do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    1/24

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    2/24

    -

    494 0 Eel F RAN 0 0 ATE R RA I

    os capfrulos precedences, foram abordadosos pn ncipais processes que consrituiram e

    modificaram a Terra - plutonismo, vulcanisrno,tectonisrno, metamorfismo, internperismo, erosao,transportc, deposicao e Jitifica

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    3/24

    -CAPiTU Ii . 0 23 A TERRA: PASSADO, PRESENTE E fUTURO 49

    23.1o Ritmo e Pulso da TerraAmes d discunr processose fenomenos especifi-

    cos. farernos algumas consideracfies sobre ascperposicao dos ciclos, tendencias seculares e even-tos singuJares na historia de nosso planeta -resultadodo ritrno e pulse cia Terra. Mesilla reconhecendo autili dade do conceito do atualismo (Cap. 15), sabe-mas pelos registros geologico e fossiUfero "lue 0passado nunca fci iguaJ ao preseme. Mesmo com maisde seis mil anos de historia da civilizacao docurnenta-da pot escrito, e faro que 0 SeT hurnano, desde que sesocializou, ainda nfio experimentou toda a variedade emagnitude des fen6tncnns geol6gicos mais comunsda Terra, Por exemplo, nem em tempos histoticos nemnas lendas indJgcnas, bit regisrros de ocorrencia de gran-des terremntos no Sudeste do Brasil Contudo, nosultimos 10.000 anos, no valle de Taubate, proximo aio Jose dos Campos (SP) 0 regolito sofreufalliatnento com deslocamento vertical de 6 rn certa-mente acompanhsdo de [ones trernores, deslizamentose destruicao em toda a r eg ir ao (F ig . 23.1).

    Pode-se pensar ainda nas rnuitas vezes em que 0mundo foi palco de inundacoes, secas ou furacoes ti-dQS como unicos na memoria do povo local ou nosregistros historicos das regioes afetadas, Embora es-ses eventos nos parec;am rnuito taros no contexte denossas vidas, sao muito comuns, ate corriqueiros, nahistoria geologica. Multo mais do gue tempesrades,estiagense vendavais, que comumente rnodelam ,1paisagezn cia Tetra, esses eventos rnodificam as linhasde costa c dcixarn marcas no registro sedimcntar atra-ves da sua repentina e tremenda capacidade paraer'Osao, rransporte e deposicao (Fig. 23.2).

    Segundo especlalistas, ca{lasegmento cia costa nortedo Golfo do Mexico e atingido por um furacao pelomenos uma vez por seculo, Embora pouco frequen-res em termos humanos, em urn milhao de anos (urnperiodo de tempo curto da historia da Terra) senam10.000 vezes!

    A : ; ;aga humana rcgistradanas lendas, escrlturas an-tigas e literatura cientffica dos ultimos dois seculos,fornece-nos urn quadro gent! da frequencia, duracaoe magnitude dos eventos da dindmica externa e inter-na da Terra. iui1tos dos relates dos terriveis flage10sbfblicos encontram fundamento cientffico na instabili-dade tecronica do Oriente Medic. A desttul~a.o dascidades de Sodoma e Gomorra pode sec explicada,

    Fig. 23,1 Dssloccmentos tectonicos norrnols, ocorridos nultimos l 0,000 arias nos proximidedes de Toubaj ,e ISP], isoram este blcco trcpezoidcl ( h o r s t ) de sedimentos lerciario5rnelo do regolito homogmeo. Foto. C Riccomint,par exernplo, pur atividsdes sismicas e vulcanicaszona de falha do Mar Morro (limite entre as placafricana e asiatica), onde e sas duas cidades se locazam. Estorias deste tipo, interpretadas cientific menjuntamente com :inferencias obtidas da propria analdo registro geo16gico, perrnitem-nos cornpreendermelhor a dinamica cia Terra em termos da frequendc duracao de StJ.aS manifestacoes, como mo tramTabelas 23.2 23.3 e 23.4.

    1 0 2Q _ _ ond:u c r lapOI Impaclcd. R.IU61'-IIIII: 10t5~0. . . . .E ~,.andedin Jumll1l10iV ..!IlubmarlnoIIICI. .IIICIIIIII:''1J~ 10(i. . .CDIIa~

    I "Iintervalo de reeorrencia (anos)

    fig. ,23.2 Grafico de energio versus f r

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    4/24

    496 DEC I F RAN D0 ATE R R A

    Talbela 23.2 F l l 1equenc iade eventos recorrenfes n o d i'n am ico d a TerraPeriode de recorrimcia Evento ou processo

    Deposi~60 de, varvesFuracoes e seus efsltos erosivos e deposiciOnoisIempestcdes e inundoc;oes excepcicncisCorrentesde tu l'b idez norrnoisE ru p c; 6e s v ulc d n ic o s. c o to c llsm i ce sOscilccoes d lmoncosCorrentes de turbidez gigantescosOsciloC;6es dim6ticas maioresAlteroc;6es no sistema de correntes oceonicos profundoslrwersoes dos pa los mcqneticosMudanc;as crinccs ncmovirnentc e f,eorgani:w~ao de plsccs litmfericasPrincipais clclos de mlJdon~a do nlvel do mar (dezenos a centenas de metros)Impactos de boiidos [meteorites, cornetos, aster6:ides) maiores que 100m de didrnetroCicio de Wilson . .

    1 . : - : ; : 1 ono2.10 a 100 onos

    J. 1020 10' enos4. 1030 105 ones5. 105 a 1070n05

    6. 1O~01 6 1r enos

    Podemos ter urna ideia da ma6'1utude de evenrosgeologicos pelos resultados irnpressionanres de urnterremoto (TabeLa 23,5). A falha rnais estudada daTerra" a falha transcorrcnte de San Andreas, estende-se por rnais de 1.200 km na California (EUA) eapresenta 560 krn de deslocamento cumulative desdeque surgiu, ha 15~20 rnilhoes de aries (Fig. 23.3). Naporcao sui da falha, rochas ames contiguas estao sepa-radas hoje por 240 km. Com base nas intorrnacoesda Tab la 23.5, podernos extrapolar que seriam ne-cessarios quase 5.000 terrernotos com os efeirosdaquele que destruiu a cidade de San Francisco em1906 par-a obter essa separacao, Urn terremoto de ele-vada magrutucle e registrado em certos trechos dessa

    falha, em media a cads 140 anos, Com bast nefrequencia, 0 tempo minimo para obter os 240 kmafastamerrto seria de apenas 700.000 anos, rneros trou quatro por cento da idade da falha, Podernos COcluir, portanto, que os cerremoros rnaiores foramrnenos frequentes do que se imaginava e que forarnccntenas de milhares de abalos menores gue possibiltararn a rnaior parte da separacao lateral au ' 1 < ) ( 1 0falha de Sao Andreas,

    Por outre lado, ocorrern movimenros que, ernbra geologicamente btu cos, pass~u11 desapercebidosporgue sua a~ao e continua e relativarnente POLlCnotada durante a vida de urna pessoa. Sao os mov

    Tabela 23.3 Processos dinornicos continuos e descontfnuosProcessos continuos Processos desconnnuos1 . Evolw;oo biol6gicCi gradual (gradudlismo filetico) 1 . Evoluoo bioloqico em soltos (equilibria pontuado)2. Ero$ao de um rio meondrante 2 . lnundocces forrenciais3. Compoctn~Oo' d e sedimentos 3. Cclspso interne de sedimentos4 . Crescimento de redfes 4 . Rernedelomento do faixa litorol durante tempestades5. Subsidencio 5 . Escorregomentos6. Soerguimel'lto 6. Ierrernetos7 . Dlopmsrno 7 . Folhamentos8 . Depos~60 pel6gico (em oceanos profundos) 8, Deposi!;Qo de turbiditos9 . Fluxo lermico do interior do Terra 9. lntrusoes10. ForrnQ~oo de assoclho oceanica 10_ Coliseo entre continentes11. Gero;t;oo do campo rncqneficoferrestre n. lnversoes des p610s rnoqnellcos12. FJuxQde raias cosmicos 12. Impocto de meteorite

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    5/24

    CAPiTULO 23 A TERRA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO 49

    Tabela 23.4 Durc~ao de eventos importcmtes no historic do Terra

    1 0 < ; 0 1 0g l e b a l2. Mudanc;;os no vsloddcde seg,uric;!os Deposi\;qp d~ un;a l amino de sedlmento

    de Cbfrentes de C:I~ua3 . T empesta de s i nc lu siv e h : J 1 ' o G & I s ) .oofTentes de ttif6idez '6grD...oo.iOnQis,tsunamis

    minlJto$, hom s oud io s, a epenci e"do uamogni t l1de de evel'lto

    O ep os i~ a o d e :vm Q c om ed o (p . ex.,te lnpes ti to, turbk l i f;6 , tsunamito ) ,c o rn e sp es ~ 1 'IO e e X te n s6 0 de ocordoco m Q magnitude dg ~wentoDe rram e d e' l a ye o u d e ,p .Q s ir ;~ o d e umocomedo pirod6S1tice

    4 . E 'fL JP ~ ae Svulcenf ,cos heros, d~(is

    5 . Immda c;6 es semoncs Depesi! ;po de cQrncdos tfpicat ( inundlfos)6. Mudonc;os dim6ricos sQz0ncis meses, ana fo rm at;o ex de u rn vmy e (varv i tes); aneis

    de crescimento em orvores

    pe.16gicoslO Z - 1 0 3 enos "Ass In af ul '.'( I d di ca '" em sed imentos

    1 (jl- 1 0 5 enos Ger:o~ao de crrcmelics ma~neticos l lnecres. A lte ro coes em pro cesses no nddeo do Ter;r.G

    ~. M udon~a,s nEivelocidade de fennQ~ooe '-sepor:a~ao de as!OOlhaoOCednko1 0. Mu do ol;a s no re glme c lim a tic o g lo b al

    no assoalho oceanicaElevG ~6 a t) Glooffmento do n {ve l d o m ar{dezenos a t e ume c en tem1 de rnetr.os)

    Ano Local Deslocamento verticol provocado pOll"grandes terremotos189919601'?6:4

    1o.1 0 6 onos Extingees, inovocoes evolutivos, rnudcnr;as sedimer'1toI6gi

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    6/24

    23.1 Quio alt -as as montanlias?Ex iS tem l im i t e s n a al t i tu4 'e .mb; ' ima

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    7/24

    -

    CAP ITULO 23 A TERRA: PA SSA DO , PRE SE NT E E FUTURO 499

    Tabela 23.6 Deslocamentos verticois provocodos par movimentos glacio-isostaticoscomo res posta elastica da crosto frente 00derretimento de grondes mossas de gelo

    Loced Movirnenlo vertical decorrenle de process os associados a glacio-isoslasiaFenoscandio (Golfo de B61nio, Escudo Baltica) Saerguimento de 250 m a uma taxa de 2,5 m/seculo

    Subs ldencio de 2 -3 mm/ano (movimento compensat6rio do soerguimentolotoformo Russo (odjocente a Esccndincvic]no Fenosccndic]CanadoGraenldndiaL og o B on ne ville , N eva da , E UA(logo glacial, ogara completamente seco)

    Soerguimento de cerca de 5 mm/onoSoerguimento de ate 105 mm/anoSoerguimento de 70 m durante os ultirnos10.000 onos em Iuncoo do evoporocdo locustre e como respostoiscslotico regional devido 00 desoparecimento do s geleiros quecllmentovcrn 0 logo.

    x as m nin rc s daquclas calculadas a l(ln!-,1" () razo? I sto de-currc du fato de .l intcnsidade c a 111::t),rnituLie Jessesfcn!'lIl1l'nns n;]o scrcm constanrcs an longo do tempo~l'()lllhriCo. \n~uis:lJo~ til' peno, observam-se os efcirosmars cspcracularcs, mas no intcrpretar todo 0registro demilhtll:S IILi de dczcnas de milhoes de anos de aruacaodo iCl1IlI1lCI1U, {IS surtos de atividadc Ill,U5 intcnsa ficamdiluuk, reins muiios periodos tango de quietude,

    23.2 As Linhas-Mestre da Hist6riada Terra

    Para enrcndcr .1 historia da Term, e irnportanrc naoill: prendc r a dctalhcs locals ou evcntos pa rricularcs deurn pCI'll ,do gl'ojugico qualqucr, pOl' mais marcantcs"Iue P'lS:>:1111pareCLT. Sintcticamcntc. essa hisroria rodeSCI' n inuula ern rcrmos de trcs linh.ts-rncstre da histo-ri.r du cvulucao de nosso Planera:

    tendcncias scculares; p rn cl 's ia: como urna sene de cvcntos,norrnalmcntc rccorrcntes, ljue pcrfazern P;lrtL' de urnproccssn rnais nmplo tlUl' SL inicia c ((;1'111111.1 m.us Ill!rnenos no 111C81110 csrado, como, pOl' cxcmplo, os Clelosdas rochas (Cap. 2) l' da a~'1.ta (Cap. "): C '1110 urn )1C'1;O-do de tempo para cornplcrar urna succssa rnnis oumenus rq,rular de cventos (por excmph r, n cicio dl' C\'O-lucao do relevo - Cap. 9); 1I1I C(1Il1fl urn cnnjunto deunidadcs litologicas que sc rcpcll'm scmprc na mesmaordcrn ( P O l " excmplo, ciclotcmas C varvites - Cap. II)..\qui entarizarcmos os tenc'JI l1L:nos do plilm:iro t ipo, useventos ciclicos da primcira g-randl:'.a na histuna da Tel'ra, espccificamente os ciclos asrronomicos c gc()I()~rJcos

    Eventos singulares, no senrido crnpregndo aqut ,nfio repn:sentam neccssariamenre acornecirnentns uni-cos na hisroria do planets - emhora a rt:ar;iio nuclearnatural ocorrida hi 2 hilhocs de anus l'111( )iclo.Cahan,no Oesre da _\fricn, tcnha SKIn rcnlrncnu, singular -mas cvcntos imprc\ isi\ cis 'ILl!: Sl' dcsracnrum pt ir suamagnitude excepcional ou pclo efeito que nveram 11(desenrolar da hi toria do planers. () mais importantcde 'tl'S everitos foi, sern du\ ida, a origem d. l vida. Com

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    8/24

    500 DEC I F RAN D 0 ATE R R A

    cla, "Llrglu ,I lnos IU'cl llUI.' transformou ,1superficie e anr 111I\~u',) dL !l(J~S(l pl.rncta, tornando-o unico no Sis-1('111.1 :-.. 11.11" ~ I abcl . , 2 - 1 . l ), Tamhern merece atencao 0111lP,l("trJ dt : urn grandc rrurcoru o no fim do\ k "n ZO l C! 1, a pun wdll como rcspo nsavcl pcla ex rincdodn~ d i [] ( l"o .; ,1 t lrOS c rnuiros ourros or_gnnismos.

    23.3 Tendencias Seculares na Histo-ria GeologicaDiv t'r~:lS tc ndcn eras sccula res na > - : ~lu rez a sao re

    tll Xtl d.r segund,l lei da rcrrnodinarnica , que af rmaLllH:,1l'l1trnpLl no L nivcrso ~emprl' tcnde a aurnentar,ou ~ l . . : i . l . , \ materia l: a

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    9/24

    -

    , CAPiTULO 23 A TERRA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO 50, 1 n ;1 lLll1j1Cr.tlura atrnosfcrica globalmenlc a POntOt i L ' C:1US:lr.1 C\ apr loc;au dos mares dn epuca, cxiin-gUlnJI I qu.ilqucr Lipt 1 de v id a precocc tJlIe ron enruraU\ C~~l' 'Url,ridll all cntiio. Con~tituiram, assim, verda-dcin IS impactos estcrilizantes. Pur OLJ[)"O Iado, h'l(lllCm :lssl'gurc (IUt.: bon parte da hidrosfcra OL J ate apropriu \ ida rnS:-':l ter sido rraz ida n Terra pclo im-r.IClll lI L corncias nessa epoca. 1\.iio (, de est ranhar,pmLll1!o, ,1 dificuldade que os gdllngos tern tido emcnc: lfltrar \ est 19lns de crosta ter restrc c!CSUl fase dahistori., J:I Terra. Por estas n17(}eS, o periodo anterior,Hl n,:glstro J11 ,l i~ , In tig-o de rochns terrestres (ha maisdl' - t hllhc}l 's til' anos) foi designado a fase cosrnicad,l Tn!";1 PLI n con Hadeano, d) grcgo hades, IIsuhmundu da llllnllogl:1 grl'co-romana, urn [(:1'1110 r u n -,b inform al, mas muito o.;ugl'stinl.

    () I1UIllCnl de mcicoritos c come as que colidcmCOIll III )"SI I pl.meta m:1I1tern-sc !11aiS II L1ITlenos cons-mntc h . 1 llu.ISC .:;b ilhoes til' anos, c h:1 pclo menos .1,8hilhoes lk nnos 1l:l0 houv I . : ' ncnhum irnpacto esterili-i'anlc. \pos 0 I L1Ue:ll1lJ, purtantn, este bornbardeioC()SI11I'P p.1ssnu .1 tel' importancia mais localizada.1 rnbora n:iu cxis tam mais corpos celestes errantcsClpa7l:~ de n ..ingulr toda n \ ida na Terra, (l irnpactodL' qualquer mcreoriro ou corncta maior de uma ceu-Icna de metros dt' diamctrn causaria danos locais crl'g tPnai~ nunca antes v istos pda hwnanidadc. Irnpac-u 1$ de met c( iritos dcssa magn irude. c maiores dcixa ramUCZell:1S de cratcras 1111Terra desde que 0$ animais sur-g i m l 1 1 e rein men. l S L 1 1 l1 dell'S C:1L1S0U u r n dos maiorescvento- dL t.:A tim;:J.IJ - o do tim do Cretaceo. OOLU-d J I,dc \ l l i J Ia xu a i l 1 1 1 1 rev isibilidadc, podernos considcrar1l11paelllS dcsre tlpO CII1110 cvcntos ingulares Llue sc-r30 ahord.idos rruis adianrc,

    23.3.2 Fluxo de calor radiogenico e a forma-c;aode crosta continental

    Da rncsma Forma que :\ taxa de irnpacto s demcteonros foi muiro 111:1;01' durante a fase c o mica ciaTerra, \1 F lu xo U I ...' alo r g era do pm decaimento radio-ativo (Cap. 15) rarnbcm (I foi, pOl' causa da maierabundancia dos L1u111,.'[1l0S ell: meia-vidas mais curtas(Pig. 2.Hl. \ l'Oeft.-rl.l gerada dcssa maneira on Terrati L -1 5 hilhoes J L anos arras cquivalia a 5.1 picowartsrIll' quilogrnrna lP\'\' Ikg), quatro YCZCS superior aovnlnr arual de 1.1 p\\'/kg. Essa e a principal fonte decalor I ..llll' 111()\ irnenta as plncas litosfericas, funde asruchas l' promm c a desvolatizacao cit) interior do

    plancta responsavel pl'la lilicracao dl' grand ....parteatmosfera e hidrosfcra. Porranto, p OL klllo S i1 11.lg inurn tenehroso muntin pnrrutiv () hndc:111() de inrensvulcanisrno - urn cenario (Illl.: iarnbcrn ~ ilplicl\ elrodo 0 eon Arqueano, De fatn, () rq';Jst[n ,l;l'l )lll~~d o .v rq ue an o confirrna essa cx pecranv n (T aiJL 'la 2.1.LIma H? gut' mui LOSdos ma.h"ll:lS mati em (k(Jmatiitll~originararn-se em nltissiruas ll'lllpcraturas c peln prdorninancia cit' material manu.hco 11:1 CO l11pl) :- ;i

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    10/24

    502 DEC I f RAN D0 ATE RRA

    di lerenciado, Ln\._lu~111l0 as microplacas, ao colidirern,cnaram plncas cada YI.:Z rnaiores, r :s la ctapa culminou,HI final do \n"ll((:ano com < 1 agillcinac,:ao de grandesrn.issas SI 1he ;] :- - I . k dirnensoes \ crdadciramcnte con I"i-1l1'11t.liS, ,1~rna roplacas, c ciclos tectonicos rnais lentos.Dcsd, l'm;lll () riuno de difercnciacao c fi'Jrmllc,:ao denova C T'n"t:1 ve-n dirninuindo de modo geral, em con-son.inciu com n dccrcscimo na producao de encrgiaLltiingL'n1c:1 Wig . 2'.~).

    23.3.3 Evolucao biologics\ . . ( 1 (1 " ) ( :< ;h. is iC:1S J ,\ evo lucao hi0 log ic a , d e t()ssei s c

    dc prest"1'\ .1 ~o. 11l1l1 como 0" principals cvenros nahistori.: da hios fcru, forum (faradas hrevemcnrc no(.1]1. 1 " 1 c estilll rcsumidos no "\no- Terra", nacorn r.lCI!",,:1 Jt'~t' ii \ ro, J a ,i1110S (IlK o reg-i~l ro fussild() I .ull..'l"{l/(1ico difcrc fundnmcntnlmenre do regrstrodeI Pn, ( nrnbriano pOl' causa da cxpansao global expi!b\:1tiLrnctazoarios cum conchas c outra: partesduras (c:uapa

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    11/24

    CAP iTULO 23 A T E RRA : PA SSA D O , PRE SE NT E E FUTURO 503Tabela 23.8 Contrastes entre a evolucoo bioloqico Icnerozoico e pre-cambriano

    Durccoc do periodo considerodoAtributo Evoluc;aobiologica fanerozoica Evolufjaobiologica pre-cambriano

    Natureza dos organismosdormnonres

    Dependencio dos orgonismosdominontes em oxigi!mioReprodU!,;c5oModo de vida/populo~6es

    Modo evolutlvo (ospectomois ofetodo]Rilmo evolulivo

    15% do registro fossil:5 4 5 r nllh oe s de onosEucoriotos multicelulores e megasc6picos:rnetczocrlos e plantas

    Obrigoforiamente dependentes(oer6bicos)SexuodaEscecicllstos, relolivomenlepoucos indivfduosMonfologico (orgoos, tecidos)

    Ropido. Especies de curto duroC;60.Extim;oes e rodiocoes sucessivcs

    C\'(1IUU\',lS com conseqiiencias incomcnsuraveis para acvoluciio do planeta. Nos eel> sistemas rnicrobianosdl ISmarl'S hadeanus c an.lueanos surgiram praricarnentetodos (1" rroces$os rncrabohcos basicos it vida, inclu-SI\ c a , ida rnodcrna, com destaque para a forossinresc,Com 0aparecimcnto da forossintese a base de dioxidede carbono c agu!l para Formar compo tos org.inicose hberar C)xigenio hi pclo I1lCI10S 2,~ bilhoes de anos

    85% do registro fossil:2.900 mil hoes de enosProcariotos unicelulores a coloniois,rnlcroscopicos: bccterlos, cioncbcctenose orquebocterioslndependenles (anoer6bicos) oufocultotivamenle oer6bicosAssexuodoGeneralislos, muitos individuos

    lntrocelulor-bioqurmico-melobolico

    Lenlo. Espec i a s de longo durocco

    (e provavclrnentc ames) a litosfcra, a atmosfera,hidro: fera c a pr6prill biosfcra nunca m ars fo ra rn .1mesrnas.

    Embora a rcacao da fmossintese SL[a reversivcl,com0oxigenio reagindo com a materia OT"hanica pamformar agua c dioxide de carbone, isto nao 5C c i ainsrantaneamcnre, Se pane dcsra materia orgal1lca fo

    Fig. 23.7 Drstribuicoo de uosto continental par idode (Arqueono, Proterozoico e Foneroz6ico). Coberturos sedimentores motrecentes Iororn retirodos para mostror as roches crusta is do embosomenlo.

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    12/24

    504 DEC I FRAN D 0 ATE RRA

    > ; o lc rr .l d. 1 t .. :("Ill! lCtb fora do alcancc Jo ux.igcnJo, urnapaledl cqurvalcru c dc o'igenip s ibrara, 1\0 .vrqucano.l'>;tl II'd)..;CnlO em c XC t..:S S(I n:a gia lJU llse < - I U t imediata-l11Lnrc n)111 C llmpOS[( IS quirrncos reduzidos 11( I rncir I.1!11hlLl1IL, principalrncnrc com gases vulcanicos, rni-ucnns l' c(Jmp()~IO~ quirnicos disSI)1\ idos 11;\hidro: fera,port.trnn 1 1 . 1 ( , passando dirctarncnrc para atmosfera.'\,u penmlo crure 1 c 1 . lnlhoes Je nnos arras, esseprnCl SS() fOl rcsponsavcl pcla o'>ldac::;ao da superhcicL d.l .1111l()sII.:LI C pcla Jeposi

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    13/24

    CAPITULO 23 A TERRA: PASSADO, PRESEN1E E FUTURO 50OXigenio Carbona

    atmosferaIIrnatana 0rgi!,nlcaemmchass ed l m e n ta res, almosferahldrosfera eb,osfera

    blosfara eo u tr as f on te s

    '5y~a\o nahldros!(!tB sulfalo5 ' E ! d lmen t a r

    '!h10 g total 252 ~ 10 9'otal 590 x 10 9

    Fig. 23.10 Drstrlbuicoo otuol de Oxigenio e Corbono no SUooeritc ie do T e rr a . V e la quanta corbono oriqinclrnaros no otmoslero(Iob elo 2 3.1) [o loi incorporodo n o h id ro si er o, no biosfero e,especiclrnente, no litosiero

    ~l mcuos dCllsa c a prcssfio atrnosferica emu para 1/(11) de

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    14/24

    506 DEC I F RAN D 0 ATE R R A

    vat;:ao perfeitarnente coercnte com 0 aumeruo dodia ern doi segund s a cada 100.000 anos desde 0Devoniano.

    Entre tan 1 1 : 0 , . a cxtrapolacao desta tendencia no ou-teo sentido, ou seja para 0 passado anterior aoDevoniano es~arra num paradoxo refercntc a estabi-lidad do sistema Terra-Lea no Paleoproterozoico, h9.rnais de 1,6 bilM:o de anos, Pelos calculos que se pedefazer a Lua c a Terra, nessa epocs, teriarn estado ciaproxima que a Lua retia sido despedacada e destruidapur fortes mares internes ptovocadas pela arracaogravitacional da Ten-H. Todavia, como se sabe, estesatclitc tern sido cornpanheiro da Terra desde muirocedo na fase cosmica de nossa historia (Cap. 1). Paraexplicar est paradoxo alguns pesquisadores posm-lam que itdesaceleracao da rotacao tertestrc prornovidapels Lua ceria sido compensada pt)r urn efeito opos toprovocado pela acel er a cao cia atmosfera pre-cambriana causada pelo campo gravitacional solar. Esteequilfbrio dinamico tcria rnantido a duracao do diaem aproximadarnente 21 horas durante a rnaior partedo Pre-Cambriano.

    23.4 Ciclos Astronomicos e Geo16gicosCiclos astronomicos dizem respeito ao rnovimen-

    to, posicao e interacao do planeta Terra e dos outrosCOlpO:s do Sistema Solar (Tabela 23.2). Tills cidos po-dem influir na dinarnics externa de curto prazo,detetrnl_nando0nabalho das mares e a distribuicao dia-ria e sazonal de calor e luz sabre a face do planeta, comfortes r flexes nos padroes meteorologicos, Incluem ain-da dcl s plunanuais, come 0ciclo de manchas solares,relativamenre curto (1 1 a 12 anos), que pode afetar ascondicdes do tempo globaltrleIi.te, hem como ciclos deperiodos muito maiores (dezenas de milhares de anos)como os da !.recessao dos polos da variacjio nil.elipticidade cia 6rbita cia Terra c da inclinacao do poloterrestre ( C 1 S ciclos de M i lankov it ch d is cu ti do s em Cap.1I) (Fig. 3.12). Seu cfciro rnais espetacular ocorre quan-do tornarn os veroestao fum que 0gelo dos invernosanreriores nao se derrete e as geleiras e caletas polaresavancam, iniciando uma "idade de geld'. De acordo

    Fig. 23.12 A superposicdo des ciclcs ostronornicos [ciclcs deMilankoYi1'ch) envclve 0 excentrtcldo de do 6rbila +erresfre(0), 0 precessco (b ) e a inciinac;;oo (c) do eixo de rOta~a0,lido como urn dos falores influenciandlo a clime terr estre ,especiolrnente, a clcliddode des eto pas fries e memos do cruel "idcdede qelo" (d),iniciada he 3 ou 4 milhoes de ones.

    com os efeitos deste tipo em conjuncao com condicoepaleogeografica , esses ciclos r sultarn en tapas aindrnais bngas, ora dorninadas por dimas frios ora pdimas quemes, numa altemacao conhecida como 0cclo esrufa-refriperador.

    ,,II,IIII !I 12 1 , J~ ! i o'" pa ssa a o " " :'" ru t.uro

    5III~ 4o~'iii !U 30 1 ; . , . .'!!Iii-:d(jj'if} t : : :E . ! ! 2 . [,=:8~x111'0 L

    0;::I11 1 24,0. .S0.~III0"Q 23,00i n : !po11 1c:Uc: 22,0

    :200

    a

    Io 11

    o 10

    c

    Ma i s I flo

    400 300 200Mlllh.lraa de InDI

    100 o

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    15/24

    ~-CAP iTULO 23 A T ERRA : PASSADO, PRESENTE E FUTURO 507

    Dos muitos ciclos geo16gicos do planeta, 0rnaisimportante e 0ciclo de supercontinentes relacio-nado RTectonica Global e a rodas as sum; consequenciasorogeneticas e pale geogd.ficas (Cap. 6). Trata-se deurn conceiro mais abrangente do cPJe 0ciclo de Wil-son (homenagem ao geofisico canadcnse J . Tuzo'\ ilson que d descreveu), que explica a formacao e 0desaparecimento de grandes bacias oceanicas. 0 ciciode supercontinentes nao somente engloba essa ideia,como inclui tarnbern 0 fenorneno mais ample e de-rnorado cia agregacao e desmantelarnento das massascontin -ntais ao longo da historia da Term. Como ve-rerno , envolve aindarnudaricas ciclicas 11.3. atmosfera,no c1ima e no nivel do mar, todas com consequenciasnotaveis na modelagem da superficie terrestre e nocararcr do registro gcol()gico.as gc61ogos r conhecem a formacao edesmanrelamento de varies supercontinentes ao 10n-

    go dos ultirnos dois bilhoes e rneio de anos, desdeque 0regime geotect6nico de rnicroplacas, tipico do

    Arqueano, cedcu Iugar para 0 atual regime drnacroplacas iniciado 00 Paiecprcterczoico e que continua ate 0pLesente. E facil vislumbrar 0 formate dultimo supercontinente, a . Pangea, ql.l se formou nfun do Paleozoico, h;1 250 milhoes de anos, aproximadamertte (Fig. 23.13) . Basta [untar os conrincntesatuais de acordo com sua disposicao em rela a o acadeias rneso-oceanicas que os separam como sc [05sem pe

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    16/24

    508 DEC I F RAN D 0 ATE R R A

    les tempos foi reciclada em zonas de subduccao entreplacas, com algumas poucas lascas desta crosta incor-poradas na zona de surura entre antigos continenres,Silo esras lascas - verdadeiros "fosscis" de oceanosantigos - que perrnitcm dererminar as margens depaleocontincnres e saber quando 0oceano exisriu. Estasinforrnacoes, [untameute com estudos paleomagneticose g ocr n logicos de rochas 110s continentes t com-psracoes entre provfncias estruturais e quando possivel(nc Fanerozoico principalmenre); entre provlnciaspaleubiogeogrificas, perrnirem vislumbrar 0que res-rou des diversos fra~11lentos de paieocontincntes maisantigos c que foram sucessivamente recorrados e cadavez mais disperses ern relacao as suas posicoes origi-nais, Para 0 periodo anterior a Lim bilhao de anos,esses Cjaibra-cabecas 8'1urnuito rnais dificeis de re-monte r e, po r tanto, a reconstiruicso paleocontinentaltorna-sc urn exercicio especulativo.23.4..10 ciclo de supercorttinentes e seus

    efeitoso desman telarnento de urn supercontinente (on-

    tendr a maier pane cia crosta continental de umaep oca qualque r iuic.ia-se com urn a fase deriftearnento intcrno como resposta ao acumulo decal r (ponro quente QU pluma) abaiso do continentedurante centenas de milhoes de anos, Cam a conti-nuidade desse fenomeno tcrmico, 0 conrineme scracha em dais OIJ rnais fragmentos e se inicia 'it pro-ducso de assoalho nccanjco entre des. Lt,>go ocorrerninvasces de aguas clos oceanos que circundarn 0superconrincnte, formando oceanos interiores, ilsemelhancn do atual oceano Atlantico por exernplo,Do outre lade dos fr:agmentos h a as oceanos ex-ted-ores; como 0atual oceano Pacifico POt exemplo.Durante aproxirnadarnente 200 milhoes de anos, osoceanos interiores ise expandem na medida em queprogtide a criacfio do assoalho oceanica pOI comada atividade vulcanica e tectonica nas cristas meso-occanicas (Fig .. 23.1421). Acornpanhando todo 0processo, espessas pilhas de sedimentos 5 1 ' : acurnu-lam nas il'l:ilirgcns rectonicamenre passivas banhadasp I ( S ' icean s interiores, Esta e a charnada fase dedispersao no ciclo de superconrinentes. pos apto-ximadarn nte 2 0 mill: - es de anos, as partes maisantigas da crosta dQS oceaaos interiores, ou seja, as par-tes rnai 5 proximas das margens dos frng:mentos do~mtigo supercontinente, tend em. aafundar no manto urnaVC7 , ~Iue ucone aumento de densidade em fUl1'.(ao dol'esfriamentO ao longo do tempo (Fig. 23.l4b).

    Esta etapa de subduccao da crosta ( ceanica geramagmas profundos debaixo das margens antigamentepassivas dos oceanos interiores, Estes magmas, pot serem menos densos do que as rochas circundantes, tendema ascender pela crosta e extravasar sobre () conrincnteem vulooes, A subduccao tambern pode aferar a crostaoceanica dos oceanos cxteriores, do outr lado dos ragmentos do supercontinenre, gerando urna arividadevulcanica periferica na forma de ilhas em arm ao largodos fragmenros do supercontinente Cap. 6).

    A medida que 0 fundo oceanico dos ocean os inrerioree consurnido, os !i:agmentos do supercontioente comecama entrar na fase de rolisao. So er gu em -e e ent ao mo ruxnh as ,em c xte ns as f aix as do b ra da s mui to d ef orrn ad as ( F i g . 23 .Hc) ,como as csdeias paleozoicas conhecidas como osCaledonides (E sc andinav ia, G ra-B rera nh a, G roenlflndiapar te n ord este d a Am e ric a de N orte), H e rc in id es (E uro pacenteli),l\palacbes (parte lesrc c i " l America do N orte), M ores Atlas (parte noroeste da Afuca) e Montes Urais (y udivide. a Europa da A s . i a , na Russia) e as cadeias cenozoicasdos A lpes ate os H im alaias, t\ j ur u,; e , esp nlh ad os a t) lo ng ede dezenas de milh6e.s de aI1OS.

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    17/24

    CAPiTULO 23 A TERRA : PASSADO, PR E S EN T E E FUTURO 509

    i ' . \ rdcrucmcruc, () cicl de slIpt'rconnncntl's afetamum 1 mai. . dt I LllIl .1 sunples d i " r r i b u l < ; " : 1 ( ) e f'lfIll;} dosconrincrucs [lO map.l UI) plancra. I .nvolve a ahertura ckcil.um:1lt!l lit' (lCl':lI1()S c, consequenremcnre, < 1 reorga-11IZ:U:;--lt ' lb circul.icio oceanica l' atm: )Sfl'l;C:1, altcrnndom r~ldnlL'S chm .mcos giniuis. _\ diminuicao (Ill aumcnto11(I numcro til' {! .ruincnrcs IS( .la (Ill .iproxima ccossistemasdisnnr. I~or,1 csnrnul.mdo, ora irnpcdindo a dispcrsfio el'\ (llu(:1r 1 d11S .uum.us l [11.I111:1sdo planem, "o s rl'nudt ISdl 111,t]( Ir ,un IlLldl' \ ulc.inica, ocorre aumento novolume til' g-.i~ carhomco na atmosfera. 111.1Scstc COI11t.:-(.1 .1 St.:1 '1II1S11midll, I n ,l !; n em sLg-uitia, por prOCl"SS()Sinn-mpc ncus l' I ..r n~ l\ () ~,cspcculm, r uc q un nd u .i clc-\ :1(",111 CIlIl1111t.;1l1:11 crel.uiv .irncntc .ilt.t. \ II1tu

    QU:111dll ns marc s invadcm os OIl1!] ncrucs, :1prcscnca L i t . ', l!-, 'l .m 11(I scu 111lt :1"I0r tendc .1 .uncruzar I I clima, elC\ . 1 1 l d , I atemrerarura media, alnr~mJ() .1 far,;! l.u uu din .i l r ro pic nlL rcduzindo ,1di t - c : r l ' ! l c : J J t . " tem peratura entre I) pul(J l' IIequad, )1'. \ dl'\'aciin do ruvcl Lli I 1 11 :1 1' , P()I" SILl \I.'", drminu: a area continental sujcna .Il')"' )S;t(Ic. Ct InSl'L1LiL'llLl'I11L'111e,a qunnudadc de nutrienu-s L]llt' chegam :11' 111>11".Sob 1:l1SC I )nwci)('~, a clrcul:U;;1() I )c l a n i c a ~ l ' rorna 1 1 1 . [ 1 " 1l' I1I:1 , CIvorecend: I a eSlr:1tlficndl) d,l" ,i~lI,IS e rn c nrn .u lu s, l al'st:lhrnaciio das aguas d() funJo t]Ul nrio s~ nustur.imcom as ouiras, m.us O}.lgUl.llI.IS. \ ... ra:....1 .. l'\ 1I11111\,.ISdlrm n lit' iTI, ficando LI1l curnpasso cll l"ipcr;J.

    Desmanlelamento do superconlinente-.r~c pa""

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    18/24

    510 DEC lfRA NDO A TERRA

    Durante as regressoes, 0 nivel do mar cai, expoo-do mais area continental a erosao e fornecendo maisnntrientcs :105 oceanos. Sem 0 efeito amcnizador noclim a que os m ares epiconrinentais propiciam, a tem-peratura media da Terra cal, as zonas latirudinaistropicais retraern-se e 0 gradiente terrnico entre ospalos e 0 equador aumenta, 0 gUt gera circulacao at-mosferica e oceinica mats VlgoroS:1, rnisturando rnelhora agua no mar e pondo fim as condicoes anoxicas dofund 0, A regressao rnarinha acaba espremendo oseccssistemas dos mates rases (que antes ocupavamv a stas areas d o s a m b ie n tes marinhosepicorrtincntais), numa esrreita faixa cia parte exter-11:1 das plataformas continentals. Isto provo cain tc n s a compe ticao por e s p ac o e nutrientes,delagrando cxtincdes e rapidas mudancas evolutivasem rnuitos grupos de organismos.

    23.4.2 0 ciclo estufa-refrigeradorTa lvez 0 efeit o rnais marcante do cicIo de

    supercontinentes esteja nos controles que pareee im-por ao clima, estitnulando a alrernancia de intervalosfrescos ou ate marcados par glacJa~6es com periodosquentes, de acordo com 0 incremento vulcanico ouconsume intemperico do CO2 provocados duranteas diferentes Eases desses ciclos, segundo modele de-senvolvido pelo geologo australiano J J . Veevers,ilustrado 11.aPig. 23.15. 0 CO2 C transp:uenre a luzincidcnte do Sol mas retern parte da rad iacao

    infraverrnelha (~alor) irradiada da superffcie terrestrequando aquecida pelo Sol. Acima de certos nfveis, COpode determinar aurnentos significativos na tempera-tura medi.a da attDosfc.ta., como pode ser observadohaje com a queima de cornbustfveis fosseis, E 0 cha-mado efeito estufa,

    Por outro lado, quando a atividade vuld.nica naTerra dirninui au quando os continentes estao rnaisaltos ou mais amplarnente expostos,. durante epocasde nivel do mar baixo, os processos jntcmpericos sencarregam de retirar CO2 da atmosfera em reacoescom rochas expostas na superflcie. 0 efeito esrufatorria-se fraco, e a temperatura atmosferica cai, Even-tualmente, a temperatura merna dirninui a ponto deiniciar periodos de exrensa glaciacao. E 0 efeiro refri-getador. Sua expressao rnais dramatica ocorreu poucoantes do terrnino do Proterozoico, qu;a.ndo, segundoespecialistas, as geleiras avancararn ate as regioes tropi-ems, dando ao planeta urn aspeeto de "bola de neve",como mencionado no Cap. ']1. Veevers relaciona osaurnentos tanto no fornecimento coma no consumode CO2 aos cinco esragios que ele reconhece no cidodos supercoruinentes, conformeilustrado na Fig. 23.15e resumido na Tabela 23.10.

    A. P ig . 2 3.1 5 mostra, g ra fic am eo re , a rd a< ;i1 o dessasrendencias climaticas com os tres grandes ciclos desupercontinente ocorridos nos ultirnos UOO milhoes dea[105, cada qual com duracao aproximada de 400 milhoes de anos,

    Tabella 23.9 Comporacdo dos efeitos causados por transgress6es e rearessoes eustcticos (globois)

    l emp em tu ro m .u n.~ io 1E"rosoo

    Aspecto Transgressclo RegressaoT e r n i e 0 : e s f n o r

    Distr ibuir ;oo d:os mares epk:ontinentaisTend~i~ evoMivos nos. h:"Iaresraws

    SlJpr~mento de r lU t ti e. ra t es cos o ce onosGrodiente d e 1 e m p e r Q ! : u r : o -entre 0pellae.oeqoo6orZoneqmento elim6tico.latitudinol'Estobitidade;:CIlm6tko

    Tend .e a nquecerDiminuiCorrenres rna is lenmAguas estrntificodos!potencklimentean6JtiGosem profuJ'ldioodeAumeritaE ~ P 9 c ; ; o o:ume~jiJ, ofe~QQ-QportooidOdos.de contafo 'entre bi~sPressOoseletiva baixo, mudan r ;_osg(oootivas, rad lo

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    19/24

    ----CAPiTULO 23 .' A TERRA: PASSADO, PR IESENTE E IFuTURO 511

    Cada urn desses ciclos exibe uma serie de efeitossemelhanres sabre 0 clima global, que tende a set quentedurante a fase de dispersao e amalgamacao do novosupercontinente, notadamenre no Prorerozoico entre1.000 e 800 milhoes de anos, no Paleozoico Inferior edurante 0 Mesozoico e :1rnaior parte do Cenozoico,e frio durante' < II formacao final e breve periodo esta-vel do supercontinente, como no final do Proteroz6icoe do Paleozoico. Por motives ainda nao muito claros,as fases quentes sao pontuadas peno die seu fim parum mini-periodo de forte glacia\'ao; como ocorreuhi 780 rnilhoes de anos no Prorerozoico, noOrdoviciano e no Em do Terciario (cotnecando h113on 4 millroes de anos). Destas observacoes, podemosconcluir que 0 clima relativamenre bom gue cxperi-rnenrarnr s hoje, ao contrario do que se pode irnaginar,devera set passa,geiro, apenas parte de uma curta faseinterglacial da mills recentc mini-idade de gelo, Nestamao, as calotas J ? ilares poderao voltar a crescer Dumfuture nao multo distante ( a . l . g l . l l 1S milhares au dezenasde milhares de 311os). Como observou Jonnthan Selbyao cornentar 0 modele proposto por Veevers, se 0presente ciclo de supercontinentes correr 0curso es-perado, a previsao do tempo para 0futuro geol6gicoproximo e de rnelhoria com aumento de nebulosida-de e calor seguldo de forte queda na temperamra comperiodos glaciais daqui a oitenta rnilhoes de anos, istoe, se as atividades antropicas, especificamente () lanca-menta de CO2 em cxce s so na atmosfera, riaoinrerferirern ncsre processo,

    23.5 Eventos Singulares e seus EfeitosSuperimpostos nos ciclos e tendencias ii i discuti-

    dos, ocorrern eventos cuja raridade ou intensidadedescornunal faz com que fiquem registrados na historia geologica da Terra. A reacao nuclear natural dOklo, ocorrida hi dois bilhces de anos no G:i l Iba(Africa Ocidental), foi Ulll desses eventos, Ela s o aeon-teceu por causa de Ulna serie de coincidenciasenvolvendo 0aumento recente de oxigenio na atmosfera, as caracteristicas geoquimicas do riojo, e acondicoes hidrogeologicas do arenite onde 0Uraniose alojou, Aparentemente; a concentracao de varias toneladas de minerio contendo 20 a 30% de oxido dmania a alguns quil6mettos de profundidadc, subme-tida a s temperanua e pressso criticas de 650 K e 2tSbares, respectivamente, foi suficientc para iniciar urnreacso nuclear em cadeia que dillon varios milhoes danos, produzindo mars de 500 bilhoes de megajoulesdeenergia, Agua subterranea circulando pelo areniteern abundsncia serviu para dissipar 0calor e evitagualquer reacao mais explosi va,

    Dificilmente outro evento deste tip poderia teacontecido antes ou depois deste: ptimeiro, porqueuranio, muito pouce soluvel em condicoes redutoras,so comecou a forrnar minerios sedimcutares apesoxidacao efetiva da atmosfera, em torno de 2 bilhoede aDOS arras; e, segw1do, par causa do d.pido decrescimo desde a proporcao de 2 3 5 U , com meia vida de

    F ig _2 3.1 5 A s I ose s do cido estufa-refrigemdor do c lir no t er re str e e s ua r eic cd oc os esl6gios (1-5) dos ultimos 'Iresciclos de siperccrninentes(A-C), Durante 0 ciclo A, a Radinia S8 frogmenlo e parte de seus frogmentos se iuntcrn para [orrnor a Ponncno. Durante 0 cldo aPormot lo S8 desrncntelo, fomecenda fragmentos para a Iormocoo de louremlo e Gondwcno, e estes continemes. mols diversos, autosmenores, colidern no decorrer do Po,leozoico, poro construir a Pangea, 0 ciclo C, ainda incomplete, retrain a fragmenlm;:60 do Pargeoeo inicio do ornolqornocdo do proximo supercontinente, Amosio (nome derivado das pnlcvros !America" 8 "Asio"). Observe qU'8[orrnocco de Pann6tia 8 Ponqec coincidiu, grasseiramente, corn as duos maiores epocos de glocia~Cio (a2ul-escuro), precedidcs pa"rnini-idodes de gelo" [seI(5) iniciadas h6 780, 450 e 4 milh6es de enos. A s relccoes entre os eslagios do dclo de superconfinejtes e 0ciclo estlJfa-refrigerador esrco resumidas no Iabelc 23,101,

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    20/24

    512 DECIFRANDO A TERRATgbela 23.10 Como 0 clele de supercontinentes afelo 0 clime mundiel

    CO IO f r et id a i: le b aix od o c ro sro c9r l t inentg l

    A:aelgo~omentodo crosla

    Vui0ol'lismoeflUX0 oumentcrn

    Ade lg t l l ; amen to extrema;r,iifteemento com~Q

    ~ulro l1ismo CQn t i n l JOin tenso

    4 FrogmentO(;QO e dispers60 Fluxo de calor er6pido~ inie'n!to fOriTI[v:ioO vulcortisrno 00 rnoxirnode ossoolho oce;dnicoD isper ,s aO mo ls le f1te;f r o g m e . R r 0 5 con t inen to1se n tr o:m em c b li sa O , ;fOm1al1d~0novosu,*~oi1finenle

    f I U ) ( 4 ! ) de co lor di{ l ' l inuiCOm Q fe .chamen to dosmares i'hterioresi calor'~Gm~a Q se r represedc.debo i) (9 do ,supercOfjtinf;lnteem formo~ao

    itpenas 710 milhoes de anos (c responsavel pela sus-tenta

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    21/24

    CAPiTULO 23 A TERRA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO 513

    23..5.2 0 evento KIT e 0bolide ass assinoAtualrnente, a grande maioria de meteorites tern

    ramartho muito pequeno e cai sabre 0 mar. Dessemodo, us destrocos de corpos celesriais recem-csfdossilo muito raramente recuperados (em torno de umadezena de n vas quedas anualmenre) cas crarerasas-sociadas a eles norrnalmcnre nao passam de algUl1Smetros de dirunerro. Mesmo assirn, e apesm da efici-encia do inremperisrno e erosa )1 em apagar tais feicoesda sup rficie tcrrestre, sao conhecidos, mundialmcnte,em roruo de 160 astroblemas (literalmenrc, e feridasdog astros"), OIJ crareras, de tamanhos e idades dosmais variados, fbrmado' pela queda, 110 passado, degi:andes meteorites, cornetas e ate asteroidea (coleti-vamcnte conhccidos como bolidos) (Tabela 23.11).o que pOlleos sabem ' e l1ue. 0 B ra sil tam b ern tem suacora de crateras, 'inclusive uma de 40 km de diarnetro,o domo de Aragua:lnha, em Goias, na divisa com MatoGrosso, e outra de mais de 3 krn de diametro emC Ionia, a 35 km do centro da cidade de Sao Paulo( P ig . 2 3 .16 ).

    R lr OSerra d.Canga lh aAragu.lnh8

    Fig. 23.16 Locolizocco de ostroblemos no Brasil idenlificodos pOI' clrculos proporclonols DOS seus torncnhos. Fonl

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    22/24

    -514 DE C .FRANDO A TE RRA

    Nao hit como negar as efeitos catastroficos locals,regionais e ate glabais, especialmente sabre a biosfera,dos impactos responsaveis por estas crateras, 0rnaisimpressionante deles (e gue mills atencao tem recebi-do) e aquele citado como responsavel pela onda deextincoes que ma.!"COU 0 fim do periodo Cretaceo eda em Mesozoica, hi 65 milhoes de anos, Econhed-do como 0 even to KIT, terrno derivado das sighsadotadas em rnapas geol6gicos para 0Cretaceo (K) eTerciario (1). Poi a equipc de Luis Alvarez, ganhadol:do premio Iobel e professor da niversidade ciaCalifornia em Berkeley; que, em 1980, chamou a aten-r;ao da comunidade cientifica para esra ideia, que ateentia nao passava de rnais uma das hiporesescatasrrofistas, vistas como "politicamente incorretas"na Geologia desde a epoca de Charles Lyell, no seculoXIX (Cap. 15). Ernanalises de rochas argilosas sima-das exatamente no limite KIT em Umbria, halia,AJ arez e colaboradores constatararn uma concentra-(_faO anornala no elernento Iridic (Ir), urn metalsemelhanrc a platina, extremamente ram na crosta ter-restre, No entanto, estc clernento e presente no mantoe sabidamente enriquecido em asteroides, meteoritese cometas. Propuseram que as argilas cnriquecidas emI f qlle rnarcam 0 Iimite L'-/T representariam a poeiralancada na estratosfera pelo impacto de urn bolide dedirnensoes quilornetricas e que este impacto deveriater sido a causa. principal da extincao dos dinossauros,repteis voadores, quase todos os grandes .repteis rna-rinhos, diversos gruPQs de invertebrados marinhos eate micrcorganismos e plantas no fim do Creraceo(Fig. 23.17a b c). No fervor que sucedeu a publica-!fao da hiporese do grupo de Alvarez, rnuita socorrencias novas da anomalia de Ir bern como cris-rais de quanzo com sinais de. fraturamento POt forteimpacto fo rarn e contradas on mesrna posicaoestratigrafica ern outras regioes do mundo, inclusiveno Nordeste do Brasil, na bacia costeira Pernambuco-Paraiba,

    Em 1991, geoflsicos localizaram, em subsuperficie,a principal candida to para a local de impacto do bolidoassassino, uma cratera de 170 km de diarnetro e 65rnilhoes de anos de idade na peninsula de Yucatan(Mexico) debaixo de rochas cenozoicas nss cercaniasdo povoado de Chicxulub (pronunciado chict-chu-lub')(Fig. 23.17d). Embora alguns geocientistas. argumen-tern que a anomalia em Ir poderia terse originado dovulcanisrno basaltico exrraordinario registrado na rnes-rna epoca na india, tal hiporese nao explica as graosde quartzo fraturados e outrasevidencias favoraveis a

    hiporese do impacto, como a presens:a de urna anomalia em Cromo (Cr), rnicrodiamantes e pequ enagotkulas vitreas de rochas sialicas fundidss no mesmnfvel estratigrafico. Em 1999, E T. Kyte, da Universdade de California ern Los Angeles (EUJ\), anuncioua descoberta, em sedimentos de fimdo do norte doceano Pacifico, a milhares de quilorne tros dChicxulub, de uma particula de rocha de rncnos demm em diametro, cuja analise textural e quimicaconvenceu de que se tratava de urn fragmenm do pr6prio bolide KIT , provavelmcnte urn asteroide.

    o impacto do bolide assassino no limite KiT tria ocasionado 0 que Kyte descrevecorno "urn doplateS dias da historia da Terra". Calcula-se em 10 kro diametro do asreroide 'Jue caiu em Chicxulub, Alemdas ondas de cheque e calm (at' S O Q o C ), terremotos(ate 9 e 10 na escala Richter) e vaporizacao de rochaprovocados pelo impacto, outros efcitos iguaJmcntcarerrorizantes teriam se sucedido par elias, m ses aanos: tsunamis gigantescos (com ondas de at' 3 ( 0 mchuvas acidas forrnadas a partir da grande quantidadde dioxide de carbone e oxides de . enxo f re provenierrtes de calca ri o s e sul fa to s (evaporitm:)instantanearnente vsporizados, incendios em escacontinental, queda de fragmentos ej tados da cratere, principalmente, a efeito ''jnverno nuclear",

    A ideia do" inx erno nuclear parece ter surgido ndecada de 1980, pelo menos em, parte, das discussoes geradas em torrro dos possiveis cfeitr s dimpacto gigame no fim do Creraceo. Percebcu-seque urna guerra nuclear surriria urn efeito muito parecido com a de urn grande impacto de met oritolancando tanta poeira e fuligern na estratosfera qua luz do sol nao peoetrarr-ia ate a superficie terrestreem todo 0 globo pOt dias, scmanas au mcses.temperatura cairia rapidamenre para valores Jegativas rnesrn o nos tropicos, dizimaado a vegeracaoter restre e rnatando a fitoplancton marinho, basdas cadeias alirnentlcias .. U rn efeito em cascara levaria Ii morte os consumidores primaries e, emseguida, os carnivores, e assirn em diante, P )lKOanimais sobreviveriarn, mas as plan as terrestres tavez pudessem brotar de novo, a partir de sementeau raizes resistentes, quando a J oeira se assentassemeses au anos depois, E esre 0 cenario que e imaginado para 0 terrivel firn do Cretacco, urn evcnrgue acabou com a domini a dos repteis e pcr mitiuascensjio dos mamiferos, que desde SU:l mig rn nm e s m a :poca do surgimenro d o s primeiros

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    23/24

    - -CAP iTULO 23 A TERRA: PASSADO, PRESENTE E FU TURO 515

    dinossauros ate entao tinharn dcsernpenhado urnpapel de rneros coadjuvantes nas faunas mcsozoicas.

    A aceiracao desra hiporcse pela maioria dosgeocien tistas forcou a comunidade geologica a xepen-sar 0 papcl de carastrofes na hisroria da Terra eespecialmente .na e -oluciio biologica, 0 evento KITeliminou grupos de organismos que tinharn experi-mcntado grande sucesso e dorninancia pOJ: rnuitasdezenas de milhoes de anos - os dinossauros na terrae as amonitcs (cefalopodes com eonchascomplexas)n )s ocean s. Nao for'11;11 extintos pot"C-]llecram aeces-sariamente "inferiores' aos mamiferos C outros gmposque os subtituiram, pois foram cxtintos como umacontingencia de urn event aleatoric instanraneamcnte

    devastador que Dada tinha a ver com as processesnormais cia evolucao, como competicao e selecao natural, Dificilmente qualquer outre grupo dominantde qualquer epoca geol6gica, escaparia ileso de urnevento semelhante. Eles estavam, sirnplesmcnce, nolugar errado, no memento errado.

    23.6 Arnanha e DepoisHa uma preocupacao generallzadfl, de que a H s : a

    da civilizacao possa. perturbar a di ersidade da. vida 0clima e q, ruvel do mar, provocando roda especie dtmgeclias para 0mundoque conhecemos, desde a elcvacao da tempenHllra pela queima de combustfveis

    Am-e'ricado Nort.e

    dFig. 23.17 oj 0 bolide ossossino, de dez quilornetros de diametro, um segundo cntesdo [irn do Cretoceo, h6 65 rnilhces de onesb) 0 impocto. c) 0 local do impacto, mil onos depois, d) A !ocolliza

  • 5/13/2018 do a Terra - Cap 23 - A Terra - Passado, Presente e Futuro

    24/24

    516 DE C IFRANDO A T E RRA

    fosseis e subsequcnte degelo das caletas polares, pro-v cando a inundacao de regioes costeiras populosas,a destruicao da carnada de ozonic que protege a vidados raios ultra-violeta mais danosos, ate exrincoes ernrnassa e desequilfbrio de ecossistcmas inteiros comdescrtificacao de gramdes regioes onde arualmcnreexistem florestas tropicais, etc., etc. Existem Or rani-z acoes Nao Governamentais (ONGs)" orgao sgovenlamentals e cornissoes especiais que lidam comesta questao bern como conferencias internacionaispara discutir os resultados dos estudos sobre 0 terns.A prcocupacao corn estc topico, que e apelidado de"mudaricas globaisH, e rea] eo perigo tambern, poisa populacao hurnana, que em 1950 era de dots bilhoese meio de habitantes, ho] passa de seis bilhoes e, comcrescimento anual de 2%, ameaca chegar a 11 bilhoesate 0ano 2050, Este fato, por si 56 , , e prova cabal da"rnudanca global'; mais significativa dos ultimos secu-los 0superpovoarnentoda Terra por nos humanos,com todas as demandas e amea