efectuados!...........................................................!117!!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Page 19: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! V!!

FN P'6,)*401)!

FNFN 9)'$/*#,+0T#$!/'/./+/$!T!$+#-$%)#4/,!#G2,4#4$%'&!*'!2,26&'01,!)64*%'&!#!6)'!#$,4,)%'!#)!*#-#4B,&B%)#4/,!$,4/%46')!'!(#+'+!(+'4*#-!O6'4/%*'*#-!*#!+#-E*6,-N!D!2+,3&#)@/%$'!*,-!+#-E*6,-!L!'$/6'&)#4/#!6)'!2+#,$62'01,!')3%#4/'&K!-,$%'&!#!#$,4J)%$'K!-#4*,!O6#!'!)@!(#-/1,!*#-/#-!'$'++#/'!#4,+)#-!2+,3&#)'-!')3%#4/'%-N!

T! -#$/,+!*'! $,4-/+601,K! 2'+'! '&L)!*#! -#+!6)!*,-! (+'4*#-!),/,+#-!*'! #$,4,)%'K! 2#&,-! 9&6G,-!O6#!(#+'! '!4EB#&!)64*%'&K!4,)#'*')#4/#!4,!B,&6)#!*,!#)2+#(,K!4'!$,4/+%36%01,!2'+'!,!8b=!#!4'!9,+)'01,!3+6/'!*,!$'2%/'&! 9%G,K! /#)! '%4*'! 6)! #9#%/,! '2+#$%@B#&! 4'-! +#-/'4/#-! @+#'-! #$,4J)%$'-! c8%4?#%+,K! YZZldN! >)!$,4/+'2'+/%*'K!/#)!6)!%)2'$/#!#&#B'*E--%),!4,!)#%,!')3%#4/#K!41,!-J!2,+!-#+!)6%/,!#G%(#4/#!4,!$,4-6),!*#!+#$6+-,-!4'/6+'%-!$,),!/')3L)!2,+!(#+'+!+#-E*6,-!#!,!-#6!$,4-#O6#4/#!*#2J-%/,!#)!'/#++,N!

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Page 20: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!2!

instituir! políticas! para! redução! e! gestão! dos! resíduos! durante! a! actividade! da! construção,! levandoMa! a!adoptar!novos!padrões!de!exigência!ambiental.!

A!criação!de!medidas!para!um!desenvolvimento!sustentável!surge!também!como!oportunidade!de!negócio!para!as!empresas.!O!mercado!mostrou!grandes!lacunas!ao!nível!da!protecção!do!ambiente.!Neste!sentido,!a!criação! de! materiais! mais! sustentáveis! e! soluções! que! minimizem! os! impactes! ambientais! provocados!conduzem! a! empresas! mais! competitivas,! numa! sociedade! cada! vez! mais! consciencializada! para! os!problemas!ambientais.!

É!fundamental!que!cada!vez!mais!existam!investigações!para!avaliar!o!comportamento!de!argamassas!e!betões!quando! são! incorporados! na! sua! constituição! resíduos! da! construção! e! demolição.! Só! desta! forma,! e!comprovando!que!é!possível!a!sua!reciclagem,!se!poderá!criar!regulamentos!técnicos!para!que!esta!prática!possa!ser!corrente!em!obra.!Ainda!assim,! já!existe!regulamentação!que!preconiza!estas!metas.!É!o!caso!da!Directiva!2008/98/CE,!de!19!de!Novembro,!do!Parlamento!Europeu!e!do!Conselho,!que!estabelece!um!objectivo!de!70%!destes!resíduos!serem!reciclados!e/ou!recuperados!até!2020!em!todos!os!EstadosMmembros.!

Embora! já!tenham!sido!realizados!estudos!sobre!a! incorporação!de!resíduos!na!produção!de!argamassas,!tanto!como!adição!ou!como!substituição!de!agregados,!apenas!um!número!muito!reduzido!destes!é!acerca!de!agregados!de!origem!exclusivamente!cerâmica.!

É! essencialmente! com! base! nestes! aspectos! que! se! justifica! o! desenvolvimento! desta! dissertação! de!mestrado.! A! presente! investigação! pretende! avaliar! a! viabilidade! técnica! da! incorporação! de! agregados!reciclados! de! loiça! sanitária! no! desempenho! de! argamassas! cimentícias,! com! vista! a! uma! maior!sustentabilidade!do!sector!da!construção!e!apresentar!soluções!para!a!minimização!do!depósito!em!aterro!destes!resíduos.!

1.2. Objectivos!da!dissertação!

A!presente!dissertação!tem!como!objectivo!contribuir!para!o!desenvolvimento!da!investigação!existente!no!que!diz!respeito!à!gestão!e!reutilização!de!resíduos!provenientes!de!actividades!do!sector!da!construção,!e!assim!reduzir!o!depósito!em!aterro.!Da!mesma!forma,!conduz!à!redução!da!extracção!de!recursos!naturais,!tais!como!a!areia,!diminuindo!o!impacte!natural!provocado.!

Assim,! com! este! trabalho! de! investigação,! pretendeMse! avaliar! o! desempenho! de! argamassas! com!incorporação! de! agregados! finos! de! loiça! sanitária,! em! substituição! da! areia.! Através! do! desenvolvimento!deste!vector!de!investigação,!reciclagem!de!agregados,!estudaMse!a!viabilidade!da!reutilização!destes!resíduos!na! produção! de! argamassas! de! revestimento.! Os! agregados! reciclados! utilizados! são! provenientes! da!trituração!de!material!cerâmico!para!uso!sanitário!que,!após!o!seu!processo!de!acabamento!em!fábrica,!por!não!apresentar!os!padrões!definidos!(presença!de!fissuras,!defeitos),!é!rejeitado.!

Para!tal,!desenvolveuMse!uma!campanha!experimental!onde!foram!produzidas!e!ensaiadas!argamassas!em!que!a!areia!foi!substituída!pela!mesma!quantidade,!em!volume,!por!agregados!finos!de!loiça!sanitária,!em!percentagens!de!substituição!de!20,!50!e!100%,!e!ainda!comparar!estas!com!uma!argamassa!de!referência,!a! fim!de!avaliar!o!efeito!da! incorporação!destes!no!desempenho!de!argamassas!de!revestimento.!O! traço!volumétrico!utilizado!é!1:4!(cimento:!agregados),!preservandoMse!a!curva!granulométrica!da!areia.!

A!par!desta!dissertação,!foi!realizada!uma!outra!que!avalia!a!incorporação!de!finos!e!a!redução!do!teor!de!cimento!(vectores!I!e!II),! igualmente!no!âmbito!de!argamassas!de!revestimento,!com!os!mesmos!resíduos!

Page 21: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 3!!

cerâmicos,! por! Farinha! (2015).! O! desenvolvimento! destas! duas! dissertações! pretende! contribuir! para! o!avanço! do! conhecimento! desta! área! de! estudo,! permitindo! igualmente! avaliar! a! viabilidade! destas!argamassas!em!construções!correntes.!

1.3. Metodologia!e!organização!da!dissertação!

De! modo! a! alcançar! os! objectivos! referidos,! a! escrita! da! presente! dissertação! foi! organizada! em! fases!sequenciais.!

Numa! fase! inicial,! foi! feito!um! levantamento! bibliográfico,! de! forma!a! reunir! informação!pertinente!no!domínio!das!argamassas!e!no!âmbito!da!reciclagem!de!agregados,!com!o!objectivo!de!se!obter!uma!visão!geral!do!tema!a!desenvolver.!Desta!forma,!foi!possível!adquirir!informação!que!se!veio!a!revelar!muito!útil!para! as! fases! seguintes,! tanto! para! a! organização! do! trabalho! experimental,! como! para! adquirir!sensibilidade!para!a!análise!e!compreensão!dos!resultados!obtidos.!

Na! segunda! etapa,! procedeuMse! ao! planeamento! dos! ensaios! laboratoriais,! com! base! em! elementos!bibliográficos!apropriados,!definindoMse!todos!os!ensaios!a!realizar!na!campanha!experimental,!assim!como!os!parâmetros!a!variar,!tendo!em!conta!os!objectivos!desta!dissertação.!Nesta!fase,!foi!também!necessário!calendarizar!todos!os!ensaios!a!realizar!assim!como!determinar!as!quantidades!de!materiais!a!utilizar.

Após!a!planificação!dos!ensaios,!seguiuMse!a!componente!prática!desta!investigação,!a!campanha!experimental,!seguindo! o! planeamento! efectuado! e! cumprindo! sempre! todas! as! normas! adoptadas! para! a! realização! dos!ensaios.! Esta! campanha! foi! desenvolvida,! em! parte,! no! Instituto! Superior! Técnico! e! na! grande! maioria! no!Laboratório!Nacional!de!Engenharia!Civil.!No!primeiro,!realizouMse!a!fase!de!preparação!do!material!(redução!granulométrica),! mais! precisamente! no! Laboratório! de! Minas.! A! análise! granulométrica! de! todos! os!componentes! (areia!e!agregado!reciclado)!realizouMse!no!Laboratório!de!Construção.!A!produção!de! todos!os!provetes,! assim! como! a! realização! dos! restantes! ensaios! decorreu! na! URPa! M! Unidade! de! Revestimentos! de!Paredes! do! Laboratório! Nacional! de! Engenharia! Civil.! Após! a! realização! dos! ensaios! de! identificação! dos!constituintes! das! argamassas! formuladas,! o! plano! de! ensaios! foi! dividido! em! duas! fases! sequenciais.! Numa!primeira,! foram!realizados!ensaios!às!argamassas! formuladas,!que!permitiram! fazer!uma!primeira!análise!da!influência! da! incorporação! destes! agregados! no! desempenho! das! argamassas.! Posteriormente,! definiuMse! a!composição!modificada!com!melhor!desempenho,!para!ser!alvo,!numa!segunda!fase,!de!ensaios!que!permitiram!a!sua!caracterização!em!maior!detalhe.!

Após!a!realização!de! todos!os!ensaios,!procedeuMse!à!análise! e! discussão! dos! resultados!obtidos.!Esta! fase!decorreu!em!simultâneo!com!a! realização!dos!ensaios!possibilitando!a!análise!do!desempenho!da! campanha!experimental,!bem!como!a!realização!de!uma!análise!crítica!e!justificativa!dos!resultados!obtidos.!Neste!ponto,!são!também!identificadas!as!tendências!obtidas,!definindo!prováveis!causas!e,!sempre!que!possível,!comparouMse!os!resultados!obtidos!com!os!de!outros!autores!que!tenham!desenvolvido!estudos!semelhantes.!

A! última! etapa! é! materializada! neste! texto,! onde! são! apresentadas! todas! as! informações,! análises! e!conclusões!que!este!estudo!permitiu!alcançar.!Assim,!de!acordo!com!todas!as!fases!acima!descritas,!foram!elaborados!cinco!capítulos,!cujo!conteúdo!é!seguidamente!descrito:!

! capítulo!1! I!apresenta!algumas!notas! introdutórias!sobre!a!problemática!que!envolve!o!presente!estudo,! faz! referência!aos!principais! factores!que!motivaram!a! realização!desta!dissertação!e! aos!objectivos!da!mesma!e,!por!fim,!apresenta!a!metodologia!e!a!organização!do!trabalho;!

Page 22: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!4!

! capítulo! 2! I! neste! capítulo,! é! reunida! a! informação! do! levantamento! do! estado! da! arte;!primeiramente,!é!feita!uma!breve!abordagem!à!indústria!cerâmica,!mais!precisamente!ao!sector!da!industria! cerâmica! de! sanitários;! segueMse! uma! abordagem! de! diversas! características! das!argamassas!de!revestimento;!numa!segunda!parte,!são!apresentados!e!analisados!os!resultados!de!vários! estudos! anteriores! com! uso! de! agregados! finos! reciclados,! no! âmbito! de! argamassas!cimentícias! e! também! de! betões,! com! especial! atenção! aos! resíduos! provenientes! da! indústria!cerâmica;!

! capitulo! 3! I! consiste! na! descrição! pormenorizada! da! metodologia! seguida! durante! a! fase!experimental,!descrevendo!todas!as!várias!fases!do!trabalho!laboratorial,!indicandoMse!os!ensaios!a!realizar!em!cada!uma!delas,!assim!como!são!definidas!as!formulações!das!argamassas!a!produzir!e!ensaiar;! são! ainda! descritos! todos! os! ensaios! realizados! às! argamassas! em! estado! fresco! e!endurecido,!referindo!o!objectivo,!norma,!procedimentos!e!equipamento!utilizado!em!cada!ensaio;!

! capítulo! 4! I! neste! capítulo,! são! apresentados! e! analisados! os! resultados! obtidos! em! todos! os!ensaios!realizados!na!campanha!experimental,!de!forma!a!avaliar!as!propriedades!das!argamassas!de!revestimento;!são!avançadas!possíveis!causas!justificativas!dos!comportamentos!observados!nas!várias! propriedades,! avaliandoMse,! deste!modo,! a! influência!da! incorporação!de! resíduos!de! loiça!sanitária;! sempre! que! possível,! é! estabelecida! uma! comparação! com! os! resultados! de! outros!estudos!recolhidos!no!levantamento!bibliográfico;!

! capítulo!5! M!neste!capítulo!final,!são!apresentadas!as!conclusões!obtidas!no!decorrer!do!presente!trabalho!de! investigação,!avaliando!as!principais!diferenças!entre!as!argamassas!com! inclusão!de!resíduos! de! loiça! sanitária! e! a! argamassa! convencional;! são! ainda! apresentadas! propostas! de!desenvolvimentos! futuros! em! trabalhos! de! investigação,! tendo! em! vista! o! desenvolvimento! de!propriedades! que! ficaram! por! explorar! e! o! aprofundamento! do! conhecimento! na! utilização! de!agregados!reciclados!na!produção!de!argamassas.!

Por! fim,! é! apresentada! a! bibliografia! que! serviu! de! referência! a! este! trabalho,! assim! como! os! anexos!referenciados!ao!longo!do!texto,!onde!constam!todos!os!resultados!com!maior!detalhe!obtidos!na!campanha!experimental.!

!

!

!

!

!

Page 23: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 5!!

2. Estado!da!arte!

2.1. Introdução!

Este!capítulo!pretende!reunir!a!informação!relevante!após!um!levantamento!bibliográfico!relacionado!com!a!incorporação!de!resíduos!em!argamassas!de!cimento,!com!incidência!em!resíduos!cerâmicos.!!

Em!primeiro!lugar,!é!feito!um!enquadramento!relativo!à!integração!de!resíduos!provenientes!da!construção!e! demolição,! como! agregados.! Em! seguida,! fazMse! uma! caracterização! dos! materiais! cerâmicos,! mais!precisamente! dos! cerâmicos! brancos,! que! estão! no! âmbito! do! presente! estudo,! bem! como! o! seu!enquadramento!histórico!e!as!suas!potencialidades!no!sector!da!construção.!!

O!âmbito!fulcral!do!presente!estudo!são!as!argamassas!de!revestimento,!sendo!então!indispensável!abordar!as!diversas!exigências!que!as!mesmas!devem!cumprir!para!apresentar!um!bom!desempenho.!Neste!ponto,!são!avançadas!definições!e!conceitos!necessários!à!compressão!e!desenvolvimento!do!tema.!!

Por! fim,! são! apresentadas! campanhas! experimentais! que! visam! a! inclusão! de! resíduos! na! produção! de!argamassas,!expondo!os!resultados!obtidos!e!as!justificações!para!os!fenómenos!ocorridos,!sempre!que!são!fornecidos!pelos!respectivos!autores.!!

Na!bibliografia!disponível,!a! informação!sobre!a!utilização!de!agregados!de!loiça!sanitária!em!argamassas!de! revestimento!mostrouMse! escassa! e,! por! este!motivo,! optouMse! por! integrar! neste! capítulo! estudos! no!domínio!de!betões!com!a!utilização!de!agregados!cerâmicos!sanitários!como!agregados.!!

2.2. A!construção!e!o!problema!dos!resíduos!

Actualmente,!a!utilização!de!resíduos!provenientes!das!actividades!de!construção!e!demolição!é!vista!como!uma!solução!à!sua!deposição!em!aterro,!contribuindo!para!a!redução!da!exploração!de!recursos!energéticos!e!naturais,!representando!um!benefício!ambiental!considerável.!!

Para!alguns!dos!países!da!União!Europeia,!os!resíduos!são!vistos!como!uma!oportunidade!e!cada!vez!mais!reconhecidos! como! um! recurso.! Leite! (2001)! refere! que! a! avaliação! da! utilização! de! RCD! no! sector! da!construção! tem!sido!estimulada!em!várias!partes!do!mundo!e!muitos!estudos! têm!sido!desenvolvidos!no!sentido! de! ampliar! o! conhecimento! sobre! o! comportamento! destes! resíduos! para! a! produção! de! novos!materiais.! De! acordo! com! Brito! (2005),! a! partir! dos! anos! 80,! a! utilização! de! agregados! reciclados! foi!progressivamente!sendo!uma!tendência!irreversível!que!permite!hoje!em!dia!que,!em!alguns!países!(como!a!Dinamarca!e!a!Holanda),!seja!reciclada!mais!de!90%!da!parcela!inerte!dos!RCD!produzidos.!

Em! Portugal! esta! tendência! ainda! não! é! evidente,! embora! a! problemática! da! reciclagem! tenha! cada! vez!expressão.!É!então!necessário!que!o!sector!da!construção!veja!o!potencial!de!reutilização!dos!resíduos.!Este!facto!só! será! alcançado! através!de! investigações!que!demonstrem!a! viabilidade!da! sua! reinserção,! nomeadamente!como!agregados!reciclados!para!produção!de!betões!e!argamassas.!

Além! disso,! Faria! (2012)! refere! que! a! substituição! parcial! de! agregados! correntes,! especificamente! extraídos!como! recurso! natural,! por! outros! resultantes! de! subprodutos! ou! resíduos! industriais,! tem! também! muitas!vantagens!ao!nível!da!sustentabilidade,!quer!pela!redução!de!consumo!de!recursos!naturais,!quer!pela!diminuição!energética!referente!à!exploração!e!transporte,!quer!ainda!pela!redução!de!resíduos!a!depositar!em!aterro.!!

O! uso! de! resíduos! provenientes! da! indústria! cerâmica! tem! sido! alvo! de! diversos! estudos! a! nível!

Page 24: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!6!

internacional.! Tem! sido! avaliada! a! possibilidade! da! introdução! destes! resíduos! tanto! em! betões,!substituindo!os!agregados!naturais,!como!em!argamassas!como!substituição!de!parte!do!cimento!ou!como!!agregados.! !Existem!também!diversos!estudos!para!aplicação!destes!resíduos!em!adições!na!produção!de!cimento,! tirando! partido! da! sua! actividade! pozolânica,! incrementando! as! propriedades! mecânicas! e! a!durabilidade.!!

A!incorporação!de!resíduos!cerâmicos!é!conhecida!deste!a!Antiguidade.!Com!efeito,!e!de!acordo!com!Faria!(2012),!os!agregados!correntes!podem!também!ser!utilizados!em!paralelo!com!resíduos.!Pelo!menos!desde!o!período!Romano,!surgem!registos!e!testemunhos!de!argamassas!com!agregados!resultantes!de!resíduos!de!cerâmica!de!barro!vermelho!com!dimensões!apreciáveis![Velosa!et!al.!(2007);!Matias!et!al.!(2012)].!

A! utilização! de! resíduos! como! agregados! na! produção! de! betão! e! argamassas! é! vista! como! uma! solução!viável!para!a!minimização!do! impacte!ambiental!dos!RCD,! contribuindo! igualmente!para!que!o! sector!da!construção!se!torne!sustentável.!!

2.3. A!indústria!cerâmica!de!sanitários!

A!indústria!cerâmica!de!sanitários!é!um!segmento!integrante!da!indústria!cerâmica,!cuja!principal!produção!são!peças!de!loiça!sanitária,!que!se!caracterizam!pelas!altas!temperaturas!de!cozedura!da!ordem!de!1200!°C.!Após!a!cozedura,! as!peças!apresentam!uma!absorção!de!água! inferior! a!0,5%,! elevada! resistência!mecânica,! elevada!capacidade!de!desempenho!e!níveis!de!qualidade!aparente!e!estética!perceptíveis!pelos!consumidores!(Miranda,!2008).!!

O! processo! de! produção! de! material! cerâmico! pode! ser! subdividido! em! três! importantes! fases:!conformação,!secagem!e!cozedura!(Figura!2.1).!As!principais!matérias!primas!envolvidas!na!produção!de!cerâmicos!brancos!estão!descritas!na!!Tabela!2.1.!

Tabela!2.1!I!Principais!matérias!primas!utilizadas!na!industria!cerâmica!de!loiça!sanitária!

MatériasIprimas! Quantidade![%]!

Caulino!e!outras!argilas! 40M50!Quartzo! 20M30!Feldspato! 20M30!

Carbonato!de!cálcio! 0M3!

No! fabrico! de! loiça! sanitária,! o! processo! de! conformação! das! peças! é! denominado! de! enchimento! à!lambugem!ou!slip!casting.!A!conformação!passa!pelo!enchimento!de!moldes!com!uma!pasta!com!elevadas!quantidades!de!matériasMprimas!minerais.!De!acordo!com!Miranda!(2008),!estas!podem!ser!plásticas,!como!argilas!do!tipo!ball!clay!e!caulino,!e!não!plásticas,!como!areia!de!quartzo!e!feldspato.!Estas!matériasMprimas!são!misturadas!com!água,!formando!suspensões!de!sólidos!ou!barbotinas.!A!porosidade!do!molde!absorve!a!água!presente!na!barbotina!e!leva!à!formação!de!uma!fina!camada!aderente!à!superfície!do!molde.!!

Quando! a! peça! adquire! a! espessura! pretendida,! procedeMse! ao! vazamento! do! excesso! de! barbotina! do!molde,! produzindoMse! assim! peças! ocas.! A! permanência! da! peça! no! molde,! depois! do! vazamento! da!suspensão! (consolidação! da! peça),! é! suficiente! para! que! ela! seque! e! endureça,! o! suficiente! para! que! se!destaque!do!molde!(desmoldagem)!e!possa!ser!manuseada!(Miranda,!2008).!!

O!processo!de! secagem!é!de!extrema! importância!pois!estãoMlhe!associadas!perdas!de!massa!e!variações!dimensionais! das! peças.! Durante! esta! fase,! ocorre! evaporação! de! água! das! peças,! estando! sujeitas! a!gradientes! térmicos! e! de! humidade,! dando! lugar! ao! aparecimento!de! tensões!mecânicas,! susceptíveis' de'

Page 25: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 7!!

gerar!deformações!e!fissuras,!que!os!inutilizam!ou!baixam!os!níveis!de!qualidade!do!produto!final!(Oliveira,!2012).!A!secagem!ocorre!em!secadores!de!túnel!ou!de!câmara.!

Antes!da!cozedura,!é!aplicado!o!vidrado,!com!uma!espessura!de!entre!0,3!e!0,5!milímetros,!que!consiste!na!pulverização!de!uma!mistura!de!matériasMprimas!naturais!e!produtos!químicos!ou!compostos!vítreos!que,!aplicados!à!superfície!do!corpo!cerâmico!e!após!cozedura,!formam!uma!camada!vítrea,!que!confere!maior!resistência!química!e!mecânica,!estabilidade!dimensional!e!impermeabilidade!às!peças.!!

O! processo! de! cozedura! envolve! diversas! alterações! físicas! e! químicas,! em! que! as! mais! importantes!envolvem! a! degradação! da! estrutura! cristalina! dos! materiais! argilosos! e! desenvolvimento! de! novos!compostos!cristalinos!e! fases!vidradas.!A!cozedura!ocorre!em!fornos!de!túnel!ou!de!rolos!a!temperaturas!que!atingem!1290!°C!ou,!quando!a!!produção!é!em!pequena!escala,!em!fornos!intermitentes!flexíveis.!

Por!fim,!é!feita!uma!triagem!final,!onde!as!peças!são!inspeccionadas!visualmente!e!as!que!não!apresentem!os!padrões!definidos!(fissuração/defeitos)!são!rejeitadas.!!

!

Figura!2.1!I!Fluxo!de!massa!no!fabrico!de!loiça!sanitária!!(Comissão!Europeia,!2006)!

O!processo!de!fabrico!de!peças!da!indústria!cerâmica!de!sanitários!gera,!inevitavelmente,!uma!percentagem!de! produtos! considerados! impróprios! para! venda,! independentemente! de! quaisquer! melhorias!introduzidas! no! processo.! As! duas! principais! razões! para! a! rejeição! desses! itens! são! a! quebra! ou! forma!defeituosa,! sendo!que! são! defeitos! que!não! afectam!as! propriedades! intrínsecas! do!material! cerâmico.!A!percentagem!de!material! que! é! rejeitado!depende!do! tipo! de! fábrica,! dos! requisitos! do!produto! e/ou!de!outras!considerações!técnicas![Medina!et!al.!(2012)].!

SabeMse!que! as! argamassas!de! revestimento!não!necessitam!de! resistências!mecânicas!muito! exigentes! e!não! contribuem!para!os! aspectos!de! estabilidade! estrutural! da! construção.!Assim! sendo,! a! integração!de!resíduos! na! produção! de! argamassas! poderá! constituir! uma! alternativa! viável,! proporcionando! uma!

Page 26: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!8!

economia!na!energia!contribuindo!para!um!desenvolvimento!sustentável.!!

2.4. Argamassas!de!revestimento!!

As!argamassas!de!revestimento!asseguram!a!protecção!das!construções,! funcionando!como!primeira!barreira!aos!agentes!externos.!Os!revestimentos!devem!contribuir!para!o!acabamento!estético!da!edificação,!cobrindo!as!irregularidades!do!suporte,!assim!como!devem!garantir!as!exigências!de!segurança!e!habitabilidade.!

Veiga!(2005)!reforça!que!a!sua!aplicação!em!revestimentos!de!paredes!tem!sido!notória!em!toda!a!Europa,!e! durante! séculos! vêem! cumprindo! as! funções! de! regularização! das! alvenarias,! impermeabilização! das!fachadas! (no! sentido! de! prestarem! um! contributo! significativo! para! a! estanqueidade! global! da! parede!exterior!e!não!de!constituírem,!por!si!próprios,!um!revestimento!de!estanqueidade),!protecção!das!paredes!contra!acções!externas!e!acabamento!e!suporte!de!decoração,!adaptandoMse,!sucessivamente,!à!evolução!da!tecnologia,!das!correntes!arquitectónicas!e!estéticas!e!da!mãoMdeMobra!existente!!

2.4.1. Componentes!!

Os! revestimentos! são! componentes! integrantes! do! edificado,! com! propriedades! de! aderência! e!endurecimento,! obtidos! a! partir! da!mistura! homogénea! de! um!ou!mais! ligantes,! agregados! finos! e! água,!podendo! conter! ainda! aditivos! e! adições! minerais.! Neste! ponto,! é! feita! uma! breve! caracterização! dos!principais!constituintes!das!argamassas.!

2.4.1.1. Água!

Em!argamassas!com! ligantes!em!pó,!é!necessária!a! junção!de!água!para!se!obter!uma!pasta!e! também!para!a!hidratação,!no!caso!de!ligantes!hidráulicos.!Há!uma!tendência!de!juntar!uma!grande!quantidade!de!água!para!que!a! argamassa! seja! de!mais! fácil! aplicação.! Contudo,! não! é! aconselhável! que! assim! seja! porque! a! água! evapora!deixando! espaços! vazios! na! argamassa,! podendo! tornáMla! demasiado! porosa,! o! que! pode! ter! consequências!negativas!tanto!no!seu!comportamento!à!água!como!no!comportamento!mecânico!(Margalha,!2010).!!

2.4.1.2. Agregados!!

De! acordo! com! Faria! (2004),! os! agregados! podem! ser! classificados! como! grossos! e! finos.! As! areias! são!materiais!granulados!finos!que!são!aglomerados!por!um!ou!mais!ligantes!e!que!constituem!o!esqueleto!das!argamassas,!sendo!habitual!usar!uma!dimensão!máxima!de!4,75!milímetros!na!constituição!das!mesmas.!A!sua!origem!pode! ser!natural!ou!de!britagem!de! rochas,!podendoMse!do!ponto!de!vista!químico!distinguir!dois!grupos!principais:!areias!siliciosas!e!calcárias.!As!areias!siliciosas!são!geralmente!de!rio!ou!de!areeiro!e!as!areias!calcárias!derivam!de!desperdícios!de!pedreiras!de!rocha!calcária.

Rato! (2006)! refere! que! a! forma! das! partículas! da! areia! tem! grande! importância! no! comportamento! da!argamassa,!influenciando!a!aderência!da!pasta!de!ligante!ao!agregado,!a!trabalhabilidade!em!estado!fresco!e!a!sua!compacidade!após!o!endurecimento.!Por!outro! lado,!a! forma!é!determinante!no!valor!da!superfície!específica,!influenciando!a!quantidade!de!água!necessária!na!amassadura!e,!indirectamente,!as!variações!de!comportamento!que!lhes!estão!associadas.!!

A! utilização! da! areia! em! argamassas! tem! como! função! a! redução!do! teor! de! cimento! que,! por! este! ser!mais!dispendioso,!reduz!o!custo!da!produção!da!argamassa!e!tem!também!a!função!de!reduzir!consideravelmente!o!aparecimento!de!fissuras!importantes!que!derivam!da!introdução!de!elevados!teores!de!ligante.!Esta!fissuração!

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!

! 9!!

está! ligada! à! retracção! e! é! reduzida! pela! presença! dos! grãos! de! areia! que! não! sofrem! retracção! (Martins! e!Assunção,!2010).!

As! areias,!pela! sua! forma!e!dimensão,! condicionam! fortemente!a! estrutura!porosa!das!argamassas.!Estes!aspectos! condicionam! o! grau! de! compactação! e,! com! isto,! o! número! de! vazios! disponível! para! o!preenchimento!pelo!ligante!e!pela!água!(Rato,!2006).!!

2.4.1.3. Ligantes!

No! passado,! o! ligante! utilizado! em! argamassas! era! a! cal! área! que,! com! o! aparecimento! dos! ligantes!hidráulicos!no!século!XIX,! foi!progressivamente!abandonada,!em! face!das!suas!propriedades!ao!nível!das!resistências!mecânicas.!!

Os! ligantes! são!materiais! com!capacidade!de!aglutinação!de!partículas!que,!quando!misturados!de! forma!adequada!com!essas!partículas,!permitem!obter!um!produto!final!coeso!e!resistente!(Malva,!2009).!

2.4.2. Exigências!funcionais!das!argamassas!de!revestimento!

Os!revestimentos!na!construção!apresentam!um!papel!de!vulto!em!vários!sentidos.!Tanto!em!questões!de!protecção!da!própria!construção,!como!de!habitabilidade!e!salubridade,!ou!mesmo!no!âmbito!da!estética,!os!revestimentos! têm! influência! directa.! Deste!modo,! e! no! sentido! de! se! garantir! determinados! padrões! de!qualidade!nestes! elementos!da! construção!e! responder! às!necessidades!dos!utentes,! foram!estabelecidas!exigências!funcionais!(Cavaco,!2005).!!

De! acordo! com! Veiga! (1998)! e! Veiga! (2005),! às! argamassas! de! revestimentos! exteriores! são! exigidas!determinadas!características!para!que!possam!cumprir!as!suas!funções!adequadamente,!tais!como:!!

! regularização!das!alvenarias;!! impermeabilização!(no!caso!dos!revestimentos!exteriores)!e!protecção!das!paredes;!!! acabamento!dos!paramentos.!!

Para!garantir!essas!funções,!os!requisitos!mais!significativos!são:!

! aderência!ao!suporte;!!! resistência!à!fendilhação;!!! capacidade!de!impermeabilização!em!zona!nãoMfendilhada!(no!caso!dos!revestimentos!exteriores);!!! capacidade!de!promover!a!expulsão!do!vapor!de!água!formado!no!interior!e!da!água!infiltrada,!por!

evaporação;!!! aspecto!estético;!!! durabilidade! face! às! acções! externas,! nomeadamente! às! acções! climáticas! (no! caso! dos!

revestimentos!exteriores).!

Já!para!Carasek!(2007),!as!propriedades!essenciais!ao!bom!desempenho!das!argamassas!de!revestimento!são:!

! trabalhabilidade,!especialmente!consistência,!plasticidade!e!adesão!inicial;!! retracção;!!! aderência;!!! permeabilidade!à!água;!!! resistência!mecânica,!principalmente!superficial;!!! capacidade!de!absorver!deformações.!!

Relativamente! aos! rebocos! interiores,! as! exigências! a! satisfazer! são! praticamente! semelhantes,! embora!possam!expressarMse!em!graus!diferentes!e!com!importância!relativa!distinta.!Por!exemplo,!a!capacidade!de!

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!

!10!

impermeabilização! em! zona! nãoMfendilhada! deixa! de! ser! considerada! significativa,! excepto! em! casos!especiais!(Veiga,!1998).!

2.4.2.1. Estado!fresco!

As!propriedades!em!estado!fresco!são!não!só!determinantes!para!o!comportamento!da!argamassa!durante!a!sua! vida! útil,! como! são! importantes! durante! a! sua! aplicação.! Assim,! neste! ponto,! é! feita! uma! breve!caracterização!das!exigências,!em!estado!fresco.!!

2.4.2.1.1. Trabalhabilidade!!

A!trabalhabilidade!é!uma!propriedade!em!estado!fresco!que!é!avaliada!subjectivamente,!sendo!determinada!pela!facilidade!com!que!pode!ser!misturada!e!aplicada.!

De! acordo! com!Veiga! (1998),! esta! característica! da! argamassa! assume! grande! importância! uma! vez! que!muitos! aspectos! do! comportamento! do! reboco! dependem! de! uma! boa! aplicação,! que! por! sua! vez! só! é!possível!se!a!argamassa!tiver!boa!trabalhabilidade.!Segundo!a!autora,!existem!factores!que!podem!melhorar!a! trabalhabilidade,! tais! como!o! aumento!do! teor!de! finos!das! areias,! o! aumento!do! teor!de! ligante!ou!da!quantidade! de! água! de! amassadura.! Podem! ainda! ser! adicionados! adjuvantes! na! formulação! de! uma!argamassa!para!incrementar!a!sua!trabalhabilidade,!como!é!o!caso!de!plastificantes!ou!introdutores!de!ar.!

Ainda! assim,! é! importante! frisar! que! uma! argamassa! deve! apresentar! idealmente! um! comportamento!pseudoplástico! para! facilitar! espalhamento,! nivelamento! e! acabamento!mas! com! elevada! viscosidade! ou!uma!considerável!tensão!de!escoamento!para!manterMse!estável!após!as!etapas!referidas!(Cardoso,!2009).!

2.4.2.1.2. Retenção!de!água!

De!acordo!com!Carasek!(2007),!esta!é!uma!propriedade!em!estado!fresco!que!está!associada!à!capacidade!da!argamassa! fresca!manter!a! sua! trabalhabilidade!quando!sujeita!a! solicitações!que!provocam!perda!de!água!de!amassadura,!seja!por!evaporação,!absorção!de!água!da!base!ou!reacções!de!hidratação.!

Gomes!(2008),!citado!por!Oliveira!(2012),!refere!que!a!argamassa!que!não!possuir!uma!adequada!capacidade!de!retenção!de!água,!além!de!perder!a!sua!trabalhabilidade,!prejudicará!a!qualidade!do!revestimento,!na!medida!em!que! as! reacções!de!hidratação!do! cimento! ficarão! comprometidas.! Como!a! retenção!de! água!pela! argamassa!depende! da! capacidade! de! aprisionamento! do! líquido! pelas! partículas! finas! com! elevada! actividade! de!superfície,!as!suas!natureza!e!características!têm!um!importante!significado!no!poder!de!retenção.

2.4.2.1.3. Teor!de!ar!incorporado!

Os!vazios!presentes!na!argamassa!são,!na!realidade,!moléculas!de!ar!incorporadas!ou!aprisionadas!durante!o! processo! de! mistura! e! aplicação,! ou! ainda! espaços! deixados! após! a! evaporação! do! excesso! de! água!(Roman! et! al.! 1999,! citados! por! Santos,! 2008),! tendo! influência! directa! na!massa! volúmica,! pela!menor!densidade!que!o!ar!apresenta.!!

Em!estado! fresco,!o! teor!de!ar! tem!influência!na! trabalhabilidade,!o!que!de!acordo!com!Yoshida!e!Barros!(1995)! é! explicado! pelo! facto! de! o! ar! incorporado! servir! de! lubrificante! entre! os! grãos! sólidos! da!argamassa,!melhorando!a!trabalhabilidade!e!também!a!capacidade!de!retenção!de!água. Por!outro!lado,!em!estado!endurecido,!o!aumento!do!teor!de!ar!incorporado!leva!ao!aumento!do!volume!de!vazios,!o!que!implica!uma!maior!porosidade,!podendo!conduzir!a!uma!diminuição!da!resistência!à!compressão.

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!

! 11!!

Ainda! assim,! sempre! que! seja! necessário,! o! teor! de! ar! pode! ser! aumentado! através! do! uso! de! aditivos!incorporadores! de! ar,! modificando! outras! propriedades! como! a! consistência,! a! plasticidade,! a!trabalhabilidade!ou!a!retenção!de!água!(Silva,!2006).!Por!outro!lado,!o!uso!inadequado!dos!mesmos!pode!levar!à!uma!diminuição!da!resistência!mecânica!e!da!aderência!da!argamassa!ao!substrato.!

2.4.2.2. Estado!endurecido!!

Segundo!Roman!et!al.!(1999),!citados!por!Santos!(2008),!o!tempo!de!endurecimento!das!argamassas!depende!da!hidratação!do!cimento,!ou!seja,!da!reacção!química!entre!o!cimento!e!a!água.!Se!o!endurecimento!ocorrer!de!forma!acelerada,!provocará!problemas!no!assentamento!ou!acabamento!do!revestimento!das!alvenarias!e,!se!for!muito! lento,!causará!atraso!na!construção.!Temperaturas!muito!altas!tendem!a!acelerar!o!endurecimento!das!argamassas!e!as!temperaturas!baixas!provocam!o!seu!retardamento.!!

Nas! secções! seguintes,! são! descritas! as! exigências! em! estado! endurecido! essenciais! para! o! funcionamento!adequado!dos!revestimentos.!!

2.4.2.2.1. Compatibilidade!com!o!suporte!!

A!compatibilidade!entre!a!argamassa!de!revestimento!e!o!suporte!está!relacionada!com!as!características!que!o!suporte!apresenta!e!sua!ligação!à!camada!de!revestimento.!!

De! acordo! com! Veiga! (1998),! existem! quatro! tipos! de! compatibilidade.! A! primeira,! compatibilidade!geométrica,! refere! que! uma! argamassa! deve! poder! ser! aplicada! em! espessura! suficiente! para! disfarçar! os!defeitos!da!alvenaria!de!suporte!e!corrigir!as!suas! irregularidade.!Relativamente!à!compatibilidade! física,!a!argamassa!deve!apresentar!uma!boa!aderência!ao!suporte,!um!coeficiente!de!condutibilidade!térmico!idêntico!ao!material!constituinte!do!suporte!e!permitir!trocas!de!humidade!entre!a!alvenaria!e!o!exterior,!ou!seja,!que!a!permeabilidade!ao!vapor!de!água!seja!adequada.!A!compatibilidade!mecânica!passa!pela!adequabilidade!das!características!mecânicas!da!argamassa!ao!suporte!e!apresenta!maior!relevância!quando!o!suporte!é!de!baixa!resistência!mecânica! (o! revestimento! não! deve! ser!muito! rígido! para! não! transmitir! tensões! elevadas! que!possam!danificar!o! suporte).!A! compatibilidade!química!é! traduzida!pela! capacidade!do! revestimento!para!resistir!ao!ataque!de!sais!que!possam!existir!no!suporte!(sulfatos)!e!pelo!facto!de!o!reboco!não!conter!sais!que!ao! serem!dissolvidos!pela! água!possam!migrar!por! capilaridade!para! o! interior!das! alvenarias! e! constituir!uma!forma!de!degradação!dos!materiais!constituintes!das!alvenarias.!!

2.4.2.2.2. Absorção!de!água!por!capilaridade!

O! fenómeno! da! capilaridade! assume! um! significado! de! relevo! no! estudo! das! argamassas! sendo! o! factor!privilegiado! de! penetração! de! humidade! no! estado! líquido! de! um! reboco.! Independentemente! da! sua!origem,! a! absorção! inicial! de! água! é! consequência! da! acção! da! capilaridade! quer! isoladamente! quer! em!conjunto!com!outras!acções!como!a!pressão!exercida!pela!vento!em!situações!de!chuva!(Rato,!2006).!!

Silva!(2006)!explica!que!a!capacidade!de!absorção!de!água!indica!a!habilidade!que!um!material!poroso,!não!saturado,! possui! de! absorver! e! escoar! água! por! sucção! capilar.! Esta! propriedade! é! adequada! para! a!avaliação! da! durabilidade! dos! materiais! à! base! de! cimento,! uma! vez! que! um! menor! coeficiente! de!capilaridade!traduz!uma!menor!susceptibiidade!da!argamassa!aos!mecanismos!de!degradação.!

O!autor!acrescenta!ainda!que!esta!característica!assume!grande!importância!na!definição!da!qualidade!da!argamassa,! uma! vez! que! a! água! absorvida! por! capilaridade! contribui! para! um! mau! desempenho! da!

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!

!12!

argamassa,! nomeadamente! em! relação! à! sua! durabilidade! que! é! francamente! reduzida! quando! a!capilaridade!aumenta!e!à!capacidade!de!protecção!do!suporte!que!também!se!reduz.!

2.4.2.2.3. Permeabilidade!ao!vapor!de!água!!

Veiga!(1998)!refere!que!a!permeabilidade!ao!vapor!de!água!é!uma!característica!muito!importante!para!que!a!água!infiltrada,!através!de!fendas!ou!de!zonas!particulares!(remates,!vãos),!a!água!absorvida!pelo!reboco!e!a! água! utilizada! para! a! execução! de! alvenarias! e! rebocos! e! que! não! é! consumida! na! hidratação! possam!evaporarMse,!assim!que!as!condições!atmosféricas!o!permitam.!Esta!característica!é!tanto!mais!importante!quanto!mais!permeável!à!água!for!o!revestimento.!!!

Os!revestimentos!de!paredes!de!argamassas!tradicionais!apresentam!uma!estrutura!de!porosidade!aberta!que! permite! a! penetração! de! água! com! substâncias! solúveis! na! água,! através! dos! poros! da! argamassa.!Assim!sendo,!a!água!pode!penetrar!nos!seus!poros!da!argamassa!por!permeabilidade!ou!por!capilaridade,!dependendo!da!estrutura!dos!vasos!capilares,!da!pressão!da!água!e!da!dimensão!dos!poros!(Estrela,!2008).!

Concluindo,! de! acordo! com!Baía! e! Sabbatini! (2000),! citados! por! Santos! (2008),! o! revestimento! deve! ser!pouco!permeável!à!água,! impedindo!a!sua!percolação,!mas!deve!ser!permeável!ao!vapor!para!favorecer!a!secagem! das! águas! infiltradas! (provenientes! da! chuva,! por! exemplo)! ou! decorrente! da! acção! directa! do!vapor! de! água.! Veiga! (1998)! menciona! também! que! as! argamassas! usadas! em! rebocos! tradicionais! são!bastante!permeáveis!ao!vapor!de!água,!sendo!que!o!traço!utilizado,!o!tipo!de! ligante,!a!areia!utilizada!e!o!tipo!de!cura!são!alguns!dos!factores!que!influenciam!a!permeabilidade!ao!vapor!de!água.!

2.4.2.2.4. Permeabilidade!à!água!sob!pressão!

Baía!e!Sabbatini!(2000),!citados!por!Santos!(2008),!referem!que!a!permeabilidade!está!relacionada!com!a!passagem!de!água!pela! camada!de!argamassa,!que!é!um!material!poroso!e!permite!a!percolação!da!água!tanto! no! estado! líquido! como! no! gasoso.! Ainda! assim,! a! argamassa! já! no! estado! endurecido! permite! a!penetração!de!água!por!meio!de!infiltração!sob!pressão,!capilaridade!ou!difusão!de!vapor!de!água.!

A! permeabilidade! indica! a! maior! ou! menor! capacidade! de! a! argamassa! resistir! à! penetração! de! água!proveniente!do!exterior!até!ao!suporte!e!de!eliminar!rapidamente!por!secagem!a!água!em!excesso.!Resende!(2001),! citado! por! Silva! (2006),! explica! que! a! permeabilidade! depende! da! natureza! do! suporte,! da!composição!e!dosagem!da!argamassa,!da!técnica!de!execução,!da!espessura!da!camada!de!revestimento!e!do!acabamento!da!superfície,!da!porosidade!da!argamassa,!além!de!factores!externos!ao!revestimento!como!a!pressão!do!vento!e!a!pluviosidade.!!

2.4.2.2.5. Capacidade!de!impermeabilização!em!zona!não!fendilhada!

De!acordo!com!Veiga! (1998),!as!argamassas!e! também!as!alvenarias!são!caracterizadas!por!constituírem!materiais! porosos.! A! capacidade! de! impermeabilização! relacionaMse! com! a! aptidão! do! reboco! em! não!permitir! a! permanência! de! água! no! suporte,! a! fim! de! evitar! a! degradação! do! reboco.! Esta! capacidade! é!determinada,!por!um!lado,!pela!capacidade!de!resistir!à!penetração!até!ao!suporte!da!água!proveniente!do!exterior! e,! por! outro,! pela! capacidade!de!permitir! a! eliminação! rápida!por! secagem!da! água! em!excesso,!logo!que!surjam!condições!atmosféricas!favoráveis!(Figuras!2.3!e!2.4).!

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!

! 13!!

!

Figura!2.2!I!Humedecimento!de!um!reboco!poroso!devido!à!chuva:!penetração!de!água!(Veiga,!1998)!

!

Figura!2.3!I!Secagem!de!um!reboco!poroso!devido!à!acção!do!sol:!evaporação!da!água!

(Veiga,!1998)!

2.4.2.2.6. Módulo!de!elasticidade!!

Baía! e! Sabbatini! (2000),! citados! por! Santos! (2008),! definem!deformabilidade! como!uma!propriedade! da!argamassa! que! se! traduz! na! capacidade! da! mesma! em! suportar! tensões! sem! romper,! sem! apresentar!fissuras! prejudiciais! e! sem!perder! a! aderência,! retornando! às! suas! dimensões! iniciais! quando! cessam! as!solicitações!que!lhe!foram!impostas.!

Silva! et! al.! (2008)! referem! que! o! módulo! de! elasticidade! está! directamente! relacionada! com! a!fissurabilidade!da!argamassa,!uma!vez!que!um!valor!mais!baixo!deste!permite!deformações!superiores!com!menores! tensões! internas.! O!módulo! de! elasticidade! do! revestimento! deverá! ser! inferior! ou! igual! ao! do!suporte,! sendo! que! deverá! decrescer! do! interior! para! o! exterior! nas! várias! camadas! que! constituem! o!

reboco![Henriques!(1991),!citado!por!Faria!(2004)].!

Mellman! e! Maultzsch! (1999),! citados! por! Silva! (2006),! defendem! que! o! módulo! de! elasticidade! é!influenciado! tanto! pela! densidade! como! pela! resistência.! Por! sua! vez,! estas! características! dependem!também!da!porosidade!da!pasta!de!cimento!aderente!aos!agregados!e!da!saturação!dos!mesmos,!uma!vez!que!a!deformabilidade!do!agregado!é!também!importante!para!a!elasticidade!do!reboco.!

Silva!(2006)!explica!que,!quando!se!diminui!o!módulo!de!elasticidade,!o!revestimento!fica!mais!deformável,!sendo!capaz!de!aliviar!parte!ou!toda!a! tensão!do!revestimento!originada!na!sua!secagem.!Por!outro! lado,!Miranda!e!Selmo!(2003),!citados!por!Silva!(2006),!referem!que,!apesar!de!o!módulo!de!elasticidade!poder!influenciar!o! surgimento!de! fissuras!por! retracção,! recomendar! apenas!que!as! argamassas! tenham!baixo!módulo!de!elasticidade!para!evitar! fissuras!de! retracção!por! secagem!não!é! suficiente,! assim!como!dizer!que!argamassas!com!alto!módulo!de!elasticidade!fissuram!por!causas!intrínsecas!pode!não!ser!verdade.!!

Em!suma,!Silva!(2006),!citando!Souza!et!al.!(2000),!defende!que!é!necessário!que!outros!parâmetros!sejam!analisados! em! conjunto,! como! o! nível! de! tensão! desenvolvido! pelo grau! de! restrição! do! revestimento,! a!resistência!à! tracção!da!argamassa!e!a!distribuição!do!tamanho!dos!poros! M!esta!afectada!pela!natureza!e!teor!dos!materiais!constituintes!e!da!água!de!amassadura.!

2.4.2.2.7. Resistência!mecânica!!

Rato!(2006)!afirma!que!a!resistência!mecânica!da!argamassa!está!relacionada!com!a!rotura!quando!esta!é!exposta!à!aplicação!de!uma!força!específica.!A!mesma!fonte!refere!ainda!que!a!resistência!mecânica!de!uma!argamassa!depende!essencialmente!de!dois!aspectos:!o!tipo!de!rede!cristalina!e!o!tipo!de!estrutura!porosa.!O! primeiro! está! relacionado! com! o! tipo! de! ligante! e! a! forma! como! se! deu! o! endurecimento! da! pasta.! O!

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!

!14!

segundo!depende!da!qualidade,!dimensão!e!forma!dos!poros.!!

Para!Carasek! (2007),! a! resistência!mecânica!diz! respeito! à!propriedade!dos! revestimentos!de!possuírem!um!estado!de!consolidação!interna!capaz!de!suportar!esforços!mecânicos!das!mais!diversas!origens!e!que!se!traduzem,!em!geral,!por!tensões!simultâneas!de!tracção,!compressão!e!corte.

Rato!(2006)!defende!que!a!resistência!mecânica,!para!um!mesmo!ligante,!é!função!da!compacidade!e!esta!por! sua!vez!depende!da!quantidade!e!dimensão!dos!poros.!De!acordo!com!Coutinho!e!Gonçalves! (1994),!citados!por!Rato!(2006),!a!resistência!mecânica!em!materiais!cimentícios!depende!de!diversos!factores!tais!como:!

matriz:!

! tipo!de!cimento;!! traço,!no!sentido!em!que!maior!quantidade!de!ligante!dá!origem!a!maiores!resistências;!! idade!do!material,!ou!seja,!o!grau!de!hidratação!que!apresenta,!uma!vez!que,!à!medida!que!progride!

a! hidratação,! consolidamMse! o! crescimento! e! as! ligações! cristalinas,! originando! um! aumento! da!resistência;!

! humidade,!isto!é,!o!tipo!de!cura,!a!disponibilidade!e!a!quantidade!de!água!influenciam!a!progressão!de!hidratação;!

! a! temperatura! ambiente,! uma! vez! que! a! elevação! da! temperatura! acelera! o! desenvolvimento! da!resistência!mas!diminui!a!resistência!final.!!

estrutura!porosa:!

! granulometria!dos!agregados;!! tipo!de!ligante;!! traço;!! quantidade!de!água!de!amassadura!(que!pode!também!ser!expressa!pela!razão!a!/!c);!! grau!de!hidratação,!na!medida!em!que!a!progressão!da!hidratação!dá!origem!à!ocupação!de!parte!

dos!vazios!pelo!crescimento!cristalino;!! tipo!de!cura,!considerando!a!sua!influência!na!taxa!de!evaporação!da!água;!! processo! de! fabrico,! compactação! sobretudo! no! que! diz! respeito! aos! poros! que! resultam! do! ar!

emulsionado!no!interior!do!material.!

Martins! e! Assunção! (2010),! citados! por! Oliveira! (2012),! salientam! ainda! que! a! técnica! de! aplicação! das!argamassas!tem!influência!na!sua!resistência!mecânica,!uma!vez!que!uma!maior!compactação!dá!origem!a!uma!estrutura! mais! densa! e,! consequentemente,! com! maior! resistência! à! tracção,! à! compressão! e! às! acções! de!desgaste.!

2.4.2.2.8. Resistência!à!fendilhação!!

A!resistência!de!um!reboco!à!fendilhação!depende!da!capacidade!da!argamassa!para!resistir!às!tensões!de!tracção!nela!induzidas!pelo!efeito!da!restrição!da!retracção!(causada,!na!maioria!dos!casos,!pela!aderência!a!um!suporte!relativamente!rígido)!e!da!intensidade!das!tensões.!Deste!modo,!a!tendência!para!a!fendilhação!por! retracção! será! tanto! maior! quanto! mais! elevada! for! a! retracção! e! quanto! maior! a! relação! entre! o!módulo!de!elasticidade!e!a!resistência!à!tracção!(Veiga,!1998).!

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!

! V[!!

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-62,+/#K!O6#!9%$'!56",3$4$!c-#)!@(6'!-69%$%#4/#!2'+'!'!-6'!?%*+'/'01,dN!

Page 34: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!16!

2.4.2.2.10. Variação!dimensional!!

As!argamassas!estão!sujeitas!a!variações!de!volume,!desde!a!amassadura!até!que!seja!estabelecido!o!estado!limite!de!equilíbrio!com!o!ambiente.!Tais!variações!resultam!da!interacção!de!vários!fenómenos,!traduzindoMse!geralmente!em!contracções!durante!a!maior!parte!desse!período;!no!entanto,!em!determinadas!condições!de!humidade!do!ambiente,!o!efeito! final!desenvolvido!pode!ser!de!expansão!(Veiga,!2000).!Uma!das!causas!destas!variações!de!volume!é!a!evaporação!da!água!em!excesso,!que!se!ocorrer!de!forma!rápida!pode!levar!ao!aparecimento!de!fissuras.!!

Carasek!(2007)!afirma!também!que!a!retracção!é!resultado!de!um!mecanismo!complexo,!associado!com!a!variação!de!volume!da!pasta!e!apresenta!um!papel!fundamental!no!desempenho!das!argamassas!aplicadas,!especialmente!quanto!à!estanqueidade!e!à!durabilidade.!

As!argamassas!com!teores!de!cimento!elevados!tendem!a!apresentar!retracção!mais!elevada,!requerendo!maiores! cuidados! na! execução! e! controlo! rigoroso! das! condições! de! cura! durante! e! após! a! aplicação.!Também! outros!materiais! finos! e/ou! com! elevada! absorção! de! água! tendem! a! aumentar! a! retracção! da!argamassa!quando!nela!incorporados!(Veiga,!2004).!

De!acordo!com!vários!autores!a!retracção!de!uma!argamassa!de!cimento!decorre!em!duas!fases,!a!retracção!plástica!e!a!retracção!hidráulica!(ou!por!secagem).!Miranda!(2000),!citado!por!Silva!(2006),!explica!que!a!retracção! plástica! se! inicia! logo! após! a! aplicação! da! argamassa! sobre! o! suporte,! pela! movimentação! de!pasta!e!água!de!amassadura!da!argamassa!para!os!poros!da!base!e,!também,!pela!perda!da!sua!humidade!para!o!ambiente,!em!função!das!condições!climatéricas!locais.!Por!sua!vez,!a!retracção!hidráulica!iniciaMse!só!após!as!primeiras!horas!de!presa!da!argamassa.!O!grau!de!tensão!desenvolvida!durante!a!retracção!por!secagem!do!revestimento!depende!da!combinação!dos!seguintes!factores:!magnitude!da!retracção,!grau!de!restrição,!módulo!de!elasticidade!e!relaxação!da!argamassa.!!

Veiga! (1998)! explica! ainda! que! uma! forte! dosagem!em! ligante,! o! uso! de! areias! com! alto! teor! de! finos,! a!aplicação! de! camadas! muito! espessas,! o! excesso! de! água! de! amassadura,! a! aplicação! em! condições!climatéricas!desfavoráveis,!nomeadamente!com!tempo!muito!quente!e!seco,!ou!com!vento!forte!e!seco,!são!algumas!das!condições!que!tornam!provável!o!aparecimento!de!fendilhação!por!retracção!restringida.!

2.4.2.2.11. Aspecto!estético!

Veiga! (1998)! destaca! que! o! aspecto! estético! dos! revestimentos! exteriores! de! paredes! condiciona!fortemente!a!aparência!global!de!um!edifício.!Desta! forma,!é! fundamental! ter!a!noção!dos!problemas!que!possam!surgir!com!um!dado!revestimento,!pois!estes!irão!influenciar!a!estética!dos!revestimentos.!Alguns!destes! problemas! passam! pela! ocorrência! de! eflorescências,! originando! manchas! esbranquiçadas! nos!paramentos,! fendilhação!generalizada!ou!até!mesmo! fendas! localizadas,! o!efeito! inestético!dos! fantasmas!que!são!consequência!da!aplicação!de!uma!camada!muito!fina!de!reboco,!e!os!efeitos!da!poluição!que,!se!não!forem!minimizados,!contribuem!para!o!mau!aspecto!das!fachadas.!!

2.4.2.2.12.!Durabilidade!

A! durabilidade! está! directamente! relacionada! com! o! bom! funcionamento! do! revestimento,! cumprindo!todas! as! exigências! a! que! é! submetido,! pois! sabeMse! que,! quando! este! apresenta! deficiências! no! seu!comportamento,!estará!mais!vulnerável!aos!agentes!exteriores!capazes!de!comprometer!a!sua!vida!útil.!!

Page 35: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 17!!

De!acordo!com!Veiga!(2003),!a!durabilidade!implica!boa!resistência!mecânica,!nomeadamente!aos!choques,!boa!coesão!interna,!boa!aderência!ao!suporte!entre!camadas!e!boa!resistência!química,!designadamente!aos!sais! existentes! nas! paredes! antigas.! Implica! também! um! bom! comportamento! à! água:! absorção!relativamente!lenta!e!facilidade!de!secagem.!!

2.5.!Argamassas!com!incorporação!de!resíduos!

Neste! subcapítulo,! são! apresentados! estudos! realizados! sobre! argamassas!modificadas,! comparativamente!com! as! convencionais,! decorrentes! de! uma! vasta! pesquisa! bibliográfica.! São! descritas! campanhas!experimentais!de!estudos! idênticos!a!esta! investigação,!que!avaliam!a!substituição!do!agregado!natural!por!agregados! reciclados.! Na! ausência! de! estudos! com! incorporação! de! resíduos! cerâmicos! brancos! em!argamassas,!são!utilizados!como!referência!estudos!com!a!incorporação!destes!mesmos!resíduos!em!betões.!!

2.5.1. Descrição!geral!das!campanhas!experimentais!

Silva!et!al.!(2010)!avaliaram!o!desempenho!de!argamassas!com!introdução!de!resíduos!de!barro!vermelho,!em!três!vectores!distintos:!efeito!de!fíler,!efeito!pozolânico!e!integração!de!RCD.!

Por!outro!lado,!Neno!et!al.! (2014)!procederam!à!caracterização!de!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!finos!provenientes!da! trituração!do!betão,!analisando!a!viabilidade!do!uso!deste! tipo!de!RCD!como!agregado!para!a!formulação!de!argamassas.!Estes!autores,!Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014),!usaram!na!campanha!experimental!argamassas!cimentícias!com!traço!volumétrico!1:4,!substituindo!a!areia!por!agregado!reciclado,!resíduos! finos! de! barro! vermelho! e! resíduos! finos! de! betão,! respectivamente,! em! percentagens! de! 20,! 50! e!100%.!!

Corinaldesi!e!Moriconi! (2009)!avaliaram!a!possível! introdução!de! três! tipos!de!resíduos!provenientes!da!construção!e!demolição!em!argamassas!de!cimento.!Os!agregados!reciclados!apresentam!diferentes!origens!e,!assim!sendo,!diferentes!massas!volúmicas!e!absorções!de!água!(Tabela!2.2).!

Tabela!2.2!I!Identificação!dos!agregados!e!respectivas!características!físicas,!na!campanha!de!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009)!

Agregado! Origem!Massa!volúmica!

[kg/m3]!Absorção!de!água![%]!

REF! Areia!natural!de!origem!quartzítica!!! 2,59! 3,1!

CON! Indústria!de!betão!préMfabricado!com!uma!classe!de!resistência!entre!50!e!55!MPa! 2,38! 7,1!

BRI! Indústria!cerâmica!de!tijolos,!caracterizados!por!uma!resistência!à!compressão!de!11!MPa! 2,09! 16,2!

REC!

Resíduos!de!construção!e!demolição,!previamente!processados!em!laboratório!cuja!composição!é!72%!betão,!25%!de!alvenaria!e!

cerca!de!3%!de!betume!

2,29! 8,8!

A!areia! foi!substituída!na! totalidade!pelos!diferentes!agregados!reciclados!ao! traço,!em!massa,!de!1:3.!Na!Tabela!2.3,!estão!as!composições!das!argamassas!produzidas!por!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009).!Os!autores!procederam!à!peneiração!do!material,! sendo!o!que!passou!no!peneiro!0,150!milímetros! foi! adicionado!à!mistura! em! estado! seco.! As! restantes! fracções! (com! dimensão! superior! a! 0,150! milímetros)! foram!adicionadas! saturadas! com! superfície! seca.! Deste!modo,! a! dosagem! de! água! (isto! é,! a! soma! da! água! de!amassadura! e! a! água! absorvida! pelos! agregados)! apresentada! por! Corinaldesi! e! Moriconi! (2009)! é!efectivamente!superior,!sendo,!segundo!os!autores,!aproximadamente!de!308,!459,!585,!406!kg/m3!para!as!misturas!‘MMREF’,!‘MMREC’,!‘MMBRI’!e!‘MMCON’,!respectivamente.!

Page 36: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!18!

Torkittikul! e! Chaipanich! (2010)! investigaram! os! efeitos! da! inclusão! de! agregados! finos! cerâmicos,! em!argamassas!de!cimento!e!em!betões,!em!substituição!da!areia,!em!percentagens!de!10,!20,!30,!40,!50!e!100%.!!

Tabela!2.3!I!Composição!das!argamassas!produzidas!por!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009)!

Argamassa!Areia![kg/m3]!

REC![kg/m3]!

BRI![kg/m3]!

CON![kg/m3]!

Água![kg/m3]!

Cimento![kg/m3]!

Razão!água!/!cimento!

MMREF! 1350! M! M! M! 270! 450! 0,60!MMREC! M! 1350! M! M! 350! 450! 0,76!MMBRI! M! M! 1350! M! 410! 450! 0,91!MMCON! M! M! M! 1350! 320! 450! 0,71!

O! agregado! reciclado! cerâmico! (CWA)! foi! obtido! a! partir! de! indústrias! cerâmicas! na! província! de! Lampang,!Tailândia,!e!foi!necessária!a!redução!do!material!até!às!dimensões!pretendidas,!usando!para!tal!uma!britadeira!de!mandíbulas.!Os!autores!fixaram!a!razão!água!/!cimento!para!todas!as!argamassas,!em!0,5!(Tabela!2.4).!

Tabela!2.4!I!Argamassas!produzidas!na!campanha!experimental!de!Torkittikul!e!Chaipanich!(2010)!

Argamassa! Areia![%!em!peso]! CWA!![%!em!peso]! Razão!a/c!

M0CWA0FA!(padrão)! 100! 0! 0,5!M10CWA0FA! 90! 10! 0,5!M20CWA0FA! 80! 20! 0,5!M30CWA0FA! 70! 30! 0,5!M40CWA0FA! 60! 40! 0,5!M50CWA0FA! 50! 50! 0,5!M100CWA0FA! 0! 100! 0,5!

Stenthamarai! et! al.! (2011)! avaliaram! as! propriedades! de! betões! com! resíduos! cerâmicos! provenientes! de!isoladores! elétricos! cerâmicos.!Os! resíduos! foram!obtidos!numa!primeira! fase!por!britagem!manual!passando!posteriormente!por!uma!britadeira!de!mandíbulas,!sendo!que!as!propriedades!dos!agregados!se!encontram!na!Tabela!2.5.!

Tabela!2.5!I!Propriedades!dos!agregados!da!campanha!de!Stenthamarai!et!al.!(2011)!

Tipo!de!agregado!Absorção!de!água![%]!

Massa!volúmica!aparente!![kg/m3]!

Máxima!dimensão!do!agregado![mm]!

Agregado!proveniente!de!Isoladores!elétricos!cerâmicos! O,72! 1200! 20!

Agregado!natural!britado! 1,20! 1325! 20!

Foram! produzidas! seis! composições! em! que! a! quantidade! de! água! foi! constante! e! igual! a! 186! l/m3,!alterando! a! razão! água! /! cimento! (0,35;! 0,40;! 0,45;! 0,50;! 0,55;! 0,60).! Para! cada! uma! destas! razões,! foi!formulado! um! betão! de! referência! e! outro! contendo! apenas! agregados! reciclados! cerâmicos,! sendo! a!substituição!de!agregados!feita!na!totalidade.!A!Tabela!2.6!indica!as!composições!dos!betões,!as!proporções!indicadas! representando! tanto! os! agregados! naturais! como! os! agregados! reciclados,! uma! vez! que! a!substituição!manteve!o!mesmo!volume.!!

Tabela!2.6!I!Composições!dos!betões!produzidos!na!campanha!de!Stenthamarai!et!al.!(2011)!

Mistura!Razão!

!água!/!cimento!Água![l/m3]!

Dosagem!de!cimento![kg/m3]!

Proporção!da!mistura,!em!peso!

Proporção!da!mistura,!em!volume!

B1! 0,35!

186!

531! 1:1.19:1.85! 1:1.39:2.37!B2! 0,40! 465! 1:1.48:2.11! 1:1.73:2.70!B3! 0,40! 413! 1:1.77:2.38! 1:2.08:3.05!B4! 0,50! 372! 1:2.06:2.64! 1:2.42:3.39!B5! 0,55! 338! 1:2.35:2.90! 1:2.77:3.74!B6! 0,60! 310! 1:2.64:3.16! 1:3.11:4.08!

Penacho!et!al.!(2014)!estudaram!a!viabilidade!da!incorporação!de!resíduos!finos!de!vidro,!em!substituição!do!agregado!natural,!em!argamassas!de!revestimento!com!traço!volumétrico!de!1:4.!A!substituição!da!areia!pelo!

Page 37: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 19!!

agregado!reciclado!foi!feita!em!percentagens!de!20,!50!e!100%,!mantendo!sempre!a!curva!granulométrica!da!areia.!!

Higashiyama!et!al.!(2012)!investigaram!a!influência!da!incorporação!de!resíduos!provenientes!de!isoladores!elétricos!cerâmicos!em!argamassas!de!cimento.!Os!agregados!finos!reciclados!cerâmicos!foram!obtidos,!numa!primeira!fase,!por!britagem!manual!de!onde!resultaram!partículas!com!dimensões!entre!50!e!100!milímetros.!Numa! fase! seguinte,! utilizaram!uma!máquina!de! esmagamento!para! redução!do!material! em!partículas! de!dimensões!inferiores!e,!por!fim,!um!moinho!de!rolos!para!obtenção!das!partículas!muito!finas.!Os!agregados!reciclados!neste! estudo!apresentam!dimensões! compreendidas! entre!0,075!e!5,0!milímetros.!No!programa!experimental,!Higashiyama!et!al.!(2012)!realizaram!três!séries!de!argamassas!distintas:!!

1M argamassas! com! diferentes! tipos! de! agregados:! foi! utilizada! areia! de! rio,! areia! siliciosa! e! agregados!cerâmicos!(CWA)!sendo!que!a!razão!água!/!cimento!se!manteve!constante.!A!areia!siliciosa!e!os!reciclados!foram! introduzidos! nas! formulações! com! superfície! seca! devido! aos! seus! reduzidos! coeficientes! de!absorção!de!água.!Por!outro!lado,!a!areia!de!rio!foi!adicionada!saturada!com!superfície!seca!(SSS)!e!seca!em!estufa.!A!granulometria!dos!agregados!cerâmicos!foi!ajustada!à!areia!de!rio;!

2M argamassas! com! agregados! reciclados! cerâmicos! com! diferentes! traços:! a! razão! água! /! cimento!manteveMse!constante!alterando!os!traços,!em!massa,!de!cimento:!agregados;!

3M argamassas!com!incorporação!de!agregados!reciclados!em!substituição!da!areia!natural:!uma!vez!mais,!manteveMse! a! razão! água! /! cimento! constante! sendo! a! areia! natural! substituída! pelos! agregados!cerâmicos!nas!percentagens!de!20,!40,!60,!80!e!100%!mantendo!a!curva!granulométrica!da!areia.!

As!Tabelas!2.7!e!2.8! reúnem!as!propriedades!dos!agregados! finos!utilizados!na!campanha!experimental!de!Higashiyama! et! al.! (2012),! bem! como! as! composições! das! argamassas! produzidas.! As! características!!analisadas!por!estes!autores!foram!avaliadas!em!cilíndricos!com!50!milímetros!de!diâmetros!e!100!milímetros!de!altura.!Após!a!moldagem,!os!cilíndricos!foram!cobertos!por!uma!folha!de!plástico!durante!24!horas,!sendo!posteriormente!desmoldados!e!mantidos!num!tanque!com!água!a!uma!temperatura!de!20!±!2°!C.!!

Tabela!2.7!I!Propriedades!dos!agregados!finos!utilizados!na!campanha!de!Higashiyama!et!al.!(2012)!

Agregados!Máxima!dimensão!

[mm]!Superfície!específica!

Absorção!de!água![%]!

Cerâmicos! 5,0! 2,40! 0,70!Areia!de!rio! 5,0! 2,59! 1,73!Areia!siliciosa! 0,6! 2,66! 0,36!

Tabela!2.8!I!Composição!das!argamassas!na!campanha!de!Higashiyama!et!al.!(2012)!

Série! Argamassa! Água! Cimento! Agregados! Tipos!de!agregados!

1!

CDW! 1.0! 2.0! 4.0! Agregados!reciclados!cerâmicos!AR!!(SSS)! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!de!rio!saturada!com!superfície!seca!(SSS)!AR!(SS)! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!de!rio!seca!em!estufa!AS! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!siliciosa!

2!CDWM2M1.0! 1.0! 2.0! 1.0! Agregados!reciclados!cerâmicos!CDWM2M2.0! 1.0! 2.0! 2.0! Agregados!reciclados!cerâmicos!CDWM2M4.0! 1.0! 2.0! 4.0! Agregados!reciclados!cerâmicos!

3!

CDWM3M0.0! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=1.0:0!CDWM3M0.2! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=0.8:0.2!CDWM3M0.4! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=0.6:0.4!CDWM3M0.6! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=0.4:0.6!CDWM3M0.8! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=0.2:0.8!CDWM3M1.0! 1.0! 2.0! 4.0! Areia!natural!(SSS):!agregado!cerâmico!=0:1.0!

Já!Martínez!et!al.!(2013)!investigaram!a!utilização!de!três!tipos!de!resíduos!(cerâmicos,!alvenaria!e!betão)!como!

Page 38: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!20!

agregados!finos!para!a!produção!de!argamassas.!A!descrição!e!classificação!dos!resíduos!utilizados!encontraMse!na!Tabela!2.9.!Os!agregados!reciclados!foram!obtidos!por!processo!de!trituração!utilizando!uma!britadeira!de!maxilas,!sendo!que!a!dimensão!máxima!obtida!foi!de!4,76!milímetros.!Os!autores!utilizaram!também!três!tipos!diferentes!de! agregados!naturais.!Os! agregados!denominados!NA1!e!NA2! foram!obtidos! através!do!esmagamento!de!rocha!de!pedreira!e!o!agregado!NA3!é!uma!areia!de!rio.!

Tabela!2.9!M!!Tipos!de!agregados!reciclados!utilizados!na!campanha!de!Martínez!et!al.,!(2013)!

Agregado! Origem!Massa!

volúmica![kg/m3]!

Absorção!de!água![%]!

RA1!Principalmente!cerâmico!M!proveniente!da!trituração!de!telhas!cerâmicas!com!resíduos!

de!taipa!e!paredes!de!calcário!!!2,59! 3,1!

RA2! Alvenaria!M!argamassa!e!tijolos!cerâmicos!! 2,38! 7,1!

RA3! Resíduos!de!betão!M!provenientes!da!demolição!de!estruturas!de!betão!! 2,09! 16,2!

Como!mencionado,! as!argamassas! foram!produzidas! com!substituição! total!dos!agregados!naturais!pelos!reciclados!e!foram!também!utilizados!três!diferentes!tipos!de!fíleres:!cal!hidratada1!(LH),!fíler!calcário!(LF)!e!escória!branca!proveniente!dos!resíduos!de!produção!de!aço!(WL).!!!

De!acordo!com!Martínez!et!al.!(2013),!o!regulamento!cubano!NC!175:2002!estabelece!a!dosagem!em!volume!das!argamassas!de!acordo!com!a!sua!aplicação.!As!argamassas!estudadas!são!classificadas!como!pertencentes!ao! grupo! III! (argamassas! de! revestimento! e! assentamento)! sendo! o! traço! volumétrico! recomendado! 1:6!(cimento:!agregados).!No!entanto,!devido!ao!baixo! teor!de! finos!dos!agregados!naturais,!o! traço!em!volume!estabelecido!pela!norma!NC!175:2002!é!1:4:2!(cimento:!agregados:!cal).!Desse!modo,!foram!produzidas!nove!séries! de! argamassas,! usando! os! três! tipos! agregados! naturais! e! fíler! (Tabela! 2.10).! O! traço! volumétrico!utilizado! por! Martínez! et! al.! (2013)! para! as! argamassas! com! agregados! reciclados! foi! 1:5:1,! porque! os!agregados!reciclados!apresentaram!uma!maior!quantidade!de!material!muito!fino!(dimensão!inferior!a!0,075!milímetros),!sendo!necessário!reduzir!a!quantidade!de!fíler.!

Tabela!2.10!I!!Composição!das!argamassas!com!agregados!naturais!(Martínez!et!al.,!2013)!

Nomenclatura! Traço!volumétrico! Agregado! Fíler!Razão!água!/!cimento!

CM1MLH! 1:4:2! NA1! LH! 1,32!CM2MLH! 1:4:2! NA2! LH! 1,30!CM3MLH! 1:4:2! NA3! LH! 1,28!CM1MLF! 1:4:2! NA1! LF! 1,36!CM2MLF! 1:4:2! NA2! LF! 1,32!CM3MLF! 1:4:2! NA3! LF! 1,38!CM1MWS! 1:4:2! NA1! WS! 1,28!CM2MWS! 1:4:2! NA2! WS! 1,30!CM3MWS! 1:4:2! NA3! WS! 1,32!

Segundo!Martínez!et!al.!(2013),!a!utilização!do!traço!volumétrico!1:4:2!nas!argamassas!contendo!material!reciclado,!poderia!causar!uma!redução!das!propriedades!das!mesmas,!uma!vez!que!os!agregados!reciclado!apresentam!maior!quantidade!de!material! fino! comparativamente! com!os! agregados!naturais.!Na!Tabela!2.11,!encontramMse!descritas!as!argamassas!produzidas!por!Martínez!et!al.!(2013).!

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1!Embora!sendo!um!ligante,!o!autor!usouMa!como!sendo!um!fíler.!!

Page 39: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 21!!

Na! campanha! de!Martínez! et! al.! (2013),! o! processo! de! amassadura! das! argamassas! seguiu! a! norma! NC!173:2002,!sendo!que!a!desmoldagem!foi!feita!às!24!horas!e!os!provetes!foram!armazenados!em!condições!de!cura!estabelecidos!pela!mesma!norma.!!

Tabela!2.11!I!Composição!das!argamassas!com!agregados!reciclados!(Martínez!et!al.,!2013)!

Nomenclatura! Traço!volumétrico! Agregado! Fíler!Razão!água!/!cimento!

RM1MLH! 1:5:1! RA1! LH! 1,77!RM2MLH! 1:5:1! RA2! LH! 1,79!RM3MLH! 1:5:1! RA3! LH! 1,39!RM1MLF! 1:5:1! RA1! LF! 1,78!RM2MLF! 1:5:1! RA2! LF! 1,81!RM3MLF! 1:5:1! RA3! LF! 1,40!RM1MWS! 1:5:1! RA1! WS! 1,60!RM2MWS! 1:5:1! RA2! WS! 1,63!RM3MWS! 1:5:1! RA3! WS! 1,44!

Por! fim,! Alves! et! al.! (2014)! estudaram! o! comportamento! mecânico! de! betões! contendo! agregados! finos! de!resíduos! cerâmicos! provenientes! da! trituração! de! resíduos! de! loiça! sanitária! e! cerâmica! vermelha.! Foram!avaliadas! sete! composições! em! estado! endurecido! e,! de! acordo! com! os! autores,! este! estudo! foi! inovador! no!sentido! de! conseguir! manter! constantes! dois! factores:! (i)! a! distribuição! granulométrica! dos! agregados! (ao!substituir! os! agregados! naturais! pelos! reciclados,! essa! distribuição! foi! preservada,! a! fim! de! não! introduzir!variáveis! que! possam! dificultar! a! interpretação! dos! resultados);! (ii)! a! trabalhabilidade! (diferentes! níveis! de!trabalhabilidade! em! composições! de! betões! podem! não! ter! a! mesma! gama! de! aplicações! não! podendo! ser!directamente!comparados).!

O!betão!de!referência!é!constituído!por!agregados!grossos!britados!calcários!e!areia!rolada,!sendo!o!cimento!utilizado!do!tipo!CEM!II!AML!42,5!R!(Tabela!2.12).!Os!agregados!naturais! foram substituídos!por!agregados!reciclados!finos!de!loiça!sanitária,!em!percentagens!de!substituição!de!20,!50!e!100%,!em!volume.!

Tabela!2.12!I!Composição!do!betão!de!referência,!campanha!de!Alves!et!al.!(2014)!

Material!Volume![m3/m3]!

Peso!![kg/m3]!

Agregados!finos!

<0,063!!mm! 0,0000! 0,0!0,063<#<0,125!!mm! 0,0142! 36,1!

0,125<#<0,250!!mm! 0,0430! 109,3!

0,250<#<0,500!!mm! 0,0493! 125,3!0,500<#<1,00!!mm! 0,0567! 144,1!

1,00<#<2,00!!mm! 0,0651! 165,5!

2,00<#<4,00!!mm! 0,0748! 190.1!

Agregados!grossos!

Bago!de!arroz! 0,0570! 146,4!

Brita!1! 0,0223! 56,8!

Brita!2! 0,2923! 734,3!

Cimento! 0,1150! 350,0!Água! 0,1930! 193,0!

Os!agregados!finos!utilizados!por!Alves!et!al.!(2014)!têm!dimensão!inferior!a!4!milímetros!enquanto!o!bago!de!arroz,!a!brita!1!e!a!brita!2!têm!dimensão!máxima!de!8,!11,2!e!22,4!milímetros,!respectivamente.!Como!mencionado,! os! agregados! naturais! finos! foram! substituídos,! em! volume,! por! agregados! reciclados! de!dimensão! equivalente,! ou! seja,! a! curva! granulométrica! dos! agregados! naturais! foi! reproduzida! para! os!agregados! reciclados.! A! Tabela! 2.13! indica! as! propriedades! dos! agregados! naturais! e! dos! agregados!reciclados!de!loiça!sanitária.!

Page 40: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 41: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 42: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!24!

No!estudo!de!Penacho!et!al.!(2014),!a!tendência!mantémMse,!ou!seja,!a!baridade!aumenta!com!o!aumento!da! fracção! granulométrica,! para! os! dois! tipos! de! agregados.! Dentro! de! cada! fração! granulométrica,! a!baridade!do!agregado!reciclado!é! inferior,!pelo!que!neste!existe!um!maior!volume!de!vazios.!Por!outro!lado,!os!autores!referem!que!a!menor!baridade!do!vidro!se!deve!à!sua!forma!angulosa!(agregado!britado),!comparativamente!com!a!areia!que!é!um!agregado!rolado.!

Tabela!2.16!M!Massa!volúmica!aparente!(baridade)!dos!agregados!e!cimento!!(Penacho!et!al.,!2014)!

Material! Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!!

CEM!II/BIL!32,5!N!! 1010!

Areia!(por!granulometria)!

<0,149!mm! 1150!0,149<#<0,297!mm! 1300!0,297<#<0,590!mm! 1320!0,590<#<1,190!mm! 1410!1,190<#<2,380!mm! 1430!2,380<#<4,760!mm! 1460!

Resíduos!de!vidro!(por!granulometria)!

<0,149!mm! 830!0,149<#<0,297!mm! 960!0,297<#<0,590!mm! 1060!0,590<#<1,190!mm! 1120!1,190<#<2,380!mm! 1180!2,380<#<4,760!mm! 1280!

2.5.2.3. Exigências!de!água!/!consistência!por!espalhamento!

Nos!estudos!de!Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014),!o!espalhamento!máximo!adoptado!foi!fixado!em!175!±!10!mm,!de!acordo!com!o!exigido!pela!norma!EN!1015M3!(1999).!Os!valores!de!espalhamento!obtidos!pelos!autores! são! apresentados! nas! Tabelas! 2.17! e! 2.18,! bem! como! a! quantidade! de! água! necessária! para! a!obtenção!dos!respectivos!espalhamentos,!de!cada!tipo!de!argamassa.!!

Tabela!2.17!I!Exigências!de!água,!da!campanha!de!Silva!et!al.!(2010)!

Argamassa! Água!necessária!por!dm3!de!argamassa![ml]! Espalhamento![mm]!

0%! 190! 173!20%! 200! 170!50%! 233! 172!100%! 300! 169!

Silva! et! al.! (2010)! verificaram! que! há! um! aumento! da! quantidade! de! água! necessária! à! medida! que! a!incorporação!de!resíduos!de!tijolo!aumenta.!!

Tabela!2.18!I!Exigências!de!água,!das!campanhas!de!Neno!et!al.!(2014)!e!Penacho!et!al.!(2014)!

! Campanha!de!Neno!et#al.!(2014)! Campanha!de!!Penacho#et#al.!(2014)!

Argamassa!Água!necessária!por!dm3!de!

argamassa![ml]!

Espalhamento![mm]!

Razão!!a!/!c!

Água!necessária!por!dm3!de!

argamassa![ml]!

Espalhamento![mm]!

Razão!a/c!

0%! 313,3! 176! 1,21! 240! 168! 1,19!20%! 340,0! 170! 1,31! 240! 170! 1,19!50%! 336,7! 178! 1,30! 240! 170! 1,19!100%! 330,0! 170! 1,27! 240! 168! 1,19!

Por!outro!lado,!Neno!et!al.!(2014)!verificaram!que!a!quantidade!de!água!necessária!para!a!amassadura!das!argamassas!com!inclusão!de!resíduos!diminui!à!medida!que!a!inclusão!de!resíduos!de!betão!aumenta,!ainda!que! a! argamassa! de! referência! seja! a! que! exige!menor! quantidade! de! água.! Os! autores! justificam! que! o!aumento!da!quantidade!de!água!com!a!inclusão!de!resíduos!de!betão!está!associado!à!maior!porosidade!dos!agregados!reciclados!que,!como!consequência,!apresentam!uma!capacidade!de!absorção!de!água!maior!do!

Page 43: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 25!!

que!a!da!areia!natural.!Ainda!assim,!Neno!et!al.!(2014)!referem!que!pode!ocorrer!um!possível!efeito!de!fíler!que!aumenta!a!trabalhabilidade!da!mistura.!

Já! Penacho! et! al.! (2014)! determinaram! um! intervalo! de! espalhamento! máximo! de! 175! ±! 3! milímetros,!conseguindo!manter!a!mesma!quantidade!de!água!para!todas!as!argamassas!produzidas.!Os!autores!explicam!que!as!exigências!de!água!são!proporcionais!à!absorção!de!água!dos!agregados!e!à!sua!superfície!específica.!Assim! sendo,! para! o! espalhamento! definido,! foi! possível! manter! a! mesma! quantidade! de! água,! devido! ao!equilíbrio!entre!estes!dois!efeitos,!uma!vez!que!o!agregado!de!vidro!tem!uma!menor!absorção!de!água!e!uma!maior!superfície!específica!relativamente!à!areia.!!

Na!campanha!experimental!de!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009),!as!exigências!de!água!para!as!argamassas!foram!estabelecidas!de!acordo!com!a!norma!EN!1015M3!(1999),!e!foi!estabelecido!que!a!consistência!para!as!argamassas!seria!a!que!apresentasse!um!espalhamento!médio!de!110!±!5!milímetros.!De!acordo!com!os!autores,!as!maiores!exigências!de!água!ocorrem!para!as!argamassas!cujos!agregados!apresentam!maior!absorção!de!água!(resíduos!de!tijolo).!!

Martínez!et!al.! (2013)!determinaram!que!a!consistência!óptima!seria!obtida!através!de!um!espalhamento!

médio!de!190!±!5!milímetros,!de!acordo!com!o!regulamento!cubano!NC!175:2002.!Os!autores!concluíram!

também! que! as! argamassas! com! agregados! reciclados! necessitaram! de! maior! quantidade! de! água! para!obter!o!espalhamento!pretendido!(Tabela!2.19).!

Tabela!2.19!I!Espalhamentos!obtidos!nas!argamassas!com!agregados!naturais!e!reciclados!!(Martínez!et!al.,!2013)!

Argamassas!com!agregados!naturais! Argamassas!com!agregados!reciclados!

Argamassa! Espalhamento![mm]! Argamassa! Espalhamento![mm]!CM1MLH! 193! RM1MLH! 189!CM2MLH! 185! RM2MLH! 190!CM3MLH! 195! RM3MLH! 187!CM1MLF! 191! RM1MLF! 189!CM2MLF! 188! RM2MLF! 191!CM3MLF! 191! RM3MLF! 190!CM1MWS! 187! RM1MWS! 188!CM2MWS! 190! RM2MWS! 188!CM3MWS! 192! RM3MWS! 194!

Na! campanha! de! Alves! et! al.! (2014),! a! razão! água! /! cimento! é! ajustada! de! modo! a! manter! a! mesma!trabalhabilidade! em! todas! as! composições! (Tabela! 2.20).! Para! os! agregados! finos! de! loiça! sanitária,! foi!necessário!um!aumento!significativo!da!razão!água!/!cimento!para!se!atingir!a!trabalhabilidade!pretendida,!o! que! não! era! expectável! pois! os! agregados! de! loiça! sanitária! apresentavam! uma! reduzida! absorção! de!água.!Os!autores!referem!que!a!superfície!vidrada!e!lamelar!dos!agregados,!associada!à!baixa!absorção!de!água,! levou! a! que! se! gerassem! pontes! líquidas! entre! as! partículas,! devido! à! tensão! superficial! da! água,!criando!aglomerações!entre!os!agregados!reciclados!e!os!naturais.!!!

Tabela!2.20!I!Razão!água!/!cimento!das!composições!da!campanha!de!Alves!et!al.!(2014)!

Composição! Nomenclatura! Razão!água!/!cimento!

Betão!de!referência! RC! 0,53!Betão!com!20%!de!substituição!de!loiça!sanitária! SWC20! 0,76!Betão!com!50%!de!substituição!de!loiça!sanitária! SWC100! 0,78!Betão!com!100%!de!substituição!de!loiça!sanitária! SWC100! 0,86!

De!modo!a!compreender!a!viabilidade!do!uso!destes!agregados,!os!autores!produziram!amostras!adicionais!de!

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Page 45: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 27!!

ObservaMse!que!apesar!da!elevada!baridade!dos!agregados!reciclados!relativamente!aos!agregados!naturais!(Tabela! 2.13),! a! massa! volúmica! em! estado! fresco! diminui! à! medida! que! aumenta! a! substituição! dos!agregados!naturais.!Segundo!os!autores,!este!facto!deveMse!à!maior!quantidade!de!água!que!as!composições!apresentam.!!!

2.5.2.5. Retenção!de!água!!

Neno!et!al.!(2014)!referem!que,!de!acordo!com!Resende!(2001),!o!aumento!da!retenção!de!água!com!a!inclusão!de!resíduos!de!betão!pode!ser!um!factor!bastante!positivo,!na!medida!em!que,!quanto!mais!água!a!argamassa!retiver,! mais! provável! será! a! hidratação! do! cimento! presente! na!mistura,! promovendo! um! endurecimento!adequado!da!argamassa!e,!consequentemente,!um!ganho!de!resistência!mecânica!e!de!aderência.!!

As! argamassas! produzidas! por! Silva! et! al.! (2010)! e! Neno! et! al.! (2014)! evidenciam! que! a! inclusão! de! RCD’s!melhoram!a!retenção!de!água!das!argamassas!(Figura!2.9),!sendo!esta!melhoria!mais!significativa!no!segundo.!

!

Figura!2.9!I!Retenção!de!água,!aos!28!dias,!de!Silva!et!al.!(2010),!com!resíduos!de!barro!vermelho!e!Neno!et!al.!(2014),!com!resíduos!de!betão!

Martínez!et!al.! (2013)!avaliaram!a! retenção!de!água!nas!argamassas!produzidas!de!acordo! com!a!norma!cubana!NC!175:2002,!que!recomenda!um!valor!mínimo!de!retenção!de!90%.!Pela!Tabela!2.22,!verificaMse!que! as! argamassas! com! agregados! reciclados! (resíduos! cerâmicos,! de! alvenaria! e! de! betão)! respeitam! o!valor!mínimo!mencionado!pela!norma!NC!175:2002.!De!acordo!com!os!autores,!os!resultados!deste!ensaio!não! divergem! substancialmente! quando! se! altera! o! tipo! de! agregados! ou! de! fíler.!Martínez! et!al.! (2013)!referem!ainda!que!a!grande!quantidade!de!material!muito!fino!presente!nos!agregados!reciclados!favoreceu!a!retenção!de!água!na!argamassa.!Relativamente!às!argamassas!com!agregados!naturais,!as!que!continham!cal!hidratada!(LH)!foram!as!únicas!que!obtiveram!um!valor!superior!a!90%,!o!que!os!autores!justificam!pelo!facto!de!a!mesma!ter!maior!quantidade!de!material!abaixo!dos!0,075!milímetros!relativamente!aos!outros!tipos!de!fíler!utilizados.!

Tabela!2.22!I!Valores!obtidos!no!ensaio!de!retenção!de!água!!(Martínez!et!al.,!2013)!

Argamassas!com!agregados!naturais! Argamassas!com!agregados!reciclados!Argamassa! Retenção!de!água![%]! Argamassa! Retenção!de!água![%]!

CM1MLH! 91,7! RM1MHC! 92,2!CM2MLH! 92,3! RM2MHC! 90,8!CM3MLH! 91,3! RM3MHC! 91,1!CM1MLF! 87,2! RM1MLF! 90,6!CM2MLF! 87,7! RM2MLF! 90,4!CM3MLF! 89,3! RM3MLF! 90,1!CM1MWS! 88,2! RM1MWS! 91,5!CM2MWS! 87,4! RM2MWS! 91,1!CM3MWS! 88,5! RM3MWS! 91,8!

72,24!78,39!

63,81!

89,26!

0!

20!

40!

60!

80!

100!

Retenção!de!água!

![%]!

Silva!et#al.#(2010)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Neno!et#al.#(2014)!

Argamassa!0%!

Argamassa!50%!

Argamassa!0%!

Argamassa!20%!

Page 46: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!28!

Também!Penacho!et!al.! (2014)!verificaram!um!aumento!da! retenção!de!água!com!a! inclusão!de!agregados!finos!de!vidro,!facto!que!os!autores!justificaram!pelo!aumento!da!superfície!específica!dos!resíduos!de!vidros!face!à!da!areia.!

2.5.2.6. Teor!de!ar!incorporado!!

Penacho! et! al.! (2014)! avaliaram! o! teor! de! ar! incorporado! em! argamassa! com! resíduos! finos! de! vidro!segundo!a!norma!EN!1015M7!(1998),!sendo!os!resultados!apresentados!na!Figura!2.10.!!

!

Figura!2.10!I!Teor!de!ar!incorporado!(Penacho!et!al.,!2014)!

Por! análise! dos! resultados,! as! argamassas! com! incorporação! de! agregados! finos! de! vidro! apresentam!maiores! teores! de! ar! incorporado! relativamente! à! argamassa! de! referência,! sendo! que! tal! propriedade!aumenta!com!a!substituição!da!areia!por!resíduos!finos.!Os!autores!referem!que!estes!resultados!estão!em!concordância! com! a! diminuição! das! massas! volúmicas! nos! estados! fresco! e! endurecido.! Penacho! et! al.!(2014)!justificaram!esta!tendência!pelo!facto!de!os!resíduos!finos!de!vidro!(britados)!apresentarem!maior!angulosidade,! comparativamente!à!areia!utilizada! (rolada),!e!quanto!maior!a!angulosidade!das!partículas!menor! é! a! sua! esfericidade.! Deste!modo,!menor! será! a! compacidade,! resultando! em!maiores! volumes! /!índice!de!vazios!e,!portanto,!em!maiores!teores!de!ar!incorporado.!

2.5.2.7. Massa!volúmica!aparente!em!estado!endurecido!

Silva! et!al.! (2010),!Neno! et!al.! (2014)! e! Penacho! et!al.! (2014)! obtiveram!nas! suas! campanhas! experimentais!valores!de!massa!volúmica!no!estado!endurecido.!

!

Figura!2.11!I!Massa!volúmica!no!estado!endurecido,!aos!28!dias,!de!argamassas!com!incorporação!de!resíduo!de!tijolo,!de!Silva!et!al.!(2010),!de!resíduos!de!betão,!de!Neno!et!al.!(2014),!e!resíduos!de!vidro,!de!Penacho!et!al.!(2014)!

!

8,2!9,5!

10,4!

12,6!

0!

2!

4!

6!

8!

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12!

14!

0! 20! 50! 100!

Teor!de!ar!incorporado!

![%]!

[%!de!incorporação!de!resíduos]!

1847!

1726!

1808!

1746!

1747!

1766!

1693!

1680!

1745!

1530!

1570!

1604!

0!250!500!750!1000!1250!1500!1750!2000!

!Massa!volúmica!em

!estado!endurecido!

![kg/m

3]!

Silva!et!al.(2010)! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!Neno!et#al.#(2014)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Penacho!et#al.!(2014)!

Argamassa!0%!

Argamassa!20%!

Argamassa!50%!

Argamassa!100%!

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!

!30!

2.5.2.8. Módulo!de!elasticidade!dinâmico!!

Os! resultados! de! Silva! et! al.! (2010)! e! Neno! et! al.! (2014)! relativos! ao! módulo! de! elasticidade! dinâmico!encontramMse!representados!na!Figura!2.14,!sendo!realizados!de!acordo!com!a!norma!NF!B10M511!(1975).!

Na! campanha! de! Silva! et! al.! (2010),! a! argamassa! de! referência! apresentou! um! módulo! de! elasticidade!substancialmente!superior!face!à!argamassa!contendo!resíduos,!na!ordem!de!40%.!De!acordo!com!Silva!et!al.!(2010),!estes!valores!são!expectáveis,!tendo!em!conta!as!conclusões!do!estudo!de!Mellman!(1999),!que!refere!que!o!módulo!de!elasticidade!tende!a!ser!inferior!com!a!inclusão!de!agregados!reciclados,!comparativamente!com!os!naturais.!

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Figura!2.14!I!Módulo!de!elasticidade!dinâmico,!de!Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014).!

Por!outro!lado,!Neno!et!al.!(2014)!verificaram!um!aumento!do!módulo!de!elasticidade!dinâmico!com!a!inclusão!de!agregados!de!resíduos!de!betão,!que!se!deve!à!sua!maior!massa!volúmica!(maior!densidade!e!menos!vazios),!devida!ao!efeito!de! fíler,! já!referido,!associado!a!esta!percentagem!de!substituição!(20%).!Os!autores!referem!ainda!que!os!valores!obtidos!estão!em!conformidade!com!os!obtidos!nas!resistências!à!flexão!e!à!compressão.!!

Penacho!et!al.!(2014)!determinaram!o!módulo!de!elasticidade!em!argamassas!contendo!resíduos!de!vidro!(Figura!2.15)!e!verificaram!que!existe!um!aumento!até!uma!percentagem!de!substituição!de!50%!de!areia!por!resíduos,!tendência!verificada!em!ambas!as!idades,!28!e!90!dias.!Estes!resultados!podem!ser!explicados!pelo! facto!de!os! agregados!de! vidro! apresentarem!um!módulo!de! elasticidade! superior! relativamente! ao!agregado!natural.!Por!outro! lado,!a!redução!do!módulo!de!elasticidade!para!argamassas!contendo!apenas!resíduos! de! vidro! está! associada! à! pior! ligação! pasta! /! agregado,! dada! a! menor! porosidade! destes!agregados!face!à!areia.!!

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Figura!2.15!I!Módulo!de!elasticidade!dinâmico,!aos!28!e!90!dias!de!idade!!(Penacho!et!al.,!2014)!

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2!meses! 5!meses! 28!dias!

Módulo!de!elastecidade!

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8!

10!

12!

28!dias! 90!dias!

Módulo!de!elastecidade!

dinâm

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Argamassa!20%!

Argamassa!50%!

Argamassa!100%!

Page 49: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 57: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 39!!

com!agregados!RM2! foram!as!que!conduziram!a!valores!mais!elevados!de!absorção!de!água.! Segundo!os!autores,!estes!dados!estão!de!acordo!com!o!aumento!da!água!de!amassadura,!uma!vez!que!as!argamassas!com!agregados!reciclados!necessitam!de!uma!maior!quantidade!de!água!para!adquirirem!a!trabalhabilidade!pretendida,!o!que!leva!à!criação!de!poros!livres!após!a!evaporação!de!água!que!não!foi!necessária!para!as!reacções! de! hidratação! do! cimento.! A! existência! de! mais! poros! capilares! conduz! a! um! aumento! da!capacidade!de!absorção!de!água.!

2.5.2.12. Secagem!!

Penacho!et!al.!(2014)!avaliaram!a!influência!dos!resíduos!de!vidro!na!rapidez!de!secagem!das!argamassas.!A!metodologia!usada!pelos!autores!não!se!encontra!normalizada,!sendo!que!o!ensaio!teve!início!logo!após!ter!finalizado! o! ensaio! de! absorção! de! água! por! capilaridade! (Figura! 2.31).! Os! autores! referem!que! a!maior!capacidade!de!absorção!de!água!por!capilaridade!está!ligada!a!uma!maior!capacidade!de!secagem.!

!

Figura!2.31!I!Água!evaporada!por!unidade!de!área!(Penacho!et!al.,!2014)!

2.5.2.13. Permeabilidade!ao!vapor!de!água!!

Neno!et!al.!(2014)!e!Silva!et!al.!(2010)!realizaram!o!ensaio!de!permeabilidade!ao!vapor!de!água!de!acordo!com!a!norma! EN! 1015M19! (1998).! As! Tabelas! 2.23! e! 2.24! mostram! que! em! ambas! as! campanhas! experimentais! a!argamassa!com!incorporação!de!material!reciclado!obteve!melhores!valores!de!permeabilidade!face!à!argamassa!de! referência,! sendo! essa! melhoria! mais! significativa! na! campanha! de! Silva! et! al.! (2010).! Este! aumento! da!permeabilidade!é!bastante!positivo!pois!conduz!a!uma!melhor!secagem!do!suporte!e!do!próprio!revestimento.!!

Tabela!2.23!I!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!!(Silva!et!al.,!2010)!

Argamassa!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!

Permeabilidade![ng/(m.s.Pa)]!

Espessura!da!camada!de!ar!de!difusão!equivalente![m]!

0%! 2,87! 0,16!50%! 7,18! 0,10!

Tabela!2.24!I!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!!(Neno!et!al.,!2014)!

Argamassa!Permeabilidade!ao!vapor!de!água!

Permeabilidade![ng/(m.s.Pa)]!

Espessura!da!camada!de!ar!de!difusão!equivalente![m]!

0%! 23,9! 0,15!20%! 25,2! 0,15!

Neno! et! al.! (2014)! justificaram! este! aumento! da! permeabilidade! para! a! argamassa! contendo! resíduos! de!betão,! com!o! facto! de! estes! serem! compostos! por! partículas!mais! porosas! e! com!maior! absorção! de! água,!

0,0124! 0,0127! 0,0134! 0,0142!

0,00!0,00!0,00!0,01!0,01!0,01!0,01!0,01!0,02!

Água!evaporada!por!

unidade!de!área!

![g/mm

2]!

Tipos!de!argamassas!!

Argamassa!0%!Argamassa!20%!Argamassa!50%!Argamassa!100%!

Page 58: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!40!

permitindo!assim!maior!permeabilidade!ao!vapor!de!água.!Segundo!os!autores,!a!diferença!pouco!significativa!dos!valores!das!duas!argamassas!deveMse!ao!efeito!de!fíler!sentido!na!argamassa!com!resíduos,!dificultando!a!permeabilidade!ao!vapor!de!água.!

2.5.2.14. Permeabilidade!à!água!sob!pressão!

Silva!et!al.!(2010)!realizaram!o!ensaio!de!permeabilidade!à!água!sob!pressão!depois!de!expor!as!argamassas!a!ciclos! de! envelhecimento! artificial! acelerados,! de! acordo! com! a! norma! 1015M21! (2002),! sendo! os! resultados!expostos!na!Tabela!2.25.!A!argamassa!com!resíduos!apresentou!um!melhor!comportamento!neste!ensaio,!após!envelhecimento!acelerado,!tendo!em!conta!que!absorveu!menos!água!relativamente!à!argamassa!de!referência.!!!

Tabela!2.25!I!Permeabilidade!à!água!sob!pressão!!(Silva!et!al.,!2010)!

Argamassa!Água!absorvida![ml]!

Após!envelhecimento!artificial!acelerado!

0%! 620!50%! 580!

Penacho! et!al.! (2014)! avaliaram!o! comportamento! de! argamassas! com! incorporação! de! resíduos! de! vidro! no!ensaio!de!permeabilidade!à!água!sob!pressão,!antes!e!depois!de!os!provetes!serem!sujeitos!a!um!envelhecimento!artificial!acelerado!(E.A.),!isto!é,!a!ciclos!de!geloMdegelo!e!calorMgelo,!de!acordo!com!a!norma!1015M21!(2002).!

Os!resultados!da!Figura!2.32!evidenciaram!um!aumento!da!permeabilidade!com!o!aumento!da!substituição!da!areia!por!resíduos!de!vidro.!No!entanto,!a!argamassa!com!50%!de!agregados!finos!de!vidro!teve!uma!maior!absorção!e,!segundo!os!autores,!tal!foi!devido!à!elevada!microfissuração!interna!apresentada.!Penacho!et!al.!(2014)!constataram!que!esta!microfissuração!se!devia!ao!elevado!módulo!de!elasticidade!desta!composição,!relativamente!às!restantes.!

!

Figura!2.32!I!Permeabilidade!à!água!sob!pressão,!após!48!horas,!antes!e!após!envelhecimento!artificial!acelerado!!(Penacho!et!al.,!2014)!

Após!envelhecimento!artificial!acelerado,!os!valores!diminuíram!dada!a!saturação!dos!provetes!resultante!dos!ciclos!geloMdegelo.!Embora! tenham!sido!expostos!a!condições!normalizadas!durante!96!horas!após!o!ensaio,!encontravamMse!mais!saturados!do!que!antes!de!serem!sujeitos!aos!ciclos!de!envelhecimento!artificial.!

Por!outro!lado,!ocorre!um!pico!para!a!argamassa!com!100%!de!substituição!de!areia!por!resíduos!de!vidro,!o!que! é! explicado!por! Penacho!et!al.! (2014),! que! referem!que! eventualmente! existe! uma!pior! ligação! pasta! /!agregado,! o! que! conduziu! ao! desenvolvimento! de! microfissuração! durante! o! envelhecimento! artificial!acelerado.!

140,0! 147,5!

200,0!

152,5!

95,0!

135,0!162,5!

192,5!

0,0!

50,0!

100,0!

150,0!

200,0!

250,0!

0! 20! 50! 100!

Água!absorvida!

![ml]!

[%]!de!incorporação!de!resíduos!

Antes!do!E.A.!Após!o!E.A.!

Page 59: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 41!!

2.5.2.15. Susceptibilidade!à!fendilhação!

Nos! estudos! de! Silva! et! al.! (2010),! Neno! et! al.! (2014)! e! Penacho! et! al.! (2014),! nenhuma! das! argamassas!apresentou!qualquer! indício!de! fissuração,!após!5,!7!e!8!meses!de!observação,! respectivamente.!Deste!modo,!segundo!os!autores,!a!inclusão!destes!tipos!de!agregados!reciclados!não!piora!o!comportamento!das!argamassas!de!revestimento!face!nesta!propriedade.!!

2.5.2.16. Variação!dimensional!

Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014)!seguiram!a!metodologia!exposta!no!Projecto!de!norma!europeia!prEN!1015M13,!para!a!avaliação!da!variação!dimensional!das!argamassas!produzidas.!!

Silva! et!al.! (2010)! verificaram! que! as! argamassas! contendo! resíduos! de! tijolo! retraem! substancialmente!mais!do!que!a!argamassa!sem!qualquer!incorporação!de!material!reciclado,!com!diferenças!na!ordem!de!33!e!43%,!face!à!argamassa!de!referência!(valores!aos!80!dias).!!

De!acordo!com!a!campanha!experimental!de!Neno!et!al.!(2014),!a!argamassa!de!referência!obteve!valores!de!variação!dimensional!inferiores!à!argamassa!com!20%!de!RCD!e,!segundo!os!autores,!tal!deveMse!ao!facto!de!os! resíduos! de! betão! serem! compostos! por! partículas!muito!mais! absorventes! e! porosas! do! que! a! areia,!fazendo!com!que!a!argamassa!tenha!mais!tendência!a!retrair,!mesmo!podendo!existir!algum!efeito!de!fíler.!

Neno!et!al.!(2014)!referem!ainda!que!a!argamassa!com!20%!de!RCD!tem!maior!quantidade!de!cimento!na!sua!constituição!(pelo!que!a!argamassa!com!resíduos!de!betão!possui!maior!quantidade!de!pasta!cimentícia!na!sua!composição)! que,! associada! à! existência! de! uma!maior! quantidade! de! finos! na!mistura,! leva! ao! aumento! da!retracção.!!

A! campanha! experimental! de! Penacho! et! al.! (2014)! mostraram! que! as! argamassas! contendo! uma! taxa! de!incorporação!de!resíduos! finos!de!vidro!até!50%!apresentavam!valores!de!retração!semelhantes,! sendo!que!a!argamassa!com!100%!de!RCD!apresentava!valores!mais!elevados.!Os!autores!relacionaram!estes!dados!com!os!obtidos!no!módulo!de!elasticidade!dinâmico,!uma!vez!que!a!um!menor!módulo!de!elasticidade!está!associada!uma!maior! deformabilidade! e! assim! uma! menor! restrição! à! variação! dimensional.! Tal! está! de! acordo! com! os!resultados! obtidos! por! Penacho! et! al.! (2014)! visto! que! a! argamassa! com! 50%! de! substituição! apresenta! um!máximo!valor!de!módulo!de!elasticidade!e!é!a!argamassa!com!menor!retração,!sendo!que!a!argamassa!de!100%!apresenta!um!comportamento!contrário.!

Martínez!et!al.! (2013)! avaliaram!a! retracção!de! argamassa! com! incorporação!de! três! tipos!de! agregados!provenientes!de!RCD!(cerâmicos,!alvenaria!e!betão),!de!acordo!com!a!norma!ASTM!C490/C490MM11.!

A! variação!dimensional! foi!maior!nas! argamassas! com!agregados! reciclados!do!que!nas! argamassas! com!agregados!naturais.!As!argamassas!com! incorporação!de!agregados!RA2!(resíduos!de!argamassa!e! tijolos!cerâmicos)! sofreram!maior! retracção!dada!a!maior!absorção!de!água!dos!agregados!e!devido!às!maiores!exigências! de! água! no! estado! fresco.! A! argamassa! RM2MLH! apresentou! maior! retracção! e,! segundo! os!autores,! tal! deveMse! à! maior! capacidade! de! absorção! de! água! dos! agregados! assim! como! do! material!utilizado!como!fíler!(cal!hidratada).!

2.5.2.17. Aderência!ao!suporte!

Silva!et!al.!(2010)!e!Neno!et!al.!(2014)!realizaram!o!ensaio!de!aderência!ao!suporte!de!acordo!com!a!norma!europeia!EN!1015M12!(1999),!sendo!que!Silva!et!al.!(2010)!realizaram!também!este!ensaio!após!submeter!os!

Page 60: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!42!

provetes! a! ciclos! de! envelhecimento! artificial! acelerado,! com! base! na! norma! EN! 1015M21! (2002).! Este!procedimento!pretende!simular!ciclos!climáticos,!avaliando!posteriormente!os!efeitos!nas!argamassas.!!

Os!resultados!obtidos!por!Silva!et!al.!(2010)!evidenciaram!uma!melhoria!nos!desempenhos!das!argamassas!com!substituição!de!areia!por!resíduos!de!tijolo!(Tabela!2.26).!Segundo!os!autores,!o!aumento!da!tensão!de!aderência!pode!também!ser!explicada!pela!combinação!do!efeito!pozolânico!dos!finos!cerâmicos!com!o!próprio!efeito!de!fíler!e!o!efeito!de!pregagem!entre!a!pasta!e!os!agregados,!como!referido!nos!ensaios!de!resistência!mecânica.!!

Silva! et! al.! (2010)! registaram! um! aumento! da! tensão! de! aderência! após! a! realização! do! ensaio! de!envelhecimento! artificial! acelerado.! Segundo! os! autores,! a! evolução! da! hidratação! durante! os! ciclos! de!humedecimento!e!secagem!promovem!o!crescimento!dos!cristais!de!etringite!que!se! formam!no! interior!dos!poros!do!suporte,!que!melhoram!a!ligação.!!

Tabela!2.26!I!Tensão!de!aderência!!(Silva!et!al.,!2010)!

Argamassa!Aderência!ao!suporte![MPa]!

Antes!envelhecimento!artificial!acelerado!

Após!envelhecimento!artificial!acelerado!

0%! 0,34! 0,68!50%! 0,40! 0,80!

Segundo!Neno!et!al.!(2014),!a!argamassa!com!20%!de!inclusão!de!resíduos!finos!de!betão!obteve!uma!menor!tensão!de!aderência!relativamente!à!argamassa!de!referência!(Tabela!2.27).!Contudo,!os!autores!referem!que!tal! diferença! é! pouco! significativa! e! que! os! resultados! deste! ensaio! poderão! ser! susceptíveis! de! alguma!variação,! resultante! da! própria! execução! do! ensaio! (manuseio! do! aparelho! de! arrancamento! manual)! ou!relacionados!com!a!execução!dos!provetes!ensaiados!(aplicação!manual!da!argamassa).!!

Tabela!2.27I!Tensão!de!aderência!!(Neno!et!al.!2014)!

Argamassa! Aderência!ao!suporte![MPa]!

0%! 0,33!20%! 0,27!

Penacho! et! al.! (2014)! avaliaram! para! argamassas! com! agregados! finos! de! vidro! a! tensão! de! aderência! de!acordo!com!a!norma!EN!1015M12!(2000),!antes!e!depois!de!submeter!os!provetes!ao!ensaio!de!envelhecimento!artificial!acelerado.!Os!resultados!encontramMse!na!Figura!2.33!e!é!possível!verificar!que!a!tensão!de!aderência!diminuiu!à!medida!que!a!incorporação!de!vidro!aumenta,!sendo!que!a!composição!com!50%!regista!um!valor!mínimo,! que! se! deve! ao! desenvolvimento! de!microfissuração! interna,! como! avançado! pelos! autores! para! o!ensaio!de!permeabilidade!à!água!sob!pressão.!

!

Figura!2.33!I!Tensão!de!aderência!antes!e!após!envelhecimento!artificial!acelerado!!(Penacho!et!al.,!2014)!

0,72! 0,65!0,49!

0,62!

1,08!0,89!

0,72! 0,70!

0,0!

0,2!

0,4!

0,6!

0,8!

1,0!

1,2!

0! 20! 50! 100!

Tensão!de!adereência!

![MPa]!

[%!de!incorporação!de!resíduos]!

Antes!do!E.A.!Após!o!E.A.!

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!

! 43!!

Os!resultados!após!envelhecimento!artificial!acelerado!evidenciam!um!aumento,!o!que!se!deve,!de!acordo!com! Penacho! et!al.! (2014),! a! uma!melhor! hidratação! do! cimento,! dadas! as! condições! a! que! os! provetes!foram! submetidos.! VerificaMse! também! que! este! aumento! é! inversamente! proporcional! à! taxa! de!substituição!dada!a!maior!propensão!ao!desenvolvimento!de!fissuração.!!!

Martínez!et!al.!(2013)!realizaram!o!ensaio!de!aderência!ao!suporte!de!acordo!com!a!norma!NC!172:!200,!aos!

28!dias!de!idade,!em!que!o!suporte!utilizado!para!aplicação!das!argamassas!foi!blocos!de!betão��

!

Figura!2.34!I!Valores!de!aderência!ao!suporte!das!argamassas!da!campanha!de!Martínez!et!al.!(2013).!

Os!resultados!deste!ensaio!seguiram!a!tendência!dos!ensaios!de!resistências!mecânicas!em!que!as!argamassas!com! agregados! naturais! NA2! e! NA3! demonstraram! melhores! desempenhos! do! que! as! argamassas! com!agregados! reciclados! (Figura! 2.34).! Embora! as! argamassas! com! reciclados! tenham! apresentado! resultados!inferiores,! segundo! Martínez! et! al.! (2013),! os! valores! são! aceitáveis.! Os! autores! adiantam! ainda! que! não!obtiveram! uma! boa! correlação! entre! os! resultados! obtidos! neste! ensaio! com! a! razão! água! /! cimento! das!argamassas!estudadas.

2.6. Conclusões!do!estado!da!arte!

De!acordo!com!as!referências!bibliográficas!apresentadas,!neste!ponto!são!referidas!as!principais!alterações!de! comportamento,! no! que! diz! respeito! a! incorporação! de! resíduos! como! agregados! em! argamassas! de!cimento.!Com!base!nos!estudos!analisados,!verificaMse!que,!em!geral,!para!substituições!superiores!a!50%,!o!desempenho!das!argamassas!é!insatisfatório,!para!os!vários!tipos!de!resíduos!avaliados!(resíduos!de!tijolo!de!barro!vermelho,!de!cerâmica!branca,!de!betão!e!de!vidro).!

Uma!das!propriedades!que!mostrou!ser!transversal!em!todas!as!campanhas!é!a!trabalhabilidade,!uma!vez!que,!com!a! incorporação!de!RCD,!as!argamassas!necessitam!de!maior!quantidade!de!água!de!amassadura!para! atingir! a! trabalhabilidade! quando! comparadas! com! as! argamassas! convencionais! devido! à! maior!porosidade! dos! resíduos.! Contudo,! existem! outras! características! que! não! apresentaram! uma! tendência!definida,!tais!como!as!resistências!mecânicas,!o!módulo!de!elasticidade!dinâmico!e!o!comportamento!face!à!água.! Ainda! assim,! a! baridade! dos! agregados! e! a! massa! volúmica! em! estado! fresco! e! endurecido!evidenciaram!comportamentos!semelhantes!em!todos!os!estudos!avaliados.!!

O! levantamento! bibliográfico! efectuado! revelou! ser! escassa! a! informação! relativa! à! incorporação! de!resíduos!cerâmicos!de! loiça! sanitária!em!argamassas!cimentícias.!O!desenvolvimento!do!presente!estudo!pretende! contribuir! para! o! desenvolvimento! deste! tema,! investigando! as! potencialidades! deste! tipo! de!

argamassas,!com!base!nos!requisitos!funcionais!referidos.!

0,37! 0,45!

0,51!

0,40!

0,32!

0,28!

0,30!

0,36!

0,40!

0,36!

0,29!

0,26!0,37!

0,41!

0,47!

0,41!

0,30!

0,33!

0,00!

0,10!

0,20!

0,30!

0,40!

0,50!

0,60!

CM1! CM2! CM3! RM1! RM2! RM3!

Aderência!ao!suporte!!!

[MPa]!

Tipos!de!agregados!

LH!LF!WS!

Page 62: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!44!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Page 63: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 45!!

3. Campanha!experimental!

3.1. Introdução!

A! presente! dissertação! tem! como! objectivo! avaliar! o! desempenho! de! argamassas! cimentícias! com!incorporação! de! resíduos! finos! provenientes! da! trituração! de! loiça! sanitária.! PretendeMse! analisar! a!influência!da!substituição!de!areia!por!este!tipo!agregado!reciclado!em!argamassas!de!revestimento.!

Neste!capítulo,!são!descritos!todos!os!ensaios!realizados!no!decorrer!da!campanha!experimental,!quer!para!os!materiais!constituintes!quer!para!as!argamassas!em!estado!fresco!e!endurecido!Os!ensaios!realizados!são!de!três! tipos:! ensaios! de! identificação,! ensaios! de! caracterização! e! ensaios! de! comportamento.! Os! primeiros!dizem! respeitos! aos! constituintes! das! argamassas,! ou! seja,! são! realizados! a! materiais! específicos! (areia,!cimento,!agregados!de!loiça!sanitária).!Na!segunda!e!na!terceira!fase!são!realizados!ensaios!às!argamassas!no!estado!fresco!e!endurecido.!

3.2. Planificação!da!campanha!experimental!!

A!campanha!experimental!foi!dividida!em!diversas!fases!sequenciais!que!são!descritas!seguidamente.!

3.2.1. Ensaios!aos!constituintes!

Numa!fase!inicial,!preparouMse!o!material!necessário!à!produção!das!argamassas!a!ensaiar,!nomeadamente!os!agregados!reciclados!de!loiça!sanitária!e!a!areia.!

O!material! que! resultou! nos! agregados! reciclados! foi! obtido! através! de! um! estudo! anterior! realizado! no!Instituto!Superior!Técnico,!no!domínio!dos!betões!(estudo!de!Alves,!2013!e!Vieira,!2013).!Como!o!agregado!reciclado! não! estava! dentro! das! dimensões! necessárias! para! aplicação! em! argamassas,! foi! necessária! a!redução!granulometria!do!mesmo,!tanto!para!o!estudo!do!presente!vector!III,!como!para!os!vectores!I!e!II!(efeito!de!fíler!e!pozolânico),!desenvolvido!em!paralelo!por!Farinha!(2015).!

Este!processo!foi!realizado!no!Laboratório!de!Minas!do!Departamento!de!Engenharia!Civil,!Arquitectura!e!Georrecursos! do! Instituto! Superior! Técnico,! que! dispunha! do! equipamento! que! permitiu! a! redução! do!material,!a!britadeira!de!maxilas!e!o!moinho!de!rolos.!

Depois!de!terminado!este!processo,!foram!realizados!os!ensaios!de!identificação!dos!materiais!a!utilizar!na!campanha!experimental,!nomeadamente!a!análise!granulométrica!dos!agregados!naturais!e!dos!agregados!reciclados!de! loiça! sanitária,! bem! como!a! baridade!dos!mesmos,! inclusive!do! cimento! (Tabela! 3.1)!Estes!ensaios!foram!realizados!no!Laboratório!de!Construção!do!Instituto!Superior!Técnico.!

Tabela!3.1!M!Ensaios!aos!constituintes!

Ensaio! Tipo!de!ensaio! Tipo!de!material! Norma!Análise!granulométrica! Identificação! Areia!e!finos!de!loiça! EN!1015M1!(1998)!

Baridade! Identificação! Cimento;!areia;!finos!de!loiça! Cahier!2669M4!(1993)!

3.2.2. Primeira!fase!da!campanha!experimental!

Corresponde!à! realização!de!uma!série!de!ensaios!específicos!às!argamassas,!variando!a!percentagem!de!substituição! de! areia! natural! por! resíduos! de! loiça! sanitária,! de! forma! a! avaliar! o! desempenho! destas!argamassas! como! revestimentos!de!paredes.! É!nesta! fase!que! se!pretende! seleccionar!as! argamassa! com!melhores!resultados!para!ensaios!mais!aprofundados!numa!fase!posterior.!A!Tabela!3.2!indica!os!ensaios!a!

Page 64: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!46!

realizar! nesta! fase,! o! seu! tipo,! o!material! a! que! se! destinam! (agregados,! cimento,! argamassa! em! estado!fresco!ou!endurecido),!bem!como!a!norma!utilizada.!

Tabela!3.2!M!Ensaios!a!realizar!na!1ª!fase!da!campanha!experimental!

Fase! Ensaio! Tipo!de!ensaio! Tipo! Norma!

1ª!

Consistência!por!espalhamento! Caracterização! Argamassa!em!pasta! EN!1015M3!(1999)!

Massa!volúmica! Caracterização! Argamassa!em!pasta! EN!1015M6!(1998)!

Massa!volúmica!aparente! Caracterização! Argamassa!em!estado!endurecido! EN!1015M9!(1999)!

Módulo!de!elasticidade!dinâmico! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! NF!B10M511F!(1975)!

Resistência!à!flexão!e!à!compressão! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! EN!1015M11!(1999)!

Absorção!de!água!por!capilaridade! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! EN!1015M18!(2002)!

Secagem! Comportamento! Argamassa!em!estado!endurecido! Não!normalizado!

Porosidade!aberta! Comportamento! Argamassa!em!estado!endurecido! Não!normalizado!

3.2.3. Segunda!fase!da!campanha!experimental!

Nesta! fase! realizaramMse! testes!mais! detalhados! às! argamassas! seleccionadas! na! fase! anterior.! Esta! fase!pretende! obter! uma! caracterização!mais! aprofundada! da! argamassa! que! obteve!melhores! resultados! na!fase!anterior.!Na!Tabela!3.3!estão!indicados!quais!os!ensaios!a!realizar!nesta!fase.!

Tabela!3.3!M!Ensaios!a!realizar!na!2ª!fase!da!campanha!experimental!

Fase! Ensaio! Tipo!de!Ensaio! Tipo! Norma!

!2ª!

Retenção!de!água! Comportamento! Argamassa!em!pasta! prEN!1015M8!(1999)!

Teor!de!ar!incorporado! Comportamento! Argamassa!em!pasta! EN!1015M7!(1998)!Variação!dimensional!

(retracção)! Comportamento! Argamassa!em!estado!endurecido!

Cahier!2669M4!(1993)!

Avaliação!das!características!mecânicas!por!ultraMsons! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! Fe!Pa!43!(2010)!

Aderência!ao!suporte! Comportamento! Argamassa!em!estado!endurecido! EN!1015M12!(2000)!

Permeabilidade!ao!vapor!de!água! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! EN!1015M19!(1998)!

Permeabilidade!à!água!sob!pressão! Comportamento! Argamassa!em!estado!

endurecido! EN!1015M21!(2002)!

Envelhecimento!artificial!acelerado!(permeabilidade!à!água!sob!pressão,!aderência!ao!suporte!e!ultraMsons)!

Comportamento! Argamassa!em!estado!endurecido!

prEN!1015M21!(2002)!

3.3. Constituintes!das!argamassas!3.3.1. Cimento!

Nesta!campanha!experimental,!o!ligante!utilizado!foi!o!CEM!II/BML!32,5!N,!por!ser!um!dos!mais!utilizadas!na!produção!de!argamassas!em!Portugal.!Segundo!a!norma!NP!EN!197M1,!designaMse!por!cimento!Portland!de!calcário,!cuja!composição!é!a!apresentada!na!Tabela!3.4.!

Tabela!3.4!M!Composição!do!cimento!CEM!II/BML,!percentagem!em!massa,!de!acordo!com!a!NP!EN!197M1!

Principais!constituintes! Constituintes!adicionais!minoritários!

Clínquer!(K)! Calcário!(L)! 0M5%!65M79%! 21M35%!

Page 65: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 47!!

Para!um!CEM!II/!BML,!com!classe!de!resistência!32,5!N,!os!requisitos!mecânicos!de!acordo!com!a!NP!EN!196M1!estão!especificados!na!Tabela!3.5,!bem!como!as!características!físicas!segundo!a!norma!NP!EN!196M21.!Na!Tabela!3.6,!estão!apresentados!os!requisitos!químicos,!para!um!CEM!II/BML,!segundo!a!NP!EN!196M2!e!196M21.!As!percentagens!apresentadas!são!relativas!à!massa!de!cimento.!

Tabela!3.5!M!Características!mecânicas!do!cimento!CEM!II/BML!

Resistência!à!compressão!Tempo!de!início!de!

presa![min]!Expansibilidade!

[mm]!Resistência!aos!primeiros!dias![MPa]!

Resistência!de!referência![MPa]!

2!dias! 7!dias! 28!dias! ≥!72! ≤!10!M! ≥!16! ≥!32,5!e!≤!52,5!

Tabela!3.6!M!Composição!química!de!CEM!II/BML!

Teor!de!sulfatos!(SO3)! Teor!de!cloretos!≤!3,5%! ≤!0,10%!

3.3.2. Água!

A!água!utilizada!na!formulação!das!argamassas!foi!a!da!rede!pública!da!cidade!de!Lisboa.!A!quantidade!foi!ajustada!através!do!ensaio!de!consistência!de!espalhamento,!tendo!em!conta!o!nível!de!trabalhabilidade!pretendido.!

3.3.3. Areia!

A! areia! utilizada! na! campanha! experimental! foi! calibrada.! A! curva! granulométrica! da! areia! resultou! numa!mistura!de! areias! lavadas! e! calibradas! (APAS!20,!APAS!12,!APB!40,!APB!60! e! FPS!120),! com!dimensão!das!partículas!inferiores!a!2,4!milímetros.!A!escolha!deste!tipo!de!areia!passou!pelo!facto!de!se!pretender!estudar!o!efeito! da! substituição! da! areia! por! agregados! de! loiça! sanitária,! sendo! a! substituição! feita! por! fracções!granulométricas.! Deste! modo,! a! utilização! deste! tipo! de! areia! permitirá! uma! reprodução! das! argamassas!usadas.!!Por!outro!lado,!o!facto!de!ser!areia!calibrada!e!lavada!limita!a!quantidade!de!impurezas!presentes.!!

3.3.4. RCD!I!Resíduos!de!loiça!sanitária!

O! agregado! reciclado! é! proveniente! da! trituração! de! peças! de! loiça! sanitária! que! são! rejeitadas! no! final! do!processo!de! fabrico!por!apresentarem!defeitos! estéticos.!O!material! foi! fornecido!pela!empresa!Roca,!Lda!no!âmbito!de!um!estudo!anterior!que!avaliou!a!introdução!destes!resíduos!como!agregados!finos!em!betões!(Alves!et!al.,!2014).!Foi!necessária!a!trituração!e!britagem!do!material!pois!este!não!se!encontrava!na!granulometria!adequada! para! a! sua! aplicação! neste! estudo.! Findo! este! processo,! foi! feita! uma! separação! por! fracções!granulométricas.!

3.3.4.1. Preparação!dos!resíduos!para!aplicação!na!campanha!experimental!

Como! mencionado,! foi! necessária! uma! redução! granulométrica,! tanto! para! o! estudo! deste! vector! III!(reciclagem)!como!para!os!vectores! I! e! II! (efeito!de! fíler!e!pozolânico),! a! cargo!da!aluna!Catarina!Brazão!Farinha.! Este! processo! foi! realizado! no! Laboratório! de! Minas! do! Departamento! de! Engenharia! Civil,!Arquitectura! e! Georrecursos! do! Instituto! Superior! Técnico,! onde! se! encontrava! o! equipamento! que!permitiu!a!redução!do!material,!a!britadeira!de!maxilas!e!o!moinho!de!rolos!(Figura!3.1!e!3.2).!

As!dimensões!pretendidas!estão!compreendidas!entre!2,38!e!0,149!mm!e,!para!tal,!efectuaramMse!ciclos!de!britagem,! simulando! um! ciclo! fechado,! até! atingir! as! dimensões! pretendidas.! Primeiramente,! a! loiça!sanitária!teve!de!ser!introduzida!na!britadeira!de!maxilas!devido!às!suas!maiores!dimensões!(Figura!3.3).!

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!

!48!

!

Figura!3.1!I!Britadeira!de!maxilas!

!

Figura!3.2!I!Moinho!de!rolos!

Depois! de! colocada! na! britadeira! de! maxilas,! procedeuMse! à! sua! passagem! no! moinho! de! rolos,! com! a!abertura! dos! mesmos! de! acordo! com! as! dimensões! da! loiça! sanitária.! Depois! deste! ciclo! completo,!peneirouMse!o!material!com!um!crivo!de!malha!de!2!milímetros.!O!material!retido!no!peneiro!foi!novamente!colocado! no! moinho! de! rolos! (Figura! 3.4).! Após! a! obtenção! das! granulometrias! pretendidas! e! nas!quantidades!necessárias,!peneirouMse! todo!o!material!britado,!no!Laboratório!de!Construção!do! IST,!para!ficar!armazenado!nas!granulometrias!desejadas.!

!

Figura!3.3!I!Dimensões!iniciais!do!material,!antes!da!passagem!pela!britadeira!de!maxilas!

!

Figura!3.4!I!Dimensões!do!material!depois!de!alguns!ciclos!completos!

3.4. Definições!das!formulações!

Um! argamassa! corresponde! a! uma! mistura! de! agregados! finos,! ligante(s)! e! água! que,! consoante! as!diferentes! ponderações! feitas! dos! seus! constituintes,! origina! formulações! distintas.! Nesta! campanha!experimental,!a!variação!da!mistura!foi!feita!ao!nível!dos!agregados,!na!medida!em!se!pretendeu!substituir!a!areia!pelo!agregado!reciclado!de!loiça!sanitária,!em!várias!percentagens!de!substituição.!

A!nomenclatura!utilizada!na! identificação!dos!provetes! teve!em!conta!a!percentagem!de! incorporação!do!resíduo! cerâmico,! ou! seja,! a! argamassa! contendo! 20%! de! resíduos! cerâmicos! foi! identificada! como!Argamassa_20%,!tal!como!a!Tabela!3.7!sugere.!O!traço!volumétrico!utilizado!em!todas!as!argamassas!desta!campanha!experimental!foi!1:4!(cimento:!areia).

Tabela!3.7!I!Identificação!utilizada!para!as!argamassas!produzidas!

Nomenclatura! Traço! Percentagem!de!substituição!

Argamassa_0%! 1:4! 0!Argamassa_20%! 1:4! 20!Argamassa_50%! 1:4! 50!Argamassa_100%! 1:4! 100!

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!

! Xn!!

QNRNFN B,-+%+$$+$!2),%45+*+$!

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!

!50!

1015M2!(1998),!em!que!o!procedimento!segue!os!seguintes!passos:!

i. primeiramente,! é! efectuada! a! pesagem! de! todos! os! constituintes! sólidos! da! argamassa,! previamente!determinados,!que!são!colocados!na!cuba!metálica!da!misturadora;!

ii. a!quantidade!de!água!necessária!à!amassadura!é!medida!em!provetas;!iii. com! a! cuba! acoplada! à! misturadora,! colocaMse! a! mesma! em! movimento! lento! e,! nos! primeiros! 15!

segundos,!é!colocada!lentamente!toda!a!água!necessária!(Figura!3.6);!iv. passados!2!minutos!e!30!segundos,!desligaMse!o!aparelho,!retiraMse!a!cuba!e,!com!o!auxílio!de!uma!colher!

de! pedreiro,! misturaMse! a! argamassa! (Figura! 3.7).! Este! procedimento! evita! que! fique! material! por!envolver!no!fundo!da!cuba!metálica;!

v. colocaMse!novamente!a!cuba!na!misturadora!e!accionaMse!durante!mais!30!segundos!(Figura!3.8).!

!

Figura!3.6!I!Colocação!de!água!

!

Figura!3.7!I!Mistura!manual!

!

Figura!3.8!I!Amassadura!

Antes!de!se!proceder!à!moldagem!dos!provetes!ou!a!qualquer!ensaio!em!estado!fresco,!a!amassadura!deve!ser! novamente! remexida! com! uma! colher! de! pedreiro,! durante! 5! a! 10! segundos,! garantindo! a!homogeneização!da!mesma.!

3.5.2. Moldagem!de!provetes!

Para!os!vários!ensaios!realizados,!são!necessários!diferentes!tipos!de!provetes,!tal!como!a!Tabela!3.9!sugere.!

Tabela!3.9!I!Geometria!dos!provetes!para!os!diversos!ensaios.!

Ensaio! Provetes!Volume![dm3]!

Consistência!por!espalhamento! Cilindro!troncocónico! 0,500!Massa!volúmica!no!estado!fresco! Cilindro! 1,000!

Retenção!de!água! Cilindro! 0,150!Teor!de!ar!incorporado! Cilindro! 1,000!

Massa!volúmica!no!estado!endurecido,!módulo!de!elasticidade!dinâmico,!resistência!à!flexão;!variação!dimensional!(retracção)! Prisma! 0,256!

Resistência!à!compressão,!absorção!de!água!por!capilaridade;!secagem! SemiMprisma! 0,128!

Permeabilidade!ao!vapor!de!água! Disco! 0,402!Susceptibilidade!à!fendilhação,!avaliação!das!características!mecânicas!por!ultraMsons;!permeabilidade!à!água!sob!pressão;!

envelhecimento!acelerado!Tijolo! 1,200!

3.5.2.1. Prismas!

Os! moldes! utilizados! na! produção! dos! prismas! têm! dimensões! normalizadas,! 40x40x160! mm,! com! um!volume! total! de! 0,256! dm3,! possibilitando! a! produção! de! três! provetes! prismáticos! cada! um.! Para! a!moldagem!dos!provetes,!seguiuMse!o!procedimento!abaixo!descrito:!

i. com!os!moldes!desmontados,!aplicaMse!óleo!descofrante,!montandoMos!em!seguida;!

Page 69: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 51!!

ii. colocaMse,! com! o! auxílio! da! colher! de! pedreiro,! a! argamassa! nos!moldes,! em! duas! camadas! cada! uma!

compactada!com!25!pancadas,!com!um!pilão!adequado!para!o!efeito!(Figura!3.9!e!3.10);!iii. depois!de!colocadas!as!duas!camadas!de!argamassa!nos!moldes!devidamente!compactadas,!elevaMse!cada!

um!dos!quatro!cantos!do!molde!deixandoMo!cair.!Este!procedimento!tem!como!objectivo!a!expulsão!de!ar!do!interior!da!argamassa;!

iv. por!último,!a!superfície!dos!moldes!é!alisada!e!rasada!com!uma!talocha!metálica!(Figura!3.11);!v. colocaMse!o!molde!nas!condições!de!cura!que!o!ensaio!a!realizar!determina.!

!

Figura!3.9!I!Argamassa!no!molde!

!

Figura!3.10!I!Compactação!da!camada!

!

Figura!3.11!I!Alisamento!da!superfície!

3.5.2.2. !Aplicação!em!tijolo!

Os!ensaios!em!que!é!necessária!a!aplicação!da!argamassa!em!tijolo!seguem!o!seguinte!procedimento:!

i. iniciaMse!a!montagem!do!molde!colocando!duas!réguas!de!madeira!nas!duas!faces!de!maior!comprimento!do!tijolo,!fixadas!através!de!grampos!metálicos,!servindo!estas!de!cofragem!à!aplicação!da!argamassa,!tal!como!a!Figura!3.12!sugere;!

ii. em! seguida,! com! o! auxílio! de! uma! régua! graduada! e! de! um! martelo,! asseguraMse! que! as! tábuas! de!madeira!apresentam!uma!altura!de!dois!centímetros!desde!a!face!do!tijolo,!de!forma!a!garantirMse!que!a!argamassa!aplicada!terá!uma!espessura!de!dois!centímetros;!

iii. antes!da!aplicação!da!argamassa,!é!necessário!humedecer!o!suporte,!de!modo!a!que!este!não!absorva!a!água!necessária!à!hidratação!do!cimento!(Figura!3.13);!

iv. colocaMse!a!argamassa!em!pasta!em!toda!a!superfície!do!tijolo!utilizando!uma!colher!de!pedreiro.!As!tábuas!de!madeira!utilizadas!como!cofragem!garantem!dois!centímetros!de!espessura!(Figuras!3.14!e!3.15);!

v. por!fim,!procedeMse!ao!alisamento!e!sarrafamento!da!superfície!com!uma!ripa!de!madeira.!RegularizamMse!as!duas!faces!do!tijolo!onde!não!foi!utilizada!cofragem!(Figura!3.16);!

vi. passados!alguns!minutos,!retiraMse!as!tábuas!de!madeira!e!o!provete!é!armazenado!conforme!o!tipo!de!cura!definido!para!o!ensaio!(Figura!3.17).!

!

Figura!3.12!I!Montagem!do!molde,!com!os!grampos!metálicos!

!

Figura!3.13!I!Humedecimento!do!suporte!

!

Figura!3.14!I!Aplicação!da!argamassa!no!suporte!

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!

!52!

!

Figura!3.15!I!Regularização!das!extremidades!

!

Figura!3.16!I!Alisamento!da!superfície!

!

Figura!3.17!I!Provete!final!

3.6. Condições!ambientais!de!cura!!

De!acordo!com!o!ensaio!realizado!e!a!norma!que!o!documenta,!os!provetes!realizados!foram!mantidos!em!diferentes!condições!de!cura.!

Cura!tipo!A!M!ColocaMse!o!molde!num!saco!plástico!de!polietileno,!garantindoMse!uma!temperatura!de!20!±!

2!°C!e!humidade!relativa!de!95!±!5%!durante!2!dias.!ProcedeMse!à!desmoldagem!do!molde!que!é!colocado!nas!mesmas!condições!durante!mais!5!dias.!No!sétimo!dia,! retiramMse!os!provetes!do!saco!de!polietileno!

permanecendo!numa!sala!à!temperatura!de!20!±!2!°C!e!humidade!relativa!de!65!±!5%!durante!mais!21!dias.!

!Cura!tipo!B!M!Corresponde!à!colocação!do!molde!numa!sala!à!temperatura!de!23!±!2!°C!e!humidade!relativa!de!50!±!5%!durante!dois!dias.!Findo!este!período,!os!provetes!são!desmoldados!e!mantidos!nas!mesmas!condições!de!cura!durante!mais!26!dias.!

Cura!tipo!C!–!ColocaMse!o!molde!num!saco!plástico!de!polietileno,!num!ambiente!com!temperatura!de!23!±!

2! °C! e! humidade! relativa! de! 95! ±! 5%.! Passados! dois! dias,! desmoldaMse! o! molde! que! é! mantido! a! uma!

temperatura!de!23!±!2!°C!e!humidade!relativa!de!50!±!5%,!durante!26!dias.!

3.7. Ensaios!aos!constituintes!

3.7.1. Análise!granulométrica!

Descrição!do!ensaio!

A!análise!granulométrica!foi!realizada!a!areia!e!ao!agregado!reciclado!de!loiça!sanitária,!com!o!objectivo!de!determinar!as!respectivas!curvas!granulométricas.!A!norma!europeia!utilizada!foi!a!EN!1015M1!(1998).!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!de!precisão!±0,1!g;!! estufa!a!105!±!5!°C;!! máquina!de!vibração!horizontal;!! peneiros!de!ensaio!com!malha!quadrada;!! tabuleiros!metálicos.!

A!abertura!dos!peneiros!utilizados!neste!ensaio!encontraMse!fixada!na!Tabela!3.10.!

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!

! 53!!

Tabela!3.10!M!Abertura!dos!peneiros!utilizados!para!análise!granulométrica!

Abertura!dos!peneiros![mm]!

2,380! 1,190! 0,590! 0,297! 0,149! Refugo!!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. previamente!ao!início!do!ensaio,!deverMseMá!garantir!que!a!amostra!de!material!a!ensaiar!se!encontra!

seca!e,!para!tal,!é!colocada!em!estufa!a!uma!temperatura!de!105!±!5!°C,!durante!aproximadamente!24!horas.!Depois!deste!processo,!deixaMse!o!material!arrefecer!até!atingir!a!temperatura!ambiente,!sendo!depois!pesada!uma!amostra!de!3!kg;!

ii. o!ensaio!começa!com!o!encaixe!dos!peneiros!por!ordem!crescente!de!malhas,!de!modo!a!que!a!malha!do!peneiro!de!cima!seja!superior!à!do!imediatamente!abaixo;!

iii. colocaMse!o!material!no!peneiro!de!topo,!ou!seja,!o!que!apresenta!maior!malha!e!seguidamente!colocaMse!o!conjunto!dos!peneiros!em!vibração,!na!respectiva!máquina!de!vibração!horizontal.!O!material,!através!dos!movimentos!oscilatórios!de! translação!e! rotação!do!equipamento!e!pela!acção!da!gravidade,! fica!retido!no!peneiro!com!malha!imediatamente!inferior!à!sua;!

iv. a! vibração! decorre! durante,! aproximadamente,! três! minutos! e! no! final! desta! recorreMse! a! uma!peneiração!manual;!

v. o!material!retido!em!cada!peneiro!é!recolhido!para!os!respectivos!tabuleiros!e!pesado,!sendo!depois!determinada!a!sua!respectiva!massa.!

Resultados!

Para!se!proceder!ao!cálculo!da!massa!retida!em!cada!peneiro,!utilizaMse!a!expressão!seguinte:!

!! =!!"#$%&"'!!"#$%&!

!!"!#$×100%! [3.!1]!

em!que,!

! !! !M!percentagem!de!material!retido!num!determinado!peneiro![%];!! !!"#$%&"'!!"#$%&!! !M!massa!de!material!retido!num!determinado!peneiro![g];!! !!"!#$ !M!massa!total!da!amostra!ensaiada![g].!

A!partir!das!percentagens!de!material!retido!em!todos!os!peneiros,!é!possível!determinar!as!percentagens!acumuladas! de! material! retido! e! de! material! passado,! obtendoMse! a! curva! granulométrica! do! material!ensaiado.!

3.7.2. Massa!volúmica!aparente!(baridade)!

Descrição!do!ensaio!

A! determinação! da! massa! volúmica! (baridade)! dos! diversos! materiais! utilizados! é! necessária! para! a!conversão! dos! traços! em! volume! para! o! em!massa,! sendo! depois! possível! obter! as! quantidades! de! cada!constituinte!para!a!formulação!das!diversas!argamassas.!!

O!ensaio!é!realizado!a!todos!os!constituintes!sólidos!das!argamassas!formuladas!nesta!campanha!experimental:!cimento,!areia,!e!agregados!finos!de!loiça!sanitária.!Para!os!dois!últimos!constituintes,!a!baridade!é!determinada!

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!

!54!

por!fracção!granulométrica,!pois!é!a!partir!dos!valores!obtidos!que!será!determinada!a!quantidade!de!areia!que!será!substituída!pela!respectiva!fracção!granulométrica!de!agregado!reciclado.!A!metodologia!de!ensaio!seguida!é!a!presente!no!documento!normativo!Cahier!2669M4!(1993).!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!com!precisão!±0,1!g;!! colherMconcha;!! equipamento,!para!a!determinação!da!baridade,!em!aço!que!inclui!base!amovível!com!haste,!molde!

troncocónico!e!recipiente!cilíndrico!(Figura!3.18);!! espátula;!! estufa;!! tabuleiro.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. antes!da!realização!do!ensaio,!o!material!a!ensaiar!deve!ser!colocado!numa!estufa!de!modo!a!garantir! que! se! encontra! seco.!O! ensaio! terá! início! depois! de! o!material! arrefecer! e! atingir! a!temperatura!ambiente;!

ii. posicionaMse!o!equipamento!dentro!do! tabuleiro!de!modo!a!evitar!perdas!de!material.!Com!o!auxílio! da! concha,! colocaMse! o!material! a! ensaiar! no!molde! troncocónico! com!o! cuidado!de! a!colher!não!tocar!no!equipamento!e!provocar!a!compactação!do!material;!

iii. quando! o! molde! atingir! a! sua! capacidade! máxima,! moveMse! a! base! do! equipamento! da! sua!posição! inicial!permitindo!a! saída!do!material!pela!acção!da!gravidade,! caindo!no! interior!do!recipiente! cilíndrico! que! se! encontra! abaixo! do! molde! troncocónico! (Figura! 3.19).! Caso! o!material!fique!retido!no!molde!troncocónico,!é!utilizada!a!espátula,!na!base!superior!do!molde;!

iv. após! o! preenchimento! do! recipiente! cilíndrico,! procedeMse! ao! alisamento! da! superfície! do!mesmo!com!a!espátula!(Figura!3.20);!

v. por!fim,!é!feita!a!pesagem!do!molde!cilíndrico.!

Resultados!

A!massa!volúmica!aparente!dos!constituintes!secos!é!determinada!pela!seguinte!expressão:!

!

Figura!3.18!I!Equipamento!para!realização!do!ensaio!

!

Figura!3.19!M!Abertura!do!molde!para!saída!do!material!

!

Figura!3.20!I!Recipiente!preenchido!com!material!

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!

! 55!!

! = !!!! −!!! !

[3.!2]!

em!que,!

! !!M!!massa!volúmica!aparente!do!material![g/dm3];!! !!!! !M!massa!do!recipiente!com!a!amostra!do!material![g];!! !! !M!massa!do!recipiente![g];!! !M!volume!do!recipiente!conhecido!previamente,!0,5!dm3.!

Os!resultados!são!obtidos!através!do!valor!médio!do!ensaio!realizado!a!três!amostras!de!cada!material.!

3.8. Ensaios!às!argamassas!no!estado!fresco!

3.8.1. Consistência!por!espalhamento!

Descrição!do!ensaio!

A!consistência!por!espalhamento!é!um!ensaio!realizado!numa!argamassa!em!pasta!e!permite!avaliar!a!sua!trabalhabilidade.!

É!realizado!de!acordo!segundo!a!norma!EN!1015M3!(1999)!que!refere!que!a!consistência!por!espalhamento!é! uma! quantificação! da! fluidez! da! argamassa,!medindo! também! a! sua! deformabilidade! quando! sujeita! a!uma!determinada!solicitação.!ConsiderouMse!que,!para!a!argamassa!apresentar!uma!boa!trabalhabilidade,!o!valor! de! espalhamento! teria! de! estar! dentro! do! limite! 175! ±! 3!mm,! o! que! conduz! também! a! uma! baixa!variabilidade!entre!as!argamassas!produzidas.!Este!valor!de!espalhamento!é!obtido!através!de!um!processo!iterativo!em!que!se!pretende!determinar!a!quantidade!de!água!óptima!a!utilizar!em!cada!argamassa,!para!obter!a!consistência!dentro!do!intervalo!definido.!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! colher!de!pedreiro;!! craveira;!! mesa!de!espalhamento;!! molde!cónico!truncado;!! pilão!para!compactação.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. antes!do!início!do!ensaio,!a!mesa!de!espalhamento!e!o!molde!cónico!truncado!devem!ser!limpos,!de!forma!a!garantir!o!natural! espalhamento!da!argamassa.!Caso!a!mesa!de!espalhamento!não! tenha!sido! utilizada! nas! 24! horas! anteriores,! deve! ser! accionada! a!manivela! e! efectuadas! 10! pancadas!antes!da!sua!utilização;!

ii. colocaMse!o!molde!no!centro!da!mesa!e,!com!a!colher!de!pedreiro,!preencheMse!o!mesmo!com!duas!camadas,! sendo!cada!uma!compactada! com!10!pancadas! com!o!pilão! (Figura!3.21).!Ao! segurar!o!molde,!deveMse!exercer!pressão!contra!a!mesa!de!espalhamento,!de!maneira!a!que!não!exista!saída!

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!

!56!

de!água!pela!parte!inferior!do!molde!cónico!truncado;!iii. retiraMse! o! excesso!de! argamassa,! deixando! a! área! livre!do!disco! limpa! e! seca,! com!o! cuidado!de!

retirar!qualquer!água!em!excesso!junto!do!molde;!iv. após! aproximadamente! 15! segundos,! o! molde! é! retirado,! lentamente,! na! vertical! e! rodaMse! a!

manivela!da!mesa!de!espalhamento!de!forma!a!serem!efectuadas!15!pancadas,!com!uma!frequência!de!uma!pancada!por!segundo!(Figura!3.22);!

v. medeMse!o!diâmetro!do!espalhamento!da!argamassa!com!a!craveira,!em!duas!direcções!ortogonais,!tal!como!indica!a!Figura!3.23.!

!

Figura!3.21!I!Colocação!da!argamassa!no!molde!

!

Figura!3.22!M!Execução!das!15!pancadas!na!mesa!de!espalhamento!

!

Figura!3.23!I!Medição!do!espalhamento!

Resultados!

Para! cada! argamassa,! são! registados!dois! valores!das!medições!da! consistência,! diametrais! e! ortogonais,!sendo!o!resultado!final!uma!média!destes.!Os!valores!das!duas!medições!são!considerados!válidos!se!não!divergirem!da!sua!média!em!mais!de!10%.!Se!tal!não!se!verificar,!o!ensaio!deve!ser!repetido,!utilizando!a!mesma!amostra.!Se!os!resultados!continuarem!a!divergir!da!sua!média!em!mais!de!10%,!o!ensaio!deverá!ser!repetido!com!uma!nova!amostra.!

3.8.2. Massa!volúmica!da!argamassa!em!pasta!

Descrição!do!ensaio!

A!massa! volúmica! da! argamassa! em! estado! fresco! foi! determinada! segundo! a! norma!EN!1015M6! (1998).!Numa! argamassa,! esta! propriedade! é! determinada! pelo! quociente! da! sua!massa! pelo! volume! que! ocupa!num!recipiente!de!volume!conhecido.!Este!ensaio!permite!determinar!a!influência!dos!resíduos!cerâmicos!na!massa!volúmica!em!estado!fresco!da!argamassa.!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!com!precisão!±0,1!g;!! colher!de!pedreiro;!! espátula;!! recipiente!cilíndrico!com!capacidade!de!1!litro.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

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!

! 57!!

i. pesaMse!o!recipiente!cilíndrico!vazio!e!anotaMse!a!respectiva!massa;!ii. com! a! colher! de! pedreiro,! introduzMse! no! recipiente! cilíndrico! uma! quantidade! de! argamassa!

correspondente!a!metade!da!sua!capacidade,!após!a!preparação!da!argamassa!de!acordo!com!3.5.1;!iii. de!modo!a!compactar!a!argamassa,!o!recipiente!é!balançado!10!vezes,!segundo!4!direcções!distintas!

entre!si,!e!ortogonais!duas!a!duas;!iv. preencheMse!o!recipiente!com!argamassa!e!compactaMse!esta!nova!camada!como!descrito!no!ponto!

anterior.!RasaMse!a!superfície!do!recipiente!com!o!auxílio!da!colher!de!pedreiro;!v. limpaMse!o!excesso!de!argamassa!da!parte!exterior!do!recipiente!cilíndrico!e!é! feita!a!pesagem!do!

mesmo.!RegistaMse!a!massa!correspondente.!

Resultados!

A!massa!volúmica!no!estado!fresco!da!argamassa!obtémMse!através!da!expressão!seguinte:!!

! = !!!! −!!! ! [3.!3]!

em!que:!

! !!M!massa!volúmica!da!argamassa!em!estado!fresco![g/dm3];!! !!!!!M!massa!do!recipiente!com!a!amostra!da!argamassa![g];!! !! !M!massa!do!recipiente![g];!! !!M!!volume!do!recipiente!previamente!conhecido,!1!dm3.!

Os!valores!da!massa!volúmica!resultam!do!valor!médio!de!três!amostras!de!cada!tipo!de!argamassa.!

3.8.3. Teor!de!ar!incorporado!

Descrição!do!ensaio!

Este!ensaio!é!realizado!às!argamassas!em!estado! fresco!e,!de!acordo!com!a!norma!EN!1015M7!(1998),! foi!aplicado!o!método!da!pressão!por!se!tratar!de!argamassas!com!menos!de!20%!de!teor!de!ar!incorporado.!

O!teor!de!ar!numa!argamassa!corresponde!à!quantidade!de!ar!que!um!determinado!volume!de!argamassa!contém!e!é!expresso!em!percentagem.!

Equipamento!!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! aparelho!para!determinação!do!teor!de!ar!incorporado!das!argamassas,!indicado!na!Figura!3.30;!! pilão!para!compactação;!! colher!de!pedreiro;!! espátula;!! garrafa!de!esguicho.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após!a!preparação!da!argamassa!conforme!descrito!em!3.5.1!preencheMse!o!recipiente!de!metal!com!a! argamassa! em!pasta! em!quatro! camadas,! sendo! cada! uma!delas! compactada! com!10! pancadas!

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!

!58!

com!o!pilão!(Figura!3.24).!Previamente!ao!início!do!ensaio,!o!equipamento!da!medição!do!teor!de!ar!incorporado!deve!ser!devidamente!calibrado;!

ii. retiraMse! o! excesso! de! argamassa,! com! o! auxílio! da! espátula! metálica,! deixando! a! superfície! da!argamassa!plana;!

iii. com!um!pano!húmido,!limpaMse!o!bordo!do!recipiente!metálico!e!fechaMse!a!tampa!do!aparelho!com!os!grampos!metálicos!(Figuras!3.25!e!3.26);!!

iv. com! as! duas! válvulas! abertas,! expulsaMse! todo! o! ar! contido! no! interior! através! da! introdução! de!água!pela!válvula!A,!até!a!mesma!sair!sem!bolhas!pela!válvula!B!(Figura!3.27);!

v. bombeiaMse! ar! para! o! interior! do! reservatório! superior! até! que! o! ponteiro! do! manómetro! pare!próximo!do!zero;!

vi. posteriormente,!ajustaMse!o!ponteiro!no!zero,!abrindoMse!cuidadosamente!a!válvula!de!ar!(Figura!3.28);!vii. fechamMse!as!válvulas!A!e!B!e!accionaMse!a!válvula!de!escape!até!o!ponteiro!do!medidor!da!pressão!

estabilizar!(cerca!de!20!segundos)!(Figura!3.29);!viii. por! fim,! fazMse!a! leitura!do!valor!do! teor!de!ar! incorporado,!no!medidor!de!pressão,! arredondado!a!

0,1%.!

!Figura!3.24!I!Compactação!da!

argamassa!com!o!pilão!

!Figura!3.25!I!Limpeza!do!bordo!do!

recipiente!

!Figura!3.26!I!Fixação!da!tampa!com!

os!grampos!metálicos!

!Figura!3.27!I!Introdução!de!água!pela!

válvula!A!

!Figura!3.28!I!Abertura!da!válvula!de!ar!e!acerto!do!ponteiro!do!medidor!de!

pressão!

!Figura!3.29!I!Estabilização!do!

medidor!de!pressão!

Resultados!

O! valor! final! do! teor! de! ar! incorporado,! para! cada! tipo! de! argamassa,! corresponde! à! média! de! duas!determinações! individuais! (de! duas! amassaduras! diferentes),! arredondado! a! 0,5%.! Se! os! dois! valores! se!afastarem!da!média!mais!de!10%,!os!valores!não!deverão!ser!considerados!válidos.!

!

Page 77: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! [n!!

!

V/-4,+!QNQE!s!"#2+#-#4/'01,!#-O6#)@/%$'!*,!#O6%2')#4/,!2'+'!)#*%01,!*,!/#,+!*#!'+!%4$,+2,+'*,!c>i!VZV[Mod!

QNSNRN H#6#'01)!*#!7-4+!

"#$.,/01)!*)!#'$+/)!

!T!#4-'%,!*#!+#/#401,!*#!@(6'!L!+#'&%P'*,!#)!#-/'*,!9+#-$,K!*#!'$,+*,!$,)!'!4,+)'!#6+,2#%'!2+>i!VZV[M^!cVnn^d! #! 'B'&%'! '! +#/#401,! *#! @(6'! *#! 6)'! '+(')'--'K! '/+'BL-! *#! 6)! 2+,$#*%)#4/,! *#! -6$01,K!*#/#+)%4'4*,M-#! '--%)! '! O6'4/%*'*#! *#! @(6'! +#/%*'! 4'! '+(')'--'K! 964*')#4/'&! 2'+'! ',-! 9#4J)#4,-! *#!?%*+'/'01,!*,!$%)#4/,N

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'3-,+B#4/#!&%)2')M-#!,-!3,+*,-!*,!),&*#!*#!),*,!'!O6#!41,!9%O6#)!+#-E*6,-!4,-!3,+*,-!cH%(6+'!kNkYdz!%BN 2#-'M-#!,!$,4U64/,!),&*#!$,4/#4*,!'+(')'--'!c!!dz!BN $,&,$'M-#!'!('P#!-,3+#!'!-62#+9E$%#!*'!'+(')'--'!#!,!2'2#&!*#!9%&/+,!cH%(6+'!kNkkdz!B%N -#(6%*')#4/#K! $,&,$'M-#! ,! $,4U64/,! %4B#+/%*,! 46)'! -62#+9E$%#! 2&'4'! 41,! '3-,+B#4/#N! R! $,&,$'*,! 6)!

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V!M!/63,!*#!#G/#4-1,!2'+'!B#+%9%$'01,!*'!$'&%3+'01,!Y!M!B@&B6&'!D!k!M!B@&B6&'!=!X!M!3,)3'![!M!B@&B6&'!*#!'+!2+%4$%2'&!l!M!)#*%*,+!*#!2+#--1,!o!M!B@&B6&'!2'+'!-'4(+'+!,!'+!^!s!$])'+'M*#M'+!n!M!*%-2,-%/%B,!*#!9%G'01,!VZ!M!+#$%2%#4/#!*#!)#/'&!

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!

!60!

vii. decorrido!o!tempo!estipulado,!o!conjunto!é!novamente!colocado!na!posição!inicial,!retiraMse!o!papel!de!filtro!sendo!o!mesmo!pesado!(!!)!(Figura!3.35!e!3.36).!

!

Figura!3.31!I!Colocação!da!argamassa!no!molde!

!

Figura!3.32!I!Alisamento!da!superfície!!

Figura!3.33!I!Gaze!

!

Figura!3.34!I!Conjunto!invertido!!

Figura!3.35!I!Papel!vegetal!após!o!ensaio!

!

Figura!3.36!I!Pesagem!do!molde!com!argamassa!

Resultados!

A!retenção!de!água,!em!percentagem,!é!dada!pela!seguinte!fórmula:!!

!"# = 100 −!!! [3.!4]!

em!que:!

! !"#!M!retenção!de!água!da!argamassa![%];!! !!!M!perda!de!água!relativa!da!argamassa![%].!

!!!!é!determinado!utilizando!a!seguinte!expressão:!

!! = !!!!!!×!100%! [3.!5]!

em!que:!!

! !!!M!massa!de!água!absorvida!pelo!papel!de!filtro![g];!! !!!M!massa!de!água!contida!na!argamassa!no!molde![g].!

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!

! lV!!

!

!

!

!

!

V/-4,+!QNQi!I!"#2+#-#4/'01,!#-O6#)@/%$'!*,!)L/,*,!6/%&%P'*,!2'+'!*#/#+)%4'01,!*'!+#/#401,!*#!@(6'!*'!'+(')'--'!!c2+>i!VZV[M^K!Vnn^d!

D!)'--'!*#!@(6'!'3-,+B%*'!2#&,!2'2#&!*#!9%&/+,K!!!!2,*#!-#+!,3/%*'W!

!! ! !!! !!!! ^QN!g`!

#)!O6#!

! !!!M!)'--'!9%4'&!*,!2'2#&!*#!9%&/+,!v(wz!! !!!M!@(6'!$,4/%*'!4'!'+(')'--'!4,!),&*#!v(wN!

D!)'--'!*#!@(6'!$,4/%*'!4'!'+(')'--'!4,!),&*#K!!!K!L!*'*'!2#&'!#G2+#--1,W!

!! ! !!!!!!!!! ^QN!i`!

#)!O6#W!

! !!!M!O6'4/%*'*#!*#!'+(')'--'!*#4/+,!*,!),&*#!v(wz!! !!!M!@(6'!/,/'&!$,4/%*'!4'!'+(')'--'!v(wN!

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l!M!2#-,!*#!Y!x(!'d!$,4U64/,W!),&*#!2+##4$?%*,!$,)!'+(')'--'K!2'2#&!*#!9%&/+,!#!('P#!3d!)#-),!$,4U64/,!)'-!%4B#+/%*,!#!$,)!2#-,!#)!$%)'!*#!Y!x(!

! !

Page 80: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!62!

! !á!"#!M!massa!de!água!utilizada!na!preparação!da!argamassa![g];!

! !!"#!$!%%!!M!massa!da!argamassa!total![g].!

O! resultado! final! resulta!da!média!de!duas!determinações!do! cálculo!do! valor!de! retenção!de! água,! para!cada!tipo!de!argamassa.!

3.9. Ensaios!às!argamassas!no!estado!endurecido!

3.9.1. Massa!volúmica!aparente!no!estado!endurecido!

Descrição!do!ensaio!

A!massa!volúmica!aparente!em!estado!endurecido!é!determinada!de!acordo!com!o!procedimento!descrito!na! norma! EN! 1015M10! (1999),! à! excepção! do! volume! dos! provetes,! o! qual! foi! determinado! através! de!cálculo!geométrico.!Por!ser!um!ensaio!de!carácter!não!destrutivo,!os!provetes!utilizados!neste!ensaio!são!os!mesmos!dos! ensaios! de! determinação! do!módulo! de! elasticidade! dinâmico! e! das! resistências!mecânicas,!compressão!e!flexão!por!tracção.

Equipamento!!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! craveira!digital;!! balança!de!precisão!de!±0,01!g.!

Procedimento!

i. depois!de!28!dias!em!cura!de!tipo!A,!com!o!auxílio!da!craveira!digital,!medemMse!as!três!dimensões!do!provete!(comprimento,! largura!e!espessura),! como!as!Figuras!3.38!e!3.39!sugerem,!sendo!que!são!feitas!três!medições!da!altura!e!espessura!(duas!nos!extremos!e!uma!no!centro!do!provete).!!

ii. determinaMse!a!média!destas!dimensões!para!cada!prisma;!iii. pesaMse!o!provete!na!balança!de!precisão!e!registaMse!a!sua!massa!(Figura!3.40).!

!

Figura!3.38!M!Medição!da!espessura!do!provete!

!

Figura!3.39!I!Medição!do!comprimento!do!provete!

!

Figura!3.40!I!Pesagem!do!provete!

!

Resultados!

Depois!dos!valores!obtidos!determinaMse!o!volume!de!cada!provete!através!da!seguinte!expressão:!

!! = !!×!×!! [3.!10]!

Page 81: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 63!!

Sendo:!

! !!!!M!volume!do!provete;!! l!M!largura!média!do!provete;!! a!M!altura!média!do!provete;!! c!!M!comprimento!do!provete.!

A!massa!volúmica!obtémMse:!

! = !!! ! [3.!11]!

em!que:!!

! !!M!massa!volúmica![g/mm3];!! !!M!massa!do!provete![g];!! !!M!volume!do!provete![mm3].!

A!massa!volúmica!da!argamassa!resulta!do!valor!médio!de!três!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa,!com!28!e!90!dias!de!idade,!em!cura!do!tipo!A.!

3.9.2. Módulo!de!elasticidade!dinâmico!por!frequência!de!ressonância!

Descrição!do!ensaio!

A!capacidade!de!deformação!de!uma!argamassa!de!revestimento!pode!ser!avaliada!através!do!módulo!de!elasticidade.!É!através!da!quantificação!do!módulo!de!elasticidade!que!é!possível!estimar!a!deformabilidade!que!um!reboco!pode!apresentar,!o!qual!influencia!a!resistência!à!fendilhação.!Deste!modo,!é!essencial!para!a!durabilidade!de!um!revestimento!que!este!seja!capaz!de!absorver!tensões.!

O!ensaio!é!realizado!segundo!uma!adaptação!da!norma!portuguesa!NP!EN!14146!(2004)!e!consiste!na!medição!da! frequência! fundamental! de! um! provete! prismático! em! vibração! longitudinal,! utilizando! para! tal! um!equipamento!de!medição!de!frequências!fundamentais.!O!módulo!de!elasticidade!dinâmico!é!obtido!através!da!frequência!medida.

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! régua!graduada;!! equipamento! de! medição! de! frequências! fundamentais! e! respectivo! software! especifico! para! a!

realização!do!ensaio.!

Procedimento!

Este!ensaio!é!precedido!do!ensaio!para!determinação!da!massa!volúmica!aparente!em!estado!endurecido,!pois! são! utilizados! os!mesmos! provetes! e! os! dados! da!massa! volúmica! aparente! são! necessários! para! a!determinação!da!frequência!de!ressonância!de!para!cada!provete.!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. com! a! régua,! é! traçado! o! centro! do! provete,! e! o! mesmo! é! colocado! num! suporte! adequado! no!equipamento! de! medição! de! frequências.! Uma! extremidade! é! posta! em! contacto! com! a! fonte!

Page 82: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!64!

emissora!e!a!outra!com!a!fonte!receptora!(Figura!3.41!e!3.42);!ii. em! seguida,! accionaMse! o! oscilador! de! frequência! variável! e,! através! do! software! de! apoio,! são!

registadas!as!amplitudes!das!vibrações.!

!

Figura!3.41!M!Marcação!do!centro!do!provete!

!

Figura!3.42!I!Equipamento!de!medição!da!frequência!

Resultados!

O!módulo!de!elasticidade!dinâmico!é!determinado!através!da!expressão:!

!! = !4!!×!!×!×10!!

! ! [3.!12]!

em!que:!

! !! !M!modulo!de!elasticidade!dinâmico!longitudinal![N/mm2];!! !!M!comprimento!longitudinal!do!provete![m];!! !!M!frequência!de!ressonância!longitudinal![Hz];!! !!M!massa!volúmica!aparente!do!provete![N/dm3];!! !!M!aceleração!da!gravidade![m/s2].!

Este!ensaio!realizaMse!a!três!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa,!com!28!e!90!dias,!em!cura!de!tipo!A,!sendo!que!para!efeitos!de!análise!se!considera!o!valor!médio.!

3.9.3. Resistência!à!flexão!e!à!compressão!

Descrição!do!ensaio!

Os! ensaios! de! resistência! à! flexão! por! tracção! e! à! compressão! têm! como! objectivo! avaliar! a! capacidade!resistente!das!argamassas!em!estudo!e!assim!perceber!o!efeito!da!incorporação!dos!resíduos!cerâmicos!nas!características!mecânicas!das!argamassas.!A!norma!europeia!utilizada!para!a!realização!deste!ensaio!é!a!EN!1015M11!(1999),!sendo!os!provetes!levados!à!rotura,!através!da!aplicação!de!uma!carga!uniforme,!obtendoMse!o!valor!da!carga!última!a!que!resistem.!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!para!a!realização!deste!ensaio!é:!

! máquina! de! ensaios! de! acordo! com! a! norma! EN! 1015M11! (1999)! e! respectivo! software! para!processamento!dos!dados!(Figura!3.43,!3.44!e!3.45).!

Page 83: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 65!!

!

Figura!3.43!M!Equipamento!de!ensaios!de!resistências!mecânicas!

!

Figura!3.44!I!Célula!de!carga!para!ensaio!à!flexão!

!

Figura!3.45!I!Célula!de!carga!para!ensaio!à!compressão!

3.9.3.1. Resistência!à!flexão!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após!o!tempo!de!cura!determinado,!colocamMse!os!provetes!prismáticos!no!suporte!designado!para!o!ensaio!de!flexão!na!máquina!de!ensaios,!cujos!pontos!de!apoio!distam!100!mm.!As!faces!de!moldagem!dos! provetes! devem! estar! em! contacto! com! as! superfícies! que! transmitem! a! carga! para!melhorar! o!contacto!e!garantir!a!perfeita!perpendicularidade!dos!pontos!de!apoio!(Figuras!3.46!e!3.47);!

ii. iniciaMse!o!ensaio!com!a!aplicação!de!uma!carga!concentrada!a!meio!vão!através!de!um!ponto!de!apoio!superior,!sendo!o!aumento!da!carga!uniforme!entre!10!a!50!N/s,!tendo!que!ocorrer!a!rotura!num!período!entre!30!e!90!segundos;!

iii. é! registada! a! carga! de! rotura! do! provete! e! as! metades! do! provete! resultantes! deste! ensaio! são!guardadas!para!o!ensaio!de!compressão.!

!

Figura!3.46!I!Máquina!de!ensaios,!com!a!respectiva!célula!de!carga!para!ensaio!à!flexão!

!

Figura!3.47!I!Posicionamento!do!prisma!

Resultados!

A!resistência!à!flexão!do!provete!é!determinada!pela!expressão:!

! = 1,5!× ! !×!!×!!! [3.!13]!

em!que:!

! !M!resistência!à!flexão![N/mm2!ou!MPa];!

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!

!66!

! !!M!carga!de!rotura!à!flexão![N];!! !!M!distância!entre!os!apoios![mm];!! !!M!largura!do!provete![mm];!! !M!espessura!do!provete![mm].!

Este!ensaio!realizaMse!a!três!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa!aos!28!e!90!dias!de!idade,!em!cura!tipo!A,!considerandoMse!o!valor!médio!arredondado!a!0,1!N/mm2.!

3.9.3.2. Resistência!à!compressão!

Como!mencionado,!neste!ensaio!são!utilizadas!as!duas!metades!dos!provetes!que!resultam!do!ensaio!de!flexão!(Figura!3.48).!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. o!semiMprisma!é!colocado!no!acessório!para!determinação!da!resistência!à!compressão,!com!as!faces!de!moldagem!do!provete!em!contacto!com!as!superfícies!que!transmitem!a!carga!(Figura!3.49);!

ii. aplicaMse!uma!carga!uniforme,!a!uma!velocidade!compreendida!entre!50!e!500!N/s,!e!a!rotura!deve!ocorrer!após!entre!30!e!90!segundos;!

iii. registaMse!o!máximo!valor!da!carga!de!rotura!aplicada.!

!

Figura!3.48!M!SemiMprismas!para!ensaio!à!compressão!

!

Figura!3.49!M!Posicionamento!do!provete!

Resultados!

A!resistência!à!flexão!do!provete!é!determinada!pela!expressão:!

! = !!! [3.!14]!

em!que:!

! !!M!resistência!à!compressão![N/mm2!ou!MPa];!! !!M!carga!de!rotura!por!compressão![N];!! !!M!área!da!secção!comprimida!do!provete![mm2].!

Este!ensaio!realizaMse!a!seis!semiMprismas!de!cada!tipo!de!argamassa,!resultantes!do!ensaio!de!resistência!à!flexão,!aos!28!e!90!dias!de!idade,!em!cura!do!tipo!A,!considerandoMse!o!valor!médio!arredondado!a!0,1!N/mm2.!

Page 85: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 67!!

3.9.4. Absorção!de!água!por!capilaridade!

Descrição!do!ensaio!

Com!a!realização!deste!ensaio,!pretendeMse!avaliar!o!efeito!dos!agregados!de!loiça!sanitária!nas!argamassas!ao!nível! da! absorção!de! água!por! capilaridade.! Este! ensaio!mede! a! quantidade!de! água!que! ascende!por!capilaridade,! pela! secção! do! provete! em! contacto! com! a! superfície! de! água.! Neste! ensaio,! fezMse! uma!adaptação!à!norma!EN!1015M18!(2002)!uma!vez!que!se!prolongou!o!ensaio!até!massa!constante.!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!com!precisão!de!±0,01!g;!! parafina;!! craveira!digital;!! estufa;!! exsicador;!! papel!absorvente;!! pincel!para!a!aplicação!da!parafina;!! rebarbadora;!! régua!graduada;!! tiras!de!vidro!para!suporte!dos!provetes;!! tina.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. depois!de!submetidos!à!cura!de!tipo!A!durante!28!dias,!os!provetes!são!cortados,!com!o!auxílio!de!uma!rebarbadora,!de!modo!a!obter!dois!semiMprismas!aproximadamente!iguais;!

ii. seguidamente,! os! semiMprismas! são! colocados! na! estufa! a! 60! ±! 5! °C! até! atingirem!massa! constante!(aproximadamente!24!horas);!tal!ocorre!quando!a!diferença!entre!pesagens!antes!e!depois!do!processo!de!secagem!for!menor!ou!igual!a!0,2%!da!massa!inicial!do!semiMprisma;!

iii. com!a!craveira!digital,!medemMse!as!dimensões!transversais!dos!semiMprismas!(Figura!3.50);!iv. as!faces!laterais!dos!semiMprismas!são!barradas!com!cera,!para!que!a!absorção!de!água!apenas!ocorra!

pela!secção!transversal!do!semiMprisma!(Figura!3.51).!Depois!de!aplicada!a!cera,!os!semiMprismas!são!postos!no!exsicador!até!à!realização!do!ensaio;!

v. o!ensaio!tem!início!com!a!pesagem!de!cada!um!dos!semiMprismas!e!a!sua!colocação!numa!tina,!com!uma!lâmina!de!água!com!uma!altura!de!10!mm,!apoiados!nas!tiras!de!vidros!com!as!faces!serradas!voltadas!para!baixo!(Figuras!3.52!e!3.53).!O!ensaio!decorre!numa!sala!com!temperatura!de!20!±!2!°C!e!humidade!relativa!de!95!±!5%;!

vi. cobreMse!com!uma!tampa!a!tina!com!água!de!forma!a!evitar!a!evaporação!de!água!e!assim!o!nível!de!água!é!mantido!durante!todo!o!ensaio!e!também!para!manter!os!95%!HR!e!evitar!assim!a!secagem!simultânea;!

vii. retiramMse! os! semiMprismas! da! tina,! individualmente,! nas! pesagens! e! passaMse! levemente! por! papel!absorvente!a!área!do!provete!em!contacto!com!a!água,!para!retirar!o!excesso!de!água!(Figura!3.54);!

viii. colocaMse!novamente!cada!semiMprisma!na!tina.!As!pesagens!ocorrem!depois!de!decorridos!10,!30,!60,!90,!180,!300,!480,!1440!minutos!após!a!imersão!inicial.!Findo!este!período,!as!pesagens!são!diárias!até!

Page 86: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!68!

que!a!variação!da!massa!do!semiMprisma!seja!inferior!a!0,10%!da!massa!inicial.!

! !!!!!!!!!!!!!!!!!!Figura!3.50!I!Medição!do!provete!

!Figura!3.51!I!Selagem!dos!semiMprismas!

!

Figura!3.52!I!Pesagem!do!semiMprisma!

!

Figura!3.53!I!Provetes!na!tina!com!água,!sobre!as!tiras!de!vidro!

!

Figura!3.54!I!Passagem!do!provete!pelo!papel!absorvente!

Resultados!

Este! ensaio! permite! determinar! o! coeficiente! de! absorção! de! água! por! capilaridade,! que! é! obtido! pela!expressão!seguinte:!

! = (!!" −!!")!×( 90× 10)! [3.!15]!

em!que:!

! !!M!coeficiente!de!absorção!de!água!por!capilaridade![kg/m2.min0,5];!! !!"!M!massa!do!semiMprisma!aos!90!minutos![g];!! !!"!M!massa!do!semiMprisma!aos!10!minutos![g];!

! !!M!área!da!secção!transversal!do!semiMprisma!imersa![m2].!

O!ensaio!é!realizado!a!três!semiMprismas!de!cada!tipo!de!argamassa,!com!28!dias!de!idade!em!cura!de!tipo!A.!O!valor!do!coeficiente!de!absorção!de!água!por!capilaridade!resulta!do!valor!médio!dos!três!provetes!(semiMprismas)!de!cada!tipo!de!argamassa.!Os!resultados!obtidos!permitem!a!construção!do!gráfico!que!relaciona!a!variação!da!massa!com!a!raiz!quadrada!do!tempo.!

3.9.5. Ensaio!de!secagem!

Descrição!do!ensaio!

Com! este! ensaio,! pretendeMse! avaliar! a! rapidez! de! secagem! da! água! em! excesso! numa! argamassa! e! a!influência!da!utilização!dos!resíduos!de!loiça!sanitária!como!agregados!nessa!rapidez.!

Page 87: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 69!!

Este!ensaio!não!foi!feito!segundo!nenhuma!norma,!sendo!feito!de!acordo!com!o!procedimento!utilizado!no!na!Unidade!de!Ensaios!de!Revestimentos!de!Paredes!do!LNEC.!São!utilizados!os!semiMprismas!do!ensaio!de!absorção!de!água!por!capilaridade,!pelo!que!tem!início!logo!após!o!final!deste!ensaio.!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!com!precisão!de!±0,01!g;!! tiras!de!vidro!para!suporte!dos!provetes.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. a!secagem!tem!início!imediatamente!após!o!término!do!ensaio!de!absorção!por!capilaridade;!ii. os!semiMprismas!são!mantidos!na!mesma!sala!durante!o!processo!de!secagem,!colocados!sobre!as!

tiras!de!vidro!(Figura!3.55);!iii. são!feitas!pesagens!30,!60,!90,!270,!450!e!1440!minutos!após!terem!sido!retirados!da!tina!com!água!

(Figura!3.56).!São!depois!realizadas!pesagens!diárias!até!se!atingir!massa!constante.!

!

Figura!3.55!M!SemiMprismas!sobre!as!tiras!de!vidro!

!

Figura!3.56!I!Pesagem!do!semiMprisma!

Resultados!

Este! ensaio! permite! determinar! a! velocidade! de! secagem! de! cada! uma! das! argamassas.! Com! os! valores!obtidos! com! este! ensaio,! pode! ser! construído! o! gráfico! que! relaciona! a! raiz! quadrada! do! tempo! com! o!quociente!entre!a!massa!de!água!evaporada!e!a!área!da!base!do!semiMprisma.!O!ensaio!é!realizado!a! três!semiMprismas!de!cada!tipo!de!argamassa,!com!28!dias!de!idade!em!cura!de!tipo!A,!considerandoMse!o!valor!médio!para!análise.!

3.9.6. Porosidade!aberta!

Descrição!do!ensaio!

Este!ensaio!permite!determinar!a!quantidade!de!poros!comunicáveis!entre!si!e!permitem!a!circulação!de!água! no! seu! interior,! sendo! um! valor! expresso! em! termos! percentuais.! O! procedimento! utilizado! neste!ensaio! seguiu!a!norma!NP!EN!1936! (2007).!As!amostras!utilizadas!neste!ensaio! resultam!dos!ensaios!de!resistências!mecânicas,! nomeadamente! do! ensaio! de! compressão,! com! 120! dias! de! idade.! O! ensaio! tem!duração!de!quatro!dias.!

Page 88: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!70!

Equipamento!!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! estufa; ! exsicador!com!bomba!de!vácuo; ! balança!com!precisão!de!±0,01!g;

! balança!com!pesagem!hidrostática.

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. primeiramente,!os!provetes!são!colocados!numa!estufa!ventilada!a!uma!temperatura!de!60!±!5!°C!até!atingirem!massa!constante!(aproximadamente!24!horas);!

ii. retiramMse!os!provetes!da! estufa!que!devem!estabilizar! até! atingir! a! temperatura! ambiente,! para!posteriormente!serem!pesados!(!!)!e!colocados!no!exsicador!(Figura!3.57).!DiminuiMse!a!pressão!no!exsicador!até!se!atingir!uma!pressão!negativa!constante!no!interior;!

iii. decorridas!24!horas,!introduzMse!água!no!exsicador,!muito!lentamente,!de!modo!a!que!os!provetes!fiquem!totalmente!imersos,!mantendoMse!a!mesma!pressão!(Figura!3.58).!Este!processo!deverá!ser!lento!pelo!que!deverMseMá!demorar!cerca!de!15!minutos!(Figura!3.59);!

iv. passadas!24!horas,!a!bomba!de!vácuo!é!desligada!e!é!aberta!a!torneira!do!exsicador,!de!modo!a!que!as!amostras!fiquem!sujeitas!à!pressão!atmosférica!por!mais!24!horas;!!

v. após! este! período,! é! feita! a! pesagem! hidrostática!(!!),! sendo! seguidamente! retirada! a! água! em!excesso!das!superfícies!das!amostras!sendo!novamente!pesadas,!!!!(Figuras!3.60!e!3.61).!

Resultados!

Os!valores!da!porosidade!aberta,!em!percentagem,!são!determinados!de!acordo!com!a!expressão:!

!!" =!! −!!!! −!!

×!100%! [3.!16]!

em!que:!

! !!"!M!porosidade!a!aberta![%];!! !!!M!massa!do!provete!seco![g];!

!

Figura!3.57!I!Amostras!no!exsicador.!

!

Figura!3.58!I!Introdução!lenta!da!água!no!exsicador!

!

Figura!3.59!I!Amostras!totalmente!imersas!

Page 89: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 71!!

! !!M!massa!do!provete!saturado!imerso![g];!! !!M!massa!do!provete!saturado![g].!

!

Figura!3.60!I!Pesagem!hidrostática!!

Figura!3.61!M!Pormenor!da!amostra!na!pesagem!hidrostática!

3.9.7. Susceptibilidade!à!fendilhação!I!aplicação!em!tijolo!

Descrição!do!ensaio!

A!realização!deste!ensaio!segue!o!procedimento!utilizado!no!Laboratório!da!Unidade!de!Revestimentos!de!Paredes! do! LNEC.! É! um! ensaio! empírico,! e! permite! de! forma! simples! avaliar! a! susceptibilidade! à!fendilhação!da!argamassa!em!estudo,! sendo!esta!uma!característica!que!assume!extrema! importância!no!desempenho!de!revestimentos.!Este!ensaio!passa!pela!observação!visual,!ao!longo!do!tempo,!dos!provetes!detectando!o!aparecimento!de!fissuras.!

Equipamento!!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! tijolos!cerâmicos!de!dimensões!300x200x70!mm;!! tábuas!de!madeira;!! régua!graduada;!! grampos!metálicos;!! colher!de!pedreiro;!! talocha!metálica;!! borrifador!com!água.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. depois!de!preparados!os!provetes!conforme!descrito!em!3.5.2.2!são!colocados!em!cura!de!tipo!B;!ii. passados! 28! dias,! deverão! ser! feitas! observações! frequentes! para! detectar! a! existência! de!

fissuração!nas!argamassas!de!revestimento.!

Resultados!

O! ensaio! é! realizado! a! três! provetes! de! cada! tipo! de! argamassa,! aos! 28! dias! e! em! cura! de! tipo! B.! Os!resultados!provêm!da!observação!visual!da!existência!de!fissuras!nas!argamassas!realizadas.!

Page 90: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!72!

3.9.8. Variação!dimensional!!

Descrição!do!ensaio!

A! retracção! de! uma! argamassa! contribui! para! o! aparecimento! de! fendilhação,! o! que! torna! esta!característica!muito! relevante!no!desempenho!de! argamassas!de! revestimento.!Deste!modo,! a! realização!deste! ensaio! é! muito! importante! para! a! avaliação! da! incorporação! de! resíduos! cerâmicos! no!comportamento! de! argamassas! de! revestimento.! O! ensaio! da! variação! dimensional! segue! o! documento!normativo!Cahier!2669M4!(1993).!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! balança!com!precisão!de!±0,01!g;!! instrumento!para!medição!da!variação!dimensional!com!deflectómetro.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após!a!realização!da!amassadura!conforme!descrito!em!3.5.1,!procedeMse!à!moldagem!dos!provetes!com!a!variante!de!nas!extremidades!destes!serem!colocados!pernos.!Os!pernos! ficam!fixados!nos!moldes!antes!da!moldagem!dos!provetes;!

ii. após! moldagem! dos! provetes,! estes! são! colocados! em! condições! de! cura! B,! e! passados! 2! dias! são!desmoldados!e!é!feita!a!primeira!medição!do!comprimento!e!da!massa!dos!provetes.!Para!a!medição!do!comprimento!dos!provetes,!estes!são!colocados!no!instrumento!de!medição!com!o!seu!eixo!longitudinal!na!vertical!e!suspensos!pelos!pernos!colocados!das!extremidades!dos!provetes!(Figura!3.62);!

iii. o!ponto!anterior!é!repetido!3,!5,!7,!10,!14,!21,!28,!40,!56,!70,!80!e!90!dias!após!a!primeira!medição.!

!

Figura!3.62!I!Colocação!do!provete!no!instrumento!de!medição!

Resultados!

A!variação!especifica!do!comprimento,!em!percentagem,!é!determinada!através!da!seguinte!expressão:!

! = Δ!! ×100! [3.!17]!

em!que:!!

! !!M!variação!especifica!do!comprimento!do!provete![%];!

Page 91: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 73!!

! Δ!!M!diferença!entre!o!comprimento!inicial!e!final!do!provete![mm];!! !!M!comprimento!inicial!do!provete!(160!mm).!

Este!ensaio!é!realizado!a!três!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa,!adoptandoMse,!para!efeitos!de!análise,!o!seu!valor!médio.!

3.9.9. Permeabilidade!ao!vapor!de!água!

Descrição!do!ensaio!

Este!ensaio!assume!grande!importância!ao!nível!do!comportamento!das!argamassas,!pois!permite!avaliar!a!permeabilidade!da!argamassa!ao!vapor!de!água.!Esta!característica!é!relevante!uma!vez!que!uma!argamassa!de! revestimento! deve! permitir! a! saída! do! vapor! de! água! do! interior! das! construções.! A!metodologia! de!ensaio!utilizada!foi!baseada!na!norma!EN!1015M19!(1998).!

Equipamento!!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! taças!circulares!constituídas!por!material!anticorrosivo;!! balança!com!precisão!de!±0,01!g;!! câmara!climática;!! parafina;!! pincel!para!aplicação!da!parafina.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após!a!amassadura!da!argamassa!conforme!descrito!em!3.5.1,!é!feita!a!moldagem!dos!provetes!em!forma!de!disco,!e!são!colocados!em!cura!do!tipo!C;!

ii. antes! do! início! do! ensaio,! as! taças!metálicas! são! preenchidas! com!600!ml! de! água! destilada,! e! o!provete!é!colocado!na!parte!superior!da!taça!de!teste!(Figura!3.63);!

iii. de!forma!a!evitar!que!água!evapore!pelas!juntas!entre!o!molde!e!a!taça!de!teste,!o!conjunto!é!isolado!com!parafina!para!garantir!que!a!evaporação!da!água!ocorre!apenas!pela!argamassa!a!ensaiar!(Figuras!3.64!e!3.65);!

iv. colocaMse!o!conjunto!(provete!e!taça)!numa!câmara!climática!com!condições!de!temperatura!de!23!±!2°C!e!humidade!relativa!de!50!±!5%!(Figura!3.66);!

v. o!conjunto!é!pesado!diariamente,!até!se!atingir!um!regime!estacionário,!ou!seja,!quando!a!quantidade!de!vapor!de!água!que!atravesse!o!provete!por!unidade!de!tempo!seja!constante!(Figuras!3.67!!e!3.68).!

Resultados!

É! obtido! o! gráfico! da! variação! da!massa! em! função! do! tempo,! sendo! que! o! valor! da! permeância! é! dada! pela!expressão:!

Λ = 1!!∆!/ !∆!/∆! − !!

! [3.!18]!

em!que:!

! Λ!M!permeância!ao!vapor!de!água![kg/m2.s.Pa];!

Page 92: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 93: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 94: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 95: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 96: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!78!

! máquina!de!arrancamento!(Figura!3.77);!! pastilhas;!! resina!epóxida.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após!a!aplicação!da!argamassa!em!tijolo!de!acordo!com!3.5.2.2,!os!provetes!são!sujeitos!à!cura!de!tipo!A;!ii. efectuamMse! as! marcações! dos! entalhes,! que! deverão! ser! no! mínimo! cinco,! distribuídos! pelos! dois!

provetes!de!cada!tipo!de!argamassa;!iii. com!a!caroteadora,!executamMse!os!entalhes!circulares,!com!2!cm!de!profundidade!de!forma!a!atingir!a!

superfície! do! suporte! (tijolo),! como! exemplifica! a! Figura! 3.76.! Com! o! compressor! de! ar,! retiraMse! o!excesso!de!pó!resultante;!

iv. colamMse!as!pastilhas!aderentes!nas!áreas!de!testes,!com!a!resina!epóxida,!tendo!cuidado!para!evitar!que!qualquer!excesso!de!cola!aflua!à!zona!de!corte;!

v. com!o!acessório!de!arrancamento,!aplicaMse!uma!força!de!tracção!ortogonal!à!pastilha,!em!que!deverá!haver!um!aumento!de!tensão!uniforme!entre!0,003!e!0,100!N/(mm2.s).!A!rotura!tem!de!ocorrer!20!a!60!segundos!após!o!início!do!carregamento!(Figura!3.78);!

vi. registaMse!o!valor!da!carga!de!cedência.!

Se!a!rotura!ocorrer!entre!na!zona!de!colagem!entre!a!pastilha!e!argamassa,!esse!valor!deverá!ser!rejeitado.!

!

Figura!3.76!I!Entalhes!realizados!com!a!caroteadora!

!

Figura!3.77!M!Posicionamento!do!acessório!de!arrancamento!

!

Figura!3.78!M!Aplicação!da!força!de!tracção!

Resultados!

Este!ensaio!pode!apresentar!vários!resultados!conforme!a!tipologia!de!rotura!resultante:!

! rotura!adesiva!M!quando!a!rotura!ocorre!na!interface!entre!a!argamassa!e!o!suporte!(Figura!3.79);!! rotura! coesiva! M! ocorre! quando! a! rotura! se! dá! no! interior! de! um! dos! elementos,! argamassa! ou!

suporte!(Figuras!3.80!e!3.81)!! rotura!pela!cola!M!quando!a!rotura!ocorre!na!interface!entre!a!pastilha!e!a!argamassa.!

Caso! a! rotura! seja! do! tipo! adesivo,! o! seu! valor! é! o! da! força! de! aderência;! por! outro! lado,! caso! a! rotura!resultante!seja!do!tipo!coesivo,!a!força!adesiva!é!um!majorante!do!valor!registado!no!ensaio.!

O!ensaio!é!realizado!a!um!mínimo!de!cinco!áreas!de!teste!de!dois!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa,!com!28!dias!de!idade,!em!cura!de!tipo!A,!e!para!efeitos!de!análise!consideraMse!o!seu!valor!médio.!

Page 97: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 98: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!80!

Equipamento!

O!equipamento!necessário!à!realização!deste!ensaio!é:!

! arca!congeladora;!! câmara!para!exposição!aos!ciclos!de!calor!e!ciclos!de!chuva.!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após! a! aplicação!da! argamassa!num!suporte!de! tijolo,! como!descrito! em!3.5.2.2.,! os!provetes! são!submetidos!a!cura!do!tipo!A;!

ii. decorrido!este!período,!são!realizados!os!ensaios!de!permeabilidade!à!água!sob!pressão,!avaliação!das!características!mecânicas!por!ultraMsons!e!aderência!ao!suporte;!

iii. os! provetes! são! sujeitos! a! uma! série! de! ciclos! climáticos! consecutivos,! constituídos! por! 8! ciclos!calorMgelo!e!8!ciclos!geloMdegelo,!os!quais!são!descritos!seguidamente:!

ciclo!humidadeIgelo:!

1. os!provetes!são!submetidos!a!um!ambiente!que!simula!a!acção!da!chuva!(água!em!aspersão)!sobre!os!mesmos,!durante!8!horas!±!15!minutos,!a!uma!temperatura!de!20!±!2!°C,!como!a!Figura!3.82!ilustra;!

2. decorrido! este! período,! os! provetes! devem! ser! submetidos! a! condições! normalizadas! de! 20! ±! 2! °C,!durante!aproximadamente!30!minutos;!

3. submetemMse!os!provetes! a!um!arrefecimento!de! M15!±!1! °C!durante!15!horas!±!15!minutos! (Figura!3.83);!

4. os!provetes!são!novamente!submetidos!a!condições!normalizadas!de!20!±!2!°C,!durante!30!minutos.!

ciclo!calorIgelo:!

1. os!provetes!são!submetidos!a!radiação!infravermelha,!à!temperatura!de!60!±!2!°C,!durante!8!horas!±!15!minutos!(Figura!3.84);!

2. decorrido! este! período,! os! provetes! devem! ser! submetidos! a! condições! normalizadas! de! 20! ±! 2! °C,!durante!aproximadamente!30!minutos;!

3. submetemMse!os!provetes!a!um!arrefecimento!de! M15!±!1!°C!durante!15!horas!±!15!minutos!(Figura!3.83);!

4. os!provetes!são!novamente!submetidos!a!condições!normalizadas!de!20!±!2!°C,!durante!30!minutos;!!

iv. depois! de! expostos! ao! envelhecimento! artificial! acelerado,! os! provetes! são! submetidos! a! condições!normalizadas!de!20!±!2!°C!e!65!±!5!%,!durante!aproximadamente!duas!semanas;!

v. posto!este!período!de!estabilização!das!condições!dos!provetes,!são!realizados!os!ensaios!de!ultraMsons,!permeabilidade! à! água! sob! pressão! e! aderência! ao! suporte,! conforme! descrito! em! 3.9.10,! 3.9.11! e!3.9.12,!respectivamente!

Resultados!

No!decorrer!do!ensaio,!deve!ser!registado!o!aparecimento!de!fissuras!ou!eventual!degradação!dos!provetes;!contudo,! os! resultados! são! obtidos! com! a! realização! dos! ensaios! de! permeabilidade! à! água! sob! pressão,!ultraMsons!e!aderência!após!os!provetes!serem!expostos!ao!envelhecimento!artificial!acelerado.!Deste!modo,!

Page 99: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 100: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!82!

Procedimento!

O!procedimento!adoptado!para!a!realização!deste!ensaio!contempla!as!seguintes!etapas:!

i. após! selecção! e! respectiva! identificação! das! amostras,! estas! são! colocadas! no! suporte! para!visualização!à!lupa!binocular;!

ii. registamMse!as!observações!por!meio!de!fotografias.!

Resultados!

Os!resultados!obtidos!resultam!da!captação!de!imagens!das!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária,!com!várias!ampliações.!

!

Figura!3.86!I!Lupa!binocular!e!respectivo!software!

!

!

!

!

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!

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Page 101: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 83!!

4. Apresentação!e!análise!de!resultados!

4.1. Introdução!

Neste!capítulo,!são!apresentados!e!analisados!todos!os!resultados!obtidos!em!todos!os!ensaios!realizados!com!o!objectivo!de!avaliar!a! incorporação!de!agregados! finos!de! loiça!sanitária,!em!substituição!da!areia,!em!argamassas!de!revestimento.!!

Numa!primeira!fase,!são!apresentados!os!ensaios!aos!constituintes,!que!servem,!essencialmente,!de!apoio!à!análise! dos! resultados! obtidos! através! dos! ensaios! realizados,! pois! sabeMse! que! a! caracterização! dos!constituintes!das!argamassas!permite!conhecer!de!forma!o!mais!exacta!possível!a!sua!estrutura.!SegueMse,!numa!fase!seguinte,!o!conjunto!de!ensaios!comportamentais!e!de!caracterização!de!todas!as!composições,!em!estado!fresco!e!endurecido.!

Ao! longo! deste! capítulo,! para! cada! ensaio! realizado,! são! analisados! os! aspectos! positivos! e! negativos,!relativos!à! incorporação!de!agregados!de! loiça!sanitária!e!à!sua!aplicação!no!domínio!das!argamassas!de!revestimento.!Em!paralelo,!e!sempre!que!necessário,!os!resultados!serão!comparados!com!os!referidos!nas!referências!bibliográficas,!apresentadas!no!capítulo!referente!ao!Estado!da!arte.!!

4.2. Ensaios!aos!constituintes!!

A! primeira! fase! de! ensaios! tem! como! objectivo! a! caracterização! dos! constituintes! das! argamassas!formuladas.!ProcedeuMse!à!análise!granulométrica!dos!agregados,!assim!como!à!determinação!da!baridade!dos!constituintes:!dos!agregados,!naturais!e!reciclados,!e!do!cimento!utilizado.!

4.2.1. Análise!granulométrica!!

A!análise! !granulométrica!da!areia!e!dos!resíduos!finos!de!loiça!sanitária!foi! feita!de!acordo!com!a!norma!europeia!EN!1015M1!(1998),!sendo!os!resultados!representados!na!Tabela!4.1,!na!Figura!4.1!e!no!Anexo!C.!!

Tabela!4.1!I!Distribuição!granulométrica!parcial!da!areia!e!dos!resíduos!de!loiça!sanitária!

Fracção!granulométrica![mm]!

Areia!retida!no!peneiro!![%]!

Loiça!sanitária!retida!no!peneiro![%]!

>!0,149!! 5,53! 0,50!0,149!M!0,297!! 23,97! 19,30!0,297!M!0,590!! 20,35! 29,32!0,590!M!1,190! 23,17! 35,12!1,190!M!2,380!! 26,98! 15,76!>!2,380!! 0! 0!

Na!presente!investigação,!!pretendeMse!avaliar!a!influência!da!substituição!da!areia!por!agregados!finos!de!loiça!sanitária,!tendo!por!base!a!curva!granulométrica!da!areia.!Como!referido,!os!agregados!reciclados!utilizados!na!presente!investigação!são!proveniente!do!estudo!de!Alves!et!al.! (2014)!realizado!no!domínio!dos!betões.!Foi!necessária,!tal!como!descrito!em!Preparação!dos!resíduos!para!aplicação!na!campanha!experimental,!a!britagem!dos! agregados! para! redução! das! suas! dimensões,! de! forma! a! que! estes! apresentassem! uma! granulometria!contínua!entre!0,149!e!2,380!milímetros.!Era!igualmente!necessária!a!existência!de!uma!quantidade!suficiente!de!muito! finos,! de! granulometria! inferior! a! 0,149!milímetros,! para! o! estudo! desenvolvido! em! paralelo! por!Farinha!(2015),!relativo!à! incorporação!de!muito! finos!e!redução!do!teor!de!cimento.!Assim!sendo,!como!os!resíduos!de! loiça! sanitária!disponíveis!para!utilização!neste!estudo!não!existiam!em!grande!quantidade,! e!o!processo!para!trituração!dos!mesmos!era!moroso,!ajustouMse!a!curva!da!areia!à!curva!dos!agregados!reciclados.!

Page 102: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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!

! 85!!

A! partir! dos! dados! apresentados,! constataMse! que! a! baridade!das! partículas! de! areia! apresenta! um!valor!médio!próximo!de!1420!kg/m3.!Não!obstante,!existem!oscilações!desse!valor!entre!granulometrias,!devido!à! forma!das!partículas! e! também!devido! às! suas!dimensões!que! geram!diferentes!quantidades!de! vazios!entre! si.!Deste!modo,! existe!um!padrão! entre! a!baridade! e! a! origem!dos! agregados,! sendo!decrescente! à!medida!que!a!granulometria!diminui.!De!acordo!com!a! ficha! técnica!apresentada!pelo! fabricante,!as!duas!areias! de! granulometria! superior,! denominadas! por! APAS! 12! e! APAS! 20,! são! definidas! como! sendo! de!origem!rolada!com!forma!alongada.!As!três!últimas,!APB!40,!APB!60!e!FPS!120,!caracterizamMse!por!terem!uma!forma!maioritariamente!esférica.!

Os! agregados! de! loiça! sanitária! apresentam! uma! diminuição! da! massa! volúmica! com! o! aumento! da!dimensão! das! partículas,! à! excepção! da! granulometria! abaixo! de! 0,149!milímetros.! Os! dados! anteriores!demonstram! que! a! baridade! da! areia! é! superior! à! dos! agregados! de! loiça! sanitária,! para! cada! faixa!granulométrica,! pelo! facto!de!os! segundos! apresentarem!uma! forma!mais! angulosa!do!que!os!primeiros.!Esta!tendência!evidencia!que!aos!agregados!de!loiça!sanitária!apresentam!um!maior!volume!de!vazios,!para!cada!fracção!granulométrica,!relativamente!a!areia,!o!que!se!deverá!muito!provavelmente!ao!processo!de!britagem!dos!agregados!reciclados.!!!

Também! nos! estudos! de! Silva! et! al.! (2010),! Neno! et! al.! (2014)! e! Penacho! et! al.! (2014)! os! agregados!reciclados!utilizados,!resíduos!de!tijolo,!betão!e!vidro,!respectivamente,!apresentaram!uma!massa!volúmica!inferior!à!da!areia!utilizada.!!!

4.3. Ensaios!às!argamassas!

Neste! ponto,! são! apresentados! e! analisados! os! resultados! de! todos! os! ensaios! realizados! às! argamassas!formuladas,!que!têm!em!vista!a!caracterização!do!vector!III:!reciclagem!de!agregados,!nomeadamente,!no!que!diz!respeito!aos!agregados!finos!de!loiça!sanitária.!O!conjunto!alargado!de!ensaios!tem!como!objectivo!a!descrição!em!termos!mecânicos!e!físicos!do!comportamento!das!argamassas!contendo!este!tipo!de!agregados!reciclados!cerâmicos.!!

Como!mencionado,!para!avaliar!este!vector!de!investigação!as!percentagens!escolhidas!de!substituição!da!areia!por! resíduos! cerâmicos! foram,! 20%,! 50%! e! 100%,! por! se! considerar! que! com! estas! se! consegue,! em! geral,!avaliar! a! influência! e! a! tendência! destes! agregados! reciclados,! no! comportamento! das! argamassas! de!revestimento.!

As!composições!das!argamassas!produzidas!encontramMse!detalhadas!no!Anexo!B.!

4.3.1. Primeira!fase!!

Nesta! primeira! fase! de! ensaios,! fazMse! uma! caracterização! geral! das! argamassas! com! incorporação! de!agregados! finos!de! loiça!sanitária.!Com!os!resultados!obtidos,!nesta!primeira! fase,!pretendeMse!escolher!a!argamassa!modificada!com!melhor!desempenho!para,!em!segunda!fase,!se!estudar!com!maior!detalhe.!

4.3.1.1. Exigências!de!água!/!consistência!por!espalhamento!

O!ensaio!de!consistência!por!espalhamento!permitiu!identificar!a!quantidade!de!água!necessária!para!todas!as!amassaduras,! a! fim! de! se! obter! a! trabalhabilidade! pretendida.! A! norma! europeia! EN! 1015M2! (1998),! para!argamassas!de! reboco! com!massa!volúmica! superior! a!1200!kg/m3,!preconiza!um!espalhamento!médio!de!

Page 104: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 108: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!90!

4.3.1.4. Módulo!de!elasticidade!dinâmico!

O!módulo!de! elasticidade!dinâmico! foi! determinado!aos!28! e!90!dias,! resultando!do!valor!médio!de! três!provetes!para!cada!tipo!de!argamassa,!sendo!que!os!resultados!se!encontram!na!Figura!4.9!e!no!Anexo!H.!

Dos!resultados!obtidos,!é!possível!constatarMse!que!o!módulo!de!elasticidade!dinâmico!não!apresentou!uma!tendência! evidente! nas! argamassas! até! 50%! de! incorporação! de! resíduos! de! loiça! sanitária.! Existe! uma!proximidade!entre!os!valores!obtidos,!pelo!que!não!há!uma!variação!significativa!dos!valores!do!módulo!de!elasticidade.!A!diferença!de!valores!entre!estas!composições!encontraMse!dentro!dos! respectivos!desviosMpadrão,! apresentando! um! valor! de!módulo! de! elasticidade! dentro! da!mesma! gama! de! valores! (11! GPa),!sendo!que!não!é!possível!afirmar!que!existe!um!aumento!ou!decréscimo!desta!característica.!!

!

Figura!4.9!I!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!(valores!médios)!aos!28!e!90!dias!de!idade!

!De!50%!para!100%!de!substituição,!é!evidente!um!decréscimo!do!módulo!de!elasticidade,!correspondente!a!uma!diminuição!de!30%!em!relação!à!argamassa!de!referência.!Esta!diminuição!deveMse!à!forma!lamelar!dos!agregados!cerâmicos!proporcionar!um!arranjo!menos!eficiente,!criando!um!maior!volume!de!vazios!à!mistura,!que! não! se! tinha! feito! sentir! nas! percentagens! inferiores.! A! reduzida! compacidade! das! argamassas! com!agregados! finos! de! loiça! sanitária,! foi! mais! evidente! na! argamassa! de! 100%! e,! por! isso,! o! decréscimo! do!módulo!de!elasticidade!foi!mais!acentuado!nesta!composição.!Esta!diminuição!de!rigidez!é!considerada!como!positiva,! uma! vez! que! leva! a! menores! concentrações! de! tensões! internas! e,! por! sua! vez,! a! uma! maior!capacidade!de!deformação,!reduzindo!a!tendência!para!a!fissuração.!!

Seria!expectável!uma!diferença!mais!significativa!entre!os!valores!obtidos!para!as!argamassas!até!50%!de!substituição!de! areia! por! agregados!de! loiça! sanitária,! tendo! em! conta! os! resultados! obtidos!nas!massas!volúmicas,! tanto! em! estado! fresco! como! endurecido.! Por! outro! lado,! em! muitos! ensaios,! existiu! um!comportamento!muito!semelhante!da!argamassa!convencional!e!das!argamassas!até!50%!de!substituição!de! areia,! nomeadamente! no! ensaio! de! absorção! de! água! por! capilaridade! e! também! no! ensaio! de!porosidade!aberta!(ver!4.3.1.9).!

Em! relação! à! evolução! do!módulo! de! elasticidade! com! a! idade! nas! argamassas! ensaiadas,! ocorreu! uma!redução!pouco!significativa,! inferior!a!5%,!para! todas!as! composições,! sendo!que!a! tendência!descrita! se!manteve!dos!28!para!os!90!dias.!!

Silva!et!al.! (2010)!obtiveram! também!variações!pouco! significativas!do!módulo!de! elasticidade!dinâmico!com!a!idade,!o!que!está!em!concordância!com!o!verificado!na!presente!investigação.!A!Figura!4.10!apresenta!a!evolução!do!módulo!de!elasticidade!nas!composições!formuladas!pelos!estudos!apresentados!no!capítulo!

11,74! 11,86! 11,57!

8,16!

11,23! 11,49! 11,08!

8,06!

0!

2!

4!

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10!

12!

14!

0! 20! 50! 100!

Módulo!de!elasticidade!

![GPa]!

[%]!de!incorporação!!de!resíduos!de!loiça!sanitária!

28!dias!

90!dias!

Page 109: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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mecânica!dos!agregados!reciclados!em!relação!aos!naturais!e!eventual!efeito!pozolânico!da!loiça!sanitária.!

Em!primeiro!lugar,!a!maior!superfície!específica!dos!agregados!cerâmicos!cria!uma!ligação!melhorada!entre!a! pasta! e! o! agregado.! De! facto,! a!maior! rugosidade! das! partículas! de! loiça! sanitária! leva! a! um! efeito! de!pregagem! da! pasta! cimentícia! aos! agregados,! aumentando! a! resistência! à! flexão.! Este! efeito! foi! também!observado!por!Silva!et!al.!(2010)!e!por!Torkitikul!e!Chaipanich!(2010).!!!

A! maior! resistência! mecânica! dos! agregados! reciclados,! quando! comparada! à! dos! agregados! naturais,!forneceu!às!composições!uma!maior!resistência.!O!facto!de!os!agregados!de!loiça!serem!mais!rígidos!do!que!a!areia!é!comprovado!através!da!maior!massa!volúmica!real!determinada!no!estudo!de!Alves!et.!al!(2014),!que!avaliaram!a!incorporação!destes!agregados!em!betões.!Os!valores!obtidos!para!esta!grandeza,!de!acordo!com!Alves!et!al.!(2014),!são!2,986!kg/dm3!no!caso!dos!agregados!de! loiça!sanitária!e!2,550!kg/dm3!para!a!areia.!Assim!sendo,!é!justificável!que!a!maior!massa!volúmica!tenha!potenciado!um!aumento!das!resistências.!!

Como!terceiro!efeito!favorável,!salientaMse!um!eventual!efeito!pozolânico!dos!resíduos!de!loiça!sanitária,!efeito!esse!investigado!no!estudo!de!Farinha!(2015),!com!estes!mesmos!resíduos!cerâmicos.!O!efeito!pozolânico!é!originado!pela!reacção!entre!a!sílica!e!a!alumina!da!loiça!com!o!óxido!de!cálcio!livre!do!cimento,!tornando!as!argamassas!mais!resistentes.!Através!desta!reacção!química,!as!partículas!de!loiça!sanitária!funcionam!como!aglomerantes!aumentando,!assim,!a!resistência!mecânica.!Este!efeito! foi! também!constatado!por!Silva!et!al.!(2010),! quando! substituíram! areia! por! resíduos! de! tijolo! e! verificaram!um! comportamento! semelhante! ao!deste!estudo.!Concluíram!também!que!este!poderia!ter!ocorrido!pela!combinação!do!efeito!pozolânico!desses!finos!cerâmicos!com!o!próprio!efeito! fíler.!Os!autores! referiram!que!a!pozolanicidade!pode!darMse! também!para!partículas!menos! finas,! se!o!material! tiver!essa!capacidade!reactiva.!Simplesmente,! a!maior! finura!e!a!consequente!maior!superfície!específica!aumentam!o!potencial!reactivo.!

No! que! diz! respeito! à! diminuição! da! resistência! para! percentagens! de! substituição! superiores! a! 50%,!poderMseMá! atribuíMla! à! sobreposição! de! efeitos! negativos.! O! referido! aumento! da! água! de! amassadura,! à!medida!que!a!taxa!de!incorporação!de!resíduos!aumentou,!conduziu!a!um!decréscimo!da!compacidade!das!argamassas,! comprovado! em! vários! ensaios! realizados! nesta! campanha! experimental! (massa! volúmica!aparente,!ensaio!de!porosidade!aberta!e!ultraMsons).!Por!outro!lado,!a!forma!lamelar!das!partículas!de!loiça!sanitária!poderá!influenciar!a!arrumação!interna!das!partículas,!afectando!também!a!compacidade.!!

Dos! 28! para! os! 90! dias,! ocorre! um! aumento! da! resistência! à! flexão! para! todas! as! composições,! o! que! é!explicado!pela!continuação!das!reacções!de!hidratação!do!cimento.!AcreditaMse!também!que!as!partículas!de!loiça!sanitária!possam!oferecer!uma!maior!resistência!à!tracção.!De!facto,!!por!terem!uma!forma!lamelar,!distribuemMse!na!matriz!aglomerante,!proporcionando!uma!ligação!melhorada!entre!todos!os!constituintes,!o!que!beneficia!a!resistência!por!flexão!das!amostras.!!!

A!tendência!encontrada!neste!estudo!não!foi!verificada!por!Corinaldesi!e!Moriconi!(2009),!Martínez!et!al.!(2013)!e!Alves!et!al.!(2014),! já!que!os!autores!verificaram!uma!redução,!ainda!que!pouco!significativa,!da!resistência!à!flexão!das!composições!contendo!agregados!reciclados.!

Por!outro! lado,!à! semelhança!deste!estudo,!Silva!et!al.! (2010),!Neno!et!al.! (2014)!e!Penacho!et!al.! (2014)!verificaram! que! a! incorporação! de! agregados! reciclados! conduziu! a! melhorias! nas! resistências! das!argamassas!modificadas!(Figura!4.16).!Silva!et!al.!(2010)!justificaram!os!resultados!através!da!combinação!do! efeito! pozolânico! do! pó! de! tijolo! com! o! próprio! efeito! de! fíler.! Referiram! também! que! o! efeito! de!

Page 113: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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ZKZZV!ZKZZk!ZKZZ[!ZKZZo!ZKZZn!ZKZVV!ZKZVk!ZKZV[!ZKZVo!ZKZVn!ZKZYV!ZKZYk!

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Page 118: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!100!

Tabela!4.4!I!Resultados!do!ensaio!de!porosidade!aberta!aos!120!dias!de!idade!

Argamassa! Porosidade!aberta![%]! DesvioIpadrão![%]!

0%! 22,19! 0,07!20%! 23,45! 0,29!50%! 23,65! 0,19!100%! 29,67! 0,37!

Pela!análise!dos! resultados,! verificaMse!que!o!volume! total!dos!poros! interconectáveis! aumenta!à!medida!que!a!taxa!de!incorporação!de!resíduos!finos!de!loiça!sanitária!também!aumenta.!Assim!sendo,!a!argamassa!constituída! apenas! por! agregados! reciclados! apresenta! a! maior! percentagem! de! porosidade! aberta!(29,67%),!que!corresponde!a!um!aumento!de!porosidade!de!34%!em!relação!à!argamassa!de!referência.!

A!tendência!encontrada!neste!ensaio!era!expectável!pelo!aumento!da!razão!água!/!cimento.!A!maior!superfície!específica!das!partículas!cerâmicas,!associada!à!sua!forma!lamelar,!aumentou!as!exigências!de!água.!Uma!maior!quantidade!de!água!de!amassadura!afecta!a!estrutura!interna!das!argamassas,!uma!vez!que,!após!a!evaporação!da!água!que!não!foi!utilizada!nas!reações!de!endurecimento,!o!espaço!ocupado!por!esta!cria!vazios!que!afectam!a!porosidade,!que!dependendo!de!sua!distribuição!e!da!dimensão!dos!poros!pode!influenciar!negativamente!as!resistências!e!o!comportamento!face!à!água:!capilaridade,!secagem!e!!permeabilidade.!!

De!facto,!a!estrutura!porosa!das!argamassas!tem!influência!nos!resultados!de!muitos!dos!ensaios!realizados.!Foi! verificado! no! ensaio! para! determinação! da! velocidade! de! propagação! das! ondas! ultraMsónicas,! a!diminuição!da!velocidade!com!o!aumento!do!teor!de!resíduos!de!loiça!sanitária,!pela!presença!de!um!maior!número! de! descontinuidades! (vazios).! O! coeficiente! de! absorção! de! água! por! capilaridade! aumentou!substancialmente! na! argamassa! contendo! 100%! de! substituição,! pela! maior! facilidade! da! água! em!preencher! os! vazios! existentes.! Para! a! mesma! composição,! o! aumento! do! volume! de! vazios! influenciou!também!o!decréscimo!das!resistências.!!

ConcluiMse,! portanto,! que! a! porosidade! tem! particular! influência! no! comportamento! das! argamassas! em!geral,!e!em!especial!nas!avaliadas!neste!estudo.!Pode!considerarMse!que!até!50%!de!substituição!de!areia,!a!porosidade!é!semelhante!à!da!argamassa!de!referência,!sendo!que!a!partir!desta!percentagem!é!verificado!um!aumento!significativo.!Associado!a!este!facto,!está!também!a!arrumação!menos!eficiente!das!partículas!de! loiça! sanitária! contribuindo! também!para! a!menor! compacidade! das! argamassas,! o! que! está! também!interligado!com!o!aumento!da!porosidade.!

4.3.1.10. Susceptibilidade!à!fendilhação!I!aplicação!em!tijolo!

Para!este!ensaio,!foram!utilizados!três!provetes!de!cada!tipo!de!argamassa,!sendo!cada!provete!constituído!por!uma!camada!de!20!milímetros!de!argamassa!aplicada!sob!um!tijolo.!!

Ao!longo!de!sete!meses,!não!foi!observado!qualquer!indício!de!fissuração,!concluindoMse,!deste!modo,!que!a!incorporação! de! resíduos! de! loiça! sanitária! não! induziu! variações! significativas! nesta! característica,!mantendoMse!as!argamassas!relativamente!pouco!susceptíveis!à!fissuração.!A!avaliação!desta!característica!foi!feita!através!de!uma!inspecção!visual.!

A!bibliografia!consultada!concluiu!também!que!a!substituição!da!areia,!em!argamassas,!por!resíduos!de!pó!de! tijolo,! de! betão! e! de! vidro,! respectivamente! nos! estudos! de! Silva! et! al.! (2010),! Neno! et! al.! (2014)! e!Penacho!et!al.!(2014),!não!aumentam!significativamente!a!susceptibilidade!à!fendilhação.!!

Page 119: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 101!!

4.3.1.11. Observação!à!lupa!binocular!

As!observações!à!lupa!binocular!(Figura!4.23!a!Figura!4.34)!permitiram!obter!imagens!com!uma!ampliação!até!sete!vezes,!sendo!possível!obter!imagens!das!várias!argamassas!avaliadas.!

!

Figura!4.23!I!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

!

Figura!4.24!I!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!

!

Figura!4.25!I!Argamassa!com!0%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!

!

Figura!4.26!I!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

!

Figura!4.27!I!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!

!

Figura!4.28!I!Argamassa!com!20%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!700%!

!

Figura!4.29!I!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

!

Figura!4.30!I!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

!

Figura!4.31!I!Argamassa!com!50%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!

!

Figura!4.32!I!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

!

Figura!4.33!I!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!150%!

!

Figura!4.34!I!Argamassa!com!100%!de!loiça!sanitária,!ampliação!de!70%!

Deste!modo,!observouMse!amostras!das!argamassas!estudadas!através!da!lupa!binocular,!conforme!descrito!

Page 120: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!102!

no!capítulo!referente!à!descrição!dos!ensaios!realizados.!Efectivamente,!pelas!observações!realizadas,!não!se! observou! um! padrão! de! microfissuração,! sendo! que! apenas! foi! detectada! uma! fissura! na! argamassa!contendo!20%!de!resíduos!finos!de!loiça!sanitária.!As!únicas!descontinuidades!detectadas!foram!cavidades,!tendencialmente!em!maior!número!quanto!maior!a!incorporação!de!loiça,!isto!é,!a!argamassa!com!50%!de!resíduos! de! loiça! sanitária! apresentou! um!maior! número! de! cavidades! do! que! a! argamassa! apenas! com!20%.! Este! facto! justifica! igualmente! os! resultados! apresentados! anteriormente,! no! que! diz! respeito! ao!aumento!da!porosidade,!que!afectou!negativamente!diversas! características,! tais! como!o! comportamento!face!à!água!e!o!decréscimo!das!resistências!para!taxas!superiores!de!substituição!de!areia!(100%).!

Nas!menores!ampliações,!consegueMse!obter!uma!imagem!geral!da!matriz!das!amostras,!sendo!perceptível!o!aumento!da!quantidade!de!cavidades.!ConstatouMse!que!a!argamassa!com!100%!de!resíduos!de!loiça!sanitária!apresenta!de!facto!uma!estrutura!mais!porosa,!sento!visível!também!o!aumento!da!dimensão!dos!poros.!!!!

A! título! conclusivo,! a! presença! de! cavidades! justifica! o! aumento! da! porosidades! nas! argamassa! com!agregados!cerâmicos!!provenientes!da!trituração!de!loiça!sanitária.!

4.3.1.12. Escolha!para!a!fase!seguinte!

Como!referido!inicialmente,!depois!de!concluídos!os!ensaios!da!primeira!fase,!com!o!objectivo!de!avaliar!a!incorporação!de! resíduos!de! loiça! sanitária! em!argamassas!de! revestimento,! seleccionouMse! a! argamassa!modificada!que!se!pretende!caracterizar!numa!segunda! fase!em!maior!profundidade,!avaliandoMse!outras!características!igualmente!importantes!para!o!comportamento!de!argamassas!de!revestimento.!

Na!Tabela!4.5,! encontraMse!uma!compilação!dos!desempenhos!obtidos!pelas!argamassas!modificadas!nos!ensaios!anteriores,!sendo!expressos!em!termos!relativos!à!argamassa!de!referência.!De!referir!que!os!três!primeiros! ensaios! apresentados! são! de! caracterização! e,! como! tal,! não! influenciaram! a! escolha! da!argamassa.! Muito! embora! se! saiba,! e! sendo! também! evidente! neste! estudo,! que! o! aumento! de! água! de!amassadura!tem!bastante!influência!no!comportamento!em!estado!endurecido.!

Tabela!4.5!I!Tabela!síntese!dos!resultados!da!primeira!fase!de!ensaios!!(dados!em!relação!à!argamassa!de!referência.)!

Ensaios! Argamassa!20%! Argamassa!50%! Argamassa!100%!

Exigências!de!água! Aumentou!5%! Aumentou!9%! Aumentou!18%!

Massa!volúmica!em!estado!fresco! Diminuiu!2%! Diminuiu!5%! Diminui!12%!Massa!volúmica!aparente!em!

estado!endurecido!Idêntico! Diminuiu!5%! Diminuiu!12!

Módulo!de!elasticidade!dinâmico! Aumentou!1%! Diminuiu!1%! Diminuiu!30%!Velocidade!por!ultraIsons! Diminuiu!3%! Aumentou!6%! Diminuiu!6%!

Resistência!à!tracção!por!flexão!! Aumentou!33%! Aumentou!42%! Aumentou!14%!Resistência!à!compressão!(28!dias)! Aumentou!48%! Aumentou!75%! Aumentou!27%!Absorção!de!água!por!capilaridade! Idêntico! Aumentou!5%! Aumentou!41%!

Secagem! Idêntico! Semelhante! Melhorou!Porosidade! Aumentou!6%! Aumentou!7%! Aumentou!34%!

As!cores!verde,!laranja!e!vermelha!indicam!se!a!tendência!é!considerada!como!positiva,!semelhante!ou!negativa,!respectivamente,!em!relação!à!argamassa!de!referencia.!

Depois!de! apresentados!e! analisados! todos!os! ensaios,! verificouMse!que!as! argamassas! com!20!e!50%!de!substituição! de! areia! apresentavam! comportamentos! similares! aos! da! argamassa! convencional.! A!argamassa! com! 50%! destacouMse! pelo! aumento! das! resistências!mecânicas.! De! referir! que! a! escolha! da!argamassa!para!segunda!fase!foi!feita!com!base!nos!resultados!apresentados!aos!28!dias.!Por!outro!lado,!a!

Page 121: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 103!!

argamassa! com! 100%! de! resíduos! de! loiça! sanitária,! embora! tenha! apresentado! um! aumento! das!resistências! em! comparação! com! a! argamassa! convencional,! nos! restantes! ensaios! demonstrou!desempenhos!menos!satisfatórios!para!argamassas!de!revestimento.!!

Os! resultados! relativos! ao! módulo! de! elasticidade! dinâmico! mostraramMse! praticamente! constantes,! sem!variação! significativa! dos! valores,! até! 50%! de! substituição,! e! a! partir! daí! decrescem! substancialmente.! O!comportamento!relativo!à!absorção!de!água!por!capilaridade!das!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária!até!50%!não!evidenciou!comprometer!o!bom!desempenho!dos!revestimentos.!

No! ensaio! de! secagem,! a! argamassa! com! 100%! de! agregados! reciclados! foi! a! que! apresentou! um!maior!poder!de!secagem,!associado!ao!facto!de!uma!maior!porosidade!proporcionar!uma!secagem!mais!rápida.!!

RefiraMse! que,! nos! ensaios! de! comportamento! realizados,! a! argamassa! com! 50%! de! resíduos! cerâmicos!apresentou!diferenças!inferiores!a!5%,!relativamente!à!argamassa!de!referência!(à!excepção!das!resistências!mecânicas! que! tiveram! aumentos! consideráveis),! não! sendo! portanto! significativo,! evidenciando! que! esta!composição!apresenta!um!comportamento!bastante!semelhante!ao!da!argamassa!convencional.!!

Neste!sentido,!e!tendo!em!conta!que!o!objectivo!desta!dissertação!é!a!viabilidade!da!reciclagem!de!agregados!reciclados,!a!argamassa!escolhida!para!ser!avaliada!com!maior!pormenor,!em!segunda! fase,! foi!a!argamassa!com! 50%! de! resíduos! de! loiça! sanitária,! uma! vez! que! obteve! um! comportamento! satisfatório! nos! ensaios!efectuados!e!apresentou!uma!melhoria!bastante!significativa!nas!resistências!mecânicas.!!

4.3.2. Segunda!fase!

A!argamassa!modificada!seleccionada!para!esta!fase!de!ensaios!é!caracterizada!em!relação!a!outros!factores!importantes!do!desempenho!de!uma!argamassa!de! revestimento.!Na! fase!anterior!de!ensaios,! a!argamassa!com!incorporação!de!50%!de!agregados!finos!de!loiça!sanitária!foi!seleccionada!para!este!conjunto!de!ensaios.!!

4.3.2.1. Teor!de!ar!incorporado!

Os!resultados!obtidos!no!ensaio!do!teor!de!ar!incorporado,!realizado!em!estado!fresco!a!duas!amostras,!de!cada!tipo!de!argamassa,!estão!apresentados!na!Figura!4.35!e!no!Anexo!P.!

!

Figura!4.35!I!Resultados!do!ensaio!para!determinação!do!teor!de!ar!incorporado!

Os! resultados! obtidos! indicam! que! a! argamassa! com! agregados! finos! de! loiça! sanitária! apresentou! um!aumento! do! teor! de! ar! de! cerca! de! 30%.! Estes! resultados! estão! em! conformidade! com! os! obtidos! nos!ensaios!para!determinação!da!massa!volúmica!em!estado!fresco,!uma!vez!que!o!aumento!do!teor!de!ar!nas!argamassas! com! resíduos! cerâmicos! conduziu! à! redução!da!massa! volúmica.!Os! agregados! finos!de! loiça!

6,5!

8,4!

0!1!2!3!4!5!6!7!8!9!10!

Tipos!de!argamassa!

Teor!de!ar!incoporado!

![%]!

Argamassa_0%!Argamassa_50%!

Page 122: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!104!

sanitária,! ao! apresentarem! maior! angulosidade,! pela! forma! lamelar! das! partículas,! conduzem! a! um!aprisionamento!do!ar,!aumentando!esta!grandeza.!!

O!teor!de!ar!incorporado!nas!argamassas!tem!também!influência!no!módulo!de!elasticidade,!uma!vez!que!os!vazios! criados! pelas! moléculas! de! ar! (poros! fechados)! contribuem! para! a! redução! do! módulo! de!elasticidade.!Embora!os!resultados!experimentais!não!tenham!demostrado!uma!redução!muito!significativa!do!módulo!de!elasticidade!entre!a!argamassa!convencional!e!a!de!50%,!foi!notório!o!aumento!do!teor!de!ar!com! a! incorporação! de! resíduos! de! loiça! sanitária.! Como! referido,! o! aumento! do! teor! de! ar! teve!maior!expressão!nos!resultados!da!massa!volúmica,!anteriormente!apresentados.!

A! tendência!encontrada!neste!ensaio! foi! também!verificada!por!Penacho!et!al.! (2014),!que!obtiveram!um!aumento!do!teor!de!ar!incorporado!à!medida!que!a!taxa!de!incorporação!de!resíduos!de!vidro!aumentava,!atingindo!um!aumento!de!54%!para!a!percentagem!de!substituição!de!100%.!Os!autores!justificaram!estes!resultados!pela!menor!compacidade!das!argamassas!contendo!material!reciclado,!o!que!conduz!a!índices!de!vazios!maiores!e!portanto!a!um!aumento!do!teor!de!ar.!A!menor!compacidade!dos!resíduos!de!vidro!deveMse,!segundo!os!autores,!à!maior!angulosidade!das!partículas!quando!comparadas!com!a!areia!(rolada).!!

4.3.2.2. Retenção!de!água!!

O!ensaio!de!retenção!de!água!foi!realizado!a!duas!amostras!de!cada!tipo!de!argamassa,!em!estado!fresco,!sendo!que!os!resultados!estão!apresentados!na!Figura!4.36!e!no!Anexo!Q.!

!

Figura!4.36!I!Resultados!do!ensaio!de!retenção!de!água!

A!argamassa!que!evidenciou!melhores!desempenhos!neste!ensaio!foi!a!argamassa!com!50%!de!agregados!finos! de! loiça! sanitária,! em! que! a! retenção! de! água! aumentou,! aproximadamente,! 5%! em! relação! à!argamassa!de!referência.!!Estes!resultados!eram!espectáveis!uma!vez!que!a!maior!superfície!específica!dos!agregados!de! loiça!sanitária!proporcionou!o!aumento!da!retenção!de!água!nas!argamassas!estudadas.!De!acordo!com!Alves!e!Ó!(2005),!citados!por!Henz!(2009),!materiais!com!maior!superfície!específica!conduzem!a! um! aumento! da! retenção! de! água,! uma! vez! que,! ao! possuírem!maior! superfície! de! molhagem,! geram!maiores!tensões!superficiais!as!quais!tendem!a!manter!a!água!absorvida!nas!partículas.!

Os!resultados!obtidos!estão!em!conformidade!com!a!bibliografia!apresentada,!como!é!possível!verificar!com!os!dados!da!Figura!4.37.!Existe!um!comportamento!muito!semelhante!nas!argamassas!com!a! inclusão!de!agregados!de!loiça!sanitária,!resíduos!de!vidro!e!reciclados!de!tijolo.!Pelo!contrário,!o!estudo!de!Neno!et!al.!(2014)!mostra!resultados!de!retenção!de!água!mais!elevados,!comparativamente!com!os!restantes!estudos.!!

PodeMse! concluir! que! existiu! uma!melhoria! nas! argamassas! com!agregados! reciclados,! uma! vez! que!uma!maior! retenção!de! água! evita! a! sucção! rápida!por!parte!do! suporte! afectando! a!disponibilidade!de! água,!

72,7! 75,4!

0!

20!

40!

60!

80!

100!

Tipos!de!argamassa!

Retenção!de!água!

![%]! Argamassa_0%!

Argamassa_50%!

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!

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Page 124: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 125: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 126: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!108!

argamassas! em! situações! reais,! os! provetes! são! submetidos! a! ciclos! climáticos.! Para! tal,! são! avaliadas! as!características! mecânicas,! por! ultraMsons! e! através! do! ensaio! de! aderência! ao! suporte,! assim! como! o!comportamento! face! à! água! das! argamassas! formuladas,! mais! precisamente! a! permeabilidade! à! água! sob!pressão,!antes!e!depois!de!submeter!os!provetes!ao!envelhecimento!artificial!acelerado.!!

Após! submeter! os! provetes! ao! envelhecimento! artificial! acelerado,! nenhuma! das! composições! ensaiadas!apresentou!degradação!visível!ou!algum!padrão!de!fissuração.!!

4.3.2.6. UltraIsons!

Como!mencionado,!a!determinação!das!velocidades!de!propagação!das!ondas!ultraMsónicas!foi!efectuada!a!dois!provetes!para!cada!tipo!de!argamassa,!antes!e!depois!de!serem!sujeitos!aos!ciclos!de!envelhecimento!artificial!acelerado.!Por!se!tratar!de!um!ensaio!não!destrutivo,!os!provetes!avaliados!neste!ensaio,!antes!e!depois! dos! ciclos! climáticos,! são! os! mesmos.! Assim,! é! analisada! efectivamente! a! influência! do!envelhecimento!artificial!acelerado!nas!argamassas!de!revestimento.!Os!resultados!obtidos!encontramMse!na!Figura!4.40!e!no!Anexo!T.!!

!

Figura!4.40!I!Resultados!do!ensaio!de!ultraMsons,!antes!e!depois!do!envelhecimento!artificial!acelerado!(E.A.)!

Da!análise!dos!resultados,!constataMse!uma!diminuição!da!velocidade!na!argamassa!modificada,!cerca!de!11%,!comparativamente!à!argamassa!de!referência,!estando!em!conformidade!com!os!ensaios!para!determinação!da!massa! volúmica! bem! como! do! ensaio! de! porosidades! aberta.! Como! referido! aquando! da! determinação! da!velocidade! de! propagação! das! ondas! ultraMsónicas! em! provetes! prismáticos,! a! velocidade! da! onda! diminui!quando!o!meio!de!propagação!apresenta!maiores!descontinuidades,!o!que!indica!uma!menor!compacidade!da!mistura!e,!portanto,!um!aumento!da!porosidade!como!o!ensaio!de!porosidade,!aberta!determinou.!!

VerificouMse! também! que! existe! um! aumento! da! velocidade! de! propagação! após! o! envelhecimento,! em!ambas! as! composições.! Durante! os! ciclos! climáticos,! podem! ocorrer! dois! fenómenos! que! conduzem! a!resultados!contrários.!Nos!ciclos!húmidos!(chuvaMgelo),!devido!à!presença!de!água,!existem!condições!para!que! haja! hidratação! de! algum! cimento! que! tenha! ficado! por! hidratar,! o! que! conduz! a! um! aumento! da!velocidade! de! propagação! das! ondas! ultraMsónicas.! Por! outro! lado,! os! materiais,! quando! submetidos! a!variações!térmicas!(ciclos!de!calor!e!geloMdegelo),!devido!às!diferenças!de!comportamento!entre!si,!podem!gerar! microfissuração! nas! argamassas,! o! que! conduz,! inevitavelmente,! a! uma! redução! da! velocidade! de!propagação!das!ondas.!Tendo!em!conta!o!aumento!das!velocidades!registado!após!submissão!dos!provetes!aos! ciclos! climáticos,! concluiMse! que! as! reacções! tardias! de! hidratação! do! cimento! foram! mais!preponderantes!do!que!a!possível!microfissuração,!gerando!aumentos!de!velocidades.!!

1,59!1,42!

2,02! 1,92!

0,00!

0,50!

1,00!

1,50!

2,00!

2,50!

0! 50!

Velocidade!média!de!

propagação!das!ondas!!

[m/s]!

[%]!de!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária!

Antes!do!E.A.!

Depois!do!E.A.!

Page 127: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 109!!

4.3.2.7. Permeabilidade!à!água!sob!pressão!

Os!resultados!obtidos!do!ensaio!de!permeabilidade!à!água!sob!pressão,!após!48!horas,!antes!e!depois!do!envelhecimento! artificial! acelerado,! encontramMse! na! Figura! 4.41! e! no! Anexo! U.! Os! resultados! obtidos!resultam!da!avaliação!ao!mesmo!provete,!antes!e!depois!de!submetido!aos!ciclos!de!envelhecimento.!!

!

Figura!4.41!M!Permeabilidade!à!água!sob!pressão,!após!48!horas,!antes!e!após!envelhecimento!artificial!acelerado!(E.A.)!

Da! análise! dos! resultados,! constataMse! que! a! argamassa! com! resíduos! de! loiça! sanitária! apresenta! uma!maior!permeabilidade! à! água! sob!pressão,! em! relação! à! argamassa! com!agregados!naturais,! sendo! este! aumento!na!ordem! de! 22%.! Após! o! envelhecimento! artificial! acelerado,! esta! tendência! manteveMse,! já! que! o! valor! da!permeabilidade! aumentou,! para! ambas! as! composições,! embora! tenha! sido! mais! acentuado! nas! argamassas!contendo! agregados! cerâmicos! (22%! na! argamassa! padrão! e! 42%! na! argamassa! com! 50%! de! resíduos!cerâmicos).!!

Mais!uma!vez,!a!estrutura!porosa!das!composições,!comprovada!pelo!ensaio!de!porosidade!aberta!e,!como!tal,!a!menor!compacidade!das!composições!fariam!prever!o!aumento!da!permeabilidade!com!a!inclusão!de!agregados!de! loiça!sanitária.!Ainda!assim,!o!aumento!do! teor!de!ar!verificado!na!argamassa!com!50%!de!agregados! reciclados! também! teve! influência! no! aumento! da! permeabilidade! das! composições.! Existe!também!uma!relação!linear!com!o!coeficiente!de!absorção!de!água!por!capilaridade,!uma!vez!que!um!valor!superior!deste!conduz!a!um!aumento!da!permeabilidade,!verificandoMse!neste!estudo!tal!correspondência.!!

O!aumento!da!permeabilidade!das!argamassas!após!submetidas!a!envelhecimento!artificial!acelerado!não!era! um! resultado! expectável! dada! a! melhoria! das! características! mecânicas! (aumento! da! velocidade! de!propagação!das!ondas!ultraMsónicas!e,!como!se!verificará,!da!aderência!ao!suporte).!De!facto,!como!referido!no! ensaio! para! determinação! da! velocidade! por! ultraMsons,! aos! ciclos! climáticos! estão! associados! dois!fenómenos!que!podem!levar!a!comportamentos!contraditórios.!Se,!por!um!lado,!a!humidade!dos!ciclos!leva!a! que! haja! condições! para! a! continuação! das! reacções! de! hidratação! do! cimento! que! ainda! esteja! por!hidratar,!as!variações!térmicas!e!a!formação!de!gelo!podem!gerar!desenvolvimento!de!microfissuração.!De!facto,! existiu! uma! melhoria! das! resistências! mecânicas,! mas! estas! não! se! fizeram! sentir! no! ensaio! de!permeabilidade!à!água!sob!pressão.!No!ensaio!de!ultraMsons,!nos!resultados!após!envelhecimento!artificial!acelerado,!foram!detectadas!descontinuidades!(como!é!possível!verificar!nos!!gráficos!presentes!no!Anexo!T),! o! que! poderá! indiciar! desenvolvimento! de! microfissuração! que! tenha! influenciado! este! aumento! da!permeabilidade!à!água!sob!pressão.!

Pelo! contrário,! Silva! et! al.! (2010)! que! avaliaram! a! permeabilidade! à! água! sob! pressão! apenas! após! o!envelhecimento! acelerado,! verificaram! um! decréscimo,! de! cerca! de! 6%,! da! permeabilidade! com! a!

3,7! 4,5!4,3!

6,1!

0,0!1,0!2,0!3,0!4,0!5,0!6,0!7,0!8,0!

0! 50!

Quantidade!de!água!

absorvida![ml/cm

2]!

[%]!de!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária!

Antes!EA!

Após!EA!

Page 128: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 129: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 111!!

Esta!tendência!foi!também!obtida!por!Silva!et!al.!(2010),!quando!substituíram!areia!por!agregados!finos!de!tijolo!em!argamassas!de!cimento,!em!que!a!argamassa!contendo!50%!desses!resíduos!teve!um!aumento!da!tensão!de!aderência!de!18%!quando!comparada!com!a!argamassa!padrão!(Figura!4.44).!!

Tabela!4.8!I!Tensão!de!aderência!depois!do!envelhecimento!artificial!acelerado!

Argamassa! Tensão!de!aderência![MPa]!

Tipo!de!rotura!predominante!!

DesvioIpadrão![MPa]!

0%! 0,71! C! 0,13!50%! 0,83! B!/!C! 0,10!

A!M!rotura!adesiva!(no!plano!do!revestimento!M!suporte);!B!M!rotura!coesiva!(no!seio!do!revestimento);!CM!rotura!coesiva!(no!seio!do!suporte)!

Da!observação!da!Tabela!4.8!e!da!Figura!4.43,!concluiuMse!que,!após!submetidas!a!ciclos!de!envelhecimento,!as!composições!apresentaram!uma!melhoria!da!tensão!de!aderência,!sendo!mais!notória!na!argamassa!com!agregados!finos!de!loiça!sanitária,!em!que!o!aumento!foi!de!24%.!

!

Figura!4.43!I!Aderência!ao!suporte,!antes!e!depois!de!submeter!os!provetes!ao!envelhecimento!artificial!acelerado.!

Esta! melhoria! da! aderência! ao! suporte! após! envelhecimento! artificial! acelerado! deveMse,! muito!provavelmente,! à! continuação! da! hidratação! do! cimento,! mencionada! anteriormente,! uma! vez! que! o!ambiente! a! que! os! provetes! foram! submetidos! levou! a! que! essas! reacções! tivessem!melhores! condições!para!que!se!desenvolvessem.!!

Na!Figura!4.44,!encontramMse!as!tendências!observadas!nos!estudos!apresentados!no!capítulo!do!Estado!da!Arte.!Também!Silva!et!al.!(2010)!registaram!um!aumento!da!aderência!ao!suporte!nas!argamassas!contendo!resíduos!de!tijolo,!tendo!justificado!tal!resultado!através!do!eventual!efeito!de!pregagem!pasta!/!agregado.!!

Pelo!contrário,!Neno!et!al.!(2014)!obtiveram!uma!diminuição!da!aderência!ao!suporte!ao!substituir!20%!de!areia! por! resíduos! de! betão,! não! sendo! para! a! autora! considerada! significativa,! atribuindo! como! causas!prováveis!erros!associados!ao!ensaio,!como!o!manuseio!do!equipamento!de!arrancamento!e!a!aplicação!da!argamassa!no!suporte.!Penacho!et!al.!(2014)!registaram!um!decréscimo!mais!acentuado!no!valor!da!tensão!de! aderência! nas! argamassas! modificadas,! justificado! pelos! autores! pelo! desenvolvimento! de!microfissuração!das!argamassas!contendo!agregados!de!vidro.!Após!envelhecimento,!os!autores!obtiveram!um! incremento! da! tensão! de! aderência,! de! que! os! autores! apontam! como! causa! provável! a! melhor!hidratação!do!cimento!dadas!as!condições!a!que!os!provetes!foram!submetidos.!!

Martínez! et! al.! (2013)! realizaram! o! ensaio! de! aderência! aos! 28! dias! e! verificaram! que,! embora! as!argamassas! contendo! agregados! reciclados! tenham! apresentado! valores! inferiores,! em! relação! às! de!referência.!De!acordo!com!os!autores,!os!valores!de!tensão!de!aderência!são!considerados!aceitáveis.!!

0,63!0,67!0,71!

0,83!

0,00!

0,20!

0,40!

0,60!

0,80!

1,00!

0! 50!

Tensão!de!aderência!!

[MPa]!

[%]!de!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária!

Antes!E.A!

Após!E.A.!

Page 130: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

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Page 131: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 113!!

a!incorporação!destes!resíduos!não!conduzirá,!em!princípio,!a!um!aumento!da!possibilidade!de!fissuração!do!revestimento.!!

No!que!diz!respeito!à!permeabilidade!à!água!sob!pressão!existiu!um!aumento!com!a!inclusão!de!agregados!reciclados.!Tal!está!relacionado!com!a!maior!porosidade!destas!argamassas,!o!que!facilita!a!penetração!da!água! no! interior! da! argamassa.! Após! envelhecimento! artificial! acelerado,! esta! tendência! manteveMse,!levando!a!um!aumento!da!permeabilidade!à!água!sob!pressão!nas!duas!argamassas!(!a!argamassa!padrão!teve!um!aumento!de!16%,!após!E.A.).!Tal!deveMse,!provavelmente,!ao!desenvolvimento!de!microfissuração,!detectado!através!do!ensaio!de!ultraMsons,!uma!vez!que!se!verificou!a!existência!de!descontinuidades!(ver!anexo!T).!!

Por!outro! lado,!a!argamassa!com!agregados!de! loiça!sanitária!apresentou!um!comportamento!melhorado!no!que!se!refere!à!aderência!ao!suporte,!relativamente!à!argamassa!de!referência.!De!facto,!esta!tendência!verificouMse! antes! e! depois! dos! ciclos! de! envelhecimento! artificial! acelerado,! sendo! o! aumento! mais!significativo!registado!após!envelhecimento.!!

À!semelhança!dos!resultados!obtidos!na!primeira!fase!de!ensaios,!a!argamassa!contendo!50%!de!resíduos!de!loiça!sanitária!apresentou!um!comportamento!similar!ao!da!de!referência,!evidenciando!o!potencial!de!reutilização! destes! resíduos! como! agregados! finos.! A! possibilidade! de! obter! uma! argamassa! com! um!comportamento!similar!ao!de!uma!argamassa!convencional,!mas!apresentando!uma!grande!componente!de!reciclagem,!é!bastante!positiva!do!ponto!de!vista!da!sustentabilidade.!!

4.4. Conclusões!do!capítulo!!!

Os! resultados! apresentados! permitiram! uma! análise! profunda! das! propriedades! das! argamassas!produzidas!com!agregados!cerâmicos!provenientes!da!trituração!de!resíduos!de!loiça!sanitária.!!

Relativamente! ao! vector! investigado,! reciclagem! de! agregados,! estudos! anteriores! evidenciaram! a!viabilidade! técnica! de! produzir! argamassas! a! partir! de! resíduos! provenientes! do! sector! da! construção.!Efectivamente,! em! alguns! casos,! constatouMse! uma! melhoria! das! propriedades,! comparativamente! às!argamassas!convencionais.!!

Com! o! desenvolvimento! da! campanha! experimental,! foi! possível! a! caracterização! de! argamassas! com!agregados!cerâmicos!de!loiça!sanitária!e!a!sua!aplicação!no!campo!dos!revestimentos.!A!introdução!destes!em!argamassas! conduz! inevitavelmente! a!diferenças!na! estrutura! interna.!Uma!das!principais! diferenças!encontradas! é! a! configuração!das!partículas! caracterizada!pela! forma! lamelar!que! conduziu! a! valores!de!massa!volúmica!inferiores!aos!dos!agregados!naturais.!Este!facto!teve!particular!influência!em!muitos!dos!comportamentos!analisados.!

No! que! diz! respeito! às! características! no! estado! fresco,! salientaMse! o! aumento! das! exigências! de! água.!VerificaMse!que!a! trabalhabilidade!é!uma!das!propriedades!mais! afectadas!pela! incorporação!de! resíduos!cerâmicos.! Apesar! da! reduzida! absorção! de! água! por! parte! destes! agregados,! foi! necessário! aumentar!significativamente!a!quantidade!de!água!de!amassadura!para!obter!níveis!de!trabalhabilidade!semelhantes!aos! da! argamassa! de! referência,! o! que! teve! repercussões! em! muitas! dos! comportamentos! no! estado!endurecido.! A!massa! volúmica,! como! esperado,! diminuiu! linearmente! com! a! incorporação! de! reciclados,!devido!à!menor!baridade!dos!agregados!e!ao!aumento!de!água!constatado.!!

Page 132: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!114!

Em! segunda! fase,! verificouMse! um! aumento! da! retenção! de! água,! evidenciando! uma! melhoria! do!desempenho!das!argamassas!modificadas,!uma!vez!que!este!incremento!da!retenção!representa!uma!maior!probabilidade!de!o!ligante!hidratar!completamente.!O!aumento!do!teor!de!ar!das!argamassas!modificadas!deveMse!à!influencia!da!forma!lamelar!das!partículas!de!loiça,!que!conduz!ao!aprisionamento!do!ar.!!

Relativamente! ao! comportamento! no! estado! endurecido,! salientaMse,! em! primeira! instância,! as!resistências! mecânicas.! Aos! 28! dias,! registouMse! um! aumento! notório! das! resistências,! em! que! todas! as!taxas! de! substituição! de! areia! por! resíduos! de! loiça! sanitária! apresentaram! um! valor! superior! ao! da!argamassa!de!referência.!Embora!tenha!sido!registado!um!decréscimo!da!resistência!à!compressão!aos!90!dias,! quando! comparada! com! a! dos! 28! dias,! sabeMse! que! as! resistências! das! argamassas! não! são!preponderantes!no!comportamento!dos!revestimentos.!!

Os!resultados!do!módulo!de!elasticidade!dinâmico!evidenciaram!que!este!não!é!particularmente!afectado!até!percentagens!de! substituição!de!50%.!De!50%!para!100%,!verificaMse!uma!redução!acentuada,!o!que!poderá! ser! bastante! positivo! tendo! em! conta! que! os! revestimentos! estarão! mais! aptos! a! absorver!deformações.! Na! segunda! fase,! a! argamassa! com! 50%! de! inclusão! de! resíduos! também! evidenciou! uma!retracção!próxima!da!argamassa!de!referência,!registando!apenas!um!aumento!de!8%,!considerandoMse!que!esta!propriedade!não!é!afectada!pela!inclusão!deste!tipo!de!cerâmicos.!!

O!comportamento! face!à!água!merece!alguma!atenção,! embora!para! taxas!de! substituição!até!50%!o!seu!desempenho! seja! satisfatório.! O! pior! desempenho! das! argamassas! nestes! ensaios! deveMse! ao! efeito! do!aumento!da!porosidade!das!argamassas,! sendo! tanto!maior!quanto!maior!a! inclusão!de! loiça! sanitária.!O!arranjo!menos! eficiente! das! partículas,! devido! à! sua! forma! lamelar,! associado! também! ao! aumento! das!quantidades!de!água!de!amassadura,!originaram!composições!menos!compactas.!Esta!menor!compacidade!das! argamassas! com! loiça! sanitária! foi! comprovada! no! ensaio! de! porosidade! aberta,! assim! como! na!determinação! da! velocidade! de! propagação! das! ondas! ultraMsónicas.! De! referir! que,! indirectamente,! os!resultados!de!massa!volúmica!em!estado!fresco!também!já!tinham!indiciado!este!comportamento.!

No! que! diz! respeito! à! absorção! de! água! por! capilaridade,! as! argamassas! com! 20! e! 50%! de! substituição!apresentaram!comportamentos!semelhantes!ao!da!argamassa!de!referência.!O!efeito!da!maior!porosidade!fezMse! sentir! para! a! argamassa! com! 100%! de! substituição! de! areia! levando! a! um! maior! coeficiente! de!absorção! de! água.! No! ensaio! de! secagem,! a! tendência! foi! contrária! uma! vez! que! as! argamassas! que!apresentaram!maior!capacidade!de!secagem!foram!as!com!maior!porosidade.!

Em! relação! à! permeabilidade! ao! vapor! de! água,! o! comportamento! da! argamassa! com! reciclados! foi!ligeiramente!superior!ao!da!argamassa!de! referência,!podendoMse!concluir!que!esta!argamassa!apresenta!um!desempenho!melhorado!pois!permite!a!libertação!do!vapor!de!água,!facilitando!também!a!secagem!do!próprio!revestimento.!

O! ensaio! para! avaliar! a! susceptibiidade! à! fendilhação! não! evidenciou! desenvolvimento! de! fissuração!superficial,!e!as!observações!à! lupa!binocular!comprovaram!também!a!não!existência!de!fissuras!internas!nestas! argamassas.! Nestas! observações,! constatouMse! apenas! a! existência! de! cavidades,! o! que! está! em!conformidade!com!os!ensaios!que!indicaram!um!aumento!da!estrutura!porosa.!!

No! ensaio! de! aderência! ao! suporte,! voltou! a! ser! evidente! o! melhor! desempenho! das! argamassas! com!agregados!de!loiça!sanitária,!o!que!se!deve!à!melhor!ligação!pasta!/!agregado,!dada!a!maior!rugosidades!das!partículas!cerâmicas.!!

Page 133: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 115!!

5. Conclusões!e!desenvolvimentos!futuros!

5.1. Considerações!finais!

O! sector! da! construção! é! responsável! por! um! grande! consumo! de! matériasMprimas,! contribuindo! de!maneira!relevante,!para!uma!maior!degradação!do!meio!ambiente.!Além!do!elevado!consumo!de!recursos!naturais,!existem!ainda!os!resíduos!inerentes!às!actividades!do!sector.!Surge,!deste!modo,!a!necessidade!da!implementação! de! uma! reciclagem! sistemática! dos! resíduos! produzidos,! minimizando! o! consumo! de!recursos!naturais,!de!forma!a!atingir!a!sustentabilidade!do!sector.!

Só! na! Europa! os! resíduos! gerados! pela! indústria! cerâmica! ascendem! a! valores! entre! 3! e! 7%! da! sua!produção! global,! o! que! corresponde! a! vários! milhões! de! toneladas! de! argilas! calcinadas! anualmente!depositadas!em!aterro!(Fernandes!et!al.,!2004!citados!por!Torgal!et!al.,!2010).!Foi! também!estimado!que!diariamente! a! indústria! cerâmica! apresenta! um! desperdício! de! cerca! de! 30%! da! produção! diária (Senthamarai! et!al.! 2005,! citados! por! Brito! et!al.! 2013).! TornaMse! urgente! a! procura! de! alternativas! que!solucionem!o!destino!destes!resíduos,!uma!vez!que!o!depósito!em!aterro!não!constitui!uma!solução!viável,!acarretando!graves!problemas!ambientais.!

Tendo! em! conta! esta! problemática,! a!minimização! do! consumo!de! recursos! naturais! é! apontada! como! o!principal! factor! para! atingir! a! sustentabilidade! na! construção.! Deste!modo,! a! existência! de! soluções! que!integrem!estes!resíduos!possibilita,!por!um!lado,!a!diminuição!da!procura!de!recursos!naturais!e,!por!outro,!representa!um!benefício!ambiental!considerável.!

Muitos!autores! têm!comprovado!em!diversos!estudos!publicados!a!viabilidade!da!reciclagem!de!resíduos!provenientes! das! actividades! de! construção! e! demolição.! O! sector! da! construção! temMse! mostrado!promissor!na!absorção!destes!novos!materiais,!sejam!eles!resíduos!de!outras!indústrias!ou!provenientes!da!sua! actividade.! A! incorporação! destes! resíduos! na! produção! de! betões! e! ou! argamassas! é! considerada! a!forma!mais!eficaz!de!fechar!o!ciclo!de!vida!dos!materiais!utilizados!na!construção!(Leite,!2001).

É! neste! contexto! que! se! compreende! a! importância! deste! estudo,! assim! como! o! desenvolvimento! desta!temática! acerca! da! aplicação! de! resíduos! provenientes! da! construção! e! demolição! em! argamassas,! com! o!objectivo!de!diminuir,!simultaneamente,!a!quantidade!de!resíduos!depositados!em!aterro!e!o!uso!de!recursos!naturais.! A! elaboração! de! trabalhos! de! investigação! neste! campo! são! imprescindíveis! para! um!aprofundamento!do!conhecimento! técnico!acerca!da!utilização!de!agregados!reciclados,!com!o!objectivo!de!promover!normas!e!documentos!que!permitam!a!aplicação!de!agregados!reciclados!em!obras!correntes.!

Assim,!com!o!objectivo!de!contribuir!para!o!conhecimento!das!propriedades!de!argamassas!com!agregados!reciclados! de! loiça! sanitária,! desenvolveuMse! o! presente! estudo! de! modo! a! averiguar! a! influência! da!incorporação! destes! resíduos! no! comportamento! de! argamassas! cimentícias! de! revestimento.! Assim,!esperaMse! que! a! realização! desta! investigação! possa! ter! contribuído! para! o! aprofundamento! do!conhecimento!acerca!da!utilização!de!um!material!reciclado,!ainda!pouco!avaliado!quando!utilizado!como!agregado!fino!para!produção!de!argamassas.!

5.2. Conclusões!gerais!

Com! esta! dissertação,! pretendeuMse! encontrar! uma! forma! de! valorização! de! um! resíduo! proveniente! da!indústria! cerâmica,! procurando! compreender! se! era! viável! a! sua! incorporação! em! argamassas! de!

Page 134: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!116!

revestimento,!tendoMse,!para!tal,!investigado!as!suas!características!principais.

No! levantamento! bibliográfico,! realizado! para! o! capítulo! do! Estado! da! Arte,! foi! notória! a! escassez! de!estudos! acerca! da! incorporação! de! resíduos! cerâmicos! em! argamassas! de! revestimento,! em! substituição!parcial!ou!total!da!areia.!VerificouMse,!simultaneamente,!que!existe!uma!carência!de!publicações!científicas!sobre!o!desempenho!de! argamassas! cimentícias! com!agregados! cerâmicos!provenientes!da! trituração!de!loiça! sanitária.! Desta! forma,!mostrouMse! evidente! a! necessidade! de! desenvolvimento! de! estudos! sobre! a!viabilidade!da!integração!deste!agregados!reciclados.!

Assim,! a! presente! investigação! pretendeu! dar! contributo! para! a! utilização! de! material! reciclado! para!produção!de!argamassas,!mais!precisamente!a!utilização!de!material! reciclado!de!origem!cerâmica! como!agregados! finos.! Deste! modo,! avaliouMse! a! possibilidade! de! reciclagem! de! agregados,! sendo! feita! a!substituição!da!areia!por!resíduos!finos!de!loiça!sanitária,!em!volume,!preservando!a!curva!granulométrica!da!areia.!Para!tal,!foram!realizados!ensaios!experimentais!em!laboratório!a!quatro!argamassas!com!taxas!de!substituição!de!0,!20,!50!e!100%!de!areia!pelos!agregados!finos!reciclados!de! loiça!sanitária,!ao!traço!1:4!(cimento:!agregados),!com!o!objectivo!de!conhecer!propriedades!determinantes!para!um!bom!desempenho!de!uma!argamassa!de!revestimento.!

VerificouMse!que!os!resultados!foram!bastante!positivos,!sendo!que!os!objectivos!delineados!foram!alcançados,!uma!vez!que!se!conseguiu!avaliar!o!efeito!da!incorporação!de!resíduos!de!loiça!sanitária,!bem!como!verificar!que,! com! a! utilização! destes! resíduos! como! agregados,! é! possível! obter! argamassas! com! comportamento!semelhante!ao!de!uma!argamassa!padrão,!mas!com!uma!grande!componente!de!reciclagem.!

Na! primeira! fase,! em! estado! fresco,! foram! realizados! os! ensaios! para! determinação! da! consistência! por!espalhamento! e! da! massa! volúmica! da! argamassa.! Já! em! estado! endurecido,! determinouMse! a! massa!volúmica,!o!módulo!de!elasticidade!dinâmico,!as!resistências!mecânicas!e!a!velocidade!de!propagação!por!ultraMsons.!AvaliouMse!também!a!capacidade!de!absorção!de!água!por!capilaridade!e!respectiva!secagem,!a!porosidade!aberta!assim!como!a!susceptibilidade!à!fendilhação.!Numa!segunda!fase,!depois!de!escolhida!a!percentagem!de!substituição!com!resultados!mais!satisfatórios!na!primeira!fase,!procedeuMse!à!análise!da!capacidade!de!retenção!de!água,!teor!de!ar!incorporado,!variação!dimensional!e!permeabilidade!ao!vapor!de! água.! No! ensaio! de! envelhecimento! artificial! acelerado,! avaliaramMse! as! características! mecânicas!através!do!ensaio!de!determinação!da!velocidade!de!propagação!por!ultraMsons!e!do!ensaio!de!aderência!ao!suporte,! e! o! comportamento! face! à! água! foi! avaliado! através! do! ensaio! de! permeabilidade! à! água! sob!pressão.! Na! Tabela! 5.1,! são! apresentados! os! desempenhos! das! argamassas!modificadas,! relativamente! à!argamassa!convencional.!

Inicialmente,! foram! realizados! ensaios!de! identificação! aos! constituintes,! nomeadamente! a!determinação!da!massa!volúmica,!e!aos!agregados!foi!realizada!análise!granulométrica.!Para!a!mesma!granulometria,!os!agregados!reciclados!apresentam!baridades!inferiores!às!da!areia,!dado!a!forma!lamelar!dos!primeiros,!que!potencia!o!aumento!de!vazios.!

No! que! diz! respeito! à! trabalhabilidade,! verificouMse! um! aumento! das! exigências! de! água! para!manter! os!níveis!de!trabalhabilidade!nas!argamassas!com!resíduos!de!loiça!sanitária,!sendo!mais!significativo!apenas!na!argamassa!com!100%!de!agregados!reciclados.!Embora!os!agregados!de!loiça!sanitária!apresentem!uma!reduzida! absorção! de! água,! verificouMse! um! aumento! da! quantidade! de! água! com! o! aumento! da! taxa! de!incorporação! de! resíduos.! A!maior! superfície! específica! dos! agregados! reciclados,! relativamente! à! areia,!

Page 135: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 117!!

conduz!a!um!aumento!da!quantidade!de!água!necessária!para!lubrificar!a!mistura.!Este!aumento!de!água!na!composição!das!argamassas!modificadas!originou!um! incremento!da!porosidade!das!composições,!pouco!significativo,!até!50%!de!substituição!de!areia!por!loiça!sanitária.!

Tabela!5.1!I!Desempenho!das!argamassas!modificas!nos!ensaios!efectuados!(dados!em!relação!à!argamassa!convencional)!

! Ensaios! Argamassa!20%! Argamassa!50%! Argamassa!100%!

2ª!fase!

Exigências!de!água! x! x! ↗� !Módulo!de!elasticidade!dinâmico! x! x! ↘� !

Velocidade!por!ultraIsons! x! x! x!Resistência!à!tracção!por!flexão!(28!dias)! ↗� ! ↗� ! ↗� !

Resistência!à!compressão!(28!dias)! ↗� ! ↗� ! ↗�!Absorção!de!água!por!capilaridade! x! x! ↘� !

Secagem! x! x! ↗� !Porosidade!aberta! x! x! ↗� !

3ª!fase!

Teor!de!ar!incorporado! M! ↗� ! M!Retenção!de!água! M! x! M!

Permeabilidade!ao!vapor!de!água! M! x! M!Variação!dimensional! M! x! M!

Antes!E.A!

Velocidade!por!ultraIsons! M! x! M!Permeabilidade!à!água!sob!

pressão!M! ↗� ! M!

Aderência!ao!suporte! M! x! M!

Após!E.A!

Velocidade!por!ultraIsons! M! x! M!Permeabilidade!à!água!sob!

pressão!M! ↗� ! M!

Aderência!ao!suporte! M! ↗� ! M!Legenda:!

↗ ↘! M!indica!se!ocorreu!um!aumento!/!diminuição!do!valor!obtido!em!determinado!ensaio,!relativamente!à!argamassa!de! referência.! As! cores! vermelho! e! verde! indicam! se! a! tendência! é! considerada! um! aspecto! negativo! e! positivo,!respectivamente.!M!indica!que!não!foi!determinado!!x! M! indica!que! a! argamassa! apresenta!um!comportamento! semelhante! à! argamassa!de! referência,! no! referido! ensaio.!ConsiderouMse!um!valor!idêntico!aquele!que!se!afasta!da!argamassa!de!referência!apenas!10%.!E.A!M!envelhecimento!artificial!acelerado.!!

Relativamente! à!massa! volúmica,! tanto! em! estado! fresco! como! endurecido,! registouMse! uma! diminuição!com!o!aumento!da!taxa!de!incorporação!de!RCD,!o!que!se!deve!à!menor!massa!volúmica!da!loiça!sanitária,!comparativamente! com! a! areia! natural.! As! argamassas! modificadas! em! estudo! mostraram! ser! viáveis,!apresentando! valores! de!módulo! de! elasticidade! próximos! dos! da! argamassa! tradicional.! Ainda! assim,! a!argamassa! com!maior! incorporação! de! resíduos! de! loiça! sanitária! apresentou! um! decréscimo,! o! que! se!considera!positivo,!uma!vez!que!resulta!numa!maior!capacidade!para!absorver!deformações.

Relativamente! ao! comportamento! mecânico! das! argamassas,! verificouMse! que! a! incorporação! de! loiça!sanitária!em!substituição!de!areia!teve!um!efeito!positivo.!O!aumento!da!resistência!à!tracção!por!flexão!e!à!compressão! foi! considerável,! sendo! que! o! máximo! ocorreu! na! argamassa! contendo! 50%! de! resíduos,!existindo!um!incremento!de!resistência!de!42!e!75%!à!tracção!por!flexão!e!à!compressão,!respectivamente.!SalientaMse! também! o! facto! de! a! argamassa! com! 100%! de! agregados! finos! de! loiça! sanitária! apresentar!valores!de! resistências! superiores!à!argamassa!padrão,!evidenciando!que!a! incorporação!destes! resíduos!possibilitaram!uma!melhoria!nesta!característica,!que!se!deve!à!melhor!ligação!agregado!/!pasta!e!também!à!maior!resistência!mecânica!dos!agregados!reciclados!em!relação!aos!naturais.!

No!que!diz!respeito!ao!comportamento!face!à!água,!verificouMse!que,!para!taxas!de!substituição!até!50%,!as!argamassas! modificadas! apresentaram! um! coeficiente! de! capilaridade! semelhante! ao! da! argamassa! de!

Page 136: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!118!

referência,!indicando!que!a!incorporação!de!loiça!sanitária!não!afectou!a!capacidade!de!impermeabilização!do!revestimento,!até!à!percentagem!referida.!Após!o! fim!do!ensaio!de!absorção!de!água!por!capilaridade,!teve! de! imediato! início! o! ensaio! de! secagem.!Neste! verificouMse! que! as! argamassas! contendo! até! 50%!de!resíduos!de! loiça! sanitária! apresentaram!um!comportamento! idêntico!ao!da!argamassa!padrão,!no!que!diz!respeito!à!capacidade!de!secagem.!A!composição!com!100%!de!resíduos!teve!um!comportamento!melhorado!nesta!característica,!uma!vez!que,!sendo!uma!argamassa!mais!porosa,!tem!maior!facilidade!de!secagem.!

No! ensaio! de! porosidade! aberta,! foi! evidente! o! aumento! do! volume! de! poros! interconectáveis,! com! a!incorporação!de!resíduos!cerâmicos,!sendo!notório!apenas!a!partir!dos!50%!de!substituição,!uma!vez!que!até!à! referida! taxa! o! incremento! foi! inferior! a! 10%.! Esta! tendência! é! explicada! pelo! aumento! da! razão! água! /!cimento,! e! teve! influência! no! comportamento! das! argamassas! em! diversos! ensaios:! absorção! de! água! por!capilaridade,!permeabilidade!ao!vapor!de!água!e!à!água!sob!pressão,!variação!dimensional!e!velocidade!das!ondas!ultraMsónicas.!

Na!avaliação!da! susceptibilidade!à! fendilhação,!nenhuma!das!argamassas!avaliadas!demonstrou!propensão!para!o!desenvolvimento!de!fissuras.!

Em!segunda!fase,! foi!avaliada!em!maior!pormenor!a!argamassa!com!50%!de!resíduos!de! loiça!sanitária!em!substituição! de! areia.! No! ensaio! para! determinação! da! retenção! de! água,! a! argamassa! modificada!apresentou!um!aumento!na!ordem!de!5%!em!relação!à!argamassa!de!referência,!o!que!se!considera!positivo!uma!vez!que!leva!a!que!não!ocorra!uma!absorção!excessiva!de!água,!por!parte!do!suporte!onde!a!argamassa!é!aplicada,!bem!como!uma!deficiente!hidratação!do!cimento.!

Relativamente!à!permeabilidade!ao!vapor!de!água,!foram!registados!valores!mais!vantajosos,!uma!vez!que!a!argamassa!modificada! apresentou!uma!melhoria! de! comportamento,! face! à! argamassa!de! referência.! Tal!deveMse! ao! aumento,! ainda! que! pouco! significativo,! da! porosidade! das! argamassas! com! agregados!reciclados,!que!favorece!a!libertação!do!vapor!de!água.!Este!facto!é!bastante!positivo!pois,!além!de!favorecer!a!secagem!da!água!que!penetra!no!interior!das!construções,!facilita!também!a!eliminação!do!vapor!de!água!que!aí!se!forma.!

Através!do!ensaio!de!variação!dimensional,!foi!possível!verificar!que!a!substituição!de!areia!por!agregados!finos! de! loiça! sanitária! não! tem! particular! efeito! ao! nível! da! retracção! da! argamassa,! uma! vez! que! a!argamassa! modificada! estudada! (com! 50%! de! resíduos)! teve! um! aumento! de! apenas! 8%! em! relação! à!argamassa! padrão.! Em! termos! de! durabilidade,! avaliada! através! do! ensaio! de! envelhecimento! artificial!acelerado,! salientaMse!a!maior!aderência!ao!suporte!da!argamassa!com! incorporação!de!resíduos!de! loiça!sanitária,!apresentando!um!incremento!de!24%!face!à!argamassa!de!referência.!

Face! a! todos! os! resultados! obtidos,! verificaMse! que! os! agregados! finos! de! loiça! sanitária! quando!incorporados! em! argamassas! cimentícias! propiciam! a! melhoria! de! algumas! das! propriedades! das!argamassas!estudadas,!nomeadamente!ao!nível!das!resistências!mecânicas!e!da!permeabilidade!ao!vapor!de! água.! VerificouMse! que,! até! percentagens! de! substituição! de! 50%,! temMse! argamassas! com!comportamentos!semelhantes,!mas!com!uma!grande!componente!de!reciclagem.!

Com!a!realização!desta! investigação!foi!possível!constatar!a!viabilidade!de!reutilização!deste!resíduos!em!argamassas! de! cimento,! cujo! depósito! em! aterro,! por! não! serem! biodegradáveis,! não! é! uma! solução!satisfatória.!

Page 137: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 119!!

5.3. Propostas!de!desenvolvimentos!futuros!

A! concretização! do! presente! trabalho! de! investigação! permitiu! aprofundar! o! conhecimento! das!características!de!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!provenientes!da!trituração!de! loiça!sanitária!em! substituição! da! areia,! em! relação! à! sua! aplicação! como! revestimentos.! PretendeMse,! deste! modo,!esclarecer!questões!que!estão!pouco!aprofundadas!na!bibliografia,!como!a!influência!destes!agregados!no!desempenho!enquanto!revestimentos.!

Tendo! em! conta! as! propriedades! avaliadas,! é! possível! comprovar! a! viabilidade! da! utilização! destes!agregados!reciclados!em!substituição!parcial!da!areia!e!contribuir,!deste!modo,!para!a!investigação!do!uso!de!agregados!reciclados! finos!em!argamassas.!EsperaMse,!portanto,!que!a!presente! investigação!contribua!para!o!desenvolvimento!sustentável!do!sector!da!construção,!uma!vez!que!a!substituição!da!areia!por!este!tipo! de! agregados! reciclados! permite! a! redução! de! um! recurso! natural! finito,! bem! como! apresenta! uma!solução!para!resíduos!que!não!são!biodegradáveis.!!

Contudo,!depois!de!concluída!esta!investigação,!permanecem!ainda!algumas!questões!a!serem!esclarecidas,!assim!como!outros!aspectos!que!poderiam!ser!abordados!com!maior!profundidade:!

! realização! de! estudos! de! viabilidade! económicoMfinanceira! sobre! a! produção! de! argamassas! com!incorporação! de! agregados! finos! reciclados,! nomeadamente! provenientes! da! trituração! de! loiça!sanitária;!

! análise! sobre! o! processo! de! trituração! dos! agregados! reciclados! e! sua! influência! na! forma! das!partículas;!

! estudar! o! comportamento! de! argamassas! com! incorporação! de! resíduos! de! loiça! sanitária! com!substituição!da!areia,!em!argamassas!com!outro!tipo!de!ligante;!

! análise!química!por!florescências!de!raiosMX!aos!resíduos!de!loiça!sanitária,!de!modo!a!obterMse!uma!caracterização!mais!pormenorizada!deste!tipo!de!resíduos;!

! comprovação!da!reacção!pozolânica!dos!agregados!finos!de!loiça!sanitária;!! análise! aprofundada! sobre! o! comportamento!mecânico!deste! tipo!de! argamassas,! com! intuito!de!

identificar!possíveis!reacções!ocorridas!que!possam!clarificar!a!evolução!das!resistências!ao!longo!do!tempo,!nas!argamassas!com!inclusão!destes!resíduos;!

! avaliação!de!outros!tipos!de!cura!no!desempenho!de!argamassas!com!resíduos!de!loiça!sanitária;!! estudos! sobre! a! influência! de! plastificantes! ou! adições! em! argamassas! com! incorporação! de!

agregados!finos!reciclados!de!loiça!sanitária;!! avaliação! do! desempenho! das! argamassas! aqui! referidas! para! percentagens! de! substituição! de!

areia!por!resíduos!finos!loiça!sanitária!para!substituições!entre!20!e!50%.!

Page 138: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!120!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Page 139: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 121!!

Referências!bibliográficas!!

Agência! Portuguesa! do! Ambiente,! Resíduos! de! construção! e! demolição,! Disponível! em!http://www.apambiente.pt/,!Visitado!pela!última!vez!em!Outubro!de!2014.!

Alves,! A.,! Betões! com! incorporação! de! agregados! finos! reciclados! cerâmicos! –! Desempenho! em! termos!mecânicos,! Dissertação! de! Mestrado! Integrado! em! Engenharia! Civil,! Instituto! Superior! Técnico,! Lisboa,!2013.!

Alves,! A.;! Vieira,! T.;! Brito,! J.! de;! Correia,! J.,!Mechanical! properties! of! structural! concrete!with! fine! recycled!

ceramic!aggregates,!Construction!and!Building!Materials,!V.!64,!pp.!103M113,!2014.!

Alves,! N.! J.! D.;! Ó,! S.! W.,! Aditivos! incorporadores! de! ar! e! retentores! de! água;! In:! Bauer,! E.! (Org.);!Revestimentos! em! argamassas! M! Características! e! peculiaridades;! Brasília;! LEMMUnB;! SINDUSCON/DF;!2005.!

Baía,! L.! L.;! Sabbatini,! F.! H.,! Projeto! e! execução!de! revestimento!de! argamassa;! Coleção! primeiros! passos! da!qualidade!no!canteiro!de!obras.!1ª.!ed.!São!Paulo:!O!Nome!da!Rosa,!2000.!!

Braga,!M.,!Desempenho!de!argamassas!com!agregados!finos!provenientes!da!trituração!do!betão!Q!Efeito!de!fíler!pozolânico,!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Civil,!Instituto!Superior!Técnico!da!Universidade!Técnica!de!Lisboa,!Lisboa,!Novembro!de!2010.!

Brito,!J.,!Agregados!reciclados!e!a!sua!influência!nas!propriedades!dos!betões,!Lição!de!síntese!para!provas!de!agregação!em!Engenharia!Civil,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2005.!

Brito,! J.;! Saikia,! N.,! Recycled! aggregate! in! concrete.! Use! of! industrial,! construction! and! demolition!waste,!Springer,!2013.!

Carasek,!H.,!Argamassas,!Materiais!de!construção!civil!e!princípio!de!ciência!e!engenharia!de!materiais,!Editor!Geraldo!C.!Isaia,!V.2,!São!Paulo,!Brasil,!2007.!

Cardoso,! F.,!Método! de! formulação! de! argamassas! de! revestimento! baseado! em!distribuição! granulométrica! e!comportamento!reológico,! Tese!de!Doutoramento! em!Engenharia!Civil,! Escola!Politécnica!da!Universidade!de!São!Paulo,!São!Paulo,!2009.!

Cavaco,! L.,! Técnicas! de! aplicação! de! argamassas! de! revestimento! em! edifícios! antigos,! Tese! de! Mestrado! em!Construção,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2005.!

Comissão!Europeia,!Documento!de!referência!sobre!as!Melhores!Técnicas!Disponíveis!na!Indústria!Cerâmica,!2006.!

Corinaldesi,!V.;!Moriconi,!G.,!Behaviour!of!cementitious!mortars!containing!different!kinds!of!recycled!aggregate,!Construction!and!Building!Materials,!V.!23,!2009,!pp.!289M!294.!

Coutinho,!A.!S.,!Fabrico!e!propriedades!do!betão;!Volumes!I!e!II,!3ª!edição,!Lisboa,!LNEC;!1997.!

Coutinho,!A.!S.;!Gonçalves,!A.,!Fabrico!e!propriedades!do!betão;!Volume!III,!2ª!edição,!Lisboa,!LNEC,!1994.!

Estrela,! S.,!Argamassas!tradicionais!de!revestimento!de!paredes,!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Civil,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2008.!

Faria,! P.,! Argamassas! de! revestimento! para! alvenarias! antigas! Q! contribuição! para! o! estudo! da! influência! dos!

Page 140: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!122!

ligantes,! Tese! de! Doutoramento! em! Reabilitação! do! Património! Edificado,! Universidade! Nova! de! LisboaM!Faculdade!de!Ciências!e!Tecnologia,!Lisboa!2004.!

Faria,!P.,!Argamassas!sustentáveis,!2ª!Conferência!Construção!e!Reabilitação!Sustentável!de!Edifícios!no!Espaço!Lusófono,!Lisboa,!2012.!

Farinha,!C.!B.,! !Desempenho!de!argamassas!com!incorporação!de!agregados!finos!de!resíduos!de!loiça!sanitária!Q!efeito! de! fíler! e! efeito! pozolânico,! Dissertação! de!Mestrado! Integrado! em! Engenharia! Civil,! Instituto! Superior!Técnico,!Lisboa,!2015.!

Fernandes,! M.;! Sousa,! A;! Dias,! A.,! Environmental! impact! and! emissions! trade.! Ceramic! industry.! A! case!study,!Associação!Portuguesa!da!Indústria!Cerâmica!APICER,!2004.!

Gameiro,!A.;!Silva,!A.!Santos;!Faria,!P.;!Grilo,!J.;!Branco,!T;!Veiga,!M.!R;!Velosa,!A.,!Physical!and!chemical!assessment!of!lime–metakaolin!mortars:!Influence!of!binder:aggregate!ratio,!Cement!&!Concrete!Composites,!V.!45,!pp.!264M271,!2014.!

Habert,!G.;!Billard,!C.;!Rossi,!P.;!Chen,!C.;!Roussel,!N.,!Cement!production!technology!improvement!compared!to!factor!4!objectives,!Journal!of!Cement!and!Concrete!Research,!V.!40,!n.º!5,!pp.!820M826,!2009.!

Henriques,!Fernando,!Caracterização!de!revestimentos!de!paredes!para!edifícios!antigos!Q!Plano!de!investigação,!LNEC,!LISBOA,!1991,!Rel!69/91!–NCCt.!

Henz,! C.,! Análise! experimental! de! compatibilidade! das! argamassas! de! revestimento! e! encunhamento;!Trabalho!de!Diplomação!para!obtenção!de!título!de!Engenheiro!Civil,!Universidade!Federal!do!Rio!Grande!do!Sul,!Porto!Alegre.!Novembro!de!2009.!

Higashiyama,!H.;!Sappakittipakorn,!M.;!Mizukoshi,!M.;!Takahashi,!O.,!Efficiency!of!ground!granulated!blastQfurnace!slag!replacement!in!ceramic!waste!aggregate!mortar;!Cement!&!Concrete!Composites;!V.!49,!pp.!43M49,!2014.!

Higashiyama,! H.;! Sappakittipakorn,! M.;! Sano,! M.;! Yagishita,! F..! Chloride! ion! penetration! into! mortar!containing!ceramic!waste!aggregate,!Construction!and!Building!Materials,!V.!33,!pp.!48–54,!2012.!

Leão,! M.,!EcoQargamassas.!Argamassas!de!revestimentos!com! incorporação!de!resíduos! industriais,! Laboratório!Nacional!de!Engenharia!Civil,!Lisboa,!Novembro!2010.!

Mália,! M.,! Indicadores! de! resíduos! da! construção! e! demolição,! Dissertação! de!Mestrado! em! Engenharia! Civil,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2010.!

Malva,!M.,!Argamassa!de!reboco!para!edifícios!antigos.!Contributo!para!avaliação!do!seu!desempenho!através!de!técnicas!de!ensaio!“in!situ”!e!laboratoriais,!Dissertação!para!obtenção!do!grau!de!Mestrado!em!Recuperação!e!Conservação!do!Património!Construído,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2009.!

Margalha,!M.,!Ligantes!aéreos!minerais.!Processos!de!extinção!e!o!factor!tempo!na!sua!qualidade,!Dissertação!de!Doutoramento!em!Engenharia!Civil,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa;!2010;.!

Martins,! J.;! Assunção,! J.,! Argamassas! e! rebocos,! Série! Materiais,! Materiais! de! Construção,! Universidade!Fernando!Pessoa,!Porto,!2010.!

Martínez,!I.;!Etxeberria,!M.;!Pavón,!E.;!Díaz,!N.,!A!comparative!analysis!of!the!properties!of!recycled!and!natural!aggregate!in!masonry!mortars,!Construction!and!Building!Materials,!V.!49,!pp.!384M392,!2013.!

Page 141: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 123!!

Martins!P.;!de!Brito!J;!Rosa!A;!Pedro!D.,!Mechanical!performance!of!concrete!with!incorporation!of!coarse!waste!from!the!marble!quarrying!industry,!Materials!Research,!V.!15,!Nº!5,!pp.!1093M1101,!2014.!

Matias,!G.;!Faria,!P.;!Torres,! I.;!Tomás,!A.;!Ferreira,!T.;!Duarte,!T.,!Argamassas!de!cal!aérea!com!resíduos!de!ceramic,!4º!Congresso!Português!de!Argamassas!e!ETICS,!U.!Coimbra,!2012!(CDMrom).!

Mellman,!G.;!Meinhold,!U.;!Maultzsch,!M.,!Processed!concrete!rubble!for!the!reuse!as!aggregates,!International!Symposium!“Exploiting!wastes!in!concrete”,!University!of!Dundee,!Scotland,!1999,!Thomas!Telford!Books,!1999.!

Miranda,!C.,!Argilas!para!aplicação!na!indústria!de!louça!sanitária:!design!e!fabrico,!!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Cerâmica!e!do!Vidro,!Universidade!de!Aveiro,!2008.!

Miranda,!L.,!Estudo!de!factores!que!influem!na!fissuração!de!revestimentos!de!argamassa!com!entulho!reciclado,!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Civil,!Escola!Politécnica!da!Universidade!de!São!Paulo,!São!Paulo,!2000.!

Miranda,!L.;!Selmo,!S.,!Influência!de!propriedades!mecânicas!das!argamassas!na!fissuração!de!revestimentos!com!RCD,!V!Simpósio!Brasileiro!de!Tecnologia!de!Argamassas!(SBTA),!Junho!de!2003.!

Neno,!C.,!Desempenho!de!argamassas!com!incorporação!de!agregados!finos!provenientes!da!trituração!do!betão!Q!Integração!de!RCD,!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Civil,! Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!Portugal,!2010.!

Neno,!C.;!Brito,!J.!De;!Veiga,!M.!R.,!!Using!fine!recycled!concrete!aggregates!for!mortar!production,!Materials!Research,!V.!17,!N.!1,!pp.!168M177,!2014.!!

Neville,!A.,!!Properties!of!concrete,!Pitman!International!Text,!London,!1981.!

Oliveira,!R.,!Desempenho!de!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!finos!de!vidroQ!Efeito!de!fíler!e!pozolânico!Dissertação!de!Mestrado!em!Construção,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!Setembro,!2012.!

Ortiz,!O.;!Pasqualino,! J.C.;!Castells,!F.,!Environmental!performance!of!construction!waste:!ComM!paring!three!scenariosfrom!a!case!study!in!Catalonia,!Spain,!Journal!of!Waste!Management,!V.!30,!nº!4,!pp.!646M654,!2010.!

Pinheiro,!M.,!Ambiente!e!Construção!Sustentável,!Instituto!do!Ambiente,!Amadora,!2006.!

Pedro,!D.,!Desempenho!de!argamassas!fabricadas!com!incorporação!de!materiais!finos!provenientes!da!trituração!

de!pneus,!Dissertação!de!Mestrado!em!Construção,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!Setembro,!2011.!

Penacho,!P.,!Desempenho!de!argamassas!com!incorporação!de!resíduos!finos!de!vidroQ!Reciclagem!de!agregados!(RCD)!e!reacção!álcalisQsílica!(RAS),!Dissertação!de!Mestrado!em!Construção,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!Portugal,!Setembro!2012.!

Penacho,! P.;! de! Brito,! J.;! Veiga,! M.! R.;! PhysicoQmechanical! and! performance! characterization! of! mortars!incorporating!fine!glass!waste!aggregate,!Cement!and!Concrete!Composites,!V.!50,!pp.!47M59,!2014.!

Rato,!V.,!Influência!da!microestrutura!morfológica!no!comportamento!de!argamassas,!Tese!de!Doutoramento!em!Reabilitação!do!Património!Edificado,!Universidade!Nova!de!Lisboa!M!Faculdade!de!Ciências!e!Tecnologia,!Lisboa,!2006.!

Resende,! M.,! Patologia! dos! revestimentos! de! argamassa,! Tecnologia! de! Produção! de! Revestimentos,!Departamento!de!Engenharia! de!Construção!Civil,! da!Escola!Politécnica!da!Universidade!de! São!Paulo,!Maio,!2001.!

Page 142: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!124!

Roman,!H.;!Mutti,!C.;!Araújo,!H.,!Construíndo!em!alvenaria!estrutural,!Florianópolis,!UFSC,!1999.!

Santos,! M.,! Aproveitamento!de! resíduos!minerais!na! formulação!de!argamassas!para!construção!civil,! Tese! de!Doutoramento! em! Ciência! e! Engenharia! de! Materiais,! Universidade! Federal! do! Rio! Grande! do! Norte,! Natal,!Brasil,!2008.!

Souza,! R.! H.;! Veiga,! M.! R.;! Ribeiro,! S.,! Avaliação! da! deformação! de! argamassas! de! reparação! por!meio! de!diferentes!métodos!de!ensaio,! Actas! do! Simpósio! Internacional! de!Materiais! de!Manutenção! e!Restauração! de!Pavimentos!e!Controle!Tecnológico,!S.!Paulo!(Brasil),!Maio,!2000.!

Selmo,! S.,! Dosagem! de! argamassas! de! cimento! Portland! e! cal! para! revestimentos! de! fachada! dos! edifícios,!Dissertação!de!Mestrado!em!Engenharia!Civil,!USP,!São!Paulo,!1989.!

Senthamarai,!R.;!Devadas,!M.,!Concrete!with!ceramic!waste!aggregate,!Cement!and!Concrete!Composites,!27(9–10),!pp.!910–913,!2005.!

Silva,! J.;! Brito,! de! J;! Veiga,! M.! R.,! Características!mecânicas! de! argamassas! com! incorporação! de! agregados!reciclados! cerâmicos,! Revista! da! Associação! Portuguesa! de! Análise! Experimental! de! Tensões,! Mecânica!Experimental,!V.!15,!pp.!13M22,!2008.!

Silva,! J.;!de!Brito,! J.;!Veiga,!M.!R.,!Recycled!redQclay!ceramic!construction!and!demolition!waste!for!mortars!production,!Journal!of!Materials!in!Civil!Engineering,!V.!22,!Nº!3,!pp.!236–244,!2010.!

Silva,!R.V.;!Brito,!de!J.,!Properties!and!composition!of!recycled!aggregates!from!construction!and!demolition!waste!suitable!for!concrete!production,!Construction!and!Building!Materials,!V.!65,!pp.!201M217,!2014.!

Torgal,! F.! P.;! Jalali,! S.,! Resistência! e! envelhecimento! acelerado! de! betões! contendo! resíduos! cerâmicos,!Revista!Engenharia!Civil,!N.º!36,!pp.!63M71,!2010.!

Torkittikul,!P.;!Chaipanich,!A.,!Utilization!of!ceramic!waste!as!fine!aggregate!within!Portland!cement!and!fly!ash!concretes,!Cement!&!Concrete!Composites,!V.!32,!Nº!6,!pp.!440M449,!2010.!!

Vieira,! T.,! Betões! com! incorporação! de! agregados! finos! reciclados! cerâmicos! –! Desempenho! em! termos! de!durabilidade,!Dissertação!de!Mestrado!Integrado!em!Engenharia!Civil,!Instituto!Superior!Técnico,!Lisboa,!2013.!

Veiga,! M.! R.,! Comportamento! de! argamassas! de! revestimento! de! paredes! Q! Contribuição! para! o! estudo! da! sua!resistência! à! fendilhação,! Dissertação! de! Doutoramento! em! Engenharia! Civil,! Faculdade! de! Engenharia! da!Universidade!do!Porto,!Porto,!Portugal,!1998.!

Veiga,!M.!R.,!!Revestimentos!de!paredes.!Funções!e!exigências.!Arquitectura!e!Vida,!pp.!74M80,!2001.!

Veiga,! M.! R.,! Comportamento! de! argamassas! de! revestimento! de! paredes.! Susceptibilidade! à! fendilhação,!capacidade!de!impermeabilização!e!aderência!ao!suporte.!Influência!de!parâmetros!de!constituição!e!de!aplicação!e!avaliação!do!desempenho,!V!Seminário!Brasileiro!de!Tecnologia!de!Argamassas!(V!SBTA),!S.!Paulo!(Brasil),!2003.!

Veiga,! M.! R.,!As!argamassas!na!conservação,! Actas! das! 1ªs! Jornadas! de! Engenharia! Civil! da!Universidade! de!Aveiro,!Avaliação!e!Reabilitação!das!Construções!existentes,!Aveiro,!Colecção!Comunicações,!COM!103,!LNEC,!Lisboa!2003.!!

Veiga,! M.! R.,!Comportamento!à! fendilhação!de!rebocos:!avaliação!e!melhoria,! Cadernos! Edifícios! nº! 3,! Lisboa,!LNEC,!2004.!

Page 143: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! 125!!

Veiga,!M.!R.,!Influence!of!application!conditions!on!the!cracking!susceptibility!of!renderings,!RILEM!Publications!S.A.R.L.,!Concrete!Science!and!Engineering,!V.!2,!pp.!134M140,!2000.!

Veiga,!M.!R.,!Comportamento!de!revestimentos!de!fachadas!com!base!em!ligante!mineral,!!1º!Congresso!Nacional!de!Argamassas!de!Construção,!Lisboa,!Portugal,!APFAC,!Novembro,!2005.!!

Veiga,!M.! R.,!Os!revestimentos!minerais!na!impermeabilização!das!paredes!dos!edifícios;!Arte!e!Construção;!n.º!194;!2006.!

Velosa,!A.,!Argamassas!de!cal!com!pozolanas!para!revestimentos!antigos!de!paredes,!Tese!de!Doutoramento!em!Engenharia!Civil,!Universidade!de!Aveiro,!Aveiro,!2006.!!

Velosa,!A.;!Coroado,!J.;!Veiga,!M.!R.;!Rocha,!F.,!Characterization!of!roman!mortars!from!Conímbriga!with!respect!to!their!repair,!Materials!Characterization,!V.!58,!Nº!11M12,!pp.!1208M1216,!2007.!

Yoshida,!A.;!Barros,!M.,!Caracterização!de!argamassas!no!estado!fresco:!peculiaridade!na!análise!de!argamassas!industrializadas,!I!Simpósio!Brasileiro!de!Tecnologia!das!Argamassas,!Goiânia,!Brasil,!pp.!53M62,!1995.!

Normas!especificações!de!ensaios!

Cahier! 2669I4! Certification! CSTB! des! enduits! monocouches! d’! imperméabilisation,! Modalités! d’! essais.!Centre!Scientifique!et!Technique!du!Bâtiment;!1993.!

EN! 1015I1! European!Standard,!Methods!of!test! for!mortar! for!masonry!Q!Part!1:!Determination!of!particle!size!distribution!(by!sieve!analysis).!European!committee!for!standardization!(CEN);!October!1998.!

EN! 1015I2! European!Standard,!Methods!of!test! for!mortar!for!masonry!Q!Part!2:!Bulk!sampling!of!mortars!and!preparation!of!test!mortars,!European!Committee!for!Standardization!(CEN),!October!1998.!

EN!1015I3!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!3:!Determination!of!consistence!of!fresh!mortar!(by!flow!table),!European!committee!for!standardization!(CEN);!February!1999.!

EN! 1015I6! European! Standard,!Methods! of! test! for! mortar! for! masonry! Q! Part! 6:! Determination! of! bulk!density!of!fresh!mortar,!European!committee!for!standardization!(CEN),!October!1998.!

EN!1015I7!European!Standard.!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!7:!Determination!of!air!content!of!fresh!mortar,!European!committee!for!standardization!(CEN);!October!1998.!

EN!1015I10!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!10:!Determination!of!dry!bulk!density!of!hardened!mortar,!European!Committee!for!Standardization!(CEN),!August!1999.!

EN!1015I11!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!11:!Determination!of!flexural!and!compressive!strength!of!hardened!mortar,!European!committee!for!standardization!(CEN),August!1999.!

EN! 1015I12! European! Standard,! Methods! of! test! for! mortar! for! masonry! Q! Part! !12:! Determination! of!adhesive! strength! of! hardened! rendering! and! plastering! mortars! on! substrates,! European! committee! for!standardization!(CEN),!February!2000.!!

EN!1015I18!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!18:!Determination!of!water!absorption!coefficient!due!to!capillary!action!of!hardened!mortar,! European!committee! for! standardization!(CEN);!December!2002.!

EN!1015I19!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!19:!Determination!of!water!

Page 144: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!126!

vapour!permeability!of!hardened!rendering!and!plastering!mortars,!European!committee!for!standardization!(CEN);!September!1998.!!

EN! 1015I21! European! Standard,!Methods! of! test! for!mortar! for!masonry! Q! Part! !21:!Determination! of! the!compatibility! of! oneQcoat! rendering! mortars! with! !substrates,! European! committee! for! standardization!(CEN),!December!2002.!!

FE! Pa! 43! Ficha! de! ensaio,! Ensaio! de! avaliação! de! caracteristicas!mecânicas! por! ultraMsons,! Laboratório!Nacional!de!Engenharia!Civil!(LNEC),!Lisboa,!2010.!!

NP! EN! 1936,! European! Standard,!Métodos! de! ensaio! para! pedra! natural:! Determinação! das! massas!volúmicas!real!e!aparente!e!das!porosidades!total!e!aberta,!Instituto!Português!da!Qualidade,!2008.!

NP!EN!14146!European!Standard,!Natural!stone!test!methods,!Determination!of!the!dynamic!elastic!modulus!of!elasticity!(by!measuring!the!fundamental!resonance!frequency),!European!Committee!for!Standardization!(CEN),!April!2004.!

PrEN! 1015I8!European!Standard,!Methods!of!test!for!mortar!for!masonry!Q!Part!8:!Determination!of!water!retentivity!of!fresh!mortar,!European!committee!for!standardization!(CEN),!September!1999.!!

Legislação!

Directiva! 2008/98/CE! do! Parlamento! Europeu! e! do! Conselho,! Resíduos,! 19! de!Novembro,! publicada! em!Dezembro!de!2008.!!

DecretoMLei!n.o!46/2008,!de!12!de!Março! M!Resíduos!de!Construção!e!Demolição; !Diário da República, 1a

série - N.o 51 - 12; Março de 2008. !!

DecretoMLei! n.o! 488/85,! de! 25! de! Novembro! M! Normas! sobre! resíduos! sólidos; Legislação Ambiental;

Resíduos; 25 de Fevereiro de 2008.

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!

! I!

Anexos!I!Resultados!individuais!da!campanha!experimental!

Anexo!A!I!Tipo!e!número!de!provetes!!

Ensaio! Tipo!de!provete!N.!de!provetes!por!argamassa!

Tipos!de!argamassas!

N.!total!de!provetes!

Consistência!por!espalhamento! Fresco! 3! 4! 12!Massa!volúmica!em!estado!fresco!

Massa!volúmica!aparente!em!estado!endurecido!

Prisma! 6! 4! 24!

Módulo!de!elasticidade!dinâmico!Determinação!das!velocidades!por!

ultraIsons!Resistência!à!tracção!por!flexão!e!à!

compressão!Porosidade!aberta!

Observação!através!da!lupa!binocular!Absorção!de!água!por!capilaridade! SemiMprisma! 3! 4! 12!

Secagem!Susceptibilidade!à!fendilhação! Aplicação!em!tijolo! 3! 4! 12!

Teor!de!ar!incorporado! Fresco! 2! 2! 4!Retenção!de!água! Fresco! 2! 2! 4!

Variação!dimensional! Prisma! 3! 2! 6!Permeabilidade!ao!vapor!de!água! Disco! 3! 2! 6!Determinação!das!velocidades!por!

ultraIsons!Aplicação!em!tijolo! 2! 2! 4!

Permeabilidade!à!água!sob!pressão! Aplicação!em!tijolo! 2! 2! 4!Aderência!ao!suporte! Aplicação!em!tijolo! 4! 2! 8!

!

Anexo!B!I!Composição!das!argamassas!

Argamassa!Substituição!

[%]!Traço!

Volume![dm3]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]!

Loiça![dm3]!

0%! 0! 1!:!4! 1! 0,2! 0,8! 0!Fracção![mm]!

Areia!retida!(%]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]! Loiça![dm3]!Cimento![g]!

Areia![g]! Loiça![g]!

>0,149!! 0,5!

0,2!

0,004! 0!

195,2!

5,8! 0!0,149!M!0,297!! 19,3! 0,154! 0! 219,0! 0!0,297!M!0,59!! 29,32! 0,235! 0! 340,9! 0!0,59!M!1,19!! 35,12! 0,281! 0! 388,1! 0!1,19!M!2,38!! 15,76! 0,126! 0! 178,0! 0!

Argamassa!Substituição!

[%]!Traço!

Volume![dm3]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]!

Loiça![dm3]!

20%! 20! 1!:!4! 1! 0,2! 0,64! 0,16!Fracção![mm]!

Areia!retida!(%]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]! Loiça![dm3]!Cimento![g]!

Areia![g]! Loiça![g]!

>0,149!! 0,5!

0,2!

0,003! 0,001!

195,2!

4,6! 0,8!0,149!M!0,297!! 19,3! 0,124! 0,031! 175,2! 33,5!0,297!M!0,59!! 29,32! 0,188! 0,047! 272,7! 49,8!0,59!M!1,19!! 35,12! 0,225! 0,056! 310,4! 59,6!1,19!M!2,38!! 15,76! 0,101! 0,025! 142,4! 25,4!

Argamassa!Substituição!

[%]!Traço!

Volume![dm3]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]!

Loiça![dm3]!

50%! 50! 1!:!4! 1! 0,2! 0,40! 0,40!Fracção![mm]!

Areia!retida!(%]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]! Loiça![dm3]!Cimento![g]!

Areia![g]! Loiça![g]!

>0,149!! 0,5!

0,2!

0,00! 0,00!

195,2!

2,88! 2,08!0,149!M!0,297!! 19,3! 0,08! 0,08! 109,50! 83,69!0,297!M!0,59!! 29,32! 0,12! 0,12! 170,46! 124,38!0,59!M!1,19!! 35,12! 0,14! 0,14! 194,03! 148,97!1,19!M!2,38!! 15,76! 0,06! 0,06! 89,02! 63,62!

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!

!II!

!

Argamassa!Substituição!

[%]!Traço!

Volume![dm3]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]!

Loiça![dm3]!

100%! 100! 1!:!4! 1! 0,2! 0! 080!Fracção![mm]!

Areia!retida!(%]!

Cimento![dm3]!

Areia![dm3]! Loiça![dm3]!Cimento![g]!

Areia![g]! Loiça![g]!

>0,149!! 0,5!

0,2!

0! 0,00!

195,2!

0! 4,17!0,149!M!0,297!! 19,3! 0! 0,15! 0! 167,38!0,297!M!0,59!! 29,32! 0! 0,23! 0! 248,76!0,59!M!1,19!! 35,12! 0! 0,28! 0! 297,95!1,19!M!2,38!! 15,76! 0! 0,13! 0! 127,23!

!

Anexo!C!I!Análise!granulométrica!

Fracção!granulométrica![mm]!

Areia!acumulada!retida![%]!

Areia!acumulada!passada![%]!

Loiça!acumulada!retida![%]!

Loiça!acumulada!passada![%]!

>!0,149! 100! 0! 100! 0!0,149!M!0,297! 94,47! 5,53! 99,50! 0,50!0,297!M!0,590! 70,50! 29,50! 80,20! 19,80!0,590!M!1,190! 50,15! 49,85! 50,88! 49,12!1,190!M!2,380! 26,98! 73,02! 15,76! 84,24!>!2,380! 0! 100! 0! 100!

!

Anexo!D!I!Baridade!dos!constituintes!

Cimento!Portland!I!CEM!II/BIL!32,5!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 866,00! 973,00!2! 0,5! 379,5! 873,60! 988,20!3! 0,5! 379,5! 862,60! 966,20!

!

Média![kg/m3]! 976!DesvioIpadrão![kg/m3]! 9,2!Coeficiente!de!variação! 0,009!!

Areia!I!granulometria!<!0,149!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 1099,9! 1440,8!2! 0,5! 379,5! 1098,1! 1437,2!3! 0,5! 379,5! 1099,5! 1440,0!

!

Média![kg/m3]! 1439!DesvioIpadrão![kg/m3]! 1,5!Coeficiente!de!variação! 0,001!!

Areia!–!granulometria!entre!0,149!I!0,297!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 1089,6! 1420,2!2! 0,5! 379,5! 1087,9! 1416,8!3! 0,5! 379,5! 1088,5! 1418,0!

!

Média![kg/m3]! 1418!DesvioIpadrão![kg/m3]! 1,4!Coeficiente!de!variação! 0,001!!

Page 147: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! III!

Areia!I!granulometria!entre!0,297!I!0,590!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 1107,1! 1455,2!2! 0,5! 379,5! 1106,6! 1454,2!3! 0,5! 379,5! 1105,0! 1451,0!

!

Média![kg/m3]! 1454!DesvioIpadrão![kg/m3]! 1,8!Coeficiente!de!variação! 0,001!!

Areia!I!granulometria!entre!0,590!I!1,190!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 1069,4! 1379,8!2! 0,5! 379,5! 1070,1! 1381,2!3! 0,5! 379,5! 1070,8! 1382,6!

!

Média![kg/m3]! 1381!DesvioIpadrão![kg/m3]! 1,1!Coeficiente!de!variação! 0,001!

Areia!I!granulometria!entre!1,190!I!2,380!!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 1086,9! 1414,8!2! 0,5! 379,5! 1084,8! 1410,6!3! 0,5! 379,5! 1085,0! 1411,0!

!

Média![kg/m3]! 1412!DesvioIpadrão![kg/m3]! 1,9!Coeficiente!de!variação! 0,001!

Agregados!de!loiça!sanitária!I!granulometria!<!0,149!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 900,3! 1041,6!2! 0,5! 379,5! 900,8! 1042,6!3! 0,5! 379,5! 900,3! 1041,6!

!

Média![kg/m3]! 1442!DesvioIpadrão![kg/m3]! 0,5!Coeficiente!de!variação! 0,000!

Agregados!de!loiça!sanitária!I!granulometria!entre!0,149!I!0,297!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 921,70! 1084,40!2! 0,5! 379,5! 921,30! 1083,60!3! 0,5! 379,5! 921,60! 1084,20!

!

Média![kg/m3]! 1084!DesvioIpadrão![kg/m3]! 0,3!Coeficiente!de!variação! 0,000!

Agregados!de!loiça!sanitária!I!!granulometria!entre!0,297!I!0,590!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 909,60! 1060,20!2! 0,5! 379,5! 910,40! 1061,80!3! 0,5! 379,5! 909,30! 1059,60!

!

Média![kg/m3]! 1061!DesvioIpadrão![kg/m3]! 0,9!Coeficiente!de!variação! 0,001!

!

Page 148: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!IV!

Agregados!de!loiça!sanitária!I!!granulometria!entre!0,590!I!1,190!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 908,30! 1057,60!2! 0,5! 379,5! 910,00! 1061,00!3! 0,5! 379,5! 910,90! 1062,80!

!

Média![kg/m3]! 1061!DesvioIpadrão![kg/m3]! 2,2!Coeficiente!de!variação! 0,002!

Agregados!de!loiça!sanitária!I!granulometria!entre!1,190!I!2,380!!mm!

Amostras!Recipiente! Massa!do!recipiente!+!

amostra![g]!Massa!volúmica!aparente![kg/m3]!Volume![dm3]! Massa![g]!

1! 0,5! 379,5! 884,00! 1009,00!2! 0,5! 379,5! 885,30! 1011,60!3! 0,5! 379,5! 882,90! 1006,80!

!

Média![kg/m3]! 1009!DesvioIpadrão![kg/m3]! 2,0!Coeficiente!de!variação! 0,002!

!

Anexo!E!I!Consistência!por!espalhamento!/!exigências!de!água!

Argamassa!Quantidade!de!

água!por!dm3![ml]!!Espalhamento!

[mm]!Espalhamento!médio![mm]!

Razão!água!/!cimento!

0%! 223! 174! 175! 1,14!175!

20%! 233! 171! 173! 1,20!174!

50%! 243! 170! 173! 1,25!176!

100%! 263! 170! 175! 1,35!179!

!

Anexo!F!I!Massa!volúmica!das!argamassas!em!estado!fresco!

Argamassa!Volume!do!recipiente![dm3]!

Massa!do!recipiente![g]!

Massa!do!recipiente!+!argamassa![g]!

Massa!volúmica![kg/m3]!

Média![kg/m3]!

DesvioIpadrão![kg/m3]!

Coeficiente!de!variação!

0%_1! 1! 463,7! 2464! 2000,3!2028!

!19,83!!

!0%_2! 1! 463,7! 2500,5! 2036,8! 0,010!0%_3! 1! 463,7! 2510! 2046,3! !20%_1! 1! 463,7! 2440,8! 1977,1!

1981!!

8,43!!

!20%_2! 1! 463,7! 2455,8! 1992,1! 0,004!20%_3! 1! 463,7! 2436! 1972,3! !50%_1! 1! 463,7! 2384,1! 1920,4!

1917!!

2,26!!

!50%_2! 1! 463,7! 2378,7! 1915,0! 0,001!50%_3! 1! 463,7! 2380,3! 1916,6! !100%_1! 1! 463,7! 2253,4! 1789,7!

1780!!

20,72!!

!100%_2! 1! 463,7! 2262,8! 1799,1! 0,012!100%_3! 1! 463,7! 2214,9! 1751,2! !

!

Page 149: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! V!

Anexo!G!I!Massa!volúmica!aparente!das!argamassas!em!estado!endurecido!

Massa!volúmica!aparente!das!argamassas!em!estado!endurecido!aos!28!dias!

Provete!Dimensões![mm]! Massa!!

[g]!

Massa!volúmica![Kg/m3]!

Média![kg/m3]!

DesvioIpadrão![kg/m3]!

Coeficiente!de!

variação!Comprimento! Largura! Altura!

0%_1! 159,86! 40,23! 39,87! 483,58! 1885,96!1887! !

2,55!0,001!

0%_2! 160,10! 40,16! 40,03! 484,88! 1883,93!0%_3! 160,19! 39,93! 40,22! 486,24! 1890,05!20%_1! 160,28! 40,09! 39,87! 482,69! 1884,11!

1883! 4,28! 0,002!20%_2! 160,27! 39,98! 39,74! 480,61! 1887,43!20%_3! 160,24! 40,15! 39,78! 480,42! 1877,15!50%_1! 160,03! 40,19! 38,95! 452,90! 1807,90!

1800! 6,69! 0,004!50%_2! 160,45! 39,93! 39,16! 451,92! 1801,27!50%_3! 160,07! 39,11! 40,04! 449,09! 1791,60!100%_1! 160,00! 40,04! 39,07! 411,66! 1644,68!

1654! 20,57! 0,012!100%_2! 159,93! 40,07! 39,32! 411,71! 1633,91!100%_3! 159,94! 38,98! 39,37! 412,83! 1681,93!

Massa!volúmica!aparente!das!argamassas!em!estado!endurecido!aos!90!dias!

Provete!Dimensões![mm]! Massa!!

[g]!

Massa!volúmica![kg/m3]!

Média![kg/m3]!

DesvioIpadrão![kg/m3]!

Coeficiente!de!variação!Comprimento! Largura! Altura!

0%_1! 160,09! 40,20! 39,24! 484,67! 1919,23!1910! 7,36! 0,004!0%_2! 160,03! 40,07! 39,70! 484,04! 1901,38!

0%_3! 160,13! 39,69! 40,06! 485,80! 1908,06!20%_1! 160,27! 40,13! 40,05! 483,32! 1876,34!

1878! 8,32! 0,004!20%_2! 160,14! 40,29! 39,60! 477,31! 1868,13!20%_3! 160,11! 40,14! 39,59! 480,48! 1888,40!50%_1! 160,03! 40,02! 39,06! 455,63! 1821,38!

1823! 4,54! 0,002!50%_2! 160,45! 40,17! 38,77! 456,93! 1828,57!50%_3! 160,07! 39,28! 40,12! 458,51! 1817,63!100%_1! 160,00! 40,03! 38,89! 409,21! 1642,87!

1638! 3,50! 0,002!100%_2! 159,93! 40,01! 38,99! 408,36! 1636,78!100%_3! 159,94! 40,07! 39,03! 408,87! 1634,60!

!

Page 150: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!VI!

Anexo!H!I!Módulo!de!elasticidade!dinâmico!

Módulo!de!elasticidade!dinâmico!aos!28!dias!de!idade!

Provete!Dimensões![mm]! Massa!

volúmica![kg/m3]!

Massa![g]!

Frequência![Hz]!

Ed![GPa]!

Ed!médio![GPa]!

DesvioIpadrão![GPa]!

Coeficiente!de!

variação!Comprimento! Largura! Altura!

0%_1! 159,86! 40,23! 39,87! 1885,96! 483,58! 7844,40! 11,86!11,74! 0,19! 0,016!0%_2! 160,10! 40,16! 40,03! 1883,93! 484,88! 7706,00! 11,47!

0%_3! 160,19! 39,93! 40,22! 1890,05! 486,24! 7827,90! 11,89!20%_1! 160,28! 40,09! 39,87! 1884,11! 482,69! 7863,40! 11,97!

11,86! 0,32! 0,027!20%_2! 160,27! 39,98! 39,74! 1887,43! 480,61! 7927,00! 12,19!20%_3! 160,24! 40,15! 39,78! 1877,15! 480,42! 7695,20! 11,42!50%_1! 160,03! 40,19! 38,95! 1807,90! 452,90! 7945,00! 11,69!

11,57! 0,29! 0,025!50%_2! 160,45! 39,93! 39,16! 1801,27! 451,92! 7992,40! 11,85!50%_3! 160,07! 39,11! 40,04! 1791,60! 449,09! 7798,80! 11,17!100%_1! 160,00! 40,04! 39,07! 1644,68! 411,66! 7014,40! 8,29!

8,16! 0,34! 0,042!100%_2! 159,93! 40,07! 39,32! 1633,91! 411,71! 6784,10! 7,69!100%_3! 159,94! 38,98! 39,37! 1681,93! 412,83! 7027,00! 8,50!

!

Módulo!de!elasticidade!dinâmico!aos!90!dias!de!idade!

Provete!Dimensões![mm]! Massa!

volúmica![kg/m3]!

Massa![g]!

Frequência![Hz]!

Ed![GPa]!

Ed!médio![GPa]!

DesvioIpadrão![GPa]!

Coeficiente!de!

variação!Comprimento! Largura! Altura!

0%_1! 160,09! 40,20! 39,24! 1919,23! 484,67! 7536,90! 11,18!11,23! 0,04! 0,004!0%_2! 160,03! 40,07! 39,70! 1901,38! 484,04! 7596,40! 11,24!

0%_3! 160,13! 39,69! 40,06! 1908,06! 485,80! 7591,40! 11,28!20%_1! 160,27! 40,13! 40,05! 1876,34! 483,32! 7848,70! 11,88!

11,49! 0,40! 0,035!20%_2! 160,14! 40,29! 39,60! 1868,13! 477,31! 7553,10! 10,93!20%_3! 160,11! 40,14! 39,59! 1888,40! 480,48! 7760,80! 11,66!50%_1! 160,03! 40,02! 39,06! 1821,38! 455,63! 7823,80! 11,42!

11,08! 0,24! 0,022!50%_2! 160,45! 40,17! 38,77! 1828,57! 456,93! 7598,80! 10,87!50%_3! 160,07! 39,28! 40,12! 1817,63! 458,51! 7662,00! 10,94!100%_1! 160,00! 40,03! 38,89! 1642,87! 409,21! 6982,40! 8,20!

8,06! 0,15! 0,019!100%_2! 159,93! 40,01! 38,99! 1636,78! 408,36! 6970,30! 8,14!100%_3! 159,94! 40,07! 39,03! 1634,60! 408,87! 6850,90! 7,85!

!

!

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Page 151: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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!

! IX!

Anexo!J!I!Resistência!à!tracção!por!flexão!

Resistência!à!tracção!por!flexão!aos!28!dias!de!idade!

Provete!Dimensões![mm]! Força!

[N]!Flexão![MPa]!

Média![N]!

Média![MPa]!

DesvioIpadrão![MPa]!

Coeficiente!de!variação!Largura! Altura!

0%_1! 40,23! 39,87! 562! 1,32!533! 1,24! 0,12! 0,097!0%_2! 40,16! 40,03! 458! 1,07!

0%_3! 39,93! 40,22! 579! 1,34!20%_1! 40,09! 39,87! 743! 1,75!

699! 1,65! 0,13! 0,079!20%_2! 39,98! 39,74! 734! 1,74!20%_3! 40,15! 39,78! 621! 1,47!50%_1! 40,19! 38,95! 736! 1,81!

722! 1,76! 0,04! 0,023!50%_2! 39,93! 39,16! 720! 1,76!50%_3! 39,11! 40,04! 711! 1,70!100%_1! 40,04! 39,07! 623! 1,53!

575! 1,41! 0,08! 0,057!100%_2! 40,07! 39,32! 559! 1,35!100%_3! 38,98! 39,37! 544! 1,35!

!

Resistência!à!tracção!por!flexão!aos!90!dias!de!idade!

Provete!Dimensões![mm]!

Força![N]!

Flexão![MPa]!

Média![N]!

Média![MPa]!

DesvioIpadrão![MPa]!

Coeficiente!de!variação!Largura! Altura!

0%_1! 40,20! 39,24! 652! 1,58!589,7! 1,58! 0,00! 0,00!0%_2! 40,07! 39,70! 446! 1,06*!

0%_3! 39,69! 40,06! 671! 1,58!20%_1! 40,13! 40,05! 796! 1,85!

836,3! 1,98! 0,19! 0,10!20%_2! 40,29! 39,60! 770! 1,83!20%_3! 40,14! 39,59! 943! 2,25!50%_1! 40,02! 39,06! 821! 2,02!

800,7! 1,96! 0,21! 0,11!50%_2! 40,17! 38,77! 874! 2,17!50%_3! 39,28! 40,12! 707! 1,68!100%_1! 40,03! 38,89! 804! 1,99!

743,3! 1,83! 0,15! 0,08!100%_2! 40,01! 38,99! 765! 1,89!100%_3! 40,07! 39,03! 661! 1,62!

!

!

!

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!

!X!

Anexo!L!I!Resistência!à!compressão!

Resistência!à!compressão!aos!28!dias!de!idade!

Provete!Força![N]! Compressão![MPa]!

Média![N]!

Média![MPa]!

DesvioIpadrão![MPa]!

Coeficiente!de!variação!

Razão!flexão!/!

compressão!Metade!esquerda!

Metade!direita!

Metade!esquerda!

Metade!direita!

0%_1! 7294! 7597! 4,55! 4,74!7376! 4,59! 0,24! 0,05! 0,27!0%_2! 7217! 6686! 4,49! 4,16!

0%_3! 7587! 7876! 4,72! 4,90!20%_1! 7645! 11175! 4,78! 6,99!

10833! 6,79! 0,92! 0,14! 0,24!20%_2! 11619! 10935! 7,31! 6,88!20%_3! 11622! 12001! 7,28! 7,51!50%_1! 12858! 12727! 8,21! 8,13!

12589! 8,04! 0,17! 0,02! 0,22!50%_2! 12450! 12811! 7,96! 8,19!50%_3! 12595! 12094! 8,04! 7,72!100%_1! 9412! 9730! 6,02! 6,22!

9113! 5,85! 0,45! 0,08! 0,24!100%_2! 8449! 8083! 5,36! 5,13!100%_3! 9777! 9225! 6,37! 6,01!

Resistência!à!compressão!aos!90!dias!de!idade!

Provete!Força![N]! Compressão![MPa]!

Média![N]!

Média![MPa]!

DesvioIpadrão![MPa]!

Coeficiente!de!variação!

Razão!flexão!/!

compressão!Metade!esquerda!

Metade!direita!

Metade!esquerda!

Metade!direita!

0%_1! 6367! 6116! 4,04! 3,88!6343! 4,00! 0,38! 0,09! 0,35!0%_2! 6759! 5241! 4,25! 3,29!

0%_3! 6364! 7208! 4,00! 4,53!20%_1! 7742! 6408! 4,82! 3,99!

7266! 4,4! 0,35! 0,08! 0,46!20%_2! 7454! 7558! 4,02! 4,74!20%_3! 7801! 6632! 4,69! 4,17!50%_1! 7452! 7851! 4,77! 5,02!

7624! 4,9! 0,21! 0,04! 0,40!50%_2! 7179! 8195! 4,61! 5,26!50%_3! 7515! 7554! 4,77! 4,79!100%_1! 5507! 6593! 3,54! 4,24!

6130! 3,9! 0,39! 0,10! 0,47!100%_2! 6915! 5213! 4,43! 3,34!100%_3! 6045! 6507! 3,87! 4,16!

Resistência!à!compressão!aos!120!dias!de!idade!

Provete! Força![N]! Compressão![MPa]! Média![N]! Média![MPa]!DesvioIpadrão![MPa]!

Coeficiente!de!variação!

0%_1! 4812! 3,29!6200! 4,00! 0,51! 0,13!0%_2! 6736! 4,27!

0%_3! 7052! 4,43!20%_1! 7032! 4,52!

6634! 4,25! 0,20! 0,05!20%_2! 6341! 4,06!20%_3! 6528! 4,17!50%_1! 6883! 4,38!

6683! 4,24! 0,14! 0,03!50%_2! 6307! 4,05!50%_3! 6858! 4,28!100%_1! 5090! 3,32!

5399! 3,47! 0,15! 0,04!100%_2! 5370! 3,42!100%_3! 5736! 3,68!

!

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Page 155: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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Page 160: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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!XVI!

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Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

224,50! 50400! 254,13! 5,06! 0,00346! 253,09! 4,66! 0,00295! 260,56! 4,93! 0,00310! 0,00238!227,68! 51840! 254,09! 5,02! 0,00343! 253,06! 4,63! 0,00293! 260,51! 4,88! 0,00307! 0,00236!230,82! 53280! 254,00! 4,93! 0,00337! 252,98! 4,55! 0,00288! 260,44! 4,81! 0,00302! 0,00232!233,92! 54720! 253,93! 4,86! 0,00332! 252,89! 4,46! 0,00283! 260,33! 4,70! 0,00295! 0,00227!242,98! 59040! 253,73! 4,66! 0,00318! 252,72! 4,29! 0,00272! 260,15! 4,52! 0,00284! 0,00219!245,93! 60480! 253,66! 4,59! 0,00313! 252,65! 4,22! 0,00267! 260,09! 4,46! 0,00280! 0,00215!248,84! 61920! 253,61! 4,54! 0,00310! 252,60! 4,17! 0,00264! 260,04! 4,41! 0,00277! 0,00213!251,71! 63360! 253,61! 4,54! 0,00310! 252,60! 4,17! 0,00264! 260,01! 4,38! 0,00275! 0,00212!254,56! 64800! 253,57! 4,50! 0,00307! 252,57! 4,14! 0,00262! 259,96! 4,33! 0,00272! 0,00210!262,91! 69120! 253,46! 4,39! 0,00300! 252,46! 4,03! 0,00255! 259,87! 4,24! 0,00267! 0,00205!265,63! 70560! 253,42! 4,35! 0,00297! 252,44! 4,01! 0,00254! 259,83! 4,20! 0,00264! 0,00204!268,33! 72000! 253,40! 4,33! 0,00296! 252,42! 3,99! 0,00253! 259,82! 4,19! 0,00263! 0,00203!271,00! 73440! 253,41! 4,34! 0,00296! 252,41! 3,98! 0,00252! 259,81! 4,18! 0,00263! 0,00203!273,64! 74880! 253,40! 4,33! 0,00296! 252,38! 3,95! 0,00250! 259,76! 4,13! 0,00260! 0,00201!281,42! 79200! 253,32! 4,25! 0,00290! 252,29! 3,86! 0,00245! 259,65! 4,02! 0,00253! 0,00197!283,97! 80640! 253,28! 4,21! 0,00287! 252,30! 3,87! 0,00245! 259,66! 4,03! 0,00253! 0,00197!286,50! 82080! 253,25! 4,18! 0,00285! 252,26! 3,83! 0,00243! 259,62! 3,99! 0,00251! 0,00195!289,00! 83520! 253,23! 4,16! 0,00284! 252,24! 3,81! 0,00241! 259,60! 3,97! 0,00250! 0,00194!

!

!

!

&

!

!

!

!

!

Page 161: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! XVII!

Argamassa&com&20%&de&substituição&

!

Provete& 20%_1& 20%_2& 20%_3&

!L&[mm]! 38,91! 39,08! 39,12!A&[mm]! 39,95! 40,01! 40,05!S&[mm2]! 1555! 1564! 1567!Massa&[g]! 226,63! 252,04! 249,86!

Tempo&de&

imersão&[min1/2]!

Tempo&de&

imersão&[min]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Massa&[g]!

Água&evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

0,00! 0! 251,86! 25,23! 0,01623! 279,63! 27,59! 0,01765! 274,68! 24,82! 0,01584! 0,01657!5,48! 30! 251,71! 25,08! 0,01613! 279,48! 27,44! 0,01755! 274,52! 24,66! 0,01574! 0,01647!7,75! 60! 251,67! 25,04! 0,01611! 279,38! 27,34! 0,01749! 274,43! 24,57! 0,01568! 0,01643!9,49! 90! 251,53! 24,90! 0,01602! 279,30! 27,26! 0,01743! 274,33! 24,47! 0,01562! 0,01636!16,43! 270! 250,90! 24,27! 0,01561! 278,76! 26,72! 0,01709! 273,83! 23,97! 0,01530! 0,01600!21,21! 450! 250,28! 23,65! 0,01521! 278,20! 26,16! 0,01673! 273,14! 23,28! 0,01486! 0,01560!37,95! 1440! 247,15! 20,52! 0,01320! 275,07! 23,03! 0,01473! 269,57! 19,71! 0,01258! 0,01350!53,67! 2880! 238,23! 11,60! 0,00746! 265,51! 13,47! 0,00861! 260,11! 10,25! 0,00654! 0,00754!65,73! 4320! 237,50! 10,87! 0,00699! 264,58! 12,54! 0,00802! 259,16! 9,30! 0,00594! 0,00698!75,89! 5760! 237,03! 10,40! 0,00669! 264,05! 12,01! 0,00768! 258,57! 8,71! 0,00556! 0,00664!84,85! 7200! 236,49! 9,86! 0,00634! 263,44! 11,40! 0,00729! 257,99! 8,13! 0,00519! 0,00627!113,84! 12960! 235,08! 8,45! 0,00544! 261,76! 9,72! 0,00622! 256,31! 6,45! 0,00412! 0,00526!120,00! 14400! 234,84! 8,21! 0,00528! 261,52! 9,48! 0,00606! 256,12! 6,26! 0,00400! 0,00511!125,86! 15840! 234,66! 8,03! 0,00517! 261,31! 9,27! 0,00593! 255,86! 6,00! 0,00383! 0,00497!136,82! 18720! 234,31! 7,68! 0,00494! 260,91! 8,87! 0,00567! 255,46! 5,60! 0,00357! 0,00473!146,97! 21600! 233,66! 7,03! 0,00452! 260,21! 8,17! 0,00523! 254,75! 4,89! 0,00312! 0,00429!151,79! 23040! 233,48! 6,85! 0,00441! 260,01! 7,97! 0,00510! 254,54! 4,68! 0,00299! 0,00416!156,46! 24480! 233,33! 6,70! 0,00431! 259,80! 7,76! 0,00496! 254,37! 4,51! 0,00288! 0,00405!161,00! 25920! 233,16! 6,53! 0,00420! 259,64! 7,60! 0,00486! 254,19! 4,33! 0,00276! 0,00394!165,41! 27360! 233,01! 6,38! 0,00410! 259,48! 7,44! 0,00476! 254,03! 4,17! 0,00266! 0,00384!177,99! 31680! 232,70! 6,07! 0,00390! 259,13! 7,09! 0,00453! 253,71! 3,85! 0,00246! 0,00363!181,99! 33120! 232,61! 5,98! 0,00385! 259,03! 6,99! 0,00447! 253,57! 3,71! 0,00237! 0,00356!185,90! 34560! 232,51! 5,88! 0,00378! 258,91! 6,87! 0,00439! 253,47! 3,61! 0,00230! 0,00349!189,74! 36000! 232,42! 5,79! 0,00372! 258,84! 6,80! 0,00435! 253,38! 3,52! 0,00225! 0,00344!193,49! 37440! 232,33! 5,70! 0,00367! 258,71! 6,67! 0,00427! 253,23! 3,37! 0,00215! 0,00336!204,35! 41760! 232,03! 5,40! 0,00347! 258,37! 6,33! 0,00405! 252,92! 3,06! 0,00195! 0,00316!207,85! 43200! 231,95! 5,32! 0,00342! 258,26! 6,22! 0,00398! 252,83! 2,97! 0,00190! 0,00310!211,28! 44640! 231,87! 5,24! 0,00337! 258,17! 6,13! 0,00392! 252,77! 2,91! 0,00186! 0,00305!214,66! 46080! 231,82! 5,19! 0,00334! 258,13! 6,09! 0,00389! 252,69! 2,83! 0,00181! 0,00301!217,99! 47520! 231,77! 5,14! 0,00331! 258,05! 6,01! 0,00384! 252,65! 2,79! 0,00178! 0,00298!

Page 162: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!XVIII!

Tempo&de&

imersão&[min1/2]!

Tempo&de&

imersão&[min]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Massa&[g]!

Água&evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

227,68! 51840! 231,60! 4,97! 0,00320! 257,88! 5,84! 0,00373! 252,46! 2,60! 0,00166! 0,00286!230,82! 53280! 231,58! 4,95! 0,00318! 257,83! 5,79! 0,00370! 252,44! 2,58! 0,00165! 0,00284!233,92! 54720! 231,55! 4,92! 0,00317! 257,77! 5,73! 0,00366! 252,38! 2,52! 0,00161! 0,00281!236,98! 56160! 231,51! 4,88! 0,00314! 257,77! 5,73! 0,00367! 252,33! 2,47! 0,00158! 0,00279!240,00! 57600! 231,48! 4,85! 0,00312! 257,68! 5,64! 0,00361! 252,31! 2,45! 0,00156! 0,00276!248,84! 61920! 231,35! 4,72! 0,00304! 257,53! 5,49! 0,00351! 252,16! 2,30! 0,00147! 0,00267!251,71! 63360! 231,33! 4,70! 0,00302! 257,51! 5,47! 0,00350! 252,13! 2,27! 0,00145! 0,00266!254,56! 64800! 231,26! 4,63! 0,00298! 257,42! 5,38! 0,00344! 252,05! 2,19! 0,00140! 0,00261!257,37! 66240! 231,22! 4,59! 0,00295! 257,38! 5,34! 0,00342! 252,03! 2,17! 0,00139! 0,00258!260,15! 67680! 231,20! 4,57! 0,00294! 257,35! 5,31! 0,00340! 251,99! 2,13! 0,00136! 0,00257!273,64! 74880! 231,07! 4,44! 0,00286! 257,18! 5,14! 0,00329! 251,86! 2,00! 0,00128! 0,00247!276,26! 76320! 231,05! 4,42! 0,00284! 257,17! 5,13! 0,00328! 251,86! 2,00! 0,00128! 0,0247!286,50! 82080! 230,92! 4,29! 0,00276! 256,98! 4,94! 0,00316! 251,69! 1,83! 0,00117! 0,00236!289,00! 83520! 230,87! 4,24! 0,00273! 256,92! 4,88! 0,00312! 251,64! 1,78! 0,00114! 0,00233!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Page 163: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! XIX!

Argamassa&com&50%&de&substituição&

!

Provete& 50%_1& 50%_2& 50%_3&

!L&[mm]! 39,16! 38,87! 49,06!A&[mm]! 40,17! 40,06! 39,96!S&[mm2]! 1573! 1557! 1960!Massa&[g]! 236,11! 236,42! 229,46!

Tempo&de&imersão&[min1/2]&

Tempo&de&imersão&[min]&

Massa&[g]&Água&

evaporada&∆M&[g]&

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]&

Massa&[g]&Água&

evaporada&∆M&[g]&

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]&

Massa&[g]&Água&

evaporada&∆M&[g]&

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]&

Média&[g/mm2]&

0,00! 0! 264,18! 28,07! 0,01784! 264,98! 28,56! 0,01834! 257,23! 27,77! 0,01417! 0,01678!5,48! 30! 264,06! 27,95! 0,01777! 264,83! 28,41! 0,01825! 257,01! 27,55! 0,01405! 0,01669!7,75! 60! 263,98! 27,87! 0,01772! 264,79! 28,37! 0,01822! 256,98! 27,52! 0,01404! 0,01666!9,49! 90! 263,89! 27,78! 0,01766! 264,61! 28,19! 0,01810! 256,87! 27,41! 0,01398! 0,01658!16,43! 270! 263,33! 27,22! 0,01730! 264,95! 28,53! 0,01832! 256,16! 26,70! 0,01362! 0,01642!21,21! 450! 262,77! 26,66! 0,01695! 263,19! 26,77! 0,01719! 255,50! 26,04! 0,01328! 0,01581!37,95! 1440! 259,37! 23,26! 0,01479! 259,16! 22,74! 0,01460! 251,97! 22,51! 0,01148! 0,01362!53,67! 2880! 249,80! 13,69! 0,00870! 249,28! 12,86! 0,00826! 242,41! 12,95! 0,00661! 0,00786!65,73! 4320! 248,91! 12,80! 0,00814! 248,54! 12,12! 0,00778! 241,60! 12,14! 0,00619! 0,00737!75,89! 5760! 248,29! 12,18! 0,00774! 248,04! 11,62! 0,00746! 241,05! 11,59! 0,00591! 0,00704!84,85! 7200! 247,76! 11,65! 0,00741! 247,57! 11,15! 0,00716! 240,59! 11,13! 0,00568! 0,00675!113,84! 12960! 246,11! 10,00! 0,00636! 245,93! 9,51! 0,00611! 238,99! 9,53! 0,00486! 0,00578!120,00! 14400! 245,82! 9,71! 0,00617! 245,69! 9,27! 0,00595! 238,75! 9,29! 0,00474! 0,00562!125,86! 15840! 245,59! 9,48! 0,00603! 245,47! 9,05! 0,00581! 238,55! 9,09! 0,00464! 0,00549!136,82! 18720! 245,19! 9,08! 0,00577! 245,02! 8,60! 0,00552! 238,10! 8,64! 0,00441! 0,00523!146,97! 21600! 244,44! 8,33! 0,00530! 244,36! 7,94! 0,00510! 237,42! 7,96! 0,00406! 0,00482!151,79! 23040! 244,23! 8,12! 0,00516! 244,18! 7,76! 0,00498! 237,24! 7,78! 0,00397! 0,00470!156,46! 24480! 244,06! 7,95! 0,00505! 243,99! 7,57! 0,00486! 237,07! 7,61! 0,00388! 0,00460!161,00! 25920! 243,88! 7,77! 0,00494! 243,82! 7,40! 0,00475! 236,90! 7,44! 0,00380! 0,00450!165,41! 27360! 243,71! 7,60! 0,00483! 243,66! 7,24! 0,00465! 236,74! 7,28! 0,00371! 0,00440!177,99! 31680! 243,38! 7,27! 0,00462! 243,30! 6,88! 0,00442! 236,41! 6,95! 0,00355! 0,00420!181,99! 33120! 243,23! 7,12! 0,00453! 243,21! 6,79! 0,00436! 236,27! 6,81! 0,00347! 0,00412!185,90! 34560! 243,12! 7,01! 0,00446! 234,07! 6,65! 0,00427! 236,16! 6,70! 0,00342! 0,00394!189,74! 36000! 243,03! 6,92! 0,00440! 243,01! 6,59! 0,00423! 236,09! 6,63! 0,00338! 0,00400!193,49! 37440! 242,89! 6,78! 0,00431! 242,86! 6,44! 0,00414! 235,95! 6,49! 0,00331! 0,00392!204,35! 41760! 242,58! 6,47! 0,00411! 242,55! 6,13! 0,00394! 235,66! 6,20! 0,00316! 0,00374!207,85! 43200! 242,48! 6,37! 0,00405! 242,49! 6,07! 0,00390! 235,57! 6,11! 0,00312! 0,00369!211,28! 44640! 242,42! 6,31! 0,00401! 242,42! 6,00! 0,00385! 235,50! 6,04! 0,00308! 0,00365!

Page 164: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!XX!

Tempo&de&imersão&[min1/2]!

Tempo&de&imersão&[min]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

214,66! 46080! 242,36! 6,25! 0,00397! 242,35! 5,93! 0,00381! 235,44! 5,98! 0,00305! 0,00361!217,99! 47520! 242,27! 6,16! 0,00392! 242,28! 5,86! 0,00376! 235,39! 5,93! 0,00302! 0,00357!227,68! 51840! 242,10! 5,99! 0,00381! 242,12! 5,70! 0,00366! 235,23! 5,77! 0,00294! 0,00347!230,82! 53280! 242,07! 5,96! 0,00379! 242,09! 5,67! 0,00364! 235,18! 5,72! 0,00292! 0,00345!233,92! 54720! 242,00! 5,89! 0,00374! 242,03! 5,61! 0,00360! 235,15! 5,69! 0,00290! 0,00342!236,98! 56160! 241,98! 5,87! 0,00373! 242,01! 5,59! 0,00359! 235,08! 5,62! 0,00287! 0,00340!240,00! 57600! 241,94! 5,83! 0,00371! 241,97! 5,55! 0,00356! 235,08! 5,62! 0,00287! 0,00338!248,84! 61920! 241,78! 5,67! 0,00360! 241,82! 5,40! 0,00347! 234,95! 5,49! 0,00280! 0,00329!251,71! 63360! 241,72! 5,61! 0,00357! 241,78! 5,36! 0,00344! 234,9! 5,44! 0,00277! 0,00326!254,56! 64800! 241,68! 5,57! 0,00354! 241,74! 5,32! 0,00342! 234,85! 5,39! 0,00275! 0,00324!257,37! 66240! 241,65! 5,54! 0,00352! 241,72! 5,30! 0,00340! 234,82! 5,36! 0,00273! 0,00322!260,15! 67680! 241,58! 5,47! 0,00348! 241,66! 5,24! 0,00337! 234,78! 5,32! 0,00271! 0,00319!273,64! 74880! 241,45! 5,34! 0,00339! 241,53! 5,11! 0,00328! 234,65! 5,19! 0,00265! 0,00311!276,26! 76320! 241,44! 5,33! 0,00339! 241,53! 5,11! 0,00328! 234,65! 5,19! 0,00265! 0,00311!

!

!

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Page 165: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

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! XXI!

Argamassa&com&100%&de&substituição&

! Provete& 100%_1& 100%_2& 100%_3&

!! L&[mm]! 38,28! 39,23! 38,91!! A&[mm]! 40,09! 40,06! 40,08!! S&[mm2]! 1534,65! 1571,55! 1559,51!! Massa&[g]! 216,73! 212,13! 216,1!

Tempo&de&imersão&[min1/2]!

Tempo&de&imersão&[min]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

0,00! 0! 250,50! 33,77! 0,02201! 244,42! 32,29! 0,02055! 248,65! 32,55! 0,02087! 0,02114!5,48! 30! 250,46! 33,73! 0,02198! 244,28! 32,15! 0,02046! 248,50! 32,40! 0,02078! 0,02107!7,75! 60! 250,31! 33,58! 0,02188! 244,18! 32,05! 0,02039! 248,41! 32,31! 0,02072! 0,02100!9,49! 90! 250,20! 33,47! 0,02181! 244,11! 31,98! 0,02035! 248,32! 32,22! 0,02066! 0,02094!16,43! 270! 249,72! 32,99! 0,02150! 243,51! 31,38! 0,01997! 247,64! 31,54! 0,02022! 0,02056!21,21! 450! 249,04! 32,31! 0,02105! 242,10! 29,97! 0,01907! 247,00! 30,90! 0,01981! 0,01998!37,95! 1440! 245,63! 28,90! 0,01883! 239,16! 27,03! 0,01720! 243,19! 27,09! 0,01737! 0,01780!53,67! 2880! 233,36! 16,63! 0,01084! 228,10! 15,97! 0,01016! 231,94! 15,84! 0,01016! 0,01039!65,73! 4320! 232,20! 15,47! 0,01008! 227,26! 15,13! 0,00963! 231,08! 14,98! 0,00961! 0,00977!75,89! 5760! 231,58! 14,85! 0,00968! 226,63! 14,50! 0,00923! 230,47! 14,37! 0,00921! 0,00937!84,85! 7200! 230,92! 14,19! 0,00925! 225,99! 13,86! 0,00882! 229,96! 13,86! 0,00889! 0,00898!113,84! 12960! 228,88! 12,15! 0,00792! 224,21! 12,08! 0,00769! 228,12! 12,02! 0,00771! 0,00777!120,00! 14400! 228,52! 11,79! 0,00768! 223,87! 11,74! 0,00747! 227,81! 11,71! 0,00751! 0,00755!125,86! 15840! 228,29! 11,56! 0,00753! 223,61! 11,48! 0,00730! 227,58! 11,48! 0,00736! 0,00740!136,82! 18720! 227,73! 11,00! 0,00717! 223,10! 10,97! 0,00698! 227,03! 10,93! 0,00701! 0,00705!146,97! 21600! 226,92! 10,19! 0,00664! 222,35! 10,22! 0,00650! 226,30! 10,20! 0,00654! 0,00656!151,79! 23040! 226,68! 9,95! 0,00648! 222,10! 9,97! 0,00634! 226,06! 9,96! 0,00639! 0,00640!156,46! 24480! 226,46! 9,73! 0,00634! 221,88! 9,75! 0,00620! 225,86! 9,76! 0,00626! 0,00627!161,00! 25920! 226,25! 9,52! 0,00620! 221,69! 9,56! 0,00608! 225,66! 9,56! 0,00613! 0,00614!165,41! 27360! 226,08! 9,35! 0,00609! 221,49! 9,36! 0,00596! 225,47! 9,37! 0,00601! 0,00602!177,99! 31680! 225,69! 8,96! 0,00584! 221,45! 9,32! 0,00593! 225,11! 9,01! 0,00578! 0,00585!181,99! 33120! 225,56! 8,83! 0,00575! 221,04! 8,91! 0,00567! 225,00! 8,90! 0,00571! 0,00571!185,90! 34560! 225,44! 8,71! 0,00568! 220,91! 8,78! 0,00559! 224,86! 8,76! 0,00562! 0,00563!189,74! 36000! 225,32! 8,59! 0,00560! 220,80! 8,67! 0,00552! 224,76! 8,66! 0,00555! 0,00556!193,49! 37440! 225,14! 8,41! 0,00548! 220,66! 8,53! 0,00543! 224,63! 8,53! 0,00547! 0,00546!204,35! 41760! 224,79! 8,06! 0,00525! 220,30! 8,17! 0,00520! 224,26! 8,16! 0,00523! 0,00523!207,85! 43200! 224,65! 7,92! 0,00516! 220,19! 8,06! 0,00513! 224,13! 8,03! 0,00515! 0,00515!211,28! 44640! 224,59! 7,86! 0,00512! 220,13! 8,00! 0,00509! 224,06! 7,96! 0,00510! 0,00511!214,66! 46080! 224,49! 7,76! 0,00506! 220,04! 7,91! 0,00503! 223,97! 7,87! 0,00505! 0,00505!217,99! 47520! 224,43! 7,70! 0,00502! 219,97! 7,84! 0,00499! 223,90! 7,80! 0,00500! 0,00500!

Page 166: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!XXII!

Tempo&de&imersão&[min1/2]!

Tempo&de&imersão&[min]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Massa&[g]!Água&

evaporada&∆M&[g]!

Água&evaporada&por&unidade&de&área&∆M/S&

[g/mm2]!

Média&[g/mm2]!

227,68! 51840! 224,22! 7,49! 0,00488! 219,78! 7,65! 0,00487! 223,70! 7,60! 0,00487! 0,00487!230,82! 53280! 224,16! 7,43! 0,00484! 219,72! 7,59! 0,00483! 223,64! 7,54! 0,00483! 0,00484!233,92! 54720! 224,11! 7,38! 0,00481! 219,67! 7,54! 0,00480! 223,59! 7,49! 0,00480! 0,00480!236,98! 56160! 224,05! 7,32! 0,00477! 219,61! 7,48! 0,00476! 223,53! 7,43! 0,00476! 0,00476!240,00! 57600! 224,02! 7,29! 0,00475! 219,57! 7,44! 0,00473! 223,49! 7,39! 0,00474! 0,00474!248,84! 61920! 223,81! 7,08! 0,00461! 219,37! 7,24! 0,00461! 223,27! 7,17! 0,00460! 0,00461!251,71! 63360! 223,75! 7,02! 0,00457! 219,31! 7,18! 0,00457! 223,24! 7,14! 0,00458! 0,00457!254,56! 64800! 223,67! 6,94! 0,00452! 219,24! 7,11! 0,00452! 223,16! 7,06! 0,00453! 0,00452!257,37! 66240! 223,63! 6,90! 0,00450! 219,22! 7,09! 0,00451! 223,13! 7,03! 0,00451! 0,00451!260,15! 67680! 223,56! 6,83! 0,00445! 219,15! 7,02! 0,00447! 223,07! 6,97! 0,00447! 0,00446!273,64! 74880! 223,39! 6,66! 0,00434! 218,95! 6,82! 0,00434! 222,85! 6,75! 0,00433! 0,00434!276,26! 76320! 223,35! 6,62! 0,00431! 218,93! 6,80! 0,00433! 222,84! 6,74! 0,00432! 0,00432!286,50! 82080! 223,10! 6,37! 0,00415! 218,65! 6,52! 0,00415! 222,50! 6,40! 0,00410! 0,00413!289,00! 83520! 223,06! 6,33! 0,00412! 218,63! 6,50! 0,00414! 222,56! 6,46! 0,00414! 0,00413!

!

!

!

!

!

!

!

!

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!

!XXIV!

Anexo&O&(&Porosidade&aberta&

Argamassa&Massa&do&

provete&seco&[g]&

Massa&do&provete&saturado&imerso&

[g]&

Massa&do&provete&

saturado&[g]&

Porosidade&aberta&[%]&

Porosidade&aberta&média&

[%]&

Desvio&&padrão&[%]&

Coeficiente&de&variação&

0%_1! 76,35! 45,00! 85,253! 22,12! 22,19! 0,07! 0,003!0%_2! 66,37! 39,22! 74,144! 22,26!20%_1! 76,66! 45,56! 86,037! 23,17! 23,45! 0,29! 0,012!20%_2! 69,13! 41,20! 77,825! 23,74!50%_1! 75,25! 43,56! 84,965! 23,46! 23,65! 0,19! 0,008!50%_2! 65,84! 38,00! 74,556! 23,84!100%_1! 55,45! 31,75! 65,628! 30,04! 29,67! 0,37! 0,013!100%_2! 64,69! 36,81! 76,242! 29,30!&Anexo&P&(&Teor&de&ar&

Provete& Teor&de&ar&[%]& Média&de&teor&de&ar&[%]& Desvio(padrão&[%]& Coeficiente&de&variação&

0%_1& 6,50! 6,50! 0,00! 0,00!0%_2& 6,50!50%_1& 8,75! 8,40! 0,38! 0,05!50%_2& 8,00!

&Anexo&Q&(&Retenção&de&água&&

Argamassa&de&referência&

Provete& 0%_1& 0%_2& !Molde&[g]& vazio!(m1)! 322,8! 317,3! !com!argamassa!(m3)! 620,4! 614,0! !

Papel&de&filtro&[g]& inicial!(m2)! 24,8! 25,1! !final!(m4)! 36,3! 37,0! !Massa&de&água&absorvida&pelo&papel&de&filtro&[g]&(W3)& 11,5! 11,9! !Massa&de&água&contida&na&argamassa&[g]& 42,9! 42,8! !Perda&relativa&de&água&pela&argamassa&[%]&& 26,8! 27,8! !Retenção&de&água&[%]&(WRV)& 73,2! 72,2! !Média&da&retenção&de&água&[%]& 72,7! !Desvio(padrão&[%]& 0,51! !Coeficiente&de&variação& 0,01! !&

Argamassa&com&50%&de&substituição&

Provete& 50%_1& 50%_2& !Molde&[g]& vazio!(m1)! 317,3! 322,7! !com!argamassa!(m3)! 586,7! 594,1! !

Papel&de&filtro&[g]& inicial!(m2)! 24,5! 24,9! !final!(m4)! 37,3! 34,8! !Massa&de&água&absorvida&pelo&papel&de&filtro&[g]&(W3)& 12,8! 9,9! !Massa&de&água&contida&na&argamassa&[g]& 45,9! 46,3! !

Perda&relativa&de&água&pela&argamassa&[%]&& 27,9! 21,4! !Retenção&de&água&[%]&(WRV)& 72,1! 78,6! !Média&da&retenção&de&água&[%]& 75,4! !Desvio(padrão&[%]& 3,24! !Coeficiente&de&variação& 0,04! !

Page 169: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

! XXV!

Anexo&R&(&Permeabilidade&ao&vapor&de&água&

Argamassa&de&referência&

! Provete&0%_1& Provete&0%_2& Provete&0%_3& Média&Tempo&[dias]& Massa&[g]& ∆M/dia& Massa&[g]& ∆M/dia& Massa&[g]& ∆M/dia& ∆M/dia&

0! 2386,45! A! 2396,40! A! 2413,83! A! 0!3! 2382,60! 1,28! 2392,17! 1,41! 2409,60! 1,41! 1,37!4! 2381,05! 1,55! 2390,69! 1,48! 2408,15! 1,45! 1,49!5! 2379,43! 1,62! 2389,16! 1,53! 2406,63! 1,52! 1,56!6! 2377,87! 1,56! 2387,74! 1,42! 2405,21! 1,42! 1,47!7! 2376,07! 1,80! 2386,14! 1,60! 2403,70! 1,51! 1,64!10! 2370,94! 1,71! 2381,33! 1,60! 2398,82! 1,63! 1,65!11! 2369,22! 1,72! 2379,74! 1,59! 2397,18! 1,64! 1,65!12! 2367,61! 1,61! 2378,18! 1,56! 2395,65! 1,53! 1,57!13! 2365,95! 1,66! 2376,60! 1,58! 2394,03! 1,62! 1,62!14! 2364,15! 1,80! 2375,03! 1,57! 2392,44! 1,59! 1,65!15! 2358,93! 1,74! 2370,43! 1,53! 2387,69! 1,58! 1,62!

!& Provete&0%_1! Provete&0%_2! Provete&0%_3!

∆M/dia&[g/dia]&&& 1,64! 1,53! 1,54!Fluxo&[(kg/s).10(9]& 19,00! 17,76! 17,78!

Permeância&[kg/(m2.s.Pa)]]& 771,74! 721,44! 722,43!Permeabilidade&[ng/m.s.Pa]& 15,69! 14,46! 14,39!

Espessura&da&camada&de&ar&de&difusão&equivalente&a&20&mm&de&argamassa&[m]& 0,24! 0,26! 0,26!

Valor&médio&de&permeabilidade&[ng/m.s.Pa]& 14,8!Desvio(padrão&[ng/m.s.Pa]& 0,60!Coeficiente&de&variação& 0,040!

&

Argamassa&com&50%&de&substituição&

!! Provete&50%_1& Provete&50%_2& Provete&50%_3& Média&

Tempo&[dias]& Massa&[g]& ∆M/dia& Massa&[g]& ∆M/dia& Massa&[g]& ∆M/dia& ∆M/dia&0! 2281,57! !A! 2369,87! !A! 2412,99! !A! 0!3! 2276,85! 1,57! 2365,51! 1,45! 2409,09! 1,30! 1,44!4! 2275,15! 1,70! 2363,89! 1,62! 2407,55! 1,54! 1,62!5! 2273,32! 1,83! 2362,26! 1,63! 2405,95! 1,60! 1,69!6! 2271,66! 1,66! 2360,71! 1,55! 2404,46! 1,49! 1,57!7! 2269,97! 1,69! 2359,12! 1,59! 2402,91! 1,55! 1,61!10! 2264,79! 1,73! 2354,24! 1,63! 2398,33! 1,53! 1,63!11! 2262,93! 1,86! 2352,48! 1,76! 2396,58! 1,75! 1,79!12! 2261,22! 1,71! 2350,87! 1,61! 2395,00! 1,58! 1,63!13! 2259,47! 1,75! 2349,23! 1,64! 2393,42! 1,58! 1,66!14! 2257,71! 1,76! 2347,53! 1,70! 2391,81! 1,61! 1,69!15! 2252,61! 1,70! 2342,67! 1,62! 2387,17! 1,55! 1,62!

!& Provete&50%_1! Provete&50%_2! Provete&50%_3!

∆M/dia&[g/dia]&&& 1,72! 1,62! 1,55!Fluxo&[(kg/s).10(9]& !19,95!!!! !18,73!!!! !17,96!!!!

Permeância&[kg/(m2.s.Pa)]]& 810,49! 760,91! 729,84!Permeabilidade&[ng/m.s.Pa]& 15,81! 15,48! 15,76!

Espessura&da&camada&de&ar&de&difusão&equivalente&a&20&mm&de&argamassa&[m]& 0,23! 0,25! 0,26!

Valor&médio&de&permeabilidade&[ng/m.s.Pa]& 15,7!Desvio(padrão&[ng/m.s.Pa]& 0,15!Coeficiente&de&variação& 0,009!

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!

!XXVI!

Anexo&S&(&Variação&dimensional&&Argamassa&de&referência&!

!

!!

Provete& 1& 2& 3& &Idade&[dias]&

Massa&[g]&

Leitura&[mm]&

ΔL&[mm]& ε&[%]& Massa&

[g]&Leitura&[mm]&

ΔL&[mm]& ε&[%]& Massa&

[g]&Leitura&[mm]&

ΔL&[mm]& ε&[%]& ℰ &médio&

[%]&2! 526,28! 2,890! 0,000! 0,0000! 523,65! 5,285! 0,000! 0,00000! 531,17! 6,587! 0,000! 0,0000! 0,0000!5! 502,51! 2,875! /0,015! /0,0094! 506,39! 5,274! /0,011! /0,00688! 511,00! 6,580! /0,007! /0,0044! /0,0069!7! 497,31! 2,867! /0,023! /0,0144! 501,51! 5,266! /0,019! /0,01188! 505,41! 6,570! /0,017! /0,0106! /0,0123!9! 494,77! 2,842! /0,048! /0,0300! 497,86! 5,254! /0,031! /0,01938! 500,97! 6,555! /0,032! /0,0200! /0,0231!12! 493,03! 2,825! /0,065! /0,0406! 495,29! 5,239! /0,046! /0,02875! 498,13! 6,539! /0,048! /0,0300! /0,0331!14! 492,09! 2,820! /0,070! /0,0438! 494,04! 5,229! /0,056! /0,03500! 496,73! 6,527! /0,060! /0,0375! /0,0388!16! 491,76! 2,810! /0,080! /0,0500! 493,51! 5,222! /0,063! /0,03937! 496,05! 6,526! /0,061! /0,0381! /0,0425!21! 491,70! 2,817! /0,073! /0,0456! 493,14! 5,227! /0,058! /0,03625! 495,48! 6,525! /0,062! /0,0387! /0,0402!28! 491,71! 2,812! /0,078! /0,0488! 493,02! 5,227! /0,058! /0,03625! 495,24! 6,525! /0,062! /0,0387! /0,0412!35! 492,04! 2,812! /0,078! /0,0488! 493,21! 5,229! /0,056! /0,03500! 495,43! 6,525! /0,062! /0,0387! /0,0408!40! 492,54! 2,811! /0,079! /0,0494! 493,62! 5,229! /0,056! /0,03500! 495,82! 6,525! /0,062! /0,0387! /0,0410!49! 492,72! 2,810! /0,080! /0,0500! 493,78! 5,227! /0,058! /0,03625! 496,03! 6,524! /0,063! /0,0394! /0,0419!56! 493,04! 2,805! /0,085! /0,0531! 494,05! 5,225! /0,060! /0,03750! 496,24! 6,521! /0,066! /0,0412! /0,0440!63! 493,05! 2,802! /0,088! /0,0550! 494,02! 5,219! /0,066! /0,04125! 496,23! 6,521! /0,066! /0,0412! /0,0458!70! 493,19! 2,803! /0,087! /0,0544! 494,15! 5,216! /0,069! /0,04313! 496,29! 6,523! /0,064! /0,0400! /0,0458!77! 493,31! 2,800! /0,090! /0,0563! 494,24! 5,214! /0,071! /0,04437! 496,36! 6,520! /0,067! /0,0419! /0,0475!80! 493,33! 2,797! /0,093! /0,0581! 494,28! 5,214! /0,071! /0,04437! 496,39! 6,521! /0,066! /0,0412! /0,0479!90! 493,62! 2,795! /0,095! /0,0594! 494,54! 5,220! /0,065! /0,04063! 496,76! 6,521! /0,066! /0,0412! /0,0471!100! 493,68! 2,790! /0,100! /0,0625! 494,58! 5,221! /0,064! /0,04000! 496,70! 6,522! /0,065! /0,0406! /0,0477!

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!

! XXVII!

Argamassa&com&50%&de&substituição&

!

Provete& 1& 2& 3& &Idade&[dias]&

Massa&[g]&

Leitura&[mm]&

ΔL&[mm]& ε&[%]& Massa&

[g]&Leitura&[mm]&

ΔL&[mm]& ε&[%]& Massa&

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!XXXIV!

Após&o&envelhecimento&artificial&acelerado&&

Argamassa&de&referência&

! Quantidade&água&absorvida&[ml]&Tempo&[horas]& Provete&1_0%& Provete&2_0%&

3! 0! 0!

8! 0! 0!

24!! 110! 80!

27! 165! 95!

48! 265! 150!

&

& Resultados&finais&

Após&48&&horas& Provete&1_0%& Provete&2_0%& Valor&médio& Desvio(padrão& Coeficiente&de&variação&

Quantidade& de& água&absorvida&[ml]! 175! 305! 240! 65! 0,271!

Quantidade& de& água&absorvida&[ml/cm2]! 3,16! 5,50! 4,30! 1,17! 0,271!

&!

Argamassa&com&50%&de&substituição&

! Quantidade&água&absorvida&[ml]&Tempo&[horas]& Provete&1_50%& Provete&2_50%&

3! 30! 60!

8! 60! 110!

24! 190! 260!

27! 250! 260!

48! 330! 410!

&

& Resultados&finais&

Após&48&&horas& Provete&1_50%& Provete&2_50%& Valor&médio& Desvio(padrão& Coeficiente&de&variação&

Quantidade&de&água&absorvida&[ml]! 300! 410! 370! 40,00! 0,108!

Quantidade&de&água&absorvida&[ml/cm2]! 5,95! 7,40! 6,70! 0,72! 0,108!

&!

Anexo&V&(&Aderência&ao&suporte&&

Antes&do&envelhecimento&artificial&acelerado&

Argamassa&de&referência&

Provete& Carote& Força&de&arrancamento&[N]& Tensão&[MPa]&

Tipologia&de&rotura&Número& Φ&[mm]& S&[mm2]& Aparelho& Corrigida&

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1! 50! 1963,5! 1100! 1127! 0,57! C!

2! 50! 1963,5! 1500! 1537! 0,78! C!

3! 50! 1963,5! 900! 922! 0,47! A!

0%_2!

4! 50! 1963,5! 1150! 1178! 0,60! A!

5! 50! 1963,5! 800! 820! 0,42! A!

6! 50! 1963,5! 1400! 1434! 0,73! A!

!Média&[MPa]& 0,63!

!Desvio(padrão&[MPa]& 0,11!

Coeficiente&de&variação& 0,17!

Page 179: dissertação - ULisboa · ! iii! Agradecimentos! A!concretização!desta!dissertação!representa!o!fim!de!um!etapa!importante,!sendo!apenas!possível!com! o!apoio!e!incentivo!de!algumas

!

!XXXV!

&

Argamassa&com&50%&de&substituição&

&

Após&o&envelhecimento&artificial&acelerado&

Argamassa&de&referência&

&

Argamassa&com&50%&de&substituição&

A!:!rotura!adesiva!(no!plano!do!revestimento!–!suporte);!

B!:!rotura!coesiva!(no!seio!do!revestimento);!

C!:!rotura!coesiva!(no!seio!do!suporte).!

!

Provete& Carote& Força&de&arrancamento&[N]& Tensão&[MPa]&

Tipologia&de&rotura&Número& Φ&[mm]& S&[mm2]& Aparelho& Corrigida&

50%_1!

1! 50! 1963,5! 1150! 1178! 0,60! A!

2! 50! 1963,5! 1900! 1946! 0,99! A!

3! 50! 1963,5! 950! 973! 0,50! A!

50%_2!

4! 50! 1963,5! 1250! 1280! 0,65! A!

5! 50! 1963,5! 1000! 1024! 0,52! A!

6! 50! 1963,5! 1150! 1178! 0,60! A!

!Média&[MPa]& 0,67!

!Desvio(padrão&[MPa]& 0,16!

Coeficiente&de&variação& 0,24!

Provete& Carote& Força&de&arrancamento&[N]& Tensão&[MPa]&

Tipologia&de&rotura&Número& Φ&[mm]& S&[mm2]& Aparelho& Corrigida&

0%_1!

1! 50! 1963,5! 1200! 1229! 0,63! C!

2! 50! 1963,5! 1000! 1024! 0,52! C!

3! 50! 1963,5! 1700! 1741! 0,89! B!

0%_2!4! 50! 1963,5! 1500! 1537! 0,78! C!

5! 50! 1963,5! 1400! 1434! 0,73! B!

!Média&[MPa]& 0,71!

!Desvio(padrão&[MPa]& 0,13!

Coeficiente&de&variação& 0,18!

Provete&Carote& Força&de&arrancamento&[N]& Tensão&

[MPa]&

Tipologia&de&rotura&Número& Φ&[mm]& S&[mm2]& Aparelho& Corrigida&

50%_1!

1! 50! 1963,5! 1200! 1229! 0,63! B/C!

2! 50! 1963,5! 1600! 1639! 0,83! C!

3! 50! 1963,5! 1650! 1690! 0,86! B!

50%_2!

4! 50! 1963,5! 1400! 1434! 0,73! B/C!

5! 50! 1963,5! 1550! 1588! 0,81! B/C!

6! 50! 1963,5! 1800! 1844! 0,94! B/C!

!Média&[MPa]& 0,83!

!Desvio(padrão&[MPa]& 0,10!

Coeficiente&de&variação& 0,12!