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DOCUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO EDUCAÇÃO ESPECIAL Agrupamento de Escolas de Arrifana, Santa Maria da Feira 2013/2014 JANEIRO DE 2015

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DOCUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO EDUCAÇÃO ESPECIAL Agrupamento de Escolas de Arrifana, Santa Maria da Feira

2013/2014

JANEIRO DE 2015

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS

2.1. RECURSOS HUMANOS

2.2. RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS

2.3. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS POR TURMA

2.4. MEDIDAS EDUCATIVAS

2.5. PLANOS INDIVIDUAIS DE TRANSIÇÃO (PIT)

2.6. PROCESSOS DE REFERENCIAÇÃO

3. PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

3.1. PLANEAMENTO, ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

3.2 COOPERAÇÃO E PARCERIAS

3.3. RESPOSTAS EDUCATIVAS E RESULTADOS DOS ALUNOS

3.3.1 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

3.3.2 ELABORAÇÃO DO PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL (PEI)

3.3.3 OPERACIONALIZAÇÃO DO PEI

3.3.4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PEI

3.3.5 HORÁRIOS DAS CRIANÇAS E DOS ALUNOS

3.3.6 RESULTADOS DOS ALUNOS COM NECESSIDADES

EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARÁTER PERMANENTE

4. SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – REQUERIMENTOS E DECLARAÇÕES

5. ASPETOS A MELHORAR

5.1. DOCUMENTOS ESTRUTURANTES

5.2. FORMAÇÃO

5.3. MONITORIZAÇÃO

5.4. ORGANIZAÇÃO

5.5. PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

6. CONCLUSÃO

1. INTRODUÇÃO

Este relatório de autoavaliação procura refletir sobre as práticas da EDUCAÇÃO

ESPECIAL levadas a cabo no ano letivo de 2013/2014. Surge do planeamento de

mecanismos de monitorização e de autorregulação da Educação Especial e tem como

objetivo apreciar a qualidade das respostas educativas proporcionadas às crianças e

jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente e os resultados

alcançados, contribuindo para o aperfeiçoamento e a melhoria das práticas da escola.

Procura ainda acompanhar a organização e o funcionamento da Educação

Especial, tendo em conta:

a) O seu planeamento;

b) Os procedimentos de referenciação e avaliação;

c) A elaboração e execução dos programas educativos individuais;

d) A articulação entre os diversos intervenientes, incluindo famílias, serviços e

entidades;

e) A gestão dos recursos humanos e materiais quanto à sua adequação, eficácia e

racionalidade;

Este relatório decorre ainda do PROGRAMA ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO

ESPECIAL -RESPOSTAS EDUCATIVAS, levada a cabo pela Inspeção Geral da Educação e

Ciência de 2 a 05 de julho de 2014 e cujo RELATÓRIO nos dá algumas pistas acerca da

nossa prática e nos orienta no sentido da melhoria da Educação Especial.

2. CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS

Este agrupamento denomina-se Agrupamento de Escolas de Arrifana – Santa

Maria da Feira. Em 2013/2014 é composto por sete Jardins de Infância e oito EB1 e ainda

duas EB 2/3, distribuídos por cinco freguesias, Arrifana, Escapães, Milheirós de Poiares,

Pigeiros e Romariz, pertencentes ao concelho de Santa Maria da Feira.

Freguesias JI EB1 EB 2/3

Arrifana Bairro

Fontainhas Manhouce

Bairro Outeiro

Carvalhosa Arrifana (sede)

Escapães Stº António

Igreja Stº António

----

Milheirós de Poiares Pereiro Igreja Milheirós de Poiares

Quadro 1 – Composição do Agrupamento

Através da análise do quadro seguinte podemos analisar o número de crianças e

alunos por nível e ciclo de educação e ensino. Note-se que a percentagem de alunos com

necessidades educativas especiais é maior ao nível do 1º e 2º ciclos. Em termos totais, os

alunos NEE ultrapassam a média nacional. Todavia, de acordo com os críticos, Portugal só

dá apoio a 2% dos alunos, quando as médias internacionais apontam para 8% a 12%. "É

impossível que o nosso país só tenha 2,6% de alunos com necessidades educativas

especiais", afirma Miranda Correia, do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do

Minho.

Níveis de Escolaridade

Total crianças e alunos Crianças e alunos com NEE

N N %

Educação pré-escolar 144 2 1,39

1º ciclo 448 23 5,13

2º ciclo 300 15 5,00

3º ciclo 458 18 3,93

Total 1350 58 4,30

Quadro 2 – Crianças e alunos por nível e ciclo de educação e ensino

Verifica-se que o número de alunos a quem são prestados apoios especializados

no âmbito da Educação Especial (58) corresponde a cerca de 4,3% do total de alunos da

escola (QUADRO 2).

2.1. RECURSOS HUMANOS

Todos os docentes que prestam serviço neste agrupamento possuem

especialização em Educação Especial, conferida pela titularidade de habilitação

profissional para a docência acrescida, seja de um curso de formação especializada, seja

de um curso de qualificação para o exercício de outras funções educativas, seja, ainda, de

um dos cursos previstos na Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro.

910 920 930 110

QE E QZP 1 -- -- 2 a)

Contratados 2+2 (substituição) -- --

Total 5+2 (substituição) a) Licença de Maternidade

Quadro 3– Docentes do Quadro e Contratados

Pigeiros Bajouca Pigeiros ----

Romariz Goim Romariz ----

A Coordenação da Educação Especial coube à docente Fátima Peixoto.

Pessoal não docente Nº Horas

Assistentes operacionais D. Lúcia 4H

Psicólogas

Márcia Azevedo Mónica Costa Andreia Casimiro (estagiária)

Avaliação e acompanhamento

Quadro 4 – Pessoal não Docente

Fátima Sandra P./ Liliana Sousa

Ana Filipa Sofia Lassalete/ Patrícia Martins

Cláudia Rocha

Mónica Costa

Educação pré-escolar

4

1º ciclo

16 20

2º/3º ciclos

24 16 17 6

Total 24 16 24 16 17 6

Quadro 5 – Nº horas letivas destinadas a acompanhamento de alunos NEE

Fátima Sandra P./ LIliana S.

Ana Filipa Sofia Lassalete/ Patrícia Martins

Cláudia Rocha

Mónica Costa

Acompanhamento a CEI

10 14

17 6

Quadro 6 – Nº horas letivas destinadas a acompanhamento alunos CEI

Quadro 7 (1)– Nº horas destinadas a acompanhamento alunos CEI por docentes que não

da Educação Especial

Expressão Corporal e

Musical

Hortoflori-cultura

Matemáti-ca

Vida

Informáti-ca

Artes Eco Boccia Carpintaria

2º ciclo

2

1 (tempo

conj)

3 1

8

1

3 3º

ciclo

2 1 3

Total 2 2 3 2 8 3 1 3

Port Hist/HGP Mat 2º e 3.º ciclos

2 3 2

Total 2 3 2

Quadro 8 – Nº horas letivas destinadas a Apoio Pedagógico Personalizado (dentro da

turma) por docentes que não da Educação Especial

Fátima Sandra P. Ana Filipa Sofia Lassalete/ Patrícia Martins

Cláudia Rocha

Educação pré-escolar

1

1º ciclo

2 1

2º ciclo

1 1

3º ciclo

2 1 1

Total 2 2 2 2 2

Quadro 9 – Nº horas letivas destinadas a avaliação e referenciação

Fátima Sandra P. Ana Filipa Sofia Lassalete/ Patrícia Martins

Cláudia Rocha

Educação pré-escolar

1

1º ciclo

1

2º ciclo

1

3º ciclo

1 1

Total 1 1 1 1 1

Quadro 10 – Nº horas letivas / TE destinadas ao atendimento aos encarregados de

educação

Os Centros de Recursos para a Inclusão (CRI) constituem-se como parceiros privilegiados

das escolas no desenvolvimento da ação educativa junto dos alunos com necessidades

educativas especiais de caráter permanente. Durante este ano letivo, estabelecemos

protocolos com o Centro de Recursos para a Inclusão da Feira (CRI) e CERCI de São João

da Madeira.

Apoio específico a alunos com NEE

Das escolas dos CRI

Nº Alunos Nº Tempos de 45 minutos

Psicólogo 10 10

Terapeuta da fala 8 8

Terapeuta Ocupacional 5 5

Total 23 23

Quadro 11 - Apoio específico a alunos com NEE

Para além dos protocolos estabelecidos, a escola tem ainda recorrido à

colaboração de profissionais de outras entidades, em regra inseridas nas comunidades

locais, com intervenção na área social, na saúde física e mental, no desporto e ainda de

serviços do estado e das autarquias locais (hospitais, centros de saúde, serviços

municipais, juntas de freguesia, etc.).

O centro de formação da associação de escolas, a que o agrupamento pertence,

tem organizado ações de formação no âmbito da Educação Especial (pessoal docente e

não docente) como se pode analisar através do quadro seguinte.

Ano Letivo 2013/2014 Pessoal Docente Pessoal Não Docente

Ações

Ações

Centro de Formação 21 9

Agrupamento 2 0

Total 23 9

Quadro 12 – Formação interna e externa e utilidade das ações de formação no âmbito da educação especial no último ano

As ações de formação contínua decorreram no âmbito do protocolo celebrado

entre o Centro de Formação Terras de Santa Maia e o Centro Social de Sardoura.

As ações de formação interna e externa foram úteis para a melhoria da prática

pedagógica/educativa. Os assistentes operacionais frequentaram ações de formação

dirigidas ao apoio especializado a alunos NEE.

O grupo de Educação Especial promoveu a formação aos docentes do conselho de

turma de uma aluna NEE do 7º ano, no âmbito do Software Grid2.

A Diretora deste agrupamento promoveu a realização da PALESTRA ESCOLA

INCLUSIVA - A VERTENTE EDUCAÇÃO ESPECIAL, ELEGIBILIDADE DOS ALUNOS E

ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS EDUCATIVAS, realizada no dia 30 de janeiro, na Biblioteca

Municipal, e contou como orador principal com o Dr. Veríssimo em representação da

DGESTE. Todos os docentes do agrupamento foram convocados e abertas inscrições para

docentes externos, contando com a presença de cerca 150 pessoas.

A Educação Especial supõe, nos diversos níveis da sua operacionalização, a

colaboração e cooperação dos pais e encarregados de educação, assumindo particular

importância a organização de ações de sensibilização para os apoios especializados e

temáticas conexas, bem como de espaços de partilha de experiências e de saberes.

Relativamente à formação/sensibilização dos encarregados de educação dos

alunos com necessidades educativas especiais, a Diretora convocou-os para uma reunião

a 24 de abril, de forma a promover uma maior participação destes na escola e solicitar a

sua intervenção no processo de reavaliação dos alunos.

O grupo de educação especial procurou sensibilizar/acompanhar os encarregados

de educação, nas reuniões agendadas, juntamente com os docentes titulares e diretores

de turma, coordenadores do Programa Educativo Individual.

2.2. RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS

Apresentam-se, de seguida, os dados relativos aos equipamentos e materiais

necessários ao desenvolvimento dos processos de aprendizagem dos alunos com

necessidades educativas especiais de caráter permanente e às acessibilidades e condições

das instalações.

Na generalidade (QUADRO 13), os recursos materiais e pedagógicos são

suficientes, face às necessidades específicas das crianças/alunos.

RECURSOS SIM NÃO NA

Os recursos materiais e pedagógicos/educativos são suficientes face às necessidades específicas das crianças/alunos

X

Os recursos materiais são adequados ao modelo de ensino implementado

X

O mobiliário e o equipamento estão devidamente adaptados às necessidades específicas

X

Quadro 13 – Equipamentos e materiais

O mobiliário e o equipamento são suficientes e estão adaptados às necessidades.

No âmbito da Educação Especial considera-se que as condições de acessibilidade e

a adequação das instalações são aspetos de primordial relevância – ou mesmo decisiva -

para a correta integração das crianças e alunos com necessidades educativas especiais de

carácter permanente.

ACESSIBILIDADES SIM NÃO NA

As acessibilidades à escola estão adaptadas às especificidades dos alunos

X

As instalações escolares estão adequadas/adaptadas às especificidades dos alunos

X

Quadro 14 – Acessibilidades e Adequação das Instalações

Há uma adequação dos recursos físicos, materiais, adequação das acessibilidades

aos edifícios escolares e equipamentos às necessidades dos alunos, especialmente com

rampas e acessos ao Bufete. Detetamos ainda a dificuldade no acesso ao KIOSK nas

Escolas Básicas. Possuímos duas plataformas elevatórias, uma em cada escola básica.

O Grupo disciplinar de Educação Especial não solicitou a aquisição de quaisquer

materiais de apoio pedagógico para o desenvolvimento da sua prática ao longo do ano

letivo 2013/2014. Apenas o fez no final desse ano.

2.3. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS POR TURMA

O número total de crianças e alunos que frequentam a escola permite perceber a

dimensão relativa da população escolar enquadrada no âmbito da Educação Especial,

apresentada no Quadro 15.

Níveis Número de

Grupos/Turmas

Número/Percentagem de Grupos/Turmas

com alunos com NEE

Número/ Percentagem de

Grupos/Turmas com redução de alunos

Educação pré-escolar 8 2(25%) 2(25%)

1º ciclo 23 15(65,22%) 8(34,78%)

2º ciclo 14 8(57,14%) 5(35,71%)

3º ciclo 22 12(54,55%) 3(13,64%)

Total 67 37(55,22%) 18(26,87%)

Quadro 15 – Crianças e alunos por Nível e Ciclo de Educação e Ensino

Constata-se também que, dos 67 grupos e turmas que integram alunos com NEE,

18 têm redução do número de crianças e alunos, correspondendo a 26,87% do total de

grupos e turmas. Não existem crianças ou alunos com doença oncológica abrangidos pela

Educação Especial.

2.4. MEDIDAS EDUCATIVAS

A adoção de medidas educativas visa promover a aprendizagem e a participação

dos alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, adequando o

currículo ao seu nível de funcionalidade e às dificuldades de aprendizagem.

Número/percentagem das medidas educativas aplicadas por nível/ciclo

Educação pré-

escolar 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Total

Apoio pedagógico personalizado

2 (100%)

22 (95,65%) 13 (86,66%)

15 (83,33%)

52 (89,65%)

Adequações curriculares individuais

--- 9 (39,13%) 8 (53,33%) 8 (44,44%) 25

(43,10%)

Adequações no processo de matrícula

1 (50%) --- 0 1 (5,55%) 2

(3,45%)

Adequações no processo de avaliação

--- 22 (95,65%)

10 (66,66%)

11 (61,11%)

43 (74,41%)

Currículo específico individual

--- --- 2 (13,33%) 7 (38,88%) 9

(15,52%)

Tecnologias de apoio

--- 2 (8,70%) 1 (6,66%) 3 (16,66%) 6

(10,34%)

Quadro 16 – Peso Relativo das Medidas Educativas Aplicadas

De acordo com o QUADRO 16 a medida de Apoio pedagógico personalizado foi a

mais utilizada, com uma percentagem de 89,65%, seguida de Adequações no processo de

avaliação, com uma percentagem de 74,41%.

A medida Currículo específico individual (CEI) abrange também um número

considerável de alunos no terceiro ciclo (38,88%).

As medidas educativas Adequações no processo de matrícula (3,45%) e

Tecnologias de apoio (10,34%) são, em regra, cumulativas com as outras medidas.

2.5. PLANOS INDIVIDUAIS DE TRANSIÇÃO (PIT)

Sempre que um aluno apresente necessidades educativas especiais de caráter

permanente que o impeçam de adquirir as aprendizagens e competências definidas no

currículo, deve a escola complementar o programa educativo individual com um plano

individual de transição destinado a promover a transição para a vida pós-escolar e,

sempre que possível, para o exercício de uma atividade profissional com adequada

inserção social, familiar ou numa instituição de caráter ocupacional. A elaboração dos

planos individuais de transição (PIT) inicia-se três anos antes da idade limite da

escolaridade obrigatória. No sentido de preparar a transição do jovem para a vida pós-

escolar, o plano individual de transição deve promover a capacitação e a aquisição de

competências sociais necessárias à inserção familiar e comunitária.

PIT (N)

Alunos com Planos Individuais de Transição = PIT em execução 3

PIT em execução implementados três anos antes do limite da escolaridade obrigatória

3

PIT em execução que promovem o exercício de uma atividade profissional

3

Quadro 17 – Planos individuais de transição (PIT)

SIM NÃO NA

Os PIT em execução promovem a capacitação e a aquisição de competências sociais necessárias à inserção familiar e comunitária

X

Os PIT correspondem às expectativas das famílias X

Os PIT em execução estão datados e assinados pelos profissionais que participam na sua elaboração, bem como pelos pais e encarregados de educação e, sempre que possível, pelo próprio aluno

X

Quadro 18 – Implementação dos planos individuais de transição e expectativas das famílias

2.6. PROCESSOS DE REFERENCIAÇÃO

A referenciação é encarada como o ponto axial a partir do qual se desencadeia o

processo de avaliação especializada por referência à Classificação Internacional da

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – Versão Crianças e Jovens (CIF-CJ), da Organização

Mundial de Saúde (OMS) e/ou o encaminhamento para outras respostas educativas

exteriores ao âmbito da Educação Especial.

Crianças e alunos referenciados último ano (N)

Educação pré-escolar ---

1.º ciclo 5

2.º ciclo 1

3.º ciclo -----

Total 6

Quadro 19 – Crianças e alunos referenciados no ano de 2013/2014

Como se pode ver no QUADRO 19, do total de 6 crianças e alunos referenciados,

foram submetidos a avaliação especializada por referência à CIF-CJ, 66,7%. Os restantes

não foram sujeitos a este tipo de avaliação, considerando o Grupo de educação especial

que estavam perante situações de necessidades educativas que não justificavam uma

intervenção especializada. Todos estes alunos foram encaminhados para beneficiarem de

outras respostas educativas, no âmbito dos apoios e complementos educativos, previstos

pelo agrupamento. Alguns alunos foram encaminhados para respostas conexas com

aquelas que são disponibilizadas no âmbito da Educação Especial, como sejam terapias de

diversa índole, designadamente, terapias da fala e acompanhamento psicológico. Dado

que estes alunos foram avaliados no terceiro período, foi elaborado um relatório

individualizado no final do ano letivo a referir que a aplicação do encaminhamento

sugerido requer tempo para se efetivar.

Estes alunos são o alvo preferencial de diferenciação pedagógica em sala de aula.

Nos processos individuais analisados, o documento de referenciação foi da responsabilidade :

SIM NÃO

de docentes X

de outros (psicólogos, hospital, etc) X

Nos documentos de referenciação da responsabilidade de docentes constam:

as razões que levaram o docente a referenciar a criança ou o aluno

X

as respostas educativas já desencadeadas pelo docente junto da criança/aluno

X

as evidências que sustentam a referenciação (trabalhos dos alunos, registos de avaliação, etc.)

X

Quadro 20 – Documentos de referenciação

Refira-se que a maior parte dos formulários de referenciação estavam

incompletos, pelo que foi solicitado evidências (pedagógicas e/ou clínicas) que

sustentassem esse pedido.

O encaminhamento das crianças e alunos para apoios especializados no âmbito da

Educação Especial pressupõe a referenciação das crianças e alunos que eventualmente

deles necessitem, a qual deve ocorrer o mais precocemente possível, detetando os

fatores de risco associados às limitações ou incapacidades. A referenciação efetua-se por

iniciativa dos pais ou encarregados de educação, dos serviços de Intervenção Precoce na

Infância, dos docentes ou de outros técnicos ou serviços que intervêm junto da criança ou

do aluno e que tenham conhecimento da eventual existência de necessidades educativas

especiais.

Como referido em documentos anteriores, a Diretora solicitou a construção de

instrumentos de avaliação adequados a cada faixa etária para os 5 anos, 2º, 4º, 6º e 8º

anos, aos docentes da Educação Especial, que os realizaram em colaboração com a

professora Silvina, do 1º ciclo, e as coordenadoras de departamento do Pré-escolar, de

Português e de Matemática. A Diretora reuniu ainda com o Dr. Veríssimo Cabral, para que

estes instrumentos pudessem de algum modo ser validados. A Diretora solicitou ainda a

elaboração de um Regulamento de Referenciação, pelo grupo de Educação Especial, que

permitisse a todos um conhecimento mais cabal das atividades da educação especial do

agrupamento. Solicitou ainda o apoio ao Dr. Veríssimo Cabral para a avaliação de um

aluno no âmbito da Dislexia, o qual foi avaliado por duas docentes do Agrupamento da

Feira.

Note-se que não existiam instrumentos disponíveis para o grupo de recrutamento,

o que dificultava a iniciação de qualquer processo, nomeadamente para os docentes que

iniciavam o trabalho, no caso específico dos contratados.

3. PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Organização da Educação Especial está expressa nos documentos estruturantes

da escola como o Regulamento Interno e o Plano Anual de Atividades. O Projeto

Educativo foi elaborado e aprovado no final e nele se encontra definido as metas e

estratégias que a escola se propõe atingir e adotar com vista a apoiar os alunos com

necessidades educativas especiais de caráter permanente e as respostas educativas

específicas diferenciadas.

Este agrupamento tem desenvolvido parcerias e protocolos com vista à execução

de respostas educativas de Educação Especial, nomeadamente com o CRI da CERCI-FEIRA.

A Diretora faz um acompanhamento atento e próximo das modalidades de

Educação Especial, durante todo o ano letivo.

Através de reuniões periódicas, o grupo de Educação Especial procurou mobilizar

as práticas de trabalho colaborativo. A este grupo cabe a organização dos processos

individuais das crianças e alunos e a proposta à Direção de respostas diferenciadas para

as crianças/alunos. Os critérios de distribuição de serviço docente, relativamente à

Educação Especial foram aprovados em Conselho Pedagógico. Ao pessoal não docente

com um perfil mais adequado é-lhe distribuído serviço de apoio a estes alunos.

Nos Planos de Turma, está presente a caracterização dos alunos com necessidades

educativas especiais de caráter permanente, mas nem sempre se discrimina o

planeamento das medidas educativas a serem implementadas, remetendo-se para o PEI,

pois defende-se a ideia que não é necessário a duplicação de informação. Os

pais/encarregados de educação, através das reuniões realizadas pelos docentes que

acompanham os alunos NEE, beneficiam de momentos de formação interna, não formal.

Procuramos proporcionar uma orientação e desenvolvimento estratégico dos

currículos específicos individuais e a previsão de respostas diferenciadas para as

crianças/alunos através de parcerias com a CERCI Feira, CERCI de S. João da Madeira e

Centro Social Dr. Crispim.

3.1 PLANEAMENTO, ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

Importa percecionar como, nos documentos estruturantes das escolas e

agrupamentos de escolas, a Educação Especial está organizada e é planeada e avaliada e

em que medida ela é tida em conta na definição da missão e visão da escola.

SIM NÃO

O projeto educativo prevê as adequações de caráter organizativo e de funcionamento necessárias ao desenvolvimento das respostas educativas no âmbito da Educação Especial

X

O projeto educativo contém as metas e estratégias que a escola se propõe realizar com vista a apoiar os alunos com NEE

X

O plano de atividades integra estratégias e atividades que visam o apoio personalizado aos alunos com NEE no âmbito das medidas educativas aplicadas

X

O regulamento interno estabelece a organização e funcionamento da Educação Especial

X

Existem critérios de distribuição do serviço docente no âmbito da Educação Especial

X

A escola desencadeou mecanismos de monitorização e autorregulação da Educação Especial

X

O diretor tem orientado e assegurado o desenvolvimento dos Currículos Específicos Individuais

X

O departamento curricular tem orientado e assegurado o desenvolvimento dos Currículos Específicos Individuais

x

O grupo de Educação Especial tem orientado e assegurado o desenvolvimento dos Currículos Específicos Individuais

x

A diretora procede ao registo da assiduidade dos técnicos dos CRI X

A diretora desencadeou os procedimentos necessários à avaliação especializada dos alunos por referência à CIF

X

O processo de referenciação e de avaliação assumiu caráter prioritário em detrimento de outro serviço não letivo após elaboração dos instrumentos de avaliação

X

A distribuição do serviço letivo teve em conta o estabelecido nos PEI, designadamente a disponibilização de apoio personalizado e a lecionação de disciplinas específicas (CEI)

X

A constituição de turmas teve em conta o estabelecido nos PEI, designadamente quanto à redução do n.º de crianças/alunos por grupo/turma

X

Quadro 21 – Planeamento, organização e gestão

3.2 COOPERAÇÃO E PARCERIAS

Regista-se no QUADRO 22 que as escolas desencadearam mecanismos de

cooperação e parcerias com instituições da sociedade civil que atuam na área da saúde e

reabilitação, economia social, desporto, entre outras. Assumem maior relevo a área das

terapias, do desenvolvimento psicológico, da transição para a vida pós-escolar, das

atividades físicas e desporto adequado. Saliente-se, ainda, a existência de parcerias com

instituições de ensino superior e associações especializadas em razão da matéria. A

Avaliação e acompanhamento psicológico são feitos pelo CRI, Rosto solidário, Associação

Padre Osório, Alcoólicos Recuperados de Arrifana e Gabinetes de Apoio Terapêutico

particulares.

A escola estabeleceu parcerias com instituições da sociedade civil para:

Referenciação e avaliação das crianças e alunos com NEE

CRI/ Consulta de desenvolvimento do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga

Execução de respostas educativas de Educação Especial:

Terapia da fala CRI

Terapia ocupacional CRI

Outras terapias

Avaliação e acompanhamento psicológico CRI/ Rosto solidário/ Associação Padre Osório/**

Realização de atividades de enriquecimento curricular (execução de programas específicos, desporto adequado, etc.)

Boccia, Artes

Transição para a vida pós-escolar PIT – Centro de Formação Profissional da CERCI Feira

Execução de programas de integração profissional

Preparação para a integração em centros de atividades ocupacionais (CAO)

CERCI SJM

Quadro 22 – Cooperação e parcerias (**Alcoólicos Recuperados de Arrifana e Gabinetes de

Apoio Terapêutico particulares)

3.3. RESPOSTAS EDUCATIVAS E RESULTADOS DOS ALUNOS

Reportam-se como aspetos positivos e já implementados neste agrupamento os

seguintes:

Articulação entre os diferentes intervenientes (Docentes, CRI, professores

titulares, educadoras, terapeutas e técnicos especializados)

Dinamização de respostas técnicas específicas (terapeuta da fala, psicólogo,

terapeuta ocupacional)

Satisfação dos pais/encarregados de educação pelo acompanhamento dado,

mesmo que haja um conhecimento empírico da situação

Articulação entre os profissionais de Educação Especial e as famílias das

crianças/alunos

Monitorização e avaliação dos programas educativos individuais das

crianças/alunos (no final de cada período)

Desenvolvimento de procedimentos com vista à integração e socialização das

crianças/alunos através da dinamização de atividades conjuntas, tanto ao nível da

própria turma como ao nível mais geral

Implementação dos planos individuais de transição

Participação dos alunos com currículo específico individual em atividades

conjuntamente com os colegas da turma (Educação Física, Educação Tecnológica,

Educação Musical, Formação Cívica)

Oferta Curricular de atividades diversificadas aos alunos CEI (Boccia,

Hortofloricultura, Artes, Eco, Carpintaria e Expressão Corporal e Musical)

Monitorização, tratamento e análise sistemática dos resultados escolares dos

alunos com necessidades educativas especiais (ao nível do grupo disciplinar,

departamento e conselho pedagógico)

Intervenção dos conselhos de turma/conselho docentes no trabalho de

adequações curriculares individuais com o envio das propostas para os docentes

da Educação Especial

Desenvolvimento de mecanismos de supervisão e de acompanhamento dos

currículos específicos individuais (final de cada período em Conselho de Turma)

Condução do trabalho no âmbito da avaliação especializada, ao nível da

referenciação pelo grupo 910 e não só pelo docente desse nível de ensino

As evidências técnicas que sustentam a referenciação das crianças/alunos através

de relatórios técnicos. As evidências pedagógicas, nestas novas referenciações já

estão no processo de referenciação e não só no processo individual

Adequação das medidas educativas à incapacidade e perfil de funcionalidade dos

alunos

Desempenho e dedicação dos assistentes operacionais com das crianças/alunos

Participação ainda limitada dos pais/encarregados de educação na elaboração dos

programas educativos individuais

Anexação de evidências que sustentam a referenciação das crianças/alunos

Monitorização e avaliação dos programas educativos individuais das

crianças/alunos melhorada em relação ao ano anterior

Até ao ano letivo 2011/2012 eram incluídos os dados da Educação Especial na

autoavaliação da escola, todavia, a partir de 2012/2013, um documento anual,

mais extenso, é anexo ao primeiro, por considerarmos a pertinência da

monitorização desta área.

Os timings de aprovações pelo Conselho Pedagógico do Programa Educativo

Individual das crianças/alunos nem sempre respeitaram o prazo legalmente

estabelecido, por limitação de recursos humanos (contratação tardia de docentes)

Condução do processo de decisão da elegibilidade dos alunos para a Educação

Especial por critérios mais objetivos e claramente partilhados por todo o grupo

Inclusão no Programa Educativo Individual da necessidade de redução do número

de alunos por turma, quando tal situação se verifica .

3.3.1 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Relativamente ao processo de avaliação das crianças e dos alunos, observa-se que

em 100% dos processos analisados, a avaliação por referência à CIF contempla as

componentes da funcionalidade e da incapacidade e fatores contextuais.

Tendo em conta que o processo de avaliação pressupõe a intervenção de um

conjunto de profissionais e serviços, bem como a participação ativa dos pais e

encarregados de educação, verifica-se que, em tal participação teve relativa efetividade e

participação de todos os agentes e parceiros.

Em 100% dos processos individuais analisados, nos relatórios técnico-pedagógicos

constam as razões que determinam as necessidades específicas do aluno e a sua

tipologia: identificam o perfil de funcionalidade, as funções do corpo e os fatores

ambientais. Os relatórios técnico-pedagógicos encontram-se na sala da Educação

especial, todavia, sempre que há um pedido de transferência acompanham a remessa do

processo individual para a escola de destino.

Subsistindo dificuldades assinaláveis no próprio processo de avaliação por

referência à CIF, designadamente na abordagem dos fatores contextuais e no

manejamento dos qualificadores, verifica-se que consta a determinação dos apoios

especializados, as adequações do processo de ensino e de aprendizagem e as tecnologias

de apoio a inserir nos programas educativos individuais das crianças e alunos.

3.3.2. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL (PEI)

O programa educativo individual (PEI) é o documento que fixa e fundamenta as

respostas educativas e respetivas formas de avaliação, devendo fundamentar as

necessidades educativas especiais da criança ou jovem, baseadas na observação e na

avaliação de sala de aula e nas informações complementares disponibilizadas pelos

participantes no processo e deve integrar o processo individual do aluno. A elaboração

dos PEI obedece a um conjunto de aspetos formais e processuais.

No QUADRO 23 é possível analisar os aspetos formais dos programas educativos

individuais, constatando-se que estes fixam e fundamentam as respostas educativas e

respetivas formas de avaliação e foram elaborados de forma participada. Tendo em conta

que o PEI constituiu o único documento válido para efeitos de distribuição de serviço

docente e não docente e constituição de turmas, não sendo permitida a aplicação de

qualquer adequação no processo de ensino e de aprendizagem sem a sua existência, não

põe em causa o desencadeamento das respostas educativas.

O programa educativo individual: PEI SIM NÃO

- fixa e fundamenta as respostas educativas e respetivas formas de avaliação

X

- foi elaborado de forma participada X

- foi elaborado até 60 dias após a referenciação da criança/aluno X

- contém todos os elementos obrigatórios X

- foi submetido à aprovação do conselho pedagógico X

- foi homologado pelo Diretor X

- foi aplicado com a autorização expressa do encarregado de educação

X

Quadro 23 – Elaboração do PEI

Os PEI foram submetidos à aprovação do conselho pedagógico e contêm todos os

elementos previstos no n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro,

designadamente:

a identificação do aluno;

o resumo da história escolar e outros antecedentes relevantes;

a caracterização dos indicadores de funcionalidade e do nível de aquisições e

dificuldades do aluno;

os fatores ambientais que funcionam como facilitadores ou como barreiras à

participação e à aprendizagem;

a definição das medidas educativas a implementar;

a discriminação dos conteúdos, dos objetivos gerais e específicos a atingir e das

estratégias e recursos humanos e materiais a utilizar;

o nível de participação do aluno nas atividades educativas da escola;

a distribuição horária das diferentes atividades previstas;

a identificação dos técnicos responsáveis;

a definição do processo de avaliação da implementação do programa educativo

individual;

a data e assinatura dos participantes na sua elaboração e dos responsáveis pelas

respostas educativas a aplicar.

Todos os PEI submetidos à aprovação do conselho pedagógico são homologados pelo

diretor. De igual modo, 100% dos PEI foram aplicados com autorização expressa dos

encarregados de educação.

3.3.3 OPERACIONALIZAÇÃO DO PEI

A adequação do processo de ensino e de aprendizagem no âmbito dos apoios

especializados, como já foi referido, implica a concretização de medidas educativas que

promovam as aprendizagens e a participação dos alunos com necessidades educativas

especiais de caráter permanente.

De seguida apresentamos as estratégias implementadas pelo agrupamento,

previstas nos PEI e observadas no contexto educativo em que os alunos estão integrados.

O apoio pedagógico personalizado contempla: SIM NÃO NA

- reforço das estratégias utilizadas no grupo/turma (organização, espaço e atividades)

X

- estímulo, reforço e desenvolvimento das aprendizagens

X

- antecipação da aprendizagem de conteúdos lecionados no grupo/turma

X

As adequações curriculares individuais propostas:

- asseguram as aprendizagens nas áreas de conteúdo das orientações curriculares para a educação pré-

X

escolar

- asseguram a aquisição do currículo, no ensino básico X

- contemplam a introdução de áreas curriculares específicas

X

- determinam a dispensa de atividades que se revelem de difícil execução em função da incapacidade do aluno

X

- as adequações curriculares individuais foram objeto de parecer do conselho de turma/docentes

X

O currículo específico individual inclui:

- conteúdos relativos à autonomia pessoal e social do aluno

X

- atividades de cariz funcional centradas nos contextos de vida

X

- componentes de transição para a vida pós-escolar X

Quadro 24 – Operacionalização do PEI

O apoio pedagógico personalizado – a prestar pelos educadores de infância,

professores titulares de turma e disciplina ou pelo docente de Educação Especial, este

contempla o reforço das estratégias utilizadas no grupo/turma ao nível da organização,

dos espaços e das atividades. Por outro lado, o apoio prevê o estímulo, reforço e

desenvolvimento das aprendizagens, mas não se prevê, em todos os casos, a antecipação

da aprendizagem de conteúdos lecionados no grupo/turma.

A aplicação da medida educativa adequações curriculares individuais reveste-se de

especiais cuidados, designadamente quanto à necessidade de assegurar a efetivação das

aprendizagens nas áreas de conteúdo das orientações curriculares para a aquisição do

currículo comum no ensino básico. Neste contexto, a aplicação desta medida foi

determinada com o parecer do conselho de turma ou da estrutura correspondente na

educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico.

No que diz respeito aos currículos específicos individuais, pressupõem-se

alterações significativas no currículo comum, se visa a autonomia pessoal e social do

aluno e se dá prioridade ao desenvolvimento de atividades de cariz funcional centradas

nos contextos de vida, à comunicação e à organização do processo de transição para a

vida pós-escolar.

A informação resultante da avaliação sumativa do aluno com CEI expressa-se de

acordo com o Despacho Normativo n.º 24-A/2012, artigo 8º, ponto 10, numa menção

qualitativa de Insuficiente, Suficiente, Bom e Muito Bom a todas as disciplinas,

acompanhada duma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.

Os resultados dos alunos CEI foram os seguintes:

Nº alunos

Alunos CEI

Nº classificações Satisfaz Nº classificações Não Satisfaz

2.º ciclo

4 6 0

3.º ciclo

6 27 0

Total

10 33 0

Quadro 25 – Resultados classificações CEI

Relativamente à avaliação dos outros alunos abrangidos pelo Decreto-Lei 3/2008,

importa referir que 13% não obtiveram sucesso educativo, apesar das medidas

implementadas.

Ciclo Nº Alunos

Aprovados Não Aprovados

Pré-escolar 2

2 0

23 23 0

11 8 3

12 9 3

Total

48 42 6

Quadro 26 – Resultados classificações Outras Medidas Educativas

3.3.4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PEI

No que diz respeito ao acompanhamento e avaliação dos PEI, constata-se que

estes foram revistos no final de cada nível e ciclo de educação e ensino. Os PEI são

coordenados pelo educador de infância ou professor titular de turma no 1.º ciclo bem

como pelo diretor de turma nos restantes ciclos de escolaridade.

Regista-se a existência de avaliação em cada período do PEI. A elaboração dos

relatórios circunstanciados acontece em 100% dos casos.

O relatório circunstanciado avalia os resultados obtidos pelos alunos, o seu

desenvolvimento biopsicossocial, a eficácia das medidas aplicadas e a necessidade de

proceder a alterações ao PEI. Todos os relatórios foram aprovados pelo conselho

pedagógico e todos foram aprovados pelos encarregados de educação.

O programa educativo individual: PEI SIM NÃO

- foi revisto no final de cada nível e ciclo de educação e ensino X

- é coordenado pelo educador/professor titular ou diretor de turma

X

- é avaliado, pelo menos, trimestralmente X

- são elaborados relatórios circunstanciados 3º período

O relatório circunstanciado, elaborado no final do ano letivo, avalia:

- os resultados obtidos pelo aluno X

- o desenvolvimento biopsicossocial do aluno X

- a eficácia das medidas aplicadas X

- a necessidade de proceder a alterações no PEI X

- o relatório circunstanciado encontra-se aprovado pelo conselho pedagógico

X

- o relatório circunstanciado encontra-se aprovado pelos encarregados de educação

X

Quadro 27 – Acompanhamento e avaliação do PEI

3.3.5 HORÁRIOS DAS CRIANÇAS E DOS ALUNOS

Os horários de frequência da avaliação e acompanhamento psicológico e

acompanhamento por docentes da Educação Especial decorreram dentro do período das

atividades curriculares (QUADRO 28) pois são desenvolvidas por técnicos do

agrupamento.

No caso em que as terapias decorrem nas instalações da escola (CRI), não

subsistem situações de sobreposição com as atividades curriculares, à exceção do 1º ciclo.

Do mesmo modo, os alunos que frequentam atividades curriculares fora dos

estabelecimentos de ensino, em regra, nos gabinetes privados, decorrem fora do horário

escolar.

Semanários/horários dos alunos nos PEI analisados: SIM NÃO

Nos semanários/horários dos alunos com CEI existe sobreposição entre as componentes específicas dos CEI e as disciplinas da estrutura curricular comum que o aluno deve frequentar

X

As terapias sobrepõem-se às atividades curriculares dos alunos com NEE

X

Os alunos frequentam atividades curriculares fora das escolas X

Há terapias a decorrer fora das instalações da escola X

Quadro 28 – Horários dos alunos com CEI e terapias

3.3.6 RESULTADOS DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE

CARÁTER PERMANENTE

Como se pode observar no QUADRO 29, o agrupamento procede à monitorização

dos resultados dos alunos com NEE em sede de conselho de turma, grupo disciplinar e de

conselho pedagógico. No entanto, tal monitorização tem vindo a melhorar ao nível dos

departamentos curriculares. A ação educativa reorienta-se em função dos resultados dos

alunos e a escola desconhece o impacto da sua ação junto das famílias dos alunos e da

comunidade educativa, em termos formais. No que respeita à partilha com a equipa de

autoavaliação dos dados da monitorização dos resultados dos alunos com NEE, esta

prática não estava implementada, o que mudou durante este ano letivo.

A escola procede à monitorização específica dos resultados dos alunos com NEE ao nível:

SIM NÃO

do conselho de turma X

dos departamentos curriculares X

do conselho pedagógico X

A escola reorienta a sua ação educativa em funções dos resultados dos alunos com NEE

X

A escola tem conhecimento do impacto da sua ação educativa junto das famílias dos alunos com NEE e da comunidade envolvente

X

A monitorização dos resultados dos alunos é partilhada com a equipa de autoavaliação da escola

X

Quadro 29 - Resultados dos alunos com NEE

4. SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – REQUERIMENTOS E DECLARAÇÕES

A análise do quadro seguinte permite ter uma noção das necessidades sentidas

pelos alunos e pelas famílias que extravasam a capacidade de resposta das escolas. Ao

mesmo tempo, permite percecionar a necessidade de informação relativamente às

relações do sistema educativo (e da Educação Especial, em particular) com o sistema da

segurança social. A necessidade de articulação entre os dois sistemas é expressamente

preconizada pela Lei de Bases da Segurança Social.

Requerimentos e declarações (5020) Pré-Escolar

1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo

Requerimentos 1 3 5 0

TOTAL 1 3 5 0

Quadro 30 – Requerimentos e declarações no ano

Da análise da tabela verifica-se que foram encaminhados 9 pedidos de apoio a subsídios

por frequência de estabelecimento de educação especial, um dos quais de um aluno não

abrangido pela Educação Especial.

5. ASPETOS A MELHORAR

5.1. FORMAÇÃO

Oferta de formação interna para pais/encarregados de educação

Ainda que sejam promovidas ações de formação/sensibilização, não são

suficientemente aproveitados os recursos humanos para a dinamização da

formação interna, quer para docentes de Educação Especial, quer para outros

docentes do ensino regular, assim como para assistentes operacionais e para pais

e encarregados de educação.

Organizar ações de formação na área da Educação Especial, tendo como público-

alvo os assistentes operacionais, direcionadas para o trabalho e de apoio

especializado.

5.2. MONITORIZAÇÃO

Melhoria da aplicação dos mecanismos de supervisão e de acompanhamento dos

currículos específicos individuais

Orientação e monitorização da Educação Especial no âmbito do respetivo

departamento

Planeamento de mecanismos de monitorização e de autorregulação da Educação

Especial (impacto na escola, parecer dos pais e encarregados de educação)

Verifica-se a necessidade de maior investimento na monitorização, análise e

tratamento sistemático dos resultados dos alunos com NEE e da articulação deste

processo com a autoavaliação da escola.

Desencadear mecanismos de monitorização e autorregulação da Educação

Especial, assegurando a partilha dos resultados alcançados com a equipa de

autoavaliação.

5.3. ORGANIZAÇÃO

Assegurar as orientações claras a todos os docentes, no sentido de garantir que

do processo de referenciação constem, de forma clara, além dos motivos do

mesmo, as medidas já adotadas e a avaliação da sua eficácia, os registos de

avaliação e outros elementos relevantes, relativos ao percurso escolar.

As planificações de curto prazo não expressam claramente as estratégias, as

adaptações curriculares, as atividades, os tempos de execução e os responsáveis

pela sua implementação, para melhor adequar as respostas educativas

específicas e diferenciadas.

Reforçar a componente funcional/autonomia dos alunos com Currículo Específico

Individual, designadamente através do desenvolvimento de atividades de cariz

funcional.

Criar um registo diário da evolução dos alunos em documento próprio elaborado

especificamente para a sua avaliação.

Promover o desenvolvimento de estratégias de antecipação dos conteúdos

lecionados no grupo/turma aos alunos que beneficiem de apoio pedagógico

personalizado (1º ciclo).

Ser mais rigoroso na operacionalização da monitorização e avaliação das medidas

educativas constantes dos programas educativos individuais, bem como as

restantes ações de acompanhamento e respetivos relatórios, nos termos do

artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.

Garantir que toda a documentação da Educação Especial se encontra, consoante

a sua natureza, devidamente assinada – designadamente pelos pais e

encarregados de educação –, datada, aprovada, homologada, identificados os

seus autores e respetiva qualidade e contendo todos os despachos competentes.

Envolver os conselhos de turma na execução dos programas educativos

individuais, designadamente no âmbito das medidas educativas currículo

específico individual e adequações curriculares individuais – visando, neste último

caso, garantir a aquisição por parte dos alunos das competências essenciais

previstas para o respetivo ciclo de ensino.

Adequar os recursos físicos, materiais e equipamentos.

5.4. PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Promover a participação dos pais/encarregados de educação na elaboração dos

programas educativos individuais

Avaliação do serviço prestado

Estimular a participação dos pais no processo de aprendizagem dos seus

educandos.

6. CONCLUSÃO

Este relatório de autoavaliação refletiu sobre as práticas da EDUCAÇÃO ESPECIAL

levadas a cabo no ano letivo de 2013/2014 e debruçou-se sobre a qualidade das

respostas educativas proporcionadas às crianças e jovens com necessidades educativas

especiais de carácter permanente e os resultados alcançados, contribuindo para o

aperfeiçoamento e a melhoria da prática da escola.

Procurou apontar caminhos para essa melhoria no âmbito do seu planeamento,

organização, formação, articulação entre as famílias e a formação.

Podemos concluir que no ano letivo 2013/2014 o Agrupamento fez um esforço

notável, nomeadamente o Grupo de Educação Especial para responder às exigências da

legislação bem como à melhoria da prestação do serviço educativo para as crianças e

alunos co Necessidades Educativas Especiais. O sucesso destas medidas deve-se a um

acompanhamento atento e próximo da Educação Especial, durante todo o ano letivo pela

Diretora.

Este Relatório de Autoavaliação da Educação Especial será acima de tudo um

ponto de partida para a prestação de um melhor serviço educativo.