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do Director Superintendente - Odebrecht · portuárias e de terraplanagem para a Refinaria de obito, para a l Sonaref. Entregámos ainda mais uma etapa do complexo empre-sarial que

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Mensagem do DS 4

1. Odebrecht em Angola em relance 61.1 Destaques de 2015 8 1.2 Odebrecht Global 101.3 Odebrecht em Angola 11

2. + Compromisso com a Sustentabilidade 162.1 Relatório de Resultados de Sustentabilidade 182.2 Conduta Odebrecht 202.3 Estratégia de Sustentabilidade 222.4 Compromisso com os stakeholders 282.5 Prémio Odebrecht para

o Desenvolvimento Sustentável 302.6 Certificações 31

3. + Compromisso com o Meio Ambiente 323.1 Bases da Gestão Ambiental 343.2 Gestão Sustentável de Recursos Naturais 353.3 Promoção da Responsabilidade Ambiental 40

4. + Compromisso com as Pessoas 464.1 As nossas Pessoas 484.2 Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional 534.3 Educação e Capacitação 60

5. + Compromisso com a Comunidade 625.1 Programas de Responsabilidade Social 645.2 Saúde da Comunidade 785.3 Vida Nova 79

FICHA TÉCNICA

RealizaçãoOdebrecht

Director SuperintendenteAntónio Carlos Daiha Blando

CoordenaçãoSustentabilidadePaulo Campos

Planeamento, Pessoas e Relações InstitucionaisMarcus Felipe

FinançasFrancisco Ayres

JurídicoRenata Lemos

EquipamentosGustavo Henriques

Apoio EstratégicoJarbas Santana

ConsultoriaDeloitte

Design Gráfico e PaginaçãoFlúor Studio Design Advisors

FotosBanco de Imagens Odebrecht em Angola

Data de EdiçãoAbril 2016

Impressão Ondagrafe

Um agradecimento a todos os integrantes da Odebrecht em Angola que colaboraram na realização deste relatório.

6. + Compromisso com Angola 806.1 + Investimentos 826.2 Olhando o Futuro 86

7. Anexos 887.1 Correspondência Temas

Materiais Odebrecht em Angola vs Aspectos GRI 907.2 Mecanismos e respectiva frequência de realização

das acções de interacção e comunicação com os stakeholders 94

7.3 Notas Metodológicas 967.4 Índice Remissivo Pacto Global e GRI 100

Para aceder àversão digital deste Relatório

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

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ÍNDICe

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2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

MeNSAGeM

do Director Superintendente Este documento apresenta os principais resultados da Odebrecht em Angola em 2015. Trata-se do quarto Relatório de Sustentabili-dade publicado pela empresa no País, sendo o segundo elaborado depois da sua adesão ao Pacto Global, comunicada à Organização das Nações Unidas em 22 de Janeiro de 2014, ratificando o apoio aos seus dez princípios relacionados com Direitos Humanos, Direi-tos do Trabalho, Protecção do Meio Ambiente e Combate à Corrup-ção, posição aqui confirmada.

O ano de 2015 foi desafiador para Odebrecht Angola. A operação da Empresa foi afectada pela crise decorrente, por um lado, da des-valorização generalizada de commodities verificada durante o ano em todo o mundo, dentre as quais a do petróleo foi especialmente grave e persistente para a liquidez dos nossos clientes, e, por outro, pela crise económica brasileira, que limitou o fluxo de financiamen-to das nossas obras no País. A esta conjuntura económica negati-va, somou-se outra, reputacional, resultante do implacável e insis-tente processo acusatório ao qual fomos submetidos no Brasil, e do qual resultarão para o futuro importantes aperfeiçoamentos ao nosso sistema de conformidade e modelo de governança.

A este ano desafiador, contrapusemos mais empenho e mais compromisso. Ampliámos a nossa dedicação, como fizemos nou-tros períodos difíceis, para corresponder à confiança dos nossos clientes, estabelecida nos 31 anos de nossa operação no País. De-vemos reconhecer a contribuição dos nossos parceiros neste es-forço, sem a qual os desafios não poderiam ter sido enfrentados.

Procurámos superar a conjuntura negativa e cumprimos os nos-sos compromissos de prazo em todas as etapas estabelecidas para os projectos prioritários para o desenvolvimento do País, dos quais se destacam a ampliação do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe, a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de laúca, que inclui o avanço da sua montagem eletromecânica, no âmbito das entidades do Ministério de Energia e Águas, e as obras portuárias e de terraplanagem para a Refinaria de lobito, para a Sonaref. Entregámos ainda mais uma etapa do complexo empre-sarial que compõe o Condomínio Belas Business Park. Seguimos com as obras de estruturação urbana em luanda, com ênfase para as do BRT (Bus Rapid Transport), para o Ministério da Construção.

No plano económico, a receita líquida da Odebrecht em Angola registou, em comparação com 2014, um resultado especialmente influenciado pelo comportamento do câmbio verificado em 2015.

No âmbito da sustentabilidade, a Odebrecht em Angola continuou a ac-tuar de forma integrada nas dimensões económica, social e ambiental.

Em 2015 continuaram a ser adoptados procedimentos requeridos para eliminar riscos e prevenir acidentes de trabalho em todas as

operações da empresa e o nosso foco foi reforçado.

Neste aspecto, tivemos bons resultados, com a diminuição de nossa Taxa de Frequência Total de 4,68 para 3,66 e a importante redução de nossa Taxa de Gravidade, de 883 para 156. A segurança dos nossos Integrantes continuará a ser um ponto central de nossa atenção em 2016, o que exigirá uma constante e crescente dedica-ção dos Integrantes e fornecedores.

A Odebrecht em Angola investiu em capacitação para o trabalho de integrantes recursos da ordem de 2,1 milhões de USD. Em progra-mas sociais, pelos quais se procurou a conciliação dos interesses dos clientes, accionistas e comunidades das áreas de influência dos projectos, foram investidos 3,7 milhões de USD. Em programas ambientais 6,5 milhões de USD.

Nos aspectos ambientais, lográmos importantes progressos no tocante à gestão dos resíduos gerados nas nossas operações e resultados muito positivos relacionados com a reutilização da água. Na obra de laúca, alcançámos a marca dos 60 % de água reutilizada. Falamos de água utilizada nas obras não incorporada nos seus produtos finais. Deixámos de lançar nos corpos de água de Angola cerca de 460.000 m3 de efluentes, devido à respectiva reutilização. Os valores de reutilização de água atingidos em AHE laúca serão adoptadas nos nossos próximos empreendimentos como referência. Todas as nossas obras tiveram as suas emissões inventariadas.

Na área da saúde ocupacional, 2015 foi, para além do constante e incansável combate à malária, o ano da atenção às situações de emergência. Foram ministrados 33 protocolos médicos em ses-sões mensais com as equipes de saúde dos projectos, realizados 10 simulacros de emergências médicas cobrindo a maioria dos projectos, além da realização de cursos de suporte básico e inter-médio de vida em 50% dos projectos.

Continuámos a ser publicamente reconhecidos nas áreas da en-genharia e da sustentabilidade, como atesta o prémio que nos foi atribuído de “Melhor Participação Exemplo de Qualidade Ambien-tal” na 5ª edição da Feira Ambiente Angola – Feira Internacional de Ambiente e das Tecnologias Ambientais, que decorreu em Junho, realizada pelo Ministério do Ambiente em parceria com a Feira In-ternacional de luanda (FIlDA), bem como a expressiva adesão ao Prémio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável que, na edição de 2015, contou com um aumento de 12,5% no número de inscrições relativamente a 2014.

Seguimos também com a nossa trajectória de ampliação da parti-cipação da mão-de-obra angolana na operação da empresa, com a redução de expatriados que actualmente representam menos de 8% dos integrantes directos, e com a realização de formação para jovens Angolanos, sendo de referir que na edição de 2015 do pro-grama Jovens Parceiros, todos os participantes foram Angolanos. Este programa faz parte de um conjunto de iniciativas que a Ode-

“Continuámos a ser publicamente reconhecidos nas áreas da engenharia e da sustentabilidade, como atesta o prémio que nos foi atribuído de “Melhor Participação Exemplo de Qualidade Ambiental” na 5ª edição da Feira Ambiente Angola.”

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brecht em Angola dinamiza, que reflectem a aposta da Empresa na formação de “engenheiros do futuro” capazes de contribuir para um desenvolvimento equilibrado e robusto do País.

O nosso compromisso só conseguiu ser reforçado por contar-mos com o valoroso apoio dos nossos principais stakeholders, nomeadamente dos clientes, do accionista, dos integrantes, das comunidades envolventes aos projectos, bem como dos parceiros e fornecedores, a quem agradecemos pela confiança, trabalho conjunto, dedicação e acolhimento, e a quem retribuí-mos com a informação compilada neste relatório e as acções nele relatadas.

Antonio Carlos Daiha BlandoDirector Superintendente da Odebrecht em Angola

G4-1

Mais um ano de actividade da Odebrecht em Angola a contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, quer pela natureza das obras construídas, quer pela intervenção social que promove.

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Imagem separador Odebrecht em Relance:linhas de Transmissão

ODeBReCHT eM ANGOLAeM ReLANCe

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

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2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

AHe CAMBAMBe. Revalidação da Certificação Normativa ISO 9001:2008, ISO 14001:2012 e OHSAS 18001:2007;. ESAP – 100% Conformidade na Auditoria do Financiamento Internacional . Execução do programa de Preservação e Revalorização do Património Histórico, Arqueológi-co e Cultural de Kambambe. Hidrossemeadura – Inovação tecnológica aplicada ao PRAD. Plano de Reassentamento e Compensação em curso (Cons-trução de Infraestruturas e Visita Técnica do MINAMB)

AHe LAÚCA . Descida e instalação da Caixa Espiral da Unidade de Geração 1 (UG1), representando um passo importante para a produção de energia em “Angola”· Atingida a marca de 1 Milhão de m3 de betão incorporados no paramento da barragem· 60% de água reutilizada

BeLAS BuSINeSS V. Implementação de técnicaconstrutiva específica naconstrução da fachada, quereduz o risco de trabalho emaltura, levando ao aumento daprodutividade e condições de“segurança”· 1,5 milhões de Horas Homem Trabalhadas sem ocorrência de acidentes graves obtidas através do aumento da observação de desvios levando a uma maior consciencialização sobre segurança por parte dos trabalhadores

PROJeCTO ReSIDeNCIAL TALATONA . Obra reconhecida como referência de implementação e operacionalização de boas práticas para empresas contratadas pela ESSO nomeadamente para grandes obras no continente “africano” · Excelente desempenho em segurança em 3 anos com mais de 6,3 milhões de Horas Homem Trabalhadas sem acidentes de trabalho, tendo sido reconhecido com o prémio ESSO pelo 2º ano “consecutivo”· Certificação do Projecto Residencial Talatona pela OHSAS 18001 : 2007

SONAReF . Entrega do Terminal Marítimo da Refinaria do lobito - SONAREF - Infraestrutura de grande importância para o desenvolvimento do País, executada através de método construtivo inovador e com equipas multidisciplinares e multiculturais de excelência

IMPLeMeNTAçãO DO SIeR . Realização de 10 simulacros de emergências médicas de grandes dimensões cobrindo a maior parte dos empreendimentos· Formação para reposta a emergências médicas e suporte básico de vida a pelo menos uma equipa em cada empreendimento

PRÉMIO ODeBReCHT PARA O DeSeNVOLVIMeNTO SuSTeNTÁVeL. Grande participação na edição de 2015 com o aumento em 12,5 % no número de inscrições

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1. ODeBReCHT eM ANGOLA eM ReLANCe

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

1.1 DeStAqueS De 2015

1.1.1 Principais factos 1.1.2 Principais indicadores 2015

eMPReSA

PeSSOAS

AMBIeNTe

COMuNIDADe

12

14.809

1.447.938

+ 23.000

76%

92%

40%

3,7

87%

1,6

6,5

78

Empreendimentos em curso

Trabalhadores *

GJ de energia total consumida

Beneficiários

Custos com fornecedores locais

Trabalhadores angolanos**

*(integrantes + subcontratados)**(integrantes directos)

Reutilização de água

Milhões de USD em Programas Sociais

De notícias positivas publicadas na imprensa

Milhões de HHT de formação

Milhões de USD de Investimento total em ambiente

Comunidades envolvidas

G4-9

1.2 ODeBReCHt GLOBAL

LOCALIZACAO DOS PROJeCtOS ACtIVOS eM 2015

10 11

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Fundada na cidade de Salvador da Bahia no Brasil, em 1944, a Odebrecht tornou-se uma Organização multinacional líder em diversos sectores da economia mundial. Marca a sua presença em 21 países, de 4 continentes, actuando em 14 áreas de ne-gócio como a Engenharia e Construção, Óleo e Gás, Engenharia Ambiental, Química e Petroquímica, Açúcar e Etanol, Investi-mentos, Defesa e Tecnologia, bem como Transportes e logís-tica. Ao longo da sua história, a Odebrecht concluiu com êxito mais de 2.000 projectos nas referidas áreas.

Responsável pelo direccionamento estratégico da Organização e pela preservação da sua unidade, a Odebrecht S.A. procura aprimorar a qualidade do desenvolvimento de negócios, pro-mover o desenvolvimento de pessoas e oferecer apoio estra-tégico às Empresas por ela controladas, através de um modelo de gestão descentralizado.

O compromisso com a sustentabilidade, o carácter inovador dos negócios, o respeito pelas pessoas e pelo meio ambiente, são características da conduta da Odebrecht que contribuíram positivamente para que ao longo do tempo se tenha tornado um dos maiores grupos mundiais no sector da engenharia e construção.

A Odebrecht envolve-se com as comunidades por onde pas-sa, promovendo os valores da educação, o desenvolvimento, criando oportunidades de emprego e respeitando os usos e costumes locais.

Presença no Mundo

PRESENÇA NO MUNDO

AlEMANHA

ÁUSTRIA

GANA

EMIRADOS ÁRABES

MOÇAMBIQUE

REINO UNIDO

PORTUGAlESTADOS UNIDOS

MéxICO

GUATEMAlA

COlôMBIAEQUASOR

PARAGUAI

PERU ANGOlABRASIl

VENEzUElA

REP. DOMINICANAPANAMÁ

CUBA

ARGENTINA

1.3 ODeBReCHt eM AnGOLA

A Odebrecht actua no mercado angolano no sector da Enge-nharia e Construção (E&C) desde 1984, dedicando-se à execu-ção de obras de grandes infraestruturas como barragens, sis-temas de abastecimento de água e saneamento, estradas, redes eléctricas e empreendimentos imobiliários que têm contribuído significativamente para o desenvolvimento do País. A actividade desenvolvida pela Odebrecht tem sempre como fundamento a segurança dos seus trabalhadores e comunidades sob influência das suas obras, cuidando sempre as questões relacionadas com a protecção do meio ambiente e produzindo obras de qualidade.

Todos os empreendimentos de construção realizados pela Odebrecht são acompanhados de programas sociais desenvol-vidos com a comunidade envolvente, actuando nos domínios da capacitação para a geração de renda, saúde comunitária e educação, campanhas de alfabetização, num conjunto vasto de outros programas sociais.

Paralelamente ao negócio de E&C, a Odebrecht tem vindo a fa-zer investimentos em negócios fora do seu core business, de que é exemplo a sua participação na cadeia de supermercados nossosuper, na Biocom ou no Belas Shopping. Este assunto merece destaque mais adiante neste relatório.

Em Angola, a Odebrecht actua por meio de três entidades jurídicas, que se denominam:

Odebrecht Angola – Projectos e Serviços, lda. (OAl), principal subsidiária da Odebrecht em Angola;

Construtora norberto Odebrecht S.A. – Sucursal em Angola (CNO);

Odebrecht Angola – Construção e Projectos de Energia, lda. (OAE), subsidiária especificamente voltada para projectos de energia.

Neste relatório, as empresas acima discriminadas serão tratadas conjuntamente como Odebrecht em Angola.

ZAIRe PROJECTO CSR (Controled Shunt Reactor) SOYO

CuAnZA nORte Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe - AHE Cambambe

CuAnZA nORte /MALAnJe Aproveitamento Hidroeléctrico de laúca - AHE laúca

LuAnDA Sistema Viário de luanda Belas Business Park - V Etapa Residencial Talatona - Empreendimento ImobiliárioProjecto Vias de luanda Projecto Vias ExpressasProjecto Reforço Águas de luanda

CuAnZA SuL Infraestrutura do Cuanza Sul

BenGueLA SONAREF (Marine Facilities And lower Heavy Haul Road) Projecto das Infrastruturas de Benguela - Segunda Fase

11

G4-6 G4-3G4-4G4-7G4-8

CUANzA NORTE

BENGUElA

CUANzA SUl

lUANDA

zAIRE

MAlANJE

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2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

1.3.1 Governo Corporativo

A Odebrecht tem uma estrutura empresarial voltada para o cliente e que se reflecte no seu Governo Corporativo. Este modelo implica que todos os processos de tomada decisão e a comunicação entre os accionistas, a Empresa e o cliente acon-teçam de forma horizontal.

A Odebrecht em Angola é totalmente detida pela Odebrecht S.A., cujo presidente do Conselho de Administração é Emílio Odebrecht. O Presidente da Holding é Newton de Souza.

A Odebrecht em Angola pertence ao negócio integrado na re-gião Odebrecht Engenharia e Construção Internacional- África, Emirados Árabes Unidos e Portugal, cujo líder Empresarial (lE) é Ernesto Baiardi. O órgão máximo de governo corporativo em Angola é o Director Superintendente (DS), António Carlos Daiha Blando e a sua Organizacão Dinâmica (OD) integrada pelos seus Responsáveis de Apoio Funcional (RAF).

Os RAF estão divididos na Odebrecht em Angola em seis áreas de apoio ao DS:

• área Financeira / Tecnologias de Informação • área de Planejamento / Pessoas & Comunicação; • área Jurídica; • área de Sustentabilidade; • área de Equipamentos; • área Estratégica

1.3.2 Desempenho Económico

A Odebrecht contribui para a criação de valor e para o desenvolvi-mento dos países onde opera pela dinamização do mercado eco-nómico que gera, através dos impostos pagos, da contratação de fornecedores, dos empregos gerados e correspondentes salários, e de outros montantes que distribui para a economia.

À semelhança do ano anterior, a Odebrecht em Angola não re-cebeu em 2015 qualquer tipo de apoio financeiro ou subvenção por parte do Governo da República de Angola, não tendo igual-mente sido feitas, neste ano, quaisquer contribuições a partidos políticos. Nesse ano também não se verificou o pagamento de multas ou sanções relacionadas com não conformidades com leis e regulamentos relativos ao uso de produtos e serviços.

Estas áreas têm como função apoiar os Directores de Contrato (DC) e o DS na gestão dos seus empreendimentos. Por sua vez, cada projecto é liderado por um Director de Contrato (DC) que reporta directamente ao DS. No ano de 2015 o corpo de DC da Odebrecht em Angola foi composto por 10 integrantes.

A coordenação dos assuntos de sustentabilidade é realizada por uma área específica. A execução e operacionalização das acções do Programa Integrado de Sustentabilidade (PI-Sus-tentabilidade) da Empresa é da responsabilidade dos gesto-res de sustentabilidade de cada um dos projectos executados pela Odebrecht em Angola, os quais reportam directamente ao respectivo DC.

2015% MILHÕES USD

Valor económico directo Gerado 100% 1.616.566

Receitas

Investimentos Comunitários

100%

0,2%

1.616.566

3.751

Valor económico Distribuído

Pagamentos ao Governo

95%

3,5%

1.538.923

55.777

Custos Operacionais

Pagamentos a provedores de capital

28,4%

0,3%

458.703

5.165

Salários e Benefícios de empregados

Custos não operacionais

21,8%

0,4%

352.973

6.690

Fornecedores*

Valor económico retido

40,6%

5%

655.865

77.643

No quadro seguinte apresentam-se os principais fluxos financei-ros que compõem o contributo directo da Odebrecht em Angola para a Sociedade.

PlanejamentoPessoas

ComunicaçãoJúridico Sustentabilidade equipamentos

Director de ContratoDirector de ContratoDirector de ContratoDirector de ContratoDirector de ContratoDirector de ContratoDirector de ContratoDirector de Contrato

FinanceiroTI

espírito de Servir

Sistema de Comunicação Resultados

estratégico

Accionista ClienteLíderempresarial

DirectorSuperintendente

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A Odebrecht em Angola não realiza regularmente uma pesqui-sa sistemática e formal de satisfação do cliente. No entanto, com a entrega de cada empreendimento, é solicitado ao cliente o preenchimento de uma declaração que atesta a entrega da obra nas condições devidas. Adicionalmente, a Empresa pro-cede também à avaliação da sua imagem no mercado, através da análise do teor positivo, negativo ou neutro de notícias que saem na comunicação social. Monitoriza também o Advertising Value Equivalency (AVE) tendo no ano de 2015 atingido valor de 1.777.431 USD, com 87% de notícias positivas publicadas na imprensa.

* Corresponde a fornecedores (prestadores) de serviços. os custos com fronecedores de materiais estão reconhecidos na rubrica de custos operacionais.

G4-34 G4-9G4-EC1G4-EC4G4-S06G4-PR5G4-PR9

1.

2.

4. 3.

5.

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2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

1 . CONQuISTASA fase de conquista trata de todas as actividades de pla-neamento das obras. Inicia-se pelo pleno conhecimento das necessidades do cliente e pelo estudo dos requisitos materiais, técnicos, financeiros, legais, ambientais, sociais e de recursos humanos vinculados à implantação do pro-jecto. Nesta fase, os prestadores de serviços de consultoria e de elaboração de projectos participam com especial im-portância na cadeia produtiva. Nesta situação estão tam-bém instituições financiadoras e seguradoras. é nesta fase que se elaboram análises de risco e estudos de impacto ambiental e social dos projectos e que se propõem medi-das para sua mitigação, correcção ou compensação dos impactos identificados como negativos.

2. MOBILIZAçãOA fase de mobilização trata da locação e contratação dos recursos humanos e materiais requeridos para as obras. São igualmente mobilizados recursos fi-nanceiros, com importante participação de bancos e seguradoras. Nesta fase, são avaliados e selecciona-dos os fornecedores de materiais e de serviços que contribuirão para a realização do projecto. Esta ava-liação é feita a partir de critérios técnicos, financeiros e de desempenho em saúde, segurança e respeito ao ambiente.

Os contratos resultantes deste processo incluem cláusulas de desempenho em sustentabilidade e con-sideram requisitos do Código de Conduta.

3. INÍCIO De OBRAO início das obras assinala o momento em que se reúnem os principais componentes da nossa cadeia produtiva: pessoas (organizadas na qualidade de integrantes), prestadores de serviços, fornecedores de materiais e finan-ciadores iniciam um processo de colaboração mútua, coordenados pelas equipas gestoras dos projectos.

4. CONSTRuçãOA fase de construção representa a realização plena dos compromissos estabelecidos nas fases anteriores entre todos os elementos da nossa cadeia de valor. Envolve for-necedores de materiais, prestadores de serviços, financia-dores e colaboradores internos, que partilham responsa-bilidades produtivas e de gestão e executam os requisitos legais, contratuais e corporativos estabelecidos. Na fase de construção, directrizes empresariais internas induzem--nos: (i) preservar o ambiente onde operamos; (ii) respei-tar hábitos e expectativas dos que habitam, trabalham ou circulam por estes locais; (iii) desenvolver processos e procedimentos que melhorem a qualidade dos nossos produtos e satisfaçam plenamente os nossos clientes, e (iv) restaurar os ambientes afectados pela nossa operação.

5. ANÁLISe De PORTFóLIONo final de cada projecto, ou no final de alguma das suas fases, realiza-se a avaliação dos resultados obtidos quanto à satisfação do cliente, aos aspectos financeiros e à ade-quação aos requisitos legais, contratuais e corporativos estabelecidos.

A avaliação periódica do conjunto de projectos contribui para um processo de melhoria contínua e permite a distribuição de resultados e a libertação de recursos para novos projectos.

Os nossos Fornecedores

Em 2015, cerca de 76% do custo total com fornecedores da Odebrecht em Angola foi gasto com fornecedores locais e 24% com fornecedores estrangeiros. Os pagamentos a fornecedo-res totalizaram 1,0 mil milhões de USD, dos quais 40% corres-pondem a custos com materiais e 60% a custos com serviços. Sempre que possível são contratados fornecedores de serviços locais, reforçando a relação da Odebrecht em Angola com em-presas originárias do País.

Nos fornecedores de materiais incluem-se todos os fornece-dores de matérias-primas de construção como cimento, com-bustíveis, ferro e madeiras, equipamentos electromecânicos, comestíveis e bebidas, ou de equipamentos de protecção indi-vidual (EPI), entre outros. Os fornecedores de serviços subdivi-dem- se em duas categorias:

• Subcontratados que executam trabalhos especializados de engenharia e construção, e

• Prestadores de serviços, correspondentes aos grupos carac-terizados como fora do âmbito da actividade da Odebrecht em Angola, mas que são necessários para que esta se desenvolva nas melhores condições. Nesta categoria destacam-se as acti-vidades relacionadas com rendas e alugueres, seguros, publici-dade e comunicações.

Dada a actuação mundial da Odebrecht, a Organização adoptou padrões de transparência, considerando sempre os diversos re-gimes legais, no que se refere à contratação de fornecedores.

No âmbito do processo de revisão do Código de Conduta da Or-ganização, criou-se o Código de Conduta do Fornecedor, instru-mento através do qual se partilham os valores e princípios que norteiam as relações entre a Odebrecht e os seus Fornecedo-res, com a finalidade de que estes possam cumprir com reque-sitos de boas práticas de governança corporativa.

O referido código condena quaisquer práticas relacionadas com mão-de-obra forçada ou infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, ou qualquer outra forma de exploração e trá-fico de pessoas. Através do compromisso de cumprimento do Código de Conduta, os fornecedores comprometem-se com o respeito pelos direitos humanos.

Embora não estejam estabelecidos critérios ambientais espe-cíficos na contratação de fornecedores, em todos os contratos da empresa os fornecedores comprometem-se com o aten-dimento aos princípios estipulados neste Código, que advoga padrões ambientais alinhados com as boas práticas e recusa quaisquer práticas que desrespeitem o meio ambiente.

Na contratação os fornecedores passam por um processo de due dilligence, através do qual as suas práticas são avaliadas e identificados eventuais factores de risco relacionados com várias dimensões, incluindo aspectos relacionados com a sal-vaguarda dos direitos humanos e laborais, e é assumido o com-promisso de respeitar o Código de Conduta da Organização.

Para além do processo de due dilligence, apartir de 2015, para os novos contratos são requeridas análises de risco de corrupção, tanto para contratação de fornecedores quanto para parcerias comerciais. Os principais riscos identificados em 2015, foram pessoas politicamente expostas e pagamentos indevidos, não tendo sido registados incidentes de corrupção na Odebrecht em Angola ou registadas acções judiciais por concorrência des-leal ou práticas de monopólio, no período de reporte.

Os nossos parceiros

A Odebrecht em Angola participa em consórcios com outras empresas parceiras do ramo da E&C, que actuam no merca-do angolano. Alguns exemplos são a Somague, Griner, Teixeira Duarte e a Omatapalo que têm desenvolvido a sua actividade em conjunto com a Odebrecht em algumas obras em Angola.

1.3.3 Cadeia de valor e Fornecedores

A cadeia de valor do negócio da construção da Odebrecht caracteriza-se de acordo com o seguinte:

G4-12G4-13

G4-SO3G4-SO4G4-SO7G4-EC9G4-EN32G4-HR5G4-HR6G4-HR10

Os nossos clientes

A operação da Odebrecht é guiada pelo espírito de servir os seus clientes. O principal cliente da Odebrecht em Angola é o governo Angolano por via dos seus Ministérios, já que são eles que tute-lam as obras de infraestrutura no País. A Odebrecht em Angola

tem também Clientes privados como a ESSO, BP e a Maersk, assim como clientes individuais, na operação imobiliária, como é o caso do conjunto empresarial Belas Business Park.

O contexto desafiante de 2015, que se tem perpetuado em 2016, requer apostas sustentáveis firmadas num compromisso renovado e projectado numa visão de futuro, bem como na cooperação e potenciação de esforços por parte da Odebrecht em Angola e dos demais agentes angolanos e outros presentes neste mercado.

16 17

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Imagem separador + Compromisso com a Sustentabilidade:Estrada SONAREF

+ COMPROMISSO COM A SuSTeNTABILIDADe

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2. + COMPROMISSO COM A SuSTeNTABILIDADe

eN SO

SO

TR

SO

TR

SO

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TR

eN

eC

TR

SO

SO SO

eN

SO

SO

SO

eN

2.1 ReLAtÓRIO De ReSuLtADOS De SuStentABILIDADe

[1] Promoção da Responsabilidade

Ambiental

[2] Segurança e Saúde no trabalho

[3] Capacitação de Colaboradores

[4] Condições Laborais

[7] Criação de emprego

[13] Governança

[10] excelência e qualidade dos serviços

e produtos

[19] envolvimento dos Stakeholders

[16] Protecção dos direitos humanos

[5] Ética e Conduta

[8] transparência

[14] Gestão sustentável de outros recursos

naturais

[11] Desempenho económico

[20] Cultura empresarial

[17] Saúde e segurança na comunidade

[6] Capacitação da Comunidade

[9] uso Sustentável da Água

[15] envolvimento com a comunidade

[12] Criação de Oportunidades para a geração de renda

[21] Liberdade de Associação*

[18] Conservação da Biodiversidade

Os resultados de sustentabilidade apresentados neste relatório são referentes ao período de 1 de Janeiro de 2015 a 31 de De-zembro de 2015 e, como mencionado anteriormente, reflectem a actividade e desempenho do conjunto das três entidades ju-rídicas que integram a Odebrecht em Angola.

Em linha com a estratégia de reporte de sustentabilidade esta-belecida em 2014, este é o segundo relatório elaborado de acor-do com o nível Essencial (Core) da versão G4 das Directrizes de Reporte de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI), e considerando as divulgações sectoriais para empresas do sector da Construção e Imobiliário (Construction and Real Estate Sector Disclosures), não tendo sido submetido a verificação externa.

A edição do Relatório Anual de Resultados de Sustentabilidade 2015 da Odebrecht em Angola, constitui também a base da “Co-munication on Progress” (COP) relativamente aos Princípios do Pacto Global das Nações Unidas (United Nations Global Com-pact - UNGC), para o nível “Active”.

A tabela de conteúdos GRI e UNGC encontra-se no capítulo 7 des-ta publicação. A coordenação e execução deste relatório estiveram a cargo da Direcção de Sustentabilidade da Odebrecht em Angola.

A estratégia de reporte definida estabelece ciclos de reporte de três anos, estando prevista a elaboração de uma revisão de ma-terialidade precedida uma análise de benchmark de pares e de

Os temas classificados com o nível P1 são os temas materiais para a Odebrecht em Angola, resultantes da classificação mais alta tan-to por parte da Empresa como dos seus principais stakeholders.

Assim, e de acordo com a estratégia de reporte que se define pelo alinhamento com a directriz internacional do GRI, o reporte de resultados de sustentabilidade da Odebrecht em Angola incide

Neste relatório destacam-se os temas em que a Empresa mais apostou no ano de 2015. A segurança, que mereceu especial atenção de todos os empreendimentos em Angola devido aos resultados de sinistralidade de 2014; a preparação para a res-postas a emergências médicas e o aumento da percentagem de água reutilizada nos empreendimentos, são alguns deles.

Para qualquer questão relativa a este relatório deverá contactar, através da seguinte morada ou e-mail:

DENOMINAÇÃONIVEl DE

IMPORTÂNCIA ABORDAGEM NO RElATÓRIO

Aspectos materiais (prioritários) - importância ≥ 10P1

Aspectos importantes - importância ≥ 9P2

Aspectos de importância moderada - importância < 9P3

Aspectos a reportar com maior destaque no relatório e com preo-cupação activa de alinhamento com as Directrizes GRI, por serem os que mais interessam às partes interessadas e a Empresa.

Aspectos não reportados, ou abordados de forma circunstancial.

Aspectos também a reportar mas com menor destaque e sem preocupação activa de alinhamento com as Directrizes GRI (em-bora possam ser reportadas informações comuns às requeridas pelas Directrizes não existirá a preocupação de confirmar que estão cumpridos todos os detalhes e requisitos requeridos).

referenciais de sustentabilidade relevantes, bem como de um exercício de auscultação de representantes de stakeholders no início de cada um desses ciclos, ou seja para o relatório relativo à actividade do ano de 2017. No início de cada exercício de repor-te deve, contudo, ser confirmado se a materialidade definida no início do ciclo se mantém válida ou se deve sofrer algum ajus-tamento, tendo em conta condicionantes externas e internas.

Assim, de acordo com esta estratégia, os temas sobre os quais incide este relatório foram definidos através dos processos de auscultação de stakeholders e análise de materialidade que precederam a elaboração do Relatório de Resultados de Sus-tentabilidade de 2014 (RRS14). O detalhe desses processos, que foram delineados de modo a que a determinação da materia-lidade respeitasse as orientações das Directrizes GRI G4 pode ser consultado em http://odebrecht.com/sites/default/fi-les/rsodebrechtangola2014_1.pdf.

No decorrer desses processos, foi colocado um conjunto de temas à consideração dos stakeholders externos e internos da Empresa para que procedessem à sua priorização. O cruza-mento entre ambas as perspectivas deu origem a uma lista de temas classificados de acordo com uma escala de importância. A esta escala foram atribuídos 3 níveis de prioridade que cor-respondem a uma abordagem de reporte diferenciada confor-me ilustrado no quadro seguinte:

*O tema liberdade de Associação foi reclassificado em P1, na medida em que é um tema de reporte obrigatório para dar resposta à COP anual da UNGC.

Dimensão Social

Dimensão Económica

Dimensão Transversal

Dimensão Ambiental

SO

eC

TR

Odebrecht Infraestrutura Via A1 – Avenida Talatona Condomínio Belas Business Park Torre Cabinda, 7º e 8º andares luanda, Angola E-mail: [email protected]

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

essencialmente sobre os temas definidos como materiais, nes-te caso, os temas de nível P1. No entanto, também reporta infor-mação relacionada com temas classificados nos níveis P2 e P3, embora com menor enfoque do que os de nível P1 e de acordo com a abordagem acima expressa. Destacam-se então os te-mas que se revelaram materiais para a Odebrecht em Angola.

eN

G4-15G4-17G4-18G4-20G4-21

G4-28G4-30G4-32G4-33

G4-5G4-19G4-31

legenda:

20

2.2 COnDutA ODeBReCHt

A actividade e operação da Odebrecht baseia-se na Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), filosofia, criada por Norberto Ode-brecht, fundador da Organização, que estabelece os princípios éti-cos, morais e conceptuais que fundamentam os seus negócios.

A TEO tem foco nas questões da educação para e pelo trabalho, valorizando a disposição para servir, a capacidade e o desejo de evoluir, bem como a vontade de superar resultados. Prevê um processo de delegação planeada, com base na confiança e par-ceria entre líderes e liderados e uma gestão descentralizada.

Da TEO saem os valores transversais à conduta de todos os que são parte da Odebrecht.

Por sua vez o Código de Conduta da organização estabelece os princípios e normas para o desenvolvimento da actividade dos profissionais da Odebrecht e fornece orientações para o esta-belecimento de relações internas e externas.

O Código de Conduta da Odebrecht aborda os temas de ética e conduta profissional no que se refere a relações com os demais elementos envolvidos na actividade, nomeadamente, questões anti-corrupção, conduta para o emprego decente e não explora-ção da mão-de-obra, cumprimento legal, saúde e segurança no trabalho e deve ser conhecido e aplicado por todos os integran-tes da Organização.

Os novos integrantes da Empresa têm acesso ao código de conduta através de uma acção de formação obrigatória sobre o tema, onde são abordadas questões de Direitos Humanos e os temas relacionados com o Sistema de Conformidade.

O Código de Conduta está sempre disponível no site corporativo em http://odebrecht.com/sites/default/files/codigo_de_conduta_-_visualizacao.pdf

Em 2015, o Código de Conduta foi comunicado a 775 integrantes das categorias profissionais Pessoal de Direcção e Chefia, Pes-soal Técnico e Outros Trabalhadores, por via de uma acção de formação obrigatória. No seguimento do previsto no ano ante-rior, a acção de formação sobre o Código de Conduta foi adap-tada para os integrantes operacionais, tendo sido distribuído a cerca de 8.000 integrantes e realizadas conversas de sensi-bilização para os temas nele abordados. No total foram dedi-cadas cerca de 3.550 horas de formação ao tema do Código de Conduta.

A revisão ao Código de Conduta da Organização, realizada em 2014, levou ainda à criação da linha de ética Odebrecht, canal de comunicação aberto para a informação de irregularidades relativas a suas eventuais violações, observadas por qualquer pessoa, em qualquer um dos países onde a Odebrecht tenha actividade, através de um número de telefone para cada país ou por correio electrónico indicados no site da Odebrecht.

http://www.odebrecht.com/pt-br/organizacao-odebre-cht/linha-de-etica

No primeiro ano de funcionamento da linha Odebrecht foram registadas em Angola duas reclamações, sendo uma relacio-nada com falta de pagamento a fornecedores, endereçada pelo comité de ética tendo sido a dívida liquidada, e uma segunda re-lacionada com a periodicidade de férias dos integrantes, tendo sido realizada uma investigação da qual se concluiu não haver violação de direitos dos trabalhadores.

Em 2015, estiveram em curso vários processos judiciais relacio-nados com fraude aduaneira muitos deles relacionados à má clas-sificação pautal de alguns bens importados. Todos os processos se encontram em fase de defesa, à data de fecho deste relatório.

SeRVIR O CLIeNTe

Com qualidade, produtividade, inovação e responsabilidade

CONFIANçA NOS INTeGRANTeS

Capacidade e desejos de superação

TRABALHO eM CONJuNTO

Participação na concepção e execução partilhando

os resultados

AuTO-ReALIZAçãODOS INTeGRANTeS

Educação para e pelo trabalho

DeSCeNTRALIZAçãO

Mediante delegação planeada

ReINVeSTIMeNTO

Dos resultados para gerar novas oportunidades de crescimento

21

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

G4-56 G4-HR2G4-HR12G4-SO3G4-SO4G4-SO5G4-SO8

Tecnologia empresarial Odebrecht - TeO

Outro dos seus princípios é o reinvestimento dos resultados obtidos na criação de novas oportunidades de trabalho e no de-senvolvimento das comunidades.

A Política de Sustentabilidade da Odebrecht é sustentada pela TEO, pelo que é transversal à conduta global das empresas da Organização.

22

2.2.1 Protecção dos Direitos Humanos

A protecção dos Direitos Humanos é um tema intrínseco aos princípios e valores orientadores da actividade da Ode-brecht. Como referido, a TEO constitui a matriz ética e cultural de referência para o comportamento de todos os integrantes da Organização.

O Código de Conduta da Empresa estabelece e reforça os prin-cípios de não discriminação, da não utilização de mão- de-obra forçada, da não tolerância a situações de exploração sexual ou de trabalho infantil e tráfico de pessoas. Explicita também que a con-duta de todos os integrantes da Odebrecht deve ser cumprida com responsabilidade social, evitando desperdícios, respeitando o meio ambiente e os valores culturais, os Direitos Humanos e a organização social nas comunidades.

Por outro lado, embora não exista um conjunto de cláusulas es-pecíficas, todos os contratos da Odebrecht em Angola são ce-lebrados em estrita observância ao previsto na lei, bem como à protecção dos Direitos Humanos, garantida pelo Título II da Cons-tituição da República de Angola e apelam ao respeito pelo Código de Conduta de Fornecedores.

Durante o ano de 2015 não se registaram casos relacionados com situações de violação de direitos dos povos indígenas e tradicio-nais, queixas relacionadas com violação de Direitos Humanos ou casos de discriminação na Odebrecht em Angola.

2.2.2 Associações e Iniciativas externas

A Odebrecht em Angola tem tido uma actuação particularmente relevante na área da saúde, com a participação e dinamização de um conjunto de acções que visam a promoção da interacção com o Governo de Angola e outras organizações da sociedade civil na procura de respostas eficazes para alguns dos principais proble-mas de saúde enfrentados pelas comunidades.

Neste contexto, foi fundadora e é líder do Comité Empresarial para o Combate ao VIH/ SIDA de Angola, é membro permanente do Fórum dos Parceiros Contra a Malária e é parceira do Centro Nacional de Sangue e Cruz Vermelha de Angola.

A acção da Odebrecht em Angola tem-se destacado ao longo dos anos pelo trabalho conjunto com estas associações, tendo criado programas que contribuíram para reforçar o desempenho do país na prevenção e erradicação da malária e noutros aspec-tos de saúde relevantes.

No domínio empresarial, a Odebrecht em Angola é Membro Co-lectivo da Ordem dos Engenheiros de Angola, é Membro Funda-

2.3.1 Sistema Integrado de Gestão da Sustentabilidade

A Odebrecht tem implementado como instrumento de gestão o Sistema Integrado de Gestão da Sustentabilidade (SIGS). Este sistema é adaptado a cada um dos diferentes negócios e toda a operação e actividade da empresa é realizada de acordo com as Directrizes que o constituem.

O SIGS desdobra-se em cinco Directrizes: Meio Ambiente, Mudanças Climáticas, Programas Sociais no Entorno, Saúde Ocupacional e Promoção da Saúde e Segurança no Trabalho. Cada Directriz fornece procedimentos detalhados, instruções e indicadores que orientam a preparação do Programa Integrado de Sustentabilidade (PI-Sustentabilidade) específico para cada empreendimento. Este é construído considerando a visão glo-bal das particularidades dos diferentes empreendimentos, in-tegrando igualmente os requisitos legais aplicáveis, exigências

a valorização das condições de vida das pessoas;

a redução dos impactos ambientais;

os controlos sobre os perigos e riscos dos processos e o uso de tecnologias;

uso de materiais e matérias-primas que reduzam o consumo de recursos naturais especialmente os não renováveis; e

a promoção, a adequação dos projectos e o favorecimento da produção regional no sentido de ampliar os benefícios e contribuir para o respectivo desenvolvimento.

de licenciamento e autorizações, obrigações contratuais, acor-dos e compromissos com investidores, financiadores e demais partes interessadas, entre outros aspectos.

Está prevista para cada novo empreendimento a existência de uma avaliação de risco socio-ambiental a partir da fase de estudo prévio, da qual resulta uma classificação de risco-socio ambiental potencial. O grau de risco de cada empreendimento permite determinar o nível potencial dos impactos socio-am-bientais e o respectivo grau de detalhe das Medidas de Mitiga-ção e Compensação a integrar no referido plano.

Deste modo, todos os empreendimentos têm o seu PI-Susten-tabilidade que constitui o instrumento - chave para a gestão de risco na organização, já que integra e articula os aspectos eco-nómicos, sociais, ambientais, políticos e culturais que são de-senhados para beneficiar as comunidades. Este modelo garan-te o cumprimento do Princípio da Precaução pela Organização.

De acordo com a Política de Sustentabilidade, o compromisso da Odebrecht neste domínio tem por princípios:

Política de Sustentabilidade da Organização

Directrizes

MeioAmbiente

Aspectos e Perigos dos Processos e Actividades

Programa Integrado de Sustentabilidade

do Contrato/empreendimento

Requisitos Legais, eIA’s, Licenças e Condicionantes

Obrigações Contratuais

Aspectos e Perigos dos Processos e Actividades

Normas Técnicas, estudos e Soluções de engenharia

Objectivos, Metas e Indicadores dos Programas

Mudanças Climáticas

Outros Requisitos do Sistema• Implantação e Operação

• Acompanhamento e Verificação• Análise Critíca

Programas Sociais

no entorno

Manual do Sistema Integrado de Gestão da Sustentabilidade

SaúdeOcupacional

Segurançado Trabalho

23

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

dor da Rede de Responsabilidade Social Empresarial de Angola e parceiro da Associação dos Empresários e Executivos Brasileiros em Angola.

Em Janeiro de 2014 a Odebrecht aderiu formalmente ao Pacto Global das Nações Unidas, consolidando o seu compromisso com a sustentabilidade perante os seus stakeholders.

2.3 eStRAtÉGIA De SuStentABILIDADe

A estratégia de sustentabilidade da Odebrecht é corporativa tendo como base os princípios e os valores da TEO e a Política de Sustentabilidade da Organização. A acção focada na sustentabi-lidade passa pelo direccionamento de cada um dos negócios de forma a gerarem resultados positivos para todos os stakehol-ders, no presente e no futuro.

O caminho para o desenvolvimento sustentável tem também vindo a ser trilhado pela Odebrecht através da participação em iniciativas internacionais e que agregam entidades com os mes-mos objectivos de desenvolvimento como a participação na COP 21 ou a convergência com os Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), através da operacionalização da Política de Sustentabilidade corporativa e da TEO que estão perfeitamente alinhadas com os mesmos.

Poderá consultar mais informação sobre a presença da Odebrecht na COP 21 e da convergência da actividade da Organização em

http://odebrecht.com/pt-br/comunicacao/noticias/ode-brecht-reforca-o-compromisso-com-a-sustentabilidade-du-rante-a-cop-21

G4-14 G4-15G4-16

G4-HR1G4-HR3G4-HR5G4-HR6G4-HR8G4-HR9

24

2.3.2 Objectivos e metas de sustentabilidade

A Odebrecht em Angola define anualmente um conjunto de ob-jectivos para cada uma das suas áreas de acção que contribuem para a melhoria da performance da Empresa em Sustentabilidade

OBJECTIVO / META ÂMBITO NÍVEl DE REAlIzAÇÃO DOS OBJECTIVOS TEMA MATERIAl ODEBRECHT

Conclusão e entrega das etapas dos diferentes projectos no prazo definido:

• Marine Sonaref • Estrada Sonaref• Condomínio Águas de Talatona - Residencial Esso Talatona

• Ter uma exposição positiva na media local

• Adaptar a formação de divulgação do Código de Conduta para integrantes operacionais

• Ampliação da participação de integrantes Angolanos nos níveis de gestão da empresa

• 1 trainee por cada gerente de projecto

Em 2015 foram realizados 33 lançamentos de Jovem Parceiro para Respon-sável de Projecto e 24 de estagiários para jovem parceiro, que significa um aumento total de lançamentos de 6% em relação ao ano anterior.

Cada gerente de projecto foi apoiado por um trainee.

Criação de Emprego; Criação de oportunidades para a geração de renda; Capacitação de Colaboradores; Envolvimento com a comunidade.

Criação de Emprego; Criação de oportunidades para a geração de renda; Capacitação de Colaboradores; Envolvimento com a comunidade.

Desempenho económico e operacional

Reputação e imagem

Ética e conduta

Pessoas

ética e conduta; Transparência;Protecção dos Direitos Humanos

ética e conduta; Transparência;Protecção dos Direitos Humanos

Todas as obras foram entregues no prazo definido.

No ano de 2015 verificou-se uma exposição positiva nos meios de comunicação locais em 87% das notícias ou artigos relacionados com a Odebrecht.

A adaptação referida foi executada.

Foi realizado um grande esforço de dar a conhecer o Código de Conduta a integrantes operacionais, com a realização de amplas campanhas de divulgação do mesmo.

Todos os novos integrantes receberam também formação sobre este assunto.

Desempenho Económico; Excelência e qualidade dos serviços e produtos

Excelência e qualidade dos serviços e produtos

25

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

e dá continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo do período de permanência em Angola. Este é um procedimento definido na política de sustentabilidade da empresa.

• Fazer chegar a nova versão do Código de Conduta a todos os integrantes da Odebrecht em Angola

• Edição do primeiro relatório anual de resultados de sustentabilidade (relativo à actividade de 2014) alinhado com referências internacionais de reporte - Global Reporting Iniciative (GRI) e COP no âmbito do United Nations Global Compact (UNGC) e seu lançamento nas plataformas destas iniciativas

Relatório editado e publicado nas plataformas de comunicação das diferentes iniciativas. Sustentabilidade - Gestão Transparência

• 50% dos empreendimentos com pêlo menos um programa estruturado de economia de recursos (ex: água, energia, GEE)

83% empreendimentos em curso durante o ano de 2015 tiveram umprograma estruturado de economia de recursos.

Sustentabilidade - Meio Ambiente Promoção da Responsabilidade Ambiental; Uso Sustentável da Água; Gestão sustentável de outros recursos naturais; Conservação da Biodiversidade

legenda: Não Cumprido Parcialmente Cumprido Cumprido

26

• Alteração do sistema de indicadores com a inclusão de uma componente relativa a boas práticas

• Planeamento de uma acção de formação destinada ao pessoal da segurança patrimonial sobre o tema dos Direitos Humanos na actividade.

• 75% dos empreendimentos têm que realizar ou participar em pelo menos um programa social estruturado

• Taxa de Doenças Oesteomusculares Relacionadas ao Trabalho [TDORT] = 3,00 (Máx.)

• Taxa de absentismo relacionada ao trabalho por doenças ocupacionais [TARTDO] = 5,00 (Máx.)

• Índice de Saude Auditiva [ISA] = 2,00 (Máx.)• Taxa de absentismo não relacionado ao trabalho [TANRT] = 10,0 (Máx.)

• Percentual mínimo de horas de capacitação em Saúde Ocupacional (%HTr) seja de 0,25 %

• Redução da incidência da Malária nos colaboradores

Plena divulgação do Compromisso Segurança Angola

• Taxa de Frequência Simples de Atendimento Ambulatorial [TFSAA] = 4,15 (Máx)• Taxa Máx. de Frequência Acidentes sem Afastamento [TFSA] = 1,15 (Máx)• Taxa Máx. de Frequência Acidentes com Afastamento [TFCA] =0,70 (Máx.) • Taxa de Frequencia Total [TFT] =6,00 (Máx.)• Taxa de Gravidade [TG] = 20 (Máx.)

• Zero Acidentes graves e fatais

• Percentual mínimo de horas de capacitação em Segurança no Trabalho (%HTr) seja de 1,5%

• 100% dos empreendimentos em curso pratiquem e reportem os programas PRéVER e Sistema de Avaliação de Gestão conforme suas bases conceituais

• Ampliação do número de observações de desvios.

[TFSAA] =2,08 [TFSA] = 0,99[TFCA] = 0,59 [TFT] = 3,66[TG] = 8

Verificou-se 1 acidente fatal.

%HTr ST = 3,85 %

Foram realizadas 5.372 inspecções PRéVER em todos os empreendimentos activos da Odebrecht em Angola.

Verificou-se um aumento significativo das observações de desvios.

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho; Condições laborais

Segurança e Saúde no Trabalho; Capacitação de Colaboradores

Segurança e Saúde no Trabalho; Promoção da Responsabilidade Ambiental

Segurança e Saúde no Trabalho

[TDORT]: 0,00[TARTDO]: 0,02[ISA]: 0,02[TANRT]: 10,65

%HTr SO = 0,45%

Verificou-se um aumento de 4,6 (2014) para 8,5 (2015) da Taxa de Incidência de Malária, no entanto nas populações controláveis, verificou-se a sua diminuição.

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho; Condições laborais

Sustentabilidade - Socioambiental

Sustentabilidade - Direitos Humanos

Sustentabilidade - Programas Sociais

Sustentabilidade - Saúde Ocupacional

Sustentabilidade - Segurança no trabalho

Implementação do Indicador de Desempenho Ambiental (IDA) e do indicador de Desempenho Social (IDS)

Não se realizou formação específica na área dos direitos humanos destinada aopessoal de segurança patrimonial devido à alteração de prioridades.

75% de empreendimentos com programas estruturados

Excelência e qualidade dos serviços e produtos;Promoção da Responsabilidade Ambiental; Uso Sustentável da Água; Gestão sustentável de outros recursos naturais; Conservação da Biodiversidade

Protecção dos Direitos Humanos

Criação de oportunidades para a geração de renda; Envolvimento com stakeholders; Capacitação da comunidade; Saúde e Segurança da Comunidade; Envolvimento com a Comunidade

OBJECTIVO / META ÂMBITO NÍVEl DE REAlIzAÇÃO DOS OBJECTIVOS TEMA MATERIAl ODEBRECHT

27

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Verificou-se uma grande mobilização para a divulgação desta iniciativa que produziu resultados importantes na consciencialização dos integrantes e na população de obra.

legenda: Não Cumprido Parcialmente Cumprido Cumprido

2.3.2 Objectivos e metas de sustentabilidade

28

2.4 COMPROMISSO COM OS StakeholderS

A boa relação com os seus principais stakeholders é um im-portante elemento para o sucesso da actividade da Odebrecht. O relacionamento de proximidade e o atendimento às necessi-dades de cada uma das partes interessadas é essencial à sus-tentabilidade dos empreendimentos que a Odebrecht em Ango-

A identificação sistemática dos principais grupos de stakehol-ders da Odebrecht em Angola (acima identificados) precedeu a auscultação destes, efectuada em 2014, aquando do planea-mento do relatório de resultados de sustentabilidade relativo a 2014, que constitui o primeiro relatório do actual ciclo de re-porte de sustentabilidade da Empresa.

AccionistasConselho Administrativo

Media e opinion makersJornais, Revistas, Televisão, sites de opinion makers

Organizações da SociedadeOrganizações de Direitos Humanos, ONG’s, Organizações de Defesa do Ambiente, Associações locais, outras

ClientesPúblicos e privados

Comunidade AcadémicaUniversidades, Institutos de investigação, Institutos de Ensino Médio

Autoridades Governamentais e entidades ReguladorasMinistérios, Autoridades locais, Governo, Entidades Reguladoras

Fornecedores e prestadores de serviçosFornecedores de Materiais, Serviços externos, Sub-contratação de terceiros

IntegrantesTodos os integrantes da Odebrecht em Angola

Comunidade FinanceiraInvestidores, Analistas, Gestores de Fundos de Investimento

Comunidade envolventeComunidades

Parceiros Parceiros de joint ventures

SindicatosSindicatos de trabalhadores

Principais Acções · Definição Anual de Objectivos e Metas de Sustentabilidade· Reporte periódico de dados economico-financeiros· Reporte periódico de dados de sustentabilidade· Definição de metas e objectivos anuais

Principais expectativas · Resultados Económico-Financeiros favoráveis · Bom desempenho em Sustentabilidade· Consolidação de boa reputação por parte de clientes, fornecedores, finan-ciadores, governo e sociedade· Conduta alinhada com a TEO

Principais Acções · Relação estreita com os media e emissão de press releases

Principais expectativas · Comunicação de boas práticas · Informação transparente

Principais Acções · Aplicação das Directrizes do PI-Sustentabilidade da empresa· Comunicação das actividades da Odebrecht

Principais expectativas · Aplicação das melhores práticas na conduta da empresa

Principais Acções · Diálogo permanente e potenciação de oportunidades win-win· Contratação local

Principais expectativas · Qualidade do produto · Comunicação de boas práticas· Eficiência dos serviços· Cumprimento de prazos de entrega

Principais Acções · Programa Jovens Parceiros · Prémio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável· Programa de visitas ao Núcleo de Conhecimento da Odebrecht em Angola

Principais expectativas · Criação de emprego · Integração de unversitários na vida activa · Cooperação

Principais Acções · Aplicação das directrizes do PI-Sustentabilidade da empresa· Plano de melhoria contínua das práticas adoptadas na gestão e operação da organização.

Principais expectativas · Cumprimento legal· Melhoria contínua de procedimentos · Respeito pela cultura local

Principais Acções · Diálogo permanente e potenciação de oportunidades win-win· Contratação local

Principais expectativas · Oportunidades de negócio

Principais Acções · Campanhas internas de comunicação · Formação contínua e plano de carreira · Remuneração compatível com o mercado local· Pacto Anual (PA)

Principais expectativas · Formação e capacitação e plano de carreira · Imagem da empresa no exterior· Remuneração e Transparência salarial · Clima Organizacional e melhoria na comunicação líder-liderado· Condições laborais · Benefícios

Principais Acções · Aplicação das directrizes do PI-Sustentabilidade da empresa· Adaptação da gestão e operações aos requisitos específicos dos financiadores

Principais expectativas · Cumprimento dos requisitos ambientais, sociais e económicos para concessão de financiamento

Principais Acções · Avaliação de impactos sociais · Diagnóstico de necessidades da comunidade envolvente· Auscultação das comunidades · Implementação de Projectos Sociais

Principais expectativas · Maior participação da comunidade envolvente na escolha dos projectos sociais· Geração de emprego e renda· Formação/ capacitação · Apoio à supressão de carências e desenvolvimento local

Principais Acções · Boas Práticas de Governança

Principais expectativas · Transparência na actividade

Principais Acções · Aplicação das Directrizes do Plano Integrado de Sustentabilidade da empresa· Diálogo frequente entre as partes

Principais expectativas · Melhoria contínua das condições de trabalho e das relações laborais· Cooperação e diálogo

29

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

la concretiza e à continuidade e prosperidade do negócio. Desta forma a Empresa desenvolve um conjunto de acções direcciona-das para os diferentes grupos de stakeholders, atendendo àque-las que são as suas principais expectativas, como se caracteriza de seguida para os seus principais grupos de stakeholders.

A relação de proximidade com os seus stakeholders, e as acções acima referidas, assentam na operacionalização de um conjun-to de mecanismos de interacção e comunicação, que por sua vez constituem instrumentos fundamentais para a gestão das respectivas expectativas das partes interessadas, procurando a conciliação dos interesses de todos, contribuindo para a criação de valor mais sustentável. Esses mecanismos e a frequência com que ocorrem as diferentes acções de comunicação e interac-ção com os diferentes grupos de stakeholders encontram-se discriminados em anexo.

G4-24G4-25G4-26G4-27

G4-29

30

2.5 PRÉMIO ODeBReCHt PARAO DeSenVOLVIMentO SuStentÁVeL

No dia 22 de Abril de 2015, a Odebrecht em Angola realizou a 5ª edição do Prémio Odebrecht para o Desenvolvimento Sus-tentável, cujo objectivo é estimular os estudantes universitá-rios a participar da busca de soluções técnicas, responsáveis e inovadoras sobre temas relacionados com o desenvolvimento sustentável. Este concurso está inserido num amplo programa da Odebrecht de relacionamento com as Instituições de Ensino Superior do País em que actua, sejam elas públicas ou privadas.

A Odebrecht em Angola acredita que é necessário incentivar o trabalho em rede e a cooperação estimulando os jovens en-genheiros a assumirem o seu papel como “engenheiros do fu-turo” capazes de fazer a diferença no desenvolvimento do país. Este prémio e a aposta no relacionamento com o mundo acadé-mico são contributos importantes nesse sentido.

Na sua 5ª edição em Angola foram feitas 106 inscrições, efecti-vando a participação de 45 concorrentes de 16 Universidades, das quais 12 de luanda, 1 de Benguela, 1 do Huambo e 2 da Huila. Estes dados demonstraram o crescente interesse pelo Prémio Odebrecht, entre os estudantes, orientadores e universidades.

Durante o evento, foram premiados os três melhores projectos, que receberam cada um o valor de 22.500 USD, tendo sido dis-tribuidos 7.500 USD a cada estudante ou grupo de estudantes, a cada professor orientador e a cada universidade à qual estão vinculados os vencedores. Adicionalmente, aos estudantes vencedores foram oferecidos estágios na Odebrecht em An-gola, com a oportunidade de desenvolvimento de carreira na Empresa.

Os projectos apresentados passaram por um processo de ava-liação interna e externa que considerou a contribuição da enge-nharia para o desenvolvimento sustentável e teve como base o conteúdo, clareza, fundamentação, profundidade, contribuição técnica, aplicabilidade e apresentação gráfica de cada trabalho.

A Comissão de avaliação interna contou com a participação de 35 integrantes da Odebrecht das áreas de Sustentabilidade, Equipa-mentos, Produção, Engenharia e alguns Directores de Contrato.

A Comissão de avaliação externa, responsável pela escolha dos três projectos vencedores, foi constituída pelos representantes dos seguintes ministérios:

• Ministério da Ciência e Tecnologia: 4 representantes

• Ministério da Energia e Águas: 1 representante

• Ministério do Ensino Superior: 1 representante

Aproveitamento do plástico reciclado para implementação no asfaltoUniversidade Jean Piageat de Angola – UNIPIAGEATAluno – lourival Santana Jorge Afonso Orientador – Sonia Paím

Asfalto Sustentável - um Desafio Presente Universidade Metodista de Angola – UMA Alunos – Joelson Vidal Velhinho e Aldemiro Jorge Mariata Orientador – Jorge Mariata

Biodigestão das lamas nas valas de drenagem para o aproveitamento agrícola e geração de biogásUniversidade Jean Piageat de Angola - UNIPIAGEATAlunos – Madalena Manuela da Fonseca Fernandes e Melquide Wanderley Martins Neto Orientador – Albertina Canda

trabalhos vencedoresPRÉMIO ODeBReCHt 2015

2.6 CeRtIFICAÇÕeS

A Odebrecht procura alinhar as suas acções com as melhores práticas de gestão internacionais alinhando os seus mecanismos de gestão com normas internacionais de certificação de siste-mas de gestão. Neste âmbito, em 2015 o empreendimento de AHE Cambambe revalidou a certificação do Sistema Integrado de Gestão de Qualidade, Ambiente e Higiene e Segurança no Traba-lho obtida em 2014, de acordo com as normas ISO 9001; 14001 e OHSAS 18001, respectivamente.

Em 2015, os empreendimentos Belas Business Park e Residencial Talatona, para além de terem renovado a certificação dos seus Sistemas de gestão da Segurança e Higiene no Trabalho de pela norma OHSAS 18001, obtiveram a certificação no Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma ISO 9001.

31

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

CRE6

A Odebrecht em Angola continua a apostar em disseminar o respeito pelo meio ambiente, através das práticas implementadas nas suas obras e de acções concretas e de sensibilização junto das comunidades e dos seus integrantes, e reforçou em 2015 a sua aposta na racionalização do uso de recursos.

+ COMPROMISSO COM O MeIO AMBIeNTe

32 33

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Imagem separador + Compromisso com o Meio Ambiente:Barragem de Cambambe - AHE Cambambe

34 35

3. + COMPROMISSO COM O MeIO AMBIeNTe

3.1 BASeS DA GeStÃO AMBIentAL

A Odebrecht segue as orientações definidas na sua Directriz de Meio Ambiente do SIGS, para a adopção de práticas para identi-ficação, avaliação e minimização de impactos ambientais nega-tivos que possam ser causados pelos seus empreendimentos potenciando, por outro lado os seus impactos positivos e pro-movendo a responsabilidade ambiental.

3.1.1 Análises de risco e estudos de impacto ambiental

A realização de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) num em-preendimento é definida, atendendo sempre à legislação perti-nente, pelo grau de risco socioambiental que lhe é atribuído na análise efectuada em fase de estudo prévio. O EIA é o ponto de partida para a realização de todos os procedimentos previstos para a gestão de sustentabilidade dos projectos.

Conhecer previamente o ambiente que dará suporte ao projecto nomeadamente os seus aspectos físicos, biológicos e socioeconomicos;

Avaliar e classificar impactos ambientais e sociais do projecto;

Assegurar que cada empreendimento cumpra com os requisitos da legislação local, dos clientes, bem como com os requisitos das entidades licenciadoras, praticando o acompanhamento e a monitorização necessários para o cumprimento efectivo desses requisitos;

Evitar interferir com habitats protegidos e salvaguardar as espécies em risco de extinção;

Promover a participação pública, a comunicação e a consulta de todas as partes interessadas na área de influência da operação;

Promover o uso racional dos recursos naturais e a sua conservação de forma responsável, proteger os ecossistemas, conservar a biodiversidade e respeitar as culturas locais;

Implementar programas de gestão que tenham em conta a magnitude, a complexidade e abrangência dos empreendimentos.

Príncipios de Gestão Ambiental

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

3.1.2 Monitorização do desempenho ambiental

Em 2015, o desempenho socioambiental da Odebrecht passou a ser medido de forma um pouco diferente da que tem sido repor-tada nos últimos anos. Anteriormente os resultados de desem-penho eram reportados no ISAM (Indicador Socioambiental), que em 2015 foi substituído pelo IDS (Indicador de Desempenho So-cial) e pelo IDA (Indicador de Desempenho Ambiental).

Estes dois indicadores permitem à organização ter uma visão global do desempenho de sustentabilidade nos diversos pro-jectos, nas diferentes geografias.

Da mesma forma que no antigo ISAM, o IDA e o IDS são indica-dores compostos por um conjunto de índices respectivamente ambientais e sociais registados e compilados trimestralmente através de plataforma informática especifica para o efeito, cuja informação é consolidada por projecto e por geografia, resul-tando dois índices de desempenho ambiental e social que pon-deram o nível de risco e a respectiva performance.

O reporte do IDS e IDA sofreu algumas melhorias em relação ao reporte do ISAM, sendo agora mais detalhado, permitindo um maior rigor na informação disponibilizada. No IDA é regis-tada informação de cariz ambiental como consumos de re-cursos, produção de resíduos ou desmatação. No IDS são re-gistados dados relativos aos programas sociais em vigor nos empreendimentos como o investimento em acções sociais entre outros.

A Odebrecht assumiu em 2009 o compromisso da mitigação e adaptação às Mudanças Climáticas com a subscrição da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas, garantindo o con-trolo sobre os gases de efeito de estufa (GEE) libertados pelas suas operações, em todas as geografias e a adopção de medi-das de mitigação em relação a este tema.

AuDITORIAS AMBIeNTAIS

3.2 GeStÃO SuStentÁVeL De ReCuRSOS nAtuRAIS

A indústria de E&C é muito exigente no consumo de recursos naturais, nomeadamente no consumo de água, combustíveis e energia. Estes consumos estão directamente dependentes da natureza, extensão e fase em que a obra se encontra. Assim, é difícil estabelecer uma base comparativa que permita padroni-zar os consumos de recursos e generalizar factores para a sua redução.

3.2.1 Uso Sustentável da Água

A água é um recurso natural essencial na actividade de cons-trução civil. Mesmo sendo relativamente abundante na maior parte dos locais onde se situam as operações da Odebrecht em Angola, é um recurso que merece constante cuidado quanto à sua preservação.

Nas obras de infraestruturas a água é importante não só na ver-tente da incorporação na própria construção, como também para abastecimento dos estaleiros para consumo dos trabalhadores.

Todos os empreendimentos da Odebrecht devem incluir no seu PI-Sustentabilidade um programa específico para captação de água, de acordo como previsto na Directriz de Meio Ambiente. Também a Directriz de Saúde Ocupacional e de Promoção da Saúde do negócio de E&C, inclui a obrigatoriedade do forne-cimento de condições de higiene e saúde aos trabalhadores, o que implica o acesso a água potável para consumo nos esta-leiros, bem como de disponibilidade de água para garantir con-dições de higiene pessoal e colectiva.

A maior parte dos estaleiros de obra da Odebrecht em Angola são abastecidos por água proveniente de captação superficial em linha de água adjacente ou por água proveniente da rede pública de abas-tecimento. Existem ainda outras vias de abastecimento de água: (i) captação de água no mar e tratamento por dessalinização (obra SO-NAREF); (ii) abastecimento via camiões-cisterna; (iii) aproveitamen-to de águas pluviais e (iv) o tratamento de efluentes gerados para reutilização são vias de abastecimento de água nos estaleiros da Odebrecht em Angola. Em 2015, o consumo total de água resultante da actividade da odebrecht em Angola foi de 4.673.000 m3.

Cerca de 85% da água consumida nas obras activas da Odebrecht em Angola teve origem em captações superficiais, nomeadamen-te no rio Kwanza. é também considerada captação de fonte superficial

Uma das medidas adoptadas foi a criação de um sistema de informação global (CERENSA) para a monitorização da emis-são de gases de efeito de estufa (GEE), que permite fazer o inventário anual de emissões de toda a actividade da Orga-nização, fomentando a transparência e a comparabilidade de dados entre empreendimentos.

Controlo Interno

No âmbito dos procedimentos de controlo interno, são realiza-das inspecções internas e externas periódicas para averiguação da fiabilidade dos dados e identificação de problemas e opor-tunidades de melhoria relativamente à performance ambiental.

G4-EN8G4-22G4-23

101

55nº Auditorias

externas

nº de Auditorias no âmbito da Certificação da ISO 14001

nº Auditorias Internas

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

36

a água proveniente da rede pública de abastecimento bem como a que chega à obra em camiões-cisterna, já que a origem de ambas é, maio-ritariamente, a captação superficial em rio.

Embora a comparabilidade dos dados de consumo total anual de água seja limitada, através da taxa de consumo de água por in-tegrante podemos ter a percepção da evolução dos consumos anuais. Em 2015 o consumo específico de água da Odebrecht em Angola foi de 0,32 m3/integrante, tendo aumentado em re-lação ao ano anterior. Este ligeiro aumento deve-se à nature-za das actividades desenvolvidas nas obras em curso em 2015 que requereram utilização de maiores quantidades de água, a par com a diminuição do efectivo.

Reutilização de água

Em 2015 destaca-se a reutilização de água nos empreendimen-tos da Odebrecht em Angola. Esta foi uma aposta dos DC’s de AHE laúca e AHE Cambambe que atingiu resultados pioneiros na actividade da Empresa em Angola.

A reutilização de água existente na Odebrecht em Angola, refe-re-se a efluente tratado de forma adequada, permitindo a sua reutilização em processos semelhantes à sua utilização anterior (como a reciculação de águas de lavagem de betoneiras) ou ou-tros (como a umectação de vias).

Os resultados globais de reutilização de água pela Odebrecht em Angola referentes à actividade de 2015 foram os seguintes:

No ano de 2015, destacam–se os resultados alcançados no domínio da reutilização de água tendo a percentagem de água reutilizada aumentado significativamente em relação ao ano anterior, devido à implementação de sistemas de reu-tilização nos diversos empreendimentos.

Origens de Água por tipo de fonte

Percentagem de água reutilizada

Captação Superficial (água doce)

Água não reutilizada

85%

60%

5%

10%

40%

Captação de água do Mar (estação de dessalinização)

Água reutilizada

Reutiização de efluentes

A taxa de consumo de água mede a relação entre o consumo de água verificado na Empresa face ao número de trabalhado-res (integrantes e subcontratados) em determinado período de tempo. Tomando o número de integrantes como medida da dimensão das operações da Empresa, consegue obter-se uma visão mais comparável dos consumos verificados anualmente, na medida em que se pondera a maior ou menor intensidade das operações do período de reporte.

Reutilização das águas residuais em AHe Laúca

No estaleiro de obra do empreendimento de AHE laúca foi in-troduzido em 2015 um inovador modelo de gestão da água que permitiu diminuir a quantidade de água captada do meio de-vido à implementação de um sistema de reutilização de água. A adopção de um modelo de gestão da água circular e não linear, permitiu que em 2015 se chegasse a uma reutilização de 75.000 m3/mês de água, que representa o equivalente ao abastecimen-to de água de uma cidade com 15.000 habitantes.

As principais alterações ao sistema passaram pela adequação das diversas estruturas produtoras de efluentes com soluções à medida, de forma a transformar o efluente em água passí-vel de ser utilizada em diferentes usos, como a umectação de acessos, na irrigação de áreas em recuperação ou mesmo na reintegração no próprio processo de onde é proveniente.

Os principais tipos de efluentes produzidos no estaleiro são:• Efluente Sanitário: proveniente dos alojamentos e do refeitório;• Efluente Industrial: resultante dos processos de lavagem de

areia, da produção de betão e lavagem de betoneiras, da la-vagem de rodados e equipamentos e da escavação de túneis.

Desta forma, em relação a todo o efluente gerado no estaleiro, conseguiu-se atingir uma taxa de reutilização de água de cerca de 60% no ano de 2015.

A meta para 2016 é atingir uma taxa de reutilização de 80% de todo o efluente gerado tratado.

Principais vantagens da reutilização de águas residuais:• Economia de uso do recurso natural Água;• Processo economicamente viável e facilmente replicável, pela

redução dos custos de tratamento de efluentes e do forneci-mento de água ao estaleiro

• Prevenção da poluição pelo não lançamento de efluentes;• Ganho de reputação pela satisfação dos stakeholders envolvi-

dos no projecto, com os resultados das práticas de reutilização de águas residuais.

Esta alteração no modelo de gestão da água no AHE laúca, permite poupar cerca de 31.500 USD/ano nos custos da água. As verbas poupadas, foram realocadas para o apoio a pesqui-sas de novas tecnologias que garantam a eficácia no processo produtivo do projecto e também na formação de mão-de--obra local sem experiência na área a fim de torná-la capa-citada para ser multiplicadora da prática de reutilização em novos empreendimentos.

Além das medidas tomadas para o aumento da reutilização dos efluentes gerados, também foram implementadas medidas para a racionalização do uso da água gerando uma redução do volume

total captado. Estas acções podem ser evidenciadas na central de betão por exemplo, que por adoptar o uso do produto Recover para melhor inibir a adesão do concreto às partes metálicas internas do balão das betoneiras, gastou-se menos água para a sua lavagem, reduzindo assim o volume de água captado para este fim.

37

Taxa de consumo de água (m3/integrante)

2013 2014 2015

1,42 0,14 0,32

G4-EN10G4-EN27

CRE2

Gestão de águas residuais

O PI-Sustentabilidade de cada empreendimento define tam-bém as metodologias a aplicar para o correcto encaminhamen-to e tratamento de águas residuais produzidas pela actividade de acordo com a legislação em vigor no país da operação. Nos estaleiros da Odebrecht em Angola são produzidos efluentes do tipo:

• sanitário: proveniente das instalações sanitárias do estaleiro;

• industrial: proveniente das centrais de betão e efluentes con-taminados com óleos e gorduras, provenientes das oficinas de mecânica e lavagens de rodados.

Sempre que exista rede de águas residuais nas imediações da obra, a descarga de efluentes tratados é realizada directamente na rede mediante licença. No caso das obras em que não exis-te rede, são construídas as infraestruturas necessárias, para o tratamento e disposição dos efluentes produzidos em meio receptor. Existem ainda casos em que os efluentes são arma-zenados e transportados em camião-cisterna para descarga e tratamento em local apropriado.

A gestão e responsabilidade pelas descargas e qualidade dos efluentes descarregados são asseguradas localmente em cada obra. Em 2015, foi possível medir com maior precisão a quanti-dade de efluentes produzidos nas obras activas devido à ins-talação de medidores de caudal à saída de cada infraestrutura de tratamento na maior parte das obras. Assim, em 2015, foram produzidos 1.159.000 m3 de efluentes resultantes da actividade da Odebrecht em Angola, dos quais foram descarregados, em destino adequado, cerca de 700.000 m3, no que respeita às obras em que foi possível efectuar medições.

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

3.2.2 Outros recursos

Consumo de Matérias-Primas

Em 2015 as principais matérias-primas utilizadas pela Odebrecht em Angola foram o asfalto e o cimento. Não se considerou betão/concreto como matéria-prima, uma vez que todo o betão utiliza-do no ano de 2015 foi fabricado em obra a partir de cimento. Na operação da Odebrecht em Angola, a maior parte das matérias--primas consumidas são provenientes de fonte não renovável.

Especificam-se em baixo os consumos de matérias-primas durante o ano de 2015 resultantes da actividade da Odebrecht em Angola.

Em 2015 não se verificou a utilização de matérias-primas reci-cladas nos empreendimentos da Odebrecht em Angola.

em zonas afastadas dos grandes centros urbanos, que muitas vezes não estão cobertos pela rede de distribuição de ener-gia. Desta forma, a maior parte da energia eléctrica consumida nos empreendimentos da Odebrecht em Angola em curso no ano de 2015 foi produzida localmente por geradores a diesel. Mesmo nos empreendimentos onde existe possibilidade de abastecimento através da rede eléctrica, existem sempre gru-pos geradores a diesel uma vez que estes garantem estabilidade aos sistemas.

A diminuição observada de 2014 para 2015 corresponde a uma poupança de 162.908 GJ e está maioritariamente relacionada com decréscimo do número de obras activas em 2015 relati-vamente a 2014, com a fase em que as obras se encontram e com a substituição de fonte de energia ocorrida em AHE laúca. Assim, verificou-se em 2015 um aumento do consumo de ener-gia eléctrica associado à entrada em funcionamento da linha de Transmissão de energia directamente da Central Hidroeléctrica de Capanda para abastecer o empreendimento de AHE laúca. Este foi um passo importante na redução do consumo de com-bustíveis, das emissões e do ruído em obra, já que permitiu a desmobilização de 13 geradores neste empreendimento, dos quais 9 funcionavam 24h/dia e a 12h/dia. Gerou-se ainda uma poupança mensal de cerca de 66.000 litros de combustível.

Contudo a maior parte de energia consumida pela Odebrecht em Angola continua a ser proveniente de fonte não renovável, nomeadamente de combustíveis fósseis (diesel).

O consumo total de energia tem vindo a decrescer ao longo dos anos na Odebrecht em Angola. O consumo de combustíveis está relacionado com o funcionamento dos geradores e com-bustível utiliizado pela frota de transportes terrestres operacio-nias da Odebrecht em Angola.

À semelhança do recurso água, obteve-se igualmente a intensi-dade energética da Empresa, através do rácio entre o consumo total de energia e o número total de trabalhadores da Empresa. Desta forma, apesar do consumo total absoluto de energia da Empresa ter sido menor, observou-se que a intensidade ener-gética verificou um ligeiro aumento, relacionado com a menor redução em proporção do número total de trabalhadores do que a redução absoluta do consumo de energia.

Gestão Energética

As principais fontes de energia eléctrica em Angola são a ener-gia hídrica e a térmica.

A rede de distribuição de energia eléctrica está organizada princi-palmente para o abastecimento dos grandes centros urbanos, es-tando em curso um plano de electrificação de todo o território. Os empreendimentos da Odebrecht localizam-se maioritariamente

Consumo de Matéria-Prima

Consumo de energia na Organização por fonte (GJ)

Consumo de energia de fonte renovável e não renovável

Asfalto

consumo de combustível

FONTe NãO ReNOVÁVeL

(diesel)

consumo de energia eléctricaFONTe ReNOVÁVeL

(hidroeléctrica)

Intensidade energética da organização [GJ/integrante]

Cimento

Aço

Madeira

Cal

38 39

2013

2014

2015

2013 2014 2015

94% 6%

119,0 90,3 97,7

0

0

0

500.000

500.000

500.000

1.500.000

1.500.000

1.500.000

2.000.000

2.000.000

2.000.000

1.762.465

1.599.557

1.447.938

1.753.744

1.067.000 (t)

190.271 (t)

25.709 (t)

16.009 (t)

12 (t)

1.590.548

1.367.548

8.721

9.009

80.559

legenda:

legenda:

legenda:

consumo de combustível (diesel)

consumo de combustível (diesel)

consumo de combustível (diesel)

consumo total de energia na organização

consumo total de energia na organização

consumo total de energia na organização

consumo de energia eléctrica

consumo de energia eléctrica

consumo de energia eléctrica

G4-EN1G4-EN2

G4-EN22

G4-EN3G4-EN5G4-EN6

IMPACTO SOlUÇÕES APlICADAS

Contaminação por Efluente Sanitário

Contaminação por Efluente Industrial

Acidentes com:• Explosivos• Gases Industriais • Líquidos Combustíveis /Inflamáveis • Materiais oleosos • Produtos corrosivos

Poluição do ar por:• Emissão de produtos de combustão por veículos

/equipamentos a óleo diesel • Poeiras em plantas de beneficiamento de agregados

e produção de concreto • Poeiras em vias e em áreas de operações

de movimento de terras, corte e aterro

Disposição inadequada de:• Resíduos não perigosos inertes• Resíduos não perigosos não inertes • Resíduos perigosos • Resíduos perigosos oriundos de serviços de saúde

Contaminação ambiental por:• Lavagem de betoneiras e caminhões-betoneira com resíduos

de betão• Movimento de terra, escavações, perfurações e corte. • Processos de umectação para controle de emissões

atmosféricas

Ruídos excessivos causados por:• Escavações e trabalhos com explosivos• Movimentação de terra, corte e aterro • Trabalho com equipamentos fora de estrada e industriais• Trabalho confinado/construção de túneis

Afectação de flora e fauna por: • Escavações e trabalhos com explosivos• Construção, manutenção e recuperação

de acessos e vias • Limpeza de área, desmatamento/supressão

de vegetação • Movimentação de terra, corte e aterro

• Implantação de tratamento preliminar e primário e suas etapas: gradeamento, peneiras, desarenador, decantação, flotação, separação de óleos e graxas, equalização, neutralização e medidores de vazão.

• Implantação de tratamento secundário e suas etapas: lagoas de estabilização, lagoas aeradas, lodos activados e suas variantes, filtração biológica e reactores anaeróbicos

• Implantação de tratamento simplificado e suas etapas: tanque séptico, filtro anaeróbico e reactor anaeróbico de manta de lodo• Outros: recolha com camião-cisterna

• Implantação de sistema de bacias de decantação e sedimentação para tratamento de efluentes de pátios de lavagem de betoneiras, Centrais de Betão e de Britagem conforme norma API/”Kit Canteiro”

• Implantação de sistema de separadores de água e óleo conforme norma API/”Kit Canteiro” para Efluentes Industriais Oleosos • Implantação de tratamento preliminar e primário e suas etapas: gradeamento, peneiras, desarenador, decantação, flotação,

separação de óleos e graxas, equalização, neutralização e medidores de vazão.

• Implantação de sistema adequado para manuseamento de produtos químicos e suas etapas: identificação, recebimento, armazenagem, rotulagem, transporte e manuseamento

• Previstas acções de mitigação em situações de emergência como derrames, vazamentos, transbordamentos, princípios de incêndio, explosões, etc.

• Implantação de sistema adequado para a manutenção de veículos e equipamentos e consequente controle de produtos de combustão

• Implantação de sistema adequado para captação e tratamento de material particulado (ciclones, filtros de tecido, etc.)• Implantação de sistema adequado para controle de poeira em plantas de beneficiamento de agregados e produção de betão • Implantação de sistema adequado para controle de poeira nas vias de trânsito e áreas de trabalhos de movimentação de terras

• Implantação de aterro sanitário • Implantação de sistema adequado de gestão de resíduos de construção civil e suas etapas: classificação, • identificação, acondicionamento, transporte, reutilização e reciclagem • Implantação de sistema adequado de gestão de resíduos sólidos e suas etapas: identificação, acondicionamento,

segregação, armazenagem temporária, colecta selectiva, transporte, tratamento e destinação final • Implantação de sistema adequado para reciclagem térmica de resíduos perigosos e suas etapas: classificação, segregação, armazenagem,

quantificação e destinação final (incineração) • Implantação de sistema adequado para separação, manuseamento e reciclagem térmica de resíduos de saúde• Outros Aterro controlado / Municipal

• Realização de avaliação de conformação topográfica • Implantação de procedimento para a estabilização e controle de taludes • Implantação de procedimento para adequada retirada de camadas superficiais de solo • Previstas acções de recuperação/replantação de áreas degradadas

• Implantação de procedimento para manutenção preventiva de equipamentos dinâmicos rotativos ruidosos • Implantação de sistema de gestão de detonações de explosivos

• Implantação de sistema de resgate e manuseamento de flora e fauna• Delimitação e optimização (redução tanto quanto seja possível) das áreas com vegetação a suprimir e priorização do uso

de áreas já antropizadas • Implantado procedimento para conservação de património genético

3.3 PROMOÇÃO DA ReSPOnSABILIDADe AMBIentAL

A promoção da responsabilidade ambiental é assegurada na Ode-brecht pela implementação de medidas de mitigação, correcção e compensação de impactos nos seus empreendimentos, previs-tos na sua Política de Sustentabilidade e nas Directrizes do SIGS.

Estas fazem parte do PI-Sustentabilidade de cada empreendi-mento, sendo orientadas por metas definidas anualmente pelo

DC com base no Plano de Acção definido também ele anualmente. O conjunto de procedimentos implementados nas obras são de-finidos, em cada uma delas de acordo com os riscos ambientais identificados em fase de estudo de projecto, permitindo a miti-gação dos impactos ambientais, nomeadamente relativos aos seguintes aspectos:

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

40

ANO ÁREADEGRADADA (HA)

ÁREARECUPERADA (HA)

2013 351 0

2014 1.063 168

2015 26 64

A performance relacionada com a responsabilidade ambien-tal da Odebrecht em Angola é resultante de investimentos operacionais e da implementação de boas práticas incorpo-radas continuamente pela Empresa nas suas obras no País. Estes investimentos são geridos por cada um dos empreen-dimentos e destinam-se a acções de prevenção, monitoriza-ção, controlo, correcção, mitigação, recuperação e educação ambiental.

Um dos grandes impactos ambientais da indústria da construção civil é o desmatamento. A execução de obras de grande enver-gadura, como barragens ou estradas requer, na maior parte dos casos, desmatamento e limpeza de terenos. A directriz de meio ambiente da Odebrecht prevê a implementação de um procedi-mento de Supressão de Vegetação no PI-Sustentabilidade para cada empreendimento. Este procedimento prevê as acções de desmatamento e de recuperação das áreas degradadas. Na maioria dos casos, as acções de mitigação e recuperação das áreas desmatadas são desfasadas no tempo em relação à acção de desmatamento, ocorrendo no fim e no início dos trabalhos.

Em 2015, a área desmatada resultante da actividade da Odebre-cht em Angola foi de cerca de 26 ha, tendo as acções de desma-tamento ocorrido nas obras do AHE laúca e AHE Cambambe.

A recuperação das áreas degradadas por desmatamento é na maior parte das vezes realizada por reflorestação. Em casos ex-cepcionais, em que se possa revelar necessário, realiza-se o tra-tamento de passivos ambientais. Em 2015, foram recuperados 64 ha de áreas desmatadas através de acções de reflorestação, nas áreas afectas aos empreendimentos de AHE laúca e AHE Cam-bambe.

Uma outra via da Promoção da Responsabilidade Ambiental é o desenvolvimento de programas de sensibilização e educação ambiental junto das comunidades vizinhas aos empreendimentos da Odebrecht. Nestes programas a valorização do cuidado com o meio ambiente é induzida pela realização de acções de sensi-bilização sobre temas ambientais junto das comunidades como a recolha selectiva de resíduos ou a manutenção da higiene pública.

A visão integrada de sustentabilidade da Odebrecht permitiu criar mecanismos de interacção com as comunidades em que por um lado se promove a responsabilidade ambiental e por outro a melhoria da qualidade de vida das comunidades adja-centes aos empreendimentos, como referido, através de pro-gramas de agricultura familiar, em que as comunidades são in-centivadas a cultivar mudas de espécies de árvores autóctones, que mais tarde são utilizadas pela Odebrecht na reflorestação de áreas desmatadas.

Nos empreendimentos em curso de AHE laúca e SONAREF estão activos projectos socio ambientais desta natureza, como se especifica no capítulo relativo ao trabalho da Odebrecht em Angola com as comunidades.

3.3.1 Gestão de Resíduos

Todos os empreendimentos da Odebrecht incorporam um sis-tema de gestão de resíduos de acordo com a Directriz de Meio Ambiente do SIGS. Este sistema permite o correcto encaminha-mento, tratamento e deposição final dos resíduos produzidos em obra protegendo o sempre o meio ambiente e respeitando a legislação em vigor no país da operação. A Directriz prevê tam-bém a implementação de um conjunto de procedimentos para a prevenção de derrames que são implementados sempre que seja identificado o risco da sua existência. Em 2015 não foram registadas ocorrências de derrames significativos de substân-cias prejudiciais ao meio ambiente, decorrentes da actividade da Odebrecht em Angola.

Os principais tipos de resíduos produzidos pela operação da Odebrecht em Angola, correspondem a materiais inertes, re-sultantes da actividade de construção e demolição, resíduos orgânicos gerados nos refeitórios e alojamentos do estaleiro, resíduos hospitalares, nos casos em que existem estruturas de apoio à saúde, resíduos oleosos e outros resíduos perigo-sos e materiais contaminados gerados também pela activida-de diária do estaleiro.

O destino final dos resíduos de cada empreendimento é definido de acordo com a previsão da tipologia de resíduos gerados em obra, em articulação com as infraestruturas existentes na região onde se localiza o empreendimento, caso estas existam. Como a maior parte dos empreendimentos em curso em Angola se lo-calizam fora dos grandes centros urbanos, em zonas onde não

41

o investimento total em em acções ambientais em 2015 foi de 6.528.190 USd

G4-EN27 G4-EN23G4-EN24G4-EN31CRE5

existem sistemas municipais de gestão de resíduos que permi-tam o encaminhamento dos mesmos, os resíduos produzidos são maioritariamente tratados no próprio estaleiro de obra, através de infraestruturas próprias construídas para o efeito.

Em Angola, os resíduos inertes e perigosos provenientes de tra-balhos de construção de demolição são usualmente reciclados, ou reutilizados em obra, enquanto os resíduos perigosos prove-nientes da actividade de apoio à saúde são incinerados.

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

43

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

Reutilização

2.349

Incineração

532

Reciclagem

13.007

Composta

gem

1.848

Aterro

2.445

3.3.2 Conservação da biodiversidade

Em 2015, não se iniciaram novos empreendimentos, pelo que, à semelhança de 2014, não se verifica a existência de empreen-dimentos localizados dentro de terrenos adjacentes a áreas protegidas, em áreas classificadas como de alto índice de biodi-versidade fora de áreas protegidas ou em áreas com impactos significativos para espécies em vias de extinção.

Na Odebrecht, todos os empreendimentos que se locali-zem em zonas de maior risco de diminuição da biodiversi-dade, estão sempre sujeitos à realização de EIA, conforme definido na Directriz de Sustentabilidade, nos quais se es-tabelecem as medidas de mitigação de impactos sobre a biodiversidade fauna e flora a aplicar especificamente nes-se empreendimento. Os terrenos onde se situam os em-preendimentos são previamente preparados e, para to-dos, estão previstas medidas de recuperação de habitats.

TOTAl

Alimentação e Caldeiras

Combustíveis e Lubrificantes (1)

Corte e Solda

Desmatamento

Efluentes Sanitários

Energia Eléctrica

explosivos

Matérias-primas

Reflorestamento

Refrigeração

Resíduos Sólidos

transporte de cargas (2)

transporte de integrantes (3)

Viagens Aéreas

593,72

89.281,21

82,76

-

13.867,35

-

218,29

-

-

2.659,39

2.747,98

-

-

-

109.450,71

FONTE DE EMISSÕES

ÂMBITO I (tCO2e)

ÂMBITO II (tCO2e)

EMISSÕES (tCO2e)

ÂMBITO III(tCO2e)

-

-

-

-

-

10.712,89

-

-

-

-

-

-

-

-

10.712,89

157,49

-

0,79

-

1.947,22

-

80,99

166.596,46

-

-

565,31

7.909,87

208,26

221,63

177.688,03

751,21

89.281,21

83,56

-

15.814,57

10.712,89

299,29

166.596,46

-

2.659,39

3.313,29

7.909,87

208,26

221,63

297.851,63

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

2013 2014 2015

legenda:

Âmbito I

Âmbito II

Âmbito III

Emissões Totais

665.062

190.964

177.688

476

129.620165.658

109.451

834

10.713

534.965

297.852

357.456

42

G4-EN11 G4-EN12G4-EN13G4-EN15G4-EN16G4-EN17

G4-EN193.3.3 Emissões de Gases de Efeito de Estufa

De acordo com a Directriz de Mudanças Climáticas do SIGS da Odebrecht para o negócio de E&C, este inventário diferencia as emissões directas das indirectas, de âmbito 2 e 3 do GHG Pro-tocol. O Inventário de Gases de Efeito de Estufa é realizado por todas as obras da Organização, em todas as geografias. Na ac-tividade de construção, a maior parte das emissões de GEE, são indirectas e resultam dos processos de produção das matérias--primas (aço e cimento) que requerem a utilização de grandes quantidades de energia.

Em Angola, o preenchimento do inventário de emissões foi rea-lizado pela primeira vez em 2010.

O resultado do inventário de emissões de GEE referentes à ac-tividade do ano de 2015 da Odebrecht em Angola foi o seguinte:

NOTAS:

(1) Corresponde maioritariamente a emissões associadas à queima de combustíveis em geradores para a produção de energia eléctrica e emissões associadas à frota própria da Odebrecht em Angola;

(2) Correspondente a transporte transfronteiriço de materiais

(3) Corresponde a a transporte assegurado por prestadores de serviços de transporte subcontratados.

Quantidade de residuos gerados por destino final (t)

emissões Totais 2013 - 2015 (tCO2e)

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

44

Intensidade de emissões de Gee da empresa

Este indicador permite ter a percepção do impacto das emissões totais da Odebrecht em Angola por trabalhador. Traduz-se num rá-cio (tCO2e /integrante) que permite comparar anualmente a evo-lução do nível de intensidade carbónica, conduzindo a um melhor planeamento de medidas de mitigação sobre emissões de GEE.

Nos últimos 3 anos tem-se verificado o decréscimo das emissõestotais e da intensidade de emissões, que acompanha a tendência daorganização no compromisso de combate às alterações climáticas,reflectida numa descida generalizada da maioria dos parâmetros. No caso das emissões associadas aos efluentes sanitários o aumento das emissões está associado à melhoria dos meios de monitoriza-ção de efluentes líquidos verificada em 2015.

2013

2014

2015

45

44,9

20,2

20,1

G4-EN18G4-EN29

Intensidade carbónica da organização[tCOe/integrante]

Multas e sanções ambientais

Em 2015, não se verificou a aplicação de multas ou sanções não monetárias em decorrência da não conformidade com leis e regulamentos ambientais, contra a Odebrecht em Angola.

A Odebrecht em Angola continua a afirmar que o seu principal activo são as pessoas - os seus integrantes e as massas jovens Angolanas representam um investimento permanente no que respeita às temáticas da segurança, saúde e capacitação para o mercado de trabalho.

46 47

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

+ COMPROMISSO COM AS PeSSOAS

Imagem separador + Compromisso com as Pessoas:Vias Estruturantes

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

As pessoas constituem o principal activo da Odebrecht enquan-to protagonistas essenciais do seu desempenho empresarial.

O desenvolvimento de cada indivíduo tem como base a relação líder-liderado, a disciplinada delegação planeada e uma suces-são de ciclos de planeamento, pacto, acompanhamento, avalia-ção e julgamento.

A Política de Pessoas da Odebrecht baseia-se nas capacidades de Identificação, Desenvolvimento, Avaliação e Integração, ca-racterísticas estas que conferem aos integrantes uma elevada capacidade de adaptação aos diversos Negócios da Organiza-ção nos diferentes países onde está presente. Espera-se do integrante uma atitude proactiva no desenvolvimento da sua carreira na Organização. Com as Pessoas como figura central da Odebrecht, o respeito pelos Direitos Humanos está presente no Código de Conduta da Organização, bem como na TEO.

Em 2015, verificou-se uma diminuição de efectivo da Odebrecht em Angola em relação ao ano anterior de cerca de 12%, o que se deveu principalmente à desmobilização que ocorreu devido à diminuição do número de obras em curso em relação ao ano anterior. Este foi um ano de fortes contingências financeiras tanto para a empresa como para o País, factor que afectou a sua operação.

Todos os contratos de trabalho para integrantes da Odebrecht são a termo incerto (ou regime permanente) e a tempo inteiro, sendo que em 2015 cerca de 27% do total da mão-de-obra da Odebrecht em Angola foi subcontratada. Existe um conjunto de tarefas que são executadas por Empresas externas com exper-tises específicos que são contratadas pela Odebrecht em An-gola, fortalecendo o tecido empresarial nacional de ramos afins com a Organização.

48

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

4. + COMPROMISSO COM AS PeSSOAS

4.1 AS nOSSAS PeSSOAS

49

0

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015Pessoal TécnicoPessoal de Direcção

e ChefiaOperários Outros

Trabalhadores

Percentagem de Integrantes porNacionalidade e Categoria Profissional

Percentagem de Integrantes por Nacionalidade

efectivo total Odebrecht em Angola

Distribuição de Integrantes por Género

legenda:

Angolanos

A grande diferença existente entre o efectivo de homens e mulheres deve-se à natureza da própria actividade, e ao facto desta estar frequentemente localizada em áreas remotas e que requerem afastamento periódico das famílias.

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2013

10.319 10.835

12.363

4.490

3.982

5.360

2014 2015

legenda:

Integrantes directos

Integrantes subcontratados

10.072Masculino

763Feminino Angolanos Expatriados

92%

8%

G4-10G4-lA12

G4-EC6

2014 2015 2014 2015 2014 2015

1% 1%15%

73%

1% 1% 1%

89%

3%0%

5%

2%

3% 3%0%

2%

Expatriados

50

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

A Odebrecht em Angola continuou em 2015 a sua missão de in-corporar cada vez mais integrantes nacionais. Desta forma em 2015, 92% da equipa de integrantes directos era angolana, ten-do aumentado 2 pontos percentuais em relação à actividade do ano anterior. Este facto deve-se principalmente à implementa-ção de uma política efectiva de formar e especializar integrantes angolanos para que fiquem aptos a desempenhar funções seja em cargos mais operacionais ou em cargos de gestão e chefia.

FAIxAETÁRIA

FAIxAETÁRIA

SExO

SExO

Nº DE SAÍDAS 2015

Nº DE ENTRADAS 2015

Nº DE SAÍDAS 2015

Nº DE ENTRADAS 2015

TAIxA DE ROTATIVIDADEPOR FAIxA ETÁRIA

TAIxA DE NOVAS CONTRATAÇÕES

POR FAIxA ETÁRIA

TAIxA DE ROTATIVIDADEPOR FAIxA ETÁRIA

TAIxA DE NOVAS CONTRATAÇÕES

POR FAIxA ETÁRIA

Abaixo de 30

Abaixo de 30

Masculino

Masculino

2.606

2.221

394

140

24%

20%

4%

1%

De 30 a 50

De 30 a 50

Feminino

Feminino

2.825

1.480

5.392

3.660

26%

14%

49%

34%

Acima de 50

Acima de 50

Total

Total

355

99

5.786

3.800

3%

1%

53%

35%

Total

Total

5.786

3.800

53%

35%

taxa de Rotatividade

taxa de novas Contratações

2015

Distribuição de Integrantes por Faixa etária

48%De 30 a 50

91%

5%Acima dos 50

2%

4%

47%Abaixo dos 30

3%

legenda:

Pessoal de Direcção e Chefia

Operários

Pessoal Técnico

Outros trabalhadores

4.1.1 Condições laborais

A Odebrecht promove condições laborais que permitem aos seus integrantes usufruir de benefícios, garantindo a sua quali-dade de vida qualquer que seja a localização da operação.

A Odebrecht rege-se localmente pela legislação do trabalho em vigor nos países em que desenvolve as suas operações. A operação de Angola não é excepção e neste País a regulação laboral é feita de acordo com a lei geral do Trabalho da Repú-blica de Angola (lGT). No entanto, para integrantes expatriados cujo país de origem aplique as suas leis laborais extraterrito-rialmente, estas são consideradas pela Empresa, privilegiando

51

G4-lA1

52

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

53

e aplicando sempre aquela que for mais vantajosa para o tra-balhador. Contudo, em 2015, devido às contingências derivadas do contexto macroeconómico, verificou-se também alteração das condições de integrantes expatriados. Apesar destas alte-rações, a Odebrecht em Angola garantiu sempre a manutenção da qualidade das condições de trabalho e de vida dos seus inte-grantes deslocados.

Todos os integrantes têm direito a um seguro de vida que cobre totalmente as situações de morte e invalidez parcial ou total. No que se refere ao benefício de seguros de saúde, os integrantes expatriados têm um seguro de carácter obrigatório, conside-rando que as leis dos países de origem dos expatriados assim o exigem, e os Angolanos têm um seguro de adesão voluntária em que a Odebrecht em Angola assegura 80% do valor, e o in-tegrante assegura o restante.

As obras da Odebrecht localizam-se frequentemente em re-giões remotas e afastadas de cidades ou vilas providas de in-fraestruturas urbanas. Desta forma, a Odebrecht empenha-se em fornecer todas as condições nos estaleiros das suas obras que garantam a qualidade de vida dos seus integrantes. Os es-taleiros são providos de alojamentos com todas as condições de higiene e salubridade necessárias. Em todos os estaleiros de obra os integrantes têm acesso a cuidados de saúde, zonas de lazer, zonas de descanso, áreas de convívio, havendo na maio-ria campos de desportos. A existência de refeitórios é comum, e neles são disponibilizadas aos integrantes três refeições diá-rias, pequeno-almoço, almoço e ceia. é cobrado aos integrantes um valor simbólico mensal pelo total das refeições de 4,54 USD. Nas instalações centrais de apoio ao DS existe igualmente um refeitório com as mesmas condições.

Quando os empreendimentos se localizam perto de localidades ou zonas urbanas em que os integrantes possam ficar alojados nas suas residências. A Odebrecht disponibiliza aos seus inte-grantes transporte diário entre estas e o local de trabalho. No caso de o estaleiro estar muito afastado do local onde os in-tegrantes desempenham as suas funções em obra, é também disponibilizado transporte entre este e o local de trabalho.

A Odebrecht assegura também que todos os seus integrantes em obra possuem e utilizam diariamente Equipamentos de Pro-tecção Individual (EPI) e farda, no sentido de prevenir e proteger situações de perigo para o trabalhador. Estes são distribuídos gratuitamente a todos os integrantes em ambiente de obra e o seu uso é obrigatório.

Devido à natureza da actividade de E&C, os processos de des-mobilização são frequentes na actividade anual da Odebrecht. Em Angola, a lGT é a base da regulamentação deste tipo de processos sendo respeitados os prazos de aviso prévio nela fi-xados e que são de 60 dias para pessoal técnico e de 30 dias para o pessoal operacional. Os acordos de negociação colectiva

em vigor fixam obrigatoriamente cláusulas de desmobilização.

A Política de Remunerações da Odebrecht determina que os sa-lários praticados nos diferentes países onde opera, devem ser sempre mais altos do que o salário mínimo praticado no referente país. O salário base de cada integrante é atribuído de acordo com a categoria funcional e de acordo com o seu plano de desen-volvimento de carreira, sem qualquer diferenciação por género. O mínimo valor de salário praticado pela Odebrecht em Angola aumentou em relação ao mesmo valor praticado no ano an-terior, correspondendo a uma variação positiva em relação ao salário mínimo nacional de 84%. Este aumento deveu-se no-meadamente ao cumprimento do acordo colectivo de trabalho que rege o reajuste da mão-de-obra operacional, pela variação anual do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), mas há que sa-lientar que esta correcção não impede, nem limita os ajustes de salário posteriores relacionadas com as avaliações por mérito.

O desenvolvimento da carreira dos integrantes da Odebrecht é suportado pela sua avaliação de desempenho. De acordo com os princípios da TEO, todos os integrantes assumem anualmen-te um compromisso com o seu superior directo denominado de Programa de Acção, no qual definem os objectivos e metas pes-soais. Todos os integrantes são submetidos a avaliação anual em dois momentos, não existindo neste processo diferenciação por género. Assim em 2015, todos os 763 integrantes do sexo femini-no e os 10.072 integrantes masculinos receberam feedback.

Na Odebrecht a avaliação é o acto partilhado entre o integrante e o seu líder, mediante o qual, e através de diálogo específico, ambos confrontam os Resultados efectivos com os Resultados esperados no Negócio do liderado.

A avaliação mede, simultaneamente, o desempenho do lidera-do em executar o que foi planeado e o desempenho do líder em acompanhar a execução.

4.1.2 liberdade de Associação

A livre associação de trabalhadores é um valor intrínseco às po-líticas de actuação e conduta da Odebrecht.

Grande parte dos integrantes que fazem parte da operação da Odebrecht em Angola, estão sindicalizados, sendo que os Sin-dicatos se organizam por província.

Durante o ano de 2015 todos os integrantes da Odebrecht em Angola estiveram abrangidos por contractos de negociação co-lectiva, que foram fixados com os sindicatos numa base provin-cial e para questões pontuais, e não para a totalidade dos pontos da lGT. Pode verificar-se a situação de que em determinadas obras seja adoptado o acordo colectivo da região de luanda por particularidades inerentes ao próprio empreendimento.

4.2 SeGuRAnÇA nO tRABALHO e SAÚDe OCuPACIOnAL

As questões da Segurança no Trabalho (ST) e da Saúde Ocu-pacional (SO) são essenciais para o negócio de E&C da Ode-brecht, já que a actividade desenvolvida é das que apresen-ta riscos mais elevados neste domínio. Toda a actividade da Odebrecht é desenvolvida com base na Política de Sustenta-bilidade que contempla as Directrizes de Segurança no Tra-balho e Saúde Ocupacional, onde se estabelecem práticas e procedimentos de controlo de riscos aplicáveis aos empreendi-mentos desde o momento de estudo prévio e planeamento, até à fase final de desmobilização, para a protecção das pessoas, das instalações e da envolvente.

Por outro lado, a preocupação com estas questões reflecte-se também na produtividade dos trabalhadores e da Empresa, na medida em que trabalhadores que desenvolvem a sua activida-de diária em ambiente com condições de higiene, saúde e segu-rança adequadas, apresentam níveis elevados de produtividade.

é nestas directrizes de Segurança no Trabalho e de Saúde Ocupacional que se definem as orientações para a implemen-tação de boas práticas e procedimentos para a definição dos Programas de Segurança e Saúde que fazem parte de cada empreendimento:

Assegurar que o tema de ST é elemento diferenciador da qualidade dos processos, actividades e da marca nos em-preendimentos. A responsabilidade pela protecção das pes-soas e pelas boas práticas em ST é do Director de Contrato de cada empreendimento por delegação à sua equipa;

Planear, implantar e manter em cada um dos empreendi-mentos um Programa de Segurança no trabalho adequado à dimensão, complexidade e magnitude dos perigos e riscos neles existentes;

Atender plenamente as necessidades e expectativas do Cliente, com conhecimento dos requisitos contratuais e de outros aplicáveis à Segurança no Trabalho;

Garantir a conformidade legal, considerando a legislação aplicável em vigor nas diferentes localizações da operação;

Fomentar nas diferentes localizações o desenvolvimento da cultura de segurança. As obrigações legais são a base míni-ma de actuação. As características do empreendimento po-derão exigir condições que ultrapassem os requisitos legais;

Estabelecer e monitorizar objectivos e metas para Segu-rança no Trabalho em cada empreendimento;

Garantir que os programas de St tenham por base a se-quência do planeamento com foco na Prevenção;

Adoptar processos de análise crítica dos resultados, pro-porcionando a Melhoria Contínua da gestão.

Príncipios de Segurançano Trabalho

G4-11G4-lA2G4-lA4G4-lA11

G4-lA13G4-EC5G4-HR4

Relativamente ao cumprimento de questões de liberdade de associação por parte de fornecedores, estes estão obrigados contratualmente a cumprir com o Código de Conduta de For-necedores, onde estas estão contempladas.

54

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

4.2.1 Segurança no Trabalho (ST)

Para uma gestão operacional mais eficaz, a Odebrecht imple-mentou uma ferramenta de controlo e monitorização de Indica-dores de Segurança no Trabalho (ST). Esta ferramenta consiste num sistema de informação que permite às equipas de ST de todos os empreendimentos da Odebrecht registar mensalmen-te os indicadores de ST, permitindo uma monitorização mais ri-gorosa destas questões, tendo os seguintes objectivos:

• Definir procedimentos técnicos para o processo de informa-ções de St que visam acompanhar a operacionalização do Programa de Segurança do empreendimento, em conformi-dade com a Política de Sustentabilidade;

• Avaliar a gestão do Programa de Segurança no Trabalho de-senvolvido em cada empreendimento;

• Qualificar acções de planeamento, controlo, acções de forma-ção, campanhas e capacitação de pessoas;

• Mensurar os investimentos e custos para prevenção e res-pectivos resultados;

• Fornecer parâmetros para o processo de melhoria contínua; e

• Estabelecer acções preventivas e correctivas através da aná-lise dos Indicadores.

O Sistema contém 70 procedimentos de Segurança no Trabalho, 17 metas de performance e está disponível em três idiomas.

Em 2015 foi realizado o primeiro Relatório de Controlo de Informa-ção e Dados, no sentido de melhorar a fiabilidade e robustez do processo de recolha de informação e dados para monitorização.

Por outro lado, no que toca à estrutura de segurança em obra, a lGT prevê a existência de uma Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CPAT) em todas as obras de constru-ção civil, tendo como principal responsabilidade a identifica-ção, análise e monitorização de riscos de segurança existentes, como acontece em todos os empreendimentos da Odebrecht em Angola. Esta Comissão é composta por integrantes eleitos pelo corpo de integrantes de cada empreendimento e a sua di-mensão varia de acordo com a dimensão e características da obra.

No PI - Sustentabilidade de cada empreendimento é definido o Programa de Segurança no Trabalho, uma Equipa de Segurança no Trabalho de acordo com as indicações da Consolidação das leis Trabalhistas do Brasil (ClT) e da lGT. Esta é constituída po-técnicos e operários, nomeados pela Odebrecht em Angola e tem a responsabilidade de implementar e manter o Programa de Segurança no Trabalho de cada empreendimento, adoptan-

do todas as medidas necessárias para a minimização dos riscos associados à actividade para os trabalhadores.

O ano de 2015 foi um ano de mudanças na forma como a ST é encarada na Oderbecht Angola. Apesar da grande importân-cia dada ao tema pela Organização, e na operação de Ango-la várias obras terem sido distinguidas pelo desempenho nas áreas de ST e SO, o ano de 2014 foi menos positivo, revelan-do a existência de falhas nestas áreas. Perante estes factos, foi realizada uma investigação minuciosa das razões que leva-ram à ocorrência dos trágicos acontecimentos do ano anterior e foi elaborado e operacionalizado um plano transversal a todos os empreendimentos capaz de colmatar as falhas observadas. O plano, assente no “Compromisso com a Segurança – Odebre-cht em Angola”, foi elaborado e assumido por todos os Direc-tores de Contrato, desdobrando-se em 10 regras básicas (ver caixa).

Este Plano surge como um reforço do compromisso com a se-gurança que faz parte da conduta da Odebrecht em Angola. Todos os DC’s assumiram o compromisso da implementação, partilha e operacionalização destas regras pelas suas equipas. Em consequência foram introduzidas mudanças em todos os empreendimentos activos. Apresenta-se o caso de estudo de AHE laúca, onde as mudanças implementadas na abordagem às questões da segurança foram significativas e se consegui-ram grandes resultados operacionais.

nós respeitamos as legislações e executamos todas as ati-vidades de acordo com as normas e as regras de segurança consagradas e estabelecidas;

nós nos recusamos a realizar qualquer trabalho em situação de grave e de iminente risco à integridade física de qualquer pessoa;

nós avaliamos previamente os riscos das nossas activida-des em todas as frentes de obras e adoptamos as medidas para eliminá-los;

nós só realizamos actividades críticas com pessoas quali-ficadas e aptas;

nós separamos os veículos e equipamentos dos pedestres nas nossas frentes de trabalho e acessos;

Nós projectamos as nossas estruturas provisórias com a mesma segurança que as definitivas e adoptamos meios de protecção colectiva eficazes;

nós realizamos todas as actividades com equipamentos de Protecção Individual (EPIs) e ferramentas adequadas;

nós emitimos a Permissão de trabalho (Pt), para atividade com alto potencial de dano, no local do serviço e adoptamos todas as medidas de prevenção necessárias;

nós registamos, comunicamos e investigamos 100% dos acidentes e todos os incidentes considerados de alto po-tencial de gravidade;

nós não aceitamos a violação de qualquer ponto deste compromisso.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

Compromisso com a Segurança – Odebrecht em Angola

55

Modelo de Gestão de Segurança

Definição do Plano de Segurança da obraIdentificação e análise preliminar de riscos e perigos

estabelecimento da engenharia de segurança

· Metodologia construtiva com foco em segurança

· Aquisição de materiais

· Mensuração dos resultados em campo· Inspecções de campo

· Indicadores

Definição

Verficação

· Formação· Implementação dos controles

Implantação

Melhoria Contínua

G4-lA5

AHe Laúca Gestão de Segurança no trabalho

Os resultados menos positivos de ST da Odebrecht em Angola e em particular no empreendimento de AHE laúca no ano de2014, revelaram a necessidade de mudança na abordagem à gestão do tema da ST neste empreendimento. Desta forma procedeu-se em 2015 a enormes mudanças na forma de operar no domínio da segurança. Foram tomadas medidas profundamente estrutu-rantes que tiveram como princípio fundamental a “INTOlERÂNCIA A ACIDEN-TES” e que se materializaram em três grandes iniciativas:

1. Actuar junto das pessoas induzindo uma Mudança Comportamental;2. Acção específica sobre o tratamento de desvios, através do cumprimento

estrito de requisitos legais e sistémicos;3. Gestão de Risco através do controlo operacional sobre Instalações

e Equipamentos.

Estas iniciativas por sua vez sustentaram-se num conjunto de 13 programas ou medidas de acção que constituíram o foco das actividades de segurança em 2015 neste empreendimento.

A primeira iniciativa foi orientada no sentido de promover entre os integrantes uma conscientização e percepção de riscos da actividade, e induzindo a altera-ção do comportamento individual de cada integrante.

Porque todos e cada um constituem um elemento chave na promoção da se-gurança, um dos grandes focos de acção prendeu-se com uma maior e melhor comunicação sobre segurança. Nesse sentido, criou-se uma simbologia as-sociada a cada um dos 13 programas ou iniciativas para que a comunicação e sensibilização para o respectivo cumprimento fosse mais efectiva.

Foram também implementadas diversas campanhas de sensibilização e outros meios de divulgação apelativa de informação de segurança, tais como, entre outros:

• Rodízio de Segurança – 4 eventos conjuntos entre a alta liderança da obra e todos os integrantes, dedicados à motivação para a segurança;

• Semana de reflexão – Intolerância a acidentes: para promover a reflexão so-bre os acidentes graves em obra – 5 dias, 5 temas (trabalho em altura, mo-vimentação de cargas, atropelamento, electricidade, postura de segurança). No total participaram 4.078 integrantes;

• Boletim informativo

A segunda iniciativa, pretendeu actuar sobre os processos de monitorização, sistematização de projectos de engenharia vs execução, promover mais aten-ção e fortalecimento da gestão de subcontratados, maior sistematização no tratamento de desvios, bem como o planeamento de Acções dePrevenção de Tarefas - APT e Actividades Críticas.

taxa de Frequência total

taxa de Gravidade

nº Acidentes Fatais

5,81

826

5

4,67

883

6

3,66

156

1

2013 2014 2015TAxAS DE SINISTRAlIDADE

56

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Na actividade da Odebrecht em Angola, as actividades identifi-cadas com maior concentração de risco foram o manuseamen-to de equipamentos, trabalhos de escavação, trabalhos em re-des de energia e trabalhos em altura. Foram obtidos resultados bastante positivos no que se refere à prevenção de acidentes e incidentes em obra, através de uma maior conscientização de todos os integrantes para as questões da segurança.

Apesar da descida da taxa de gravidade, ocorreu um acidente fatal no ano de 2015, derivado do içamento de uma estrutura de apoio às obras. Em 2015, verificou-se também a redução da taxa de frequência total.

O programa corporativo PRéVER (Programa de Prevenção de Eventos Graves) esteve ainda em curso no ano de 2015 consis-tindo na realização de um conjunto de inspecções denominadas Qualimetrias. Estas obedecem a uma check list de assuntos de segurança no trabalho, e tiveram como objectivo a detecção de falhas e potencial de acidentes, no sentido de serem definidos posteriormente procedimentos de melhoria.

Em 2015, os Sistemas de Segurança e Higiene no Trabalho dos empreendimentos de AHE Cambambe, Residencial Talatona e Belas Business Park foram novamente certificados em segu-rança pela norma internacional OHSAS 18001. Isto significa que cerca de 37% dos trabalhadores (integrantes e subcontratados)

da operação da Odebrecht em Angola, trabalharam em 2015 em ambiente certificado por aquela norma. No entanto, apesar das restantes obras não serem certificadas pela norma internacio-nal, todas as obras têm implementado um Sistema de Seguran-ça no Trabalho Odebrecht, pelo que 100% dos trabalhadores da Odebrecht em Angola trabalham em ambiente com condições de segurança adequadas à actividade. No âmbito do Sistema de Segurança no Trabalho Odebrecht, estão igualmente previstas acções de auditoria, inspecções e vistorias internas de segu-rança para avaliação das condições diárias de segurança do es-taleiro e o cumprimento dos procedimentos previstos no plano de segurança do empreendimento.

100% dos trabalhadores da Odebrecht em Angola trabalham em ambiente com condições

de segurança adequadas.

No âmbito da sensibilização e gestão de subcontratados, foi implementado o programa PARPO –Programa Atitude Responsável dos Parceiros Odebre-cht, por sua vez interligado ao Programa PIOA –Programa de Inspecção Olhos Abertos, que consiste na realização de auditorias cruzadas entre elementos da Odebrecht e de Subcontratados, que dão lugar ao registo sistemático dos re-sultados das auditorias e à definição de planos de trabalho para melhoria.

O PARPO integra um comité de segurança que envolve líderes da Odebrecht e dos parceiros em Estaleiro e um sistema de indicadores que servem para avaliar os subcontratados. O comité reúne mensalmente. Envolve também um conjunto de reconhecimentos, para estímulo positivo do desempenho dos subcontratados, tais como, entre outros:

• Melhor equipa de encarregados; ou• Melhor equipa de Segurança no Trabalho.

A terceira iniciativa actuou no domínio do controlo operacional através da im-plementação de um programa de controlo de segurança viária associado à segregação das áreas pedestres e de veículos/equipamentos, bem como no dimensionamento e qualificação da equipa de segurança do trabalho, e na cria-ção de um comité de máquinas e equipamentos.

De facto verificava-se que muitos dos riscos estavam associadas a uma de-limitação e segregação deficiente de espaços de rodagem de veículos e de segurança dos piões, pelo que o controlo da segurança viária foi uma das áreas de grande enfoque.

Para além do aumento de competências e capacidade da equipa de segurança, cujo líder em obra passou a ter essa competência exclusiva, houve uma forte aposta na promoção de uma maior aproximação da equipa de segurança à com-petência de engenharia, promovendo uma maior análise e resolução conjunta de problemas, proporcionada por diversos dos 13 programas acima referidos e por aspectos tais como a própria localização da equipa de segurança nas dife-rentes frentes de obra.

G4-lA6CRE6

58

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

4.2.2 Saúde Ocupacional (SO)

Como referido existe ainda a Directriz de Saúde Ocupacional, que está igualmente alinhada com a Política de Sustentabilida-de da Empresa. Na Odebrecht o tema da Saúde é abordado em duas vertentes: (i) a Saúde Ocupacional, referente a condições de Saúde relacionadas com o ambiente de trabalho e (ii) a Pro-moção da Saúde, referente a acções e iniciativas que promovam a melhoria das condições de saúde dentro e fora do ambiente de trabalho. Os principais objectivos da existência de um siste-ma de gestão de Saúde Ocupacional são:

1. Assegurar a condição de Saúde Geral do integrante e da po-pulação do empreendimento;

2. Cumprir os requisitos legais e a responsabilidade de não cau-sar doença ou acidente no trabalho;

3. Proteger a pessoa jurídica resguardando a segurança em-presarial em consonância com o cumprimento dos desafios gerados pelos Clientes;

4. estabelecer o crescimento sustentado atendendo à Direc-triz de Sustentabilidade e conduzindo a Saúde Ocupacional a participar activamente na obtenção destes resultados em cada empreendimento.

Sistema Integrado de emergências e Resgate

Em 2015, foi consolidada a actividade do Sistema Integrado de Emer-gências e Resgate (SIER) lançado no ano anterior. O objectivo deste programa é conseguir a uniformização de excelência nas condutas perante as emergências médicas e as necessidades de resgate.

A importância desta acção está na diversidade das obras realizadas, no que se refere aos diferentes riscos, e na distância a centros hos-pitalares capacitados para o atendimento a possíveis acidentes e ou emergências médicas.

Durante o ano de 2015 o SIER realizou as seguintes acções:

• Avaliações técnicas em todos os projectos referentes à capa-cidade de resposta a emergências médicas, tendo sido elabo-rados relatórios identificando pontos de melhoria para serem adoptados;

• De janeiro a dezembro de 2015, uma vez por mês, apresen-tações e discussões de protocolos médicos para situações de emergência médica, totalizando um total de 33 protocolos apresentados;

• 10 simulacros abrangendo quase todos os empreendimentos activos em 2015;

• Cursos de Suporte Suporte Básico e Intermédio de Vida pelas equipas em 50% dos projectos, totalizando um efectivo trei-nado de 27 pessoas;

• Plano de Gestão de Catástrofe de Múltiplas Vítimas para o projecto que possui o maior efectivo da nossa empresa.

No ano de 2016 será dada continuidade à formação nestes do-mínios, realizando mais cursos de Suporte Básico e Intermédio de Vida de modo a abranger todas as equipas de saúde dos projectos, procedendo à apresentação e discussão de novos protocolos, e continuando a realizar simulacros com posterior análise crítica dos resultados.

Um dos resultados mais valiosos da existência do SIER em 2015 foi o salvamento de uma vida, resultante da assistência imediata a um integrante que sofreu um acidente de trabalho grave em obra.

Os principais riscos de Saúde Ocupacional identificados para a actividade de E&C são as doenças osteomotoras, a saúde auditiva e as doenças respiratórias. No entanto, em Angola, a principal razão para a taxa de absentismo por doença dos in-tegrantes da Odebrecht é a malária, tendo sido desenvolvido um programa de combate a esta doença endémica cujos resul-tados se desenvolvem mais à frente neste relatório.

Considerando as doenças ocupacionais mais frequentes, doen-ças osteomotoras e do foro auditivo, a Odebrecht em Angola monitoriza os parâmetros de saúde dos seus integrantes através da compilação de um conjunto de indicadores que per-mitem fazer a definição e gestão de programas de mitigação e acompanhamento dos casos positivos de doença.

No caso das doenças osteomotoras é monitorizada a Taxa de Doenças Osteomusculares (TDORT) que permite conhecer a incidência de doenças osteomotoras relacionadas com a ac-tividade profissional na população de integrantes directos da Odebrecht em Angola. No caso das doenças do foro auditivo é monitorizado o Índice de Saúde Auditiva (ISA). A análise deste indicador permite aferir e avaliar a incidência de doenças do foro auditivo na população de integrantes directos e subcontratados.

Os resultados do ISA em 2015 mostram uma diminuição des-te índice no seio dos trabalhadores da Odebrecht, revelando o valor das acções preventivas realizadas nos últimos anos de actividade. No ano de 2015, verificaram-se também resultados muito positivos na TDORT, tendo ocorrido uma diminuição sig-nificativa desta taxa. Esta ocorrência é efeito do trabalho reali-zado nos últimos anos de actividade junto das equipas de saúde ocupacional através dos cursos de ergonomia ministrados, que permitiram a difusão de boas práticas e hábitos preventivos de doenças osteomusculares junto dos trabalhadores.

Todos os empreendimentos em qualquer localização são obri-gados a reportar as suas actividades e resultados neste siste-ma, de acordo com o que fica definido no Programa de Saúde Ocupacional do PI-Sustentabilidade de cada um.

O programa de Saúde Ocupacional é construído em fase de pro-jecto do empreendimento e considera as condições específicas da região onde o empreendimento se insere. Desta forma, é definido um conjunto de programas operacionais de resposta em relação a questões de SO a serem implementados no empreendimento como o Programa de Protecção Auditiva ou o Programa de Pro-moção de Saúde Individual e Colectiva entre outros.

A responsabilidade de implementação dos projectos de SO é do DC de cada empreendimento, uma vez que é responsável por garantir a segurança e condições de assistência médica e salu-bridade do ambiente em obra. Por outro lado, os integrantes são os principais responsáveis pela sua saúde individual, devendo também ser promotores da saúde da pessoa e das comunida-des envolventes ao empreendimento.

Em 2015, verificou-se uma estabilização da taxa de absentismo relacionada com doenças ocupacionais, relativamente ao ano anterior e um ligeiro aumento da taxa de doenças ocupacionais. A taxa de absentismo relacionada com doenças ocupacionais só se apresenta para integrantes directos (na medida em que a taxa de absentismo de trabalhadores subcontratados é da res-ponsabilidade da sua entidade patronal).

Acções de Controlo Interno de Segurança

462

5.372

2nº. de Auditorias do Sistema

de Segurança no trabalho

Odebrecht

nº de qualimetrias efectuadas no âmbito do PRÉVeR

nº de auditoriasnas obras no âmbito da Certificação OHSAS 18001

Índice de Saúde Auditiva

taxa de Doenças Osteomusculares

0,02

0,00

2015

2015

0,06

0,07

2014

2014

0,03

0,03

2013

2013

59

G4-lA6 G4-lA7Para além das auditorias externas em obra no âmbito da cer-

tificação OHSAS 18001, realizaram-se também as seguintes acções de controlo interno de segurança:

taxa de Denças ocupacionais

taxa de absentismo relacionada com doenças ocupacionais

1,11

0,03

0,78

0,02

0,92

0,02

2013 2014 2015TAxAS DE SAÚDE OCUPACIONAl

60

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

4.3 educação e Capacitação

A Educação e capacitação é um dos eixos orientadores do de-senvolvimento dos integrantes da Odebrecht. Em Angola esta é uma linha-chave de desenvolvimento do negócio, nomeada-mente no que se refere à estratégia de integração de integran-tes nacionais no corpo de integrantes da empresa.

Desta forma a Odebrecht em Angola oferece aos seus integran-tes de todas as categorias um conjunto de cursos de formação em vários temas, que lhes permitem construir a sua carreira me-lhorando a sua performance profissional diariamente. Para além do benefício obtido pelo integrante e pela Empresa, também a comunidade beneficia com a participação destes nestas acti-vidades formativas, na medida em que existe transferência de conhecimento também para esta, já que os integrantes fazem parte dessa comunidade, adquirindo conhecimento que poderão aplicar em actividades que benificiem odesenvolvimento local.

A aproximação da Odebrecht em Angola à comunidade aca-démica local constitui um dos pilares relevantes da aposta da Empresa na formação. Esta relação entre a Empresa e comu-nidade académica está em linha com a política de integração de Angolanos nas equipas de coordenação e chefia da Empresa e acarreta um benefício mútuo para a Organização e para a socie-dade local, criando-se dinâmicas de partilha de conhecimento, aproximação entre instituições, aproximação dos estudantes ao mercado de trabalho, criando também oportunidades de carreira na Empresa.

Por outro lado a Odebrecht em Angola acredita na importância de contribuir para os “engenheiros do futuro” capazes de fazer a diferença no desenvolvimento de Angola e a aposta no relacio-namento com o mundo académico é um importante contributo nesse sentido.

Deste modo, tem sido desenvolvido ao longo do tempo um conjunto de parcerias com as universidades locais. Em 2015, na Odebrecht em Angola estiveram activos os seguintes programas:

Programa estágio Alternado – destinado a estudantes do 4º ano do curso de engenharia Civil que pretendam fazer carreira na Odebrecht. O programa possibilita que o estudante faça um estágio na empresa, podendo estar fisicamente ou não no local da obra, por meio de uma plataforma de formacão online e da partilha de ideias e conhecimentos entre profissionais e esta-giário. Após a conclusão do programa, os participantes iniciam o Programa Jovem Parceiro.

Jovem Parceiro – envolve um processo de identificação e se-lecção de jovens Universitários como posterior acompanha-mento dentro da empresa, proporcionando-lhes funções com alguma responsabilidade na empresa, conferindo-lhes alguma

autonomia e mobilidade. na edição de 2015, 100% dos partici-pantes neste programa foram Angolanos.

Bolsa de estudo unILInS – em parceria com o Centro universitário de Lins – unILInS, de São Paulo, a Odebrecht em Angola concedeu bol-sas de estudo a 20 estudantes Angolanos na universidade anteriore-mente referida no Brasil, com os custos integralmente assumidos pela empresa. As bolsas possibilitam a graduação nos cursos de engenha-ria Civil, Engenharia Eléctrica, Engenharia da Computação, Engenharia Ambiental e Administração de empresas, tendo o prazo de 5 anos.

No ano de 2015 foram ainda realizadas algumas iniciativas que visaram promover o envolvimento da comunidade académica com a activida-de da empresa como o lançamento do Programa Portas Abertas. Este teve como objectivo a interacção com as universidades do País no processo de formação dos estudantes, oferecendo-lhes a oportuni-dade de conhecer as actividades da Organização, incluindo os investi-mentos e as acções sociais desenvolvidas.

O programa consiste na promoção de visitas dos estudantes às instalações da Odebrecht em luanda, onde estes tiveram opotunidade de assistir a uma apresentação sobre a Empresa com foco nos projectos activos, obras realizadas e formação de Pessoas, ao longo dos 30 anos de presença no País. Os estu-dantes tiveram também a oportunidade de visitar o Núcleo do Conhecimento Odebrecht, onde puderam ter um entendimento sobre a actuação da Organização no País e no Mundo. Foram também promovidas exposições fotográficas sobre as obras do AHE de laúca, da SONAREF e do Projecto Vias de luanda, que permitiram aos participantes obter a visão geral das obras, da sua evolução e iniciativas sociais associadas.

novos talentos na Odebrecht em Angola

Na Organização Odebrecht, a contratação de Jovens Talentos é rea-lizada numa perspectiva de longo prazo, visando o desenvolvimen-to destes profissionais a par com o da Organização. Desta forma, a prioridade de contratação e desenvolvimento de carreira reside na formação de novas gerações, encontrando-se aqui a chave para um crescimento orgânico, saudável e continuado. A evolução de carreira dos novos talentos pode medir-se na Odebrecht através do número anual de “lançamentos”. Estes correspondem à aposta da empresa na carreira de jovens profissionais, atribuindo-lhes anualmente fun-ções de maior responsabilidade relativamente ao ano anterior. Nos últimos anos a evolução foi a seguinte:

* N.º de lançamentos de Jovens Parceiros (JP) a Responsáveis por Programa (RP)** N.º de lançamentos de jovens dos restantes cargos (estagiários, técnicos) a Jovens Parceiros

Desde o seu início, o programa já recebeu mais de cinco univer-sidades, contabilizando mais de 100 estudantes.

Na perspectiva da formação dos integrantes, a Odebrecht em Angola disponibiliza ainda um outro conjunto de cursos que lhes permitem aperfeiçoar a e ampliar as suas qualificações como profissionais, promovendo assim a melhoria contínua do seu desempenho, produtividade e perspectivas de melhoria na sua qualidade de vida, nomeadamente:

1. Introdução à cultura – Curso de formação obrigatório para todos os novos integrantes na Organização e que aborda os te-mas da história e cultura da empresa, introduzindo a filosofia da TEO;

2. Programa Jovem Construtor – destina-se aos integran-tes que cumpriram o programa Jovem Parceiro e Introducão à Cultura, oferecendo-lhes uma visão integrada no negócio da Odebrecht;

3. Programa de Desenvolvimento de empresários (PDe) – Destinado a formação de integrantes que irão assumir no futu-ro cargos de alta liderança;

4. Buscando a excelência – Programa de capacitação desenha-do pela Odebrecht em Angola, destinado a todos os integrantes da empresa, com foco no tema de desenvolvimento de compe-tências nos temas de alguns temas como lideranca, autoesti-ma, comunicação e motivação;

5. equipas produtivas - curso de sensibilização destinado aos integrantes da Odebrecht, visando a melhoria da produtividade do trabalho em equipa.

Existe ainda um outro tipo de acções de formação realizadas diariamente que aderem à filosofia da Educação pela Presen-ça. Trata-se do Treinamento Diário Técnico (TDT), que consiste numa conversa de 5 minutos entre integrantes da equipa visan-do abordar os assuntos de saúde e segurança que são mais im-portantes para as tarefas a desempenhar nesse dia.

Em 2014, três integrantes angolanos em cargos de gestão da Odebrecht em Angola, iniciaram uma pós-graduação à distân-cia em Engenharia e Segurança do Trabalho, na Universidade de São Paulo no Brasil, já que em Angola não existe ainda formação superior neste domínio. Desta forma, a Odebrecht promove a capacitação dos seus integrantes, contribuindo para a formação dos quadros técnicos e de gestão nacionais. O curso tem a du-ração de 2 anos e meio, que será concluído em Julho de 2016.

São ainda disponibilizados um conjunto de cursos técnicos que visam o desenvolvimento de competências específicas. Muitos destes cursos de formação são leccionados nos nú-cleos de formação de cada obra onde existem simuladores de

situações com elevado potencial de acidente, onde os formandos têm oportunidade de experimentar na prática determinados pro-cedimentos:

1. Curso técnico de equipamentos – Aprendizagem do manu-seamento e condução de máquinas de construção civil;

2. Cursos de formação em Segurança no trabalho – relativos à temática de segurança no trabalho, abordando temas como a trabalho em altura, riscos de segurança, permissão para o tra-balho, trabalhos com electricidade, uso de EPI’s entre outros;

3. Cursos de formação em Saúde Ocupacional – cursos de su-porte básico de vida e resposta a emergências;

4. Cursos de formação em Ambiente – onde se abordam te-máticas como a separação e encaminhamento de resíduos, gestão ambiental, riscos ambientais, se promovem as boas práti-cas ambientais e redução de consumos de energia e combustíveis.

A percentagem de horas de formação totais em relação ao total de Horas Homem Trabalhadas (HHT= 40.470.659) foi de 4%.

Em 2015 não foi ainda realizada nenhuma acção es-pecífica destinada ao pessoal de segurança da Ode-brecht em Angola (actividade exercida por tercei-ros especializados), que contemple as políticas ou procedimentos da Organização relativos a Direitos Humanos. Não se verificou a realização desta acção de formação conforme previsto, devido às restrições financeiras observadas no úl-timo ano que levaram à necessidade de reavaliar as neces-sidades e a restringir as iniciativas previstas às prioridades efectivas mais prementes ou estratégicas, conjugado com a percepção de que o desempenho do público a que esta se destina não representa um risco elevado para a operação da Odebrecht em Angola. Está prevista a realização desta acção de formação em Agosto de 2016.

TIPOlOGIADE FORMAÇÃO

Nº. DE HOMENS HORA FORMAÇÃO

lANÇAMENTOS

2013 2014 2015

Formação Técnica

Aculturamento

Competências

ética, Conduta e Anti-Corrupção

TOTAl

JP a RP*

Outros a JP**

1.605.751

20.835

5.747 3.550

1.635.883

20

27

24

30

33

26

61

G4-EC6G4-lA10

G4-lA9G4-SO4G4-HR7

62 63

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

62

+ COMPROMISSO COM A COMuNIDADe

Imagem separador + Compromisso com a Comunidade:Venda de fruta - SONAREF

Segundo Norberto Odebrecht “O desenvolvimento por definição tem que ser sustentável, ou ele não pode ser chamado de desenvolvimento”. Seguindo este lema a Odebrecht em Angola implementa um programa social em todos os seus empreendimentos contribuindo para o desenvolvimento das comunidades circundantes. Mas este só é verdadeiramente sustentável se conseguir perdurar, o que determina uma aposta cada vez maior em acções que permitam capacitar as populações para perpetuarem o legado desses programas.

As comunidades envolventes são elementos de grande im-portância para a Odebrecht, na medida em que a Organização considera que o desenvolvimento do negócio só é possível se existir um desenvolvimento conjunto com ela. Desta forma, é política da Organização desenvolver em todos os seus em-preendimentos programas que visem melhorar a qualidade de vida e bem-estar das populações que habitam as áreas de in-fluência dos seus projetos.

5.1 Programas de Responsabilidade Social

A manutenção da qualidade de vida e segurança das pessoas que habitam ou trabalham na vizinhança de cada empreendi-mento da Odebrecht e dos seus integrantes são elementos es-senciais que estão directamente relacionados com a natureza do negócio de E&C.

A Odebrecht em Angola tem desenvolvido a sua actividade principalmente na construção de grandes infraestruturas, em-preendimentos que, pela dimensão, geram impactos positivos e negativos na envolvente social, tanto em fase de construção como após entrega das obras.

A Política de Sustentabilidade da Odebrecht para o negócio de E&C prevê a elaboração de um estudo de impacto socioeco-nómico associado ao Estudo de Impacto Ambiental de todos os novos empreendimentos em fase de projecto. Nesse es-tudo são diagnosticadas e identificadas as expectativas e ne-cessidades das comunidades existentes na envolvente e são também avaliados os possíveis impactos gerados pelo novo empreendimento. A caracterização das comunidades nos do-mínios da saúde, condições socioeconómicas, condições de habitação, qualidade de vida, questões culturais, identificação e caracterização de grupos étnicos tradicionais, são elementos obrigatórios na realização desse estudo que é elaborado mes-mo nos casos em que a avaliação de impactos ambientais não é legalmente exigida, sempre com um seu nível de profundidade compatível com o risco do projecto. O Plano de Acção Social do empreendimento é definido a partir do referido estudo so-cioeconómico e a sua extensão depende por um lado da di-mensão e dos impactos do projecto, e por outro das necessi-dades e oportunidades nele detectadas.

O principal foco das Iniciativas Sociais que são desenvolvidas nos empreendimentos são as Pessoas, as Comunidades e as Organizações presentes nas regiões envolventes dos em-preendimentos. Espera-se que estas, após terem as suas ne-cessidades atendidas e serem preparadas e motivadas pelas oportunidades de geração de trabalho e renda, possam des-

64

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

5. + COMPROMISSO COM A COMuNIDADe

frutar de consequente melhoria da qualidade de vida e ampliar a sua dedicação à promoção da conservação e uso sustentável dos recursos naturais e dos seus respectivos territórios. Estas iniciativas podem ser realizadas em parceria e utilizando recur-sos de terceiros, para cumprimento de requisitos contratuais ou legais, ou de natureza voluntária. Estas últimas podem ser constituídas por programas estruturados ou programas iso-lados, nos quais se inserem campanhas, acções de relaciona-mento com a comunidade e patrocínios.

A construção dos Programas Sociais de desenvolvimento comunitário é feita com base na Directriz sobre Programas So-ciais no Entorno, inserida na Política de Sustentabilidade da Ode-brecht. Esta directriz fornece orientações sobre a construção e execução dos projectos Sociais. O desenho dos Projectos Sociais baseia-se nos seguintes fundamentos, considerando à partida o conhecimento legal e das condições das licenças de construção:

A construção e execução de um programa desta natureza, pas-sa pelas seguintes fases:

i. Conhecimento da Região - implica a execução de um estu-do que permita obter conhecimento sobre a realidade da região com a identificação das expectativas dos stakeholders e carac-terísticas da região, no sentido de serem aproveitadas e criadas sinergias e oportunidades de relações win-win. O conhecimen-to da região considera a realização de consultas públicas.

ii. Obtenção de convergência de interesses - Nesta fase devem conjugar-se os interesses do Cliente com os interesses da região e dos demais stakeholders, no sentido de se identificarem as oportunidades resultantes da implementação do projecto

iii. Implementação - esta fase trabalha de forma integrada e em paralelo os aspectos da Mobilização e Articulação, Educa-ção e Cultura, e Produção. Assume-se como um pressuposto que o Ambiente é a base que integra os meios físico, biótico, socioeconómico e cultural. A coordenação dos aspectos base é realizada de acordo com o seguinte modelo conceptual:

Geração de oportunidades de trabalho – promoção de oportuni-dades de trabalho e capacitação das comunidades para que seja possível ter mão-de-obra qualificada para a execução da obra, bem como o desenvolvimento de iniciativas produtivas para su-pressão de necessidades de consumo e que tenham potencial para sobreviver após o período de implantação.

Inserção Produtiva – promoção da integração das pessoas no mercado de trabalho e a indução de negócios com potencial de continuidade após a Odebrecht deixar o lugar.

Adopção de práticas sustentáveis – todos os procedimentos são realizados considerando a cultura local e a conservação dos recursos naturais do local da obra.

Fortalecimento da governança e cidadania – a Odebrecht procura manter uma relação próxima das autoridades locais e das orga-nizações da sociedade civil no sentido de apoiar o seu trabalho e manter o bem-estar social.

escolha de líderes empreendedores – estabelecimento de alian-ças estratégicas com pessoas e organizações locais com espírito empreendedor, capazes de se envolver em projectos sólidos e de manter a continuidade dos projectos iniciados pela Odebrecht.

Construção colectiva – A implantação dos projectos sociais é realizada em conjunto com as organizações locais e a velocida-de de implementação de projectos é aquela que for comportável pela dinâmica local.

Foco em Resultados – compreende a análise das necessidades e particularidades de cada comunidade em cada região, para que tanto a Odebrecht como a comunidade consigam tirar o máximo proveito do projecto

Fundamentos para o Desenhode Projectos Sociais

65

G4-S01

66

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Ao longo da sua permanência em Angola, a Odebrecht tem desenvolvido inúmeras iniciativas e programas socias que im-pactaram positivamente na vida das comunidades. Conforme referido, desenvolve Programas Sociais de longo prazo (pro-

Agricultura Familiar

Nos programas de Agricultura Familiar pretende-se promo-ver a criação de oportunidades de geração de renda para a comunidade a partir da actividade agrícola. A implemen-tação destes programas passa pela formação da comuni-dade através do ensino de boas práticas agrícolas, técni-cas de cultivo e promoção e incentivo ao associativismo e cooperação intercomunitária. Com os programas de agricul-tura familiar pretende-se melhorar as condições de vida das populações através da geração de renda e pela diversificação e melhoria dos seus hábitos alimentares com a introdução de novos produtos hortícolas na dieta da comunidade.

educação e Capacitação

A componente de Educação e Capacitação dos Programas So-ciais da Odebrecht é uma das mais importantes para a organiza-ção. As principais iniciativas desenvolvidas nesta componente são a alfabetização de crianças e adultos e o programa ACRE-DITAR, programa transversal à Organização cujo principal ob-jectivo é a capacitação das comunidades, como se explica mais à frente neste capítulo.

Acções Pontuais

Conforme referido existe ainda um outro tipo de iniciativas que não se enquadra em nenhum dos grupos anteriores denomi-nado por Acções Pontuais, que se caracteriza por não estarem integradas em nenhum programa social específico e que podem ser patrocínios pontuais ou constituir reposta a uma necessida-de identificada esporadicamente numa determinada comunida-de, em qualquer uma das restantes áreas descritas.

Modelo Conceptual da Fase de Implementação de Projectos Sociais pela Odebrecht Valências dos Programas Sociais

Iniciativa e Cidadania

A componente denominada de Iniciativa e Cidadania, está re-lacionada com programas de incentivo ao desenvolvimento comunitário através do apoio ao associativismo, da criação de oportunidades de geração de renda ou programas de apoio ao registo civil das populações. Inserem-se nesta categoria alguns projectos nos domínios da Responsabilidade Ambiental, de pro-moção da Cultura Tradicional ou apoio à criação de associações.

O desenvolvimento destes projectos é da inteira responsabi-lidade de cada um dos empreendimentos e deve ser previsto de forma integrada com o projecto de construção, conforme a Política de Sustentabilidade.

Saúde

A vertente de Saúde da Comunidade dos Projectos Sociais rea-lizadas pela Odebrecht pretende promover a melhoria das con-dições de saúde pública da comunidade, bem como a realização de acções direccionadas para a saúde das pessoas. A melhoria das condições de saúde pública passa por fornecer condições de acesso a água potável com a construção de poços de água e construção de infraestruturas de saúde para assistência mé-dica. Como exemplos de acções na vertente saúde das pessoas tem-se o Programa de Combate à Malária, o Programa Parto Seguro ou o Programa de Prevenção do HIV/SIDA. Os referidos programas são de caracter corporativo, e administrados pela equipa de apoio ao DS.

Promoção de acções de MOBILIZAçãO e ARTICuLAçãO em conjunto com o grupo social

envolvente, com o objectivo de melhorar as suas condições de vida, através da geração

de trabalho e renda.

eDuCAçãO como factor de transformação, capaz

de capacitar as pessoas para o alcance da nova condição.

Promoção de acções educativas com foco

na capacitação da população para a sua posterior inclusão

na cadeia produtiva do empreendimento.

O aspecto PRODuçãO fecha o ciclo de implementação com a criação de oportunidades de

trabalho e renda, através da integração de pessoas da

comunidade na cadeia produtiva do empreendimento.

gramas estruturados), que visam promover o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida das comunidades envolventes subdividindo-se em quatro grandes grupos:

AMBIeNTe

67

68

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

5.1.1 Ao lado da comunidade

Em 2015 a Odebrecht em Angola teve 12 empreendimentos ac-tivos e todos eles dinamizaram Programas de Responsabilidade Social (RS). Oito dos empreendimentos activos dinamizaram um programa de responsabilidade social estruturado especi-fico do projecto (como é o caso do AHE laúca, com o progra-ma “Bem Estar Bem Viver” ou da SONAREF com o programa “Tuyula lumunga”), enquanto os programas que os restantes empreendimentos dinamizaram foram compostos por inicia-tivas relacionadas com um ou mais dos quatro programas de responsabilidade social estruturados corporativos (como é o caso do programa “Parto Seguro” ou do “Programa de Combate à Malária”) e por e acções pontuais. De notar que o programa de responsabilidade social estruturado específico de um de-terminado empreendimento pode também englobar iniciativas inerentes aos quatro programas de responsabilidade social es-truturados corporativos, que são de natureza transversal.

Resultados dos Principais Programas Sociais – 2015

Os resultados dos programas sociais em 2015 são os seguintes:

VAlÊNCIAS DE PROGRAMAS SOCIAIS

INVESTIMENTO 2015 (USD)

Nº DE COMUNIDADES

ENVOlVIDAS

educação e Capacitação

Agricultura Familiar

Saúde

Iniciativa e Cidadania

Acções Pontuais

1.593.683

1.064.230

539.213

518.428

27.963

3.743.517

3.903

4.864

11.828

2.882

180

23.657

24

39

10

4

1

78

BENEFICIÁRIOS (N.º)

TOTAl

Em comparação com a actividade do ano anterior, verificou-se uma diminuição significativa no número de projectos sociais que se deveu principalmente à diminuição do número de obras em curso. No entanto, apesar de igualmente ter diminuído em cerca de 50% o valor do investimento total em Projectos So-ciais, todos os empreendimentos activos, mantiveram os seus programas sociais em funcionamento, obtendo resultados mui-to positivos individualmente como a seguir se descreve. Esta

Em 2015 o Programa Social de AHE laúca esteve em pleno funcionamento, sendo possível começar a recolher os seus primeiros resultados para a comunidade envolvente da obra. Conforme se detalha mais à frente, 2015 foi o ano de arranque do processo de reassentamento junto da população, com a realização dos primeiros protocolos institucionais com as au-toridades locais e o início do processo de consulta pública, que revelou altos níveis de participação da população envolvida.

A implementação da vertente de Agricultura Familiar do Pro-grama Social Bem Estar, Bem Viver - Agro laúca, que tem grande impacto na vida das populações participantes permitiu o aumento do nível de vida dos agricultores através da melho-ria das suas técnicas de cultivo, do aumento da produção, da melhoria da sua alimentação e ainda da criação de uma rede de escoamento de produto, através da venda dos hortícolas nas feiras semanais que ocorrem no estaleiro da Odebrecht. A implementação deste projecto, permitiu aos seus participan-tes aumentar a sua renda mensal em cerca de 10 vezes em relação ao ano anterior.

O Programa Bem Estar, Bem Viver, integra ainda outro progra-ma de geração de renda através de um projecto de Aquacultu-ra. Em 2015, o centro de produção de cacusso entrou em pleno funcionamento, tendo fornecido semanalmente 1.400 quilos de peixe aos refeitórios da obra. Este programa tem como principais objectivos gerar uma nova fonte de renda e diversi-ficar a alimentação da população da envolvente do empreen-dimento através da criação peixe em tanques no rio Kwanza. Os trabalhadores do projecto são membros da comunidade, que tinham como ocupação tradicional a caça e a pesca, e que encontraram agora uma nova forma de trabalhar mais susten-tável e rentável.

Outra vertente de grande impacto em 2015 neste progra-ma social foi a área de apoio à saúde na comunidade, com a acção do Programa de Combate à Malária, que contou com a realização de três campanhas ao longo do ano. Neste sentido foram realizadas palestras de consciencialização para a pre-venção, a realização de testes rápidos da doença e respec-tiva medicação em caso de diagnóstico positivo e ainda dis-tribuição de mosquiteiros. A par destas acções direccionadas para o combate à malária, foram ainda oferecidas à população consultas de clínica geral, pediatria, vacinação e distribuição de medicamentos.

Ainda no âmbito da vertente de Saúde da Comunidade, realizou-se uma acção de formação de 13 agentes de saú-de e saneamento oriundos de 7 comunidades da envol-vente, que visou essencialmente a mobilização das comu-nidades rurais para a construção de latrinas ecológicas.

Bem estar, Bem Viver - AHe Laúca

Foram ainda realizadas outras campanhas de consciencializa-ção para a higiene pessoal e lavagem de mãos junto dos alunos das escolas locais.

3.173

1.612.069

22nºde beneficiários

Investimento uSD

nºde comunidades

diminuição geral acompanhou a tendência de retracção acen-tuada do mercado Angolano no ano de 2015, sendo que a Ode-brecht em Angola teve presente a preocupação de manter em funcionamento os projectos sociais, cumprindo com o compro-misso de desenvolvimento assumido com o País.

G4-EC7

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

O Programa Desenvolvimento Comunitário executado pelo Projecto Sonaref tem como objectivo contribuir para o Desen-volvimento Sustentável da Comunidade da Hanha do Norte no lobito, através da mudança positiva na qualidade de vida, am-pliação das oportunidades de inserção produtiva e fortaleci-mento da governança e cidadania local sob uma perspectiva de auto-sustentação.

Em dois anos de existência, o Programa tem procurado intervir em áreas e desenvolver acções fundamentadas na Política de Sustentabilidade da Odebrecht, e em consonância com as vo-cações regionais, tradicionais e com os Objectivos de Desen-volvimento do Milénio, procurando o fortalecimento dos laços comunitários e tornando os membros da comunidade respon-sáveis pela sua própria transformação.

logrou-se o estabelecimento da Associação Comunitária for-mada e instituída legalmente com o objectivo de gerir as ac-ções propostas. Denominada Tuyula lomunga (em Umbumdo), que em português significa “Juntos Venceremos”, a Associa-ção coordena as acções de Geração de Emprego e Renda e as Ações de Desenvolvimento Social.

As acções de Geração Renda estão consolidadas numa Fábrica de Sabão Ecológico e em duas Unidades de Processamento de Fuba de Milho e Agricultura Familiar. As acções de Desenvolvi-mento Social têm como foco os programas: Saúde, Alfabetiza-ção de Adultos e Cidadania (envolvendo associativismo, resgate da cultura e educação ambiental).

Os Pequenos Agricultores de Subsistência são os grandes be-neficiários do programa. No entanto, a agricultura não exerce protagonismo sobre as demais dimensões desenvolvidas uma vez que todas possuem o mesmo peso e medida em relevân-cia. A Associação emprega directamente 25 pessoas e abran-ge 1.200 famílias beneficiadas pelas acções e programas de-senvolvidos. Factura mensalmente 13.000 USD, e, nos últimos 15 meses produziu 92 mil barras de sabão, processou 260 t de fuba e comercializou 100 t de produtos agrícolas. No âmbito so-cial reúne 458 alunos de alfabetização, 15 professores, um pos-to avançado de registro civil, um laboratório clínico, um cinema comunitário e coordena acções de resgate e valorização da cul-tura e artesanato local. A Associação tem vindo a trabalhar no empoderamento da comunidade apoiando também as acções do governo central.

Para saber mais sobre este projecto a Odebrecht em Angola convida-o a ver um vídeo disponível em http://odebrecht.com/pt-br/odebrecht-apoia-programa-de-desenvolvimen-to-comunitario-em-hanha-do-norte-angola)

Reafirmando a política de Sustentabilidade da Organiza-ção Odebrecht, o empreendimento AHE Cambambe, loca-lizado na Província do Cuanza Norte, desenvolve, em par-ceria com a PRODEl, actual administradora da barragem, o Programa de Responsabilidade Social “xalenu Kyambo-te”. Este consiste num conjunto de projectos voltados para o desenvolvimento local, tendo como foco central o fomento à geração de trabalho e renda e sistemáticas acções de pro-moção da saúde e fortalecimento da cultura e educação junto às comunidades mais próximas da área do empreendimento. O nome xalenu Kyambote provém da língua nativa “Kimbundu” e tem como tradução a expressão em português “Fique bem”.

O principal objectivo do Programa é contribuir para a promoção do bem-estar das comunidades, fomentando autonomia social com melhorias contínuas durante e após a conclusão da obra. Este relatório visa descrever as actividades em execução, os resultados e destaques identificados ao longo do ano de 2015.

O projecto Social é desenvolvido em várias vertentes:

Projecto de Agricultura Familiar - PAF

O principal objectivo deste programa é promover o aumento da ren-da familiar de produtores rurais das comunidades envolventes ao empreendimento, a partir da promoção do acesso a segmentos de comercialização, aumento, diversificação e melhoria na produção.

No ano de 2015, o PAF trouxe um aumento considerável na renda das famílias que têm sido beneficiadas pela comerciali-zação dos produtos agrícolas do programa. Este facto deveu-se à captação de novos clientes e novas acções que constituíram um avanço expressivo para o Programa. Neste ano o trabalho foi desenvolvido em torno da introdução de quatro novas espécies hortícolas e com acções de formação e acompanhamento de culturas destinadas aos produtores. A promoção das feiras co-munitárias foi essencial para o aumento da renda, já que este é o espaço que permite a compra e venda de produtos. O programa contou em 2015 com a participação de 92 produtores, perten-centes a 3 comunidades.

Projecto de economia Ambiental

Produção e Comercialização de Mudas FlorestaisEste projecto tem como principal objectivo a produção de mu-das florestais para a geração de renda das comunidades na en-volvente da obra. Estas mudas são produzidas por pequenos produtores e depois utilizadas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. Em 2015, foram produzidas as seguintes espécies nativas: Moringa, Imbondeiro, Mangueira, Coladeira, Motumeira e várias variedades de acácias. Os 11 produtores receberam acompanhamento técnico da equipa da Odebrecht

Hanha do norte – SOnAReF tuyula Lumunga Xalenu Kyambote – AHe Cambambe

e foram realizadas acções de sensibilização ambiental junto dos alunos das escolas da envolvente.

Produção de Sabão ecológicoEste projecto é também um projecto de geração de renda atra-vés da produção de barras de sabão a partir do reaproveita-mento de óleo vegetal usado na cozinha do refeitório de AHE Cambambe. Apesar de o programa não ser ainda totalmen-te autónomo, os produtores começaram em 2015 a governar o projecto, tendo tomado algumas decisões sem o apoio da equipa do Programa Social. Foram ainda realizadas algumas acções de formação para a promoção de medidas de seguran-ça no trabalho na actividade de produção de sabão. O projecto conta com 13 produtoras, pertencentes a 3 comunidades, tendo produzido 1.314 barras de sabão em 2015.

Saúde comunitáriaO programa Bwé Saúde tem como objectivo melhorar as condi-ções sanitárias das comunidades, contribuir para a preservação ambiental e o fortalecimento da estrutura social. Em 2015, foram formados novos Agentes de Desenvolvimento Socioambiental que irão garantir a manutenção das condições de saúde da comu-nidade nas suas diferentes vertentes, tanto na saúde ambiental e saneamento, como na saúde individual. Foram realizadas acções nas escolas promovendo a importância da lavagem de mãos, vá-rias campanhas de saúde ambiental sobre a importância de viver em ambiente limpo, e realizadas acções de limpeza e de separação selectiva de resíduos nas comunidades.

Formação e Capacitação

Oficina de costura artesanal Em 2015 iniciou-se a 5ª turma deste programa. Pretende-se que com a formação em costura, as famílias adquiram mais uma ferramenta para a geração de renda, através do fabrico de pro-dutos artesanais em tecido. O projecto Baobá linhas e Panos contou este ano com 42 alunos.

educação e cultura Os programas voltados para a formação em inglês e informática básica, incentivo à leitura e promoção da cultura, beneficiaram no último ano 313 jovens e adultos e 86 crianças.

Apoio à cidadania Em parceria com a Administração da Comuna do Munenga e o Palácio Municipal da Justiça do libolo, a Odebrecht em An-gola promove regularmente apoio para a regularização da do-cumentação civil para as comunidades envolventes. Em 2015 foram regularizados 111 moradores, e emitidos 51 Bilhetes de identidade, 53 cédulas pessoais e 31 registos de nascimento.

71

5.385

646.863

4nºde beneficiários

Investimento uSD

nºde comunidades

70

Valorização da culturaNo âmbito desta vertente do Programa de RS de AHE Cambam-be, foi estabelecida uma parceria entre o Ministério da Cultura, a Empresa Pública de Produção de Energia Eléctrica (PRODEl) e a Odebrecht Infraestrutura para a realização do “Programa de Preservação e Revalorização do Património Histórico, Arqueo-lógico e Cultural de Kambambe”. Este Programa tem como prin-cipal objectivo o resgate da história e da cultura nacional, atra-vés da reconstrução das Ruínas de Cambambe – Forte e Igreja de Nossa Senhora do Rosário, e garantir a sua sustentabilidade através da apresentação da candidatura a Património Mundial da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em cooperação Técnica com o Instituto de Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no Brasil.

Os trabalhos encontram-se em curso tendo sido concluída em 2015 a recuperação de parte da estrutura da Igreja.

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

1.699

518.268

4nºde beneficiários

InvestimentouSD

nºde comunidades

Kukula Ku Moxi – SODePAC

O actual Programa Social Kukula Ku Moxi é o Programa Social da Odebrecht criado no âmbito da Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro Industrial de Capanda (SODEPAC). Este Projecto tem, nos dias de hoje, características diferentes das que tinha inicialmente, estando em fase de entrega à comunidade. Inicial-mente o foco do programa foi a Agricultura Familiar, transfor-mando-se mais tarde no Programa de Desenvolvimento Rural do PAC, envolvendo em 2015 cerca de 700 famílias de 28 co-munidades. Este programa articula grandes empreendimentos agro-industriais e agricultura familiar que se pretende forte e auto-sustentada.

Para além da vertente produtiva, o Programa incide sobre ele-mentos básicos da qualidade de vida, como o acesso à água e à saúde preventiva. Tudo isso como resultado de um trabalho persistente que visa também o fortalecimento da organização colectiva e a formação de lideranças que assegurem a sua con-solidação e continuidade.

Em 2015, o Programa Kukula Ku Moxi foi marcado por três gran-des iniciativas:

Programa Filhos da terra Este consistiu num programa de capacitação para 22 jovens provenientes das comunidades envolventes ao PAC, com a du-ração de 5 meses, na área do empreendorismo rural. Teve como principal objectivo capacitar jovens líderes das comunidades em empreendedorismo rural, no sentido de garantir a sustenta-bilidade do Programa de Agricultura Familiar do PAC.

No final de 2015, 4 dos formados estão totalmente integrados na estrutura de operação do Kukula Ku Moxi, suportada pelos agricultores; outros 4 estão integrados no projecto de criação de uma fábrica de sabão artesanal contribuindo para a diver-sificação de fontes de geração de renda da comunidade e os restantes aumentam a renda familiar através de projectos de agricultura e outros projectos complementares.

Parceria com o PnuD no agribusiness Supplier development ProgrammeFoi assinado entre a SODEPAC e o PNUD um acordo para o apoio ao desenvolvimento e estabelecimento de uma Associação de Produtores Agrícolas da região, com o objectivo desta ser to-talmente administrada pela comunidade, garantindo a continui-dade e evolução do Programa de Agricultura Familiar do PAC, como entidade independente.

Acções de Melhoria da Qualidade de Vida

Programa Parteiras tradicionais: No âmbito deste programa, foram assistidas e monitorizadas 163 mulheres grávidas e 357 crianças da comunidade. O principal impacto da actividade des-te programa ao longo dos anos, foi o abaixamento significativo da taxa de mortalidade infantil neste conjunto de comunidades, tendo atingido o resultado de 15,4/1.000, que é muito positivo comparado com o índice da UNICEF para Angola. Foi ainda assi-nado um acordo entre a SODEPAC e o Hospital do Município de Cacuso, em que este passa a assumir a monitorização mensal de grávidas e crianças nos bairros, garantindo a sustentabilida-de da iniciativa.

Programa de Alfabetização de Adultos: A primeira turma deste programa realizou o exame final, tendo sido aprovados 296 alu-nos, 98 dos quais são agricultores do Kukula Ku Moxi. Este pro-grama é liderado pela Repartição de Educação, Ciencia e Tec-nologia do Municipio de Cacuso com quem a SODEPAC assinou em 2015 um acordo de transferência de custos para o Município.

Projecto de propagação da planta Monringa Oleifera: Este pro-jecto tem como objectivo a propagação da Moringa, planta com propriedades extremamente nutritivas, através da sua distri-buição e plantação. Em 2015, existiam 424 moringueiras em-crescimento, plantadas por 382 famílias de 28 comunidades. Em 2016, as plantas estarão suficientemente fortes para serem consumidas e será criada uma parceria com AHE – laúca para o estudo de impacto da introdução da planta na dieta alimentar das comunidades rurais do Kukula Ku Moxi.

Através da parceria estabelecida com o Banco Sol, cerca de 800 produtores abriram uma conta bancária seu nome, beneficiando da isenção da taxa de abertura e a partir de Setembro de 2015, 100% do repasse das vendas aos produtores foi feito através de contas bancárias.

O ano 2016 será um ano de transição para o Kukula Ku Moxi com sua a passagem formal para as mãos dos agricultores como entidade autónoma, financeiramente viável e liderada pela pró-pria comunidade. O programa continuará a contar com o apoio dos seus parceiros sociais, nomeadamente SODEPAC, PNUD, Maersk Oil/Sonangol, AHE-Laúca e Biocom, neste momento de transição.

3.681

372.307

28nºde beneficiários

InvestimentouSD

nºde comunidades

72

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

75

O Programa Social do Projecto BRT (Bus Rapid Transport), tem características um pouco diferentes dos anteriores, na medida que se localiza numa zona urbana (luanda), o que determina características da população diferentes e necessidades dis-tintas das que são sentidas pelas comunidades da maioria dos restantes empreendimentos em curso em 2015. Em luanda há mais oportunidades de emprego pelo que se torna mais impe-rioso aumentar as competências de convivência sã e informada com o meio e os recursos disponíveis.

Desta forma, durante o ano de 2015 foram realizadas algumas actividades e iniciativas direccionadas para a comunidade envol-vente e para os integrantes do empreendimento que passaram principalmente por acções educativas e de sensibilização na área da saúde e na área de cidadania e de responsabilidade ambiental.

No âmbito do Programa BRT+Educação e Cidadania foram realizadas acções para o envolvimento da comunidade com o empreendimento junto das escolas da comunidade. As acções desenvolvidas tiveram foco na sensibilização dos estudantes para os impactos positivos e negativos que a implementação do projecto terá na sua vida diária. Nestas acções participaram cerca de 2.600 alunos das escolas da comunidade, que assis-tiram a palestras sobre os temas de segurança viária e sobre a importância da manutenção das vias, nas quais se distribuíram materiais lúdicos sobre os temas referidos.

Foi iniciado o Programa de Visita ao BRT que consistiu na pro-moção de duas visitas à obra do empreendimento BRT, com o objectivo dar a conhecer à comunidade o projecto em curso e os impactos positivos que este terá nas suas vidas. A acção foi constituída por uma palestra inicial de apresentação do em-preendimento e esclarecimento de dúvidas, seguida de uma visita à obra. Os participantes nesta acção foram os alunos de uma escola da comunidade e membros da Comissão de Mora-dores das Comunidades na envolvente do BRT.

Pograma Social do Projecto BRT – Sistema Viário de Luanda

1.817

521.825

5nºde beneficiários

InvestimentouSD

nºde comunidades

5.1.2 E depois?

Um dos intuitos dos programas sociais promovidos pela Ode-brecht é fornecer às populações das áreas de influência dos seus empreendimentos a capacidade de elas próprias melho-rarem a sua qualidade de vida e os seus níveis de rendimento, através da promoção de projectos sustentáveis com acções educativas e que promovam a geração de renda durante a sua permanência nas regiões. Pretende-se que estes projectos so-ciais possam perdurar além do período limitado de permanên-cia da Odebrecht nas regiões, sendo desenvolvido um trabalho em conjunto com as populações no sentido de tornar possível a sobrevivência dos projectos após o fim do empreendimento da Odebrecht.

Por outro lado, numa outra vertente, a Odebrecht promove o programa ACREDITAR, programa de capacitação profissional das populações das áreas de influência das suas obras, com o intuito de formar a comunidade para o exercício de uma pro-fissão, existindo sempre a possibilidade de contratação da pes-soa formada pela Odebrecht nas suas obras. A primeira edição do programa ACREDITAR em Angola foi em 2009. Em 2015, este programa teve como particularidade a integração de diversos profissionais na obra de AHE laúca.

Em 2015, puderam recolher-se dados relativos a um projec-to que foi alavancado pela Odebrecht em Angola no âmbito do empreendimento Casas Económicas do zango que terminou em 2014, e que continuou a ser desenvolvido pela comunidade, sendo um caso de sucesso.

74

Nas obras relativas a redes viárias o modelo de prestação de ser-viços preconizado pela Odebrecht prevê a prestação de acções de manutenção de modo a assegurar o bom estado das mes-mas e das suas circundantes, agindo sobre a limpeza das vias e bermas, zelando pela iluminação, bancos, pequenas zonas ajar-dinadas, etc. Em Angola não existia uma cultura de manutenção, pelo que esta abordagem aliada à longa presença da Empresa em Angola acaba por influenciar a visão das autoridades competen-tes neste domínio e a Odebrecht entende dever complementar a acção desta abordagem com a sensibilização às populações.

Limpeza e manutenção das redes viárias

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

No âmbito do empreendimento Casas Económicas do zango, realizado entre 2011 e 2014, a Odebrecht realizou um conjunto de formações em empreendedorismo junto aos líderes formais e informais na comunidade do zango, no segundo semestre de 2011. De acordo com a política de sustentabilidade da Ode-brecht, estas acções foram desenvolvidas com o foco no apoio a iniciativas sustentáveis capazes de promover a geração de renda, a cidadania e a melhoria na qualidade de vida.

No contexto de uma destas formações, surgiu um grupo de pessoas da comunidade que se interessou pela produção de sabão artesanal, a partir da reciclagem do óleo de cozinha sa-turado. A dispersão deste óleo na natureza pode gerar impactos ambientais consideráveis, uma vez que um único litro de óleo pode chegar a inviabilizar 1 milhão de litros de água potável, im-permeabilizar o solo e danificar as estruturas e canalizações domésticas e públicas.

O projecto piloto teve início naquele mesmo ano, no quintal da casa de um dos membros da Comunidade Venceremos e, desde então, tem produzido uma quantidade modesta, mas com gran-de aceitação comercial, sendo que os estudos apontam que há uma grande procura reprimida na área, revelando, por outro lado, um grande potencial para que o produto seja comercializa-do no mercado formal.

Considerando a crescente procura do produto foi necessário criar condições de produção capazes de permitir o aumento da pro-dução e ao mesmo tempo criar condições de trabalho e saúde adequadas à expansão do negócio. Desta forma, em conjunto com o Governo Provincial de luanda (GPl), foi cedida uma área no zango IV para a implantação de uma fábrica com a capacidade de produção imediata de 50 mil barras de sabão de 200gr e sua duplicação assim que seja oportuno. As novas instalações da Fá-brica de Sabão Artesanal do zango foram inauguradas em 2014, contando com a presença do Administrador municipal e repre-sentantes do Ministério do Ambiente.

A Odebrecht alavancou o projecto desde o seu início, havendo condições para que este continue em actividade e expansão pe-los seus próprios meios. Após a finalização do empreendimento Casas Económicas do zango foram ainda desenvolvidas ofici-nas de gestão, de saúde e segurança do trabalho, de finanças e marketing pela Odebrecht, capacitando os empreendedores da comunidade, permitindo-lhes desenvolver o negócio auto-nomamente. Um grupo de profissionais da Empresa tem vindo a apoiar voluntariamente a instituição, tanto na sua formalização como na constituição da Entidade, no estabelecimento do Re-gulamento Interno, Plano de Negócio e apoio na Contabilidade e outros.

Ao longo da sua permanência em Angola, a Odebrecht imple-mentou o programa ACREDITAR em diversos empreendimen-tos contribuindo para o desenvolvimento das populações da envolvente através da capacitação profissional das mesmas. No ano de 2015 destaca-se o programa ACREDITAR laúca, que teve início em 2013, com o início da obra, tendo como objecti-vo a capacitação de mão-de-obra local, com a possibilidade de contratação pela Odebrecht. A formação está estruturada em módulos e em formação básica (dois módulos) e formação es-pecífica. A formação básica é pré-requisito para o acesso aos Módulos Específicos.

A formação básica tem foco na elevação da escolaridade e no desenvolvimento do cidadão como profissional, pessoa e sujei-to social. Permite o desenvolvimento das competências consi-deradas básicas para o mundo do trabalho, e que qualquer pro-fissional necessita para se inserir ou melhorar a sua condição de empregabilidade num mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Os Módulos Específicos tratam das qualificações em funções inerentes à actividade da construção civil, tais como Pedreiro/Vibradorista, Carpinteiro ou Ferreiro. Estes têm uma duração entre 60 e 92 horas, dependendo da função de qualificação.

O Programa tem vindo a ser reconhecido e valorizado pelo Cliente, Comunidade e Governo, como experiência pioneira de geração de oportunidades em formação e qualificação de pes-soas, que fortalece a cidadania e a inserção no mundo produtivo.

Fábrica de Sabão Artesanal e outras iniciativas – Zango

ACReDItAR - AHe LAÚCAA Fábrica de Sabão Artesanal do zango está em pleno funciona-mento, é gerida pela comunidade e já expandiu a sua produção para as províncias de Malanje e do Bengo.

Actualmente o grupo de produtores é composto por 21 coopera-dos e o óleo saturado vem, não somente do Projecto de Realoja-mento de Populações, mas também do Projecto Vias Expressas, Hotel Victoria Garden e alguns restaurantes do Belas Shopping.

A fábrica artesanal tem recebido grande atenção dos media, seja na TV, rádio ou imprensa. Foi destaque da Revista Odebrecht In-forma, de circulação global e pode ser uma grande oportunidade de ganho de imagem para as instituições que a apoiarem.

5.242

2.803

1.352

577

898

444

500432

2.238

1.275

nº de Inscrições

nº de Inscrições

Contratados

Facturação(uSD/dia)

Contratados

CapacitadosMódulos específicos

Produção diária debarras de sabão (200gr)

CapacitadosMódulos específicos

Capacitados Módulos Básicos

Capacitados Módulos Básicos

2013 - 2015

2015

76

O Módulo Básico 1 é intitulado VIDA e TRABALHO dado abordar temas importantes para a vida profissional e pessoal dos integrantes, considerando ampliação das competências de leitura, escrita e de conhecimentos matemáticos a partir de uma educação contextualizada com o trabalho, engloban-do temas transversais, como: Qualidade, Segurança do Tra-balho, Saúde, Meio Ambiente e Psicologia do Trabalho.

O Módulo Básico 2 – TRABALHO e ORGANIZAçãO, traz conhecimentos sobre a TEO – Tecnologia Empresarial Ode-brecht, Produtividade e Relações laborais, conhecimentos que permitirão compreender os princípios, valores e funcionamento da Odebrecht, numa perspectiva de integração na Empresa.

5.2 SAÚDe DA COMunIDADe

Os anos de actividade da Odebrecht em Angola permitiram à Empresa obter um conhecimento profundo da realidade das necessidades do País na área da Saúde. A Odebrecht em Angola posicionou-se desde o início da sua permanência no país como parceira das iniciativas promovidas pelo Governo Angolano nesta área, procurando contribuir activamente com o desenvolvimento de acções de promoção da saúde alinhadas com as políticas pú-blicas e de acordo com as necessidades específicas do País.

Assim a Odebrecht em Angola tem vindo a desenvolver pro-gramas de saúde junto das comunidades impactadas pela sua actividade que vão ao encontro dos esforços do governo para a diminuição da mortalidade infantil, no combate à Malária, na pre-venção da propagação do vírus HIV e da SIDA e mais recente-mente na criação de um banco de sangue de qualidade. Os pro-gramas de saúde comunitária promovidos pela Empresa são da responsabilidade da equipa de apoio à saúde, sendo integrados em cada empreendimento através da vertente de saúde do res-pectivo Projecto Social. Em 2015 estiveram activos os Progra-mas de: Combate à Malária, ao HIV e Parto Seguro. O programa Sangue Seguro não teve actividade significativa no ano de 2015.

Programa de Combate à Malária

O programa corporativo de Combate à Malária constitui um dos Programas de saúde comunitária mais antigos promovidos pela Odebrecht em Angola. A Malária é uma doença endémica em Angola constituindo a causa mais importante de absentismo do efectivo da Empresa e uma das causas de morte mais frequen-tes nas comunidades locais.

No que se refere aos resultados do Programa em 2015, apesar dos esforços mantidos referentes às acções de combate à Ma-lária que o sustentam verificou-se um aumento no IPA (Índice Parasitário Anual) de 2015 em relação 2014, ou seja, o aumento de casos positivos de Malária em 2015 na população de traba-lhadores da Odebrecht em Angola. Este aumento poderá ter ocorrido devido ao aumento da pluviosidade ocorrida em 2015 em relação ao ano anterior, propiciando a acumulação de água parada e consequente proliferação do número de mosquitos transmissores da Malária.

Programa de combate HIV/SIDA

No sentido de acompanhar os esforços do Governo Angolano na luta contra o HIV/ SIDA, a Odebrecht em Angola tem desenvolvi-do algum trabalho junto da população de trabalhadores, promo-vendo palestras sobre a doença, disponibilizando também tes-tes gratuitos nas suas unidades de apoio à saúde. A Odebrecht em Angola providencia também apoio, encaminhamento e tra-tamento adequados em caso de existência de casos positivos. Em 2015 assistiram às palestras cerca de 3.740 trabalhadores e foram realizados cerca de 2.500 testes de HIV/SIDA.

Programa Parto Seguro

Com o objectivo de combater a elevada taxa de mortalida-de materno infantil de Angola, a Odebrecht lançou em 2006 o Programa Parto Seguro. A figura da Parteira Tradicional assu-me ainda um papel muito importante no nascimento de crian-ças em Angola, já que cerca de 50% dos nascimentos ocorri-dos, acontecem fora de estruturas formais de atenção à saúde do Governo. A Odebrecht em Angola promove junto a grupos de Parteiras e Parteiros Tradicionais acções de formação para a adopção de práticas mais seguras nos procedimentos do par-to, prevenindo também a transmissão vertical de doenças de mãe para filho. Em 2015, verificaram-se 132 participações em acções educativas promovidas pelo projecto.

5.3 VIDA nOVA

Na actividade de E&C, nomeadamente no ramo das infraes-truturas, a deslocalização de pessoas é um procedimento fre-quente. Estes processos são da total responsabilidade dos contratantes, mas a Odebrecht em Angola assume, por vezes, um papel importante no apoio aos seus Clientes. Como tal, a Directriz de Programas Sociais no Entorno, possui orientações específicas sobre reassentamento involuntário de pessoas, no sentido de orientar o tipo de acções a desenvolver para a rea-lização do processo nas melhores condições, incluindo orienta-ções complementares no caso da população a reassentar ser identificada como População Indígena.

78

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Em parceria com o Governo Angolano e em conjunto com ou-tras entidades nacionais e internacionais, a Odebrecht faz desde 2005 parte do Fórum dos Parceiros Contra a Malária onde se tem vindo a promover acções de prevenção e combate, contribuindo para a operacionalização de uma estratégia nacional para o com-bate da doença.

Na Odebrecht em Angola, o Programa de Combate à Malária faz parte do PI-Sustentabilidade com directrizes e procedimentos que devem ser adoptados pelos projectos na redução dos casos da doença.

A operacionalização deste programa pela Odebrecht em Ango-la, traduz-se em acções de educação continuada; diagnóstico e tratamento precoces; controle vectorial e de prevenção individual e colectiva dos nossos colaboradores, permitindo o diagnóstico precoce da doença que é fundamental para o seu combate.

22.261

1.419número de testes efetuados2015

número total de casos positivos

0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

2013 2014 2015

11,7

4,6

8,5

evolução Anual do Índice Parasitária Anual na população da Odebrecht Angola

Nos empreendimentos activos em 2015 em Angola, não se verificaram casos efectivos de deslocalização de pessoas, no entanto foram realizadas diversas actividades no âmbito dos dois processos de reassentamento em curso relativos aos em-preendimentos de AHE laúca e AHE Cambambe.

No caso de AHE laúca, o processo de reassentamento envol-ve as comunidades de 10 aldeias existentes em 3 municípios na envolvente do empreendimento. Durante o ano de 2015 deu-se o arranque do projecto, realizando-se as primeiras acções de sensibilização e comunicação junto das comunidades, os pri-meiros contactos oficiais entre as autoridades locais e definição da área de reassentamento. Foi igualmente lançado um proces-so de consulta pública direccionado às comunidades em relação às novas infraestruturas a construir. Foi ainda criado o Centro de Referência do Dondo, que funcionará numa primeira fase como Centro de Informações sobre o Programa e depois será a sede do programa agro-familiar que está previsto criar no seguimen-to do processo de reassentamento contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Em AHE Cambambe, o processo de reassentamento está um pouco mais avançado tendo sido iniciada a construção de ca-sas para realojamento das famílias afectadas, com previsão de entrega durante o primeiro semestre de 2016. Para além disso o processo de reassentamento que consta do EIA do empreen-dimento foi reavaliado, tendo sido ajustados os valores das in-deminizações das famílias afectadas.

78

IPA

CRE7

80

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

80

+ COMPROMISSO COM ANGOLA

Imagem separador + Compromisso com Angola:Infraestrutura Cuanza Sul

81

O compromisso com Angola mantém-se e a Odebrecht pretende continuar a ser um agente agregador de valor, contribuindo directamente através da sua presença, do seu negócio, dos seus investimentos, dos seus projectos sociais, através das suas iniciativas de capacitação, mas também através da incitação à cooperação, ao trabalho em rede para potenciar sinergias, à partilha de conhecimento.

6. + COMPROMISSO COM ANGOLA

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

6.1. + InVeStIMentOS 6.1.1. Biocom

A Odebrecht assumiu ao longo da sua permanência em África e em especial em Angola, o compromisso de investir a longo prazo nos países onde se encontra. Através do Odebrecht Africa Fund a Organização tem vindo a investir em Angola em negócios estra-tégicos fora do negócio de E&C, contribuindo para o desenvolvi-mento social e económico, gerando oportunidades de negócios transversais e estreitando o relacionamento com parceiros locais.

Destacam-se neste capítulo os principais investimentos da Ode-brecht em Angola, com maior enfoque sobre a Biocom devido ao facto de 2015 ter sido um ano particularmente importante na vida deste investimento. A Odebrecht tem ainda participação na ges-tão de vários negócios como é o caso da rede de retalho nosso-super e do centro comercial Belas Shopping. A Odebrecht tem também participação no negócio da mineração, na Sociedade Mineira de CATOCA.

empresa comemora resultados obtidos na sua segunda safra

A Biocom actua no mercado angolano como um grande produ-tor de açúcar, etanol e energia eléctrica. Em 2015, a companhia completou a sua segunda safra. Neste ano, a empresa fabricou 24.770 toneladas de açúcar e 10.234 m³ de etanol, tendo produ-zido 70.000 MWH de energia eléctrica. O sucesso do negócio em 2015 projecta grandes expectativas para 2016.

Comemorou-se em 2015 a entrega aos Clientes de um produto em total conformidade com os padrões e regras do mercado. Du-rante o ano de 2015, a Biocom promoveu ainda a formação téc-nica de toda a equipa. Devido a este facto, há já muitos integran-tes angolanos a assumir posições de liderança em determinadas áreas da empresa.

uma empresa económica, social e ambientalmente sustentável

A actividade da Biocom está alinhada com as melhores práticas agroindustriais do mundo. O comprometimento com as melhores práticas reflecte-se em toda a cadeia produtiva. Desde as maté-rias-primas, aos produtos e sub-produtos, todos os elementos envolvidos no processo de fabricação do açúcar são 100% reu-tilizados. O bagaço da cana-de-açúcar é processado nas caldei-ras, produz vapor e movimenta as turbinas geradoras de energia eléctrica. Parte dessa energia abastece a companhia e o recurso excedente é comercializado junto à Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT). Por sua vez, o caldo, ou o melaço é pro-cessado para produção de etanol.

Metas BIOCOM 2021

O maior investimento privado de Angola é também motor de desenvolvimento

A Biocom afirma-se como o maior investimento privado de Angola, fora do sector petrolífero. Enquanto representante da indústria na-cional, impõe-se também como motor de desenvolvimento do país.

Com o talento dos seus Integrantes e o apoio do povo Angolano, a Biocom tem grandes metas para o futuro. A expectativa é de que já em 2021, a Unidade Cacuso esteja preparada para fabri-car 256 mil toneladas de açúcar. Espera-se que a esse índice de produção venha a estar associado à geração de 235 gigawatts de energia eléctrica e de 33 mil metros cúbicos de etanol.

Em junho de 2014, o Ministério Público do Trabalho do Brasil ajuizou uma Acção Civil Pública relativa à Construtora Norberto Odebrecht S.A., à Odebrecht Agroindustrial S.A. e à Odebrecht Serviços e Ex-portação S.A. por supostas práticas análogas ao trabalho escravo e tráfico internacional de pessoas durante as obras de implantação da Unidade Agro-Industrial da Biocom em Angola. As empresas reclamadas apresentaram um vasto conjunto probatório docu-mental, pericial e testemunhal que demonstrou que as acusações não refletem a verdade dos factos. Em Setembro de 2015 foi ex-pedida a decisão condenatória de primeira instância. Perante esta condenação, as empresas reclamadas interpuseram recurso que tramita ainda em fase inicial no Tribunal Regional do Trabalho de Campinas/SP sem data prevista para julgamento. Tanto a Biocom, quanto as restantes empresas envolvidas possuem a convicção de que a condenação será revertida no Tribunal Regional do Trabalho e a acção será julgada improcedente.

MIl TONElADAS DE AÇÚCAR

256

GIGAWATTS DE ENERGIA EléCTRICA

M3 DE ETANOl

235

33 000

BIOCOM, NATuRALMeNTe ANGOLANA

A água captada do Rio Kwanza segue para filtragem numa área de tratamento. Parte desta água é destinada ao processo de fermentação, produção de açúcar e consumo humano. Uma ou-tra parcela segue para ultrafiltração, osmose inversa e eletrode-sionização para produção de água desmineralizada destinada a alimentação das caldeiras.

A caldeira transforma a água em vapor que segue para alimen-tação dos turbogeradores. A água condensada proveniente do turbogerador de condensação retorna para alimentação da cal-deira enquanto que o vapor de contrapressão alimenta a eva-poração, condensa e retorna para a caldeira. A água permanece em circuito fechado para obtenção de uma máxima eficiência.

Ocorrem perdas mínimas de água no processo, contudo a água é canalizada para o tanque de águas residuais onde, posterior-mente, segue para irrigação da cana-de-açúcar no campo.

Uma outra iniciativa de sustentabilidade da Biocom é a promo-ção do cultivo de mudas de árvores de espécies nativas em vi-veiros para reflorestação.

A Biocom é também uma empresa comprometida com o de-senvolvimento dos seus Integrantes. Nesse sentido, oferece programas de qualificação e aperfeiçoamento que são desen-volvidos com o apoio de instituições reconhecidas nacional-mente. Essa linha de actuação tem como objectivo primordial valorizar o ser humano e contribuir para o seu desenvolvimento.

A Biocom disponibiliza programas de desporto, educação, cul-tura e lazer destinados às comunidades vizinhas. Numa das frentes de actuação, por via de uma parceria com o Centro Dom Bosco de Ensino, a empresa garante a alfabetização de 200 pessoas anualmente. Os alunos também têm a oportunidade de frequentar aulas de informática básica.

Através da Escola Palancas Negras, instituição que beneficia 120 crianças, criada pela Biocom, a Empresa propicia aulas de judo, jiu-jitsu e também actividades culturais às crianças e jovens da região envolvente.

Com o interesse de promover o desenvolvimento económico sustentável da comunidade local, a área social da Biocom apoia o programa de agricultura familiar Kukula Ku Moxi, comprando as hortaliças dos pequenos produtores para utilização na con-fecção diária no seu refeitório.

A Biocom encabeça ainda um programa social voltado para a confecção de sabão neutro. A fabricação do produto é feita a partir do óleo de cozinha usado, abrangendo 20 mulheres da comunidade de Cacuso.

82

EFECTIVO ANUAl*Inclui integrantes indirectos

% INTEGRANTES ANGOlANOS

INVESTIMENTO PREVISTO PARA 2016

2.432*91%60 MIL MILHÕeS uSD

83

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

6.1.2 nossosuper

Em 2012, a Odebrecht em Angola realizou um investimento na NRSA - Nova Rede de Supermercados de Angola, assumindo a gestão da mais antiga empresa retalhista do país (rede nosso-super), promovendo uma ampla reestruturação das infraestru-turas existentes à altura, que englobavam 29 lojas em todas as províncias do País, as quais foram reabertas. Desta forma, foi possível dar resposta às necessidades de bens de primei-ra necessidade das populações a nível nacional, assegurando a regularidade no abastecimento, preços acessíveis, qualidade e segurança alimentar.

Com a reestruturação e renovação das infraestruturas existentes, a NRSA tornou-se responsável pela promoção de empregos no país, passando a ser um dos principais Empregadores privados.

Actualmente a rede possui 34 lojas, sendo 13 lojas na Província de luanda e 21 distribuídas nas demais Províncias de Angola.

Investimento em 2015 2015: 8 Milhões USD, investidos para ampliação e modernização das lojas e da cadeia logística, construção de 1 nova loja e Indús-tria de Panificação.

Nº de Postos de Trabalho:1.460 Integrantes (empregos directos) em 2015, sendo 97% de Angolanos.

Perspectivas de Investimento 2016:891.000 USD destinados a melhorias nas infraestruturas das lojas existentes.

nossosuper & Sustentabilidade A NRSA tem uma preocupação constante com as suas pessoas, apostando na qualificação dos seus trabalhadores, através da formação e desenvolvimento de talentos nacionais, acompa-nhamento e educação pelo trabalho.

Constitui um dos maiores empregadores privados a nível nacio-nal, com grande relevância na formação e capacitação na área do retalho em Angola, visto que grande parte da sua força de trabalho iniciou na Organização como Primeiro Emprego.

A NRSA contribui para o desenvolvimento da agricultura nacio-nal através da compra de produtos hortícolas a pequenos, mé-dios e grandes produtores Angolanos,

O volume de produtos nacionais comprado em 2015 foi de 4,3 milhões de USD, o que tem contribuído para o desenvolvimento do sector formal empresarial, criação de empregos e cresci-mento da economia nacional.

6.1.3 Belas Shopping

Inaugurado em 2007 e com uma área construída de aproxima-damente 25.000 m2, o Belas Shopping, primeiro Shopping Cen-ter de Angola, nestes seus 8 anos de existência, tornou-se um marco de crescimento do país, e é reconhecido como um im-portante empreendimento da região de luanda Sul. O espaço destinado ao lazer e compras, conta com 89 lojas e mais de 24 quiosques. O Belas Shopping tem actualmente uma ABl (Área Bruta locável) total de 17.002 m2 e um parque de estaciona-mento com capacidade para 1.023 carros.

No âmbito do Projecto de Expansão do Belas Shopping, a ser implementado a partir de 2016, o conceito a ser implantado contempla a instalação de até 100 novas lojas, uma nova pra-ça de alimentação, uma praça Gourmet, Cinema VIP, zona de entretenimento (Bowling), Ginásio e 2 lojas âncora de renome internacional. O número de vagas de estacionamento será am-pliado em 1.179 vagas distribuídas em dois níveis de deck-park.

Investimento em 20151,5 Mil Milhões USD

Nº de Postos de Trabalho: Nr. de empregos afectos à actual operação: 56 empregos direc-tos + 117 empregos indirectos (subcontratados)

Fase de construção da expansão (previsão): 1.500 empregos directos e 3.000 empregos indirectos

Perspetivas de Investimento Previsão de início da Expansão: 1º. Semestre 2016 (2 anos de construção)

O projecto de expansão do shopping que estava previsto para ter início em 2015 vai ser iniciado apenas em 2016.

Belas Shopping & SustentabilidadeO projecto de expansão tem como principal objectivo aumentar a sustentabilidade económica do negócio, considerando:· O reinvestimento na instalação de novos equipamentos como

a substituição do Sistema de Ar-Condicionado e instalação de uma Estação de Tratamento de Água.

· Atingir os 100% de Taxa de Ocupação

· A aposta na qualificação do mix de lojas

173

125

113

91%efectivo actual*

Investimento previsto 2016

(Mil Milhões uSD)**

Nº de lojas (lojas abrigadas no Shopping)

% Integrantes Angolanos

1.460

0,9

34

97%efectivo actual

Investimento previsto 2016

(Mil Milhões uSD)

Nº de lojas (supermercados nRSA)

% Integrantes Angolanos

84

*Inclui integrantes indirectos** referente à expansão

ÂMBITO ÂMBITOOBJECTIVO/ META 2016 OBJECTIVO/ META 2016TEMA MATERIAl TEMA MATERIAl

Desempenho económico e operacional

Sustentabilidade - Gestão

Sustentabilidade - Programas Sociais

Sustentabilidade -Saúde Ocupacional

Sustentabilidade - Meio Ambiente

Reputação e imagem

Pessoas

Ética e conduta

· Conclusão e entrega das obras: · Cambambe · Projecto (Controled Shunt Reactor) CSR Soyo · Belas Business Park - V etapa

· Atingir a independência administrativa e financeira dos projectos sociais em Cambambe e SONAREF

· Taxa de Doenças Oesteomusculares Relacionadas ao Trabalho [TDORT] = 3,00 (Máx.)

· Taxa de absentismo relacionada ao trabalho por doenças ocupacionais [TARTDO] = 3,00 (Máx.)

· Índice de Saúde Auditiva [ISA] = 2,00 (Máx.)· Taxa de absentismo não relacionado ao trabalho [TANRT] = 10,0 (Máx.)

· Aumentar a percentagem de reutilização de água nos empreendimen-tos existentes.

· Nos novos empreendimentos atingir os níveis de reutilização de água obtidos em 2015 em AHE laúca.

· Reconhecimento público do desempenho da empresa no País

· Atingir % expatriados / Efectivo total <= 6,5%

· Continuar a divulgação do Código de Conduta junto dos integrantes operacionais.

Desempenho Económico; Excelência e qualidade dos serviços e produtos

· Evolução positiva dos índices de gestão em Saúde Ocupacional, Segurança no Trabalho e meio Ambiente

Segurança e Saúde no TrabalhoPromoção da Responsabilidade Ambiental;

Criação de oportunidades para a geração de renda; Envolvimento com stakeholders; Capacitação da comunidade; Saúde e Segurança da Comunidade; Envolvimento com a Comunidade

Segurança e Saúde no Trabalho

Promoção da Responsabilidade Ambiental; Uso Sustentável da Água; Gestão sustentável de outros recursos naturais; Conservação da Biodiversidade

Excelência e qualidade dos serviços e produtos

Criação de Emprego; Criação de oportunidades para a geração de renda; Capacitação de Colaboradores; Envolvimento com a comunidade

ética e conduta; Transparência;Protecção dos Direitos Humanos

6.2 OLHAnDO O FutuRO

De forma a continuar a desenhar o seu caminho para o Desenvol-vimento Sustentável, a Odebrecht em Angola definiu para o ano

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

86

de 2016 os seguintes objectivos e metas no sentido de continuar a sua actividade em conjunto com o país

87

Sustentabilidade -Saúde Ocupacional

Sustentabilidade -Segurança no trabalho

· Percentual mínimo de horas de capacitação em Saúde Ocupacional (%HTr) de 0,25%.

· Redução da incidência da Malária nos trabalhadores

· Intensificação de formação de integrantes para situações de emergência

· Taxa de Frequência Simples de Atendimento Ambulatorial [TFSAA] = 7,05 (Máx.)

· Taxa Máx. de Frequência Acidentes sem Afastamento [TFSA] = 1,95 (Máx)

· Taxa Máx. de Frequência Acidentes com Afastamento [TFCA] = 1,19 (Máx.)

· Taxa de Frequência Total [TFT] = 10,19 (Máx.)· Taxa de Gravidade [TG] = 25 (Máx.)

· zero Acidentes graves e fatais

· Percentual mínimo de horas de capacitação em Segurança no Trabalho (%HTr) de 1,5 %.

· 100% dos empreendimentos em curso pratiquem e reportem os progra-mas PRéVER e Sistema de Avaliação de Gestão conforme suas bases conceituais

· Ampliação do número de observações de desvios.

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho; Condições laborais

Segurança e Saúde no Trabalho; Capacitação de Colaboradores

Segurança e Saúde no Trabalho; Promoção da Responsabilidade Ambiental

Segurança e Saúde no Trabalho; Condições laborais

Sustentabilidade - Direitos Humanos

· Planeamento de uma acção de formação destinada ao pessoal da seguran-ça patrimonial sobre o tema dos Direitos Humanos na actividade. Protecção dos Direitos Humanos

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

88

ANexOS

89

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Temas Materiais Odebrecht Aspectos GRI Importância do Tema/ Aspecto(Importância dos Respectivos Impactos)

Limite dos Impactos Associados ao Aspecto

Condições laborais

Criação de emprego

Ética e conduta

transparência · Políticas Públicas

uso Sustentável da Água

· Saúde e segurança no trabalho Segurança e Saúde no trabalho Interno e externo

Capacitação dos integrantes · Formação Interno e externo

Capacitação da comunidade · Comunidades locais Interno e externo

Interno e externo

A actividade de construção apresenta grandes riscos de segurança ocupacional, pelo que é crucial adoptar uma gestão cuidadosa neste domínio. Os acidentes têm um potencial de impacto muito relevante para os trabalhadores e suas famílias, bem como para a reputação das empresas. Num país que, apesar de estar a melhorar progressivamente, apresenta grandes carências nos serviços e infraestruturas de gestão de saúde, também a manutenção preventiva da saúde dos integrantes e a capacidade de resposta a emergências médicas assume especial relevância. Em 2015 estes temas assumiram uma relevância particular como explicado neste relatório.

A Educação e capacitação é um dos eixos orientadores do desenvolvimento dos integrantes da Odebrecht. Para além do benefício obtido pelo integrante e pela Empresa, também a comunidade beneficia com a participação dos integrantes em actividades formativas, na medida em que existe transferência de conhecimento também para a comunidade, já que estes fazem parte da mesma, adquirindo conhecimentos que poderão depois aplicar em actividades que beneficiem o desenvolvimento local.

A geração de oportunidades de emprego, em condições justas do ponto de vista humano e laboral (assegurando o respeito pelos indivíduos e os direitos humanos e laborais básicos e legalmente adquiridos, bem como uma remuneração adequada às circunstâncias locais e às responsabilidades e riscos associados à função exercida, instalações e facilidades adequadas à actividade exercida e às circunstâncias, e um ambiente de trabalho justo, equilibrado e não coercivo), é de extrema importância não apenas para os integrantes, mas também para a reputação e sustentabilidade da empresa e, no caso de empresas de grande dimensão, como é o caso da Odebrecht em Angola, da sociedade onde esta exerce actividade. A Odebrecht reconhece e assume a importância destes factores e também do seu papel na sociedade Angolana, pelo que tem vindo a apostar numa cada vez maior Angolanização da sua força de trabalho.

Uma actuação norteada por princípios de ética e conduta é essencial ao bom funcionamento das instituições e sociedade em geral e pode impactar positiva ou negativamente a respectiva reputação e imagem, sendo tão mais importante quanto mais influentes forem as instituições/organizações. A TEO, a adesão ao Pacto Global das Nações Unidas e o código de conduta da Odebrecht afirmam o reconhecimento dessa importância pela Odebrecht em Angola estabelecendo os principios orientadores do que deve ser a prática da empresa neste domínio. Às práticas decorrentes destas linhas orientadoras, serão acrescidas, em 2016, outras, decorrentes da mudança de práticas de governança corporativa da organização, ora em elaboração. Uma atitude aberta, de comunicação sobre estes aspectos será mantida pela linha de ética, por acções de formação e divulgação, bem com por relatórios anuais de resultados...

A Odebrecht acredita que o crescimento do negócio só é possível se existir um desenvolvimento conjunto com as comunidades envolventes dos locais onde se situam os seus empreendimentos. Num país como Angola qualquer contributo para um maior desenvolvimento assume elevada relevância e só será sustentável se for acompanhado de uma aposta na capacitação da sua população, sendo esta uma das vertentes mais exploradas nos programas de responsabilidade social da Odebrecht em Angola.

Os principais consumos de água e descargas de efluentes da Odebrecht em Angola verificam-se essencialmente ao nível das obras. Embora os empreendimentos da Odebrecht em Angola se localizem maioritariamente em zonas onde não se verifica escassez do recurso água, nem uma pressão elevada sobre os mesmos, a escassez de infraestruturas de canalização e tratamento que propiciem o acesso a água potável e um escoamento de águas residuais em condições de salubridade razoáveis conferem importância à gestão da mesma. Ver também “Promoção da responsabilidade Ambiental”

Ver “ética e conduta”

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

90

7.1 Correspondência temas materiais Odebrecht em Angola vs Aspectos GRI

91

G4-20G4-21

Nota: Este tema é abrangente, pelo que cruza com todos os temas ambientais GRI, no entanto dentro dos temas ambientais GRI considerados como aspectos mais relevantes para a Odebrecht em Angola, espelhados nesta tabela, apenas se indexam explicitamente a este tema aqueles que são também abrangentes ou que não cruzam directamente com um tema material Odebrecht mais especifico.

Promoção da Responsabilidade Ambiental A actividade de construção, sobretudo no caso de grandes infraestruturas, gera impactos ambientais consideráveis que requerem uma actuação consciente em todas as fases do ciclo das obras, desde a fase de planeamento, até à fase de desmobilização. A Odebrecht em Angola assume a sua responsabilidade neste domínio, estando consciente da importância de dar o exemplo, num país com carências de infraestruturas ambientais e com uma cultura ambiental crescente mas ainda pouco enraizada, através de uma prática que suprima essas carências e que aposta na sensibilização ambiental dos seus integrantes e da comunidade.

· Geral (performance ambiental)· Produtos e Serviços· Terrenos remediados ou a necessitar de remediação tendo em conta o uso pretendido para o solo

Interno e externoInterno e externoInterno e externo

· Diversidade e igualdade de oportunidades · Emprego · Presença no mercado incluindo conteúdos locais

Interno e externoInterno e externoInterno e externo

· Água· Efluentes e Resíduos (componente de efluentes)

Interno e externoInterno e externo

· Combate à Corrupção · Comportamento anti-competição

Interno e externoInterno e externo

· Emprego · Igualdade de remuneração entre homens e mulheres · Presença no mercado incluindo conteúdos locais · Relações laborais· Trabalho forçado· Trabalho infantil

Interno e externoInterno e externoInterno e externoInterno Interno e externoInterno e externo

Ver “Condições laborais”

NOTA: Para os temas assinalados com NA não existe correspondência directa com aspectos GRI. Este temas reflectem-se em conteúdos gerais padrão incluídos no relatório, conforme assi-nalado à frente, na tabela GRI.

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

G4-20G4-21

· Rotulagem de produtos e Serviços excelência e qualidade dos serviços e produtos Interno e externoA excelência e qualidade dos produtos e serviços é essencial para a manutenção da confiança do mercado e para a satisfação dos clientes e por conseguinte crucial para osucesso da actividade da Odebrecht em Angola. O relacionamento de proximidade e o atendimento das necessidades de cada cliente, aliado ao cumprimento de prazos e a gestão controlada dos orçamentos são por sua vez essencial para essa excelência e qualidade.

Cultura empresarial

Liberdade de associação

· Comunidades locais

· NA

· liberdade de associação e negociação colectiva

Interno e externo

envolvimento com stakeholders · NA

Interno e externo

Interno e externo

Interno

envolvimento com a Comunidade

· Comunidades locais Interno e externoSaúde e Segurança da Comunidade

· Biodiversidade Interno e externoConservação da biodiversidade

Ver “Capacitação da comunidade”. A Odebrecht, reconhecendo a importancia de contribuir para o desenvolvimento das comunidades envolventes às suas operações define programas sociais em todos os empreendimentos, que são precedidos de diagnósticos de levantamento de necessidades e que prevêm acções de consulta e envolvimento directo dessas comunidades, para uma maior garantia do respectivo sucesso das medidas implementadas.

A Odebrecht Angola tem tido uma actuação particularmente relevante na área da saúde, com a participação e dinamização de um conjunto de acções que visam a promoção da interacção com o Governo de Angola e outras organizações da sociedade civil na procura de respostas eficazes para alguns dos principais problemas de saúde enfrentados pelas comunidades.

Ver “Gestão sustentável de outros recursos naturais”. Todos os empreendimentos que se localizem em zonas de maior risco de diminuição da biodiversidade, estão sempre sujeitos à realização de EIA, conforme definido na Directriz de Sustentabilidade da Odebrecht, nos quais se estabelecem as medidas de mitigação de impactos sobre a biodiversidade. Os terrenos onde se situam os empreendimentos são previamente preparados e, para todos, estão previstas medidas de recuperação de habitats.

A boa relação com os seus principais stakeholders é um importante elemento para o sucesso da actividade da Odebrecht. O relacionamento de proximidade e o atendimento às necessidades de cada uma das partes interessadas é essencial à sustentabilidade dos empreendimentos que a Odebrecht Angola concretiza e à continuidade e prosperidade do negócio. A conciliação dos interesses de todos contribui para a criação de valor mais sustentável.

Ver “Governança”. A TEO é reconhecida pelos stakeholders da Odebrecht Angola como um exemplo de cultura empresarial forte e inspiradora. Estes reconhecem que a Odebrecht tem dado um contributo positivo ao país através da sua presença e 31 anos de actividade nesta geografia, e relacionam esse contributo à sua forte cultura empresarial.

Ver “Condições laborais”

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

7.1 Correspondência temas materiais Odebrecht em Angola vs Aspectos GRI

9392

Os principios de gestão ambiental da Odebrecht prevêm a promoção do uso racional dos recursos naturais e a sua conservação de forma responsável, a protecção dosecossistemas, a conservação da biodiversidade e o respeito pelas culturas locais. Em Angola, a gestão energética assume particular relevância no plano das opções estratégicas das políticas nacionais, dada a carência de infra-estruturas nacionais de produção de electricidade, determinando uma forte dependência de geradores a diesel. A Odebrecht tem sido um actor relevante da operacionalização de obras estratégicas para o país neste domínio. Também a escassez de alguns materiais no mercado nacional aporta desafios adicionais às empresas a operar no mercado. A Odebrecht procura impulsionar o mercado local através dos seus investimentos e programas sociais. Ver também “Promoção da responsabilidade Ambiental” e “Criação de Oportunidades para a Geração de Renda”.

Gestão sustentável de outros recursos naturais· Energia· Materiais

Interno e externoInterno e externo

· Avaliação de direitos humanos nas operações· Avaliação de direitos humanos nos fornecedores· Direitos indígenas· Práticas de segurança· Direitos humanos nos investimentos· Não discriminação

Protecção dos Direitos HumanosA TEO, a adesão ao Pacto Global das Nações Unidas e o código de conduta da Odebrecht afirmam a importancia da protecção dos direitos humanos.Por outro lado, a violação dos direitos humanos no ceio da uma organização ou mesmo indirectamente através das entidades subcontratadas e fornecedores, tem potencial para lesar a sua reputação e imagem.

Interno e externoInterno e externoInterno e externoInterno e externoInterno e externoInterno e externo

Criação de Oportunidades para a Geração de Renda · Comunidades locais Interno e externoTal como a capacitação da comunidade esta é uma das principais vertentes explorada nos programas de responsabilidade social da Odebrecht em Angola e que está intimamente ligada com a visão de desenvolvimento acima expressa - ver “Capacitação da Comunidade”.

Só um modelo de governo forte e coeso associado a uma estratégia e cultura empresarial bem definida e comunicada, actualizado e reforçado sempre que as circunstâncias o exigem, permite garantir de forma sustentada a prosperidade de uma organização. Deste modo o modelo de governança e o sistema de conformidade estão a ser alvo de revisão com impacto a partir de 2016.

Governança · NA Interno

Desempenho económico · Performance Económica Interno O Desempenho económico é fundamental para a sustentabilidade de qualquer organização.

NOTA: Para os temas assinalados com NA não existe correspondência directa com aspectos GRI. Este temas reflectem-se em conteúdos gerais padrão incluídos no relatório, conforme assi-nalado à frente, na tabela GRI.

Temas Materiais Odebrecht Aspectos GRI Importância do Tema/ Aspecto(Importância dos Respectivos Impactos)

Limite dos Impactos Associados ao Aspecto

Accionistas Clientes

Assembleia de Accionistas

Plano de Acção

Relatório Anual

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Publicações informativas das obras

Reuniões directas

Frequência: Anual

Frequência: Anual

Frequência: Anual

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Bi-mensal

Frequência: Permanente

7.2 Mecanismos e respectiva frequência de realização das acções de interacção e comunicação com os stakeholders

Organizações da Sociedade Autoridades Governamentais e entidades Reguladoras

Participação em eventos governamentais importantes e relevantes para a sociedade

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Participação em eventos governamentais importantes e relevantes para a sociedade

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Participação nos meios de comunicação social

Frequência: Requerida

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Requerida

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Requerida

Media e opinion makers Comunidade Académica

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Comunicados de Imprensa

Participação nos meios de comunicação social

Prémio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável

Programa Jovens Parceiros

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Requerida

Frequência: Requerida

Frequência: Anual

Frequência: Anual

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

94

G4-24G4-26

Fornecedores e prestadores de serviços

Integrantes

Comunidade Financeira

Comunidade envolvente

Parceiros

Sindicatos

Participação em eventos do sector (feiras, conferências, encontros)

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Consulta Pública

Reuniões em Programas sociais Programas Sociais

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

Publicações informativas das obras

Eventos direccionados para stakeholders

Frequência: Pontual

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Requerida

Frequência: Requerida

Frequência: Requerido

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Bi-mensal

Frequência: Pontual

Relatório de Sustentabilidade

linha de ética

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Frequência: Quinzenal

Frequência: Quinzenal

Frequência: Semanal

Frequência: Bi-mensal

Frequência: Diária

Frequência: Anual

Frequência: Permanente

Frequência: Bi-mensal

95

7.3 notas Metodológicas

Indicadores Fontes de Informação

G4 - EN1; G4- EN2;G4 - EN13; G4 -EN15; G4-EN16; G4 - EN17; G4- EN18;

G4 -10; G4 - LA12

G4 - EN5; G4 - EN18; CRe2

G4 - EN3; G4 - EN5; G4-EN6;G4-EN8; G4 - EN10; G4 - EN22G4 - EN27; G4 - EN31;

G4 - LA5; G4 - LA6; G4 - LA7

Os indicadores relacionados com os temas de consumos de matérias-primas e emissões de GEE, foram calculados com base em dados extraídos do CERENSA - Inventário de Emissões da Odebrecht. O CERENSA é preenchido mensalmente com os dados de consumo em cada uma das obras e os resultados são consolidados trimestralmente pela Odebrecht, SA. Relativamente aos dados de resíduos produzidos, foram este ano estimados a partir de dados registados no IDA e também dados obtidos no CERENSA, por não ser possível obter valores precisos sobre o tema.

Os indicadores relativos à caracterização da mão-de-obra foram obtidos a partir de dados disponibilizados pelo departamento de Recursos Humanos (RH), no que toca a integrantes permanentes e contratados pela Odebrecht em Angola entre 1 Janeiro e 31 de Dezembro de 2015. Relativamente aos dados da população de subcontratados, foi apenas possível apurar valores relativos ao total de trabalhadores nesta categoria, não sendo possível fazer uma caracterização detalhada por género, faixa etária ou categoria funcional. Esta caracterização não é possível dado que o controlo de subcontratados é realizado por cada um dos empreendimentos e não existe controlo centralizado a nível central (do DS). A natureza do negócio de E&C é altamente influenciada pela sazonalidade nomeadamente na categoria de integrantes operacionais, já que este efectivo está directamente relacionado com a fase em que a obra se encontra.

Indicadores de intensidade energética, de intensidade de consumo de água e de intensidade carbónica, foram calculados com base no número de trabalhadores da empresa (integrantes + subcontratados) a 31 de dezembro de 2015, como base métrica específica da Empresa.

Os indicadores relacionados com os temas de consumos de energia, de água e suas origens, bem como os relacionados com as acções de mitigação de impactos ambientais, foram obtidos a partir dos dados reportados trimestralmente pelos empreendimentos activos para a determinação do Indicador de Desempenho Ambiental (IDA). Este reporte é realizado na plataforma de reporte corporativa e permite a avaliação da performance ambiental de cada um dos empreendimentos em curso no período de reporte.Os dados de consumos totais de água reportados referem-se ao total de água captada para todas as utilizações.

Os indicadores relacionados com Saúde Ocupacional (SO) e Segurança no Trabalho (ST), foram obtidos a partir dos dados reportados por cada um dos empreendimentos nas plataformas corporativas de SO e ST. Os indicadores de ST e SO são preenchidos nos respectivos portais mensalmente por cada um dos empreendimentos activos, e permitem à gestão de topo avaliar periodicamente a performance de cada empreendimento nestes aspectos.

1 134,642

USD AKz

96

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

G4-22G4-23

97

7.3.2 NOTAS ESPECÍFICAS POR INDICADOR OU GRUPO DE INDICADORES

Os dados de consumo dos diferentes materiais são recolhidos em unidades de medida distintas, pelo que foi necessário converter as quantidades à mesma unidade (toneladas), através dos pesos específicos dos materiais para os quais se revelou necessário, de acordo com a seguinte Tabela de Conversão.

Assumiu-se que toda a energia proveniente da rede eléctrica é proveniente de centrais hidroeléctricas, na medida em que é muito pouca a percentagem de energia produzida fora de central hidroeléctrica. Não foi possível obter o mix energético referente ao ano de 2015.

O indicador inclui todas as obras em actividade no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2015. Âmbito 1: Emissões directas provenientes de fontes controladas pela Odebrecht em Angola, exemplo: combustíveis, resíduos, efluentes, etc;Âmbito 2: Emissões indirectas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia (ex: energia eléctrica);Âmbito 3: Outras emissões indirectas de gases de efeito estufa (GEE) (ex: transporte de cargas, resíduos, viagens aéreas, matérias -primas, etc.);As emissões de CO2 equivalentes em toneladas (tCO2e) foram calculadas de acordo com a metodologia proposta no GHG protocol, e relativamente às emissões geradas pelo consumo de energia sobre o qual a Odebrecht tem controlo financeiro. Os dados de inventário de emissões de GEE foram obtidos por consulta do CERENSA, sistema de informação que compila as emissões de GEE das empresa do grupo Odebrecht.

Existe monitorização e estão implementadas medidas de mitigação de descargas de águas residuais que são seguidas em cada obra, como a instalação de ETAR’s em obra para tratamento de águas residuais domésticas e também de águas residuais industriais. Em 2015, os empreendimentos passaram a ter a possibilidade de registar a quantidade de efluentes produzidos no novo esquema de re-porte IDA. No entanto, apenas aqueles que possuem infraestruturas de tratamento podem registar essas quantidades com precisão. Os restantes estimam as quantidades reportadas com base no número de camiões cisterna que transportam efluente até sistemas de tratamento municipais ou outros. O valor reportado não inclui os valores de efluentes dos seguintes empreendimentos: SONAREF, Projecto Reforço Águas de luanda; Rios CCC; Projecto CSR Soyo; Infraestrutura do Cuanza Sul, por não ter sido possível recolher a informação com consistência.

Este valor abrange acções de natureza Voluntária e Obrigatória, e que podem ser Programas Estruturados, Acções Isoladas e Patrocí-nios/Doações no âmbito das acções anteriores. Incluem-se também todos os custos com salários, matérias-primas e fornecedores de serviços relativos aos programas abrangidos. Não é possível desagregar o valor nas categorias sugeridas pelo GRI.

Taxa de rotatividade (%)(TR) = Nº de demitidos no período/ Total efectivo período*100

Taxa de novas contratações (%)(TA) = Nº de admissões no período/ Total efectivo período*100

Materiais Peso Específico (kg/m3)

Concreto/Betão

Madeira

2.400

700

G4-en1

G4-en3

G4-en5

G4-en6

G4-en15

G4-en16

G4-en17

G4-en18

G4-en19

G4-en30

G4-en22

G4-en31

G4-LA1

7.3.1 NOTAS GERAIS AO RElATÓRIO

1. TAxA DE CÂMBIO

Tomou-se como moeda de reporte o Dólar Americano (USD). Para tal houve necessidade de fixar uma taxa de câmbio para conversão dos valoresmonetários no relatório. Fixou-se a taxa de Câmbio de AKz para USD, conforme utilizada nas contas da Empresa, referente a Dezembro de 2015.

2. FONTES DE INFORMAÇÃO DE DADOS PARA CÁlCUlO DE INDICADORES

98

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

Não foi possível compilar os dados por género. Apenas se dispõe de dados por total integrantes directos e subcontratados, dado que o detalhe destes dados é controlado por cada um dos empreendimentos. Origem dos dados: Relatórios do portal de Segurança no Trabalho.

G4-LA6

Dias perdidos

taxa de dias perdidos = (ou taxa de Gravidade)

Fatalidades

taxa de Doenças Ocupacionais =

taxa de Absentismo = (ou taxa de Ausentismo)

HHt

Número total de dias nos quais o acidentado ficou incapacitado para o trabalho, no mês de referência, em consequência de acidente com afastamento.

Esse número inclui dias corridos, contados a partir do dia imediato ao acidente até a alta médica Portanto, serão incluídos domingos, feriados ou qualquer outro dia em que não tenha trabalho na Unidade de Empresariamento (UE) ou Operacional (UO), bem como, qualquer outro dia completo de incapacidade, ocorrido depois do retorno ao trabalho e que seja con-sequência do mesmo acidente.

taxa de Lesões =

[Taxa de Frequência Simples Atendimento Ambulatorial (SAA) + Taxa de Frequência de Acidentes Sem Afastamento (TFSA) + Taxa de Frequência de Acidentes Com Afastamento (TFCA)]

[Número de dias perdidos *1000000]/HHT

Nº. de acidentes com mortes

Horas-Homem Trabalhadas - Soma de todas as horas efectivamente trabalhadas, por todos os integrantes e as horas trabalhadas pelo efectivo do consórcio da Unidade de Empresariamento (UE) ou Operacional (UO). Este valor inclui as horas extra e exclui as horas remuneradas não trabalhadas, decorrentes de faltas abonadas, licenças, férias, doenças e descanso remunerado.

tipos de lesões lesões consideradas: todo o tipo de lesões

[(Nº Doenças Ocupacionias + Nº Doenças Relacionadas ao Trabalho)]*1000000/HHT

Número de horas de absentismo/ HHT

G4-LA7

ISA- Índice de saúde auditiva (perda ou agravamento de doença

auditiva no decorrer do trabalho)

IPA - Índice Parasitário Anual

tDORt - taxa de Doenças Oesteomusculares

Relacionadas ao trabalho

[Nº de Agravamentos e de novos casos constatados nos exames ocupacionais (excepto os admissionais) X 100 ]/ [Nº de Audiometrias realizadas (excluindo as admissionais)] (integrantes + subcontratados)

Nº de Casos de Malária x 1000/População (integrantes + subcontratados)

[Nº Total de DORT Atestados Médicos (de afastamento do trabalho) + Consultas, Atendimentos] X 1000000 / [HHT] (integrantes + subcontratados)

G4 - EN29;G4 - SO8;G4 - PR9

A Odebrecht em Angola considera que o valor a partir do qual as multas e sanções são significativas é de 100.000 USD.

Os dados de formação foram compilados com base em registos de acções de formação existentes. No caso da formação nas áreas de ST e SO foram recolhidos com base na informação compilada nos respectivos portais.

99

Como complemento da informação reportada, apresenta-se o reporte total da evolução dos dados relativos à diversidade da mão-de-obra:

número e percentagem de integrantes por nacionalidade, faixa etária, categoria profissionalNão existem colaboradores com qualquer tipo de deficiência na Odebrecht em Angola.

G4-LA9

G4-LA12

2013 2014 2015F

F

F

F

F

F

F

F

F

M

M

M

M

M

M

M

M

M

total 2013

total 2013

total 2013

total 2014

total 2014

total 2014

total 2015

total 2015

total 2015

Angolano

Abaixo de 30

Acima de 50

Outros Trabalhadores

Expatriado

De 30 a 50

Pessoal Técnico

Operários

790

283

112

562

12

95

40

284

477

885

885

868

344

119

583

6

96

37

257

581

964

964

10.305

5.003

378

5.735

60

1.094

661

2.237

8.724

11.399

11.399

11.172

5.347

498

6.318

67

1.191

698

2.494

9.305

12.363

12.363

705

296

101

29

42

58

438

19

601

763

763

9.287

4.783

330

538

121

785

4.751

322

9.299

10.072

10.072

9.992

5.079

431

567

163

843

5.189

341

9.900

10.835

10.835

8.376

3.743

398

4.987

60

1.05

704

1.648

7.328

9.434

9.434

9.166

4.026

510

5.549

72

1.153

744

1.932

7.805

10.319

10.319

Total

Total

nacionalidade

Faixa etária

Categoria Profissional

885 964 11.399 12.363 763 10.072 10.8359.434 10.319Total

Pessoal de Direcção e Chefia

Direitos Humanos

Protecção ambiental

Práticas Laborais

Anticorrupção

Princípio 1: As empresas devem apoiar e respeitar a protecção dos direitoshumanos, reconhecidos internacionalmente;

Princípio 2: Garantir a sua não participação em violações dos direitoshumanos.

Princípio 7: As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aosdesafios ambientais;

Princípio 8: Realizar iniciativas para promover a responsabilidade ambiental;

Princípio 9: Encorajar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias amigasdo ambiente.

Princípio 3: As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efectivo à negociação colectiva;

Princípio 4: A abolição de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;

Princípio 5: Abolição efectiva do trabalho infantil;

Princípio 6: Eliminação da discriminação no emprego.

Princípio 10: As empresas devem combater a corrupção em todas as suasformas, incluindo extorsão e suborno.

7.4.1 PRINCÍPIOS UNGC

7.4 Índice Remissivo Pacto Global e GRI

100

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

101

Código deConteúdo GRI PáginaDesignação do Conteúdo GRI

eStRAtÉGIA e AnÁLISe

PeRFIL ORGAnIZACIOnAL

ASPeCtOS MAteRIAIS IDentIFICADOS e LIMIteS

enVOLVIMentO De StakeholderS

G4-1

G4-3

G4-17

G4-24

G4-20

G4-26

G4-27

G4-4

G4-18

G4-21

G4-5

G4-19

G4-25

G4-22

G4-23

G4-6

G4-7

G4-8

G4-9

G4-12

G4-13

G4-14

G4-15

G4-16

G4-10

G4-11

Mensagem do órgao de gestão da organização 4-5

11

11

19

11-12

10-11

11

9-11, 13

14

14-15

22-23

18, 22

22

18

18

18, 90-93

18, 90-93

34, 96-99

34, 96-99

28-29, 94-95

28

28-29, 94-95

28-29

19, 90-93

48

52

Nome da organização

Estrutura da organização e limites do relatório

Stakeholders envolvidos pela Organização

limites dos aspectos materiais fora da organização

Abordagem para envolver os stakeholders

Principais tópicos e preocupações levantadas durante o envolvimento de stakeholders e medidas adotadas pela organização

Principais marcas, produtos e serviços

Definição do conteúdo do relatório

limites dos aspectos materiais dentro da organização

localização da sede da organização

Aspectos materiais

Base para a identificação e seleção de stakeholders para envolvimento.

Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores

Alterações significativas de âmbito

Número de países nos quais a organização opera e nome daqueles onde se localizam as principais operações ou as mais relevantes para a sustentabilidade

Natureza da propriedade e forma jurídica da organização

Mercados em que a organização actua

Porte (dimensão) da organização

Cadeia de fornecedores

Alterações significativas na organização ou sua cadeia de fornecimento

Princípio da precaução

Cartas, princípios ou outras iniciativas externas que a organização subscreve.

Participação em associações

Força de trabalho / mão-de-obraunGC: Princípio 6

Acordos de negociação colectivaunGC: Princípio 3

7.4.2 CONTEÚDOS PADRÃO GERAIS G4-32

102

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

18

29

18

19

18, 101-107

18

12

20-23, 34-35, 48, 54, 64-67

Código item de estrutura GRI

PeRFIL DO ReLAtÓRIO

GOVeRnAnÇA

ÉtICA e InteGRIDADe

G4-28

G4-34

G4-56

G4-29

G4-31

G4-30

G4-32

G4-33

Período coberto pelo relatório

Estrutura de governança da organização, incluindo os comités do mais alto órgão de governança.

Missão, visão, valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização relacionadas com aspectos económicos, ambientais e sociais

Data do relatório anterior mais recente (se houver).

Contacto para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo.

Ciclo de reporte

Sumário de Conteúdo da GRI e opção “de acordo” escolhida pela organização.

Verificação externa

PáginaDesignação do Conteúdo GRI

103

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

Produtos e Serviços

Formação

emprego

Igualdade de remuneração entre homens e mulheres

Saúde e segurança no trabalho

Geral (performance ambiental)

Relações laborais

Presença no mercado incluindo conteúdos locais

terrenos remediados ou a necessitar de remediação tendo em conta o uso pretendido para o solo

G4-en27

G4-LA9

G4-LA2

G4-LA13

G4-LA10

G4-LA11

G4-LA5

G4-LA6

G4-LA7

CRe6

G4-en31

G4-LA4

G4-eC5

CRe5

Princípio 7 Princípio 8 Princípio 9

22-23, 31, 34, 40, 90-93

40

41, 97

41

53-55, 58, 90-93

54, 96

57-58, 96, 98

59, 96, 98

31, 35, 57

60, 90-93

52

51-52, 90-93

52

52

52

52

60-61, 96

61, 96, 99 Princípio 6

n.A

Princípio 6

n.A.

Princípio 6

n.A.

n.A.

n.A.

n.A.

Princípio 7 Princípio 8 Princípio 9

Princípio 3

Princípio 6

Princípio 8

Mitigação dos impactes ambientais de produtos e serviços

Média de horas de formação anual por colaborador, género e categoria profissional

Benefícios para colaboradores a tempo integral que não são atribuídos aos colaboradores temporários ou a tempo parcial

Rácio entre os salário base e remuneração da mulher e do homem, por localização de operação significativa

Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua

Percentagem de colaboradores que recebem regularmente avaliação de desempenho, por género e categoria profissional

Colaboradores representados em comissões de segurança e saúde ocupacional

Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e número de óbitos relacionados com o trabalho, por região e género

Colaboradores com elevada incidência e elevado risco de doenças graves

Percentagem de colaboradores que trabalham em ambiente com sistema de de gestão de HST certificado

Custos e investimentos com a protecção ambiental

Prazos Mínimos de aviso prévio em caso de alterações operacionais

Intervalo de variação da proporção entre o salário mais baixo e o salário mínimo local, por género

Terrenos em uso ou com uso futuro remediados ou com necessidades de remediação, de acordo com designações legais aplicáveis

Tema Material Odebrecht em Angola (P1)Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

Designação do indicador GRI G4 UNGC Pág.

7.4.3 INDICADORES GRI E ABORDAGENS DE GESTÃO

PROMOÇÃO DA ReSPOnSABILIDADe AMBIentAL

CAPACItAÇÃO e PLAnO De CARReIRA DOS InteGRAnteS

COnDIÇÕeS LABORAIS e GeStÃO De PeSSOAS

SeGuRAnÇA e SAÚDe nO tRABALHO

Designação do indicador GRI G4 uNGC

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

trabalho infantil

Comunidades Locais

Presença no mercado incluindo conteúdos locais

Políticas Públicas

Efluentes e Resíduos

Diversidade e igualdade de oportunidades

Combate à Corrupção

trabalho forçado

emprego

Comportamento anti-competição

G4-HR5

G4-SO1

G4-eC6

G4-SO6

G4-en22

G4-en24

G4-LA12

G4-SO3

G4-SO4

G4-SO5

G4-HR6

G4-LA1

G4-SO7

Princípio 5

Princípio 1

Princípio 6

Princípio 10

Princípio 8

Princípio 8

Princípio 6

Princípio 10

Princípio 10

Princípio 10

Princípio 4

Princípio 6

n.A.

Operações e fornecedores identificados com risco de trabalho infantil, e medidas tomadas

Operações com programas de envolvimento das comunidades locais

Proporção de contratação de pessoal para postos de alta gestão na comunidade local nos locais de operação significativos

Valor total de contribuições políticas por país e benefíciário

Produção de efluentes líquidos, por qualidade e por destino

Ocorrência de derrames

Mão-de-obra por categoria profissional, género, faixa etária e minoria e outros indicadores de diversidade

Operações alvo de análise de risco de corrupção

Comunicação e formação sobre políticas e procedimentos anti-corrupção

Incidentes confirmados de corrupção e ações tomadas

Operações e fornecedores identificados com risco de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo, e medidas tomadas

Número e taxa de novas contratações e taxa de rotatividade por faixa etária, género e região

Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de anti-trust e monopólio e seus resultados

15, 22

15, 22

15, 20-22, 90-93

13, 90-93

15, 20-22

15, 21-22, 61

21-22

15

64, 78, 90-93

64-78

49, 60

24, 48-59, 90-93

50, 97

48-51, 99

13

20-21, 90-93

34-35, 90-93

38, 96-97

41

20-22, 90-93

COnDIÇÕeS LABORAIS e GeStÃO De PeSSOAS

ÉtICA e COnDutA

CAPACItAÇÃO DA COMunIDADe

CRIAÇÃO De OPORtunIDADeS PARA A GeRAÇÃO De RenDA

SAÚDe e SeGuRAnÇA DA COMunIDADe

CRIAÇÃO De eMPReGO

tRAnSPARênCIA

uSO SuStentÁVeL DA ÁGuA

enVOLVIMentO COM A COMunIDADe

Tema Material Odebrecht em Angola P1Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

Pág.Designação do indicador GRI G4

104

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

105

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

ABORDAGeM De GeStÃO

Performance económica

Materiais

Direitos Humanos nos investimentos

Rotulagem de produtos e Serviços

Água

energia

não discriminação

Direitos indígenas

Práticas de segurança

Avaliação de direitos humanos nas operações

G4-eC4

G4-eC1

G4-en1

G4-en2

G4-HR1

G4-HR2

G4-PR5

G4-en8

G4-en10

CRe2

G4-en3

G4-HR3

G4-HR8

G4-HR7

G4-HR9

G4-HR10

G4-en5

G4-en6

n.A n.A

Princípio 7 Princípio 8

Princípio 8

Princípio 2

Princípio 1

n.A

n.A

Princípio 7 Princípio 8

Princípio 8

Princípio 9

Princípio 7 Princípio 8

Princípio 6

Princípio 1

Princípio 1

Princípio 1

Princípio 2

Princípio 8

Princípio 8 Princípio 9

Apoio financeiro recebido do GovernoValor Económico directo gerado e distríbuido

Consumo de Materiais utilizados por peso ou por volume

Consumo de matérias-primas provenientes de reciclagem

Acordos de investimento e contratos com cláusulas de direitos humanos

Formação dos colaboradores quanto a direitos humanos

Resultados de avaliação de satisfação de clientes

Omissão: Não estão implementados métodos directos de avaliação de satisfação dos Clientes, no entanto pode-se avaliar indirectamente este factor por meio da imagem da Empresa no mercado, conforme reportado.

Captação de água total, por fonte

% e Volume total de água reciclada e reutilizada

Intensidade de consumo de água

Consumo de energia dentro da organização

Número total de casos de discriminação e medidas corretivas tomadas

Número total de casos de violação aos direitos dos povos indígenas, e medidas tomadas

Formação do pessoal de segurança quanto a direitos humanos

Operações sujeitas a avaliações de direitos humanos

Novos fornecedores avaliados com critérios de direitos humanos

Intensidade energética

Redução do consumo de energia

Tema Material Odebrecht em Angola P1Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

35-36, 96

36

36

13

20, 90-93

34-35, 90-93

1313

38, 96-97

38, 96

39, 96-97

39, 96-97

39, 96-97

20-21, 90-93

21

61

22

22

22

22

15

Designação do indicador GRI G4 UNGC Pág.

eXCeLênCIA e quALIDADe DOS PRODutOS e SeRVIÇOS

DeSeMPenHO eCOnÓMICO

GeStÃO SuStentÁVeL De OutROS ReCuRSOS nAtuRAIS

PROteCÇÃO DOS DIReItOS HuMAnOS

106

2015 ReLATóRIO ANuALRESUlTADOS DE SUSTENTABIlIDADE

ABORDAGeM De GeStÃO

Liberdade de associação e negociação coletiva G4-HR4 Princípio 3

Operações e fornecedores identificados com risco de violação do direito de liberdade de associação e negociação coletiva, e medidas tomadas

Tema Material Odebrecht em Angola P1Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

ABORDAGeM De GeStÃO

Biodiversidade G4-en11

G4-en12

G4-en13

Princípio 8

Princípio 8

Princípio 8

localização em áreas protegidas ou adjacentes

Impactes na biodiversidade

Habitats protegidos ou restaurados

Compliance (ambiental)

Compliance (Produtos e Serviços)

Efluentes e Resíduos

Comunidades Locais

Impactos económicos indirectos

Avaliação ambiental da Cadeia de fornecedores

Compliance (geral)

G4-en29

G4-PR9

G4-en23

CRe7

G4-eC9

G4-eC7

G4-en32

G4-SO8

Princípio 8

n.A

Princípio 8

n.A

n.A

n.A

Princípio 8

n.A

Multas e sanções não monetárias pelo não cumprimento das leis e regulações ambientais

Valor monetário de multas significativas por incumprimento de leis e regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços

Peso de resíduos produzidos, por tipo e por método de tratamento

Número de pessoas que voluntaria ou involuntariamente sofreram deslocalização ou reassentamento, por projecto.

Proporção de despesas com fornecedores locais

Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infraestruturas e serviços apoiados

Novos fornecedores avaliados com critérios ambientais

Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias por não cumprimento de leis e regulamentos

40-42, 90-93

42

42

42

20-21, 52, 90-93

52

44

21

13

42

68-79

79

15

15

Aspectos de Sustentabilidade Odebrecht em Angola P2 e P3 Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

Designação do indicador GRI G4

Designação do indicador GRI G4

UNGC

UNGC

Pág.

Pág.

LIBeRDADe De ASSOCIAÇÃO

COnSeRVAÇÃO DA BIODIVeRSIDADe

CuMPRIMentO LeGAL

GeStÃO De ReSÍDuOS

IMPACtOS eCOnÓMICOS InDIReCtOS

BOAS PRÁtICAS nA COntRAtAÇÃO e GeStÃO De FORneCeDOReS

Práticas de procurement

107

eXISteM teMAS MAteRIAIS PARA A ODeBReCHt eM AnGOLA que nÃO Se tRADuZeM eM InDICADOReS GRI. nO entAntO eXISte InFORMAÇÃO nO ReLAtÓRIO que ABORDA e ReSPOnDe AOS teMAS:

Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas com direitos humanos

G4-HR12 Princípio 1

Número de reclamações sobre impactes nos direitos humanos, endereçadas e resolvidas através mecanismos de reclamação formais

Aspectos de Sustentabilidade Odebrecht em Angola P2 e P3 Aspecto GRI

Código indicador GRI G4

G4-en17

G4-en18

G4-en19

Princípio 7 Princípio 8

Princípio 8

Princípio 8 Princípio 9

Emissões indiretas de GEE (âmbito 3)

Intensidade carbónica

Redução de emissões de GEE

42-44, 97

44, 97

43-44, 97

21

Designação do indicador GRI G4 UNGC Pág.

Pág.

MeCAnISMOS De ReCLAMAÇÃO

GOVeRnAnÇA

enVOLVIMentO COM OS StakeholderS

CuLtuRA eMPReSARIAL

12

28-29, 94-95

20

emissões G4-en15

G4-en16

Princípio 7 Princípio 8

Princípio 7 Princípio 8

Emissões diretas de GEE (âmbito 1)

Emissões indiretas de GEE (âmbito 2)

42-44, 97

42-44, 97

eMISSÕeS De GASeS De eFeItO De eStuFA (Gee) e OutROS GASeS

NOTA: Estão apenas assinaladas nesta tabela as omissões que impactem na conformidade com o nível Essencial das Directrizes GRI. Não obstante, outras omissões aos critérios GRI associadas a determinados indicadores, são contextualizadas em 7.3.2 Notas Específicas por Indicador ou Grupos de Indicadores.