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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 17 – nº 123 Distribuição Gratuita DESTAQUES O Valor da Oração A Educação dos Filhos Os Cães da Cruz Vermelha A Criação, a Religião e a Ciência Livros: Apostilas da Vida; A Grande Espera José de Anchieta Segunda e última parte

Distribuição Gratuita José de Anchieta · Aqui vale reforçar a valorosa recomendação: “Orar e vigiar”. ... árduas tarefas evangelizadoras tentando acalmar as tribos guerreiras

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 17 – nº 123Distribuição Gratuita

DESTAQUESO Valor da Oração A Educação dos FilhosOs Cães da Cruz VermelhaA Criação, a Religião e a Ciência Livros: Apostilas da Vida; A Grande Espera

José de AnchietaSegunda e última parte

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Editorialeditorial

ÍNDICE

Publicação TrimestralDoutrinária-espírita

Ano 17 – nº 123Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila GuacuriSão Paulo – SP – Brasil

CEP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

E-mail: [email protected]: www.espiritismoeluz.org.br

Conselho EditorialCassiano Ribeiro Nogueira

Reinaldo GimenezRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Tânia Marise LeiteVanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteReinaldo Gimenez

Silvana S.F.X. Gimenez

Imagem da Capahttp://warburg.chaa-unicamp.com.br/img/

obras/12-17.jpg Padre Anchieta | Óleo sobre tela (1954) |

Cândido Portinari

ImpressãoPauliceia Gráfica e Editora Ltda.

Rua Terceiro Sargento João Lopes, 138 – São Paulo – SP

(11) 2631-9308CNPJ: 05.497.861/0001-40

Tiragem9.000 exemplares

Distribuição Gratuita

Temos visto, através dos diversos meios de comunicação, que a violência aumenta a cada dia. São atos de terrorismo que espantam toda a Humanidade, guerras que assustam pela destruição que causam, crimes brutais que nos deixam pasmos pela forma e frieza com que são cometidos.

Para os que não têm o hábito do estudo dos ensinamentos de Jesus há o íntimo pensamento do medo e de que “está tudo perdido, sem conserto” e que nada se pode fazer para melhorar a situação.

Já para o cristão dedicado, que procura entender todo o panorama da Humanidade e vai em busca de respostas nas mensagens de Jesus, a confiança de que a crise é passageira nunca vai esmorecer.

Precisamos alimentar o bom pensamento, pois o pessimismo não irradia boas vibrações. Aqui vale reforçar a valorosa recomendação: “Orar e vigiar”.

Parece-nos uma frase que somente envolve o indivíduo e sua fé, mas, não podemos esquecer que, ao orarmos, irradiamos boas vibrações que vão ajudar a dissipar as “nuvens negras” dos pensamentos infelizes que tantas pessoas ainda insistem em cultivar.

Se crises de violência “pipocam” aqui e ali, nós também temos a nossa responsabilidade a cumprir. Vale ressaltar uma frase que o Espírito Emmanuel nos dedicou:

“A grande crise, no terreno individual ou coletivo, em muitas circunstâncias, define-se como sendo a grande soma das nossas pequeninas omissões na prática do bem, gerando a condensação do mal.” (livro Mãos Unidas, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Editora IDE)

Assumamos nossa responsabilidade como integrantes dessa Humanidade que dizemos estar perdida. Não deixemos os nossos pensamentos “poluírem” ainda mais a atmosfera espiritual de nosso planeta. Oremos pelas pessoas que ainda se encontram equivocadas em seu caminho evolutivo, deslumbrados pelo poder ou pelo ódio. Façamos o bem que estiver ao nosso alcance para que o mundo se torne melhor a partir de nós.

Nosso planeta é dirigido por Jesus e temos, acima de tudo, Deus que é um Pai amoroso e misericordioso. Confiemos neles, mas não deixemos de fazer a nossa parte.

Equipe Seareiro

Grandes Pioneiros: José de Anchieta - Segunda e última parte - p. 3Kardec em Estudo: Bem Aventurados os que Têm os Olhos Fechados - p. 7Aos Jovens: Rebeldia - p. 8Livro em Foco: Apostilas da Vida - p. 9Trabalhos da Casa: Reconstrução Educativa - p. 10Pegadas de Cairbar de Souza Schutel: Os Cães da Cruz Vermelha - p. 10Atualidade: Crise da Água - p. 12Tema Livre: Felicidade - p. 12Família: A Educação dos Filhos - p. 13Homenagem: Allan Kardec - p.14Clube do Livro: A Grande Espera - p. 15Cantinho do Verso em Prosa: Silêncio - p. 15Aborto: Nunca Esquecermos - p 16Ciência, Filosofia e Espiritismo: A Criação, a Religião e a Ciência - p. 17Aconteceu: Festa de Final de Ano - p.18Contos: O Valor da Oração - p. 19Canal Aberto: Meu Momento de Oração - p. 19

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Todos os dias ele tinha como obrigação visitar os nativos doentes, internados no galpão hospital, onde levava cestos com frutas e ervas medicinais, colhidas nas hortas, que eram cuidadas pelas crianças orientadas por ele. No hospital, Anchieta era recebido com muita alegria pelos doentes, ele era ansiosamente esperado, porque suas orações e suas bênçãos ajudavam na cura não só do corpo, mas principalmente da alma, pois eram consolados e reanimados pelo abraço fraternal que Anchieta deixava a cada um, antes de seguir em suas tarefas diárias. E isto trazia espanto para toda tribo que convivia com ele, pois, quando achavam que Anchieta não levantaria do leito pela sua precariedade física, lá estava firme, embora não demonstrando as dores que sentia pelas pernas fracas e feridas abertas. Mas, seu coração mantinha-se com fé, junto ao coração da Virgem Santíssima. E mesmo quando suas forças físicas o impediam de ficar em pé, ele escrevia.

Suas obras eram em forma de poema, peças teatrais, sendo que seu último livro, com o título de Vidas dos Religiosos da Companhia de Jesus, continha biografias preciosas, como narrações em torno das vidas de: Padre Manuel da Nóbrega, Luis da Grã, João de Aspicuelta Navarro, Antonio Inácio de Azevedo, Inácio de Tolosa e tantos outros, que muito representaram para ele, nas lutas vividas pela evangelização dos índios, os sofrimentos e toda espécie de tormentas que foram enfrentadas até aquele momento. Anchieta achava oportuno deixar uma obra, homenageando seus diletos companheiros de ideal cristão.

O Brasil, por essa época, era ainda uma grande floresta, desconhecido, mas apontado por Jesus para vir a se transformar no futuro o coração do mundo e a Pátria do Evangelho.

Agradecendo a Jesus, transformava suas orações em poesia, como essa dirigida à Virgem Santíssima:

— Cantar ou calar?Mãe Santíssima de Jesus, os teus louvoreshei de cantar ou hei de calar?— Oh! Se o amor da Mãe Divina me não dobrar,Se a glória da Virgem meus lábios não se abriremQue meu coração vença em durezaA pedra, o ferro, o bronze,Ó diamante indomável!

E este longo poema termina, onde Anchieta, evoca os pais de Maria:

— Alegra-te, ó Joaquim,Essa tua filha, um dia, Mãe de DeusTe tornará, o maior de todos os avós!Rejubila, ó Ana!tua filha, guardando intata a virgindade,te dará por neto o próprio Deus!

Todo esse lindo poema foi traduzido pelo padre Armando Cardoso, do Colégio Anchieta, de Nova Friburgo.

Relata o padre Armando, que ao traduzir esse poema, que transcrevemos só o início e o final, ele só se preocupou em ser fiel ao texto, que em prosa assim o fez:

“Falarei ou guardarei silêncio, Santíssima Mãe de Jesus? Cantarei teus louvores? Agitada a mente de estímulos do teu amor, exorta-me e arrasta-me a tecer-te encômios; mas a língua contaminada de tantas máculas recusa proferir teu santo nome”.

E no final, o padre Armando, traduz em prosa:“Eis a Encarnação do Verbo, à Anunciação da

Virgem Maria, à entrada do anjo na casa de Maria e antes desse acontecimento a exaltação aos pais da Mãe Santíssima, alertando-os sobre o grande ato, que viria mudar a Humanidade, com o nascimento de Jesus, através de Maria, filha do casal, Joaquim e Ana”.

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

José de Anchieta Segunda e última parte

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Anchieta escrevia muitos versos dedicados à Virgem Santíssima na areia, para descansar sua mente das árduas tarefas evangelizadoras tentando acalmar as tribos guerreiras. Eis um trecho desses famosos versos:

Eis os versos que outrora, ó Mãe SantíssimaTe prometi em voto,Vendo-me cercado de ferozes inimigos.Enquanto a minha presençaAmansava os Tamoios conjuradosE os levava com jeito à suspirada paz,Tua graça me acolheuem teu materno coloe teu poder me protegeu intactos corpo e alma.Às inspirações do céu,eu muitas vezes desejei penar,cruelmente expirar em duros ferros.Mas sofreram merecida repulsa os meus desejos:Só a heróisCompete tanta glória!

O trecho final do poema foi como uma explosão de contentamento de Anchieta, confessando à Mãe Santíssima, a vitória das lições das orações junto a Jesus para terminar em paz a guerra dos Tamoios, nas areias de Iperoig.

Anchieta procurava manter os pensamentos em doces recordações quando a índia Pena Forte pediu licença ao padre para rezar com ele o missal. Essa índia, tornara-se a fiel filha de Anchieta. Aprendera a ler o missal em latim e, em troca, ela ensinara Anchieta o linguajar dos índios. Ele, com muita dificuldade, disse-lhe com um sorriso nos lábios:

— Faça isso minha filha, para que eu possa, em espírito, sair um pouco deste corpo quase inválido e me transporte por entre essas belas paisagens, obra magnífica de Deus.

A índia Pena Forte não só leu o missal, como após can-tou um poema de Anchieta, que de tão belo transformou-se numa canção composta pela inteligente Pena Forte.

Anchieta elevava sua mente a Jesus, refletindo:— Como Senhor essa moça que nos parecia tão primitiva

em suas atitudes, pode entendê-lo com tanto ardor! E de seu catre olhava pela abertura da janela o rio Benevente, margeando as frondosas árvores quando ele descia pelo embarcadouro ao lado dos índios, falando-lhes da beleza da

PATEO DO COLLEGIO - Praça Pátio do Colégio, 84 - Centro - São Paulo - SP

O complexo histórico-cultural-religioso Pateo do Collegio pertence à Companhia de Jesus, ordem religiosa dos jesuítas fundada em 1540 por Santo Inácio de Loyola (1491-1556). Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 com a missão de evangelizar os indígenas, naturais da terra, e de

educar e confortar espiritualmente os colonos, cristãos europeus que deram início ao processo de colonização do Brasil.

Ao longo de mais de quatrocentos anos, a Igreja do Colégio passou por grandes transformações. De cabana em 1554, a igreja ganhou contornos da arquitetura colonial jesuítica durante o século XVII e sofreu com o abandono após a expulsão dos jesuítas no século XVIII. Em fins do século XIX

decidiu-se, através de um acordo entre o Bispado de São Paulo e o Governo da Província, pela demolição do templo em lugar da reconstrução, após o desabamento de parte de seu telhado durante uma tempestade em 1896. Já no século XX, após a devolução do Pateo do Collegio para a Companhia de Jesus como um dos marcos iniciais das comemorações do Quarto Centenário da Cidade em 1954, a igreja pôde ser reconstruída sendo inaugurada em 1979. Em 1980 o padre José de Anchieta passa a ser seu padroeiro após ser beatificado pelo papa João Paulo II. Em 2009 a igreja passa por sua última reforma. Finalmente em 2014 a igreja tem seu padroeiro canonizado pelo papa Francisco e passa a se chamar “Igreja São José de Anchieta”.

Fonte: http://www.pateodocollegio.com.br

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

natureza e contando os fatos acontecidos pela passagem de Jesus na Terra.

O sol começava a deixar seus últimos clarões, anunciando o anoitecer.

A índia Pena Forte após ter orado junto a Anchieta, deixou-o quase adormecido. Passadas algumas horas, padre Anchieta acorda sentindo muita sede. Com dificuldades e vagarosamente, levanta-se e vai até a cozinha, não queria incomodar ninguém, pois todos já estavam dormindo. Mas sua fraqueza era muito acentuada, não conseguindo se firmar e, numa vertigem, caiu quebrando o copo que tinha na mão. Com o barulho os padres mais próximos correram à cozinha e assustados, ergueram-no e o levaram à cama.

A respiração de Anchieta estava muito acelerada. Um dos padres falou baixinho aos outros que ali estavam:

— Creio que o nosso querido padre José está de partida desta terra. Oremos para que Jesus possa recebê-lo.

Nisso, com a voz apagada, Anchieta murmurou:— Por favor, meus amigos, coloquem em minhas mãos o

terço e a imagem da Virgem Santíssima e concedam-me a extrema unção.

Após meia hora de completo silêncio, onde só as orações através das mentes se faziam presentes, puderam ouvir o último suspiro daquele fiel discípulo de Jesus. A comoção entre os padres e os índios que foram chegando era geral. As lágrimas se misturavam com o toque triste do sino da igreja de Reritiba naquele domingo de 09 de junho de 1597. Ele vivera sessenta e três anos de idade, mas, multiplicados por muitos dias de lutas para exemplificar o amor de Jesus.

A notícia da morte do padre José de Anchieta espalhou-se rapidamente entre as aldeias. Homens, mulheres, crianças, correram para homenagear o venerável pai, cantando hinos, orando, outros choravam e se afligiam por se acharem órfãos. E agora? Quem nos cuidará? Diziam!

O corpo do padre Anchieta foi cuidado com muito amor pelos Jesuítas e indígenas, colocando-o num esquife, feito de madeira, pelos moradores da aldeia que eram os carpinteiros fiéis aos ensinamentos dos Jesuítas, principalmente de Anchieta e Nóbrega. Jamais Anchieta iria gostar de pomposo ataúde com retalhos de ouro, não combinaria com sua simplicidade e nisso todos concordavam. Seu esquife foi coberto com os aparatos sacerdotais, a pedido dos Jesuítas ao padre Nóbrega, que achou essa atitude profundamente respeitosa diante dos ritos do luto e dos sacramentos da igreja católica. Porém, uma dúvida surgira: onde enterrar padre Anchieta? Será que ele gostaria de ficar ali distante do Colégio da Capitania ou repousar seu corpo na Vila Velha?

Reunidos, os Jesuítas resolveram transportar seus despojos para Vila Velha, em Vitória, Espíritos Santo.

Os índios de Reritiba agruparam-se em seus rituais, com danças e cânticos, em louvores aquele pai abençoado, que nunca teve demonstrações de cansaço ou irritação diante dos reveses pelos quais passou.

Todos queriam levar o esquife de padre Anchieta. Como fariam? Era necessário que homens fortes conduzissem-no sobre os ombros, mas as manifestações foram tantas que, sem que ninguém organizasse o cortejo homens, mulheres, Jesuítas e adolescentes formaram uma grande procissão, que foram se revezando pelas dezoito léguas de praias arenosas e vias tortuosas que iam rasgando a floresta virgem entre orações e lágrimas. Essa marcha fúnebre durou dois dias e duas noites, parando apenas para os integrantes beberem água e ingerir algum alimento.

Todos aqueles que levavam o corpo de José de Anchieta, diziam em coro, Caraibebé, o homem de asas, o homem que andava velozmente, por isso seu corpo era igual ao de um pássaro, isto é, um corpo leve como a pluma. Ninguém se queixava do peso e nem que os ombros estivessem machucados e todos, durante o cortejo, sentiam delicioso perfume, como se todo o caminho estivesse coberto de pétalas de rosas.

Também, durante o dia, os pássaros sobrevoavam emitindo seus gorjeios e ao amanhecer o orvalho sobre a relva refletia gotas coloridas sobre os raios do sol. Esse era o final da jornada fúnebre e o cortejo parou diante da desembocadura do rio, porém, o mar avançava e as ondas estavam altíssimas. Mas era preciso colocar o esquife no pequeno barco que esperava o precioso corpo de Anchieta, para o transporte que seria seguido por outras embarcações do povo que o acompanhavam. Repentinamente, todos ficaram maravilhados quando o mar revolto acalmou-se e a pequena embarcação deslizou suavemente sobre as ondas, lembrando Jesus acalmando o mar bravio, para que os pescadores não sucumbissem e tivessem a pesca maravilhosa descrita no Evangelho pela paz do Senhor. Assim, o corpo do padre Anchieta chegou à Vila Velha sendo recebido pelo capitão da terra, Miguel de Azeredo e pelo prelado e administrador Bartolomeu Simões Pereira, sendo ambos, as maiores autoridades do local. Todo clero, o povo das mais diferentes seitas e os irmãos franciscanos, também ali estavam.

Por onde o cortejo passava, aumentava o número de pessoas, porque os índios das aldeias vizinhas chegavam com tochas acesas e cânticos, em várias línguas que se misturavam, sem alterar seus sentimentos de gratidão àquela alma santa que voltava ao seio do Senhor.

O corpo de Anchieta chegou à igreja da Companhia de Jesus e os sacerdotes do clero de São Francisco é que colocaram o esquife no adro da igreja, para que todos pudessem se despedir do apóstolo e missionário do Brasil.

Painel existente na parede externa da Igreja São José de Anchieta

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Finda a cerimônia dirigida pelo prelado Bartolomeu Simões, o corpo de José de Anchieta foi sepultado na Capela de Santiago, junto ao jazigo do padre Gregório Serrão, que havia assistido a fundação da Casa Piratininga, por José de Anchieta.

Durante vários dias os índios ali permaneceram. Não queriam regressar a Reritiba pela tristeza que os envolvia diante de não poderem contar mais com a presença daquele amado pai, pois acreditavam que a alma de Anchieta ficaria ali, naquele sepulcro. Até os pássaros passavam a voar constantemente gorjeando sobre o túmulo de Anchieta.

O corpo de José de Anchieta, enterrado na igreja de Santiago, permaneceu de 1597 a 1611, em Vila Velha do Espírito Santo, sendo que nesse último ano, seus restos mortais foram transladados para a igreja do Colégio da Bahia, pelo Superior da Ordem, padre Cláudio Aquaviva, porém, há muitos fatos contraditórios a respeito desse translado. Outros escritos dizem que vários ossos de Anchieta foram distribuídos por outros lugares como Roma, Lisboa, mas que a tíbia, osso da perna, fora colocada numa urna de prata e exposta no Colégio da Bahia; mas há a certeza de que a tíbia ficou em Vitória do Espírito Santo.

Toda essa ocorrência aconteceu quando reinava no Brasil uma severa oposição aos discípulos de Loyola. Foi então promulgada a lei que expulsava os jesuítas do país, promovendo a retirada dos pertences de muitos objetos de uso pessoal de Anchieta, surgindo, dessa forma, os comentários sobre os restos mortais de Anchieta. Mas há os que afirmam que tudo foi devido a muitos milagres que aconteceram após a morte de padre Anchieta.

O importante é que tanto José de Anchieta, como Manuel da Nóbrega, foram enviados por Jesus a Terra, para a civilização dos primeiros habitantes do Brasil. Missão difícil e complicada que cumpriram com honras e sacrifícios que beneficiaram a Humanidade, com exemplos de virtudes, deixando marcas do bem e do verdadeiro amor em testemunhos de fé em Deus, em Jesus e em Maria Santíssima, por quem Anchieta dedicava todas as orações, em formas de poemas, escritas na areia de Iperoig:

No meio dessa virgem Natureza,Onde pouco o recato os olhos negaO aguilhão de paixões concupiscentes,Ele moço e severo, em cujo peito,Como em ara sagrada, o fogo ardiaDo puro amor do céu, para furtar-seA pensamentos vis, e ao ódio indigno,Que embala os corações em devaneios,Votos fez de cantar na lácia língua,A pureza da Virgem Soberana,Que os castos pensamentos afervoraD’alma que ao trono seu a fé sublima.Quando entre o céu e o mar o sol no acasoSeus últimos fulgores dardejava,Ia o vate cristãoVagar sozinho na deserta praia,

Com a mente cheia do celeste assunto,Que versos de seus lábios derramava.Como por vê-lo e alumiar-lhe os passos,Entre os círios do céu se erguia a lua,Longa zona argentina refletindoSobre o mar salpicado de ardentia.Ao fulgor dessa luz tão cara aos vales,Ele com seu bordão ia escrevendoSeus espontâneos versos sobre a areia,Que das vagas os beijos alisaram;E na firme memória recolhendoEssa correta página, deixavaQue o mar na enchente lhe varresse os traços.Quantas vezes Aimbiré, sempre cautoNos deveres de chefe, e receosoDêsse noturno vaguear na praia,Se ocultava com os seus, e o surpreendiaNo poético arroubo murmurando:Ora os olhos ao céu erguendo, e os braçosComo invocando a inspiração divina: Ora com a destra compassando a ideia.Que em metro sonoro lhe afluíaE certos que com Deus falava o santo,Para a cabana após o acompanhavam.Espalhou-se uma voz que ali foi vistaBranca pomba adejar em torno ao vate,Quando no enlevo d’alma ao céu pediaIdeias dignas do sagrado assunto.

Aí está a alma desse Espírito que aproximou e catequizou criaturas primitivas, a crer em Deus e na Virgem, no período da colonização no Brasil. Nasceu em terras distantes e em Reritiba deixou seu corpo, mas sua fama correu mundo e até hoje é citado como santo pelos milagres que o povo revelou através dos anos vividos, ainda em vida física. Não importa saber se a igreja o reconheceu como santo, a verdade é que José de Anchieta seguiu seu caminho junto a Jesus e em seguida continuou sua obra como Frei Fabiano de Cristo, o peregrino da Caridade.

Final da segunda e última parte.Eloísa

• CALMON, Pedro. José de Anchieta, o Santo do Brasil.• MATOS, A. José de Anchieta. 1934.• PALHANO JR, L. As Chaves do Reino – Seguindo os passos de

Anchieta. 1. ed. São Paulo: Lachâtre,1946.• THOMAZ, Joaquim. Anchieta. 1. ed. Guanabara, 1954.• O poema a Virgem, escrito na areia. Tradução: J.M. Pereira da Silva.• Trechos tirados de uma conferência no Instituto Histórico em 1933.

• Imagens:• http://www.sjweb.info/photo-repository/anchieta/index_files/vlb_

images1/anchieta_100.jpg• https://scontent-dfw.xx.fbcdn.net/hphotos-xap1/t31.0-

8/1501153_1411797985726528_1763133484_o.jpg• http://player.slideplayer.com.br/1/289281/data/images/img14.png• http://interativo.jesuitasbrasil.org/timeline/application/arquivos/

foto/495_225_123.pngBiblio

graf

ia

Parte do rosto do livro “Cartas Jesuíticas” de autoria do padre José de Anchieta, publicado em 1933 pela Editora Civilização Brasileira

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas!

Informe-se através:[email protected] ou [email protected] – www.espiritismoeluz.org.br(11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil – CEP 04475-240

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. O livro é criteriosamente escolhido, sendo sempre uma obra fiel aos ensinamentos espírita-cristãos, à codificação de Kardec e ao nosso Mestre Jesus.

Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte.

Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site.

Muitos, quando leem O Evangelho Segundo o Espiritismo, buscam entender as magníficas lições, de acordo com o que é escrito, ou seja, pela visão e entendimento material. “O próprio Evangelho, tem sido para os imprevidentes e levianos, vasto campo de observações pouco dignas”.

É o caso da lição em questão. Não há como não nos sensibilizarmos em ter ou conhecer uma pessoa que não consiga enxergar as belezas que nos rodeiam, bem como as dificuldades que o dia a dia irão lhe cobrar.

Rogamos então, para que Deus a retire da treva em que se encontra, mas, o Espírito Vianney, Cura de Ars, vem ao nosso encontro, mostrando-nos como é bom e necessário tal sofrimento e como devemos receber e agradecer, rogando ao Pai, que se nos for concedida a graça, que nos cure em primeiro lugar a alma, para que a cura do corpo se faça presente.

Devemos sempre lembrar que as doenças são consequências de nossos desatinos e seremos sempre “bem aventurados” pela expiação, para que possamos nos redimir e, com a dor da experiência, reconhecer que somente o bem nos proporcionará a visão necessária e benéfica.

Percebemos que a vida futura é, ainda, um conhecimento que não registramos de forma definitiva, esquecendo-nos da recomendação de Jesus: “Quem lê, atenda”. Cabe ressaltar: basta ler? Não é através de nossa visão que lemos no Evangelho as lições de nosso Mestre Jesus?

Parece-nos impossível aceitar, quando lemos no Evangelho, que melhor é arrancarmos os olhos diante da possibilidade de fazer a alma cair em erros e Jesus, ciente das dores que se seguirão a partir desta queda, dá-nos a

orientação para que não nos afastemos do caminho do Bem, porém, se o ato de rebeldia nos induzir a essa queda, com todo amor Ele nos ajuda, através das Leis de Deus, que nos recuperemos, inclusive, com a falta da visão material.

Cuidemos e muito da visão, que nos coloca como “algozes” julgando apenas com a visão materialista esquecendo-se do amor que já conhecemos e que devemos colocar em primeiro lugar, vendo com os olhos de ver e incluindo o ouvido de ouvir.

“O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas de lê-lo para entender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade”.

Conhecemos o tema que ora citamos, precisamos, tão somente, avaliá-lo com a serenidade e o respeito, reconhecendo que o nosso Espírito é eterno e que não há castigo, mas sim, reajuste para a caminhada que Deus nos concede e que Jesus, com seu Amor incondicional, nos tutela para que a chegada seja rápida e feliz.

Ao abrirmos O Evangelho Segundo o Espiritismo aleatoriamente e já termos lido, até por várias vezes aquele capítulo, busquemos a visão “espiritual”, pois ali se encontra o ensinamento que nos é muito necessário, para nós e para tantos que nos rodeiam. Fiquemos preparados.

A Paz esteja conosco sempre.Vano

Bibliografia: Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.Tradução de Roque Jacintho. 8 ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.EMMANUEL. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Vinha de Luz. 12 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1993.

O EvangElhO SEgundO O ESpiritiSmOCapítulo VIII - Bem Aventurados os Puros de Coração

“... Creiam-me, meus bons e queridos amigos, a cegueira dos olhos é, muitas vezes, a verdadeira luz do coração, enquanto que a vista é, com frequência, o anjo da sombra que conduz à morte espiritual...”

Kardec em Estudokardec em estudo

Bem Aventurados os que Têm os Olhos Fechados

O pequeno rebelde amava a mãezinha viúva, entretanto, iludido pela indisciplina, dava ouvido, aos conselhos perversos.

Gostava de leituras sensacionalistas, em que homens revoltados, nas cidades grandes, formavam quadrilhas de malfeitores.

Preferia informações desagradáveis ou criminosas a leituras edificantes.

Por estar tão envolvido com histórias de pessoas no mal, que mesmo com o convite materno ao trabalho digno, sempre tinha respostas negativas e rudes na ponta da língua.

— Filho! — exclamava a mamãe paciente — Homem de bem fica feliz ao trabalhar.

— Eu não! — replicava, zombeteiro.— Vamos à oficina. O chefe prometeu uma vaga para

você.— Não vou! Não vou!— Mas meu filho, você já desistiu da escola! É tempo de

crescer e progredir nos deveres bem cumpridos.— Não fui à escola, porque não queria me escravizar.

Tenho inteligência. Ganharei com menor esforço.E enquanto a genitora costurava, até tarde, de modo a

manter a casa modesta, o filho, já rapaz, vivia habitualmente na rua movimentada. Tomava bebidas alcoólicas em excesso e entregava-se a companhias perigosas que, pouco a pouco, lhe degradaram o caráter.

Chegava em casa, embriagado, altas horas da noite, muitas vezes conduzido por policiais.

Vinha a devotada mãe com o socorro de todos os instantes e rogava-lhe, no outro dia:

— Filho, trabalhemos dignamente. Todo tempo é adequado à retificação dos nossos erros.

Atrevido e ingrato, resmungava:— A senhora não me entende. Não aguento mais! Só fala

em dever, dever, dever...A pobre costureira pedia-lhe calma, juízo e depois chorava

em suas preces.Avançando no vício, o rapaz começou às escondidas a

praticar assaltos no comércio da vizinhança, onde sabia que teria fácil acesso ao dinheiro; e quando a mãezinha, adivinhando-lhe as faltas, tentou aconselhá-lo, gritou:

— Mãe, não preciso de seus conselhos! Deixarei a senhora em paz e voltarei, mais tarde, com grande fortuna. Te darei casa, roupa e bem-estar com fartura. A senhora tem o pensamento preso a obrigações porque, desde cedo, vem atravessando vida miserável.

Em seguida, fugiu para a via pública e não regressou ao lar.

Ninguém mais soube dele. Partiu, definitivamente, em direção ao centro de uma grande cidade, alimentando o propósito de roubar, de maneira a voltar muito rico ao convívio maternal.

Passou o tempo.Um, dois, três, quatro, cinco anos...A mãezinha, contudo, não perdeu a esperança de

reencontrá-lo.Certo dia, a imprensa estampou nos jornais o retrato de

um ladrão que se tornava famoso pela audácia e inteligência.

A costureira reconheceu o filho e imediatamente foi para a cidade que ele estava.

A polícia não sabia a localização do rapaz e a senhora como queria localizá-lo se hospedou em um quarto num hotel, a fim de esperar-lhe a visita.

Na terceira noite de hospedagem, notou que um homem encapuzado entrou em seu aposento às escuras.

O encapuzado aproximou-se apressado para roubar-lhe a bolsa.

Ela tossiu e ia gritar por socorro, quando o ladrão, temendo as consequências, lhe agarrou a garganta e estrangulou-a.

Na agonia da morte, a costureira reconheceu a presença do filho e murmurou, debilmente:

— Meu... meu... filho...Alucinado, o rapaz fez luz, identificou a mãezinha já morta

e caiu de joelhos, gritando de dor selvagem.A desobediência conduzira-o, progressivamente, ao crime

e à loucura.* * *

De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo:“Alimentando-se..., de inveja, de ciúme e de ambição, você

voluntariamente se candidatará à tortura mental, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.”

Isto podemos notar nesta adaptação da história de Neio Lúcio, o qual nos mostrou que a desobediência, a preguiça e a inveja causam danos imensos que podem culminar no crime e na loucura.

A vida corporal é muito breve frente à vida espiritual e cabe a cada um de nós lembrar que todo sofrimento é finito e acreditando na vida futura teremos ânimo e coragem para buscar superar as dificuldades. Porém, se acreditarmos apenas nesta encarnação, todo sofrimento, seja ele moral ou físico, parecerá interminável.

Aceitando a vida do ponto de vista espiritual daremos menos importância às coisas deste mundo, aos bens materiais, que são perecíveis; conseguiremos aceitar a nossa própria posição na vida, sem invejar aquilo que não nos pertence. Passaremos a dar valor às nossas conquistas morais e intelectuais que são aquelas que levaremos para todas as reencarnações.

Que Jesus nos proteja!Silvana

Bibliografia: NEIO, Lúcio. Alvorada Cristã. Francisco Cândido Xavier. Adaptação do capítulo 6. Rio de Janeiro: FEB.Imagem: http://ceacs.files.wordpress.com/2014/06/no-hay-que-estar-desesperado.jpg?w=640

Aos Jovensaos jovens

Rebeldia

8

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Desde o nosso nascimento, o conhecimento é parte inte-grante de nossa evolução. Pequeninos, vamos aprender a sobreviver, pedindo o alimento para o nosso corpo. Depois, os movimentos de objetos, colocando-os em seus devidos lugares; quadrado no quadrado, e assim por diante. Não podemos esquecer-nos dos nossos pais nos ensinando a orar com as mãozinhas postas, antes de dormir.

Chega à idade da escola onde o B mais o A começa a ter sentido. Vamos conhecer a Ciência, a Geografia, a Matemáti-ca e tantas outras.

Nesse crescimento evolutivo, o comprometimento para tais conhecimentos e, tão necessários, vão nos afastando da verdadeira evolução, a espiritual.

Nada aprenderemos sem um grande Mestre.Jesus, consciente das nossas necessidades, concede-nos

um amigo muito especial: o imortal Francisco Cândido Xavier. Juntamente com o Espírito André Luiz, nos preparou o melhor e maior ensinamento, registrando tudo em Aposti-las da Vida.

Emmanuel, juntando sua infinita sabedoria, no prefácio nos esclarece que André Luiz foi procurado por uma plêiade de espíritos sequiosos de conhecimento superior e, em sua imensa humildade, André Luiz se fez presente, aceitando esta grande tarefa.

Não há como não reconhecer em André Luiz, neste Espíri-to magnânimo, a capacidade de detalhar seus conhecimen-tos, com tanta riqueza de detalhes e de forma tão simples, deixando a capacidade de entendimento àqueles que assim desejam registrar essa sabedoria.

“Acenda cada aprendiz do Evangelho a lâmpada do coração” eis parte do primeiro capítulo, nos indicando que sem o amor, tudo será pequeno.

“Todos nós somos herdeiros da Sabedoria Infinita e do Amor Universal”. Aqui, nos alerta sobre a grande respons-abilidade de todo conhecimento que obtivermos, para que

possamos usá-lo com sabedoria.

Necessitamos orientação para to-dos os momentos de nossas vidas e, conforme o item primeiro do livro, “Viajores partem, viajores tornam”, o conhecimento será eterno, assim como nossa vida, e se começarmos com Apostilas da Vida, daremos os pri-meiros passos para a sabedoria que Je-sus nos deixou em sua estada nesta Terra bendita.

Convidamos a todos para tão singular leitura, terminan-do este breve lembrete, com parte das palavras do Espírito Emmanuel:

... “Cercado de aprendizes, falando ao ar livre dos parques ou dos campos, sempre nos fez lembrar os professores quando se rodeiam de alunos ávidos de luz para a vida inte-rior. Dessas aulas por ele ministradas, taquigrafamos muitas das quais retiramos algumas para oferecer-te este livro ple-no de atualidade para o nosso próprio caminho”...

Após a leitura, o entendimento e a aplicação das lições de Apostilas da Vida, temos a certeza da conquista do verda-deiro diploma.

Mestre Jesus, conceda-nos a oportunidade de aprender-mos sempre o Seu caminho.

Anna

Livro em Focolivro em foco

Apostilas da Vida

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas2ª, 3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

O passe se inicia 30 min. antes das reuniões

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Artesanato: Sábado, das 13h30 às 16h30Atendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ªEvangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 20 horas

3ª, às 14h30Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

DIA LIVROS ESTUDADOS

2ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

3ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

4ª Vida e Sexo - Emmanuel*; Passe e Passista - Roque Jacintho

5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Mecanismos da Mediunidade – André Luiz*

6ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Estamos oferecendo aos s’abados a Reconstrução Educativa, com os cursos de Reforço Escolar, Inglês e Evangelização Infantil.

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Apostilas da VidaFrancisco Cândido Xavier

Espírito André LuizIDE

10

Em seu livro A Gênese da Alma, o grande defensor e divulgador da Doutrina Espírita, Cairbar Schutel, narra episódios interessantes sobre a imortalidade da alma entre os animais.

Cairbar Schutel relata também que os cães da Cruz Vermelha tiveram importantes serviços realizados, durante o período da Segunda Guerra Mundial. Diz ainda, que eles são dotados de inteligência e de dedicação e fidelidade ao homem, portanto a toda Humanidade que saiba respeitá-los.

Muitos pesquisadores estudaram a procedência característica desses animais entre outros, avaliando o companheirismo deles para com o homem. Chegaram a conclusão que o cão e o cavalo são de índoles superiores aos outros animais. Salientando Lamarck, que o macaco é o que mais se aproxima do homem.

Na guerra os cavalos e os cães, realmente prestaram valiosos serviços junto aos combatentes. Muitos cães transportavam ataduras, algodão e remédios para curativos aos soldados feridos. Outros serviam como carteiros, levando as correspondências de um lado para outros, reconhecendo a identidade de cada posta, para essas entregas.

Outro fato interessante narrado por Cairbar fora a sagacidade dos cães, quando os soldados entrincheirados, receosos pelo silêncio dos inimigos, notaram junto ao oficial francês que comandava esse posto de guarda, que os cães começaram a ficar inquietos, indo de um lado a outro, parecendo prever algum acontecimento. O oficial de imediato se comunica com a retaguarda pedindo reforços. Vinte minutos após, os alemães silenciosamente atacam,

mas os soldados puderam se defender, graças aos cães previdentes.

Os chamados cães enfermeiros chegavam a ajudar aos médicos cirurgiões, porque entravam, pelas matas, para descobrirem os soldados feridos. Quando os encontravam lentamente se aproximavam e os acariciavam, lambendo-lhes os ferimentos. Em seguida tomavam na boca qualquer objeto pertencentes a eles, como um quepe, um pedaço da farda e levavam para as barracas onde os médicos prestavam socorro, podendo os mesmos sofrerem amputações dos membros estilhaçados pelos bombardeios.

Os soldados de sentinela estavam sempre acompanhados pelos cães farejadores, eles sentiam de longe a aproximação das tropas inimigas. Esses cães, diziam os combatentes é que são os verdadeiros heróis, não só da pátria, mas das nossas vidas.

Encerrando este interessante fato do terrível período da Segunda Guerra Mundial, Cairbar adita:

— E assim como acontece com os cães, em menor escala sucede com todos os animais e, a Ciência, a Filosofia, o Romanismo e o Protestantismo, todas as religiões sacerdotais, todos os filósofos e filosofias são incapazes de provar a ausência de um Espírito que os anima, e a imortalidade desses Espíritos, que chegam a se mostrar vivos, mesmo depois do aniquilamento dos seus corpos carnais!

ErikaBibliografia: SCHUTEL, Cairbar de Souza. A Gênese da Alma. 7 ed. O Clarim, 2011.

Pegadas de Cairbar de Souza Schutelpegadas de cairbar schutel

Os Cães da Cruz Vermelha

Trabalhos da Casatrabalhos da casa

Reconstrução EducativaIniciamos em março o trabalho da Reconstrução

Educativa.Com a orientação do Espírito Jair Presente seguiremos

em frente, pois sabemos a importância desse trabalho para as crianças e jovens.

Podemos adiantar que o projeto horta, leitura e filmes educativos continuam.

Tivemos o Projeto das Águas que foi muito importante. Na época, ainda não estávamos nessa crise hídrica que

vivemos hoje e que está servindo de aprendizado para todos nós.

Continuamos, também, com as aulas de Matemática e Ciências que ocorrem tanto no período da manhã como no período da tarde.

Este ano iniciamos as aulas de inglês.Todas as crianças passam pela Evangelização Infantil e

todas as aulas tem um fundo moral cristão.Aguardem mais novidades.

Cassiano

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também comprar livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico.

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Judas IscariotesRoque Jacintho145 páginas

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Judas Iscariotes é retratado nesta obra, desde sua juventude, apresentando anseios ambiciosos que não seriam alcançados se permanecesse na casa paterna.Relata seu encontro com Jesus, sua vida no apostolado, a traição ao Mestre.Posteriormente, o despertar e o amargo arrependimento, que o leva a dilacerante dor moral e espiritual.Descreve o emocionante reencontro de Jesus e Judas no mundo espiritual.

Nesta obra temos o relato da vida de Maria Madalena, natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galiléia.Notável sua mudança logo nos primeiros contatos com os ensinamentos de Jesus, modificando sua vida por inteiro, seguindo novos rumos, conforme a Boa Nova trazida pelo Mestre.Pela sua fidelidade e verdadeira transformação, pôde ver o Cristo materializado pela primeira vez após túmulo.Sua dedicação no Vale dos Leprosos, confirmou a verdadeira mudança na sua jornada a serviço do próximo.Livro integrante da série “Relatos do Evangelho”.

Maria de MagdalaRoque Jacintho

192 páginas

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Começamos com a seguinte frase: “Toda ação corresponde a uma reação”, uma frase da Física que é muito usada na Doutrina Espírita, o que para os espíritas é uma lei universal. Este assunto é abordado no livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, através do Espírito André Luiz.

Nos últimos tempos, vimos o inevitável acontecer. A maior crise hídrica dos últimos 80 anos. De quem é a culpa? Seria de Deus? Ele estaria nos punindo pelos nossos “pecados”? A resposta é NÃO.

Aqui no Brasil, sempre desperdiçamos os recursos confiados por Deus. Poluímos nossos rios, avançamos com as moradias sobre os mananciais, acreditando que a Natureza nunca iria reagir.

E agora, o que fazer?Acreditamos que no momento temos uma grande

oportunidade para refletir e mudar nossas atitudes, nas quais, todos devemos nos incluir.

É importante ter fé em Deus sempre e seguir em frente a uma busca pela maior mudança, a mudança interna.

Hoje, quando começa a chover, vemos as pessoas agradecendo a Deus e ao Mestre Jesus, esses muitas vezes esquecidos e colocados em dúvida sobre Sua existência e passagem pela Terra. Sim, existem pessoas que duvidam da existência de Deus e do nosso Mestre Jesus.

Então, sigamos em frente e que possamos mudar para melhor nossas ações porque, assim, colheremos melhores reações.

Ribeiro

AtualidadeAtualidade

Crise da Água

“... É por efeito das pesquisas a que se obriga que a inteligência do homem se desenvolve e que a sua evolução moral se processa. Após as necessidades do corpo físico, surgem as necessidades do espírito. Após a busca dos bens e do conforto materiais, torna-se necessária a busca dos bens e do conforto espirituais. E é por esses ciclos de desenvolvimento, que o homem transita da selvageria para a civilização.”

Vivemos em busca de uma felicidade ilusória na qual os bens materiais surgem em primeiro lugar. Esta busca desenfreada pelo conforto físico se faz presente pelo cansaço e seus aliados que aí estão: a dor, o desânimo, a angústia e a tristeza que não se supre com o consumismo.

A verdadeira felicidade está em “sentir” a paz interior, a alegria real que vem de dentro sem que se apoie em nada, ela flui, nos visita, nos encanta e é percebida por todos que estão ao redor porque é contagiante. Transmite a esperança no amanhã e é ela, a felicidade, quem salva, porque se apoia na verdadeira fé vinda da alma, só a possuindo quem realmente conhece os ensinamentos do Mestre.

Para alcançar esta salvação devemos amar ao próximo como a si mesmo, por meio da caridade, doando-se, estendendo a mão ao necessitado, caminhando e levando consigo todos aqueles que caem, mas que não devem ser esquecidos, porque somos criados para a felicidade, para a prosperidade espiritual, para amar e sermos amados, como o Mestre Jesus nos ama.

TaniaBibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.Tradução de Roque Jacintho. 8 ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.Imagem: http://2.bp.blogspot.com/-sLI2tb8qpVQ/UDu6sFsWszI/AAAAAAAAFZM/eM73hgHk5Kk/s1600/ame-ao-proximoII.jpg

Tema Livretema livre

Felicidade

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

A Educação dos Filhosfamilia

Família

Como educar os filhos diante de tanta informação e diante de tantas “tentações”?

Cada vez mais, eles são estimulados precocemente a serem adultos, sem a devida base moral.

Grande parte dos pais alega estar cansados e perdidos em relação à educação dos filhos!

Estes pais acreditam que a educação – a que nos referimos é a educação moral – é obrigação da escola, já que passam a maior parte do dia trabalhando fora, alegando falta de tempo para os filhos!

É interessante observar a sociedade de hoje! Há tempo para a academia, há tempo para o happy hour com os amigos, há tempo para a diversão, entretanto, quando se trata de filhos, não há tempo disponível e, assim, ao modo de ver dos “pais modernos” a educação dos filhos precisa ser terceirizada!

Sabemos de tudo isso. Sabemos a causa dos problemas e a psicologia moderna explica tudo detalhadamente. Mas será que conseguimos visualizar o efeito de tudo isto? E o que pode acarretar às futuras gerações?

Continuemos nosso raciocínio: cada vez mais, crianças e jovens são expostas ao que chamamos de “desinformação”. Para ilustrar o que dissemos, vejamos o que muitos comerciais e novelas exibem. Numa visão míope e errônea, vendem que a felicidade está nos bens materiais que se possa vir a possuir e que ganhar vantagem prejudicando o próximo parece uma virtude!

Como dissemos há pouco, eles - os filhos, as crianças - são estimulados cada vez mais precocemente a serem adultos. Órfãos de pais vivos, diante de um verdadeiro bombardeio de informações sem critério algum, sem base moral Cristã, fatalmente não sabem e não saberão separar o joio do trigo.

Mas como pedir que os pais apresentem a seus filhos algo que muitas vezes eles também não tiveram?

Perguntas simples, mas complicadas de se responder na prática.

Diante do exposto, como prever o que será das futuras gerações? Vale, aqui, lembrar que as futuras gerações seremos nós mesmos!

Reencarnaremos como filhos daqueles que hoje são crianças e, seguindo esta linha de raciocínio, quais bases morais Cristãs teremos futuramente, senão a que hoje temos a oportunidade de aprender com a Doutrina Espírita?

É notório que reencarnaremos em famílias onde provavelmente prevalecerá a “lei do mais forte”, sem qualquer respeito ou empatia, visto que a base moral a que nos referimos não foi aprendida!

Assim, em um cenário apocalíptico, corremos o risco de dizimar a raça humana, já que pais não terão interesse em seus filhos e estes serão vistos como empecilhos ou serão simplesmente desprezados e, desta forma, entregues à própria sorte!

Por isto, nós Espíritas, que temos obrigações com a Doutrina de Jesus, precisamos dar a devida atenção a um problema recorrente em grande parte das famílias e que só tende, infelizmente, a crescer! Para termos um panorama atual, basta observarmos o avanço da violência em todo mundo e o risco constante das guerras. Sabemos que grande parte deste problema foi falha, em algum momento, das gerações antecessoras que foram, cada vez menos, se importando com a educação moral, com a educação do sentimento de seus filhos.

Cabe à Doutrina Espírita – quando dizemos doutrina, reforçamos, referimo-nos a nós, Espíritas – colaborar ativamente para a reestruturação da família. O Centro Espírita deve, acima de tudo, trazer o tema à luz da moral Cristã, esclarecendo e orientando as famílias através dos estudos dos diversos temas que envolvem o assunto e que, a nosso ver, o mais importante para conseguirmos nos elevar na escala dos mundos e resgatar o que nosso Senhor Jesus Cristo nos exemplificou.

ReinaldoImagem: http://1.bp.blogspot.com/-8-8bbZdGqy0/UV7gM50haBI/AAAAAAAAAOc/LO7nIf-W03g/s1600/educacao_dos_filhos.gif

Era uma casa abençoada,Não tinha teto, não tinha nada.

Pedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio �nanceiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!O terreno onde está sendo construída a nossa casa �ca na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP.Ninguém podia entrar nela não,

porque precisamos da sua colaboração! Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

que revela a virtude dos pais!

É a educação dos filhos

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Homenagemhomenagem

AllanKardec

O ano de 1860 transcorria rapidamente para Allan Kardec.Olhando o calendário, ele sentia a necessidade de executar

o enorme trabalho a frente da Doutrina Espírita. Um ano de esforços, porém, compensados pela conquista da sede própria da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, na rua de Sant’Ana nº 59. Esse fato deu-lhe tranquilidade, assim como aos colaboradores, pois aí, os estudos doutrinários eram realizados com mais assiduidade, sem a preocupação dos aluguéis a serem vencidos. Mas havia muito a ser feito e o tempo para Kardec estava escasso. Súbito, toma uma decisão e, abrindo a porta da sala, chama pelo “menino de recados”, pedindo-lhe que fossem convocados todos os trabalhadores da Sociedade Parisiense para uma reunião de emergência, no dia seguinte, pela manhã. E assim foi feito.

Todos os frequentadores compareceram, preocupados com essa emergência. Que teria o mestre Kardec a comunicar-lhes? Temerosos, cumprimentaram-no. Agradecendo a presença dos amigos, Kardec, sem mais delongas, falou:

— Sei que estão curiosos em saber o porquê desta convocação. Os senhores conhecem minha posição com relação à divulgação e esclarecimentos sobre a “vida após a morte e a continuidade desta no além-túmulo”. Tarefa que abracei com toda dedicação e que me leva a muitos afazeres e estudos. Os senhores devem achar tudo isto muito estranho, mas é demasiadamente sério este assunto. Diante disto, resolvi tomar uma atitude que espero ser entendida pelos senhores.

Abrindo uma pasta que estava sobre a mesa de trabalho, Kardec tirou vários documentos, dizendo:

— Aqui estão todos os documentos relacionados e os demonstrativos de todos os recursos amoedados, desde a fundação da Sociedade Parisiense, sob minha administração. Anexos estão os planos de estudos, para o desenvolvimento contínuo dos trabalhos da instituição.

Kardec ia continuar demonstrando o que havia naquela pasta, quando foi interrompido por um dos colaboradores:

— Senhor Kardec, aqui somos todos conhecedores de sua honestidade, portanto, não estamos entendendo esta convocação emergencial.

Com toda calma, o mestre lionês prosseguiu, agradecendo a confiança dos amigos:

— Claro senhores, que não foi para isso que vieram ouvir-me discutir, o que é evidente, mas, para comunicar-lhes que preciso, de imediato, afastar-me das funções que pratiquei até agora. A obra do Senhor é que me fez compreender ser muito mais importante que qualquer posição material e está muito longe do que é necessário a se fazer.

Todos aqui estão aptos a seguirem à frente das tarefas da Casa. Não estou me colocando acima do que é fato, até agora estamos empenhados num único desejo, o de expandir a vontade deste Ser Superior, que admiramos e respeitamos. O nosso desejo é de continuarmos como simples assistentes, presente quando o tempo for disponível para esse intento.

O silêncio tomou conta por alguns instantes da assembleia. Porém, as vozes se fizeram ouvir, numa atitude desordenada de todos os presentes. O “não” era a única expressão ouvida. O pensamento que se fez materializado oralmente por um dos componentes da reunião era o temor de que a Sociedade se esvaziasse pela falta de seu líder e o maior conhecedor da “nova doutrina”, ainda atacada por outras religiões.

Kardec tentou esclarecer que o principal motivo seriam suas ausências pelas viagens em cursos, palestras e estudos em decorrências aos fenômenos que estavam cada vez mais divulgados e sendo visto como bruxarias, levando os médiuns a tratamentos inadequados e sendo esses taxados como loucos ou endemoniados.

Nada disso fez efeito. Kardec não conseguiu convencê-los. Por unanimidade foi reeleito, menos um voto e uma cédula em branco.

Esse testemunho de afeto e confiança dos companheiros, em louvor ao trabalho executado por Kardec, o fez continuar em suas funções, sempre reconhecendo o empenho de cada um seguindo seu exemplo, em dignidade cristã, a serviço de Jesus, a favor da Humanidade.

ElielceBibliografia: KARDEC, Allan. O que é Espiritismo. 15 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1973.Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-xBlFnMqshMc/TgzExz9LEnI/AAAAAAAAFr8/2Kdyk759_tM/s1600/historia-03-02.gif

15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

A Grande Espera, de autoria do Espírito Eurípedes Barsanulfo, foi psicografado por Corina Novelino e enviado pelo Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” aos seus associados.

Trata-se de um romance retratando a época em que Jesus viveu aqui na Terra junto aos essênios, revelando-nos, um pouco mais, sobre os seguidores desta seita judaica dentro de um contexto histórico de tanta importância.

Francisco Cândido Xavier relata que o protagonista Marcos teria sido a encarnação do próprio Eurípedes Barsanulfo; Lisandro, a de Bezerra de Menezes; e Josafá, a de Cairbar Schutel.

O escritor Wallace L. Rodrigues afirma que “o livro contém a verdade, por isso também deve ser publicado”.

De forma didática, a obra apresenta dois mapas políticos: Palestina no tempo de Jesus e a região da antiga Palestina na atualidade.

Foram também enviadas aos associados do Clube do Livro as obras Esperanças Renovadas, pelo Espírito Casimiro, psicografados por Roberto de Carvalho e O Escritor – Uma história de amor, autoria de Giseti Marques.

Rosangela

Clube do Livroclube do livro

A Grande Espera

A GRANDE ESPERACorina Novelino

Espírito Eurípedes BarsanulfoIDE

SilêncioCantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Precisamos encontrar o equilíbrio em todos os aspectos de nossa vida e, para isso, necessitamos de muita reflexão e alcançar a consciência de tudo o que realizamos.

Um dos dons que devemos refletir muitíssimo sobre o seu uso é o dom da palavra.

Quando nos procuram com reclamações, devemos nos lembrar da paciência de Jesus junto às pessoas rudes que o cercava. Sempre Ele oferecia uma palavra de reerguimento.

Outros à nossa volta irão errar, nos ofender. Usemos a palavra para levar o perdão, ou então, usemos o silêncio, pois nem sempre saberemos o que falar. É preferível ficarmos em silêncio, orando a Deus, rogando o seu auxílio para que não

pioremos a situação. Identificar o nosso agressor como uma pessoa que precisa de nossa compreensão, lembrar que cometemos, por nossa vez, muitos atos errados.

Não será falando demais, jogando palavras rudes como se fossem verdades ou esbravejando que vamos conseguir resolver nossas questões de relacionamento. Se não tivermos uma palavra baseada nos ensinamentos de Jesus para colocar nestes momentos, o conselho de ouro é o silêncio com oração.

VitórioBibliografia: ESPÍRITOS DIVERSOS. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Momentos de Ouro. 2 ed. São Bernardo do Campo: GEEM, 2002.

Quando a palavra não sejaEstrutura definidaDe luz, esperança e vida,Nas falas que vêm e vão...Modifica o assunto em pauta,Guardando-a no grande arquivoDo silêncio claro e vivoEm que pulsa o coração.

É na escola socialQue a vida se aperfeiçoa;Mesmo que a prova doa,Nunca censures ninguém...Se falas, fala evitandoConflito, maldade e luta;Auxilia a que te escutaPara o cultivo do bem.

As frases de sombra e lama,Quando a queixa nos procura,São lâminas de loucura,Lembrando finos punhais...São armas das mais estranhasNos mais estranhos perigos,Matando grupos amigosOu abrindo chagas mortais.

Ninguém existe sem erros...Se alguém te ofende ou injuria,Perdoa!...O tempo em vigiaCorrige crentes e ateus.Se alguém te fere, silêncio!...Segue a luz em que te elevas;o poder que vence as trevasÉ a força do amor de Deus.

Maria Dolores

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Abortoaborto

Nunca Esquecermos

A VIDA COMEÇA NA CONCEPÇÃO

ABORTO, DIGA NÃO!

Certos assuntos são tão discutidos em determinadas épocas que, passado algum tempo, parece que tudo já foi dito e todos já sabem tudo sobre aquele assunto.

O aborto é um destes assuntos que muito já foi dito, principalmente quando alguma lei é colocada em votação pelos políticos. No entanto, por mais que falemos neste assunto, nunca será demais relembrá-lo, tamanha a importância de termos esclarecidos todas as consequências que a prática do aborto pode trazer para todos os envolvidos (mãe, pai, família, médicos etc.).

A reencarnação é uma benção Divina. Através dela, o espírito ganha a oportunidade de viver novamente experiências para o resgate de dívidas de amor não vivido no passado.

Para os pais, é igualmente uma benção, pois ganharão a oportunidade de ajudar na reeducação moral de um espírito que, no passado, caiu no erro devido a algo que possamos ter feito neste sentido.

Deus, na sua infinita Sabedoria, junta em uma mesma família, espíritos que devem amor entre si, ou seja, no passado ficaram mágoas, ressentimentos, traições, ódios. Hoje, se reencontram na família para poderem se perdoar através do convívio.

No entanto, quando tem início a gravidez, há vários fatores que podem influenciar nesta resolução de iniciar o refazimento do sentimento de amor.

Os pais podem repelir a aproximação do Espírito do futuro filho, espíritos infelizes e equivocados podem influenciar para que a mãe não queira levar adiante aquela gravidez, e muitos outros fatores.

O que importa é termos a consciência que a vida é algo sublime e, se a oportunidade foi concedida por Deus, ela deve ser aproveitada, porque o Pai de Sabedoria e Misericórdia só deseja o nosso bem.

Muitas vezes a criança que está para nascer será o nosso arrimo (material ou espiritual) no futuro e não enxergamos isto no presente, mas Deus vê tudo.

Como não poderíamos deixar de relembrar, também, o

aborto praticado provoca consequências imprevisíveis, que podem atingir a quem colaborar com ele, seja a mãe, o pai, médico ou qualquer pessoa envolvida.

Até no campo de pesquisas médicas aponta-se para os perigos do aborto, pois podem ocorrer hemorragias e infecções, mas, principalmente, as perturbações mentais que nascem do sentimento de culpa, no remorso e nos processos obsessivos que normalmente se instalam, ou seja, ao ser abortado, o Espírito que iria renascer se revolta e pode começar a se vingar da mãe que negou a oportunidade de uma nova chance de evolução para ele.

O aborto, muitas vezes, é tratado como uma solução para os problemas sociais, ou seja, famílias que não possuem condição social e deveriam recorrer ao aborto para que não aumente a pobreza, mas, perguntamos: E as mulheres ricas e abastadas, com boa formação educacional que praticam o aborto, o fazem com qual razão, já que não tem este tipo de “problema social”?

Muitas vezes, a mãe grávida pode estar passando por um momento difícil em sua vida, e nós que não defendemos o aborto não

somos insensíveis a estes sofrimentos, mas o aborto está longe de ser a solução. É preciso o amparo estatal e a fraternidade de familiares e amigos no cuidado de ambos, mãe e filho, pois, mais do que ninguém, nós espíritas sabemos da necessidade dos reajustes reencarnatórios e do aprendizado de novas lições, que atinge a todos nós; assim como sabemos também que não nascemos em uma família pobre por acaso.

Deixamos uma mensagem de esperança:Mãe, ame a seu filho, mesmo que para amá-lo precise

derramar muitas lágrimas. Cada lágrima derramada por amor a alguém será utilizada para regar o jardim de flores do futuro.

WilsonBibliografia: PRADA, Irvênia. Sobre o AnencéfaloROBERTO, Gilson Luis. Vida do Anencéfalo. AME, 2009.Imagem http://2.bp.blogspot.com/-2V00xTAPTjs/UvFapSvZRII/AAAAAAAADAk/4QxrkdzdMBo/s1600/1.-Aborto-não.jpg https://areerut44.files.wordpress.com/2009/12/663.jpg

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17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Hospital do Fogo selvagem

pede aJUda!

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE - CNPJ 25.440.835/0001-93, através dos seguintes bancos:

• Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3724-9• Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6• Caixa Econômica Federal – agência 2982 – c/c 03001146-0

Maiores informações: Telefone (34) 3318-2900 – E-mail: [email protected]

Quando falamos em criação do mundo, logo nos lembramos da Bíblia, onde consta que Deus criou toda a Terra em seis dias e no sétimo dia descansou.

Estaria a Bíblia errada? Deus perdeu parte de seu poder por causa das explicações atuais que a ciência nos proporciona?

Para tentarmos esclarecer um pouco sobre este assunto, precisamos entender algumas coisas antes.

Todas as culturas, povos ou religiões tentaram explicar a criação do planeta, da vida, a origem das espécies, em resumo, a chamada gênese.

No início, os povos antigos explicavam tudo através de suas religiões e, como o conhecimento na época era rudimentar, primitivo mesmo, as explicações obtidas não alcançavam a amplitude necessária. Como se explicar a disposição dos planetas e as leis da Natureza se não havia o desenvolvimento da inteligência para tanto?

Conforme o homem se adiantou em inteligência reformulou as ideias que havia formado sobre a origem das coisas.

Foi necessário que o homem desenvolvesse os conhecimentos em Astrologia, que lhe mostrou o infinito; Física, que lhe revelou as leis da gravitação, do calor, da luz e da eletricidade; Química, que lhe ensinou as transformações da matéria; Mineralogia, que lhe revelou os materiais de que se compõe a crosta terrestre; Geologia, que lhe ensinou a ler nas camadas terrestres a formação gradual do próprio globo. A Botânica, a Zoologia, a Paleontologia, deviam iniciá-lo na filiação e na sucessão dos seres organizados; e com a Arqueologia, ele foi capaz de seguir os traços da Humanidade, através das idades. Todas as ciências se completando e iluminando a razão da Humanidade. Sem elas, ficaríamos estacionados no primitivismo inicial e a ciência foi convocada para construir a verdadeira gênese, conforme as leis da Natureza.

Mesmo a gênese bíblica que nos parece inaceitável se analisada pela razão científica, guarda grandes e belas coisas, verdades sublimes que aparecerão, se as buscarmos no fundo do pensamento, pois, então, o absurdo desaparecerá.

Quando a ciência começou a mostrar os erros da gênese explicada pelas religiões, causou reações dos religiosos

mais tradicionais, mas não há como rebater uma explicação quando ela vem acompanhada de lógica.

Mesmo considerando a Bíblia como um texto sagrado, não poderíamos impor silêncio à ciência.

A missão da ciência é descobrir as leis da Natureza e, como essas leis são criadas por Deus, elas não podem estar em desacordo com as religiões!

Se a religião se recusar a caminhar com a ciência, a ciência prosseguirá sozinha. Neste caso, a ciência prosseguirá a glorificar a Deus em suas obras.

A religião que aceitar as leis da Natureza, nada tem a temer do progresso, seria invulnerável.

Na verdade, não devemos ficar ressabiados quando algum pesquisador faz uma “descoberta” científica que, aos primeiros olhos, pode parecer ir contra Deus.

Não podemos esquecer nunca que o Pai de Sabedoria é o criador de tudo o que se encontra no Universo, portanto, quanto mais “descobertas”, mais estaremos enxergando o trabalho de Deus, incessante e perfeito.

AdolphoBibliografia: KARDEC, Allan. A Gênese. Tradução de Victor Tollendal Pacheco. 17 ed. LAKE, 1994.Imagem: http://4.bp.blogspot.com/-RMdCJ7w011Q/U0PJ_1KMSGI/AAAAAAAADIY/12i8mvdPbKM/s1600/ciencia+e+religiao.png

A Criação, a Religião e a CiênciaCiência, Filosofia e Espiritismociencia, filosofia e espiritismo

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ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0

Tivemos dois grandes eventos de final de ano: a festa das crianças e a festa das famílias.

A festa das crianças ocorreu num final de semana com muitas atividades como pintura, música e o Evangelho. No final aconteceu a entrega dos presentes doados para elas. Foi uma festa linda e abençoada, pois sabemos que, quando o trabalho é feito com carinho e amor, o céu agradece.

A festa das famílias foi outro grande evento entre o plano espiritual e o material. Antes da festa ocorrer foi criada uma

verdadeira força tarefa entre os trabalhadores que, com alegria, fizeram os preparativos, sentindo-se em todos os momentos as emanações fluídicas do amparo espiritual.

Agradecemos a todos os que cooperaram com estas festividades e esperamos que, neste final de ano, todos nós possamos estar novamente colaborando, porque “fora da Caridade não há Salvação”.

Nogueira

AconteceuAconteceu

Festa de Final de Ano

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Quando oro, falo com Deus.Nada me impede. Nada me atemoriza. Não preciso ficar a sós. Ele nunca me abandona. Sinto paz nesse instante. O Pai

está me ouvindo. Não preciso levantar a voz. Ele ouve no silêncio do meu coração.Quando oro, sinto Deus dentro de mim.Momento glorioso, ouço as vozes dos benfeitores, sinto a brisa da esperança em meu rosto, sou envolvido pela paz. Nada

temo. O Senhor está comigo.Quando oro, sou feliz.Por vezes, lágrimas surgem. Não lágrimas de dor. Não lágrimas de tristeza. Não lágrimas súplices.Lágrimas que vertem da emoção de sentir Deus dentro de mim. De sentir Jesus ao meu lado, fortalecendo em meu coração

a paz do Senhor Deus, Pai de nós todos.Lágrimas que fortalecem minha fé, minha esperança, meu amor. Porque são lágrimas sinceras, o momento em que glorifico

a Deus, agradeço ao Criador e peço, eterno pedinte que sou, que Ele permaneça sempre em meu coração.Quando oro, falo com Deus. Quando oro, sinto Deus dentro de mim. Quando oro, sou feliz.

Paulo Jacintho

Canal Abertocanal aberto

Meu Momento de Oração

A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue à obsessão. Assim é que, nessas fases, a irritação dela era mais forte.

Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino Chico há vários dias de fome.

Certa feita, já fazia três dias que ele permanecia em completo jejum. À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.

— Então, a senhora não sabe — explicou Chico — tenho passado muita fome...

— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João de Deus — menino guloso tem sempre indigestão.

— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa...A mãezinha abraçou-o e recomendou:— Continue na oração e espere um pouco.O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um

grande cão da rua penetrou o quintal. Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro. Era um jatobá saboroso.

Chico recolheu, alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo em que viu a mãezinha ao seu lado lhe dizendo:

— Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.E, despedindo-se, acentuou:— Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva, até um

cão pode nos ajudar, em nome de Jesus.* * *

Todas as passagens vivenciadas por Chico Xavier servem como exemplo e apoio para as nossas próprias vidas. Portanto, tenhamos a fé e com ela seguiremos cientes de que tudo poderemos suportar se trilharmos o caminho do Bem com perseverança. Precisamos de exemplo de sofrimento maior do que passar fome por dias, ainda mais na fase infantil?

O remédio está às mãos de todos, sem privilégios. Orar e conversar com nosso Pai, seja através de Jesus, de seus missionários ou dos bons amigos que se dedicam ao serviço do Bem e do Amor na espiritualidade.

Graças a Deus por ter nos dado pessoas como o Chico para nos fortalecer!Neves

Bibliografia: GAMA, Ramiro. Lindos Casos de Chico Xavier. Adaptação do capítulo 2. LAKE.Imagem: http://1.bp.blogspot.com/_y5T_48LNn0w/SotWLUZGTcI/AAAAAAAABu8/kX2n3mNKNds/s1600/C.E.A.+II-24-21+Fig.+1.jpg

Contoscontos

O Valor da Oração

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