Upload
engleoalves
View
236
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/12/2019 dobramento2
1/33
Fundao Universidade Federal do Rio Grande
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E CONSTRUOGrupo de Estudos em Fabricao e Materiais
GEFMat FURG
PROCESSOS DE CONFORMAODobramento
Prof. Carlos A. M. Casanova
8/12/2019 dobramento2
2/33
Definio:O dobramento um processo de fabricao porconformao plstica de chapa que permite aobteno de superfcies planas de geometriacilndrica, cnica ou prismtica.
um processo de estampagem com flexolocalizada.
8/12/2019 dobramento2
3/33
Exemplos:
8/12/2019 dobramento2
4/33
Classificao:
Segundo DIN 8586 h dois grupos:
Flexo para conformar usando:- movimento linear da matriz, e
- movimento rotacional da matriz
8/12/2019 dobramento2
5/33
8/12/2019 dobramento2
6/33
Classificao dos processos
Dobramento ao fundo
Dobramento ao ar (em vazio) Dobramento em V Dobramento em U
Dobramento RotativoDobramento de flangecom puno de arraste
8/12/2019 dobramento2
7/33
Dobramento em vazio (ao ar) e em VNo dobramento ao ar o ngulo entreas abas da chapa a conformar
estabelecido pela penetrao docunho na matriz.As foras envolvidas so baixas, masa preciso dimensional limitada,devido recuperao elstica que o
material sofre aps deformaoplstica alterando a geometria final dapea.
No dobramento em V a chapa deformadaat s ferramentasseencostarem, sendo a
folga entre puno e a matriz igual espessura da chapa.A operao mais precisa que a anterior e geralmente utilizada para dobrar chapascom ngulos de 90 ou ligeiramente
inferiores, com espessuras que podemvariar entre 0.5 a 25 mm.
8/12/2019 dobramento2
8/33
Dobramento em U e Puno de arrasteNo dobramento em U existem 2 eixos
de dobragem paralelos. Normalmenteutiliza-se um encostador que promoveo contacto com a chapa na zona dofundo do cunho, evitando defeitos deforma na pea. A fora de dobramento
tem um acrscimo de cerca de 30 a40%.
Uma das abas fixada por umsustentador, enquanto que a outra
dobrada a 90 pela ao dopuno. Com a variao do curso, possvel alterar com facilidade adimenso da aba conformada e ongulo de dobragem.
8/12/2019 dobramento2
9/33
Dobramento de fundo
No dobramento de fundo a
chapa mordida entre opuno e a matriz no finalda operao e a folga entrepuno e matriz inferior espessura da chapa.
Geralmente utilizada parachapas com espessurainferior a 3 mm, e permitereduzir, ou at mesmoeliminar a recuperaoelstica.
A fora necessria para aoperao superior a dedobramento ao ar, podendoo valor triplicar ouquintuplicar.
8/12/2019 dobramento2
10/33
Dobramento rotativo
No dobramento rotativorecorre-se a uma matrizrotativa para conformar achapa.No necessrio utilizarencostador e as forasrequeridas so baixas.O efeito de mola pode sercompensado diminuindo-seo ngulo de dobramento.
8/12/2019 dobramento2
11/33
Comparao entre mtodos
Vantagens do dob ramento ao ar em relao ao de fundo :
O dobramento pode ser efetuada em mquinas ferramentasde menor capacidade, pois a fora e a energia necessriasso menores.
O desgaste e o perigo de inutilizao das ferramentas somenores.
O mesmo conjunto puno/matriz pode ser utilizado paraefetuar-se dobramentos em diferentes ngulos, reduzindo-seos custos de preparao e montagem.
Vantagens do dob ramento de fundo em relao ao de ar:
Peas mais precisas, podendo ser conformadas com raiosde dobramento inferiores espessura da chapa.
Reduo ou mesmo eliminao do fenmeno de recupera-o elstica.
8/12/2019 dobramento2
12/33
Noo de fibra neutra
Por ao do puno a zona em deformao fica solicitada por ummomento fletor M e uma fora axial F de trao.
Para chapas finas, admiti-se queas seces retas se mantmplanas durante a deformao eque convergem ao centro decurvatura.
Considera-se que as direesprincipais das tenses e dasextenses coincidem com asdirees radial, tangencial esegundo a largura.
Fibra neutra a linha cujo comprimento no varia aps a deformao dapea e cuja posio depende fundamentalmente da espessura da chapae do tipo de solicitao introduzida pelas ferramentas.
8/12/2019 dobramento2
13/33
Flexo das peasSimplificaes:
- Material homogneo e isotrpico.
- Comportamento elasto-perfeitamente plstico.
- As seces inicialmente planas permanecem planas durante a
deformao.
- Os princpios de Saint Venant e da sobreposio so vlidos.
Desprezando as tenses segundo ye considerando que a linha neutra e a linhamdia coincidem, ento a distribuio de tenses segundo x depende da
intensidade do momento fletor aplicado:
8/12/2019 dobramento2
14/33
Teremos:
Onde, M = Momento fletor,y = distncia da fibra em anlise a linha neutra,Iz= Momento de inrcia em relao a linha neutra.
O sinal mais ou menos deve-se ao fato dexser e trao no lado exterior da pea ede compresso no lado interior.
8/12/2019 dobramento2
15/33
Fora no dobramentoSimplificaes consideradas:
- Encruamento do material no considerado,- Foras de atrito desprezadas,- Reaes na matriz consideradas verticais.
Assim sendo, a norma DIN 6935 prope um fator
corretivo, K, dado por:
Assim, para calcular a fora de dobramento em Vao ar, utiliza-se a seguinte expresso:
Para w/h
8/12/2019 dobramento2
16/33
Raio de flexo e ngulo de Dobramento O raio interno depende da espessura da chapa metlica.
Em principio deveria ser selecionado os maiores possveis.(ngulos agudos conduzem a falha do material).
Valores recomendados pela DIN 6935, selecionados daseguinte srie:
1; 1,2; 1,6; 2; 2,5; 3; 4; 5; 6; 8; 10; 12; 16; 20; 25; 28; 32; 36;40; 45; 50; 63; 80; 100 etc.
* Deve-se ter particular ateno na direo de laminaodevido a anisotropia. (mais conveniente a direo
transversal direo de laminao).
8/12/2019 dobramento2
17/33
A tabela 4.8.1, a seguir, fornece o menor raio dedobramento admissvel para o ngulo de dobramento at um mximo de 120.
Para ngulos de dobramento > 120, aplica-se oprximo valor + alto.
Exemplo: Quando o material da chapa metlica Qst 42-2com espessura s=6mm, em ngulo reto direo delaminao, o menor raio admissvel r=10mm para 120 e r = 12 mm para > 120.
Raio recomendado
8/12/2019 dobramento2
18/33
8/12/2019 dobramento2
19/33
Efeito de mola (Springback)
sr
srk
i
iR
5,0
5,0
2
1
1
2
Recuperao elstica aps o
dobramento: s espessura da chapametlica, 1 ngulo de dobramentorequerido, 2 ngulo de dobramentodesejado, ri1 raio interno da matriz eri2raio interno da pea trabalhada
8/12/2019 dobramento2
20/33
8/12/2019 dobramento2
21/33
O ngulo necessrio na matriz :
O raio interno requerido pela matriz pode sercalculado como:
Onde: Rm = Resistncia a trao [N/mm2]
E = Mdulo de elasticidade [N/mm2]
Rk
2
1
Es
Rmr
rr
i
ii
.1 2
21
8/12/2019 dobramento2
22/33
Clculo do Comprimento da estampa plana paradobramento
O comprimento original da pea a ser dobrada no igual
ao comprimento da fibra localizada no centro da secotransversal aps o dobramento. De acordo com a norma DIN 6935, o comprimento (l) da
estampa plana ser dado por:l = a + b + v [mm] para ngulos de abertura entre 0 a
165.l = a + b [mm] para ngulos de abertura > 165 a 180Onde, a [mm] e b [mm] so os comprimentos das pernas
(abas) dobradas, e v [mm] o fator de compensao quepoder ser positivo ou negativo.
8/12/2019 dobramento2
23/33
Continuao:
Observa-se que a dobra e o ngulo de abertura dapea dobrada.
Os valores de v podem ser calculados para cada ngulorequerido:- Para = 0 a 90
- Para > 90 a 165
Com fator de correo k [-]
Obs.:A dimenso do comprimento estendido calculado ser arredondado at oprximo valor inteiro.
mmsrks
rvo
o
.2.
2.
180
180.
mmsrks
rvo
o
o
2
180tan..2.
2.
180
180.
.5log.2
165,0
,51
srparas
rk
esrparak
8/12/2019 dobramento2
24/33
Exerccio de aplicao
- Deseja-se dobrar um pea de chapa metlica com 3 mm
de espessura feita em ao St 37-2, material nmero 10037,de acordo com a figura a seguir. A mnima resistncia atrao de Rm=280 N/mm2.
8/12/2019 dobramento2
25/33
C Si Mn P S Cr Mo Ni
max. 0,17 max. 0,30 0,20 - 0,50 max. 0,050 max. 0,050
Caracterstica do material - ST37-2 / S235JR
V W Ti Cu Al Nb B N
max. 0,009
Composition in %
Range of application and heat treatment
Unalloyed Structural steel : universal mechanical engineering
Fonte: http://www.metallograf.de/start-eng.htm?werkstoffkartei-eng/0037/0037.htm
8/12/2019 dobramento2
26/33
Soluo:
Usando a tabela 4.8.1 possvel determinar-se o menor raio paradobramento em ri min= 3 mm.
Soma dos comprimentos das abas.a + b + c + d = 30 + 60 + 75 + 20 =185 mm
Para = 90, r = 5mm, s = 3mm:
Para = 45, r = 3 mm, s = 3 mm
761,03
5
log.2
1
65,01
k
mmvo
o
35,635.2761,0.2
35.
180
90180.1
65,0065,03
3log.2
165,02 k
mmvo
o
63,233.265,0.2
33.
180
45180.2
8/12/2019 dobramento2
27/33
Para = 135, r = 10 mm, s = 3 mm
A soma dos valores dos fatores de compensao ser:
v1+ v
2+ v
3= -6,35 -2,63 -1,84 = - 10,82 mm
O comprimento total do material inicial ser:
l = a + b + c + v = 185 10,82 = 174,18 mm
O resultado final com arredondamento ser:
l = 175 mm
911,03
10log.
2
165,03 k
mmvo
o
o
84,12
45tan.310.265,0.
2
310.
180
135180.3
8/12/2019 dobramento2
28/33
Ferramenta para dobramento
8/12/2019 dobramento2
29/33
Dobramento com borracha
8/12/2019 dobramento2
30/33
Tipo de Guilhotina
8/12/2019 dobramento2
31/33
Bibliografia
http://www.acesita.com.br/port/aco_inox/pdf/apostila_aco_inox_estampagem.pdf
Metal Forming Handbook Schuler Springer,
1998. https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/5923
3/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdf
http://www.acesita.com.br/port/aco_inox/pdf/apostila_aco_inox_estampagem.pdfhttp://www.acesita.com.br/port/aco_inox/pdf/apostila_aco_inox_estampagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttps://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/59233/1/Capitulo%2018%20-%20quinagem.pdfhttp://www.acesita.com.br/port/aco_inox/pdf/apostila_aco_inox_estampagem.pdfhttp://www.acesita.com.br/port/aco_inox/pdf/apostila_aco_inox_estampagem.pdf8/12/2019 dobramento2
32/33
Obrigado
At
8/12/2019 dobramento2
33/33
Bibliografia Principal
Tecnologia Mecnica (LEA), Corte por Arrombamento, 1 Edio (1983) Prof. JorgeC. Andr Jnior, Prof. Ruy M.D. Mesquita 1 Reviso (1990) Prof. Jorge M.C.Rodrigues, Prof. Ruy M.D. Mesquita, 1983 / 1990, .
Tecnologia Mecnica (LEA), Introduo aos Processos de Fabrico, Prof. Rui Baptista, 1999/2000, .
Tecnologia Mecnica (LEA), Plasticidade e Leis do Material, Prof. Paulo Martins/Prof.Jorge Rodrigues, 1999/2000, .
Tecnologia Mecnica (LEA), Processos de Enformao em Massa, Prof. PauloMartins, Prof. Jorge Rodrigues, Setembro de 1998, 1999/2000, .
Tecnologia Mecnica (LEA); Introduo aos Processos de Fabrico, Plasticidade e
Leis do Material, Quinagem,Estampagem, Enformao em Massa, Corte porArrombamento, Corte por Arranque de Apara , Prof. Rui Baptista, 1999/2000, .
Secundria Introduction to Manufacturing Processes , John A. Schey, ., ISBN 0-07-055274-6 Manufacturing Engineering and Technology - Second Edition, Serope Kalpakjian, .,
Addison ? Wesley Publishing Company, ISBN-0-201-63093-1 Manufacturing Processes for Engineering Materials - Second Edition, Serope
Kalpakjian, ., Addison ? Wesley Publishing Company, ISBN-0-201-60702-6 Mechanical Metallurgy , George E. Dieter, ., McGraw-Hill, ISBN 0-07-016891-1 Modern Manufacturing Process Engineering , Benjamin W. Niebel, Alan B. Draper,
Richard A. Wysk, ., ISBN-0-07-100381-9 Principles of Engineering Production - Second Edition, A.J. Lissaman, S.J. Martin,
Edward Arnold , ., ISBN-0-340-28173-1