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Confira os informes jurídicos sobre as ações da ADUFPB em tramitação na Justiça ADUFPB abre inscrições para poemas e lança concurso fotográfico para Agenda 2017 PÁGINA 10 PÁGINA 12 ATAQUE À DEMOCRACIA O Programa Escola Sem Partido e o desmonte da educação plural Limitação das despesas com educação e saúde Congelamento de salários Aumento das contribuições previdenciárias Suspensão dos efeitos de PCC do funcionalismo público OS ATAQUES DO GOVERNO CONTRA OS TRABALHADORES TEMER PÁGINAS 3 a 5 116 - JULHO / 2016

do funcionalismo público - ADUFPB · contribuições previdenciárias Suspensão dos efeitos de PCC do funcionalismo público ... do gasta mais do que arrecada. Entre os principais

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Confira os informes jurídicos sobre as ações da ADUFPB em tramitação na Justiça

ADUFPB abre inscrições para poemas e lança concurso fotográfico para Agenda 2017

PÁGINA 10 PÁGINA 12

ATAQUE À DEMOCRACIA

O Programa Escola Sem Partido

e o desmonte da educação plural

Limitação das despesas com educação e saúde

Congelamento de salários

Aumento das contribuições previdenciárias

Suspensão dos efeitos de PCCdo funcionalismo público

OS ATAQUES DO GOVERNO

CONTRA OS TRABALHADORESTEMER

PÁGINAS 3 a 5

Nº 1

16 -

JUL

HO /

2016

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Unidade de luta para enfrentar novos ataques

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

E D I T O R I A L

Ataques e mais ataques às conquistas sociais e aos di-reitos dos trabalhadores. Esse é o cenário que se desenha a cada dia do governo interino de Michel Temer, instalado após a abertura no Senado Federal do processo de impe-achment da presidente Dilma Roussef, em abril deste ano. Passado pouco mais de dois meses do governo interino, os ataques se configuram verdadeiros retrocessos às conquis-tas dos trabalhadores dos últimos 10 anos, principalmente para os docentes federais.

Nesse cenário obscuro e de incertezas, o jornal ADUFIn-forma volta a circular, trazendo uma análise da conjuntura política adotada pelo governo (e das suas ações de desman-telamento das políticas sociais) e um debate aberto com a comunidade sobre as propostas de desestruturação da carreira docente do ensino superior, que avança sobre os trabalhadores da educação nos projetos de Lei que trami-tam no Congresso.

A começar pela aprovação no Senado Federal do Proje-to de Lei da Câmara (PLC) 34/2016, antigo Projeto de Lei 4251/2015, que altera a carreira dos docentes federais e prevê reajuste na tabela salarial que não repõe as sucessivas perdas inflacionárias. O projeto, aprovado no dia 12 de ju-lho, segue agora para sanção do presidente interino, Michel Temer.

Se sancionado, o aumento dos professores ficará atre-lado ao que dispõe o texto até 2019. Em média, o reajuste será de 5% ao ano durante esse período, o que sequer repõe a inflação. O primeiro aumento, de 5,5%, segundo a propos-ta, começará a valer em 1º de agosto deste ano.

Para o Setor das Instituições Federais de Ensino Supe-rior (Setor das Ifes) do ANDES-SN, o “reajuste” trazido pelo PL 4251 (agora PLC 34) achata os salários da categoria por-que tem grande defasagem. Em 1° de agosto, quando será paga a primeira parcela, a defasagem em relação a março de 2015 atingirá mais de 7%, sem considerar todas as per-das anteriores.

Além do achatamento salarial, o PLC 34 também apro-funda a desestruturação da carreira docente. O Setor das Ifes considera esse projeto um ataque ao regime de dedica-ção exclusiva, pois explicita a desvalorização dos regimes de 40h e dedicação exclusiva (DE), na medida em que esta-belece que, em 2019, a diferença entre 20h e 40h será de apenas 40% e não de 100%, como seria mais adequado. E

o regime de DE terá uma relação de 100% para o de 20h.Consideramos esse reajuste como mais uma afronta à

classe docente. É preciso que a categoria tenha clareza de que esse inexpressivo aumento de 5,5%, a partir de 1º de agosto, representa um profundo desrespeito à atividade do-cente e ao serviço público como um todo, pois fica eviden-ciada a desvalorização dos trabalhadores do ensino superior público, na exata medida em que nem mesmo a inflação do período será reposta.

Além disso, é preciso destacar, o projeto aprovado re-presentará um aprofundamento da desvalorização do regi-me de dedicação exclusiva das atividades docentes e isso segue na esteira dos processos de precarização do trabalho docente, somado à sistemática política de cortes que temos sofrido nas universidades nos últimos anos, tornando a nos-sa carreira pouco atrativa. Sob esses ataques, ainda temos que conviver com um cotidiano profissional extremamente desgastante, o que vem, inclusive, aprofundando tendências ao adoecimento de docentes e ao afastamento precoce das salas de aula.

É necessário ter a clareza de que os docentes terão que resistir a esses ataques, assim como aos demais ataques expressos nas propostas contidas no PLP 257 e na PEC 241, que preveem, inclusive, o congelamento dos salários e suspensão dos planos de cargos e salários. No âmbito da carreira docente, isso significará, também, um congelamen-to das progressões funcionais.

Por isso, atenta aos ataques às conquistas sociais e aos direitos dos trabalhadores, a Diretoria da ADUFPB convoca todos docentes filiados a uma vigília ininterrupta contra os retrocessos patrocinados pelo governo ilegítimo de Michel Temer, debatendo e discutindo com os colegas a importân-cia da unidade de luta para o enfrentamento de novos ata-ques, principalmente à previdência social. Estamos na luta e contamos com todos vocês.

Boa leitura!

Diretoria da ADUFPB

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

GOVERNO TEMER ameaça direitos,

O anúncio de medidas de ajustes nas contas do Estado brasileiro tem ocupado diariamente os principais veículos de comunicação do país. Trata-se mesmo, como dizem os editoriais dos meios de comunicações golpistas, de uma espécie de Cruzada contra os gastos excessivos e irres-ponsáveis dos governos federal, estaduais e municipais. “Especialistas” se revezam nos programas de TV, rádios e artigos publicados em portais de notícias e jornais im-pressos por todo o país. A tese defendida é de que o Esta-do gasta mais do que arrecada. Entre os principais vilões, segundo esses especialistas de plantão, sempre preocu-pados com o nervosismo dos mercados, estão as despe-sas com o funcionalismo (salários e direitos previdenciá-rios), políticas sociais com pouca eficiência e atividades não exclusivas (empresas estatais pouco produtivas ou em crise em razão da corrupção).

´´

O governo ilegítimo anunciou corte de bolsas de pesquisa e pós-graduação, cortes em programas como o “Ciência sem Fronteiras” e anulou a posse de 16 membros do Conselho Nacional de Educação

ALEXANDRE NADER, FERNANDO CUNHA e MARCELO SITCOVSKY *

Continua nas páginas 4 e 5

(*) ALEXANDRE NADER,

professor do Depto. de Habilitação Pedagógica - CE;

FERNANDO CUNHA,

professor do Depto. de Educação Física - CCS

MARCELO SITCOVSKY,

professor do Depto. de Serviço Social - CCHLA

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

Trata-se mesmo da disseminação de uma cultura de crise defendida por es-pecialistas, a maioria deles vinculada a instituições financeiras ou consultores de agências de risco, que, ao se espraiar na sociedade, pode justificar a adoção de medidas de ajustes que atacam direitos históricos duramente conquistados pela população brasileira. Não é a primeira vez que esses argumentos se fazem presen-tes na conjuntura política do país. O fun-cionalismo público já foi outrora acusado de privilegiado, aposentados chamados de vagabundos, políticas sociais transforma-das em prateleiras de mercado e empresas estatais leiloadas, depois de serem moder-nizadas mediante vultosos investimentos: eis o saldo da Era FHC.

Neste momento, a cultura de crise está acompanhada por um caldo cultural moralista, que no fundo não tem nenhum compromisso com o combate à corrup-ção no país. Basta observar quem são os paladinos da moral pública - corruptos e corruptores de longas datas e alguns com fichas criminais de dezenas de páginas. As empresas estatais estão sob fogo cruzado. De um lado, investigadas em razão das de-núncias de corrupção, cabe registrar que não é aceitável nenhum tipo de complacên-cia com práticas de corrupção. E, por ou-tro lado, sofrendo investidas dirigidas por senhores da República que desejam entre-gá-las nas mãos do mercado internacional, o melhor exemplo certamente é o caso da Petrobras e do pré-sal.

No último dia 7 de julho, a Comissão Especial da Petrobras e Exploração do Pré-Sal na Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 4567/16, que retira a exclusividade de atuação da Petrobras como operadora de produção em áreas do pré-sal, abrindo caminho para a exploração estrangeira do petróleo brasileiro. O pro-jeto de lei foi apresentado em 2015 pelo então senador José Serra, atual Ministro das Relações Exteriores do governo Temer. Agora, o texto segue para apreciação do Plenário da Câmara, e, caso seja aprovado, vai para sanção presidencial.

Uma onda privatizante adquire maior força no cenário brasileiro após a abertura do processo de impeachment da presiden-te Dilma Roussef. O interino Temer, desde sua posse, vem deixando bastante claro o seu projeto político privatista. Criou o PPI (Programa de Parcerias de Investimento) para concessões e privatizações de áreas

Cultura de crise aliada a um falso moralismo

estratégicas. Mas a sanha privatizante não se restringe às empresas estatais e a seto-res estratégicos como portos, aeroportos e a exploração de recursos naturais. No cam-po das políticas sociais, merece destaque as ações nas áreas da saúde e educação, que vão desde a nomeação de renomados empresários para cargos estratégicos nos postos ministeriais, até a transferência para o Ministério da Fazenda da parte fi-nanceira da previdência social.

No caso da educação superior, num espaço muito curto de tempo, o governo ilegítimo anunciou corte de bolsas de pes-quisa e pós-graduação, cortes em progra-mas como o “Ciência sem Fronteiras” e anulou a posse de 16 membros do Con-selho Nacional de Educação. Ao mesmo tempo o TCU também ameaça anular o pagamento do equivalente a 13,23% dos salários a milhares de servidores federais referente à Vantagem Pecuniária Individu-al (VPI), instituída em agosto de 2003. Os ataques aos trabalhadores em educação não se limitam aos cortes do orçamento, pois o governo interino de Temer já anun-ciou a possibilidade de anular a Lei do Piso Nacional dos professores.

No conjunto dos servidores públicos, há aqueles considerados os grandes res-ponsáveis pelos gastos abusivos do gover-no federal: são os funcionários do poder

executivo. A racionalidade empresarial sempre é acionada como aquela que po-derá redimir os funcionários públicos de suas práticas ineficientes e ineficazes, pois sustentam os especialistas que a relação custo X benefício necessita ser revista para que o Estado brasileiro se modernize. A solução apresentada são as modernas for-mas de contratação: terceirização, Organi-zações Sociais e fundações de direito pri-vado. Mas isso é insuficiente, afirmam os defensores da política de ajuste fiscal, pois há uma grande vilã dos gastos públicos: a perdulária Previdência Social.

FARSA DA CRISE PREVIDENCIÁRIA

Nos noticiários da grande mídia, a tese da crise previdenciária ocupa lugar de des-taque e é sempre acompanhada de propos-tas que, se adotadas, vão representar a re-denção, pois salvarão o Estado brasileiro da bancarrota. A economista e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Denise Lobato Gentil, em 2006, ao anali-sar a política fiscal entre os anos de 1990 e 2005, já denunciava a farsa da crise da Se-guridade Social brasileira. De acordo com Denise Gentil, o cálculo do déficit previden-ciário não está correto, porque não se ba-seia naquilo que a Constituição Federal de 1988 estabelece como arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do governo é falso, trata-se de uma fraude contábil, pois transforma em déficit aquilo que é o superávit do sistema previdenciário, que em 2006 atingiu a cifra de R$ 1,2 bi-lhões. O caso da Seguridade Social é ainda mais grave, pois o superávit naquele ano foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões.

A Desvinculação de Receitas da União – DRU, mecanismo criado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, é responsável pelo desvio de vultosos recursos do orça-mento da Seguridade Social, que deve-riam ser investidos nas políticas públicas de saúde, assistência e previdência social. A operação contábil que tenta justificar a tese do déficit da previdência ignora este importante elemento. E o governo Temer pretende, como anunciado, realizar uma nova reforma da previdência, que, entre outras coisas, propõe a alteração da idade mínima para aposentadoria. Portanto, é in-justificável e inaceitável a adoção de qual-quer reforma da previdência que produza restrição de direitos, ainda mais baseada na farsa do déficit fiscal.

´´NOS NOTICIÁRIOS DA GRANDE MÍDIA A TESE DA CRISE PREVIDENCIÁRIA

OCUPA LUGAR DE DESTAQUE E É SEMPRE

ACOMPANHADA DE PROPOSTAS QUE, SE ADO-TADAS, REPRESENTARÃO A REDENÇÃO DO ESTADO´´

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/16, que estabelece o Plano de Au-xílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal, encontra-se tramitando em caráter de ur-gência na Câmara dos Deputados Federais e representará, caso aprovado, um gran-de ataque aos direitos dos trabalhadores, dos servidores públicos dos Estados, Mu-nicípios e Distrito Federal, como também dos Servidores Públicos Federais.

A proposta do governo federal além de apresentar um conjunto de exigências para Estados, Municípios e Distrito Fede-ral, também apresenta, no que se refere aos Servidores Públicos Federais, um con-junto de medidas restritivas de direitos, conforme pode ser observado na leitura e análise do próprio PLP.

Mais uma vez o que pretendem os governos federal, estaduais e municipais é transferir para os(as) trabalhadores(as) as responsabilidades da crise fiscal, pois as medidas apresentadas como forma de diminuir os gastos públicos irão incidir diretamente sobre os direitos, básicos e fundamentais, dos funcionários públicos, ativos e aposentados, das três esferas de governo. Em síntese, no bojo das pro-postas contidas no PLC 257/2016 estão o congelamento de salários, o aumento das contribuições previdenciárias, a sus-pensão dos efeitos de planos de cargos e carreiras do funcionalismo público e a implantação de programas de demissão voluntária.

O governo de Michel Temer já deixou claro não ter compromisso algum com a garantia de direitos sociais, tem trabalha-do diuturnamente uma pauta conservado-ra e recheada de retrocessos. A Proposta de Emenda Constitucional - PEC 241/16, que propõe o congelamento de gastos pú-blicos por 20 anos, principalmente nas áreas de Educação e Saúde, enviada por Temer ao Congresso no mês passado, re-presenta um golpe mortal em conquistas importantes dos brasileiros, a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS) e da edu-cação pública, particularmente as univer-sidades públicas.

Caso seja aprovada a PEC, as políti-cas sociais públicas como conhecemos certamente não terão condições de existir, pois irá impossibilitar o crescimento e o aumento real de investimentos nas políti-cas sociais, portanto nos direitos sociais.

Desta forma, o futuro destas políticas será o caminho do incremento à precarização dos serviços públicos, abrindo caminho para as propostas de privatização.

A situação é grave e exige dos sindica-tos, isso inclui a ADUFPB, e centrais sindi-cais o devido enfrentamento no processo de construção da GREVE GERAL, pois não po-demos aceitar pagar a conta do ajuste fiscal!

Nunca é demasiado lembrar que do orçamento federal mais de 45%, toman-do com referência o ano de 2014, foram gastos com amortização e juros da dívi-da pública, o que engorda as riquezas de um segmento muito seleto de pessoas no Brasil e, fundamentalmente, fora do país. No lugar de realizar a auditoria da dívida, a solução apresentada pelo Estado bra-sileiro atingirá diretamente os servidores

públicos e indiretamente milhões de bra-sileiros. É preciso denunciar que quem irá sofrer as consequências das medidas propostas, com mais essa etapa do ajus-te fiscal, será a população que depende dos serviços públicos já extremamente precarizados.

O combate à agenda proposta pelo governo exigirá a construção de uma uni-dade entre os mais variados setores do movimento sindical, para que, desta for-ma, possamos resistir a mais este ataque aos nossos direitos.

Portanto, cabe aos trabalhadores(as) ocuparem as ruas e praças como forma de demonstrarem suas insatisfações e exigin-do o FORA TEMER e NENHUM DIREITO A MENOS para que se possa reestabelecer o processo democrático novamente no País.

PROPOSTA DE REEQUILÍBRIO FISCAL ATACA DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS

SERVIDORPÚBLICO FEDERAL

VÍTIMA DAS MEDIDAS DO PLC 257/2016

´´O GOVERNO DE MICHEL TEMER JÁ DEIXOU CLARO NÃO TER COMPROMISSO ALGUM COM A

GARANTIA DE DIREITOS SOCIAIS´´

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TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA

Em diversas instâncias discute-se, de Norte a Sul do Brasil, inclusive no Congresso Nacional, a inconstitucional possibilidade de se instituir uma lei que puna, com penas que variam de adver-tências, multas, exoneração ou mesmo prisão, os professores que abordem te-mas em sala de aula que firam a mo-ral dos responsáveis pelas crianças e adolescentes através de tentativas de “imposição ideológica” por parte do docente.

Na base de tal proposta, podemos encontrar, para utilizar uma expressão de Gramsci, alguns “intelectuais orgâni-cos” do “pensamento” ultrarradical de direita no Brasil, cujos livros de títulos agressivos têm sido bastante consumi-dos por um público cativo. Um deles é um conhecido e anedótico astrólogo que reside nos Estados Unidos, de onde emite postcasts plenos de linguagem chula e rasteira e que reverberam pela internet. Dizendo-se filósofo, foi desli-gado ou demitido dos principais canais da imprensa conservadora do país pelo seu radicalismo delirante, e acredita ter descoberto a grande conspiração con-temporânea internacional em execução no mundo contemporâneo: as bases da “cultura ocidental” estão sendo minadas por subterfúgios sutis que visam a cons-trução do comunismo universal através da conquista de “corações e mentes”.

Essa estratégia subterrânea teria sido a alternativa viável após o colapso do comunismo no Leste europeu. No início do século XX, supunha-se que os meios revolucionários produziriam um

Um espectro ronda as casas legislativas de todo o paÍs: o espectro do projeto ´´Escola Sem Partido´´

OS DELÍRIOS ANTICOMUNISTAS DA ´´ESCOLA SEM PARTIDO´´

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

Í

novo homem. O colapso teria provado os limites dessa estratégia desde sua ori-gem. A partir do início dos anos 1990, se estaria trabalhando para primeiro construir um novo homem para então fazer amadurecer a almejada revolução. Para tais objetivos, a ação concentra-se em dois âmbitos centrais: a grande mídia e o sistema de ensino. Segundo essa fantasia, ambos os redutos esta-riam repletos de agentes comunistas a exercer suas missões ideológicas com afinco nas batalhas diárias manipulató-rias pelo controle total da informação e imposição de uma “verdade” convenien-te. Ao contrário dos velhos instrumentos revolucionários, sequer se falaria deles para promover uma silenciosa “revolu-ção cultural”. Tampouco, aliás, se fa-laria de revolução ou de marxismo. O “marxismo cultural” seria muito mais perigoso do que os velhos partidos co-munistas, porque estaria sempre camu-flado e difícil de ser identificado. Nas palavras do astrólogo, “Lenin está para o estupro, assim como Gramsci está para a sedução”. As redações da grande imprensa e a academia, tudo estaria to-mado por agentes comunistas. Os ditos pós-modernos e suas refutações a Marx na academia? Marxistas a esconder sua condição em favor da revolução, oras!

Para esse hermético e asfixiante delírio, segundo o qual tudo é comu-nismo, qualquer ato é suspeito e tudo é prova de suas certezas inventadas. Basta um “denunciante da subversão em curso” ser demitido de um órgão de imprensa reacionário, para começarem as acusações de que a empresa esta-ria capitulando ao controle marxista e suas variantes da vez (bolivarianista,

Para esse hermético

e asfixiante delÍrio,

segundo o qual tudo é

comunismo, qualquer ato

é suspeito e tudo é prova

de suas certezas

inventadas.

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

lulopetista etc.).Na outra frente de batalha esta-

riam, portanto, os professores. Princi-palmente os das áreas de Humanas te-riam por missão estimular a destruição das bases da “cultura ocidental” com seus questionamentos. Eles seriam os principais fomentadores de um “proje-to de poder” com vistas a uma ditadu-ra “feminazi”, “gayzista”, blá, blá, blá. Tudo estaria dominado! Recentemente um patético ícone dessa linha reacioná-ria chegou a proclamar que até a física quântica seria obra de marxistas!

FUNDAMENTALISTAS

Os professores seriam, portanto, os grandes vilões a subverter a verdadeira moral que ciosos pais desejam conser-vá-las aos filhos. Nas jornadas de junho de 2013, uma conhecida colunista do conglomerado midiático monopolista do Rio de Janeiro chegou a afirmar nas ondas do rádio: “adote seu filho antes que um professor de História o faça”!

E este é o cerne de projetos como o da “Escola Sem Partido” (sic). De um lado, sua concepção basilar estabelece que os professores devam ater-se uni-camente aos princípios morais dos pais do educando. De outro lado, concebe-se o educando como um recipiente va-zio, cujo conteúdo seria preenchido ao bel-prazer do docente, um ser com su-perpoderes que conseguiria manipular seus alunos em seu contato de 50 ou 100 minutos semanais, como se a esco-la fosse o único espaço formativo e que o estudante não tivesse possibilidade de refletir sobre o que lhe é ensinado. Luta de classes? Igualdade de gêne-ro? Perigosas invenções discursivas de agentes da subversão que só existem na realidade porque são proclamadas e es-timuladas por agentes diabólicos como esses tais professores! Tudo com o pro-pósito de atrair adeptos ao seu “projeto de poder”, ao seu “partido”. A lei de-veria existir justamente para controlar seu atos “doutrinadores”, dizem seus

propositores.Não é por acaso que esses projetos

de lei vêm sendo adotados e defendidos por grupos religiosos fundamentalistas. Este crescente movimento reacioná-rio estimula o denuncismo baseado na paranoia conspiratória. Pululam as no-tícias de ignorantes orgulhosos que se recusam a ler Marx ou a fazer atividades relacionadas a pesquisas sobre religiões de matriz africana. Esses atos em ode à ignorância são aclamados como atos de resistência à manipulação...

E aí reside a contradição do projeto “Escola Sem Partido” (sic). Ele não ad-mite a sala de aula como um espaço de sociabilidade entre diferentes, um espa-ço de reconhecimento entre diferentes formas de ser e de convívio com as di-ferenças. Ao contrário, enquanto procla-ma ser “sem partido” esconde ter um partido muito definido, o do conserva-dorismo, o da impossibilidade do con-vívio com o outro, com aquele que não compartilha com a moral do mais forte. Projetos como este não defendem, por exemplo, um estado laico, mas a obri-gatoriedade do professor expor, com a mesma ênfase, “todos os lados” de uma questão e aborde, por exemplo, Darwin e sua teoria da evolução das espécies do mesmo modo que aborde o mito de Adão e Eva e da Arca de Noé. E só. Afi-nal, o criacionismo, neste caso, tem um só lado. Os demais mitos não vêm ao caso. E Darwin pode ser até apresen-tado, desde que devidamente refutado pela garantia da catequese em sala de aula pelo mesmo professor.

E nisso reside seu caráter fascista. Não admite, de modo algum, a possibi-lidade do livre pensamento, de crítica à moral dominante. A “Escola Sem Parti-do” (sic) impossibilita a construção do conhecimento, porque lhe cerceia sua necessária liberdade ao submetê-la às certezas morais dominantes. Não per-mite sequer pensar a historicidade des-sa moral. Afinal, pensar sobre ela pode oferecer fissuras que poderão desem-bocar em suas ruínas. E isso não lhe interessa. Interessa controlar os pro-fessores e o potencial revolucionário do conhecimento para que o mundo fique estanque, estático, como se isso fosse possível. Nem que para isso, encham-se as celas prisionais de perigosos subver-sivos, esses tais professores.

Enquanto proclama ser

´´sem partido´´, o projeto

esconde ter um partido

muito definido: o do

conservadorismo e o

da impossibilidade

do convÍvio

com o outroTIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA é professor

do Departamento de História da UFPB - CCHLA

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Adelaide Alves Dias

Esse texto discute as principais características do “Programa Es-cola sem Partido” no interior do atual contexto conjuntural de investidas contra os avanços das políticas educacionais implementadas a partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional de 1996. Tais investidas têm sido capitaneadas por um movimento conservador, liderado pelo advogado paulista Miguel Nagib, cuja origem data de 2004, intitulado “Movimento Escola sem Partido”.

Segundo seu idealizador, o “Movimento Escola sem Partido” surge como reação a uma suposta “instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos, partidários e eleitorais”. Derivado deste Movimen-to, o “Programa Escola Sem Partido” tem como principal finalidade combater o que eles chamam de “doutrinação política e ideológica” na educação brasileira.

Utilizando-se de argumentos falaciosos o “Programa Escola Sem Partido”, aparentemente despreten-cioso, apartidário e neutro, em reali-dade tem objetivos bastante explicítos e nada neutros que visam descons-truir as bases da educação nacional, cujo fundamento constitucional, mas, também filósofico e ético, repousa nos princípios da pluralidade do ensino, na democratização da escola e na li-berdade de ensinar.

Fugindo do debate democráti-co de ideias e de concepções educa-cionais com os sujeitos sociais que efetivamente constroem a educação brasileira (professores, profissionais da educação, gestores educacionais, alunos e suas famílias), os idealizado-res e formuladores do Programa Es-cola Sem Partido têm preferido trilhar o caminho do legislativo na tentativa de legitimar-se nas esferas federal, estadual e municipal. A recorrente apresentação de várias edições de Projetos de Lei nos âmbitos das diferentes casas legislativas, em realidade, visam exercer um controle quase policialesco do trabalho docente, extensivo a praticamente todos os espaços da educação escolar como, currículo, livros didáticos, ava-liação, formação e gestão, limitando, assim, a ação docente com vistas à formação para a cidadania plena dos educandos.

Essa tentativa de desmonte assume contornos dramáticos no mo-mento político atual face às tratativas que se encontram em curso para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por oportuno, o Seminário Estadual da Paraíba ocorrerá nos próximos dias 26 e 27 de julho, em João Pessoa.

Só para se ter uma idéia do quanto o momento é crítico: a LDB (Lei nº 9394/96), o Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2014) e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Resolução CEB/CNE nº 04/2010) definiram e regulamentaram as me-todologias de ação, de monitoramento e de avaliação da BNCC, com a garantia de significativa participação da sociedade brasileira, e cuja competência final de aprovação é do Conselho Nacional de Educação. A BNCC, em sua versão final, disciplinará os conteúdos curriculares mínimos em cada uma das etapas da educação básica.

Desconsiderando toda a legislação educacional existente sobre a competência dos órgãos e sistemas de gestão da educação nacio-nal, tramita na Câmara de Educação do Congresso Nacional o PL

4486/2016 que altera a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, Plano Nacional de Educação - PNE, visando que a Base Nacional Comum Cur-ricular - BNCC, mediante proposta do Poder Executivo, seja aprovada pelo Congresso Nacional.

Ora, com a composição atual do nosso Congresso Nacional, tida por muitos como a mais retrógrada e conservadora desde a redemocra-tização brasileira pós-64, não é preciso muita análise para chegarmos a conclusão de que tal deslocamento de poder serve a um propósito não muito edificante: o de tentar fazer a reforma conservadora e impor a falaciosa neutralidade política “por dentro” dos conteúdos curricula-res da educação básica.

Neste momento, faz-se importante denunciar também a tentativa de enfraquecer as deliberações do PNE e de impor aos professores o cerceamento de suas atividades docentes atentando violentamente contra as garantias constitucionais previstas no no art. 206, II, III, IV e VII – CF/88 que ampara o livre exercício da docência com base no

pluralismo de ideias e de con-cepções pedagógicas. Viola tam-bém o art. 3º, II, III, IV, VIII, XII da LDB/96, que trata dos princí-pios que devem orientar o ensi-no, quais sejam: a liberdade de ensinar, de aprender, de pesqui-sar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, a gestão demo-crática e a garantia de padrão de qualidade.

Ao propor às escolas a proi-bição do debate sobre política, gênero, sexualidade e crenças religiosas, impede-se que os alunos tenham acesso ao conhe-cimento produzido pela huma-nidade cuja natureza é diversa, plural, histórica e complexa. Ten-tar proibir o debate de ideias, opiniões, crenças, convicções e ideologias na sala de aula é limi-

tar a liberdade de ensinar e de divulgar o pensamento, a liberdade de consciência, a livre expressão da atividade intelectual do professor e o livre exercício de sua profissão, afrontando, assim, direitos constitucio-nais positivados no art. 206 – CF/88.

O “Projeto Escola Sem Partido”, além de inconstitucional, é poli-ticamente incorreto, eticamente reprovável e educacionalmente incon-cebível, pois se pretende fundado no princípio da neutralidade política que é diametralmente oposto ao princípio democrático do pluralismo político. Restringe a liberdade de ensinar e de aprender. Cerceia o direi-to à aprendizagem do aluno e ao livre exercício da profissão docente. Daí a importância de ser veementemente rechaçado por todos que de-fendem uma educação efetivamente plural e democrática.

A boa notícia é que à medida que recrudescem as tentativas de desconstrução da pluralidade do ensino, sob o argumento falacioso da neutralidade, crescem também a reação da sociedade civil orga-nizada a este descalabro. No último dia 13 foi lançada oficialmente a Frente Nacional Contra o Escola sem Partido, na UFRJ, com a par-ticipação de entidades e parlamentares de todas as regiões do país. À luta companheiros, sempre! porque, parafraseando o grande poeta: resistir é preciso!

O PROGRAMA ´´ESCOLA SEM PARTIDO´´ E O DESMONTE DA EDUCAÇÃO PLURAL

ADELAIDE ALVES DIAS é professora do Departamento de Habilitações Pedagógicas - CE/UFPB

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

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CAMPI DA UFPB (JOÃO PESSOA/MANGABEIRA/AREIA/BANANEIRAS/LITORAL NORTE) - EDIÇÃO 116, JULHO DE 2016

A sede sociocultural é um espaço da ADUFPB destinado ao lazer dos filiados e também à realização de eventos diversos, tanto de ordem político-sindical, quanto festivos. Localizado na orla de João Pessoa, no bairro do Cabo Branco, o local oferece piscina, cozinha, espaço aberto e área coberta para as mais dife-rentes atividades.

Desde janeiro deste ano, o processo para reserva do espaço mudou. No lugar de fazer o agen-damento por telefone, o sindicali-zado pode realizar todo o proces-so pela internet, por meio do site

da ADUFPB (www.adufpb.org.br). Na página, basta clicar no link “Reserva Sede Sociocultural”.

Uma das vantagens dessa mudança é que o filiado poderá visualizar na página eletrônica todas datas já reservadas e, as-sim, planejar-se melhor. Ao clicar em “Reserva Sede Sociocultu-ral”, o internauta será direciona-do para uma nova página, onde aparecerá, do lado esquerdo da tela, o formulário de solicitação e, do lado direito, o calendário com as datas já reservadas.

O filiado deve, então, preen-cher todo o formulário, que, além

de informações pessoais e profis-sionais, solicita também a data e horário do evento, além de uma breve descrição da atividade.

Antes de fazer a reserva, o filiado deve conferir se a data escolhida está disponível. Para isso, basta consultar o calen-dário. Se o evento estiver sen-do planejado para uma data em mês posterior ao do agendamen-to, basta clicar nas setas do lado esquerdo do calendário e locali-zar o dia desejado.

Um aviso importante: só se-rão aceitos agendamentos com no máximo 60 dias de antece-

dência. Por exemplo, se a pes-soa estiver acessando o sistema no dia 1º de agosto de 2016, só poderá reservar datas até 30 de setembro do mesmo ano.

Depois de preenchido todo o formulário, com informação de data e horário do evento, o fi-liado deve clicar em “Enviar”. A resposta sobre a viabilidade da reserva será enviada ao e-mail informado pelo docente no pra-zo máximo de 24 horas úteis. Caso isso não ocorra, o profes-sor pode entrar em contato dire-to com a ADUFPB pelo telefone 3216-7388.

SEDE SOCIOCULTURALO processo para reserva mudou!

Veja como agendar atividades, reuniões ou outros eventos

Além dos eventos dos filiados e da própria diretoria da ADUFPB, a sede sociocultural está aberta também para atividades físicas. Atualmente está em andamento a aula de dança de salão para professores sindicali-zados, que acontece todas as terças e quintas-feiras, das 18h30 às 19h30. Portanto, nesses dias não são permi-tidas reservas para quaisquer outras atividades no local.

Outro ponto ao qual o docente interessado em reservar a sede deve ficar atento é o fato de que, aos sá-bados e domingos, o espaço é aberto aos sócios até as 17h, de forma que o associado que fizer reserva para esses dias não pode impedir a en-trada de outros professores e suas famílias.

Para utilizar a sede sociocultural da ADUFPB, o docente sin-dicalizado precisa pagar uma taxa referente aos serviços de lim-peza do local, conforme consta no regimento da sede. No primei-ro agendamento do ano, o valor corresponde a 10% do salário mínimo (atualmente em R$ 880, portanto a taxa em 2016 é de R$ 88). No caso de um segundo agendamento no mesmo ano, o valor sobe para meio salário mínimo (R$ 440).

O valor de reserva para não sindicalizados é de um salário mínimo, mas o agendamento só será efetuado mediante solici-tação de um sindicalizado e com aprovação da presidência da ADUFPB. A taxa deve ser depositada na seguinte conta:

Banco do Brasil. Agência: 1619-5. Conta Poupança: 11065-5. Operação: 51. Favorecido: Reprografia ADUFPB

TAXA PARA LIMPEZALEMBRETES IMPORTANTES

RESERVAS PARA PERNOITEOutra possibilidade de uso da sede sociocultural é para o caso de hospeda-

gens curtas. O espaço está aberto para professores que, por exemplo, trabalhem no interior, estejam de passagem na capital e precisem pernoitar. Para esse fim, a ADUFPB disponibiliza sete camas distribuídas em dois quartos.

A ocupação é feita em sistema rotativo, por um período máximo de 48 horas. Casos em excederem esse tempo precisarão ser avaliados pela Diretoria Executiva. Para o pernoite, não é necessário fazer o agendamento eletrônico pelo site da ADUFPB. Basta encaminhar uma mensagem para a secretaria da entidade ([email protected]) e informar dados pessoais e funcionais e o período pre-tendido para pernoite.

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PROCESSO Nº 0000555-89.1994.4.05.8200 ‒ (isonomia militares ‒ 28,86%).

Ação Ordinária ajuizada perante a 2ª Vara da Justiça Federal da Paraíba visando a incorporação do percentual de 28,86%, con-cedido aos militares a partir de 1º de janeiro de 1993, bem como as diferenças devidas daquela data até a efetiva incorporação e seus reflexos. Já em fase de execução, foram feitos os cálculos e ajuizadas as execuções em grupos de 10 (dez) substituídos cada. A Universidade apresentou Embargos à execu-ção que foram julgados parcialmente proce-dentes para prosseguimento da execução de acordo com os cálculos apresentados pela contadoria judicial. Depois de diversos recur-sos aos Tribunais, a maioria dos processos já se encontra no Superior Tribunal de Justiça em sua fase final. Após os trâmites no referi-do STJ serão expedidos os precatórios para pagamento.

PROCESSO N. 0008451-47.1998.4.05.8200 (3,17% ‒ DIFERENÇA SALARIAL ‒ URV).

Trata-se de ação Ordinária ajuizada pe-rante a 1ª Vara Federal com a finalidade de alcançar diferenças salariais decorrentes da transformação dos vencimentos de URV para REAL. Rejeitados os recursos da UFPB, fora determinada a implantação do percentual deferido nos vencimentos dos substituídos, o que fora devidamente efetivado em Outu-bro de 2001. Os valores permaneceram im-plantados até 2012. Fora requerida a execu-ção dos valores devidos aos sindicalizados. Após vários recursos às instâncias superio-res, o juiz determinou a apresentação de no-vos cálculos. A ADUFPB apresentou cálculo atualizado. Aguarda-se a apresentação dos cálculos por parte da Universidade e da Con-tadoria Oficial da Justiça Federal, para então o juiz sentenciar os embargos à execução de-terminando os valores que serão pagos.

PROCESSO N. 2005.82.00.014862-0 (Auxilio Transporte).

Trata-se de ação Ordinária ajuizada pe-rante a 1ª Vara Federal com a finalidade de assegurar a manutenção do pagamento do auxílio transporte a sindicalizados que ti-veram a perda do direito por decisão admi-nistrativa. Sentença julgada completamente procedente para condenar a UFPB ao pa-gamento de auxílio-transporte em pecúnia pelos substituídos processuais ativos, que utilizam transporte coletivo municipal, inter-municipal ou interestadual, e a restituição dos valores retirados até o restabelecimento, ressalvados os valores já pagos, que deverão ser compensados em execução de sentença.

AÇÕES JUDICIAIS - ADUFPBACOMPANHE OS PROCESSOS DO SINDICATO QUE ESTÃO TRAMITANDO NA JUSTIÇA FEDERAL

O juiz determinou e a UFPB implantou os va-lores mensais nos contracheques dos subs-tituídos. O processo encontra-se com o con-tador para apuração dos valores retroativos.

PROCESSO Nº 2006.82.00.008091-3(Férias ‒ Professores afastados para qualifi cação em programas de mestrado e doutorado).

Trata-se de ação Ordinária ajuizada perante a 1ª Vara Federal com a finalidade compelir a UFPB que se abstenha de efetuar qualquer desconto nas férias dos professo-res que estejam, estiveram ou venham a se afastar das suas atividades para programa de qualificação no país ou fora dele. Pedido

liminar e processo julgado procedente para garantir aos substituídos o gozo das férias, bem como a determinação para que a UFPB se abstenha de efetuar cobrança dos valores contidos na Carta Circular 06/2006 – GAB/SRH. Quanto ao pagamento dos valores re-ferentes ao 1/3 de férias determinou o Juiz que aguarde-se o julgamento final da lide para execução. Sentença totalmente proce-dente determinando a UNIVERSIDADE FE-DERAL DA PARAÍBA – UFPB ao pagamento das férias com acréscimo das vantagens que efetivamente deixaram de ser creditadas em favor dos substituídos do A. ANDES – SIN-DICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, POR SUA SEÇÃO SINDICAL NA CIDADE DE JOÃO PESSOA – ADUFPB/SSIND, que estavam ou estão afastados, devendo continuar pagando as férias e demais vantagens pecuniárias da-queles substituídos que venham a se afastar futuramente, através de licença para partici-pação em cursos de aperfeiçoamento (= ca-pacitação), dentro ou fora do País; também condenou a UFPB ao pagamento, a título indenizatório, da remuneração devida sobre cada um dos períodos de férias, que não fo-ram pagos, mais o adicional de 1/3 (um ter-ço) da respectiva remuneração, ressalvados os valores creditados administrativamente, ficando suspensos os efeitos da Carta Circu-lar nº 06/2005; por fim, determinou ainda que a UFPB não promova quaisquer cobran-ças acerca dos adicionais de férias recebidos pelos substituídos processuais nos períodos de afastamentos, a título de reposição ao erário público. Processo Transitou em Jul-gado. Aguarda nova confecção dos cálculos pelo contador para ingressarmos com a exe-cução, desde que o cálculo anteriormente apresentado apresentava valor menor ao de-terminado pela sentença.

PROCESSO N. 0801165-23.2014.4.05.8200 (Artigo 192)

Trata-se de Ação Ordinária com pedido liminar movida em face da UFPB, objetivando o reestabelecimento das vantagens estabele-cidas pelo Art. 192 da Lei 8.112/90, a fim de que todos Substituídos processuais possam gozar livremente do direito de perceber seus proventos de aposentadoria de acordo com o determinado nas suas respectivas portarias de aposentação, readequando à classe ime-diatamente superior vigente à época, sem considerar a classe de professor associado. Decorrido o prazo da contestação sem mani-festação da UFPB. A ADUFPB juntou outras decisões favoráveis sobre a mesma matéria. Aguarda audiência ou sentença.

FONTE: ASSESSORIA JURÍDICA DA ADUFPB

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TABELAS DE REAJUSTE SALARIAL (2016 A 2019)2016 / 2017

2018 / 2019

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PresidenteMARCELO SITCOVSKY SANTOS PEREIRA

Vice-PresidenteFRANCILEIDE DE ARAÚJO RODRIGUES

Secretária GeralMARIA APARECIDA BEZERRA

TesoureiraHÉLIDA CRISTINA CAVALCANTE VALÉRIO

Diretor de Política Educacional e CientíficaALEXANDRE ANTONIO GILI NADER

Diretora de Política SocialTEREZINHA DINIZ

Diretor CulturalEDUARDO HENRIQUE DE LIMA GUIMARÃES

Diretor de Divulgação e ComunicaçãoCARLOS JOSÉ CARTAXO

Diretor de Política SindicalFERNANDO JOSÉ DE PAULA CUNHA

EDIÇÃO 116 - Julho de 2016Jornalistas responsáveis:Renata Ferreira - DRT/PB 3235/02 Ricardo Araújo - DRT/PB 623

Fotos: Arquivo da ASCOM ADUFPB

Revisão: Nana Viscardi

Edição, Projeto Gráfico e Diagramação:Ricardo Araújo

Contatos:Assessoria de Imprensa da [email protected]

Os textos publicados nesta edição podem ser reproduzidos em outros meios de comunicação, desde que sejam citados a fonte e o crédito de autoria das reportagens e artigos.

O JORNAL ADUFINFORMA É UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA ADUFPB Seção Sindical do ANDES - SN

ENDEREÇO PARA CONTATO:

Centro de Vivência da UFPB - Campus I

Caixa Postal 5001 CEP 58051-970

João Pessoa - Paraíba

TELEFONES:

Sede Centro de Vivência da UFPB:

Fone: (83) 3214-7450

Fax: (83) 3224-8375

Sede Sociocultural: (83) 3247-2528

Secretaria Adjunta de Areia: (83) 98654-6279

Secretaria Adjunta de Bananeiras: (83) 98654-6281

Ramal da UFPB: (83) 3216-7388

Homepage: www.adufpb.org.br

E-mails:

[email protected]

[email protected] (convênios)

DIRETORIA EXECUTIVA DA ADUFPB [Gestão 2015/2017]

Diretora para Assuntos de AposentadoriaLUIZ TADEU DIAS MEDEIROS

Suplente da Secretaria GeralLUCIANO BEZERRA GOMES

Suplente da TesourariaMARINO EUGÊNIO DE ALMEIDA NETO

Diretor da Secretaria-Adjunta do Campus de AreiaGUTTEMBERG DA SILVA SILVINO

Suplente da Secretaria-Adjunta do Campus de AreiaPÉRICLES DE FARIAS BORGES

Diretor da Secretaria-Adjunta do Campus de BananeirasJOSÉ PESSOA CRUZ

Suplente da Secretaria-Adjunta do Campus de BananeirasJOSÉ EDUARDO FERREIRA ESPÍNOLA

Diretor da Secretaria-Adjunta do Campus do Litoral NorteBALTAZAR MACAÍBA DE SOUSA

Suplente da Secretaria-Adjunta do Campus do Litoral NorteCRISTIANO BONNEAU

Os professores interessados em participar do concurso de fo-tografia promovido pela ADUFPB já podem se inscrever no site do sindicato (www.adufpb.org.br). Este ano, a 5ª edição do Concurso Cultural de Fotografia ADUFPB tem como tema “Reflexos Sobre Educação e Qualidade de Vida”, propondo aos professores a pro-dução de imagens que represen-tem o universo educacional, cul-tural, artístico e social dos povos; que abordem a natureza e o meio ambiente para a qualidade de vida ou as manifestações urba-nas, do cotidiano e da natureza humana. As possibilidades de criação são inúmeras e estes são apenas alguns temas que podem ser explorados pelos fotógrafos.

Como vem acontecendo to-dos os anos, o objetivo do con-curso é estimular a produção cultural dos docentes da UFPB e divulgar os trabalhos na agenda anual distribuída gratuitamente aos filiados. Além de ter fotos publicadas na agenda, os auto-res das três melhores imagens inscritas podem ganhar prêmios.

Para participar, basta ler o regulamento oficial disponível no site do sindicato (www.adu-fpb.org.br ), preencher o formu-lário de inscrição e anexar até três imagens para concorrer aos prêmios de 1º lugar (Datashow), 2º lugar (mochila para equipa-

ADUFPB abre inscrições de poemas e

concurso fotográfico para agenda 2017

Poemas para a agenda

Os professores tam-bém podem colaborar com a Agenda ADUFPB 2017 en-caminhando poemas e fra-ses de autoria própria até o dia 02 de setembro para o e-mail [email protected] .Cada docente pode par-ticipar com até três poemas ou frases. Os poemas de-vem ser curtos (em função dos espaços disponíveis na agenda) e todo o material precisa ser enviado em for-mato digital por e-mail. A previsão é de que a Agen-da ADUFPB 2017 comece a ser distribuída durante as comemorações ao Dia do Professor (15/10).

A ADUFPB - Seção Sindical do ANDES-SN, vem a público expressar seu repúdio aos fatos ocorridos no último dia 15 de julho, no Campus I da UFPB, no “trote” de recepção às calouras do CT. A banalização da trágica realidade de violên-cia praticada contra milhares de mulheres em todo o mundo, inclusive com relatos e denúncias de crime de estupro co-metidos dentro dos Campi e nas imediações da UFPB, tem, lamentavelmente, ganho força na atual conjuntura, pois o país vem assistindo senhores da República, vergonhosamen-te, incitando e - ainda pior - fazendo apologia ao crime de estupro.

A ADUFPB soma-se às lutas de mulheres de todo o mun-do, às organizações feministas e às entidades defensoras dos direitos humanos para repudiar fatos como os que ocor-reram no interior da nossa Universidade. Não é possível ficar calado frente a crimes como este! A desvalorização da vida, expressa na crescente violação de direitos, associada ao au-mento da onda conservadora e preconceituosa que assola o país, exige do todos aqueles, comprometidos com a demo-cracia e com a defesa dos direitos, ações para responsabi-lizar os sujeitos que praticam crimes como estes, que nada mais são do que crimes contra a humanidade.

Neste sentido, o sindicato das professoras e professores da UFPB torna público o repúdio a ações que corporifiquem o estímulo e a efetivação de uma cultura da violência, como é o caso dos fatos mencionados. É preciso que a comunidade acadêmica denuncie as violações de direitos que vem ocor-rendo dentro e fora da UFPB, assim como cobre das nossas instâncias institucionais que apurem os fatos e apliquem as penalidades previstas em nossos regulamentos.

Paraíba, 20 de Julho de 2016

Diretoria Executiva da ADUFPB

ADUFPB repudia “trote” que faz apologia ao estupro

NOTA

mentos fotográficos) e 3º lugar (tripé para máquina fotográfica).

O Concurso Cultural de Fo-tografia da ADUFPB é aberto apenas para professores filiados ao sindicato nos Campi de João Pessoa (Campus I, com CTDR – Mangabeira, e CCJ – Santa Rita), Areia (Campus II), Bananeiras (Campus III) e Litoral Norte (Campus IV – Rio Tinto e Ma-manguape). Os professores te-rão até dois meses para inscre-ver as fotos. O concurso encerra no dia 2 de setembro.