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DIÁRIO Repúbllica Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL N9 088 ; CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO D.E 1985 CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO 1- ATA DA 89' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE- GISLATlVA DA 47' LEGISLATURA EM 15 DE AGOSTO DE 1985 I- Abertura da Sessão U- Leitura e assinatura da ata da sessão anterior 111- Leitura do Expediente OFICIOS a) N' 129/85, do Sr. Deputado Amadeu Geara, requerendo a retirada do Projeto de Lei n' 3.879/84, de sua autoria; b) N' 80/85, do Sr. Deputado AluIzio Campos, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça; e c) N' 238/85, do Sr. Deputado Prisco Viana, Líder do Partido Democrático Social. REQUERIMENTOS a) Do Sr. Deputado Manuel Viana, Presidente em exercício da Comissão de Saúde; e c) Do Sr. Deputado Alcides Franciscato, reque· rendo a retirada do Projeto de Lei n' 5.921/85. PROJETOS APRESENTADOS Projeto de Lei n' 6.030, de 1985 (do Sr. Paulo No· gueira) - dispõe sobre o uso de uniforme nas escolas de I' e 2' graus. Projeto de Lei n' 6.032, de 1985 (do Sr. Adail Veto torazzo) - determina a atualização e o reajuste dos salários dos trabalhadores das empresas públicas e privadas. bem como do funcionalismo em l!eral. fi· xando seus vencimentos em ORTN e outras provi. dências. ERRATAS Projeto de Lei n' 3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar- zur) - altera a redaçào dos artigos 14, 81, 82 e 97 da Lei n' 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tri· butário Nacional - e dos artigos 8', 9' e 10 do Decreto·lei n' 406, de 31 de dezembro de 1968 e dá outras providências. Projeto de Lei n' 5.532, de 1985 (do Sr. Maluly Ne- to) - dispõe sobre a profissão de trabalhador de blo· co e determina outras providências. IV - Pequen,} Expedinte WALTER CASANOVA - Coligação do Partido Socialista com o) Partido da Frente Liberal, no Mu- nicípio do Rio de Janeiro. O DE ALMEIDA NEVES- Internacionalização do Sistema Financeiro Nacio- nal. MENDES BOTELHO - Equiparação dos pro- ventos dos aposentados e pensõcs aos salários dos trabalhadores ativos. LEUR LOMANTO - Extensào do vale- transporte aos funcionários públicos. ADAIL VETTORAZZO - Greve dos servidores da Fundação das Pioneiras Sociais. ROBERTO JEFFERSON - Irregularidades em contrato clelebrado entre a Rede Ferroviária Federal e o BIRD. MÚCIO ATHAYDE - Casa própria para favela- dos, com amparo do Governo do Distrito Federal. ROSA FLORES - Reforma Agrária. VIRGILDASIO DE SENNA - Extinção do Ins- tituto do Açúcar e do Álcool. GERSON PERES - Restauração da Transama- zónica. Reativação de funcionamento do Seringueiro VII, Hospital Volante. Abastecimento dos depósitos da COBAL em Altamira, Estado do Pará. FERNANDO MAGALHÃES - Falta de conser- vação da BR-IOI, Rio·Bahia litorãnea. ARTHUR VIRGILIO NETO-Taxas de juros especias para atividade agrícola no Estado do Ama- zonas. TIDEI DE LIMA - Assemblêia Nacional Consti- tuinte. NILSON GIBSON - Construção do trecho final da Hidrelêtrica de Itaparica. JORGE ARBAGE - 162' aniversário de adesão da Província do Grão-Pará do Impêrio brasileiro. ISRAEL PINHEIRO - Necessidade de maior di- vulgação, pelo Governo, de esclarecimento acerca da situaçào da PETROBRÁS. MÁRIO FROTA - Ação desenvolvida pela Polí- cia Federal, com o apoio da Marinha, no Alto Soli- mões. Convcniência do afastamento de policiais en- volvidos com a prática de torturas em Tabatinga, Es- tado do Amazonas. SIQUEIRA CAMPOS - Reivindicações dos ga- rimpeiros de Serra Pelada, Estado do Pará. SANTINHO FURTADO - Ação moralizadora do Ministro Waldir Pires quanto ao relacionamento entre a Previdência e a rede bancária. MOZARILDO CAVALCANTE - Ingerência es- trangeira nas reservas indígenas do Território de Ro- raima. ALBÉRICO CORDEIRO - Notícias sobre en· volvimento do ex-Ministro Ibrahim Abi-Ackel na prática de contrabando de pedras preciosas para oS Estados Unidos. FRANCISCO AMARAL - Situaçào da Faculda- de de Medicina de Jandia!, Estado de São Paulo. JACQUES D'ORNELLAS - Conveniência de medidas do Governo brasileiro contra a política ra- cista na África do Sul. SARAMAGO PINHEIRO - Plano de Reforma Agrária. GUIDO MOESCH - "Declaraçãn de Florianó- polis", documento decorrente do XX Congressn Na- cional dos Estabelecimentos Particulares de Ensino. JOSÉ GENOINO - Comissão Parlamentar de In- quêrito para apurar denúncia sobre contrabando de pedras preciosas envolvendo o ex·Ministro Ibrahim Abi-Ackel. AMAURY MÜLLER - Escalada de violência contra camponeses. Solidariedade do PDT aos gre- vistas da Fundação Pioneiras Sociais. DJALMA BOM - Rompimento das relações di· plomáticas do Brasil com a África do Sul. MAURILIO FERREIRA LIMA - Irregularida- des na prestação de serviços do FUNRURAL aos beneficiários da Previdência Social.

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DIÁRIORepúbllica Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

ANO XL N9 088 ; CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO D.E 1985

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

1- ATA DA 89' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE­GISLATlVA DA 47' LEGISLATURA EM 15DE AGOSTO DE 1985

I - Abertura da Sessão

U - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

111- Leitura do Expediente

OFICIOS

a) N' 129/85, do Sr. Deputado Amadeu Geara,requerendo a retirada do Projeto de Lei n' 3.879/84,de sua autoria;

b) N' 80/85, do Sr. Deputado AluIzio Campos,Presidente da Comissão de Constituição e Justiça; e

c) N' 238/85, do Sr. Deputado Prisco Viana,Líder do Partido Democrático Social.

REQUERIMENTOS

a) Do Sr. Deputado Manuel Viana, Presidente emexercício da Comissão de Saúde; e

c) Do Sr. Deputado Alcides Franciscato, reque·rendo a retirada do Projeto de Lei n' 5.921/85.

PROJETOS APRESENTADOS

Projeto de Lei n' 6.030, de 1985 (do Sr. Paulo No·gueira) - dispõe sobre o uso de uniforme nas escolasde I' e 2' graus.

Projeto de Lei n' 6.032, de 1985 (do Sr. Adail Vetotorazzo) - determina a atualização e o reajuste dossalários dos trabalhadores das empresas públicas eprivadas. bem como do funcionalismo em l!eral. fi·xando seus vencimentos em ORTN e dá outras provi.dências.

ERRATAS

Projeto de Lei n' 3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar­zur) - altera a redaçào dos artigos 14, 81, 82 e 97 daLei n' 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tri·butário Nacional - e dos artigos 8', 9' e 10 doDecreto·lei n' 406, de 31 de dezembro de 1968 e dáoutras providências.

Projeto de Lei n' 5.532, de 1985 (do Sr. Maluly Ne­to) - dispõe sobre a profissão de trabalhador de blo·co e determina outras providências.

IV - Pequen,} Expedinte

WALTER CASANOVA - Coligação do PartidoSocialista com o) Partido da Frente Liberal, no Mu­nicípio do Rio de Janeiro.

LÊ O DE ALMEIDA NEVES-Internacionalização do Sistema Financeiro Nacio­

nal.

MENDES BOTELHO - Equiparação dos pro­ventos dos aposentados e pensõcs aos salários dostrabalhadores ativos.

LEUR LOMANTO - Extensào do vale­transporte aos funcionários públicos.

ADAIL VETTORAZZO - Greve dos servidoresda Fundação das Pioneiras Sociais.

ROBERTO JEFFERSON - Irregularidades emcontrato clelebrado entre a Rede Ferroviária Federale o BIRD.

MÚCIO ATHAYDE - Casa própria para favela­dos, com amparo do Governo do Distrito Federal.

ROSA FLORES - Reforma Agrária.

VIRGILDASIO DE SENNA - Extinção do Ins­tituto do Açúcar e do Álcool.

GERSON PERES - Restauração da Transama­zónica. Reativação de funcionamento do SeringueiroVII, Hospital Volante. Abastecimento dos depósitosda COBAL em Altamira, Estado do Pará.

FERNANDO MAGALHÃES - Falta de conser­vação da BR-IOI, Rio·Bahia litorãnea.

ARTHUR VIRGILIO NETO-Taxas de jurosespecias para atividade agrícola no Estado do Ama­zonas.

TIDEI DE LIMA - Assemblêia Nacional Consti­tuinte.

NILSON GIBSON - Construção do trecho finalda Hidrelêtrica de Itaparica.

JORGE ARBAGE - 162' aniversário de adesãoda Província do Grão-Pará do Impêrio brasileiro.

ISRAEL PINHEIRO - Necessidade de maior di­vulgação, pelo Governo, de esclarecimento acerca dasituaçào da PETROBRÁS.

MÁRIO FROTA - Ação desenvolvida pela Polí­cia Federal, com o apoio da Marinha, no Alto Soli­mões. Convcniência do afastamento de policiais en­volvidos com a prática de torturas em Tabatinga, Es­tado do Amazonas.

SIQUEIRA CAMPOS - Reivindicações dos ga­rimpeiros de Serra Pelada, Estado do Pará.

SANTINHO FURTADO - Ação moralizadorado Ministro Waldir Pires quanto ao relacionamentoentre a Previdência e a rede bancária.

MOZARILDO CAVALCANTE - Ingerência es­trangeira nas reservas indígenas do Território de Ro­raima.

ALBÉRICO CORDEIRO - Notícias sobre en·volvimento do ex-Ministro Ibrahim Abi-Ackel naprática de contrabando de pedras preciosas para oSEstados Unidos.

FRANCISCO AMARAL - Situaçào da Faculda­de de Medicina de Jandia!, Estado de São Paulo.

JACQUES D'ORNELLAS - Conveniência demedidas do Governo brasileiro contra a política ra­cista na África do Sul.

SARAMAGO PINHEIRO - Plano de ReformaAgrária.

GUIDO MOESCH - "Declaraçãn de Florianó­polis", documento decorrente do XX Congressn Na­cional dos Estabelecimentos Particulares de Ensino.

JOSÉ GENOINO - Comissão Parlamentar de In­quêrito para apurar denúncia sobre contrabando depedras preciosas envolvendo o ex·Ministro IbrahimAbi-Ackel.

AMAURY MÜLLER - Escalada de violênciacontra camponeses. Solidariedade do PDT aos gre­vistas da Fundação Pioneiras Sociais.

DJALMA BOM - Rompimento das relações di·plomáticas do Brasil com a África do Sul.

MAURILIO FERREIRA LIMA - Irregularida­des na prestação de serviços do FUNRURAL aosbeneficiários da Previdência Social.

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8212 Sexta-feira 16

JONAS PINHEIRO - Falta de armazéns agríco­las no Estado de Mato Grosso.

JOÃO MARQUES - Greve dos servidores daFundação das Pioneiras Sociais.

FRANCISCO DIAS - Campanha dos meios decomunieação contra a ausência de parlamentares nassessões da Câmara dos Deputados e do Senado Fede­ral.

ALCIDES LIMA - Sexagêsimo quinto aniver­sário de fundação da Confederação Nacional dosPescadores. Reivindicações do setor.

ASSIS CANUTO - Ocupação, pela FUNAI, deseringais no Estado de Rondônia.

JOSÉ LUIZ MAIA - Recuperação das rodoviasdo Nordeste.

WILMAR PALIS - Editorial do O Estado de S.Paulo sobre irregularidades no Banco Nacional deCrédito Cooperativo.

Campanha antipoliomielite. Solidariedade aos gre­vistas da Fundação das Pioneiras Sociais.

DlOGO NOMURA - Manutenção de fotografiano título eleitoral.

FRANCISCO SALES - Crise de energia elétricano Estado de Rondônia.

FREITAS NOBRE - Política nacional de conser­vação da natureza.

IRMA PASSONI - Atitude do Governo brasilei­ro em relação à política racial adotada pelo Governoda África do Sul.

JOÃO BATISTA FAGUNDES - Participaçãode órgão coletivo nas concessões para funcionamentode postos de venda de combustíveis.

JOSÉ CAMARGO - I Congresso Nacional dePsicologia do Trânsito, UberIàndia, Estado de MinasGerais. Inconveniência dos vôos eharters do Brasilpara o exterior.

JOSÉ COLAGROSSI - Patrimônio histórico earquitetônico de Quissamã, distrito de Macaé, Esta­do do Rio de Janeiro.

JOSÉ RIBAMAR MACHADO - Realizações doGoverno do Município de Buriti, Estado do Mara­nhão.

PAULO ZARZUR - Prazo de prescrição do di­reito de cobrança de importâncias devidas às insti­tuições da Previdência Social.

RENATO CORDEIRO - Instalação de agênciada CACEX em São Paulo.

SAMIR ACHOA - Interiorização da assistênciamédica.

WAGNER LAGO - Prisão de delegados da Polí­cia do Maranhão.

NELSON DO CARMO - Necrológio do Sr. Ar­mando Pannunzio, ex-Prcfcito de Sorocaba, Estadode São Paulo.

V - Grande Expediente

OSVALDO LIMA FILHO - Reforma agrária.Privatização de empresas estatais. Extinção do IAA,do IBC e de outros órgãos governamentais.

ALBERTO GOLDMAN - (Retirado pelo ora­dor para revisão.) Filiação do orador aos quadros doPartido Comunista Brasileiro.

GERALDO FLEMING - Asfaltamento da BR­364, trecho Porto Velho - Rio Branco.

VI - Ordem do Dia

ASSIS CANUTO, ROBERTO JEFFERSON,LÚCIA VIVEIROS, RENATO VIANNA, OSVAL­DO MELO, AMADEU GEARA, SANTINHO

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

FURTADO, WALMOR GIAVARINA, EDMETAVARES, ADAIL VETTORAZZO, DlOGO NO­MURA, FRANCISCO AMARAL. FRANCISCODIAS, JOSÊ FREJAT, PACHECO CHAVES, NA­DYR ROSSETTI, JOSÉ TAVARES, HOMEROSANTOS, LUIZ HENRIQUE, TIDEI DE LIMA­Apresentação de proposições.

DJALMA BOM - Comunicação, como Líder,sobre conseqüências do apoio do Ministro AurelianoChaves à candidatura do Sr. Jânio Quadros a Prefei­to de São Paulo, Estado de São Paulo. Notícias doenvolvimento do ex-Ministro Ibrahim Abi-Aekel naprática de contrabando de pedras preciosas para osEstados Unidos.

CELSO BARROS - Comunicação, como Líder,sobre instalação de grupo de trabalho destinado a re­fonnular o Sistema Financeiro da Habitação.

JOSÉ COLAGROSSI - Comunicação, comoLíder, sobre repúdio do PDT a projeto de lei que ob­jetiva impedir acesso dos pequenos partidos ao rádioe à televisão para a propaganda dos seus candidatos àPrefeitura Municipal.

ISRAEL DIAS-NOVAES - Comunicação, comoLíder, sobre notícias do envolvimento ao ex-MinistroIbrahim Abi-Ackel na prática de contrabando de pe­dras preciosas para os Estados Unidos. Apoio do Mi­nistro Aureliano Chaves à candidatura do Sr, JânioQuadros a Prefeito de São Paulo, Estado de São Pau­lo.

AMARAL NETO - Comunicação, como Líder,sobre pagamento de jeton a parlamentares ausentesdas sessões da Câmara dos Deputados.

AIRTON SOARES - Comunicação, como Líder,sobre conteúdo da manifestação do Deputado Ama­tal Netto em Comunicação como Líder, em sessãoanterior da Câmara dos Deputados.

AMARAL NETTO - Uso da palavra nos termosdo art. 93, ioeiso VIII, do Regimento Interno.

AIRTON SOARES - Questão de ordem sobrevantagens auferidas pelo Deputado Amaral Nettodurante o Governo anterior.

AMARAL NETTO - Questão de ordem sobreimprocedência das acusações contidas em questão deordem formulada pelo Deputado Airton Soares.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordemdo Deputado Amaral Netto.

ROBERTO JEFFERSON - Questão de ordemsobre suspensão de publicação do Diário do COIigres~

so Nacional de matéria cuja transcrição fora autoriza­da pelo Presidente dos trabalhos no pcriodo destina­do ao Pequeno Expediente.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordemdo Deputado Roberto Jefferson.

ROBERTO JEFFERSON - Questão de ordemsobre possibilidade de decisão do Presidente, dos tra­balhos ser modificada por funcionários da Casa.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordemdo Deputado Roberto Jefferson.

LÉLIO SOUZA - Parecer da Comissão de Cons­tituição e Justiça à emenda de plenário ao Projeto deLei n" 2.833-D, de 1980.

GASTONE RIGHI - Questão de ordem sobreinexisténcia de qunrum regimental para prossegui­mento da sessão.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordemdo Deputado Gastone Righi.

PROJETO DE LEI N" 2.833-B, de 1980

Votação em discussão única, do Projeto de Lei n"2.833-B, de 1980, que altera o título da Seção IV doTitulo I da parte especial e acrescenta parágrafos aoart. 154 do Código Penal; tendo parecer, da Comis-

Agosto de 1985

são de Constituição e Justiça, pela constitucionalida­de. juridicidade, técnica legislativa c, no mérito pelaaprovação. Pendente de parecer da Comissão deConstituição e Justiça à emenda de Plenário. (Do Se­nado FederaL) - Relator: Sr. Pimenta da Veiga. Saida Ordem do Dia para publicação de subemenda daComissão de Constituição e Justiça.

PROJETO DE LEI Nç 5.729, DE 1985

Discussão única do Projeto de Lei nO 5.729, de1985, que altera dispositivos da Lei n' 5.682, de21 dejulho de 1971, modificada pelas Lcis nOs 5.697, de 27de agosto de 1971, 5.781, de 5 de junho de 1972,6.444, de 3 de outubw de 1977 e 6.767, de 20 de de­zem bro de 1979, c dá outras providências. Pendentede parecer da Comissão de Constituição e Justiça.(Do Senado Federal.) Sai da Ordem do Dia parapublicação de substitutivo da Comissão de Consti­tuição e Justiça.

VII - Designação da Ordem do Dia

VIII - Encerramento

MARCIO BRAGA - Discurso do DeputadoMárcio Braga, no Pequeno Expediente da sessão de14-8-85: Dívida externa do Brasil.

O SR. ASSIS CANUTO - Projeto de lei que in­clui no Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lein" 5.917, de 10 de setembro de 1973, a Ferrovia No­roeste do Brasil.

O SR. ROBERTO JEFFERSON - Projeto de leique concede pensão especial à Maria Cezaltina Pas­tor Pires.

A SR' LÚCIA VIVEIROS - Proposta de Emen­da à Constituição que altera o art. 74 da ConstituiçãoFederal.

O SR. RENATO VIANNA - Projeto de lei quealtera a redação do art. 932 do Código de ProcessoCivil.

O SR. OSWALDO MELO - Requerimento deinfonnações ao Presidente do Banco Central sobrecontrato de confissão de dívida do Banco do Estadodo Pará S.A.

O SR. AMADEU GEARA - Projeto de lei queautoriza o Poder Executivo a promover a realizaçãode censo demográfico qüinqüenal nas regiões metro­politanas.

O SR. SANTINHO FURTADO - Projeto de leique estende ao pequeno produtor rural o tratamentodiferenciado, simplificado e favorecido, previsto naLei nç 7.256, de 27 de novembro de 1984.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Projeto de leique acrescenta parágrafo único ao art. 18 da lei queregula a ação popular.

O SR. EDME TAVARES - Projeto de lei quemodifica a redação do item TII do art. 42 da Lei nO5.682, de 21 de julho de 1971 (Lei Orgânica dos Parti­dos Políticos).

O SR. ADAIL VETTORAZZO - Projeto de leique altera o art. 473 da Consolidação das Leis doTrabalho.

O SR. mOGO NOMURA - Projetó de Lei queacrescenta dispositivo ã Consolidação das Leis doTrabalho, instituindo a estabilidade provisória dagestante.

Projeto de lei que altera a redação do art. 123 doDecreto-lei n' 94 I, de 13 de outubro de 1969, permi­tindo se efetive a naturalização, na hipótese que men­ciona, mediante a expedição da carteira de identidadede brasileiro naturalizado.

Projeto de lei que acrescenta parágrafos ao art. 20da Lei nO 5.869, de Ii de janeiro de 1973, que instituiO Código de Processo Civil.

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Agosto de 1985

o SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de leique institui a placa nacional de veículos, a cadernetade veículo e dá outras providências.

O SR. FRANCISCO DIAS - Projeto de Reso­lução que dá nova redação ao art. 60 do RegimentoInterno.

O SR. 10S É FREJAT - Projeto de lei que dispõesobre a compra e porte de arma de fogo.

o SR. PACHECO CHAVES - Projeto de lei quealtera a Lei Orgânica da Previdência Social, de modoa assegurar prestação de assistência médica aos filhosdos segurados, nas condições que especifica.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l)

O SR. NADYR ROSSETTI - Projeto de lei quealtera a redação do art. 92 da Lei n9 4.737, de 15 dejulho de 1965, que institui o Código Eleitoral.

O SR. JOSÉ TA VARES - Projeto de lei que con­cede aposentadoria especial para os motoristas de tá­xi.

O SR. HOMERO SANTOS - Projeto de lei queacrescenta dispositivos à Lei n9 2.604, de 1955, paradisciplinar a duração do trabalho de enfermeiros edemais servidores de hospitais.

O SR. LUIZ IHENRIQUE - Projeto de lei queacrescenta § ao art. 89 da Lei n9 7.332, de 19 dejulho

Sexta-feira 16 8213

de 1985, que trata do prazo de domicílio eleitoralpara o pleito de 15 de novembro de 1986 e dá outrasprovidéncias.

O SR. TIDEI DE LIMA - Projeto de lei que au­toriza a criação de uma Vara da Justiça Federal na ci­dade de Bauru, Estado de Sào Paulo.

2 - MESA (Relação dos membros)

3 - LIDERES E VICE-LIDERES DE PARTI­DOS (Relaçào dos membros)

4 - COMISSÕES (Relação dos membros dasComissões Permanentes, Especiais, Mistas e de In­quérito)

Ata da 89l,l Sessão, em 15 de agosto de 1985Presidência dos Srs.: Carlos Wilson, 29- Vice-Presidente; Leur Lomanto,

2p-Secretárío; José Ribamar Machado, Suplente de Secretário

ÀS 13:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO­RES:

Ulysses Guimarães Humberto Souto Carlos WilsonHarõldo Sanford Leur Lomanto bpitácio CafeteiraJosé Frejat Jose Klbamar Machauo Urestes MunizBete Mendes Celso Amaral.

Acre

Aluízio Bezerra - PMDB; Amncar de Queiroz ­PDS; José Melo - PMDB; Wildy Vianna - PDS.

Amazon....

Arthur Virgílio Neto - PMDB; José Fernandes ­PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota - PMDB;Randolfo Bittencourt - PMDB.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PFL; Fran­cisco Sales - PDS; Orestes Muniz - PMDB.

Pará

Ademir Andrade - PMDB; Benedicto Monteiro ­PMDB; Brabo de Carvalho - PMDB; Gerson Peres­PDS; João Marques - PMDB; Jorge Arbage - PDS;Osvaldo Melo - PDS.

Maranhio

Bayma Júnior - PDS; Edison Lobão - PDS; EnocVieira - PFL; Epitácio Cafeteira - PMDB; João Al­berto de Souza - PFL; João Rebelo - PDS; José Bur­nett - PDS; José Ribamar Machado - PDS; NagibHaickel - PDS; Wagner Lago - PMDB.

Piauí

Celso Barros - PFL; Ciro Nogueira - PMDB; Herá­clito Fortes - PMDB; José Luiz Maia - PDS; LudgeroRaulino - PDS.

Cellfá

Aécio de Borba - PDS; Chagas Vasconcelos ­PMDB; Cláudio Philomcno - PDS; Haroldo Sanford- PDS; Manuel Viana - PMDB; Marcelo Unhares ­PDS; Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pimentel ­PMDB.

Rio Grande do Norte

Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara ­PMDB; Antônio Florêncio - PFL; Jcssé Freire - PFL;João Faustino - PFL.

Parllloa

Aluízio Campos - PMDB; Edme Tavares - PFL;João Agripino - PMDB.

Pernambuco

Antônio Farias - PDS; Carlos Wilson - PMDB;Cristina Tavares -- PMDB; Egídio Ferreira Lima ­PMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vas­concelos - PMDB; José Jorge - PFL; José Moura ­PFL; Josias Leite - PDS; Maurílio Ferreira Lima ­PMDB; Nilson Gibson - PFL; Oswaldo Lima Filho­PMDB; Sérgio Murilo - PMDB.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;José Thomaz Nonô - PFL; Renan Calheiros - PMDB;Sérgio Moreira - PMDB.

Sergipe

Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Hélio Dantas - PFL; WalterBaptista - PMDE:.

Bahia

Ãngelo Magalhães - PDS; Antônio Osório - PTB;Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli - PMDB;Elquisson Soares -- PMDB; Eraldo Tinoco - PDS;Etclvir Dantas - PDS; Fernando Santana - PMDB;Francisco Benjamim - PFL; Genebaldo Correia ­PMDB; Horácio Matos - PDS; JairoAzi - PDS; JoãoAlves - PDS; José Lourenço - PFL; Leur Lomanto­PDS; Prisco Viana - PDS; Raul Ferraz - PMDB; Wil­son Falcão - PDS.

Espírito Santo

Hélio Manhães -- PMDB; José Carlos Fonseca ­PDS; Nyder Barbosa - PMDB.

Rio de Janeiro

Abdias Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Amaral Netto - PDS; Carlos Peçanha - PMDB;Celso Peçanha - PFL; Clemir Ramos - PDT; DarcílioAyres - PDS; Denisar Arneiro - PMDB; Gustavo Fa­ria - PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques D'Or­neIla. - PDT; José CoJagrossi - PDT; José Frejat ­PDT; Mareio Braga - PMDB; Osmar Leitão - PDS;Roberto Jefferson - PTB; Saramago Pinheiro - PDS;Sebastião Ataíde -- PFL; Walter Casanova - PFL;Wilmar PaIis - PDS.

Minas Gerais

Aécio Cunha - PFL; Bonifácio de Andrada - PDS;Carlos Eloy - PFL; Delson Scarano - PDS; EmílioHaddad - PFL; Homero Santos - PFL; HumbertoSouto - PFL; Israel Pinheiro - PFL; José Maria Ma­galhães - PMDB; José Mendonça de Morais ­PMDB; Luiz Guedes - PMDB; Manoel Costa Júnior- PMDB; Marcos Lima - PMDB; Melo Freire ­PMDB; Oscar Corrêa Júnior - PFL; Oswaldo Murta­PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - PFL; Pimen­ta da Veiga - PMDB; Rondon Pacheco - PDS; Ro­sem burgo Romano - PMDB.

São Paulo

Adail Vettorazzo - PDS; Airton Sandoval - PMDB;Airton Soares - PMDB; Alcides Franciscato - PFL;Bete Mendes - PT; Celso Amaral- PTB; Darcy Passos- PMDB; Del Bosco Amaral - PMDB; Djalma Bom- PT; Flávio Bierrenbach - PMDB; Francisco Amaral- PMDB; Francisco Dias - PMDB; Freitas Nobre-PMDB; Gastone Righi - PTB; Horácio Ortiz ­PMDB; Irma Passoni - PT; Israel Dias-Novaes ­PMDB; João Bastos - PMDB; José Camargo - PFL;José Genoino - PT; Márcio Santilli - PMDB; Mar­condes Pereira - PMDB; Nelson do Carmo - PTB;Octacílio de Almeida - PMDB; Paulo Zarzur ­PMDB; Roberto Rollemberg - PMDB; SaUes Leite­PDS; Samir Achôa - PMDB; Ulysses Guimarães ­PMDB.

Goiás

Adhemar Santillo - PMDB; Brasílio Caiado - PDS;João Divino - PMDB; José Freire - PMDB; SiqueiraCampos - PDS; Tobias Alves - PMDB; Wolney Si­queira - PFL.

Mato Grosso

Bento Porto - PFL; Cristino Cortes - PDS; Gilsonde Barros - PMDB; Paulo Nogueira - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Harry Amorim - PMDB; Ruben Figuciró- PMDB;Saulo Queiroz - PFL.

Paraná

Alceni Guerra - PFL; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Ary Kffuri - PDS; Celso Sa­bóia - PMDB; José Tavares - PMDB; Oswaldo Trevi­san - PMDB; Otávio Cesário - PDS; Paulo Marques- PMDB; Pedro Sampaio - PMDB; Renato Johnsson

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8214 Sexta-feira 16

- PDS; Santos Filho - PDS; Valmor Giavarina ­PMDB: Walber Guimarães - PMDB.

Santa Catarina

Artenir Werner - PDS: Casildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Ernesto de Marco ­PMDB; Ivo Vanderlinde - PMDB; João Paganella­PDS; Luiz Henrique - PMDB; Pedro Colin - PFL;Vilson Kleinubing - PDS.

Rio Grande do Sul

Amaury Müller - PDT; Darcy P07.>:a - PDS; Emí­dio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT; GuidoMocsch - PDS: Irajá Rodrigues - PMDB; Irineu Co­laIa - PDS: João Gilberto - PMDB; Lélio Souza ­PMDB; Matheus Schmidt - PDT; Nadyr Rossetti ­PDT; Oly Fachin - PDS; Pedro Germano - PDS; Pra­tini de Morais - PDS; Rosa Flores - PMDB.

Amapá

Clarck Platon --,- PDS.

Roraimn

Alcides Lima - PFL; João Batista Fagundes- PDS.

o SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - Alista de presença acusa o comparecimento de 221 Senho­res Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secrctário procederá à lcitura da ata da sessão

anterior.

11 - O SR. ADAIL VETTORAZZO, servindo como2"-Secretário. procede à leitura da ata da sessão antecen­dente. a qual é, sem observações. assinada.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Passa-se à leitura do expediente.

O SR. HAROJ"DO SANFORD, I'-Secretário. proce­de à leitura do seguinte

11I - EXPEDIENTEOFICIOS

Do Sr. Deputado Amadeu Geara. nos seguintes termos:

Ofício n· 129/85 Brasília, em 13 de agosto de 1985Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência. nos termos do art. 115

do Regimento Interno, a retirada do Projeto de Lei n'3.879/84, que "regulamenta o trabalho em hospitais,clínicas. casas de saúde e estabelecimentos congêneres, edetermina outras providências", de minha autoria, oraem tramitação na Comissão de Constituição e Justiça.

Antecipadamcntc grato pelas providéncias que VossaExcelência determinar, aproveito o ensejo para renovar­lhe protestos da mais alta consideração e apreço. _Amadeu Geara.

Do Sr. Deputado Aluízio Campos, nos seguintes ter­mos:Of. n. 80/85 Brasília, 7 de agosto de 1985

Senhor Presidente:Em atendimento ã deliberaçào unânime desta Comis­

são, solicito a Vossa Excelência autorizar a anexação doProjeto de Lei n. 1.735/83 - do Sr. Paulo Lustosa - aode n' 1.733/83, por versarem matêria análoga.

Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Exce­lência protestos de consideração e apreço. - AluizioCampos, Presidente.

Do Sr. Líder do PDS, Deputado Priseo Viana, nos se­guintes termos:

Ofício n' 238/85 Brasília, 14 de agosto de 1985.Senhor Presidente:Tenho a honra de indicar a Vossa Excelência o nome

do Deputado Jonas Pinheiro para substituir O DeputadoValdon Varjão, como Titular da Comissão de Agricultu­ra e Suplente da Comissão de Educação.

Renovo a Vossa Excelência, nesta oportunidade, osmeus protestos de elevada estima e consideração. _Prisco Viana.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

REQUERIMENTOS

Exm'. Sr. Deputado Ulysses Guimarães.DO. Presidente da Cámara dos Deputados

Nos termos regimentais, requeiro seja concedida à Co­missão de Saúde audiência para o Projeto de Lei n"4.670/84. que "dispõe sobre a habilitação e o provisiona­menta de dentistas-práticos, regulamenta o exercíciodessa profissão e dá outras providências".

N. TermosP. DeferimentoManuel Viana, Presi dente em exercício

Do Sr. Deputado Alcides Franciscato, nos seguintes ter­mos:

Excclentíssimo Senhor Secretário-Geral da Mesa.Deputado Alcides Franciscato, infra assinado, respei­

tosamente. na forma regimental, requer a Vossa Excelên­cia, a retirada do Projeto de Lei n' 5.921/85, com a fina­lidade de acrescentar subsídios técnicos que propiciemmelhor exame da questão, para, reapresentá-lo melhora­do nos possíveis 30 dias.

Nestes TermosPede e Espera DeferimentoBrasília, DF, 07 de agosto de 1985. - Alcides Francis­

cato.

PROJETO DE LEINy 6.030, de 1985.

(Do Sr. Paulo Nogueira)Dispõe sobre o uso de unifonne nas escolas de I' e

2' graus.(Às Comissões de Constituição e Justiça, e de

Ed ucação e Cultura).

O Congresso Nacional decreta:Art. I' É facultativo o uso de uniformes nas escolas

de I' e 2. graus, em todo o território nacional.Ar!. 2' O Poder Executivo, através do órgão eompe­

t~nte, regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta)dtas, contados a partir de sua vigência.

~rt. 3' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­caça0.

Ar!. 4' Revogam-se as disposições em contrário.

JustificaçãoA apresentação deste projeto de lei tem como finalida­

de reduzir os gastos com a educação. que, em nosso País,apresenta ainda índices alarmantes de analfabetismo.

E ponto pacífico que o ensino no Brasil vem sofrendosensível queda, devido à calamitosa crise econômica queestamos atravessando.

Levando em conta que o Brasil é um dos países queapresenta salários mais baixos no mundo, podemos ava­liar as dificuldades que vem enfrentando o povo brasilei­ro, sem condições mínim as de realizar o seu grande so­nho, que é educar os filhos.

Através de estudos constatamos a correção positivaentre o grau de escolaridade e o rendimento do indiví­duo.

A esse propósito, vale a pena lembrar que em nossoPais os trabalhadores não qualificados, com pouca ounenhum escolaridade, percebem salário mínimo ou atémenos.

Pelo exposto. submetemos a esta Egrégia Casa a apre­ciação do projeto ora proposto, esperando pela sua acei­tação, que virá em benefício das crianças carentes semcondições de comprar nem os livros e material escolar,muito menos o uniforme.

Sala das Sessões, de 1985. - Paulo No-gueira

PROJETO DE LEINQ 6.032, de 1985

(Do Sr. Adail Vettorazzo)Detennina a atualização e o reajuste dos salários

dos trabalhadores das empresas públicas e privadas,bem como do funcionalismo em geral, fixando seusvencimentos em ORTN e dá outras providências.

(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Tra­balho e Legislação Social e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:

Arl. I' No dia I' de janeiro de 1986, todos os sa­lários dos trabalhadores das empresas públicas ou priva-

Agosto de 1985

das e, incl usive do funcionário público em geral, civil oumilitar. qualquer que tenha sido a data do último reajus­te havido, serão atualizados de acordo com as variaçõesdo INPC havidas no período compreendido entre a datado último reajuste até 31 de dezembro de 1985 e segundoos percentuais estabelecidos nesta lei:

1- 110% do INPC para os que percebam até um sa­lário mínimo.

II - 105% do INPC para os que percebam até dois sa­lários mínimos.

III - 100% do INPC para os que percebam 3 ou maissalários mínimos.

§ I. Os novos salários serão fixados em ORTN.§ 2' Ao final dos meses dejunho e dezembro de cada

ano, a partir de 1986, verificada alguma perda salarialpor parte dos trabalhadores durante o semestre encerra­do, em decorrêncfa da inflaçào ou do aumento de produ­tividade da empresa, serão procedidos os reajustes sala­riais necessários que restabeleçam o poder aquisítivo daclasse trabalhadora.

§ 30 Os critêrios de atualização e reajustes adotadosnesta lei são extensivos aos inativos.

Art. 2. O salário mínimo será fixado pelo Executivonos meses dejaneiro ejulho de cada exercício em ORTNe não poderá ser até o ano de 1990 inferior a 110% doINPC do semestre imediatamente anterior.

Parágrafo único. Nenhum trabalhador poderá per­ceber mensalmente vencimentos inferiores a um saláriomínimo.

Art. 3' Esta lei entrará em vigor na data de suapublicação.

Ar!. 4. Revogam-se as disposições em contrário.

Justificação

Num País, como o 1~'lSSO, com um índice de perda devalor da moeda tão acent... "do, em que a taxa de inflaçãose situa de forma otimista eIrI "'lais de 150% ao ano, hã dese criar mecanismos que possaln proteger os assalaria­dos. resguardando-se-Ihes o poder de compra.

Os reajustes anuais ou semestrais que prevalecem atéhoje são os responsáveis diretos pelo aviltamento da ren­da do trabalhador. Suponhamos, por exemplo, um ope­rário que teve a lo de agosto seus salários fixados em Cr$500.000 mensais e que é contratado com a cláusula dereajustes semestrais. Esse operário irá receber em se·tembro Cr$ 450.000; em outubro Cr$ 405.000; em no­vembro Cr$ 364.500; em dezembro Cr$ 328.050 e, final­mente, em janeiro de 1986, Cr$ 295.255 (em termosreais), o que é uma ínjustiça gritante e uma afronta ã suadignidade humana.

O presente projeto de lei, atualizando inicialmente to­dos os venCimentos dos trabalhadores e fIXando seus sa­lários em valores mais estáveis irá garantir-lhes uma me­lhoria substancial do poder aquisitivo.

Há a se considerar ainda a preocupação deste projetode disciplinar as datas de todos os reajustes salariais, me­dida que por certo deverá provocar reflexos positivos napolítica de combate à inflação.

Sala das Sessões, 8 de agosto de 1985. - Adail Velto­razzo.

ERRATA

(Republica-se em virtude de ter sido transfonnado emProjeto de Lei Complementar.)

Na ementa, onde se lê:

PROJETO DE LEINQ 3.822, de 1984

(do Sr. Paulo Zarzur)

Altera a redação dos artigos 14, 81, 82 e 97 da Lein' 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Triu­tário Nacional - e dos artigos 8',91' e l' do Deereto­lei n. 406, de 31 de dezembro de 1968 e dá outras pro­vidências.

(Às Comissõcs de Constituição e Justiça, de Eco­nomia, Indústria e Comércio e de Finanças.)

Leia-se:

Page 5: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8215

PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN9 313, de 1985

(do Sr. Paulo Zarzur)

Altera a redação das artigos 14,81,82 e 97 da Lein9 5.172, de 25 de ontubro de 1966 - Código Tribu­tário Nacional - e dos artigos 8', 9' e IOdo Decreto­lei n' 406, de 31 de dezembro de 1968 e dá outras pro­vidências.

(Às Comissões de Constituição e Justiça, de Eco­nomia, Indústria e Comércio e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 19 O art. 14 da Lei n' 5.172, de 25 de outubro de1966, mantidos os seus §§ l' e 2', passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IVdo arl. 9" é subordinado à observância dos seguintesrequisitos pelas cntidadcs nele rcferidas:

l-comprovarem que, no mínimo, 50% (cin­qücnta por cento) de suas despesas foram realizadascom atendimento gratuito a pessoas que dele neces­sitaram e não dispunham de recursos pecuniáriospara o respectivo custeio;

11 - auxiliarem o Poder Público, prestandoatendimento com caráter de universalidade, semdiscriminações, preferências ou condições;

111 - não distribuírem qualquer parcela de seupatrimónio ou de suas rendas, a título de lucro ouparticipação no seu resultado;

IV - aplicarem integralmente, no País, os seusrecursos na manutenção dos seus objetivos institu­cionaís;

V - manterem escrituração de suas receitas edespesas em livros revestidos de formalidades capa­zes de assegurar sua exatidão."

Arl. 29 Os arts. 81 e 82 da Lei n' 5.1 72, de 25 de ou­tubro de 1966, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Arl. 81. A contribuição de melhoria instituí­da pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federalou pelos Municipios, no âmbito de suas respectivasatrib uições, será arrecadada dos proprietários deimóveis beneficiados por obras públicas e tcrá comolimite total a despesa realizada.

Parágrafo único. Contribuinte é o proprietário,titular do domínio útil ou possuídor do imóvel be­neficiado.

Arl. 82. A contribuição de melh oria será calcu­lada mediante o rateio da despcsa entre os imóveisbeneficiados, proporcionalmente à sua localizaçãode relação à obra, ao seu valor venal ou à sua testa­da.

§ l' Nas despesas serão computados os custoscom' estudos, projetos, fiscalização, desapro­priações, indenizações, administração, execução, fi­nanciamento e demais investimentos imprescindí­veis à obra pública.

§ 2' A despesa terá sua expressão monetáriaatualizada à época do lançamento."

Art. 3' O §l' do arl. 97 da Lei n' 5.172, de 25 de ou­tubro de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 97. . .~ 2' Não constitui majoração de tributos para

os fins do disposto no inciso II deste artigo a atuali­zação do valor monetário da respectiva basc de cál­culo ou a atualização do valor venal para efeito decálculo do imposto revisto no art. 32, calcada emPlantas Genéricas de Valores editadas pelas autori­dades administrativas municip.ais."

Arl. 4' Os arts 8', 9' e 10 do Decreto-lei n' 406, de31 de dezembro de 1968, passam a vigorar coma seguinteredação:

"Art. 8' O imposto, de competência dos Mu­nicípios, sobre serviços de qualquer natureza, temcomo fato gerador a prestação dos serviços constan­tes da lista anexa.

§ l' Os serviços incluídos na lista ficam sujeitosapenas ao imposto previsto neste artigo, ainda quesua prestaç;io envolva fornecimento de materiais.

§ 2' O fornecimento de mercadorias com pres­tação de scrviços não especificados na lista fica su­jeito exclusivamente ao Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias.

Arl. 9' A base de cálculo do imposto é o valordos' serviços, nele incluídos o valor dos materiaisempregados e o dos serviços subempreitados.

§ l' Na prcstação dos serviços a que se refereos itens 21 (: 22 da lista anexa, o imposto será calcu­lado sobre o valor dos serviços, deduzidas as parce­las correspondentes ao valor dos materiais emprega­dos e aos das submepreitadas já tributadas pelo im­posto.

§ 2' Lei municipal poderá estabelecer critériospara estimaltiva da base de cálculo do imposto, asse­gurando o pagamento de complementação ou a res­tituição de excesso, efetivamente apurados.

Art. 10. Contribuinte é a pessoa física ou jurí­dica, com ou sem estabelecimento fixo prestadorado serviço.

Parágrafo único. Não são contribuintes os queprestam serviços sob relação de emprego, os traba­lhadores avulsos, os diretores e membras de conse­lhos de sociedadcs."

Art. 5' A lista anexa ao Decreto-lei n' 406, de 31 dedezembro de 1968, modificada pelo Decre.to-Iei n' 834,de 8 de setembro de 1969, passa a vigorar com a seguinteredação:

"Serviços de:I. Análõses clínicas e elctricidade médica c con­

gêneres.2. Hospitais, clínicas, sanatórios, ambulatórios,

pronto-socorros, manicômios, casas de saúde, re­pouso ou re(:uperação, asilos, creches e congêneres.

3. Bancos de sangue, leite, pele, olhos, sêmen econgêneres.

4. Hospitais e clínicas veterinárias e congêne­res.

5. Guarda, tratamento, embelezamento e ames­tramento de animais e congêneres.

6. Higiene pessoal, tratamento de pele, barbea­rias, salões de beleza e serviços correlatos.

7. Banhos, duchas, saunas, massagens, ginásti.cas e congêneres.

8. Limpeza, manutenção, conservação, desin­fecção, imunização e higienização de imóveis, depó­sitos, conservatórios, logradouros públicos, par­ques, jardins, ferrovias, portos, pontes, rios e canais.

9. Coleta e remoção de lixo e congêneres,10. Combate à poluição (exceto o fornecimento

de mercadorias, que fica sujeito ao Imposto sobreCirculação de Mercadorias - ICM).

11. Assessoria ou consultoria de qualquer natu­reza.

12. Planejamento, coordenação, programa ouorganização técnica, financeira ou administrativa.

13. Análises, inclusive de sistemas, exames, pes­q uisas e informações, coleta e processamento de da­dos de qualquer natureza.

14. Assistência têcnica (exceto quando estiverincluída no prcço de venda de produtos ou merca­dorias fornecidas pejo prestador do serviço, que ficasujeito ao lMC).

15. Auditoria, contabilidade e congêneres.16. Perícias, laudos e exames técnicos, tra­

duções e interprctações.

17. Avaliação de bens.18. Datilografia, estenografia, secretaria em ge­

rai e congêneres.19. Projetos, cálculos e desenhos de qualquer

natureza.20. Aerofotogrametria, inclusive interpretação,

mapeamento e topografia.21. Execução, por administração, empreitada

ou subempreitada, de construção civil, de obras hi­dráulicas e outras obras semelhantes e respectiva en­genharia consultiva, inclusive serviços auxiliares oucomplementares (exceto o fornecimento de merca­dorias produzidas pelo prestador dos serviços, forado local da prestação dos serviços, que fica sujeitoao ICM)

22. Demolição, reparação e reforma de edifí­cios, cstradas, pontes, portos e congêneres (exceto ofornecimento de mcreadorias produzidas fora do lo­cai da prestação dos serviços, que fica sujeito aoICM).

23. Florestamento, reflorestamento; escora­mento e contenção de encostas e congêneres.

24. Incorporações imobiliárias.25. Colocação de tapetes e cortinas em material

fornecido pelo usuário final do serviço.26.' Paisagismo e decoração (exceto forneci­

mento de mercadorias que fica sujeito ao ICM).27. Raspagem, calafetação, polimento, Ius­

tração, vitrificação, revestimento de pisos e de pare­des, divisórias e congêneres.

28. Ensino, instrução, treinamento e avaliaçãode qualquer grau ou natureza.

29. Hospedagem em hotéis, motéis, pensões econgêneres (o valor da alimcntação, quando incluí­do no preço da diária ou mensalidade fica sujeito aoimposto sobre serviços).

30. Agenciamento, organização, promoção eexecução de programas de turismo, passeios, excur­sões e congêneres.

31. Planejamento, organização e administraçãode feiras, exposições, congressos e congêneres.

32. Organização de festas, butret (execeto o for­necimento de alimentação e bebidas que fica sujeitoao ICM).

33. Administração de bens ou negócios, de con­sórcios ou fundos mútuos e outras formas associati­vas assemelhadas para a aquisição de bens (salvo asincluídas na competência da União para instituir oImposto sobre Operações Financeiras - IOF).

34. Agenciamento, corretagem ou interme­diação de câmbio e de seguros; agenciamento, cor­retagem ou intermediação de títulos, propriedadeindustrial, artística ou literária, inclusive f'ranchlslnll(excetuam-se os serviços executados por instituiçõesfin anceiras, sociedades corretoras e distríbuidorasdc títulos e valores, regularmente autorizadas a fun­eionar, caracterizadas como operações financeirassujeitas ao imposto de competência da União);agenciamento, representação, mediação, distri­buição, comissão, leilão e intermediação ou correta­gem de qualquer natureza de bens móveis e imóveis.

35. Cobranças de qualquer natureza (inclusiveas efetuadas por instituição financeira).

36. Armazenamento, depósito, carga, descarga,arrumação e guarda de bens de qualquer espécie, in­clusive em cofres e caixas fortes (exceto depósitosem dinheiro ou em títulos efetuados em estabeleci­mentos bancários ou outras instituições financei­ras).

37. Guarda e cstacionamento de veículos.38. Vigilância ou segurança de bens ou pessoas.39. Transporte por qualquer via ou meio, cole­

ta, remessa ou entrega de bens ou valores, no ámbi­to estritamente municipal.

40. Comunicação, por qualquer processo, demensagens ou sinopses escritas, faladas ou visuais,quando os pontos de transmissão e recebimento sesituarem no âmbito estritamente municipal, inde­pendentemente do âmbito de atuação do prestadorde serviço.

41. Propaganda e publicidade, inclusive pro­moção de vendas, planejamento de campanhas ou

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8216 Sexta-feira 16

sistemas de publicidade, elaboração de desenhos,textos e demais materiais publicitários (exceto a suaimpressão, reprodução ou fabricação), divulgaçãode textos, desenhos e outros materiais de publicida­de, por qualquer meio apto a torná·los acesslvcis aopúblico, inclusive por transmissão telefônica, radio­fônica ou televisionada, e sua inserção em jornais,periódicos ou livros; relações públicas e represen­tação de velculos de divulgação.

42. Divcrsões públicas, tais como:a) teatros, cinemas, circos, auditórios, parques

de diversões, "taxioodancings", "boitcs" e congêne­res;

b) bilhares, boliches, corridas de animais e ou­tros jogos;

c) exposições;d) bailes, "shows", festivais, recitais e congêne­

res, inclusive espetáculos montados para o rádio e atclevisão;

e) competições esportivas ou de destreza físicaou intelectual, com ou sem a participação do espec­tador, inclusive as organizadas para estações de rá­dio ou de televisão;

f) execução de música, individualmente ou porconjuntos.

43. Fornecimento de música, mediante trans­missão, por qualquer processo, inclusive em am­bientes fechados.

44. Gravação de filmes e "Video-tapes" paratelevisão.

45. Fonografia ou gravação de sons ou ruldos,inclusive dublagem, trucagem e mixagem sonora.

46. Fotografia e cinematografia, inclusive reve­lação, ampliação, trueagcm, copiagem e repro­dução.

47. Distribuição de filmes e "video-tapes".48. Lubrificação, limpeza e revisão de máqui­

nas, veiculos, aparelhos c equipamentos (e~~eto ofornecimento de peças e partes, que fica SUjeito aoICM).

49. Conserto, restauração, manutenção e con­servação de máquinas, velculos, motores, elevado­res ou de quaisquer objetos (exceto o fornecimentode peças e partes, que fica sujeito ao ICM).

50. Recauchutagem ou regeneração de pneuspara usuário final.

51. Recondicionamento, acondicionamento,pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingi­mento, galvanoplastia, anodização, acondiciona­mento e operações similares, de objetos não dcstina­dos à industrialização ou comercialização.

52. Lustração de bens môveis (quando o ser­viço prestado para usuário final do objeto lustrado).

53. Instalação e montagem de aparellios, má­quinas e equipamentos, prestados ao usuário finaldo serviço, exclusivamente com material por ele for­necido.

54. Composição gráfica, fotocomposição, c1i­cheria, zincografia, litografia, fotolitografia e quais­quer outras formas de impressão gráfica.

55. Côpia ou reprodução de documentos e ou­tros papéis, plantas ou desenhos por quaisquer pro­cessos.

56. Encadernação, gravação e douração de li­vros, revistas e congêneres.

57. Venda, distribuição ou cessão de direitos re­lativos a:

a) Bilhetes de loteria, cartões, pules ou cuponsde apostas, sorteios ou prêmios;

b) jogos de qualquer espécie.58. Cessão de dircitos relativos a:a) marcas, patentes, tecnologia, licenças ou no­

me''b) utilização de instalações, aparelhos, máqui­

nas, bens ou coisas.

59. Locação de bens môveis, arrendamentomercantil e ""leasing".

60. Faturização ("factoring").6 t. Funerais.62. Alfaiataria e costura, quando O material,

salvo aviamento. for fornecido pelo usuário final.63. Tinturaria e lavanderia.64. Taxidermia.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

65. Recrutamento, agenciamento, seleção, co­locação ou fornecimento de mão-de-obra, mesmoem caráter temporário, inclusive por empregados doprestador do serviço ou por trabalhadores autôno­mos por ele contratados.

66. Advogados, engenheiros, arquitctos, agrô­nomos, urbanistas, economistas, dentistas, médicos,psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfer·meiros, protéticos, obstetras, ortóticos, fonoau~

diúlogos, despachantes e demais profissionais, libe­rais ou não.

67. Quaisquer outros serviços, com ou scm uti­lização de máquinas, ferramentas, equipamentos ouvelculos, desde que não constituam etapa de fabri­cação ou acabamento de produto."

Art. 6' Esta lei entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposições em contrário, emespecial o Decreto-lei n' 195. dc 24 de fevereiro de 1967 eo art. lI, do Decreto-lei n9 406, de 31 de dezembro det968, com a redação que lhe foi conferida pela Lei Com­plementar n' 22, de 9 de dezembro de 1974.

Justificaçíio

Este Projeto de Lei Complementar objetiva reformu­lar dispositivos da legislação nacional - Lei n' 5.172, de25 de outubro de 1966 e Decreto-lei n' 406, de 31 de de­zembro de 1968 - que traçam nonnas gerais de direitotributário, norteando o comportamento do legislador or­dinário, em especial do legislador municipal, no reconhe­cimento da imunidade condicionada prevista no art. 19,incisso lIl, alínea c; do texto constitucional, e na insti­tuiç"o e cobrança da contribuição de melhoria, do im­posto sobre a propriedade predial e territorial urbana edo imposto sobre serviços de qualquer natureza,

Assim, inicfalmente, são ampliados os requisitos inser­tos no art. 14 da Lci n' 5.172/66, para reconhecimentoda imunidade das instituições de educação c de assistêciasocial, uma vez que, as atuais condicionantes desse be­neficio constitucional permitem que verdadeiras empre­sas rotuladas como instituições, acabem por se colocarao abrigo dessa franquia, com sérios reflexos na arreca­dação dos impostos municipais que gravam o patrimô­nio imobiliário ou os serviços de qualquer natureza.

A fim de se evitar essa evasão tributária, que afronta opróprio principio constitucional da isonomia, somam-seaos requisitos formais hoje fixados na lei nacional, as se­guintes exigências para caracterização dessas entidadescomo "instituiçàes": comprovação de um percentualmínimo de gratuidade em relação às despesas realizadase universalidade de atendimento.

De outra parte, o projeto confere nova redação aos.art. 81 e 82 do Código Tributário Nacional, que dispõe'sobre a cobrança da Contribuição de Melhoria pelaUnião, Estados, Distrito Federal e municípios,adequando-os ao novo conceito constitucional.

Embora autorizado desde a Carta Constitucional de1946. essc tributo, tal como é conhecido no dircito positi­vo atual. não logrou implementação plena no Brasil, im­possibilitando, conseqüentemente, à União, aos Estados,ao Distrito Federal e aos municípios o ressarcimento dosinvestimentos realizados em obras públicas, de interessegeral, mas que, quase sempre, geram beneficios indivi­duais a proprietários de imóveis localizados na regiãoonde ela se realiza.

Agora, com a nova definição constitucional, torna-seimperiosa a reformulação desses dispositivos do CódigoTributário Nacional e a revogação do Decrcto-Iei n'195/67, para que se possam superar os obstáculos quevêm impedindo a instituição desse tributo.

Por sua vez, com o objetivo de desatrelar os municí­pios das amarras que - por força de uma interpretaçãoequívoca das disposições contidas no art. 97 do CódigoTributário Nacional - inibem o pleno exercício de suacompetência constitucional para instituir e arrecadar oImposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urba­na, altera-se a redação do § 2' daquele artigo, descaracte­rizando a apuração da base de cálculo desse tributo,las­treada em Plantas Genéricas de Valores editadas pelasautoridades administrativas municipais, como majo­ração de tributo.

Agosto de 1985

Finalmente, cuida o projeto de lei de revisar a legis­lação nacional pertinente ao imposto sobre serviços dequalquer natureza, hojc consubstanciada no Decreto-lein9406, de 31 de dezem bro de 1968, com as alterações in­troduzidas basicamente pelo Decreto-lei n' 834, de 8 desetembro de 1969, e pela Lei Complementar n' 22, de 9de dezembro de 1974.

Transcorreram mais de quinze anos sem modificaçãosubstancial das normas legais orientadoras desse tributo,enquanto se expandia, significativamente, o setor ter­ciário da economia. Haveria de ocorrer, COmo de fato severifica, a superação da lei de normas gerais em algunsaspectos, como na área de conflitos entre as esferas triobutantes e no ámbito da lista de serviços, tida por ta~ati·

va por decisão do Poder Judiciário.

No sentido de fortalecer a economia dos municípios, oprojeto incl uso é muito mais abrangcnte do que a legis­lação em vigor, procurando permitir a tributação de to­das as categorias d.:: atividades existentes.

Não obstante, manteve-se o sistema inaugurado peloDecreto-lei n' 406/68, qual seja o de listagem dos ser­viços, evitando maior número de conflitos de competên­cia entre a União, Estados e municípios, e servindo de se­guro roteiro dos scrviços que podem sc gravados, semdiscussões a nível doutrinário ou jurisprudencial.

Todavia, relevante modificação foi introduzida, ao sepropiciar aos municípios a tributação de outros serviçosque não constituam etapa de fabricação ou acabamentode produto (item 67 da lista), deixando a lista de ser taxa­tiva e hermética.

Além da alteração da natureza da lista, outras modifi­cações importantes são propostas no te~to do projeto,que assim podem ser sumariadas:

a) revogação da isenção de obras de construção civilquando contratadas com o Poder PÓ blico;

b) inclusão, na regra geral de tributação, das ativida­dcs descnvolvidas por prifissionais liberais e por socieda­des de profissionais;

e) redefinição da base de cálculo do imposto;d) expressa autorização a fim de que a lei municipal

possa citar normas para estimativa da basc de cálculo,assegurados os direitos e garantias da Fazenda e do con­tribuinte;

e) aperfeiçoamento da conceituação do sujeito passi­vo do imposto.

A supressão da isenção contemplada no art. II doDecreto-lei n' 406/68, com a redação trazida pela LeiComplementar n' 22, de 1974, atende a enorme clamordos municípios brasileiros e visa devolver ao sistema tri­butário tratamento igualitário a nlvel de Poder Público,pois os municípios não têm qualquer vantagem em re­lação aos impostos federais e estaduais, quando na po­sição de consumidor de mercadorias.

A dcrrogação do sistema privilegiado de tributaçãodos profissionais autónomos e das sociedades de profis­sionais, ao lado da extinção do beneficio de que gozamas obras públicas, é aspecto basilar do projeto. É medidaque se propõe para dotar o Imposto Sobre Serviços deinteira equanimidade, eliminando-se não sô o ilúgico ni­velamento entre os próprios profi..ionais, como a irra­cional e injustificada distinção das demais categorias decontribuintes. Pela proposição, todos os prestadores deserviços ficam submetidos a um mesmo critério de afe­rição do imposto, com O quc se dá pleno cumprimentoao postulado de que a tributação deve atender à capaci­dade econômica do contribuinte.

Na direção de se buscar maior amplitude na impo­sição tributária, é que deve ser compreendida a modifi­cação da base imponível do Imposto Sobre Serviços.Troca-se a expressão H preço" por "valor'\ uma vez queesta é a que mais se coaduna com a essencia do imposto.

A previsão da estimativa da base de cálculo insere-se opropósito de oferecer maiores facilidades à adminis­traçào e fiscalização do tributo, sobre desonerar de com­plicações burocráticas pequcnos prestadores de serviço.

Do ponto de vista da técnica legislativa, optou-se pordar nova redação aos dispositivos do Decreto-Ici n9406/68 e não de nova lei, à vista da vinculação formal dalegislação desse imposto com a do Imposto sobre Circu­lação de Mercadorias (ICM), este também ordenado noreferido decreto-lei.

Sala das Sessões, - Paulo Zarzur.

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Agosto de 1985

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS

COMISSOES PERMANENTES

LEI N9 5.172,DE 25 DE OUTUBRO DE 1966

Dispõe sobre o Código Tributário Nacionlli e insti.tui nonnas gerais de Direito Tributário aplicáveis àUnião, Estados e Municípios.

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. l' Esta lei regula, com fundamento na EmendaConstitucional n' 18, de I' de dezembro de 1965, o siste­ma tributário nacional e estabelece, com fundamento noart. 5', inciso XV, alínea b, da Constituição Federal, asnormas gerais de direito tributário aplicáveis à' União,aos. Estados, ao Distrito Federal, c aos Municípios, semprcJuÍZo da respectiva legislação complementar, suple­mentar, supletiva ou regulamentar.

LIVRO PRIMEIROSistema Tributário Nacional

TITULODisposições Gerals

. Art. 2' O Sistema Tributário Nacional é regido pelodisposto na Emenda Constitucional n' 18, de I' de de­zembro de 1965, em leis complementares, em resoluçõesdo Senado Federal c, nos limites das respectivas eompe­têncías, em leis federais, nas Constituições, em leis esta­duais e em leis municipais.................................................

TITULO IICompetência Tributária

CAPITULO IDisposições Gerals

Art. 6' A atribuição constitucional de competênciatributária compreende a competência lcgislativa plena,ressalvadas as limitações contidas na Constituição Fede­ral, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicasdo Distrito Federal e dos Municípios, e observado o dis­posto nesta lei.

CAPITULO IILimitações da Competência Tributária

SEÇÃO IDisposições Gerals

Art. 9' Ê vedado à União, aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municípios:

I - Instituir ou majorar tributo sem que a lei estabe­leça, ressalvado, quando à majoração, o disposto nosarts. 21,26 e 65;

II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a rendacom base em lei posterior à data inicial do exerclcio fi­nanceiro a que corresponda;

III - estabelecer limitações ao tráfego, no territórionacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tribu­tos interestaduais ou intermunicipais;

IV - cobrar imposto sobre:a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos ou·

tros;b) templos de qualquer culto;c) o patrimônio, a renda ou serviços de partidos polí­

ticos e de instituições de educação ou de assistência so­cial, observados os requisitos fixados na Seção 11 destecapítulo;

d) papel destinado exclusivamente à impressão de jor­nais, periódicos e livros.

SEÇÃO 11Disposições Especiais

Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do art.9', obscrvado o disposto nos seus §§ l' e 2', é extensivo àsautarqui as criadas pela União, pelos Estados, pelo Dis­trito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que serefere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculadosàs suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes.

Ar!. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do art.9' não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujotratamento tributário é estabelecido pelo poder eonce-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

dente, no que se refere aos tributos de sua competência,ressalvado o que dispõe o parágrafo único.

Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo emvista o interese comum, a União pode instituir isenção detributos federais, estaduais e municipais para os serviçospúblicos que conceder, observado o disposto no § l' doart. 90.

Art. 14. O disposto na alínea a do inciso IV do art.9' é subordinado à observância dos seguintes requisitospelas entidades nel:" referidas:

I - não distribuirem qualquer parcela de seu patrimô·nio ou de suas rendas, a título de lucro ou participaçãono seu resui tado;

11 - aplicarem integralmente, no País, os seus recur­sos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

IH - manterem :oscrituração de suas receitas e despe­sas em livros revestidos de formalidades capazes de asse­gurar sua exatidão.

§ I' Na falta de: cumprimento do disposto neste arti­go, ou no § l' do art. 9', a autoridade competente podesuspender a aplicação do benefício.

S 29 Os serviços a que se refere a alínea a do incisoIV do art. 9' são exclusivamente os diretamentc relacio­nados com os objetivos institucionais das entidades deque trata este artigo, previstos nos respectivos estatutosou atos constitucionais.

TITULO VContribuição de Melboria

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pelaUnião, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Mu­nicípios, no âmbito de suas respectivas atribuições é ins­tituída para fazer face ao custo de obras públicas de quedecorra valorização imobiliária, tendo limite total a des­pesa realizada e como limite individual o acréscimo devalor que da obra re:sulta para cada imóvel beneficiado.

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoriaobservará os seguintes requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos:a) memorial descritivo do projeto;b) orçamento do custo da obra;c) determinação da parcela do custo da obra a ser fi·

nanciada pela contribuição;d) delimitação da zona beneficiada;e) determin ação do fator de absorção do benefício da

valorização para toda a zona ou para cada uma das áreasdiferenciadas, nela contidas.

H - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias,para inpugnação, pelos interessados, de qualquer doselementos referentes 0·0 inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo deinstrução e julgamento da impugnação a que se refere oinciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ I' A contribuição relativa a cada imóvel será de­terminada pelo rateio da parcela do custo da obra a quese refere o alínea a do inciso I pelos imôveis situados noano beneficiada, em função dos respectivos fatores indi­viduais de valorizaç;ão.

§ 2' Por ocasião do respectivo lançamento, cadacontribuinte deverá ser notificado do montante da con­tribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e doselementos que integraram o respectivo cálculo.

LIVRO SEGUNDONORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTARIO

TITULO I

LeI!Ís!ação Tributária

CAPITULO IDisposições Gerals

SEçAo I

Disposição Preliminar

Art. 96. A expnossão "Iegislação tributária" com­preende as leis, os tratados e as convenções menciona­das. os decretos e as normas complementares que ver­sem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurí­dicas a eles pertinentes.

Sexta·feira 16 8217

SEÇÃO 11Leis, Tratados e Convenções

Internacionais e Decretos

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressal·

vado o disposto nos arts. 21, 26, 39 e 65;1Il- a definição do fato gerador da obrigação tribu­

tária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3'do art. 52, e do seu sujeito passivo;

IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua base decálculo, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e65;

V - a cominação de penalidades para as ações ouomissões contrárias a seus dispositivos, ou para outrasinfrações nela definida;

VI- as hipóteses de exclusão, suspensão e extinçãode crédito tributários, ou de dispensa ou redução de pe­nalidades.

§ I' Equipara-se à majoração do tributo a modifi­cação da sua base de cálculo, que importe em torná·lomais oneroso.

§ 2' Não constitui majoração de tributo, para os finsdo disposto no inciso H deste artigo, a atualização do va­lor monetário da respectiva base de cálculo.

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionaisrevogam ou modificam a legislação tributária interna, eserão observados pela que lhes sobrevenha.,

DECRETO-LEr N" 406. DE 31 DE DEZEMBRO,1968

Estabelece normas gerals de Direito Fioanceiro,apUcáveis aos impostos sobre operações relativas àcirculação de mercadorias e sobre serviços de qual.quer uatureza, e dá outras providências,

Art. I' O imposto sobre operações relativas à circu­lação de mercadorias tem como fato gerador:1- a saida de mercadorias de estabelecimento comer.

cial, industrial ou produtor;H - a entrada, em estabelecimento comercial, indus.

trial ou produtor, de mercadoria importada do exteriorpelo titular do estabelecimento;

III - o fornecimento de alimentação bebidas e outrasmercadorias em restaurantes, bares, cafés e estabeleci­mentos similares.

Ar!. 7' Nas remessas de mercadorias para fora doEstado será obrigatôria a emissão de documento fiscalsegundo modelo cstabelecido em Decreto do Poder Exe­cutivo Federal.

Art. 8' O imposto, de competência dos Municipios,sobre serviços de qualquer natureza, tem como fato gera­dor a prestação, por empresa ou profissional autônomo,com ou sem estabelccimento fixo, de serviço constanteda lista anexa.

§ I' Os serviços incluídos na lista ficam sujeitos ape­nas ao imposto previsto neste artigo, ainda que sua pres­tação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 2' O fornecimento de mercadorias com prestaçãode serviço não especificado na lista sujeito ao impostosobre circulação de mercadorias.

art. 99 A base de cálculo do imposto é o preço doserviço.

§ l' Quando se tratar de prestação de serviços sob aforma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o im­posto será calculado por meio de alíquotas fixas ou va­riáveis, em função da natureza do serviço ou de outrosfatores pertinentes, nestes não compreendida a impor·tância paga a título de remuneração do próprio trabalho.

§ 2' Na prestação dos serviços a quc se refere ositens 19 e 20 da lista anexa, o imposto será calculadosobre o preço deduzido das parcelas correspondentes.

a) ao valor dos materiais fornecido pelo prestador dosserviços;

b) ao valor das subemendas já tributadas pelo impos­to.

§ 3' Quando os serviços a que se referem os itens1,2,3,5,6,11,12 e 17 da lista anexa forem prestados porsociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na forma do

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§ I', calculado em relação a cada profissional habilitado,sôcio, empregado ou não, que preste serviço em nome dasociedade, embora assumindo responsabilidade de pes­soal, nos termos da Lei aplicável.

Art. 10. Contribuintc é o prestador do scrviço.Parágrafo único. Não sào contribuintes os diretores

c mem bros de consclhos consultivo ou fiscal de socieda­des.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Or. n' 81/85 Brasília, 7 de agosto de 1985Senhor Presidente

A Comissào de Constituição e Justiça, ao apreciar oProjeto de Lei n' 3.822/84 - do Sr. Paulo Zarzur ­aprovou requerimento do relator, Deputado GorgônioNeto, em que Sua Excelência solicita a transformaçãodaquele projeto de lei em projeto de lei complementar.

Solicito, pois, a Vossa Excelência autorizar a provi­dência rcquerida.

Cordialmente, Aluízio Campos, Presidente.

ERRATA

(Republica-se em virtude de novo despacho do Sr.Presidente, tendo em vista requerimento de desane­xação.)

PROJETO DE LEIN9 5.532, de 1985(Do Sr. Maluly Neto)

Dispõe sobre a profissão de trabalhador de bloco edetermina outras providências.

(Às Comissões de Constituição c Justiça. de Tra­balho c Legislação Social e de Finanças.)

O Congrcsso Nacional decreta:

Art. I' Serviços de bloco, para os fins desta lei, sãoos serviços de limpeza e conservação de embarcaçõesmercantes, no sentido da remoção de entulho, ou lixo,tal como resíduos, quebras e sobras de mercadorias im­prestáveis, bem como os de limpeza e conservação detanq ues, os de batimento de ferrugem, os de pintura, osde reparos de pequena monta e outros conexos ou com­plementares, quando não realizados pelas respectivas tri­pulações nem situados na alçada de outras categoriasprofissionais da circunscrição das Delegacias do Traba­lho Marítimo.

Ar!. 2' A execução dos serviços de bloco definidosno aftigo anterior compete, exclusivamente, aos traba­lhadores de bloco integrantes da categoria constante do4' Grupo do quadro da Confederação Nacional dos Tra­balhadores em Transportes Marítimos, Fluviais cAéreos, matriculados nas Delegacias do Trabalho Marí­timo e de preferéncia sindicalizados.

Ar!. 3' Os serviços de bloco serão efetuados sob aresponsabilidade dos próprios armadores e fiscalizadospelas Delegacias do Trabalho Marítimo.

Art. 4' Incumbe ao armador responsável pela exe­cução dos scrviços dc bloco:

a) rcquisitar os trabalhadores de bloco diretamenteao sindicato da respectiva categoria, ou, na falta desta,na forma indicada pela Delegacia do Trabalho Maríti­mo;

b) pagar a remuneração aos trabalhadores utilizadosatravês do sindicato, observadas as normas legais perti­nentes;

c) descontar, da rcmuneração dos trabalhadores, con­tribuições de previdência c rccolhê-las, juntamente comas dele, à instituição dc previdência, de acordo com a le­gislação em vigor, bem como realizar outros descontosprevistos em lei;

d) recolher os demais encargos sociais, observados osprazos e procedimcntos legalmente estabelecidos.

§ lo O armador que utilizar trabalhadores de blococontrariando o preceituado neste artigo incorrerá emmulta.

§ 2' A multa será fixada em quantia cquivalcnte a50% (cinqíicnta por cento) do total da remuneração pagaaos trabalhadores de bloco utilizados em desacordo como preceituado ncstc artigo.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

§ 30 A multa será imposta pelo Conselho Regionaldo Trabalho Marítimo, de cuja decisão caberá recursospara o Conselho Superior do Trabalho Marítimo.

Ar!. 59 A remuneração dos trabalhadores utilizadosnos serviços de bloco será fixada pela SuperintendênciaNacional de Marinha Mercante - SUNAMAM.

Art. 69 Ao trabalhador de bloco que na data dapublicação desta lei estiver exerceodo a profissão, deacordo com a regulamentação do porto respectivo, ficaassegurado o direito de continuar a exercê-Ia e terá a cor­respondente matrícula independentemente de quaisquerformalidades.

Parágrafo único. As Delegacias do Trabalho Maríti­mo regularizarão a matricula do trabalhador de bloco,cm exercicio, dentro do prazo máximo de 90 (noventa)dias.

Art. 7' No prazo de 90 (noventa) dias, contados dadata da publicação da presente lei, o Conselho Regionaldo Trabalho Marítimo expedirá Instruções Reguladorasdo Excrcício da Profissão de Trabalhador de Bloco e fi­xará o quadro profissional na rcspectiva base territorial.

§ I' Nos portos onde já existem instruções discipli­nando o exercício da profissão de trabalhador de bloco,será feita, apenas, a sua adaptação às normas previstasnesta lei.

§ 2' A aplicação da presente lei não prejudicará o di­reito adquirido, quer quanto às vantagens, quer quanto àrem uneração, em decorrência de acordos, regulamentos,usos c costumes locais.

Ar!. 8' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 9' Revogam-se as disposições em contrário.

Justificação

A Lei 0 9 5.385, de 16 dc feverciro de 1968, definiu osserviços de bloco, que consistem na limpeza e conser­vação de embarcações mercantes, inclusive a limpeza econservação de taoques, batimento de ferrugem, pintu­ras e os reparos de pequena monta.

A referida Lei n' 5.385168, não cogitou de disciplinaras atividades de trabalhadorcs dc bloco, categoria profis­sional então ioexistente na organização profissional doPaís, tratando apenas do "trabalho de bloco",

Ocorre que com a evolução natural daquela atividade,o Mioistro do Trabalho, ouvida a Comissão de Enqua­dramento Sindical, resolveu criar e incluir no 4' Grupo- Portuiírios, do plano da CNTTMFA, a categoria pro­fissional "trabalhadorcs de bloco", conformc Portaria n'3.126, de 22 de maio de 1980, oficialmente publicada nodia 26 subseqüente.

Em face da efetiva organização dos trabalhadores queexecutam as faioas de bloco, a Lei n' 5.385/68, passou aconstituir diploma legal arcaico e superado, sendo exi­gência imperativa a sua substituição por outro instru­mento de igual eficácia jurídica, ajustado à atual si­tuação de catcgoria profissional, conforme sugerimosneste projeto quc sc reveste de alto alcance social e temamparo na legislação vigente.

Recordamos que, inclusive, já foram reconhecidospelo Ministro do Trabalho diversos Sindicatos de Traba­lhadores de Bloco, estamos em processo de investidurasindical numerosas Associações Profissionais, cm dife­rentes portos do País.

Impõem-se, assim, que mediante ato legislativo, sejaconcedido aos trabalhadores de bloco O mesmo trata­mento atrihuído às demais categorias profissionais queoperam nos portos nacionais, com exclusividade na exe­cução dos serviços próprios das respectivas atividades.

A presente proposição baseia-se cm sugestão que nosfoi encaminhada pela FederaÇtlo Nacional dos Por­tuários, com sede na cidade do Rio de Janciro-RJ, e paraa qual contamos com o apoio de nossos ilustres Pares.

Sala das Sessões, de de 1985. - Maluly Netto.

LEGISLAÇAO CITADA. ANEXADAPEL4 COORDENAÇÃO DAS

COMISS()ES PERMANENTESLEI N' 5.385,

DE 16 DE FEVEREIRO DE 1968

Regulamenta o "Trabalho de Bloco".O Presidente da República:Faço saber que o CtJngresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte lei:

Agosto de 1985

Art. I' Serviços de bloco, para os fins desta lei, sãoos serviços de limpeza e conservação de embarcaçõesmercaotes, inclusive os de limpeza e conservação de tan­ques, os de batimentos de ferrugem, os dc pinturas e osde reparos de pequena monta.

Art. 2' Os serviços de bloco podem ser efetuados pe­los próprios armadores, utilizando seus empregados outrabalhadores avulsos, ou mediante contrato de emprei­tada.

§ I' Quando o serviço for executado por trabalha­dores avulsos, caberá ao armador: a) contratar os traba­lahdorcs; b) pagar a rcm uneração diretamente aos tra­balhadores contratados; c) descontar, da remuneraçãodos trabalhadores, contribuiçõcs de previdência erecolhê-Ias, juntamente com as dele, à instituição de pre­vidência, de acordo com a legislação em vigor, bemcomo efetuar outros descontos previstos em lei.

§ 2' Quando o serviço for executado mediante con­trato de empreitada, caberá ao cmpreiteiro o pagamentoda rem uneração dos trabalhadores, bem como efetuar orecolhimeoto das contribuições de previdência à isnti­tuição credora, e os descontos legais, ressalvado o dis­posto no art. 4', parágrafo único.

§ 3' Os empreiteiros poderão rcalizar serviços utili­zando emprcgados seus ou trabalhadores avulsos.

Ar!. 3' Os trabalhadores avulsos serão solicitadosaos siodicatos das categorias profissionais pelos armado­res ou pelos empreiteiros, e terão o prazo de trinta diaspara a indicação dos siodicalizados, cootado da data quetomarem conhecimento do pedido.

§ I' Quaodo o sindicato não fizer, por qualquer mo­tivo, a solicitada indicação de trabalhadores avulsos, es­tes poderão scr livremente recolhidos pelos armadoresou pelos empreiteiros.

§ 2' O armador e o emprcitciro que contratarem tra­balhadores avulsos em desacordo com o preceituadoneste artigo incorrerão em multa.

§ 3' A multa será fixada em quantia equivalente a50% (cinqüenta por cento) do total da remuneração pagaaos trabalhadores avulsos contratados em desacordocom o prcceituado neste artigo.

§ 4' A multa será imposta pelo Delcgado do Traba­lho Marítimo, de cuja decisão caberá recursos para oConselho Superior do Trabalho Marítimo.

Art. 4' Contrato de empreitada para serviços debloco só podc scr firmado por pessoas físicas ou juridi­cas, legalmente habilitadas para prestação desse serviço,mediante registro na Delegacia do Trabalho Marítimo.

Parágrafo único. O armador que contratrar a emprei­tada com pessoas não habilitadas legalmente para pres­tação dos serviços de bloco ficará responsável solidaria­mente com tal pessoa, pelo pagamento da remuneraçãoaos trabalhadores que executarem o serviço, bem comopelo recolhimento das cootribuições de previdência àsisntituições credoras, ficando, ainda, sujeito à multa pre­vista no artigo anterior.

Art. 5' A remuneração dos trabalhadores utilizadosnos serviços dc bloco scrá fixada pela Delegacia do Tra­balho Marítimo.

Ar!. 6' Esta lei entrará em vigor no primeiro dia domês seguinte ao decurso do prazo de 60 (sessenta) diascontados da data da sua publicação.

Art. 7. Revogam-se as disposições em contrário.Brasília, em 16 de fevereiro de 1968; 147. da Indepen­

dência e 80. da República. - A. Costa e Silva - JarballG. Passarinho - Mário David Andreazza.

Brasília, 06 de agosto de 1985.Or. n' 127/85.

Senhor Presidente,Solicito seja desanexado o Projeto de Lei n9 5.532/85

de minh:l autoria, do Projeto de Lei n' 2.506/83, pór setratarem de assuntos diferentes.

Com os meus melhores agradecimentos pela atençãoque ao presente for dispensado, renovo à V. Ex', os pro­testos de clevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente, Maluly Neto,

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Está finda a leitura do expediente.

IV - Passa-se ao Pequeno E"pediente.Tem a palavra o Sr. Walter Casnnova.

o SR. WALTER CASANOVA (PFL - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa-

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Agosto de 1985

dos, a vocação democrática do povo brasileiro, levou-o àpraça pública para clamar pela volta imediata à plenitu­de democrática. E esta manifestação de consciência cívi­ca de toda a Nação fez surgir a Aliança Democrática Na­ciona), na busca inadiável da volta imediata ao Estadode Direito. à liberdade e à retomada efetiva do desenvol­vimento. Culminou a Aliança Democrática Nacionalcom a cleição do saudoso estadista Tancredo Neves e deS. Ex' o Dr. José Sarney, e o que é mais importante: pôsfim à ditadura militar. As mudanças de que tanto o povonecessita estão sendo feitas em ritmo normal e satisfa­tório. Pois bem, Srs. Deputados, esta Aliança, que resga­tou o poder das mãos dos pseudo-administradores que arevol ução de 64 produziu, inspirou o povo do Rio de Ja­neiro a aliar-se, também, para as eleições de novembropróximo contra a péssima administração que o Sr. Leo­nel Brizola faz naquele Estado.

O povo do Rio de Janeiro, que em 82 caiu na conversafácil do então candidato Leonel Brizola, hoje, este mes­mo povo, decepcionado, arrependido e triste, anseia achegada do próximo 15 de novembro, para mostrar aoGovernador daquclc Estado sua insatisfação c provar aele que, num regime democrático, o titular da soberaniaé o povo e não um único cidadão ou um grupo oligárqui­co que entende ser o dono da verdade e do poder.

O povo do Rio de Janeiro, magoado e triste com oatual governo, espera, ansioso, chegar 15 de novembropara, em lugar da expressão cega Brizola na cabeça, gri­tar H q llerem os a cabeça de Brizola;', e de seus fanáticosseguidores, porque hoje o maior inimigo da democraciano Brasil é o Governador do Estado do Rio de Janeiro.

Daí, Srs, Deputados, por uma imposição natural dasforças democráticas do Rio de Janeiro, surgiu !i coli­gação do Partido Socialista com o Partido da Frente Li­berai, tendo o Deputado Rubem Medina como candida­to a Prefeito e o Deputado Sebastião Nery a Vice­Prefeito. Isto simboliza a união de ideologias diversascom o grande objetivo de preservar a maior das ídeolo­gias do povo brasileiro, que é a democracia.

Essa coligação, dos liberais com os socialistas autênti­cos já tem o apoio da maioria esmagadora do povo doRio de Jenciro e está de braços abertos para receber oapoio de todos os partidos, sejam quais forem suas siglase ideologias, porque o que não se pode mais, neste País, édeixar o poder nas mãos de falsos democratas que se di­zem socialistas morenos.

O povo do Rio de Janeiro, inteligente e altamente poli­tizado, não servirá de trmpolim para que aproveitadoresincompetentes galguem o governo da República.

o SR. LftO DE ALMEIDA NEVES (PDT - PRoSem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, venho a esta tribuna para denunciar, mais uma vez,as tentativas que se fazem, cada vez com mais empenho eaudácia, para internacionalizar ainda mais a economíabrasileira.

O Sr. Ministro Dornelles preconizou que se abram asempresas brasileiras ao capital estrangeiro e que se possasubscrever as ações em dólares, inclusive com a criaçãode um sistema em que essas ações fossem negociadas naBolsa de Nova Iorque.

Qucrcm áplicar num grande pais, de tamanho conti­nental, o que se faz numa cidade-estado, como Singapu­ra, ou seja, criar a dependência ainda maior de um paíscom as altas finanças internacionais.

Mas, Sr. Presidente, o Vice-Presidente do Bradesco,Fernão Bracher, conforme a Folha de S. Paulo de ontemveicula, registrou a sua preocupação pessoal com as in­vestidas de bancos estrangeiros no mercado brasileiro,desrespeitando as limitações fixadas pelo Governo. Diz amatéria que Bracher foi cauteloso, não fornecendo maio­res detalhes sobre o assunto, mas aconselhou os repórte­res a investigarem a participação de bancos norte­americanos em bancos de investimento no Brasil. Aindaesse mesmo jornal de ontem, sob o título "Banqueiroamericano pede mudança nas leis do País", publicou aentrevista do Vice-Presidente do Manufacturers Hano­ver, que é o quarto maior banco norte-americano credordo Brasil que disse que não perdeu a espcrança de que oGoverno brasileiro mude a legislação bancária e permitaa entrada de novos bancos estrangeiros no País. Na ver­dade, Sr. Presidente, já o Banco Central, que é muitosuave ao tratar dos nossos problemas, dos nossos inte­resses junto aos banqueiros internacionais, está sendomuito conivente internamente, permitindo, por exemplo,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

que o banco Denasa se internacionalizesse por inteiro,permitindo também que o Citibank instale no Brasil- eestá se instalando em todos os recantos da Pátria 460 es­critórios - assim chamados - mas que, de fato, são ver­dadeiras agências de captação. Tanto assim que o Cíli­bank, hoje, Sr. Pre~,idente e Srs. Deputados, é o scgundomaior banco de captação em nosso País, só perdendopara o Banco do Brasil. Está acima, inclusive, dos maio­res bancos brasileiros na captação, utilizando esse artifí­cio das 460 agéncias ou escritórios. Um banco com ape­nas onze agências faz, hoje, a maior captação das econo­mias brasileiras. O Citibank, o maior credor da dívidaexterna do Brasil, apresenta nos balanços 20% dos scuslucros glob-ais auferidos no Brasil, em função da ccono­mia brasileira.

Veja, Sr. Presidente, a ousadia dessa gente!"Citibank dá prazo, mas faz críticas", é outra matéria

veiculada na impn~nsa, comentando que o Presidente'Sarney recebeu o Piresidente do Citibank e outros execu­tivos e, na saída da audiéncia com o Presidente da Re­pública, o President.edo Citibank e City Corp, o Sr. JonhS. Recd disse que considerou o Prcsidcntc Sarney "sim­pático e positivo". (Declarações textuais, entre aspas.)

Chegamos ao cxtremo de virem os banqueiros intcrna­cionais ditar regras internas à economia brasileira.

Quero, daqui, exteriorizar minha satisfação com opronunciamento do Presidente Sarney, no Uruguai, arespeito da atitude do Brasil e países devedores em re­lação ao Fundo Monetário Internacional e aos bancoscredores. Mas é fundamental que, a nível interno, o Sr.Dornelles dcixe de preconizar, de forma primária, a pri­vatização de todas as empresas brasileiras e que se trans­forme a Bolsa de Valores do Brasil em filial da Bolsa deNova Iorque, negodando aí suas ações, e que se estrei­tem os espaços aos bancos estrangeiros no Brasil.

Todos sabem qu·e os banqueiros internacionais estãofazendo sérias pressões junto ao Banco Central e ao Mi­nistério da Fazenda para ampliarem seus espaços inter­nnmente, a fnn de conseguirem o capital total de bancosde invcstimento e a criação de carteiras de câmbio emsuas filiais. É mais uma das medidas do Banco Central,para escancarar ainda mais nosso sistema financeiro aocapital cstrangeiro.

Aqui fica minha denúncia.

O SR. MENDES BOTELHO (PTB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, lamen­tavelmente, bem antes do seu falecimento e digo la­mentavelmente, porque ele já se foi - o ilustre esta­dista Tancredo Neves dirigiu-me a missiva que passoa ler:

"Caro Deputado, V. Ex', além de Engenheiro eProfessor, tem-se destacado pela obstinada luta emdefesa da classe dos ferroviários. Os projetos de leide iniciativa do ilustre Deputado revelam uma cons­tante preocupa<;ão de assegurar direitos para os fer­roviários e para os trabalhadores em geral, particu­larmente no campo trabalhista e previdenciário. Avivência do nobre amigo e a admiração que nutri­mos pelo conterrâneo nos leva a solicitar sua cola­boração, no sentido de nos informar, resumidamen­te, das particularidades e reivindicações da classetrabalhadora de São Paulo e da valorosa classe dosferroviários de!:te País. Estas colocações, caro De­putado, serão de grande utilização para a formu­lação de uma política social, humana e justa no pró·ximo Governo."

Sr. Prcsidcnte, Srs. Deputados, durante os dois pri­meiros anos da atual Legislatura, dedicamos nosso tra­balho à busca da equiparação salarial dos fcrroviáriosaposentados aos trabalhadores da ativa. Com a equipa­ração salarial, que beneficiou também as pensionistas, areivindicação foi atendida e, hoje, graças a este trabalho,todos os trabalhadores, que tanto lutaram pelo engran­decimento do País, estão recebendo salários equipara­dos.

Na resposta à missiva do ilustre estadista, que, repito,lamentavelmente, já se foi, mas continua vivo na me­mória de todos os brasileiros, reivindicamos a extensãodo benefício a todos os trabalhadores aposentados doBrasil e às pensionistas, pois trabalhadores e pensionis­tas de outras categorias estão, hoje, passando fome.

Sexta-feira 16 8219

Tendo em vista o fato de terem contribuído não ape­nas para com a Previdéncia Social, mas para o engrande­cimento do País, torna-se necessário que o Governo daAliança Democrática volte a atenção para eles,concedendo-lhes o mesmo benefício dado aos ferro­viários, pois também são regidos pela CLT, e a Consti­tuição diz que todos deverão ter o mesmo direito.

Era o que tínhamos a reclamar da Nova República.

O Sk. LEUR LOMANTO (PDS - BA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, emseu projeto de lei que institui o vale transporte, o qual jáestá tramitando nas Comissões Técnicas desta Casa, oGoverno não leva em consideração os interesses de 175mil funcionários públicos, que percebem de I a 3 saláriosmínimos e que enfrentam dificuldades para custear seutransporte entre a residência c o local de trabalho.

Elaborado pelos Ministérios dos Transportes e doTrabalho, o projeto, que recebeu o n9 6.005/85, tem umajustificação incoerente com esse procedimento do Go­verno em relação a seus funcionários. Salienta o docu­mento que "as razões que inspiraram o presente antepro­jeto são de ordem social".

Não entendemos como tais razões excluem da iniciati­va governamental esse enorme contingente de assalaria­dos, que enfrenta na luta cotidiana os mesmos proble­mas de transporte enfrentados pelos seus colegas das em­prcsas privadas. Nem se diga que os funcionários públi.cos têm condução oficial, pois isto não ocorre com amaioria, principalmente se levarmos em consideração osEstados e Municípios.

A justificação governamental acentua que a constanteelevação dos custos dos transportes urbanos criou umaincompatibilidade entre as tarifas dos serviços públicos eos ganhos dos trabalhadores, acrescentando: "Os maio­res atingidos por esse grave problcma são cxatamente osque percebem na faixa de 1 a 3 salários mínimos, cujosganhos são cada vez mais corroídos pelas crescentes des­pesas com deslocamentos".

Mais adiante, observa que os trabalhadores estão gas­tando bem mais do que 6% do seu salário em tais deslo­camentos para o local de trabalho, sendo que, em algunscasos, esse dispêndio vai além de 25%, embora a legis­lação do salário-mínimo não permita que o desconto atítulo de ut.i1idade-transporte ultrapasse a 6% de seu va­Iar.

Em face do exposto, indagamos do Governo como es­tá sendo capaz de procurar fazer justiça social, discrimi­nando uma categoria de trabalhadores, quando deveria,na condição de empregador, dar o exemplo à iniciativaprivada.

O argumento de que o Governo já oferece transportepara seus funcionários poderia ser válido em Brasília,mas desafiamos o Governo a provar quc todos os 175mil funcionários públicos, que recebem de 1 a 3 saláriosmínimos, disponham atualmente de condução oficialpara o trabalho. Milhares de servidores da União, queresidem nas grandes cidades, deslocam-se para o traba­lho às suas próprias expensas, sem qualquer ressarcimen­to, apanhando diariamente um, dois ou mais coletivos.Isto somente a nível federal, pois, a nosso ver, a situaçãodos funcionários públicos estaduais e municipais tam­bém merece atenção especial. Em rcspeito ao princípiofederativo, o Governo Federal poderia incentivar os Go­vernos Estaduais e as Prefeituras Municipais a que im­plantassem subsídios de transporte aos servidores neces­sitados, conforme as suas disponibilidades técnicas e fi­nanceiras.

O Governo deveria realizar um levantamento e apuraro número de scrvidores que dispõem de condução pró­pria ou oficial, e a esses estender a concessão do vale~

transporte. É uma questão de justiça social, pois a legis­lação do salário-mínimo sc aplica de maneira uniformeem todo o País e a todos os trabalhadores.

O Governo adota dois pesos e duas medidas em re­lação ao problema, e, curiosamente, não houve preocu­pação dos Ministérios do Trabalho e dos Transportes emaplicar o benefício a todos os trabalhadores, sem dis­tinção, desde que perccbam até três salários mínimos enão disponham de condução oficial ou própria. O Minis­tério da Administração, preocupado em ampliar o lequede atenções ao funcionário público, podcria tcr dadogrande contribuição ao projeto que aqui tramíta.

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Em protesto contra a insensibilidade governamental,apresentaremos, oportunamente, projeto de emenda aotexto oficial que institui o vale-transporte, embora saiba­mos que o Congresso continua impossibilitado de ter ainiciativa de leis que impliquem em aumento de despesaspara a União c questões orçamentárias. Repudiando osdispositivos constitucionais que ainda cerceam a liberda­de do Parlamento como instituição legiferante. apresen­taremos proposição visando à inclusão do funcionáriopúblico entre os trabalhadores com direito ao vale­transporte. Nosso objetivo é autorizar, através de proje­to de lei, o Executivo a promover a referida iniciativa, ra­zão pela qual solicitamos a atenção das autoridadescompetentes.

A verdadeira democracia, onde prospera a verdadeirajustiça social, não existe sem o Parlamento verdadeira­mente livre e soberano em suas decisões e iniciativas.

o SR. ADAIL VETTORAZZO (PDS - SP. Pronun­cia o seguinte discurso) Sr. Presidente, Srs. Deputados,cumprimos hoje O inclinável dever de trazer a esta Tribu­na a nossa preocupação por uma questão que, pelas suascaracterísticas especiais, adquire natureza nitidamente"uornoartidária.

Referimo-nos ao movimento que envolve os funcio­nários das Pioneiras Sociais, cuja legitimidade foi atesta­da por vários colegas desta Casa, em sucessivos pronun­ciamentos. Ainda hoje, na Sessão matutina do Congres­so Nacional, ilustres parlamentares deste Legislativoabordaram com veemência o descaso do Ministro daSaúde pelo momentoso problema, mas ouvimos tambémpalavras do Líder do PMDB em exercício na sessão, De­putado Arthur Virgílio Neto, eompromentendo-se aapurar os fatos, ainda que com grande demora.

O nosso compromisso de homem público obriga-nostambém a testemunhar a validade das razões que gera­ram esse movimento, decorrentes, todas elas, de umametodologia de administração completamente ultrapas­sada, que continua a ser aplicada naquela instituição.

Este mesmo compromisso de homem público leva-nosigualmente a nos solidarizarmos com as manifestaçõestrazidas a este plenário por vários Deputados repudian­do as numerosas e injustas demissões de profissionais damais alta competência, determinada pela atitude autoria­tária do Dr. Campos da Paz.

o SR, ROBERTO ,JEFFERSON (PTB - RJ. Sem re­visão do orador) - Sr. Presidcnte, Srs. Deputados, tragoao conhecimento da Casa e do Brasil uma grave denún­cia que parece ser a ponta do iceberg do primeiro escân­dalo a agitar a Nova República. Recebi do Presidente daAPÜLIFER, Associação da Rede Ferroviária Federal,Dr. Antônio Francisco Leão de Decco, a cópia da ínte­gra de um contrato de empréstimo celebrado entre aRede Ferroviária Federal c o Banco Internacional de Re­construção e Desenvolvimento, o famoso BIRD. O con­trato tem o n~ WPM-1308-B/ptp. Minuta confidencial- Departamento Juridico. Empréstimo do corredor decxportaçiio de soja Goiás-Minas Gerais e Paraná.

No dia 2-6-85, O Jornal do Brasil publica matéria sob otítulo "Onibus podem substituir trem em linhas de bitolaestrcita". do jornalista Heraldo Dias, onde inicialmentese lança a questão: "Extinguir uma linha de trens de pas­sageiros, retirar os trilhos e asfaltar o leito ferroviáriopara criar uma linha de ônibus que atenda com eficiênciae a mais baixo custo o mesmo percurso é uma soluçãojustificável do ponto de vista técnico e econômico?" Poistal alternativa estava seodo considerada pela CBTU ­Cia. Brasileira de Trens Urbanos. O que ninguém sabiaàquela altura é que tal medida se constituía na verdadeem uma exigéncia do Banco Internacional de Recons­trução e Desenvolvimento - BIRD - para o financia­mento do corredor de exportação da saia. E esse contra­to tem data de 26-4-85, já na Nova República. No dia 29­7-85, recebi denúncia encaminhada pelo Presidente daAssociação da Polícia Ferroviária, Dr. Antônio Francis­co Leão de Decco, hoje ameaçado de demissão, na qualconstava a cópia do contrato firmado entre a RFFSA ­Rede Ferroviária Federal S,A. - e o citado banco, oBIRD, no qual se encontram exigências que a mim pare­cem inclusive ferir o direito de autodeterminaçào de umpovo independente em favor de interesses políticos in-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào n

confessáveis. De tais exigências constam, por exemplo, adesativação de, no mínimo, 1500 quilômetros de linhasconsideradas não lucrativas, e reduzir os serviços detrens de passageiros à razão de no mínimo 700.000 quilô­metros/trem.

A denúncia se faz de maneira muito extensa, pois ocontrato de 43 páginas formula diversas exigéncias comoestabelecimento de tarifas de acordo com a política dobanco, fim dos subsídios aos transportes populares, exi­gências .:om relação à contabilidade, auditoria e até mes­mo anuência do banco para o preenchimento de cargo~

administrativos e técnicos. Isto para favorecer o corre­dor de exportação e para favorecer as indústrias multina­cionais de construção de ônibus urbanos. E sabemos queo Diretor dc Planejamento e o Diretor Financeiro daRede Ferroviária Federal, hoje homologados nos seuscargos, já estão à frente destas funções há 12 anos.

A mim parece que tal política foi elaborada ainda naVelha República, mas que a Nova República já teve tem­po suficiente para expor tal assunto à apreciação doCongresso e da Nação.

Deixo à consideração da Casa ofício do Presidente daAPüLIFER, com a minuta do Contrado n9 WPM 1308­P/pp, e passo a ler matéria de autoria do jornalista Eral­do Dias, publicada no Jornal do Brasil.

"ÚNfBUS PODEM SUBSTITUIR TREMEM LINHAS DE BITOLA ESTREITA

Extinguir uma linha de trens de passageiros, retirar ostrilhos e asfaltar o leito ferroviário para criar uma linhade ônibus que atenda com eficiência e a mais baixo custoO mesmo percurso é uma solução justificável do ponto devista técnico e conômico? A alternativa - totalmenteinovadora na área de transportes de massa - está sendoconsiderada pela Companhia Brasileira de Trens Urba­nos (CBTU) para resolver um grave problema no Gran­de Rio.

Três linhas do sistema suburbano, em bitola estreita,não eletrificadas, de Niterói, Alcântara, e atê as raízesdas serras de Petrópolis e Teresópolis estão nessas con­dições. Nelas, a CBTU presta o pior serviço de transpor­te do País - quem viajar nos trcns vai apenas constataro que admite a direção da empresa -, mas não há recur­sos para investir no sistema, ao mesmo tempo que a de­manda de passageiros, da ordem de 30 mil por dia, semperspectiva de crescimento a curto e médio prazos, nãojustificaria um atendimento com linhas eletrificadas.

Custo operacioual

O transporte de massa, em todo o mundo, é deficitárioc subsidiado pelo Governo, de algum modo. No GrandeRio, cada pessoa, ao pagar desde ontem Cr$ 300 poruma passagem de trem, estará cobrindo pouco menos deum terço do custo operacional da passagem. Só que estesparâmetros não funcionam no caso das linhas de bitolaestreita.

O diretor de planejamento da CBTU, engenheiro Re­né Schopa, revelou que o custo de transporte de um pas­sageiro nessas linhas está na faixa de Cr$ 7 mil, mas podese revelar até maior se for feito um levantamento rigoro­so dos custos operacionais, uma vez que os carros sãotracionados por máquinas diesel.

Essa situação levou ao estudo de uma alternativa detransporte que atenda com eficiência e um mínimo deconforto aos atuais passageiros, predominantemente debaixa renda. O estudo ainda prossegue, mas já se conso­lida a altcrnativa da substituição por ônibus.

O engenheiro Fernando Mac Dowell, consultor daCBTU, ex-diretor de planejamento do Metrô e membrode comitês técnicos internacionais de transportes públi­cos, analisando a alternativa, considera que o mais im­portante é a preservação da faixa ferroviária para umautilizaçiio futura na expansão do sistema suburbano ele­trificado. A faixa, asfaltada, continuaria sob controle daCBTU, comportando a curto prazo um serviço de ôni­bus com caracteristicas operacionais de metró.

Em princípio, Mac Dowell acha que a CBTU não de­veria adquirir nem operar esses ônibus. Caberia à CBTUapenas o gerenciamento do sistema, ditando as normasde operação, que poderiam ser entregue às companhias

Agosto de 1985

estaduais de ônibus ou aos empresários privados. O queele assegura é que essa via seletiva de ônibus, com termi­nais nas estações de trens elétricos, poderia operar comtarifas bastante acessiveis.

Ónibus a gás

Há alguns tempo o Ministério dos Transportes vem seempenhando numa política que permita a adoção, a cur­to prazo, de ônibus movidos a gás natural, combustívelabundante no País. A tecnologia já é conhecida e domi­nada pelos grandes fabricantes nacionais de veiculas.Por isso, Mac Dowell entende que, nessas linhas, só po­deriam circular ônibus a gás natural, o que já permitiriauma rcdução de 15% na tarifa em relação aos ônibusconvencionais.

Os trens de bitola estreita transportam 30 mil passa­geiros por dia, enquanto os ônibus levam, na mesma are­

'a 114 mil. Mesmo número total de passageiros nãojusti­fica grandes investimentos num sistema de transporte demassa, Com o tempo, a situação tende a ser alterar, namedida que forem sendo ocupados os espaços vazios naBaixada e Raiz da Serra. Assim. na hora certa. a CBTUterá na área a sua faixa, sem invasões, pronta para rece­ber novamente novos e modernos trens.

Viagem e pesadelo

Para quem faz a viagem pela primeira vez, os trenspara Vila Inhomirim e Guapimirim podem até ser diver­tidos, uma vez que podem ver largos trechos da BaixadaFluminense fora do alcance da vista de quem passa nor­malmente pela Estrada Rio-Petrópolis ou Rio­Tcresópolis.

O dia-a-dia de quem precisa do trem é bem diferente:não há horários definidos, os carros são sujos, fcdoren­tos e nada funciona, a começar pelas portas, sempre comum dos lados fechado e o outro aberto. No horário dorush, os lugares são disputados duramente. Os chefes deestação manifestam uma preocupação: a cada dia, maispassageiros descobrem que podem viajar no teto dos car­ros, sem risco de levar um choque elétrico.

As estações - cerca de 20 - são acanhadas, com pla­taformas curtas, e saltar do trem é um exercício perigoso.

Os que estão acostumados ao dia-a-dia dos trens já es­colhem os carros que vão parar na altura da plataforma,de forma que possam saltar com um pouco de segurança.

"Em compensação, só paga quem quer" - diz o con­dutor de trens, Jorge de Sousa Mendonça, um dos fun­cionários da CBTU, com talão à mão, recolhendo o di­nheiro das pessoas que tomam a iniciativa de sacar o di­nheiro e pagar a passagem. E os trens funcionam exata­mente assim: quem embarca nas estações da bitola estrei­ta só paga passagem se quiser passar na roleta, em frenteao local de embarque, de graça, basta andar um pouco ecntrar pelas laterais da estação.

Parece que a prática consagrou o sistema: a CBTUnão insiste em cobrar pelo péssimo serviço, seus funcio­nários não constrangem ninguém a pagar e os passagei­ros parecem considerar natural que tudo seja assim mes­mo. "Eu sempre pergunto: Vocês acham que vida boadura em prato fundo?", diz o condutor Jorge, que ri e as­segura que a maioria toma a iniciativa de pagar.

Como a linha que contorna a Baía de Guanabara, emdireção ao Norte do Estado, tem como prioridade otransporte de carga, principalmente combustíveis, ospassagciros de Vila Inhomirim c Guapimirim ainda sãopenalizados pela manutenção da via - em dias alterna­dos, sllspende-se a circulação dos trens durante a maiorparte do dia para quc as linhas possam ser conservadas,de forma a atender aos cargueiros, que circulam mais anoite (horário normal) de manutenção de sistema subur­banos).

Ê comum o trem ficar na estação até duas horas, emGramacho, uma estação além de Duque de Caxias e ter­minal do sistema eletrificado. Quando parte, ê mais rápi­do do que o ônibus, com a grande vantagem do preço.As longas esperas criaram um serviço extra nos trens dabitola estreita: nela funciona um ativo comércio ambu­lante, com ampla variedade de comestíveis; aguarda-se apartida com pastéis a Cr$ 500, pipocas industrializadas aCr$ 100 ou picolés, com duas opções: uma a Cr$ 100 eoutro - "do bom, com devolução do dinheiro se não ti-

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Agosto de 1985

ver coco mesmo" - a Cr$ 200. Nas longas esperas, mui­tos passageiros gastam de duas a três vezes o preço dapassagem. Quem quiser levar para casa, basta pedir éque o vendedor de pastéis tem saquinhos de papel c guar­danapos.

Heraldo Dias"

Durante o discurso do Sr. Roberto Jefferson o Sr.José Ribamar ."'fachado. Supleme de Secretário, dei­xa a cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr.Leur Lomanto, 2P-Secretárío.

o SR. PRESIDENTE (Leur Lomanto) - Tem a pala­vra o Sr. Múcio Athayde.

O SR. MÚCIO ATHAYDE(PMDB - RO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, sába­do passado, o Última Hora e outros jornais da Capital daRepública relatavam que o Sr. Governador do DistritoFederal estava para fazer, no domingo, um passeio dclancha no Lago Paranoá, a fim de observar as zonas damargem em que passará a ciclovia. Na segunda-feira, oGovernador tinha estampada no jornal Última Hora asua fotografia. Nela, juntamente com convidados dc ou­tros Estados, S. Ex. aparece com copo de bebida à mão,na lancha Gilda, excursionando pelo Lago Paranoá.

Enquanto isso, Sr. Presidente, naquele domingo, emmeio a dez mil famílias dc inquilinos, estávamos reuni­dos na Praça do Povo, em Ceilândia, clamando a entregados terrenos já parcialmente urbanizados. Até a presentedata aquclas famílias não rcccberam a menor atençãopor parte do atual Governo do Distrito Federal. E o queé mais grave, Sr. Presidente, é que todas aquelas famíliasque ali se encontravam estão dispostas - clas mesmas­a construir as suas casas, bastando para tanto que o Go­verno l o BNH ou a Caixa Econômica financiem o mate­rial suficiente para que possam levantar as paredes e o te­to.

No dia lo de agosto, quando aqui nesta tribuna, falan­do exatamente sobre o abandono das cidades-satélites,das invasõcs c das favelas dc Brasília, cspcrava sensibili­zar o Sr. Governador. E, naquele mesmo dia, daqui par­timos, com urna multidão para o Palácio Buriti. E o quelá encontramos? Um ambiente frio. O Sr. Governadornão desccu para rccebcr o povo. Não sabíamos ondc cleestava. Fossc o scu Chefe de Gabinctc, fosse um Secre­tário dc Governo, ninguém rccebeu aquela multidãoque, após ter acorrido às galcrias desta Casa, a Casa doPovo, sc postava à frcntc do Palácio Buriti.

Isso é sinal dos tempos, Sr. Presidente e Srs. Dcputa­dos. Afirmo isso como Deputado do PMDB, antcs qucpolíticos de outros partidos venham criticar essa atitude.Se estamos a sustentar a Nova República, não podemos,em sã consciência, permitir que o Sr. Govcrnador, indi­cado pclo Sr. Prcsidente da República, num regime fun­damentalmente defendido pelo PMDB, continue a rele­gar o povão de Brasilia. Isso é o fim da picada - e a pi­cada aqui é a do cerrado mcsmo.

Rccentemcnte, disse um jornal que os heróis do cerra­do irão para a cadeia. Se o artigo se referia à minha pes­soa, fico muito agradecido, mas ainda não tenho a pre­tensão de me considerar como tal. Considero que os doisgrandes heróis do cerrado são Juscelino Kubitschek eTancredo Ncves. Esses, sim, os nossos grandes heróis.

Faço, pois, um veementc apelo ao Sr. José Aparecido,indicado Governador pelo nosso partido, para que voltesuas vistas para as cidades-satélites, as invasões e as fave­las, e esqueça, por enquanto, essas pontes do Lago Sul cessas ciclovias. Essa última obra segundo o próprio Go­verno, vão custar mais de um bilhão de cruzeiros. a Go­verno do Distrito Federal deve sim, Sr. Presidente, e ur­gente, fornecer o material para os favelados e oS mora­dores das invasões de Brasília, a fim de que possam, elespróprios, construir, com suas mãos calejadas, o seu tetoe, assim, abrigar as suas famílias. (Muito bem!)

O SR. ROSA FLORES (PMDB - RS. Pronuncia lJseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, areformulação da estrutura fundiária do País tem o nomede Reforma Agrária, providência que se faz inadiável,protelada que tem sido pelos governos que nos últimos

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

anos reprimiram todos os justos anseios da comunidadebrasileira. Ê medida que se impõe, não só em nome daprodutividade, mas, fundamentalmente, em nome dajustiça social.

A simples enunciação das palavras reforma agráriasoa como clarinada que acorda e reúne toda a gama dereacionarismo, desde a famigerada TFP até a presidênciada Escola Superior de Guerra, na pessoa de um certoGeneral Figueiredo.

Tudo isto ocorre porque o latifúndio tradicional foifortalecido pela política dos chamados governos revolu­cionários. que, atravês de uma política especial, financia­ram os novos latifúndios, facultando-lhes financiamen­tos longos a juros baixos, scm correção monetária e comdilatados prazos de carência, por vezes, até de cincoanos.

a incentivo fiscal utilizado nesta política criminosacriou o novo latifúndio, mais forte, porque atrelado aosgrupos financeiros e industriais que se utilizaram destavia para reduzir o pagamento de impostos e captar recur­sos.

Esta política bisonha, se não fosse anti-social, trans­formou industriais em fazendeiros, e essa circunstânciarevigorou o podcr dos que se opõem à reforma agrária.

A propósito do regime de distribuição de terras noPaís, vale a pena examinar o matutino O Estado de S.Paulo, cdição de 4 do corrente, à fls. 25, sob o título "Opaulista dono de 15% do Acre". Nesta matéria publicadaconstata-se que o ex-engraxate Pedro Dolto adquiriu,no Acre, valendo-sc dc rccursos do Proterra, Polamazô­nia e outros programas, oriundos de órgãos financeirosoficiais, mais de dois milhões de hectares de terras damelhor qualidade.

A matéria publicada não sc propõe a retratar a injus­tiça social que consiste em favorecer uns poucos, en­quanto mais de 10 milhões de brasileiros que vivem nomeio rural não possuem um palmo de terra.

Pedro Dolto é o símbolo de uma política que esqueceuo clamor das multidões para favorecer as ambições de al­guns, tudo dentro de uma filosofia de desenvolvimentoeconômico, quc contemplou o econômico em detrimentodo social.

A situação fundiária do País mobilizou essas multi­dões, que, com apoio do Clero e a dcterminação dos gru­pos de vanguarda do Governo, conduzirá a reformaagrária, seguramente, à reforma das reformas.

Mais do que a democracia política, compromisso quea Nova República assumiu e vem resgatando com aNação, as reformas sociais e econômicas devem acompa­nhar a primeira.

A democracia política, sem a democracia econômica, éprovidência meramente formal e disso sabe bem o Go­verno.

Tenho dito.

O SR. VIRGILDÃSIO DE SENNA (PMDB - BA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, abriram espaços os jornais, dias seguidos,para quc o Sr. Roberto Gusmão, Ministro da Indústria edo Comércio, discorresse sobre suas extraordinárias des­cobertas dos desvios c disfunções em órgãos do Minis­tério que dirige.

O IAA, o /BC I: a EMBRATUR estiveram sob suaalça de mira, após auditadas, à sua ordem, por firmas es­pecializadas e por ele contratadas, com o propósito defornecer embasamento às suas preconcebidas posições.

. Provavelmente determinou, autoritariamente, que es­ses mesmos órgãos pagassem a conta dessa despesa quecertamente não estava orçamentariamente prevista.

Valeram-lhe capa de revista e muita evidência os es­cândalos que revelou e, embora as conclusões a que che­gou nada tenham a ver com o Relatório e Pareccr da Au­ditoria, o coro que ele previamente montou para recebero assunto bateu-lhe palmas.

Nada tcríamos a opor ao minudcntc levantamento dasprovas de malvemlção, corrupção e desmandos pratica­dos nesses órgãos da administração indireta - cor­rupção que nos últimos anos permcou quase toda a ad­ministração pública do País - se o propósito fosse corri­gir distorções e punir faltosos, omissos, corruptos, relap­sos.

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Não é esse. como se deduz do noticiário. o propósitodo Sr. Ministro. Seu objetivo é outro: é destruir, liqui­dar, acabar com esses órgãos. Assinalar erros, faltas. cri­mes. realizar auditagens não se destinam a armar o Mi­nistro das informações necessárias às providências queseu dever lhe impõe - processar culpados através deprocesso rcgular. obrigá-los a devolver os valores que ili­citamente obtivercm mas atcndcr ao dcscjo e fornecer­lhe os "argumentos do escândalo" ardentemente acalen­tado de tornar-se liquidante desses órgãos. Como na ve­lha anedota, a proposta do Ministro é retirar o sofá. Hácorrupção, desvios. roubo nessas autarquias; a posiçãodo Ministro não é punir culpados, mas acabar com osinstitutos.

Quero nesta oportunidade examinar a questão ecingir-me tão-somente ao Instituto de Ãlcool e Açúcar,órgão mais diretamente vinculado aos problemas da re­gião baiana que represento nesta casa.

Trata-se, como todos sabem, de uma autarquia insti­tuída nos anos 30 pela capacidade criadora do PresidenteVargas visando a encontrar os caminhos através os quaiso Brasil pudesse superar a crise crónica da agroindústriaaçucareira. que desde do Império. quiçá do período colo­nial, constrangia a nossa economia.

Ao longo dos seus 52 anos de existência. o IAA assu­miu a orientação desse importante setor industrial, ecriou as condições necessárias ao pleno abastccimento deaçúcar do mercado interno, que no particular funcionasem atravessadores, sem afrontas de ofertas ou escassezde produto, gerando ainda excedcntcs que colocam nos­so País como o maior produtor mundial de acúçar de ca­na.

Dc uma produção inicial da ordem de 700 mil tonela­das de açúcar nos anos 3D, o Brasil avançou até alcançaruma produçãlJ de mais de JOmilhões de toneladas. Alémdisso e com a participação dessa autarquia nosso Paístornou-se o principal produtor mundial de álcool e de­senvolveu uma tecnologia de uso do álcool motor semparalelo no mundo, conquistada, da qual participou o[AA com grande presença e marcante participação.

Registre-se, Sr. Presidente. que a agroindústria açuca­reira é atividade agrícola que tem certas áreas do nossoPaís, principalmente no Nordeste, raízes seculares, e desua economia dependem de brasileiros que não podemnem devem ser afetados por decisões apresentadas im­pensadamente.

Nosso partido. o PMDB, durantc anos denunciou su­cessivos escândalos e favorecimentos praticados por ad­ministrações impostas ao IAA pela ditadura e estranhosaos quadros daquele órgão.

Mas sabemos que, apesar disso, o IAA criou um qua­dro técnico e funcional da maior responsabilidade ecompetência que, durante anos, resistiu ao abastecimen­to dos costumes, processos e práticas introduzidas poraqueles administradores. Honrando as tradições de dig­nidade daquele órgão, esses funcionários resistiram.

Como toda instituição humana, precisa o Instituto so­frer alteração que o readapte às mudanças que o mundovai experimentando e que uma nova realidade impõe.

Faz-se necessário reformulá-Io c redefinir suas funçõese encargos, nunca a pura e simples extinção do órgão.

A crise atual decorrente da superprodução mundial deaçúcar, que já acumulou excedentes da ordem de 54 mi­lhões de toneladas e tende a crescer ainda mais, aconse­lha prudência no encaminhamcnto dos problcmas rela­cionados a esse setor industrial. O papel regulador dessaautarquia é imprescindível nesse instante.

Além do mais, Sr. Ministro, as marcantes desigualda­des regionais existentes em nosso País geraram proble­mas decorrentes de um desenvolvimento assimétrico quedará ao Estado de São Paulo, hoje principal produtor deálcool e açúcar, o domínio total dessa agroindústria noinstante em que for extinto o IAA.

a contingenciamento das cotas dos Estados produto­rcs sem a fiscalização e controle do Instituto abrirá es­paço para que São Paulo - seu Estado, Sr. Ministro ­domíne completamente esse setor industrial e arruíne osprodutores dos estados nordestinos: Alagoas, Pernam­buco, Sergipe e Bahia, principalmente.

O princípio federativo impõe que a União exerça o pa­peI de regulador e árbitro dos problemas entre as diver-

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5as unidades federativas. Toda vez que interesses regio­nais possam vir a ser afetados negativamente. benefician­do outros Estados, é defeso a um Ministro tomar po­sição que privilegie os interesses de uma região ou Esta­do contra os interesses de outros Estados.

Não somos regionalistas, mas não podemos aceitarque em nome da moralidade administrativa, exploradacom intuitos que para nós é suficientemente claro, venhao Ministro da Indústria e do Comércio propor a extinçãode um órgão como o IAA. que desempenhou c eontinuadesempenhando importante papel na vida econômica doBrasil e representa um intrumento importante na harmo­nização das disputas inter-regionais.

Não bastasse o papel regulador de produção. preços edistribuição geográfica que o Instituto há 52 anos desem­penha, sua importância como órgão disciplinador das re­lações entre agricultores e industriais, por força da açãonormativa que lhe cabe na aplicação dos Estatutos daLavoura Canavieira. seria suficiente para justificar suaexistência e permanéncia.

É que, como bem assinalou Barbosa Lima Sobrinho.da aplicação desse Estatuto resulta o único projeto depolítica agrária e agrícola existente em nosso País.

Poucos dias atrás, tive oportunidade de testemunhar,no Município de Terra Nova-Ba. o papel modernizadorque o IAA desenvolve. numa reunião que congregoucentenas de lavradores e tinha como objetivo a propostaaprovada pelo IAA de pagamento da cana-de-açúcarpelo teor de sacarose nela contida,

O Instituto, no desemJ="nho do papel que lhe é deferi­do pelo Estatuto da Lavoura Canavicira. desenvolveutecnologia ágil e moderna que, ao lado de assegurar aoindustrial método apropriado de avaliação do rendimen­to que obterá por tonelada de cana adquirida. armou ofornecedor de cana, o lavrador, de macanismos hábeis àdefesa dos seus interesses, contribuindo dessa forma oque harmonizar conflitos de interesse.

Por esses motivos e muitos outros que a exigüidade dotempo não me permite abranger, Sr. Presidente, cabe-merecomendar ao Sr. Ministro prudência e ponderação emsuas palavras e ações, porquanto não iremos admitir,sem luta, que o extraordinário legado de serviços presta­dos pelo IAA seja submetido ao arbítrio dos interessesque não são os mais abrangentes.

Modere-se, Sr. Ministro, quanto ao IAA. Vamos com­bater a corrupção, vamos botar os ladrões na cadeia. va­mos fazê-los devolver ao erário público tudo que dele foiilegalmente obtido, mas fique V. Ex' certo de que estare­mos vigilantes e não permitiremos que sob tais pretextosenveredemos por caminhos que não consultem os inte­resses do Nordeste e do Brasil.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a região doXingu. no Estado do Pará, é, talvez, uma das mais desas­sistidas da área. Assomamos à tribuna para fazer vee­mente e dramático apelo ao Sr. Ministro dos Transpor­tes, no sentido de que mande restaurar a Rodovia Tran­samazônica. ora cm precário cstado de conservação,com trechos atê sem possibilidade de tráfego, ocasionan­do sérios prejuízos aos pequenos e médios produtores noescoamento da sua produção. A Transamazônica ê hojeuma estrada de vital importância para a região do Xin­gu; espero. portanto, que o Sr. Ministro Affonso Camar­go tome providências no sentido de, pelo menos. manteressa rodovia em normalidade de tráfego.

Outro apelo que faço, Sr. Presidente, ainda em relaçãoà região do Xingu. que tem cm Altamira o seu maiorcentro dc intercâmbio entre outros Municípios da área. éno sentido de que seja restabelecido. de imediato, o fun­cionamento do barco Seringueiro VII. Esta embarcaçãoconstitui verdadeiro hospital volante através do qual osribeirinhos da vasta área do Xingu poderão ser bcncti­ciados com assistência médica e odontológica. Sua para­lisação é um atentado aos direitos dos ribeirinhos doXingu. Espero que o patriotismo e a lucidez do Dr. Ma­cedo, Superintendente da SUDHEVEA, coloquem-noem imediato funcionamento.

O tcrcciro apelo, Sr. Presidente. tão dramático quantoos dois anteriores, é dirigido ao Superintendente da CO­BAL, para que sejam abastecidos de mercadorias. os

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modernos depósitos daquela Companhia. na cidade deAltamira, verdadeiros elefantes brancos. quando pode­riam ser mais úteis e servirem melhor aos seringueiros e àpopulação pobre e desassistida daquele Munieipio e desuas redondezas.

Fazendo estes apelos a esses três organismos do Go­verno Federal. transmito o desejo e as necessidades dabrava gente do Xingu. tão esquecida do Poder PúblicoCentral.

Era o que tinha a dizer.

O SR. FERNANDO MAGALHÃES (PDS - BA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs.Deputados, em minhas recentes andanças pela Bahia.pude constatar o estado precário de inúmeros trechos darodovia BR-IOI, a chamada Rio-Bahia litorânea. im­plantada há pouco mais de dez anos. como opção de trá­fego rodoviário entre O Norte e o Sul do País, e que cortauma das áreas economicamente mais importantes do Es­tado. onde se concentram cidades históricas como Ca­choeira e Porto Seguro, centros de grande produçãoagrícola, como a zona da lavoura de cítricos em Cruz daAlmas e de cacau em Gandu, Itabuna e Ilhéus, e mais 86Municípios.. Visitei Cruz das Almas, Sapeaçu, Conceição de Almei­da. Santo Antônio de Jesus, Laje e outras cidades servi­das pcla BR, e fui procurando por Prefeitos, Vereadorese entidades de elasse locais. todos incorformados com odescaso a que foi relegada aquela importante rodovia emmuitos trechos.

Entre o entroncamento com a BR-324 - RodoviaSalvador-Feira - o acesso a Itabuna, enormes buracostornam perigosa a utilização da estrada. Os acostamen­tos conservados rareiam e muitas são as pontes cujasmuretas estão danificadas. Ao lado da pista, vêm-se asvaletas abertas e abandonadas pelas empreiteiras encar­regadas da conservação. A sinalização é praticamenteinexistente, fazendo com que se sucedam os acidentescom carros particulares. carretas e até veículos oficiais.

Também quem viaja de Salvador para Itabuna, pelaBR-IOl, logo depara-se com uma sêrie de adversidades.A BR-324, trecho Salvador-Feira, apresenta grandesdesníveis entre a pista e o acostamento. com elevado ris­co de acidentes. Além disso, devido à invasão do mata­gal e às quedas do acostamento. a faixa de rolamentoencontra-se bastante estreitada.

Não é menos desagradável a situação de quem alcançaa BR-IOl, via Santo Amaro e Cahoeira, já que a BR-420,que liga Salvador a Santo Amaro, acha-se em péssimoestado de conservação, sobretudo próximo ao acesso aSão Francisco do Conde.

Engenheiros do Departamento Nacional dc Estradas cRodagem-DNER reconhecem publicamente que a co­nhecida Rio-Bahia litorânea possui vários defeitos de na­tureza estrutural e hoje já apresenta o que sc denominatecnicamente de "envelhecimento precoce do pavimen­to". que ê acentuado. no caso. por falhas existentes nadrenagem, que provocam o espatifamento da superfície,pelo volume de tráfego e pelas constantes chuvas quetêm caído na região.

A conservação da BR, Senhor Presidente. está entre­gue a três empreiteinis - a Odebrecht, a Limoeiro e aEIT - cujo trabalho é acompanhado por firmas de con­sultoria contratadas pelo DNER. Na prátiea, entretanto,a responsabilidade se dilui entre todos, cada umdefendo-se como pode, num jogo de acusações sutis quea nada conduz. De tudo, ficam apenas prejuízos gravespara uma das regiões mais ricas da Bahia e para os mi­lhares de contribuintes brasileiros. usuários da estrada.

Sensibilizado pelo que vi. Sr, Presidente. Srs. Deputa­dos, c atendendo à solicitação das diversas liderançasmunicipais que me procuraram. quero deixar consigna­do um apelo dramático ao Sr. Ministro dos Transportes.Senador Affonso Camargo. para que determine a agili­zação dos serviços de recuperação da rodovia e intensifi­que a fiscalização, que é dever de órgão do seu Minis­tério, para evitar que em boa parte dos trechos se torneintransitável. pondo em risco atê mesmo o desempenhoda economia baiana. dependente. em grande medida, dasriquezas geradas nos municípios servidos pela tão conhe­cida BR.

Agosto de 1985

o SR. ARTHUR VIRGíLIO NETO (PMDB - Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, o Amazonas, se formos ao específico, assim comoa Amazónia, no plano mais geral. faz parte da mais durarealidade brasileira e, por essa razão, necessita de incen­tivos especiais - creditícios, ficais etc. - para atingir odesenvolvimento sócio-econômico. Daí a reivindicaçãoque coloeo, dirigida à Presidência do Banco do Brasil. nosentido de serem estebelecidas taxas de juros especiaispara a atividade agrícola no interior do meu Estado.Não considerado sequer tratar-se esse pleito de privilégiodescabido, mas, a rigor. tão-somente de tentativa de des­fazer, ou reduzir o peso das desvantagens locacionaisque nos marcam, por exemplo, relativamente ao Centro­Sul.

Dirijo a postulação. aliás. às principais autoridadeseconômicas do País, como é o caso do Ministro Francis­co Dornelles. da Fazenda; do Ministro João Sayad, doPlanejamento, e do já citado Dr. Camilo Calazans. Presi­dente do Banco do Brasil. Entendo como viável o seuatendimento. Considero ncccssário a implementação damedida. Quero manter a esperança de obtê-la para a mi­nha região.

Desci, em julho último. durante o período do recessoparlamentar, o rio Solimões, visitando as sedes munici­pais e contactando com os companheiros de tantas lutase expectativas.

Em todos os lugares, recolhi a mesma inquietação. amesma certeza de que não haverá política agrícola bem­sucedida no Amazonas, sem o estímulo creditício ao se­tor e sem a compreensão das imensas dificuldades en­frentadas pelo agricultor perdido nas distâncias e nas in­tempéries.

Fica o registro e o lançamento do tema. À matéria tor­narei brevemente, com mais subsídios c em análise maisaprofundada.

Era o que tinha a dizer.

O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. amanhãencerra-se o prazo de apresentação de emendas. suhe­mendas e substitutivos à emenda constitucional que con­voca a Assembléia Nacional Constituinte.

Infelizmente, com esse exiguo prazo, não tivemosoportunidade de coletar assinaturas para apresentarmosum substitutivo à proposta enviada a esta Casa pelo Pre­sidente José Sarney.

Quero dar conhecimento à Casa de que, após entendi­mento final com o Deputado Flávio Bierrenbach, Rela­tor da Comissão Mista que analisa a emenda convoca­tória da Constituinte, encaminharci àquela Comissãosubstitutivo. produto do que ouvi durante todos essesmcses nas bases, no sentido de que a Assembléia Nacio­nal Constituinte seja pluralista, livre e soberana cujo fun­cionamento seja independente do Congresso Nacional.Proponho que da eleição de 1986 se retirem duas lista­gens de candidatos eleitos Deputados e Senadores: umapara a composição do Congresso Nacional, que seria fei­ta com base na legislação que a rege. com todas as suaslimitações; e outra, a dos Senadores e Deputados maisvotados. que. em número de 600. comporiam a As­sembléia Nacional Constituinte, cujo funcionamento se­ria em horário diferenciado daquele do Congresso Na­cional. Entendo, Sr. Presidente, que, desta forma, pode­rá ocorrer casos como o de um Deputado compor aConstituinte sem ser Deputado do Congresso Nacional,ou O de um Deputado compor a Constituinte sendo De­putado Federal. ou ainda o de Deputados serem apenasintegrantes do Congresso Nacional, sem fazerem parteda Constituinte.

Parece-me que esta proposta vai ao encontro do desejoc do anseio do povo brasileiro de ver, realmente, umaAssembléia Nacional Constituinte que possa, refletiresta correlação de forças hoje existentes na Nação, dotá­la de uma Constituição que seja o reflexo dos anseios eda vontade nacional.

Sr. Presidente. ê muito importante este momento quevivemos. porque do texto final da emenda a ser aprova­do pelo Congresso Nacional, que convocará a Assemble­ia Nacional Constituinte. depende a representatividadedas diversas correntes que compõem a sociedade brasi-

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Agosto de 1985

leira. Não me parece esteja a sociedade brasileira envol­vida nesse processo, seja através do Congresso Nacional,seja através da própria imprensa, mais preocupada emdenunciar alguma coisa que não reflete a realidade, a au·sência do plenário, confundida com a da deputância, docidadão que exerce a função de representante do povo.

Mas, evidentemente, além dessa falta de sintonia, devontade, de anseio, hoje demonstrada pelo Congresso eque se reflete na imprensa, tambêm na própria sociedadenão temos visto esse desejo, esse entusiasmo com umfato tão significativo, talvez o maior dos últimos anos,juntamente com a eleição de Tancredo Neves eJosê Sar­ney, no último dia 15 de janeiro, a Assembléia NacionalConstituinte.

Sr. Presidente, encerro minhas palavras extremamentepreocupado com o futuro dessa emenda constitucionalque convoca a Assemblêia Nacional Constituinte, por­que não nos parece estejamos todos nós suficientementeenvolvidos nessa questão, estejamos imbuídos da res­ponsabilidade, do significado, do que realmente repre­senta esse passo que se dá na vida nacicnal, no campopolítico-constitucional.

o SR. NILSON GIBSON (PFL - PE - Pronunica oseguinte discurso) - Sr. Presidente e Srs. Deputados,iniciada há dias terminou, neste último domingo, a últi­ma etapa de operação do desvio do rio São Francisco,que permitirá a construção do trecho final da Hidroelé­trica de Itaparica, em região situada entre a Bahia e Per­nambuco.

Eis aí um acontecimento que, apenas registrado vaga­mente nos veículos de comunicação, representa um mar­co importante na chamada redenção do Nordeste, me­diante a ampliação do aproveitamento hídrico do "Ve­lho Chico".

Desde 1979, quando cheguei ao Congresso Nacionalvenho-me debatendo pela operação do desvio do rio SãoFrancisco.

Sr. Presidente e Srs. Deputados. não é de agora que seaponta a racional e diversificada atuação da CHESF e deoutros organismos federais, além de iniciativas correla­tas de governos regionais como uma saída talvez a maiscorreta e pertinente para a solução de granac parte dosproblemas desta Região.

No caso da geração de energia elétrica, todos estamoslembrados do sacríficio imposto ao início dessa políticade aproveitamento dos nossos recursos hídricos repre­sentando na usina pioneira de Paulo Afonso, hoje umainiciativa não só vitoriosa, mas a confirmação de quesem ela o Nordeste teria sucumbido através um colapsototal de definitivo por falta de potência energética parafazer funcionar seu parque industrial e a demunda deenergia para consumo doméstico cada vez mais cresccnteem nossas cidades.

Quem quiser avaliar, mesmo que superficialmente oprogresso alcançado por essa região considerando osenormes sacrifícios impostos ao seu povo, bastará ver nofrio cotejo de números c serviços o consumo de energiaelétrica desde 25 anos atrás, até nossos dias. Assim seaperceberá melhor da importáncia que representa paraos nordestinos empreendimentos como essa futura hidre­létrica na Itaparica, obra várias vezes ameaçada por faltade verbas. É um absurdo.

Agora, finalmente, de acordo com as previsões do Pre­sidente da CHESF, engenheiro Oliveira Brito a primeiraturbina a ser assentada ali deverá entrar em operação jáem 1987, mesmo que muita coisa esteja ainda para se fa­zer.

Sr. Presidente c Srs. Deputados, registro que cada tur­bina terá capacidade de produzir 2,5 milhões de quilo­watts e será impulsionada por uma queda dágua produ­zida pela barragem de 105 metros de altura.

Eis aí, inconfundivelmel)te, uma obra que. para ser to­cada dentro de seu cronograma hábil e chegar a ser con­cluída conforme o previsto, deverá sempre contar com adecisão política das principais Lideranças nordestinas,principalmente o Governador Roberto Magalhães. Istoporque não foram poucas as tentativas que sofreu de de­sativação c a má vontade expressa partida daqueles querepresentantes de regiões bem aquinhoadas, tanto pelanatureza, quanto pela inciativa oficial, sempre tiveram

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

interesse em manter o Nordeste inferiorizado e tolhidoem suas legítimas prctcnsõcs.

Por issei mesmo não faltaram alegações ridículas cmalsãs que tentaram enquadrar a usina hidrelêtrica deItaparica como mais uma "obra faraônica". Era o tempoem que também se acusava a Usina Binacional de !taipu,inclusive, de inexeqüível, além de violar direitos do Uru­guai e da Argentina, no rio Paraguai.

Muito diversamente do que diziam o emocionalismopolítico e as reinal;ões derrotistas permeados por tentati­vas revanchistas de alguns poucos o atual Diretor deItaipu, ex-Governador Ney Braga acaba de solicitar aosMinistros das Minas e Energia e do Planejamento um re­forço ae US$ 200 milhões no orçamento da empresa pre­visto para USS 1,5 bilhão neste ano. Isto, diz, para "evi·tar atrasos nas obras suplementares e a possibilidade deracionamento de (:nergia elétrica nas regiões Sul e Sudes­te já a partir do próximo ano ...".

Sr. Presidente e Srs. Deputados, o mínimo que nós, osnordestinos, conteorrâneos do Presidente José Sarney, po­del)los esperar agora do Governo Federal em referênciaàs obras de itaparica que acabam de entrar em fase deciosiva. é a mesma boa vontade que vem dispensando àsobras similares em outras regiões do País.

Oportunamente: volto ao assunto.

O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nodia 15 de agosto de 1823, há precisamente cento e sessen­ta e dois anos, n:gistrava-se a adesão da Província doGrão-Pará à nossa Independência, significando esse ges­to a plena integração de todo o País à manifestação deautonomia nacional verificada a 7 de setembro de 1822,esquecidas quaisquer tendências separatistas.

Essa adesão teve a maior significação política, por­quanto resultava na consolidação do Impêrio, que s6 se­ria ameaçada, em 1824, em Pernambuco: pela revolta deFrei Caneca, inconformado com a outorga da Carta Im­perial por Pedro I.

Do ponto de vista econômico, a adesão do Pará aoGoverno imperial significou, para o Brasil, a detenção degrandes riquezas. como a borracha, um dos principaisprodutos no fim do sêculo passado, grandes reservas demadeira. amplas áreas de pecuária e um subsolo que hojese apresenta com o um dos mais ricos do País.

Do ponto de vista cívico, tendo sido um grande passoà integração nacional do Norte do País, devemos assina­lar que não foi um movimento incruento, mas resultoude forte luta, com os paraenses enfrr.ltando com vanta­gem a bravura lusitana, enquanto se evitava a sucessãode toda a Amazônia, que Portugal desejava conservarem seu domínio.

Já naquela época, a região surpreendia o mundo,atraindo cientistas e pesquisadores, como a maior flores­ta tropical do planeta, de paisagens deslumbrantes.imensas caudais cortando-a em todos os sentidos.

Por isso mesmo, a Coroa lusitana queria preservá-laem sua posse, tornando-se das mais cruentas as lutas tra­vadas e que culminaram com a vitória de 15 de agosto.que confere ao Pará um lugar destacado na consolidaçãoda nossa independência.

Estava ali, naquela época, a mais longa linha de fron­teiras do Império Português. defrontando como terri­tórios pertencentes à Holanda, à França, à Inglaterra e àEspanha.

O interesse de Portugal pela região se revela até mes­mo na escolha dos seus administradores, inspirados noMarqués de Pombal, que fundada a Companhia doGrão-Pará e Maranhão, com grandiosos planos.

Na primeira metade do século XIX, a história do Paráé enriquecida de lances heróicos, antes c depois daquelefeito, desde a sanguinária Cabanagem.

Ao lembrar essa página brilhante da História do Pará,levamos ao seu povo a nossa confiança em que o nossoEstado sempre manterá fidelidade às melhores causasnacionais.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR. ISRAEL PINHEIRO (PFL - MG. Sem revi­sào do orador.) -- Sr. Presidente, Srs. Deputados, atual­mente o grande d"bate que se trava nesta Nação é relati-

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vo à eficiência das estatais, ou à limitação das suas ativi­dades. Atê onde cabe a atuação de estatais na economiabrasileira? Não vamos entrar nessa discussão. Sr. Presi­dente, porque seria extremamente longa. Porêm, em umacoisa concordamos: sua eficiência deve ser a melhorpossível, para que o País possa sair dessa crise c voltar acrescer.

Por outro lado, o que nos choca. Sr. Presidente, e nossu,preende a todos é o total desencontro. a desarmoniaexistente entre os diversos órgãos do Governo Federal,principalmente quando há estatais envolvidas. Hoje, ti­vemos oportunidades de assistir a um depoimento doPresidente do Conselho Nacional de Petróleo, em queapresentava dados a respeito de uma grande estatal, aPETROBRÁS, qu" não coincidem em nada com o anun­ciado pelas suas diretorias e presidência. Aliás, é até dese estranhar, Sr. Presidente, que as palavras do Presiden­te do Conselho Nacional do Petróleo tenham sido, até,de certo modo, desairosas para com a atual diretoria daestatal. S. S. insisua que havia umjogo contábil para quea PETROBRÁS apresentasse um lucro que, no seu en­tender, é fictício. em virtude de manobras cambiais.

Sr. Presidente, as dificuldades desta Nação são imen­sas. Estamos querendo construir um novo Brasil, harmo­nioso, bem administrado, eficiente, austero. No entanto,não é possível continuarmos adotando métodos que vi­goram com muita freqüência no Governo anterior, taiscomo a mistificação, a desinformação, como arma.como instrumento, para manter na ignorância a Naçãobrasileira, e principalmente o Congresso Nacional, ondetemos o maior interesse em saber a realidade dessasgrandes empresas estatais.

O nosso apelo, Sr. Presidente, é para que o PresidenteJosé Sarney, através do Ministro Aureliano Chaves, dasMinas e Energia, adote medidas que transformem, emprimeiro lugar, a PETROBRÁS em um órgão mais aber­to, mais transparente ao público e a esta Casa, a repeitoda sua economia interna e 60S seus balanços. Até hoje,não entendi, e o povo também, se, quando a PE­TROBRÁS anuncia percentuais de lucros e prejuízos, osaumentos dos preços dos combustíveis e dos derivadosde petróleo estão dentro das necessidades reais da em­presa. Enfim, Sr. presidente, nosso apelo é para que hajauniformidade de pensamento dos integrantes do Gover­no e, sobretudo, uma vontade de mostrar à Nação brasi­leira e à classe política O que realmente vai por trás dosbastidores da PETROBRÁS. para que possamos teruma exata medida de sua eficiência empresarial.

O SR. MÁRIO FROTA (PMDB - AM. - Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos. a incineração de soa mil pés de epadu (cocaína bra­sileira), a constatação de trabalho escravo dos índios ti­cunas. a descoberta de contrabando de armas, peles deanimais silvestre e madeira foram o resultado, segundodizem os jornais do País, da operação Frederico UI, quea Polícia Federal, desde o início deste mês. vem desen­volvendo, com o apoio da Marinha, na região dos mu­nicípios do Alto Solimões.

A sociedade aplaude o combate ao crime. Lugar decriminoso é na cadeia. A impunidade. que foi a marca re­gistrada da ditadura. o criminoso que, pela omissão daautoridade policial, torna-se mais audacioso, passando adesenvolver as suas atividades ilegais em pléna luz dodia.

Não podemos deixar, Sr. Presidente, de incentivar asatividades antidroga e anticontrabando da Polícia Fede­ral e da Marinha na região do Alto Solimões, nos mu­nicípios que fazem fronteira com o Peru e a Colômbia.Entendemos que combater o crime é dever de todo cida­dão c, muito mais, do organismo policial. O que nãoaplaudimos são so métodos que muitos elementos daPolícia Federal ainda vêm utilizando para arrancar de­poimentos. Nesse particular a minha opinião coincidecom o do Coronel Luiz Alencar Araripe, atual Diretor­Geral da Polícia Federal, quando afirma que a lei nãopode ser violada pelo criminoso e muito menos pela au­toridade policial, c que os casos de transgreção dos direi­tos do cidadão serão apurados com rigor e os agentesresponsáveis punidos na forma da lei.

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A verdade, Sr. Presidente, é que muito ainda se tem afazer para que as palavras do Diretor-Geral da PolíciaFederal não terminem por se transformar em mais umarroubo de retórica, sempre muito fluente entre os povosde origem latina. De qualquer forma, o que desejamos éque o novo Diretor-Geral da Polícia Federal passe,quanto antes, da palavra à ação. A Polícia que ora dirigetraz muitos vicios do passado, de uma fase negra da nos­sa história, de uma época em que o policial em pouco ouquase nada se distinguia do marginal por ele preso. Tal­vez a única diferença é que um, no caso o policial, seachava no direito de espancar e até assassinar o outro,ou seja, o prisioneiro.

Ainda no fim do ano passado, Sr. Presidente, a PolíciaFederal aportou em Benjamim Constant e, de metralha­dora e revólveres em punho, mais de 50 homens saíramfazendo toda a sorte de baderna c estrepolias pela cida­de. A população em pânico refugiou-se em suas casas,apavorada com a presença de homens armados que, se­quer, se identificavam como agentes da lei. Pacatos cida­dãos tiveram suas residéncias violadas e passaram, a par­tir daí, a enfrentar todo tipo de humilhações. No final,terminaram por deter três funcionários da companhia deeletricidade que exerciam a sua profissão. Sabedor do fa­to, o gerente da CELETRAMAZON, tentando aprovaro equivoco, procurou o Delegado que comandava a ope­ração, levando-lhe os documentos dos funcionários daempresa. Para sua surpresa, o Delegado não queria saberse os cidadãos detidos eram ou não pacíficos trabalhado­res. Recebendo bofetões e coronhadas. o gerente e os trêsfuncionários da CELETRAMAZON.po~ordem do De­legado, foram colocados de joelhos no meio da ~a.

Para a população de Benjamim Constant. Sr. Presi­dente, quc diferença poderia haver entre aquela malta depoliciais degenerados e os bandidos que infestam a re­gião?

t\ bem da verdade, ainda não podemos dizer que oeompartamento da Policia Federal, que teve muitos dosseus integrantes educados e aperfeiçoados na arte da tor­tura por elementos mandados para cá pelos EstadosUnidos, tipo Dan Mitrione, tenha mudado nos ares daNova República. Agora mesmo, a Polícia Federal. nessaoperação que vem desenvolvendo no alto Solimões, tor­turou barbaramente um pobre pescador da região,levando-o quase à morte. O processo de tortura começoudentro da casa do homem na prescnça da mulher e dosfilhos. Depois ele foi levado para a Corveta da Marinha,onde continuou apanhando. Finalmente, foi arrastadopara uma praia deserta onde lhe amarraram os órgãosgenitais e a ponta da corda foi amarrada a uma lancha­deslizador. Babando de sadismo, os tarados morais, quena hora recebiam ordens do Delegado Gustavo Gomi­nho, policial celerado que nunca leu a Constituição cdesconhece a palavra direitos humanos, simulavam o ar­ranque da lancha.

Debochando e rindo muito, Sr. Presidente, do pesca­dor que estava nu e com as mãos amarradas para trás, ospoliciais, além de puxar a corda que estava amarrada aosórgãos genitais da vítima, espancavam-na para saber onome dos envolvidos com tráfico de coeaina e contra­bando de armas na região. Esgotados todos os recursosda tortura, o pescador Maca de Brito foi deixado semi­morto, sendo levado por amigos e parentes para o Hos­pital da Guarniçào de Tabatinga, onde foi internado esocorrido pelos médicos da instituição.

Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, esse procedi­mento em nada dignifica a democracia que juramos de­fender c que, pela nossa luta e resistência a todas as ma­nifestações do arbítrio e da corrupção, transformou-seem realidade com o advento da Nova República. ANação toda aplaude a ação policial antidroga que a Po\(­cia Federal vem dando combate na região do alto Soli­mões. O que não podemos tolerar, porque nos envergo­nha a todos. é o abuso contra os direitos humanos, aexemplo do que aconteceu com o pescador Moca de Bri­to. Não nos podemos nivelar aos tempos da tirania, queteve a defendê-Ia e lhe dar respaldo o processo torpe datortura. Em razão disso, na condição de representantenesta Casa do povo amazonense, exijo do Ministro Fer­nando Lyra o imediato afastamento do delegado tortu-

DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

radar Gustavo Gominho e dos demais policiais, que, sobsuas ordens, torturaram o pescador de Tabatinga.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS-GO. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,dcsta tribuna dirijo-me ao Ministro Aureliano Chaves eao Presidente José Sarney reivindicando urgentes provi­dências em favor do atendimento do pedido de financia­mento feito pela Coopcrativa de Garimpeiros e do rebai­xamento dos barrancos de Serra Pelada, para possibilitara continuidade dos trabalhos de garimpagem, sem qual­quer interrupção.

Que o Presidente Josê Sarney siga o exemplo do Presi­dente Figueiredo, determinando o rebaixamento do ter­'rena dc Scrra Pelada e concedendo financiamento à suaCooperativa de Garimpeiros.

O atual Governo não pode e não deve, para evitar depraticar atos lesivos aos interesses nacionais, permitir asabotagem que a Cia. Va)e do Rio Doce vem promoven­do contra os garimpeiros e contra o povo brasileiro.

Confio na ação imediata e justa do Ministro Aurelia­no Chaves e do Presidente José Sarney em favor dos ga­rimpeiros de Serra Pelada. que estão entregues à sua pró­pria sorte, envolvidos cm agravados problemas sociaisjuntamente com os seus familiarcs.

Era o que tinha a dizer.

O SR. SANTINHO FURTADO (PMDB-PR. Pro­nuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, dentre os Ministros da Nova República um dosque mais se destaca por sua firme determinação em com­bater a corrupção e as fraudes, é o da Previdência e As­sistência Social, Waldir Pires, homem público de admi­rável passado de lutas cívicas e de caráter inatacável.

A sua escolha para a Pasta pelo Prcsidentc TancredoNeves teve a intenção manifesta do grande estadista ematacar vigorosamente um dos maiores focos de imorali­dades que se instalou no decadente rcgime repudiadopelo povo brasileiro.

E, sob aplausos da Nação, Waldir Pires trava heróicaluta contra os dilapitadores do erário pÚblico, batalha deque haverá de se sagrar vitorioso por ter o apoio incondi­cional de todos os homens honestos deste País.

Mas a reeuperaçào do sistema previdenciário, hoje re­duzido a escom bras pela ação deletéria dos corruptos doregime passado, não se restringe apenas à apuração dasfraudes que diariamente a imprensa e a televisão regis­tram e que se encontram sob a esfcra policial.

O impávido Ministro também resolveu enfrentar ou­tro sério problema e que diz respeito ao relacionamentoentre a Previdência c a rede bancária, decidido a acabardefinitivamente com o chamado processo de dupla caixa,pelo qual a instituição paga juros pelo saldo devedor enada recebe sobre o saldo credor retirado.

Vale dizer, a Previdência paga juros sobre o seu pró­prio dinheiro, graças a um convênio altamente favorece­dor aos interesses dos bancos privados.

E agora, quando o Sr. Waldir Pires toma a patriótica ecorajosa decisão de abolir essa excrescência, sofre umaavalanche de críticas movidas pelos banqueiros preocu­pados em perder esse rico filão de ouro.

Defendendo-se das investidas, o Ministro revelou,através dos jornais, que no mês de julho passado a Previ­dência apresentava na rcde bancária um saldo médio cre­dor em torno de I trilhão de cruzeiros. Este mesmo triolhão foi adiantado, sob forma de empréstimo, pagando aPrevidência nada menos que 43 bilhões de juros.

Em contrapartida, a 31 de julho a previdência dispu­nha na rede bancária 3,6 trilhões somente liberados aolAPAS no dia 8 de agosto sem receber nenhuma remune­ração.

O exdrúxulo convênio mais parece uma adaptaçãomoderna da célebrc fábula do lobo e do cordeiro - Lu­pus et Agnus - de Phedro, e na qual O pobre cordeiri­nho acaba sendo devorado pela gulosa fera.

E as feras estão à solta, Sr. Presidente, depois que aNova República abriu os redis, devassou os porões daditadura de onde as ratazanas estão saindo espavoridas eraivosas.

Que o Sr. Ministro da Previdência prossiga na obramoralizadora. Tem S. Ex! o nosso mais integral apoio eos aplausos de toda a população brasileira.

Agosto de 1985

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, tenho insistentemente denunciado o profun­do desvirtuamento que se deu à política indigenista noBrasil, por força de organismos internacionais, que.aproveitando-se das deficiências financeiras do órgão en­carregado de executar essa politica - a FUNAI - têmdominado as ações junto às comunidades indigenas. Emais grave, essas entidades têm-se aproveitado do apeloà causa da defesa do índio, para acobertar os verdadeirosinteresses de poderosas potências estrangeiras.

Na Velha República não tive qualquer êxito com re­lação ao tema, mas continuarei nessa luta, esperandoque a Nova República. trazendo de volta a democracia co verdadeiro sentido de defesa da soberania nacional,possa revisar essa situação.

Corroborando as denúncias já feitas da Tribuna daCâmara, transcrevo a seguir um artigo do geólogo Salo­mão Cruz, publicado no jornal O Roraima, sob o título"As reservas indigenas de Roraima: uma área destinadaà internacionalização";

"Dos vinte e trés milhões de hectares de Rorai­ma, nove milhões e setcccntos mil (42%), pcrtencemà FUNAI e três milhões e trezentos mil (14%), sãoreivindicados para reservas ecológicas, totalizandoem treze milhões de hectares, as áreas com impedi­mentos legais. Restam dez milhões de hectares, dosquais dois milhões inundáveis no baixo rio Branco;um milhão e duzentos mil isolados entre rcservas; equatrocentos mil de montanhas e maçiços rochosos,o que reduz a área livre disponível, para seis milhõese quatrocentos mil hectares, ou 28% de Roraima.

Esta ê a situação do território. pois entre as áreaslivres existem algumas inaproveitadas como asmontanhas e outras de aproveitamento questioná­vel, como o baixo rio Branco, conforme volume 8,pág. 178 do Projeto RADAM, onde se lê "Uma ex­periência a abertura da BR-174 demonstrou que ascondições de piso são frágeis, obrigando sucessivasmudanças de locação. para evitar essas áreas panta­nosas. A locação dessa mesma estrada mostrou queas condições de falta de sustentação do piso nãoocorrem apenas na vegetação pioneira; mesmo sobflorestas densas essas áreas continuam a apresentaras mesmas características de pantanosas inundá­veis". Em principio, essas áreas não se prestam a ne­nhuma atividade produtiva, sendo mais sensatotransformá-las em Parque Nacional, como pretendeo IBDF na mesma região, pela margem direita dorio Branco.

Por outro lado, a parte isolada pelas reservas,embora livre no futuro poderá ser demarcada pelaFUNAI, sob a alegação de que o isolamento nãopermite a ocupação plena desta sendo mais sensatotransformá-la em reserva, até por "questões de se­gurança dos índios", como aconteceu recentementecom a extensão do Parque Yanomami, englobandoo garimpo Santa Rosa a partir da descoberta doouro naquela região.

O quadro continua crítico, comparando-se o po­tencial madeireiro c a qualidade do solo, entre as re­servas indígenas e os 58% restantes conforme mapaProjcto RADAM 1975.

Nos recursos florestais, a rcgião de médio a altopotencial madcreiro, com onze milhões de hectares,constituidos por flore~tasdensas e .florestas abertas,possui 80% em terrenos da FUNAI. O grupú depouca significação econômica (baixo e médio poten­cial), formado por formações pioneiras c florestasestacionais, ao longo de dois milhões e oitocentosmil hectares, tcm trezentos mil hectares em terri­tórios indigenas. No grupo de baixo a médio poten­cial madereiro mas de aproveitamento questionável,onde uma exploração embora racional pode alteraras condições ecotógicas atuais (refúgios e tensõesecológicas), somente 10% pertencem à FUNAI, deum total de quatro milhões e cem mil hectáres. A rc­gião de savanas e de savanas estépicas, com cincomilhões e cem mil hectares, a maioria aproveitávelpara a atividade agropastoril extensiva, contém 33%dentro de reservas indígenas. .

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Agosto de 1985

Quanto a distribuiçào dos solos, os de elevadaaptidão agrícola (Terra Roxa Estruturada e Latos­ROlo Roxo), ocorrem restritamente, num total equi­valente a quinhentos mil hectares dos quais 60% sãoda FU NAI; Os terrenos considerados de média ap­tidào (latossolos vermelhos e amarelos), ocupam emtorno de dezcsseis milhõcs dc hectares, com sctc mi­Ihõcs e seteecntos mil heetares dentro de reservasindígenas; os solos Iitólieos e aluvionais, com apti­dão agrícola localizada e/ou restrita, ao longo dequatro milhões e quinhentos mil hectares, contémum milhão em área da FUNAI e; os solos menosimportantes, com baixa ou nenhuma aptidão agrí­cola, tais como lateritas, rochas e areias, aparecemem setecentos mil hectares em territórios indígenos,de um total de dois milhões de hectares.

Na distribuição dos recursos minerais a situaçãotambém é desanimadora, pois fora o garimpeiro doTepequém, o restante das ocorrências minerais co­nhecidas situam-se a norte do paralelo 4' e o oestedo meridiano 62', todas dentro de reservas indíge­nas.

A norte do parclelo 4', ocorrcm ouro e diamante,em região tradicional de garimpagem, atualmentedentro da rcserva Raposa/Serra do Sol, onde reli­giosos ligados a Igreja Católica fomentam conflitosentre brancos e índios, o que não acontecia até o fi­nal da década de 70, quando a convivência entre osgrupos era pacífica.

A oeste do meridiano 62', existem cassiterita des­de o Catrimani até as cabeceiras do rio Auaris; ediamante a partir da margem csquerda do rio Urari­coera, até a fronteira com a Venezuela, além doouro que ocorre em quase toda a região, a exemplodo garimpo Santa Rosa, tudo dentro do Parque Ya­nomami, segundo mapa da FUNAI, de agosto de1984. Há mais de 35 anos, religiosos ligados a Mis­são Evangélica da Amazónia - MEVA, aí atuamnão permitindo a entrada de brasileiros, a pretextode "contaminação" dos grupos indígenas ali exis­tentes.

O restante do Território, é constituído de unida­des geológicas de pouca significação econômica,como os campos gerais e o baixo rio Branco, a par­tir da cidade de Caraearaí, não incentivando ne·nhum investimento no setor mineral, daí a ausênciade mineração mecanizada.

A intenção, ao que parece, é inviabilitar o desen­volvimento de Roraima, onde dos 964 Km de fron­teira com a Venezuela, quase 900 Km cstão dcntrode reservas o mesmo acontecendo com a parte fron­teiriça do Estado do Amazonas, visando a transfor­mação da região em "Território Indígena". A mes­ma situação é também observada em outros paísesda bacia Amazónica. Principalmente a Venezuela,conforme documento confidencial do governo da­quele país, publicado nojornal EI Universal, de 8 deagosto de 1984.

Segundo o Documento setores da esquerda pre­tendem internacionalizar a Amazônia,transformando-a em "Património Comum da Hu­manidade", contando com o apoio de entidades dosEUA, França, Inglaterra, Suiça e Dinamarca. Oplano - Uma política elaborada naqueles países­mobiliza a opinião pública nacional e internacional,através de denúncias falsas sobre violação dos direi­tos humanos, contando com o apoio, as vezes in­consciente, de círculos acadêmicos e científicos, nor­malmente legados aos "Direitos Humanos do In­dio".

O documento venezuelano - Uma denúncia gra­ve de ameaça da soberania dos países da BaciaAmazônica - cita como exemplo de pressões inter­nacionais, as recomendações e resoluções de umareunião realizada em Puya (Equador), em julho de1981, comprindo recomendações n'14 do VIII Con­grcsso Indigcnista Interamericano, rcalizado noMéxico, também em 1981. Dentre outras coisas areunião em Puya recomenda a autodcterminaçãodos povos indígenas. O dircito exclusivo das terrascom base na ocupação histórica; enfim uma políticaindependente, sem a influência dos "governos Bran­cos", numa pretensa Nação Yanomami que só naVenezuela ocupa uma área de aproximadamente

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

23.000.000 hectares, o equivalente a mais de 25% da­quele país.

A ingerência denunciada pelo governo venezue­la no tam bém existe no Brasil, bastando ler o vastomaterial cscrito e divulgado pelo CIMI e Comissãode Criação do Parque Yanomami (CCPY), entida­de mantida por recursos desconhecidos e presididapela fotógrafa suíça Cláudia Andujar, assessora poramericanos, italianos, e "instelectuais de gabinete".

A gravidade do assunto está a exigir uma providênciado Exm' Sr. Presidente da República.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ALBERICO CORDEIRO (PDS - AL. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente. "Abi-Ackelligadoa contrabando de pedras preciosas para os Estados Uni­dos". É o que está, hoje, em toda a imprensa, e esteve,ontem, nos noticiários de televisão.

Sr. Presidente, diante das informações que indicam oenvolvimento do SL Ibrahim Abi-Ackel em contrabandode pedras preciosas para os Estados Unidos, venho aesta tribuna formular dois convites. O primeiro, paraque o próprio ex-Ministro da Justiça assista, hoje, aoprograma de televisão "Globo Repórter". O segundo,para que S. Ex', o Dr. Abi-Ackel compareça amanhã, àsdez boras, ã Sala de Imprensa da Câmara dos Deputa­dos, para uma entrevista coletiva aos jornalistas creden­ciados no Congresso Nacional.

É só, sr. Presidf:nte.

O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB - SP. Pro­nuncia ~ seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, de há muitos meses, com numerosos outros idea­lisias e interessados, tenho tentado, sem maior êxito, atéagora, confessamos, mostrar a gravidade da situação deuma das melhores Faculdades de Medicina Brasileira,caminhando para seus 20 anos de profícua existência.

Falamos da Faculdade de Medicina de Jundiaí, ini­cialmente uma Fundação Municipal, hoje praticamentesem destino efetivo, embora se busque até heroicamentetransformá-Ia numa fundação.

Há cerca de dois anos, pouco mais, agravou-se a criseque se aprofundava na referida escola, crise essa de re­cursos financeiros, já que o custo de uma escola médica édos mais elevados, principalmente quando se quermantê-la eficiente c digna, sentindo-se o Município inca­paz de provê-Ia convenientemente. Iniciou-se a degrin­golada, com a deterioração das instalações da escola, doseu equipamento, ditando muitas incertezas que, natu­ralmente, provocaram seus alunos, seus professores, seusquadros administrativos, todos empenhados num me­lhor destino de urna escola do mais alto nível de ensinomédico do País, de mensalidades bastante razoáveis,ante o elevado custo das suas congéneres.

TentanlOs chamar a atenção da então Ministra daEducação, Esthe.. de Figueiredo Ferraz, que, para nós ir­responsavelmente, simplesmente ignorou a situação,escondendo-se no fato de ser uma unidade escolar do sis­tema estadual de ,educação de São Paulo. Igualmente,apelou-se para o Governo Estadual, e após muita ence­nação, da parte da Secretaria da Saúde do Estado, prati­camente pouco ou nada se fez para uma efetiva solução.

Estamos voltando agora, e já demos ciência, uma vez,da situação ao Ministro Marco Antônio Maciel, umadas mais dignas figuras da República Nova, um dos ho­mens mais responsáveis do País, da mais profunda sensi­bilidade humana e política. Hoje, estamos reiterando,em nosso alerta, apelo ao atual Ministro da Educação,sem prejuízo, igualmente, de estarmos reiterando o nos­so SOS ao Governador Franco Montara, sem dúvidaum administrador capaz e sensível aos problemas maio­res do seu Estado.

Entendemos que chegou ao limite a capacidade de re­sisténcia dos alunos, dos professores, dos que adminis­tram a Faculdade de Medicina deJundiaí, nestes últimos3 a~os, do sell quadro administrativo.

Não conseguirá mais a Escola ser mantida em funcio­namento a partir de agora, por mais generosos que pos­sam ser scus comandantes.

Não há mais condição de ensino.É gravíssimo isso, entendemos, e disso pedimos respei­

tosamente tomem conhecimento, com conseqüentes pro­vidências, tanto o Ministro da Educação, Marco Maciel,como o Secretário de Educação de São Paulo, o Prof.

Sexta-feira 16 8225

Paulo Renato de Souza, um e"pert no setor e, igualmen­te, da mais alta responsabilidade, além do próprio Go­vernador Franco Montoro e seu Secretário da SaúdeJoão Yunes.

O ensino médico impõe aulas com doentes; obriga, apartir do 3' ano, a aulas práticas e teóricas, ao examefísico do paciente. E, se os alunos das 5' e 6' Séries daFaculdade de .fundiaí, com enormes sacrifícios, talvez deforma relativamente precária, satisfazem a exigência noHospital Mandaqui, em São Paulo, cerca de 50 quilôme­tros da sede da escola, já os alunos das 3' e 4' séries,igualmente com neccssidade de conjunto, cnsino práticoe teórico, não têm onde desenvolver a prática, por faltade bospitais. Improvisou-se uma solução precária, dei­xando para o 2' semestre as aulas práticas para taisséries, não as realizando no l' semestre. Agora, passa­mos a viver o 29 semestre, sem que haja nenhuma pers~

pectiva efetiva de achar um hospital em condições depropiciar as aulas das 3's e 4's séries desenvolverem seusestudos práticos, obrigatórios, é bom que se diga.

É este o quadro real da Faculdade de Medicina deJundiaí, um dos títulos que por muitos anos engrandece­ram a cidade paulista, pela magnífica escola médica quesempre foi, uma das líderes do País no ensino médico.

Ou se encontra, de imediato, uma solução ou não res­tará alternativa outra do que o fechamento de uma esco­la médica.

E responsáveis serào todos, em especial as autoridadesa que está diretamente afeto o encargo: o Governo deSão Paulo e o Ministério da Educação.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. JACQUES nORNELLAS (PDS - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, somos pela imediata ruptura de relações culturais,comerciais e diplomáticas com o governo racista da Áfri­ca do Sul, como forma de pressioná-lo a adotar medidasdemocratizadoras para a maioria negra daquele país.

Entendemos também a existência da política racistano sul da África como um enclave da política imperialis­ta norte-americana e inglesa, juntamente com as ilhasMalvinas, e agora, mais recentemente, com a ocupaçãoda ilha de Páscoa, que formam a linha de ataque da geo­política agressiva e belicista do Departamento de Estadonorte-americano nos mares do Sul.

Abaixo o racismo!Abaixo o imperialismo!Vivam os negros da África!Viva a luta de libertação das nações colonizadas!Viva o socialismo e a paz!

O SR. SARAMAGO PINHEIRO (PDS - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, alcançamos, finalmente, o ensejo de deliberaracerca do Plano de Reforma Agrária, elaborado pelo Po­der Executivo, tendo em vista o que prescreve o Estatutoda Terra.

A idéia matriz praticamente não evoluiu nestes cincolustros, salvo em alguns setores mais ou menos acadêmi­cos ou algo dominados pelo fervor ideol6gico.

Escasscava - como falta ainda - uma idéia-força,que politicamente atuassc na execução da reforma. E, deoutra maneira, os dois setores interessados. os assim cha­mados conservadores e progressistas, não haviam assi­milado o projeto de uma transferência da posse da terraem face de uma antítese social presumidamentc cruenta.

O instinto dc sobrevivência pacífica predominavasobre os arroubos de uma minoria quc ainda hoje persis­te em desconhecer o País.

E assim permanecia a questão, quando deparamos,inesperadamente, com mudanças políticas resultantes deum doloroso episódio pessoal, que comoveu e certamen­te ainda comove a Nação inteira.

Coincidem, por outro lado, fenômenos de crise, emsua evolução o mais agudo, qual seja o da inflação. Estase mantém obstinadamente inexorável e, por natureza,afeta todos os setores da atividade econômica, a começarpela alta desmcsurada dos preços. Para obviar este e ou­tros inconvenicntes, que repercutem, já agora, em des­proveito do atual Govcrno, surgiu a idéia de um desar­quivamento de alguns teoremas de repercussão político­social, suscetíveis de promover a popularidade do Go­verno.

Foi assim que ressurgiu o projeto de reforma agrária.

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8226 Sexta-feira 16

Já o examinei em mais de uma oportunidade, ou emdiscursos na Câmara dos Deputados ou em conferênciasao longo do Estado que represento.

O que me indagavam, geralmente. exprimia a inquie­tação que lavra na zona rural. O desassossego espraia-sepor toda a parte e exprime-se no questionário aflitivocom que era eu abordado. Tínhamos que subscrever odito de Alvin Toffler. segundo o qual cumpre-nos reco·nhecer que a pergunta certa é. ordinariamente, mais im­portante do que a resposta certa à pergunta errada...

A exatidão da pergunta não me surpreendia, porquan­to o que sabemos, profusamente divulgado, acha-se napalavra do Governo, através de documento oficial. Seuscânones são explícitos no objetivo de apropriação, ou deseus derivados "desapropriação" e "expropriação". Osmeios poueo importam, desde que o fim seja esvair apropriedade de seu direito fundamental, queé a posse e alivre agilização socialmente úteis.

Este é um dos aspeetos particulares do problema. Seja­nos permitida uma revisão universal. Que o Brasil tempraticado sua política de desenvolvimento com berrantescontradições eis uma realidade histórica, que buscamosresgatar. aos trancos e barrancos. A essa contradiçãocorrcsponde a memória desvairada para questões desobrevivência nacional. tais como o saneamento, a edu·cação, o transporte, questões tratadas, no geral, circuns­tancialmente, isto é, sem planos entrosados.

Parece que não vivemos num mundo- o OcidentaI­que se destaca pelas inovações as mais ousadas da técni­ca c da ciência. Nunca seria cxeqüível deparar nos Esta­dos Unidos e no Japão, por exemplo, de orientaçãopolítico-administrativa que menosprezasse os novos fa­tores de desenvolvimento, eomo num processo de retroa­tividade administrativa.

O avanço da produtividade - para destaear os fatorcsdesse desenvolvimento - inspira toda uma orientaçãointeligente, como revelam as especulações dos pensado­res e os meios usuais de comunicação.

Encetamos, no mundo ocidental, um processo detransformação que podemos, em boa verdade, designarcomo revolucionária, sobretudo no terreno da pesquisa eda aplicação inteligente do fator humano.

Sob tais critérios não cabe inovação no gênero de umareforma grária, destituída desse sentido transformadordo cérebro e da mão-de-obra.

Ao escrevermos estas linhas, damo-nos conta de queos Estados Unidos, graças ao que se classifica de famíliapós-nuclear e à cngenharia genética, promovcm maisuma de suas empolgantes proezas, aplicada ao campoprecisamente da agricultura: reduzem, com a aplicaçãodos raios laser uma subutilização da terra cultivável,mercê da qual se transforma a mão-de-obra em técnicosaltamente qualificados.

Quanto a nós, vamos regredindo, com ingênuo entu­siasmo, ao cmpirismo humanitário de um plano refor­mador, em que escasseia a imaginação inovadora danova ciência e da nova tecnologia.

Em verdade, no meu Estado, todos os projetos de as­sentamento promovidos pelo Governo fracassaram. EmItaguaí, Itaboraí. Cachoeiras de Macacu, Macaê e ou­tros as glebas entregues aos lavradores, salvo honrosíssi­mas execeções, foram transfcridas para pessoas estra­nhas à agricultura e transformados em sítios de recreio.Os atuais proprietários são consumidores e não produto­res.

Feitas essas considerações preliminares da minhas in­cursões no âmago do problema agrário, cabe-me, nesteinstante, explorar a momentosa questão sob outros ân­gulos mais nitidamente caracterizados.

Antes de mais nada. seus aspectos formais.A leitura bem atenta da Exposição de Motivos, como

daqui cm diante pretendo qualificar o Plano de Refor­ma, expõc seu autor ou autores a uma crítica a que sópode faltar o cunho da severidade. Em primeiro lugar,SUa extensão. Na verdade, um documento legislativoobriga-se ao uso da clareza e ao esforço da conveniênciasintética. Eis precisamente o que não ocorre. Vazado emuma linguagem preciosista, sobcjam-Ihes os períodosalongados em e"esso, nos quais o amor à prolixidade nosleva a uma busca incessante de sujeito e de verbo, e, depermeio, à clarificação incidental, que fatiga e molesta ainterprctação.

Ocorre-nos lembrar as advertências de Rui Barbosa,na sua famosa contrvérsia vernacular com seu mestreCarneiro Ribeiro. Versando matéria de elaboração le-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

gisltiva, o filólogo e Senador baiano não se mostrava in·dulgente com os cscritos derramados. Um artigo de códi­go deveria ter como atributo a exegesc limpa c excorrei­ta. sem dar lugar à ambigüidade. O jurisconculto dcve­ria, assim, ter sua terefa facilitada e do mesmo modo asdecisões do Judiciário.

Os atributos qae estamos pondo em evidência não fo­ram outros dos que primaram na criação literária donosso maior escritor, Machado de Assis, nem ausentesna obra de um dos nossos mais famosos clássicos, tal foiAlexandre Herculano.

Claro que não somos tão severos quando apontamosesses modelos. Seria exigir demais. Todavia, a obscurida·de e a anfibologia não são os melhores preceitos na arguomentação administrativa. Afinal, cogita-se, sob um pre­texto, que direi sedicioso, de afetar o instituto da pro­priedade privada, que se conhece, além de conâmica,como categoria sociológica.

De fato, são numerosos os indícios com que, agora emais tarde, fundamentaremos nossas ilações. Para ante­cipar, destaquem-se os execessos vocabulares e, ao mes­mo tempo, as omissões. Sabe-se, por exemplo, que a pro­dutividade significa o resultado do que cada trabalhadorproduz em determinada extensão de tempo. Terra, tra­balho e capital participam dessa atividade e, por isso, sãoconsiderados como fatores de produção. mas todos sãoeconomicamente mais saudáveis. conforme o elementoprodutividade.

Não é outro o pensamento de autor insuspeito, o Prof.Celso Furtado, em sua obra "A Economia Brasileira":

"Terra, trabalho e capital são geralmente consi­derados como fatores de produção."

E. no que concerne à produtividade. aduz:"As grandes acumulações de riqueza que realiza­

ram alguns impérios só foram possíveis graças aoconsiderável aumento da produtividade proporcio­nado pelo comércio" (pág. 24).

Mais ainda:

"O que se tem em mira é aumentar a produtivi­dade de um fator (a mão-de-obra) mediante a inten­sificação do uso de um outro (o capital)" (pág. 34).

E para terminar este item:

"O desenvolvimento econômico é fundamental­mentc um processo de acumulação de capital" (pág.202).

O problema da produtividade está contido implicita­mente em crônica de Roberto Campos, à pago 222 de seulivro "A moeda, o governo e o tempo". Reproduzimos aseguir:

"A recente experiência soviética é fértil em liçõespara os países subdesenvolvidos. A primeira delas éque, se o socialismo apresenta impressionante méri·to como método de industrialização, não chegou atéagora a se demonstrar um método dc desenvolvi­mento intcgral, de vcz qucé quase univcrsal dos paí­ses da órbita soviética a crônica debilidade da agri·cultura."

A palavra "produtividadc", figura cm relevo - e nãopoderia scr dc outro modo - no texto do Estatuto daTerra, com sua significação bem delineada. Corretissimaesta inclusão, ela implica, na mente do legislador, a ine­vitável rentabilidade do empreendimento, individual oucoletivo. Basta ler o § I. do art. ,. e o ~ 2. do art. 2.

Pois bem. Com todas essas citações, a palavra "produ­tividadc" não consta de qualquer dos itens, ou mesmocomentário, constantes da Exposição de Motivos.

Está simplesmente suprida, em outras palavras, se­qüestrada.

Escl1sad o assinalar o vcrdadeiro déficit estrutural quecorresponde a tão grave suprcssão, na explicação de umprojeto de lei proposto a uma reforma em que preponde·ram fatores econômicos com uma gravíssima ambiçãosocial.

E a propricdadc? O que se sabe de seu contexto? Nãomc consta que seja matéria de convencimento à que serefere como objcto de expropriação em favor dos traba­lhadores rurais, locução esta repctida quasc em cada li­nha da Opera Magna, ou seja, a Exposição de Motivos.

Agosto de 1985

Se a propriedade não existe scnão para ser transferida,segundo critérios obsoletos, omitem-se alguns dos agen­tes da produção, que são os proprietários, fazendeiros edirigentes hist.óricos. Pelo menos, a omissào - mais uma- é regra. e, outrossim, mais uma, em relação aos subs~

tantivos "capital" e "capitalista"... Parece mesmo que oprimeiro serve estritamente para confisco, enquanto osegundo foi inelutavelmente excluído do dicionário re­formista, Pour Cause.

Desta maneira, a eliminação virtual do proprietário,impossibilitando a presença de um dos fatores essenciaisao cálculo econômico, retroage para ab-rogar justamen­te o que se propõe: a sanção distributivista, - ideal daReforma.

Postos em relevo todos os fatos c considerações, étranslúcida para a inteligência a rcalidade de um conflitoabismal entre o Estatuto da Terra e a Exposição de Mo­tivos, apelidada de Plano de Reforma Agrária. Equivaleà insubordinação de uma lei ordinária a um acórdão doSupremo Tribunal Federal.

Toda legislação ordinária tem, na Constituição, irre­vogável poder decisório: em nossa hipótese, o projeto delei agrária em que estamos indiretamente opinando dis­põe apcnas dos instrumentos arquitetônicos consignadosno poder essencial da reforma. ou seja, no Estatuto.Tudo que violar esse princípio é nulo, em matêria e emespírito.

Penosa e amarga é tarefa que pessoalmente nada nosacresccnta, porém nos atinge negativamente como cida­dãos - esta de argumentar com todas as forças da inteli­gência em prol de uma causa tão ousada como inconsis­tente - e ainda com a agravante de sua exuberante novi­dade.

Talo dilema imposto por nosso patriotismo.Sabemos como atuam os amadores da política adjeti­

vidada de reformadora. E como proliferam! Compõem aimcnsa maioria dos gcradores de falsas profecias, dosmentores de desventuras sociais. São, em resumo, oopróbrio da inteligência criadora. Perfilam-se, alguns de­les, na imensa galeria dos que constituem, como no con­ceito de Raymond Aron, o ópio dos intelectuais.

Sumariadas todas estas razões, seja-nos permitidoproferir nosso veto à proposição, explicitando-as orde­nadamente:

I) Condenar o princípio da iniciativa econômica2) Violar o instituto da propriedade privada.3) Transgredir os preceitos do Estatuto da Terra.4) Conferir prioridade a uma classe.5) Ignorar a interligação dos fatorcs de produção.6) Submeter a Nação a uma expectativa de pânico.Era o que tinha a dizer.O SR. GUIDO MOESCH (PDS - RS. Pronuncia o

seguintc discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, de14 a 18 de julho, em Florianópolis, Santa Catarina,realizou-se o XX CONEPE (Congresso Nacional dos Es­tabelecimentos Particulares de Ensino).

Nesta oportunidade, reuniram-se aproximadamente1.000 congressistas, oriundos de todos os Estados da Fe­deração.

Foram dias' de debates, de aspirações. de trabalhos,onde a realidade da educação foi o tema principal.

Tendo como tema: "Liberdade c Democracia de cnsi­no" o XX CONEPE contou com várias autoridades,dentre elas o Sr. Ministro de Educação, Marcos Maciel,que, na oportunidade, proferiu uma palestra sobre a"Escola de Livre Iniciativa X Escola Pública e Gratui­ta".

Assim, pela importância do evento e dos assuntos tra­tados. levo ao conhecimento desta Casa a "Declaraçãode Florianópolis", cujo tcor, na íntegra, solicito sejatranscrito nos Anais desta reunião.

Trata-se de documento que exprime os altos anseiosda Escola Particular, dentro das perspectivas de real ne­cessidade, de uma nova e ampla mentalidade de Edu­cação.

As mudanças almejam tempos concretos, de idéias no­vas, de concepções futuras, cujas filosofias sejam o sus­tentáculo do desenvolvimcnto educacional.

Documento a que se refere o orador:

"DECLARAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

OS educadores presentes ao XX CONEPE - CON­GRESSO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOSPARTICULARES DE ENSINO, rcpresentando trinta

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Agosto de 1985

mil escolas de livre iniciativa de todo o território brasilei­ro, reafirmam, neste importante momento da vida insti­tucional do País, os princípios que norteiam a sua ação,como responsáveis pela formação de milhões de educan­do, crianças, jovens c adultos entregues à sua orientação:

I - Educação é direito de todosA criatura humana vem ao mundo para ser livre c a

educação é elemento fundamental para o exercício da li­berdade. A ausência de educação produz mutilação espi­ritual, incapacita o ser humano para fruir os bens do sa­ber, da cultura e da arte, marginalizando-o social e poli­ticamente, atrofiando-o para o exercíco das faculdadesde julgar, escolher e fazer opções.

II - A família é a primeira sede natural do direito e dodever de educar

Na família, a criança nasce para aprender a andar, fa­lar l ouvir, comunicar-se, pensar e crescer. Esse apoiobiológico e espiritual prossegue na direção da plenitude.Cabe ao Estado assegurar à família todas as condiçõespara que o processo educativo percorra as suas diversasfases até a maturidade c a inserção de cada pessoa nogrupo social a que se incorpora.

UI - Ao Estado cabe o dever de assegurar a educaçãoNão importa o segmento em que a família se encontre.

ao Estado cabe ensejar todos os meios para a educaçãodela se realize. A responsabilidade atribuída ao Estado,contudo, não significa o direito de usurpar ou monopoli­zar o processo educacional, impondo uma forma única eestutizante dc ensino. À família cabe a responsabilidade,reconhecida na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOSDIREITOS DO HOMEM, escolher para os filhos o gê­nero de educação que convier. O dever do Estado êproporcionar-lhe os meios para isso.

IV - Escola do Estado, se única ou exclusiva, conduz àdiscriminação

O slogan "o dinheiro público é para a escola pública"reflete postura totalitária, incompatível com os ideais daDEMOCRACIA. O dinheiro público não pertence aoEstado e, sim, ao POVO, porque provém da totalidadedos contribuintes. ConseqUentemente, constitui ato dis­criminatório reservá-lo exclusivamente para o financia­mento da escola que o próprio Estado defina como amais convenientc para os seus propósitos políticos cideológicos.

V - A Escola é serviço à disposição da famíliaAo educar, a escola o faz por delegação da família. Ao

delegar, a família deve ter o direito de escolher a agênciaque delega. Como qualquer outra cêlula da sociedade ci­vil, a família tem o direito de receber do serviço públicoos meios que assegurem a sua liberdade de. opção, sejapela escola do estado, seja pela de livre iniciativa.

VI - O Estado é parte do corpo político, seu servidor enão senhor

O papel do Estado é instrumental. Por seu intermédio,o corpo político-social se organiza. O bem comum, quedeve ser o objetivo do Estado, se materializa no atendi­mento de todas as necessidades de cada cidadão, entre asquais a educação é basilar. Como servidor, e não senhor,não é o Estado que deve escolher o tipo de educaçãomais conveniente para cada pessoa. Este direito pertenceà família ou ao próprio cidadão.

VU- A Escola é para o homem e não para a sociedadeQuando a escola se transforma em Instrumento de rea­

lização da vontade do Estado, a formação do indivíduo li­vre se vê ameaçada pela manipulação que leva aos regi­mes totalitários de direita ou de esquerda. O produto daEscola Única do Estado tende a ser o agente da vontadeexclusiva do Estado.

VIII - Liberdade Democrática implica autonomia es­colar

Democracia é incompatível com tutela. Não basta quese "permita" a existência da Escola Particular. É indis­pensável que cla exista livre. Obviamente, escola livrenão significa escola sem lei. Ao contrário, corresponde àescola regida por lei que lhe assegure livre definição de fi­nalidade e de filosofia de educação.

IX - Liberdade de ensino é liberdade para ser diferente- A sociedade se constitui de criaturas diferentes. É atode violência submetê-Ias, todas, à mesma doutrina edu­cacional. Oportunidade diferentes para diferentes criatu­ras humanas só se materializam quando há plena LI­BERDADE DE ENSINO e quando ESTADO e INI­CIATIVA PRIVADA se unem para estabelecimento deum SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO que

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

equilibre os objetivos da sociedade, como um todo, eosde cada indivíduos como integrante do grupo social.

X - Não há democracia sem liberdade de ensino - Aimagem elitista, p"rversa e intencionalmente atribuída àEscola Particular, é responsabilidade do Estado, quandoeste não se organiza para ensejar o acesso a esse tipo deinstituição não apenas para os integrantes dos estratossociais mais abastados mas, indiscriminadamente paracada cidadão, independentemente de sua condição so­cial.

Nesta oportunidade, A ESCOLA PARTICULARBRASILEIRA reafirma sua posição decidido apoio àverdadeira construção de uma NOVA REPÚBLICA,mais Justa, mais Fraterna c mais Humana. Uma s'oeieda­de onde OS "interesses coletivos" não venham a se trans­formar em pretexto paJa estabelecimento dt qualquertipo de ditadura ideológica. Onde a vontade o ideal e osonho de cada criatura humana não sejam sufncadospela pretensa infalibilidade do ESTADO TODO PODE­ROSO.

Ao reafirmar esiles princípios, a ESCOLA PARncu­LAR declara não abdicar dos seus direitos e das suasprerrogativas, exp!ressos garantidos na tradição constitu­cional brasilcira e nos DIREITOS UNIVERSAIS DOHOMEM, que devem reger as ações de uma sociedaderealmente LIVRE c DEMOCRÁTICA.

Se INICIATIVA PRIVADA e PODER PÚBLICO seencontrarem, numa forma inteligente e construtiva detrabalho harmonioso, JUNTOS HAVEREMOS DEFAZER DESTE PAIs UMA GRANDE NAÇÃO" (Ti­radentes).

Florianópolis, 18 de julho de 1985

O SR. JOslt GENOINO (PT - SP. Sem revisão dooradoL) - Sr. Prf:sidente, Srs. Deputados, ontem à noi­te, o País inteiro assistiu a uma denúncia muito séria en­volvendo o ex-Ministro da Justiça, Sr. Ibrahim Abi­Ackel. Trata-se de uma denúncia que não envolve qual­quer pessoa. Quando a TV Globo anunciou a sua man­chete, jamais imaginava que estivesse exatamente o Mi­nistro da Justiça ,:~volvido em contrabando.

O Ministro da Justiça é a autoridade máxima sobre aPolícia Federal. Uma das tarefas da Polícia Federal êproibi do o contrabando e prender contrabandistas. En­tretanto, o Ministro da Justiça está envolvido em caso decontrabando. Além do mais, Sr. Presidente, na própriacarta do ex-Ministro da Justiça, afirma, S. Ex' que erarealmente advogado da empresa de mineração.

Antes de entrar no mérito das denúncias, é necessárioreprovarmos tal comportamento, fazendo aqui uma leique proíba Ministro de Estado, no exercício de suafunção, exercer cargos e atribuições em empresas priva­das. O ex-Ministros da Justíça era advogado dessa em­presa privada e continou sendo ao assumir o cargo. Seessa empresa privada está envolvida em caso de contra­bando, é evidente que, por omissão ou não, existe umaponta de envolvimento do ex-Ministro Abi-Aekel, querqueira, quer não. Além disso, Sr. Presidente, tivemos aexperiéncia vivida através de vários contatos com o Sr.Abi-Ackel, seja no seu gabinete, seja por suas declaçõespúblicas, seja pelas medidas adotadas por seu Minis­tério. O autoritari"mo do Sr. Ibrahim Abi-Ackel exata­mente escondia esse tipo de prática que está sendo de­nunciada. Sabemos que em torno da questão da mine­ração, neste País, há um conjunto de interesses podero­sos.

Por isso, quero manifestar o meu total apoio ã propos­ta levantada aqui pelo nobre Deputado Del Bosco Ama­ral, de esta Casa constituir uma Comissão Parlamentarde Inquérito a fim de investigar a questão do contraban­do de pedras preciosas e de ouro - porque não é só depedras preciosas. Há que se visitar as regiões dos grandesgarimpos, analisar as concessões. as condições de ex­ploração.

Num caso como este, o Congresso Nacional não podeficar alheio. Imediatamente devc tomar todas as medidascabíveis, dentre as quais o apoio à constituição de umaComissão Parlamentar de Inquérito, independentementedo desfecho dessa denúncia e de fatos até mais gravesque possam vir a público.

Além do mais, Sr. Presidente, é triste assistirmos aonoticiário da própria televisão e vermos um advogadoamericano da lições de probidade ao ex-Ministro da Jus­tiça, quando diz que, no cargo de Ministro da Justiça eno de advogado do: uma empresa, jamais poderia extra-

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polar de suas funções, enquanto advogado dessa empre­sa. E, em sabendo da existência de contrabando, comoMinistro da Justiça deveria tomar, no mínimo, outrotipo de atitude.

Para concluir, Sr. Presidente, só falta agora as velhasvozes do passado levantarem a bandeira do revanchis­mo. Sempre que se tenta colocar o dedo em algumas feri­das do que representaram esses 20 anos de ditadura mili­tar, aparece a palavra revanchismo, surge a bandeira dorevancnismo. E a verdade tem que ser apurada. O Con­gresso Nacional não pode omitir-se diante de alguma ini­ciativa, como uma CPI para investigar o contrabando damineraçào.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Palmas.)

O SR. AMAURY MüLLER (PDT - RS. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, en­tre estarrecida e perplexa, a Nação continua a assistir àcrescente escalada da violência contra os camponesesbrasileiros.

Em Paim ares, interior de Pernambuco, quatro pessoas- dentre elas o presidente do Sindicato dos Trabalhado­res Rurais de Água Preta - foram assassinadas nos últi­mos dias numa disputa por terras. Em Marcionílio deSouza, Bahia, persiste um clima de insegurança, após amorte de um posseiro em tiroteio com grileiros, que dei­xou três outros agricultores feridos.

Essa escalada da violência - convém assinalar - nàoé ocasional. Ela se avoluma ã medida que cresce a con­centração da terra em poucas mãos e na proporção emque o governo federal se omitc na elucidação dos crimese na punição dos culpados.

Embora a violência seja exercida, às vezes, diretamen­te pelos grandes proprietários rurais, a trágica experiên­cia dos últimos vinte anos demonstra que ela foí pratica­da, com maior freqUência, por pistoleiros profissionaisou por verdadeiras milícias privadas, contratadas c ar­madas por poderosos latifundiários.

Detalhe importante, Sr. Presidente, ê que essas milí­cias particulares não são privilégio das áreas mais isola­das. Delas têm-se utílizado usinas de açúcar, destilariasde álcool e até mesmo empresas rurais para "manter aordem" em suas propriedades, ao ensejo de greves ou deoutros movimentos reivindicatórios dos trabalhadoresexplorados.

Mais grave é o fato de que, em determinadas circuns­tâncias, a própria polícia militar vem agindo contra oscamponeses e líderes sindicais, sob o comando de gran­des fazendeiros, a exemplo do que ocorreu recentementeem Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e SãoPaulo.

A violéncia, de um modo geral, é exercida com objeti­vos bem definidos: expulsar os agricultores da terra; im­por tarefas ou jornadas de trabalho insuportáveis, capa­zes de assegurar lucros extraordinários aos grandes pro­prietários, mesmo ao arrepio da lei; intimidar os traba­lhadores rurais para que não defendam suas posses oupara que não recorram aos seus sindicatos e não bus­quem proteção na Justiça. Numa palavra, toda essa pa­rafernália foi montada para manter o camponês sem ter­ra escravizado, sem direitos, sem vez e sem voz, submeti­do a um processo de repressão política c de submissãoeconómica que brutaliza O ser humano.

Lamentavelmente, Sr. Presidente, o Governo da NovaRepública continua omisso. Parece não ter forças paracoibir, com base na lei, a absurda ingerência das políciasmilitares ou mesmo dos agentes florestais em conflitosagrários, sempre a favor dos latifundiários. Por parado­xal que pareça, o novo regime não conseguiu, até agora,colocar-se acima dos interesses de poderosos grupos eco­nômicos, punindo exemplarmente os responsáveis dire­tos e indiretos pelas arbitrariedades e violências cometi­das contra indefesos posseiros.

Penso que é hora de os Ministérios da Justiça e da Re­forma Agrária adotarem enérgicas providências para de­sativar as milícias privadas e desarmar os bandos de ja­gunços que agem impunemente a serviço de grileiros egrandes proprietários rurais.

Do resto, é fundamental que sejam apurados, com ra­pidez e eficácia, todos os crimes praticados contra cam­poneses sem terra, líderes sindicais e sarcedotes, com arigorosa punicação dos mandantes e dos assassinos.

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Afinal, a verdadeira democracia não pode convivercom a truculência e com a arbitrariedade. Fora da leinão há libcrdade.

Assim - e apenas assim - será possível implantaruma sociedade mais justa e mais fraterna, com integralrespeito aos direitos do camponês. Sc a terra é de todos,que todos tenham acesso a ela e dela possam retirar o seusustento e o sustento dc suas famílias.

Tratando do outro assunto, Sr. Presidente, quero rei­terar a solidariedade do meu partido ao movimento gre·vista e à luta dos servidores das Pioneiras Sociais contrao centralismo autoritário do Dr. Campos da Paz. Nãoqueremos apenas a sua demissão, mas também a reinte­gração dos funcionários injustamente exonerados.

Era o que tínha a dizer.

o SR. DJALMA BOM (PT - SP. Pronuncia o sc­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,

"Crime contra a humanidade é como o apartheldfoi considerado pela Assembléia Geral e pelo Con·selho de Segurança das Nações Unidas. Há trinta eoito anos que a Assembléia Geral da Organizaçãodas Nações Unidas - ONU - fez seu primciroapelo ao governo da União Sul Africana (nome daRepública Sul-Africana na época) para pôr fim àdiscriminação racial.

O art. 19 do projeto da Comissão de Direito In­ternacional da ONU para uma convenção sobre aResponsabilidade Internacional dos Estados alinhao apartheid ao lado da agressão, da manutenção docolonialismo, da cscravidão e do genocídio, comocrime internacional, ato ilícito que afeta as abri·gações internacionais essenciais para a proteção dosinteresses fundamentais da comunidade mundialcomo um todo".

A comunidade mundial pode e deve lançar mãode todos os recursos e meios legalmente disponíveispara dar fim ao apartheid, assim como todo cidadãoe toda organização devem aumentar os recursos ecriar novos mcios para climinar o quanto antes estecancro que afeta e violenta o conjunto das relaçõesinternacionais, ameaçando a paz e a segurança dospovos".

Segundo as Nações Unidas, o que podem os Indiví­duos e as organizações fazer para combater oapartheid?

· Organizar campanhas com os objetivos de:- interromper toda colaboração militar, econô­

mica e política com a África do Sul.- Cessas as atividades internacionais que tendo

interesse econômico encorajam o regime doapartheid.

- condenar a tortura e o tratamento doentiodado a prisioneiros e detidos.

- desencorajar a emigração de trabalhadorespara a África do Sul.

- boicotar a África do Sul nos esportes, na cul­tura e em outras áreas.

- coletar amplamente contribuições para assistiras vítimas do apartheid e apoiar o movimento de li­beração do povo oprimido da África do Sul.

O Comitê especial das Nações Unidas contra oapartheid estatui que "cada pessoa, individualmenteou como parte de um grupo, pode desempenhar umpapel na campanha internacional contra o aparthelde toda outra forma de racismo". Observou aindaque grupos não governamentais podem:

· organizar encontros e debãtes a fim de criarinteresses e disseminar informação quanto aoproblema.

· recusar envolvimento em firmas e bancos queajudam a suportar o regime sul·africano através decooperação econômica e financeira.

· pressionar organizações esportivas a excluiros times da África do Sul que são selecionados combase racial.

· coletar contribuições para apoiar as NaçõesUnidas em apoio aos movimentos de libertação eoutras organizações que são ativas na luta contra oapartheid.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Na África do Sul nenhum Sul-Africana o Negropode exercer atividade luerativa.

Várias resoluções da Asscmbléia Geral da Orga­nização das Nações Unidas procuram denunciar oapartheid e isolar a África do Sul. Em 1978 e 1979,entre outras foram aprovadas as seguintes:

• Resolução sobre mobilização internacionalcontra o apartheid _

• Resolução sobre embargos de petróleo à Africado Sul

• Resolução para pôr fim à colaboração nuclearcom a África do Sul

• Resol ução sobrc difusão e informação a respei­to do apartheid

• Resolução sobre assisténcia ao povo oprimidoda África do Sul e seu movimento dc libertação na­cional

O Brasil votou a favor dessas resoluções, salvo aque se refere ao petróleo."

Com base nesses fatos, exigimos que o Governo brasi­leiro rompa as rclações diplomáticas e comerciais com aÁfrica do Sul. Esta é a posição do Partido dos Trabalha­dores e reflete a consciência anti-racista do povo brasilei­ro.

O SR. MAUR[LIO FERREIRA LIMA (PMDB ­PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, estarrecido com o escandaloso sistemade atuação do FUNRURAL, na prestação de serviçosaos beneficiários da Previdência Social, na área rural,trago ao conhecimento deste plenário a constatação daexistência de uma das mais calamitosas fontcs de cor­rupção instaladas no setor previdenciário deste País.

A Previdência Social, contratando empresas privadaspara a prestação dos seus serviços, as chamadas firmasrepresentantes, confere aos seus responsáveis legais po­deres, atribuições e custos incompatíveis com o nível deremuneração pago, que varia entre Cr$ 360.0000 e1.100.000.

Ora, Sr. Presidente, com uma remuneração tão insign­ficante e irreal, como pode uma firma representante daPrevidência Social desenvolver suas atividades, sabendo·se que todas as despeas de aluguel, manutenção, materialpermanente e de consumo, pessoal etc. são de responsa­bilidade da contratada? E eu me pergunto, Srs. Deputa­dos: diante do custo de vida e da inflação, como pode oINPS supor que possa haver represenatntes honestos doFUNRURAL, remunerados com tabela tão ridicula?

Ocorre, então, Sr. Presidente, que os representantesnão tendo oportunidade de ganhos legais, em sua grandcmaioria ou na totalidade, passa a cobrar dos benefi·ciários os serviços que a lei cataloga como gratuitos.

Daí decorre uma série de atos irregulares e ilegais, pas­sando a corrupção a ser regra geral na área do FUNRU­RAL. Bastaria a citação de uma evidência, como a subs­tituição semestral dos carnês, quando cada aposentadopaga, geralmente, uma taxa de serviços pela troca do do­cumento que o habilita ao recebimento de uma mingua­da aposentadoria. Constatei, Sr. Presidente, no Municí­pio de Limoeiro, Pernambuco, que os aposentados paga­vam ao responsável pela firma representante uma taxade cinco mil cruzeiros. Pode atê parecer que essa taxa re­presentava muito pouco, mas era ilegal. Naquele Mu­nicípio pernambucano, dez mil carnês são substituídossemestralmente, o que gerava uma receita de cinqüentamilhões de cruzeiros para a firma representante. Eramcem milhões de cruzeiros carreados anualmente para osrepresentantes da Previdência Social de forma ilegal eabusiva, proporcionando aos responsáveis pelas firmasrepresentantes um padrão de vida de alto nível, incom­patível com o que recebiam oficialmente da PrevidênciaSocial.

Como se não bastasse, as firmas representantes, atra­vés de um outro expedicnte de corrupação, promovem oretardamento proposital da concessão de aposentado­rias, sonegando ao interessado o anúncio do despacho fi­nal. Com esse procedimento, retendo por cinco ou seismeses o processo já deferido, força-se o acúmulo damensalidade no banco em nome do aposcntado. Quandoo beneficiário é avisado da concessão, assina uma série

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de documentos e, no meio do papelório, firma igenua­mente uma procuração outorgando poderes a alguêm'que, em seu nome, retirará as importâncias acumuladasno banco credenciado. Fatos desta natureza são constan­tados ferqilcntemente em inquéritos levantados, às cen­tenas, nas representações do FUNRURAL.

Para corrigir tais absurdos, não aconselharia ao INPSa atualização realista da ridicula tabela de remuneraçãodas representantes. Nada iria ser corrigido com medidasdesta ordem, pois a corrupação está de tal modo arraiga­da que a única solução seria a eliminação desse cancro deforma radical. ficando o INPS com as atribuições diretasdo atendimento dos beneficiários do FUNRURAL, comrecursos próprios. Nos municípios onde o INPS tcnhapostos de benefícios, os serviços devem ser transferidosdas firmas represenatntes para o próprio órgão previden.ciário. Onde não existia representação do INPS, a Previ­dência Social deve lotar um servidor, recrutado atravésde concurso público, para prestar serviços aos benefi­ciários do FUNRURAL, atuando com material de expe­diente oficial e, de preferência, ocupando local cedidopor órgão público, através de convénio.

Diante de tanta corrupção na área do FUNRURAL,cabe uma ação saneadora que permita aos beneficiárioso atendimento total e real daquilo que a lei lhes assegura.Impõe-se, pois, a ação moralizadora da Nova Repúblicaem um setor que, por ser dos mais carentes, é de grandevulnerabilidade à corrupção.

Com uma ação enérgica e radical o Poder Público es­tará restaurando sua credibilidade. É o que espero.

O SR. JONAS PINHEIRO (PDS - MT. Pronunciao scguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,venho à tribuna fazer um profundo apelo a favor da ati·vidade de armazenamento no Estado de Mato Grosso.

Diante de uma extraordinária expansão da fronteiraagrícola, bem como em função das distâncias e precarie.dades das rodovias, Mato Grosso sente de forma maisintensa a falta de unidades armazenadoras nas áreas es­tratégicas de produção.

O ideal seria que os produtores e suas cooperativas pu­dessem possuir suas próprias unidades, com equipamen­tos de secagem, que também, quando da necessidade deutilização do mecanismo de preços minimos (AGF eEGF), os produtos agrícolas, sem muita exigência buro­crática, pudessem ficar ai mesmo armazenados, até suaremoção para armazéns nos grandes centros.

Entretanto, como a fiel depositária aceita sem res­trição pelo Governo são as companhias estatais(CIBRAZEM ou companhias estaduais). é necessárioque essas empresas sejam dotadas de estrutura, distribuí­das estrategicamente nas áreas de maior expansão, bemcomo com maior potencialidade.

Na safra agrícola recentemente colhida, principalmen.te com a necessidade de o Governo adquirir parte daprodução de soja, o armazenamento foi o ponto demaior estrangulamento para os produtores. Esta si­tuação não se pode repetir em Mato Grosso, sob pena deprovocar desânimo entre nossos produtores, verdadeirosbandeirantes deste século em busca de maior espaço paraproduzir alimentos.

Ao lado de maior ação do Governo, através da CFP,atendendo á urgência no credenciamento de armazémdos produtores que reúnem condições para isso, é neces­sário esforço conjunto da CIBRAZEM e CASEMAT,para instalação de unidade armazenadora para a próxi­ma safra nas seguintes localidades: Catuí (Município deSão José do Rio Claro), Água Bonita, Santa Terezinha,São Félix do Araguaia, Campo Novo (Município deDiamantino), região do Papaguaio (Município de Dia­mantino) e Ribeiràozinho (Município de Ponte Branca),dimensionados conforme estudo tbnico a ser elaboradopelo órgão competente.

Há necessidade também de que as estruturas armaze­nadoras pertencentes á CASEMAT ou á CIBRAZEMsejam redimensionadas, além de se equiparem para su­portar o atual estágio da produção mato-grossense.

Urge também que nova linha de crédito seja colocadaà disposição dos produtores e suas cooperativas, para fa·cilitar e aumentar a capacidade armazenadora estáticade armazenagem.

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A viabilização deste recurso, não só pela Companhia,mas também pelo Banco do Brasil ou pelo Banco N acio­naI de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),é uma necessidade.

A agricultura mato-grossense não pode estrangular-sena operação de armazenagem, após outras operaçõesbem-sucedidas e de custo elevado.

O agricultor não pode perder seu lucro exatamente nafase de armazenamento e comercialização.

Faço, Sr. Presidente, Srs. Deputados, meu apelo, destatribuna, ao Ministro da Agricultura: que apóie o pleitodo Governo do Estado de Mato Grosso, no sentido deconseguir recurso financeiro, por empréstimo ou a fundoperdido, para tão importante atividade da área de pro­dução de alimentos para a população brasileira e exce­dentes para exportação.

O SR. JOÃO MARQUES (PMDB - PA. Pronunciao seguinte discurso.) - Exm9 Sr. Presidente, Exm9s Srs.Deputados, o impasse estabelecido na Fundação dasPioneiras Sociais, com demissões de médicos e funcio­nários, e outros fatos da maior gravidade que naquelainstituição estão acontecendo, gerando uma greve que jáse estende por muitos dias, não permite que se assista atal problema sem assumir uma postura.

Não é possível que aqueles que adotaram a condutaextrema de recorrer à greve não estejam com suficientesrazões para assim procederem. É induscutível que não ofariam se o limite da sua tolerância não se tivesse esgota­do, motivando então esse recurso, próprio apenas àque­les que não encontram outros meios de evitá-lo. Emprincipio, e seguramente o atual movimento que os pró­prios interessados denominam de "Democratização daFundação das Pioneiras Sociais" não se constituirá emexceção, todas as greves têm um fundamento social jus­to. E assim deve ser aquele assumido pelos que resolve­ram por esse caminho, neste caso que já assume maiorgravidade, pois nota-se uma certa insensibilidade porparte daqueles que deveriam enfrentar de modo frontal asolução desta questão.

Apela-se, neste instante, sobretudo para o MinistroCarlos Sant'Anna e para o próprio Presidente José Sar­ney, a fim de que intervenham nessa situação que nãopode nem deve perdurar além desse tempo em que foramsacrificados os funcionários, como provavelmente maissacrificados foram aqueles que dependem dos atendi­mentos dos setores médico-hospitalares mantidos pelaFundação.

Esta Casa tem o dever, ela que expressa o povo em suaplenitude, de envidar esforços a fim de normalizar essacrítica situação, adotando as medidas que se fazem ne­cessárias e de imediato.

Muitos Deputados, desta tribuna, já se manifestaramno mesmo sentido, todos procurando encontrar o cami­nho que faça cessar esse estado de coisas, que não cons­trói e, muito ao contrário, causa transtornos c prejuízosem geral.

Concluo este pronunciamento expressando minha in­tegraI solidariedade ao movimento grevista, ao mesmotempo em que, como eles também ardentemente dese-,jaro, tanto assim que recorreram a esse remédio heróico,que, no menor espaço de tempo possível, essas altas au­toridades da República promovam a esperada inter­venção para pôr fim a essa difícil situação.

O SR. FRANCISCO DIAS (PMDB-SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, jáse disse mais de uma vez, e é bastante verdade, que "ameia verdade é pior do que a mentira". Grande parte daimprensa brasileira, tanto a escrita como a irradiada e atelevisada, está laborando neste terrível erro, ao transmi­tir sistematicamente, de llns dias para cá, apenas a meta­de da verdade no que respeita ao desempenho do traba­lho parlamentar por parte dos Deputados Federais e dosSenadores.

Da forma como está sendo realizada essa divulgaçãotendenciosa, Sr. Presidente, fica a nítida impressão deque alguém, algum grupo ou algum setor está interessa­do em desmoralizar o Congresso a qualquer preço.

A verdade toda, que devia ser sempre levada ao conhe­cimento do público brasileiro, é a de que o trabalho doparlamentar, na esfera feder~l, não se limita apenas ao

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

comparecimento ou ao não comparecimento ao plenárioda Câmara dos o,~putados ou do Senado Federal, paraum pronunciamento, a apresentação de um projeto ou avotação da pauta do dia ou mesmo parte desta. Isto é im­portante, sem dúvida alguma, e é também o que parecena vida do parlamentar. Tão importante quanto esse tra­balho, entretanto, e que não aparece para o público ­mas que os meios de comunicação deveriam divulgarconstantemente é o trabalho que o parlamentar realizanas Comissões Técnicas, semanalmente, relatando proje­tos, votando-os, estudando-os, num trabalho preliminarsem o qual o Plenário não poderia jamais funcionar.

Além disso, Srs. Deputados, o trabalho que o parla­mentar realiza nos ministérios, nos órgãos federais e aténa Presidêucia da República, que a imprensa falada, tele­visada ou imprens,a também não acompanham com a in­sistência com que o deveriam fazer, é tão importantepara o desempenho de sua alta tarefa como comparecerao plenário para opinar ou para votar. Da mesma forma,tem valor o trabalho politieo que o parlamentar realizasemanalmente (e ai do parlamentar que o não fizer sema­nalmente!) nas chamadas "bases politicas", no encontrocom seus eleitores, que não se podem deslocar semprepara ir ao encontro do seu Deputado Federal ou de seuSenador em Brasília.

Sei muito bem, Sr. Presidente. que as comparaçõesnão são jamais perfeitas, porque nunca abarcam toda averdade de ambos os lados. Mesmo assim, abalanço-mea fazer uma comparação: exigir do parlamentar que este­ja todos os dias e e:rn todas as sessões da Câmara dos De­putados ou do Senado Federal para poder fazer jus ao je­ton, como quer grande parte dos meios de comunicaçãode massa, seria o mesmo que exigir que o professor deprimeiro, segundo ou até terceiro grau ministrasse sem­pre, no mínimo, oito horas de aula por dia, durante dozemeses por ano, para poder receber seu salário total. Sa­bemos que todo professor, no primário, no colégio ou nauniversidade, tem suas horas de aula conforme o horárioescolar da escola onde leciona, mas seu trabalho não secinge a isso. Ele tem horas de pesquisa, horas de preparode aulas e horas d,: avaliação do trabalho do aluno, tare­fa essa que não ê cumprida na escola. Nem por isso, en­tretanto, seu trabalho é desconhecido pela direção, sóporque não foi realizado em seu recinto do estabeleci­mento de ensino.

Volto a afirmar, Sr. Presidente, que qualquer meiaverdade é pior do que a mentira. Alguém está tentando,desonestamente, desmoralizar o trabalho dos Congres­sistas, sem que saibamos com que objetivo se está levan­do a cabo esse trabalho de solapa contra a Nova Re­pública e contra a democracia brasileira. Alguma coisaprecisa ser feita, urgentemente, para que essa ingnomi­niosa campanha d,e sapo seja desfeita. Enquanto isso, su­giro aos meios de comunicação, que assim estão agindo,que usem o inegável poder de fogo que têm para, porexemplo, desnudar aos olhos da opinião pública a podri­dão que envolve as atividades ilegais do jogo-de-azar,das drogas e quejandos.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ALCIDES LIMA (PFL - RR. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, pordiversas vezes, já me utilizei desta tribuna para defenderos interesses dos pescadores artesanais brasileiros, cate­goria de trabalhadores de particular importância no Ter­ritório de Roraima. Daí, a minha satisfação em observaros ~ovos rumos assumidos pela Confederação Nacionaldos Pescadores, entidade que completou 65 anos no últi­mo sábado, agora presidida por Dario Franco, pessoaidentificada com as justas aspirações daqueles que acre­ditam na viabilidade econômica da pesca, bem como nagrande contribuiçflo que ela pode conceder para a dimi­nuição das carências alimentares que afligem parcelassignificativas da população nacional.

As metas do atual Presidente da Confederação Nacio­nal dos Pescadores, dentro do objetivo de buscar amplaconsulta às bases, foram traçadas durante reunião reali­zada na capital pernambucana, com a presença de lideresdos pescadores nordestinos e representantes das comuni­dades acadêmicas e religiosas.

Sexta-feira 16 8229

Ali, a categoria forneceu inestimáveis contribuiçõespara a solução dos problemas c atendimento das reivin­dicações do setor e que consistem, a nível de emergência,na regulamentação da profissão, extensão dos benefíciosda CLT aos pescadores artesanais, concessão de subsí­dios para o combustível dos barcos que utilizam e encer­ramento das intervenções nas colônias e federações depescadores.

Reconheço, Srs. Deputados, que a abrangência das ci­tadas prioridades certamente dará ensejo ao surgimentode uma espécie de "Constituite de Pesca", foro hábilpara as que vierem a ser apresentadas pelas comissões es­taduais instituídas por Dario Franco, no intuito de ir aoencontro das reais pretensões dos pescadores artesanaisdo País.

Contudo, o maior presente que haverá de ser ofertadoà categoria talvez se materialize no transcorrer de au­diência que o Ministro Waldir Pires concederá à Confe­deração nacional dos Pescadores, quando então a presi­dência da entidade terá a oportunidade de pleitear a in­clusão dos pescadores artesanais como beneficiários dePrevidência Social, o que, infelizmente, até hoje nãoocorreu.

Alêm disso, os 65 anos da Confederação Nacional dosPescadores, ao meu ver, serão para sempre festejadoscomo um novo marco na história da instituuiçào, pois oseu presidente, Dario Franco, respaldado nos princípiosdemocráticos da Nova República, propós-se na sua ges­tão à conquista para os pescadores artesanais do direitode escolherem, mediante eleições direta, o futuro dirigen­te máximo da entidade, portanto, o Presidente que o su­cederá na condução dos legitimas interesses dos pesca­dores artesanais brasileiros.

Sr, Presidente, creio que a adoção de medidas aparen­temente simples e de inquestionável alcance, como asque acabo de aludir, fazem este Parlamentar roraimenseadquirir, a cada dia, maior confiança na capacidade deobter o nosso País, em futuro bem próximo, uma reali­dade social mais justa, propósito solenemente firmadopelo ilustre presidente José Sarney, demonstrando ínti­ma sintonia com os compromissos da Aliança Democrá­tica.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Pronuncia o se­guinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenhoocupado constantemente esta tribuna para registrar osconflitos entre indias e brancos, que vêm ocorrendo emmeu Estado, assim como em todo o País.

Tais conflitos, segundo nos parece, ainda não sensibi­lizaram o Governo Central, uma vez que, até o momen­to, não foram apresentadas sugestões concretas para re­solver pacificamente o problema da demarcação das ter­ras indigenas, sem que haja, por parte dos colonos, a per­da total ou de boa parte do chão que lhes pertence.

Já falei anteriormente, que "a presente situação emque se depara índios e colonos não é fortuita".

Os conflitos que vêm ocorrendo entre índios c brancosem todo o Pais, nos últimos anos, é resultado direto daincompetência dos órgãos responsáveis e da falta de de­cisões sérias por parte do Governo Central para tratar asquestões indigenas.

É público e notório que as decisões provisórias quetêm sido tomadas só têm conseguido institucionalizar abeligerância entre os índios e colonos, sob a égide de umcoerente "porrete da paz".

Lutar pela terra e por melhores condições de vida étambém - c muito - defender a própria sobrévivência.E é isso que vem sendo feito por indias e colonos.

No entanto, as invasões de terras beneficiadas, que sãogeradoras de produção e riquezas, com reflexos positivosna vida sócio-econàmica dos Estados e Municípios, sãosempre visadas pela FUNAI, que demonstra, desta for­ma, o caráter de política indigenista oficial, envolvidacom os interesses económicos dos não-índios e que pro­cura seduzir materialmente as lideranças.

Os interesses econômicos regionais, ligados à ativida­de agrícola, à extração de madeira e ainda à corrupçãode lideranças ocasionam crises sérias, principalmente emRondônia.

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8230 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

Brasília, de agosto de 1985.

"Df. n9 344/85/GAB.AC.

Ilm' Sr.Eng' AgrO José Gomes da SilvaDD. Presidente do INCRAPalácio do Desenvolvimento - SANBrasília - DFSenhor Presidente:Em anexo, encaminho cópias de telex do Presi­

dente da Câmara Municipal de Guajará-Mirin/RO,e de documentos relativos a posse mansa e pacíficade Seringal, por parte do Senhor Manoel Lucindoda Silva, que, segundo a denúncia do telex (cópiaem anexo), estaria sendo invadido pela FUNAI.

Gostaria de ser informado sobre o andamento doprocesso de regularização da área, bem como obterinformações se incide sobre o mesmo algum decretotornando a área de interesse da FUNAI.

Caso negativo, solicitaria que instruísse a Dele­gacia do INCRA em Rondônia no sentido de apre­sentar relatório circunstanciado sobre a situação doimóvel em apreço.

Atenciosamente, Assis Canuto".

Ilm' Sr.GERSON DA SILVA ALVESDD. Presidente da FUNAIBrasília/DF.Senhor Presidente:Em anexo, encaminho a V. S' cópias de telex do

Presidente da Câmara Municipal de Guajará­Mirim, em Rondônia, em que denuncia a invasãodeterminada, segundo consta, pela FUNAI, de se­ringal particular, bem como cópias de documentosque atestam a exploração do dito seringal pelo Se­nhor Manoel Lucindo da Silva e sua famma.

Na realidade, a denúncia, se nos afigura muitograve, motivo o qual, gostaríamos de merecer destaPresidência os devidos esclarecimentos sobre o as­sunto em tela.

Atenciosamente, Assis Canuto."

O SR. JOSJt I~UIZ MAIA (PDS - PI. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,apesar de constantemente realfirmado pelo Governo opropósito de dispensar tratamento privilegiado e priori­tário à solução dos problemas do Nordeste, na prática asituação contínua a mesma, enquanto se agravam as difi­culdades econômicas e sociais da população e do empw­sariado da região.

característico do clima em que operam neste país deeconomia semi-estatizada os órgãos direta ou indi­retamente subordinados a ministérios diversos. Osdesmandos e os erros administrativos, por clamoro­sos ou gigantescos que sejam, dão lugar a votoscomo o que preparou diligentemente o ministro Pe­dro Simon; tapa-se o buraco aberto pela desonesti­dade e ou pela incompetência e... tudo bem

O problema é que tamanha generosidade se fazsempre com dinheiro tomado na marra ao contri­buinte. Ele paga o prejuízo, mesmo sem saber emquanto fica a conta. Importante é que pague. Umavez refeita a caixa, lança-se ao esquecimento a causado rombo. Quem praticou o ilícito se ceva nas van­tagens da impunidade; quem foi incapaz é talvez atépromovido e sai para outra, que aquela não temmais graça. Ora, o BNCC foi saqueado, entrou emaventuras do porte da que O levou a conceder aval auma empresa privada para garantir empréstimo emmoeda estrangeira destinado a financiar-lhe o des­matamento da área a ser inundada pelo lago forma­do para represar as águas que movimentam as turbi­nas da hidrelêtrica de Tucuruí.

Essa empresa era a Agropecuária Capemi, que,sem capital nem sequer para entrar na concorrênciarealizada pelo Ministério da Agricultura para adju­dicar a obra, se incumbiria de promover o desmata­mento em questão. Pois bem, a Capemi subemprci­tou várias etapas do serviço que, afinal, lhe foi atri­buído e se deixou devorar pelos subempreiteiros,que lhe tomaram dinheiro a fartar, nada fIZeram c aabandonaram em situação falimentar. Então, oBNCC foi chamado a honrar o aval, mas - por umpasse de mágica - retorna à cena, zero quilômetro,depois de mil peraltices. nas quais aplicou, ilegal­mente, para perder, importâncias vultosas das coo­perativas que haviam fornecido recursos a fim deque lhe compusesse o capital social.

Tudo isso porque precisa ser presenteado, na se­mana em que chega aos 34 anos; c, tendo recebidopoderosa injeção de recursos da União para aumen­tar o capital (263 bilhões de cruzeiros), está em con­dições de trabalhar no preto. Cumpre indagar: ecomo ficam os escândalos em que foi envolvido pormaus administradores, afoitos, de um lado, negli­gentes, de outro lado, inidôneos para geri-lo? Essevoto luminoso do ministro Simon significa que sepassa uma esponja nas irregularidades que vinhamsendo investigadas e se contempla os responsáveispor elas com um atestado de probidade?

Curioso, enquanto se monta a mis-en-scene parao reaparecimento espetacular do BNCC, cuida-setambém de azeitar o Banco Meridional nascido dascinzas de outros escândalos, que culminaram com ofechamento do Sulbrasileiro, vitimado por uma co­milança infrente de diretores que lhe saborearam acerne e, quando quiseram, jogaram fora a careaça,por certo dando gargalhadas ao assistir à azáfamacom que, para evitar problemas sociais e prestarvassalagem ao Rio Grande do Sul, se corria a apro­var lei que transformou, no papel, o Sulbrasileirodevastado em Meridional rentável, à custa do repas­se de nada menos de 1,4 trilhão de cruzeiros sugadosao Erârio, o que por sua vez, como sempre, os suga­ra do contnllUinte, sob formas as mais variadas.Logo após tomar posse, o presidente do baneo, Syn­vaI Guazelli, amparado no prestigio que, na Re­pública, apenas os gaúchos ostentam, fez saber: ne­gociará prazo de carência para a devolução daquantia repassada, que o Meridional não é de ferro.

Tudo isso equivale a um bill de identidade aos he­róis do BNCC e do Sulbrasileiro? Então, cabe felici­tar quantos se tenham arriscado lá (mas será quehouve risco, de fato?) por intermédio de mil e umatraquinagens? No BNCC, dê-se parabéns aos Srs.Byron Coelho e Yasuchi Okimura, além dos muitospersonagens que tiveram dívidas perdoadas ou rece­beram repassa ilegais, de envolta com gozo de mor­domias, uso de carros e emprequismo desenfreado,recebimento de comissões por intermediação de em­préstimos etc. Não foi desmentida até hoje a denún-

o SR. WII~MAR PAUS (PDS - RJ. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, editorial do jornal O Estadode S. Paulo diz: "A Nova República imita a Velha". Neleé denunciado que os escândalos do Baneo Nacional deCrédito Cooperativo, de bilhões de cruzeiros, estão sen­do encampados pelo atual Governo. Quer dizer, os la­dões de colarinho branco continuam a mandar nestaNova República, que está mais velha, mais carcomida,mais pobre do que antiga.

Ladrões na cadeia!Os bilhões roubados do povo estão sendo encampa­

dos, segundo editorial de O Estado de S. Paulo pelo atualdesgoverno.

Sr. Presidente, isto é uma vergonha. O que exibo aquinão é uma denúncia do Deputado Wilmar Palis, mas deum dos maiores órgãos da imprensa brasileira, envolven­do bilhões de cruzeiros do Banco Nacional de CréditoCooperativo.

É o seguinte, Sr. Presidente, o editorial:"Só no Brasil, e nestes dias confusos em que a

face da Nova República se vai moldando à imageme semelhança da velha! Divulga-se, para perplexida­de geral e para revolta de quantos punham fé naapuraçào dos escândalos administrativos que se su­cederam nos últimos governos autoritários: o BancoNacional de Crédito Cooperativo pode receber umpresente, na semana em que completa 34 anos, poiscomeçou a funcionar em 13 de agosto de 1951. Nareuniào de amanhã, o Conselho Monetário Nacio­nal apreciará voto do ministro da Agricultura, libe­rando o BNCC dos ônus dos empréstimos feitos porcooperativas e aplicados em projetos que não obe­deceram ao planejamento inicial - alguns até con­flitantes com as finalidades da instituição. Esse votodadivoso prevé ainda que o Banco Central devolvaao BNCC mais de oito bilhões de cruzeiros já pagosem razão de tais empréstimos.

Imagine o leitor se isso acontecesse com algumaempresa privada! Não. Esse tipo de benemerência é

Referia-me, naquela ocasião, à informação de que aSEPLAN não alocara, no orçamento do DNER para1985, recursos destinados à rodovia BR-343, trechosFloriano-Jerumenha-Bertolina e Eliseu Martins.

Por absoluta falta de recuperação e conservação, mui­tos e graves acidentes já ocorreram nas rodovias nordes­tinas, com inúmeras vítimas e vultosos danos materiais,sem que providência alguma seja adotada por parte dosórgãos federais responsáveis pelo setor.

Isto posto, nobres colegas, renovo os apelos anterior­mente formulados ao Ministro dos Transportes e aoDiretor-Geral do DNER no sentido de determinarem aimediata reparação das estradas do Nordeste e aempenharem-se firmemente na obtenção dos recursospara tanto exigidos

Os cinco anos de inclemente seca e as avassaladorasenchentes lá ocorridos parece que não foram suficientespara sensibilizar as autoridades da República quanto àurgente necessidade de assistência e ajuda em todos ossentidos, a fim de, pelo menos, amenizar o sofrimentodos seus mais de 30 milhões de habitantes e dar um míni­mo de condições para a expansão das atividades produti­vas naquela sofrida parte do Brasil.

O abandono do Nordeste pode ser avaliado pelo pre­cário estado de conservação de suas estradas, com sériosriscos para a integridade fisica de quem se atreve a viajarpor via rodoviária e com graves prejuízos para a circu­lação da produção própria, do normal abastecimentodos gêneros importados de outras Unidades da Fede­ração e para o comércio intra-regional.

A respeito do problema, tive a oportunidade de afir­mar, em discurso aqui pronunciado no dia 5 de março docorrente ano:

"É lamentável, Sr. Presidente, Srs. Deputados,que Estados como o Piauí, que lutam desesperada­mente para sair da situação de pobreza em que seencontram, vejam seus planos e projetos de desen·volvimento frustrados em razão de decisões equivo­cadas, como essa da SEPLAN, que lhe negam ascondições indispensáveis para o aumento da pro­dução e a melhoria da qualidade de vida de seu po­vo".

de agosto de 1985."Of. n9 342/85/GAB.AC.

Brasília,

A exemplo do que digo, tenho em mão documentos re­lativos à posse pacífica de seringais, por parte do Sr. An­tônio Lucindo da Silva e sua família, assim como do OfÍ­cio n' 419-CMGM/85 e do telex do nobre Vereador Pau­lo Saldanha Sobrinho, Presidente da Câmara Municipalde Guajará-Mirim/RO, denunciando a invasão dos refe­ridos seringais pcla FUNAI, os quais dcixo à conside­ração da Casa, assim como o Oficio n9 342/85, que enca­minhei ao Presidente do INCRA, Eng' Agr' José Gomesda Silva, e Of. n' 344/85 - que ao final lerei - enviadoao Sr. Gérson da Silva Alves, Presidente da FUNAI, so­licitando de ambos esclarecimentos sobre o assunto emtela.

Portanto, é certo ser necessário situar de novo a ques­tão indígena no âmago da questão política e econômicado País, da questão agrária c da reconstrução da demo­cracia, pois não é justo, Sr. Presidente, Srs. Deputados,que os direitos dos que trabalham intensamente, desbra­vando a terra com dedicação, durante toda a existência,contribuindo de maneira decisiva para o progresso e de­senvolvimento de sua comunidade, do Estado e do País,sejam confiscados através de divisões feitas arbitraria­mente pela FUNAI, com perdas, parcial ou total, de seusbens, terras essas adquiridas por compra e por desbrava­mento.

Voltaremos ao assunto.Eis os ofícios a que me referi:

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Agosto de 1985

cia de uma singular exportação de cocaína, coloca­da no útero de búfalas cuja venda o BNCC finan­ciou! No Sulbrasileiro, dirijam-se congratulações anada menos de 16 diretores cujos nomes fo~am arro­lados no inquérito no qual se apuraram prejuízo dequase 200 bilhões de cruzeiros. Seria injustiça nãomencionar do coronel Hélio Prates da Silveira, pre­sidente. Tudo, sem contar quem, no Banco Central,fcchou os olhos ou protegeu diretamente as tratan­tadas bem-sucedidas.

Há hoje em dia entre os jovens um estilo de cum­primento que se presta bem a dar fecho a cste co­mentário. Quando um deles é saudado e não tem oque dizer, escapa com uma interrogação. Assim, oque chega (no caso, a opinião pública) indaga: comoé que é? E o outro (a Nova República), esquivo, per­gunta: e ai?

Nada, entretanto, constitui motivo para diminuirou disfarçar a justa indignação com que o povo, es­poliado, presencia essa divisão de lucros auferidospor conta da corrupção institucionalizada - peiovito, tão maciça e onipotente agora como antes."

Sr. Presidente, queria abordar ainda outro assunto,nesta oportunidade.

Nosso País tem mantido uma campanha regular decombate à poliomelite. Os resultados práticos desta ini­ciativa são reconhecidos até mesmo pelos mais céticos.Estamos vencendo esta terrível doença, deixando-a sobcontrole e numa decrescente, estatística que permite an­tever a redução de sua incidência a índices mínimos.

No próximo dia 17, o Ministério da Saúde dará inícioa mais uma jornada nacional de combate e controle dapoliomielite. Espera-se a vacinação de todas as crianças,pois que, já nas últimas campanhas, o número de abs­tenções vem caindo, signifieando isto a obtenção de re­sultados práticos, eficientes. Há uma confiabilidadc navacinação, o que favorece esta importante campanha embenefício da criança brasileira.

Temos observado que em experiências anterioresconseguiu-sc vcrdadeira mobilização para o processa­mento desta vacinação antipólio, envolvendo no proces­so os vários segmentos da sociedade, as autoridades dcsaúde dos Estados e dos Municípios, os meios de comu­nicação de massa, os estabelecimentos de ensino, além deoutros grupos que se oferecem aos serviços da comuni­dade.

Esta soma de esforços nos ensina que quàndo há inte­resse e objetivos corretos a serem alcançados não faltamrespostas aos apelos e chamamentos das autoridadescompetentes. Por isso, é possível prever como será nesteano a vacinação de milhões de crianças em apenas umdia de campanha, como esta que se deflagará em 17 deagosto.

Estamos certos de que obteremos todos os resultadosque buscamos, sobretudo deixando a poliomielite sob to­tal controle, mesmo naquelas localidades mais distantes.O alcance nacional da vacinação antipólio é algo que es­tá a merecer constante registro. Creio que nenhum outroempreendimento governamental atinge tamanha pene­tração e é assimilado praticamente pela totalidade da po­pulação.

Resta-nos crer numa resposta popular plenamente sa­tisfatória a este chamamento nacional à vacinação,evitando-se, desta sorte, que centenas e milhares decrianças sejam vitimadas pela enfermidade que pode edeve ser evitada em tempo.

Concluo, Sr. Presidente, registrando minha solidarie­dade aos funcionários das Pioneiras Sociais, que mere­cem maior apoio do Governo.

o SR. 0I0GO NOMURA (PFL - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,cogita-se, ultimamente, da eliminação da fotografia dotítulo de eleitor, argumentando-se com a sua desnecessi­dade, embora tenhamos o exemplo da carteira nacionalde habilitação de motorista, na qual foi eliminada a foto­grafia, mas se exige, quando da sua apresentação, outrodocumento de identidade.

Embora inspirada com bons propósitos, talvez se pen­sando na economia, a mcu ver, a proposta de um título

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

eleitoral sem a fotografia do eleitor poderá acarretarmuitos problemas e dissabores, pois fatalmente o seuportador precisará levar outros documentos, além dapossibilidade de fraude, como a falsificação, ou mesmooutra pessoa votar em lugar do titular.

A fotografia identifica, facilita o reconhecimento e, oque é também importante, serve no título, à falta de ou­tro argumento, como prova, e o seu custo é pequeno,não servindo de argumento decisivo para a eliminação.

O Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas noEstado de São Paulo, pelo seu Presidente, Sr. GonçaloM. Prado, enviou-me memorial a respeito, reivindicandoa manutenção da fotografia no título eleitoral, com umadetalhada' e bem posta defesa, apontando, inclusive,além do que expus" o aspecto social, pois iria, com a eli­minação se aceita, atingir cerca de meio milhão de fotó­grafos, empresários, autônomos, e, por via de conse~

qiiência, igual número de famílias, já que grande maioriadcpendc no quotidiano, das pequenas fotos utilizadasnos documentos oficiais.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, passo a ler, para co­nhecimento desta cgrégia Casa, o mcmorial justificandoe defendendo a manutenção da fotografia no título elei­toral, formulando um apelo aos ilustres parlamentaresquc integram a comissão interpartidária que estuda o as­sunto, para se deterem no exame acurado do tema, veri­fiquem que, efetivamente, torna-se útil e necessária afoto no título elcitoral, como mcio de identificar o elei­tor. É o seguinte:

"JUSTIFICAÇÃO

O realismo eleitoral em estudos pela comissão in­terpartidária, '. com data fixada para vigorar, emnosso ponto d,~ vista é bastante louvável, porém estcSindicato entende que a fotografia completa a iden­tificação do eleitor, argumento que nos'parece nãomerecer contestação.

Um documento de identificação, sem a fotogra­fia, é um documento incompleto, que no mínimoacarreta a nece.ssidade de outro para a comprovaçãoda idcntidade do portador, p.p. exemplo, temos ocaso das carteiras nacionais de habilitação de moto­rista; eliminou-se o uso da fotografia, mas exige-seque seus portadores apresentcm outro documentodc idcntidadc, acarretando vários contratempos.

Um documl:uto, com fotografia, dispensa a apre­sentação de outro, ainda mais, dificulta a falsifi­cação, e o mais importante IDENTIFICA.

DO PONTO DE VISTA ELEITORAL, parece­nos também evidente que o uso da fotografia notítulo de clcitor e na ficha eleitoral, pcrmite ummaior control,. e facilita os trabalhos eleitorais,tornando-os mais seguros e confiáveis.

Em caso de homonímia, ocorrência muito co­mum entre nós (há inúmeros casos de cidadãos cha­mados X da Silva, filho de Y e Z da Silva, isto é, osnomes dos eleitores e de seus pais, são absolutamen­te iguais), o uso da fotografia é de decisiva impor­tância na exata identificação de cada eleitor.

Por essa razão, achamos que é necessário que seouçam, desde agora, os egrégios Tribunais Regio­nais Eleitorias que, por certo, terão diversos outrosargumentos a favor da manutenção da fotografianos títulos eleitorais.

SOB O ASIPECTO SOCIAL, cumpre-nos adian­tar que estima-se em cerca de MEIO MILHÃO, osfotógrafos empresários ou autônomos, seus respec­tivos dependentes, empregados e dependentes des­tes, tratando-se de expressiva parccla da populaçãoque, no País, obtém sua subsistência no exercício dafotografia profissional.

É certo, ainda, que grande partc - a maioriamesmo -tem nas fotos 3x4, 2x2, 5x7, 3x3 etc. (usa­das em documentos), sua maior, ou talvez única,fonte de renda.

Se, a cada passo sc elimina o uso da fotografia,diminui o movimento desses estúdios e, em conse­qiiência, decresê'é (ou se extingue) a fonte de rendade numerosissimas pessoas, com reflexos em seusdependentes, empregados e dependentes dos empre-

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gados, fazendo uma estimativa que chega a mais dedois milhões de seres humanos.

A ELIMINAÇÃO DA FOTOGRAFIA DIMI­NUI A ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS

A eliminação da fotografia diminui o consumode material e equipamentos, com reflexos negativosnas empresas produtoras e/ou vedendoras dessesmateriais e equipamentos, que não vendendo,obrigam-se a reduzir gastos c salários de seus fun­cionários.

NO ASPECTO DE MODERNIZAÇÃO, esta­mos de pleno acordo, o sistema eletrônico de vo­tação é necessário, mas entre votar e identificarcomo votante, existe uma grande diferença. O títulode eleitor é um documcnto idcntificativo e não umacédula de voto. Por que não montar um sistema devotação utilizando-se da informática, mas baseadono sistcma atual de identificação (título de eleitor)?

Quanto à forma, imagina-se em elaborar um títu­lo pequeno, nos moldes do cartão de identificaçãode contribuinte do Imposto dc Renda (CIC), per­guntamos, e o eleitor como comprovará que votou;que está quites com seus deveres, terá que obter umacertidão, toda vez que neccssitar; quanto dispenderáde tempo e dinheiro?

Perguntamos ainda, o porquê da brevidade, oaceleramento das decisões, sem que se ouçam todosos atingidos pelo realistamento; o gasto altíssimo es­timado para a realização, que será cerca de CrS 640bilhões para uma eleitorado de 80 milhões de pes­soas, sofreria uma redução vultosa se não se substi­tuísse o documento de identificação, podendo estaverba ser utilizada em necessidades mais prementesdo próprio, e principalmente, eleitor?

Quanto à argumentação de que a obrigatorieda­de da fotografia seria pesado ônus para o eleitormodesto, acreditamos que o mesmo não chega aogasto dc seis passagens de ônibus urbano; portanto,baixíssimo.

Todos os membros da comissão interpartidáriaforam favoráveis ao realistamento, mas colocaramem dúvida a confiabilidade do sistema a scr utiliza­do no que tange a fraudes, então perguntamos:NÃO SERIA A ELIMINAÇÃO DA FOTOGRA­FIA NOS DOCUMENTOS DE IDENTIFI­CAÇÃO UMA AGRAVANTE DESSAS FRAU­DES?

Em síntese, a eliminação da fotografia no "Títulode Eleitor" acarretará:

I. menos oportunidade de trabalho;2. rendimentos menores ou extintos;3. menores salários;4. menos impostos e taxas recolhidas;5. desemprego;6. mão-de-obra ociosa;7. pequenas empresas falidas;8. etc.Serão provocados, sem dúvida, reflexos negati­

vos na família, na comunidade e na nação.Finalizando, é a fotografia o melhor meio dc identifi­

cação, pois para sabermos se o portador do documento éa própria pessoa, simplesmente temos que olhar, e omais importante a olho nú, sem necessidade de máqui­nas, códigos ou cursos."

O SR. FRANCISCO SALES (PDS-RO. Pronuncia oseguint~ discurso.) - Sr. Presidentc, Srs. Deputados, écom a maior preocupação que abordo, desta Tribuna, oproblema que muito tem prejudicado o setor de desen­volvimento sócio-econômico de Rondônia: a crise deenergia elétrica reinante no Estado.

De um modo geral a plílica energética não vem sendoconduzida dc mancira mais adcguada, sobretudo nos Es­tados mais jovens da Federação, como Rondônia, o 239Estado, que hoje é o 129 entre os de maior produção eco­nômica do País.

O Estado de Rondônia enfrenta sérios problemas naárea de energia elétrica, onde a crise econômica internaw

cional já começou a fazer sentir seus efeitos. A Usina Hi­drelétrica de Samuel, no rio Jamari considerada indis­pensável ao desenvolvimento industrial c urbano deRondônia, no momento inteiramente dependcnte da

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energia térmica, que consome mensalmente milhões dclitros de óleo diesel c outros tantos mil litros de óleolubrificante, tem o seu cronograma atrasado e dificil­mente entrará em funcionamento em 1988, como eraprevisto.A paralisação das obras e, conseqilentemente, o atrasona conclusão da referida usina, vem causando inúmerostranstornos e bloqueando a marcha do progresso deRondônia, que dispara em constante corrida contra otempo nos últimos anos, de cidades como Ariquemes,Ouro Preto, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Jarú eoutras, ao longo da BR-64, que tiveram um crescimentomédio da ordem de mais de 30% ao ano, superando to­das as expectativas previstas pelos órgãos oficiais.

Portanto, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é fácil con­cluirmos que o Estado de Rondônia, entre todas as uni­dades da Federação, é o que tem acolhido maior fluxomigratório nos últimos anos. Ao mesmo tempo em quese vem sobresaindo entre os demais Estados pelo cresci­mento incomum c a pujança de sua economia, mesmonuma fase cm que o País sc encontra em rccessão.

Eis por que, o Estado exige uma demanda de energiaquc supra, com toda a urgência possível, as necessidadesatuais c as dc futuro, inclusive sendo necessária, além dacapacidade geradora da hidrelétrica de Sall!uel, a conclu­são das minihidroelétricas planejadas, que são fatores in­dispensáveis para suprir as necessidades do Estado, jáque falta de energia barata e abundante freia, em espe­cial, a atração de indústrias de maior porte, para Rondô­nia, que tem condições dc deixar de ser mero exportadordc matérias-primas, para se tornar produtor de manufa­turados, contribuindo para a descentralização do País.

É certo que "quando não se pode ter o ótimo, lutemospelo melhor possível" Isso tem sido feito pelo Governa­dor Ângelo Angelin, que se tem preocupado, sobrema­neira, em diversificar as alternativas geradoras de ener­gia no Estado, tentando resolver o problema através daimplementação de Usinas Termoelétricas, enquanto ashidrelétricas não entrem em funcionamento pleno.

Na realidade, o melhor possível para Rondônia é aconclusão das obras da Usina de Samuel, dentro de umrealismo que servirá para ajudar Rondônia a continuarna sua marcha abelerada, rumo ao progresso, com seusdestinos luminosos.

Deixamos, pois, aqui registrado o nosso apelo ao Go­verno Central, ao Sr. Ministro das Minas e Energia, nosentido de buscar soluções para o aflitivo problema: anecessidade de energia elétrica que é dramática, para umEstado que crcsce, c cresce muito. Não é possível desen­volvermos nosso parque industrial sem que primeiro te­nhamos energia c1étriea, instrumento de maior impor­tância para o desenvolvimento de um Estado c tambémdo País.

o SR. FREITAS NOBRE (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oBrasil possui hoje uma área de preservação da naturezasuperior a 10 milhões dc hectares, representada por 26parques nacionais e 14 reservas biológicas. Toda essa ex­tensão, no entanto, é considerada pequena até pelolBDF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Flo­restal, órgão responsável pela administração dos parquesnacionais. Embora seja uma extensa área destinada àproteção integral da flora, da fauna, dos solos, das águase belezas naturais, essa superfície representa menos de1,5 por cento do território do País.

A criação de unidades de preservação da natureza nãotem recebido o incentivo que merece. Jà em 1797, a Car­ta Régia previa severas penas contra incendiários c des­truidores de matas. Mas foi só em 1876 que se registrou aprimeira proposta de criação de parques nacionais, deautoria de André Rebouças. A política nacional de con­servação da natureza, que se apóia essencialmente noCódigo Florestal, na Lei de proteção à Fauna, na lei decriação do lBDF e nos regulamentos dos parques nacio­nais brasileiros, precisa ser agilizada.

A proteção total para as espécies raras sob ameaça deextinção' e garantia de preservação da flora e dos recur­sos naturais para fins cientificas, educacionais recreati­vos e culturais, como são definidos os parques nacionaisno Regulamento Geral dos Parques Nacionais Brasilei­ros, é a garantia da manutenção de um equilíbrio ecoló­gico. É necessário que essa área de 10.631 mil hectares,sob responsabilidade do Governo Federal para a preser­vação da natureza, possa ser ampliada, a fim de que

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

manten hamos mais de 1,5 por cento do território nacio­nal a salvo das especulações políticas e imobiliãrias.

A existência de parque, como o Parque Nacional daAmazónia, com um milbão de hectares, o Parque Nacio­nal do Araguaia, com dois milhões de hectares, o ParqueNacional do Pico da Neblina, com 2,2 milhões de hecta­res, e Parque Nacional do Jaú, com 2,272 mil hectares:O maior parque nacional brasileiro - demonstra a via­bilidade de uma real política nacional de conservação danatureza. Afinal, suprfície, fauna, flora e recursos natu­rais não nos faltam.

A SR' IRMA PASSONI (PT - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. e Sr's Parlamen­tares, é preciso romper a relação diplomática com a Áfri­ca do Sul. O apartheld sul-africano é descendente diretodo nazismo. Oficialmente racista, este regime merece acondenação de toda a humanidade.

As declarações do embaixador sul-africano, Alexan­dre von Zyl, sobre as rclações comerciais Brasil-Âfrieado Sul, constituem ingerência em assuntos brasileiros erevelam caráter insolente da diplomacia sul-africana;merecem, portanto, nosso mais completo repúdio.

O decreto através do qual o Presidente José Sarneyproibiu a venda de derivados de petróleo, armas e equi­pamento militar à Âfrica do Sul e que proibiu também ointercâmbio esportivo e cultural, vale como um gesto desolidariedade à maioria negra da África do Sul. Mas estãaquém das necessidades, inclusive porque o comércioBrasil-África do Sul, no que se refere aos itens menciona­dos, é insignificante e praticamente não mantemos re­lações culturais e esportivas com aquele país.

O Brasil, para pressionar eficazmente o governo dePretória, deve partir para as represálias políticas, entreas quais se podcinc1uir a ruptura das rc1ações diplomáti­cas com a Âfrica do Sul e algo mais que apoio retóricoao SWAPO (South West Afriea People Organization),organização que luta pela libertação da Namíbia, paísilegalmente ocupado pela Ãfrica do Sul, apesar de deze­nas de resoluções da ONU exortando Pretória a se reti­rar.

Por outro lado, nossa política africana deve orientar­se no sentido de privilegiar as relações com os países defala portuguesa, Angola e Moçambique. Esses países sãopotencialmente muito ricos, c se ainda não entraram emdesenvolvimento é porque estão sendo agredidos porguerrilhas financiadas e apoiadas pela Âfrica do Sul.

E importante que aqueles que apóiam a causa negrasaibam que os brancos daquele país não constituem umbloco monolítico. A burguesia de origem inglesa man­tém posições mais liberais que a burguesia afrikander, deorigem holandesa. Observe-se, no entanto, que entre osbrancos os afrikanders são dominantes.

A opinião pública mundial, que acompanha com hor­ror as barbaridades do regime racista, sente-se tambémno direito de apelar para os negros no sentido de que semantenham unidos. Nosso apoio espera ser útil tanto aobispo Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, que praticauma resistência pacífica, como ao ANC (Africa NationalCongress), que advoga métodos mais radicais de resis­tência.

O SR. JOÃO BATISTA FAGUNDES (PMDB ­RR. Pronuncia o scguintc discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, desejo congratular-me com o nobre Pre­sidente do Conselho Nacional do Petróleo por sua recen­te determinação de submeter a um órgão coletivo a deci­são quanto às concessões para funcionamento de postosde venda de combustíveis.

Esse tipo de concessão durante muito tempo foi feitaao sabor de interesses pessoais, que geraram um descré­dito naquele órgão que desempenha tão elevado papel nacconomia brasileira.

Na administração anterior, tive oportunidade de cons­tatar os inúmeros obstãeulos que se criavam dentro doConselho Nacional do Petróleo para a abertura de novospostos.

Dunmte dois anos, tentei conseguir, pelas vias nor­mais, a abertura de um posto que seria o único em umacidade da fronteira.

E o posto só foi autorizado a funcionar quando o as­sunto tomou o rumo do talão de cheque. No rumo certonada andou.

Agora, o General França Domingues anuncia umamedida que me parece do mais elevado propósito moral.

Agosto de 1985

Conheço S. Ex' de longa data c sei de sua capacidade einteligéncia. Oxalã ele consiga. com seu pulso firme, mo­ralizar um órgão que sempre criou dificuldades para ven­der facilidades.

Temo que o General França Domingues entre em rotade colisão com a PETROBRÃS, que anuncia lucros as­tronômicos, quando é notória a crise que estamos en­frentando.

Porque conheço o General França Domingues, acredi­to muito mais na sinceridade de suas palavras do que nasinceridade da PETROBRÃS.

Espero que o Conselho Nacional do Petróleo, sob apresidência do General França Domingues, retome ago­ra o seu verdadeiro caminho, sem tios e sem primos, semnoras e sem genros, sem filhos c sem sobrinhos, mas combastante combustível em seus postos para impulsionar oprogresso do Brasil de todos nós.

O SR. JOsE: CAMARGO (PDS - SP. Pronuncia oseguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o ICongresso Nacional de Psicologia do Trânsito, realiza­do, em julho último, na cidade mineira de Uberlândia,por iniciativa da Universidade Federal de Uberlândia,constituiu-se num excelente ensejo para a troca de expe­riências e a permuta de estudos e observações sobre o im­portante tema.

A partir de 1940, com o avanço da indústria automo­bilística, o comportamento dos condutores de veículos ea conduta dos pedestres, nas cidades de trânsito mais in­tenso, mobilizou a atenção e o interesse dos estudiosos,principalmente psicólogos, engenheiros c diretores deDetrans.

Esse primeiro congresso culmina, portanto, cerca dequatro décadas de abordagem da problemática do trân­sito em suas repercussões psicológicas.

Durante os trabalhos foram dados cursos sobre "Fa­tor Humano na Condução de Veieulos Automotores",ministrados pelo Diretor do Instituto de Psicologia eMedicina do Tráfego, da Universidade Espanhola deValença, José SoleI'; "Aspectos Cognitivos Aplicados àPsicologia do Trânsito", pelo professor do Departamen­to de Psicologia da Universidade de Uberlândia, LuísErnesto Rodrigues Tappia; "Formas de Atuação em Psi­cologia do Trânsito", pela psicóloga-chefe do Departa­mento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul,Maria Solange Félix; e, finalmente, o curso de "TécnicasAlternativas para se Modificar as Atitudes dos Motoris­tas no Trânsito", ministrado pela coordenadora do Cur­so de Psicologia da UFU, Maria do Carmo Fernandes.

Realizaram-se mesas-redondas sobre a violência dotrânsito urbano e seu controle; o desenvolvimento dapesquisa na Psicologia do Trânsito e o papel da universi­dade na educação para o trânsito.

Despertaram o maior interesse durante o Congressoos estudos realizados pela Universidade de Valença, queapresentou métodos revolucionários de pesquisa docomportamento do motorista, elaborado com o auxíliodo Governo dos Estados Unidos, com a colaboração deuma equipe de psicólogos de trânsito da Universidade deMichigan.

A abordagem desses importantes temas reforça o pa­pei dos psicólogos na melhoria do comportamento dosmotoristas, em benefício da sua própria segurança e davida dos pedestres, quando o automóvel se tem transfor­mado num instrumento de agressão.

Passo a retro o assunto, Sr. Presidente e Srs. Deputa­dos. Houve um tempo em que a PANATR, cortando oscéus do mundo, levava o nome do Brasil a todos os con­tinentes, oferecendo, nas capitais européias, americanase orientais, em cada uma das suas agências, um excelenteserviço de relações públicas aos seus passageiros, que en­contravam sempre, em seus balcões, os melhores jornaise revistas do Brasil.

Extinta aquela empresa, foi substituída pela VARIG,com 43 anos de tráfego nacional e 58 de experiência notrato com o público, oferecendo segurança, conforto erapidez aos seus usuários e dífundindo o País no exteriorcom a máxima seriedade e eficiência.

Inegavelmente, se há um setor de atividade que podeorgulhar o Brasil, projetando-o diante do mundo, este é,sem dúvida, o transporte aéreo, a cargo de empresas pri­vadas que honram a aviação mundial.

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Agosto de 1985

Mas esse excelente desempenho pode vir a ser grave­mente prejudicado pelos vôos "eharters" nas linhas in­ternacionais, que têm os seguintes inconvenientes:

a) - promovem uma propaganda que ludibria o povobrasileiro, ao afirmar a modicidade do custo de vida noexterior, quando, na verdade, em todas as capitais domundo ele é bem superior ao do Brasil;

b) - os "charters" devem ser promovidos internamen­te, no País, pois temos belczas naturais e infra-cstruturaturística capazes de satisfazer ao viajante mais cxigcnte;

c) - além disso, diante de tantos problemas criadoscom o crescimento da dívida externa, deveríamos incen­tivar bem mais o turismo interno, cconomizando divisas.

Ao mesmo tempo em que aconselhamos a eliminaçãodos "charters" para o exterior, queremos ressaltar o pés­simo resultado obtido pelo Governo Reagan, quc, após aabertura de linhas internacionais para outras empresas,viu os efeitos drásticos dessa medida - com o fechamen­to da Braniff foram dcspcdidos milhares de funcionários- enquanto a Pan Am vem sofrendo um grande abaloeconômico.

Os transportes aéreos internacionais configuram umdos setores mais dclicados da organização econômica,pelos seus variados aspectos críticos, não se podendo to­mar iniciativa sem prévio e detido estudo, principalmen­te por parte do Governo, que deve, preferentemente,confiar na iniciativa privada e não forçar medidas quesacrifiquem o desempenho das empresas.

Nesse contexto, a VARIG vem representando oequilíbrio de iniciativas que se exige do setor, ampliandoo espaço aéreo em que conquistou o mundo.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.O SR. JOslt COLAGROSSI (PDT - RJ. Pronuncia

o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,tem crescido, no Brasil, a preocupação com a mémorianacional, revelada na criação de Seeretarias da Culturae, mais recentemente, no surgimento do Ministério daCultura, entre cujos objetivos se insere a preocupaçãocom o nosso Patrimônio Histórico e Artístico, tantomais quando já temos pelo menos duas cidades que me­receram o reconhecimento mundial como monumentosda humanidade.

Torna-se necessário, nesse contexto, que todos os Es­tados e Munidpios se preocupem com a preservação dosseus encantos paisagísticos e a defesa, restauração e con­servação da arquitetura, da pintura e da escultura exis­tente, nos mais variados pontos do nosso território, des­de o século XVI, principalmente no período colonial,onde o barroco nos deixou esplêndidas criações.

Os governos e muitas entidades privadas ou públicasse têm interessado pelo problema.

Agora mesmo, os quinze mil moradores de Quissamã,distrito da cidade fluminense de Macaé, a duas horas emeio do Rio de Janeiro, receberam um presente da Fun·dação Pró-Memória e da PETROBRÁS: um bilhão decruzeiros serão aplicados ali, um ambicioso levantamen­to das preciosidades históricas c arquitctônicas, quc seespalham por cem fazendas do século XVII.

Trata-se do primeiro projeto do gênero no norte flu­minense, que terá, no fim do ano, a edição de nm livrocom entrevistas e fotografias dos aspectos mais impor­tantes daqueles recantos históricos e turísticos.

Deve-se salientar que o movimento de visitantes vemcrescendo ultimamente em Quissamã, em bucólicos pas­seios dominicais.

Muitos dos remanescentes de tradicionais famllias donorte fluminense vêm contribuindo para documentar ahistória da cidade, as origens dos lugarejos e quem lhesdeu o nome de batismo, a influência do negro no desen·volvimento econômico do local, fotografadas as antigassenzalas hoje infestadas de morcegos, o lugar onde fun­cionou, a partir de 1875, o primeiro engenho construídona América do Sul, visitadas as setenta fazendas que res­tam das cem existentes no século passado, ainda preser­vadas e habitadas.

Uma cquipe realiza excelente trabalho histórico,esperando-se, a partir do próximo ano, o início da tarefade reconstrução de alguns monumentos de Quissamã.

Rio de Janeiro, Quissamã, pertencc, como já disse, aoMunicípio de Macaé, terra mara\lilhosa, onde tenhograndes laços de amizade. Entre os meus amigos se en·

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

contra a grande figura do Prefcito Municípal, AlcidesRamos. Líder antigo daquele Município, filho.de Quis­samã, Alcides Ramos enorme folha de serviço a Macaé ea todo o Estado do Rio dc Janciro. Homem de bem.político de prestígio, administra aquele Município comsabedoria e muito trabalho.

Fico feliz em tecer, desta Tribuna, estas consideraçõessobre Quissamã, quo: aprendi a admirar através do meuvelho amigo Prefeito Alcides Ramos.

Daqui Sr. Presidente e Srs. Deputados, envio o meuabraço a toda a população de Macaé e Quissamã, e meuaté breve.

Era o que tinha a. dizer Sr. Presidente.

O SR. JOSlt RfBAMAR MACHADO (PDS - MA.Pronuncia o scguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputaqos, o Município de Buriti, no meu Estado doMaranhão, está sob o empenho de uma administraçãohonrada e dinâmica, destacando-se, além do HospitalRegional, que atende às populações rural e urbana doBaixo Parnaíba, o c:onjunto residencial para o pessoalmédico e paramédico. Conta hoje com novas praças, es­colas, jardins de infâ.ncia, estação rodoviária, ampliaçãodos serviços de âgua encanada.

Destaca-se a reforma da Praça da Matriz, com umafonte luminosa, e Pracinha do Coreto c do Quiosquc, apraça do primeiro jardim de infância, a Praça São Bene­dito, agora inaugurada, juntamente com o segundo jar­dim de infância, o Pequeno Catuchinha, vários gruposescolares na cidade I' no meio rural, dentre eles o GrupoEscolar João Costa, uma justa homenagem a um dos ho­mens que dedicou sua vida ao trabalho pelo progressodo Munic/pio, além de ter legado filhos padres e educa­dores que sempre engrandeceram Buriti.

Acha-sc também instalada e em funcionamento a torreparabólica, receptora das emissoras de TV, a Globo e aBandeirantes.

Foi também inaugurada a banda de música, a LyraMusical Buritiense, I~omposta de vinte figuras, cujos ins­trumentos foram doados por industriais paulistas ­Volkswagen - e mineiros - Usina Ana Florência dePonte Nova - além de outras doações feitas por váriosfilhos ilustres da terra buritiense.

O Município de Emiti vive em ambiente de calma, depaz e do trabalho edificante de sua boa e generosa gente.

A merenda escolar faz ampla distribuição de alimen­tos, sem discriminal.ão, com a caracteristica de que otipo de alimentação atende aos hábitos da população ca­rente.

A ação dos atuais administradores está contribuindopara melhorar o padrão de nutrição alimentar da popu·lação escolar.

Os serviços de saúde pública contam com a dedicadaassistência dc três médicos e um odontólogo, que pres­tam serviços gratuitos, ressaltando que todo o serviço desaúde é prestado gratuitamente.

O Hospital Regional é dotado de 25 leitos, todo equi­pado, com atendimento médico-cirúrgico e ambulato­rial, em várias especialidades, em caráter continuado epermanente.

Reclama o Muni<CIpio de Buriti a reconstrução dassuas estradas vicinais, bem como a conclusão do asfalta·mento dos ramais: Palestina (rumo Brejo) - Buriti ­Duque Bacelar e Coelho Neto.

Era o que tinha a dizer.

O SR. PAULO ZARZUR (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) -- Sr. Presidcnte, Srs. Deputados, oNobre Deputado Francisco Dias, ilustre colega da ban­cada peemedebista de São Paulo, apresentou à conside­ração da Casa o Projeto de Lei n' 5.202, de 1985, que "dánova redação ao art. 144 da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial", redação essa que, se a proposição for aprovada,passará a ser seguinte:

"Ar!. 144. O direito de receber ou cobrar asimportâncias que lhe sejam devidas prescreverã,para as instituições de Previdéncia Social, em cincoanos",

Como é regimental, esse oportuno projeto de lei foianexado ao Projeto de Lei n? 3.755, de 1984, de autoriado nobre Deputado José Ulysses (PMDB - MG), o

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qual trata exatamente do mesmo assunto, por isso quefoi invocado, para a sua anexação, o art. 71 do Regimen­to Interno. Esta proposição, ao ser examinada na doutaComissão de Constituição e Justiça, teve o parcccr, donobre Deputado Gorgônio Neto (PDS - BA), por suaconstitucionalidade. juridicidade e técnica legislativa,aprovado. Aconteceu, porém, que, tendo aquele ilustreparlamentar baiano inadvertidamente fulminado o pro­jeto quanto a seu mérito, extrapolando regimentalmentedos limites de sua Comissão, houve por bem o nobre De­putado Mário Assad (PDS - MG) pedir vista naquelamesma Comissão, oferecendo parecer pela aprovação daproposição do mérito, parecer esse que ainda não foiapreciado pela douta Comissão de Constituição e Jus­tiça.

Como é regimental, e o sabem todos os nobres Depu.tados, o Projeto de Lei n' 5.202, de 1985, de autoria doDeputado Francisco Dias, tem sua tramitação toda ata­da à do Projeto de Lei n' 3.755, de 1984, tendo ao final amesm a sorte.

O assunto que está em jogo em ambas as proposições,Sr. Presidente, é o prazo de prescrição da cobrança e re·cebimento das importâncias que sejam devidas às insti­tuições da Previdência Social. A Lei Orgânica da Previ·dência Social, em seu art. 144. determina agora quc esscprazo seja de trinta anos. Acontece. entretanto, que,após a promulgação do novo Código Tributário Nacio·nal, esse dispositivo não pode prevalecer mais, pois o art.174, do referido Código estabeleceu e fixou a prescriçãoqüinqüenal.

Foi baseado nisto, aliás, que o Tribunal Federal deRecursos firmou jurisprudência no sentido de que, tendoem vista o advento da Lei n? 6.830, de 22 de setembro de1980, no período compreendido entre a vigência do Có­digo Tributário Nacional e a referida legislação, a presocrição em tela seria de cinco anos, voltando depois a sertrintenária. O mesmo entendimento tem orientado opróprio Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte deJustiça do Pais.

.Se não fosse isso, Srs. Deputados, bastaria verificarque a própria legislação previdenciária julga inadmissi­vel a prescrição trintenária, ao determinar, no art. 80 damesma Lei n' 3.807, de 1960 (Lei Orgânica da Previdên­cia Social), que os comprovantes dos lançamentos dascontribuições previdenciárias devem ser guardados nasempresas durante apenas cinco anos, e não trinta. E de­termina ainda,.cm seu art. 57, que o direito às prestaçõesdevidas pela Previdéncia Social aos seus beneficiários,quando não reclamados, prescreve em cinco anos, e nãoem trinta.

A verdade, neste caso, está pois com os Projetos de Lein' 3.755, de 1984, de autoria do nobre Deputado JoséUlisses, e n' 5.202, de 1985, de autoria do nobre Dcputa­do Francisco Dias, que determinam que esse prazo deprescrição seja definitivamente fixado em cinco anos.

Espero, pois, e comigo milhares de interessados emtodo o Brasil, que ambos os projetos sejam aprovados,para que o alvo pretendido pelo nobre Colega do PMDBPaulista, Deputado Francisco Dias, seja planamente al­cançado, e como deseja também, por exemplo, o Sindi­cato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, que expli­citamente sobre o assunto se manifestou, em correspon­dência a mim dirigida.

O SR. RENATO CORDEIRO (PDS - SP. Pronun­cia o seguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa·dos. dentre os problemas que caracterizam a grave si·tuação econômica por que passa o País - inflação demais de duzentos por cento ao ano, taxa de juros escor­chantes, baixos salários, desemprego, gigantesco endivi·damento interno -, destacamos a dívida esterna, queatinge cerca de cem bilhões de dólares.

Todos eles devem ser equacionados e resolvidos comurgéncia para tranqüilidade da famllia brasileira, emparticular nossas obrigações internacionais, cujo paga­mento praticamente exaure a poupança nacional. Parasaldá-las, a forma socialmente suportável mais indicadaé o incremento das exportações, com vistas à obtençãode superávits cada vez maiores na Balança Comercial.

Além de divisas. a política de aumento das vendas nomercado intcrnacional gera outros benefícios, como no·

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vas oportunidades de emprego, diminuição da capacida­de ociosa das empresas, crescimento da arrecadação detributos e, conscqüentemente, mclhores níveis dc vidapara o povo em geral. Portanto, é indispensável que seamplicm as facilidadcs para os segmentos exportadoresde nossa economia, inecntivando-os de todas as manei­ras possíveis.

Ocorre, porém, Sr. Presidente, Srs. Deputados, queainda são visíveis e palpávcis os excessos de centrali­zação herdados do período de autoritarísmo vivido pelaNação nos últimos anos. Exemplo desse vício, infeliz­mente, atinge o funcionamento da Carteira de ComércioExterior do Banco do Brasil- CACEX - em cuja sede,no Rio de Janeiro, concentra-se o poder decisório sobreas vendas para os mercados estrangeiros, embora contecom mais de cem agências espalhadas pelo País.

A centralização da CACEX ê tanta que os empre­sários, além dos esforços para ampliar e melhorar a pro­dução, despendem tempo e dinheiro em viagens à antigaCapital da República para cuidar do proccssamcnto c li­beração de suas exportações.

Para São Paulo, os prejuízos são incalculáveis, dado ovulto de sua participação no comércio exterior brasilei­ro: dos 27 bilhões de dólares exportados em 1984, nossoEstado contribuiu com 11 bilhões; se do total subtrair­mos ccrca de 4,5 bilhões exportados por empresas esta­tais monopolistas como PETROBRÁS, INTERBRÁS,Cia. Vale do Rio Doce, IAA, mc etc.. localizadas emoutras Unidades da Federação, verificamos que o Esta­do de São Paulo foi rcsponsávcl por aproximadamentecinqUenta por cento das exportações brasileiras, não sónaquele exercício, mas também em anos anteriores.

No tocante às importações, a situação é scmclhante:com 5,6 bilhões, São Paulo foi responsável por oitenta ecinco por cento do volume importado. ampliando seuparque industrial e criando novos empregos, inclusivepara a fabricação de produtos exportáveis.

É evidente, pois, a importáncía de São Paulo na ba­lança comercial cxtcrior do País como um todo.

Por tudo isso, nobres colegas. os empresários paulistasmerecem toda a atenção e maiores facilidades para a ex­portação dos produtos que manufaturam e produzem.principalmente em termos de tramitação e liberação dosdocumentos exigidos, evitando-se que tenham dedeslocar-se continuamente até à sede da CACEX no Riode Janeiro para tratar dos respectivos processos.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: é claramente neces­sário que se dê maior autonomia aos centros exportado­res, notadamente o Estado de São Paulo, que injustifica­

. damentc não conta com um órgão responsável da CA­CEX. que possa livremente tomar decisões de nível supe­rior.

Assim sendo. nobres colegas, esperamos que os órgãosfederais envolvidos com o magno problema, particular­mente a CACEX, regionalizem suas decisões, através derepartições independentes e capazes de facilitar e agilizaro processamento das exportações, providências que in­centivará os empresários do setor e poderá para ele atrairoutros homens de negócios.

Isto posto, Sr. Presidente, dirigimos veemente apeloao Exmo. Sr. Presidente da República no sentido de de­terminar a urgente instalação, em São Paulo, de umaagência da CACEX, independente e autonôma, de modoa descentralizar o processo de exportação do Rio de Ja­neiro, tornando-o mais rápido c satisfatório, como con­vém aos interesses comerciais do Pais.

O SR. SAMIR ACHOA (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, opapel precípuo do Estado de proteger e garantir o direitoà saúde reclama ser efetivamente exercitado de formamais consentánea com os princípios de desenvolvimentoe progresso, consoante o compromisso firmado peloideário da Nova República.

O desafio se oferece mais que gigantesco. haja vista ocalamitoso e desordenado quadro em que o País se en­contra imerso em relação ao nível do atendimentomédico-hospitalar proporcionado à população.

Cresce a responsabilidade do Estado perante a inob­servância do preceito, na medida em que se perscrutava adecepcionante realidade dos fatos. Cerca de 1.500 Mu-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

mClplOs brasileiros não dispõem de atendimento, umavez que a designação de médicos não se encontra devida­mente regulada em termo de lei.

Identifica-se, neste caso, gravíssima lacuna que tencio­no suprir através da apresentação a esta Casa de projetode lei que torne obrigatório aos concludentes de cursosde Medicina, em faculdades mantidas com verbas públi­cas, a prestação de serviços médicos nos Municípios paraos quais forem desigoados pelo Governo que mantém arespectiva faculdade.

Entendo que a concentração de recursos de origem go­vernamental para a manutenção e funcionamento das es­colas de Medicina constitui parte imprescindível no pro­cesso do atendimento ao dispositivo constitucional emdefesa da saúde.

É dever do Estado patrocinar a gratuidade das facul­dades de Medicina. não podendo furtar-se à realizaçãodos exames vestibulares para selecionar, entre os maiscapacitados, aqueles que deverão futuramente corres­ponder, em proficiência e aptidão, ao nível do investi­mento aplicado na formação de eficientes profissionais.

Torna-se conseqüentemente justo, portanto, que aoEstado, investidor e mantenedor da educação universi­tária de tão elevado custo e padrão, seja reconhecido epossibilitado, pelo menos, o direito de cobrar pequenacota de contribuição do formando em favor das comuni­dades desassistidas.

Muito mais que pequena contribuição, a presença doprofissional médico em regiões interioranas com sentidacaréneia infra-estrutural de serviços de toda ordem virárepresentar o passo inicial desbravador de uma difícil ecomplexa escalada que rompe as barreiras que isolam cmarginalizam milhões de brasileiros em seu próprio País.

É preciso que medidas eficazes tornem mais fecunda eobjetiva a jurisdição do Estado sobrc o setor da Saúde.Que este dever se faça cumprir com plenitude,promovendo-se a absorção imediata, pelos Municípios,do grande número de profissionais médicos recém­formados, mediantc remuneração correspondente à ta­bela utilizada na esfera federal.

Além dos benefícios sociais dirigidos à comunidademunicipal, defendo que a medida virá ao encontro dosinteresses dos formandos que, desta forma, terão empre­go assegurado, com nível salarial isento de discriminaçãoe garantia de aparfeiçoamento no exercício profissionalindispensável à ascensão em sua carreira.

Trata-se, portanto, de proposição essencialmente vol­tada para a geração de mecanismo legal capaz de resga­tar o compromisso nacional de proporcionar assistênciamédica para todos.

É chegada a hora de sairmos para ações concretas quevislumbrem condições viáveis de fazer chegar a todo oPaís o mínimo de atenção que a saúde reclama, condicio­nada na presença insubstituível do médico.

Somente, então. poder-se-á dar os passos seguintes,que igualmente representarão esforço, sacrifício e parti­cipação de todos.

O SR. WAGNER LAGO (PMDB - MA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aNova República foi instalada, preponderantemente,graças à firme atuação de todo o povo brasileiro no sen­tido de mudar as estruturas do País. Todos foram às ruaspara exigir mais respeito à pessoa humana, melhorescondições de vida e justa remuneração pelo trabalhoexercido.

Instalada no Poder, a nova ordem teve de enfrentaruma série de movimentos reivindicatórios, todos elescontendo justíssimas aspirações. Aos poucos, com tato ecom a prudência ditada pelo comportamento democráti­co das novas autoridades, as questões foram sendo solu­cionadas. E, para isso, não foi preciso apelar nem para aLei de Greve nem para a famigerada Lei de SegurançaNacional.

O Presidente José Sarney, em todos esses episódios,deu mostra de que seu programa' de democratização doPaís era o programa do estadista Tancredo Neves, comodisse. E a Nação pode assistir, hoje, graças às diretrizesliberalizantes por ele estabelecidas, a soluçõe, que so­mente se tornaram possíveis devido ao diálogo.

Agosto de 1985

Mas, Srs. Deputados, muito embora o Supremo Man­datário da Nação seja um maranhense, parece que aNova República ainda não chegou ao Maranhão. Infe­lizmente, lá ainda persistem os velhos métodos, persiste acorrupção em inúmeros setores, o imobilismo da admi­nistração estadual é estarrecedor, pois já no final de go­verno nenhuma obra significativa realizou.

Ainda agora, Sr. Presidente, os Delegados de Políciainiciaram um movimento, por sinal dos mais justos, rei­vindicando melhorias de condição de trabalho e remune­ração mais justa por seu dedicado trabalho em prol dacom unidade. Sabem V. Ex's qual foi a reação do Gover­nador? De forma truculenta, autoritária, despótica, fezprender, mediante detenção disciplinar, o Presidente daAssociação dos Delegados do Estado do Maranhão emais nove outros delegados. Foi uma triste demons­tração de que o ranço de vinte e um anos de autoritaris­mo e ditadura ainda não desapareceu, de todo.

Engana-se, porém, o Governador: esse seu ato fascistanão intimidará a classe dos delegados. Ela está unida etem confiança em sua liderança. As suas reivindicaçõessão as mais justas, mesmo contra a vontade narcisista doGovernador, acabarão prevalecendo.

O povo maranhense possui tradição de bravura, de ci­vismo, de patriotismo, de honradez e um elevado sensode justiça. A população. por isso mesmo, está inteira­mente do lado dos delegados e contra o Governador.Gostariam todos que ele ,e dedicasse mais a realizarobras do que a perseguir aqueles honestos e honradossci"vidores que tanto têm trabalhado pelo bem-estar detoda a com un idade.

Nesta oportunidade, Sr. Presidente. deixo registrado.nos Anais da Cámara dos Deputados, o meu protestomais veemente contra essa atitude insólita, inaceitável editatorial do Governador maranhense ao mesmo tempoem que, representando o sentimento dos bons mara­nhenses, hipoteco todo o meu apoio e solidariedade aosbravos e dignos Delegados de Polícia do meu Estado.

Era o que tinha a dizer.

O SR. NELSON DO CARMO (PTB - SP. Pronun­cia o ,eguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, com a morte do ex-Prefeito Armando Pannunzio, a21 de janeiro último, Sorocaba perdeu um dos seus maisqueridos filhos, homem de grande visão dos problemasde sua terra e do seu tempo. o qual. embora nascido emSão Paulo, foi levado aos seis meses para a cidade e lã,junto com uma vida pessoal feita de empreendimentos eplena de êxito, construiu também um novo e mais prós­pero futuro para os sorocabanos.

A obra de Pannunzio, extrapolando os meros limitesde uma gestão municipal, foi de tal modo renovadora esintonizada com os anseios da comunidade que chegou aredesenhar o perfil econômico, polítieo. social e culturalda cidade, amoldando-o às justas expectativas sociais.

Isto foi possível porque Armando Pannunzio era ho­mem de interesses múltiplos, idéias avançadas, dispostoa implementar uma estrutura de atividades rurais basea­das nos melhores princípios do cooperativismo, tanto as­sim que foi sócio fundador do Sindicato Rural de Soro­caba e da Associação Agropecuária Sorocabana, além decolaborador e incentivador das realizações da Coopera­tiva de Laticínios de Sorocaba e construtor do Feirãodos Lavradores, centro para o qual convergem os peque­nos produtores da região.

A industrialização do Município. por via de uma es­tratégia de desenvolvimento inteligente, foi, no entanto,o fator preponderante do pregresso por ele experimenta­do. Crescendo a níveis elevados a partir da dinamizaçãoda indústria têxtil, antes estagnada, e do incentivo confe­rido a outras, um largo horizonte abriu-se para empre­sário, e trabalhadores.

Com sua capacidade de desencadear inciativas degrande repercussão no bem-estar econômico c social dapopulação, Pannunzio marcou profundamente a fisiono­mia de Sorocaba, alinhando-a entre as municipalidadesmais florescentes de São Paulo.

Não é de estranhar, pois, que o seu passamento fossepranteado pelo povo, que o acompanhou em massa à úl­tima morada. Foram despedir-se do político hábil e ca­rismâtico, do administrador eficiente e criativo, do ho-

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Agosto de 1985

mem bom, sensível e humano que deixou inúmeros ami­gos a lamentarem a sua perda e a cultivarem sua me­mória.

Associo-me a Sorocaba tanto na tristeza pelo faleci­mento do seu ilustre filho adotivo como nas homenagenspóstumas que enalteceram sua figura.

V - O SR. PRESIDENTE (Leur Lomanto) - Passa­se ao Grande Expediente.

Tem a palavra o Sr. Osvaldo Lima Filho.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO (PMDB-PE. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ve­nho tratar hoje do mais grave e mais antigo problemanacional, que é o da reforma agrária, e venho fazê-losobretudo para louvar a atitude coerente e a correçãopolítica do Presidente José Sarney, que em cumprimentode um compromisso expresso da Aliança Democráticaanunciou ã Nação o I Plano Nacional de ReformaAgrária.

Com representantes do PMDB de Pernambuco, doNordcstc brasilciro, ondc a qucstão agrária é das maisagudas e a concentração da propriedade territorial tcmlevado os trabalhadores e os pequenos proprietários auma questão de pobreza absoluta, aceitei de bom gradoa indicação do meu partido, para relator da comissãomista de Senadores e Deputados do PMDB, destinada aopinar sobre este plano. Trago hoje ao conhecimento doPlcnário, dos meus correligionários e do País, o relatórioque tive oportunidade de ofereccr e do qual procurareitransmitir alguns trechos à Câmara dos Deputados.

Antcs, todavia, permito-me tratar de um assunto na­cional de igual relevância, que diz respeito a uma preten­sa campanha de desestatização, como tem sido anuncia­da, que vem sendo pregada pelos Srs. Ministros da Fa­zenda c da Indústria e do Comércio, os Srs. FranciscoDornelles e Roberto Gusmão. Estranho que aqueleseminentes membros do Governo estejam a anunciar aprivatização das empresas que têm participação do Po­der Pú blieo no Brasil. É evidente que, nos últimos gover­nos militares, a área de ação do Poder Público se esten­deu a empresas onde a participação do Poder Públiconão teria sentido. Houve numerosos casos em que cente­nas de empresas - indústrias têxteis e de outra ordemque estavam em estado de pré-falência - foram absorvi­das pclo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi­co e Social, em função dos seus dêbitos este com este or­ganismo dc crêdito do Governo.

E evidente também que o Congresso Nacional precisadefinir, numa legislação racional, a área de ação e de in­tcrvenção do Poder Público e a área reservada ã empresaprivada.

Vivendo num regime capitalista, dito de iniciativa pri­vada, a Constituição delimita os limites dentro dos quaiso Poder Público pode e deve atuar, e é evidente que esseslimites são aqueles do interesse público. sobretudo emrelação às indústrias básicas ou às atividades de mine~

ração, também fundamentais para o desenvolvimentoeconômico do País, onde a intervenção estatal se impõe,ora para cobrir a ação dos cartéis, monopólios e oligo­pólios, ora como forma de corrigir e de estimular ativi­dades que a iniciativa privada não tem condição de de­senvolver.

A Nação sabe do sacrifício c da luta em que se empe­nhou o povo brasileiro, por exemplo, na campanha "OPetróleo é Nosso".

Muitos de nós, Depatados, na mocidade, andamos en­volvidos nos célebres centros de estudo e de defesa do pe­tróleo, cuja lota terminou por fazer com que o Congres­so Nacíonal estabelecesse o monopólio estatal.

Sabemos que há empresas com grande produtividade,com grandes lucros, como a PETROBRÁS, a ELE­TROBRÃS, a Companhia Vale do Rio Doce, a TE­LEBRÁS, a EMBRAER, e muitas outras. Há empresasem que o Poder Público só ingressou por deficiências daatividade privada: determinadas empresas estavamameaçadas de falência.

Não se compreende, porêm, que os Srs. Ministros Ro­berto Gusmão e Francisco Dornelles estejam a pregar,repetidamente, sem audiência do seu partido, sem au­diência da opinião nacional, a desestatização tout court,porque o monopólio estatal do petróleo é hoje uma dasmais caras conquistas do povo brasileiro.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Cardoso Alves.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O Sr. Cardoso Alves - Nobre Deputado, pcsquiseiesta matéria no estatuto partidário. Tanto os princípiosda doutrina como O programa do PMDB são omissosquanto à estatização e desestatização de determinadasatividades. Mas V. Ex' tem razão. Acho que determina­das estatais - pela sua importância, pela importância doserviço que detêm, pela sua magnitude econômica, - es­tando em mãos de particulares representam ameaça e pe­rigo para o bem estar social, para o bem comum e, porisso, devem continuar nas mãos do Estado. Eo princípioda suplctividade, adotado pela Constituição Federal.Mas há outras estatais deficitárias cujas atividades pode­riam ser desenvolvidas por particulares, pois o Estado,nobre Deputado, com raras exceções, é mal investidor emal patrão. Por outro lado, quero permitir-me oferecer aV. Ex' um contributo. V. Ex' sabe quc o prezo e O respei­to muito como pensador político.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO - Ê generosidadede V. Ex'. A finalidade precípua e última do Estado é ointeresse público, é o bem comum. O Estado não podetentar obter lucros, cole não vive de lucros. O Estado temque ser eficiente, não tem que ser forte; tem que ser profi­ciente, não pode ser poderoso. Quanto mais ele invistapara o bem comum nos seus vários campos de atividade,quanto mais eficieme c mais proficiente seja tanto maisútil ele será à sociedade que o organizou. E tanto maisele investirá quanto mais fortes sejam as empresas queestejam no seu território. Estas, sim, têm que ser forteseeonómica e financeiramente para poder pagar bem aosseus empregados e proporcionar lucro aos seus proprie­tários. Em sendo poderosas, pagarão impostos, que pro­piciarão ao Estado o numerário e as condições funda­mentais para a realização do bem comum. Queria trazer,neste aparte, esta modesta contribuição ao discurso deV. Ex'. Ao mesmo tempo, ao cumprimentá-lo, comoacontece sempre, por estar tratando de assunto da maiorreleváncia, empresto a minha solidariedade aos Minis­tros Roberto Gusmão e Francisco Dorn.elles pela in­tenção manifesta de desestatizar determinado tipo de es­tatai.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO - Nos princípiosgerais que invoca. V. Ex' tem a minha inteira solidaric­dade. Mas não poderia ser solidário com o Sr. MinistroFrancisco Dornelles, quando S. Ex' alega que o Estadonão deve ter nenhuma estatal. Isto é um non sense. Sabe­mos que nas nações ,em desenvolvimento como o Brasil ainiciativa privada não tem capital suficiente para asgrandes tarefas de (:rescimento, que exigem maturaçãolonga e um investimento que a iniciativa privada nãopode oferecer. Foi por isso que a siderurgia começou noBrasil pelas mãos do Estado, no Governo Getúlio Var­gas. Foi assim que começou a indústria da refinação dopetróleo e a pesquísa do petróleo no País.

Por outro lado, incorre ainda o Sr. Ministro RobertoGusmão num erro muito grave ao anunciar a extinçãodo Instituto do !\çúcar e do Álcool, do Instituto Brasilei­ro do Café e de outras autarquias, sob a justa alegaçãode que naqueles órgãos se precessou uma imensa fontede corrupção nos últimos anos. Mas, Srs. Deputados, sea corrupção verificada no Governo Figueiredo fosse ra­zão bastante para a extinção de algum órgão público,teríamos, que extinguir o Banco Central. Nenhum órgãofoi mais ineficiente, mais incapaz, mais disidioso noexercício das suas atribuições, na fiscalização das insti­tuições financeiras do quc o Banco Central. A Lume, aCoroa-Brastel, a Delfin, o Banco Halles e o Sulbrasilei­ro, responsáveis por grandes cscándalos financeiros - ea cada dia vão sendo descobertos outros idênticos, atin­gindo centenas de milhões de cruzeiros - eram empresassubmetidas à fiscalização do Banco Central e agiam porsua delegação. Se a ineficiência de um órgão do PoderPúblico ou a sua desídia fosse motivo de sua extinção,teríamos de extinguir o Banco Central do Brasíl, o quenão passa pela mente de ninguém de bom senso.

O Sr". Walber Guimarães - Permita V. Ex' nobre De­putado Oswaldo Lima Filho, desnecessário afirmar a ad­miração em que o tenho, especialmente quando o ilustrerepresentante pernambucano ocupa a tribuna para de­fender os interesses do meu País, particularmente os inte­resses do Nordcste.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO - É bondadc deV. Ex'

Sexta-feira 16 8235

O Sr. Walber GUÚDarães - Tenho acompanhado,através da imprensa e em conversas com o Ministro Ro­berto Gusmão, a iniciativa de S. Ex' de extinguir dezenasdc empresas estatais do País. É uma tese, não obstante asboas intcnções do Minístro, muito perigosa e, a meu ver,precipitada. No IBC, já na administração do Sr. KarlosRischbieter, por exemplo, nobre Deputado OswaldoLima Filho - que com muita honra defendeu o Gover­no do saudoso Presidente João Goulart - está aconte­cende uma coisa muito interessante: parece-me que essasextinções, no fim, irão proteger a corrupção, a ladroa­gem, o roubo, as mordomias. No caso do IBC, pasme Sr.Deputado, ainda na administração anterior, mandou-seinvestigar o desvio de milhares e mílhares de sacas de ca­fé. Pois bem, já se passaram nove meses e em apenas umdos três armazêns foi concluída a investigação, em queforam indiciados os ladrões que trocaram sacas de cafépor palha de café. E por uma atitude estranha, o Sr. Kar­los Rischbieter. que considero um Presidente omisso doIBC, está protegendo essas irregularidades, determinan­do que seja concedido prazo maior aos ditos intervento­res. Pois bem, milhares e milhares de cruzeiros já foramgastos em investigações, embora a corrupção continue,pois funcionários do Instituto lotados em outras cidadesvão a Maringá a fim de receber robustas diárias. E o Sr.Karlos Rischbieter simplesmentc nada faz, não toma co­nhecimento - apesar de já estar em suas mãos um dosrelatórios - e nada diz ao povo brasileiro. Então, aque­les que são acusados dc corrupção estão na minha cida­de, Maringá, numa situação difícil. São acusados, nãopodem defender-se por determinação constante em por­tarias internas do IBC e não têm direito de dizer se sãohonestos ou não. O Sr. Karlos Rischbieter, que está con­tra a sua vontade, parece-me, na Presidência do /BC,continua a prorrogar indefinidamente (] processo. Nãoacredito qoc o Presidente José Sarney, com a inteligênciaquc tem, continue a permitir que o Sr. Karlos Rischbie­ter continue à frente do /BC simplesmente para não fazernada, mantendo o statns quo anterior. Solidarizo-mecom V. Ex' Acho que o Ministro da Indústria e do Co­mércio deve ler muito cuidado e submeter a proposta deextinção dessas autarquias ao Congresso Nacional, por­que atrás disso irá sem dúvida nenhuma proteger os anti­gos ladrões, que ainda infestam essas repartições.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO - Nobre Deputa­do Walbcr Guimarães, foi úma grande satisfação ouvirV. Ex', legítimo, honrado e brilhante representante doParaná, conhecedor da problemática da produção docafé e que, com razão, salienta esses equívocos.

Veja V. Ex': o que se reclama do nobre Ministro Ro­berto Gusmão é que, estando S. Ex' interessado numapolitica de punição dos corruptos - écraser l'ínfamie,como dizia Voltaire - de afastar, de erradicar a cor­rupção nos órgãos submetidos à sua jurisdição, tambémdê nome aos bois, anuncie os corruptos e remeta à Jus­tiça os nomes dos responsáveis.

V. Ex' falou com razão sobre o /BC, que díz respeitoao seu Estado. Falarei, por exemplo, sobre o IAA. OIAA, criado no Governo do grande Presidente Vargas,foi o instrumento que por exceléncia permitiu a sobrevi­vência da produção de açúcar e álcool no Nordcste, semo que cssa produção teria sido arruinada pela compc­tição das terras virgens, próximas dos grandes mercadose próximas às benesses dos grandes organismos financei­ros localizados no Centro-Sul.

Nós, de Pernambuco, sohretudo nós, que passamosvinte anos nos túneis da Oposição, temos denunciado re­petidamente os erros e os crimes praticados no Institutodo Açúcar e do Ãlcool. Mas o quc não podemos enten­der é que para unir os responsáveis por esses crimes se vápunir a região nordestina, porque a extinção do Institutodo Açúcar e do Ãlcool representará um golpe mortal naeconomia da agroindústria canavieira do Nordeste, oquc nós, pernambucanos e nordestinos, não podemosadmitir.

Estamos solidários com S. Ex' no exame, na punição,na condcnação da corrupção que se veríficou naquele ór­gão. Não podemos, por exemplo, compreender como oInstituto do Açúcar e do Álcool procedeu, na última ges­tão. à venda do equivalente a dois anos de produção deaçúcar no Brasil a preços gravosos no mercado interna­cional. Se o preço estava em baixa, a medida liminar, amedida mais singela de defesa da nossa economia serianegociar passo a passo a produção nacional e convertê-

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lu, na sua maioria, em álcool, não comprometendo oBrasil. como fez a Administração do Presidente Figuei­redo, em dois anos de exportação a preços vis. Para con­denar esses erros, esses crimes, esses desacertos tem S.Ex' nossa inteira solidariedade, para extinguir o órgão,nào. E mais: nessa matéria de intervenção na economiado País, da sua disciplina, dos seus limites, o Sr. Ministroda Indústria e do Comércio deve ouvir o Congresso Na­cional. Acabou O tempo dos decrctos, acabou o tempodas portarias, em que tudo era decidido pelos tecnocra­tas nos gabinetes: é preciso que o Congresso Nacionalseja informado para deliberar sobre as matérias de im­portância para a economia nacional.

Com prazer vou ouvir o nobre Deputado Virgildásiode Senna, que é sempre uma presença ilustre a nos ilumi-nar nesta Casa. '

o Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado Oswal­do Lima Filho, a presença e eloqUência de V. Ex' repre­sentam um privilégio para nós. Neste aparte quero afir­mar que V. Ex' tem inteira razão, ao fazer o comentárioacerca da posição do Sr. Ministro da Indústria e do Co­mércio com relação ao Instituto do Açúcar e do Álcool.Não é objetivo do Sr. Ministro prender ladrão, nem de­mitir aqueles que, usando do poder, malversavam recur­sos públicos. O que quer S. Ex', em defesa de interessesregionalistas - para dizer o mínimo - é extinguir umórgão que é o árbitro do setor industrial, sem cuja exis­tência o Nordeste vai passar por crises que não sabemosonde desembocarão.

o SR. OSWALDO LIMA FILHO - Muito bem.

o Sr. Virgildásio de Senna - O que há por trás disso éo descjo gracioso dessc Ministro de se tornar o lídcr, como propósito cada vez mais manifesto, da privatização deempresas quca Nação, nas ruas e neste Parlamento crioupara a cxploração dos recursos nacionais. Contra isto,nobre Deputado, sua palavra, eu diria, é da maior im­portância ao combater essa tendência, ao denunciar es­ses fatos, ao mostrar à Nação a verdadeira face da pro­posta. Sobre corrupção, sobre desvios, sobre desmandos,evidentcmente que esse Ministro não é o mais indicadopara tratar do assunto, exemplificadamente pelos moti·vos constames da edição do Diário Oficial de 24 dejulhode 1985, página 10.605. Por todos estes motivos, o en­frentamento dos desvios, a readaptação e a reformulaçãodo papel desse Instituto passam pelo Congresso Nacio­nal e não há de ser decidida pelo arbítrio de quem querque seja, muito menos desse Ministro. Execelência, nãoquero encerrar o aparte sem, a propósito do assunto, la­mentar que um homem da rcsponsabilidade política ceconômica do Sr. Karlos Rischibietcr tcnha declarado,de forma tão vulgar e espúria - em desrespeito à me­mária do cx-Presidcntc Getúlio Vargas, que a Nação, namcdida em quc sc afasta da cxistência terrena, cada vezmais respeita - que o Instituto do Açúcar e do Ãlcool êo cadáver insepulto de Getúlio. Nobre Deputado,permita-me ainda registrar no seu discurso o meu maisveemente protesto pela rudeza. grosseria, inoportunida­de e falta de respeito a um dos maiores vultos da nossa

. História.

O SR. OSWALDO LTM4- FILHO - Nobre Deputa­do Virgildásio de Senna, associo-me ao protesto de V.Ex' Causa-me cstranhcza que o Presidente do InstitutoBrasileiro do Café, Sr. Karlos Richibieter, haja pronun­ciado palavras tão injustas e contrárias à verdade históri­ca. Nem mesmo os maiores inimigos do ex-PresidenteGetúlio Vargas jamais ousaram fazê-lo, porque a cadadia que o que se verifica, como V. Ex' disse muito bem, éque a memória de Vargas se engrandece perante aNação. Os seus defeitos e erros vão-se apequenando esua obra de redenção da economia nacional, sua lutapela emancipação econêmica do País e pela instalação dellm projeto de desenvolvimento insdustrial no Brasil seengrandecem e se incoporam à História.

O Sr. José Fernandes - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. PRESIDENTE (Carlos Wilson) - Meu caroDeputado Oswaldo Lima Filho, a Mesa lamentainformá·lo que o seu tempo está esgotado e pede a com­precnsão dc V. Ex'.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

o Sr. José Fernandes - Serei breve em meu aparte,Sr. Presidente. Nobre Dcputado Oswaldo Lima Filho,além de ler a entrevista do Ministro Roberto Gusmão narevista "Veja", também assisti à sua entreveista concedi­da a um canal de televisão - não me lembro qual- emque S. Ex' abordava o problema da extinção da empresaestatais. Se o Ministro não tem o direito e o dever de ze­lar pelos bens da Nação contra os corruptos tem pelomenos a obrigação de scr coerente. O Ministro RobertoGusmão disse que o órgão deve ser extinto. Em outraspalavras, porque possui vícios insanáveis, a sua estruturaé viciada, devendo portanto ser extinto. Admite, entào,S. Ex' que é incorrigível e insanável a situação de cor­rupção, de desmandos, de erros administrativos existen­tes naquele órgão. Mas, paralelamentc à idéia do Sr. Mi­nistro .sobre o Instituto - admito até que S. Ex' tenhaformado essa concepção de vícios insanáveis - talvezpudesse pensar-me em extinguI-Ia. Porém, se isso ocor·rer, teria que se estudar uma maneira de se ver livre des·ses maus funcionários, maus brasileiros e maus servido­res do IBC, IAA, etc... Mas, na mesma entrevista, eledisse que os servidores serão aproveitados em outros ór­gãos. Isso significaria tirar uma estrutura apodrecida,corrIda e colocá-la como se fosse joio no meio do trigo- em outros órgãos. Ele teria que extinguir toda a admi­nistração e não só esses órgãos.

o Sr. Mário Frota -Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. PRESIDENTE (Carlos Wilson) - A Mesa serátolerante dando a palavra ao Deputado Mário Frota,com o conscntimento do Deputado Oswaldo Lima Fi­lho, porque o tempo do orador já está ultrapassado emtrês minutos. V. Ex' dispõe de um minuto.

O Sr. Mário Frota - Como membro da Liderança,Deputado Oswaldo Lima Filho, quero felicitá·lo pelobrilhante discurso que traz hoje à Casa.

Quero tranqUilizá-lo, na qualidade de vice-Lider, di­zendo que assuntos dessa natureza, naturalmente, nãopassarão sem ser devidamente debatidos nesta Casa. OPresidente José Sarney não errou até agora. Creio que S.Ex' não deixará que os mesmos erros ocorridos no pas­sado venham agora a acontcccr: um, dois, três homensdccidindo pela Nação. Esta tem que decidir, tem que dis­cutir, tem que debater. Acredito que, na Nova Repúbli·ca, matérias dcssa importância naõ passarão sem a devi­da discussão no Congresso Nacional. Parabéns, nobreDeputado, e feleicitaçãoes pelo oportuno discurso quefaz nesta tarde.

O SR. OSWALDO LIMA FILHO - Agradeço aovice-Líder, Mário Frota, que me honra com o apoio domeu partido, o generoso aparte.

Concluo, dizendo quc sempre fui, no meu Estado, ad­versário dos grandes produtorcs dc açúcar na luta pormelhores dias e melhores salários para os trabalhadores.

Hoje estou unido, ao lado desses produtorcs, na dcfesada existência do Instituto do Açúcar e do Álcool que,como bcm disse o nobre Deputado Virgildásio de Senna,é o árbitro dos interesses da produção agroindustrial deaçúcar entre o Nordeste e o Sul do País.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, confio que este discur­so sirva de advertência ao Sr. Ministro Roberto Gus­mão, a fim de que o S. Ex' convoque as Lideranças destaCasa, as lideranças dos trabalhadores e dos empresáriosdo País, para que seja discutido o problema da existênciado Instituto do Açúcar e do Álcool, antes de fazer umpronunciamento tão injusto e tão impensado como o qucfez. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. OS"aido Lima Fillw. oSr. Leur Lomanto, 2'-Secretário, deixa a cadeira dapresidência. que é ocupada pelo Sr. José RibamarMachado. Suplente de Secretário.

Durante o discurso da Sr. Oswaldo Uma Filho. oSr. José Ribamar Machado. Suplente de Secretário,deixa a cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr.Carlos Wilson. 2'- Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Wilson) - Tem a pala­vra o Sr. Alberto Goldman.

Agosto de 1985

o SR. ALBERTO GOLDMAN PRONUNCIADISCURSO QUE. ENTREGUE .4 REVIS.10 DOORADOR. SERÃ PUBLICADO POSTERIOR­MENTE.

Durame o discurso do Sr. Alberto Goldman. a Sr.Car/os U'ilflOlZ.2? Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência. que é ocupada pelo Sr. José RibamarMachado. Suplente de Secretária.

O SR. PRESIDENTE - (José Ribamar Machado)­Tem a palavra o Sr. Gcraldo Fleming.

O SR, GERALDO FLEMING (PMDB - AC. Pro­nuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, o Governo da Nova República, após apenas qua­tro mcses de instalação, começa li resgatar uma históricadívida da Nação para com os acrcanos e toda a RegiãoNoroeste do País.

De fato, Sr. Prcsidente, foram longas décad as Jc lutaspcla concretização de uma necessidade fundamentalpara o Acre - o' asfaltamento da BR-364 - cuja pro­messa foi tantas vezes descumprida, e que finalmenteagora se torna realidade, graças à decisão do PresidenteJosé Sarney.

Os anais do Congresso Nacional registram impressio­nante quantidade de manifestações da classe políticaacreana, de rcivindicações à realização da obra, da mes·ma forma como são incaleuláveis os apelos ao GovernoFederal, durante mais de vinte anos em que vivemos ograve problema do isolamento do Acre por falta de ade­quada comunicação rodoviária.

Eu próprio, Sr. Presidente, sempre coloquei comotema central dc minhas intervenções ncsta Casa, e noscontatos com os órgãos públicos federais, em defesa dosintercsscs do Acrc, a questão da BR-364, tendo, inclusi·ve, a consciência de que me tornava repetitivo no apelo ena abordagem das graves conseqilêacias do problema,mas insistia semprc, com o propósito de um dia sensibili­zar as autoridades responsáveis pela decisão tão espera­da pelos aereanos.

Pronunciar-se repetidamente sobre a importáncia doasfaltamento da BR-364 tornou-se absolutamente neces­sário, Sr. Presidente, porque qualquer análise que se pre­tenda fazer sobre o Acre, suas potencialidades, sua pro­dução agrícola, enfim, sua capacidade de desenvolvi­mento, implica avaliar-se o real significado da estrada,verdadeiro pressuposto básico à arrancada do Estadocomo Unidadc fortementc produtora e capaz de propor­cionar a desejada qualidade de vida à sua população.

A situação do Acre é de carência em quase todos os se­tores, - agropecuária, extrativismo. industrialização,infra-estrutura nas áreas sociais, - embora scja um Es­tado potencialmcnte rico, c com um povo trabalhador ecapaz dc grandes realizações. As limitações ao desenvol­vimento, impostas não só à produção, mas sobretudo àcomercialização com outras áreas, com outros Estados,se devem à completa interdição da Br-364 durante cincomeses por ano, uma dramática situação que semeia a an·gústia, o desespero"a fome, a misêria, a falta de produtosbásicos e de medicamentos.

Repetem-se, a cada inverno, as mesmas cenas de cami­a hões parados na BR-364, carregados com gêneros deprimeira necessidade, quando cargas inteiras são perdi­das, caminhoneiros e familiares contraem doenças e fi­cam sem assistência, e quando se inviabiliza o abasteci­mcnto de combustíveis c de alimentos à capital acreana,bcm eomo a outras cidades do Estado.

São décadas de sofrimento, Sr. Presidente, sem que osgovernantes da Velha República demostrassem preocu­pação e sensibilidade para solucionar o problema, a des­peito do seu agravamento a cada inverno, com novasmortes, mais prejuízos a trabalhadores do transporte decargas, transtornos à população, dificuldades às reali­zações do Estado.

Não faltavam, evidentemente, promessas, como a for­malizada pelo General João Figueiredo, em visita aoAcre na condição de indicado para suceder ao GeneralErnesto Geisel. Lançara ele, na oportunidade, sementesde esperança no povo acreano, ao afirmar categorica­mente que, até o final do seu Governo, o Acre estaria de­vidamente ligado ao Centro do País com o asfaltamentoda BR-364.

Passaram-se os seis' anos em que permaneceu na Presi­dência da República, mas com S. Ex' o Acre só obtevefrustração, dcsencanto, tantos foram os adiamentos, as

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Agosto de 1985

desconversas. afinal o não atendimento da solene pro­messa que fizera. em 1979.

O nosso sofrido povo. porém. voltou a acreditar napossibilidade de ver atendidas as suas iustas necessida­des. quando as forças democráticas dó País se unirampara dar it Naçúo um Governo realmente voltado paraos interesses da população e da Pátria tão, velipendiadas.

A firme posição assumida pelo saudoso PresidenteTancredo Neves. por seu companheiro de chapa, JoséSarney. c pelos que. formam a Aliança Democrát.ica, in&­pifOU, mais do que uma renovada confiança, a cerleza deqne O País começará a mudar. em favor do povo e pelagarantia de nossa soberania.

Reacendiam-se as esperanças dos acreanos, não ape­nas porque a Aliança Democrática firmava reais com­promissos com a Nação, em lugar das costumeiras pro­messas vazias de antes, como tembém porque a partici­pação do Governador Nabor Júnior, um dos primeiros aintegrar a notável união de força política democráticas, eque realiza uma admi nistração austera, competente aprofícua, assegurava ao Acre um novo tratamento doGoverno Federal, compatível com a dignidadc de suagente.

As nossas expectativas estão se confirmando plena­mente, Srs. Deputados. O Acre começa a receber o asfal­tamento da BR-364. no trecho entre Porto Velho e RioBranco, uma extensão de aproximadamente 500 Km..r'ío diã 30 de julho último, em solenidade no Palácio

do Planalto, a que tive a honra de comparecer juntamen­te com o Governador do Acre e outras lideranças donosso Estado, e ainda prestigiada pelos Ministros de Es­tado Affonso Camargo, Ronaldo Costa Couto, RubensDenys, entre outros, Governadores dos Estados de Ron­donia e Mato Grosso e Lideres da Aliança Democrática,o Presidente José Sarney assinou os contratos para a pa­vimentação da BR-364, cujas obras se iniciam imediata­mente, com a participação de sete empreiteiras nacio­nais.

Trata-se. indiscutivelmente de uma decisão históriea,revestida de imenso valor econômico, social e tambémsimbólico.

Valor económico e social, considerando-se as inúme­ras razões tantas vezes aqui apontadas e que há poucoreiterei, porque o real desenvolvimento sócio-económicodo Acrc só poderá ser viável exatamente com a concreti­zação do asfaltamento de sua única estrada de ligação aoresto do País, agora detcrminada pelo Presidente JoséSarney.

Valor simbólico, porque a importante decisão simboli­za, com eloqüência, que estamos inaugurando um novocstilo de administração pública, calcado sobremaneirana alocação dos escassos reeursos a obras que atendamnecessidades dos grandes eontingentes populacionais.

A pavimentação da BR-364, agora decidida, é o resul­tado do esforço que faz o arual Governo, um esforço, Sr.Presidente. que lamentavelmente Governos anteriorsnegaram-se a fazer.

Agora, as condições financeiras do Tesouro são atémais precárias e difíceis, mas se coloca, com sensibilida­de e inteligência. acima de tudo o objetivo de acabar comos sacrifíci os impostos ao povo acreano, pois, como bemsalientou o Presidentc José Sarney, "a população doAcre não pode ficar mais na dependência de custos insu­portáveis dos gêneros de primeira necessidadc".

A obra implicará um custo total de 146,7 milhões dedólares, dos quais 58,5 milhões através de empréstimosdo Banco !nteramericano de Desenvolvimento-BID, e88,2 milhões de dólares a contrapartida brasileira.

É importante destacar, Sr. Presidente, que o projetoda BR-364 leva em consideração, além da engenharia,aspectos da preservação ecológica e de proteçào aos gru­pos indígenas com terras na Região. de modo que O pro­gresso, fator de beneficios c vantagens sociais, não scjaresponsável por atentados à natureza e ao homem, emseus valores e riquezas fundamentais.

Daí a participação de vários setores d'O Governo Fede­ral, cujos atuais reponsáveis tiveram atuação importantepara que se agilizasse, com a Nova República, o felizdesfecho que hoje todos comemoramos.

Lembro que, ma) iniciara a prescnteadministraçào, cuaproveitava a visita que fazíamos - integrantes da Co­missão dc Transportes da Câmara - ao Ministro Affon­so Camargo, dos Transportes, para entregra-Ihe um do­cumento de apelo por uma rápida solução para a BR-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

364. Recebi dele a informação de que encamlllllana, lo­go. o assunto aos Ministérios da área econõmica. para asdevidas providênci.os. Pouco tempo depois. em compa­nhia do Governador acrcano, comparecia ao Ministérioda Fazenda e à Secrctaria dc Planejamento, e recebíamosdos respectivos tit1llares. os Ministros Francisco Dor­nelles e João Sayad, as mesmas atcnções, o mesmo trata­mento, com eficiéncia, boa-vontade e senso de decisãocom que fomos distinguidos pelo Ministro Affonso Ca­margo. também o Ministério do [nterior, através do Mi­nistro Ronaldo Costa Couto, nos concedia demons­tração de que contribuía efetivamente para uma rápidadecisão presidencial.

Concedo o aparte ao Deputado Israel Dias-Novaes.

O Sr. fsrael Dias-Novaes - Deputado Geraldo Fle­ming, V. Ex' pode ver o interesse com que a Casa acom­panha o seu pronunciamento, onde examina em profun­didade a problemática do seu Estado, da qual é conhece­dor profundo quase incomparável, porque de há muitoque sustenta as causas acreanas. De V. Ex' se poderá di­zer que é um acrcano militante, sempre a serviço de seuEstado, pelo qual tem sofrido nesse tempo todo. V. Ex'testem unhou o que foi o continuo aborrecimento, o se­guido amargor do Estado do Acre durante toda a pe­núria do regime antigo. Agora V. Ex' se defronta comuma nova perspectiva. trazida pela Nova República. oque significa um novo Acre. E comunica à Casa a re­denção do seu Estado, que é o significado da assinatura,pelo Presidente da República - presentes numerososMinistros e V. Ex" - da autorização para a pavimen­taçào da BR-364. V. Ex' tem muita razão, pois esta ro­dovia permite que O Aere se comunique com o restantedo País. passando fi integrar, efetivamente, por uma fitade asfalto, a comunidade brasileira. Celebrando esteacontecimento, na verdade V. Ex' enaltcce os novos tem­pos brasileiros, mostrando à Casa que o scu Estado está,como os demais, experimentando todas as razões de con­fiança comum.

o SR, GERALDO FLEMING - Agradeço a V. Exa.pelo uparte e o incorporo ao meu pronunciamento.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Assis Canuto.

O Sr. Assis Canuto - Sr. Deputado Geraldo Flcming,hoje realmente cxiste uma razão muito especial para noscongratularmos com V. Ex' e com o povo do Acre. Des­de que chegamos a ·esta Casa temos sido testemunha pes­soal do seu trabalho e da sua luta pelo asfaltamento daBR-364, no trecho iPorto Velho - Rio Branco. Nós, quetivemos a ventura de viver no seu Estado por mais dequatro anos, tumbiím sabemos do valor extraordinárioque representa essa obra para todos os acreanos, enfim,para todo o povo que está a oeste da cidade de Porto Ve­lho. Realmente, o Estado de Rondónia se scnte regozija­do, porque grande parte da rodovia será realizada emnosso Estado. Queremos dizer a V. Ex' que estaremosaqui para lutar pelo asfaltamento da BR-425, que ligaAbunã à cidade de Guajará-Mirim. E tenho certeza ab­soluta de que V. Ex', conhecedor da problemática dopovo de Guajará-Mirim e da região, haverá de se somarao nosso trabalho, Gomo somados foram nossos esforçosao de V. Ex', para que aquele segmento da BR-425 sejaineluido também no plano de asfaltamento para ligaraquela cidade, que representa um bastião avançado danossa fronteira na divisa com a Bolívia, a Abunã, paraque ela possa fazer parte integrante do sistema rodo­viário nacional. Tenho certeza absoluta de que a banca­da acreana haverá de somar seus esforços aos nossos embusca desta vitória. Queremos comunicar a V. Ex" quetemos em mãos um projeto de lei, que apresentaremoshoje a esta Casa, propondo a instalação e construção dcrodovia que denominamos Noroeste do Brasil, ligando acidade de Campo Grande ao extremo do nosso Estado,Cruzeiro do Sul, passando, naturalmente, por Cuiabá,Vilhena, Porto Velho, Rio Branco. Também para esteprojeto queremos o apoio de V. Ex', de sua bancada e detodos os Deputados desta Casa.

O SR. GERALDO FLEMING - Nobre DeputadoAssis Canuto, agradeço a V. Ex' o aparte. Da mesmaforma que nos deu seu auxílio para que fosse asfaltada aBR-364 no trecho de Porto Velho a Rio Branco, V. Ex'tem o meu apoio e, tenho certeza, de toda a bancadaacreana.

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Com muita honra concedo o aparte ao meu amigo De­putado Cardoso Alves.

O Sr, Cardoso Alves - Congratulo-me com V, Ex'por trazer este assunto à tribuna. e quero, também. com­plementar o aparte do nobre Deputado Israel Dias­Navaes, que ofereceu a V. Ex' sua solidariedade na lutapelo asfaltamento, até o final, da BR-364. Sobre ela,tudo o que se tinha a dizer já foi dito. e o nobre Deputa­do Israel Dias-Novaes, ao que me parece, esgotou aquelavisão interior das positivas conseqüências do asfaltamen­to da BR-3M. Quero aqui rememorar, nobre Deputado.os dias em que estivemos juntos, V. Ex' e eu, durante acampanha de Tancredo Neves, conversando sobre esteassunto, em Rio Branco. A BR-364 é o início da re­denção do Brasil interior e o embrião da criação de umnovo celeiro de carne e de grãos para o mundo. Quandoela estiver pronta. haverá de facilitar, ao máximo. o de­senvolvimento da região há pouco referida pelo colegaque me antecedeu, qual seja, a de Mato Grosso, Rondõ­nia, Acre e Sudoeste amazônico. O Brasil, então estarápronto para comunicar-se com o mundo asiático. famin­to e altamente povoado e desenvolver um novo comér­cio, na qualidade de grande produtor agrícola, atravésda ligação de seu Estado com o Peru e, portanto, com oOceano Pacífico. Uma ligação fáeil. mas que até hoje,inexplicavelmente, não foi feita. Cumprimento V. Ex' e,através de V. Ex', o Presidente José Sarney e o Acre. queiniciam este grande serviço para a Nação: fazer com queo Acre, que está hoje voltando para dentro do País, passea ser a porta do Brasil para o Oceano Pacifico.

O SR. GERALDO FLEMING - Muito obrigado aV. Ex'

Realmente. essa ligação é uma das nossas maiores as­pirações. Os nossos amigos vizinhos, a Bolívia e O Peru,também anseiam por esta iniciativa, já que eles terãomais facilidade de trazer os seus produtos par ao Brasil.E como bem disse V. Ex'. essa estrada, que aqui defende­mos, é justamente a nossa saída para o Pacifico.

Concedo o aparte ao jovem representante do Acre,Deputado José Melo.

O Sr. .José Melo - Nobre Deputado Geraldo Fle­ming, durante muitos anos, por muito tempo, para osacreanos era quase uma miragem ou sonho a expectativade ver pavimentada a BR-364 até Rio Branco, e a interli­gação do Acre com o resto do País. Mas, por ato daNova República, do Presidente José Sarney, dentro embreve teremos esse sonho realizado, teremos essa estradapavimentada. E nessa data, então, teremos muito queagradccer a V. Ex', quc tanto sc dedicou a esta causa, epor ela lutou. Sou testemunha, nesses dois anos e meiode exercício do mandato parlamentar, assim como todosos aereanos, de sua vida pública em grande parte dedica­da à concretização dessa obra. Foi uma dedicação inces­sante, de um lutador por vezes tão insistente e imperti­nente em defesa do que chamei há pouco de uma mira­gem. Congratulo-me com V. Ex' pelo seu pronuncia­mento, e por reconhecer que a Nova República teve a de­cisão de determinar a pavimentação dessa rodovia. V.Ex', enfim, vê hoje sua luta coroada de êxito.

O SR. GERALDO FLEMING - Agradeço o aparteao nobre Colega. Realmente, como V. Ex' disse, fui mui­tas vezes até impertinente, lendo discurso aqui muitas ve­zes até repetidos, porque já não tinha mais novidadespara falar.

Ouço o nobre Deputado José Fernandes.

O Sr, José Fernandes - Nobre Deputado GeraldoFleming, V. Ex' é muito feliz, nesta tarde, pois que abor­da a decisão tomada pelo Govcrno José Sarney de darprosseguimento aos trabalhas de pavimentação da BR­364, no segmento que vai de Porto Velho a Rio Branco,no seu Estado do Acre. Em verdade, depois da decisãode Juscelino Kubitschek, de mandar abrir essa estrada­e aqui lembro o engenheiro José Rodrigues Pereira, ho­mem que praticamente trabalhou e lutou sozinho pelaconstrução dessa rodovia até Rio Branco, partindo deCuiabá - a maior medida que podemos realmente ano­tar na história daquela parte meridional da Amazônia,que é O Estado do Acre, é exatamente a pavimentaçãodessa rodovia. A Amazônia, notadamente na borda dos

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altos rios, no Estado do Acre, tem terras ótimas para aexpansão da fronteira agrícola nacional. Para isso, é ne­cessário o estabelecimento de uma via de acesso de altaconfiabilidade. E V. Ex' sabe que o Acre vive com difi­culdades, sujeito a racionamentos de combustível, deenergia elétrica, para poder sobreviver, já que fica total­mente isolado durante determinado período do ano. Es­tão de parabéns os cidadãos do Acre, está de parabénstoda a representação do Acre, está de parabéns o seuGovernador. E todos nós, da Amazônia, estamos felizes,porque vamos ver um irmão nosso se tornar mais forte emais apto a contribuir para o desenvolvimento nacional.

O SR. GERALDO FLEMING - Nobre Deputado, anossa causa é comum. V. Ex' sabe muito bem disso.Agora, Deputado José Fernandes, com a assinatura doscontratos pelo nosso Presidente José Sarney, para con­eluir a BR-364, vamos lutar também para fazer a ligaçãoda BR-317, que liga o Município de V. Ex', Boca doAcre, até Assis Brasil, pois que essa estrada completajustamente a BR-364 e possibilite a ligação com o Peru,com o Pacífico. Esta nossa luta será continuada.

Coneluo, Sr. Prcsidentc.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, permitam-me expres­sar neste instante o scntimcnto de quem alcança uma vi­tória tam bém pessoal.

Tenho a humildade suficiente para não alimentarqualquer pretensão de êxito pessoal, com a recente deci­são de se asfaltar a BR-364 até Rio Branco, mesmo por­que a vitória pertence ao povo acreano, que acredita econfia na Aliança Democrática. Felizes também estão osrondonienses e amazonenses, nossos vizinhos.

Mas tenho também a plena convicção de que semprecoloquei a BR-364 como um vcrdadciro ideai de minhaatuação pública, desdc os tempos de Deputado estadual,há mais de vinte e dois anos, na Assembléia Legislativado Acre. Lutamos c fizemos muitos pronunciamentos,mas hoje nos sentimos recompensados.

Aqui, outro registro ditado pelo desejo de fazer justiçaaos meus companheiros, nesta Casa: nas incontáveisocasiões em que levantei minha voz pela pavimentaçãoda BR-364, de Porto Velbo a Rio Branco e na continui­dade até o Peru, sempre fui honrado com apartes, de to­tal apoio, de colegas representantes acreanos, de Rondô­nia, da Região Amazônica e de outros estados, de todosOs partidos políticos, Sr. Presidente, numa demonstraçãode que a causa pela qual tanto lutamos é justa, pertinentee atende aos interesses da coletividade que representa­mos.

É com emoção que antevejo para o Acre a firme reno­vação do ideal lançado por Juscelino Kubitschek de Oli­veira, o grande Presidente que, na década de 50, com oestímulo c o entusiasmo do então Governador de Ron­dônia, Coronel Paulo Nunes Leal, desbravou a regiãopara construir em tempo recorde a BR·364, elo de inte­gração das fronteiras aereanas, tão duramente conquis­tadas ao Brasil por Plácido de Castro e seus heróicos co­laboradores.

O abandono da estrada e, conseqllentemente, do Acre,nas últimas duas décadas - um lamentável hiato no pro­jeto desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek - co­meça a ser superado, com a deliberação do PresidenteJosé Sarney de concluir a estrada que tanto aproxima osbrasileiros que lá também ajudam a construir a grandezade nossa Pátria.

A economia de combustíveis, a tranqllilidade no aba,­tecimento de gêneros alimentícios e de energia elétrica, apreços mais acessíveis; o novo corredor de exportaçãoque se abre, permitindo alentadoras perspectivas à eco­nomia regional; a redução do tempo e dos riscos de via­gem até Porto Velho e ao Centro-Sul do País; enfim, osimensos beneficios com a pavimentação da BR-364multiplicar-se-ão quando se decidir asfaltar o trecho de200 km que faltam para encontrar a estrada em terri­tórios boliviano e peruano, que atinge o Pacífico, obrajáprevista em convênios assinados pelo Brasil com seus vi·zinhos Bolívia e Peru.

Congratulo-mc, pois, com o Governo da Nova Re­pública, o Governo do meu Estado e com todo o povoacreano, na certeza de que essa histórica decisão consti­tuirá um novo marco, que levará ao desenvolvimento denossa terra e de nossa gente, colocando-as em lugar dedestaque, com seus exemplos e participação, na cons-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

trução de uma sociedade brasileira mais forte, justa e de­mocrática. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Está findo o tempo destinado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.

COMPARECEM MAIS OS SRS.:

Acre

Alércio Dias - PFL; Geraldo Fleming - PMDB;Nasser Almeida - PDS; Ruy Lino - PMDR

Amazonas

Carlos Alberto de Carli - PMDB; Ubaldino Mei­relles - PFL; Vivaldo Frota - PFL.

Rondônia

Leônidas Rachid - PDS; Múcio Athayde - PMDB;Olavo Pires - PMDB; Rita Furtado - PFL.

Pará

Antônio Amaral- PDS; Arnaldo Moraes - PMDB;Carlos Vinagre - PMDB; Dionísio Hage - PFL; LúciaViveiros - PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Sebastião Cu­rió - PFL; Vicente Queiroz - PMDB.

Maranhio

Cid Carvalho - PMDB; Eurico Ribeiro - PDS; Jay­me Santana - PFL; Magno Bacelar - PFL; Sarney Fi­lho - PFL; Vieira da Silva - PDS; Victor Trovão ­PFT

Piauí

Correia Lima - PFL; Jônathas Nunes - PFL; Tape­ty Júnior - PFL; Wall Ferraz - PMDB.

Ceará

Antônio Morais - PMDB; Carlos Virgilio - PDS;César Cals Neto - PDS; Evandro Ayres de Moura ­PFL; Flávio Marcílio - PDS; Furtado Leite - PFL;Gomes da Silva - PDS; Leorne Belém - PDS; LúcioAlcântara - PFL; Manoel Gonçalves - PDS; OrlandoBezerra - PFL; Ossian Araripe - PDS; Paes de Andra­de - PMDB; Sérgio Philomeno - PDS.

Rio Grande do Norte

Henrique Eduardo Alves ~ PMDB; Vingt Rosado­PDS; Wanderley Mariz - PDS.

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Álvaro Gaudéncio - PFL;Antônio Gomes - PDS; Carneiro Arnaud - PMDB;Ernani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PFL; José Ma­ranhão - PMDB; Raymundo Asfóra - PMDB; TarcÍ­sio Buriti - PFL.

Pernambuco

Arnaldo Maciel - PMDB; Geraldo Melo - PFL,Gonzaga Vasconcelos - PFL; Inocêncio Oliveira ­PFL; Jarbas Vasconcelos - PSB; José Mendonça Bezer­ra - PFL; Mansueto de Lavor - PMDB; Miguel Ar­raes - PMDB; Oswaldo Coelho - PFL; Pedro Corrêa- PDS; Roberto Freire - PMDB; Thales Ramalho ­PFL.

Alagoas

Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS;Manoel Affonso - PMDB; Nelson Costa - PDS.

Sergipe

Francisco Rollemberg - PDS; Gilton Garcia - PDS;Jackson Barreto - PMDB.

Bahia

Afrísio Vieira Lima - PDS; Felix Mendonça - PTB;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães ­PDS; França Teixeira - PFL; Francisco Pinto ­PMDB; Gorgônio Neto - PDS; Haroldo Lima ­PMDB; Hélio Correia - PDS; Jorge Medauar ­PMDB; Jorge Vianna - PMDB; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Manoel Novaes -- PDS; Marcelo

Agosto de 1985

Cordeiro - PMDB; Mário Lima - PMDB; Ney Ferrei­ra - PDS; Raymundo Urbano - PMDB; Rômulo Gal­vão - PDS; Ruy Bacelar - PFL; Virgildásio de Senna- PMDB.

Espírito Santo

Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua ­PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PFL;Theodorico Ferraço - PFL; Wilson Haese - PMDB.

Rio de Janeiro

Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira - PMDB;Álvaro Valle - PFL; Arildo Teles - PDT; BocayuvaCunha - PDT; Daso Coimbra - PMDB; Délio dosSantos - PDT; Eduardo Gam - PDS; Figueiredo Fi­lho - PDS; Francisco Studart - PFL; JG de AraújoJorge - PDT; Jiulio Caruso - PDT; Jorge Cury ­PMDB; Jorge Lcite - PMDB; José Eudes - PT; Láza­ro Carvalho - PFL; Léo Simões - PFL; LeônidasSampaio - PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Már­cio Macedo - PMDB; Mário Jurona - PDT; SebastiãoNery - PDT; Sérgio Lomba - PDT.

Minas Gerais

Antônio Dias - PFL; Cássio Gonçalves - PMDB;Castejon Branco - PFL; Christóvam Chiaradia - PFL;Dario Tavares - PMDB; Emílio Ga1\o - PFL; FuedDib - PMDB; Gerardo Renault - PDS; João Rerenli­no - PMDB; Jorge Carone - PMDB; Jorge Vargas­PMDB; José Carlos Fagundes- PFL; José Machado­PFL; José Ulisses - PMDB; Juarez Baptista - PMDB;Júnia Marise - PMDB; Leopoldo Bessone - PMDB;Luís Dulci - PT; Luiz Leal- PMDB; Mário Assad ­PFL; Mário de Oliveira - PMDB; Maurício Campos­PFL; Milton Reis - PMDB; Navarro Vieira Filho ­PFL; Nylton Velloso - PFL; Raul Belém - PMDB;Raul Bernardo - PDS; Ronaldo Canedo - PFL; Sér­gio Ferrara - PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; Wil­son Vaz - PMDB.

São Paulo

Alberto Goldman - PMDB; Armando Pinheiro ­PDS; Aurélio Peres - PMDB; Cardoso Alves ­PMDB; Cunha Bueno - PDS; Diogo Nomura - PFL;Doreto Campanari - PMDB; Estevam Galvão - PFL;Farabulini Júnior - PTB; Felipe Cheidde - PMDB;Ferreira Martins - PDS; Gióia Júnior - PDS; HerbertLevy - PFL; João Cunha - PMDB; João HerrmannNeto - PMDB; Maluly Neto - PFL; Mário Hato ­PMDB; Mendes Botelho .- PTB; Mendonça Falcão ­PTB; Moacir Franco - PTB; Pacheco Chaves ­PMDB; Paulo Maluf - PDS; Plínio Arruda Sampaio­PT; Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi - PMDB;Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro - PFL; Sal­vador Julianelli - PDS; Theodoro Mendes - PMDB;Tidei de Lima - PMDB.

Goiás

Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros ­PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva ­PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nasci­mento - PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Ber­nardes - PMDB.

Goiás

Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros _PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva _PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nasci­mento - PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Ber­nardes - PMDR

Mato Grosso

Jonas Pinheiro - PDS; Maçao Tadano - PDS; Már­cio Lacerda - PMDB.

Mato Grosso do Sul

AI?ino Coimbra - PDS; Levy Dias - PFL; PlínioMartms - PMDB; Sérgio Cruz - PMDB; Ubaldo Ba­rém - PDS.

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Agosto de 1985

Paraná

Antônio Ueno - PFL; Aroldo Molctta - PMDB;Borges da Silveira - PMDB; Dilson Fanchin - PMDB;Fabiano Braga Cortes - PFL; Hélio Duque - PMDB;Irineu Brzesinski - PMDB; !talo Conti - PFL; Leo deAlmeida Neves - PDT; Mattos Leão - PMDB; Nor­ton Macedo - PFL; Oscar Alves - PFL; ReinholdStephanes - PFL; Renato Bernardi - PMDB; RenatoLoures Bucno - PMDB; Santinho Furtado - PMDB.

Santa Catarina

Enio Braneo - PFL; Epitácio Bittencourt - PDS;Nelson Morro - PDS; Paulo Melro - PFL; RenatoVianna - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Augusto Trein - PDS; HermesZaneti - PMDB; Hugo Mardini - PDS; Ibsen Pinheiro- PMDB; Jorge Uequed - PMDB; José Fogaça ­PMDB; Júlio Costamilan - PMDB; Nelson Marchezan- PDS; Ni1ton Alves - PDT; Osvaldo Nascimento ­PDT; Paulo Mincarone - PMDB; Rubens Ardenghi­PDS.

Amapá

Antônio Pontes - PFL; Geovani Borges - PFL;Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PFL.

VI ORDEM DO DIA

o SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - Alista de presença acusa o comparecimento de 275 Srs.Deputados.

Os Senhores Deputados que tenham proposições aapresentar poderão fazé-lo.

O SR. ASSIS CANUTO - Projeto de lei que incluino Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei' n'5.917, de 10 de setembro de 1973, a Ferrovia Noroestedo Brasil.

O SR. ROBERTO JEFFERSON - Projeto de lei queconcede pensão especial a Maria Cezaltina Pastor Pires.

A SR-. LÚCIA VIVEIROS - Proposta de Emenda àConstituição que altera o art. 74 da Constituição Fede­ral.

O SR. RENATO VIANNA - Projcto de lei que alte­ra a redação do art. 932 do Código de Processo Civil.

O SR. OSWALDO MELO - Requerimento de infor­mações ao Presidente do Banco Central sobre contratode confissão de dívida do Banco do Estado do Pará S. A.

O SR. AMADEU GEARA - Projeto de lei que auto­riza o Poder Executivo a promover a realização do censodemográfico qüinquenal nas regiões metropolitanas.

O SR. SANTINHO FURTADO - Projeto de lei queestende ao pequeno produtor rural o tratamento diferen­ciado, simplificado e favorecido, previsto na Lei n'7.256, de 27 de novembro de 1984.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Projeto de lei qucacrescenta § único ao art. 18 da lei que regula a ação po­pular.

O SR. EDME TAVARES - Projeto de lei que modi­fica a redação do item III do art. 42 da Lei n' 5.682, de 21de julho de 1971 (Lei Orgânica dos Partidos Políticos).

O SR. ADAIL VETTORAZZO - Projeto de lei quealtera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho.

O SR. DrOGO NOMURA - Projcto de lei que acres­centa dispositivo à Consolidação das Lcis do Trabalho,instituindo a estabilidade provisória da gestante.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

- Projeto dc lei que altera a redação do art. 123 doDecreto-Lei n' 941, de 13 de outubro de 1969, permitin­do se efetive a naturalização, na hipótese que menciona,mediante a expedição da carteira de identidade de brasi­lciro naturalizado.

- Projeto de lei que acrescenta parágrafos ao art. 20da Lei n' 5.869, de II de janeiro de 1973, que institui oCódigo de Processo Civil.

O SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de lei queinstitui a placa nacional de veículos, a caderneta de veí­culo e dá outras plrOvidências.

O SR. FRANCISCO DIAS - Projeto de Resoluçãoque dá no~a redação ao art. 60 do Regimento Interno.

O SR. JOSÉ FREJAT - Projeto de lei que dispõesobre eompra e porte de arma de fogo.

O SR. PACHECO CHAVES - Projeto de lei que al­tera a Lei Orgânica da Previdência Social, de modo a as­segurar prestação de assistência médica aos filhos dos se­gurados, nas condições que especifica.

O SR. NADYR ROSSETTI - Projeto de lei que alte­ra a redação do art. 92 da Lei n' 4.737, de 15 de julho de1965, que institui o Código Eleitoral.

O SR. JOSÉ TAVARES - Projeto de lei que concedeaposentadoria especial para os motoristas de táxi.

O SR. HOMERO SANTOS - Projeto de lei queacrescenta dispositivos à Lei n' 2.604, de 1955, para dis­ciplinar a duração do trabalho de enfermeiros e demaisservidores de hospitais.

O SR. LUIZ HENRIQUE - Projeto de lci que acres­centa § ao art. 8' da Lei n9 7.332, de l' de julho de 1985,que trata do prazo de domicílio eleitoral para o pleito de15 de novembro de 1982 c dá outras providências.

O SR. TIDEI DE LIMA - Projeto de lei que autorizaa criação de uma Vara de Justiça Federal na cidade deBauru, Estado de São Paulo.

O Sr. Djalma &,m (Líder do PT) - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. DJALMA BOM (PT - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) _. Sr. Presidente, Srs. Deputados, aperplexidade tomou conta da política brasileira. O apoiodo Ministro Aureliano Chaves à candidatura de JânioQuadros à Prefeitura de São Paulo transformou aAliança Democrática no. "Samba de Nega Maluca"... "to­ma que o filho é teu".

À parte a constatação da divisão, maternidade e brigainterna da Aliança Democrática, sabemos da importân­cia de os paulistanos votarem diretamente na escolha doseu Prcfcito, após os quase 20 anos em que lhes foi nega­do esse direito.

Por isso, o Partido dos Trabalhadores conclama a po­pulação paulistana a participar do processo eleitoral,bem como a votar conscientemente, escolhendo a quemdestinar o seu voto, avaliando os programas de governo,a coerência dos parl!idos políticos, a firmeza dos candi­datos de não renunciar à luta ao lado da população, eque ninguém se iluda com a propaganda financiada pe­los poderosos comprometidos com a exploração e opres­são do Estado e da classe dominante.

Além disso, gostaríamos também de conclamar a Casapara que tomássemos a iniciativa de constituir uma Co­missão Parlamentar de Inquérito para avaliarmos a de­núncia do jornal O Globo, no fato de o cx-Ministrolbrahim Abi-Ackel estar ligado ao contrabando de pe­dras preciosas para os Estados Unidos. Deve o Congres­so - Deputados e Senadores - formar uma Comissãode Inquérito para que possamos averiguar essa questão.Se constatarmos que S. S- tem culpa no cartório, é ques­tão de cadeia. Não podemos fazer como no caso do Sr.Mário Garnero, que até hoje continua livre.

O Sr. Celso ·Ba.rms - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma eomuD1cação, como Líder do PFL

Sexta-feira 16 8239

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. CELSO BARROS (PFL - PI. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, foiinstalado na manhã de hoje, pelo Sr. Presidente da Re­pública, O Grupo de Trabalho para reformular o SistemaFinanceiro de Habitação. Contou a solenidade com re­presentantes dos órgãos ligados aos setores imobiliáriosde todo o País, numa demonstração dc quc a medida go­vernamental está despertando grande interesse, pois visaa solucionar um dos problemas de maior preocupaçãodo Governo.

Os erros e as distorções do passado que envolveram oSistema Financeiro de Habitação vão ser agora cxamina­dos cm suas causas, justamcnte para se viabilizarem so­luções ajustadas às necessidades dos que estão vincula­dos a esse sistema.

O Presidente José Sarney salientou a importância des­sa iniciativa, enfatizando o sentido social que ela repre­senta, inspirada numa política voltada sobretudo para ocampo social, onde se concentram grandes conflitoscomo resultado das discriminações e do tratamento in­justo a que são submetidas as populações mais pobres.

As últimas medidas tomadas no setor habitacionalpelo BNH foram mal recebidas, porque se orientarampelos mesmos critérios que vinham sendo adotados noGoverno passado. Os esforços do Governo para minimi­zar a situação, tornando ao alcance do povo os benefí­cios concedidos pela legislação, não serviram para justi­ficar os aumentos que resultaram do reajustamento leva­do a efeito.

Em face da legislação que rege o Sistema Financeirode Habitação, no momento, é difícil encontrar-se umaforma que reduza a bases considcráveis o índice das pres­tações da casa própria. Só mesmo um estudo profundoda questão, de que se encarregarâ o Grupo de Trabalhohoje instalado, sob a presidência do Dr. Rafael de Al­meida Magalhães, haverá de corrigir os erros existentes,tornar acessível o peso das prestações e, por outro lado,estimular a construção de novas moradias e despertarmaior interesse em torno do problema imobiliário nacio­nal, hoje sofrendo sérios obstáculos.

O Grupo de Trabalho tem importante tarefa a reali­zar. É de esperar-se que traga soluções objetivas aoproblema, sem delongas, a fim de que, através das medi­das legais sugeridas, possamos restabclccer a credibilida­de do Sistema e colocar a politica habitacional do País aserviço dos mais neeessitados, aos quais, realmente, pou­co tem servido.

O Sr. José Colagrossi - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como. Líder do PDT.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. JOS~ COLAGROSSI (PDT - RJ. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a pa­lavra casuísmo nasceu nesses vinte anos de arbítrio e co­meçou a aparecer exatamente em 1965, quando, porexemplo, o Governo passou a fazer projetos e a baixardecretos-leis, impedindo que Hélio de Almeida fossecandidato a Governador pelo Estado do Rio de Janeiro,porque havia sido Ministro de João Goulart, e tambémimpedindo que o General Teixeira Lati fosse candidatopor não ter domicílio eleitoral. Os casuísmos prossegui­ram, como no caso dos senadores. "biônicos".

Quando findou oreglme autoritário, noss-o partidoacreditou que também os casuísmos haviam terminado.No entanto, Sr. Presidente, o PDT vê, com muita preo­cupação, que agora a Nova República deseja impor no­vamente essa prática, como é o caso do projeto de lei doSenador Murilo Badaró, que tenta impedir que os parti­dos chamados menores tenham acesso à televisão naspróximas eleições para as Prefeituras municipais.

Há, inclusive, Sr. Presidente, uma tentativa, de que te­mos conhecimcnto, no sentido de que a proposição tra­mitc cm regime de urgêneia.

O PDT não concorda com isso, e vai-se manter vigi­lante, negando a sua assinatura a tal requerimento. se forapresentado, e pedindo verificação de votação. caso sejasubmetido à deliberação da Casa. Tal proposição ê maisum casuísmo, praticado agora, quase em cima daseleiçõcs, para tentar afastar o Senador Roberto Saturni­no da televisão, nas eleições para a Prefeitura Municipal

Page 30: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

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do Rio de Janeiro, assim como O candidato do PTB, naselcições para a Prefeitura Municipal de São Paulo. Isto éuma vergonha para a Nova República. .

Queremos registrar, aqui, o protesto do noss~ ~artldoe dizer que estaremos discutindo este assunto dIarIamen­te, pedindo verificação de votação a todo o momento, afim de evitar que seja aprovado tão violento casuísmo,que envergonha a Nova República e tod? o movimentorealizado ncste País para acabar com os vmte anos de au­toritarismo e de ditadura.

O PDT, que votou a favor do fim do regime passado,vê com muita preocupação, a aplicação de métodosco~o este e estará alerta, para impedir que o projeto delei do Senador Murilo Badaró - que, como S. Ex', .ébiônico, - impossibilitando o acesso do PDT à televI­são, nas próximas eleições municipais.

Muito obrigado a V. Ex'.

O Sr. Israel Dias-Novaes - Sr. Presidcnte, pcço a pa­lavra para uma comunicação como Líder do PMDB.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. ISRAEL DIA8-NOAVES (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, desejo fazer algunscomentários à margem dos assuntos trazidos a esta tri­buna. neste momento.

Todos nôs, brasileiros, vimos e lemos notícias alusivasao último Ministro da Justiça da República decaída. Anotícia é sobremodo grave, como disse o Ministro Fer­nando Lyra, e, também, surpreendente e estarrecedora,porque um rcgime que se proclamava moralista oferece,de súbito, e numa sobrcvida difícil quc tcnta alimentar,um testemunho dessc quilate, desse jaez.. Mas quero lembrar, a propósito, que o Ministro

Ibrahim Abi-Ackel foi Deputado durante dois mandatosnesta Casal e é llm homem relacionado na Câmara e noCongrcsso em geral. De sorte que, em lugar de montar­mos uma Comissão Parlamcntar de Inquérito, cumprir­mos toda a tramitação regimental, creio quc scria muitomais interessante que S. Ex' sponte propriae, se ofcrcccs­se para vir, no caso, à Comissão de Minas e Energia, eexpor o caso das pedras preciosas brasileiras. Faço estasugestão ao Dr. Ibrahim Abi-Ackel, para que dasanuvleas mentes dos seus admiradores, que se habituaram a vera sua cloqüência parnasiana durante quatro anos nosvídeos do País.

Sr. Presidente, ouvi também alusões ao comportamcn­to do Ministro Aureliano Chaves, precisamente o dasMinas e Energia. S. Ex' é celebrado por ter feito anúnciodo seu propósito de apoiar, em São Paulo, o candidatodo PTB.

Então. ao mesmo tempo em que se celebra estc fato,ressalta-se a sua conseqüência: o esfacelamento daAliança Democrática.

Ora, a conclusão me parece muito mais grave do que apremissa. Na verdade, iS1ol0 não ocorre; em primeiro lu­gar. porque a Aliança Dcmocrática há de sobreviver aisto e, em segundo. porque o Sr. Ministro AurelianoChaves está tendo um gesto político, de intcressc pcssoale intransferível.

S. Ex' comete apenas uma falha que, a meu ver, preci­sa ser reparada: não apoiar o melhor candidato em SãoPaulo, mas o do seu Partido, podendo trazer com istosérios aborrecimentos administrativos e políticos ao Es­tado. Pela primeira vez, O Dr. Aureliano Chaves, pormotivos pessoais e partidários, está ameaçando causarsérios danos a um Estado que muito o admira. Porque,se S. Ex' entregar a Prefeitura de São Paulo ao Sr. JànioQuadros, estará pondo em risco e em perigo todo o futu­ro administrativo da minha capital - só aí vejo a falhado Sr. Aureliano Chaves.

Quanto à sua liberdade de ação, às suas opções demo­cráticas, S. Ex' que as desfrute como bem lhe aprouver;apcnas prejudique o menos possível a minha cidade e omeu Estado.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. com a anuênciae a aquiescência de V. Ex'

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder PDS.

O SR. PRESIDENTE (Josê Ribamar Machado.) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, o que vou dizer hoje estáligado diretamente à Mesa, à Comissão instalada paramodificar o Regimento Interno, presidida pelo nobreDeputado Humberto Souto, c às Lidcranças dos diver­sos partidos na Cámara. Falo no período destina~o àComunicação de Liderança do PDS, mas quero deIxarclaro que esta não é uma atitude do partido e, sim, degrande rarte dos Deputados do PDS, os quais consultei.

A exploração que vem sendo feita da questão dos je­tons, está alcançando limites intoleráveis. Mas temos d~

reconhecer quc ela tcm origem num fato verdadeiro. Eaquela história que se conta a respeito da mulher de Cé­sar: não basta ser, é preciso parecer; ou seja, não estamoscorrespondendo. De fato, o jeton é uma gratificaçãopaga a quem comparecer às sessões. O que está havendoé uma verdadeira mistificação também por parte dequem criou o jeton. Vamos, então, responder por algu­ma coisa que possa ser explicada dentro da lógica e darealidadc, mas não pcla lei. A maioria dos Deputadosdesta Casa - e falo com iscnção, pois mínha campanhaé inteiramente ideológica - tem de ser reprcsentante edespachante do povo. O Deputado, quando presente noplenário, pode estar prestando um desserviço ao seu Es­tado e li sua base, pois poderia estar buscando verbaspara scu Município, resolvendo uma situação até de ca­lamidadc. Ninguém se lembra disso quando imagina queo Deputado deve exercer mandato apenas aqui dentro. Ofato de o plenário estar vazio não quer dizer que os De­putados não estejam trabalhando. Pagamos pelo espíritoda lci, pois ela cstabelece que o jeton é pago para estar­mos aqui. Isto está errado. Repito o que disse ontem, emaparte, ao Deputado Roberto Cardoso Alves, quando sereferia ao bombardeio que liquidou metade do edificíoda Cámara dos Comuns, na Inglaterra, e muitos dos seusmembros queriam que fosse reconstruído um plenáriomaior, já que aquele não comportava duzentas pessoas,numa Câmara que tinha mais de seiscentos integrantes.Churchill declarou: "Não se pode aumentar esse ple­nário por motivo histôrico e político, porque, se o fizer­mos, mais vazio ele ficará". Nos Estados Unidos, o ple­nário é praticamente vazio, porque todo o trabalho é fei­to nas comissões. O que proponho à Mesa, à Comissãopressidida pelo Deputado Humberto Souto, e submetoao exame das Lideranças partidárias neste Congresso, êque se acabe de uma vez por tod as com os jetons e comtodos os tipos de taxas quc inventamos para disfarçaruma verdade, para atingir uma quantia que temos neces­sidade de gan har. É preciso que se tenha coragem de fi­xar um subsídio à altura da dignidade do exercício domandato, para não dar margem a esse tipo de explo­ração. Neste momento, isto é o mais lógico, é o que sedeve fazer. De outra maneira, um Deputado não tempossibilidade de atender ao seu eleitor, às necessidadespessoais dos seus cabos eleitorais, de tratar dos interesse~

do seu Estado, do seu Município. Se ele não receber aqUIo suficiente para isso, terá de ser milionário; o Deputadoque é milionário não tem interesse em atender ao povo, eO Deputado pobre não existc, porque, sem meios desobrevivência, não terá como exercer o mandato. Vamospensar no Deputado do Amapá, do Acre, de Rondônia,do Maranhão, do Pará, do Amazonas, do Rio Grandcdo Sul, que, quando vem para cá, eleitos, não podem fe­char suas casas nos seus Estados. porque ali é a base de­les. Muitas vezes, a família deles está lá e eles estão aqui,ou, quando trazem a família para cá, tem de deixar acasa aberta, tem de visitar essa casa, tcm dc visitar seusEstados. Então, o que existe? Respeito a imprensa, atéporque sou jornalista. Acho quc a campanha é dirigidado alto. não vem da parte dos repórteres. Algum podermuito grande quer acabar conosco, e isto não vai IJarar.Precisamos ter uma atitude máseula nesse terrcno. Estãocom a razão em princípio. mas a falta do Deputado noplenário terá de ser julgada pelo povo. que não devereelegê-lo, se sabe que o Parlamentar aqui não compare­ce e nada faz. Para ele, tamhém, esse é outro problema.Então, precisamos fazer com que a imprensa tenha uminotivo muito fácil para t[abarhar. Vamos estabelecerum salário nosso, legítimo, necessário, e que a imprensa,por conta própria publiquc a relação dos nomes daque­les que não freqüentam o plenário. O que não pode ocor­rer ê esta campanha se estar refletindo sobre um Poderque - como disse o Deputado Roberto Cardoso Alves- se iguala á imprensa, porque são xipófagos: se morrer

Agosto de 1985

um morre o outro. A imprensa é cheia de defeitos; todosfall;am, todos cometem pecado, e todos s~o ~rrado~,como o mundo inteiro o é. Não podem atnbUlr a nosapenas as coisas que fazemos de errado. Vamos acabarcom os jetons. Vamos acabar com as taxas. Vamos esta­belecer um salário corajoso, de quem sabe que, para tra­balhar pelo povo, é preciso que haja condições de sobre­vivência. (Palmas.)

O Sr. Airton Soares - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comuoicaçào, como Líder do PMDB.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. AIRTON SOARES (PMDB - SP. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, a liderança do PMDBvem à tribuna para responder acusações há dois dias fei­tas pelo Deputado Amaral Netto ao Presidente José Sar­ney. E não só ao Chefe da Nação, como também aos Mi­nistros Marco Maciel, Aureliano Chaves e Antônio Car-los Magalhães. _ .. _ _ __

Sr. Presidente, o eminente c competente DeputadoAmaral Netto usou na tribuna de uma tática já conheci­da. Na terça-feira passada, aguardou que todos se mani­festassem, esgotando seus horários de Liderança, para,depois, em se aproveitando do tempo de que ainda dis­punha, usar da tribuna para fazer as acusações que fez.Quais as acusações feitas pelo Dcputado Amaral Netto?Da tribuna, poucas, pequenas. Mas, numa entrevista re­servada à imprensa declarou que o Presidente José Sar­ney tinha sido eleito Presidente do seu partido, em julhode 1983, na chapa Participação, com votos roubados.

Mais adiante disse também o eminente DeputadoAmaral Netto que entendia quc os Ministros AurelianoChaves, Marco Macicl e Antônio Carlos Magalhães e oPrcsidentc José Sarncy eram os maiores corruptos da Ve­lha República. E logo apressou-se em explicar o que en·tendia por corrupto. Define ele: aquele que se aproveitadas vantagens do regime. Agora o Deputado AmaralNetto está presente, as declarações foram feitas, o jornalé idôneo. A partir dai S. Ex' faz uma rcclamação: quccs­tá sendo perseguido pelo atual Governo, e csclarcce co­mo. O atual Governo não renovou os contratos que ti­nha a firma Plantei, de propriedade do Deputado Ama­ral Netto, com algumas empresas estatais. Ou seja, acusao Secretário de Imprensa do Presidente da Repúbliea deter impedido que determinada estatal renovasse o con­trato de sua firma quc evidentementc iria fazer um pro­grama à custa da~resaes!a.~

Ora, Sr. Presidente, o Deputado Amaral Netto, sag~,vibrante, deve ter-se perdido no tempo e no espaço. DIZele que corruptos são aqueles - prefiro definir - que seaproveitam das vantagens do regime. Ora, até então suaempresa, PlanteI, tinha contrato com empresas do regi­me... Diz S. Ex', repito, que corrupto é aquele que seaproveita das vantagens do regime, mas até então suaempresa, a PlanteI, tinha contratos com empresas ~sta­

tais do regime, a tal pouco que hoje o Deputado seJulgaperseguido, se julga vítima de um ato do Governo queproibiu que scus contratos fossem renovados com em­presas estatais - medida, no meu entender, saneadora.Então, veja, Deputado Amaral Netto, em que situaçãoV. Ex' se encontra: acusa seus ex-companheiros de parti­do de corruptos, de se aproveitarem do antigo regime, ereclama de não mais estar podendo aproveitar-se do re­gime através de sua empresa Plante!. É lima contradiçãoque mostra bem que V. Ex' não tinha a intenção dc acu­sar alguém de corrupto. Queria abrir a discussão parapoder ter de volta os contratos com as empresas do Go­verno, a fim de fazer com que sua firma PlanteI pudessede novo vicejar, ocupar espaço e V. Ex' exercer o jorna-lismo. .

O Deputado Amaral Netto não está proibidD de exer­cer o jornalismo. Nào há lei que o proíba dissD. Se ele écompetente, por que não o faz, com sua empresa,junto àiniciativa privada'!

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - Otempn de V. Ex' está esgotado. Peço que conclua.

O SR. AIRTON SOARES - Vou terminar, Sr. Presi­dente. Aq lIi fica o protesto do Pnrlido do MovimcntoDemocrático Brasileiro contra as declarações feitas le­vianamente pelo Deputado Amaral Netto, que, em acu­sando, se auto-acusa e demonstra que tudo é uma grandefarsa com objetivos secundários.

Page 31: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

Agosto de 1985

o Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peço a palavrapara defesa pessoal - Art. 93 - VIII - RI.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, cometi um erro e voureconhecê-lo. Cometi um erro em momento de revolta,ao trazer aqui o que fizeram comigo - o que não impedeque o tenbam feito. Mas, cometido o erro, já está feito eacabado o assunto. Se tivesse feito a denúncia que fiz àespera de que me chamassem para restabelecer o meucontrato, eu seria um corrupto.

Informo ao Deputado Airton Soares o seguinte: eudisse que me cassaram o direito de exercer a profissão.Houve referência à cassação de um contrato - um, por­que dos outros não me posso queixar, não era um con­trato de favor, nem de televisão. O Deputado AirtonSoares está enganado. Fui cortado da televisão porque oPresidente Figueiredo achou que devia deixar cortar - ctelevisão, neste País, só faz quem tem o bafejo do Poder.Eu tive um contrato a ser assinado com o Sr. Silvio San­tos num dia marcado e, na véspera, recebi um telefone­ma do seu superintendente alegando que isso não seriapossível, que eu esperasse. Em seguida, fui informado deindagação que teria sido feita a Silvio Santos: como éque você, Silvio, assina um contrato com Amaral Netto,quando Antônio Carlos Magalhães está no Ministériodas Comunicações. Mas considero tudo legítimo, é a lu­ta. Pessoa alguma me viu denuneiar este fato, nem falei arespeito. Se falei, eu fiz apenas a algumas pessoas.

Quanto ao momento atual, sou obrigado a relatar fa­tos. Esta Casa sabe que sou bomem que não guardomeus males nem meus bens. Todos aqui sabem que assi­nei contrato com a Caixa Econômica, a pedido desta, emjunho do ano passado - o jornal se enganou quando fa­lou em fevereiro deste ano - e que foi discutido durantesete meses, até fevereiro, apoiado e aprovado pela direto­ria inteira. Nada tem a ver com televisão, mas com umdocumentário que mostraria, em várias línguas, o que é aCaixa. O preço está lá para quem quiser ver. Inclusive,pagarei o valor do contrato a quem conseguir fazer taltrabalho pelo dobro do preço. Pois bem: numa reuniãode diretoria, cuja ata foi lavrada e assinada por todos osdiretores - um dos quais está vivo e ainda participa damesma direção - o contrato foi aprovado, em fevereiro,pouco antes de o Governo Sarney tomar posse. Trata-sede contrato de trabalho, não de televisão.

Recebi um telefonema da diretoria da Caixainformando-me que todo contrato, de qualquer tipo, es­tava suspenso. Legitimo. Nada falei. Dois meses depoisreabriram-se os contratos, quando recebi o comunicado- e agora lamento, mas se é para falar ... - do Presiden­te da Caixa Econômica dizendo que o contrato fora can­celado por ordem do Palácio do Planalto.

Vamos aos pontos: não se tratava, repito, DeputadoAyrton Soares, de contrato de televisão, nem de longoprazo, mas de trabalho. O Deputado Carlos Wilson,meu amigo pessoal, sabedor desse problema, resolveuinteressar-se pela sua solução - e me obrigo a envolvertodo o mundo. Declarou-me que ia resolver esse caso,porque considerava esse fato uma injustiça, por tratar-sede um trabalho profissional. Disse-lhe que o problemaera dele. Carlos Wilson não conseguiu resolver nada,porque existe, de fato, essa diretiva a que me referi. Sófalei nisso por um lapso verbal. Não devia tê-lo feito ­estou de acordo. Fiz essas declarações anteontem. On­tem de manhã, o Sr. Fernando Cásar Mesquita ligoupara o Secretário-Geral desta Casa, Paulo Affonso, parajustificar a atitude tomada, dizendo que o PresidenteSarney queria saber quem mandava fazer isso, c usou O

Sr. Paulo Affonso por ser meu amigo íntimo e dele tam­bém. Transmitiu apenas um recado. Recebendo-o, dissea Paulo Affonso, como disse também aos meus compa­nheiros, que não tinha nada a conversar com este Gover­no. Já conversei trinta anos com Sarney, chega! E nãovou agora aceitar nenhuma solução, porque, depois deter feito o que fiz, dizer o Deputado Ayrton Soares.conhecendo-me como me conhece, com todos os meusdefeitos, que talvez eu tenha trazido o assunto aqui paraobter o contrato de volta ... Diria como o povo diz: nemmorto, Deputado. Vou à falência, mas este Governo nãome dá nem água - nem eu a aceito, porque é envenena­da.

D1ÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ontem, voltaram as autoridades de Montevidéu. Voufazer uma ineonfidéncia desagradável: de ontem, da che­gada da comitiva presidencial, atê ao meio dia de hoje, oPalácio do Planalto me ligou vinte e duas vezes. Recusei­me a atender, porque sou como Virgílio de Mello Fran­co: quem conversa não briga. E ROU Oposição para valer,Oposição à custa do meu sacrifício, dos meus filhos, doque seja. O que o Deputado Airton Soares diz é umaprofunda injustiça. Cometi um erro, falando do proble­ma da corrupção, não deste microfone, mas na conversacom os jornalistas. Quando me referi aos quatro perso­nagens que S. Ex' citou, perguntou-me um jornalista:"Eram corruptos?''' Disse-lhe: "Não. Só se você tomar otermo corruptos no Rentido de aproveitadores do regi­me".

Quanto à minha conduta, havia uma diferença muitogrande. O "meu" regime não era meu, porque eu teriavergonha de ter pertencido a ele. Larguei a Vice­Liderança seis meses depois de assumi-la. Duvido que al­gum Deputado me aponte um dia em que tenha eu usadoda palavra para defender coisa alguma daquele regimeaqui dentro. Viram-me aqui apoiando o Grupo Partici­pação - do qual fui um dos líderes - que tomou a pri­meira posiçào de oposição legítima e válida ao governomilitar. Na época, recebi ameaças do Palácio tambémquanto a esses contratos, e disse ao Sr. Carlos Átila, meuamigo: "Corte se quiser, mas onde meu nome está assi­nado ninguém tira, só sangue". E continuei. A mim meatribuíram uma boa parecia da vitória do movimentoParticipação. Naquele dia - se alguns companheirosmeus querem ser hipócritas, perdoem-me a linguagemantiparlamentar, não tenho culpa, mas digo a verdade, enão uso a expressão "'roubo'" que é pesada, nem foi o Sr.Sarney quem roubou - o Sr. Sarney tremia como varaverde, aqui, neRta poltrona, ao lado do Deputado Mar­chezan, com maquininha de calcular na mão para ver secaía ou não caía. Deste lado da mesa, um Deputado medisse: "Amaral, já derrubamos nosso Secretário-Geral,já derrubamos oito Ministros, já derrubamos oito gover­nadores, derrubar o Sarney é dose para elefante. Esta­mos surrupiando uns votos para não tirá-lo do Dire­tório". Se ele saísse do Diretório não continuaria comoPresidente do PDS. E aqui, cara na cara, olho no olho,quero ver quem contesta que foram tirados cinco ou seisvotos, para impedir que o Sr. Sarney saísse da Presidên­cia. Essa, a explicaçào.

Quanto ao meu problema de trabalho, tenho umagrande deferência e amizade pelo Deputado Airton Soa­res, acho que S. Ex' está exercendo a sua função de ho­mem do Governo - como foi de Oposição, um adver­sário sério - mas precisa conter o problema nas suas de­vidas medidas. Se cu quisesse manter tudo isto, teria soli­citado uma audiência ao Presidente Sarney, que cai pelastabelas neste Congresso, sem nenhum apoio, paraoferecer-lhe o meu e manter os contratos. E ninguém iachiar, porque uma porção de gente fez isto. Minha vida,neste terreno, é muito mal interpretada. Garanto a estaCasa trazer amanhã uma coisa espantosa: minha decla­ração de bens. E vai todo o mundo cair para trás, a nãoser que imaginem que esteja assaltando o Imposto deRenda. Vão ver que corri risco de vida durante dozeanos, em todos os lipos de embarcação, de avião, de flo­resta, de mata, de p'antanal, travando contato com índiosetc. para poder dar a este País uma imagem dele próprio,o que ele não tinha.

Vem o)>r. Jacques Cousteau, pagam-lhe milhões dedólares - ele tem um valor extraordinário - e passa aexistir apenas o seu trabalho, mas todo o mundo se es­quece de que fui O> pioneiro.

Em jun ho de 1963, fui para o Xingu, pela primeira vez,com uma equipe de televisão. Tive problemas comaviões, helicópteros e barcos. Não me estou querendogabar, mas obrigam-me a revelar, não havia ninguémque financiasse o I1rJeu programa. Era obrigado a fazeralguns programas, que não eram perfeitamente reais,para poder fazer outros de grande interesse da popu­laçào. E aqueles que pagavam para que eu os fizesse, pa­gavam pelos que nEla tinham quem pagasse. Neste senti­do, Sr. Presidente, um homem que tem quatro filhosmaiores, nenhum ddes nomeado para cargo algum de lu­gar nenhum e de m:nhuma espécie, e que, de repente. sevé atingido no seu trabalho - e não discuto, cometi umerro ao tratar do assunto - perde um pouco de seu con­trole. Qualquer um perderia. Não discuto se foi o Presi-

Sexta-feira 16 8241

dente José Sarney quem mandou - não creio nisto ­mas a ordem foi dada, e citei as testemunhas. Juro porDeus que é verdade. Acontece - repito - que meunobre amigo e adversário Deputado Airton Soaresexcedeu-se na sua defesa, atingindo-me em pontos nosquais errei e em outros que são, digamos, imagi?ação ~e

S. Ex'. Repito que minhas palavras aos jornahstas naoforam estas. Não desminto que possam corresponder aisto, porém o que disse foi o seguinte: os Srs. AurelianoChaves Marco Maciel e Antônio Carlos Magalhães eJosé Sa'rney foram os maiores beneficiários e aproveita­dores do regime passado. Querem que o prove? Só seesta Casa fosse desmemoriada. Foram governadores biô­nicos, presidentes de partido biônicos, senadores biôni­cos. As grandes desgraças deste País, hoje, na questão dadívida externa, vém de onde? Primeiro, da Ferrovia doAço. Quem a fez? O Sr. Aureliano Chaves. E a Siderúrgi­ca de Minas, quem a fez? O Sr. Aureliano Chaves, que aexigiu do entào Presidente Geisel. Não discuto O caráterdesta gente; discuto sua coerência. Nunca ocupei lugaralgum naquele Governo. Se entrei em ministérios nestes16 anos anteriores ao meu mandato federal, foram nomáximo duas ou três vezes, mesmo porque não é do meuestilo. Condenar-me porque errei, trazendo à Casa umfato concreto que não deveria ter trazido, está muitobem. Mas repito, meu caro Deputado Airton Soares: seeu quisesse fazer alguma coisa para manter o meu traba­lho não teria vindo a esta tribuna dizer o que disse; euhoj~ seria o último dos Deputados se viesse a aceitarqualquer coisa, depois de ter dito o que disse. Pelo amorde Deus, condenem-me, mas não me insultem!

O Sr. Airton Soares - Sr. Presidente, peço u palavrapara uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. AIRTON SOARES (PMDB - SP. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, reivindico o mesmo di­reito que V. Ex' extabeleceu para o Deputado AmaralNetto usar da palavra, inclusive a duração do tempo,para poder, uma vez citado, redargüir.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­De acordo com o art. 93 do Regimento Interno, incisoVIlI, o nobre Deputado Amaral Netto não ofendeu,V.Ex' S. Ex' apenas se defendeu das supostas acusaçoesque lhe foram feitas.

O SR. AIRTON SOARES - Perdoe-me, mas V. Ex'não deve ter ouvido o Deputado dizer que fiz uma acu­sação leviana e provocações injustas. Quero mostrar aoDeputado que nada disso aconteceu.

O SR. PRESIDENTE (.losé Ribamar Machado) - ODeputado Amaral Netto não acusou V. Ex' Lamentonão poder atendê-lo.

O SR. AIRTON SOARES - Sr. Presidente, o Depu­tado Amaral Netto é um bilhante parlamentar desta Ca­sa. Aliás, quando garoto, cu já admirava suas peripéciasna tribuna parlamentar, quando de um lado defendiasuas posições voltadas ao lacerdismo e, de outro. se en­tendia perfeitamente com o Governo João Goulart, emfunção de várias coisas e de várias amizades que estabe­leceu.

Mas, Sr. Presidente, quero dizer a V. Ex' que o Depu­tado Amaral Netto tem relações fáceis e é um bom ami­go de todos nós.

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, eu exerci um di­reito de defesa, e V. Ex' está permitindo uma tréplica.

O SR. AIRTON SOARES - Sr. Presidente, peço a V.Ex' que me assegure a palavra. O Deputado AmaralNetto perdeu as estribeiras.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Solicito ao nobre Deputado Airton Soares que colaborecom a Mesa, levantando definitivamente a questão deordem.

O SR. AIRTON SOARES - Sr. Presidente, estoutentando. V. Ex' vai julgar depois a questão de ordem.Então. preciso fundamentá-Ia. Se V. Ex' não permitirque eu pelo menos a formalize, não poderá julgá-Ia.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Perfeitamente.

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o SR. AIRTON SOARES - O Deputado AmaralNetto vem a esta tribuna dizer fundamcntalmente o quê?Que ele hoje não tem nenhum interesse em ter publicida­de neste Governo. Mas traz à colação à Casa infor­mações no sentido de que é vitimado, é perseguido!

O Deputado Amaral Netto tem que ver que o novoGoverno tem propostas para publicidade. Não é maisnecessário que S. Ex' saia por aí com suas câmeras, comsuas cmpresas. para divulgar Tucuruí. a Fcrrovia do Açoou para mostrar as relações do Governo da ditadura. OGoverno da Nova República não precisa de divulgaçõesbaratas e. por isso, não foi refeito O seu contrato. Essadeve ser a razào, se é que não o refizeram.

o SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Insisto que V. Ex' colabore com a Mesa, formulando aquestão de ordem. Deputado Airton Soares.

O SR. AIRTON SOARES - Foi-me concedido otempo de cinco minutos. V. Ex'. pelo Regimcnto Inter­no. deverá dccidir dcpois dos cinco minutos sc a questãode ordem tcm ou não fundamento.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - V.EX B tem que indicar o dispositivo para poder formulara questão de ordem. Colabore com a Mesa e tenha ares·ponsabilidade de Líder.

O SR. AIRTON SOARES - Sr. Presidente, indicotodos os dispositivos que V. Ex' quiser V. Ex' permitiuque o Deputado Amaral Netto falasse quatorze minutos,quando nào devia ter-lhe dado a palavra.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Solicito ao nobre Deputado Airton Soares que encerresua questão de ordem.

O SR. AIRTON SOARES - Sr. Presidente, vou en·cerrar. Isso não deveria ser um incidente, deveria seruma colocação e a reposição da verdade, como o foi.Viemos à tribuna para mostrar fundamentalmente que oDeputado Amaral Netto nào é vítima de absolutamentenada neste Governo. Ele obteve foi vantagens de gover­nos anteriores. O Deputado Amaral Netto, na medidaem quc acusa dc corruptos. por obtcrcm vantagens doGoverno anterior, alguns Ministros e o atual Presidente,asscmelha·se àqueles que obtiveram vantagens. E não hácorrupção nisso, Sr. Presidente. Nada há a alegar contrao Deputado Amaral Netto. Os seus programas fantásti­cos, que muito nos deleitaram, na verdade eram progra­mas que revelavam a ditadura. Essa a verdade. Hoje, nãotcm condições dc rcvelar a dcmocracia. Por isso a incom·patibilidade quc hoje existc entrc a sua proposta c supos­tas perseguições do Palácio - se é de que existem. (Pal­mas.)

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Não há questão de ordem a ser decidida.

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente peço a palavrapara uma com unicação.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobrc Deputado.

O SR. AMARAL NETTO - (PDS - RJ. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, não sou jurista, souum simples jornalista scm curso universitário. mas acho- e todos sabem - que a defesa é a última a ser feita.

Fui acusado pelo Deputado Airton Soares e medefen·di com todo respeito. Chamei-o de meu amigo. Mas,agora. penso diferente: acho que o Deputado AirtonSoares está levando a sua média com o Presidente Sarneya um ponto alto demais.

O Sr. Airton Soares - Não é média. Não faço médiacom ninguém nem tcnho empregos de governo.

O SR. AMARAL NETTO - Sr. Presidente, duas pa­lavras. Aliás. uma apenas: desafio o Deputado AirtonSoares - e nesta Câmara existem vinte e oito testemu·nhos vivas do fato exercendo o scu mandato. talvez 30agora estejam no plenário, e podem informar a esta Casase não fui até considerado um inimigo radical e perigosodo Governo João Goulart. - aprovar o que disse. Achoque isso é até uma anedota. Talvez a pouca idade do De­putado Airton Soares faça com quc cle se esqueça. Masestá aqui presente até quem foi Ministro na época. o De·putado Oswaldo Lima Filho. Podem me acusar do quequiserem.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Em segundo lugar. Sr. Presidente, vou revclar agoraum fato, para acabar com a discussão. Sabem por queTancredo Neves era meu amigo e me respeitava? Porqueadmirava a minha coerência e porque eu o respeitei sem·pre. Quando a CIA divulgou o nome de Tancredo NevesComo pertecente ao quadro dos seus espiões no Brasil,fui para o meu programa de televisão e chamei a CIA decanalha, porque não se podia atingir um homem de bemcomo aquele. E quando o nome dc Juscelino - ouçambem. meu adversário; vou terminar, Sr. Presidentc - eraproibido ser citado em televisão, o meu programa não ti­nha censura e ia para o ar direto. Li num jornal que Jus­celino. em Nova Iorque, se recusara a debater problemasinternos do País fora dele. Abri meu programarenden do-lhe minhas homenagens c dizendo que elc foi,de fato, o integrador do Brasil. através da Belém·Brasília: que foi ele o grande conquistador da Amazônia.e paguei por isto.

Por isto, termino dizendo a V. Ex' que há uma injus­tiça profunda de parte do Deputado Airton Soares. Seriaainda pior se eu trouxesse aqui pronunciamentos do Sr.Airton Soares sobre o Sr. José Sarney. Esta Casa desmo­ronaria.

O Sr. Airton Soares - Estou desafiando-o a trazer odiscurso.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Vai-se passar à votação da matéria que está sobre a Mesae a constante da Ordcm do Dia.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Hâ sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re·dação Final:

PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN' 93-B, DE 1983

Modifica a Lei Complementar n' 1, de 9 de no­vembro de 1967, que "estabelece os requisitos mini­mos de população e renda pública e a forma de consul·ta prévia às populações locais, para a criação de no­vos municípios".

O Congrcsso Nacional decreta:Art. lo O inciso [ do art. 29 da Lei Complementar n9

. I. de 9 de novembro de 1967 passa a vigorar com a se­guinte redação:

Arl. 29 .I - população estimada, superior a 10.000 (dcz

mil) habitantcs ou não infcrior a 5 (cinco) milésimosda cxistcntc no Estado ou. quando corresponder aemancipação de Distrito, não inferior a 5.000 (cincomil) habitantes;

Arl. 2° Esta Lei complementar entra em vigor nadata dc sua publicação.

Art. 3. Revogam·sc as disposições em contrário.Comissão de Rcdação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Linhares, Presidente - Dilson Fancbin, Relator ­José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo - FreitasNobre - Djalma Dessa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSenhores que a aprovam queiram permanecer como cs­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re·dação Final:

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON9 82·B, DE 1985

Aprova o texto do Acordo relativo à Cooperaçãoem Ciência e Tecnologia entre o Governo da Repúbli­ca Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Uni­dos da América, celebrado em Brasília, a 6 de feverei­ro de 1984.

O Congresso Nacional decreta:Ar!. 19 Fica aprovado o texto do Acordo relativo à

Cooperação em Ciência e Tecnologia entre o Governoda República Federativa do Brasil e o Governo dos Esta­dos Unidos da América, celebrado em Brasília, a 6 de fe­vereiro de 1984.

Agosto de 1985

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação doCongresso Nacional quaisquer atos de que possam resnl·tar revisão do Acordo, bem como aqueles que se desti·nem a cstabcleccr ajustes complementares.

Art. 2. Este decreto legislativo entra em vigor nadata de sua publicação.

Comissão de Redação, 15 de agosto dc 1985. - Mar·ceio Unhares, Presidente - Dilsol1 Fandlin, Rclator ­Djalma Dessa - José Carlos Vasconcelos - Adail Vetto­razzo - Freitas Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSenhores que a aprovam quciram permanecer como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVOn' 84-B, DE 1985.

Aprova o texto da Recomendação n' 116, da Orga.nização Internaciooal do Trabalho, sobre a Reduçãoda Duração do Trabalho, adotada em Genebra, a 26de jun,", de 1962, durante a XLVI Sessão da Confe·rência Internacional do Trabalho.

O Congresso Nacional decreta:

Ar!. I' Fica aprovado o texto da Recomendação n'116, da Organização Intcrnacional do Trabalho - OIT,sobre a Redução de Duração do Trabalho, adotada emGenebra. a 26 de junho de 1962, durante a XLVI Sessãoda Conferência Internacional do Trabalho.

Ar!. 29 Este decreto legislativo entra em vigor nadata de sua publicação.

Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­celo Linhares, Presidente - DUso" Fanchin, Relator ­Djalma Dessa - José Carlos Vasconcelos - Adail Vetto­razzo - Freitas Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re·dação Final:

PROJETO DE LEI N' 2.569-B, de 1976

Fixa a Capital da República como sede do Conse­lho Nacional de Desportos.

O Congrcsso Nacional decreta:

Arl. I' A Capital da República é a sede do ConselhoNacional dos Desportos.

Ar!. 20 O Conselho Nacional de Desportos tem oprazo dc I (um) ano, a partir da publicação dcsta Lei,para a efetivação da mudança.

Art. 39 O Poder Executivo. no prazo de 90 (noventa)dias da vigência desta Lei, baixará o respectivo regula­mento, no qual constarão as sanções a serem aplicadasno caso de inobservância do prazo estabelecido no art. 2'

Art. 4' Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 5' Revogam-se as disposições cm contrário.

Comissão dc Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­celo Linhares, Presidente - Dilson Fanchin, Relator ­Djalma Dessa - José Carlos Vasconcelos - Adail Vetto­razzo - Freita. Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

Page 33: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

Agosto de 1985

PROJETO DE LEI N" 1.261-8, DE 1983

Altera dispositivos da Lei n" 6.996, de 7 de junhnde 1982, para permitir que seja adotado si.tema devotação através de meios eletrônicos e determina ou­tra. providências.

O Congresso Nacional decreta:Ar!. I. O art. 10 da Lei n. 6.9%, de 7 de junho de

1982, passa a vigorar com a seguinte redação:"Ar!. 10. Na votação será utilizado, preferen­

cialmente, equipamento de registro automático devoto, com o envio dos resultados, por meio eletrôni­co, para a central de apuração.

Parágrafo único. Nas seções eleitorais onde nãofor possível, por motivos técnicos, a utilização dosequipamentos mencionados no caput deste artigo,serão utilizadas cédulas de acordo com modelosaprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral- TSE,do tipo convencional ou do tipo programado para aapuração através da computação."

Art: 2. O art. 14 da Lei n9 6.996, de 7 de junho de1982, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14. A apuração será iniciada a partir domomento em que chegarem à central de compu­tação as primeiras informações, transmitidas pormcio eletrônico, dos equipamentos automáticos ins­talados nas cabines de votação.

§ I. Nos casos em qucforem utilizadas cédulasconvencionais, a apuração será iniciada a partir dorecebimento da primeira urna, prolongando-sc pclotempo necessário, observado o prazo máximo de 10(dez) dias.

§ 2. As cédulas programadas para a apuraçãoatravés de computação serão eletronicamente pro­cessadas no prazo máxim o de 5 (cinco) dias.

§ 39 Os partidos políticos poderão manter fis­cais credenciados junto ao Tribunal Regional Elei­toral - TRE, que acompanharão todas as fases daapuração c totalização de votos através de compu­tação eletrônica."

Ar!. 3" O modelo de equipamento eletrônico de vo­tação a ser adotado será objeto de decisão por parte doTribunal Superior Eleitoral- TSE, devendo, quando desua aquisição, ser dada precedência a fabricantes nacio­nais e ouvida a Secretaria Especial de Informática ­SEI, do Conselho Nacional de Informática - CONIN,do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Ar!. 4. Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Ar!. 59 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Linhares, Presidente - DilSOI! Fanchin, Relator ­José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo - Freita.Nobre - Djalma Bessa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSr•. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobrc a mesa e vou submetcr a votos a seguinte Re­dação final:

PROJETO DE LEI N' 1.579-B, DE 1983

Acrescenta parágrafo ao art. 30 da lei n" 6.830, de22 de setembro de 1980, que dispõe sobre a cobrançajudicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública.

O Congresso Nacional decreta:Ar!. I. O ar!. 30 da Lei n. 6.830, de 22 de setembro

de 1980, fica acrescido do seguinte parágrafo:

"Art. 30. . .Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no

art. 50 desta lci, a pedido de eventuais detentores decréditos trabalhistas sobre cuja legitimidade nãohaja dúvidas. ou quando houver, em conformidadecom a decisão que for proferida na Justiça do Tra­balho, serão reservados tantos bens quantos foremnecessários à garantia do pagamento dos aludidoscréditos (art. 186 da Lei n9 5.172, de 25 de outubrode 1966 - Código Tributário Nacional)."

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ar!. 29 Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 39 Rcvogam-se as disposições em contrário.Comissão de redação, 15 de agosto de 1985. - Marce­

lo Linhares, Presidente - Dilson Fanchin, Relator -Jo­sé Carlos Vasconcelos - Freitas Nobre - Adail Vetto­razzo - Djalma Bessa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.) - Aprovada.

Vai ao Scnado Fcdcral.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N" 1.698-8, DE 1983

Dispõe sobre a validação dos cursos superioresnão-reeonbecidUls.

O Congresso Nadonal decreta:Ar!. I" Fica restabelecido por 180 (cento e oitenta)

dias, a contar da publicação desta lei, o prazo para aten­dimento das providí:ncias contidas nos Decretos-leis nOs5.545, de4 de junho de 1943, 6.273, de 14defevereiro de1944.6.8%, de 23 de setembro de 1944, 7.401, de 20 demarço de 1945, e na Lei n9609, de 13 dejaneiro de 1949,todos relacionados com a regularização da vida escolardos alunos que freqUentaram cursos superiores não­reconhecidos até 31 de dezembro de 1946.

Ar!. 29 Fica criada, na Secretaria da Educação Su­perior do Ministério da Educação, uma comissão de 3(três) membros panl, no prazo dc 180 (cento e oitenta)dias, contados da publicação desta lei, propor soluçãopara todos os casos pendentes dc alunos ou diplomadospelas escolas livres ou não-reeonhccidas até 31 de de­zembro de 1946.

Parágrafo único. Os alunos que concluíram'cursos su­periores de ensino livre ou não-reconhecidos, portadoresde certidão de histórico escolar expedida pela Junta Es­pecial de Ensino Livre, instituída pela Lei n9 609, de 13dejaneiro de 1949, e ainda aqueles que tenham obtidos,de 31 de dezembro ·de 1942 a 31 de dezembro de 1981,suas inscrições nas instituições próprias de registro dasprofissões liberais, terão, em decorrência desta lei, revali­dados seus diplomas c certidões, que scrão consideradosválidos de pleno din:ito para o exercício profissional denivel superior, independentemente de qualquer outraexigência curricular ou escolar.

Art. 39 O Poder Executivo regulamentára esta lei noprazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publi­cação.

Art. 4' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Ar!. 59 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Linhares, Presidente - DilSOI! Fanchin, Relator ­José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo - DjalmaBcssa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. quc a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovado.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO m: LEI N" 1.762-8, DE 1983

Dispõe sobre o transporte rodoviário de passagei­ros em veículos de carga.

O Congresso Nacional decreta:

Ar!. I' Sem prejuízo do disposto em outros diplo­mas legais, o transporte rodoviário de passageiros emveículos de carga far-se-á de conformidade com o esta­tuído nesta Lei.

Ar!. 2' As carro,:erias dos vcículos deverão ser pro­jetadas e construídas de forma a garantir a segurança e oconforto dos usuários, atendidas as seguintes especifi­cações.

Sexta-feira 16 8243

I - as portas de acesso e saída dos veiculos deverãoter dimensões suficientes para, quando abertas, permiti­rcm uma passagem totalmente livre dc, pelo menos,1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) de alturapor O,50m (cinqüenta centímetros) de largura;

11 - ao longo das escadas de acesso à carroceria e àfrente da fila de poltronas ou bancos fixos, contíguos,com encosto, deverá existir uma proteção fixa e resisten­te, com altura mínima de O,60m (sessenta centímetros)do assoalho;

IIl- nos veículos, os corredores de entrada c saídadeverão ter uma largura livre de passagem de, pelo me­nos, 0,30m (trinta centlmetros);

IV - no teto dos veículos e cobrindo toda sua exten­são longitudinal deverá existir sistema fixo e resistentepara apoio dos passageiros conduzidos em pé;

V - todas as janelas dos veículos deverão ser guarne­ci das com vidros de segurança;

VI - no teto e nas paredes laterias dos veículos deveráexistir pelo menos uma saída de emergência.

Parágrafo único. Carroceria, para efeitos desta Lei, éa parte do veículo destinada a acomodar a tripulação, ospassageiros c sllas bagagens.

Art. 39 Os veículos de carga adaptados para o trans­porte de trabalhadores deverão dispor de compartimen­tos fechados, com acesso pela parte externa, para a aco­modação dos implementas dos passageiros.

Art. 4" Os veículos podem ter sua carroceria adapta­da sobre chassi de caminhão.

Ar!. 59 O poder concedentc de autorização para otransporte rodoviário de passageiros em vciculos de car­ga estabelecerá a lotação de cada veículo, cm função desua características.

Ar!. 6' Fica estabelecido o prazo de 90 (noventa)dias, contados da vigência desta Lei, para sua regula­mentação pelo Poder Executivo.

Ar!. 79 Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 8. Revogam-se as disposições em contrário.

Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. MarceloLinhares, Presidente - DilsolI Fanchin, Relator - Dju­ma Bcssa - José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo- Freitas Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N" 2.049-C, DE 1983

Permite a tolerância de 5% (cinco por cento) napesagem de carga em veículos de transporte.

O Congresso Nacional decreta:

Ar!. 19 Fica permitida a tolerância máxima de 5%(cinco por cento) sobre os limites de peso bruto total epeso bruto transmitido por eixo de veículos à superfíciedas vias públicas.

Ar!. 29 Somente poderá haver autuação, por oca­sião da pesagem do veículo nas balanças rodoviárias,quando o veículo ultrapassar os limites fixados nesta lei.

Ar!. 39 Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Ar!. 4. Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Liahares, Presidente Dilson. Fanchin, Relator ­Djalma Bcssa - José Carlos Vasconcelos - Adair Vetto­razzo - FreitllS Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovado.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

Page 34: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

8244 Sexta-feira 16

PROJETO DE LEI No 2.219-B, DE 1983

Autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Téc­nic~ Federal do Território Federal de Roraima.

O Congresso Nacional decreta:

Art. I' Fica o Poder Executivo autorizado a criar,no Município de Boa Vista, Território Federal de Rorai­ma, uma Escola Técnica Federal.

Art. 2' O estabclecimento de ensino criado por cstalei manterá cursos de 2' grau destinados à formação detécnicos em agricultura, pecuária, economia doméstica,edificações, estradas e geologia.

Art. 3' As despesas decorrentes desta lei correrãopor conta do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento So­cial (FAS), consignando-se no Orçamento da União,para os exercícios seguintes, as dotações necessárias aofuncionamento da Escola Técnica Federal a que alude oarl. l'

Art. 4' O Poder Executivo, ouvido o Ministério daEducação, regulamentará esta lei no prazo de 90 (noven­ta) dias.

Art. 5' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 6' Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Unhares, Presidente - Dilson Fanchio - Relator­José Carlos Vasconcelos - Djalma Dessa - Adail Vetto­razzo - Freitas Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovado.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N' 2.527-8, DE 1983

Acrescenta parágrafo ao art. 13 da Lei n' 6.354, de2 de setembro de 1976, que dispõe sobre as relações detrabalho do atleta profissional de futebol, destinando5%(cinco por cento) sobre o total do preço de transfe­rência ao sindicato profissional do atleta,

O Congresso Nacional decreta:Arl. I' O art. 13 da Lei n' 6.354, de2 de setembro de

1976, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo,numerado como *4':

"Arl. 13. . .

§ 4' Quando da transferência do atleta para as­sociação sediada no exterior, do total do passe serãodestinados 5% (cinco por cento) ao sindicato daclasse do Estado em que o profissional estiver jo­gando. pagos pelo empregador cedente."

Arl. 2" Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Arl. 3" Revogam-se as disposições em contrário.Comissão dc Redação, 15 de agosto de ]985. - Mar­

celo LiniJares, Presidente - Di/so" Fanchin, Relator­José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo - FreitasNobre - Djalma Bcssa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estao.(Paasa.)

Aprovada,Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Macbado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N" 2,609-B, DE 1983

Introduz modificações na legislação de amparo aosex-comiJatentes da Segunda Guerra Mundial e dá on­tras providénciaf;.

O Congresso Nacional decreta:Arl. I" O art. I' da Lei n' 3.906. de 19 de.iunho de

1961, acrescido de parágrafo único, passa a vigorar coma seguinte redação:

'"Art. l' Os servidores públicos e autárquicosfederais que participaram de operações de guerra naForqa Expedieionária~ na Força Aérea ou na f\1ari-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l)

nha, ao se aposentarem. perceberão integralmenteos respectivos proventos, que serão sempre equipa­rados ao vencimento ou à remuneração do pessoalda ativa.

Parágrafo único. No cálculo e atualização dosproventos assegurados neste artigo, incluem-se to­das as vantagens inerentes ao cargo efetivo, em co­missão ou de direção e assistência intermediária, emque estaria enquadrado o servidor, como se em ati­vidade estivesse, ainda que instituídas por legislaçãosuperveniente à data da aposentadoria."

Arl.2' O arl. 30 da Lei n' 4.242, de 17 de julho de1963, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 30. Fica concedida aos ex-combatentesda Segunda Guerra Mundial, da FED, da FAD ouda Marinha, que participaram ativamente das ope­rações bélicas e foram licenciados do serviço ativo cincluídos na reserva não-remunerada, bem como aseus herdeiros, pensão igual à estipulada no art. 26da Lei n' 3.765, de 4 de maio de 1960.

Parágrafo único. Na concessão da pensãoobservar-se-ão os arts. 29, 30 e 31 c, no que couber,as demais disposições da Lei n' 3.765, de 4 de maiode 1960,"

Art. 3' Fica assegurado aos ex-combatentes e a seusherdeiros, que optaram pelo recebimento da pensão refe­rida no arl. 30 da Lei n' 4.242, de 17 dejulho de 1963, odireito do restabelecimento das aposentadorias e pensõesoriginárias.

Arl. 4' Os efeitos financeiros referentes decorrentesda aplicação desta lei serão devidos a partir de sua publi­cação.

Arl. 5' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Arl. 6' Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Unhares, Presidcnte - Dilson Fanchin, Relator ­Djalma Dessa - José Carlos VascOlicelos - Adail Vetto­razzo - Freitas Nobre.

o SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N' 3.138-B, de 1984Dá nova redação ao art. 9' da l.ei n' 6.999, de 7 jn­

nho de 1982, que dispõe sobre a requisição de servido­res públicos pela Justiça Elcitnral.

O Congresso Nacional decreta:Art. I' O art. 9' da Lei n" 6.999, de 7 j unho de 1982,

passa a vigorar com a seguinte redaçiío:"Art. 9' Ao servidor requisitado para o serviço

eleitoral ficam assegurados os direitos e vantagensinerentes ao exercício do seu cargo ou emprego, in­clusive a contagem de interstício, independentemen­te de avaliação, para fins de progressão c ascensãofuncionais a que se refere a Lei n" 5.645, de 10 dcdezembro de 1970, e segundo O disposto no art. 7'do Decreto-lei n' 1.445, de 13 de fevereiro de 1976,com a alteração nele introduzida pela Lei n" 7.163,dc 7 de dezembro de 1983,"

Arl. ,. Esta lei cntra em vigor na data de sua publi­cação.

Arl. 3<' Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Linhares, Presidente - DUsou Fanchin, Relator ­José Carlos Vasconcelos - Adail Vettorazzo - FreitasNobre - Djalma Dessa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que :i aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Scnaào Federal.

o SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguintc Re­dw;iío Final:

Agosto de 1985

PROJETO DE LEI N' 3.305-8, de 1984Dispõe sobre a criação de uma Escola Técnica Fe­

deral, no Município de Cajazeiras, Estado da Paraí­ba, c dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Ar!. I' Fica o Poder Executivo autorizado a criar,

no Municipio de Cajazeiras, Estado da Paraíba, uma Es­cola Técnica Federal.

Art. 2' O estabelecimento de ensino de que trata oartigo anterior destina-se a manter cursos de formaçãode técnicos em agricultura. pecuária e química industrial,em nível de 2' grau.

Ar!. 3' As despesas com a instalação da Escola Téc­nica Federal de Cajazeiras correrão por conta do Fundode Apoio ao Desenvolvimento Social - FAS,consignando-se no Orçamento Federal, para os exerci­cios seguintes, as necessárias dotações, que garantam ofuncionamento da instituição de que trata esta lei.

Art. 4' O Poder Executivo regulamentará ~sta lei noprazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir de sua vi­géncia.

Arl. 5' Esta lci entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 6' Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­

celo Linhares, Presidente - Dilson Fanehin, Relator ­José Carlos Vasconcelos - Djalma'Dessa - Adail Vetto­razzo - Freita Nobre.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PROJETO DE LEI N' 3.724-B, DE 1984

Dispõe sobre a conservação do Memorial Jusceli­no Kubitschek.

O Congresso Nacional decreta:

Arl. I' Fica o Poder Executivo autorizado a tomaras medidas cabíveis, através da Fundação Pró-Memória,do Ministério da Cultura, para a manutenção e conser­vação do Memorial Juscelino Kubitschek.

Art. 2' Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Arl. 3' Revogam-se as disposições em contrário.

Comissão de Redação. 15 de agosto de 1985. - Mar­celo Linhares, Presidente - DUson Fanehin. Relator ­José Carlos Vasconcelos - AdaU Vettorazzo - FreitasNobre - Djalma Bessa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - OsSrs. que a aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte Re­dação Final:

PRO.JE;TO DE LEI N' 4.977-B, DE 1985

Altera:a estrutura da Categoria Funcional de En­genheiro de Operações, do Grupo-Outras Atividadesde Nível Superior. e dá ontras providências.

O Congresso Nacional decreta:

Arl. I' A Categoria Funcional de Engenheiro deOperações, código NS-918 ou LT-NS-918. do Grupo­Outras Atividades de Nível Superior. a que se refere 11

Lei n' 5.645, de 10 de dezembro de 1970, Iica alterada naforma constantc do Anexo desta lei.

Parágrafo único. O preenchimento dos cargos c em­pr~gos da classe especial e das intermediárias da Catego­ria Funcional de Engenheiro de Operações iar-se-á me­diante progressão funcional ou outras formas legais deprovimento.

Art. 2' Os servidores atualmente posicionados nasreferências NS-I e NS-2 ficam automaticamente locali­zados na referência NS-3. inicial da ela."" Á.

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Agosto de 1985

Art. 39 Os servidores alcançados pelo disposto nestalei serão situados nas novas classes da categoria funcio­nal, mantidas as atuais referências de salário, ressulvadaa hipótese do seu art. 29

Art. 49 A nova estrutura das classes da CategoriaFuncional de Engenheiro de Operações não prejudicaráa tramitação e a solução de pedidos de transferência e

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

movimentação de servidores, apresentados até a data davigência desta lei.

Art. 5. A despesa com a execução desta lei correrá àconta das dotaçõe., próprias do Orçamento da União edas autarquias federais.

Art. 6" Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação. inclusivc quanto a seus efcitos financeiros.

A N E X O-----

Sexta-feira 16 8245

Art. 79 Revogam-se as dísposiçàes em contrário.

Comissão de Redação, 15 de agosto de 1985. - Mar­celo Linhares, Presidente - Dilson Fanchin, Relator ­Djalma 80ssa - José Carlos Vasconcelos - Adail Vetto­razzo - Freitas Nohre.

(Art. 19 da Lei n9 ,. de de de 198 )

G R U J? O

OUTRAS ATIVIDADES DE N!

VEL SUJ?ERIOR (NS-900 onLT-NS-900)

CATEGORIAPUNCIONAL

e) ..

EnoenheirCl de

Operações

c O D I G O

NS-918 ou LT-NS

918

P.EFE?J':XCIAS DE VEKCIF.E:-:-':: ouSALÁRIO POR CLASS~

Classe Especial t;S - 22 a 25

Classe C ~S - 17 a 21

Classe B ~;s - 12 a 15

Classe A };S - 3 a 11

o SR. PRESIDENTE (José Ribarnar Machado) - OsSrs. que a aprovam quciram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Há sobre a mesa e vou submeter a voto o seguinte

REQUERIMENTO

Brasília, 14 de agosto de 1985Senhor Presidente.

Solicito a Vossa Excelência que seja reservada partedo expediente do dia 20 do corrente para homenagens aoDia do Maçon.

Aproveito O cnsejo para apresentar a Vossa Excelênciaos protestos de estima e apreço. - Celso Peçanha.

O SR. PRESIDENTE (J osé Ribamar Machado) - OsSrs. que o aprovam queiram permanecer como estão.(Pausa.)

Aprovado.

O Sr. Roberto Jefferson - Sr. Presidente, peço a pala.vra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Ribarnar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. ROBERTO JJ<:fFERSON (PTB-RJ. Sem re­visão do orado.) - Sr. Presidente, gostaria de indagar seuma decisão do Presidente da ,Mesa, autorizando apublicação no "Diário do Congresso" de um contratoassinado entre a Rede Ferrovária Federal e o BIRDpode scr modificado. Trata-se de um contrato eonfiden:cial, lesivo aos interesses do Brasil, porque prevê a capotação de quase 500 milhões de dólares, tendo como algu·mas de suas obrigações a desativação de 1.700 quilôme­tros de via férrea, contendo, inclusive, cláusula em quetClda contratação realizada pela Rede Ferroviária, tantoa nível de diretoria quanto a nível têcnico, só poderáocorrer com autorização do BIRD. e assim por diante.

É um contrato que recebemos dos funcionários daRedc Ferroviária Federa!.

Solicitamos à Mesa a autorização para publicá-lo paraque a Casa, o Congresso, o País tivessem acesso ao docu­mento ainda confidencial - que nos chegou às mãos. OPresidente da sessão disse que sim. Acabo de tomar co­nhecimento de que o Secretário-Geral da Mesa, Dr. Pau­lo Affonso, proibiu - sob a alegação de que o contrato éconfidencial - sua publicação no "Diário do Congres-so".

Indago de V. Ex' se é rcgimental o argumento doSecrctário-Geral da Mesa. contrariando decisão do Pre­sidente da Mesa.

O SR. PRESIDENTE (Josê Ribamar Machado) ­Respondendo à questão de ordem de V. Ex', tenho a in-

formar que o § 59 do art. 112 do Regimento Interno pre­vê:

"Só será permitida a publicação de discurso, coma transcrição de documentos, se forem estes inte­gralmente lidos da tribuna."

E o § 89 do mesmo artigo estabelecc:

"Não se dará publicidade a informações e docu­mentos oficiais de caráter reservado. As infor­mações solicitadas por Comissões serão confiadasaos Presidentes destas pelo Presidente da Câmara,para que as leiam aos seus pares; as solicitadas porDeputados serão lidas a estes pelo Presidente da Câ­mara. Cumpridas essas formalidades. serão fecha­das em invólucro lacrado, datado e rubricado pordois Secretúrios, e assim arquivadas."

O Sr. Roberto Jefferson - Sr. Presidcnte. peço a pala­vra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Ribarnar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. ROBERTO JJ<:FFERSON (PTB - RJ. Sem re­visão do orador.) - Sr: Presidente, eu indagaria de V.Ex' sc um a dccisão do Presidente dos trabalhos pode sermodificada a posteriori pelo Secretário-Geral da Mesa.Estranho, com sinceridade. esse procedimento. Todossabemos que esta Casa se reúne hoje para modificar seuRegimento, tirando-lhe os resquícios do autoritarismo eda ditadura. Pelo qae estamos assistindo hoje, o que há éum clima de descrença. na Nova República, pelo plágio,pela mímica, pela cópia dos gestos pequeninos, dos arbí­trios imorais que eram praticados. em nome da ordem le­gal. pela Vclha Reptlblica, ainda com ressonância, imita­da por figuras exponenciais que compõem a Nova Re­pública.

Fiz neste plenário uma análise sucinta do contrato, demuita importância porque começa a mostrar a ponta doiceberg, o mar de lama c dc corrupção existente na RedeFerroviária Federal. Peço a publicação desse documen­to. pàra que csta Casa c os nossos companheiros Parla­mentarcs tenham acesso a esse contrato confidencial,completamente contrário ao espírito e à filosofia daNova República, à independência de nosso povo, atenta­tório à moral e aos bons costumes de nossa Pátria. Since­ramente, causa-me espécie e constrangimento a posiçãodo Secretário-Geral da Mesa, que, depois da decisão doPresidente, durante o "Pinga-Fogo", modificou-a, invo­cando institutos falidos, desmoralizados, fruto daqueles21 anos que desejamos esquecer.

O SR. PRESIDENTE (Josê Ribamar Machado) ­Devo declarar a V. Ex' que o Presidente da Câmara dosDeputados defere e determina sempre de acordo com oRegimento da Casa.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) -Votação em discussão única. do Projeto de Lei n'

2.833-B, de 1980, que altera o título da Seção IV doTitulo I da partc cspeeial e acrcscenta parágrafos aoart. 154 do Código Penal: tendo parecer. da Comis­sào de Constituição e Justiça, pela constitucionali·dade. juridicidade, técnica legislativa e. no méritopela aprovação. Pendente de parecer da Comissãode Constituição c Justiça à emcnda de Plenário. (DoSenado Federa!.) - Relator: Sr. Pimenta da Veiga.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Lélio Souza. paraproferir parecer à Emenda de Plenário ao Projeto de Lein' 2.833-B. de 1980, em substituição à Comissão deConstituiçào e Justiça. na qualidade de Relator design'a­do pela Mesa.

O SR. Lf:LIO SOUZA (PMDB - RS. Sem rcvisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o nobreDeputado Airton Soares ofereceu emendas, propondo asubstituição do art. 29 do projeto, parcialmente.

As modificações constant~s das suas emendas dizemrespeit.o à pena prevista no capnt do artigo e no seu § 1•.Refiro-me ao art. 154 do Código Pena!.

Objetiva o ilustre Deputado elevá-las, e. através destaexasperação, estabe1çeer eondiçàes mais efetivas de pro·teção ao bem jurídico tutelado. Co ncretarnente, na hipó'tese do caput, propõe a elevação dos limites mínimos emáximos da pena de detenção: dos previstos três meses aum ano detenção para seis meses a dois anos. Da multaprevista de dois mil cruzeiros a vinte mil cruzeiros paracinqüenta mil cruzeiros a cem mil cruzeiros.

Outrossim, no que conccme ao § I', dos previstos trêsmcses a um ano de dctenção para seis mescs a dois anos,elevando-se a multa, então, proposta em termos de cin­qüenta a cem mil cruzeiros para cem a cento e cinqüentamil cruzeiros. Este o relatório sobre a matéria.

Não há nenhuma objeção quanto à admissibilidadedesta proposição pelo Plenário. Ela se atém à competên­cia legislativa da União, ãs atribuições do Congresso Na­cional, c a iniciativa é legítima.

No que se refere ao mérito, a exacerbaçào da penaparcce-nos razoávcl. ainda que do ponto de vista dosefeitos práticos possa não trazcr maiores conscqüências.De qualquer modo, esta majoração, tanto da pena quan·to da multa. são modificações que propiciarão ao dispo­sitivo penal em questão maiores condições de ofereceruma eficaz proteção ao bem jurídico tutelado, no caso odireito à intimidade.

Quanto à técnica Icgislativa. no cntanto. Sr. Presiden­te. há que se fazer alguma ressalva, e ressalva essenciaLA majoração dos limites mínimo e máximo da pena pri­vativa de liberdade não afronta qualquer determinaçãode natureza técnica, não contravém a nenhuma normaque possa contribuir para o aperfeiçoamento dessas dis­posiç"es. Todavia, quanto à fixação da multa, aí, sim, te­mos urna incoerência, decorrente obviamcnte do decurso

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8246 Sexta-feira 16

do tempo verificado entre a apresentação do projeto noSenado e a sua apreciação na Câmara, neste ano de 1985.O projeto foi apresentado na Câmara Alta no ano de1980. Através dele, seu autor propunha alterar o títuloda Seção IV do Título I da Parte Especial e o acréscimode parágrafos ao arl. 154 do Código Penal tudo isso, evi­dentemente, para tornar mais clara a titulação destaSeçâo, abrangendo não apenas os crimes contra a invio­labilidade dos segredos, mas também o direito à intimi­dade. E estabelecia, louvado no que já constara do art.161 do Código Penal de 1969, a nova figura delituosa daviolação da intimidade.

Ocorre que, em 1I de julho de 1984, entrou em vigor,através da Lei n' 7.209, a nova Parte Geral do CódigoPenal; e consoante disposições dcla constantes, relativa­mente à pena de multa, verifica-se que não há mais lugarpara se estabelecer, na Parte Especial, qualquer dispo­sição relativamente à fixação prévia de valores mínimo emáximo de multa. O legislador inovou, e inovou paraatender a uma exigência da técnica legislativa e até paraassegurar o cumprimento elícaz dessas sanções, quandode sua imposição nas oportunidades em que isso ocorres­se. Através do que ficou disposto no art. 49 e seus pará­grafos:

"A pena de multa consiste no pagamento ao fun­do penitenciário da quantia fixada na sentença e cal­culadaem dias-multa. Será, no mínimo, dedeze, nomáxím o, de trezentos e sessenta dias-multa.

"O valor do dia-multa será fixado pelo juiz nãopodendo ser inferior a um trigésimo do maior sa­lúrio minimo mensal vigente ao tempo do fato, nemsuperior a cinco vezes esse salário."

Além do mais, o valor da multa será atualizado quan­do da execução pelos índices de correção monetária. É oque estabelece o art. 49. §§ lo e 20• da Lei n" 7.209, de 11de julho de 1984, que alterou o dispositivo do Decreto-leinO 2.848, de 7 de dezembro de 1940, instituidor do Códi­go Penal. E,ta é a Parte Geral do Código Penal, modifi­cado. Até hoje, não houve modificação da Parte Espe­cial, em bora e,tudos a esse respeito se processam na esfe­ra doPo der Executivo.

Não obstante, quando se cuida agora de se modificar aParte Especial do Código Penal, para introduzir no cita­do art. 154 estas duas novas figuras delituosas, a fim deassegurar proteçào ao direito à intimidade. é evidenteque se a pena de multa for estabelecida eoncomitante­mente com a de privativa de liberdade, ela terá que seater às novas disposições relativas à espécie, já em vigor,nos termos do disposto pela Lei n" 7.209, recém-citada, eque deu nova redação à Parte Geral do Código Penal.

Por i,so. Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Relatoroferece ,eu parecer favorável à aprovação da emendacontida nos termos dessa subemenda que ajusta as pro­postas modificativas à melhor técnica legislativa. E a su­lJemenda que ofereço na condição de Relator designadoé do seguinte teor:

'"Dê-se ao art. 20 do Projeto de Lei a seguinte re­dação:

Art. 2' .Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e

multa.§ I'Pena: detenção de 6 (seis) meses e 2 (dois) anos e

multa.

Posto nestes termos a questão, parece-me que os obje­tivos estão plenamente alcançados.

Este, portanto, o parecer, eis que não há nenhuma ou­tra impugnação a se fazer, quer do ponto de vista daconstitucionalidade, da juridicidade e da boa técnica le­gislativa, afora os aspectos recém-aflorados pelo Rela­tor.

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Apresentada a subemenda, é óbvio que, nos termos deque dispõe o Regimento, a matéria sai da Ordem do Dia,tendo em vista que nenhuma emenda ou subemenda serásubmetida à apreciação do Plenário sem a prévia publi­cação no Diário do OIngresso Nacional. Essa recomen­dação, consagrada no art. 193, § 5', do Regimento Inter­no, favorecerá, por certo, a oportunidade de verificaçãode sugestões construtivas que se fazem para ajustar asmodificações aos objetivos realmente propugnados pelono bre autor da emenda em Plenário e por aqueles que seassociam a essa empreitada. Dentre os eminentes cole­gas, destaco o Deputado Gastone Righi, porque tiveoportunidade de acompanhar, na sessão em que issoocorreu, os debates que se travaram a esse respeito.

SUBEMENDADê-se ao art. 2' do Projeto de Lei a seguinte redação:

"Art. 20

Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,e multa.

§ I'

Pena: detenção, de 6 (seis) meBes a (dois) anos, emulta."

JustifieaçãoA questão relativa à fixação da multa, abrangendo in­

clusive sua atualização, está disciplinada pela Lei 7.209,de I I de julho de 1984, que deu nova redação à Parte Ge­rai do Código Penal (art. 49 e seus parágrafos).

Tendo o Relator concluído por subemenda, a matériasai da Ordem do Dia para publicação.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) -Discussão única do Projeto de Lei nO 5.729. de

1985, que altera dispositivos da Lei n' 5.682, de 21dejulho de 1971, modificada pelas Leis n's 5.697, de27 de agosto de 1971, 5.781, de 5 de junho de 1972,6.444. de 3 de outubro de 1977, e 6.767, de 20 de de­zem bro de 1979, e dá outras providéncias. Pendentede parecer da Comissão de Constituição e Justiça.(Do Senado Federal.)

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Vai mor Giavari­na para proferir Parecer ao Projeto de Lei n' 5.729, de1985. em substituição ã Comissão de Constituição e Jus­tiça. na qualidade de Relator designado pela Mesa.

o SR. VALMOR GIAVARINA (PMDB-PR. Pro­fere o seguinte parecer.) - Vem ao turno eonstitucionalde revisão, na elaboração legislativa, previsto pelo ar!. 58da Lei Maior, O presente projeto de lei que, na CâmaraAlta. foi apresentado pelo Senador Mauro Borges.

Referida proposiçào altera a Lei Orgânica dos PartidoPolíticos no sentido de, atendendo ao dispositivo naEmenda Constitucional n' 25, que concedeu relativa au­tonomia política ao Distrito Federal. fazer constar da­quele diploma legal o meeanismo de atuação das agre­miações partidárias.

Ê o relatório.

Voto do Relator

As alterações são necessárias vejo, porém, algumas in­congruências que precisam ser sanadas.

O art. 123, por exemplo, é impróprio: Evitando que sedeva aplicar as regras gerais da Legislação Orgânica dospartid os. Assim, meu voto é pela constitucionalidade, ju­ridicidade e boa técnica, e mérito, pela aprovação dopresente projeto, na forma do substitutivo anexo.

EMENDA SUBSTITUTIVAAO

PROJETO DE LEI Ng 5.729, DE 1985

Art. I' Aplicam-se ao Distrito Federal as normas daLei n' 5.682, de 21 de julho de 1971, eom a redação dada

Agosto de 1985

pela Lei nO 6.767, de 20 de dezembro de 1979, com as al­terações previstas nesta lei.

Art. 2' Haverá Comissões Provisórias para as uni­dades adminstrativas ou zona eleitoral.

Art. 3' Cada unidade administrativa ou zona eleito­ral será eq uiparada a município, para efeito de organi­zaçào partidária.

Art. 4' Os delegados constituirão, também, a Con­venção Nacional.

Art. 5Q 1\ inexistência do líder da bancada serú su­prida por mais um vogal n a Comissão Executiva.

Art. 6' O Diretório Regional será contemplado comquota do fundo partidário igual à do Estado menos aqui­nhoado.

Art. 'f, Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 80 Revogam-se as disposições em contrário. ­Valmor Giavarina.

Tendo o relator eoncluído por substitutivo, a matériasaí da Ordem do Dia c vai à publicação.

o Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o nobre Deputado.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, requeiro a suspensão dasessão, por visível e evidente falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - APresidência vai verificar a existência de quorum em pie­mirio. (Pausa.) Como se encontram presentes apenas 30Srs. Deputados, não há número para o prosseguimentoda sessão.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Nada mais havendo a tratar, vou levantar a sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Pernambuco

Ricardo Fiuza - PDS.

Río de Jaueiro

Fernando Carvalho - PTB; Rubem Medina - PFL;Simão Sessim - PFL.

Minas Gerais

Jairo Magalhães - PFL; Luiz Baccarini - PMDB;Ronan Tito - PMDB.

São Paulo

Natal Gale - PFL.

Goiás

Jaime Câmara - PDS.

Mato Grosso

Milton Figueiredo - PMDB.

Paraná

José Carlos Martinez - PDS; Luiz Antônio Fayet­PFL.

Santa Catarina

Manoel de Souza - PMDB.

Rio Grande do Sul

Balthazar de Bem e Canto - PDS; Siegfried Reuser- PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB; Victor Faccioni- PDS.

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8247

VII - O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) - Levanto a ses­são, designando para a ordinária da próxima 2' feira, dia 19 de agosto de1985, a seguinte:

ORDEM DO DIA

EM URGÊNCIA

Votação

1

PROJETO DE LEI N.o 2.833-C, DE 19W

Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.o 2.833-C, de 1980,que altera o título da Seção IV do Título I da parte especial e acrescentaparágrafos ao art. 154 do Código Penal: tendo parecer, da Comi:ssão deConstituição e Justiça, pela constituciCmalidade, juridicidade, técnic:~ legis­lativa e, no mérito, pela aprovação. Parecer do Reiator. designado pelaMesa em substituição à Comissão de Constituição e Justiça, à emenda dePlenário: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, nomérito, pela aprovação, com subemenda. (Do Senado Federal.) - Rela­tores: Srs. Pimenta da Veiga e Lélio Souza.

Discussão2

PROJETO DE LEI N.o 5.729-A, DE 1985

Dilcussão única do Projeto de Lei n.o 5.729-A, de 1985, que alteradispositivos da Lei n.o 5.682, de 21 de julho de 1971. modificada pe!'as Leisn.OS 5-.697, de 27 de agosto de 1971, 5.781, de 5 de junho de 197:1, 6.444,de 3 de outubro de 1977, e 6.767, de 20 de dezembro de 1979, e dá outrasprovidências: tendo parecer do Relator designado pela Mesa em substitui­ção à Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridi­cidade, . técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.(Do Senado Federal.) - Relator; Sr. Valmor Giavarina.

3PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 95-A, DE 1985

Discussão única do Projeto de Decreto Legislativo n.o 95-A, de 1985,que aprova o texto do Acordo Básico de Cooperação Científica e 'recnoló­gica entre o Governo da RepÚblica Pederativa do Brasil e o Governo daRepública Democrática Alemã, concluido em Brasilia, a 22 de novembrode 1984: tendo parecer·es: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa: e, da Comissão deCiência e Tecnologia, pela aprovação. (Da Comissão de Relações Exte­riores.) - Relatores: Srs. José Melo e Anlônio Florênclo.

TRAMITAÇAO EM PRIORIDADEDiscussão

4

PROJETO DE LEI N.o 2.031-D, DE 1979

Discussão única do substItutivo do Senado ao Projeto de Lei n.o 2.031-D,de 1979, que acrescenta inciso ao art. 649 do Código de Pl'O(:;;lSSO Civil,para tornar impenhorável o imóvel hipotecado ao Sistema Financeiro daHabitação: tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justlç:a, pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprG­vação. - Relator: Sr. Gorgõnio Neto.

5PROJETO DE LEI N.o 4.454-D, DE 1981

Discussão única do Substitutivo do Senado ao Projeto de L:i n.o 4.454-D,de 1981, que altera a redação da alínea c do § 3.0 do art. 4.° do Decreto-lein.o 972, de 17 de outubro de 1969, que dispõe sobre o exercicio da profissãode jornalista: tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidadê e técnica legislativa: e, da Comie~ão ç!oComunicação, pela aprovação. Relatores: Srs. Joaci! Pereira e FreitaB Nobre.

GRANDE EXPEDIENTE

Oradores:

1 - Juarez Baptista - PMDB-MG

2 - Maçao Tadano - PDS-MT

3 - Plínio Arruda Sampaio - PT-SP

6

PROJETO DE LEI N.o 5.077-A, DE 1981

Dlsoussão única do Projeto de Lei n.o 5.077-A, de 1981. que dispõe sobrea especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurançade Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança de Trabalhe e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa: e, das Comissões deEducação e Cultura e de Trabalho p, Legislação Social, pela aprovação. (DoSenado Federal.) - Relatores: 81'S. João Gilberto, Darcilio Ayres e MalulyNeto.

IPROJETO DE LEI N.o 4.963-A, DE 1985

Discussão única do Projeto de Lei n.o 4.963-A, de 1985·, que fixa osvalor·es de retribUição da categoria funcional de Técnico de Estradas, edá outras providências: tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, comemendas, com voto em separado do Sr. Egídio Ferreira Lima; e, das Comis­sões de Serviço Público e de Finanças, pela aprovação, com adoção dasemendas da Comissão de Constituição e Justiça. (Do Poder Executivo.)- Relatores: SI', Nilson Gibson, Nosser Almeida e Aécio de Borba.

8

PROJETO DE LEI N.o 5.063-A, DE 1985

Discussão única do Projeto de LeI n.o 5.063-A, de 1985, que autoriza oDepartamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNo.CS, Autarquiavinculada ao Ministério do Interior, a doar o imóvel que menciona, situadono Município de Navarro, no Esta:lo da Paraíba; tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça, pela C(}llstitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovação: e, das Comissões do Interior e deFinanças, pela aprovação. (Do Poder Executivo,) - Relatores: Srs. JoacilPereira, Evandro Ayres de Moura e Bayma Júnior.

9

PROJETO DE LEI N.o 5.0BI-A, DE 1985

Discusõão Íínica do Projeto de Lei n.o 5.081-A, dB 1985, que autoriza areverEão ao Município de Porto· Lucena, Estado do Rio Grande do Sul,do imóvel que menciona; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidad·e, juridicidade, técnica legislativa e, nomérito, pela aprovação; e da Comissão de Finanças, pela aprovação. (DoPoder Executivo,) - Re!tl,tores: Srs. Guido Moesch e Iruji Rodrigues.

10

PROJETO DE LEI N.o 4.791-A, DE 1984

Discussão únlcn elo Projeto de Lei n.o 4.791-A, de 1984, que altera asredações dos §§ 2.° e 3.0 do art. 139 da alínea a do art. 140, e do art. 141,do Decreto n.o 24.643, de 10 de julho de 1934 - Código de Aguas; tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa: e, da Comissão de Minas e Energia. pelaaprovação. (Do Poder Executivo,) - Relator€s: Srs. Nilson Gibson e MarcosLima.

11

PROJETO DE LEI N.o 3.0M-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.o 3.054-A, de 1980, que acrescentaparágrafo ao art. 1.0 da Lei n.o 1.533, de 31 de dezembro de 1951: tendoparecer: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. (Do SenadoFederal.) - Relator: Sr. João Gilberto.

TRAMITAÇAO ORDINARIA

Votação

12PROJETO DE LEI N.o 378-A, DE 1983

Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.o 378-A, de 1983, queautoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade do Valedo Jacui, em Cachoeira do Sul, Estado do Rio Grande do Sul: tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa; e, das Comissões de Educação e Cultura ede Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Pedl'O Germano,) - Relatores:Srs. Armando Pinheiro, Oly Fachin e Floriceno Paixão.

13PROJETO DE LEI N.O 3.192-A, DE 1980

Votação, em dIscussão única, do Projeto de Lei n.o 3.192-A, de 1980,que faculta à contribuinte autônoma, quando gestante, gozar dos mesmosdireitos das regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho; tendo pare­ceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade juri-

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8248 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção T) Agosto de 1985

<1icidade e técnica legislativa; e, das Comis.sões de Trabalho e LegislaçãoSocial e de Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Tidei de Lima,) - Relator:Sr. Francisco Rollemberg.

14

PROJETO DE LEI N.o Ul61-B, DE 1983

Votação, em segunda discussão, do Projeto de Lei n.O 1.661-B, de 1983,que dispõe sobre o crime de lesa-humanidade, discriminar pessoas. indivi­duai ou coletivamente, em razão de cor, raça ou etnia. (Da Comissão deConstituição e Justiça.) - Relator: Sr. Nilson Gibson.

Discussão15

PROJETO DE LEI N.o 2.247-A, DE 1983

Discussão única do Projeto de Lei n.o 2.247-A, de 1983, que dispõe sobrea criação da Escola Agrotécnica de Governador Valadares, Minas Gerais;

, tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constituciona­lidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda; da Comissão de Edu­cação e Cultura, pela aprovação; e, da Comis.são de Finanças pela apro­vação com adoção de emenda da Comissão de Constituição e Justiça. (DoSr. OsW'aldo Murta.) - Relatores: 81'S. Otávio Cesário, Celso Peçanha eLuiz Leal.

16

PROJETO DE LEI N.o 3.098-A, DE 1984

Discus.são única do Projeto de Lei n.O 3.098-A, de 1984, que alteradispositivo do Decreto-lei n.o 22'7, de 28 de fevereiro de 1967 - Códigode Minas; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão deMinas e Energia, pela aprovação. (Do Sr. João Batista Fagundes.) - Rela­tores: Srs. Jorge Carone e Bayma Júnior.

17

PROJETO DE LEI N.o 3.076-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.o 3.076-A, de 1980, que dispõesobre a filiação facultativa da dona-de-casa ao regime da PrevidênciaSocial; tendo pareceres da Comissão de Constituição e Justiça, pela cons­titucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com Substitutivo; e, dasComissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças. pela aprovação,com adoção do Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça. (DoSr. Pacheco Chaves,) - Relator: Sr. Francisco Benjamim.

18PROJETO DE LEI N.0 3.122-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.122-A, de 1980, que extinguea censura prévia para o livro, teatro e cinema, e dá outras providências;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constituciona­lidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Educação eCultura, pela aprovação, com emendas. (Do Sr. Alvaro Valle,)

19

PROJETO DE LEI N.o 3.149-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.149-A, de 1980, que dispõesobre o aproveitamento de cegos nas empi'esas estatais de telecomunica­ções e de serviços postais, e dá outras providências; tendo pareceras: daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade;e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças, pela apro­vação. - Relatores: S1'S. Luiz Leal, Amadeu Geara e José Carlos Fagundes.

~

PROJETO DE LEI N.o 5.499-A, DE 1981

Discussão única do Projeto de Lei n.O 5.499-A, de 1981. que dispõosobre autorização do Poder Executivo para eletrificação do metrô desuperfície na cidade de São Luís, Capital do Estado do Maranhão, e dáoutras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e JUBti­ça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, das Comis­sões de Transportes e de Finanças, pala aprovação. (Do Sr. José RibamarMachado.) - Relatores: Srs. G01'gônio Neto, José Colagrossi e Jayme San­tana.

21

PROJETO DE LEI N.o 3.157-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.157-A, de 1980, que dá novaredação ao art. 10 da Lei n.O 5.107, de 13 de setembro de 1900, dispondosobre a utilização da conta vinculada pelo empregado para o fim de adqui­rir moradia; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, p~h

constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Tra­balho e Legislação Social, pela aprovação, com emenda; e,da COmissão de

Finanças, pela aprovação, com adoção da emenda da Comissão de TI'abalhoe Legislação Social.

22

PROJETO DE LEI N.o 3.158-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.158-A, de 1980, que determinaque o valor da aposentadoria por invalidez de trabalhadcr vitlm:l. de aci­dente do trabalho não seja inferior ao salário minimo vigente na regJao,quando tenha sido acometido de cegueira; tendo pareceres: da Comissãode constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa; da Comissão dê Trabalho e Legislação Social, pela aprovaçãe.com emenda; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, com Substltutivc.(Do Sr. Adhemar GhisL) - Relatores: Srs. Lázaro Carvalho e Aurélio Peres.

23PROJETO DE LEI N.o 3.252-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.252-A, de 1980, que determinaa reversão aos Municípios dos Territórios, das áreas de seu dominio expro­priadas de acordo com o disposto no art. 2.° do Decreto-lei n.O 5.812, de 13de setembro de 1943; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justi­ça, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito,pela aprovação; e, da Comissão do Interior, pela aprovação. (Do Sr. JúlioMartins.) - Relatores: Srs. Brabo de Carvalho e Inocêncio Oliveira.

24PROJETO DE LEI N.o 634-A, DE 1983

Discussão única do Projeto de Lei n.o 634-A, de 1983, que institui opagamento de royalti.es, aos Estados e Municípios, sobre a produção deenergia hidrelétrica; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justi­ça, pela constitucionalidade, juridicidade a técnica legislativa; e das Comis­sões de Economia, Indústria e COmércio e de Finanças, pela aprc·vação. (DoSr. Hélio Duque.) - Relatores: Srs. Brabo de CarvalhO, 8iegfried Heusere Irajá Rodrigues.

25PROJETO DE LEI N.o 1.087-A, DE 1983

Discussão Úllica do Projeto de Lei n.O 1.087-A, de 1983, que altera dispo­sitivo do Decreto-lei n.O 9'72, de 17 de outubro de 19{)9, que disciplina oexerclcio da profissão de jornallsta; tendo pareceres: da Comissão de Cons­tituição e Justiça, pela constitucionalídade, juridicidade, legalidade e técni­ca legislativa; e das Comissões de Comunicação e de Traballlo e LegislaçãoSocial, pela aprovação. (Do Sr. Freitns Nobre.) - Relatores: 81'S. HamiltonXavier, Carlos Wilson e Francisco Amaral.

26PROJETO DE LEI N.o 266-A, DE 1975

Discussão única do Projeto de Lei n,o 266-A, de 1975. que dispõc sobrea validade do passaporte comum brasileiro e o visto de saída; tendo pare­ceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade .íuri­dicidade, com emenda; e, da Comissão de Relações Exteriores, pela aprova­ção, com Substitutivo. (Do Sr. José Ribamar Machado.) - Relatores:Srs. Luiz Henrique e Clemir Ramos.

27

PROJETO. DE LEI N.o 3.262-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.o 3.262-A, de 1980. que altera osarts. '16 e 81 do Decreto-lei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943 (Consolidaçãodas Leis do TrabalhO); tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiçaj, pela ronstitucionalidade, .íuridicidade e técnica Qegislativa; daComissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com substitutivo;e da Comissão de Finanças, pela aprovação, com adoção do Substitutivo daComissão de Trabalho e Legislação Social. - Relatores: Srs. Bonifácio deAndrada, João Alves e José Carlos Fagundes.

28PROJETO DE LEI N.o 3.269-A, DE 1980

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.269-A, de 1980, que fixa em1 (um) salário mínimo regional o valor da aposentadoria dos trabalhado­res rurais; tendo parcceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, injuridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Tra­balho e Legislação Social, pela aprovação; e, da Comissão de Finanças,pela aprovação, com Substitutivo. (Do Sr. Paulo Lustosa. - Relatores:Srs. Nelson Morro, Francisco Rollemberg e Leorne Belém.

29

PROJETO DE LEI N.o 1.934-B, DE 1983segunda discussão do Projeto de Lai n.o 1.934-B, de 1983, que garante

a todo contribuinte da Previdência Social com dez ou mais anos de con­tribuição, e a seus dependentes, assistência médica integral. (Do Sr. SérgioLomba.)

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DIÁRfO DO CONGRESSO NACfONAL (Seção f)

LtDER: pIMENTA DA VEIGA

PMDB

Obs.: * Inscrições transferidas para o mês de agosto, nos termos da Reso­lução n." 37179.

Sexta-feira 16 8249

Hora Nome

14:00 Osvaldo Nascimento14:30 Benedicto Monteiro15 :0(\ Oscar Alves

10:30 Bento Porto11:0D José Carlos Vasconcelos11:30 João Agripino12:00 Cássio Gonçalves12:30 Osvaldo Mello13:00 Rômulo Galvão

14:00 Lélio Souza14:30 Clarck Platon15:00 Horácio Matos

14:00 Henrique Eduardo Alves14:30 Brabo de Carvalho15:00 Arildo Teles

14:00 Gilson de BarrOs14:30 Israel Dias-Novaes15:00 Márcio Lacerda

14:00 Joacil pereira14:30 Guido Moesch15:00 Stélio Dias

10:00 Djalma Bom1O:~0 Antônio Osório11:0~ Félix Mendonça11:30 Marcelo Linhares12:00 Walter Baptista12:30 José Carlos Fagundes13:00 Renato Viana

sexta-feira

quinta-feira

quinta-feira

terça-feira

quarta-feira

segunda-feira

sexta-feira

Dia da semana

30

29

22

28

27

23

26

Data30

PROJETO DE LEI n" 3.133-A, DE 1981

Pl imeira discussão do Projeto de Lei n.o 3.133-A, de 1981, que incluientre os crimes a prática de atos resultantes de preconceitos de cor, ruçaou religião; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e. no mérito, pela apro-vação. (Do Sr. Edison Lobão.) Relator: Sr. Luiz Leal.

311

PROJETO DE LEI N.o 3.254-A, DE 1981}Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 3.254-A, de 1980, que altera

a redação do art. 34 da Lei n.o 6.538, de 22 de junho de 19'18', que dispõesobre os serviços postais; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislatIva; daComissão de Comunicação, pela aprovação; e, da Comissão de Educação eCultura, pela rejeição, contra o voto em separado do Sr. Franc:isco deCastro. (Do Sr. Artenir Werner,) - Relatores: Srs. Francisco Benjamime Cristina Tavares.

33

PROJETO DE LEI N." 3.720-A, DE 1984

Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 3.720-A, de 1984, que alteradispositivo da Lei Orgânica dcs Partidos Politicos para definir a atuaçãodos institutos de doutrinação e educação politica dos partidos; tendo pare­cer: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade Juridi­cidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda. (DoSr. Armando Pnheiro.) - Relator: Sr. Djalma Bessa.

32PROJETO DE LEI COMPLEM:ENTAR N.o 18-A, DE 1979

Primeira discussão do ProJeto de Lei Complementar n.o 18-A, de 1979,que dispõe sobre o direito de defesa, assegurado no art. 153, § 15, da Consti­tuição Federal; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justi'~a, pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela apro­vação.

Agosto de 1985

31PROJETO DE LEI N." 3.198-A, DE IS80

Primeira discussão do Projeto de Lei n." 3.198-A, de 1980, que alteraa redação da alinea b, do item IX, do art. 146 da Lei n." 4.737, de 15 dejulho de 1005 - Código Eleitoral, eliminando da legislação eleitoral o votovinculado; tendo parecer, da Comissão de Constituição c Justiça, pela cons­titucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação.<Do Sr. Osvaldo Melo.)

Genebaldo CorreiaJosé Maria MagalhãesVahllor Giavarina

Vice-Líderes (escala, em Plenário)

35

PROJETO DE LEI N.o 3.325-A, DE 1980

Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 3.325-A, de 1980, que esta­belece normas para o financiamento de habitações populares pelo BancoNacional da Habitação; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridiaidade e técnica IllgUslativa; daComissão do InterioT, pela aprovação; e, da Comissão de Finanças, pelarejeição. (Do Sr. Henrique Eduardo Alves.)

AVISOSCONVOCAÇAO

Nos termos do art. 75, do Regimento Interno, convoco os Senhoresmembros da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a iIlivestigarirregularidades ocorridas no INAMPS, para a reunião de instalaçã~, e elei­ção do :Presidente e Vice-Presidente, a realizar-se no dia 22 de alrosto de1985, às 10:00 horas, no Plenário das Comissões Parlamentares de Inquérito.

Câmara dos Deputados, 8 de agosto de 1985. - :Presidente: DeputadoUlysses Guimarães.

Arthur Virgílio NetoDarcy PassosHenrique Eduardo AlvesIsrael Dias-NovaesLuiz HenriqueCássio GonçalvesValmor GiavarinaGenebaldo Correia,Hélio Manhães

2.'-feira

VICE-LiDERES

Heráclito FortesJorge UequedJcsé Maria MagalhãesJúnia MariseLélio So=Márcio BragaM{trio FrotaRenan CalheirosTheodoro Mendes

Walmor de LucaAirton SoaresJosé Carlos VasconcelosJosé PogaçaJosé Mendonça de MoraisMarcondes PereiraRaul Ferraz

CAMARA DOS DEPUTADOSSECRETARIA GERAL DA MESA

RELAÇAO DOS DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTEAGOSTO/85

3.a -feiraAirton SoaresHélio ManhãesJosé UeqlledRenan Calheiros

Data Dia da semana Hora Nome

14:00 Juarez Batista19 segunda-feira 14:30 Maçao Tadano

15:00 Plinio de Arruda Samp:1io

14:00 Milton Reis20 terça-feira 14:30 Tapety Júnior

15:00 Theodoro Mendes

14:00 Wilmar Palis21 quarta-feira 14:30 João Marques

15:00 Genebaldo Correa

4."-feira

5.'-feira

6.'-feira

Lélio SouzaJosé Mendonça de MoraisMarcondes Pereira

Arthur Virgílio NetoCássio GonçalvesIsrael Dias-.NovatesJosé Fogaça

Raul FerrazMáTio FrotaJosé Carlos Vasconoelos

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8250 Sexta-feira 16

PDS

L1DER: PRISCO VIANA

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

PDT

LíDER: NADYR ROSSETTI

Agosto de 1985

Matheus Schmidt

VICE-LíDERESSérgio LombaDélio dos Santos

Amaral NettoSantos FilhoAfrfsio Vieira LimaAssis CanutoBonifácio de AndradaEdison LobãoEduardo Galil

VICE-LíDERESGióia JúniorHugo MardiniLeorne BelémLúcia ViveirosJorge ArbageJosé Carlos FonsecaJosé Fernandes

Pedro CorrêaPratini de MoraisRaul BernardoRubens ArdenghiNey Ferreira

José ColagrossiMatheus Schmidt

2.S-feira

Vice-Líderes (eseaJa em Plenário)

Vice-Lideres (escala em Plenário) 3.S-feira

4.a-felra

Matheus Schmidt

Matheus Schmidt

:l.S-feira

3.S-feir.:.

José FernandesAssis CanutoJosé Carlos Fonseca

Amaral NettoGióia JúniorRaul BernardoRubens ArdenghiEduardo Galil

6.a-feira

Matheus Schmidt

Matheus Schmidt

PTB

LíDER: GASTONE RIGm

VICE-LIDERES

Mendes Botelho

4.a-feira

5.S-feira

6.S-feira

Edison LobãoLeorne BelémSantos FilhoHugo Mardinl

Lúcia ViveirosBonifácio de AndradaPratini de MoraisAfrlsio Vieira Lima

Pedro CorrêaNey FerreiraJorge Arbage

PFL

Mendonça Falcão

3,B-feira

4.a-feira

Vice-Lideres (escala em Plenário)

LlDER: JOSl1: LOURENÇO

Celso BarrosJosé Thomaz NonõInocêncio OliveiraDionísio Hage

VICE-LíDERESLúcio AlcântaraJoão FaustinoAntônio DiasMário Assad.

Celso peçanhaAlceni GuerraSarney FilhoWolney siqueiraEdme Tavares

5.S-feira

6,a-feira

PT

Vice-Lideres (escala em Plenário)LíDER: DJALMA BOM

VlCE-LíDERFaS2.S-feira

4.S-feira

5.a-feira

6.S-feira

Lúcio Alcântara

Inocêncio Oliveira

Alceni Guerra

Edme Tavares

Wolney Siqueira

Celso PeçanhaJosé Thomaz NonôAntônio Dias

Celso BarrosDionísio HageMário Assad

Sarney Filho

João Faustlno

José Genoíno

Irma Passoni

2.S -feira

3.S-feira

4.a-feira

5.S-feira.

Vice-Lideres (escala em Plenário)

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8251

CONGRESSO NACIONAL

Matérias em t~:amitação

I - PROPOSTAS DE EMENDA A. CONSTITUIÇAO

14

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 36, DE 1982

Altera a redação do § 2.° do art. 99, tendo Parecer oral favorável, pu-blicado no DCN de 8-10-82. - Leitura: 18-S-82

11

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 32, DE 198a

Altera a redação do § 35 do art. 153 da Constituição Federal, tendoParecer oral contrário, publicado no DCN de 24-9-82. - LeItura: 4-6-82

25

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 48 DE 1982

Dispõe sobre a aposentadoria dos servidores policiais sob o regime esta­tutário e da Consolidação das Leis do Trabalho aos vinte e cinco anos deserviço, acrescentando dizeres ao art. 165 do texto constitucional no seu itemXX, tendo Parecer favorável, sob n.o 105/82-CN, publicado no DeN de30-9-82. - Leitura: 20-8-82

15

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N,o 37, DE 1982

Altera dispositivos da Constituição Federal, referentes ao orçamentoda União e dá outras providências, tendo Parecer oral contrário, publicadono DCN de 14-10-82. - Leitura: 18-6-82

24

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.a 47, DE 1982

Altera a redação do § 11 do art. 153 da Constituição Froeral, tendoParecer oral contrário, publicado no DCN de 23-3-83. - Leitura: 20-8-82

16PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 38, DE 1983

Acrescenta parágrafOS ao art. 152 da Constituição, tendo Parecer oralcontrário, publicado no DCN de 10-3-83. - Leitura.: 25-6-82

%S

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 46, DE 1982

Acrescenta § 5.° ao art. 15 da Constituição Federal, tendo Parecer oralcontrário, publicado no DCN de 23-3-83. - Leitura: 13-8-82

21

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 44, DE 1982

Altera o art. 184 da Constituição, tendo Parecer favorável, sob n."L02/82-CN, publicado no DCN de 15-9-82. - Leitura: 13-8-82

22

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 45, DE 1982

Determina que as modificações introduzidas, durante uma legislatura,na legislação eleitoral, somente possam vigorar a partir da legislatura subse­qüente, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 18-3-83.

- Leitura: 13-8-82

18

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 40, DE 1982

Determina que um terço dos membros dos Tribunais de Contas sejamnomeados mediante prévia aprovação em concurso público, tendo Parecercontrário, sob n.o 10l/82-CN, publicado no DCN de 10-8-82.

- Leitura: 25-6-82

1'1

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 39, DE 1982

Altera a seção do texto constitucional referente ao :Ministérlo Pó.olico,tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 11-3-83.

- Leitura: 25-6-82

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 42, DE 1982(Tramitando em conjunto com a de n.o 59, de 1982)

Altera o Capítulo VII do Titulo I e o Titulo V, para introduzir o regimede Governo Parlamentar tendo Pareceres, sob n.o 95/82-CN, publicado noDCN de 3-9-82, contrário à Proposta e à de n,o 41/82 que com ela. tramitou,e oral, publicado no DCN de 17-3-83, cOntrário à Proposta e à. de n.o 59/82que com ela tramita. - Leitura: 6-8-82

20

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 43, DE 1900

Altera a redação do art. 142 da Constituição Feder:".l, tendo Parecer oralfavorável, publicado no DCN de 17-3-03. - Leitura.: 13-8-82

I>

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 22, DE 198:~

Acrescenta parágrafos ao art. 21 da Constituição Federal, tendo Parecerfavorável sob n.o 76/82-CN, publicado no DCN de 26-6-82.

- Leitura:: oi-5-B:!11

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 23, DE 198:~

Altera dispositivos da Constituição Federal, tendo Parecer oral contrário,publicado no DCN de· 19-8-82. - Leitura: 7-5-82

'"PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 21, DE 1982

.Utera a redação do § 4.° do art. 175 da Constituição Feder"l, teIldo Pa­recer favorável, sob n.O 63/81.;!-CN, publicano no DCN de 8-6-82.

- Leitura:: 4-5-82

1

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 17, DE 198~1

Acrescenta item ao art. 112, nova Seção ao Capitulo VIII do Titulo I,e renumera os arts. 144 e 145, da Constituição Federal. (Autor: Dep. LúciaViveiros), tendo Parecer favorável, sob n.o 57/82-CN, publicado nl> DCNde 2-6-82. - Leitura: 16-4-84

%

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 19, D~ 198:1Dá nova redação ao art. 195 da Constituição Federal. (Autor: Dep. Nilson

Gibson), tendo Parecer favorável, sob n.o 46/82-CN, publicado no nCN de25-5-82. - Leitura: 30-4-82

I

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 20, DE 198:1

Dá nova redação ao art. 176, ~ 3.°, item VI, da Constituição J~ederal,

tendo Parecer favorável, sob n.O 58/82-CN, publicado no DCN de 3-6-82.Leitura: 30-4-82

1Z

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 34, DE 198:1

Dá nova redação ao § 2.0 do art. 113 da Constituição Federal, tendo Pa-recer oral favorável, publicado no DCN de 24-9-82. - Leitura: 11-S-82

11

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 3l!, DE 190:1

Institui a Justiça. Comercial, tendo Parecer oral contrária, pu.bllcadono DCN de 10-3-83. - Leitura: 11-6-82

'1

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 24, DE 198:!

Acrescenta parágrafo ao art. 38 da Constituição Federal, tendo :Parecerfavorável, sob n.o 71/82-CN, publicado no DCN de 25-6-82.

- Leitura: 7-S-82

8

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 28, DE 198:1

Revoga a alínea o do ~ 2.° do art. 156 e o art. 162, altera os arts. 165 e166, e acrescenta artigo às Disposições Gerais e Transitórias da ConstituiçãoFederal, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 7-10-8:1.

- Leitura: 28-5-8211

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 29, DE 198:~

Assegura aos professores em geral - ínclusive aos rurais - dos J~stados,

do Distrito Federal, dos Territórios e Municípios vencimentos não inferioresao salário minimo regional, tendo Parecer favorável, sob n.o 77/82-CN, pu­blicado no DCN de 26-6-82. - Leitura: 28-5-82

18

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 31, DE 190:1

Revoga a alínea d do item VIII do art. 8.° e dá nova redação ao § 8.°do art. 153 da Constituição Federal, extinguindo a censura de diversõespúblicas, tendo parecer oral contrário, publicado no DCN de 10-9-82.

- Leitura: 4-6-82

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8252 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Scçào 1) Agosto de 1985

116

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 49, DE 1982

Dá nova redação ao § 4.°, acrescenta parágrafos e renumera os atuaIS§§ 5.0 e 6.0 do art. 144 da Constituição Federal, dispondo sobre os venci­mentos da magistratura, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCNde 24-3-83. - Leitura: 27-8-82

27

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 50, DE 1982

Revoga a allnea c do parágrafo único do art. 30 da Constituição Federal,tendo Parecer favorável, sob n.o 106/82-CN, publicado no DCN de 2-10-82.

- Leitura: 27-8-82

28

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 51, DE 1982

Institui a Justiça Rural, tendo Parecer favorável, sob n.O 107/82-CN,publicado no DCN de 7-10-82. - Leitura: 3-9-82

29

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 52, DE 1982

Dá nova redação ao art. 101 da Constituição Federal, tendo Parecerfavorável, sob n.O lOS/82-CN, publicado no DCN de 7-10-82.

- LeItura: 3-9-82

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 53, DE 1982

Restabelece a redação que a allnea d do § 1.0 do art. 144 tinha anterior­mente à Emenda n.o 7, de 1977, para o fim de devolver à Justiça Comum acompetência para processar e julgar militares pela prática de crimes denatureza civil, tendo Parecer oral contráriO, publicado no DCN de 7-4-83.

- Leitura: 13-9-82

11

PROPOSTA DE maNDA A CONSTITUIÇAO N." 54, DE 1982

Altera o art. 153, § 10, da Constituição Federal, tendo Parecer favorável,sob n.O 1l0/82-CN, publicado no DCN de 20-10-82. - Leitura: 14-9-82

3Z

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 55, DE 1982

Altera os caput dos arts. 95 e 96 da Constituição Federal tendo Pareceroral contrário, publicadO: 1'10 DeN de 8-4-83. - Leitura: 20-9-82

33PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 56, DE 1982

Dispõe sobre a estabilidade dos servidores da União, dos Estados e dosMunicípios, da administração direta ou indireta, que à data da promulga­ção desta Emenda já tenham cinco ou mais anos de serviço, continuas ounão, tendo Parecer oral favorável, publicado no DCN de 22-4-83.

- Leitura: 27-9-82

U

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 57, DE 1982~tera o art. 184 da Constituição Federal, tendo Parecer oral contrário,

publlcado no DCN de 29-4-83. - Leitura: 5-10-82

35PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 59, DE 1002

(Tramitando em conjunto com a de n." 42, de 1982)Institui o Sistema Parlamenta.r de Governo. tendo Parecer oral, publi­

cado no DCN de 17-3-83, contrário à Proposta e à de n.O 42/82 que comela tramita. - Leitura: 7-10-82

36PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 60, DE 1982

Dá nova redação ao § 3.° do art. 97 da Constituição Federal, tendo Pa-recer oral favorável, publicado no DCN de 5-5-83. - Leitura: 14-10-82

37PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 61, DE 1982

Altera a allnea d do Item lU do art. 19 da COllstitlÚção Federal, vedan­do a Instituição de imposto sobre a tinta preta destinada à impressão dolivro, do jornal e doa periódicos, tendo Parecer oral contrário, publicado noDCN de 6-5-83. - Leitura: 20-10-82

1I8

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 62, DE 19B2

Altera a redação do inciso I do art. 165 da Constituição Federal, tendoParecer oral favorável, publicado no DCN de 6-5-83. - Leitura: 26-10-82

39PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 2, DE 1983

(Tramitando eni conjunto com a de n.o 4, de 1983)Altera o art. 98 da Constituição Federal, tendo Parecer sob n.o 55/83-CN

publicado no DCN de 14-5-83, pela aprovação da Proposta e pelo arquiva­mento, por prejudicada, da de n.O 4/83, que com ela tramita.

- Leitura: 21-3-83

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N." 3, DE 1983

Dá nova redação ao art. 15, § 3.°, almea f, e ao art. 177, § 1.0, da Cons·tltulção Federal, tendo Parecer favorável sob n.O 30/83-CN, publicado noDCN de 19-4-83. - Leitura: 21-3-8:.1

41PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 4, DE 1983

(Tramitando em conjunto com a de n.O 2, de 1983)

Dispõe sobre os reajustes dos vencimentos dos funcionários públicos,tendo Parecer sob n.o 55/83-CN, publicado no DCN de 14-5-83, pelo arqui­vamento, por prejudicada, em virtude da aprovação da Proposta n." 2/83que com ela tramita. - Leitura: 14-4-83

42

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N,o 9, DE 1983Altera o Item II do art. 176 da Constituição Federal, tendo Parecer oral

contrário, publicado no DCN de 30-9-83. - Leitura: 13-5-83

4lt

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N,o lO, DE 1983Acrescenta item ao art. 160 da Constituição Federal, tendo Parecer

favorável sob n,o 66/83-CN, publicado no DeN de 18-6-83. - Leitura: 16-5-83

44

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N,o lI, DE 1983

Dispõe sobre a tranSformação do Congresso Nacional em Poder Consti­tuinte, de 1,0 de janeiro de 1985 a 30 de janeiro de 1987, tendo Parecer oralcontrário, publicado no DCN de 4-5-84. - Leitura: 19-5-83

45

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N,o 13, DE 1983Acrescenta dispositivo à Constituição, tendo Parecer favorável sob

n." 69/83-CN, publicado no DCN de 2-8-83. - Leitura: 30-5-83

4.Q

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 15. DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n,o 16, de 1983)

Revoga os dispositivos que restringem a autonomia dos Municípios bra­sileiros e dá nova organização politica ao Distrito Feder..l, tendo Parecer,sob n,o 95, de 1983-CN, publicado no DCN d" 6-9-83, pela aprovação do art. I,·e rejeição do restante, e pela prejudicialidade da Proposta de n,o 16/83, quecom ela tramita. - Leitura: 6-6-83

47

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N." 16, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n." 15, de 1983)

Restabelece eleições diretas para prefeitos dos Municípios que especifica,cria a representação polltica do Distrito Federal e dá outras providências,tendo Parecer, sob n,o 95, de 1983-CN, publicado no DCN de 6-9-83, pela.prejudicialidade, em virtude da aprovação, em parte, da Proposta de n,o 15/83,a.ue com ela tramita. - Leitura: 17-6-83

48

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N,o 17, DE 1983Acrescenta às Disposições Transitórias para Introduzir o regime de

governo parlamentar, tendo Parecer, sob n,o 67/84-CN, publicado no DCNde 26-9-84, favorável nos termos de Substitutivo que oferece.

- Leitura: 27-6-83

49PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N,o 18, DE 1983

Altera os arts. 4.", item lI, e o art. 5,0 da Constituição Federal, tendoParecer favorável, sob n.o 93/83-CN, publicado no DCN de 3-9-83.

- Leitura: 1."-8-83

50PROPOSTA DE EMENDA A CON8TITUIÇAO N,o 19, DE 1983

Estende aos Deputados Estaduais e aos Vereadores a inviolabilidade noexercicio do mandato, tendo Pal'Bcer favorável sob n.o 126/83-CN, publicadono DCN de 22-10-83. - Leitura.: 2-8-83

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8253

51

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 21, DE 1983Incorpora ao texto eonstitucional a Declaração Universal dos Direitos

Humanos, aprovada pela ONU, tendo Parecer favorável, sob n.o 90/83-CN,publicado no DCN de 31-8-83. - Leitura: 9-8-83

52

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 25, DE 1983Acrescenta dispositivo ao art. 102 da Constituiçáo Federal, tendo Parecer

favorável, sob n.O 107/83-CN, publicado no DCN de 23-9-83.- Leitura: :l3-8-83

til

PfWPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 26, DE 1983

Devolve à Justiça Comum a competência para processar e jull~ar osintegrantes das policias Militares e Corpo de Bombeiros pela prática decrimes de natureza civil, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCNde 21-3-84. - Leitura: :!6-8-83

54

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 27, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.OS 45 e 46, de 1983)

Extirpa do texto constitucional os dispositivos que permitem ao PoderExecutivo a expediçáo de Decretos-leis, tendo Pareeer oral, publicado no DCNde 12-4-84, contrário à Proposta e às de n.08 45 e 46, de 1983, que com elatramitam. - Leitura: lI0-8-83

55

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 28, DE 1983

Dá nova redação ao § 1.0 do art. 104 da Constituição, facultando aoparlamentar a opção entre os rendimentos da parte fixa dos subsídios e osrelativos ao emprego, cargo ou função, tendo Parecer favorável, liOb n.o118/83-CN, publicado no DCN de 8-10-83. - Leitura: 6-9-83

51

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 29, DE 1983:(Tramitando em conjunto com a de n.O 36, de 1983)

Introduz alterações no art. 60 da Constituição Federal, instituindo ocritério de regionalização na lei orçamentária anual da União, tendo Pa­recer oral, publicado no DCN de 23-3-84, favorável à Proposta e pella pre­judicialidade da de n.O 36/83. - Leitura: 6-9-83

57PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 3D, DE 1983

Acrescenta parágrafo único ao art. 84 da Constituição, dispondo sobrea escolha de Ministros de Estado, tendo Parecer favorável, sob n.O 119/83-CN,publicado no DCN de 8-10-83. - Leitura.: 8-9-83

58

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 32, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 37, de 1983)

Dispõe sobre programas de combate à seca no Nordeste, tendo Pareceroral, publicado no DCN de 29-3-84, favorável a Proposta e contráriO à den.o 37/83, que com ela tramita. - Leitura: 8-9-83

69

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 34, DE 1983

Dá nova redação a alinea a do parágrafo único do lUt. 151 da Cons­tituição Federal, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 30-3-M.

- Leitura: :lO-9-83

1/0

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 35, DE 1983

Dispõe que a nomeação dos Governadores dos Territórios deverá seIfeita a partir de Indicação pelos DeputadOS Federais do respectivo TerJritórlo,tendo Parecer favorável, sob o n.O 124183-CN, publicado no DCN de 21--10-83.

- Leitura: :!0-9-83

61

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 36, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 29, de 1983)

Introduz alteração na Constituição Federal, na parte relativa ao Orça­mento, Visando regionallzar a fixação da despesa orçamentária, tendo Pa­recer oral, publicado no DCN de 23-3-84, pela prejudicialidade da Propostaem virtude da aprovação da de n.O 29/83. - Leitura: 13-9-83

62

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 37, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 32, de 1983)

Restabelece a destinação constitucional de três por cento da renda tri­butária na execução do plano de defesa contra os efeitos da seca do Nor­deste, tendo Parecer oral, publicado no DCN de 29-3-84, contrário à Pro­posta e favorável à de n.o 32/83, que com el:l tramita. - Leitura: 13-9-83

63

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 43, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o I, de 1984)

Altera o Capítulo lI, no Item I do art. 13 para introduzir as imunidadesparlamentares para os Deputados Estaduais e Vereadores, tendo Paret;er sobn." 5/84-CN, publicado no DCN de 29-3-84, favorável à Proposta e pela rejeiçãoda de n.o 1/84, que com ela tramita. - Leitura: 28-11-83

M

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇlAO N.o 44, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 47, de 1983)

Suprime o art. 57 da Constituição Federal, tendo Parecer sob número6/84-CN, publicado no DCN de 3-4-84, contrário à Proposta e à de n.O 47/83,que com ela tramita. - Leitura: 28-11-83

65

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 45, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.OO 27 e 46, de 1983)

Revoga o Inciso V do art. 46 e o art. 55 da constituição Federal, tendoParecer oral, publicado no DCN de 12-4-84, contrário à Proposta e às den.08 27 e 46, de 1983, que com ela tramitam. - Leitura: 10-11-83

1I6

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇlAO N.o 46, DE 1983(Tramitando em conjunto eOm as de n.OO 27 e 45, de l1J83)

Revoga o inciso V do art. 46 e o art. 55, seus incisos e parágrafos, todosda Constituição Federal, tendo Parecer oral, publicado no DCN de 12-4-84,eontrário à Proposta e às de n.oo 27 e 45, de 1984, que com ela tramitam.

- Leitura: 23-11-8867

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 47, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 44, de 1983)

Altera a redação do inciso III do art. 43 e revoga o art. 57 da Cons­tituição Federal, tendo Parecer sob n.O 6/84-CN, publicado no DCN de3-4-84, contrário à Proposta e à de n.o 44183, que com ela tramita.

- Leitura: 1.°-12-8368

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o I, DE 1984(Tramitando em conjunto com a de n.o 43, de 1983)

Acrescenta parágrafo ao art. 32 da Constituição Federal, e dá novaredação ao seu § 4.°, tendo Parecer sob n.O 5/84-CN, publicado no DCNde 29-3-84, pela rejeição da Proposta e favorável à de n.o 43/83, que comela tramita. (Autor: Dep. Sérgio Murilo.) - Leitura: 9-3-84

69PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 3, DE 1984

Altera o art. 42 da Constituição Federal em seu inciso III, estendendoa competência do Senado Federal para aprovar previamente a indicaçãodo Ministro-Chefe do SNI, tendo Pareeer oral contrário, publicado no DCNde 3-10-&4. - Leitura: 30-3-84

70

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 4, DE 1984

Altera o art. 43 da Constituição Federal em seu inciso lI; o art. 65 emseu § 2.° e o art. 66 e seus §§ 1.°,4.0 e 5.°, para permitir ao Congresso Nacionaldiscutir e votar a proposta do orçamento monetário, tendo Parecer favorável,sob n.O 32, de 84-CN, publieado no DCN de 22-5-84. - Leitura: 16-4-&4

71PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 5, DE 1984

Altera a redação e revoga dispositivos da Constituição Federal, quecontém restrições à exercitação do direito de greve, tendo Parecer oral con­trário, publicado no DCN de 3-4-85. - Leitura: 16-4-85

72

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 6, DE 1984(Tramitando em conjunto com a de n.o 7, de 1984)

Confere ao Congresso NaCIonal, durante a primeira Sessão LegislativaOrdinária da 48." Legislatura a ser Inaugurada em 1.0 de fevereiro de 1987,as funções de Assembléia Nacional Constituinte, estabelecendo normas para

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8254 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

o seu funcionamento, tendo Parecer, sob n.o 61184-CN, publicado no DCNde 15-9-84, contrário à Proposta e à de n,O 7/84 que com ela tramita.

- Leitura: 16-4-84

PROPOSTA DE EMENDA 1\ CONSTITmçAO N.o 7, DE 1984(Tramitando em conjunto com a de n.O 6, de 1984).

Acrescenta dispositivo ao Título V (Disposições Gerais e Transitórias)da Constituição Federal, tendo Parecer, sob n.o 61/84-CN, publicado no nCNde 15-9-84, contrário à Proposta e à de n.° 6/84 que com ela tramita.

- Leitura: 17-4-84

74

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 8, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.oa 10 e 12, de 1984)

Modifica a redação dos arts. 34 e 36 da constituiçáo Federal assegurandoaos Senadores e Deputados o direito de se licenciar para exercer novas fun­ções na administração pública. Tendo parecer oral favorável publicado noDCN de 3-4-85. - Leitura: 17-4-84

75PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 9, DE 1984

Dispõe sobre a aplicação de recursos financeiros da AmazÔnia Legal.Tendo Parecer favorável, sob n.O 31/84-CN, publicado no nCN de 22-5-84.(Autor: Dep. Mário Frota.> - Leitura: 17-4-84

76

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 10, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.D' 8 e 12, de 1984)

Altera a redação do caput do art. 36 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Renato Cordeiro.) Tendo parecer oral favorável publicado no nCN de3-4-85. - Leitura: 23-4-84

'17

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçAO N.o 12, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.O' 8 e 10, de 1984)

Amplia as hipóteses em que o Deputado ou o Senador pode exercerfunções ou cargos sem perda do mandato. {Autor: Dep. Renato Cordeiro.>Tendo parecer favorável publicado no nCN de 3-4-85. - Leitura: 26-4-84

'lI

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçAO N.o 13, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.os 17,

18, 20, 22, 24 e 26 a 28, de 1984)

Altera a redação do art. 3.° da Constituição, tendo parecer contrário,sob n.O 53/84-CN, publicado no nCN de 26-6-84. (Autor: Dep. CoutinhoJorge.) - Leitura: 27-4-84

111

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 17, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.OB 13, 18, 20,

22, 24 e 26 a 28, de 1984)

Altera a redação dos arts. 21, 55 e 57 da Constituição, publicado no DCNde 26-6-84. (Autor: Dep. Brandão Monteiro.) - Leitura: 27-4-84

80

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 18, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.Os 13, 17, 20, 22, 24 e 26 a 28, de 1984

Altera a redação do item III do ca.put do art. 42, da Constituição Fe­deral, tendo Parecer contrário, sob n.o 53/84-CN, publicado no DCN de 26-6-84.(Autor: Dep. Onisio Ludovico.) - Leitura: 27-4-84

81

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAQ N.O 20, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OB 13, 17, 18,22, 24 e 26 a 28, de 1984)

Introduz modificações no § 3.° do art. 75 da Constituição Federal, redu­zindo para quatro anos o mandato do Presidente da RePública, respeitado operíodo de seis anos do atual mandato presidencial, tendo Parecer contrário,sob n.o 53/84-CN, publicado no DCN de 26-6-84. (Autor: Dep. Fernando Lyra.)

- Leitura: 27-4-84

82

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.O 22, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OS 13, 17, 18,20, 24 e 26 a 28, de 1984)

Acrescenta parágrafo ao art. 3.° do texto constitucional, estabelecendo arealizaçáo de plebiscito para a redivisão territorial, tendo Parecer contrário,sob n.O 53/84-CN. publicado no DCN de 26-6-84. (Autor: Dep. Irma Pas­sont) - Leitura.: 27-4-84

83

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 24, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.OS 13, 17, 18,

20, 22 e 26 a 23, de 1984)

Altera e acrescenta dispositivos à Constituição, tendo Parecer contrário,sob n.o 53/84-CN, publicado no nCN de 26-6-34. (Autor: Deputado WilmarPallis). - Leitura: 27-4-84

84

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 26, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.OS 13, 17, 18,

20, 22, 24, 27 e 28, de 1984)

Modifica a redação do § 2.0 do art. 13 e do inciso I do art. 15 da Cons­tituição Federal, tendo Parecer contrário. sob n.o 53~84-CN, publicado ncDCN de 26-6-84. (Autor: Dep. Eduardo Matarazzo Suplicy.)

- Leitura: 27-4-84

85

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 27, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.oa 13, 17,

18, 20, 22, 24, 26 e 28, de 1984)

Estabelece eleições em dois turnos para Governador e Vice-Governadorde Estado tendo Parecer contrário, sob n,o 53/84-CN, publicado no DCN de26-6-84. (Autor: Dep. José Fogaça.) - Leitura: 27-4-84

86

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 28, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.os 13, 17,

18, 20, 22, 24, 26 e 27, de 1984)

Retira das atribuições do Preaidente da República, a faculdade de editardecretos-leis, tendo Parecer contrário, sob n.O 53/84-CN, publi~ado no DCNde 26-6-84. (Autor: Dep. Arthur Virgílio Neto.) - LeItura: 27-4-84

87

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçAO N.o 29, DE 1984

"Acrescenta ~ 5.° ao art. 62 da Constituição Federal," tendo Parecercontrário, sob n.o 37/84-CN, publicado no nCN de 2-6-84. (Autor: DeputadoPaulo Lustosa.) - Leitura: 30-4-84

88

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 30, DE 1984

"Acrescenta parágrafo ao art. 163 da Constituição Federal," tendoParecer contrário, sob n.o 60/84-CN, publicado no DCN de 6-9-84. (Autor:Dep. Paulo Lustosa. - Leitura: 30-4-84

li9PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 31, DE 1984

"Dispõe sobre aposentadoria de servidores municipais," tendo Parecerfavorável, sob n.o 45/84-CN, publicado no nCN de 15-6-84. (Autor: senadorJorge K&.lume.) - Leitura: 14-5-84

90

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçAO N.o 32, DE 1984

"Acrescenta parágrafo ao art. 45 da Constituição Federal." (Autor: Depu­tado Brandão Monteiro), tendo Parecer oral contrário, à proposta e aEmenda n.o 1, publicado no nCN de 21-9-84. - Leitura: 14-5-84

91PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 33, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n." 35 e 43, de 1984)Assegura o direito de voto aos cabos e soldados das Pollcias Militares

dos Estados. (Autor: Dep. Farabulini Júnior.), tendo Parecer oral contráriopublicado no DCN de 28-9-84. _ Leitura: 21-5-84

92PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITillÇAO N.o 34, DE 1984

Acrescenta o § 6.° ao art. 15 da CO'lstituição, tendo Parecer favorávelsob n.O 49/84-CN, p'o.lblicado no nCN de 20-6-84. (Autor: Dep. Domingo~

Juvenil.) - Leitura: 21-5-84

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8255

93

PROPOSTA DE EMENDA A CO!'lSTITUIÇAO N.o 35. DE 19B4(Tramitando em conjunto com as de n." 33 e 43, de 1964)

Confere o direito de voto aos cabos e soldados das Polícias Militares.(Autor: DeiJ. Armando Pinheiro), tendo Parecer oral contrário, publica-do00 DCN de 28-9-84. - Leitura: 22-5-84

!liPROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 36, DE 19E:4

"Acrescenta parágrafo Unico ao art. 167 da Constituição Federal", tendoParecer favorável, sob n.o 56/84-CN, publicado no DCN de 29-6-84. (Autor:Dep. Jorge Carone.) - Leitura.: 25-5-84

9SPROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 37, DE 1984

"Obriga o Poder Público a solver seus débitos com correção monetária",tendo Parecer favorável, sob n.O 57!84-CN, publicado no DCN de 29-6-84.<Autor: Seno Benedito Ferreira.) - Leitura.: 25-5-84

96

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 38, DE 1984

"Acrescenta parágrafo único ao art. 160 da Constituição Federal:" (Autor:Dep. Francisco Dias.) Tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de21-3-85. - Leitura: 4-6-84

97PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 39, DE 1934

"Dá nova redação ao § 2.0 do art. 151 da Constituição Federal, parapermitir reassunção do Governador e do Prefeito que se desincompatibili­zaram para a disputa de mandato eletivo." Autor: Dep. Fernand.o Lyra.'rendo parecer oral favorável, publicado no DCN de 13-6-85.

- Leitura: 4-6-84

98

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 40, DE 1984

Que "institui a Justiça Agrária". (Autor: Dep. Jorge Arbage.l - TendoParecer oral favorável, publicado no DCN de 8-8-85.

- Leitura: 11-6-84

99..-ROpOS'rA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 41, DE 1984

(Tramitando em conjunto com a de n.O 42, de 1984)

"Dá nova redação ao art. 98 da Constituição FederaL" Autor: Dep.Francisco Dias, tendo Parecer oral, publicado no DCN de 8-8-85. favorávelà Proposta e pela prejudicialidade da de n.O 42/84. - Leitura: 11-6-84

100

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 42, DE 191'4(Tramitando em conjunto com a de n.o 41, de 1984)

Dispõe sobre a concessão, Q.os servidores civis e militares da União deuma gratificação especial natalina (Autor: Dep. Ary KffurU, tendo Pare­cer oral, publicado no DCN de 8-8-85, favorável à PEC n.O 41184, e pelaprejudicialidade da Proposta. - Leitura: 1.°-6-85

101PROPOSTA DE EN[ENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 43, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.·· 33 e 35, de 1984)Altera a redação do § 2.° do art. 147 da Constituição Federal. <Autor:

Dep. Jorge Leite), tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 28-9-84.- Leitura: 11-6-84

1ílZPROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 44, DE 198'!

"Dá nova redação ao item III do art. 165 da Constituição Federal, tendoParecer favorável. sob n.o 59/84-CN, publicado no nCN de 24-8-84. (Autor:Dep. Francisco Dias.) - Leitura: 18-6-84

103

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.·· 46 E 48, DE 1984

"Altera e acrescenta dispositivos na Constituição Federal, de modo atornar gratuito o ensino em todos os niveis, sob o encargo do poder público;e modifica a redação do item II do § 3,0 do art. 176 da Constituição F·ederaI."(Apresentadas pelos Deputados Nilton Alves e Irma Passoni.), tendoPareceroral publicado no DCN de 16-5-85, favorável à proposta e pela prejudiciali­dade da de n,o 48/84, que com ela tramita. - Leitur..: 26-6-84

104

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 48, DE 1984(Tramitando em conjunto com a de n.O 46, de 1984)

Modifica a redação do item Ir do § 3,0 do art. 176 da Constituição Fe­deral, tendo Parecer oral publicado no DCN de 16-5-85. favorável à PECn." 46/84 e pela prejudicialidade da Proposta. (Autor: Dep. Irma Passoni,)

- Leitur..: 26-6-84

105

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçãO N.o 49, DE 1984(Trami"ando em conjunto com as de n.OS 50. a

62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Altera, acrescenta e suprime dispositivos da Constituição. Apresentadaspelos Senhores Deputados Jorge Carone. Senador Mauro Borges, DeputadosJoáo Batista Fagundes. Arildo Teles. Múcio Athayde, Aldo Arantes, BenadolAlvaro Dias. Deputados Fernando Collor, José Tavares, Aldo-Arantes, CarlosVinagre, Luis Dulci, Arthur Virgilio Neto, Freitas Nobres, respectivamente. ­Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 21-9-84

Comissão Mista

Presidente: Senador Hélio GueirosVice-Presidente: Senador Lenoir VargasRelator: Deputado Djalma Bessa

- Prazo: Até dia 17-5-85 - na Comissão.

106PROPOSTA DE EME}'''DA A CONSTITmçÃO N.o 50, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49, 51a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Modifica dispositivos da Constituição Federal, visando estabelecer novaorganização política para o Distrito Federal, bem como assegurar-lhe repre­sentação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, e dar outras pro-vidências. (Autor: Seno Mauro Borges.) Dependendo de parecer a serproferido em Plenário. - Leitura: 25-9-84

107PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 51. DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.os 49, 50, 52a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Suprime o § 1.0 do art. 17 e o item V do art. 42, renumera os demaise acrescenta item ao art. 44 da Constituição Federal. (Autor: Dep. JoãoBatista Fagundes.) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenârio.

- Leitura: 25-9-84

108PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 52, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OIl 49 a 51, 53a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Altera dispositivos da Constituição refercntes aos Territórios e ao Dis-trito Federal. (Autor: Dep. Arildo Teles.) Dependendo de parecer a serproferido em Plenârio. - Leitura.: 25-9-84

109PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITmçÃO N.o 53, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.05 49 a 52,54 a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Estabelece eleições para Governador, Benadores e Deputados Federais eEstaduais no Distrito Federal. (Autor: Dep. Múcio Athayde.) - Dependendode parecer a ser proferido em Plenário. - Leitura: 25-6-84

noPROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 54, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49 a 53,55 a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Altera dispositivos da Constituição Federal, nas partes que dispõe acompetência, organização e funcionamento do Distrito Federal, e dá outrasprovidências. (Autor: Dep. Aldo Arantes.) - Dependendo de parecer a serproferido em Plenário. _ Leitura: 25-9-84

111

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 55, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.O" 49 a 54e 56 a 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e I, de 1985)

Dá nova redação ao item VII do art. 13 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Alvaro Dias.) - Dependendo de parecer a ser proferido oralmente emPlenário. - Leitora: 25-9-84

Page 46: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

8256 Sexta-feira 16 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

112

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 56. DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.08 49 a 55,

m a 63, 64 a 70 e IH, de 193,1, e 1, de 1985)

Alteres VI redacl1.o do § L" do art. 102 da Constituição Federal. (Autor:Dep, P,3rmmdo Collor.) - Dependendo de parecer a ser proferido orahnenteen1. Plenário. - Leitura: 25-9-H4

113

PROPOSTA DE EJliIENDA A CONSTITUIÇÃO N." 57, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.o" 49 a 56,53 a 62, 64 a 70 e 84, de 1934. e 1. de 1935)

Acrescenta naragrafo ao art. 15 da Constituição Federal estendendo aimunidade parl:í:mentar aos vereadores. (Autor: Dep. José Tavares.) - De­pendendo de parecer a ser proferido em plenário. - J.eitura: 25-9-84

11.

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 58, DE 1934

(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49 a 57.59 a 62, M a 70 e 34, de 1934. e 1, de 1985)

Acrescenta inciso TIl ao art. 15 da Constituição Federal. (Autor Dep. AldoArantes.) - Dependendo de parecer a. ser proferido em Plenário.

_ Leitura: 25-9-84

115

r.ttOPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 59. DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OB 49 a 58,60, 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e I, de 1985)

Altera a redação do inciso IV do art. 176, acrescentando ao mesmo artigoum novo item. e um parágrafo ao art. 176, como segue. (Autor: Dep. CarlosVinagre,) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-84

116PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 60, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.OB 49 a 59,61, 62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Acrescenta dispositivos à Constituição Federal. (Autor: Dep. Luiz DulcL;- Dependendo de parecer a ser proferido oralmente em Plenário.

- Leitura: 25-9-84

117

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 61, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.08 4g a 60,

62, 64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Altera o art. 13, em seus caput, inciso VI e VIII, §§ 1.0, 2.0, 3.0, 5.0 e 6.°;o art. 15, em seus caput e § 1.0, alíneas a e b; o art. 17, §§ 1.0 a 3.°; o art. 34,incisos IV e V; o art. 35, § 4.°; o art. 41, em seu caput, §§ 1.0 e 2.0 ; o art. 42,itens III e V;o art. 47, em seu caput, incisos e parágrafos; o art. 51, 3.°;o art. 59 em seus caput e §§ 3.° e 4.°; o art. 152, §§ 5.0 e 6.0 ; e acrescentadois artigos no Titulo V da Constituição Federal, que trata das DisposiçõesGerais e Transitórias. (Autor: Dep. Arthur Virgilio Neto.) - Dependendode parecer a ~er prOferido em Plenário. - Leitura: 25-9-84

118PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 62, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de D.OB 49 a 61,64 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Dá nova redação ao § 7.° do art. 23 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Freitas Nobre.) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-84

119

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 64, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.os 49a 62, 65 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Dá nova redação ao item III do art. 42 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Freitas Nobre.) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-84

120

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 65, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.08 49a 62, 64, 66 a 70 e 84, de 1984, e 1, de 1985)

Dá nova redação ao art. 55 da Constituição Federal. (Autor: Dep. FreitasNobre,) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-34

121PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇ.1iO N.o 66, DE 1984

(Tramitando <"m conjullto com as de 11.0S 49 a62. 64. 65. 67 a 70 e 34. de 1984, e 1. de 1985)

Acrescenta parágrafo ao art. 62 da Constituição Federal. (Autor: Depu­tado Freitas Nobre.) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-84122

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 67, DE 1934(Tramitando em conjunto com as de n.08 49 a 62,

64 a 66, 68 a 70 e 84, de 1984. e I, de 1985)

Dá Ilova redação ao art. 95 da Constituição Federal. (Autor: DeputadoFreitas Nobre,) - Dependendo de parecer a ser proferido em Plenário.

- Leitura: 25-9-84

123

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 68, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49 a62, 64 a 67, 69, 70 e 84. de 1984, e I, de 1985)

D'. nova redação à alínea I do item I do art. 119 e acrescenta ao artigoR 4.0 • (Autor: Dep. Freitas Nobre.) - Dependendo de parecer a ser proferidoem Plenário. - Leitura: 25-9-84

124

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇii.O N.o 69, DE 1994(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49 a

62, 64 a 68. 70 e 84, de 19M e 1,de 1985)

Dá nova redação ao art. 190 da Constituição Federal. (Autor: DeputadoFreitas Nobre.) - Dependendo de parecer a ser proferido em PlenáIio.

- Leitura: 25-9-84

12.~

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 70, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.OS 49 a

62, 64 a 69 e 34, de 198<4, e 1, de 1985)

Acrescenta § 7.° ao art. 13 da Constituição Federal. (Autor: Dep. Fer­nando Collor.) - Dependendo de parecer a ser proferido em Penário.

- Leitura.: 27-9-84

126

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 71, DE 1984

Acrescenta dispositivo ao art. 19 da Constituição Federal (Autor: Depu­tado Francisco Dias), tendo Parecer favorável, sob n.O 85/84-CN, publicadono DCN de 1.0-11-84. - Leitura: 1.°-10-84

127

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 72, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n."' 73 a 76, de 1984)

Altera a redação do item I do art. 44 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Myrthes Bevilacqua,), tendo Parecer oral, publicado no DCN de 9-8-85,favorável à Propo~ta e contrário às de n.08 73 c 76/84.

_ Leitura: 1.°-10-84

128

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 73, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n." 72 e 74 a 76, de 1984)

Atribui competência ao Congresso Naeional para autorizar o Poder Exe­cutivo a contrair empréstimos, fazer op~raçõcs de crédito, legislar sobre adívida pública e estabelecer os meios de pagamento. (Autor: Dep. DilsonFancmn.), tendo Parecer oral, publicado no DCN de 9-3-85, favorável àProposta n.o 72184 e contrário à Proposta e às de n.OS 74 a 76/84.

- Leitura: 8-10-84

129

PROPOSTA DE EMENDA A CO?<STITL"IÇAO N.o 74, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n."' 72, 73, 75 e 76, de 1984)

Condiciona à autorização do Congresso Nacional os empréstimos, ope­rlições ou acordos externos que importem ônus para o Tesouro Nacional.(Autor: Dep. Hugo Mardini,) - Dependendo de Parecer a ser proferidoem Plenário. _ Leitura: 3-10-84

130

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N." 75, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.O' 72 a 74 e 76, de 1984)

Dá nova redação aos itens I e IV do art. 44 da Constituiçáo Federal.(Autor: Dep. Freitas Nobre.!, tendo Parecer oral. publicado no DCN de9-8-85, favorável à Proposta n.o 72/84 e contrário à Proposta e às de n.OS 73.74 e 76/84. _ Leitura: 3-10-84

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8257

131

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 76, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.·· n a 75, de 1984)

Dá nova redação ao caput do art, 69, transformando-o em parágrafoúnico, com nova redação. (Autor: Dep. Freitas Nobre.), tendo Pareceroral, publicado no DCN de 9-8-85, favorável à Proposta n.o 72/84 e contrá­rio à Proposta e às de n.OS 73, 74 e 76/84. - Leitura: 8-10-84

132

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 77, DE 1984

"Altera a redação do art. 41 da constituição Federal relativo à Compo­sição do Senado, para Determinar Representação dos Territórios FI!deraisnessa Casa do congresso" (Autor: Dep. G€ovanl Borges.), tendo Pareceroral contrário, publicado no DCN de 14-8-85.

- Leitura: 8-10-84

133

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 78, DE 1984

"Determina que a eleição de Juiz de Paz nos municípios será feita porsufrágio direto," (Autor: Dep. Juarez Batista), tendo Parecer favlJrável,sob n.O 91/84-CN, publicado no nCN de 9-11-84. - Leítura: 8-10-84

134

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 79, DE 1984

"Cria o Fundo de Compensação dos Estados, Distrito Federal e Munieíplos;altera e acrescenta dispositivos da Constituição Federal" (Autor: Dep. AirtonSandoval), tendo Parecer favorável, sob n.O 123/84-CN, publicado no DCNde 20-11-84. - Leitura: 29-10-84

135

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 80, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.·· 81 a 83, de 1984)

"Altera a redação dos arts. 19, 21 e 23 da Constituição." (Autor: Depu­tado Victor Faccioni.) - Dependendo de Parecer a ser proferido oralmenteem Plenário. - Leitura: 29··10-84

Comissão Mista.Presidente: Senador João CalmonVice-Presidente: Senador Octávio CardosoRelator: Deputado Ricardo Fiuza

- Prazo: Até dia 25-3-85 - na Comissão.

136

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 81, DE 1984(Tramitando em conjunto COm as de n.·· 80, 82 e 83, de 1984)

Altera o § 3.° do art. 23 da Constituição Federal. (Autor: Seno AlvaroDias.) - Dependendo de Parecer a ser proferido oralmente em Plenário.

- Leitura: 30-10-84

137

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 82, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.O' 80,81 e 83 de 1984)

Dá nova redação aos §§ 8.° e 9.° do art. 23 da Constituição Federal.(Autor: Seno Alvaro Dias.) - Dependendo de Parecer a ser prOferido oral­mente em Plenário. - Leitura: 30-10-84

138PRO~OSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 83, DE 1984

(Tramitando em conjunto com as de n.·· 80 a 82, de 1984)

Propõe alteração nos arts 19, 21, 23, 25 e 26 e acrescenta o art. 218 naConstltuião Federal. (Autor: Seno Carlos Chiarelli.) - úependendo de Pa­racer a ser proferido oralmente em Plenário. - Leitura: 9··11-84

139

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 84, DE 1984(Tramitando em conjunto com as de n.·· 49 a 70, de 1984, e 1 de 1985)

Altera a redação dos arts. 94, 95 e 96 da Constituição Federal. CA.utor:Dep. Paulo Zarzur.) - Dependendo de Parecer a ser proferido em Ple­nário. - Leitura: 19··11-84

140

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.o 85, DE 1984

"Modifica o art. 3.° e seu parágrafo único e acrescenta outras alteraçõesna Constituição Federal." (Autor: Dep. Alvaro Valle.) - Leitura: 3-12-84

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Hamilton XavierVice-Presidente: Deputado Jairo MagalhãesRelator: Senador José Ignácio Ferreira

Prazo: Até dia 29-4-85 - na Comissão.

141PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N,o 1, DE 1985

(Tramitando em conjunto com as de n.·· 49 a 70 e 84, de 1984)

Concede aos Estados o poder de legislarem supletivamente sobre manejoflorestal, proteção ambiental e proteção da biota. Autor: Dep. Lúcio Al­cântara,) Leitura: 5-3-85

- Dependendo de Parecer a ser proferido oralmente em Plenário.

142PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 6, DE 1985

Acrescenta parágrafo ao art. 170 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Flávio Bierrenbach.), tendo Parecer favorável, sob n.O 14185-CN, publi­cado no DCN de 29-5-85. _ Leitura: 29-4-85

143PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 7, DE 1985

Acrescenta parágrafos ao art. 153 da Constituição Pederal. Autor:Dep. Flávio Bierrenbach.), tendo PareCf:r favorável, sob n.O 15/85-CN, publi­cado no nCN de 31-5-85. _ Leitura: 29-4-85

144PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 8, DE 1985

Acrescenta parágrafo ao art. 161 da Constituição Federal. (Autor: Dep.Siegfried Reuser. Leitura.: 6-5-85

- Dependendo de Parecer a ser proferido em Plenário.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Pedro CeolimVice-Presidente: Senadora Eunice MichilesRelator: Senador João Calmon

Prazo: Até dia 5-6-85 -- na Comissão.

U5

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 9, DE 1985

Altera a redação dos \trts. 101 e 102 da Constituição Federal. (Autor;Dep. Valmor Giavarina.), tendo Parecer favorável sob n.o 16/85-CN, publi­cado no nCN de 31-5-85.

146

PROPOSTA DE EMENDA A Gm'~';TlTUIÇAO N.o lO, DE 1985

"Institui o 13.° sal&ri0 para n funclonalísmo pÚblico da União." (Autor:Dep. Fernando Gomes.J. :,enao Parecer favorável, sob n.o 17/85-CN, publi­cado no DCN de 12-5-85. - Leitura: 5-6-85

Prazo: Até dia 5-6-85 - .1a Comissão.

147

PROPOSTA DE E;I,1EN:) 'I. A CONSTITUIÇAO N.o 12, DE 1985

Acrescenta parágrafos aG art. 102 da Constituição Federal. (Autor:Sen. Mário Maia.J, tenDe Parecer favorável, sob n.o 20/85-CN, publícadono DCN de 27-6-85. Leitura: 24-5-85

148PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 13, DE 1985

Dá nova redação ao item c do art. 197 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Renato Viana.), tendo Parecer favorável, sob n.o 18/85-CN, publicadono DCN de 21-6-85. - Leitura: 24-5-85

149

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 24, DE 1985(Tramitando em conjunto com a de n.o 25, de 1985)

Dá nova redação a dispositivos da Constituição Federal. (Autor: Dep.Amilcar de Queiroz), tendo Parecer, sob n.O 22/85-CN, publicado no DCNde 28-6-85, favorável à proposta n.o 25/85 e favorável, em parte, à Proposta.

- Leitura: 4-6-85

150

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 25, DE 1985(Tramitando em conjunto com a de n.o 24, de 1985)

Page 48: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

8258 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

Modifica a redação do § 4.0 do art. 99 da Constituição Federal.: (Au­tor: Dep. Mendes Botelho), tendo parecer, sob n.O 22/8á-CN, publicado nonCN de 28-6-85, favorável a proposta e favorável, em parte, à de n." 24185.

- Leitura: 5-6-85

151

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 26, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n."· 27 a 29, de 1985)

Suprime as medidas de emergência, o Estado de Emergência e o ConselhoConstitucional, instituindo o Estado de Sitio, decretado pelo Congresso Na­cional, como única salvaguarda do Estado. (Autor: Dep. Lélio Souza.)

- Leitura: 7-6-85

Comissão Mista

Presidente; Senador Raimundo ParenteVice-Presidente: Deputado Ronaldo CanedoRelator: Deputado Egldio Ferreira Lima

Prazo: Até dia 9-8-85 - na Comissão.

152

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N." 27, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n,o. 26, 28 e 29, de 1985)

Altera e acrescenta dispositivos à constituição. (Autor: Dep. OnisioLudovico'>

- Leitura: 10-6-85

153

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 28, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.o, 26, 27 e 29, de 1985)

Revoga os arts. 155 e 158 da Constituição, que dispõem sobre medidascoercitivas e estado de emergência. (Autor; Dep. Sérgio Cruz,)

- Leitura: 10-6-85

1M

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 29, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.o, 26 a 28, de 1985)

Altera e exclui dispositivos da Constituição reiativos às medidas e aoestado de emergência. (Autor: Dep. Clemir Ramos.)

- Leitura: 10-6-85

155

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 30, DE 1985

Altera a redação do inciso VIII do art. 8.°, da Constituição Federal,para o fim de determinar a subordinação da Polícia Rodoviária Federalao Ministério da Justiça. (Autor: Deputado Siqueira Campos.) - Depen­dendo de Parecer a ser proferido em Plenário. - Leitura: 11-6-85

Comissão 1\lista.

Presidente: Deputado Júlio MartinsVice-Presidente: senador Luiz CavalcanteRelator: Senador Alberto Silva

Prazo: Até dia 12-8-85 - na Comissão.

156

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 31, DE 1985

"Exige prévia aprovação do Senado Federal para a realização de obrasviárias nos Parques Nacionais". (Autor: Seno Itamar Franco.)

Leitura.: 13-6-85

Comissão Mista

Presidente: Senador Octávio CardosoVice-Presidente: Deputado Mozarildo CavalcantiRelator: Deputado Arthur Virgilio Neto

Prazo: Até dia 13-8-85 - na Comissão.

157

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N." 32, DE 1985

"Acrescenta item ao art. 57 da Constituição". (Autor: Dep. Hélio Ma-nhães.) - Leitura: 14-6-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado Edison LobãoVice-Presidente: senador Alfredo CamposRelator: senador João Lobo

Prazo: Até dia 16-8-85 - na Comissão.

158

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 33, DE 1985"Cria o Tribunal Constitucional". (Autor: Dep. Arnaldo Maciel.)

- Leitura: 17-6-85

Comillsã.o Mista

Presidente: Senador Raimundo ParenteVice-Presidente: Deputado Ronaldo CanedoRelator: Deputado Walter Baptista

Prazo: Até dia 19-8-85 - na Comissão.

159

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAo N.o 34, DE 1985

"Permite a um terço de cada Casa do Congresso Nacional propor emen-da à Constituição". (Autor: Deputado Jorge Cury). Leitura: 18-6-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado Gióia JúniorVice-Presidente: Senador Josê LinsRelator: Senador Roberto Wypych

Prazos: Até dia 19-8-85 - na Comissão.

160

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 35, DE 1985

(Tramitando em conjunto com as de n.os 36 e 37 de 1985)Acrescenta artigo à Constituição Federal, referente 11 aplicação de recur­

sos na área do Poligono das Secas. (Autor: Dep. Evandro Ayres de Moura.>Leitura: 20-6-85

Comissão Mista

Presidente: senador Jutahy MagalhãesVice-Presidente: Deputado José CamargoRelator: Deputado Antônio Câmara

Prazo: Até dia 20-8-85 - na Comissão.

161

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 36, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.O' 35 e 37, de 1985)

Dispõe sobre a transferência de recursos financeiros ao Nordeste. (Autor:Dep. José Carlos Vasconcellos.) Leitura: 21-6-85

162PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 37, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.o, 35 c 36, de 1985)

Acrescenta parágrafos ao art. 62 da Constituição Federal. (Autor; Dep.Manoel Gonçalves.) Leitura: 21-6-85

163

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 38. DE 1985Acrescenta parágrafo ao art. 101. (Autor: Dep. Arnaldo Maciel.)

Leitura: 21-6-85

Comissão MistaPresidente: Deputado Vicente GuabirobaVice-Presidente: Senador Alfredo CamposRelator; Senador Aderbal Jurema

PrazO: Até dia 23-8-85 - na Comissão.

164

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 39, DE 1985

"Acrescenta item ao art. 165 da Constituição Federal". (Autor Dep.Arnaldo Maciel.) - Leitura: 24-6-85

Comissão Mista

Presidente: Senador Alexandre CostaVice-Presidente: Deputado Natal GaleRelator: Deputado Raul Ferraz

Prazo: Até dia 26-8-8,~ - na Comissão.

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta-feira 16 8259

168PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 41" DE 1985

Modifica a redação dos arts. 119, I, a, e 122 da Constituição Federal.(Autor: Dep. Ricardo Ribeiro.) - Leitura: 1."-8-85

Comissão 1I'Iista

Presidente: senador Helv!dio NunesVice-Presidente: Deputado Oscar Corrêa JúniorRelator: Deputado Flávio Bierrenbach

165

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 40, DE 1985

Acrescenta artigo à Constituição Federal. (Autor: seno Raimundo Pa-rente.) - Leitura: 25-6-85

167

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 42, DE 1985

Dá nova redação ao item XIX do art. 165 da Constituição. (Autor:Dep. Tidei de Lima.) - Leitura: 2-8-85

173

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 48, DE 1985(Tramitando em conjunto cem as de n.as 45 e 47, de 1985)

Altera os arts. :m, 60, 62, 66, 70, 71 e 81 e acrescenta artigo à Consti-tuição Federal. (Autor: Dep. Jessé Freire.) - Leitura: 9-8-85

174PROPOSTA DE EMENDA A CONS'I'ITUIÇAO N.· 49, DE 1985

(Tramitando em conjunto com a de n.a 51, de 1985)

Permite o voto ao estrangeiro, sob condições. (Autor: Dep. MárioHato,) - I.~itura: 9-8-85

Comissão nlistaPresidente: Senador 'Lomanto JúniorVice-Presidente: Deputado Celso BarrosRelator: Deputado Plínio Martins

Prazos: 21-8-85 - para apresentação de emendas. 10-9-85 - na Comissão.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Raul BernardoVice-Presidente: senador Martins FilhoRelator: Senador Milton CabralPrazos: para apre&~ntação de emendas:

na Comissão: 11-9-85

178

172

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 47, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.os 45, 46 e 48, de 1985)

Altera dispositivos da Constituição Federal. (Autor: Seno Cid Sampaio.)- Leitura: 9-8-85

176PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.· 51, DE 1985

(Tramitando em conjunto com a de n.a 49, de 1985)

Assegura ao estrangeiro, nas condições que especifica, o direito de votare ser votado, restrito porém às eleições municipais. (Autor: Dep. FelipeCheidde.) - Leitura: 12-8-85

177PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.a 52, DE 1985

(Tramitando em conjunto cOm as de n.os 43 e 44, de 1985)

Dispõe sobre a realização de plebiscito destinado a obter a manifestaçãodo eleitorado sobre conveniência de os futuros Membros do Congresso Na­cional e das Assembléias Legislativas editarem, em cada âmbito, as respec­tivas Constituições. (Autor: Dep. Jorge Arbage,) - Leitura: 12-8-85

175

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.· 50, DE 1985Modifica o disposto nas alíneas b, c e d do § L" do art. 151 da Cons­

tituição, dispondo sobre inelegibilidades. (Autor: Dop. Haroldo Sanford.)Prazo: 11-9-85 - na Comissão. - Leitura: 12-8-85

para apresentação de emendas. - Até diaPrazos: Até dia 16-8-856-9-85 - na Comissão.

169

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 44, DE 1985(Tramitando em conjunto com a de n.· 43, de 1985)

Institui a Assembléia Nacional Constituinte. (Autor: Dep. Sérgio Cruz.)- Leitura: 11-8-85

168

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.· 43, DE 1985(Tramitando em conjunto com a de n.OS 44 e 52, de 1985)

Convoca a Assembléia Nacional Constituinte. (Mensagens n.CS 48 e49/85-CN.) (Do Poder Executivo.) - Leitura.: '1-8-85

Comissão Mista.

Presidente: Senador Helvidio NunesVice-Presidente: Deputado Joaci! PereiraRelator: Deputado Flávio Bierrenbach

Prazos: Até dia. 14-8-85 - pl apresentação de emendas. Até dia 2-9-85- na Comissão.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Ferreira MartinsVice-Presidente: Senador Mário MaiaRelator: senador Lourival Baptista

Prazos: Até dia 14-8-85 para apresentação de emendas. AIlé dia3-9-85 - na Comissão.

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Edison LobãoVice-Presidente: senador Lourival BaptistaRelator: Senador Alcides Saldanha

Prazo: Atédla 26-8-85 - na Comissão.

170

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.· 45, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.cs 46 a 48, de 1985)

Restaura a competência do Congresso Nacional na elaboração do Orça­mento, extingue os decreto-leis, regula a nomeação do Procurador-Gt!ral daRepública, do Presidente do Banco Central do Brasil, a apreciação d08 tra­tados, dos vetos, a representação sobre inconstitucionalidade e a discipli­na do estado de sitio e de emergência. (Autor: Dep. Oswaldo Lima Filho.)

- Leitura: 8-8-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado Ernani SatyroVice-Presidente: Senador Américo de SouzaRelator: Senador Fábio Lucena

Prazos: 21-8-85 - para apresentação de emendas. 9-9-85 - na Comissão.

171

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.· 46, DE 1985(Tramitando em conjunto com as de n.Os 45, 47 e 48, de 1985)

Acrescenta parágrafo único ao art. 44 da Constituição Federal. (Autor:Dep. Freitas Nobre.) - I.~itura: 9-8-85

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.a 53, DE 1985

"Inclui entr,e os casos que permitem a falta a sessões ordinárias deCasa Legislativa a condição de gestante de parlamentar". (Autora: Dep.Myrthes Bevilácqua) - Leitura: 13-8-85

Comissão Mista

Presidente: Senador Jorge KalumeVice-Presidente: Deputada Rita FurtadoRelator: Deputada Júnia Marise

Prazo: Até dia 12-9-85 p/apresentação de emenda na Comissão.

111 - PROJETO DE RESOLUÇAO

179

PROJETO DE RESOLUÇAO N." 2, DE 1983-CN

Propõe a delegação de poderes ao Sr. Presidente da República de leipara criaçáo do Ministério do DesenVOlvimento do Nordeste e dá outras pro­vidências. (Oriundo da Proposta de Delegação Legislativa n.O 3, de 1980 ­PareLer n." 195/83-CN, publicado no DCN de 19-11-83.)

Page 50: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

8260 Sexta-feira 16 DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

180

PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 3, DE 1983-CN

Delega poderes ao Presidente da República para elaboração de lei esten­dendo ao trabalhador rural os beneficios da Previdência Social e da Legisla­ção do Trabalho. (Oriundo da Proposta de Delegação Legislativa n." 1, de1983 - Parecer n.o 206, de 1983-CN, publicado no DCN de 2-12-83.)

181

PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 1, DE 1984-CN

Altera o art. 146 do Regimento Comum do Congresso Nacional, tendoParecer da Mesa da Câmara, sob n.O 88/84-CN, publicado no DCN de 6-11-84,favorável ao Projeto com as Emendas n.O' I, 2 e 3 que oferece.

182

PIWJETO DE RESOLUÇAO N.o 2, DE 1984-CN

Substitui o parágrafo único do art. 72 do Regimento Comum, tendoPareceres sob n.o' 65/84-CN, publicado no DCN de 21-9-84, da Mesa do Senado,contrário; e 87/84-CN, publicado no DCN de 6-11-84, da Mesa da Câmara,favorável nos termos do Substitutivo que oferece.

IV - PROPOSTAS DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA

183

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.O 4, DE 1979

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da RepÚblica para elaboração de lei, criando o Ministério da Produção Animal, e determinandooutras providências."

Comissão Mista

Presidente: Deputado Geraldo FlemingVice-Presidente: Deputado Francisco BenjamimRelator: Senador Benedito Canelas

1114

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 6, DE 1979(Tramitando em conjunto com as de n.O' 7 e 8, de 1979)

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República para elabora­ção de lei, criando o Ministério da Famllla e do Menor", tendo Parecercontrário, sob n.o 1-CN/84 - DCN de 9-3-84.

185

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 7, DE 1979(Tramitando em conjunto com as de n.05 6 e 8, de 1979)

"Propõe deleg:1ção de poderes ao Presidente da República para ela­boração de lei, dispondo sobre a criação do Ministério da. Mulher e daCriança", tendo Parecer contrário, sob n.o l/84-CN, publicado no DCN de9-3-84.

186

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 8, DE 1979<Tramitando em conjunto com as de n.O' 6 e 7, de 1979)

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República para elabo­ração de lei criando o Ministério da Famllia e do Menor." Tendo PareceIcontrário, sob n.o 1-CN/84 - DCN de 9-3-84.

187

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 1, DE 1982

"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República para elaboraçãode lei dispondo sobre a criação do Ministério do Abastecimento."

Comissão Mista

Presidente: Deputado OswalOo Lima FilhoVice-Presidente: Deputado Júlio MartinsRelator: Senador Lenoir Vargas

188PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o I, DE 1984

"Delega competência ao Poder Executivo para regulamentar, mediantelei, a exploração da loteria denominada jogo de bicho." (Autor: Dep. NilsonGibson.) - Leitura: 23-11-84

Comissão l\lista

Presidente: Senador Itamar F'rancoVice-Presidente: Senador j),lorvall AcayabaRelator: Deputado Djalma Bessa

189

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 1, DE 1985

Propõe delegação de poderes ao Presidente da República para elabo­ração de lei dispondo sobre a criação do Banco do Trabalho. (Autor: Dep.Brandão Monteiro). - Leitura: 27-5-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado Victor FaccioniVice-Presidente: Senador Milton CabralRelator: Senador Alcides Saldanha

190

PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 2, DE 1985

Propõe a delegação de poderes ao Presidente da República para a ela­boração de lei dispondo sobre o desdobramento do Ministério das MInas eEnergia em Ministério das Minas e Ministério da Energia.

- Leitura: 5-6-85

Comissão Mista

Presidente: Senador Cesar CalsVice-Presidente: Deputado Jairo MagalhãesRelator: Deputado José Tavares

191PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 3, DE 1985

Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da República paracriar uma Comissão Nacional com a incumbência de programa, desenvolvere coordenar estudos, debates e atividades comemorativas relativos ao Cen­tenário da Proclamação da República,

- Leitura: 10-6-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado Ernani SatyrOVice-Presidente: senador Hélio Gueil:osRelator: senador Carlos Lyra

IV - MENSAGENS REFERENTES A DECRETOS-LEIS

192

MENSAGEM N.o 29, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.141, de 28 de junho de 1984, que reajusta os vencimentos, salários eproventos dos servidores das Secretarias do Tribunal Fedf'ra1 de Recursose do Conselho da Justiça Federal e dá outras providências. Projeto deDecreto Legislativo n.o 9, de 1985-CN - Parecer n.o 13/85-CN, publicadono DCN de 28-5-85. - Leit..ra: 6-5-85

Em regime de Ul'gência, nos termos do § 1.0, in fine, do art, 55 daComtitulçáo.

193

MENSAGEM N.o 30, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.1'2, de 28 de junho de 1984, que rea.justa. os venclmentOl e proventosdos funcionários do Quadro Permanente das secretarias das Seções Judi­ciárias da Justiça Federal de Primeira Instância e dá outras providências.

- Leitura: 6-5-85

Projeto de Decreto Legislativo n.O 13, de 19B6-CN - Parecer oral, pu­blicado no DCN de 2-8-85.

Em regime de urgência, nos termos do § 1,0, in fine, do art. 55 daConstituição.

194

MENSAGEM N.o 82, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congre!!so Nacional o texto do Deareto-Iein,o 2.143, de 28 de junho de 1984, que reajusta os vencimentos. salários 6proventos dos servidores dos Tribunais do Trabalho e dá outras providências.

Projeto de Decreto Legislativo n.o 12, de 1985-CN - Parecer oral, publi-cado no DCN de 28-6-85. - Leitura: 13-5-85

Prazo: Até dia 12-8-85 - no Congresso,Em regime de urgência, nos termos do § 1.0, in fine, do art. 55 da

Constituição.

Page 51: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 16 8261

- Leitura: 10-6-85Prazo: Até dia 9-9-85 - no Congresso.

- L1litura: :L3-5-85Projeto de Decreto Legislativo n." 14, de 1985-CN - Parecer oral, publi­

cado no nCN de 7-8-35.Prazo: Até dia 12-8-85 - no Congresso.Em regime de urgência, nos termos do § 1.0, in fine, do art. 55 da

Constituição.

195

MENSAGEM N.o 33, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.144 de 28 de junho de 1984, que prorroga o prazo estabelecido pelaLei n.O 7.186, de 24 de abril de 1984, para o pagamento de contribuiçõesprevidenciárias, e dá outras providências.

196MENSAGEM N." 34, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.145, de 28 de junho de 1984, que cancela créditos e reabre prazo relativoao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, à Contribuição dos queexeroem atividades rurais e fi. Taxa de serViços Cadastrais. - Dependendode Parecer a ser proferido em Plenário. - Leitura: :]7-5-85

Comissão J.\>lista

Presidente: Deputado OctáVio CesárioVice-Presidente: Senador Mauro BorgesRelator: senador Guilherme Palmeira

Prazo: Atê dia 26-8-85 - no Congresso.

197MENSAGEM N." 35, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.146, de 2 de julho de 1984, que reajusta os valores de vencimentos,salários e proventos dos servidores da Secretaria do Tribunal de .Justiçado Distrito Federal e dos Ofícios Judiciais da Justiça do Distrito l~ederaJ

e dos Territórios.Projeto de Decreto Legislativo n.o 10, de 1985-CN - Parecer n.o 181:B5-CN,

publicado no nCN de 18-6-85. - Leitura: :17-6-85Prazo: Até dia 26-8-85 - no congresso.

198

MENSAGEM N.o 36, DE 1984-CNSubmete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei

n.o 2.147, de 2 de julho de 1984, que "reajusta os vencimentos, saUi.rios eproventos dos servidores das Secretarias do Superior Tribunal Ml1ltar edas Auditorias da ·Justiça Militar e dá outras providências".

- Leitura: lll-5-85_ DependendO de Parecer a ser proferido em plenário.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Amaral NettoVice-Presidente: Senadora Eunice MichilesRelator: Senador Fábio Lucena

Prazo: Até dia 2-9-85 - no Congresso.199

MENSAGEM N.o 39, DE 1985-CNSubmete à deliberação do congresso Nacional o texto do Decreto-lei

n.o 2.143, de 2 de julho de 1984, que reajusta os atuais valores de vencimen­tos e proventos dos serVidores da secretaria Geral do Tribunal de Contasda União e dá outras providências:

Projeto de Decreto Legislativo n." lI, de 19115-CN - Parecer n.o 21/85 ­CN, publicado no nCN de 28-6-85.

200MENSAGEM N,o 40, DE 1985-CNJ

(Tramitando em conjunto com a de n.O 41, de 1985-CN)Submete à deliberação do Congreso Nacional o texto do Decrllto-Iei

n.o 2.149, de 3 de julho de 1984, que reajusta os valores de vencimentos e pro­ventos dos membros do Tribunal de Contas do Distrito Federal e do rllspec­

- Leitura.: 12-6-85tivo Ministério Público, e dá outras proVidências.

- Dependendo de Parecer a ser proferido em Plenário.

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Nosser Almeida.Vice-Presidente: Senador Alfredo CamposRelator: Senador Lourival Baptista

Prazos: Até dia 2-8-85 - na Comissão. Até dia 11-9-85 - no Congresso.

201MENSAGEM N.o 41, DE 1935-CN

(Tramitando em conjunto com a de n.O 40, de 1985-CN)Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei

n.O 2.177, de 3 de dezembro de 1984, que altera os valores e percentuaisconstantes do Anexo ao Decreto-lei n.O 2.149, de 3 de julho de 1934, e dá ou­tras proVidências. - Leitura: 12-6-85

202

MENSAGEM N.o 42, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.O 2.150, de 3 de julho de 1984, que "reajusta os vencimentos, salários eproventos dos serVidores dos serViços Auxiliares do Tribunal de Contas doDistrito Federal, bem como os das pensões, e dá outras providências".(Mensagem n.· 243, de 1984, na origem.) - Leitura: 1'7-6-85

Projeto de Decreto Legislativo n.o 15, de 1985-CN - Parecer n,o 23/85-CN,publicado no DCN de 9-8-85.

Prazo: Até dia 16-9-85 - no Congresso.

203

MENSAGEM N.o 43, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.151, de 5 de julho de 1984, que concede isenção dos impostos deimportação e sobre produtos industrializados para eqUipamentos de produçãocinematográfica. - Leitma: 9-8-85

- dependendo de Parecer a ser proferido em Plenário.

Comissão Mista

Presidente: Deputado Sérgio PhilomenoVice-Presidente: Senador Aderbal JuremaRelator: Senador Gastão Müller

Prazos: Até dia 9-8-85 - na Comissão. Até dia 18-9-85 - no Congresso.

2Q4,

MENSAGEM N,o 44, DE 1985-eN

Que submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto­lei n,o 2.152, de 18 de julho de 1984. "Estende o prazo limite fixado noDecreto-lei n.O 1.825 de 2'2 de dezembro de 1930, que isenta do imposto derenda os empreendimentos integrantes do Programa Grande Carajãs".

- Leitura: 24-6-85

Comissão Mista.

Presidente: Senador Aloysio ChavesVice-Presidente: Deputado Jayme SantanaRelator: Deputado Arnaldo Moraes

Prazos: Até dia 14-8-85 - na Comissão - Até dia 23-9-85 - no Congresso.

2lli

MENSAGEM N.o 45, DE 1985-CN

Que submete à deliberação do Congresso Nacional o textl> do Decreto-lein.o 2.153, de 24 de julho de 1984. "Introduz parágrafos no art. 3.° da Lein,o 6. 732, de 4 de dezembro de 1979, e dá outras providências". (Mensagemn.o 270/84, na origem,) - Leitura: 26-6-85

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Leorne BelémVice-Presidente: Senador Martins FilhoRelator: senador Lourival Baptista

Pra.7.os: Até dia 16-3-85 - na Comissão - Até dia. 25-9-85 - no Congresso.

206

MENSAGEM N.· 47, DE 1985

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein." 2.154, de 30 de julho de 1984, "estende a Gratificação de Desempenhodas Atividades de Tributação, Arrecadação e Fiscalização dos TributosFederais acs Fiscais de Tributos de Açúcar e Alcool". (Mensagem n.Q 271,de 1-8-84, na origem.) - L~iturlt: 5-8-85

Comissão Mista

Presidente: Senador Jorge KalumeVice-Presidente: Deputado Antônio PontesRelator: Deputado Gustavo Faria

Prazos: Até dia 26-8-85 - na Comissão. - Até dia 4-10-85 - noCongresso.

Page 52: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

8262 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

207

MENSAGEM N." 51, DE 1985-CN

Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lein.o 2.155, de 30 d·e julho de 1984, "Altera os limites do Benefício Fiscalinstituído pelo Decreto-lei n.o 1.358, de 12 de novembro de 1974, e dá outrasprovidências". - Leitura: 12-8-85

Comissão ~Iista

Pres!dente: Deputado João Carlos de CarliVice-Presidente: Senadora Eunice MichilesReiator: Senador Alcides Saldanha

Prazos: Até dia 2-9-85 - na Comissão. Até dia 11-10-85 - no Congresso.

T - VETOS

208Veto Total

PROJETO DE LEI DO SENADO N.o 272, DE 1978(Mensagem n.o 278/85, na origem, n.o 37/85-CN)

Dá nova redação à alínea a do art. 32 da Lei n.o 4.591, de 16 de dezem-bra de 1964. - Leitura: 3-6-85

Comissão Mista

Presidente: Deputado GorgônJo NetoVice-Presidente: Deputado Brabo de CarvalhoRelator: Senador Aderbal Jurema

Prazos: Até dia 24-6-85 - na Comissão. Até dia 19-8-85 - no Congresso.

209Veto Parcial

PROJETO DE LEI DA CAMARA N.o 12, DE 1985(PL/5.272/85, na origem)

Autoriza. a. desapropriação de ações das Companhias que menciona eabertura de crédito especial de a~.ó Cr$ 900.000.000.000 (novecentos bUhões

de cruzeiros), e dá outras providências, tendo Relatório sob n.o 15/85-eN,publicado no DCN de 26-6-85. - Leitura: 3-6-85

Até dia 19-8-85 - no Congresso.

210

Veto Total

PROJETO DE LEI DA CAMARA N.O 37, DE 1981(PL/1.795179, na origem)

Acrescenta parágrafo ao art. 65 da Lei n.o 4.504, de 30 de novembrode 1964, que "dispõe sobre o Estatuto da Terra e dá outras providências."(Mensagem n.o 46/85-CN - 358/85, na origem.) - Leitura: 5-8-85

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Francisco RollembergVice-Presidente: Senador Aloysio ChavesRelator: Senador Martins Filho

Prazos: Até dia 26-8-85 - na Comissão. Até dia 19-9-85 - no Congresso.

211

Veto Parcial

PROJETO DE LEI DA CAMARA N.o 20, DE 1985(PL/4.984185, na origem)

Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causadosao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artlstico, esté­tico, histérico, turístico paisagistico, assim como a qualquer outro interessedifuso, e dá outras providências. (Mensagem n.o 50/85-CN - 359/85, naorigem,) - Leitura: 6-8-85

Comissio Mista

Presidente: senador Octávio CardosoVíce-Presidente: Senador José LinsRelator: Deputado Valmor Giavarlna

Prazos: Até dia 26-8-85 - na Comissão. Até dia 20-9-85 - no Congresso.

(VIII - Levanta-se a Sessão às I6 horas e 52 minutos.)

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPU­TADO MÁRCIO BRAGA NA SESSÃO DE 14 DEAGOSTO DE 1985.

O SR. MÁRCIO BRAGA (PMDB - RI.) - Sr. Pre­sidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o problemada dívida externa continua sendo um ponto de estrangu­lamento de nossa economia. A verdade é que, sem en­contrarmos uma solução justa, equitativa, para estaquestão fundamental não será possível reencontrar umatrajctória dc crescimento compatível com as potcnciali­dades naturais e com as justas e legítimas aspirações dasociedade brasileira.

Como resgatar a imensa dívida social, cristalizada nosbolsões de pobreza absoluta que agridem a consciênciade todos os homens de bem neste País, crescendo apenas1-2% ao ano na próxima década? A experiéncia tem mos­trado que políticas redistributivas só terão sucesso seocorrerem num ambiente de substancial expansão daprodução e do emprego. Nenhum país conseguiu reduziras desigualdades de renda na medida em que se amplia ocontingente de desempregados E, infelizmente, parecescr estc panorama que se descortina para os países endi­vidados do Terceiro Mundo.

Decorridos três anos desde que a inadimplência mexi­cana desencadeou a mais grave crise financeira e econô­mica que o mundo já conheceu desde 1929, e muito pou­co foi fcito no scntido dc estabelecer os fundamentospara uma solução cficicnte em termos cconômicos c viá­vel, politicamente, para o problema do endividamentoexterno da América Latina.

O ajustamento ocorrido foi estritamente unilateral: to­dos os países, sem exceção, experimentaram um dramáti­co processo recessivo com a violenta queda na produção,nos níveis de emprego, e redução da renda real que afe­tou negativamente os padrões de consumo, mesmo dealimentos e serviços essenciais. Nos últimos três anos, aAmérica Latina não apenas estancou seu ritmo de pro­gresso, mas sofreu um visível retrocesso econômico, queaguçou ainda mais as tensões sociais.

O mais grave, porém, é que, apesar de todo esse es­forço de ajustamento com um altíssimo custo social, ape-

sar do desempenho brilhante das exportações, do sensí­vel progresso na substituição de petróleo importado e aconseqüente acumulação de gigantescos superávits nabaiança comercial, o Brasil (e todo o resto do continentelatino americano) continua altamente vulnerável do pon­to de vista externo. Qualquer evento na área internacio­nal que provoque nova elevação da taxa de juros, ou de­saceleração no ritmo de crescimento das economias maisdesenvolvidas, poderá colocar os países devedores novértice de uma nova crise de liquidcz. Esta possibilidadeé, aliás, amcaça pcrmancntc à própria cstabilidade daeconomia mundial e, em particular, de seu sistema finan­ceiro.

Examinemos a situação brasileira este ano. Apesar deestarmos caminhando para um superávit comercial ex­pressivo, da ordem de US$ 11,5 bilhões, iremos terminaro ano com uma posição relativa do nosso endividamentoexterno pior do que há um ano. Isto porque o serviço danossa dívida (pagamento de juros e amortizações) iráelevar-se, comparativamente, à receita de nossas expor­tações. Éjustamentc o comportamento desfavorável des­sa relação que aponta para a inviabilidade da tentativade solucionar o problema da dívida externa pelo ajusta.ment~u~ilateral dos paises devedor~

O Brasil transformou-se em exportador liquido de ca­pitais numa inversão tntal daquilo que foi durante mui­tos anos uma máxima em matéria econômica: "o capitaltende a fluir dos países desenvolvidos para os países me­nos desenvolvidos". De acordo com as estimativas doProf. Langoni, em seu livro "A Crise do Descnvolvimcn­to," no período 1982/84 houve uma transferéncia liqui­da de recursos para o exterior da ordem de USS 17.4 bi­lhões, equivalente a 25% das exportações. Visto sobreoutro ángnlo é como se O Brasil estivesse pagando ao ex­terior um imposto anual cquivalente a 2,5% do PIB.

O mais grave, porém, é que esse não é um fenômenotransitório que será superado naturalmente nos próxi­mos anos. A sistemática atual de tratamento da dívidaexterna aponta panl a continuidade durante um prolon~

gado período de tempo, desse processo de transferêncialiquida de capitais para o exterior que se constitui, por-

tanto, em um obstáculo a mais para a retomada do de­senvolvimento econômico.

Isso ocorre porque, na última versão de renegociaçãoexterna com o chamado "acordo multianual", não háqualquer comprometimento dos bancos internacionaiscom a conccssão de um volume mínimo de empréstimosnecessários para financiar investimentos inadiáveis. Per­manece, entretanto, a obrigação dos países devedores dehonrarem com absoluta pontualidade os pagamentos dejuros, quaisquer que sejam os níveis prevaiecentes nomcrcado. Sem o aporte de "dinheiro novo" e com a obri­gação de seguir pagando integralmente os juros externos,tendo países devedores se transformarem em permanen­tes exportadores líquidos de capitais. É uma redistri­bnição às avessas da riqueza mundial.

É imprescindível, portanto, que O ajustamento se es­tenda também ao sistema financeiro internacional. Epara isso é esscncial que se quebre o tabu de que juros ex­ternos são intocáveis e não podem, portanto, fazer partedo processn de renegociação. A verdade é que qualquersolução duradora para o problema do endividamento ex­terno terá necessariamente que passar pela redefiniçãodos pagamentos de jnros. Mas quem afirma isto não sãoos políticos ou economistas brasileiros. É o próprio Pre­sidente dç Federal Reserve Bank, de New York, que, re­centemente, defendeu a capitalização parcial de juroscomo medida fundamental para solucionar a crise do en­dividamento.

O ajustamcnto também terá de se estender aos orga­nismos multilatcrais se quisermos encontrar uma so­lução racional e eqüitativa para a crise que nos aflige. Osbancos multilaterais (como o Banco Mundial e o BID)terão que ampliar seus empréstimos contrabalançando odrástico corte nos créditos dos bancos privados. O FMTterá qne modificar sua postura excessivamente ortodoxa,que tem levado a repctidos fracassos nos programas deajustamento na América Latina. A crise atual exige pro­fundas mudanças estruturais e institucionais que terãode ser objeto de amplo debate por toda a sociedade, atéque se obtenha o necessário respaldo político. É impossí­vel conciliar esse roteiro democrático com o fonnato es­tritamente tecnocrático dos programas do Fundo e, es-

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Agosto de 1985

pecialmente, o prazo excessivamente curto exigido paraa sua implementação. Por outro lado, é absurda a tenta­tiva de se procurar transformar o FMI em auditor privi­legiado dos bancos internacionais através da clãusula demonitorização, em boa hora já rejeitada pelo PresidenteJosé Sarney. Esta cláusula impunha ao Brasil a obri­gação de submeter-se a permanente exame, por parte doFMI, durante todo o período de vencimento de seus cré­ditos externos. Isso ocorreria mesmo sem que houvessequalquer aporte adicional de recursos por parte do Fun­do. É inacreditável que essas condições draconianas ti­vessem sido aceitas no final do governo passado pelonossos negociadores externos... Este é, de fato, um pontode honra ao qual o Brasil não poderã ceder ou barga­nhar.

Finalmente, o ajustamento terá também de ocorrernos países industrializados ou desenvolvidos. É difícilcompreender ou justificar a insensibilidade dos governosdesses países para a gravidade da crise que se abateu es­pecialmente sobre os países da América Latina. Quererreduzir a crise atual à simples crise financeira ou de liqui­dez é tentar auto-iludir-se. Como ressaltamos em nossodiscurso, a crise é do próprio desenvolvimento econômi­co e social ameaçado por uma injusta e regressiva modi­ficação nas regras do jogo internacional. Ao mesmo tem­po em que !!ressionam os países devedores para quemantenham "m dia o pagamento de suas dividas, preo­cupados pela sobrevivência de suas instituições financei­ras, os palses industrializados desencadearam uma ofen­siva protecionista que atinge diretamente o Brasil, comono caso recente do aço e dos calçados. Como então redu­zir o problema da divida externa a uma questão m~ra·

mente técnica? Procurar esconder a sua dimensão políti­ca e escamotear a verdade é desprezar a história. Não ha­verá solução factivel para o problema da divida externasem que se redistribua o ôn us do processo de ajustamen­to de forma mais equilibrada entre todos os atores da cri­se: paíscs em desenvolvimento, bancos internacionais,organismos multilaterais e paises industrializados. Masesse processo de redistribuição de custos é essencialmen­te político, não podcndo ser solucionado através da sim­ples manipulação de fórmulas matcmáticas.

Hcnry Kissinger, já há algum tempo, vem destacandoa dimensão essencialmente politica da crise da divida ex­terna, alertando para a falta de visão dos atuais homensde estado na busca de soluções inovadoras que devolvamaos paises latinos sua vocação desenvolvimentista. Estavisão estcvc presente na solução encontrada para os gra­ves problemas da Europa no pós-guerra e foram cristali­zadas no Plano Marshall. É esse tipo de postura que oBrasil deve defender junto a seus principais interlocuto­res. Seria absurdo manter uma posição tímida e passivaem face dos eventos que irão, de certa forma, forjar asnossas possibilidades futuras de desenvolvimento.

O Congresso Nacional deve dar ao Presidente Sarneytodo O respaldo político ncccssãrio para que o nosso Paíspossa liderar um novo processo de renegociação externaque, de forma responsável, porém realista e altiva, elimi­na o impasse recessivo no qual fomos lançados.

SECRETARIA GERAL DA MESA

RESENHA DA CORRESPONDf:NCIA RECEBIDA

8-8-85

- Of/GM/BSB 901, de 25-7-85, do Ministério daEd ucação, manifestando-se contrariamente à aprovaçãodo PL n' 2.452/83, que "dispõe sobre Auto-Escola".

- Or. DOC/SRC/DAOC-JI/DPC/37/800(B46)(EIS), de 26-7-85, do MRE, manifestando-se a respeitoda Mcnsagem nO 430/84, que "submete à consideraçãodo Congrcsso Nacional o texto do Acordo de Comérciocelebrado entrc o Govcrno da República Federativa doBrasil e o GovernO do Reino da Tailândia, em Brasilia, a12 de setembro de 1984".

- Aviso n' 440-SUPAR, de 26-7-85, do Gab. Civil daPreso da República, encaminhando os esclarecimentosdo MRE, sobre os quesitos constantes do R.I. n' 345/85,de autoria do Sr. Deputado Clarck Platon sobre ativida­des da Petrobrás na exploração da costa marítima doAmapá".

- Aviso n' 441-SUPAR, de 26-7-85, do Gab. Civil daPreso da República, encaminhando os esclarecimentosdo MME sobre os quesitos constantes do R.I. n' 190/84,

DlÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

de autoria do Sr. Deputado Amaury Müller sobre explo­ração de riquezas minerais por empresas multi nacionais.

- or. SAREM/n' 615/85, de 26-7-85, da SEPLAN,encaminhando os esclarecimentos sobre os quesitosconstantcs do R.1. n' 291/84, de autoria do Sr. Deputa­do Wagner Lago sobre a distribuição do FPM e outros aalguns municípios maranhenses.

- Or. Prcsi 85/1328, de 1'-8-85, do Sr. Presidcntc doBanco do Brasil, confirmando o seu comparecimento naCom. de Agricultura e Política Rural para falar no Sim­pósio Sobre Normas de Crédito Agrícola".

- Or. 9067, de 2-8-85, do Sr. Superintendente da SU­DENE, eonfirmatl(10 o seu comparecimento na Com. deAgricultura e Politica Rural para falar no "SimpósioSobre Normas de Crédito Agrícola".

- Telex NR 2538/85, de 6-8-85, do Sr. Presidente daFinanciadora de Estudos e Projetos-FINEP, confirman­do o scu comparecimcnto na Com. de Ciência e Tecnolo­gia para falar sobre o tema "O Financiamento da Pes­quisa Científica e do Desenvolvimcnto Tecnológico noBrasil".

- Telex NR 120/85, do Sr. Presidente do SERPRO,comunicando impossibilidade do seu comparecimentona Com. de Ciência e Tecnologia para falar sobre "Mo­dernização do Sistema Eleitoral Brasileiro"

9-8-85

- Aviso n' 447-SUPAR, de 7-8-85, do Gab. Civil daPreso da República, encaminhando os esclarecimentosdo Ministério da Reforma e Desenvolvimento Agráriosobre os quesitos constantes do R.I. o' 346/85, de auto­ria do Sr. Dep. Clarck Platon sobre os planos atuais e oque se tem fcito nos últimos dez anos em relação a titu­lação de terras no Território Federal do Amapá.

- Aviso n' 448/SUPAR, de 7-8-85, do Gab. Civil daPres. da República, encaminhando os esclarecimentosdo MINTER sobr'~ os quesitos constantes do R.I. n'295/84, de autoria do Sr. Dep. Ademir Andrade sobreprojetos agropecuários e industriais aprovados para osMunicípios de Santana do Araguaia, São Félix do Xin­gu, Co nceição do Araguaia, Redenção, Xinguara e RioMaria, no Pará.

- Aviso n' 449/SUPAR, de 7-8-85, do Gab. Civil daPreso da República, encaminhando os esclarecimentosdo MME sobre os quesitos constantes do R.I. n' 157/83,de autoria do Sr. Dep. Raymundo Asfóra sobre as jazi­das que se encontram em processo de lavra no Estado daParaiba.

- or. n' 056/GM3/123I, de 7-8-85, do Ministério daAeronãutica, manifcstando-se contrariamente à apro­vação do PL n' 4.536/84, que "acrescenta parágrafo aoart. 86 do Decreto-lei n' 32, dc 18 de novembro de 1966­Código Brasileiro do Ar, dispondo sobre transporte debagagem".

- Carta do Prof"ssor Osny Duarte Pereira, oferecen­do pronunciamento sobre a nulidade dos Acordos reali­zados pelo Governo brasileiro com o FMI, tendo em vis­ta a violação, por aqueles atos, do arl. 44, I, da Consti­tuição Fedcral.

- Or. SM/n' 367, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 1076/79, quc "veda novas ins.criçõesno Quadro de Provisionados da Ordem dos Advogadosdo Brasil c, mediante alteraçõcs da Lei n' 4.215, de 27 deabril de 1963, assegura, aos atualmente inscritos nesseQuadro, o amplo direito de exercício da profissão de ad­vogado", sancionaelo.

- Of. SM/n' 368, de 7·8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 281/79, que "dã a denominação de"Afonso Pena" ao aeroporto de São José dos Pinhais,Estado do Paraná.

- Or. SM/n' 36'9, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo elo PL n' 3001/84, que "autoriza a reversão aoMunicípio deOurinhos, Estado dc São Paulo, do terrenoque menciona", sancionado.

- Of. SM/n' 370, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 1769/83, que "autoriza a reversão,ao Estado de Mato Grosso, do terreno que menciona",sancionado.

9-8-85- Of. SM/n' 371, de 7-8-85, do SF, encaminhando

autógrafo do PL n' 4.212/84, que "concede pensão espe­cial a Josa Pedro Tiradentes, trineto de Joaquim José daSilva Xavier, o Tiradentes", sancionado.

- Of. SM/no 372, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 4.981/85, que "reajusta os valores de

Sexta-feira t6 8263

vencimentos, salários e proventos dos servidores da Câ­mara dos Deputados e dá outras providências", sancio­nado.

- Or. SM/n' 373, de 7-8-85, do SF, cncaminhandoautógrafo do PL n' 4.982/85, quc "fixa os valores dc rc­tribuição da Categoria Funcional de Técnico deCobrança e Pagamentos Especiais, Código NS-944 ouLT-NS-944, e dá outras providências", sancionado.

-Or. SM/n' 374, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PI. n' 4.973/85, que "altera o valor do ven­cimento dos cargos que especifica e dã outras providên­cias", sancionado.

- Of. SM/n' 375, de 7-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 5.539/85, que "altera o prazo parapagamento do imposto de renda devido por pessoasjurí­dicas", sancion'ado.

- Or. SM/n' 376, de 8-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 4.517/84, que "altera a estrutura daCatcgoria Funcional de Assistência Social, do Grupo­Outras Atividades de Nível Superior, e dá outras provi­déncias", sancionado.

-Of. SM/n' 377, de 8-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 1.770/83, que "autoriza a reversãoao Municipio de Jacarezinho, Estado do Paraná, do ter­reno que menciona", sancionado.

- Of. SM/n' 378, de 8-8-85, do SF, encaminhanJoautógrafo do PL nQ5.462/85, que "autoriza o PoderExecutivo a abrir cr~ditos suplementares até o limite deCr$ 23.507.600.000.000 (vinte e três trilhões, quinhentose setc bilhõcs e sciscentos milhões de cruzeiros) e dã ou­tras providências", sancionado.

- Of. SM/n' 379, dc 8-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PL n' 5.684/85, que "estabelece normaspara a realização de eleiçães em t985, dispõe sobre oalistamcnto eleitoral e o voto do analfabcto e dá outrasprovidências", sancionado.

- Of. SM/nQ382, de 8-8-85, do SF, encaminhandoautógrafo do PI. n' 4.504/84, que "dispõe sobre a exe­cução do § 4Q do arl. 176 da Constituição Federal e dáoutras providências", sancionado.

14-8-85

- Or. SM/n. 385, de 9-8-85, do SF, comunicando re­messa à sanção do PL nQ3.990/80, que "acrescenta parã­grafo ao art. \, da Lei nQ6.545, de 30 de junho de 1978,que "dispõe sobre a transformação das Escolas TécnicasFederais de Minas Gerais, do Paraná, e Celso Suckow daFonseca em Centrais Federais de Educação Tecnológica,e dá outras providéncias".

RESENHA DA CORRESPONDENCIA EXPEDIDA

Oficio n'

SGM-328, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o Pro­jeto de Decreto Legislativo n' 72-B/84, que "aprova O

texto do Acordo Geral de Cooperação entre o Governoda República Democrãtica de São Tomé e Principe, con­cluído em Brasília, a 26 de junho de 1984".

SGM-329, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'5.204-B/85, que "dispõe sobre a estruturação dc Catego­ria Funcional do Grupo-Atividades de Apoio Judiciáriodos Quadros das Sccretarias dos Tribunais Elcitorais cdã outras providências".

SG M-330, dc 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'3.139-B/84, que "dá denominação ao Acroporto do Tiri­rical, em São Luís, no Estado do Maranhão".

SGM-33I, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PLn'2.043-B/83, que "atribui vantagens aos ocupantes decargos ou funções em comissão".

SGM-332, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'5.783-B/83, que "altera a redação do § 3' do art. 543 daConsolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-lei n' 5.452, de I. de maio de 1943, estendendo aestabilidade ao empregado associado investido em cargode direção de Associação Profissional".

SGM-333, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'1.31O-B/83, que "acrescenta di~positivo à Lei nQ3.857,de 22 de dezembro de 1960, que "cria a Ordem dos Músi­cos do Brasil e dispõe sobre a regulamentação do exercí­cio da profissão de músico e dá outras providências".

SGM-334, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'727-B/83, que "introduz modificações nas disposiçõespenais da Lei nO 6.435, de t5 dejulho de 1977, e dá outrasprovidências".

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8264 Sexta-feira 16

SG M-335. de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'4.72I-B/3 I. que "altera a redação de dispositivo da Lein' 5.582. de 26 de junho de 1970, que "dispõe sobre nor­mas de Direito Processual do Trabalho, altera dispositi­vos da Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina aconcessão e prestaçào de assistência judiciária na Justiçado Trabalho e dá outras providências".

SG M-336, de 8-8-85 - Ao SF, encaminhando o PL n'5.390-B/85, que "dispõe sobre a criação de cargos noquadro permanente do Tribunal Superior Eleitoral".

SGM-337, de 9-8-85 - Ao Sr. Prcsidcntedo Sindicatoda Construção Pesada. convidando-o para falar na Co­missão de Transportes sobre o tema "Construção no Se·tor de Transportes".

SGM-338, de 9-8-85 - Ao Sr. Superintendente Regio­nal do Banco do Brasil do Paraná, convidando-o paraparticipar do Simpósio sobre Normas de Crédito Agrí­cola. promovido pela Comissão de Agricultura c PolíticaRural.

SGM-339, de 9-8-85 - Ao Sr. Presidente da FINEP,em adiantamento ao Or. n' 265/85, retificando para "OFinanciamento da Pesquisa Científica e do Desenvolvi­mento Tecnológico no Brasil", o tema da palestra a serproferida.

SGM-340, de 12-8-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 3,362-B/84. que "dá nova redação ao art. 14 doDecreto-lei n' 538, de 7 de julho de 1938, que organiza oConselho Nacional do Petróleo. define suas atribuições edã outras providências".

SGM-341, de 12-8-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 4.986-B/85, que "dispõe sobre o exercício da profis­são de Secretário e dá outras providências".

SGM-342, de 12-8-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 3.707-B/84, que "dispõe sobre a Procuradoria Espe­cial da Marinha e dá outras providências".

SGM-343, de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 2.8l6-B/83, que "dá O nome de Josê Antônio MendesSansano 11 CEASA-Campinas".

SGM·344, de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 525-B/83, que "Torna privativo dos bacharéis em Di-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

reito o cargo dc Diretor dc Secretaria dos Tribunais doTrabalho e das Juntas de Conciliação e Julgamento".

SGM-345. de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 1.243-B/83, que "obriga a realização de exames pré.anestésicos em pacientes sujeitos a cirurgia, para evitarchoques anestésicos~'.

SGM-346, de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 1.2I8-B/83, que "cancela penas impostas ao ex­Presidente João Goulart, determina a devolução dasCondecorações nacionais que lhe foram retiradas, bemcomo a sua rcinclusão nos quadros das respectivas or­dens dos quais tenha sido excluído".

SGM-347, de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLnO 5.776-B/85, que "autoriza o Poder Executivo a abrirao Ministério do Interior o crêdito especial de até Cr$22.000.000.000 (vinte e dois bilhões de cruzeiros), para O

fim que especifica".SGM-348, de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando o PL

n' 632-B/83, que "acrescenta díspositivo ao art. 168 daConsolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-lei nO 5.452, de I' de maio de 1943, proibindo arealização de exame ou teste de gravidez por ocasião daadmissào em emprego".

SGM-349. de 12-08-85 - Ao SF. encaminhando oProjeto de Decreto Legislativo n' 75-B, que "homologao ato do Conselho Monetário Nacional que autorizouemissão de papel-moeda, no exercício de 1982, no valorglobal de Cr$ 420.000.000.000 (quatrocentos e vinte bi­lhões de cruzeiros)".

SGM-350. de 12-08-85 - Ao SF, encaminhando oProjeto de Decreto Legislativo n'l 73-B/84, que "aprovao texto do Acordo Básico de Co operação Científica eTécnica entre o Governo da República Federativa doBrasil e o Governo da Repúhlica Democrática de SãoTomê e Príncipe, assinado em Brasília, a 26 de junho de1984".

SGM-351, de 12-08-85 - Ao SF. encaminhando oProjeto de Decreto Legislativo n' 83-B/85, que "aprovao texto da Convenção n' 134, da Organização Interna·cional do Trabalho, sobre Prevenção de Acidentes deTrabalho dos Marítimos, adotada em Gencbra, a 30 de

.JECRET,;RIA--';ERAL DÁ MESA

a 8 3 " 8 5

!.EQUEi'L··!E:1i70S DE: IilFUP.,'!AÇÃO ENCAMINHADOS

Agosto de 1985

outubro de 1970, durantc a LV Sessão da ConferênciaInternacional do Trabalho".

SGM-352. de 12-08-8S-Ao SF,comunieandoremes­sa 11 sanção do PL n9 3.170-B/84, que "dá nova redaçãoao art. 836 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT,aprovada pelo Decreto-lei n9 5.452, de 19 de maio de1943".

SGM-353, de 13-08-85 - Ao SF, encaminhando o PLn' 5.739-B/85, que "dispõe sobre a criação de cargos noQuadro Permanente da Secretaria do Tribunal RegionalEleitoral do Estado do Ccará c dá outras providências".

SGM-354, de 13-08-85 - Ao SF, comunicando remes­sa 11 sançào do PL n' 1.626-E/75, que "permite a dc­dução do imposto de renda de gastos com assistênciamédica. inclusive radiografias, exames de laboratório ecirurgias, no caso e condições que especifica".

SGM-355, de 14-08-85 - Ao Dr. Ronaldo RogérioMourão, convidando-o para falar na Comissão de Ciên­cia e Tecnologia sobre "A Astronomia no Brasil".

SGM-356, de 14-08-85 - Ao Sr. Presidente daEMBRAPA. convidando-o para falar na Comissão deCiência e Tecnologia sobre "Reorganização da Socieda­de Brasileira e Pesquisa Agrícola".

GP-0-795, de 12-08-85 - À Comissão de Transpor­tes, comunicando o deferimento do Of. nO P-20j85.

GP-0-804, de 13-08-85 - À Comissão de Ciência eTecnologia, comunicando o deferimento do Of. n'254/85.

GP-0-805, de 13-08-85 - Ao Sr. Ministro das Re­lações Exteriores, cncaminhando trabalho elaboradopela Prefeitura Municipal de Três Passos, doado àqueleMinistério.

G P-0-806, de 13-08-85 - Ao Sr. Ministro da Cultura,convidando-o para falar na Comissão de Ciência e Tec­nologia sobre "Ciência, Tecnologia e Realidade Brasilei­ra".

GP-0-807, de 13-08-85 - Ao SF, encaminhando Pro­posta de Emenda Constitucional, dc autoria do Dep. Ag­naldo Timóteo. que "acrescenta o art. 218 à Consti­tuição. relativo à nacionalidade de consortes e descen­dentes de brasileiros expatriados".

119 "-::;;JR ENF:N'FADA7A DA REM~SSA AO GAbIY~~~ CIVIL DÁ

PRESIDtNCIA DA RóP~~:ICA----_._---------------

2/8.3

Of. SGM-20, de 09.03.~3

.35/8.3 FER.='!':-.=:.~ !.fARTJN5 8c~:.~tta ú!.fo~nçce,;: aI) 8l'.NINJ8TRO EXTRJIORi)IflÁRTO PARA

59/8.3

70/8.3

80/83

81/83

84/83

EDU/-_=:': :·.:hTAR4220SUPL~ .--.:.'

ED!JAF:-: !6jTAR4ZZOSUPLI:-2'

AE2::::;OS FUNDIÁRIOS, 3vbl"a Q al'l'oafl.da.çàa pl.?lo INCRA, nOG

e."C,;!,,!ZiJio$ de 1376' t"( 198';', do Imp"s.t) TI2Y'Y'1.:t.oY'1:al. RUY'a,7"

Sol~.;!ita íHfor'maçõee ao MIí1I3'1'fRIO DA AGRICULTURA sobre a

1:1"ij:'~. ':I':t:Jçào do Pr'1Y"-?,.,UE flaa·,':tJl'1.-IlZ do Capivara, em são Ra"ÍTllUn­

do _~·~"r:.ato, 1W Piaui.

So~:'-.."ita infoiT1.2çõa:J aSEPL.1UJ sobl'e rJmpl'esas brasileiras

cc"'" .;..~ede pY'óp!>Í.a 0;..( '-~?2~J'1da no exter-ior.

~So:;;:Jita infom-:l.'l0Có ao MIllISTtRIO DA FAZEllDA e à SEPLAlJ,

SO::''; faeilidadr2s de er.-;pl1éstimos ,junto ao E(1n.~O do BY'a3il

e '.:- ',':'EF, ao Gl"'ttpO Co:rO,-'7.-Bi'.'J.stel. (*)

SIJ7.~.-~ita info~açõcs ao l,,7·fE sobre a riSal~ Bi.tuação do Ga­

l'Úr.pO de Set>J:'L1. Pe Z:J.da, no Estado do Pará.

Soli~ita ú1.!ormaçôes ao MINISTÉRIO D[1 FAZENDA, sobre os

cOI1i:l":tt,OS assinado3 petas autoridades monetát'ias do gova!:

tiO êY'Q;..~ilf?1:-t'O com or:. bancos credores do BpQsiZ~ e71 1982

(*) - Já respondido '[:8lo Ministé1...f? âa p(fi'!.cnd<1.

Df. SGM-586, de 29.0:. ,3

Df. SGM-833, de 04.1;;. ,<

Df. SGM-l048, de 17.11.~3

Df. SGM-1049, de 17.1:.=3

Df. SGM-1052, de 17.1:.:3

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NA<':;IONAL (S~o ~) Sexta-feira 16 8265

E'ME:NTA

Solieita infonnaçães ao MINISTtllIO DAS COMI/NICAÇOES sob1'e

aPitél'ios adotados pa:m par'tiaipaçào das conaessionáPiaB no

dellQm~"ó'do "Pereentua~ .Onieo sobrs Tráfeflo Mútuo".

Solicita inofrrrnaç'õee ao Teu sobra troansferê~aia de 'NU!U1"BOa

do Fimdo de Participação dos Munia{pios, referente a seu Ea

tado, no mês de "",,,,,o de 1>'84.

SoZiaita infermações ao MJ/,lIST{;RIO L;' AERONÁUTICA sobre

infra-os trutura aeropo:t'tuâr'ia.

SoZioita informações ao MPtJS sobre a ~':tuação :!"eal das

contas da Previdênaia.

Of. Gp-D-aOl, de 12. :4.84 ·~O TC~.

Of. SGM-1?8, de 18.:;.;4

Df. SGM-028, de 13.03.84

Of. SGIt-027, de 13.03.84

Of. SGM-040, de 13.03.84

Of. SGM-1163, de 29.11.83

Of. SGM-1137, de 29.11.83

Df. SGM-I053, de 17.11.83

Of. SGM-I0B7, de 17.11.83

Of. SGM-354, áe 13.03.84

Of. SGM-l03, de 28.03.84

DATh DA REMESSA AO GABINETE CIVIL ;APRESIDtNCIA DA ?EPOBLICA

aSoUei ta informações ao MINISTtI)IO cc ::RABAUIO sob1'S

regulamentação da profissão de SOeiÓ!~dO.

So]'i~i.ta infonroçõ€s à SEPIAN sobre :3 cortes nos intJes­

tim.mtos do Sistema Telebni:s.

So lieita informações ao TCU sobre o !'<?a8se pe lo Poc!Bl'

Exeautivo das paroeZas do IR e IPI aos Estados I> Munie{;­

pios.

Solicita informações ao MII,'IST[:lIIO .:.~ JUSTIÇA sobre estu­

dos daqueZa Pasta a ré'spei t.o da ori~;:::~ de noVas juntas de

Conai Liaçào e Julgamento em todo o ?~';:8.

SoZiaita infonnações ã sr:PlAN sob1'B ; -pessoal das Entida­

des E·statais.

SoZicita informaçoes à SEPz.A1I sobre :,:!"ejuizos de Empresas

Estatais nos úZt1:mos tpês anos.

Solicita informações ao MINTER sobre p!'ojl>tos aprovados

pela SI/OENE, em 1983.

1'19 AUTOR

85/83 FRANCISCO AMARAL

89/83 AIRTON SOARES

102/83 FARABULINI JfJNIOR

128/83 SALLES LEITE

140/83 AMAURY MULLER

141/83 FREI~AS NOBRE

153/83 FRANCISCO AMARAL

1fi9/83 CHAGAS VASCONCELOS

1?8/83 THOMAZ COELHO

181/84 CHAq"..s VASCONCELOS

185/84 JOst :AVARES

222/84 RAY.'<.'iXi ASF()RA Solicita informações ao MEG' sobre oomemorações a serem l"ea­

Ziaadas pelo MEC para comemOl'al' o 4r Centenár>io de Furuiação

do Estado da Pa1'dba. Of. SGM-557, de Oê.::.=-1

237/84 FRA!lC:~:;Q AMARAL

238/84 CLEMI.": ?ANOS

238/84 RAYM1JNDO ASF()RA

247/84 BRANDÃO MONTEIRO

251/84 LOCÍO ALCANTARA e

ALBtRICO CORDEIRO

260/84 ARTHUR VIRG!LIO NETO

224/84

228/84 SANTI.'i::9 FURTADO

SoZieita i~fo1'mações ao MEC sobre o desenvolvimento do Pro­

gr>ama "Promoção da Saúde da Mulhel' e da Criança", no Es tado

da Paraiba.

Solicita informações ao MINISTtRIO DAS COMUNICAÇÕES sob1'e

eritérios utilizados paro a fixação da partici-paçà" dasconcessionárias do Fun.do de Pazotiaipaçào Onica sobre Trá!!:..

fi" MÚtuo.

Solieita informações ao GAB. CIVIL DA PlIES.DA REP()BLICA s~

b1'e a l'e(fttZamentaçãn da Lei n95584, de 05 de novembro de

1968.

Solicita informações ao MIlI.rsTf!:RIo DA FAZENDA sobre pedidode informações efetuado pe~" Xerox do BrosiZ à CACEX.

Solicita infonnações ao MIlIr2~~."IO DA JUSTIÇA Bobl'e eonvê­

nio ent:t'~ a União e o Estad, i:: Parolba~ pal'a construção

de uma penitenaiár'ia em Caml'Ji,r.-::. Gmnde.

Solicita informações ao MEC a:;:,t'B contratação de pessoaZ,

peZo Ministério, através de C.:..-::;ênios.

SoUe~ta informações ao GAB. C:;-:L DA PRESo DA REPOBLICA s~

b:t'B as ~ficas mantidas pOl" E~;aos da Administração Pú ­bliaa.

Soliaitcz informações ao MIII.[:;~_=.IO DA FAZENDA sob1'e o mo!!

tante' l'B,eUdo em dó~a1'es p,,~; Erasil pela expo1'tação de

armamentos.

Of. SGM-559, de 08.:=.=-1

Of. SGM-5~3, de 08.:=. =4

Of. SGM-632, de 16!:=.;4

Of. SGM-831, d~ 16.:=_=.]

Of. SGM-633, de '16.08.84

Of. SGM-729, de 05.09.84

Of. SGM-870, de 26.10.84

Of. SGM-879, de 26.10.84

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8266 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONQRESSO NACIONAL.t~~ção I) Agos!o de 1985

lI9 AUTOR

261/84 DARO! PASSOS

262/84 DJAllUl liOM

268/84 MYRTHES BEVILACQUA

273/84 RAIMUNDO ASF{JRA

276/84 IRMA PASSONI

284/84 H~~:: DUQUE

287/84 .':,::"'_=:ILDO CAVALCANTI

288/P4 !·:l",=':,":::S BEVILACQUA

290/84 G::.:~:'::O LEVA FILHO

297/84 C';X:ESÃO DE RELAÇÕESEX:-EP.IORES

301/85 ADEMIR ANDRADE

307/85 FRANCISCO AMARAL

316/85 CUIIHA BUENO

317/85 EVA/IORQ AIRES DEMOUlIA

318/85 RAUL BERNARDO

319/85 OSWALDO TREVIS'AN

320/85 SEBASTIÃO NERI

321/85 EDUARDO MATARAZZOSUPLICI

322/85 :.=.'u, PASSONI

323/85 :;::::~FRIED HEUSER

324/85 :~.:::O AWÃNTARA

SoZicita {,r"forma'lões ao TeU 3;;;?,a i:t'l"egulal"idades l'eZati­

VaB à co,,;abilizaçào de recet;.:;s públicas federais.

Solicita ú'fonnaçees ao MINI5_~?IO DO TRABALHO sobre co!!.

tl'ibuiçiic sindical.

Solicita inform:r.ções ao MINTE.:: sobre obl"as de saneamento

básico desenvotvidas no Pa-is.

Solicita informações ao MINIS~?.IO DA FAZENDA sobre qual

o vo lume de e:cportação da i>Ui;;"::ria bélica brasUeim no

19 Semestre de 1983.

Solicita i ...formações ao OAB. CI;':L DA PRES.DA REP!JBLICA

sobre 08 gastos com educação ';'2 todos os Ministé1"'Í08~ e~

SoZiciro informa;3'23 ~ SEPLAlJ sobl'B a liberação das cotas

do Fun.dD de Pa"J.·ti,,::ip/).~;j'J dos !-j~,mictpios no CoT'roente e..cer­

cicio.

Solicita i ...[oma;?s à SECRETARIA-GERAL DO CONS.DE SEGU ­

RANÇA fJlrJ:IONAL 5';':;(>12 <l trorzsformação dos Te}2pitónos Fed~

mis de Roroaima e I.."":apá em Es tados Membros da Federoção.

SoUaita infom':l.-;:es ao DASP sobJle convênios com emproesas

loaadoY'Gó de màCJ- :,z-obro.

Solicita infoY'ma~~.s ao S", MINTSTRO EXTRAORDJN.4RIO PARA

ASSUNTOS FUNDIÂRI.;S sobre a ocupação e distribuição de

terras pe lo INCPj,.

Solicita. infomIc.çõea ao l1RE sobre a constante presença de

aeronaves militares dos Estados Unitfos da América, esta­

cionadas em aeropD"t'tos. brasi ZBiros.

Solicita informaçoes ao S:r.NINI3:.:::; EXTRAORDINÁRIO PARA AS­

SUNTOS FUNDli1.RIOS sobT'12 os imó::~:~ "fflT'aiG loeaZizadoG nos

municípios de Santaoo do t.raguc.:--::.., são Fézix do Xingu.., Re ­

denção, ConlJeição do A~Juaia, .~~;; .'1'2ria, XÚ·.guara, são João

do Araguaio., Marabá e 30bre a ~:z==r.'1...., Alvorada (na área da

Brasil Ce... tra Z) •

Solicita in.;ormações ao f.fPAS e..:;:~·.,:a :)8 débitos de empresas

públ.icGS e de eI'Jonomia Mista d~ z-'::ito nnmicipa~ paro com a

Previáência Sacia Z.

Solic.ita in.formações ao BA.VCO ':::S:P.AL DO BRASIL sobl"e a si­

tuação dos aonglomerados SuZbr~",'::ei1'O e Habitasul.

.So~iaita informações ao l.fEC soê:.."':E ::'o~sas distribuida.a para.

o Est.ado do Cea"á.

SoJicita informações ao XIliIS'J:!:.=.:: DA FAZEIID.4 sobre a situa

ção dos aor.gZomeroados Sulb:t'asi:.;--:~·:; e Habitasul.

Solicita informações ao UIlIISTt.=::~ DA FAZENDA sob"e o aon ­

glomerado SulbrasiZeiro.

Soliaita informações ao BAIICO c::';::PJ;L DO BRASIL sobre a si­

t:uação dos conglomerados SUlDI'G.,z:':airo e Habitasul,.

Solicita infonnações ao MINIS'It.'i::J DO TRAliAUlO sob"e o Fun­

do de Assistência ao Deaer.lp2"ega~.

Solicita i ...formações ao MINISTRO-CHEFE DO GABII1ETE CIVIL DA

PRESIDflliCIA DA REP!JBLICA sobre gastos aOm propaganda veicu­

lada pela mi.dia eletrônica a partir de janeii:'o d.zate ano.

Solicita infomações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre a co!!.

aessà'J de empréstimos pe Za entidade a cada ba"1"1L!o sob cont~

le do" Estado" e do Di"trito Fedeml, de 1979 a 1984.

Solicita. informações ao MME 8obre. o pagamento de indeniza ­

ção, pela PETROBRÁS, no Estado do ceará.

DATA DA REMESSA AO GABINE2'E CIVI: :lA

PRESIDeNCIA DA·REPOBLICA

Of. GP-0-2352, de 29.10.84

Of. SGg-8BO, de 26.10.8~

Of. SGM-886, de 26.10.8~

Of. SOM-B91, de 26.10.84

Of. 50.\1-1088, de :':.12.8~

Of. S014-1091, de :':'12.84

Of. SO!l.-1092, de 1':.12.84

Of. SG.I1-1093, de :':':2. 8~

"f. SOM-liOO, de 1õ.:2.8~

Of. SOM-05, de 13.03.85

Of. SMG-ll, de 13.03.85

Of. SOM-91, de 23.05.85

Of. S014-92, de 23.05.85

Of. SOM-93, de'23.05.85

Of. SGM-9{, dJZ 23.05.85

Of. SGM-95, de 23.05.85

Of. SOM-96, de 23.05.85

Of. SGM-97, de U.:õ.85

Of. SGg-9B, de 23.:5.B5

Of. SOM-99, de 23.:;5.B5

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Agosto de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta·feira 16 8267

/lP AUTOR

325/85 ~::;-"DO M4TARAZZO,:?:ICY

327/85 :;,=:.os ALBERTO DE:;_'é.I

331/85 .='~::X:JNDO ASP(;RA

332/85 ,='~?!':Vl/DO ASP(;RA

333/85 .=.~~:tUNDO ASP(;RA

,B5/85 RAYMUNDO ASF(;RA

;;36/85 ODILDN SAmaRIA

337/85 JORGE UEQUED

338/85, NILSO!/ GIBSON

339/85 VICTOR FACCIONI

DATA DA REMESSA AO GABINETE CIVIL DA

PRESID~NCIA DA REPOBLICA

342/85

344/85

IRMA PASSONI

'HUMBERTO SOUTO

EMENTA

Soliaita informações a~ MIIIISTtRIO DA FAZENDA sobre a liqui

dação extmjudiaial das aonglomemdas Sulbmsileil'O e Habi­

tasulo

Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA sobre emprés­

timo aoncedido ao Comind PE.1Z0 Banco Central do B'PasiZ

So licita informações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre irre­

gularidades .apuradas oos aonglomemdos Sulbl'asileil'O e Ha.bf:.

tasul.

Solicita info:rt1lações ao Sro, MINIS'J'RO-CHEFE DA SEPLAN sobre

roecurosos fino.naeil'Os para atender a populações flageladas.

Soliaita info,,"açoes ao MINISTtRIO DAS COMUNICAÇÕES sobre

desaontas nas tar>ifas telef"oniaas para empresas de televi-

saa.

SoZiaitainfoPm~çõesà S:':'i:_',,-:' sobre o "Projeto Nordeste",

SoZicita informações ao IX:::?..!.. sobro a atuação do Capital

estrangeiro na agncuZturc. ; r>:2sileim.

Soliaita info'l'maçõe- ao .':':',:ô2'tRIO DAS COMUNICAÇÕES sobre

08 cntirioB que orie71taY'":' .:toa deo.,BfBtivaçào de Dil"Bto­

res da Empresa de Correi~2 ;;; Te légmfoB.

SoZiaita infol""lações ao =,~_';::: CENTRAL DO BRASIL sobre os

processos de interpenção ~ : :::tuidação extrojudiaial de ins

tituições finan"eÚ'as.

Aditamento ao R.I. n9 31;. ~,: - Solicita i"fonna~õeB sobre

o cálculo eBti",:a.tivo do F: ;.;,::' Executivo (Banco Central ou

Ministério da Fazenda) o ....';::3 pl'ô:cimo p08si.vel~ sobre o

custo econômiao~ financei~~: e Boaiat que aaarret.aria a

liquidação extroajudioiaõ 3-~, 3anMS Sulbrasileir>o e Habi­

tasul,

Soliaita infoffl1{J.ções ao ."':.';:'':PRIO.DA EDUCAÇifo sobre des­

pesas aom os programas :r.s::';J:~80.

Soliaita informações ao "', .':INISTRO-CHEFE DO GABINE:TE CfVIL DA PRESIDEIICIA DA RE?':=::CA sobroe inter>Vençâ'o do Ban­

co SulbmBileiT'o.

Of. SGU-l00, de 2<.95.85

Of. SGN-120, de 23.;5.85

Of. SGM-l0B, de 27.:;5.85

Of. SGM-l09. de 27.05.85

Of, SOM-llO, de 27.05.85

Df. SGM-112, de 27.05.85

Of, SGM-1l3, de 27.05.85

Df. SGM-l14. de 27.05.85

Df, SGM-1l5, de 27.05.85

Of. SOM-l18, de 27.05.85

Df, SGM-143, de 03.06.85

Of. SOM-145, de 03.06.85

M?;,i5 LOCIA VIVEIROS

34B;;i. I1ÁRCIO SANTILLI

34J/3i. NILSON GIBSON

350;;5 NILSON GIBSON

352/5 E RAUL BERNARDO

SoZiaita info'l'mações ao SI'. PI'esidente do Banco Central do

BNBil SOb1"8 emprêstimos con.tratado com o Barw.o do Estado

do Paro.

solicita informações à FUNAI sobl"e l"eoul'SOS l'efel'entes àassistência às comunidades indigenas~ de.. janeiro até a pr!

sente data.

SoZ:icita informações ao MINTER SObl'B projetos pOTlaZisados

na ár>ea da SUDEIIE.

Soliaita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA sobre "'"Pré!!..

timos junta à CEP à Empresa Jornal do Comér>oio S/A, em Pero '

nambuao.

Soliaita informaçoes ao Ministério da Eduaaçào Bobr>e ques­

tões deool'l'ente8 de flagrante perseguição administrativa a

doaente da Univer>sidade FedemZ do Rio de Janeil'O-llFRJ,que

não aderiu à g:ro8ve das U'11.:versic1adea Fede>:'ais ent1'e maio

• agosto de 1984,

Of. SGM-:EE, de 12.06.85

Of. SGM-:=2, de 12.06.85

Of. SGM-:2~, de 12.06.85

Of. 'SGN-:2:, de 12.08.85

Of. SGM-17ô, de 12.06.85

353/85 RAUL BERNARDO SoZiait~ infor>maçc~2 =~ Sl',MinistI'O-Chefe do Gab,Civil da

.Preaidên:n.a. da Re;:-2: :'::a sobroe oriação de oargos .. provi ­

manto e !'e8pec:tiva.~ :'.;zpesl.la destinados aos novos ministirios:> a83*n como s;;;;·~ a tl~an8ferênaia de :rGaur'80S dos me8

mos. Of, SOM-17?, de 12.06.85

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8268 Sexta-feira 16 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1985

:19 AUTOR E.'!EII1'ADATA DA P.~MESSA AO GA5:~ETE CIVIL ~A

PRESIDENCIA DA ~~POBLICA

354/85

363/85

;164/85

365/85

366/8.S

367/85

SEBASTIÃO NERY

COMISSÃO DE ECONOMIJ.,INDOSTRIA E cOMERCIe

COMISSÃO DE RELAÇiJESEXTERIORES

AIlMANDO PINHEIRO

EDUARDO NATARAZZOSlrpLICY

FRANCISCO AMARAL

f301.iaitzl. in;omaçc,;..;! ::; MÚl1:sté:ttio da Fazenda BobY'e l'leoUZ'­

80S deatiy.ados a t,:;::r_~;;2 privados autor-l~zado8 pelo Conselho

Monetánv !Iaaional.

BoZicit.-;:. {. ......;~ormaçC--i2 .-:.:: :.Jinistêl>io da Fazent.1a sohr<i: :;; C.Pç~

mento F~~'J.Z. de 1:;5.;.

SoZicit.a i'Y';fol"maçê~.~ =.-:. Ministério das Relaçàea Extelliol"es

SObr-B quei!1;geS rr;:,;-"~::"~~:~2S ao Timo~ Leste.

Solicita infoJ"t11açD~2 ~ Podert E:cecutivo sobl'le viagem do

Senhor X:'y.is tro da. ,_-:.= -;iça à cidade de Carua:ru" em Pti2:r"'..am­

buco.

Solicita in.f'omlaçõ~.s .:: Ministé:t>io ~ da Fanenda sobr>e e~Y'é!

timoe es;;e~ia.is fe'~ :,~': pa lo Banao Central do Braai Z aos

Grupos Co-..;~rid €I. AU;.;:'"': ~ :"':!", dur>ante o 19 semestroe de 1~85 ,

destirr.ados :i sua :r.?y.<··;~'ação e ajustamento.

SoZi(!ita :'1'::ormaçôe.E "::, Senhol' Minist1.'o-Chefe do Gab. ciuiZ

da Pres.â..l RepúbZ.i~..;. 3::TlB destinação de reoursos do FINSQCIAL desda ::: .:!Uq C!!'~':r·'~:'

Of. SGM-1?8, de 12.06.85

Of. SGI1-30S, de oe.CiJ.85

Of. SGM-J07, de De. 08. 85

Of. SGM-308, de 08.08.85

Of. SGM-309, de 08.08.85

Df. SGN-3l O, de 08.08.85

368/85 GUIDO MOESCH

369/85 Ht:LIO DUQUE

370/85 JOSt: GENOINO

371/85 /.fÃRIO FROTA

372/85 NELSON MARCHEZAN

373/85 RAYMUNDO ASFORA

5'Jliaita infol1fJ2açÕeS ao Min:iatél'l'Ío da Pr-evidê1U!ía e Assis­

;ência Sacia Z sobra os proventos dos aposentados.

Saliaita informações ao Banco .do Brasil SObl'B a situação

io sistema banaário pr-ivado 110 Pata.

Sç Zioi ta informações ao Minis tél..-iO da Fazenda sobre expo.!:

:;.ação &2 Cfnações inte~ectuais apt'Ísticas fixadas em dis­

.:!~, filmes e v{deo-.Ntas.

5~licita infol'mações ao Ministério das Relações Exterio ­

res SObr'8 even.tual- disaPimúwção rac7.:al na admissão de

p-eS30ÇlZ papa a carreira dipZomática.

5~licita informações ao Poder E;r;eautivo sobre ar2"'ocadação

" aplicação dos recursos do FIl/SOCIAL.

Solioita in!ormaçõt2s ao Ministério da PPe1Jid~naia tE Assi~

t:ênC14 ScaiaZ Gobr'e atos frauduZentos.

Of. SGM-Jll, de 08.08.85

Of. SGM-312, de 08.08.85

Of. SG!1-31J, de 08.08.85

Of. SGM-314, de: 08.08.85

Of. SGIJ-315, de 08.08.8.S

Of. SGIJ-316, de 06.08.85

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MESA

Presidente:

Ulysses Guimarães - PMDB

1.0_Vice-Presidente:

Humberto Souto - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Carlos Wilson - PMDB

1.o-Secretário:

Haroldo Sanford - PDS

2.o-Secretário:

Leur Lomanto - PDS

3.0 -Secretário:

Epitácio Cafeteira - PMDB

4,O-Secretário:

José Frejat - PDT

SUPLENTES

José Ribamar Machado - PDS

Orestes Muniz - PMDB

Bete Mendes - PT

Celso Amaral - PTB

PMDB

Líder:

Pimenta da Veiga

Vice-Líderes:

Arthur Virgílio NetoDarcy Passos

Henrique Eduardo AlvesIsrael Dias-Novaes

Luiz HenriqueCássio GonçalvesV:almor Giavarina

José Carlos VasconcelosRaul F1erl.'az

Genebaldo CorreiaJo8é Fogaça

Hélio ManhãeslIeráclito FortesJorge Uequed

José Maria MagalhãesJúnia Maríre

Lélio SouzaMárcio BragaMário Frota

José Mendonça de MoraisRenan OalheírosRoberto Freire

Marcondes GadelhaTheodoro Mendes

Walmor de Luca

PDS

Líder:

Prisco Viana

Vice-Lideres:

Amaral NettoSantos Filho

.A.frí&io Vieira LimaAssis Canuto

Bonifácio de AndradaEdison Lobão

Edual.'do GalilGióia Júnior

lIugo MardiniJorge Arbage

LIDERANÇASJosé Carlos F1ünseca

José FernandesLeorne BelémLúcia ViveirosPedro COrrêa

Pratini de MoraisRaul Bernar.do

Rubens ArdenghiNey Ferreira

PFL

Líder:José Lourenço

Vice-Líderes:

Celso BarrosJosé Thomaz NonôInocêncio Oliveira

Dionísio HageLúcio Alcântara

João FaustinoAlceni Guerl.'aSarney Filho

Celso PeçanhaMário Ass.adAntonio Dias

PDT

Líder:

Nadir Rossetti

Vice-Líderes:

José ColagrossiMatheus 8chmidtSérgio LombaDélio dos Santos

PTB

Lider:

Gastone Righi

Vice-Líder:

Mendonça Falcão

Mendes Botelho

PT

Lider:

Djalma Bom

Vice-Líderes:

I[rma PassoniJosé Genoíno

PTBMendonça Falcão

Afrisio Vieira LimaAntônio FariasAntônio MazurekAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo Nomura (PFLlEstevam Galvão

Agenor MariaCasildo MaldanerDel Bosco AmaralDoreto CampanariFernando GomesHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão BastosJoão DivinoJorge Vargas

PTPlinio de Arruda sampaio

SuplentesPMDB

Manoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavorOlavo PiresOswaldo TrevislmPaulo MarquesPaulo NogueiraPimenta da VeigaRaul FerrazWalber Guimarães2 vagas

PDSFranciscG SalesIrineu ColatoNelson MarchezanPedro GermanoRubens ArdenghiSalles LeiteVago

PFLGeovani BorgesHélio DantasLevy DiasOswa.ldo CoelhoReinhold Stephanes

PDTSérgio Lomba

Lélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreirePacheco ChavesRaul BelémRonan Tito

PDSJosias LeiteJonas PinheiroMaçao TadanoNelson CostaPedro Ceolimsaramago PinheiroWildy Vianna

Aldo PintoNilton Alves

Carlos VinagreGeraldo FlemingHarry AmorimIturival NascimllntoIvo VanderlindeJosé Mendonça de

MoraisJuarez Bernardes

Adauto PereiraAntônio GomesBalthazar de Bem e

CantoCelso CarvalhoDelson ScaranoEmidio PerondiJoão Paganella

Alcides Lima.Bento PortoClaudino SalesFabiano Braga. CortesFrancisco Erse

COMISSOES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E

POLITICA RURAL

DEPARTAMENTO DE COMISSOESDIretora: Nadir Pinto Gonzalez

Local: Anexo II - Telefone 224-2848Ramal 6278

Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Sílvia Barroso MartinsLocal: Anexo II - Telefone: 224-5179

Ramais: 6285 e 6289

1?residente :Jorge Viana - PMDB-BA

1.°_Vice-Presidente:Santinho Furtado - PMDB-PR

2.°_Vice-Presidente:Renato Cordeiro - PDS-SP

TitularesPMDB

Airton Sandoval Aroldo Molf:ttaAntônio Câmara Cardoso Alves

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2) COMISSÃO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA

Nilton Alves

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10 :oohLooal: Anexo Ir - Sala 12 - Ramais 6295 e

6297

Secretário: Luiz de Oliveira Pinto

Eduardo MattarazzoSuplicy

Reuniões:Quartas e qUintas-feiras, às lO:00hLocal: Anexo Ir - Sala 17 - Ramais 62!l2 e

6294Secretário: José Maria de Andrade Córdova.

Presidente:Adail. Vettorazzo - PDS-SP

1.0_Vice-Presidente:Antônio Florêncio - PFL-RN

2.°_Vice-Presidente:Fernando Cunha - PMDB-GO

Titulares

PMDB

Márcio MacedoMilton ReisRoberto FreireTobias AlvesWagner Lago1 vaga

Jutahy JúniorMagalhães PintoNelson MorroNey FerreiraOsmar LeitãoRenato CordeiroRioardo Fiuza

Ricardo RibeiroSarney FilhoTheodorico Ferraço2 vagas

PDS

PTB

PT

PDT

Délio dos Santos

PFL

PDSCláudio PhilomenoVago

PFLVago

PDSVictor FaooioniWildy Vianna

PFL

PMDB

Renato BernardiSamir Achôa

Ibscn PinheiroJackson BarretoJorge LeiteJorge MedauarJosé Mendonça de

MoraisLélio SouzaLuiz Leal

Gastone Righi

Francisco BenjamimJosé Mendonça BezerraLázaro CarvalhoPedro Colin

Darcilio AyresEdison LobãoEduardo GalilGomes da SilvaHugo MardiniJoão PaganellaJosé Carlos FonsecaJosé Penedo

Clemir Ramos

Del Bosoo Ama.ralHélio ManhãesIrineu Brzesinslti

Antônio Osório

Aéoio Cunha

PDT

Vago

Reuniõ,es:Terças. quartas e quintas-feiras, às lO:ooh

Local: Anexo II - Sala 1 - Ramal 6308

Secretário: Ruy Prudêncio da Silva

5) COMISSÃO DE DEF'ESA DOCONSUMIDOR

Suplentes

PMDB

Amadeu Geara Mário FrotaAurélio Peres VagoJosé Carlos Vasooncelos

Presidente:Nelson do Carmo - PFL-SP

1.0_Vice-Presidente:Sebastião Atafde - PDT-RJ

2.0 • Vice-Presidente:Figueiredo F'ilho - PDS-RJ

Titula.res

Albino Coimbraclarck Platon

Nilton Alves

Reuniões:Quartas e qUintas-feiras, às 10:oohLooal: Anexo II - Sala 25 - Ramal 6378secretária: Maria Júlia Rabello de Moura

Mozarildo Cavalcanti VagoFrança Teixeira

Hamilton XavierJorge ArbageJosé BurnettJúlio MartinsOswaldo MeloOtávio CesárioRondon Pacheoo

Fernando GomesFrancisco AmaralFreitas Nobre

Saulo QueirozVago

PDT

PFL

Magno Bacelar

PDT

PFL

Natal GaleNilson GibsonRonaldo CanedoWalter Casancva

Nadyr Rossetti

PFL

PT

José TavaresOswaldo Lima FilhoPlínio MartinsRaimundo LeiteRa~=undo AsforaRenato ViannaSérgio MuriloTheodoro MendesValmor Giavarina

PDS

PTB

PDT

Suplentes

PMDB

Márcio BragaSamir AchôaSérgio MuriloVago

PDS

Rômulo GalvãoVingt Rosado

Carlos EloyMauricio Campos

Carneiro ArnaudFreitas NobreHeráolito Fortes

JG de A. Jorge

Alair FerreiraManoel RibeiroPedro Ceolim

Se!;Jastião Nery

França TeixeiraRita Furtado

Ademir AndradeArnaldo MacielBrabo de CarvalhoEgídio Ferreira LimaJoão CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé Mello

Afrisio Vieira LimaArmando PinheiroBonifácio de AndradaErnani SatyroGerson PeresGorgõnio NetoGuido Moesch

Suplentes

PMDB

Presidente:Aluizio Campos - PMDB-PB

1.0_Vice-Presidente:Djalma Faloão - PMDB-AL

2.0 _ Vice-Presidente:Joacil Pereira - PDS-PB

Titula.res

PMDB

4) COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

Reuniões:Quartas e qUintas-feiras, às 10:oohLocal: Anexo II - Sala 26 - Ramais 6304 e 6300secretária: Iole Lazzarini

Matheus Schmidt

Roberto Jefferson

Antônio DiasCelso BarrosGonzaga VasconcelosJairo MagalhãesMário Assad

José Genoino

Amadeu GearaArthur Virgílio NetoCardoso AlvesCid Carvalho

Henrique EduardoAlves

Marcelo Medeiros

Pacheco ChavesSinval Guazzelli

PDT

Maurilio FerreiraLima

Vago

PDS

Brasilio Caiado

PFL

PT

PFLIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesSebastião CurióHomero SantosWolney Siqueira

PDT

1 vaga

PTB

PDS

Vago

PFLJônathas Nunes

PDT

PDS

SaUes LeiteVieira da Silva

Suplentes

PMDB

Alceni GuerraAntônio DiasAntônio FlorêncioAntônio UenoEnoc Vieira

Mário Jurun~.

Osvaldo Nascimento

Celso Amaral

lrmeu Colato

José Jorge

Dirceu CarneiroJorge Uequed

Evaldo Amaral

Jacques Dornellas

Gerardo RenaultJoão Rebelo

Cristina TavaresHorácio OrtizManuel Viana

3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

Presidente:Ibsen Pinheiro - PMDB-RS

1.0_Vice-Presidente:Siqueira Campos - PDS-GO

2.0 _ Vioe-Presidente:Moacir Franco - PTB-SP

Titulares

PMDB

Anibal TeixeiraAntônio MoraisDomingos LeonelliFranoisoo Amaral

Carlos VirgílioGióia Júnior.,ralme Câmara

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José Eudes

PTEduardo Mattarazzo Suplicy

6) COMISSAO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMéRCIO

PDT

Aldo Pinto Amaury Müller

PDS

José Luiz MllIaOly FachinWilson Falcã.o

PFII

França Teixeira

PDT

PDS

PDSFlávio MarcilioVicente Guabiroba

Siqueira CamposVictor Faccioni2 vagas

PFL

Paulino Cícero deVasconcellos

Simão SessimPDT

PTB

PFLJessé FreireThales Ramalho

PDT

PDSRenato JohnssonWanderley Mariz

SuplentesPMDB

Luiz HenriqueManoel AffonsoRaul FerrazRoberto Rollemberg

SuplentesPMDB

Raul BelémWilson PazVago

Aécio de BorbaJosé Carlos

Martinez

Aécio CunhaAlércio Dias

José Colagrossi

Jayme SantanaJosé Carlos Fagundes

Bete Mendes (PTlCiro NogueiraIbsen PinheiroJosé Eudes (PT)'Leônidas Sampaio

Brasília CaiadoJoão Carlos de Carli

Vago

Presidente:Aécio Borba - PDS-CE

1.0_Vice-Presidente:Moysés Pimentel - PMDB-CE

2.°.Vice-Presidente:José Carlos Fagundes - PFL-MG

Titulares

PMDB

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

Irajá RodriguesLuiz BaccariniLuiz Leal

Ba.yma JúniorFernando Magalhães

Ademir AndradeDomingos JuvenilMarcos LimaNyder Barbosa

PTB

PFLChristovam Chiaradia Paulo MelroJayme Santana

Vago

Reuniões:Quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo II - Plenário da Comissão de

Defesa do ConsumidorRamais: 6385 - 6386 - 6387Secretária: Maria Linda Morais de Magalhães

PDT

9) COMISSAO DE FINANÇAS

Agnaldo Timóteo

Alvaro GaudêncioFurtado Leite

Celso CarvalhoFerreira MartinsPaulo Guerra

Floriceno Paixão

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:oohLocal: Anexo n - Sala 16 - R.: 7151Secretário: Jarbas Leal Viana

.Agnaldo Timóteo

João Marqu~s

Vieira da Silva3 vagas

Heráclito FortesJoão BastosMárcio BragaMilton Reis

PFL

Rita FurtadoStélio Dias

PT

PDS

01y FachinRômulo GalvãoSalvador JulianelliVictor Faccioni

PDT

PTB

Marcondes PereiraOctacilio de AlmeidaPaulo MarquesRaymundo Asiora4 vagas

PDS

PT

PTB

PFL

Norton MacedoSimão SessimWalter Casanova

PDT

SuplentesPMDB

Presidente:João Bastos - PMDB-SP

1.0_Vice-Presidente:Jõnathas Nunes - PFL-PI

2.0-Vice-Presidente:Randolfo Bittencourt - PMDB-AM

TitularesPMDB

Raymundo UrbanoTobias AlvesWall FerrazWilson Haese2 vagas

Darcílio AyresEmilio HaddadFerreira MartinllLeorne BelémMauro Sampaio

Osvaldo Nascimento

Alvaro ValleDionisio HageJoão Faustino

Irma Passoni

Farabulini Júni,or

Albérico CordeiroBonifácio de AndradaBrasilio CaiadoEraldo 'I'inoco

Celso PeçanhaJairo MagalhãesMagno Bacelar

Abdias Nascimento

Adhemar SantilloCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiMároio BragaOscar Alves

Moacir Franco

Francisco AmaralGilnebaldo Corr·eiaGenésio de BarrosIrineu BrzesinsldJoão Herculino

8) COMISSAO DE ESPORTE ETURISMO

7} COMISSÁO DE EDUCAÇAO ECULTURA

Presidente:José MourB, - PFL-PE

1.0.Vice-PresldE!nte:Aloysio Teixeira - PMDB-RJ

2.°·Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - PDS·PR

Titular.es

PMDB

Luiz Dulci

Reuniões:Quartas-feiras, às 10 :oohLocal: Anexo II - Sala 21 - Ramal 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra

Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alves

João AgripinoJosé missesManoel AffonsoOdilon SalmoriaOswaldo TrevisanPedro SampaioSiegfried Heuser

Gerson PeresHélio CorreiaJosé BurnettJosé Luiz MaiaNagib Haickel3 vagas

PDS

Gerardo RenaultPaulo MalufPratini de MoraisRenato JohnssonRicardo Fiuza.Sérgio Philomeno

PFL

José MouraOscar CorrêaRubem Medina

PDTVago

PTB

PDS

PFLNylton VeIlosoOrlando BezerraSaulo QueirozVictor Trovão

SuplentesPMDB

Marcelo CordeiroMário HatoMiguel ArraesMúcio AthaydeOswaldo Lima FilhoRenan Calheiros4 vagas

Francisco StudartHerbert LevyIsrael PinheiroJoão Alberto de Souza

Bocayuva Cunha

Amaral NettoAntônio FariasCunha BuenoDjalma BessaEduardo GalilEstevam GalvãoGilraldo Bulhões

Fernando Carvalho

Alberto GoldmanArthur Virgilio NetoCoutinho JorgeCristina 'l'avaresDarcy PassosGenebaldo CorreiaHaroldo LimaHélio Duque

.Adauto PereiraBalthazar de Bem e

CantoCarlos VirgilioEdison LobãoFélix Mendonça.

Alcides FranciscatoEvandro Ayres de

Moura.José CamargoJosé Thomaz Nonõ

Antônio CâmaraCid CarvalhoDenisar ArneiroHenrique Eduardo

AlvesIrajá RodriguesIra.puan Costa JúniorJosé Fogaça

Manoel de Souza

Pl'B

Nelson do Carmo (PF'L)

PT

Presidente:Ralph Biasi - PMDB-SP

1.0-Vice-Presidente:Celso Sabóia - PMDB-PR

2.0 -Vice-Presidente :Luiz Antônio Fayet - PFL-PR

Titulares

PMDB

Reuniões:Terças, quartas e quintas-feiras, às 1():OOhLocal: Anexo II - Sala 20 - Ramal 6314secretária: Maria Laura Coutinho

Page 62: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

11) COMISSÃO DO INDIO

Leorne BelémLudgero RaulinoMaçao TadanoMauro SampaioNagib HaickelOssian AraripePedro CorrêaWilmar PalisWilson Falcão

PFL

José Frejat

PT

PDS

PTB

Jorge VargasManoel Costa JúniorMarcelo CordeiroMárcio LacerdaVicente QueirozVago

PDS

Horácio MatosHugo MardiniJoão Batista FagundesNelson CostaSiqueira Campos

PFL

Maurício Camp05Wolney Siqueira

PDT

José JorgeJosé MouraLlÍcio AlcântaraOswaldo CoelhoRuy BacelarTapety Júnior

PDT

TitularesPMDB

Alcides LimaAlércio DiasFabiano Braga CortesGeovani BorgesHerbert LevyJoão Faustino

Adroaldo CamposAmilcar de QueirozAntônio AmaralAntônio OsórioArtenir WernerBayma JúniorEurico RibeiroHugo MardiniIbsen de Castro

Clemir RamosJiulio Caruso

Celso Amaral

Celso SabóiaCid CarvalhoFernando SantanaGenésio de BarrosHorácio OrtizJoão Agripino

Albérico CordeiroBayma JúniorClarck PlatonEmílio HaddadFelix Mendonça

Carlos EloyEmílio GaUoEvaldo Amaral

Oswaldo Lima FilhoRoberto FreireVirgildásio de SennaWalmor de LucaWalter Baptista3 vagas

PDS

Pratiní de MoraisPrisco VianaVictor Faccioni3 vagas

PFLBento Porto. Levy DiasJoão Alberto de Souza Luiz Antônio FayetJosé Machado Vago

Jacques D'OrnellasOsvaldo Nascimento

Irma Passoni

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:OOhLocal: Anexo li - Sala 28 - R.: 6330 e 6333Secretário: Benicio Mendes Teixeira

13) COMISSAO DE MINAS E ENERGIAPresidente:

Marcos Lima - PMDB-MG1.0_Vice-Presidente:

Paulo Melro - PFL-SC2.°_Vice-Presidente:

Ademir Andrade - PMDB-PA

Epitácio BittencourtJaime Câmara.José FernandesManoel Gonçalves

PTBPaulino Cícero de Vasconcellos (PFLl

Suplentes

PMDB

Alberto GoldmanCoutinho JorgeJoão Herrmann NetoJorge CaroneJosé TavaresMário LimaJoaquim Roriz

José MelloMarcelo CordeiroMárcio LacerdaMilton FigueiredoPaulo ZarzurPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben Figueiró3 vagas

Nadyr Rcssetti

PT

PFL

ítalo ContiJosé Mendonça

Bezerra

PDT

PFL

Milton BrandãoMozarildo CavalcantiOrlando BezerraVictor TrovãoVago

Manoel Costa JúniorMansueto de LavorMário FrotaMário LimaOlavo PiresOTestes MunizOswaldo MurtaPaulo NogueiraRaul FerrazRoberto FreireRonaldo CamposSinval GuazzelliWagner Lago

PDS

Josué de SouzaJutahy JúniorLúcia ViVeirosManoel GonçalvesManoel NovaesPaulo GuerraVingt RosadoWanderley Mariz

PTB

PTB

Suplentes

PMDB

Abdias Nascimento

Vago

Djalma Bom

Bento PortoFrança TeixeiraGonzaga Vasconcelos

Délio dos SantosMário Juruna

Antônio PontesEmílio GalloGeraldo MeloInocêncio OliveiraJosé Mendonça BezerraJosé Thomaz Nonê

Jorge Cury

Antônio MazurekAssis CanutoAugusto FrancoClarck PlatonCristino CortesEdison LobãoFrancisco salesGilton GarciaJoão Rebelo

Agenor MariaCarlos Alberto de

CarliCiro NogueiraDante de OliveiraElquisson SoaresHeráclito FortesJackson BarretoJonas PinheiroJorge CuryJorge MedauarJosé FreireJosé Maranhão

Reuniões:

Terças e quintas-feiras, às 9h30minLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoRamais: 6391 e 6393Secretária: Mariza da Silva Mata

12) COMISSÃO DO INTERIOR

Presidente:José Luiz Maia - PDS-PI

1.°_Vice-Presidente:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE

2.°_Vice-Presidente:José Carlos Vasconcelos - PMDB-PE

Titulares

PMDB

Aloysio TeixeiraAluízio BezerraAluízio CamposAníbal TeixeiraAroldo MolettaDénisar ArneiroDilson FanchinFernando GomesFrancisco AmaralHaroldo LimaHarry AmorimJoão Herrmann Neto

PT

PFLRicardo RibeiroRita Furtado

PDT

Nosser Almeida

PFL

Furtado LeiteVago

PDT

PDS

José Carlos MartinezUbaldo Barém

PDS

Nagib HaickelPaulo Guerra2 vagas

PTB

SuplentesPMDB

Israel Dias-NovaesJoão Herrmann NetoJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Júnior2 vagas

PDSJúlio MartinsWildy Vianna2 vagas

SuplentesPMDB

Siegfried Heuser4 vagas

Presidente:João Carlos de Carli - PDS-PE

1.0-Vice-Presidente:Amilcar de Queiroz - PDS-AC

2.°_Vice-Presidente:Milton Figueiredo - PMDB-MT

TitularesPMDB

Rosa FloresWilson VazVago

PD8

Alvaro GaudêncioCastejon Branco

Sebastião Nery

Augusto TreinJoão Alves

Fernando GomesJoão HerculinoRoberto Rollemberg

Emílio HaddadJaime CâmaraJorge Arbage

Presidente:Arildo Teles - PDT-RJ

1.0_Vice-Presidente:Gilson de Barros - PMDB-MT

2.0 -Vice-Presidente:Sérgio Cruz - PMDB-MS

Titular1!5PMDB

Márcio SantilliOrestes MunizPaulo NogueiraRandolfo Bittencourt

Alencar FurtadoFrancisco Pinto

Eraldo TinocoIbsen de CastroJaime CâmaraJosé Fernandes

Vago

Mário Juruna

Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo Lima

José ColagrossiReuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 23 - Ramais: 6325 e 6328Secretário: José Cardoso Dias

Albino CoimbraFemando CollorJoão Batista FagundesJosué de Souza

PFL

Christóvam Chiaradia Ricardo RibeiroJayme Santana Vago

PDT

10) COMISSÃO DE FISCAUZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Adhemar SantilloDante de OliveiraLuiz Guedes

Alcides LimaLevy DiasMozarildo Cavalcanti

Page 63: do Brasil DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD16AGO1985.pdf · Projeto de Lei n'3.822, de 1984 (do Sr. Paulo Zar zur) - altera a redaçào dos artigos

15) COMISSAO DE RELAÇOESEXTERIORES

Oscar AlvesVago

Luiz HenriquePaes de Andrade

PDS

José Carlos MartinezNosser AlmeIda

PFLSaulo QuelrOC"

PD'l'

JOsé TavaresVago

PDS

Vicente GuabirobaVago

PFL

Milton Brandão

PDT

Titul&n!sPMDB

PFLSebastião Curió

SuplentesPMDB

SuplentesPMDB

Mattos LeioRenato Loure. Bueno6 vagas

POOPedro CorrêaSalvador JuIill.nelllVago

Etelvír DantasGomes da. Silva

Evaldo Amaral

FranciSco PintoLeônidas sampaIo

Antônio Pontes

José RibamarMachado

FláVio BierrembachLuiz BaccarIni

ítalo Contl

GiI,son de BarrosRuy Lino

17) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

Presidente:Ney Ferreira - PDS-BA

1.°-Vice-Presidente:Ary Kffuri - PDS-PR

2.°_Vice-Presidente:Ruben FigueIró - PMDB-MS

Titulares

PMDB

Vago

18) COMISSAO DE SERViÇOPOBLlCO

Presidente:Homero Santos - PFL-MG

1.0_Vice-Presidente:Jorge Leite - PMDB-RJ

2.°-Vice-Presidente:

Reuniões:

Quartas e quintas·felras, às 10:oohLocal: Anexo n - Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretária: Maria de Nazareth RaUPP Machado

PDSFrancisco ROllemberg

Vago

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:oohLocal: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352SecretárIa: Iná Fernandes Costa

Castejon BrancoinocêncIo OliveiraNavarro Vieira Filho

Jorge VIannaLeônidas sampaioMario Hato

Figueiredo FilhoFrancisco RollembergJairo AziManoel Novaes

José Maria MagalhãesLuiz GuedesMII.X MauroVago

POS4. vagas

PFL"

Rollemburgo Romanovago

PDT

Jacques D'Ornellas

PTB

ítalo ContiJayme SantanaJosé Thomaz NonôOSCar CorrêaRita Furtado2 vagas

PDT

PT

PFL

LúcIa ViveirosMarcelo LlnharesNosser AlmeidaOswaldo Melootávio CesárioROndon PachecoSalvador JullanelliSaramago PinheiroSiqueira Campos

Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa JúniorMaurilio Ferreira LimaOdilon SaImoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoTheocloro MendesTobias Alves'" vagas

PD8

PTB

PT

PDTClemir Ramos

Suplentes

PMDB

Anselmo peraroBorges da SilveiraDario TavaresDoreto Campanari

JiúlIo Ca.rUIO

Albino Coimbra.Leônidas RachidLudgero Raullno

Alceni GuerraLúcio AlcAntara.

Bocayuva CunhaJG de Araújo Jorge

Fernando Carvalho

Claudino SalesChrlstovam ChiaI'lLdiaFrancIsco StudartFurtado LeiteHélio DantasHomero Santos

José Eudes

Gastone Righi

16) COMISSAO DE SAODEPresidente :

Carneiro Arnaud - PMDB-PB1.0_Vice-Presidente:

Manoel Vianna - PMDB.CE2.°_VIce-Presidente :

Tapety JúnIor - Pfi.,-PI

Titulares

PllDB

Vago

Reuniões:Quartas e quintas-feiras. ~ 10:oohLocal: Anexo II - Sala 2 - R.: 6347 e 63.8secretária: RegIna Beatriz RIbas MarIz

Armando PinheiroAugusto FrancoCláudio PhilomenoCunha BuenoErnanl SatyroFernando MagaJhãesGílton GarcIaGióia JúniorHamllton XavierJeão Alves

Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgílio NetoBorges da SllveiraDjalma FalcãoGustavo FariaJackson Barreto.100.0 Cunha.João GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes

Abdias NascimentoAmaury Müller

Joacil Pereira

PDTMa.theus Schmidt

PTB

PDS

PDS

Dilson Fanchin

PFLRita Furtado

SuplentesPMDB

Mário HatoVago

Antonio UenoEnoc Vieira.Jessé FreireJosé CamargoJosé Macha.doMaluly Neto

PDSAngelo Magalhães Nelson MarchezanDlogo Nomura (PFL) Nelson MorroEpltáclo Bittencourt Ossian ArarlpeEraldo Tinoco Rubens ArdenghiJosé Carlos Fonseca Tarcíslo BuritiJosé Penedo Santos FilhoJosé R1bamar Machado Ubaldo BarémMagalhães Pinto 3 vagas

PFLNorton MacedoPedro ColinRicardo RibeiroSarney FilhoThales RamalhoTheodorico Ferraço

Presidente:Francisco Benjamim - PFL-BA

1.°-Vice-Presidente:.100.0 Herrmann Neto - PMDB·SP

2.°-Vice·Presidente :Adroaldo Campos - PDS-CE

TitulalftPMDB

José FogaçaJúnia MarireMárcio MacedoMárcIo SantilliMário HatoMiguel ArraesMilton ReisNyder BarbOsaOctacilio de AlmeidaPaulo MarquesRenato Loures BuenoRosa Flores

Alencar FurtadoAluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando SantanaFlávio BierrembachFreitas NobreFued DibIram SaraivaIrapuan costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosWalter Baptista

Adail VettorazzoFrancisco ROllemberg

PFLDionísio Hage

Freitas NobreJosé Carlos

Vasconcelos

Álvaro Valle

Celso PeçanhaReuniões:Quartas e quintas-feiras, às 1O:00hLocal: Anexo II - Sala 11 - R.: &341 e 6343Secretário: Mozart Vianna de Paiva

Djalma Bessa

Bocayuva Cunha

Aloysio TeixeiraJúnia Marise

14) COMISSAO DE REDAÇAOPresidente:

Flávio Marcilio - PDS-CEl.o-Vice-Presidente:

Marcelo Linhares - PDS-CE2.°-Vice-Presidente:

Daso Coimbra - PMDB-RJ

TituIuM

PMDB

celso AmaralBeunlóes:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: AlUa FeUcio Tobias

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PTB

Farabulini Júnior

PDT

Vago

Francisco Rollemberg

PDS

PDT

Arnaldo MacielDjalma Falcão

~ .I'DS

Guido MoeschJorge ArbageVago

PDT

PMDB

Roberto Freire

TltularlllJ

Suplentes

PMDB

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Afrisio Vieira Lima

Celso BarrosGerson PeresGorgOnio Neto

Brandão Monteiro

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

1) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI NC? 634/75. DO PODER EXE·CUTIVO. QUE INSTITUI O CÓDIGOCIVIL

Presidente:Pimenta da Veiga - PMDB

LO.Vice-Presidente:Elquisson Soares - PMDB

2.0 -VIce-Presidente: Gilton Garcia - PDSRelator-Geral:

Ernani Satyro - PDS

Relatores Parciais:

Dep. Israel Dias-Novaes -- parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JurídicOSDep. Francisco Rollemberg - Livro I - PaIteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro n - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Arrísio Vieira Lima - Livro m - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamiliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

VagoReunião:Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6'09Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

Marcos LimaPaulo MincaronePaulo ZarzurSérgío FerraraTidel de LimaWalber Guimarães

PDS

José FernandesManoel RibeiroPedro GermanoRaul BernardoWilmar Palis

José UlissesLuiz LealOrestes MunizRosa Floreso{ vaga,s

Vago

PDS

Josias LeiteLeônidas RachidPaulo MaIo!Santos FilhoVictor Faccioni

PTB

PFLStélio DiasWolney siqueiraVago

PDT

TitulanilPMDB

Carlos Pl,çanhaDenisar ArneiroDilson FanchlnDomingos JUVenilFelipe ChelddeHorácio OrtizJoaquim RorÍl'l

Alair FerreiraDarcy PozzaEurico RibeiroHélio CorreiaJairo Azi

Carlos EloyDionisio HageMauricio Campos

Adail VettorazzoAmaral NettoAugusto TreinEmidio PerondiEraldo Tinoco

Bocayuva Cunha

Presidente:Juarez Baptista - PMDB-MG

1.0_Vice-Presidente:Navarro Vieira Filho - PFL-MG2.0 _ Vice-Presidente:

Mendes Botelho - PTB-SP

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Airton SandovalArthur Virgilio NetoDa.rlo TavaresFrancisco DiasGeraldo Fleminll"José Freire

PDTJosé Colagrossi Vago

Suplentes

PMDB

PFL

Alcides Franciscato Ruy BacelarAlércio Dias Simão SesslmLázaro Carvalho

Myrthes BevilacquaMoysés Pimentel

Ronaldo Canedo4 vagas

Manoel de SouzaMario de OliveiraRenan CalheirosRosemburgo Romano

PFL

PDS

PFL

Ronaldo Canedo

PDT

Suplentes

PMDB

SuplentesPMDB

Freitas NobreGilson de BarrosJorge Uequed

AntÔnio AmaralArtenir WernerOsmar Leitão

José Machado

Airton SoaresAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio Costamilan

Presidente:Amadeu Geara - PMDB-PR

1.0 _ Vice-Presidente:Luís Dulci - PT-MG

2.o-Vice-Presidente:Myrthes Bevilacqua - PMDB-ES

TituluesPMDB

Edme Tavares Ubaldino MeirellesFernando Bastos Vivaldo FrotaNylton Venoso

PDS

Horácio Matos VagoOly Fachin

19) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

Vago

Reuniões:

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama

Mendes Botelho

Reuniões:

Quartall-feiras. às &:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6lI1111.aecretário: Ivan Roque Alves

Flávio BierrembachJorge Vianna

Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando Cunha'Francisco Amaral

AntOnio GomesGuldo Moesch

Emllio GalloMaluly Neto.Mário Assad

Florlceno Paixão

Irineu BrzeslnskiIvo VanderlindeLuiz HenriqueMário LImaPacheco Chaves

PDS

Nelson Costa5 vagas

PFL

Natal GalePaulo Melro

PDT

PTB

Celso Amaral

ReunIões:Quartas e quintas-feiras, as 10:oohLocal: Anexo II - Sala 20{ - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo

COORDENAÇlo DE COMISSOESTEMPORARIAS

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo n - Tel: 226-2912Ramal: 6401

Seção de OomiS9Õ1l!I Especiais

Chefe: Stella Prata da Silva Lopes

Local: Anexo II - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de ComiS!liíll!l Parlamentaresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo n - Tel. 223-7280Ramal 6403

2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI NC? 3.289/84 (MENSAGEM NC? 94.DE 1984. DO PODER EXECUTIVO),QUE "DISPOE SOBRE O CóDIGOBRASILEIRO DO AR"

Presidente :Bonifácio de Andrada - PDS

1.0 _ Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - PDS

2.0 • Vice-Presidente:José Maranhão - PMDB

Relator-Geral:Jorge Vargas - PMDB

Titulares

PMDBOdilon Salmoria

PDSítalo Conti Navarro Vieira FilhoJosé Ribamar Machado

PDTMatheus 8chmidt

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SuplentesPMDB

Horácio OrtizVago VagoVago

Clemir RamosRelatores Parciais:Navarro Vieira Filho - Títulos I e IIJosé Maranhão - Titulos III e IVítalo Conti- Titulos V e XIMatheus Schmidt - Titulo VIFlávio Bierrembach - Títulos VII e VIIIOdilon salmoria - Titulos IX e XReuniões: Quintas-feiras, às 16 horasLocal: Anexo II - Ramais 6408 e 6409Secretária: Symlra PalatinikReunião:Anexo II - Ramais: 6408 e 6409Secretária: Symira Palatinlk

4) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDASSOBRE REI=ORMA AGRARIA

Maçao TadanoRubens Ardenghl

Hélio DuqueCardoso AlvesPaulo Zarzur

Osvaldo Coelho

Pratini de MoraesSiqueira Campos

PDS

PDS

PFL

PDT

Suplentes

PMDB

Eduardo Mattarazzo Nyder BarbOllaSuplicYOswaldo Trevisan

Nilton Alves

Jorge ArbageAdroaldo CamposCunha Bueno

Homero Santos

Harry AmorimGustavo de FariaMárcio Lacerda

Bayma JúniorJosé Carlos Fonseca

Raymundo Asfora

PFL

PDSJoão PaganellaSaramago Pinheiro

Cid CarvalhoJOão GilbertoMiguel ArraesOswaldo Lima Filho

Antônio OsórioGerardo RenaultGerson Peres

Presidente:Fernando Sal1tana - PMDB-BA

1,0-Vice-Presidente:Márcio Lacerda - PMDB-MT

2oo-Vice-Presiden1;e:Balthazar de Bem e Canto - PDS-RS

Relator:Reinhold Stephanes - PFL-PR

TitularesPMDB

PDS

Vivaldo FrotaVago

PDT

Eurico RibeiroOsmar Leltã.oVictor Faccioni

Osvaldo Nascimento

3) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA EXAMINAR O PROJETO DE LEIN9 3 o 153, DE 1984, QUE AUTORIZAA SUPERINTENDENCIA DO DESEN­VOLVIMENTO DO NORDESTE, "SU­DENE", A ESTABELECER ZONASECONOMICAS ESPECIAIS EM ES­TADOS ATINGIDOS PELAS SECAS

Alcides Lima

Nelson do Carmo

Ademir AndradeMário Assad (Plo"'L)

PDT

PTB

Suplentell

PMDB

Sérgio CruzIrma Passoni (PTl

Furtado LeiteHélio Dantas

José colagrossi

Reuniões:

PFL

Francisoo Studart

PDT

Jacques D'Ornellas

Samal: 6409secretária: Maria Izabel de Azevedo Arroxellas

MedeirOll

5) COMISSAC) PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A INVESTI·GAR A ATUAÇAO DO SISTEMABANCÁRICt E FINANCEIRO DO BRA­SIL

Resolução noO 301MPruo: de 24-4-115 a 12-11-86

Presidente:Paulo Mlncarone - PMDB-RS

Vice-Presidente:Jutahy Júnior - PDS-BA

Relator:Evandro Ay:res de Moura - PFL-CE

Titu1al'ell

PMDB

PV..DB

octávio Cesário

PFL

PUS

Ernani SatyroGorgônio Neto

Terças. quartas e quintas-feirasLocal: Comissão Parlamentar de InquéritoSecretária: Marcl Ferreira Borges

PTo

Eduardo MatarazzoSuplicy

Presidente:Humberto Souto - PFL-MG

Vice-Presidente:Oswaldo Lima Filho - PMDB-PE

Floriceno Paixão

Gastone Righi

PDT

José Maranhão Roberto RollembergOswaldo Lima Filho Sérgio Murilo

Celso Barros Jairo Magalhães

COMISSAO INTERPARTIDÁRIA PARAREFORMA DO REGIMENTO INTERNO

PTB

Elquisson Soares

Pedro GermanoPratini de Moraes

PFL

Oswaldo Coelho

PDS

PTB

PDTCelso Amar\ll

Francisco ErseNorton Macedo

Jutahy JúniorMaçao TadanoOctávio Cesário

Celso Sabóia

PDT

Suplentes

PDT

PMDB

5Tagas

PDS

Antônio Farias Gomes da SilvaEonifáclo de Andrada Oscar CorrêaDjalma Bessa

José Frejat

Pl'esidente:Jutahy Júnior - PDS-BA

l.°-Vlce-Presidente :Afrísio Vieira Lima - PDS-BA2.o-Vlce-Presldente:

Ciro Nogueira - PMDB-PIRelator:

Oswaldo Lima Filho - PMDB-PE

TituI_PMDB

Francisco Pinto Raimundo AstoraJosé Carlos Vasconcellos

PDS

Adroaldo Campos Edison Lobão

Beblll5tllio Ataide

Secretária: Maria Teresa de Barros PereiraRamal: 6409

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DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

Seção I (CAmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Semestre Cr$Ano Cr$Exemplar avulso . Cr$

Seção II (Senado Federal)

Via-Superfície:

30006000

50

Semestre .Ano .Exemplar avulso

.. Cr$... Cr$

. ... Cr$

30006000

50

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n'"

920001-2, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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CONSTITUI.CÃO FEDERALE

CONSTITUIÇOESESTi\DUAIS

à venda na Subsecretaria de EdiçõesTécnicas (Senado Federal - 229 andar ­Brasília, DF - CEPo 70160)

Encomendas mediante cheque visadopagável em Brasília ou vale postal, a favorda Subsecretaria de Edições Técnicas do Se­nado Federal.

Atende-se, também, pelo reembolsopostal.

Textos atualizados, consolidados e anotadosda Constituição Federale das Constituiçõesde todos os Estados.

Remissões, nas Cartas Estaduais,aos dispositivos daConstituição Federal.

- Notas: redações anteriorese declarações deinconstitucionalidade

lndice temático daConstituição Federal

lndice temáticogeral de todas asConstituiçõesEstaduais

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SEGURANÇANACIONALLei n9 7.170, de 14-12-83

- Texto da Lei com minucioso índice temático

- Quadro comparativo (Lei nQ 7.170/83 - Lei nQ 6.620/78)

-Notas

- Histórico (tramitação legislativa) da Lei nQ 7.170/83

- Subsídios para a elaboração da Lei nQ 7.170/83

À venda na Subsecretaria de EdiçõesTécnicas (Senado Federal - 22<:> andar).

Encolnendas mediante cheque visadopagável em Brasília ou vale postal, a favorda Subsecretaria de Edições Técnicas do Se­nado Federal.

Atende-se também pelo reembolso pos-tal.

CEP: 70160

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CÓDIGO I>E MENORES(2~ edição - 1984)

Lei n9 6.697, de 10 de outubro de 1979, tramitação le­gislativa e comparação com a legislação anterior; anotações (le­gislação, pareceres, comentários) e outras informações.

532 páginas - Cr$ 20.000

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas do Sena­do Federal (CEP 70160 - Hrasília-DF), ou através de encomen­da mediante vale postal ou cheque visado.

Atende-se também pelo reembolso postal

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REVISTADE INFORMACÃOLEGI8LATIVA NQ 82

E stá circulando o n9 82 (abril/junho de 1984)da Revista de Informação Legislativa,

periódico trimestral de pesquisa jurídicae documentação legislativa, editado pelaSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.Este número, com 420 páginas, contém as seguintesmatérias:

• Os métodos de solução pacífica • Inconstitucionalidade de fusãode controvérsias internacionais: e incorporação de Partidos Políticostendências recentes Celso BastosAntônio Augusto Cançado Trindade • A Missão Inglesa de 1924• Justiça social e interpretação Mircea Buescuno direito brasileiro • Gestão de empresa com participaçãoHaroldo Valladão de seus empregados• Revogada a Constituição de 1967 (Ca~ta fed,eral - art· 165, inciso V)- breve comentário a uma decisão do STF Jose Martins CathannoRubem Nogueira • Trabalhador brasileiro no estrangeiro• Parlamentarismo ou democracia? Paulo Emílio Ribeiro de VilhenaEduardo K. M. Carrion • Movimento sindical de trabalhadores• Aspectos do federalismo norte-americano rurais ~ a moderni~ac;ãoTorquato Lorena Jardim d? agn~ultu.ra brasileira• O direito da crise Vllma FIgueiredoAmoldo Wald • Anotações ao Código da Propriedade• O desprestígio das leis Industrial (arts., 19 a 58 - Patentes)Eduardo Silva Costa Nuno Tomaz Pires de Carvalho• O Parlamento brasileiro e o problema • O Direito Penal Econômi~o . .do menor abandonado e os cnmes contra a propnedade IndustnalPaulo de Figueiredo Eleo,nora .de Souza Lun~• Pena de morte e colônias correcionais • T!t~landade da obra mtelectualPaulino Jacques Ant~n1~ Chaves .• Processo político e participação •. D!relto de a~tor e mteresse .Carlos Antônio de Almeida Melo publico nos pals~s em desenvolvImento• Voto distrital e os Partidos Políticos Carlos Alberto BlttarDavid V. Fleischer * Assinatura para 1984 (n9s 81 a 84): Cr$ 8.000,00

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas,Senado Federal, 229 andar. Brasília, DF - CEP 70160Encomendas me~iante cheque visado pagável em Brasília ou vale postal.Atende-se, tambem, pelo reembolso postal.

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PROCESSOLEGISLATIVO

49 EDiÇÃO

ATUALIZADA E AMPLIADA

1985

Iniciativa das leis e sua tramitação

Emendas à Constituição, Leis Complementares,

Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Decretos-Leis,

Decretos Leglislativos e Resoluções

Competência

Requerimentos

Comissão Parlamentar de Inquérito

Glossário - índice temático - Gráficos

450 páginas

Preço: Cr$ 20.000

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas

SENADO FEDERAL - Anexo 1 - 22'" andar

Praça dos Três Poderes 70.160 - Brasília - DF - Fone: 211-3578

Os pedidos deverão ser acompanhados de cheque visado nominal

à Subsecretaria de Edições Técnicas ou de vale postal da EBCT.

Atendemos, também, pelo sistema de reembolso postal.

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EDIÇÃO DE HOJE: 72 PÂGINAS

Centro Gráfico do Senado FederalCaixa Postal 07/1203

BrasRia - DF

j PREÇO DESTE EXEMPLAR: Cr$ 50,00 I